Livro Fotodesign de Pernambuco - Fragmentos Históricos e Artísticos

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Pernambuco 2015


AAAAAA Associação Brasileira de Normas Técnicas Fotodesign de Pernambuco / Fragmentos Históricos e Artísticos. – Pernambuco: ABNT, 2015. 000 p. : il.color. ; 29,7cm. ISBN 000-00-00-00000-0 1. Fotodesign de Pernambuco. 2. Fragmentos Históricos e Artísticos I. Título CDU:000.00(00)

Proibida a reprodução total ou parcial. Todos os direitos reservados Copyright© 2015.


CONCEPÇÃO E ORIENTAÇÃO

DIAGRAMAÇÃO

Aristóbulo Tavares Neto Breno de Oliveira Flávio Guimarães Julliana Estelita

Roberto Soares PESQUISA

Bianca Santos Dhebbora Vasconcelos Jéssica Santos Lucas Araújo Sílvio Marques

ILUSTRAÇÃO

Pablo Lima Uamirim Silva PROJETO GRÁFICO

REDAÇÃO

Caio Marques Isabella Giordano

Luciano Pontes EDIÇÃO DE IMAGENS

REVISÃO

Maria Cecília Marília Sobral

Este livro foi resultado da disciplina fotografia aplicado ao Design do curso de design gráfico da AESO Barros Melo, orientada pelo fotógrafo e professor Roberto Soares.

Pernambuco 2015



“Difícil fotografar o silêncio. Entretanto tentei. (...)” Manoel de Barros Ensaios fotográficos – Editora Record



SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.......................................................................... 10 ALÓISIO MAGALHÃES................................................................. 12 20 CARTÕES DE VISITAS.................................................................... 30 RÓTULOS DE CIGARROS.............................................................. 34 DESPALAVRA...............................................................................

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Os olhos podem ver além, sob lentes ou a olho nu e guardar na retina a lembrança da luz, o momento do silêncio. Mas pode também registrar, imprimir sob o papel o que se viu além. Eis o poder da fotografia, conter o incontível, guarda o ineguardável, “prender” o tempo do segundo vivido ou do flagrante assaltado além da imaginação. As imagens aqui, reunidas, seguem visões distintas. De olhares flagrantes sobre um percurso fotográfico em Recife onde o silêncio diz mais que as palavras. Imagens recolhidas, pesquisadas através de arquivos, sob a orientação e supervisão do fotógrafo e professor Roberto Soares, na ocasião da disciplina de fotografia aplicada ao design. Aqui, fica o desejo que vejam além, de onde a memória perdeu no tempo a lembrança do que viu e agora, podem ser revistas nesta edição.

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CAPÍTULO 1 - ALOÍSIO MAGALHÃES


CAPÍTULO 1

Aloísio Magalhães LEGADO Ele saiu daqui, mas foi pra lá e de lá voltou pra cá e aqui fez o caminho firmando seu legado criador. Projetando o presente e sedimentando um passado inspirador. A obra pode até ser maior que a pessoa, mas pessoa também tem que o tamanho do que pensa. E assim, do tamanho que teve e tem Aloisio Magalhães ergueu o que muitos vão seguir, um caminho inspirador de criações onde a imaginação presa pelo belo e útil. Pode até ser que as palavras não bastem para dizer, pois se o que se sonha é posto à prova, ele diz sem dizer com as palavras, porque permanece memorável e perceptível. É possível ver onde ele passou, seus rastros, seus caminhos e trilhas podem e ainda são seguidos. Mas o tempo diz que o antes era como de fazer, com mais obstáculos, com mais ou menos ele fez e ergueu as pontes de acesso para segui-lo. Assim, fica aqui um pouco do que foi, é e será as criações de um homem ligado ao seu tempo, com o olhar além do horizonte, firmando um legado que não é só seu, mas dos aventureiros que não pesam o destino com a garantia de uma comodidade pública.

Em 1975, fundou o Centro Nacional de Referência Cultural

Eis o caminho, a porta aberta, o lápis sobre a mesa e os sonhos acordados. Eis o legado, sigam!

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CAPÍTULO 1

Aloísio Magalhães

Ele também foi responsável pelo projeto gráfico das notas do Cruzeiro Novo (adotada no país a partir de 1966)

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CAPÍTULO 1

Aloísio Magalhães

Logo desenvolvida para a Bienal de São Paulo em 1965

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CAPÍTULO 1

Aloísio Magalhães

Logos desenvolvidas por Aloísio

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CAPÍTULO 1

Aloísio Magalhães

Museu do cerntro nascional de refenrência cultural

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CAPÍTULO 1

Aloísio Magalhães

Aloísio enquanto artista plástico

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CApítulo 2 - cartões de visitas


CAPÍTULO2

cartões de visitas VOLTE SEMPRE Eles sempre diziam a mesma coisa após os acontecimentos. Eram entregues na formalidade social de um fortuito encontro ou numa mesa reservada de bar ou restaurante, até mesmo em festas familiares e nas caminhadas ao sol pelas ruas e pontes. Eles diziam sobre alguém num papel impresso, tudo para que não houvesse a possibilidade do esquecimento. E por garantia, pois a memória fraca poderia esquecer o desenho da figura do qual recebeu, eles vinham com poses de gente séria e honesta flagradas no instante da luz por fotógrafos dos grandes estúdios da época no Recife. A garantia emoldurada pelo cartão de visita com imagem, uma relíquia aos olhos de hoje, mas panfletante na época onde a França ainda influenciava a cultura local, certificava ao cliente ou ao mesmo amigo o slogan embutido – Volte Sempre! A certeza da visita era comprovada pelas quantidades guardadas em gavetas ou caixas, muitas delas por ordem alfabética. A visita anunciada em cartão, moda em voga num tempo de outrora, faz no silêncio fotográfico a balburdia de uma cidade que erguiam seus laços sob a modernidade construída como numa imagem pousada de gente de boa família. Se assim for, volte sempre pro favor.

