Revista Proclamai - ano 2, ed 4

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R E V I S TA

PROCLAMAI Igreja do Nazareno – Distrito Sudeste Paulista | Missões Nazarenas Internacionais ANO 2 EDIÇÃO 4 AGOSTO 2018

Encontro da MNI reUne líderes de todo o Brasil

EMA - desde cedo que se aprende A Missão Global - o desafio da Igreja do Nazareno no Brasil Rev. Natanael Cardoso

MNI - Novos tempos chegaram Entrevista - Rev. Antônio Carlos

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EDITORIAL Graça e paz, amados irmãos.

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m coração e muitas mãos! Com este slogan que no primeiro semestre, participamos do I Encontro Nacional de Líderes Distritais de MNI, em Campinas. E, nesta edição, compartilhamos deste momento considerado um marco na história da Igreja do Nazareno no Brasil. Foi um tempo abençoado, em que a liderança do ministério de Missões Nazarenas Internacionais de nosso país, teve a oportunidade de ampliar seus conhecimentos conhecer uns aos outros e, sobretudo, compreender os desafios e sua a importância num contexto em que a igreja do Senhor não deve se calar. Mesmo que os nossos corações estejam voltados para Cristo, fazem-se necessárias muitas mãos para trabalharem em prol da expansão do Reino, já que ainda não temos o suficiente, conforme vimos nas Sagradas Escrituras em Lucas 10:2. Estas mãos que se dispõem em favor da disseminação do Evangelho sob diferentes maneiras e locais distintos, também impulsionam outros irmãos a se envolverem em missões, a começar pelas igrejas locais. Mãos estas que agregadas a outras, permitem “abraçar” o nosso país com o amor de Cristo e transformar vidaspor meio da Palavra da Salvação. E, assim, além de obedecermos ao Senhor (Mc 16:15), preservamos a essência da Igreja do Nazareno que é “fazer discípulos à semelhança de Cristo em todas as nações”. As informações contidas nesta revista contribuem para o fortalecimento da MNI do nosso distrito e de outros. Os dados servem de subsídios para presidentes e conselhos de MNI, pastores locais e demais departamentos (MEDI e JNI). E, então, podemos contar também com as suas mãos? Boa leitura. Deus os abençoe.

SUMÁRIO Encontro da MNI reúne líderes de todo o Brasil

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MNI cria Conselho Nacional

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A voz da consciência missionária

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Propósitos e Pilares da MNI

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Missões – um compromisso da Igreja do Nazareno

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Linha de Mobilização e Oração

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EMA – desde cedo que se aprende

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A Missão Global – O desafio da Igreja do Nazareno no Brasil

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Entrevista: MNI - Novos tempos chegaram

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Revista Proclamai

Uma publicação do ministério de Missões Nazarenas Internacionais, da Igreja do Nazareno, Distrito Sudeste Paulista – Campinas (SP). Ano 02, Edição 3, fevereiro/2018, periodicidade quadrimestral. Superintendente do Distrito Sudeste Paulista: Rev. Fernando César de Oliveira. Superintendente da MNI Distrital: Rev. Leandro Alves da Silva. Coordenação de Conteúdo: Leandro Alves da Silva, Felipe Fulanetto, Lilian Rodrigues. Redação: Lilian Rodrigues – MTB 71.355 e Carla Silva - MTB 41190/SP. Créditos dos autores presentes nesta edição. Direção de arte: Felipe Fulanetto. Fotos: Nerivelton Araújo, Projeto Gráfico: Paulo Santiago – (19) 9 9974-3373. Designer Gráfico: Paulo Santiago. Circulam em: agosto de 2018 nas igrejas do Nazareno Distrito Sudeste Paulista. Fechamento desta edição: 31 de julho de 2018. Gestão 2018-2019 Presidente: Rev. Leandro Alves da Silva. Vice-Presidente: Pr. Felipe Fulanetto. Tesoureiro: Émerson Lourenço. Secretária: Lilian Rodrigues. Conselheiros: Ana Paula de Oliveira Nascimento, Lázaro Martins, Marcos César M. Silva, Renato Furlaneto, Bruna Botari Suplentes: Gustavo Ribeiro, Pr. Paulo Sérgio Cinone, Sérgio Martha, Michelle Vasconcelos e Guilherme Biucci. Fale conosco: mnisudestepaulista@gmail.com Faça parte do nosso grupo:

https://www.facebook.com/groups/322897801130

Rev. Leandro Alves Superintendente da MNI Distrito Sudeste Paulista 2 | PROCLAMAI

As imagens publicadas nesta edição pertencem ao arquivo de divulgação da MNI Distrital e pessoal dos escritores.


