2ª Edição - Revista Colégio Parthenon 2018

COMPARTILHE BOA EDUCAÇÃO

REVISTA PARTHENON 2019

ANO 39 EDIÇÃO 2

ULTRAPASSANDO FRONTEIRAS Professor e alunos do Parthenon contam como foi representar o Brasil em um evento na Índia

SUMÁRIO 6 10 12 16 17 18 24 26 30 32 36 38 44 46 50 52 54 56 58 60 64

TEMPOS MARCANTES SEMPRE É TEMPO DE APRENDER ESPAÇOS PARA UMA APRENDIZAGEM SEM LIMITES DO SINAL FABRIL À MÚSICA CLÁSSICA A DIFERENÇA FAZ PARTHE AMOR E ADMIRAÇÃO MAIOR DO MUNDO CALENDÁRIO CULTURAL ULTRAPASSANDO FRONTEIRAS UMA VIAGEM PELA SÉTIMA ARTE ACAMPAR ESTÁ NA NOSSA NATUREZA PEQUENOS GRANDES PASSOS ESCOL(H)A DE PAI PARA FILHO E AGORA? COMO ENFRENTAREI OS DESAFIOS DO 6º ANO? DANÇA NA ESCOLA A CIÊNCIA VAI À ESCOLA GAMIFICAÇÃO NAS AULAS DE MATEMÁTICA GRÊMIO ESTUDANTIL PARTHENON NUNCA É CEDO PARA COMEÇAR A EMPREENDER A IMPORTÂNCIA DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR QUAL É O PAPEL DA ESCOLA E FAMÍLIA FRENTE À QUESTÃO DAS DROGAS? A RELATIVIDADE DAS VERDADES CONTEMPORÂNEAS

EXPEDIENTE: Publicação da Carleto Editorial Eireli - ME - CNPJ 10.741.369/0001-09 Projeto editorial: Rodrigo Minêu, Simone Tahan, Emerson Cappelletti Projeto gráfico: Pablo Alcântara Finalização: Marcio Bola Fotos: Nayara Spina, Paulo Arizati 4

Sobre missões, deveres e compromissos É com grande satisfação que chegamos à 2ª edição da Revista Parthenon. Além de se consolidar como um importante instrumento comunicativo dentro de nossa comunidade escolar, é também, uma forma de explicitar todo o nosso envolvimento com os processos de ensinar e aprender. Esta edição vem recheada de importantes reflexões sobre a tarefa de educar os nossos alunos para o mundo e não somente para exames externos. Enfim, esperamos que os leitores possam aproveitar bastante de nossa revista, com certeza, ela retrata um lugar em que gestores, professores e alunos se encontram envolvidos no oferecimento de uma educação de qualidade.

Simone Pannocchia Tahan Diretora Pedagógica 5

TODOS OS SEGMENTOS

1990 Construção da Unidade II na Vila Augusta.

TEMPOS MARCANTES Separamos algumas fotos de momentos especiais que vivemos nesses quase 40 anos de história e gostaríamos de convidar você para dar um belo passeio pelo tempo conosco.

1994 Inauguração da nova sede da Unidade I Em consequência do aumento do número de alunos, uma nova sede da Unidade I foi construída e deu inicio à 1ª turma do Ensino Médio

1979 | Inauguração da Escola de Educação Infantil Cisne Branco

A Escola de Educação Infantil Cisne Branco, atual Colégio Parthenon, contava desde o início com um ambiente estimulador e afetivo para o desenvolvimento das potencialidades das crianças.

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1995 Pele-petrás, o início do maior festival literário de Guarulhos Em 1995 realizamos o Pele-petrás, que, anos depois, se tornaria o FLIPAR - Festival Literário Parthenon.

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TODOS OS SEGMENTOS

2003 Inauguração da Unidade III

1995 CEPAR Centro de Estudos Parthenon

1996 1ª turma formada no Ensino Médio

2006 | Aluna do Colégio Parthenon conquista Prêmio de Melhor Cronista no Estado de SP

2011 Inauguração da Unidade IV

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1998 Intercâmbio com a França

2017 FAMParthenon Festival Aberto de Música Parthenon

Alunos do Ensino Médio tiveram a oportunidade de frequentar curso de língua e cultura francesas na Universidade de Dijon.

11 artistas e bandas foram selecionados na primeira edição do evento, que aconteceu na Unidade I. 9

01. Dia Mundial da Paz 07. Dia do Leitor 09. Dia do Astronauta 09. Dia do Fico 25. Aniversário de São Paulo

10. Dia do Atleta Profissional 13. Dia Mundial do Rádio 14. Dia de São Valentim 19. Dia do Esportista 27. Dia do Livro Didático

08. Dia Internacional da Mulher 12. Dia do Bibliotecário 15. Dia da Escola 22. Dia Mundial da Água 27. Dia do Circo

04. Dia da Natureza 07. Dia do Compositor 12. Dia das Crianças 15. Dia do Professor 29. Dia Nacional do Livro

11. Dia do Estudante 14. Dia do Combate à Poluição 22. Dia do Folclore Brasileiro 29. Dia Nacional de Combate ao Fumo

13. Dia da Gentileza 15. Proclamação da República 17. Dia da Criatividade 19. Dia da Bandeira 20. Dia da Consciência Negra

JUNHO SETEMBRO

05. Dia do Meio Ambiente 08. Dia dos Oceanos 12. Dia dos Namorados 18. Dia da imigração Japonesa 23. Dia do Atleta Olímpico

01. Dia do Profissional de Educação Física 03. Dia do Biólogo 05. Dia da Amazônia 14. Dia do Frevo 21. Dia da Árvore

DEZEMBRO

13. Dia Mundial do Rock 17. Dia de Proteção às Florestas 19. Dia Nacional do Futebol 20. Dia do Amigo 25. Dia do Escritor

OUTUBRO

MARÇO

FEVEREIRO

JANEIRO

Todo dia acontece algo importante. Por isso, também compartilhamos conhecimento nas nossas redes sociais de uma forma leve, divertida e acessível para todos curtirem enquanto aprendem. Veja a seguir um breve resumo dos últimos 12 meses.

06. Dia Nacional da Matemática 12. Dia Mundial do Enfermeiro 24. Dia do Vestibulando

AGOSTO

JULHO

08. Dia Mundial de Combate ao Câncer 21. Dia de Tiradentes 22. Descobrimento do Brasil 23. Dia Mundial do Livro

NOVEMBRO

ABRIL

SEMPRE É TEMPO DE APRENDER

MAIO

TODOS OS SEGMENTOS

08. Aniversário de Guarulhos 10. Declaração Universal dos Direitos Humanos 21. Início do Verão 31. Réveillon

Siga o Parthenon nas redes sociais: @ColegioParthenon Facebook.com/ColegioParthenon 10

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TODOS OS SEGMENTOS

ESPAÇOS PARA UMA APRENDIZAGEM SEM LIMITES Quando falamos em espaço, logo nos vem à mente a ideia de um lugar.

Lugar que pode ser interno, externo, pequeno ou grande, arejado, confortável... Podemos falar de espaços de um monte de maneiras e com diferentes significados, dependendo do contexto ao qual ele se refere. Mas, quando falamos de espaços na escola, há muito saber, muita sensibilidade e muito conhecimento sobre este aspecto integrante do currículo.

Por Luciana Sbampato, diretora unidade III.

Vamos começar lembrando, na nossa época de criança, o espaço da nossa escola: começamos pela entrada e vamos passando pelo pátio, pela cantina, a quadra, os jardins, os corredores, as salas de aula. As paredes, que nos davam notícias sobre as turmas, sobre os projetos, sobre as regras da escola. As cores e desenhos das paredes! Lembramos-nos das pessoas que habitavam estes espaços, dos cheiros de cada lugar, dos olhares, das histórias ali vividas. Parece até que os espaços tinham vida própria e falavam com a gente.

Os espaços falam, sim! Mas de outras maneiras. Falam com os acabamentos que têm, com os móveis que comportam, com o modo como circulamos dentro deles, com os painéis que informam, com as experiências vividas. Fazemos uma leitura quase que instintiva deles. No Parthenon, os espaços estão totalmente integrados ao currículo e conectados às nossas intenções educativas. Em cada segmento da escolaridade, da Educação Infantil ao Ensino Médio, o espaço é estruturado por meio de muitos olhares de diferentes profissionais, de educadores a arquitetos.

Temos hoje 4 unidades em Guarulhos com características que as diferem, mas todas mantêm o mesmo princípio e concepção de educação. O respeito a si próprio e pelo outro, e a missão de sermos uma escola formadora e acolhedora, onde os alunos são os protagonistas e construtores de sua aprendizagem, perpassam as ações de todos os educadores envolvidos.

Afinal, o princípio norteador do nosso cotidiano, quando pensamos em espaço, é a possibilidade de a criança/ aluno estar, conviver, descobrir, criar e aprender nele e por meio dele. A função de cada espaço é possibilitar encontros e despertar em todos a vontade e a magia de simplesmente aprender!

ATELIÊ - UNIDADE IV

ATELIÊ - UNIDADE III

GALINHEIRO - UNIDADE IV

SALA CONVENIÊNCIA - UNIDADE I CORREDOR DE ACESSO A SALA MÚLTIPLAS LINGUAGENS - UNIDADE I 12

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Quando pensamos no espaço, consideramos os aspectos físicos, funcionais e relacionais.

Aspectos físicos e funcionais:

ÁRVORE - UNIDADE IV

são questões que envolvem a limpeza e organização dos lugares e dos mobiliários; a manutenção frequente e o olhar cuidadoso e diário das equipes responsáveis; elementos que garantam a segurança; a estética de cada ambiente: obras de arte, objetos antigos, cantinhos para exploração, para convivência, para estudo, para brincar, para “ser e estar”.

Aspecto relacional:

diz respeito a como o espaço pode acolher, desafiar e integrar as pessoas que nele circulam. O espaço não é algo pronto, acabado, não é simplesmente físico, mas construído no cotidiano, por meio das interações que nele se estabelecem diariamente.

AMOREIRA - UNIDADE II 14

Veja depoimentos dos alunos no site do colégio: colegioparthenon.com.br 15

ENS. FUNDAMENTAL II

ENS. MÉDIO

TODOS OS SEGMENTOS

A DIFERENÇA FAZ PARTHE

DO SINAL FABRIL À MÚSICA CLÁSSICA

por Mariângela de Araújo, mãe de aluno do Parthenon.

Ludwig van Beethoven, Wolfgang Amadeus Mozart, Sebastian Bach, Antonio Vivaldi, Frédéric Chopin. Você com certeza já escutou esses nomes antes, eles são alguns dos principais compositores de música clássica de todos os tempos. E, há alguns anos, trechos de suas obras podem ser escutados a cada intervalo de aula nas Unidades I e II. Substituímos o antigo sinal que marcava o início e encerramento das aulas por trechos de músicas eruditas porque, além de ser muito mais agradável aos ouvidos, achamos que vale a pena compartilhar boa música com nossos alunos e funcionários.

A cada mês, um artista diferente é homenageado. A curadoria fica a cargo da professora Madalena, idealizadora da ação. Além dos já citados, músicos mais contemporâneos e brasileiros, como Baden Powell, Sérgio Mendes e Chiquinha Gonzaga, também terão suas músicas tocadas.

Ouvir músic a você gosta s de que en estud a ou t quanto rab ajuda a mel alha h seu d esem orar penho e pro dutiv idade .

As crianças assistem a desenhos em que a música clássica está presente, eles já ouvem essas músicas, mas às vezes não têm noção disso. É uma forma de dar oportunidade para que conheçam melhor algo que já faz parte do seu mundo.

