Collbusness News Jun 2017

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www.necta.com.br

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EDITORIAL Escrever o editorial da Revista Collbusiness News me permite vê-la através de uma ótica diferente. É acompanhar a constante evolução gráfica e a manutenção do elevado nível de qualidade dos artigos. A cada edição o desafio se repete. Desenvolver uma capa compatível com o tema principal. Fábio, você a cada mês tem se superado. Cada articulista escrever sobre o tema, apresentando seu ponto de vista. Esta nova edição aborda o tema das Fintechs. O novo fenômeno que se apresenta no cenário econômico. O nascimento,


desenvolvimento, crescimento ou morte dentro do ciclo normal de abertura de empresas. Nada diferente do mundo tradicional. Pitico faz o contraponto a tudo que se escreveu sobre estas empresas. Não deixem de ler este artigo, ele coloca com toda a sua verve fortemente embasada, um ponto de interrogação sobre o futuro destas empresas. Parece que nem tudo são flores. Como é importante o contraditório. Convidamos algumas empresas do setor a se apresentarem, infelizmente nenhuma aceitou o desafio. Gostaríamos muito do ponto de vista de

quem está no Front do setor. Daisy, Joseane, Rodolfo e Julia escrevem sobre pessoas. Estes seres que alguns definem como extintos nas operações, e outros apontam como em evolução permanente. Leiam com atenção o artigo da Julia que estreia a coluna Delícia. Ela é uma feliz comprovação que há luz no fim do túnel. Parte integrante da Orpas, uma organização não governamental, desenvolve um trabalho fantástico de conscientização sobre o Consumo Sustentável, ou seria Responsável. Nossa revista abriu as portas aos integrantes da Orpas. Como tem


gente especial. Pessoas que me fazem não perder a esperança. Descobrir uma pessoa que já vendeu mais de 100.000 livros nas comunidades de São Paulo. Vocês ouvirão falar mais deles em outras edições. Leonardo Barroso estreia escrevendo sobre o uso das novas tecnologias do ponto de vista do titular de uma assessoria de cobrança. O artigo está excelente. Esperamos vê-lo mais vezes por aqui. Uma nova coluna foi criada, sobre Educação Financeira. O Alexandre Gallardo será

responsável pelo tema, tão caro a todos. Convidamos você leitor a investir um tempo precioso na leitura. Acreditamos estar entregando a você informação e conhecimento de primeira qualidade. Boa leitura! Envie seu comentário. Ajude-nos a melhorar cada vez mais a CollBusiness News.

Luciano Basile Editor & Publisher


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EXPEDIENTE

EDITOR E PUBLISHER Luciano Basile luciano.basile@collbusinessnews.com.br DIRETOR INSTITUCIONAL Manoel Moraes manoel@collbusinessnews.com.br

COLUNISTAS Fórum GoOn Eduardo Tambellini Daisy Blanco Luciano Basile Alexandre Gallardo Raul Ostengo Prof Pitico Alana Rauber Leonardo Barroso Joseane Malize Rodolfo Seifert Julia Drezza Dr Barroso Marcos Fattibene Fábio Freitas Silva

MISSÃO Proporcionar uma revista de alta qualidade, impactando com informações relevantes para o segmento, superando as expectativas dos leitores e anunciantes, de forma inovadora e estratégica.

Conheça mais sobre nossos articulistas:

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DIRETOR DE CRIAÇÃO Fábio Freitas Silva fabio@collbusinessnews.com.br WEB DESIGNER Mauro Swenson mauro@collbusinessnews.com.br

DIRETORA COMERCIAL Joseane Malize joseane@collbusinessnews.com.br DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Alana Rauber alana@collbusinessnews.com.br

VISÃO Ser referencia no mercado, sendo a melhor no que faz, proporcionando satisfação para todos os seus clientes (internos e externos), transformando informação em conhecimento, gerando riqueza de forma a trazer modificações significativas ao produzir conteúdo de qualidade..

VALORES TRANSPARÊNCIA ÉTICA QUALIDADE PROATIVIDADE TRABALHO EM EQUIPE COMPROMETIMENTO MOTIVAÇÃO GOSTAR DE DESAFIOS RACIONALIDADE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Revista mensal - Ano 1 - 6ª Edição


ÍNDICE ÍNDICE



RAIO-X DO FÓRUM GOON FAIR 2017 EM 3 TRILHAS SIMULTÂNEAS, A NOSSA JORNADA ÚNICA CONTINUA!

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Realizar o Fórum GoOn faz parte de uma missão, um propósito maior a ser atingido, muito mais que uma ação de uma empresa para o mercado. Os patrocinadores (vide painéis do evento e fotos), a quem somos extremamente gratos, deram todo o apoio financeiro e também contribuíram com o conteúdo, sempre presentes em suas participações! Bom demais ter este tipo de parceria! Planejar, participar e patrocinar o evento é o levantar de uma bandeira de conscientização do que realmente o CRÉDITO significa e atuar de forma inteligente e eficaz através dele, causando impacto em toda a cadeia de valor e na sociedade em geral. Isso tem que ser aos poucos. Os modelos mentais das empresas no Brasil ainda es-

tão focados no modelo de “sobrevivência/ crescimento financeiro” e engatinhando com relação a temas de “contribuição social”. Assim como o nosso mundo profissional, o sucesso ($$) ainda tem a missão de trazer a felicidade e não vice-versa, como deveria ser, eu acredito. Todos que atendem ao evento, já esperam algo inovador e diferenciado, seja no conteúdo, seja na forma de realização e prezamos por manter o propósito e inovação (que tenha efeito concreto) simplesmente faz parte da estratégia! O sucesso ainda aparece como o promotor e não como a recompensa.... mas se o sucesso é o promotor, quem promove o sucesso? Trabalho duro? Horas? Competitividade? Inovação? Esse modelo constru-

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iu o mundo em que vivemos e hoje percebemos que não está mais funcionando, pois passamos do limite e estamos caindo na real de que está na hora de inverter o jogo. Mas como? Certamente por meio de muitas reflexões, conteúdo, disciplina, perseverança e tempo! Pois bem, o Fórum iniciou assim, não por acaso, promovendo a “felicidade” por meio de música leve e gostosa que tocou corações com a nossa deliciosa banda Cuca Monga. Na sequência, com um sorriso no rosto e o coração já mais aberto, promovemos uma mente reflexiva e mais quieta, com a Monja Cohen colocando-nos todos para meditarmos às 8 horas da manhã para termos a oportunidade de nos conhecermos um pouco mais e sermos mais íntimos de nós mesmos e de nossas mentes. E, a partir daí, tudo funciona melhor, e o sucesso do evento foi pura consequência de um propósito bem feito e um estado emocional colaborativo da maioria. Nesse estado de maior felicidade surgem

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reflexões que nos permitiram perceber como tomamos nossas decisões e como elas nos levam à inovação, aos resultados, ao sucesso....ou não. E veio o conteúdo (teoricamente) mais “esperado”: O Brasil e a sua política e economia abriram para um mundo de RAIO-X de Crédito, Cobrança, CRM, Analytics e Liderança realizados por grandes profissionais e experts de importantes setores e empresas para discutirmos juntos temas e cases de impacto direcionados ao nosso mundo de Gestão de Riscos. Ao todo, mais de 90 palestrantes estiveram por lá! Nosso primeiro painel foi conduzido por uma apresentação de nossa realidade econômica de forma muito didática e elucidativa por André Perfeito, da Gradual investimentos. Após sua apresentação, José Reinaldo Tosi conduziu um debate com especialistas visando dar maior atenção a realidade que nos encontramos e o que ainda está por vir em 2017 e para o futuro. Foi unânime o sentimento de que, por maior que seja a crise, devemos sempre


olhar para os fatores positivos que ainda são maiores do que os negativos. É fato que temos 14% de desempregados, mas não podemos nos esquecer que temos 86% de empregados e consumidores. Após a discussão econômica, o Fórum foi dividido em três trilhas, três painéis simultâneos debatendo assuntos diferentes e para a escolha de cada um. Os primeiros painéis abordaram o Raio X no crédito onde especialistas sob o comando de Andrea Moraes da GoOn debateram sobre “O novo momento do crédito e dos serviços financeiros”, como estamos percebendo o crédito em um momento de crise econômica e política. No painel ao lado, Eduardo Tambellini da GoOn convidou especialistas do mercado de Telecomunicações para fazer um Raio X da Recuperação, abordando o tema “Chegamos no limite da inadimplência? O que poderíamos ter percebido antes?” Finalizando a primeira trilha, Fábio Kruzich da GoOn e especialistas discutiram o Raio X do Analytics, onde tratamos “O que temos de informações que

estão disponíveis hoje para melhorar nossas decisões?” Dando sequência às trilhas, a próxima rodada de discussões foi iniciada. Na primeira trilha, mais uma vez, Andrea Moraes debatia com especialistas sobre o Raio X do varejo com o tema: “Qual o momento do varejo e seus serviços financeiros?”. Na trilha ao lado Alessandra Freitas convidou especialistas a tratar do Raio X do Crédito PJ, com o tema “A evolução da análise do crédito PJ (pequenas e médias) – o que há de novo?”. Finalizando a trilha, Lucas Pinto da Goara deu um tom de liderança no Raio X da Liderança com o tema: “A otimização das decisões através do líder consciente”. Na última trilha antes do almoço, no primeiro painel em um novo Raio X da Recuperação, Gustavo Kruzich da GoOn tratou do tema “Novas técnicas e formas de recuperação transformando o modelo da cobrança” com especialistas do segmento. Ao seu lado com o Raio X do Varejo, Luiz Ernesto Nunes da GoOn conduziu um debate sobre “A inovação no varejo sob o

