Ministério da Ciência
VANGUARDA
Pequenos e revolucionários Tubos de carbono invisíveis a olho nu podem transformar o setor industrial do mundo inteiro. Minas Gerais está um passo à frente nessas pesquisas Lucas Alvarenga Eles são cilíndricos, minúsculos e imperceptíveis até mesmo em microscópios ópticos. São 100 mil vezes menores do que um fio de cabelo e um bilhão de vezes inferiores ao metro. Mas essa insignificância no tamanho esconde uma fortaleza. Sintetizados em laboratório inicialmente no Japão desde a década de 90, os nanotubos de átomos de carbono prometem revolucionar a indústria em breve. Embora sejam bem mais leves do que o aço, os nanocilindros são 20 vezes mais resistentes. E as ligações fortes entre átomos de carbono servem para gerar materiais de difícil destruição.
Desde o ano 2000, os nanotubos de carbono são uma realidade no cotidiano da maior instituição de ensino superior do estado: a Universidade Federal de Minas Gerais. Na época, o professor de Física da UFMG Luiz Orlando Ladeira produzia os primeiros nanocilindros em parceria com o colega Marcos Assunção Pimenta, também físico. Atualmente os docentes integram um grupo de pesquisadores oriundos da Biologia, da Física e da Química. Todos se dedicam à nanotecnologia, na qual o estado de Minas Gerais é pioneiro. | 27