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Profa. Madalena Pannochia Tahan, mantenedora do Colégio Parthenon

Sabemos que receber a informação de que um filho foi diagnosticado no Transtorno de Espectro Autista (TEA) não é fácil. O conhecimento que grande parte das pessoas tem sobre o autismo é ainda muito restrito e, logo, se imagina uma criança sem comunicação, isolada num canto, balançando o próprio corpo ou sacudindo os braços.

As inseguranças vêm à cabeça dos pais, que se veem perdidos, numa angustiante busca por tratamentos e terapias. Além disso, há também a preocupação sobre como será a aceitação dessa criança.

Conhecendo bem essas angústias e observando que, no Colégio Parthenon, havia outras crianças e adolescentes nessa condição, tivemos a ideia de criar um grupo para acolher os pais, tranquilizá-los e trocar experiências. O projeto foi apresentado de forma muito modesta à diretora pedagógica do colégio, e psicóloga, Simone Panocchia Tahan. Tivemos a grande felicidade de ter nosso projeto muito bem acolhido. A diretora, além de nos oferecer o espaço, também nos brindou com sua presença nos encontros a fim de conhecer melhor a nossa realidade, nossas expectativas e nos aconselhar como psicóloga.

Desse modo, em agosto de 2017, três mães fundaram junto com a diretora Simone o Grupo de Pais “A Diferença faz Parthe”. Com o tempo, outras mães se juntaram e o grupo se tornou, não apenas um

lugar de troca de experiências, mas, sobretudo, um espaço de discussão de temas. Ao tomarem conhecimento da existência do grupo, alguns professores demonstraram o desejo de acompanhar os encontros. A diretora Simone solicitou que os professores mostrassem a visão dos educadores sobre o autismo. Assim, em fevereiro de 2018, o grupo foi aberto a todos os colaboradores do Parthenon. A adesão do projeto foi surpreendente, o que nos demonstrou quanto temos profissionais comprometidos no colégio.

A participação dos professores foi, sem dúvida, um ganho muito grande para os encontros mensais do grupo. É importante dizer que a criação desse projeto no Colégio Parthenon é uma iniciativa inovadora e que revela, acima de tudo, a abertura da instituição em acolher alunos com diferentes necessidades. Infelizmente, ainda são muito comuns relatos de escolas que se recusam a receber crianças no Espectro. Nossa expectativa é que o grupo cresça ainda mais e essa iniciativa seja uma semente para que outros pais e instituições se unam para que não apenas as crianças e os adolescentes no espectro autista possam se preparar para o mundo, mas que também o mundo possa se preparar para eles. É urgente para nossa sociedade atual perceber que A Diferença Faz Parthe!

Veja depoimentos das mães no site do colégio: colegioparthenon.com.br 17

TODOS OS SEGMENTOS

AMOR eMAIOR admiração DO MUNDO #INSTAPARTHENON O primeiro elogio que todas as crianças fazem para suas mães é que elas são bonitas.

Mas elas são muito mais que isso! Por isso, convidamos nossos alunos para fazerem uma homenagem a suas mães queridas e tirarem fotos declarando qual é a qualidade que mais admiram nelas.

Mais de 2.000 mães foram homenageadas com uma campanha que repercutiu muito na internet. Nas páginas a seguir, estão os comentários de algumas mães e as fotos que foram postadas com a hashtag #InstaParthenon em perfis públicos nas redes sociais.

Muitas outras fotos foram publicadas em perfis privados e esperamos que todas fiquem guardadas para sempre na memória das nossas mães.

Muito lindo!!! Quando abri a mensagem, meu coração transbordou de alegria.

Obrigada, Colégio Parthenon Que homenagem linda vocês fizeram!!! Através da foto que recebi, pude perceber qual característica minha se destaca para meu filho.

Foi lindo demais receber essa foto e ter essa sensação. Obrigada

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Parabéns aos dirigentes e todas as mães do Colégio Parthenon!!

Obrigada, Colégio Parthenon!!!! Foi uma linda homenagem!!

Linda homenagem! OBRIGADA!

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Adorei a ideia! Emocionante!

Acima de tudo, respeito. Parabéns a todos. LINDO!

Assista ao vídeo da ação youtube.com/ColegioParthenon 22

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TODOS OS SEGMENTOS

JUNHO

CALENDÁRIO CULTURAL Acreditamos que o aprendizado vai muito além dos limites da sala de aula e promovemos diversas atividades extraclasse, estimulando os debates e a construção de um pensamento crítico. Alguns desses eventos ocorrem mais de uma vez por ano, muitos ocorrem anualmente e outros bianualmente, mas todos já viraram tradição no colégio e na comunidade guarulhense.

SETEMBRO (BIANUAL) FLIPAR O Festival Literário Parthenon conta com palestras de grandes escritores e com a exposição de títulos cuidadosamente selecionados pelas principais editoras do país. Também é um grande espaço em que os alunos apresentam leituras e releituras de obras das literaturas brasileira e universal.

SETEMBRO (BIANUAL)

ABRIL E SETEMBRO AULAS ABERTAS PARA OS PAIS O trabalho desenvolvido dentro das salas de aula sempre foi motivo de muito orgulho para toda a coordenação e direção do colégio. Por meio das Aulas Abertas aos Pais, os professores convidam a comunidade a conhecer mais a fundo como funciona o ambiente escolar em que os seus filhos estão inseridos.

FAMPARTHENON Com o objetivo de reconhecer o talento musical dos jovens guarulhenses, o Festival Aberto de Música Parthenon permite que cantores, músicos e bandas estudantis se apresentem em uma espécie de grande final de programa

MOXTREXPLIQUE 2018 marca a 7ª edição do MostrExplique, um projeto que valoriza a pesquisa científica e uma grande oportunidade em que todos os nossos alunos interagem, exploram e se aprofundam no mundo dos fenômenos naturais e suas aplicações tecnológicas.

Em 2018, a Festa Junina do Parthenon reuniu mais de 8 mil pessoas durante os 3 dias de evento.

PALESTRAS PARA PAIS O século XXI impõe novos desafios para aqueles que querem criar bem seus filhos e se encontram um pouco desorientados sobre as ações mais efetivas que o papel de educador exige. Por isso, o Parthenon promove encontros com especialistas. Em 2018, a convidada foi a autora e consultora de educação infantil Débora Vaz.

JUNHO FESTA JUNINA Mais que um resgate à cultura e às tradições interioranas do Brasil, a Festa Junina do Parthenon acontece há mais de 20 anos em Guarulhos e é a maior festa típica da cidade. Um momento singular repleto de comidas típicas, boa musica e muita dança, sem abandonar nunca o aspecto de formação dos alunos.

NOVEMBRO DEBATES E POLÊMICAS Um evento que promove o protagonismo juvenil e a formação do pensamento critico. Jovens das 2as séries do Ensino Médio são convidados a pesquisar sobre questões atuais da sociedade, como preconceito, maioridade penal, política e filosofia.

Em seguida, compartilham o que aprenderam em um debate aberto, com os pais e professores.

NO DECORRER DO ANO SETEMBRO (BIANUAL)

MAIO

O FLIPAR acontece a cada dois anos e é o maior festival literário da cidade de Guarulhos.

ACANTONAMENTO Imagine a possibilidade de passar uma noite inteira na escola, interagindo com os colegas de modo muito mais próximo, vivenciando experiências esportivas e atividades culturais como um luau em volta da fogueira. O Acantonamento é um evento sempre muito aguardado pelos alunos de todas as idades e contribui bastante para o desenvolvimento da sua autonomia.

ATIVIDADES PRÁTICAS DE CAMPO (As datas, horários e locais de saída são fornecidos nos comunicados enviados pela secretaria de cada unidade)

Se antigamente os estudantes faziam “passeios” extraclasse "visando puramente a diversão", hoje essas visitas são pensadas como forma de sistematização e maximização do conteúdo estudado em sala de aula. Entrar em contato com o mundo possibilita para os alunos uma abordagem mais concreta e real do aprendizado.

ENS. FUNDAMENTAL II

ENS. MÉDIO

ULTRAPASSANDO FRONTEIRAS No ano passado, seis alunos do Parthenon tiveram a oportunidade de participar de um evento internacional na Índia e trouxeram na bagagem lições que vão ficar para a vida inteira.

O Colégio Parthenon incentiva seus alunos a participarem de diversos eventos e a acreditarem no seu potencial. Em 2017, nossos alunos do Fundamental II e do Ensino Médio ganharam 254 medalhas na Olimpíada Matemática Sem Fronteiras e fomos convidados para representar o Brasil no International Youth Convention on Commerce and Economics, um prestigiado evento que acontece anualmente na Índia e reúne estudantes de diversos países.

O professor Maurício Machado ficou responsável pelos alunos durante a viagem e contou como foi essa experiência para todos.

1. Como foi levar seis alunos para o outro lado do mundo?

Depois que o colégio foi convidado para a competição, alguns alunos me procuraram, mostraram interesse e buscamos possibilidades para organizar a viagem.

Foi uma experiência bem interessante, mas exigiu muita responsabilidade, pois os pais confiaram seus filhos à escola e eu, que também sou pai, sei como é isso. É um país muito distante, 26

com um fuso horário totalmente diferente e todo mundo fica bastante ansioso à espera de notícias. Então a gente tinha que ficar sempre em contato com os pais para informar o que estava acontecendo. E a verdade é que desde o aeroporto encontramos um lugar totalmente diferente do que imaginávamos. O inglês indiano é bem peculiar, a culinária e os costumes, também. Nós chegamos a ser revistados para entrar em um shopping. Mas acho que esse choque cultural foi muito benéfico para os alunos.

Enz o, Cla udi nei , Bre nda , Bru no , Gui lhe rm e e o pro fes sor Ma urí cio .

Fic ou fal tan do a no ssa alu na Lau ra, que tam bém par tici pou da via gem .

2. Foi positivo em que aspecto?

A experiência foi algo impossível de descrever. Conviver com pessoas tão distintas, de vários lugares do mundo, tentando falar o mesmo idioma, competindo entre si e vendo países até menores que o Brasil com crianças com projetos fantásticos, foi algo que mudou muito a visão de mundo dos nossos alunos, a relação de aprendizagem e a relação de convivência.

Eles acabaram aproveitando muito a

questão do idioma. Eu acredito que em uma semana eles conseguiram desenvolver algo que corresponderia a um ano de curso. Além disso, tem a questão do respeito ao outro, da diversidade, já que é um país que infelizmente possui muita pobreza.

3. E vocês tiveram alguma dificuldade durante a estada?

A maior dificuldade foi com a alimentação, pois as comidas da Índia são muito temperadas.

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ENS. FUNDAMENTAL II

ENS. MÉDIO

4. O que você acha que os alunos trouxeram na bagagem de volta para o Brasil?

Resumo de toda a trajetória: foi muito positivo! Conseguiram conviver tanto com pessoas de nosso país quanto de outros países e trocaram muitas experiências. Eu acredito que, depois dessa viagem, eles se tornaram seres humanos com uma visão diferente de vida. A vida pra eles agora tem um novo significado e a gente percebe que não precisamos de muita coisa pra sermos felizes, o pouco que a gente tem já é muito se comparado a outras pessoas como na Índia.

5. E qual era o objetivo do evento?

A Índia tem uma tradição de competições escolares internacionais, são vários eventos que acontecem ao longo do ano. Ano passado, foi a 4ª edição desse evento (International Youth Convention on Commerce and Economics) e essa foi a primeira vez que o Brasil participou.

6. Como o Parthenon foi convidado para a competição?

Nossos alunos só conseguiram essa vaga devido ao desempenho que tiveram em uma avaliação chamada Matemática Sem Fronteiras, na qual vários de nossos estudantes se destacaram nos últimos dois anos.