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olhar de negócios”. Finalizando os debates na trilha 3, John Sato da Serasa Experian recebeu especialistas do mercado de cooperativas para o Raio X do Cooperativismo com o tema “Que diferenciais o cooperativismo traz para o país? E como os princípios do cooperativismo podem influenciar o mercado financeiro e a sociedade?” O almoço de networking foi absolutamente delicioso no restaurante Praça São Lourenço! Após o almoço, Marco Gorini, da Dínamo, abordou um painel aberto com o “Finanças a serviço da sociedade – O poder do crédito” onde foi discutido como o Crédito pode exercer seu poder para alavancar negócios de Impacto Social. Como o casa “Vivenda” foi concebido, estruturado e o passo a passo do complexo sistema de players (empresas e empresários) para buscar o maior impacto possível para a comunidade brasileira. Estiveram presentes nesse rico debate além de Marco Gorini, José Tosi (GoOn), Ricardo Josuá (Pismo), Fernando Assad (Vivenda) e João Paulo Pacífico (Grupo Gaia). De volta às 3 Trilhas: agora para os nossos WorkLabs, ou laboratórios de Trabalho, onde cada patrocinador abordou cases reais e práticos de impacto na otimização do mercado de risco. Nos primeiros Worklabs Serasa Experian e Cyber Financial abordaram cases de suces-

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so em seus clientes e com abrangência internacional. Tivemos ainda cases da PG Mais Resultados, Flex Contact Center, Neurotech e Sysopen. Ao final do dia, intenso de debates e conteúdo, fechamos com 3 painéis simultâneos com foco em Start Ups e Fintechs. No primeiro Fábio Kruzich e André Rebitte da Taken falaram sobre a experiência da visita ao vale do Silício na Califórnia e contaram as novidades e práticas das empresas de Tecnologia instaladas na região. Ao lado Marcos Coque da Lendico e Anderson Marcomini da GoOn apresentavam experiências de Data Science aplicado ao Risco. No terceiro palco, Alexandre Lara da Kitado e Daniel Neves da Orpas davam um tom alegre mostrando o importante tema de Impacto Social das Fintechs. Assim foi o nosso dia... apesar dos imprevistos naturais de um evento, muito rico em tudo que é possível e completo em seu propósito. Fechamos com “chave de ouro” com um Happy Hour, sorteios e o lançamento do livro do Eduardo “Histórias de Cobrança”. Esse, mais que feliz por realizar seu sonho e nós todos felizes por ele e pelo mágico momento de festa do GoOn FAIR 2017! OBRIGADO a todos que estiveram ao nosso lado! E quem não esteve, prepare-se para o próximo! Abraços


NOVAS FORMAS DE PENSAR E AGIR EM CRÉDITO, COBRANÇA E RELACIONAMENTOS.

CICLO DO

CRÉDITO

DIAGNÓSTICOS, TREINAMENTOS, SOLUÇÕES & ANALYTICS COM VISÃO DIFERENCIADA DE IMPACTO FINANCEIRO E SOCIAL NAS EMPRESAS FÓRUM + DIFERENCIADO DO MERCADO

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RCA D A M

VO

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150 Clientes de impacto; 700 Projetos implantados; 100 Soluções e produtos desenvolvidos em parceiros; 10.000 Profissionais e líderes capacitados; 15 anos de conhecimento e prática em Gestão de Riscos; Confiança e cumplicidade.

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PRÊMIO DE IMPACTO+

LU Ç Ã

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www.goon-risk.com.br


EDUARDO TAMBElLLINI

TABELANDO COM O TAMBELLINI

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A MODERNIDADE DA MODELAGEM DE RISCO Já devem ter se passado quase 23 anos onde, pela primeira vez, ouvi falar de Credit Scoring. Quando comecei a trabalhar em concessão de crédito em uma Processadora de Cartões éramos eu e mais um para fazer todo o processo de concessão e avaliação de crédito. Consultávamos o SERASA na mão, um por um, e isto era feito através de uma conexão discada, daquelas que fazia um barulho quando a conexão era realizada. Mas como disse, anos foram se passando e decisão de créditos manuais hoje são cada vez mais raras. O que é um modelo de Score e porque afinal devemos utilizá-lo? E ainda, podemos confiar nele de verdade ? Os modelos de Risco, ou Risk Scores, analisam características do cliente e às vezes da operação também, fazendo correlações

A GESTÃO DE RISCO EVOLUIU E HOJE A TEORIA JÁ É PRÁTICA entre elas com o comportamento passado e, a partir disto, traduzem a probabilidade de o cliente vir a se tornar “mau”. Trazendo isto pro nosso dia a dia, cada um de nós faz score a partir de uma pergunta ou algo que vocês desejem saber, por exemplo, qual o risco de chover hoje? Esta pergunta tem por objetivo que você tome uma decisão, ou uma estratégia, levar ou não guarda-chuva? Sua análise vai ser baseada no seu conhecimento do passado e você faz perguntas: Tem nuvens lá fora?

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Qual estação do ano estamos? Choveu ontem? O que diz a previsão? Onde você está? Baseado nestas informações e naquilo que você já conhece, ou seja, das características que compõem um dia de chuva, você toma a decisão. No mundo de Gestão de Risco é a mesma coisa, utilizamos informações do passado, com perfis correlacionados, para prever uma possibilidade do cliente se tornar “mau”. Os modelos podem prever inúmeras situações: Probabilidade do cliente se tronar inadimplente, do cliente cancelar o serviço, a probabilidade de ser uma fraude, do cliente entrar em atraso, do mesmo pagar, pode até prever a probabilidade de funcionário, por exemplo, um atendente de call center pedir desligamento após muitos meses. Independente do que eles podem prever, existem 3 modelos mais utilizados na Gestão de Risco:

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 O Credit Score (Modelo de Iniciação ao Crédito) é um modelo “estático”, escorado apenas uma vez, e considera características cadastrais, demográficas e da operação de crédito.  O Behaviour Score (Manutenção do Crédito e Pré-Cobrança) que é um modelo “dinâmico” e escorado frequentemente (a cada mudança de comportamento) analisa o comportamento passado de utilização, pagamento, entre outras.  E o Collection Score (Recuperação) que também é “Dinâmico” e escorado frequentemente (a cada mudança de comportamento). Este modelo analisa o comportamento passado a partir de ações de cobrança. Porque devemos utilizar os modelos preditivos? Pelo menos duas razões muito claras para que vocês entendam a necessidade de utilização dos Risk Scores. A primeira tem a ver com a velocidade da decisão, a partir de


um modelo podemos tomar decisões rápidas, pois bastam segundos para, a partir do input de dados, o modelo processar os cálculos de devolver a pontuação. A segunda pela acuracidade ou a precisão e exatidão. Como o modelo é desenvolvido com técnicas estatísticas e baseado no histórico passado, ele tem maior capacidade de acertos do que decisões subjetivas. É comum, principalmente nas decisões de crédito, que exista subjetividade nas decisões. Muitas vezes por causa de experiências em uma ou mais situações, o ser humano acaba por acreditar que tudo segue

aquele padrão, porém quando usamos um modelo, o mesmo vai extrair com exatidão o que realmente é o comportamento repetitivo e que, muitas vezes, não se destaca aos olhos do ser humano. É importante entendermos que o modelo por si só não toma decisões, o modelo gera uma pontuação. Cabe a Política de Crédito indicar que caminho seguir com cada pontuação, e aqui é onde começamos a entender outro benefício dos modelos, permitir a segmentação de grupos: Podemos perceber que, no quadro acima,

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cada faixa de pontuação gera um PD (Probabilidade de Default - Probabilidade do cliente não pagar). Sendo assim podemos agrupar faixas de score com o objetivo de tomar decisões segmentadas. A cada agrupamento de score e utilizando, por exemplo, a probabilidade de lucro, decidimos por um caminho. Por exemplo, até o score 200 nossa decisão é de negar já logo na entrada, pois nosso resultado é negativo nas duas faixas. No outro extremo é aprovar com o mínimo de checagens e pedidos de documentação tendo em vista a previsão positiva de resultado. Então, sabendo que os modelos de risco tornam as decisões de crédito mais rápidas e exatas, tendo um modelo, temos a certeza de estar prontos para encarrar nosso dia a dia do mercado e ter sempre decisões que levem meu resultado ao tão sonhado lucro? Sim, porém existe um cuidado. Todo mo-

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delo deve ser constantemente monitorado, no mínimo mensalmente. E porque devemos monitorar um modelo? Os modelos, como falamos, são desenvolvidos baseados em um público passado. Se seu negócio, por exemplo, migrar de segmento, de região ou de público; seu modelo pode perder performance, pois o perfil do público atual se comporta diferente do público da base de desenvolvimento. Sendo assim, não basta ter um modelo e esquecer ele na política, é essencial que ele seja mensalmente monitorado para que, a partir dos seus indicadores, possamos ter a certeza que ele ainda separa bons de maus da mesma forma que separava no momento de seu desenvolvimento. E como tudo evolui, os modelos também estão evoluindo, as características originais tinham modelos desenvolvidos através de regressão logística ou outras técnicas estatísticas, e estes dependem de revisão


constante, como citado acima. Atualmente, uma nova onda vem tomando conta e trazendo ainda mais acuracidade, são os chamados modelos via “Machine Learning” ou Aprendizado de Máquina é um novo método de analisar dados automatizando o desenvolvimento dos modelos. Isto é realizado utilizando-se de algoritmos que aprendem interativa e continuamente a partir dos dados. O aprendizado das máquinas permite que se encontrem avaliações muitas vezes não observadas e que, com esta utilização, tornam-se parte do processo decisório. É certo que cada vez mais o processo de inteligência na tomada de decisões tenda a utilizar os modelos de Risk Scores, não existe volta, e sim, há cada dia mais evolução e automatização. Isso quer dizer

que cada vez mais o ser humano é colocado a segundo plano? Importante entender que quando um robô ou uma máquina substitui o ser humano ela substitui aquilo que muitas vezes fazemos de forma repetitiva ou “robotizada”. Por mais que máquinas se tornem inteligentes e façam cálculos cada vez mais rápido, ainda é de sentimentos humanos e verdadeiros que o mundo precisa. Portanto, cabe a nós sempre direcionarmos esforços para que nossa humanidade seja o máximo possível utilizada nas relações humanas onde, muitas vezes, acabamos agindo como máquinas. Decisões inteligentes, humanas ou de máquinas, enfim, é o que o mundo precisa! Eduardo Tambellini


