Avaliação a gradativa evolução no processo de ensino aprendizagem

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evidência nessa organização e naquele padrão de escola. Dessa forma os educandos ficavam reunidos em um local, aleatoriamente, não levando em consideração o conhecimento deles. Sendo que isso só era verificado pelas autoridades da educação no final do ano. Após o advento dos grupos escolares começou-se a organizarem as crianças em classes semelhantes, ou seja, homogêneas. Depois disso os educandos eram avaliados de acordo com seu grau de conhecimento. Com isso aceitaram de forma intensa a cultura das provas e exames promovidos pelas instituições escolares. Tendo como aprovados aqueles que apresentavam bom rendimento escolar, e como reprovados aqueles que não apresentavam bom rendimento escolar. Catani e Gallego (2009) também afirmam que as aprovações e reprovações não dependiam apenas dos professores, haviam outras influências para que os educandos pudessem ou não passar de uma série para outra nas escolas. As autoras descrevem um relato de uma professora que revela as influências de pessoas que não faziam parte da instituição escolar, mas, por serem graduados em alguma área do saber tinham o direito de fazer parte do grupo de avaliadores, porém os seus saberes não lhes davam competência a tal atribuição. Tal relato diz o seguinte: Os dois anos de escola isolada foram o melhor tempo de minha vida como professora. Foi um trabalho suave. Não tinha tantos e tão exigentes chefes! Eu mesma dirigia a minha escola e o resultado final era sempre satisfatório. Os exames eram apertadíssimos. Para cada disciplina, um examinador, escolhidos entre as pessoas gradas do lugar. Advogado, engenheiros, políticos graduados, tudo gente fina e de muito saber, mas que nada sabiam do pouco que podiam assimilar as frágeis inteligências das mimosas criaturinhas ali presentes. Estavam fora do programa. Mesmo assim as pequenas respondiam com tal vivacidade acerto, que a professora era continuamente felicitada [...] (p.29).

Seguindo com a afirmação das autoras Catani e Gallego (2009), após a organização dos grupos escolares foram aparecendo condições diferentes para a execução dos exames finais. E passaram a serem feitos de forma mais gradativa, sendo

esses,

mensais,

bimestrais

ou

semestrais,

constituindo

maneiras

diferenciadas para rotular, avaliar e consequentemente produzir notas. Com isso, aos poucos começou a adotar o costume de fazer comparações entre os alunos, permitindo o controle e a classificação. Dessa maneira era notado o que poderia ser mais conveniente para as coordenações das classes, sendo essa feita mediante as condições de aprendizado dos aprendizes. Portanto, isso era uma das formas de


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