Por isso eles acabaram convidando o Parthenon. Tivemos direito a 4 vagas no Ensino Fundamental II e 6 vagas do Ensino Médio. No total a delegação brasileira tinha quase 80 pessoas.

7. O Parthenon tem tradição em eventos assim?

O Parthenon incentiva muito a participação em olimpíadas científicas, já tem uns 5 anos que estimulamos 28

e fazemos de forma recorrente, sempre levando em consideração principalmente a vontade do aluno em participar dos eventos. Não utilizamos um critério de exclusão, todos que têm vontade podem participar. O objetivo do colégio sempre foi fazer com que o aluno estabeleça uma competição com ele mesmo, não com os colegas. Então a cada prova ele deve melhorar seu desempenho de uma maneira saudável e estimulante.

8. Além da experiência vivida pelos alunos que viajaram, como a questão da visão de mundo e do idioma, que você citou, em que aspecto isso foi vantajoso para o colégio?

A volta da competição foi bastante interessante no colégio. Os outros alunos ficaram bem curiosos e isso acaba mudando o cotidiano da escola, motivando os outros a ir também. Puxa a turma como um todo.

. sit ua do em Ag ra , na Ín dia éu ol us ma so mo fa is ma o Ta j Ma ha l é o

A Índia é o segundo país mais populoso do mun do, com 1,3 bilhão de pe ssoas.

O país tem mais habi tantes que todas as 35 naçõ es da América juntas.

Muitos colegas perguntaram como foi.

Além de ter sido muito bom para quem participou, motivou toda a turma a se esforçar mais para ir no próximo ano.

BRUNO BELÍSSIMO

Participar de algo assim abriu novas portas para nós.

CLAUDINEI JACOBUCCI JR.

a Índia A culinária d liar: é muito pecu eciarias do 70% das esp de lá. mundo vêm

Alguns benefícios de fazer intercâmbios culturais: • • • •

Viajar estimula a criatividade e o raciocínio.

Os alunos entram em contato com dimensões da realidade que não estão nos livros.

Os estudantes vivenciam na prática o que aprenderam na escola.

Desenvolvem habilidades importantes para sua formação, como responsabilidade, cooperação, respeito, solidariedade, autonomia e tolerância.

Assista aos depoimentos dos nossos alunos sobre a viagem youtube.com/ColegioParthenon 29

TODOS OS SEGMENTOS

UMA VIAGEM PELA SÉTIMA ARTE! Já é tradição no Parthenon: na última sexta-feira de cada mês, os amantes do cinema se reúnem na Unidade I para assistir a grandes clássicos. A seleção privilegia filmes que costumam ser difíceis de encontrar nos cinemas convencionais. A curadoria fica a cargo do professor Nelson Velloso, que já preparou a lista de 2019.

or s, diret k o o r B , foi um s Mel a c i s s lá édias c ores de m o c e d a odut as, par dos pr M . e t n fa chasse em-Ele a m o o c i H l b O ú , que o p a uma sátira evitar r e r istória parece a o ã n que a h iu para lme. ele ped réditos do fi nos c

Lixo Extraordinário é uma produção anglo-brasileira que mostra o trabalho do cultuado artista plástico Vik Muniz ao lado de catadores de lixo do Aterro do Jardim Gramacho.

uerra,

G da 2ª m fi o oé Desde ema italian do n o cin no mu s o d a i g so presti com diver , os, inteiro s aclamad i, re lin direto derico Fel Fe ti como ino Viscon .

Luch e Sica D o i r o e Vitt 30

O Tigre e a Neve Filmado na Itália e na Tunísia, O Tigre e a Neve foi escrito, dirigido e estrelado por Roberto Benigni, o famoso diretor italiano vencedor de 2 Oscar por A Vida é Bela, em 1998.

O filme mostra um poeta e professor de literatura que encontra por acidente uma mulher que sempre está presente em seus sonhos.

CA LEN DÁ RIO

2019

A Itál ia é vezes o país qu e mai vence de fil s uoO me e scar stran 14 vit gei ó Benig rias, inclui ro. São ndo a ni p de que d or A Vida e é s b B ancou el brasi leiro o film a, Centr e al do Brasi l.

O homem elefante Segundo filme da carreira do cultuado diretor David Lynch, relata a história real do inglês Joseph Merrick (1862-1890), portador de uma doença rara que provocou deformidades em 90% do seu corpo. A história é baseada nos manuscritos do dr. Frederick Treves, que descobriu Merrick em um circo de aberrações e o internou em um hospital.

Fevereiro - O Tigre e a Neve (Direção: Roberto Benigni, 10 anos) Março - Sabor da Vida (Direção: Naomi Kawase, 12 anos) Abril - Eu, Daniel Blake (Direção: Ken Loach, 12 anos) Maio - O Homem Elefante (Direção: David Linch, 14 anos)

Junho - O Julgamento de Viviane Amsalem (Direção: Shlomi Elkabetz e Ronit Elkabetz, 10 anos) Agosto - Lixo Extraordinário (Direção: Lucy Walker, Livre) Setembro - Deus da Carnificina (Direção: Roman Polanski, 12 anos) Outubro - Shirley Valentine (Direção: Lewis Gilbert, 14 anos) 31

TODOS OS SEGMENTOS

ACAMPAR ESTÁ NA NOSSA NATUREZA

Proporcionar a ação de acampar é auxiliar no processo de socialização da criança, orientá-la a viver em comunidade, torná-la independente e prepará-la para uma convivência harmoniosa em grupo. A estratégia para atingir esses objetivos liga-se à criação de um ambiente em que a criança, convivendo com outros jovens, pratica esportes e atividades lúdicas em um ambiente prazeroso onde adquire, na prática, o conhecimento necessário para levar para a vida toda.

Por Patricia Arruda, coordenadora do Ensino Fundamental I.

Os momentos de almoço, jantar e lanches ocorrem sempre acompanhados por monitores especializados em atender esse público. As crianças e os adolescentes têm autonomia para compor suas refeições com bastante tranquilidade, mas, se uma criança não realizar essa ação sozinha, há profissionais que a orientam e indicam opções para compor a refeição.

Geralmente isso ocorre na chegada e, depois que são orientados, eles mesmos se encarregam de escolher e “montar” o prato ideal com bastante maestria.

Desde 1946 em território brasileiro, os acampamentos recebem crianças, jovens e adultos para atividades educacionais, recreativas e de lazer. Se no Brasil estão presentes há pouco mais de 70 anos, no mundo esses espaços já fazem parte da rotina de várias pessoas há mais de 130 anos. Isso significa que gerações de acampantes já passaram pela experiência de viajar sem a família e com um grupo de amigos, desfrutando de atividades de lazer, risos, brincadeiras e vida em comunidade. Tudo isso inseridos em um tipo de vivência que, provavelmente, só é possível em um ambiente assim.

Durante esses dias em grupo, organizam-se atividades artísticas, caça ao tesouro com ou sem lanterna, jogos de integração, brincadeiras noturnas, jogos no campo de futebol e de quadras, festas, passeios de exploração.

Não se deve esquecer que há sempre um contato intenso com a natureza.

A IMPORTÂNCIA DOS ACAMPAMENTOS E MOMENTOS DE SOCIALIZAÇÃO NA VIDA DA CRIANÇA

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Segundo a Associação Americana de Acampamentos, acampamento é “uma experiência uniforme ou sistemática que fornece oportunidades criativas, recreativas e educativas para o grupo contribuir para o crescimento mental, físico, social e espiritual de cada acampante”.

Há acampamentos que oferecem uma noite na qual as crianças preparam pizzas, o que é bem valioso uma vez que eles têm a possibilidade de se organizar em pequenos grupos, combinar os ingrediente, aguardar o momento em que o forno será liberado e tornar esse tempo muito prazeroso.

Com os adolescentes, ocorre o mesmo cuidado e atenção no tocante à construção de autonomia. Contudo o aprendizado se dá por meio de atividades pensadas adequadamente para cada uma das faixas etárias e todos curtem demais suas funções dentro das brincadeiras. Atividades voltadas para a aventura com propostas radicais e seguras na água ou na terra também são pura diversão.

Há também o luau, que é um sucesso!

Eles cantam, contam histórias, riem e se aconchegam ao calor do fogo.

Há histórias interessantes contadas com bastante intensidade por quem entende e, em alguns momentos, os adolescentes compartilham suas experiências de vida. É uma vivência fantástica!

Outra ação que merece aplausos são as leituras noturnas. Adultos responsáveis pelo grupo leem para os acampantes na hora de dormir.

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Após vestir pijama e fazer a higiene bucal, vem aquela voz boa ao pé do ouvido e conta uma história para embalar o sono necessário de cada um após um dia de atividade intensa.

Mas, ao lado de tanta diversão, também existem as responsabilidades de cada um. Todos precisam organizar sua

rotina com o grupo para participar das atividades, esforçar-se para arrumar sua cama e ajudar seu amigo em caso de necessidade. É importante que o acampante também organize seus pertences e que se sinta parte de um grupo no qual se encontra inserido.

O que faz todas essas ações serem legais e divertidas é a maneira como ocorre a conversa em roda entre os monitores responsáveis e o grupo.

Nessa roda, há cantigas, jogos e outras brincadeiras que orientam as crianças e os adolescentes a compreenderem e se comprometerem com o que farão durante os dias que estiverem ali com o grupo, bem como perceberem suas responsabilidades dentro do acampamento.

Um estudo feito pela Universidade de Waterloo, na província de Ontário, Canadá, mostra como a atividade de acampamento é importante. Baseada em um levantamento feito com 1.405 pais de crianças e jovens de 4 a 18 anos de idade, essa pesquisa comprova cinco benefícios evidentes em crianças que viveram a experiência de um acampamento:

Habilidades de liderança: Além de tomar decisões por conta própria, a criança tem a oportunidade de assumir a dianteira e mobilizar o grupo.

Atividades físicas: Uma criança que vai para um acampamento com uma boa estrutura, além de ter várias propostas de atividades para se divertir, disporá de muitos espaços ao ar livre para explorar.

Respeito e amor pela natureza: Conviver com a natureza, plantas e animais e aprender a apreciar suas belezas é uma experiência que, além de gratificante, pode fazer toda diferença na infância.

Socialização: De acordo com o psicólogo Yuri Busin, diretor do Centro de Atenção à Saúde Mental – Equilíbrio (CASME), acampamentos são uma oportunidade de conviver mais intensamente com outras crianças, mais do que acontece na escola. O terapeuta afirma que “certamente, a criança vai criar vínculos interessantes de amizade, ao mesmo tempo em que também vai tolerar mais aquelas com as quais ela não tem tanta afinidade”.

Superação de desafios: “Quando os pais não estão por perto, a criança tem a chance de perceber que pode fazer muitas coisas por conta própria. Se ela não cuidar das próprias roupas, não vai ter o que vestir; se não arrumar a cama, não vai ter quem arrume. É uma experiência que proporciona a criação de responsabilidade, autocuidado e autopercepção. Sem os pais, ela vai ser estimulada a resolver seus próprios problemas, o que ajuda a desenvolver uma flexibilidade cognitiva”, explica o psicólogo.

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O acampamento desempenha um papel vital no crescimento e amadurecimento de cada acampante, desenvolvendo suas potencialidades físicas, psicológicas e intelectuais, bem como a independência, a autodescoberta, a ética e as habilidades sociais. Também são muito valorizados os conceitos de equipe e o pensamento crítico: habilidades necessárias no mundo de hoje e de amanhã.

O Colégio Parthenon oferece diversas atividades extraclasse no decorrer do ano, como acampamentos e visitas guiadas, sempre de acordo com a faixa etária de cada criança.