O RISCO NOSSO DE CADA DIA

ENTRE LIVROS

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FERNANDO MANFIO


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Faz sentido insistir que o mercado de crédito continuará crescendo no País. Cada vez mais competitivos, os produtos e serviços apresentarão um preço final ao Consumidor, sempre menor. Daí que o dilema da comunidade de crédito continuará presente: como conceder crédito de forma barata, com controle do nível de perdas creditícias e, ao mesmo tempo, aumentar o potencial de venda de outros GoOn – evolução em gestão de riscos: produtos de forma a maximizar o resultado por cliente. Viveremos também, inevitavelmente, em algum momento, uma diminuição do spread. Esse quadro continuará impondo a necessidade de melhorias em todos os Pilares de Risco. O desafio atual é perceber que essa ciência/arte é desenhada para o futuro. Utilizase do passado como qualquer outra ciência behaviorista, mas a decisão nossa de cada dia estabelece como será o amanhã. Insisto que Crédito é a ciência e a arte de dizer sim. Quando não se aceita uma proposta ou quando se inicia um processo de cobrança ativa, devemos sempre nos orientar para a Estratégia definida pela Organização e certificarmo-nos de que: • a Perda de Crédito projetada para o futuro está dentro daquilo que foi desenhado; • o nível de aprovação das novas propostas creditícias nos dará uma boa margem de segurança de que a performance futura da carteira esteja dentro dos parâmetros de lucratividade estabelecido;

O RISCO NOSSO DE CADA DIA - Fernando Manfio

Nossa meta é fazer do RISCO uma alavanca de crescimento e lucratividade para seu negócio, transformando seus riscos em oportunidades de LUCRO. O nome GoOn veio em 2012, mas a empresa nasceu em 2002 como Witrisk, portanto somos jovens, porém, muito experientes! Estamos certos de ser também a melhor opção de parceria em Relação Custo x Beneficio para sua empresa, pois atingimos os melhores resultados sem sermos os maiores investimentos! Somos “sob medida” para atingir os resultados esperados, com profunda especialização no mercado e produto, foco específico no seu negócio e alto nivel de desempenho com grande flexibilidade na forma de atuar. Dada a expertise de nosso time de consultores, temos uma visão estratégica apurada aliada a uma grande prática nas ações do dia a dia que nos levam até as metas estabelecidas! Abrangemos todo o ciclo do produto e de crédito, Planejamento, Concessão, Manutenção, Cobrança, MIS e Modelagem!

“10 motivos” para escolher a GoOn:

1. Especialização dos consultores com experiência em ambos os lados do negócio ( contratante e contratada) e flexibilização da equipe em cada momento do projeto (buscamos sempre “a equipe mais adequada ao cliente”) 2. Confiança na entrega: Alta reputação no mercado e Vivência de mais de 500 projetos implantados ao longo de 11 anos ( cases de sucesso e de aprendizado) 3. Metodologia de implantação (não somente planejamento) – o cliente pode sempre contar com nossa equipe no dia a dia 4. Foco no cliente: reflexão em conjunto com o cliente buscando sempre a melhor solução/resposta para o seu negócio/no momento (não trazemos respostas “empacotadas” por experiências isoladas) 5. Grande presença e conhecimento de mercado (networking) e respectivas necessidades das empresas 6. Independência com capacidade de seleção e oferta das ferramentas e serviços disponíveis para as empresas de cada ramo de negócio (conhecimento das melhores soluções para cobrança) 7. Valores humanos e harmonia com o cliente 8. Transferência de know-how e capacitação (formação) dos profissionais do parceiro/cliente e do contratante 9. Facilidade de intermediação na relação contratante X contratada 10. Full-service para gestão de Cobrança (abrangência de nossos produtos de Consultoria, Treinamento, Modelagem e Implantação)

LINHAS DE NEGÓCIO:

I - Linha de negócio para empresas de Risco, Crédito e Cobrança: CONSULTORIA, MODELAGEM, TREINAMENTO E IMPLANTAÇAO DE PROJETOS II - Linha de negócio para o GESTOR de risco, crédito e cobrança: COACHING & MENTORING – PARA ATINGIMENTO DE META ATRAVES DE AMPLIAÇÃO DE CONSCIENCIA E ORIENTACAO PROFISSIONAL III - Linha de negócio para o mercado em geral: RISK TRENDS GoOn - Direcionamento estratégico para decisões através de indicadores, análises, referências e tendências de mercado e produtos de risco, crédito e cobrança.

GoOn – evolução em gestão de riscos:

É com satisfação que assistimos ao surgimento desta obra. Ela demonstra que o autor, trainee da Credicard nos meados dos anos 1980, absorveu não só a “doutrina” do gerenciamento do credito massificado, que lá teve seu berço no Brasil, como aquele princípio no qual sempre insistimos: conhecimento é para ser socializado, divulgado urbis et orbis (para a cidade e o mundo). Isto é o que Fernando Manfio está a fazer com essa publicação. Deixa ele, numa linguagem agradável, bastante claro que o gerenciamento do crédito massificado é mais que uma “arte” e tem que ser apoiado em técnicas objetivas e “científicas”. Explicita que regras válidas para uma região não são tão boas para outras, quando mudam as condições concretas. Deixa claro também que não há “verdades” permanentes e que a mutação é constante e parte da vida, o que torna necessário o acompanhamento permanente dos parâmetros decisórios. Parabéns Fernando. Cláudio Heitor Moreira de Alvarenga

O crescimento recente do crédito no Brasil, tanto em saldo quanto em penetração na sociedade, aumentou a importância do tema do risco para as empresas. Ampliar esse debate é fundamental para que o crédito possa continuar crescendo de forma equilibrada, contribuindo para o sucesso dos negócios e beneficiando a todos. A Boa Vista Serviços tem como missão defender esse processo, colaborando assim com a promoção da sustentabilidade do crédito. Dorival Dourado Junior, Presidente da Boa Vista Serviços S.A.

O conhecimento e a experiência traduzidos em um processo de gestão de risco claro com ferramentas objetivas que contribuirão significativamente para o momento atual de crescimento no mercado de crédito ao consumo no Brasil. Luis Reinaldo Farjo - Leader Consultores

O RISCO NOSSO DE CADA DIA - Fernando Manfio

Formado em Engenharia de Produção pela Poli-USP, tem larga experiência no mercado de crédito ao consumidor tanto no Brasil quanto no exterior , tendo atuado como Gestor de Risco em importantes instituições financeiras: Credicard, Citibank (no Brasil, Inglaterra e Itália), CSU, Itaú, Fininvest, Witrisk e GoOn. Com isso, tornou-se especialista no negócio de Risco, buscando sempre promover a “inteligência através do desenvolvimento de profissionais e estruturação de áreas e negócios de Crédito e Cobrança. É reconhecido por formação de pessoas e profissionais e estruturação de negócios e áreas de Riscos. Fernando Manfio é sócio-presidente da GoOn Evolução em Gestão de Riscos ( criada em 2002 com o nome de Witrisk)– a maior consultoria independente e especialista , exclusivamente voltada ao mercado de riscos, crédito e cobrança do país. Manfio acredita ter a função de contribuir para a aceleração da eficiência das corporações, para que seus colegas e clientes se tornem referência em Inteligência em Gestão de Riscos no país em seus diversos mercados, através de aumento de consciência na gestão e nas decisões do dia a dia, busca por ferramentas e tecnologias inovadoras; e formação de profissionais. É realizador do Forum GoOn para o mercado de riscos, crédito e cobrança, busca promover o encontro das pessoas e profissionais do ramo para o verdadeiro compartilhar de conteúdo, experiências e divergências em um ambiente humano, dinâmico e positivo! Tornou-se “Coach” profissional, pelo Instituto Ecosocial, credenciado pela ICF ( International Coach Federation) e pela SBC ( Sociedade Brasileira de Coach).

Nossa meta é fazer do RISCO uma alavanca de crescimento e lucratividade para seu negócio, transformando seus riscos em oportunidades de LUCRO. O nome GoOn veio em 2012, mas a empresa nasceu em 2002 como Witrisk, portanto somos jovens, porém, muito experientes! Estamos certos de ser também a melhor opção de parceria em Relação Custo x Beneficio para sua empresa, pois atingimos os melhores resultados sem sermos os maiores investimentos! Somos “sob medida” para atingir os resultados esperados, com profunda especialização no mercado e produto, foco específico no seu negócio e alto nivel de desempenho com grande flexibilidade na forma de atuar. Dada a expertise de nosso time de consultores, temos uma visão estratégica apurada aliada a uma grande prática nas ações do dia a dia que nos levam até as metas estabelecidas! Abrangemos todo o ciclo do produto e de crédito, Planejamento, Concessão, Manutenção, Cobrança, MIS e Modelagem!

“10 motivos” para escolher a GoOn: 1. Especialização dos consultores com experiência em ambos os lados do negócio ( contratante e contratada) e flexibilização da equipe em cada momento do projeto (buscamos sempre “a equipe mais adequada ao cliente”) 2. Confiança na entrega: Alta reputação no mercado e Vivência de mais de 500 projetos implantados ao longo de 11 anos ( cases de sucesso e de aprendizado) 3. Metodologia de implantação (não somente planejamento) – o cliente pode sempre contar com nossa equipe no dia a dia 4. Foco no cliente: reflexão em conjunto com o cliente buscando sempre a melhor solução/resposta para o seu negócio/no momento (não trazemos respostas “empacotadas” por experiências isoladas) 5. Grande presença e conhecimento de mercado (networking) e respectivas necessidades das empresas 6. Independência com capacidade de seleção e oferta das ferramentas e serviços disponíveis para as empresas de cada ramo de negócio (conhecimento das melhores soluções para cobrança) 7. Valores humanos e harmonia com o cliente 8. Transferência de know-how e capacitação (formação) dos profissionais do parceiro/cliente e do contratante 9. Facilidade de intermediação na relação contratante X contratada 10. Full-service para gestão de Cobrança (abrangência de nossos produtos de Consultoria, Treinamento, Modelagem e Implantação)

LINHAS DE NEGÓCIO: I - Linha de negócio para empresas de Risco, Crédito e Cobrança: CONSULTORIA, MODELAGEM, TREINAMENTO E IMPLANTAÇAO DE PROJETOS II - Linha de negócio para o GESTOR de risco, crédito e cobrança: COACHING & MENTORING – PARA ATINGIMENTO DE META ATRAVES DE AMPLIAÇÃO DE CONSCIENCIA E ORIENTACAO PROFISSIONAL III - Linha de negócio para o mercado em geral: RISK TRENDS GoOn - Direcionamento estratégico para decisões através de indicadores, análises, referências e tendências de mercado e produtos de risco, crédito e cobrança.