ENCoNtro da MNI reÚNe lÍderes de todo o Brasil

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Após 60 anos, representantes propõem mudanças

futuro do ministério Missões Nazarenas Internacionais (MNI) foi discutido durante o I Encontro Nacional de Líderes Distritais, realizado entre os dias 13 e 15 de abril, na Chácara Recanto Maanaim, em Campinas (SP). Esta é a primeira vez, em seis décadas de existência da Igreja do Nazareno no Brasil, que representantes deste ministério se reúnem para criarem um planejamento estratégico que norteará as ações da MNI nos próximos anos. “A nossa denominação existe para missões e nasceu por meio de missões”, disse o coordenador nacional da MNI, reverendo Antonio Carlos dos Santos Silva. Durante três dias, pelo menos 60 líderes, de diversos estados brasileiros participaram dos debates. Alguns questionamentos permearam as discussões: Como vamos formar? Como vamos enviar? Como vamos manter missionários para levarem o Evangelho de Cristo à outras pessoas? Qual é o caminho?

Para responder estas questões e tantas outras, os

líderes tiveram uma ampla exposição de quais são as ferramentas que eles têm à disposição no ministério e como devem utilizá-las para que a MNI-Brasil tenha o máximo de informações possíveis com o intuito de que todos estejam no mesmo propósito e falem a mesma língua. Um dos principais conselhos que os líderes receberam foi do missionário Stephen Heap. “A MNI é a parte fundamental e vital da igreja. As pessoas que nela atuam precisam de informação e inspiração. É necessário, ainda, criar uma rede de oração e sustentação à obra missionária”, afirmou. “Saio daqui com a certeza de que participei de um verdadeiro Encontro de MNI no Brasil”, falou o diretor da Sub-Região Brasil da Igreja do Nazareno, reverendo Manoel Gamaliel Lima. A equipe da revista PROCLAMAI e o conselho da MNI Distrito Sudeste Paulista participaram do Encontro, registraram este momento histórico e traz todos os detalhes nesta edição. PROCLAMAI | 3


Cria Conselho Nacional

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m Conselho Nacional da MNI foi criado. Formado por coordenadores e secretários, ele terá a responsabilidade de preparar uma agenda nacional que pautará os próximos passos do ministério e, a partir disto, engajar os distritos nas ações. Os líderes e representantes presentes foram

ÁREAS COORDENADOR Norte e Jadilson Rodrigues de Souza Nordeste (Nordeste Central) E-mail pr_jadilson@hotmail.com Central 1 João Ademir Milesi (São Paulo) E-mail jademir.milesi@gmail.com Central 2 Rosimeire Lima de Jesus Ribeiro (Rio de Janeiro Grande Rio) E-mail rosimeiremissoes@yahoo.com.br Sul Izabel Cristina Lorau Nunes (Curitiba) E-mail izabelclnunes@hotmail.com Coordenador Nacional Secretário Nacional

Antonio Carlos da Silva (Distrito Rio Baixada) Felipe Fulanetto (Sudeste Paulista)

divididos em cinco grupos, de acordo com a localização de seus distritos: Norte e Nordeste, Central 1 e 2 e Sul. Posteriormente, os integrantes escolheram e votaram nos respectivos coordenadores de áreas e seus secretários. Segue abaixo a composição do Conselho.

SECRETÁRIO Igor do Vale (Amazônia) E-mail projetopovos@gmail.com Leandro Alves (Sudeste Paulista) E-mail lealves10@folha.com.br Rodrigo Weber Custodio (Rio de Janeiro Baixada) E-mail rwcseguros@yahoo.com.br Edson José Batista (Londrina) E-mail edsonbatista@yahoo.com.br E-mail antoniocarlosacp@yahoo.com.br E-mail ffulanetto@gmail.com

A constituição do Conselho Nacional da MNI foi aprovada pelo diretor Sub-Região Brasil, Rev. Manuel Gamaliel Lima.