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EDUCAÇÃO INFANTIL

PEQUENOS GRANDES PASSOS A IMPORTÂNCIA DO CURRÍCULO NOS PRIMEIROS 3 ANOS DE VIDA DA CRIANÇA Por Edilaine Balbino Nogueira, coordenadora pedagógica do Parthenon.

Pensar o currículo para crianças tão pequenas que ingressam na Educação Infantil é uma tarefa complexa e que exige muita responsabilidade. Afinal, é fundamental recebê-las em um contexto coletivo, considerando suas individualidades e necessidades básicas, associadas aos desafios pedagógicos do cotidiano.

A

tualmente, muitos debates têm sido realizados em torno do reconhecimento da criança como sujeito de direitos. Novos documentos como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estão sendo consolidados a fim de oferecer um currículo mais potente, já que a Base Comum segue as orientações descritas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil, que considera o cotidiano como sendo fundamental para as experiências vividas diariamente pelas crianças na escola e consequentemente para que suas aprendizagens sejam cada vez mais significativas.

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O CURRÍCULO É CARACTERIZADO COMO TODAS AS AÇÕES DO COTIDIANO E É PENSADO EM VÁRIOS ASPECTOS: TEMPOS:

ESPAÇOS:

A organização da jornada diária com uma previsão de tempo para cada atividade, alimentação, mamadeiras, higiene (cuidados específicos de limpeza do nariz, da boca, lavagem das mãos, troca de fraldas), momento do sono quando necessário, hora da fruta, parque, brincadeiras, projetos, considerando-se e respeitando-se as individualidades e o coletivo. Um tempo flexível, sujeito a alterações, porém organizado.

Os espaços são considerados como “terceiro educador”, ou seja, também promovem aprendizagens, instigam nas crianças a busca pelo saber. Eles são previamente preparados pelas educadoras para a recepção e o acolhimento das crianças, seja para o brincar, para uma experiência de exploração ou de investigação. Os espaços revelam a concepção do Parthenon e a intenção pedagógica.

AGRUPAMENTOS:

MATERIAIS:

Trabalhamos com agrupamentos produtivos e as crianças podem ser divididas em grupos menores ou maiores para as propostas, dependendo da intenção educativa e da atenção de que necessitem.

São utilizados materiais de largo alcance, como caixas de papelão, cones de linha, blocos de madeira, tecidos... Há uma grande preocupação com a quantidade, variedade e qualidade dos materiais oferecidos às crianças e eles compõem os espaços planejados para que as experiências vividas sejam as melhores possíveis.

EXPERIÊNCIAS: Na Educação Infantil do Parthenon, as crianças em seus primeiros anos de vida são observadas e supervisionadas pelas educadoras em uma relação que se estabelece por meio da afetividade e do respeito. O adulto cria condições externas, permanecendo em um campo de visão de destaque, exercendo a escuta e atendendo os pequenos com tranquilidade e atenção.

As crianças conhecem um repertório rico de cantigas de roda; pesquisam sobre bichinhos de jardim; realizam construções; modelam com argila, massas caseiras... Assim constroem conhecimentos sobre si, os outros e o mundo em que estão inseridas.

O Parthenon visa a uma educação que respeita os direitos das crianças de brincar, conviver, participar, explorar, se expressar e se conhecer. Por isso, evidencia cada vez mais em seu cotidiano o compromisso de seus educadores com a infância, exercendo a escuta e viabilizando uma participação efetiva das crianças na construção de seus conhecimentos.

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TODOS OS SEGMENTOS

ESCOL(H)A DE PAI PRA FILHO Pais e mães que foram alunos do Parthenon falam do sentimento que é ver seus filhos estudarem na mesma escola onde eles tiveram sua formação. Para nós, é uma maravilhosa mistura de felicidade e orgulho.

Entrei no Colégio Parthenon, antigo Cisne Branco, com apenas 2 anos de idade e saí apenas para ingressar na faculdade. Foram anos de felicidade e aprendizado oferecidos por uma séria instituição de ensino, mas que tinha por trás o acolhimento de um lar. Sim, lá me sentia em minha segunda casa.

Ao me tornar mãe, me deparei com a responsabilidade de fazer escolhas por outro ser humano por quem nutro um amor incondicional, meu filho. Quando Otávio completou 1 ano e 8 meses, senti que era a hora de procurar uma escola para que ele pudesse se socializar e se desenvolver.

A minha escolha não poderia ser diferente, optei por colocar o meu filho na mesma escola que estudei, simplesmente pelo conjunto de qualidades ali reunidas.

Hoje e a cada dia que passa tenho toda certeza de que fiz a escolha certa, pois o Otávio não é somente um aluno, mas sim um ser com todas as suas peculiaridades e necessidades. Me lembro, como se fosse hoje, do dia em que meu celular tocou e eu atendi do hospital onde o Otávio estava internado devido a alguns problemas de saúde e, do outro lado, ouvi a voz doce da Simone Pannocchia Tahan me oferecendo todo o suporte e carinho necessários naquele momento.

Nesses quase 7 anos que o Otávio estuda no Parthenon, sinto em simples atitudes cotidianas dos professores, coordenadores e de toda a equipe do colégio, a diferença do que é ser Parthenon, pois posso afirmar que lá ele é o Otávio e sempre será.

Carla Troiano Taveira, mãe do Otávio, 6 anos.

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Aos meus 6 anos, minha mãe, muito preocupada com meu ensino e no que as escolas podiam me oferecer, não pensou duas vezes e optou por me matricular no Colégio Parthenon, antigo Cisne Branco. Com certeza foi a melhor escolha, pois tive a oportunidade de aprender muito e perceber que não somos apenas números, somos seres vistos na sua individualidade.

Quando fui em busca de escola para minha filha e soube que o colégio estava disponibilizando vagas para a faixa etária dela, não hesitei. Para nós, é de extrema satisfação saber que fazemos parte da 'Grande Família Parthenon'.

Mônica Rezende dos Santos, mãe da Isadora, 7 anos.

Quando decidimos procurar uma escola para o Antônio, em meu coração não tinha dúvidas sobre qual ele frequentaria. Ao entrar na Unidade 3, no mesmo local que em 1991 eu iniciei minha vida escolar, fui tomada por uma emoção indescritível.

Tantas lembranças lindas, tantas histórias, tanto amor vivido naquele espaço! Foi ali que eu aprendi não só a ler, a escrever, a apreciar as artes, a literatura, a poesia... aprendi também a ser questionadora, tolerante, crítica e ao mesmo tempo sensível! Valores e princípios que vão muito além da base curricular de uma escola. E o destino permitir que meu filho tivesse a mesma oportunidade fez com que meu coração transbordasse de amor e orgulho. Tenho certeza que a vida escolar do Antônio será tão feliz e completa como foi a minha!

Natália O. E. Donda, mãe do Antônio, 2 anos.

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Sempre que me perguntam o que eu acho do Colégio Parthenon eu começo a minha resposta com a frase 'sou suspeita pra falar…' e a explicação é: O Parthenon me ensinou muito mais do que as matérias da grade, a escola me formou pra vida, me ensinou valores que trago comigo até hoje. Foi lá que iniciei minha vida escolar, no pré, e só sai formada no terceiro colegial. Foi onde conheci amigos de uma vida inteira e é onde cada vez que volto, mesmo depois de tanto tempo, recebo tanto carinho.

Mesmo antes de ser mãe já dizia que minha maior vontade era que meus filhos estudassem lá e que pudessem viver tudo o que vivi nesse colégio. Hoje posso dizer que meu sonho foi realizado e meu coração se enche de alegria ao ver o quanto o Marcos é feliz e o quanto evoluiu, em todos os sentidos, desde que entrou no colégio no ano passado.

Isso só reforça o que sempre soube: o Parthenon foi a minha melhor escolha.

Juliana Sayuri Shiraga Ferreira , mãe do Marcos 4 anos.

‘Felicidade’. É isso que define ter o Miguel estudando na mesma escola em que fui aluna por incríveis 12 anos. ‘Alegria’ define vê-lo brincando, correndo e aprendendo de forma tão natural e acolhedora. ‘Prazer’ define poder levá-lo sorrindo todos os dias para a sala de aula. ‘Gratidão’ define saber que ele crescerá com os mesmos exemplos e valores que eu tive.

Obrigada, Parthenon!

Maria Fernanda Jorge Soares, mãe do Miguel, 5 anos.

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É com muito prazer e satisfação que exponho a minha experiência como ex-aluno e agora pai de um aluno do Colégio Parthenon. Recordo-me, como se fosse ontem, quando reuníamos todos os amigos no tapete vermelho e ouvíamos as histórias e cantigas que as professoras contavam e cantavam para nós. Eram momentos mágicos, como o dia do brinquedo, novas brincadeiras, as lições de casa prazerosas que os pais e os avós compartilhavam.

Aprendemos também a dividir nossas coisas, nossos brinquedos, nossos lanches. Uma briga aqui, um choro ali, um atrito, mas as professoras sempre atentas para nos confortar e ensinar.

O tempo passou, nós crescemos, os interesses mudaram e as responsabilidades aumentaram. Alguns amigos se distanciaram, outros se aproximaram, e a vida foi fazendo seu ciclo, as lições de casa foram ficando mais difíceis. O momento das escolhas foi exigindo maturidade e preparo suficiente para escolhermos nosso futuro e uma profissão.

Em um momento que geralmente seria de grande preocupação, tive a tranquilidade e a certeza na formação que queria para os meus filhos, já que fiz parte da segunda turma do Cisne Branco. Não bastava só a memória afetiva! Os valores e princípios, o programa pedagógico, a parceria escola e família, a estrutura física, os professores e colaboradores, todos estes quesitos me fizeram perpetuar a escolha educacional feita pelos meus pais.

A minha escolha não poderia ter sido outra. O Parthenon me proporcionou momentos incríveis com amigos, com professores, na sala de aula, nos esportes, na hora do intervalo e até na hora da saída. Essa experiência eu gostaria que meu filho também tivesse e que fosse única, da mesma forma que foi para mim.

Hoje, depois de alguns meses de aula, tenho muito orgulho de ver meu filho crescendo, brincando e se desenvolvendo de uma forma tão prazerosa e com profissionais tão empenhados e competentes. E as interações que a escola proporciona entre pais e alunos me fazem reviver parte da minha trajetória e me torna grato mais uma vez por pertencer à história do Colégio Parthenon.

Felipe Toledo Martins, pai do Leonardo, 2 anos.

Por isso, quando resolvi matricular meu filho em uma escola, tentei ao máximo escolher uma instituição onde ele encontrasse bons profissionais que o auxiliassem desde pequeno a ter um aprendizado satisfatório para que ele tenha lembranças tão boas quanto as minhas e que ao mesmo tempo ele possa se desenvolver para, daqui a alguns anos, tomar decisões difíceis como essa, mas que no final ele possa dizer com certeza que é possível estudar e ser feliz ao mesmo tempo.

Kazue Fujita Saito, mãe da Larissa, 4 anos, e do Luís Felipe, 13 anos.

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ENS. FUNDAMENTAL II

profissionais, mas os professores desse início de segmento precisam ser muito especiais. Além de muitos conteúdos conceituais, os procedimentais merecem um olhar extremamente cuidadoso por parte dos educadores.

Isso quer dizer que o Colégio Parthenon e todo seu corpo gestor é bastante atento na seleção dos profissionais que contribuirão para que os alunos consigam enfrentar todos os desafios.

Para que haja a devida aproximação entre os alunos de 5ºs anos e os professores, outras atividades são desenvolvidas, o que contribui ainda mais para que os anseios sobre o novo ciclo sejam arrefecidos.

E AGORA? COMO ENFRENTAREI OS DESAFIOS DO 6º ANO? Por Cristiane Bassani, coordenadora do Ensino Fundamental I.