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• as políticas de crédito e cobrança estão aderentes ao futuro próximo no que se refere às questões macro-econômicas. Para fazer face a esses desafios, os executivos brasileiros contam com muita ajuda dentro de suas organizações, tecnologias que evoluem a cada dia, bons treinamentos externos, mas muito pouca literatura especializada. Por isso, recebo esse livro com muita felicidade! Ao folheá-lo, pude perceber sua importância para mim tanto no campo profissional quanto no pessoal. Profissionalmente porque entendo que cobre uma lacuna que assunto possa produzir os resultados esperados. No lado pessoal trouxe duas constatações. A primeira delas – o crédito massificado é um presente. Como brasileiro, alegra-me o fato de que estamos buscando alternativas para o crescimento de nossa economia (apesar de tudo o que está acontecendo hoje) com mais troca de informação. Tempo de crescer e evoluir. Já passamos da fase de revolucionar. O País e o povo estão prontos para progredir. Para tanto, nada pode substituir a disposição de compreender o diferente, o “outro lado” da equação. Esse livro nos convida a isso. Entendamos, pois, como construir, com controle e qualidade, alicerces sólidos.

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Os próximos capítulos mostram como construir tais alicerces. Maior a quantidade de profissionais aptos a entender isso, maior o círculo virtuoso. Perceberão aqueles que se lançarem taxas de aprovação bem como peculiaridades do mercado-alvo (segmentos sócio-econômicos, região de atuação, entre outros) devem sempre estar presentes no processo de formulação de uma política de crédito. O livro não pretende esgotar toda a riqueza dessas demandas. Didaticamente busca assegurar que os cuidados necessários para a manutenção de uma carteira de crédito saudável tenham sofrido o escrutínio dos princípios nele descritos. Esse livro – quase um Manual – continua totalmente atualizado como literatura especializada e deve ser utilizado nos treinamentos internos do quadro de funcionários que estejam vinculados com Negócios de Crédito. Não tão somente aqueles de uma área específica de crédito. Leiam-no, não só para aprender coisas dele, mas como o instrumento de reflexão que pode ser. Para aqueles que abraçam os conceitos descritos nesse livro, um amanhã mais claro e com menos névoas.

Boa leitura! Fernando Manfio


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DAISY BLANCO


POR QUE GERAMOS TURN OVER NAS OPERAÇÕES DE COBRANÇA? Ainda que o mercado financeiro esteja um rebuliço e o segmento de recuperação de crédito um tanto instável, as oportunidades para o crescimento das empresas que nele atuam continuam acontecendo. Percebo que o setor é, disparado, o maior empregador do país dado o volume de novas vagas ofertadas diariamente, no entanto, está longe de ser o melhor empregador. A não regulamentação como profissão e a remuneração pouco atrativa transforma a mão de obra alocada nas centrais e escritórios de cobrança em uma grande massa de pessoas despreparadas para a função. Na verdade, em sua maioria, são jovens com baixo nível escolar e mínima

experiência profissional para um trabalho exaustivo e de pouco reconhecimento. Quer uma prova disso? Basta perguntar: quem quer ser um grande negociador no futuro? A empregabilidade no setor, seja na questão experiência ou desenvolvimento, não parece adequada uma vez que a responsabilidade recai sobre o equilíbrio e a inteligência emocional que tais profissionais não possuem, ainda mais quando o resultado esperado são negociações efetivas e rentabilidade crescente. Lembro quando ainda era estagiária e via em anúncios: “jovens com experiência”... como assim? Claro que hoje é muito diferente de ontem, será? Os anúncios não especificam quão jovens e

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quão experientes devem ser os representantes de uma classe que atua junto a milhões de inadimplentes por todo o país. As empresas de cobrança e grandes Call Centers parecem sofrer do mesmo mal. São altos seus índices de turn over. E acredite, é ainda pior quando focamos no período de experiência, ressaltando uma óbvia crítica aos processos empregados na contratação e fidelização dos profissionais. O processo admissional praticado mais se assemelha ao de contratação de trabalho temporário. O jovem ou profissional contratado tem o sentimento que entrou pela porta dos fundos das empresas e com impressões que o faz querer ir embora antes mesmo de obter os primeiros resultados. Não têm oportunidade de conhecer o ofício com profundidade suficiente para conscientizar-se da importância do que fazem. São colocados na linha de fogo com mínimo conhecimento e, na maioria das

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vezes, com uma gestão também despreparada para desenvolvê-los. Lanço esse questionamento, será que a gestão tem oportunidade de desenvolver-se no ciclo de competências para assim gerir as equipes de trabalho? Agora pergunto, o que conseguir das operações compostas por profissionais despreparados, desinteressados ou contraproducentes? Produtividade abaixo do esperado é a principal resposta. Assim, chegamos ao ponto, a operação não é rentável pois a produtividade está abaixo do aceitável ou alavancar resultados sem a disposição dos funcionários é impraticável. Em um mercado tão competitivo como o que atuamos, o capital humano é a moeda mais valiosa. O Turn Over é o vilão nas operações juntamente com o absenteísmo e o “presenteísmo” (este último que traduzo como o funcionário que comparece ao trabalho mas sem disposição para pro-


duzir). Portanto, não conseguir formar e reter a mão de obra necessária para manter a máquina em funcionamento deve ser item prioritário do plano de ação de toda empresa do segmento. Destaco aqui três pontos fundamentais para equalização dessa matéria. A primeira está relacionada a contratação da mão de obra, pois bem, primeiro é preciso responder as questões: sei qual o perfil de funcionário que necessito para minha operação trazer resultado? tenho como conduzir o funcionário ao estágio que necessito? Assim, é um erro contratar um funcionário sem ouvi-lo, entender suas expectativas e explicitar o que realmente se espera dele. A integração é o segundo ponto. Faltam programas de integração. Integrar eficazmente não uma simples orientação acerca das regras da empresa, dos “NÃOS” como costumo dizer. Precisa ficar claro para o funcionário a cultura da empresa, os objetivos do cargo e, principalmente, contextualizá-los, funcionário e empresa, no mercado que atuam. Indicar de forma transparente a política de cargos e salários, as premiações

e promoções. Deixar o sabor dos desafios que eles irão encontrar, assim como das oportunidades de desenvolvimento e crescimento que a empresa pode propiciar. E, finalmente, como terceiro ponto, destaco a importância de programas de treinamento continuado, interna e externamente, para a efetiva qualificação e transmissão de conhecimento. É fundamental trabalhar a questão como oportunidade de novos negócios para a empresa. Sim, é através da elevação do nível de serviço prestado pelos funcionários que isso vai acontecer. Concluindo, é importante pensar no crescimento da empresa, mas também do profissional que nela atua, eles estão interligados, inquestionavelmente, quando os representantes das empresas me perguntam: por que treinar os funcionários já que eles vão embora? Respondo simples e sinceramente: para eles não irem e para sua sobrevivência. Excelente trabalho a todos! Daisy Blanco

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www.ibpdicc.com.br


contato@ibpdicc.com.br

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Foto: Humberto Teski

LUCIANO BASILE

O QUE EU VEJO


A 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Ela é diferente de tudo que já se viu na face da terra. Resultado da fusão de diversos conhecimentos toma contornos inimagináveis. Privilegia a Inovação e as tecnologias digitais e físicas, mas abre espaço para o ser humano se repensar e se tornar “mais humano”. Então tudo será uma maravilha? Não!!! A robotização entrou em nossas vidas para eliminar o trabalho repetitivo. Isto é um movimento sem volta. Estima-se que 5.000.000 de empregos serão eliminados nos países ricos nos próximos anos. Analise o que você faz hoje. Profissões massivas serão certamente eliminadas. Mas onde é o porto seguro? As áreas que envolvem criação, emoção, sensibilidade, programação, robótica, saúde,

cuidados com idosos. Estas, com certeza, continuarão em alta. E os empregos para áreas que ainda não existem também. Você pode estar pensando então, o admirável mundo novo está mais próximo dos filmes sombrios de ficção do que qualquer outra coisa. Não acredito. Mas que estamos vivendo a maior disruptura que a humanidade já viu, com certeza. Como toda disrupção traz incertezas viveremos um período sombrio sim. Mas alguns economistas já falam de uma Economia da abundância. Mundo sombrio, desemprego, mudanças na forma de produzir ... mudanças ... mudanças, parece que isto não combina com Economia da Abundância. Vamos entender então. A grande fronteira é a espacial. Acostumese com a ideia de um possível descobri-

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mento de água em Marte. Alguns asteroides tem tantas toneladas de níquel, ferro, cobalto e água que chegam ao valor estimado de U$ 100 trilhões de dólares, cinco vezes o PIB americano. Sim, o espaço já está sendo precificado. Empresas já estão sendo criadas para explorar todo este potencial. A Planetary Resources tem entre seus investidores Lary Page e Eric Shimidt do Google, o cineasta James Cameron, diretor de Avatar e Richard Branson do Grupo Virgin. Eles pretendem explorar o espaço nos próximos 10 anos. Outras como SpaceX (Elon Musk) e Blue Origin (Jeff Bezos, CEO da Amazon) disputam o pouso vertical de foguetes reutilizáveis. Como tudo isto afetará a Indústria Financeira? Esta deve ser a pergunta que você está se fazendo. Esta vem investindo cada vez mais em modelos de análise de riscos para concessão de crédito, esperando reduzir com isto o custo da operação e reduzir as incertezas. Em um mundo que gera milhões de informações por minuto, e que ninguém passa despercebido dos robôs de rastreamento, a capacidade de ana-

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lisar grandes volumes de informações – big data – é fundamental para conceder crédito. Fintechs de concessão de crédito e para fazer cobrança já pululam no mercado. Apesar da taxa de mortalidade dessas empresas ser muito grande, mas não muito diferente das empresas tradicionais, elas, com certeza, representam o futuro desta indústria. A robotização não é mais o futuro, mas sim a realidade e a possível diferença entre o sucesso e o insucesso das empresas tradicionais. A figura do agente de cobrança vai acabar? Não acredito. Vai se transformar, com certeza. Tenho cunhado a expressão “Consultor em reestruturação de finanças pessoais”. Acredito que, em um futuro muito breve, as operações de cobrança serão 80% digitais e 20% realizadas através de voz. Um pouco mais, um pouco menos. Mas nada muito diferente disto. Em total conformidade com a 4ª Revolução Industrial já em curso.

