

AGRADECIMENTOS
Eu agradeço primeiramente à minha família por sempre apoiar os meus sonhos, à minha mãe por incentivar o meu melhor, ao meu pai por me acalmar nos momentos mais difíceis e ao meu irmão por sempre me fazer rir. Às minhas amigas de faculdade por todos os trabalhos e momentos, por todas as madrugadas conversando por horas à fio enquanto faziamos projeto. Ao meu orientador, Eduardo Colonelli, por exigir o meu máximo e acreditar no meu potencial.
E por fim, à mim mesma, pelo meu foco, determinação e por conseguir finalizar o TCC e a faculdade sempre dando o meu melhor.
O trabalho é composto por cinco capítulos: o primeiro, aborda as características do bioma do Pantanal, seus fatores econômicos, problemáticas, perpassando sobre a importância do Rio Paraguai e a Estrada Parque; o segundo, foca na história de Corumbá e Ladário, cidades mais próximas ao hotel; o terceiro, trata da cultura regional, que abrange as artes plásticas, folclore, artesanato, eventos culturais e gastronomia; o quarto capítulo analisa o turismo na região e o quinto foca nas hospedagens existentes nessas duas cidades. O penútilmo capítulo será uma breve análise dos estudos de caso que ajudaram no desenvolvimento do projeto. Por fim, o último capítulo terá enfoque no projeto e seu conceito, explicando a implantação, legislação local, programa e fluxograma, materialidade.

O Pantanal é a maior área úmida continental do mundo, por isso é denominado de “reino das águas”, esse é fundamental para o suprimento de água, estabilização do clima e solo e responsável pela manutenção de várias espécies de animais. Foi decretado Patrimônio Nacional pela Constituição de 1988 e Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera pelas Nações Unidas em 2000, o que ressalta sua importância ambiental.
O bioma possui área de aproximadamente 150.355km² (IBGE, 2004), e se estende pelo Paraguai, Bolívia e Brasil, onde está cerca de 62% do bioma, e se divide pelos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O Pantanal abrange diversos ecossistemas, sendo eles Floresta Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Chaco (paraguaio e boliviano). O seu solo é arenoso e argiloso e combinado com a baixa declividade e a diversidade de rios, contribui para o alagamento, que pode chegar até 2/3 de seu território.

É uma depressão geográfica circundada por planaltos e bacias, sua maior parte é plana com morros isolados e depressões rasas, as altitudes estão em torno de 80 e 150 metros, as poucas partes altas possuem altitude de até 1000 metros, essas não alagam e viram ilhas nas quais os animais procuram abrigo.
2.0 PANTANAL
Edição do mapa territorial do Pantanal produziada a partir do mapa do site Pantanal Map.
A vegetação predominante no planalto são gramíneas, pequenos arbustos e vegetação rasteira, determinada por fatores de solo e climáticos e por florestas úmidas.
O bioma é rico em biodiversidade, as espécies da fauna e da flora chegam a somar aproximadamente 4.700, sendo 3.500 espécies de plantas, 325 peixes, 53 anfíbios, 98 répteis, 656 aves e 159 mamíferos. Os principais animais são jacaré, capivara, arara-azul, tuiuiú e as onças. Seu papel é fundamental na conservação da biodiversidade, é fonte de vida da fauna e flora, por ser berçário para várias espécies.
O Pantanal depende substancialmente do ciclo hídrico entre as cheias e as secas. As cheias anuais chegam a atingir cerca de 80% do Pantanal, o que transforma a região em um lençol d’água
Em novembro inicia o trimestre chuvoso nas regiões altas da bacia hidrográfica, consequentemente o nível dos rios sobe e provoca enchentes na planície. Apenas em maio, as chuvas param e as águas baixam gradativamente. Nos territórios alagados ficam retidas uma grande quantidade de peixes, que fica retida em lagoas e baías, isso atrai muitas aves em busca de alimentos. Esse movimento proporciona a manutenção das espécies e torna o bioma único, especial e frágil, sendo que qualquer alteração no ciclo hidrológico pode afetar a biodiversidade.

FATORES ECONÔMICOS
Desde a ocupação da região no século 18, a pecuária é a principal atividade econômica.Sendo responsável por 65% da atividade econômica nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e de acordo com dados de 2008.
Segundo a Embrapa Pantanal, a pesca é a segunda maior atividade, gerando até 40 milhões de reais ao ano. A pesca de subsistência é integrada à cultura regional e é a maior fonte de proteína para os ribeirinhos.
Por fim, o turismo é outra atividade econômica no pantanal. O WWFBrasil, Fundo Mundial da Natureza, acredita que, quando desenvolvido de maneira responsável, contribui para a sustentabilidade econômica da região.
O Pantanal gera U$112 bilhões por ano em serviços ambientais, mantendo-se conservado, o que representa 5% do PIB do Brasil.
2.2 PROBLEMÁTICA
As queimadas no Pantanal foram grande destaque nos últimos anos, já que em 2020, ocorreu o maior incêndio já registrado, em que 26% do bioma estava em chamas, segundo o Laboratório de Satélite Ambientais da Universidade do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ). No ano seguinte, as queimadas também foram preocupantes e a seca excessiva, sendo o terceiro ano consecutivo com poucas chuvas.
Além dos problemas citados acima, outros fatores que afetam diretamente a conservação do Pantanal são o manejo inadequado da agropecuária, principalmente pela monocultura de cana de açúcar e soja, que leva a erosão e assoreamento, contaminação do solo e das águas com insumos agrícolas, a destruição de nascentes, mineração, intensa atividade humana e o crescimento urbano e populacional.
Mesmo que o resultado de pesquisa das ONGs Ecoa-Ecologia e Ação, Conservação Internacional, Fundação Avina, SOS Pantanal, WWF-Brasil e Embrapa Pantanal, em 2010, mostre que a planície do pantanal ainda possui 86,6% de sua cobertura vegetal, permanecendo bem conservada, a parte alta da bacia hidrográfica possui apenas 41,8% da vegetação natural. Na pesquisa, foi registrado um maior percentual de desmatamento no planalto da BAP entre 2002 e 2008, em que a perda foi de 4% da vegetação natural, em contraposição a 2,4% da planície.
O pantanal é um dos biomas mais atingidos pelo desmatamento, incêndios e perda hídrica de acordo com o Map Biomas, além disso a hidrelétrica e a hidrovia Paraguai-Paraná podem afetar ainda mais esse bioma.

