Evolução na desigualdade do acesso ao pré-natal

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Evolução das desigualdades socioeconômicas na realização de consultas de pré-natal entre parturientes brasileiras: análise do período 2000-2015*

Artigo original

doi: 10.5123/S1679-49742018000400014

Evolution of socioeconomic inequalities in conducting prenatal consultations among Brazilian parturient women: analysis of the period 2000-2015 Evolución de las desigualdades socioeconómicas en la realización de consultas de prenatal entre parturientas brasileñas: análisis del período 2000-2015

Mariana Borsa Mallmann1 Antonio Fernando Boing2 – Yaná Tamara Tomasi3 Juliana Cristine dos Anjos3 Alexandra Crispim Boing2

orcid.org/0000-0001-9331-1550

Universidade Federal de Santa Catarina, Curso de Graduação em Medicina, Florianópolis, SC, Brasil Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Saúde Pública, Florianópolis, SC, Brasil 3 Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, SC, Brasil

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Resumo

Objetivo: analisar a evolução da realização de ao menos sete consultas de pré-natal no Brasil, no período 2000-2015, segundo escolaridade da mãe e raça/cor da pele do recém-nascido. Métodos: estudo de série temporal com base no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc); investigaram-se desigualdades relativas e absolutas ajustadas pela idade materna e semana de gestação quando ocorreu o parto. Resultados: analisaram-se aproximadamente 48 milhões de nascimentos; a proporção de realização de sete ou mais consultas de pré-natal aumentou nacionalmente (de 46,0 para 66,9%) e em todos os grupos analisados; a diferença relativa entre os extremos de escolaridade variou de 3,0 para 2,0 e a absoluta de 53,1 para 47,7 pontos percentuais; a razão ajustada entre raça/cor da pele branca e preta era de 1,4 em 2000 e chegou a 1,2 em 2015. Conclusão: a proporção de gestantes com sete ou mais consultas de pré-natal aumentou no Brasil, embora desigualdades ainda tenham sido observadas. Palavras-chave: Cuidado Pré-natal; Fatores Socioeconômicos; Escolaridade; Origem Étnica e Saúde; Disparidades nos Níveis de Saúde; Estudos de Séries Temporais.

*O presente trabalho foi realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)/ Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) do Brasil, mediante bolsa concedida à Mariana Borsa Mallmann no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) 2015/2016, conforme Edital PIBIC/CNPq – PIBIC-Af/CNPq – BIPI/UFSC 2015/2016, de 8 de abril de 2015.

Endereço para correspondência: Antonio Fernando Boing – Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Saúde Pública, Campus Universitário, Trindade, Florianópolis, SC, Brasil. CEP: 88040-970 E-mail: antonio.boing@ufsc.br

Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 27(4):e2018022, 2018

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