Marcela Kriegel Ribeiro, vai cursar o 6º ano em 2019.

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uitos são os desafios enfrentados pelos alunos quando chegam ao 5º ano, mas um, em especial, causa grande desconforto para as crianças e para os pais. O desafio de perceber que, num futuro muito próximo, o segmento em que se está será concluído e um novo vai chegar repleto de modificações significativas.

Filhos, por desconhecerem o futuro, e pais, por recordarem suas próprias experiências, se veem diante de variados dilemas.

Pensando em minimizar toda essa ansiedade, há algum tempo aqui no Parthenon, professores e coordenadores dos 5ºs e 6ºs anos, traçam ações que cada vez mais vêm colaborando para que os alunos possam enfrentar essa transição de modo mais tranquilo.

Acima de tudo, é necessária a tomada de consciência de que se trata de 44

desafios possíveis de serem transpostos.

Uma série de etapas faz parte deste percurso, a que chamamos Ritual de Passagem, e cada uma delas vai revelando para os alunos tudo o que será deixado para trás e que será vivenciado em breve. Por julgarmos importante o registro de etapas que contam a história dos alunos, a equipe do 5º ano propõe para as crianças a confecção de um Caderno de Memórias, que é produzido primeiramente pelos alunos e, depois, conta com a participação dos pais, professores e coordenadores e será entregue a todos ao final do ano, durante a finalização do Ritual de Passagem, num evento interno que encerra o ciclo do Fundamental I. Sempre preocupados com essa transição, os professores do 5º ano, ao longo do período letivo, assumem posturas que colaboram

para a consolidação de procedimentos importantes para o início do próximo segmento (Fundamental II) como os agendamentos de lições, as correções autônomas, dentre outras rotinas importantes para um aluno de 6º ano.

A coordenação do Fundamental I agenda um bate–papo com os estudantes para que eles possam passar todas as dúvidas que carregam sobre o 6º ano e esse documento é encaminhado para a coordenação do Fundamental II que senta e conversa com o grupo e esclarece todos os questionamentos. No início de outubro, os pais desses alunos têm um encontro com a coordenação do Fundamental II para que as dúvidas sejam sanadas. É necessário deixar claro que todos os anos de ensino merecem um cuidado muito grande na escolha de seus

Um outro encontro entre os alunos de 5ºs e 6ºs anos é marcado para o final do ano letivo juntamente com professores e coordenadores dos dois segmentos. Trata-se de um passeio chamado Day Camp, que tem como objetivo o acolhimento dos alunos mais novos pelos mais velhos. Já no mês de dezembro, ocorre o evento simbólico de finalização do Fundamental I, com a entrega do Caderno de Memórias.

Dessa forma, fechamos o ano letivo e deixamos os alunos menos aflitos no período de férias que os coloca no aguardo dos desafios do 6º ano.

Após as férias, um novo período se inicia e novas dinâmicas são pensadas para que todos se sintam ainda mais à vontade no Fundamental II. Justamente para que essas atividades finais sejam trabalhadas, todos os alunos de 6ºs iniciam suas atividades um dia antes dos alunos de outros anos de ensino. Compreendemos quanto são importantes esses momentos de aproximação e socialização, uma vez que constituem passos necessários para essa nova etapa da vida dos estudantes.

O importante é que o aluno saiba que as demandas se ampliam, mas ele será assistido por toda uma equipe que se preocupa com ele nesse momento tão novo, esperado e temido.

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TODOS OS SEGMENTOS

DANÇA NA ESCOLA Convidamos três especialistas para falarem sobre a importância da dança na formação cultural dos alunos e dividirem conosco seus conhecimentos, vivências e paixão por essa arte.

Por Mirca Bonano, coordenadora do Curso de Artes do Colégio Parthenon.

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abemos dos desafios em criar um currículo de artes que integra as linguagens de dança, música, teatro e artes visuais. Para ampliar este campo de conversa, abrimos aqui um espaço de discussão voltado para as especificidades de cada uma dessas linguagens, com a professora Isabel Marques, especialista na concepção de parâmetros curriculares e de processos de formação de profissionais na área de dança, e os professores do Colégio Parthenon, Renata Baima e Rodrigo Costrov.

Em linhas gerais, quando e por que, o ensino da dança ganha destaque na escola brasileira ?

Isabel - A dança passa a integrar o currículo oficial do município de São Paulo no início da década de 1990, na gestão de Paulo Freire à frente da Secretaria Municipal de Educação. Em seguida, em 1997, pela primeira vez a dança integra documento nacional do MEC juntamente com Teatro, Artes Visuais e Música, saindo assim das genéricas “Artes Cênicas” e assumindose como Arte (e não conteúdo da Educação Física). No entanto, somente 46

em 2016, torna-se lei (13278/16) a obrigatoriedade de todas as linguagens artísticas na escola.

Renata - No final dos anos 1990, a dança entra nas discussões e documentos de ensino. Uma vitória, mas também uma preocupação acerca da inclusão dessa linguagem artística dentro da escola. Questões como os conceitos sobre o ensino e a aprendizagem em dança que muitas vezes baseiam-se na imaginação, na sensação, no ato de dançar livremente ao som da música, permanecem na pauta de discussão até hoje. Em certa medida, continuam pautando nossas construções e escolhas curriculares.

Rodrigo - A dança e o movimento expressivo estão presentes no nosso cotidiano mais do que imaginamos, também, no universo da criança inegavelmente. É por meio do corpo que aprendemos. Nesta perspectiva, as aulas de dança no ambiente escolar permitem ao aluno se (re)conhecer como pessoa e como corpo. Pela dança ele descobre a infinita manifestação de seus movimentos, abrindo-lhe um vasto

campo de expressão e comunicação de si (abstrato, intelectual, motor, sensório, emocional, etc.), através do seu corpo, portanto, permitindo o desenvolvimento de sua linguagem e comunicação corporal.

Vale salientar também que a dança no ambiente escolar possui um caráter de articular saberes, contextos e conhecimentos, por meio dos quais o aluno se expressará através de seu corpo, suas possibilidades e singularidades, sempre levando em consideração seus saberes, experiências e todo seu repertório de movimento, estimulando-o a trabalhar em conjunto com as ferramentas da dança para, a partir daí, criar composições e criações em dança.

lo e também de descobri-lo – como se fossem “lentes” que auxiliam a qualquer um a entender as dinâmicas sociais do ponto de vista de uma arte eminentemente corporal.

Renata - Durante os anos em que acompanhei de perto o trabalho da Isabel Marques, pude perceber que um caminho possível e coerente para o ensino da dança é o entendimento da Coreologia e suas relações com as possibilidades de leitura de mundo. Meu trabalho como professora junto aos educandos é apresentar a dança como um amplo campo de conhecimento e leitura de mundo no/pelo corpo e não um conjunto de movimentos sem significado, sem razão. Um ensino de dança que seja comprometido com a construção de conhecimento é capaz de proporcionar às crianças e jovens possibilidades de leituras via corpo, via relação com o espaço/tempo próprio, do outro e do mundo.

Rodrigo - Temos que tomar cuidado para não levarmos a dança no ambiente escolar para o patamar de exibicionismo do corpo, em que o treinamento e a repetição de movimentos (não conscientes) levam o aluno à construção de ideal de corpo padrão, um corpo competitivo que fragmenta e discrimina o outro, fomentando no aluno um sistema descontextualizado. Ou até mesmo vislumbrar a dança no caráter terapêutico apenas, em que a aula de dança serve como inibidora de estresse.

Quais diferenciais qualitativos na formação de crianças e jovens podemos destacar a partir do momento em que a dança entra no currículo da educação básica?

Isabel - Entendo a dança como uma forma de ler o mundo, de compreendê-

RODRIGO COSTROV

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Pensando na dança como expressão artística, quais as contribuições que seu ensino pode trazer na construção de uma identidade cultural?

Isabel - A dança como arte traz o foco da educação para o corpo em movimento e para a corporeidade da escola, provoca outras possibilidades de relacionamentos e percepção de si e dos outros a partir da experiência estética, e não somente como atividade física.

Renata - Acredito que a dança como linguagem é fomentada pelo movimento, o ritmo e a expressão artística, compreendendo a construção de conhecimento oriundo da arte e da sua história. Entendo a dança como uma construção de identidade, de leitura crítica do que se cria nos processos artísticos, ou seja, uma leitura do que acontece na sociedade, na política, na escola, em todos os contextos que cercam o aluno.

Rodrigo - A dança considera o corpo em sua totalidade, faz dele um potente manifesto de expressão, dialogando com a sociedade em que está inserido, relatando disparidades, desigualdades e todas as questões socioculturais que estão estabelecidas. A aula de dança é um lugar onde o aluno faz conexões entre o pessoal e o social; desenvolve sua percepção, suas habilidades imaginativas, encontra sua própria voz; valida seus sentimentos e se torna poderoso enquanto cocriador do seu mundo, experimentando e observando diferentes percepções e sensações em relação a si, a outros e à sociedade em que está inserido. A dança, enquanto linguagem e conhecimento, cumpre o papel de promover as relações e, por conseguinte, gerar as transformações, possibilitando a solução ou contribuição para o desenvolvimento das necessidades educacionais do aluno.

Como vocês veem iniciativas como a do Colégio Parthenon, que organiza um currículo de artes inserindo a dança em todos os segmentos da educação básica e da educação infantil?

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Isabel- Importantíssimas. Poucas escolas no Brasil assumem essa área do conhecimento em todos os anos da Educação Infantil e Básica. Parabéns!

Renata - Para os alunos do Colégio Parthenon é um privilégio ter o currículo de artes voltado não só para as artes visuais mas também para a dança e as outras linguagens. Ainda mais por ter um pensamento voltado para o ensino da dança como linguagem, como área de conhecimento, um ensino da dança pensado na construção de sentido e significado no corpo.

Rodrigo - Iniciativas como esta se fazem necessárias a partir do momento em que reconhecemos a contribuição do ensino artístico para o desenvolvimento pedagógico do indivíduo, mas tornam-se exceções ao observarmos que, na maioria das vezes, o ensino de dança só é reconhecido pela utilização de códigos e por um público específico. Portanto, ao notar que o Colégio Parthenon apresenta as demais linguagens artísticas no currículo e, especificamente, a dança para todos os segmentos, compreendo que a instituição escolar reconhece esta linguagem como produtora de conhecimento, bem como percebe que é através da vivência do estudo do movimento que a criança e jovem adquirem novas inteligências e passam a refletir sobre as relações do indivíduo e do coletivo. Ao possibilitar aos alunos o contato com a área em todos os segmentos, o colégio investe na transformação dos corpos e do movimento, indicando uma forma integrada de ver e ler a sociedade em que vivem.

Pensando no ensino da dança, que desafios ainda estão por vir?

Isabel - Em primeiro lugar, ainda há o grande desafio da formação de professores. Embora o número de cursos universitários de Dança no Brasil tenha crescido muito – de 4 cursos para 43 na última década – ainda é insuficiente para atender à demanda

de todas as escolas do país. Do mesmo modo, raríssimos cursos de Pedagogia incluem algum tipo de formação em dança, o que fragiliza seus processos de ensino e aprendizagem na Educação Infantil, por exemplo.

Em geral, o senso comum entende a dança somente como um “fazer” e este fazer como “cópia de coreografias e estilos” – a velha ideia de que a dança é somente um conjunto de passos. Este é outro e, talvez, o maior dos desafios.

Ou seja, compreendermos a dança na escola do ponto de vista da criação – e não somente dos aprendizados de repertórios (coreografias), da leitura da dança (apreciação estética) e da contextualização histórica.

A questão de gênero vem melhorando.