A MNI é a parte fundamental e vital da igreja. As pessoas que nela atuam precisam de informação e inspiração. É necessário, ainda, criar uma rede de oração e sustentação à obra missionária” Stephen Heap

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“A VoZ da CoNsCiÊNCia missioNária” eCoa Na abertura do eVeNto O Brasil precisa responder à chamada global e agir

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oi com muito entusiasmo, que o diretor da SubRegião Brasil da Igreja do Nazareno, o missionário e reverendo Manuel Gamaliel Lima, fez a abertura do evento, compartilhando a sua história, falando sobre a denominação e as responsabilidades dos nazarenos frente às missões. Influenciado pela paixão que seus familiares tinham por missões e pelos ensinamentos da professora da Escola Bíblica Dominical da época, o reverendo descobriu a sua vocação missionária ainda na infância. Quando seus pais chegaram ao Brasil como missionários de origem cabo-verdiana, havia apenas cinco Igrejas do Nazareno no nosso país. O casal encarou o desafio de iniciar um trabalho no país quando souberam da necessidade e confirmação do Senhor, após muita oração. A partir destas e de outras lembranças de sua vida, o missionário faz um paralelo sobre a importância das missões no contexto nacional e ressalta que cerca de 300 mil brasileiros foram alcançados pelos nazarenos no país. Demonstra, ainda, que a cada quinze anos, a Igreja do Nazareno tem dobrado o número de sua membresia.

Em 2005, havia 60 mil nazarenos no mundo. Em 2030, há expectativa de atingir 5 milhões de membros. Estes números expressam os impactos que a denominação teve no Brasil e nos outros continentes. Porém, há muito o que avançar nesta e em outras nações. Ao meditar em Mateus 9:35-36, o diretor nacional, enfatiza que Jesus “é a voz da consciência missionária”, pois almejava alcançar o máximo de pessoas nos lugares em que Ele percorria. “Está na hora do Brasil responder à sua chamada global. Precisamos ser a voz da consciência missionária aonde quer que estejamos”, disse Lima. Além disso, os cristãos precisam se inspirar neste modelo, ou seja, ser alguém que consiga olhar para todos os lados e não perca a oportunidade de falar sobre Jesus. Ele complementa o assunto, ao chamar a atenção de que a missão inicia na igreja local, a chamada visão micro, e atinge de forma global para alcançar outros povos, visão macro. A partir desta concepção, que surgiu a expressão de que missões se faz “glocalmente”.

“É papel dos líderes levarem as respostas às suas igrejas locais dos seguintes questionamentos: O que é missões? O que a igreja tem feito por missões”, finaliza o reverendo Manuel Gamaliel Lima.

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PROPÓSITO E PILARES

Felipe Fulanetto

Secretário nacional da MNI-Brasil Vice-presidente da MNI do distrito Sudeste Paulista.

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m 2018, a Igreja do Nazareno completa 110 anos de existência no mundo, sendo 60 deles no Brasil. Chegar ao patamar de uma igreja centenária, só foi possível graças ao firme propósito e a convicção dos seus fundadores e seus primeiros membros ativos. Phineas Breese – fundador da denominação – resumiu a visão que direcionou a igreja do Nazareno em uma de suas orações dizendo: “não pedimos e não desejamos templos caros. Desejamos a manifestação do poder, a glória e a presença divina. Regozijamo-nos no Senhor. Nestes simples templos, os pobres serão ricos e os quebrantados se regozijarão. O céu nos encontrará aqui e encherá as nossas almas”. Simplicidade, santidade, busca pela glória de Deus e paixão por vidas transformadas são algumas das marcas que impulsionaram a nossa igreja nas primeiras décadas de sua existência. As Missões Nazarenas Internacionais (MNI) surgiu com o intuito de cumprir estes propósitos. O alvo deste ministério é “mobilizar a igreja por meio da oração, discipulado, ofertas e educação”. Diante disso, como fazer com que a minha igreja seja missionária? A resposta está exatamente nestes quatro pilares. ORAÇÃO – “Interceder por igrejas e líderes para que o Espírito Santo atraia todas as pessoas a Cristo” Nós cremos que a oração é parte vital dentro dos pilares da MNI. Nada podemos fazer sem Deus e ao mesmo tempo tudo podemos fazer com Deus. A oração é que nos direciona, incentiva, incendeia e capacita. O conselho da MNI deve buscar de todos os meios para mobilizar a igreja à orar pelos missionários, povos não alcançados, igreja, para seus pastores e outros motivos. Somente quando entendemos a nossa dependência em Deus é que podemos começar a agir em prol da sua seara. Um exemplo disso são as estatísticas não formais feitas por missionários de como os muçulmanos se rendem a Cristo. 75% das conversões ocorrem sem contato direto com um missionário (TV, rádio, leitura bíblica, visões e sonhos etc.) e 25% é fruto de evangelismo pessoal(1). Com base nessa informação, nos evidência a supremacia de Deus no evangelismo mundial e a importância do Corpo de Cristo com a oração.