RIO PARAGUAI

O Rio Paraguai possui mais de 2500 quilômetros de extensão, ele contribui na formação da bacia do Prata.
Para entender sobre o regime de cheias do rio e como isso poderia influenciar no projeto do hotel, foram necessárias informações sobre cota de nível, profundidade e os dados das cheias. Através de bases do Qgis e Google Earth, concluiu-se que a margem do rio no seu “normal” está na cota 86. Por meio do trabalho de pós graduação “Geomorfologia e dinâmica Fluvial do Rio Paraguai no trecho entre Cáceres-MT e CorumbáMS” de Edson da Silva, foi possível determinar onde se localiz o terreno que a largura do rio é 190,4m e sua profundidade 9,09m.
Por fim, concluiu-se através de tabelas das vazantes do Paraguai, fornecidas pela Embrapa e do Serviço Geológico do Brasil que na região próxima ao terreno, o rio atinge no máximo 3,30 metros de sua cota normal, assim, não chega a atingir a cota 90 que está localizado o hotel, as imagens de satélite do Google Earth analisadas reforçam esses dados.









A estrada parque é uma área especial de interesse turístico, criada pelo Governo do Estado do Mato Grosso do Sul, com o objetivo da estrada é a conservação da biodiversidade e promoção do ecoturismo no Estado.
A via compreende os trechos da MS-184 e 228, em seus 120 quilômetros, percorre os municípios de Miranda, Ladário e Corumbá, localizado há 15 minutos da cidade. Seu principal atrativo é a possibilidade de observar animais pantaneiros em seu habitat natural, por sua longa extensão, é possível perceber a diferença entre as várias regiões, sendo que cada parte é possível de observar determinados animais com maior facilidade. Além disso, nela é possível a prática de esportes, recreação e lazer.

ESTRADA PARQUE
De acordo com o livro “História de uma região: Pantanal e Corumbá” de Lécio Gomes de Souza, no período pré-colonização, o território sulamericano era povoado por quatro famílias, sendo elas a dos carbies, a dos ês ou tapuiais, a dos aruaques e a dos tupis guaranis, que era a predominante no Brasil. Mas para além dessas, havia grupos de origem não esclarecida, como os bororos, os guatós, os xamacocos e os Guaicurus.
Na região da atual Corumbá, o grupo indigena é guató, também conhecidos como índios canoeiros do Pantanal, esses possuem 12.716 hectares de terra e também, fazem parte da Associação dos Índios Canoeiros do Pantanal (AICGP).
Uma prova de vida do período pré-colombiano brasileiro são os caminhos indígenas e uma das mais importantes, a do Peabiru, passou por essa região, esse unia o Império Inca nos Andes ao Oceano Atlântico e passava por entre várzeas e margens de rios e era utilizado nos dois sentidos.

HISTÓRIA DE CORUMBÁ
O então Estado de Mato Grosso, era composto pelas áreas do atual Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, pertencia à Espanha pelo Tratado de Tordesilhas de 1494, tal tratado dividia o mundo em duas partes, uma pertencente à Portugal e a outra, à Espanha. Os espanhóis iniciaram a exploração dessa região pelo estuário do Prata e seu caminho seguia para o Peru.

Portugal e Espanha, entre os anos de 1580 a 1640, formaram a União Ibérica, o resultado prático dessa junção foi o desaparecimento de fronteiras desses dois países na América. A exploração do Mato Grosso, juntamente de Minas Gerais e Goiás, foi realizada pelos paulistas, que seguiram do Rio Tietê indo sertão adentro.
Então, no século XVI, começaram a ocorrer os movimentos entradistas e bandeiristas, objetificando a expansão e integração do território, junto com a exploração da terra, o povoamento e aproveitamento das potencialidades econômicas do local. A partir disso, os primeiros núcleos populacionais e fazendas agropastoris começaram a se desenvolver na região.
Imagem: Iconografia de Von Martins que retrata o bioma Pantanal com base nas gravuras de alguns naturalistas, como o britânico Hugh Algernon Weddel, que veio ao Brasil na expedição de François Louis de Laporte (1843 - 1847). Fonte: Artigos | Brasiliana Iconográfica (brasilianaiconografica.art.br)No final da União Ibérica, o Tratado de Tordesilhas foi revisado. Em 1750, ocorreu a primeira tentativa pelo Tratado de Madrid, esse previa novas fronteiras no Estado de Mato Grosso e Goiás, esses pertenceriam à Coroa Portuguesa através desse acordo e já em 1751, é criada a capitania de Mato Grosso. Portugal, após o Tratado de Madri, se preocupou com a defesa do novo território, assim, o Forte de Coimbra foi fundado em 1755, às margens do Rio Paraguai, para servir de apoio militar e com ele, começou a surgir o povoado, que logo transformou-se no principal entreposto comercial da região.


O norte e o sul do Estado de Mato Grosso, sendo atualmente, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, tiveram processos de ocupação populacional divergentes. O norte teve como fator primário a mineração, já o sul, foi a agropecuária. Sendo assim, sempre estiveram desvinculados.
Em 1856, Brasil e Paraguai assinaram o Tratado de Ayacucho, tratado da amizade, navegação e comércio, o que influenciou a força do comércio do Mato Grosso.
Por razões físicas, as atividades comerciais de Mato Grosso com as outras províncias eram restritas, assim, foi fomentada a navegação pelo Rio Paraguai e seus afluentes. Contudo, a guerra do Paraguai, entre os anos de 1864 e 1870, atrasou o desenvolvimento da província.
Em 1838, a passagem de embarcações brasileiras e paraguaias foi liberada no Rio Paraguai, já que era muito importante comercialmente.
Na segunda metade do século 19, a atividade de transporte de cargas e passageiros se intensificou nos principais rios do Mato Grosso, com destaque ao Paraguai, sendo que o de Corumbá era um dos mais importantes. Contudo, no final de 1864, o Paraguai trancou a navegação no Rio Paraguai através de um decreto, o que gerou o rompimento entre o Brasil e o Paraguai e logo após, a guerra se iniciou.
A região foi palco de uma das principais batalhas da Guerra da Tríplice Aliança, a Villa de Corumbá, pelas tropas paraguaias e teve suas construções destruídas. Mas em 1867, a cidade foi reconquistada pelo Brasil.
Planta de Corumbá em 1862, nessa década foi realizado um plano urbano com demarcação de lugares para ruas, edifícios públicos, praças e projetos, visando a relação da cidade com o porto, e a entrada e saída de mercadorias. Fonte: https://repositorio.unb.br/handle/10482/40402

