Quantificação e caracterização de danos em povoamento de Pinus taeda L. submetido ao desbaste misto

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18° Seminário de colheita e transporte de madeira 9 e 10 de abril de 2018 - Ribeirão Preto, SP, Brasil

Quantificação e caracterização de danos em povoamento de Pinus taeda L. submetido ao desbaste misto mecanizado Miguel Pesch Tramontini¹; Carlos Cézar Cavassin Diniz²; Fábio Cordeiro de Brito³; Renato César Gonçalves Robert4; Felipe Martins de Oliveira5 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, miguelpesch@gmail. com; 2Doutorando em Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, carlos.diniz@ufpr.br; 3 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, brito.fabiocordeiro@gmail.com; 4Professor do curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, robert@ufpr.br; 5Professor do curso de Engenharia Florestal, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Irati, PR, fmoliveira@unicentro.br 1

Resumo: O presente trabalhou visou analisar lesões causadas em árvores remanescentes de um plantio de Pinus taeda após o primeiro desbaste feito com o trator florestal harvester. O trabalho foi realizado em uma empresa florestal localizada na cidade Inácio Martins, estado do Paraná. A avaliação foi feita em 24 parcelas, onde as lesões foram classificadas em: leve, moderada e intensa, sendo divididas em: frequência, posição na árvore e grau de intensidade do dano. Em relação a frequência, constatou-se que 17,3% dos danos foram encontrados na base da árvore e 8,5% no fuste, totalizando 25,8% de árvores lesionadas nas parcelas avaliadas. Do total de lesões observadas, 68% foram encontradas na base, seguido de 32% no fuste, não sendo verificada nenhuma lesão na copa. Quanto ao grau de intensidade das lesões, constatou-se que os maiores índices foram classificados como leve. Palavras-chave: Lesão em árvores; Harvester; Qualidade em operações florestais.

Introdução e objetivos A atividade de desbaste consiste em reduzir o número de indivíduos de um determinado plantio e proporcionar assim uma menor competitividade, maior espaço, luz e nutrientes, melhorando assim o desenvolvimento das árvores remanescentes. Segundo Scheneider e Schineider (2008) a competição entre as árvores causa uma diminuição no crescimento e, portanto, deve-se concentrar a produção em incremento nas plantas que possuem melhores condições, e que irão constituir o corte final, realizando a retirada das que não atendam os objetivos finais. Além de gerar uma maior qualidade da madeira, os desbastes evitam perdas com árvores que não estão em uma condição adequada e certamente morreriam naturalmente no plantio (SMITH, 1962). Segundo Cabral (2014) a mecanização do desbaste é uma excelente inovação, muito importante para se alcançar numerosas vantagens no processo de produção de madeira. Em contrapartida aos estudos que apontam a importância da operação de desbaste existem as dificuldades e complexidades encontradas na realização deste processo, principalmente o método mecanizado, onde as maquinas tem dificuldades de se

locomoverem dentro dos talhões, devido à densidade elevada (DROOG, 2016). Este problema de locomoção pode gerar sérios danos mecânicos às árvores remanescentes, como por exemplo, as lesões no fuste, que podem deixar as árvores susceptíveis ao ataque de pragas e doenças, causando perda da qualidade da madeira e consequentemente uma redução da produtividade final e prejuízo econômico (VASILIAUSKAS, 2001; RIBEIRO et al., 2002; LINEIROS et al., 2003). O presente trabalho foi desenvolvido visando realizar uma avaliação qualitativa e caracterização dos danos causados na operação de desbaste misto mecanizado, podendo gerar assim informações que sirvam de base para uma melhor estratégia de trabalho visando uma redução destes danos e um maior aproveitamento das árvores remanescentes ao final do ciclo produtivo. Material e métodos O estudo foi conduzido em plantios florestais de Pinus taeda com 11 anos de idade, espaçamento 3 m x 2 m com aproximadamente 1.666 árvores por hectare e volume médio individual de 0,22 m³. A floresta


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