Revista Método do Saber Ano 7 Número 9 - 2015

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Ano 07, número 09, out.-mar. 2015

lentilha, ervilhas e cereais são fontes de todos os tipos de fibras, a fim de prevenir doenças relacionadas à dieta, a FAO/OMS recomenda o consumo de pelo menos 25 g/dia de fibras na dieta (MELLO; LAAKSONEN, 2009). As fibras podem ser encontradas em alimentos como aveia, lentilha, trigo, milho verde, amêndoas, couve-flor, abóbora, repolho, beterraba, abacaxi, maracujá, arroz e etc. (GIUNTINI; LAJOLO; MENEZES, 2003). Tratamento dietético A dietoterapia tem a função apenas de auxiliar e complementar as ações de tratamento (NEME; PODGAEC, 2012). É necessário um planejamento dietético baseado no estabelecimento de práticas e hábitos relacionados com o comportamento alimentar (BORGES; BORGES; SANTOS, 2006). A paciente com endometriose pode apresentar quadro clínico diverso e, entre esses sintomas, pode ocorrer a infertilidade (BERBEL; PODGAEC; ABRÃO, 2008). A redução do peso corporal auxilia na regularização dos ciclos menstruais e deve ser considerada a primeira medida em mulheres obesas e inférteis (IZZO, 2008). O consumo de vitaminas do complexo B, magnésio e a suplementação de ômega 3 podem exercer um papel anti-inflamatório em pacientes com endometriose (MORAES; COLLA, 2006). O complexo B tem função importantíssima no metabolismo. As vias metabólicas que são usadas pelos carboidratos, gorduras e aminoácidos precisam da produção das vitaminas do complexo B. Elas atuam no metabolismo energético do organismo (KENNETH, 2013). O magnésio atua como regulador fisiológico da função hormonal e imunológica. Pode exercer papel terapêutico no tratamento de diferentes doenças, tendo um benéfico efeito anti-inflamatório (MACÊDO et al., 2010). O ômega 3 exerce importantes funções nos processos metabólicos, ou seja, nas reações que ocorrem nas células e também exercem funções nas membranas celulares (MARTIN et al., 2006). Podem atuar como antitrombótico, anti-inflamatórios e diminuem os lipídios no sangue, tendo propriedades vasodilatadoras (FAGUNDES, 2002). CONSIDERAÇÕES No fim deste estudo, concluiu-se que a endometriose ainda é desconhecida para muitos, apesar dos avanços já obtidos pela ciência. Por meio da metodologia utilizada, os objetivos propostos neste trabalho foram amplamente alcançados, visto que os nutrientes que podem auxiliar na prevenção foram identificados como as fibras, as vitaminas A, C e E e os que podem complementar o tratamento também foram identificados e estes são o magnésio, o ômega 3 e as vitaminas do complexo B. As carências nutricionais foram observadas e o que possivelmente pode

contribuir para o desenvolvimento da doença seria a baixa ingestão de fibras e das vitaminas C e E. As funções que os nutrientes como vitamina A e C podem apresentar na prevenção são de antioxidantes. No tratamento, os nutrientes magnésio, ômega 3 e as vitaminas do complexo B podem atuar como antiinflamatórios. Os benefícios decorrentes do consumo de tais nutrientes podem, na prevenção, evitar a evolução de processos que prejudiquem o endométrio e, no tratamento, contribuir para tratar os sintomas. Referências ABRÃO, M. Endometriose. Disponível em: <http://www.endometriose.net/pt/tratamento.asp>. Acesso em: 29 ago. 2014. ABRÃO, M. S.; NEME, R. M.; AVERBACH, M. Endometriose de septo reto-vaginal: doença de diagnostico e tratamento específicos. ArqGastroenterol, v. 40, n. 03, jul.-set. 2003. ABRÃO, M.S.; PODGAEC, S.; DIAS JR., J. A. Endometriose, a mulher moderna e o Brasil. Pratica hospitalar, V. 09, n. 50, mar.-abr. 2007. ALMEIDA, C. A. Níveis séricos de retinol e beta caroteno e sua relação com fatores de risco para doença cardiovascular na obesidade mórbida. Disponível em: <http://www.livrosgratis.com.br/arquivos_livros/cp097171.pdf>. Acesso em: 19 set. 2014. ANDRIGUETTO, J. M. et al. Nutrição animal: bases e fundamentos. São Paulo, v. 01, n. 97, 2002. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=jIUlBJ4eeroC&printsec=frontcov er&hl=ptBR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 19 set. 2014. BELLELIS, S. et al. Aspectos epidemiológicos e clínicos da endometriose pélvica: uma série de casos. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010442302010000400022&scrip t=sci_arttext . Acesso em: 28 jul. 2014. BELLELIS, P.; PODGAEC, S.; ABRÃO, M. Fatores ambientais e endometriose. Rev. Assoc. Med. Bras., v. 57, n. 4, São Paulo, jul.ago. 2011. BERBEL, B. T.; PODGAEC, S.; ABRÃO, M. Análise da associação entre o quadro clínico referido pelas pacientes portadoras de endometriose e o local de acometimento da doença. Revista de Medicina, p. 195-200, 2008. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/59078/62064>. Acesso em: 28 ago. 2014. BIANCO, B. et al. Análise do polimorfismo no códon 72 do gene TP53 em mulheres inférteis com e sem endometriose. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010072032011000100006&script=sci_arttext>. Acesso em: 20 set. 2014 BORGES, C.; BORGES, R.; SANTOS, J. Tratamento clínico da obesidade. Rev. USP, v. 39, n. 02, p. 246-252, 2006. FAGUNDES, L. A. O equilíbrio dos ácidos gordurosos essenciais na prevenção de doenças. Porto Alegre, 2002. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?id=j-CrY5kXl4C&printsec=frontcover&dq=%C3%B4mega+livros&hl=ptBR&sa=X&ei=PEccVPG5KYO1sQSR3YCgDQ&ved=0CBwQ6AEwAA #v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 19 set. 2014. GIUNTINI, E. B; LAJOLO, F. M; MENEZES, E. W. Potencial de fibras alimentar em países ibero-americanos: alimentos, produtos e resíduos. Disponível em: <http://www.fcf.usp.br/tabela/attach/Fibra%20alimentar%20em%20pa %EDses%20ibero-americanos.pdf>. Acesso em: 19 set. 2014. GOLDMAN, L.; AUSIELLO, D. Cecil: tratado de medicina interna. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. IZZO, C. Infertilidade de causa hormonal para o ginecologista. Disponível em: <http://www.sbrh.org.br/sbrh_novo/boletim/boletim_pdf/2008/sbrh_2_2 008_encarte.pdf>. Acesso em: 26 ago. 2014. COUTINHO JUNIOR, A. C. et al. Ressonância magnética na endometriose pélvica profunda: ensaio iconográfico. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rb/v41n2/13.pdf. Acesso em: 28 ago 2014. KENNETH, J. et al. Nutrição contemporânea. 2013. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?id=CGQ3AgAAQBAJ&printsec=fro ntcover&hl=pt-

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