1910..
Grosso : Corumbá (1870 a 1920).
Após o término da guerra em 1870, a abertura de portos e o comércio internacional foram fundamentais para a ocupação da região, além da ligação de Corumbá com Buenos Aires, Montevidéu, alguns países europeus e navios transatlânticos, fizeram com que o porto da cidade se tornasse o maior da América Latina até a década de 30, a vila acolheu várias casas comerciais em consequência da isenção de impostos, logo ocorreu, uma onda de imigrações que propiciou à cidade um rápido crescimento. Em 1878, foi elevada à categoria de cidade.
Com o tempo, houve a necessidade de integrar Mato Grosso com São Paulo, para isso foi formada a Comissão de Viação Geral, com o objetivo de expandir as estradas de ferro no país na década de 1880, após nove anos, as concessões de ferrovias e hidrovias foram autorizadas.

O único meio de comunicação da região com o resto do mundo eram os rios Paraguai, Paraná e da Prata, assim a cidade tinha grande influência dos países da Bacia do Prata, herdando seus costumes, hábitos e linguagem.
Em 1905, iniciou as obras para a construção da estrada de UberabaCoxim, começando na cidade de Bauru, em São Paulo, e terminando em Cuiabá, no Mato Grosso. Porém, o traçado logo foi alterado para priorizar Corumbá ao invés de Cuiabá, por conta da situação da fronteiriça com a Bolívia. Por fim, a estrada foi nomeada Itapura-Corumbá e finalizada em 1952, sua importância se dá pela ligação dos portos do Rio de Janeiro e de Santos com o vale Paraguai, melhorando a comunicação com a fronteira e com os municípios.

O eixo comercial do sul do estado mudou-se para Campo Grande com a chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, ela foi responsável pela ruptura de Corumbá com a Bacia do Prata. Hoje a ferrovia é chamada de Novoeste e com ela o transporte fluvial perdeu muito sua força, mantendo-se apenas para exportação de matéria-prima da região.
Na década de 1970, o turismo começou a ser explorado, impulsionando uma nova estrutura e viabilizando a restauração das construções históricas.

Hoje em dia, Corumbá é a terceira maior cidade do Estado do Mato Grosso Do Sul. De acordo com o IBGE, a sua área territorial é de 64.438,363 km² em 2021, com população estimada de 112.669, já a densidade demográfica era de 1.60 hab/km² em 2010, o índice de desenvolvimento humano municipal era de 0,7 no mesmo ano.
É possível chegar à cidade por Voos diretos de Viracopos, sendo 4 voos semanais com 2 horas de duração, por via terrestre, pela BR 262, há ônibus que interliga Campo Grande a São Paulo e ao Rio de Janeiro.
Casas Centro Histórico em 2022. Fonte: própria autora.3.1 CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS DE CORUMBÁ
Corumbá é marcada por construções históricas, localizadas principalmente no centro histórico, sendo uma das mais conhecidas, o Forte Coimbra em que, atualmente, sedia a artilharia de costa da 18º Brigada de Infantaria de Fronteira do Exército. O Forte Junqueira foi construído em 1871 e está situado dentro do Quartel do 17º Batalhão de Fronteira - Batalhão Antônio Maria Coelho.

O Casario do Porto é um conjunto de construções do século passado que serviam como empórios, agências bancárias internacionais, curtumes
que serviam como empórios, agências bancárias internacionais, curtumes e a primeira fábrica de gelo do Brasil. O conjunto foi tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1992.
No antigo prédio Wanderley, foi construído em 1876 e hoje reside há o Museu da História do Pantanal (Muhpan), sua criação foi iniciativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo de Corumbá e do Ministério da Cultura. O museu foi inaugurado em 2008 após uma reforma e adequação do antigo casario.
O acervo conta a história de formação da população pantaneira e o grande diferencial é o uso de tecnologia para contar essa história, comunica de modo lúdico os oito mil anos de história do bioma, desde a época que só os índios moravam na região, passando por momentos como a colonização, a vinda de imigrantes portugueses, espanhóis e árabes e também pelo período de glória da navegação e a chegada da ferrovia.
A religião é um fator importante para a cidade, sendo assim, além dos eventos religiosos, há pontos turísticos como a Igreja Nossa Senhora da Candelária que foi inaugurada em 1885 e está à frente da praça da República.

O Santuário Maria Auxiliadora está localizado na rua Dom Aquino Correia e expõe a escultura de madeira feita pelo artista plástico Burgoso, amigo de Pablo Picasso, na década de 50.
Outra escultura marcante é a do Cristo Rei do Pantanal, feita pela artesã Izulina Xavier, está situada no topo do Morro do Cruzeiro, parte alta da cidade. No local, é possível também ter uma visão completa da cidade e contemplar a paisagem, perceber as características do relevo e da vegetação. Ao longo da escadaria, há um conjunto de esculturas da mesma artista, que representam as 14 estações da Paixão de Cristo
Em questão de praças, as principais são a Praça da República, que foi cenário da batalha final da retomada de Corumbá em 1870, possui um obelisco em homenagem aos heróis de guerra. A Praça da Independência, inaugurada em 1917.
Casas Centro Histórico em 2022. Fonte: própria autora.Com relação à cultura e educação, a Estação Natureza Pantanal é uma fundação do Grupo Boticário e possui painéis interativos que detalham a fauna e flora pantaneira. O acervo dispõe de maquetes, imagens e sons que mostram as formações geológicas, a fauna, a flora e a hidrografia da região, além da história de seus habitantes, está localizada no Porto Geral.
Percebe-se assim, que a cidade de Corumbá se destaca por conta de seus insumos culturais, sendo que o conjunto histórico, arquitetônico e paisagístico foi tombado em 1993 pelo Iphan, composto pelo Forte de Coimbra e Forte Junqueira, pelos imóveis da Igreja Nossa Senhora da Candelária, antiga Prefeitura, antigo Hotel Internacional, antigo Presídio (Casa do Artesão), Casarão da Comissão Mista, Casarão do Instituto Luiz de Albuquerque (ILA), antigo Mercadão, Praça Uruguai, Praça da República e Praça da Independência e estacionamento da Rua Domingos Sahib.