Luciano Basile CEO de i-Coll Soluções | Editor e Publisher de CollbusinessNews



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ALEXANDRE GALLARDO


COMO A EDUCAÇÃO FINANCEIRA PODE ALAVANCAR OS COLABORADORES E OS RESULTADOS DAS OPERAÇÕES DE COBRANÇA E CONTACT CENTER

O segmento de Contact Center e Cobrança tem uma grande função social, uma vez que abre portas para o mercado de trabalho a milhares de jovens de nosso país. As 20 maiores empresas brasileiras em número de funcionários empregam, atualmente, mais de 400 mil jovens, e eles, muitas vezes, tem um papel muito importante no orçamento familiar. Desta forma, um dos principais desafios do nosso segmento é desenvolver pessoas, tanto nas questões pessoais, quanto em suas vidas profissionais. Atualmente, a Educação Financeira vem se tornando o instrumento mais apropriado para este desenvolvimento, ainda mais entre crianças, adolescentes e jovens. Mas afinal, como a Educação Financeira

pode alavancar a responsabilidade familiar, social e a carreira de nossos colaboradores? Não só no Brasil, mas no mundo, a Educação Financeira é um assunto pouco difundido. Algumas pessoas e famílias até se organizam através de planilhas de gestão financeira de orçamento, onde pontuam suas receitas e despesas. Mas não se trata somente disso, pois quando o tema é o comportamento em relação ao dinheiro, o assunto aborda muito mais do que planilhas. A Educação Financeira é responsável por atuar diretamente no comportamento das pessoas, nas suas ações do dia a dia em relação ao uso do dinheiro. Questione-se: Onde estou gastando meu dinheiro; o que compro é por necessidade ou

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por impulso? Estou me preparando para o futuro ou momentos de incerteza? Reinaldo Domingos, Mestre em Educação Financeira e Presidente da DSOP (Metodologia DSOP – Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar), em um dos seus best sellers, nos propõe uma reflexão: “Se a partir de hoje fico sem meu salário fixo mensal, por quanto tempo consigo manter meu padrão atual de vida?” É justamente isso que a Educação Financeira propaga, trabalhar o modo como as pessoas se comportam, gastam e planejam as suas finanças, além de demonstrar que é possí-vel pensar no futuro e desenvolver-se profissionalmente a partir de alguns procedimentos e hábitos simples no seu dia a dia financeiro: 1 - Diagnosticar o destino do seu dinheiro. Nesta etapa, com

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duração mínima de 30 dias, todos os gastos são catalogados e, após este período, serão mapeados para uma visão analítica do destino do seu dinheiro, o que levará ao conhecimento do seu “eu financeiro”; 2 - Os Sonhos são responsáveis por nos mover em busca dos nossos objetivos. Por isso, sonhe com tudo o que o dinheiro pode comprar, catalogue seus sonhos, estabeleça prazos para cada um deles e calcule o custo de cada um. Cursar uma faculdade, comprar um carro ou conhecer a Europa são exemplos de Sonhos; 3 - Mantenha o hábito de orçar com frequência tudo o que for comprar. Faça uma blitz no seu consumo; adeque o seu padrão de vida; seja fiel aos seus sonhos sem ultrapassar seu orçamento, além de planejá-lo anualmente.


Comece a praticar a cultura de “Salvar Dinheiro”, eliminando gastos e despesas desnecessárias; 4 - Poupe, seja previdente, reflita antes de sair comprando, livre-se das dívidas para poder poupar, entenda como aplicar o dinheiro guardado e vá em busca da sua independência financeira. Enfim, empresários, colaboradores e a sociedade em geral podem ter uma melhor qualidade de vida por intermédio da Educação Financeira. Funcionários equilibrados financeiramente, além de reduzir substancialmente o Turn Over, o Absenteísmo e, consequentemente, os custos com treinamento e retenção do conhecimento, apresentarão maior produtividade em suas funções. Além disso, o r eflexo desse conhecimento na autoestima o estimulará na

multiplicação dos conceitos e técnicas de Educação Financeira entre colegas, familiares e até clientes e devedores. Quanto aos Sonhos, não esqueça que eles têm um papel fundamental na busca dos objetivos de carreira, pois é a forma que os colaboradores têm, por exemplo, de planejar o futuro profissional, divertir-se no presente e garantir a sua tranquilidade financeira e da sua família. Hoje, a consciência sobre Educação Financeira é primordial e decisiva na vida das pessoas e das empresas. Por isso, como educador e terapeuta financeiro, busco estimular esse conhecimento na sociedade, a fim de que todos nós tenhamos uma melhor qualidade de vida e realização de nossos sonhos.

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RAUL OSTENGO


O MERCADO DAS EL MERCADO DE FINTECHS NA LAS FINTECH EN ARGENTINA ARGENTINA

A indústria de serviços financeiros, uma das mais tradicionais, não é exceção as mudanças que a tecnología tem gerado nos modelos de negócio. Durante a última década, o mundo financeiro se encontra alterado pela incursão de empreendedores e das companhias denominadas Fintechs (empresas que utililizam as tecnologias de informação e a comunicação para criar e/ou oferecer serviços financeiros com maior eficácia e menor custo), abrindo a discussão sobre um novo mercado de competitividade ou complementariedade, não há dúvidas que a mudança está em marcha e nos adaptarmos ao desafio para a sobrevivência. O salto tecnológico, a transformação digital, trará boas notícias para a América Latina,

La industria de los servicios financieros, una de las más tradicionalistas, no es la excepción de los cambios que la tecnología ha generado en los modelos de negocio. Durante la última década, el mundo financiero se encuentra alterado por la incursión de emprendedores y de las compañías denominadas Fintech (empresas que utilizan las tecnologías de la información y la comunicación para crear y/o ofrecer servicios financieros de forma más eficaz y menos costosa.), abriendo la discusión sobre un nuevo mercado de competencia o complementariedad, no hay dudas que el cambio está en marcha y adaptarnos es el desafío para la supervivencia.La irrupción tecnológica, la transformación digital, traerá buenas noticias para América

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considerando que as fintechs favorecerão o financiamento que necessitam as pequenas e médias empresas, com decisões mais rápidas e menores custos agregados, impactando diretamente na produtividade, no emprego e no crescimento econômico. Por outro lado, as Fintechs estão orientadas a satisfazer as necesidades de um amplo segmento da população que se encontra excluído ou sub-atendido pelo sistema financeiro tradicional. Estas mudanças também despertam para a necessidade dos governos e organismos internacionais não só aproveitarem os beneficios das Fintechs, como também criarem reguladores para proteger os consumidores e o próprio sistema financeiro, diminuindo riscos inerentes.

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latina, considerando que las Fintech favorecerán el financiamiento que necesitan las pequeñas y medianas empresas (Pymes), con decisiones más rápidas y menores costos asociados, impactando directamente en la productividad, el empleo y el crecimiento económico.- Por otro lado, las FinTech están orientadas a satisfacer las necesidades de un amplio segmento de la población que se encuentra excluido o sub-atendido por el sistema financiero tradicional.Estos cambios también despiertan la necesidad de los gobiernos y organismos internacionales de no solo aprovechar los beneficios de las Fintech, sino también regular en protección de los consumidores y del sistema financiero mismo, disminuyendo


De acordo com levantamentos realizados por organismos internacionais (BID), na América Latina, as maiores concentrações de empresas Fintech estão no Brasil e México. O Brasil se encontra no primeiro lugar com 230 empreendimentos, seguido pelo México com 180, Colômbia com 84 e Argentina com 72. No ano de 2011 se começa a notar o primeiro grande grupo de empresas Fintech na região e estima-se que 60% das atuais empresas em operação foram criadas entre 2014 e 2016 – Sinalizando o fato de a maioria dos produtos e serviços das Fintech ter pouco tempo de mercado e necessitam serem maturados e ter maior crescimento para se tornarem sustentáveis. O que se observa é que as Fintechs tem em comum a busca de uma maior inclusão financeira, consequentemente tem direcionado seus modelos de negócio em

los riesgos asociados.Según relevamientos realizados por organismos internacionales (Banco Interamericano de Desarrollo), en América Latina, las mayores concentraciones de empresas Fintech se dán en Brasil y México.Brasil se encuentra en el puesto N° 1 con 230 emprendimientos relevados, le sigue México con 180, Colombia 84 y en el 4to lugar Argentina con 72.En el año 2011 comienza a notarse el primer gran grupo de empresas Fintech en la región, y se estima que el 60% de las actuales empresas operativas se crearon entre 2014 y 2016.- Esto señala que la mayoría de productos y servicios que brindan las FinTech tienen poco tiempo en el mercado, sus modelos de negocio necesitan madurar y crecer para que se conviertan en sostenibles.Lo que se puede observar es que las Fin-

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duas frentes: 1 – Gerar maior demanda dos segmentos excluídos e sub-atendidos e 2 - Trabalhar para resolver os altos custos que impactam nas operações com reduzida margem de rentabilidade. Se caracterizam por colocar o consumidor como protagonista, adaptando-se às necesidades específicas. Por esses beneficios que remetem a maior inclusão, tornam-se para os governos e ONGs gerando a necessidade de fomentá-las. Sob esse aspecto, a Argentina deu um importante passo através do Banco Central, criando uma iniciativa muito interesante que permite escutar e detectar as necessidades dos empreendedores Fintech, que se concretiza por meio do que é a criação das mesas de trabalho para fomentar a inovação e a readaptação das normas reguladoras para as Fintechs, reconhecendo toda oportunidade e colaboração