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DISCIPULADO – “Envolver e acompanhar futuros líderes de missões, especialmente jovens e crianças, para fazer discípulos à semelhança de Cristo nas nações” Sem discipulado não há presente e nem futuro da Igreja. O conselho da MNI deve investir nas crianças e jovens que tem chamado missionário para pregar o evangelho às nações. Dentro da nossa denominação há várias oportunidades de serviço, seja de curto ou longo prazo, com foco evangelístico ou de trabalho e testemunho. Veja algumas oportunidades no site global. (secure.nazarene.org/WMPersonnel/)

OFERTAS – “Dedicar nossas vidas e recursos especialmente o Fundo de Evangelismo Mundial para expandir o reino de Cristo” Ofertar é um ato de amor do corpo de Cristo para a sua obra, seu povo e aos perdidos. Normalmente quando falamos de oferta o que vem a nossa mente é entregar dinheiro. Entendemos que ofertar vai além da doação monetária. Podemos oferta nosso tempo, nossas aptidões, nosso abraço e principalmente amor. O conselho da MNI deve transmitir esse conceito para suas igrejas e quebrar o paradigma que culto missionário é somente para pedir dinheiro. Contudo, não devemos negligenciar que sem ajuda financeira nossos amigos missionários que vão para outros povos terão muito mais dificuldades. Por isso não devemos nos esquecer das ofertas obrigatórias anualmente, que são: Alabastro (Fevereiro e Setembro), Páscoa (Abril) e Ações de Graças (Novembro).

EDUCAÇÃO – “Informar as pessoas sobre as necessidades do mundo capacitando a nossa igreja a suprí-las em Cristo” Paulo chegou a afirmar que “como pregarão, se não forem enviados?” (Rm 10:15). Poderíamos ainda acrescentar “como serão enviados se não sabem para onde ir?”. O último pilar da MNI serve exatamente para informar as necessidades do mundo e então direcionar para onde os missionários devem ser enviados. O nosso coração deve fica triste quando descobrimos que mais de 2 bilhões de pessoas no mundo nunca ouviram falar de Jesus ou que ainda há mais de 4 mil idiomas sem a tradução da Bíblia. Por isso é tão vital munir a nossa igreja com informações corretas e atuais.

Gostaria de concluir esse texto com o compromisso que selamos diante de Deus no final do Encontro Nacional de MNI que diz: “Deus, que a Igreja do Nazareno e a MNI seja para a tua glória, não a nossa; em união, não competição; centrado na Palavra, não em nossas preferências; no poder do Espírito, não em nossa capacidade; pregando a Jesus, não nossas igrejas. Para que possamos fazer discípulos semelhantes a Cristo em todas as nações. Com um só coração e muitas mãos. Em nome de Jesus. Amém!”

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FULANETTO, Felipe. Artigos de Fé na Ótica Missional. Maceió: Editora Sal Cultural, 2016, pg. 119. PROCLAMAI | 7


MissÕes – um Compromisso da IgreJa do NaZareNo

MNI coloca à disposição ferramentas de evangelização

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prender, aperfeiçoar, ensinar e compartilhar. As quatro ações foram traduzidas em ferramentas com o intuito de auxiliar os líderes distritais a terem mais subsídios para evangelizar e, assim, expandir o reino de Cristo. O leque de atividades para a evangelização é variado e pode ser aplicado para todas as idades e culturas. Ele vai desde a capacitação dos que já são missionários ou aqueles que querem se envolver na obra, até o envio destes homens e mulheres de Deus para o campo, em qualquer parte do país ou do mundo.

Trabalho e Testemunho O ministério Trabalho e Testemunho (T&T), coordenado pelo missionário norte-americano Lucas Ham Swisher, tem por objetivo mobilizar a igreja para auxiliar os campos missionários com mão de obra de trabalho especializado e ao mesmo tempo evangelizar os não alcançados. Desta forma, T&T ajuda encontrar os vocacionados à missões e prepará-los para serem enviados ao campo. A pretensão é de que até 2019, cada igreja e distrito tenha um coordenador do ministério Trabalho e Testemunho.

“Faremos parcerias com as igrejas e distritos, tanto no âmbito nacional e internacional. O nosso intuito também é enviar e receber missionários. Os brasileiros têm uma cultura muito forte e por isso, muito a ensinar”, disse Swisher que completou, “meu foco não é mudar o que já está sendo feito pelas igrejas e sim unir forças”, acrescentou ele que já serviu na Bolívia, Costa Rica e agora está no Brasil.