O município de Ladário localiza-se a apenas 6km do centro da cidade branca e 12, da fronteira com a Bolívia. A cidade ocupa uma área de 354,255km² (IBGE, 2010) a densidade era de 57,57hab/km² e a população estimada, em 2021, era de 24.040, segundo o IBGE. O índice de desenvolvimento humano municipal, em 2010, era de 0,704 e 32,49% da população é economicamente ativa e ganha em média dois salários mínimos.
A cidade foi fundada em 1778 por ordem de Luiz Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, para servir de apoio à Corumbá. Em 1873, foi construído o Pórtico da Base Naval de Ladário nas margens do rio Paraguai para barrar invasores. A construção militar foi um dos cartões postais da cidade e é uma réplica do Arco do Triunfo de Paris. Além do Pórtico, há outras edificações antigas que marcam a linha do tempo dos últimos 234 anos, com destaque ao Prédio da Lealdade, que era a Casa Bancária Nicola Scafa, um símbolo do comércio da época, hoje, o prédio foi restaurado e abriga uma academia de esportes e dança.
A região possui riquezas naturais, como o ferro, manganês, calcário, areia e argila. Sua economia baseia-se na pecuária, pesca, turismo e transporte de navegação. A prefeitura conta com projeto de desenvolvimento sustentável, pela cidade estar em uma área de preservação ambiental.
Quanto à cultura, a cidade possui a Festa da Nossa Senhora dos Remédios, a padroeira da cidade e conta com 16 blocos carnavalescos.

LADÁRIO
ARTES PLÁSTICAS

Para entender as artes plásticas SulMato-Grossenses, primeiro, é necessário entendê-las antes da divisão do Estado do Mato Grosso. A mistura da paisagem pantaneira com a proximidade geográfica com o Paraguai e a Bolívia fez com que a cultura do Mato Grosso do Sul fosse multifacetada e distinguisse-se dos outros estados brasileiros.
Os temas recorrentes entre os artistas são a fauna e flora pantaneira, a bovinocultura, a divisão dos estados, o modo de vida pantaneiro, agricultura, rituais indígenas e a arquitetura das cidades históricas.
Na década de 50, o artista espanhol Antônio Burgos atuou na cidade branca realizando a decoração da Matriz da Candelária e do Colégio Imaculada Conceição, além disso, foi responsável por diversas obras na região, sendo sua principal o Cristo de 12 metros de altura, encomendado pela própria prefeitura da cidade. O escultor, que foi um dos primeiros estrangeiros que retrataram as belezas do Pantanal e Mato Grosso do Sul, realizava esculturas de anjos em pedras e transformou as igrejas da cidade com sua arte. No ano de 1979, teve uma Sala Especial na “Exposição de Artistas Plásticos de Corumbá”, realizada pela Associação Artística e Cultural Sul-mato-grossense e Fundação de Cultura de MS. Além dele, muitos outros pintores e escultores retrataram tanto a fauna e flora pantaneira como a beleza das construções históricas de Corumbá.
Em 1966, foi criada a AMA-Associação Mato Grossense de Artes em Campo Grande, que fez uma enorme diferença para o panorama artístico no Mato Grosso do Sul, organizando cursos, palestras e exposições.
No ano da divisão do Estado, 1977, surge também a Associação Artística e Cultural Sul-mato-grossense e a Associação de Artes Plásticas de Mato Grosso do Sul. Em 1979, é criada a Fundação Cultura, que objetiva desenvolver uma política governamental para as artes no Estado. Após isso, começam a acontecer com mais frequência as exposições, cursos em salões em diversos municípios, a exemplo do Salão do Artista Jovem, o Salão da Pintura Sul-mato-grossense e a Casa da Cultura Luís Albuquerque (ILA), em Corumbá.
Pintura “Passáros e Camalotes” de 1983 de Jorapimo, artista que teve reconhecimento nacional e internacional e chegou a expor países como Alemanha e Japão. Um dos temas principais de suas obras foi a preservação da natu reza. Fonte: Livro “Artes Plásticas em Mato Grosso do Sul”

Pela conexão entre Corumbá e Cuiabá através do Rio Paraguai, a cidade conservou as manifestações folclóricas, como as danças cururu e siriri.
O siriri é praticado principalmente nas cidades e na zona rural e faz parte de batizados, casamentos e festejos religiosos.
A dança folclórica remete aos divertimentos indígenas.Os instrumentos utilizados são a viola de cocho, o ganzá e o mocho ou o tamboril.


Já, no cururu, os instrumentos utilizados são duas violas de cocho e um ganzá ou cracachá. A dança folclórica tem maior ocorrência entre junho e agosto e pode virar noites.
4.2
FOLCLORE
https://www.corumba.ms.gov.br/2011/06/encontro-mantem-viva-a-tradicao-do-cururu-e-siriri-em-corumba/
Imagem: Viola de Cocho. Fonte: 13º Festival do Siriri. Fonte: Grupos se preparam para 13ª edição do Festival de Siriri | Gazeta DigitalA cidade também atrai turistas por conta de seus diversos eventos e festas, em sua maioria religiosos. Em fevereiro comemora-se a Festa da Nossa Senhora de Candelária, padroeira da cidade. Em junho celebra-se o dia de Santo Antônio, a Retomada de Corumbá e a festa de São Pedro, organizada por pescadores, a procissão é acompanhada pela banda da Marinha e dança folclórica, Cururu.