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tech tienen en común, la búsqueda de una mayor inclusión financiera, por ello, han centrado sus modelos de negocio en dos frentes: 1.- generar mayor demanda de los segmentos excluidos o subatendidos y 2. Trabajan en resolver los altos costos que impactan en las operaciones con menores márgenes de rentabilidad.- se caracterizan por poner al consumidor en el centro de la escena, adaptándose a las necesidades actuales de su segmento especifico.- Por estos beneficios, que implican mayor inclusión, son tan atractivas para los gobiernos y organismos no gubernamentales la necesidad de fomentarlas.En este sentido la Argentina, ha dado un paso importante desde el Banco Central, creando una iniciativa muy interesante, que permite escuchar y detectar las necesidades de los emprendedores Fintech, que se concreta por intermedio de lo que


que poderão ser dadas pelas Fintechs para se chegar a uma maior inclusão financeira. Com total Segurança, tanto a criação como a readaptação das normas que regulamentam estas empresas, irão dirimir as dúvidas que implicam uma nova regulamentação, aumentando por conseguinte o crescimento das mesmas em um ambiente de Segurança jurídica necessária para seguir investindo. Apenas metade dos argentinos são bancarizados, abaixo da média mundial e de seus vizinhos Chile (63%) e Brasil (68%). Desde 2011 até recentemente, a fatia mais pobre da população passou de 19% para 55% graças a AUH (Asignacion Universal por Hijo) que bancarizou mais de 3,5 Mi, os quais foram entregues um cartão para recebimento de seus benefícios por filhos e por aposentadoria. Estes níveis de bancarização limitam o crescimento das Fin-

es la creación de las mesas de trabajo para fomentar la innovación y la readaptación de las normas regulatorias a las Fintech, reconociéndoles el rol y la colaboración que las Fintech darán para lograr una mayor inclusión financiera. Con total seguridad tanto la creación, como la readaptación de las normas que regularan a estas empresas, aclararán la incertidumbre que implica una nueva regulación, aumentando en consecuencia el crecimiento de las mismas en un ambiente de seguridad jurídica necesaria para seguir invirtiendo.Solo la mitad de los argentinos está bancarizado, por debajo del promedio mundial y de países vecinos como Chile (63%) y Brasil (68%). Desde el 2011 a la fecha, el segmento más pobre de la población logro pasar del 19% al 44% gracias a la Asignación Universal por Hijo (AUH) que bancarizó a más de 3.500.000, a quienes se le entregó

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techs já que a maioria baseia seu modelo de negócios em operações sobre contas bancárias. Por outro lado, gera oportunidades se forem permitidos às Fintechs criar contas digitais, situação que até o momento não está regulamentada na Argentina. Recentemente foi lançado no mercado de crédito argentino, na plataforma Mercado Livre, que já concedeu 365 Mi a vendedores frequentes no site. ALFUENTA: Plataforma on line orientada ao Crowdfunding que põe em contato tomadores de créditos com credores. Moni: Plataforma que ofrece empréstimos pessoais de até 7 mil, sem garantia. Moon MoneyOnline: Concede empréstimos online e pequenas e médias empresas de ate 1 Milhão de Pesos, com prazo de até 9 meses. Crediclick: empréstimos pessoais que combinam o digital e o tradicional, sendo

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una tarjeta para que cobren su asignación y la universalización de las jubilaciones. Estos niveles de bancarización limitan el crecimiento de las Fintech, ya que la mayoría basa su modelo de negocio en operaciones sobre las cuentas bancarias. Esto también genera oportunidades si se les permitiera a las Fintech crear cuentas digitales, situación que hasta ahora no está regulada en la Argentina.Recientemente se lanzó en el mercado argentino, Mercado Crédito, en la plataforma Mercado Libre, que ya otorgó $ 365 millones a vendedores frecuentes del sitio. Afluenta, una plataforma online orientada al crowdfunding que pone en contacto a solicitantes de crédito con inversores que tienen la capacidad para prestarles.Moni, una plataforma que ofrece préstamos personales de hasta $7.000, sin papeles, que se acreditan en el día.-


necessária formalização de contratos, que conta com 65 mil usuários, 1,9 Milhões de solicitações recebidas e avaliadas. Vivus: Produto da empresa mexicana 4Finance que planeja operar no Brasil até final de 2017, concedeu mais de 100 Mil empréstimos durante 2016, pretende conceder na Argentina um total de 50 Milhões de Euros até 2020. Finalmente, aguardando licença para operar, está o primeiro banco digital da Argentina, 100% online, com início previsto em 2018. O banco se chamará Walap e, de acordo com rumores no mercado financiero, começará a operar com capital de 10 Milhões de Pesos e logo buscaria aumentar esse montante para 100 Milhões de Dólares em depósitos dentro de um ano com uma base de, aproximadamente, 50 mil clientes. O Projeto do banco digital é uma iniciativa do dono de Aeropuertos Argentina 2000

Moon MoneyOnline, que otorga préstamos online a PyME de hasta un millón de pesos, a devolver hasta en 9 meses.Crediclick, préstamos personales que combina lo virtual y lo tradicional en lo que hace a instrumentación y documentación, que cuenta con 65.000 usuarios, $.1.900 millones en solicitudes recibidas y evaluadas. Vivus -producto de la empresa mexicana 4Finance que planea desembarcar también en Brasil hacia fin de año-, otorgó más de 100.000 préstamos durante el 2016, aspira otorgar en Argentina un total de 50 millones de euros hacia 2020. Por último, se encuentra próximo a lograr su autorización el primer banco digital de la Argentina, 100% online, que recibiría la licencia para comenzar a operar en el sistema financiero a fines de este año o principios de 2018. El banco se llamará “Walap”,

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e Corporación América, o empresário Eduardo Eunerkian. Seu presidente será o empresário Guillermo Francos, que foi titular da Corporación América e do Banco da Provincia de Buenos Ayres.

y de acuerdo a información que circula en el mercado financiero, comenzaría a funcionar con capital de $10 millones de pesos y luego se buscaría aumentar ese monto a USD 100 millones en depósitos dentro de un año con una base de unos 50.000 clientes. La intención de los dueños del banco sería, luego de un tiempo, lanzar una suscripción de acciones en el muevo mercado BYMA. El proyecto del banco digital es una idea del dueño de Aeropuertos Argentina 2000 y Corporación América, el empresario Eduardo Eurnekian, y su presidente será el empresario Guillermo Francos, quien fue titular de Corporación América y del Banco de la Provincia de Buenos Aires.

Raul Ostengo

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EXCELÊNCIA É O RESULTADO DE BOAS PRÁTICAS NAS OPERAÇÕES DE COBRANÇA.

Instituto Geoc é uma entidade destinada ao fortalecimento da indústria de cobrança, através do compartilhamento das melhores práticas de gestão, da promoção de soluções inovadoras e da constituição e difusão de conhecimento, visando o desenvolvimento do mercado de crédito e cobrança e promovendo a educação e a inclusão social. Reúne as principais empresas especializadas em recuperação de crédito do Brasil, atuantes em diversos segmentos de mercado. Presentes em todo o território nacional, empregam mais de 22500 funcionários.

As associadas do Instituto GEOC detêm, ao todo, cerca de 15 mil posições de atendimento alocadas especificamente para recuperação de crédito de forma ativa, além de posições dedicadas a cobrança receptiva e cobrança inicial de produtos em atraso. Atuam em diversos segmentos, como cartões de crédito, produtos bancários, veículos, energia elétrica e grandes redes de varejo.

Ligue 11 3369-3800 ou escreva para contato@igeoc.org.br | www.igeoc.org.br Associadas:

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PROF. PITICO PITACO DO PITICO 52


INVESTIR OU NÃO NAS FINTECHS? Duas “marcas” em voga no mercado da informação no exterior e, mais recentemente, no Brasil. São elas: Startup e Fintechs. Pois bem, Startups são empresas que buscam a renovação nos diversos ramos de atividades. Procuram criar e desenvolver modelos de negócios que podem ser reproduzidos repetidamente em grande quantidade proporcionando elevado ganho de produtividade. Um modelo de negócio é a fonte geradora de valor para os clientes. Este modelo de negócio propicia a escala e repetição fazendo com que a empresa atinja um grande número de clientes gerando lucros em pouco tempo, sem haver um aumento significativo dos custos. Fintechs são empresas que utilizam fortemente a tecnologia para oferecer produtos na área de serviços financeiros de uma forma revolucionária. A inovação pode vir da tecnologia ou do modelo oferecendo uma experiência diferenciada com proces-

sos acessíveis e descomplicados. As Fintechs não são criadas para atender exclusivamente o setor financeiro (são também startups). Surgiram muitas outras empresas com serviços relacionados dentro do próprio estabelecimento. Por exemplo, empresas que criaram sistema de pagamento com cartão e aplicativo próprios com o objetivo de reduzir filas e aumento da praticidade. Esse mercado, das Fintechs, evoluiu no Brasil aproximadamente nos últimos três anos no que tange a oferta de ferramentas para o mercado financeiro. No entanto, começou uma “briga” das empresas Fintechs com os bancos ou vice-versa. Não sei definir quem começou primeiro esta “briga”, mas ela existe. Devido a este fato, os bancos já investem em versões digitais, bastando observar nas mídias declarações de grandes instituições financeiras. São investimentos focados em serviços para

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smartphones e serviços financeiros. Isto é um sinal de que as coisas estão mudando. Em um passado recente os bancos ligaram o radar para as novidades e inovações de modelos financeiros atrelados à tecnologia. Fato este que esta provocando atenção especial em face de que “muitas Fintechs não resistem e não resistirão às investidas de serem absorvidas por estas instituições”. Existe hoje mais de 200 empresas desta natureza no Brasil. A taxa de mortalidade dessas companhias no exterior encontrase no patamar próximo de 90%. Não existe uma estatística para o país, mas as avaliações de pesquisadores são de que esse percentual pode ser ainda maior no Brasil, ou seja, nove em cada dez negócios podem encerrar suas atividades depois de um tempo. O que contribui para que os investidores deixem de investir nas Fintechs? Posso citar várias dúvidas que persistem na cabeça e entendimento dos investidores, sejam estes investidores Anjo, Fundos de Investimentos e pessoas físicas. A seguir podemos