Links O misto de saudade e dificuldade para os missionários que servem em outros países é latente, mas não maior do que o sentimento de propagar o Evangelho. Não é uma caminhada fácil. Muitos deixam para trás a família, amigos e uma estrutura de vida. Para ajudá-los, está à disposição dos missionários o ministério Links. Link é uma palavra inglesa que significa vínculo, elo ou ligação. No caso deste ministério, a proposta é que estes missionários, assim como esposas e filhos, se relacionem com membros das igrejas locais de todo o mundo e sintam-se acolhidos, de maneira que eles saibam que apesar da distância existem pessoas que estão orando, se preocupando e até provendo a obra

que eles estão realizando. “A vida de um missionário é muito solitária. O que fazemos é semelhante a oferecer um copo de água para quem está no deserto”, afirmou o coordenador regional do Links via videoconferência direto do Chile, o reverendo Alexandre Polônio. São homens e mulheres de Deus que estão à campo e muitas vezes sem o compromisso de ter uma igreja suprindo as necessidades. “Este ministério funciona há décadas e acontece no mundo inteiro. A ideia é que a igreja tenha vínculo com estes missionários. Mandem cartas, fotos, vídeos, ofertas e presentes não só para eles mas, também, aqueles que têm filhos da mesma idade que os deles, façam o mesmo”, acrescentou Polônio.

O QUE FAZER? • Manter um contato regular; (carta, Facebook, e-mail, etc) • Obter informações da família. (Necessidades, pedidos de oração);

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• Contatar os filhos dos missionários e envolver as crianças da Igreja da mesma idade. • Enviar ofertas e presentes nos aniversários, aniversário de casamento e natal, o que estiver dentro da possibilidade da igreja.


Conheça os Missionários Links – Distrito Sudeste Paulista DaVid e Tabita GoNZáleZ

dgonzalez@samnaz.org tgonzalez@samnaz.org OBJETIVOS: Desafiar os lideres dos distritos e igrejas locais a desenvolverem a cultura de manter contato com famílias missionárias “links”, por um período de três anos.

Equador

Pablo e ViViaNe Tello Paraguai

pablotello777@gmail.com vivianatello777@gmail.com

Gira Missionária Na tarde de sábado, o reverendo João Ademir Milesi, explanou aos líderes sobre a Gira Missionária e forneceu instruções de como as igrejas locais podem se preparar para promovê-la. Anualmente, os missionários que estão em campo reservam um período de seu cronograma de atividades, para percorrerem várias igrejas a fim de compartilharem informações sobre os trabalhos realizados ao redor do mundo, em especial aos que eles estão envolvidos. Este momento é muito significativo, pois permite que as igrejas locais conheçam as histórias destes irmãos, orem com eles, ofertem aos projetos e/ou à família missionária, fortaleçam vínculos e despertem mais pessoas para as missões. A seguir, apresentamos algumas ideias de como a igreja local pode se preparar para receber estes missionários em sua Gira Missionária: 1. Conciliar a programação local com a agenda dos missionários e, alinhar com a MNI e a junta consultiva sobre o evento. Pode ser usado os dias de culto ou outra data. 2. Confirmar com antecedência sobre os recursos audiovisuais entre outros materiais que os visitantes utilizarão durante a apresentação.

3. Providenciar a hospedagem e a alimentação para estes irmãos, sejam em hotéis/pousadas ou nas casas dos membros locais. Melhor, ainda, se os missionários tiverem privacidade para descansarem, prepararem seus estudos e meditação. 4. Divulgar amplamente a visita. 5. Decorar a igreja com objetos alusivos à missões. 6. Destinar um espaço na igreja para a venda dos materiais que os missionários trouxerem. 7. Ofertar para a obra que estes irmãos estão envolvidos e/ou à família missionária (oferta de amor). Sobre isto, Milesi enfatiza, “a igreja generosa é abençoada”. 8. Orar pela família missionária e pelos trabalhos realizados no campo. 9. Tentar conciliar a visita com a agenda do presidente Distrital de MNI, para que os acompanhem. Para obter orientações detalhadas sobre o assunto, acesse a fanpage da MNI – Distrito Sudeste Paulista no Facebook e faça download do arquivo.