Nas escolas, meninos e meninas encaram a dança como área de conhecimento. No entanto, ainda não podemos dizer que isso esteja de fato resolvido. Muitas famílias ainda proíbem meninos de fazer aula de dança por pura homofobia.

Renata - Os desafios estão voltados para a desconstrução de ideias difundidas no senso comum e que circulam na grande mídia onde o consumo de estereótipos de corpo, movimento e práticas dançantes se confundem com uma sexualização excessiva e desmedida dos corpos das crianças e jovens. Um grande desafio se encontra no campo da formação de docentes que tenham o olhar para o ensino da dança como linguagem e não como conjunto de passos ritmados. Que possam garantir que o ensino de arte, mais especificamente que o ensino da dança, como área de conhecimento, seja essencial dentro do currículo escolar.

Rodrigo - Atualmente, os dispositivos eletrônicos estão cada vez mais presentes no cotidiano das crianças e adolescentes. A meu ver, um dos desafios que está posto é a relação do corpo com a tecnologia que, embora seja muito comum no cotidiano social e muito significativa, tem-se mostrado complexa.

A tecnologia traz consigo uma imensa praticidade, acessibilidade e uma série

de informações dos mais diversos assuntos, encurtando distâncias e rompendo fronteiras, entretanto essa “praticidade e/ou facilidade” acomoda o corpo, alimentando o sedentarismo (já que no seu dia a dia, a criança encontrase em grande proporção voltada para as telas de computadores, tablets e celulares) e diversas outras limitações.

Esse “novo corpo tecnológico” que tem se apresentado gradualmente perde muito a sua escuta, percepção, em suma a “sensibilidade plástica”. Desse modo, como será no futuro trabalhar o corpo e despertar essa sensibilidade? Se o que está em processo é exatamente o contrário? Esse é um desafio: estabelecer conexões entre o corpo, movimento e tecnologia, despertando no aluno o ser sensível, o movimento expressivo que há de tão importante e singular em cada um.

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TODOS OS SEGMENTOS

A CIÊNCIA VAI À ESCOLA MOSTREXPLIQUE E A ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA Por Coordenação de Ciências da Natureza.

Em tempos de pessoas afirmando que as vacinas não têm qualquer efeito sobre nosso sistema imunológico e que ingestão de frutas em jejum cura doenças incuráveis, é preciso refletir sobre o papel do conhecimento científico no mundo. Na verdade, é preciso compreender onde está o abismo entre a ciência feita pelos cientistas e aquela divulgada para o restante da população.

Desde a antiguidade, o homem observa a natureza ao seu redor e, a partir dela, tira conclusões que guiam sua rotina.

Assim, nossos ancestrais já olhavam para o céu e conseguiam relacionar posições das estrelas e da Lua com a melhor época para plantar vegetais, ou colher frutas. Da mesma forma, egípcios, há mais de 9000 anos, estabeleceram um dos primeiros calendários 50

conhecidos, após constatarem que os melhores períodos de plantio se repetiam de tempos em tempos.

Com o passar dos séculos, a humanidade foi se desenvolvendo e as observações foram ficando cada vez mais precisas, contextualizadas e articuladas, gerando pesquisas e um conjunto de conhecimentos sistematizados, hoje, chamado de Ciência. E assim, com uma especialização cada vez mais crescente, milhares de cientistas ao redor do globo continuam observando e testando hipóteses, concluindo e refutando experimentos, desenvolvendo tecnologias e formas de fazer o homem aproveitar melhor sua própria vida.

Atualmente, diante do grande desenvolvimento de aparelhos e

técnicas, que propiciam aos cientistas uma melhor análise dos fenômenos naturais, torna-se necessária uma divulgação adequada desse conjunto de conhecimentos, para que a população possa também ter acesso aos processos científicos, conseguindo utilizá-los no julgamento de questões sociais, econômicas, políticas e ambientais - é preciso que a população consiga “ler” ciências.

Quando falamos em ler, não se trata de um exagero, ou força de expressão. A Ciência, tão simples para os cientistas, compõe-se de uma sequência de símbolos, equações, terminologias e culturas específicas, ou seja, é como se aprendêssemos um novo idioma, com todas as suas especificidades; é como se fosse necessária uma nova alfabetização… Uma alfabetização científica.

Ensinar ciências, portanto, não se resume à memorização de nomes e acontecimentos, mas a um cuidadoso processo pedagógico que vai além de conhecer as nomenclaturas específicas de cada área (quem se lembra das pteridófitas, cinemática, misturas heterogêneas, entre outros?), mas, também, na elaboração e teste de hipóteses, no controle das variáveis, na proposição de experimentos e soluções de problemas, no desenvolvimento de conclusões e exceções…

uma feira de ciências, o evento busca mobilizar professores e estudantes da educação infantil ao ensino médio a mergulharem nos métodos científicos, a pesquisarem temas significativos, selecionarem informações e fontes confiáveis, argumentarem de forma coerente e fundamentada e, por fim, apresentarem seus resultados à comunidade.

Assim, em convergência com a proposta pedagógica do colégio, durante 9 meses, os alunos ficam inseridos em seus grupos de pesquisa, imersos nos elementos da cultura científica, buscando novas informações, discutindo suas aplicabilidades, expondo os resultados… Exatamente como quando aprenderam a ler, formulando hipóteses, testando, reconstruindo, até alcançar a compreensão da estrutura e funcionamento da língua. Agora, debruçam-se em aprender os termos da ciência, formando hipóteses, conclusões e teorias. E o universo é o limite.

Cada um desses procedimentos, dentro do processo de alfabetização científica, é o propulsor para o estudante ter uma fundamentação sólida, que o auxiliará a compreender e julgar o mundo ao seu redor com base em conhecimentos científicos, auxiliando-o a argumentar através do conhecimento historicamente construído pelos seres humanos, com o intuito de melhorar suas tomadas de decisão.

Como parte desse processo de alfabetização, o Colégio Parthenon, há oito anos, promove a realização do MOSTREXPLIQUE. Muito mais do que 51

ENS. FUNDAMENTAL

GAMIFICAÇÃO NAS AULAS DE

MATEMÁTICA

HOJE EM DIA É POSSÍVEL GANHAR PONTOS COM O APRENDIZADO E COM A DIVERSÃO. Por Enéais Prado, coordenador da área de Matemática.

No Colégio Parthenon, envolver os estudantes em situações de aprendizagem está no topo da lista de prioridades e, para atender a essa demanda, a equipe pedagógica faz questão de ampliar seus conhecimentos sobre as mais recentes teorias da educação e ferramentas tecnológicas.

Ainda entendendo que cada aluno é único e tem diferentes necessidades de aprendizado; desde 2014, fazemos uso da Plataforma Khan Academy como mais um instrumento para auxiliar no processo de aprendizagem de Matemática.

A Plataforma Khan Academy foi idealizada por Salman Khan, que assumiu como missão promover uma educação de nível internacional gratuita para qualquer um, em qualquer lugar.

Para ele, as aulas devem seguir o ritmo das necessidades individuais de cada aluno e os conceitos básicos precisam ser compreendidos em profundidade 52

para que os aprendizes sejam capazes de dominar assuntos mais complexos.

A gamificação foi um dos aspectos que despertou o nosso interesse pelo uso dessa plataforma, pois, no Brasil, estima-se existirem cerca de 61 milhões de usuários de jogos eletrônicos. As pessoas buscam os jogos para obter o domínio de determinado assunto, para aliviar o estresse, como forma de entretenimento e, também, como meio de socialização. Em geral, gostamos de jogar uma vez que isso nos proporciona muito prazer.

Na educação não é diferente, mas o ganho com jogos bem planejados pode ser ainda maior, pois o aluno tem a oportunidade de desenvolver habilidades de pensamentos e cognição, estimular a atenção e a memória.

Quando convidamos os jovens a enfrentar situações matemáticas no contexto do jogo, eles assumem

determinados papéis e todas as suas ações precisam ser coerentes com essas escolhas. Devem aceitar as regras estabelecidas pelo jogo para atingir algumas metas por meio da superação de um conjunto de obstáculos.

Sempre optamos por propor uma meta que ultrapassasse o conceito de conclusão dos objetivos de jogos.

Para isso, nossos alunos recebem como meta conquistar pontos, medalhas disponibilizadas pela plataforma e sistematizar conceitos estudados em sala. Cada estudante precisa compreender a dinâmica do jogo para que atinja seus objetivos.

parâmetro para o professor.

Na plataforma, há seis níveis que indicam o progresso do estudante no jogo e podem ser utilizadas como forma de controle de aumento do crescimento de habilidade e de conhecimento.

Na plataforma há, também, elementos simbólicos (avatares) com o intuito de marcar os objetivos e constantes progressos dentro do sistema, além de aumentar o nível de engajamento.

Quanto mais pontos e medalhas obtidas, maior é a promoção social do avatar.

Algumas regras foram estabelecidas por nós, outras estão relacionadas ao próprio funcionamento da plataforma. Elas favorecem a liberação da criatividade e do pensamento estratégico, uma vez que buscam ajustar o nível de complexidade às atividades a serem realizadas.

Na plataforma, há 1321 habilidades nos mais variados campos da Matemática.

Para cada uma, há vídeos explicativos e o estudante é convidado a resolver desafios compostos por sequências de atividades. A cada atividade correta, ele é alertado por uma mensagens sonoras e visuais.

Ao concluir o conjunto de tarefas, o estudante recebe uma mensagem de incentivo para avançar nos conteúdos estudados, além de pontos e medalhas virtuais.

Apesar de todas as características que classificam a Plataforma Khan Academy como um jogo, o uso da ferramenta em sala de aula deve ser realizado com o acompanhamento de profissionais experientes no ensino da Matemática tendo em vista as divergentes posturas teóricas sobre seu uso acadêmico.

Ou seja, essas aulas demandam um planejamento bastante apurado por parte dos professores da área.

Caso ele não tenha bom aproveitamento nas atividades realizadas, automaticamente a interação da plataforma o instrui a rever o conteúdo não assimilado.

O sistema de Feedbacks é por onde o jogador se orienta sobre sua posição no jogo. Os pontos obtidos durante a interação do estudante com as atividades matemáticas servem tanto para estímulo do jogador quanto de 53

ENS. FUNDAMENTAL II

ENS. MÉDIO

GRÊMIO ESTUDANTIL PARTHENON O EXERCÍCIO DA CIDADANIA PARA ALÉM DOS MUROS ESCOLARES Por Mirca Bonano e Nelson Velloso, coordenadores do Colégio Parthenon.

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ontribuir para a inserção de jovens em contextos políticos cada vez mais complexos e refinados não é tarefa das mais fáceis. E é justamente por isso que escolas envolvidas com a formação integral dos cidadãos buscam recriar esses mesmos contextos, de tão complicada observação, em seus espaços. Isso quer dizer que é de suma importância que ações que envolvam o exercício da cidadania, a prática da democracia e o protagonismo juvenil façam parte do cotidiano das instituições de ensino. Para que se formem cidadãos atuantes, os Grêmios Estudantis merecem atenção especial uma vez que permitem as práticas cidadãs comuns em sociedades democráticas.

Retomados a partir de 1985, os grêmios escolares encontram suas bases legais na Lei 7398, sancionada em novembro daquele mesmo ano, que dispõe, em seu artigo primeiro, sobre a organização de entidades representativas dos estudantes do Ensino Fundamental e Ensino Médio bem como regulamenta as práticas desses grupos com finalidades educacionais, culturais, cívicas, esportivas e sociais. Além dessa lei, o

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Estatuto da Criança e do Adolescente, por meio da Lei 8069 de 13 de julho de 1990, garante a organização dos agrupamentos estudantis ao afirmar, em seu artigo de número 53, que a criança e o adolescente têm direito à educação com vistas ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, ao preparo para o exercício da cidadania e à qualificação para o trabalho. No inciso IV desse mesmo documento, garante-se aos estudantes o direito de se organizar e participar de entidades estudantis.