A festa de maior destaque é o Arraial do Banho de São João, que ocorre na virada do dia 23 para o 24 de junho, comemoração tradicional da cidade que se inicia no Porto Geral de Corumbá e vai até a prainha do Rio para banhar a imagem do Santo nas águas do rio, uma alusão à tradição da bíblia do batismo. Após o banho, os festeiros voltam ao centro histórico onde ocorre a festa, com barraquinhas, danças de quadrilhas e comidas típicas.

No ano de 2021, a festa foi decretada de Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan. Segundo a superintendente do Iphan, Maria Clara Scardini, “O Banho de São João compõe a identidade do estado do Mato Grosso do Sul. A titulação não apenas valoriza a festa, mas também traz visibilidade a todo o ritual. É uma grande vitória para os festeiros e devotos, a realização de um sonho”.
Outro destaque é o Carnaval, que é considerado o maior do centro-oeste e, por fim, há o Festival América do Sul Pantanal (FASP), um encontro de arte e música
4.3 EVENTOS
4.4 GASTRONOMIA

A diversidade da gastronomia regional de Corumbá se dá pela mistura das tradições da pecuária e da pesca, além das tradições dos países vizinhos, Bolívia e Paraguai. Os grandes destaques são os peixe pacu, pintado e dourado, preparados de diversas formas; o caldo de piranha; o churrasco com mandioca; o charque; o tereré; a chipa, que é semelhante ao pão de queijo; a sopa paraguaia, é um bolo de fubá com queijo e cebola, herança do Paraguai; a saltenha e o sarrabulho, prato de origem portuguesa composto de miúdos bovinos, azeitonas, vinho tinto, calabresa e linguiça.



Em 2015, o Pantanal foi eleito o quarto melhor bioma para a apreciação de vida selvagem no mundo, de acordo com a votação no USA Today, portal de notícias dos Estados Unidos. Para além disso, locar o hotel próximo a Corumbá, traz muitas vantagens, por conta de toda a infraestrutura e história da cidade.
Ainda, segundo pesquisas do Observatório do Turismo de Corumbá em 2015, o turismo gerou R$ 104,1 milhões de reais à economia da cidade no ano, havendo um crescimento de 3% do ano anterior, sendo a maior parte dos turistas são do Brasil, liderado pela região sudeste. Há uma presença significativa de estrangeiros, principalmente holandeses, franceses e ingleses.

Nesse mesmo ano, foi realizado um estudo pelo Ministério do Turismo em parceria com o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas, que concluiu que Corumbá foi a cidade brasileira que mais evoluiu em competitividade turística. Em 2015, a cidade ocupava a 28 posição no ranking de competitividade, índice que mede a competitividade de 65 destinos considerados indutores do desenvolvimento turístico no Brasil.
No entanto, o melhor índice registrado pela cidade foi referente à infraestrutura do destino, já que oferece aos turistas serviços médicos de emergência 24 horas, monitoramento por câmeras nos pontos turísticos e conta com a presença de instituições de segurança bem estruturados.
Para melhor compreensão do turismo na região, foi elaborada uma tabela comparativa com base nos dados do mapa de turismo, produzido pelo Ministério do Turismo. Nessa estão as cidades Ouro Preto, por ser uma cidade histórica, Bonito, por ser focada no turismo e também estar no Estado do Mato Grosso do Sul, e por fim Corumbá. Pode-se perceber que nos quesitos avaliados, a cidade está em desvantagem com relação às outras.
5.0 TURISMO
Tabela comparativa entre cidades. Elaboração própria com base nos dados do mapa do turismo
Contudo, há incentivo por meio do Estado para a fomentação do turismo nessa região, com a divulgação de produtos turisitícos, destaque de publicações da Fundthur, apoio à participação de eventos nacionais, apoio técnico na elaboração de projetos para captação de recurosos, articulação junto aos órgãos do governo para realização de cursos de qualificação, fomento à produção associada (gastronomia, artesanato e agricultura familiar, dentro outros.
Com relação a melhor época para visitação, cada mês possui seus atrativos no Pantanal. Sendo que em janeiro e fevereiro, o ponto forte são os passeios de barco para contemplação da fauna e flora pantaneiras, por ser um período de cheias, em março e abril, há a concentração de mamíferos e a chegada das aves na região, nos meses de maio a julho, é o período da vazante, sendo melhor a observação dos répteis, em agosto e setembro, ocorre o nascimento dos filhotes, os rios estão mais secos, os ipês floridos, é uma época boa para pesca, sem chuvas e com a vegetação seca, por fim, em outubro, novembro e dezembro, há a concentração de pequenas aves, a vegetação está florida e o clima é quente.
Segundo os dados do turismo no Mato Grosso do Sul em 2020, realizados pela Fundação do Turismo de Mato Grosso do Sul, a maior parte dos turistas residem em São Paulo e Rio de Janeiro, , a permanência média é de 5 a 6 dias e a renda familiar das pessoas, em sua maioria, é acima de 13 mil. De acordo com o Ministério do Turismo, os atrativos mais visitados no estado são relacionados com o ecoturismo.
Por fim, os segmentos turísticos que a região proporciona são variados, sendo eles:
Ecoturismo: turismo sustentável, com foco no patrimônio natural e cultural, que busca incentivar a conservação e formação de uma consciência ambiental. Suas atividades estão relacionadas ao passeio de Chalana, a focagem noturna, visitação as lagoas salinas e a observação de aves típicas do bioma.
Turismo Cultural: atividades associadas à vivência de um povo, considerando seu patrimônio histórico e cultural.
Turismo de Estudos e Intercâmbio: atividades e programas para qualificação, ampliação de conhecimentos. A Região possui a Universidade de Corumbá, a Embrapa Pantanal, Projeto Arara Azul e Projeto Gadonça.
Turismo de Pesca Esportiva: prática da pesca amadora, para sua realização é necessário deter a Autorização Ambiental, disponível via internet. O Festival Internacional de pesca esportiva ocorre na cidade.
Turismo de Aventura: Prática de atividades de caráter recreativo, a exemplo de escalada, bike, trekking, acampamento, focagem noturna, entre outros. Sendo que Corumbá é associada à ATTA, Associação de Turismo e Aventura Mundial.
Turismo de Negócios e Eventos: Encontros profissionais de caráter comercial, promocional, técnico, científico e social. Oferta: Festival América do Sul, Festas populares, exposições agropecuárias, festival do homem pantaneiro.
HOSPEDAGENS EM CORUMBÁ E LADÁRIO
De acordo com dados do Observatório do turismo de Mato Grosso do Sul, em 2020, 20% das hospedagens do estado se localizam no pantanal, sendo a segunda região turística com mais meios de hospedagem, perdendo apenas para Bonito/ Serra do Bodoquena. A partir do Anuário do Turismo no MS de 2020, foi gerada uma tabela comparativa entre os municípios de Bonito, Campo Grande e Corumbá, contando com número de meios de hospedagem, de quartos e de leitos e nessa, percebese que a cidade branca está em desvantagem.
Na mesma pesquisa há uma tabela comparando as diárias do ano de 2019 e 2020, nas cidades de Bonito, Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lados, nessa é possível perceber que o valor da diária em Bonito e Corumbá são maiores nos dois anos do que a média do estado.