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LiNHa de OraÇÃo Rev. João Ademir Milesi

Presidente da MNI Distrito São Paulo jademir.milesi@gmail.com

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omo a Igreja do Nazareno pode ser missionária se não conseguimos, ao menos, obter informações do campo, das atividades edo financeiro? Este questionamento me incomodou em meados de 1996, quando fazia o mestrado “Teologia e Missões”. Comecei a observar como era este trabalho na Igreja do Nazareno no Brasil – conhecida por ser missionária -, mas pelas dificuldades e ausência das informações missionárias, era impossível perceber isto. O tempo foi passando e ao desafiar as igrejas, nas quais pregava, não sabia o que dizer às pessoas quando questionado: “recebi um chamado missionário, o que fazer?”. Não conseguia resposta para ela. Este trabalho não pode ser considerado apenas no país que estamos ou vivemos. No livro de Atos 1.8 temos: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra”. Grifei a palavra “tanto” porque, neste caso, ela está sendo utilizada com a palavra como e, trata-se de um comparativo de igualdade. Logo, não existe local com prioridade sobre outro. Portanto, devemos fazer missões no país em que estamos “tanto como” em outros. A ação missionária deve ser simultânea. Dentro desta perspectiva, a igreja que Jesus Cristo fundou deve ser missionária, caso contrário não segue os preceitos estabelecidos, pois ela existe porque um dia Deus como relatado em João 3.16 diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Deus enviou Seu filho (um missionário) e Seu filho nos enviou. Assim, a essência da igreja deve ser missionária em todo o mundo simultaneamente. 10 | PROCLAMAI

Portanto, se ficarmos apenas em nosso país, pode-se dizer que não estamos sendo obedientes à ordem dada por Jesus Cristo. Muitas igrejas sabendo que é necessário estarem envolvidas com missões acabam ajudando financeiramente ou também de outras formas agências missionárias que não são nazarenas. Por estarem tão envolvidas com estas agências acabam não desenvolvendo os trabalhos do MNI, principalmente em relaçãoàs ofertas. Este talvez seja um dos sintomas de nossa participação ínfima no relatório global de ofertas do MNI. Diante deste cenário, o que poderia ser feito a por cada membro? Como estreitar as comunicações missionárias? Como as igrejas locais poderiam implantar uma visão missionária nazarena? Como ajudar os pastores a receberem informações para que a igreja local se envolva com missões e assim receber as bênçãos e cuidados divinos do SENHOR da seara? Foi com estes questionamentos em mente que, em minhas investigações missiológicas, descobri o boletim “Linha de Mobilização e Oração”. Ele é produzido pelo escritório do diretor de missões Globais e, tem o propósito de semanalmente, trazer informações do campo missionário ao redor do globo terrestre. Ele contém testemunhos do campo, necessidades de oração e ao mesmo tempo traz informações sobre as ações da igreja do Nazareno mundial. Assim, cada igreja que receber este boletim deve orar pelas necessidades dos missionários e informar o que a igreja do Nazareno está fazendo ao redor do mundo. Nisto, entendo que de forma muito simples estamos avançando para a formação de uma “Visão Missionária Nazarena”.


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desde Cedo que se apreNde

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hamados para fazer discípulos”. Esse é o objetivo da EMA – Escola de Missões para Adolescentes. “Recebemos adolescentes cristãos que estão dispostos a mudar realidades de comunidades brasileiras ou no mundo”, contou uma das coordenadoras da escola. Atualmente dois ex-alunos do EMA já servem no campo missionário e outra jovem, já se prepara para anunciar o Evangelho de Cristo em outro país. A EMA realiza seus encontros anualmente em uma chácara na cidade de Araçoiaba da Serra, no interior de São Paulo. Lá há um acampamento com foco em treinamento – que não deve ser confundido com aqueles que são realizados pelas igrejas em determinados períodos do ano - que recebe durante o mês de julho, adolescentes com idade de 12 a 17 anos. São 15 dias de imersão. Durante uma semana eles têm devocional, aulas, workshop, estudo da Palavra. Nos finais de

Adolescentes se capacitam para ganhar o mundo evangelizando semana vão para as igrejas locais evangelizar, ou seja, colocar em prática o que aprenderam no acampamento. Na grade de aulas, uma das disciplinasque está no currículo é autoridade cristã. A formação completa na EMA tem a duração de cinco anos. Os três primeiros acontecem sempre no mês de julho. No primeiro ano, que é o módulo básico, o aluno aprende sobre evangelismo. A turma avançada que é para aqueles que estão no segundo ano, o tema trabalhado é discipulado. No último ano, entra no currículo tudo o que envolve missões urbanas e transcultural. “Nesta fase eles começam a desenvolver células na escola”, contou Maely. Após concluírem os três anos de treinamento, no quarto os alunos preparam uma viagem missionária para colocar em prática tudo que aprenderam. Em 2018, eles vão para Macapá, Acre e Parintins. Em uma destas viagens pelo interior do país foi implantada uma igreja.