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observar tais preocupações em investir: a) falta de estratégia do empreendedor; b) falta de visão do empreendedor em relação ao negócio; c) dificuldade estrutural no que tange as questões jurídicas, contábil e financeira do investimento; d) falta ou ausência de informações dificultando a tomada de decisão; e) será que vai dar certo? Essa ideia é relevante e está no “timing” adequado? Portanto, observa-se preocupação com questões legais e estruturais do negócio, com o pagamento excessivo de impostos e, em razão disso, a dificuldade de encaixarse na legislação como investidor, sendo que quando o investidor participar do contrato social ele poderá tirar a Fintech do enquadramento do Simples (a grande maioria está enquadrada no Simples), isto porque a soma dos faturamentos das empresas fará com que este fique acima do teto legal do enquadramento, o que pode não ser bom para as partes. Outros fatores que também dificultam tal investimento, mesmo sabendo que


qualquer tipo de investimento sempre está carregado de riscos, é devido à insuficiência de informações, indefinição do mercado, mercado não definido, informações mal escritas/incompletas ou planos de negócio vagos. Também outro fator importante que destaco como causador de rejeição é saber se o produto ou serviço é novo (inovador/ revolucionário) e se esse realmente conseguirá uma fatia de mercado. O que acontece com este tipo de empresa é que o investimento é muito inseguro. Às vezes as pessoas ainda estão com a ideia que não está organizada, não está ainda com faturamento. Isso dificulta muito a tomada de decisão pelo investidor, pois uma coisa é investir em uma empresa que já está faturando e a outra é apostar em algum negócio que ainda é embrionário. De um modo prático o empreendedor sabe muita coisa e o investidor não. Então, o investidor quer ver o comprometimento do

empresário com o negócio, se ele pensa 24 horas por dia na Fintech ou se toca outras frentes também. Outro fator importante para o investidor é saber se o empreendedor toca sozinho o negócio ou se tem parceiros e/ou colaboradores. Concluindo, no momento não acredito que exista no Brasil empresa, ou seja, Fintech de porte o suficiente para ameaçar as instituições financeiras por inteiro, até porque o índice de mortalidade dessas empresas é muito alto. Portanto, é natural que boa parte das Fintechs do país encerre suas atividades. Claro, haverá oportunidades e condições de mercado para que tantas outras se mantenham ativas e sólidas em um mercado ávido por mudanças, sejam políticas e/ou econômicas desde que sejam compensadoras para as partes.

Prof. Dr. e Ms. Pitico

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ALANA RAUBER

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CONEXÕES


A INTERNET E O TEMPO Será que a internet me ajuda ou me atrapalha? Para avaliar isto, é interessante analisar quantas horas você navega. Logo depois, veja com o que você gasta esse tempo. Se a resposta for em redes sociais, como Facebook, Whatsapp, Instagram, Twitter e Snapchat, além de outros jogos on-line e outras coisas que tiram a atenção, é hora de repensar a utilização da web no seu dia a dia. Essas redes de relacionamento têm como principal característica a interação que pode se tornar sinônimo de grande distração, fazendo com que percamos horas valiosas de trabalho e estudos navegando por esses aplicativos. A cautela precisa ficar justamente na seleção dos conteúdos e sites para otimizar o tempo na internet e evitar distrações. Como a tecnologia permite que cuidemos

de várias áreas de uma só vez, acabamos assumindo tantos compromissos que nos tornamos estressados com a fila de tarefas para darmos conta. O que precisamos é desacelerar um pouco, livrar-nos de compromissos supérfluos, focar no essencial e aproveitar a vida em seu tempo normal. Uma boa dica é fazer uma lista de tarefas colocando em primeiro lugar aquilo que não pode ou não deve ser adiado. Se você não trabalha com as redes sociais, deixe para acessá-las no final do dia como uma opção de relaxamento. O que existe para nos servir deve continuar somente nesta função.

Alana Rauber

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LEONARDO BARROSO

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O IMPACTO DA TECNOLOGIA NO NEGÓCIO DE COBRANÇA

A análise realizada por uma grande empresa de consultoria aponta que, até 2025, um em cada três postos de trabalho deve ser substituído por tecnologia. Entre as profissões mais ameaçadas, presente em todas as listas desse tipo, está sempre o telemarketing, justamente por causa do advento do autoatendimento com base em Inteligência Artificial. Mas e a telecobrança, terá o mesmo destino? Como ela ficará nesse cenário de mudanças constantes e cada vez mais rápidas? O atendimento humano será substituído por máquinas nos contact centers de cobrança no futuro?

O cenário até hoje Antes mesmo do aparecimento do autoatendimento, sem que nos déssemos conta, a tecnologia vinha alterando significativamente a atividade de cobrança nos últimos anos. Hoje em dia, é impossível se obter performance, efetividade e segurança em serviços de cobrança sem essas novas facilidades tecnológicas. Com a informatização das centrais telefônicas, agora chamadas de PABX digitais, e a popularização do VOIP, pequenas empresas de cobrança têm agora ao alcance de seu orçamento

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soluções tecnológicas de ponta, que antes só estavam disponíveis para os grandes contact centers. A mais notável dessas soluções é discador automático ou preditivo, ferramenta que otimiza a efetividade do contato telefônico, realizando várias chamadas simultaneamente, e permitindo mais de duzentos contatos produtivos por posição de atendimento em um único turno de seis horas, gravando todas essas conversas. Integrado com a solução de CRM através de CTI (Computer Telephone Integration), o discador registra automaticamente as ocorrências improdutivas, como “ligação não atendida”, “telefone ocupado”, entre outros, liberando o operador para atender e registrar apenas os acionamentos positivos. Ações eletrônicas de acionamento como e-mail, SMS e Whatsapp são cada vez mais utilizadas, e têm como principal atrativo seu baixo custo e agilidade. Algumas pos-

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sibilitam “customização em massa”, isto é, personalizar cada mensagem com nome do devedor, n° do contrato, valores, entre outros, e podem conter um boleto para pagamento na rede bancária. Por tudo isso, essas ações eletrônicas vêm substituindo com sucesso as famosas cartas de cobrança, com os boletos impressos e enviados pelo correio. Ensaiando uma entrada na era do autoatendimento, a URA ativa permite que o cliente, ao atender uma ligação com voz eletrônica, navegue por uma “árvore” de opções, como ouvir a mensagem, anotar um recado ou até - vejam só – a possibilidade de falar com o bom e velho negociador humano. Uma vez provocado o contato inicial, a revolução digital tornou cada vez mais acessíveis recursos para atender a resposta do devedor, como os números receptivos 0800 ou 4004 e URAs receptivas, inclusive


com skill prioritário (que identifica o cliente e o direciona para setores específicos). A central telefônica digital, ou o PABX IP, tem capacidade de expansão ilimitada, diferentemente dos antigos links de telefonia restritos a 15 ramais analógicos em cada, e oferece facilidades como vocalização de tempo de espera e possibilidade de callback automático que ajudam a reduzir a perda de clientes na espera. A tecnologia digital propiciou também algumas novas e ótimas soluções para atender o devedor como o “Web 0800” - que permite que o cliente digite seus dados em um formulário na web e receba instantaneamente uma ligação para negociar seu débito – e o Chat online, ideal para atender a nova geração digital. O Whatsapp como meio receptivo tem a vantagem de não precisar ser respondido na hora, e ainda permite que seja enviado um boleto para pagamento.

Harmonizando toda essa tecnologia, o chamado BI (Business Inteligence) é uma ferramenta dos modernos CRMs de cobrança que permite análise minuciosa da carteira, com extração de segmentos específicos para tratamento diferenciado, como filas do discador baseadas no último evento, escolha do mailing a partir de características demográficas, melhor hora para ligar etc. O BI pode ser baseado em um Collection ou Behavior Score para segmentar ações, estratégias e scripts, como acionar primeiro aqueles clientes com melhor chance de pagamento. O futuro chegou A união e automatização de todas essas ferramentas fez surgir o que chamamos de Cobrança Eletrônica, que nada mais é que o conjunto das funcionalidades listadas

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acima, inserido em sistemas que fazem a gestão disso tudo, praticamente sem intervenção humana. O mailing a ser trabalhado é enviado para um servidor que providencia o enriquecimento do cadastro e dispara as ações de e-mail, URA ou SMS, na quantidade e periodicidade pré-programadas. A Cobrança Eletrônica pode envolver também um web-service de autoatendimento, onde é possível para o devedor “negociar” a dívida sozinho (escolhendo opções de data e parcelamento), pagar com cartão ou emitir sozinho um boleto. Sofisticando ainda mais o processo, entra o Speech Analytics, tecnologia que permite que a Inteligência Artificial analise além do que está sendo falado pelo interlocutor humano, detectando emoções, avaliando as palavras e até alterações no tom de voz. Ou seja, os computadores estão preparados para negociar pagamentos. Essa conversa

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entre homem e máquina já se encontra completamente incorporada ao nosso diaa-dia, estando, inclusive, dentro dos nossos bolsos na forma de assistente pessoal dos Smartphones. Cobrança Eletrônica versus Telecobrança O Mundo, sem dúvida, vem mudando em velocidade vertiginosa. Em uma época que já vemos carros autônomos, o consumidor é uma pessoa conectada e sem tempo. Por isso, a cobrança puramente eletrônica possui um binômio custo X benefício bastante interessante. Porém, felizmente (para nós humanos) algumas carteiras demandam ainda um trabalho muito artesanal, feito por pessoas, mesmo com todo o auxílio da tecnologia. A Cobrança Eletrônica tem muitas vantagens, como menor custo, capacidade


quase infinita de acionamento e, por sua natureza impessoal, acaba gerando menos constrangimento na comunicação do débito. Entretanto, a cobrança realizada pelo atendente humano também tem seus benefícios, como uma maior capacidade de interlocução com o devedor e compreensão de suas necessidades específicas, possibilitando uma flexibilização personalizada nas propostas. Pode-se concluir, então, que há ainda mercado para as duas formas de se cobrar. A Cobrança Eletrônica trabalhando muito bem com carteiras massificadas e de menor valor, composta por pessoas físicas, principalmente da geração mais conectada; enquanto o atendimento humano traz excelentes resultados na cobrança de empresas, grandes valores e carteiras antigas, com maior atraso.

