Inclusao escolar do deficiente intelectual e o seu processo de alfabetizacao

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Constatamos que três dos professores entrevistados haviam feito uma pós-graduação que os capacitasse a receber alunos de inclusão, e desses três, somente um em educação inclusiva. Com o intuito de averiguarmos se os professores teriam participado de algum curso de formação continuada que os capacitassem a receber os alunos de inclusão ou com NEE, a questão três foi objetiva com respostas Sim e Não. O resultado indicou que apenas três dos professores participaram de algum curso de formação continuada e oito alegaram nunca terem participado em um curso que os capacitasse a atender os alunos com NEE. Isso reforça o que diz Mazzotta (1993) quando afirma que um professor incompetente ou mal preparado para a tarefa acarretará à criança com NEE maior mal que a ausência de recursos de educação especial. A pergunta quatro foi elaborada para podermos verificar se o programa de inclusão estava acontecendo nas escolas públicas como determina a Constituição Brasileira (BRASIL, 1988), quando perguntados se já haviam trabalhado com inclusão. Dos respondentes, quatro professores disseram que não e sete professores, sim, que já trabalharam com alunos ditos de inclusão. Isso nos mostra que o processo de inclusão educacional está acontecendo, mas paulatinamente. A questão cinco dá sequência à questão quatro, se sim, que tipo de alunos recebeu como inclusão? Dos sete professores que responderam sim, um professor recebeu alunos com deficiência intelectual/mental, outro professor recebeu alunos com deficiência intelectual/mental e cego, e um professor recebeu alunos com deficiência intelectual/mental, físico e cego, quatro professores receberam alunos com deficiências intelectual/mental e físico. Percebemos que todos que já receberam alunos de inclusão em suas salas de aula tiveram a experiência de ter alunos com deficiência intelectual/mental, o que corrobora os dados de que 50% das pessoas com deficiência apresentam deficiência intelectual (BRASIL, 2006). A questão seis foi elaborada com o intuito de saber como os professores se sentiam diante da possibilidade de trabalhar com alunos com NEE e se estavam preparados para isso. Somente dois professores responderam que sim, que se achavam preparados para trabalhar com alunos com NEE por ter tirado suas dúvidas com professores da faculdade e feito um trabalho individualizado, e o outro fez cursos na APAE.


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