No cinco e último ano de preparo,a proposta é oEnglish Missions Training (EMT). Após um processo seletivo, pelo período de dois meses, estes alunos são enviados aos Estados Unidos (EUA), onde aprendem além de uma segunda língua, como também fazer missões em outro país. Os alunos do EMT devem arcar com os custos do visto, passaporte e passagem aérea. As demais despesas como alimentação e estadia ficam a cargo daparceria com o distrito da Igreja do Nazareno nos EUA. Para os interessados, o investimento na EMA é entorno de R$760,00 por aluno em cada módulo (sujeito a alteração). Este valor pode ser dividido em dez parcelas. Nele está incluso, além da estadia de 15 dias no acampamento, material didático, cinco refeições diárias e evangelismo prático aos finais de semana. Em relação as viagens missionárias, o custo é de entorno de R$ 2 mil por aluno (passagem + hospedagem). Mais informações podem ser obtidas pelo endereço eletrônico www.ema2018.com.br PROCLAMAI | 11


O desafio da Igreja do Nazareno no Brasil Rev. Natanael Pinto Cardoso Coordenador Nacional da Missão Global Presidente de MNI - Disttrito Santa Catarina

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Missão Global na Igreja do Nazareno nos ajuda a compreender a identidade da denominação quanto a sua fidelidade ao evangelho e a ordem de fazer discípulos que vem desde a sua fundação, em 1908. Não é possível existirmos sem ela, e não poderia ser de outra maneira. Encontrar vocacionados, treiná-los e enviá-los sempre foi um objetivo claro. Fazer parte da Missão de Cristo e ter os olhos postos nos campos brancos é consequência natural de uma Igreja que além de se dispor a deixar Cristo no centro, compreende que o poder do seu Espírito santifica e, também, envia “tanto” para Jerusalém como para a Judéia, Samaria e os confins da terra. Sou parte de uma geração que cresceu na Igreja do Nazareno no Brasil vendo missionários dedicados chegando dos Estados Unidos, desenvolverem seus ministérios e voltarem para sua terra. Também conheci pastores cabo-verdianos consagrados que chegaram nas terras brasileiras para cooperarem com a obra e deram suas vidas em diferentes cantos. Só mais tarde compreendi que eram todos missionários enviados por Jesus no poder do Espírito Santo. O que eu não imaginava é que eu mesmo seria impelido por este Espírito e pelo amor de Cristo a deixar minha zona de conforto na Igreja do Nazareno Monte Moriá em Campinas e viver 16 anos em Portugal desenvolvendo o ministério pastoral e de ensino. Deus não depende de estruturas, mas ele as usa para sua honra e glória. A Igreja do Nazareno durante

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100 anos desenvolveu um processo de captação, formação e envio de missionários. É certo que concentrou os seus esforços no século XX a partir dos Estados Unidos, mas percebeu que o que Deus estava fazendo não se restringia à América do Norte. Lembrome em 1998 quando eu e minha esposa chegamos à Junta Geral e à Junta de Superintendentes Gerais para sermos entrevistados como possíveis missionários. Foi uma surpresa: no grupo tínhamos coreanos, brasileiros, argentinos, escoceses e americanos. Até a Junta Geral ficou impressionada. De lá para cá as coisas mudaram, basta ver a composição da Junta de Superintendentes Gerais que hoje está composto por quatro norteamericanos, um cabo-verdiano e um panamenho. Deus não depende de estrutura; Ele as usa. O ministério do grande missionário apóstolo Paulo relatado em Atos nos ensina coisas interessantes. Primeiro Deus mexe com Ananias para fazer o impensável: falar com o “perseguidor” da igreja e orar por ele. Depois leva-o para o deserto da Arábia para uma “pequena” metanoia; em seguida toca no coração de Barnabé para colocá-lo no meio dos líderes. No andar da carruagem se encontra em Antioquia onde começa a ganhar respeito e quando menos espera é separado por ordem do Espírito Santo para uma viagem missionária planejada por Deus. Tempos depois o próprio Concílio de Jerusalém dá uma missão ao irmão Paulo que vê o seu amor pelos gentios reconhecido pela Igreja. Aí ninguém segura mais o apóstolo. Chega em Listra e inclui na missão um rapaz chamado Timóteo bem falado pelos irmãos e que seria um dos grandes líderes da Igreja do futuro (16.3). Ele


funda igrejas saudáveis e reprodutoras. Ele cria redes de apoios com gente de diferentes lugares (20.4), encontra gente boa que o apoia como Priscila e Áquila, se hospeda na casa de Tício – o justo (18.7); empresta a Escola de Tirano para montar a sua (19.9), designa presbíteros por onde vai passando (14.23). Promove a recolha de fundos e os leva à Jerusalém (Rom 15.26), recomenda Febe (16.1), envia Timóteo para Corinto (I Cor 16.16), envia Tíquico para Éfeso (Ef. 6.21) e para Colossos (Col. 4.8), recebeu ofertas de várias igrejas, animou a Arquipo para continuar firme no ministério (Col. 4.17). Alguém tem dúvidas ainda que nosso irmão Paulo construiu uma estrutura deapoio a missões na qual muitos foram envolvidos, formados e enviados?