Parece bastante certo informar que a ação desses meninos e meninas os insere como atuantes em potencial e sujeitos de direitos. Nesse sentido, o Grêmio Estudantil pode ser entendido como um espaço concreto de prática social onde todos exercem suas experiências participativas e de atuação coletiva e, consequentemente, social uma vez que a coexistência com opiniões diferentes, a argumentação em público nas reuniões, a resolução de problemas e até mesmo o exercício de discutir questões relativas à escola e aos estudantes podem aparecer como um campo potencialmente fértil para o envolvimento social dos mesmos.

Explicitada a importância dos grêmios dentro das escolas e o seu potencial para a aprendizagem, tornou-se urgente o surgimento de um grupo de adolescentes que pudesse dar voz a todos os alunos dessa instituição.

Para tanto, um colegiado de aproximadamente 50 representantes de turma foi eleito em voto direto por alunos do 7º ano do Ensino Fundamental II à 3ª série do Ensino Médio. Esses representantes têm, a partir do momento de sua eleição, o desafio de criar um documento estatutário capaz de definir o campo de atuação e as regras de funcionamento do grêmio estudantil do colégio.

Consolida-se, desse modo, dentro do Parthenon, a escuta atenta às reivindicações dos estudantes no que diz respeito à organização de um fórum de discussão aberto aos alunos e ex-alunos. Sendo a escola um espaço desafiador na construção e formalização de conhecimento, fomentar suas conexões com o mundo

Como o grêmio do Parthenon vai funcionar Essa organização se dará por meio de realização de encontros presenciais, rodas de conversa, leitura de textos, relatos de práticas, fóruns virtuais permanentes, entre outras estratégias capazes de mobilizar meninas e meninos a criar um estatuto que explicite sua voz em diferentes instâncias da instituição.

No primeiro momento, será necessária a mediação de professores que se responsabilizem por construir junto aos alunos esse processo e, assim, garantir, em um futuro próximo, que eles possam autonomamente conduzi-lo.

Nossa exposição sobre o nascimento do Grêmio Estudantil do Colégio Parthenon

é fundamental para que nossos alunos e alunas constituam suas identidades.

Ao longo destes quase 40 anos, o Colégio Parthenon se manteve atento aos desafios de criar e estimular possibilidades de contato entre seus alunos e o mundo que os cerca.

Em tempos complexos como os que estamos vivendo, faz-se necessário fomentar a organização dos alunos em torno da composição de um colegiado com legitimidade para lidar com as dinâmicas acadêmicas bem como com a diversidade presente na instituição e com os desafios que os jovens enfrentam desde as séries iniciais da sua trajetória escolar. Saliente-se que a escola é o primeiro ambiente de convivência social além da família à qual eles pertencem. A organização dos alunos em agremiações deste perfil sempre propiciou aos coletivos estudantis uma importante experiência de participação democrática no exercício de seus direitos e deveres dentro da escola, seja na rede pública ou privada.

permite vislumbrar seu importante papel dentro da Instituição. Guardada sua principal função de exercício da cidadania, esse grupo também será responsável pela organização de campeonatos, festivais de música, cursos, jornais, excursões, debates, festas, apresentações de teatro, dentre outros eventos. É esse agrupamento que vai representar os interesses dos alunos e cobrar da direção da escola e de outros órgãos a solução de problemas existentes e tudo o que diz respeito aos interesses dos alunos.

Convidamos a todos que acompanhem esse percurso de crescimento e autonomia dos nossos alunos como seres humanos atuantes e reconhecedores da importância do respeito e convívio com a diversidade.

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ENS. FUNDAMENTAL II

ENS. MÉDIO

NUNCA É CEDO PARA COMEÇAR A empreender Antes uma prática restrita às faculdades, o Parthenon, em sintonia com a Reforma do Ensino Médio, acaba de implementar a primeira empresa júnior de Guarulhos voltada para alunos do Ensino Médio.

Por que ter uma empresa Júnior em um colégio?

Uma escola atenta às novas demandas da contemporaneidade e envolvida com os anseios de seus alunos é aquela que também contribui para a entrada de seus aprendizes no mundo real do trabalho. As instituições de ensino não podem mais se isentar das responsabilidades de orientação e de entendimento dessa necessidade atual.

Não é por acaso que tanto se fala em Reforma do Ensino Médio e, inclusive, já temos uma aprovada para implementar nos próximos anos; contudo, ela será inócua se não houver realmente um alinhamento entre as necessidades reais dos alunos fora dos muros escolares e sua aprendizagem em sala de aula.

Isso quer dizer que se torna preciso não somente ligar as escolhas de disciplinas cursadas durante os 3 anos de Ensino Médio aos objetivos profissionais dos alunos, mas também simular situações que os aproximem das demandas do mercado de trabalho que em breve enfrentarão.

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Baseadas nessas orientações, as boas escolas implementaram em seus currículos o uso da tecnologia, a análise de variadas linguagens, o estudo de diferentes representações artísticas, a aproximação entre os fatos históricos e a contemporaneidade, a observação filosófica e sociológica. Mas não bastava parar por aí: nós queríamos que essas transformações acontecessem de modo mais consistente. Por isso, o Colégio Parthenon criou o projeto “Empresa Júnior”.

Reconhecidas por órgãos competentes, as juniores não têm como objetivo o lucro imediato e tudo o que se arrecada por meio dela é investido na própria empresa. Trata-se de uma organização criada para contribuir com as comunidades locais e oferecer auxílio àqueles que não teriam fácil acesso a profissionais que prestam serviços especializados, bem como disponibilizar seus trabalhos a outras empresas.

Nesse processo, consultorias são formadas para que haja formação de alunos e capacitação para atendimento adequado àqueles que precisam dos serviços oferecidos. A criação de uma empresa dessa natureza favorece o aprendizado dos alunos que podem trocar experiências entre seus pares, beneficia outras empresas que podem contratar consultorias de alta qualidade garantida por professores que orientam os alunos e contribui para a construção de boas imagens daqueles que investem nessas empresas.

é “Empreendedorismo” lizar, a capacidade de idea coordenar, realizar ou , transformar projetos serviços e negócios.

Em 2018, esse projeto, que era um sonho antigo dentro do Parthenon, voltou a ser pensado e foi amadurecendo.

Explicadas as propostas de trabalhos, houve adesão maciça dos estudantes, que entrarão em contato, durante o ano letivo, com as rotinas típicas das empresas reais. As juniores, antes restritas às faculdades, ganharam espaço no Ensino Médio do Colégio Parthenon. Os alunos que se interessam pelos ambientes empresariais poderão contar com essa importante ferramenta de ensino e de observação da realidade. Para que possam conhecer melhor o funcionamento das corporações, os membros participarão ativamente da organização de eventos do colégio e compreenderão, desde sua idealização até a concretização do evento, as demandas importantes para que tudo funcione adequadamente.

Diante desse desafio real, os alunos estarão organizados em áreas de interesse de trabalho – publicidade, custos de produção, organização e logística do evento e apresentação do evento – e terão a oportunidade de participar de importantes decisões dentro do colégio.

Iniciativas como essa promovem, de modo bem consistente, a aprendizagem dos jovens frente às demandas do mercado de trabalho. Trata-se de aprender por meio de vivências práticas os dilemas que os estudantes enfrentarão quando não estiverem mais nos espaços escolares.

A adesão aos setores da empresa júnior foi tão grande que os interessados deverão participar de um processo de seleção com elaboração de currículos pelo Linkedin. Trata-se de processo seletivo verdadeiro em que os candidatos também serão entrevistados a fim de que assumam suas funções dentro da empresa.

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ENS. FUNDAMENTAL

ingresso de alunos e alunas no mundo do conhecimento e do trabalho, além da formação de cidadãos íntegros e conscientes de suas responsabilidades sociais e ambientais.

A IMPORTÂNCIA DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

Dessa forma, a BNCC corrobora uma prática que está em nosso “DNA” e vem sendo aprimorada, ano após ano, com o desenvolvimento de projetos inovadores, valorização dos profissionais docentes e não docentes, investimento na formação continuada, diálogo com as famílias e outras ações que visam à formação integral desde o ingresso na Educação Infantil até a saída do Ensino Médio.

Por Eduardo de Oliveira, coordenador do Ensino Médio.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, promulgada em 1996, trazia em seus artigos 9º e 26º a obrigatoriedade da definição de uma Base Nacional Comum Curricular, que indicasse com clareza aquilo que todas as crianças e jovens teriam direito de aprender na escola, independentemente do seu local de nascimento e de sua condição socioeconômica.

Apesar do esforço, as mudanças dos últimos anos foram lentas e insuficientes para retirar da educação escolar o caráter seletivo e preparatório. Os currículos, especialmente do Ensino Médio, continuaram reféns dos exames de seleção para ingresso nas universidades, deixando-os cada vez mais distantes das necessidades reais dos estudantes e da própria realidade social, política e econômica do século XXI. Os conteúdos específicos continuam sendo de extrema importância, mas a escola perdeu a condição hegemônica de lugar privilegiado de sua transmissão em virtude do avanço das novas tecnologias de informação. A escola do século XXI tem como prerrogativa desenvolver competências que 58

envolvam a aquisição do conhecimento para um aprendizado ao longo da vida, o exercício do pensamento crítico e científico, a formação de um repertório cultural amplo e heterogêneo, a capacidade de comunicação por diferentes meios e linguagens, a imersão em uma cultura cada vez mais digital e a capacidade de argumentação para defender ideias e pontos de vistas.

Ou seja, é papel da escola assegurar o desenvolvimento de um conjunto de competências cognitivas necessárias para a resolução de problemas complexos e a fruição da vida em todas as suas dimensões.

Cabe ainda à escola assegurar o desenvolvimento das competências socioemocionais, auxiliando na formação de seres humanos que saibam se colocar no lugar dos outros, que exercitem o diálogo e a cooperação, que assumam a responsabilidade pela construção de um mundo mais justo, humano e ambientalmente sustentável.

Todas essas demandas estão no documento da BNCC e indicam um projeto de educação que promova a integralidade das pessoas. Ao definir um conjunto de aprendizagens como direito

de todos os estudantes, o documento também procura garantir uma situação de equidade difícil de ser conquistada na prática, mas que tem o mérito de fornecer parâmetros claros para que a sociedade possa cobrar escolas e poder público de suas obrigações legais.

Sabemos que a qualidade da educação não será assegurada por decreto. Serão necessários investimentos vultosos na formação, qualificação e valorização dos professores e na melhoria da infraestrutura das escolas, além de políticas públicas de distribuição de renda que assegurem a permanência das crianças e adolescentes nas salas de aula, retardando seu ingresso no mercado de trabalho. Nesse sentido, a Base é exatamente o que seu nome sugere: o alicerce para um projeto de país melhor.

A importância que damos à base A missão do Colégio Parthenon é ser um espaço de formação e acolhimento, comprometido com o

O trabalho com os campos de experiências na Educação Infantil, que estão presentes no documento da BNCC para essa fase da escolaridade, orienta a prática pedagógica nesse segmento há pelo menos uma década.

A preocupação com a formação de repertório cultural das crianças se manifesta não apenas nas aulas de Artes, mas também pelo convívio cotidiano com centenas de reproduções de artistas consagrados, distribuídas por todo espaço escolar e até mesmo pelo sinal que marca a transição de uma aula para outra, que foi substituído por músicas clássicas e canções populares.