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City Hotel Rua Cabral, 1032 Lavanderia 108
Pousada 4 Cantos Rua Tenente Melquíades de Jesus, 1152 Lavanderia, câmbio de moedas Recreação
Praia particular, área para refeições, banheira, área de estar, Suíte, suíte nupcial, quartos família 100
Pousada Pantanal Rua Dom Pedro II, 90 - Ladário Churrasqueira, bar, restaurante, sala de reunião, Pesca, caminhada Quartos família 150
Pantanal Amazon Lodge Estrada Parque Piscina
Lontra Pantanal Hotel Estrada Parque Piscina, parque infantil, lavanderia, restaurante
Pousada Xaraés Estrada Parque
Nacional Palace Hotel Rua América, 936
Piscina, bar piscina, instalações para conferência, salas de reunião, lavanderia, restaurante, sala de jogos, sala de TV
Canoagem, passeio de Barco, recreação Suítes, quartos famílias 1380
Canoagem, caminhada, recreação, passeio a cavalo, pesca Suítes, quartos famílias 650
Passeio de barco e cavalo, recreação, caminhada, quadra de tenis, equipe de lazer, karaoke, canoagem, pesca, excurções a pé,
Copa
Suíte nupcial, quartos famílias e suítes 1375
Piscina, restaurante, bar molhado, sala de reunião, lavanderia, academia, instalações para conferência, Suíte 324
Hotel Gold Fish Avenida Rio Branco, 2799 Piscina, sala de jogos, restaurante, lavanderia, bar Suíte 207
Hotel Pesqueiro Anzol de Ouro Estrada da Codranaza, Ladário Piscina, bar, restaurante e churrasqueira Recreação e pescaria Quartos para família 150
Pousada do Cachimbo "Recanto Pantaneiro" Rua Alan Kardec, 4 Piscina, área de camping, churrascaria, redário Trilhas, Bird watch ?
*apresentação da cultura regional, refeições com pratos típicos
Para a melhor compreensão dos hotéis e pousadas de Corumbá, foi elaborada uma tabela, com base nos dados dos sites Hotéis e Trip Advisor, contando com o nome da estadia, localização, programa, atividades, quarto tipo, tipos de hospedagem e valor da diária.
Nome Localização Programa Atividades Hospedagem Tipos de quartos Valor diária7.0
ESTUDOS DE CASO
HOTEL PATINA 7.1
O hotel Patina em Maldivas é um bom exemplo por sua variedade de programas e hospedagens, que permite a variação de preços de diárias. A distribuição dos quartos pela ilha leva em consideração a vista que cada um irá ter. Ademais, a edificação de serviços centralizada, o que facilita a circulação e manutenção. Já a distribuição das atividades é pensada no bem estar do hóspede. O hotel foi projetado pelo Studio MK27 em 2021 e possui área de 34500m².



O hotel Mirante do Gavião foi realizado pelo Atelier O’Reilly em 2014, está localizado em Novo Airão e conta com área de 1678m². Hospeda cerca de 14 pessoas e seu programa está de acordo com a demanda. O terreno é ingrime e os serviços estão localizados em blocos, sendo um da recepção, um dos funcionários, dois de hóspedes e o mais próximo ao Rio Negro, o restaurante com área de lazer. Todos esses estão dispostos sob pilotis para não modificar o terreno e nem atrapalhar a vegetação, além de favorecer o conforto térmico. Os caminhos que os interligam são elevados e com pisos permeáveis.


HOTEL MIRANTE DO GAVIÃO 7.2

CENTRO AMBIENTAL BALBINA 7.3

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/783411/obras-de-severiano-porto-sao-tombadas-no-amazonas/56ded1dde58ece683d00011f-obras -de-severiano-porto-sao-tombadas-no-amazonas-foto

As obras de Severiano Porto foram essenciais para o desenvolvimento do porjeto, em especial o Centro Ambiental Balbina, localizado no Amazonas, pois a cobertura fluída cobre todos os espaços e os interliga em passeios e áreas de estar interessantes.
Fonte: https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/17.198/6303

Imagem 1: Vista subindo da escada.
Imagem 2: Área com cadeiras.
Fonte: https:// www.archdaily. com/519120/salva ged-ring-a21-stu dio/53a72c41c07a 80c11200009b -salvaged


SALVAGE RING 7.4
Esse projeto assinado pelo A21 Studio e implantado no Vietnam, ajudou a compreender melhor a parte estrutural da cobertura, nesse caso, assim como no projeto, é resolvido com tesouras que junto com os pilares formam uma espécie de pórtico.
Após a pesquisa sobre a história e cultura de Corumbá, assim como seu forte potencial turistíco, que vai muito além do ecoturismo no Pantanal, concluiu-se que há público e espaço para um hotel de alto padrão na cidade branca. Com uma proposta mais intimista para a classe média e alta, com foco em captar, além de clientes do Estado, também do Brasil e do exterior.
O hotel dispõe de 31 quartos, acomodando 62 hóspedes, dos quais 4 presidenciais de valor mais alto. A ideia é que o hotel se adapte aos vários tipos de turismo que a região oferece.
PROJETO
A arquitetura do projeto busca se adequar à beleza da natureza local, desde a escolha dos materiais até à forma e ao paisagismo.

