Eu u, Daniiel, enggraxad dor de e sapattos In ntrodução N No dia 24 de outubro de 1929, quintta‐feira, a Boolsa de Novaa Iorque ruiiu. Não houv ve vidros estilhaçaados, soalhoss a voar em pedaços, neem paredes destruídas; porque não era o prédiio que se desmoronava, mas oss algarismos que sustentaavam toda a estabilidade económica ddos Estados U Unidos. N Nos escombros desta catásstrofe sem prrecedente, m muitas vidas humanas se perderam. E Em 1932, perto de quarenta poor cento da população brranca ativa americana encontrava‐see sem traballho e sem rendimen ntos, bem como cinquentta e seis por ccento da população negraa. Ass crianças qu ue cresceram m durante a ddécada da Graande Recessãão ficariam m marcadas parra sempre pela pobrreza, pelo dessespero e pela humilhaçãão que assolarram a nossa sociedade. A minha mãe ffoi uma desssas crianças.. Abandonad da pelo pai em m pleno coraação da crise,, com um irmão e ssete irmãs, fooi educada peela minha avvó, uma pequ uena irlandessa corajosa quue, para man nter viver a sua fam mília, pouco mais tinha do que a forçça do seu am mor. Durantee toda a minnha infância, aquando das reun niões de famíília, ouvi con ntar incansaavelmente as peripécias d destes tempoos difíceis M Mas nesses relatos n não havia am margura. Traansparecia oo entusiasmoo e as gargalhadas de um ma família a a quem a adversiddade tornara mais forte e mais unida. Fooi esse espíritto indomávell que inspiroou este livro.
Eu, Daniel, engraxador r de sapatos
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