O Projeto Debates e Polêmicas, desenvolvido pelos alunos e alunas do Ensino Médio, constitui momento privilegiado para o exercício da argumentação e para tomada de decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Além disso, em 2018, demos início à Empresa Júnior do Colégio Parthenon que tem como objetivo criar condições para que os alunos do Ensino Fundamental II e Médio exerçam o protagonismo juvenil e simulem condições de um ambiente corporativo, preparando-os para os desafios do mundo do trabalho e auxiliando-os na definição de seus projetos de vida.

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TODOS OS SEGMENTOS

QUAL É O PAPEL DA ESCOLA E FAMÍLIA FRENTE À QUESTÃO DAS DROGAS? Por Helena Lima - Doutora em Saúde pela USP - SP e Pós Doutorado em Psicologia da Educação - PUC - SP. As drogas sempre existiram na história da humanidade: celebrações, cultos, rituais diversos, são permeados pela presença de bebidas, substâncias para alteração da percepção e consciência.

Em diferentes culturas, algumas drogas foram e são consideradas lícitas (legalizadas) e outras, ilícitas. O critério para essa classificação na maioria das vezes é político-econômico não pautado nos malefícios causados pelo abuso das substâncias.

Se o critério para classificar uma droga como ilícita fosse o mal que ela causa, sem dúvida o álcool deveria ser considerado ilegal no Brasil: mais de 45% das internações psiquiátricas no país são decorrentes de problemas com abuso de álcool. Estatísticas oficiais mostram que mais de 70% dos crimes de violência doméstica e acidentes de trânsito são praticados por pessoas alcoolizadas. Por que, então, o álcool é uma droga lícita no Brasil? O tabaco também é responsável por gravíssimos prejuízos à saúde dos fumantes e 60

não fumantes (“fumantes passivos”): transtornos respiratórios, vasculares, causa direta de diversos tipos de câncer e acidentes vasculares cerebrais. O detalhe é que nenhum fumante ignora isso, tampouco o tabaco é proibido ou ilegal no Brasil.

Agora, quais as casas que têm um “barzinho” exposto? Em quantos lares temos lugares reservados para as bebidas alcoólicas sem restrições para as crianças e jovens observarem?

E quantos familiares demonstram inequívoco prazer ao sorver uma dose de bebida alcoólica diante dos filhos, ao final de um dia de trabalho ou após uma situação estressante? Temos muitas mães que “só dormem com suas gotinhas de Rivotril” e pais que “só relaxam com suas cervejinhas” ficam muitas vezes desesperados porque o filho ou filha passa mal com a ingestão de álcool. A afetividade com a droga lícita é um problema de milhões de adultos atualmente: “minha cervejinha”.

Todos sabemos que os exemplos ensinam, os sermões entediam.

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tratamento, é preciso recomeçar a vida.

Avaliar tudo o que foi investido, quantas e quais renúncias foram feitas para adquirir e usar a droga em questão. Seja ela lícita ou não.

O chamado “fundo do poço” se resume a um só fato: a pessoa colocou a droga como centralidade da vida.

Dinheiro, tempo, energia e renúncias completamente devotados a um objeto-droga qualquer. Pode ser álcool, cocaína, compras, relacionamentos, trabalho... O objeto-droga varia muito. O que não varia é o sofrimento envolvido nessa relação. Sofrimento do usuário, sofrimento da família.

Há tratamentos diversos para os diferentes contextos de sofrimento e adoecimento: grupos de autoajuda, psicoterapias, internações, mudanças.

Porém, se a família não se tratar junto, todo esforço individual é inútil.

Muitas vezes o usuário que está em abuso de drogas chega ao ponto final em determinado contexto que muitas vezes é neutralizado - “o problema é ele e a droga”. A família e os amigos têm papel fundamental tanto no adoecimento como na recuperação e isso é primordial.

O “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço” prevalece quando o assunto é droga.

A informação é condição necessária, mas não suficiente, para que se modifique um comportamento. Que informações são fundamentais para se prevenir o abuso de drogas? Sem dúvida, informações sobre limites. Qual o limite entre o público e o privado?

Qual o limite entre a cervejinha e o alcoolismo? O limite é o humano. O objeto-droga está ali, inerte. É a gente, é o humano que tem complicações psicológicas que podem facilitar o abuso e o caminho sem volta para uma doença chamada compulsão.

A compulsão não brota da noite para o dia, como a obesidade. Ninguém 62

vai dormir magricelo e acorda obeso. É a comida, usada pela pessoa como objeto-droga, que vai intoxicar e deformar aquele corpo, aquele ser.

Com as drogas, o raciocínio é o mesmo: ninguém experimenta uma caipiroska e amanhece alcoólatra. O caminho da experimentação à dependência não depende da droga. Depende da pessoa. A relação que a pessoa estabelece com o objeto-droga pode ir da experimentação até a centralidade da vida. Pessoas com gravíssimos problemas com drogas (lícitas ou ilícitas) trilharam um longo caminho de pequenas-grandes renúncias, desafetos, más palavras, maus momentos e muitas vezes isso passou despercebido por familiares e amigos. Quando essas pessoas conseguem chegar a pedir um

Cuidemos para que na escola e nas famílias os jovens tenham exemplos de construção de vínculos e vidas com sentido, e eles poderão até experimentar diferentes coisas muito arriscadas - mas saberão o caminho de volta, terão ciência das próprias limitações e aprenderão que, no tema drogas, o protagonista é o sujeito. Não o objeto-droga. Escola frente ao tema drogas tem a mesma responsabilidade que frente aos outros temas da vida: informar, fortalecer o que protege e eliminar o que fragiliza. Professores, pais, rede social de apoio, a tarefa é ampla: questionar o que faz sentido e o que dá alegria na vida.

Nesse cenário, dificilmente haverá transtorno por abuso de drogas. Uma vida com sentido é a melhor prevenção a qualquer vulnerabilidade que possa surgir.

A escola tem como responsabilidade última formar pessoas. Formar implica em fortalecer o autoconhecimento, e não apenas saber nomear sentimentos.

Conhecer as potencialidades, as limitações pessoais e o sentido da própria vida. Conhecer sua rede social de apoio. O que a escola pode oferecer - e deve - é um ambiente ético, digno, em que projetos de vida sejam apontados, em que a valorização da vida e da verdade das relações prevaleça sobre os medos de determinados objetos.

Os objetos estão ali, todos, inanimados.

Nós é que damos o tom para uso deles - sejam drogas, pessoas, “iCoisas”, problemas. O tom do enfrentamento autêntico é o caminho mais tortuoso.

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TODOS OS SEGMENTOS

A RELATIVIDADE DAS VERDADES CONTEMPORÂNEAS E A AUSÊNCIA DAS FLORES DE ANTANHO Emerson Cappelletti aceitou o desafio de se metamorfosear no escritor Machado de Assis para deixar seu recado sobre a importância de ler.

Começo essa reflexão pensando nos leitores com quem conto e que seguirão atentamente minha linha de pensamento acerca dos avanços e desdéns da contemporaneidade.

Incontinente, antecipo-lhes, meus caros, que minha fala “além-túmulo” vem ainda bastante permeada pelos últimos acontecimentos vividos por mim quando ainda estava vivo. Hoje sou um misto daquilo que vi com aquilo que me chega aos ouvidos em meu descanso eterno.

Guardo, em minhas lembranças, um século XIX marcado pela Independência do Brasil, pela Abolição da Escravidão e pela Proclamação da República.

Vi imperador abandonar seu posto, voltar a Portugal e deixar o Brasil nas mãos de um menino. Presenciei a libertação dos escravos e consequente mudança do paradigma de mão de obra brasileira. Testemunhei a chegada dos primeiros imigrantes. Século de variadas transformações. É certo, amigo paciente, que tudo surgiu de meu contato real com o mundo, afinal, enquanto estava ainda entre os homens, as relações se construíam de modo presencial. No máximo, mantínhamos relações à distância por meio de cartas que demoravam bastante a chegar aos seus destinos e deixavam as almas inquietas e

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nostálgicas. As amizades se construíam em meio às belas paisagens da cidade do Rio de Janeiro. Pelo que sei, o tempo passou, tudo mudou muito e hoje não só o Rio de Janeiro perdeu bastante de seus encantos, a humanidade também se perdeu. As pessoas não aceitam a possibilidade do encontro real e se trancaram em suas casas num contato construído por telas de computadores.

Até então, problema algum. A vida é assim mesmo, dinâmica, rápida. Os avanços tecnológicos servem mesmo para a simplificação dos complexos contextos da vida cotidiana. Contudo, não podemos nos esquecer de que todo o cuidado com o compartilhamento de informações será sempre pouco ao lidarmos com o mundo virtual. É necessário vigiar para que não sejamos enganados. Vocês vivem por aí a época do engano e deparam-se, presos em seus castelos virtuais, com as “fake news”.

Relato antes um caso engraçado que me veio por meio de amigos recémchegados a este mundo etéreo.

Desculpo-me também pela digressão, a distância do mundo concreto não me fez abandonar antigas práticas discursivas. Enfim, publicaram em redes sociais dizeres a mim atribuídos que traziam a afirmação de que o problema das citações na internet é que nunca se sabe se são verdadeiras. A citação estava linguisticamente bem construída e assinada por mim, só que trazia a foto do não menos ilustre Monteiro Lobato.

Parece engraçado, mas a pouca fama que conquistei transformou-me num importante formador de ideias que nem minhas poderiam ser.

O inusitado da citação só levaria à conclusão sensata de que se tratava de uma brincadeira. Contudo, algumas almas carregam em sua mais fina essência a ignorância ou a ingenuidade – talvez as duas coisas juntas – e “compartilharam” a citação como algo verdadeiro.

Certamente, transformaram-se em motivo de risos efusivos. A gravidade dos compartilhamentos inadequados, infelizmente, não se situa somente no âmbito do ridículo, ela atinge inclusive as almas bem formadas nas boas escolas brasileiras. Época do cuidado. Entende, leitor desavisado, por enquanto, não colhas os efeitos de tuas distrações. O tempo é senhor de tudo e, muito breve, os propagadores das mentiras receberão o seu quinhão adequado. E isso é o certo!

Comprovemos sempre a veracidade dos fatos.

Reflexão feita, despeço-me de minha meia dúzia de leitores, chamando atenção para as almas. Já afirmei, certa vez, que os seres humanos possuem duas almas. Uma externa, outra interna. A interna é conhecida por todos e tem relação direta com a metafísica, a externa pode ser representada por objetos variados mais ligados à realidade cotidiana. Muitas vezes, ela se transforma na totalidade das pessoas. Tu deves cuidar para que tua alma externa não seja nunca representada pela mentira que a tua contemporaneidade te impõe. Cuida sempre da propagação da verdade.

Despeço-me com a sensação de recado dado e volto, enfim, para meu descanso eterno. Foram somente algumas divagações. Continuo por aqui ainda a me questionar onde se encontram as flores de antanho.

Além de contar com diversos programas de incentivo à leitura, a cada 2 anos o Parthenon realiza o FLIPAR - Festival Literário Parthenon, o maior evento voltado para a literatura na cidade de Guarulhos.

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COMPARTILHE BOA EDUCAÇÃO

Unidade I – Bom Clima Rua Cônsul Orestes Correa, 733 – Bom Clima – Guarulhos (11) 4967-9500

Unidade II – Vila Augusta Rua Salvador Gaeta, 578/610 Vila Augusta - Guarulhos (11) 2421-5588

Unidade III – Bom Clima Rua Minnie Ida Perman, 234 Bom Clima – Guarulhos (11) 2479-3700

Unidade IV – Vila Augusta Rua Noêmia Delafina, 64 Vila Augusta – Guarulhos (11) 2937-2375 / 2937-2372