Corumbá
Ladário Hotel Tuiúiu
Mapa de Localização das Cidades, Corumbá em azul e Ladário em Laranja, em comparação a Implantação do Hotel, localizado em rosa do lado direito da imagem. Fonte: QGis.

8.1 IMPLANTAÇÃO
As premissas básicas para a implantação do hotel são a proximidade do Rio Paraguai, mas ao mesmo tempo das atividades turísticas existentes em Corumbá, Ladário e no Pantanal. Dito isso, o terreno escolhido está localizado na zona rural de Ladário, considerada o portal do Pantanal, que apresenta fauna e flora exuberantes, com possibilidade de passeios locais e a meia hora de carro das principais atrações urbanísticas de Corumbá. Além disso, a cota em que o projeto localiza-se não alaga e é de fácil acesso pela estrada.

Outros terrenos foram analisados, mas a lei de preservação ambiental que permite construir apenas a 100 metros do rio, fez com que a zona rural fosse mais interessante pelo terreno maior. Então, o terreno escolhido está à direita de Corumbá, pois do lado esquerdo fica o aeroporto e a fronteira com a Bolívia.

A topografia do terreno não apresenta tanto impacto no projeto, já que a parte que está implantado é basicamente plana, entre as cotas 91 e 90. Mesmo assim, para melhor adaptação ao terreno, o projeto prevê a utilização de palafitas, o que permite que a vegetação siga crescendo embaixo e não afete a impermeabilização do solo.
O hotel foi dividido em dois blocos, o mais alto está na cota 91,50, sendo os setores de lazer e serviços, e o restante, na 90. Como pode-se compreender melhor pelo diagrama a seguir. Os blocos são conectados por rampa e escadas.

Vista




DADOS CLIMÁTICOS
Por meio da análise dos gráficos apresentados do site Projeteee, concluise que o clima é predominantemente quente, a radiação é alta o ano todo e venta bastante. Ademais, segundo referido site, as estratégicas bioclimáticas que devem ser adotadas no projeto são a ventilação natural, o sombreamento e a inércia térmica.






RESTRIÇÕES
A legislação estadual é muito restritiva, tendo em vista que mais de 80% do pantanal é propriedade particular. O terreno está localizado na zona rural de Ladário e próximo ao Rio Paraguai, em área de proteção, de modo que é aplicável a legislação ambiental.
LEGISLAÇÃO
Lei Federal12.651/2012
Todo imóvel rural precisa manter uma área com cobertura de vegetação nativa, denominada de Reserva Legal. Nessa região deve-se manter 20% da área do imóvel de vegetação nativa.
Lei Federal 6.766/79
O rio com largura de 100 a 200m possui área de proteção permanente de 100m de sua margem em que é proibido construir.
Lei Complementar nº 205/19
As edificações devem manter afastamento mínimo de 20 metros das vias, pois esses afastamentos podem ser utilizados para futuras rodovias.

ALAGAMENTO
Como exposto anteriormente, o Rio Paraguai alaga na época de cheias, sendo que especificamente na área de implantação do projeto, a alta do rio atinge a cota 89,30. Como a cota mais baixa do hotel está na 91, o alagamento beneficia o projeto pela modificação da paisagem, não representando fator negativo.


BRAÇO DE RIO
Como o braço de rio é um produto do alagamento, ou seja, ele é perene, como já analisado nas imagens de satélite no tópico do Rio Paraguai, não é necessário manter uma faixa de afastamento dele.
VOLUMETRIA
A volumetria foi pensada a partir da ideia do desenho de piso do hotel, estilizado como as lagoas salinas que se formam nas cheias do Pantanal, como na foto lateral. Essas serão representadas pelos jardins de chuva para que encham da mesma forma que ocorre no bioma.
No semestre passado foi desenvolvida a implantação, de modo que o desenho de piso destaca-se e interliga os blocos do hotel. À medida que essa ideia amadureceu, o hotel também entrou para o jogo de se fundir com esse desenho de piso, tornando-se orgânico e fluído, como as formas da natureza, com a qual se integrou e foi incorporado pela paisagem, como elemento único.

PAISAGISMO
O paisagismo tem um importante papel no projeto, além de fazer parte do partido, ele servirá como delimitador de eixos visuais, de modo que áreas, como de serviços e a estrada, que não devem ser vistas pelos hóspedes através das passarelas serão “escondidas” por massas de vegetação mais altas e densas. Ademais, servirá para trazer intimidade para os quartos que são voltados para o hotel e não para o rio.
Os jardins terão exclusivamente vegetação nativa, como ipês e carandás, e nas áreas alagáveis será utilizada vegetação adequada.
Também contará com um caminho de cascalho acessados por escadas e áreas de estar com bancos e luminárias.