E nós nazarenos do Brasil? Quantos somos? Cerca de 190 mil membros e quase 700 igrejas. Vocêacha esses números suficientes para criar uma estrutura de apoio à obra missionária? O que podemos fazer pelo campo missionário dentro e fora do Brasil? Muito com os que já foram e estão sendo chamados. Nossa responsabilidade como nazarenos na Missão Global é Encontrar os que Cristo está chamando, Treinar corretamente os que estão dispostos a ir e Enviar responsavelmente os que estão prontos para serem usados na obra. Mas não é suficiente, temos que cuidar deles no campo e saber recebê-los quando terminarem sua obra. Este é o desafio da Missão Global.

Entrevista - Rev. Antônio Carlos

MNI - Novos tempos chegaram

Coordenador Nacional do Ministério de Missões Internacionais (MNI), o reverendo Antônio Carlos dos Santos Silva esteve à frente do I Encontro Nacional de Líderes Distritais, realizado em abril, em Campinas. Um entusiasta, nesta entrevista concedida a Revista Proclamai (RP), o líder fala um pouco sobre a sua visão a respeito de Missões e o que é necessário fazer para avançar neste ministério considerado essencial para a igreja. RP – Qual a visão que o senhor tem deste ministério hoje? Rev. Antonio Carlos – A visão que tenho sobre missões num contexto global é muito positiva. Cada vez mais a igreja se agiganta no mundo. Ela está marchando e as portas do inferno não tem poder para resistir a esse avanço. Em relação ao Brasil, observamos um crescimento numérico, no entanto, não têm trazido às mudanças que deveriam trazer. A igreja não pode crescer apenas desta forma, o crescimento precisa ter relevância em outras áreas. RP - Durante o encontro foi perceptível que ainda há muito por fazer. Diante desta perspectiva o quanto e onde a igreja precisa melhorar?

importância deste encontro e dos objetivos estabelecidos. Creio que em curto prazo nós iremos mudar esse quadro. Crescemos infelizmente distantes um do outro, cada um tendo uma escola. É necessário que agora todos nós tenhamos a mesma escola, uma só mesa, uma só voz. A muito a ser feito, mas estou certo de que o tempo de mudança chegou. Deus está fazendo coisa nova entre nós. RP - Qual seria o caminho para esta melhoria? Rev. Antonio Carlos – A conscientização. A igreja está extremamente egocêntrica. Cristo deve voltar a ser o nosso bem maior. RP - Quais são os avanços necessários para a MNI-Brasil? Rev. Antonio Carlos – Em primeiro lugar precisamos perceber as necessidades que são muitas e profundas. Depois, ter coragem para enfrentá-las. Precisamos nos unir com um único propósito, cumprir a missão que nos foi delegada. Percebi em nosso Encontro que tem muita gente fazendo coisa boa, porém sozinho, solitário. Creio que juntos faremos mais e melhor. Precisamos informar, treinar e conscientizar. Há uma luz e um caminho é possível. RP – Ainda em se tratando de MNI, qual é o papel da igreja local e como desafiá-la?

Rev. Antonio Carlos – Sim a muito a fazer. A igreja precisa melhorar na sua essência, na sua identidade no seu propósito.

Rev. Antonio Carlos – Ela tem um papel fundamental, pois tudo começa na igreja local. É por meio dela que os pilares da MNI serão estabelecidos.

RP - Em vários momentos, o senhor mencionou que nem todos que estão na MNI, principalmente nas igrejas locais, falam a mesma “língua” ou desconhecem muitos assuntos que são pertinentes ao Ministério. A que o senhor atribui isso? Como melhorar?

RP - Qual a importância deste I Encontro de líderes?

Rev. Antonio Carlos – Penso que em algum momento, os nossos pais tenham falhado nesta área. Por isso, a

Rev. Antonio Carlos – Foi importante. Depois de muitos anos pudemos olhar um no olho do outro, compartilhar e sonhar juntos. Ficou claro que esse Encontro era um desejo de todos nós. Conseguimos atingir os objetivos estabelecidos. Hoje temos um Conselho, uma agenda e acima de tudo, relacionamento. PROCLAMAI | 13


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