Alfredo Osório , por Photografia Modelo, Recife Coleção Francisco Rodrigues

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CAPÍTULO 02

cartões de visitas

Adalgisa Cabral de Mello, J. J. Oliveira, Recife - Coleção Francisco Rodrigues

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Epitácio Lindolpho da Silva , por Hermina Costa , Recife - Coleção Francisco Rodrigues

Abdias de Oliveira, Bacharel em 1882 e Desembargador, por Alberto Henschel, Recife - Coleção Francisco Rodrigues


CAPÍTULO2

cartões de visitas

Abdias de Oliveira, Bacharel - 1882 Desembargador, por J. J. Oliveira , Recife - Coleção Francisco Rodrigues

Malaquias Antonio Gonçalves entre amigos,médico, por Alberto Henschel, Recife - Coleção Francisco Rodrigues

Vital Maria Gonçalves de Oliveira, 19° Bispo de Olinda, por Alberto Henschel, Recife - Coleção Francisco Rodrigues

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CAPÍTULO 02

cartões de visitas

Joaquim Nabuco , bacharel em 1870, embaixador, abolicionista, escritor, por A. Ducasble , Recife - Coleção Francisco Rodrigues

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João Andrade Lima, jornalista, por Oliveira & Tondella, Recife - Coleção Francisco Rodrigues

Manoel Cavalcanti de Albuquerque Wanderley, Engenho Cavalcanti, Nazareth por Oliveira & Tondella, Recife - Coleção Francisco Rodrigues


CAPÍTULO2

cartões de visitas

Manoel Tavares Cavalcanti, bacharel, 1901, poeta, por Oliveira & Tondella, Recife - Coleção Francisco Rodrigues

r. Francisco de Rosa e Silva, por Louis Piereck, FUNDAJ – Acervo Digital Link: http://vbreportagens.blogspot.com.br/2012/04/

Antônio Frederico de Castro Alves, poeta e abolicionista, por Menna da Costa , Recife - Coleção Francisco Rodrigues

na-fundacao-joaquim-nabuco-e-possivel.html

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CAPÍTULO 02

cartões de visitas

Carlos da Silva Vilela, negociante, por Constatino Barza , Recife - Coleção Francisco Rodrigues

Herculano Bandeira de Mello, Bacharel (1870), Deputado Provincial, Senador Estadual, Magistrado e Governador de Pernambuco, por Alberto Henschel, Recife - Coleção Francisco Rodrigues

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CAPÍTULO2

cartões de visitas

Inácio Joaquim de Sousa Leão, o barão de Sousa Leão, por Louis Piereck

Izabel Cristina de Orleans e Bragança, por Menna da Costa , Recife - Coleção Francisco Rodrigues

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CAPÍTULO 02

cartões de visitas

Francisca de Souza LeãoIzabel Cristina de Orleans e Bragança, por Flósculo de Magalhães, Recife - Coleção Francisco Rodrigues

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Rita Araújo Andrade, por Flósculo de Magalhães, Recife - Coleção Francisco Rodrigues



CApítulo 3 - rÓTULOS DE CIGARROS

CIGARROS AOS DOIS AMORES


capítulo 3

Rótulos de cigarros ROTULADOS Era comum e até de costume apontar com olhos, com as mãos ou simples seguida de cabeça aos outros por onde passasse. Os comentários rendiam dias e as vezes anos. O que diziam ficavam como os engarrafados postos à venda. Rotulavam de tudo que era jeito os comportamentos alheios na mexericagens que nunca sessou até hoje. E mesmo de boca em boca, eles grudavam e quase nunca saiam e assim, seguiam muitos deles rotulados pela boca da moral e os bons costumes. Esses delatores também seguiam preservados a miúdes pelos também rotulados de donos da vida alheia. Na garantia e validade, os rótulos seguiam à risca as discrições: origem, procedência, ano de nascimento, modo de fabricação e prazo de validade quando assim existiam. As cachaças assim como os vinhos, nossos herdeiros da zona da mata açucareira, quantos mais apuradas melhores, coisas do tempo sem tempo, que deixa o paladar degustador mais apurado. As garrafas pareciam até as mesmas e o contido e contem nem sempre eram os mesmos, mas o peso desmedido era o rótulo, tal como as marcas de boi da manada para não se misturarem sem danos, ficam tatuadas como marcas registradas. A nossa intenção não é seguir os costumes, mas imprimir aos olhos as marcas de um tempo rotulados em garrafas que deixam gosto de passado e agora, tornam-se presentes. E desse assunto é bom falar.

Primeiro Amor

Cigarro à Morena

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cap铆tulo 3

R贸tulos de cigarros

Cigarros Amorosos os cabras da beirada

Cigarros de Linho Cigarros Extasiantes

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DESPALAVRA

Hoje eu atingi o reino das imagens, o reino das despalavra.

Daqui vem que todas as coisas podem ter qualidades humanas.

Daqui vem que todas as coisas podem ter qualidades de pássaros.

Daqui vem que todas as coisas podem ter qualidade de sapo.

Daqui vem que todos os poetas podem ter qualidades de árvore.

Daqui vem que todos os poetas podem arborizar os pássaros.

Daqui vem que todos os poetas podem humanizar as águas.

Daqui vem que todos os poetas devem aumentar o mundo com suas metáforas.

Que os poetas podem ser pré-coisas, pré-vermes, podem ser pré-musgos.

Daqui vem que os poetas podem compreender o mundo sem conceitos.

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Que os poetas podem refazer o mundo por imagens, por eflúvios, por afeto.




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