8.5 PROGRAMA
Para a melhor compreensão do programa e fluxograma de um hotel, foi utilizado o livro “Hotel: Planejamento e Projeto”, escrito pelo professor Nelson de Andrade. O hotel possui áreas básicas, sendo elas:
Áreas de Hospedagem: para projetar os apartamentos e suítes é necessário entender quais as necessidades do hóspede. Essa pode representar 65 a 85 por cento da área do hotel;
Áreas públicas e sociais: Lobby, sala de estar, sala de TV, restaurante, bar, entre outras;
Áreas de serviço: Acesso e instalação dos empregados, lavanderia, governança, manutenção, depósitos, etc;
Áreas de alimentos e bebidas: recebimento, pré-preparo, câmaras frigoríficas, cozinha principal, etc;
Área de equipamentos: instalações e centrais de sistemas diversos; Áreas recreativas: quadras de esportes, campo de golfe, piscinas, parque aquático, marinas, etc.
As opções de lazer entretenimento e alimentação do Hotel Tuiuiú serão diversificadas, pois além da natureza vigorosa do seu entorno, contará com piscina, spa, sala de estar, tv e jogos, brinquedoteca, redário, academia, biblioteca, marina e restaurante.
Para entender as necessidades da área de serviços foi necessário compreender sobre o funcionamento de um hotel. Por este ser de porte pequeno, não é necessário tantos funcionários, pois cada um deles desempenha várias funções.
Assim, o empreendimento contará com 20 funcionários, dentre eles, gerente geral, recepcionista, RH, camareira, cozinheiro, garçom, etc.
Dessa forma, a área de serviços contará com vestiários de funcionários, descanso/ copa e quarto com 3 camas para funcionários, além de despensa, lavanderia, enfermaria e local para lixo.
A área administrativa será composta por recepção, guichê de turismo, sala de malas e três salas, uma com mesa de trabalho compartilhada, uma para o gerente geral e uma para reunião.
TABELA DE ÁREAS
SETOR Área (m²) CAPACIDADE
LAZER 622,13 ACADEMIA 62,43 BRINQUEDOTECA 41,62 SALA DE TV 41,62 SALA DE JOGOS 62,43 BANHEIRO SOCIAL 20,81 SPA 109,48 RESTAURANTE 164 94 pessoas BIBLIOTECA/ ESTAR 120 QUARTOS 1.056 SIMPLES 32 54 hóspedes PRESINDECIAL 48 8 hóspedes SERVIÇOS 410,47
LIXO 27,37 LAVANDERIA 54,74 ENFERMARIA 27,37 COZINHA RESTAURANTE 109,4 DESPENSA 27,37 SALA DE TRIAGEM 27,37 VESTIÁRIO FEMININO 27,37 VESTIÁRIO MASCULINO 27,37 COPA/ DESCANSO FUNC. 27,37 QUARTO FUNCIONÁRIOS 54,74 Administração 121,52
SALA DE MALAS 11,68 SALA COMPARTILHADA 19,2 SALA GERENTE 19,2 SALA DE REUNIÃO 19,92 RECEPÇÃO 51,52
ESTACIONAMENTO 33 vagas
TOTAL 2.210,12
(RIOPARAGUAI largura190m)
90
90
Partindo da premissa de impactar o mínimo possível o meio ambiente e a paisagem do entorno, primou-se por seguir a arquitetura indígena e das sedes das fazendas da região, com a utilização de materiais e mão de obra locais, de modo que a estrutura e o fechamento do hotel serão em madeira.
ESTRUTURA E MATERIALIDADE
A madeira, como material de construção civil, possui diversas vantagens, como o baixo consumo energético e peso, alta resistência específica, boas características de isolamento térmico e elétrico, a possibilidade de produção sustentada por florestas nativas e plantadas, além de técnicas silviculturas empregadas no reflorestamento e manejo florestal. Na hora da escolha da madeira, é necessário considerar sua espécie, dimensões, teor de umidade e defeitos naturais de processamento, uma vez que essas características podem afetar o bom desempenho do material. Assim, devem ser seguidas as normas NBR 7203, 9480 e 12498, que tratam sobre a madeira serrada e beneficiada, a classificação da madeira e a madeira proveniente de reflorestamento.
A estrutura será composta de pórticos de madeira, cujas tesouras serão de 5x15, o pilar 15x15 e vigas de madeira de 15x20. Os pórticos estão dispostos em grelhas circulares e com vãos que seguem de acordo com a utilização do ambiente.
Assim, serão três tipos de vãos: o menor é o das acomodações, os outros, são o da parte de lazer e serviços e o da recepção.

O piso será de madeira, elevado sobre palafitas, contudo a estrutura ainda está em desenvolvimento e a representação dos cortes será feita ao final.
Seguindo com o mesmo material, as paredes terão fechado em madeira, em uma espécie de drywall, como será melhor compreendido no corte ampliado. Os fechamentos em terra foram estudados e considerados, mas por serem mais pesados e propensos à úmidade, foram descartados.
A cobertura será em palha vegetal, que além de ser uma excelente solução construtiva sustentável e ter eficiente conforto térmico, trará fluidez para o formato orgânico do projeto. Para aprimorar seu funcionamento, contará com uma manta térmica e acústica, também de palha natural, instalada entre a cobertura e o forro. A fixação das folhas de palmeiras entre si será feita mediante o pregamento do caule de uma na outra.
















PALHA DE PALMEIRA MADEIRA CRUZADA
MANTA TERMO ACÚSTICA
FORRO DE PALHA CRUZADA
RIPA CAIBRO
TERÇA 5x12
PÓRTICO DE MADEIRA
PILAR EM MADEIRA 15x15
SUPORTE METÁLICO
LÃ MINERAL
PLACA DE MADEIRA DUPLA
LÃ MINERAL
PISO DE MADEIRA


















CONFORTO TÉRMICO
Por o projeto ser suspenso em palafitas permite a ventilação entre a estrutura e o terreno e consequentemente, abaixa a temperatura interna.

A ventilação cruzada também foi um método utilizado, de modo que o ar fresco entra por meio de grelhas dispostas no piso e o quente sai pelas janelas basculantes na parte superior da parede.
Além disso, as varandas e beirais ajudam na proteção do sol e do calor.
8.9 CAIXA D’ÁGUA
Segundo a NBR5626, para calcular o tamanho da caixa d’água de um hotel, deve-se multiplicar o número de hóspedes por 120 l/dia e multiplicar por 3 dias. Assim, no caso do Hotel Tuiuiú serão utilizadas duas caixas d’água de 15.000 litros.
A proposta é que elas estejam elevadas em uma estrutura de madeira que possa servir também como mirante, como ocorre na referência ao lado.
Elevação do projeto de referência Viewingtower. Fonte: https://www.archdaily.com/308801/viewingtower-at-vecht-riverbank-ateliereen-architecten




BIBLIOGRAFIA
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