Então a Cobrança Eletrônica e a humana podem coexistir? A resposta é sim. Ambas são estratégias que se complementam, podendo, inclusive, serem conjugadas na mesma régua de cobrança. Mas, para manter sua relevância (e sobrevivência), o operador de cobrança deve se capacitar e se qualificar constantemente. Para se destacar na competição com a máquina, ele precisa se diferenciar dela, isto é, se “desrobotizar”, se libertar das correntes do script fixo de atendimento e oferecer ao cliente o que as máquinas (ainda) não têm: a capacidade de usar suas habilidades criativas e sociais para interagir com o seu semelhante com simpatia, intuição, improviso e persuasão. Pelo menos por enquanto... Leonardo Barroso

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JOSEANE MALIZE

VIVER E APRENDER

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PRECISAMOS DE TEMPO PARA PENSAR

As ideias são necessárias ao desenvolvimento da sociedade.” Domenico di Masi O impossível em tempos idos se tornou real: ferramentas, invenções e descobertas que vieram e mudaram hábitos, facilitaram o dia a dia das pessoas e impactaram suas rotinas: a roda, energia elétrica, telefone, rádio, comunicação sem fio, informação sem fio, entre tantas outras invenções. A velocidade com que essas novidades chegam às pessoas significaram não apenas a evolução da humanidade, mas as deixaram desconcertadas por não saberem como utilizá-las para o próprio benefício. Vivemos o momento robótico e simplesmente não sabemos como aproveitar o melhor que ele tem a nos oferecer. O aumento de tecnologia na rotina deveria

trazer uma consequente redução do trabalho braçal e o tempo livre excedente seria usado na produção criativa: novas ideias, novas maneiras de pensar o trabalho, novas maneiras de vivê-lo, novas maneiras de transformar a produção em prazer. O sociólogo italiano Domenico di Masi, em seu livro ‘Ócio Criativo’, sugere que, na sociedade pós Revolução Industrial, o homem não precisaria mais trabalhar de 8 a 10 horas por dia, propondo uma redução drástica na jornada de trabalho, o fim do excesso de procedimentos nas empresas e defende com ardor o trabalho a distância, transformando o trabalho e o tempo livre em algo tão prazeroso que não se conseguiria distinguir um do outro. “(...)O Ócio Criativo é aquela trabalheira mental que acontece até quando estamos fisicamente parados. ‘Ociar’ não significa

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não pensar. Significa não pensar regras obrigatórias, não ser assediado pelo cronômetro, não obedecer aos percursos da racionalidade. ” (‘Ócio Criativo’, Domenico di Masi). Com a robotização ganhamos segurança em inúmeras tarefas antes perigosas ou impossíveis de realizar devido a limitações físicas do homem: robôs intervindo em vazamentos de usinas nucleares, perfurando oceanos em busca de riquezas ou indo rumo ao espaço, pesquisando outros planetas. Para o mercado financeiro, especificamente o de crédito e cobrança, existe uma infinidade de produtos robotizados; discadores que automatizam as chamadas, otimizando o tempo e número de chamadas; chatbots, capazes de resolverem problemas simples e em modo mais avançado,

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são capazes de aprender com essas interações e darem novas soluções aos problemas e questões apresentados; que são capazes de interagir com os consumidores e transferem os contatos para atendimentos humanos apenas quando necessário; os CRM; a utilização de pequenos robôs que buscam a melhor informação dentro desse enorme banco de dados com as respostas fornecidas em milésimos de segundo. Estas são empresas que funcionam no modo ótimo: maximização da utilização de todos os recursos disponíveis com consequente ganho de tempo e produtividade. No entanto, para muitas empresas o tempo excedente não foi ajustado para produzir melhor. A informatização dos processos só serviu para enxugar quadros funcionais e a equipe que ficou não é necessariamente


a mais qualificada e estimulada para a função; trata-se apenas de uma equipe capaz de repetir tarefas sem questionar. Ao invés de uma empresa inteligente, vê-se uma empresa com grande potencial desperdiçado, pois apesar de possuir uma enorme gama de informações, não utilizam nenhum tipo de filtro nelas. O resultado disso são um excedente de profissionais que não mudaram enquanto o mundo mudou; estão inseridos numa sociedade nitidamente hedonista e consumista, mergulhada numa crescente angústia e com grave crise de identidade. Torna-se necessário repensar todo modo de vida pessoal e profissional; reavaliar

como a sociedade no qual estamos inseridos pode trazer o melhor para nós, que não é necessariamente o maior carro, a maior casa, a melhor roupa. Precisamos repensar nossas necessidades, nossas consciências, nossas vidas. Trazer mais consciência, ter mais tempo livre, melhorar a qualidade de vida. Precisamos ser melhores e fazer diferente.

” A simplicidade é o último grau de sofisticação. ” Leonardo da Vinci Josean Malize

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RODOLFO SEIFERT


O ENTERRO DO NEGOCIADOR !?

Estão assassinando o negociador. Os congressos, simpósios, encontros, assim como o conteúdo das publicações impressas e digitais, giram em torno do Analógico x Digital, do Tradicional x Fintechs. Ignora-se o debate sobre a importância da qualidade da atuação do negociador para a eficácia do processo de cobrança. O assunto soa obsoleto. Que o modelo de cobrança exclusivamente tradicional está definhando, todos sabemos. Os métodos alternativos digitais, de fato, vieram para ficar, mas não ficarão sozinhos. Conviverão com o modelo de negociação que demanda interação humana pelos múltiplos canais. Aliás, digitalização e desumanização são coisas distintas. Pessoas com expertise em negociação de qualidade continuarão sendo figuras essenciais. O modelo tradicional pode estar condenado à morte, mas o negociador está

vivíssimo e precisa estar saudável para fazer o que a tecnologia (ainda) não faz. Para oferecer caminhos que a máquina (ainda) não consegue oferecer. Para negociar. Para recuperar o crédito. Precisamos do negociador. Entretanto, o orçamento e a atenção destinados ao nosso pessoal da linha de frente não refletem esta necessidade. Os raros painéis voltados à gestão de pessoas, por exemplo, são os menos concorridos nos congressos. A linha de investimento em gente, normalmente, encontra um redondo zero na extremidade direita da tabela de orçamento das empresas de recuperação de crédito. Estamos tão obcecados pelas soluções tecnológicas do nosso tempo, pela ferramentaria de gestão, pelos temas ligados à inteligência operacional, que acabamos por ignorar as carências dos nossos times. E o que

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acontece na prática de uma operação de recuperação de crédito? Investimos muito para entregar ao negociador o melhor cliente, no canal que mais lhe apraz e na hora certa. A bola está pingando na frente do gol. O negociador arma o chute e ... pra foooooooooooraaaaaaaa! Erra o alvo. Não está preparado para finalizar o caro processo de preparação da jogada. Sem o cuidado com a qualidade de quem fecha o ciclo, o investimento anterior acaba por se revelar um baita gasto. Puro desperdício. Isto é tão óbvio quanto ignorado. Alguém pode levantar e dizer que já gasta muito com a operação; que a equipe de negociadores representa o seu maior custo operacional. Isto é verdade. Gastamos tanto e tão mal que fica difícil sobrar dinheiro para reinvestimentos. Rasgamos dinheiro com maus processos seletivos. Contratamos errado. Agravamos o erro ao não oferecer o mínimo de treinamento e orientação

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para quem entra. Entregamos uma arma nas mãos de quem não sabe atirar. Então, decidimos resolver o problema. Demitimos rapidamente, antes que o negociador “vire um custo” para a empresa. Ledo engano. O custo já nos atingiu na veia! Torramos recursos, ainda, em demissões desenfreadas, muitas desnecessárias e a maioria não calculada. Pagamos indenizações por cobrança vexatória. Realmente gastamos muito. Gastamos mal a ponto de não sobrar para investir. E quando a conta não fecha, a culpa é do mercado. Se algum dia o negociador deixar de existir, até a véspera deste dia devemos investir nele. Os que assim não fizerem, não participarão do enterro do negociador. Terão sido sepultados antes, sob os olhares marejados, ou não, do negociador.

Rodolfo Seifert


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JÚLIA DREZZA


CRÉDITO CONSCIENTE

Cartão de crédito deve ser um direito de todos, que se bem administrado, pode contribuir para um consumo com mais qualidade como, por exemplo, possibilitar uma família de comprar alimentos durante todo o mês sem a necessidade do pagamento à vista. Mas como oferecer um meio de pagamento sem gerar danos futuros? Vivemos em um contexto em que a negativação é um problema crítico que atinge um número altíssimo de brasileiros. Defendo que um caminho seguro e responsável do crédito consciente é o estabelecimento de um limite adequado junto com um programa de educação financeira. O que deve ser esperado ao oferecer um limite de R$2.000,00 para uma pessoa que recebe mensalmente um salário mínimo? A conta dificilmente irá fechar; por isso é preciso fazer a pergunta: “Qual limite do

cartão de crédito que meu cliente pagaria com tranquilidade?” Além disso, é importante despertar o interesse para o empoderamento referente à utilização do crédito. Falar de dinheiro é um tabu, falar de problemas financeiros é mais tabu ainda. Nota-se um distanciamento da população, principalmente de baixa renda, para se falar sobre o tema Educação Financeira. Muito disso é reflexo de uma crença de que isso é algo para a elite. Por isso, precisamos desmistificar e falar mais sobre consumo e gestão das finanças de uma maneira acessível e simplificada. Afinal, se acesso ao crédito pode ser um direito de todos, educação e liberdade financeira também são. Sabendo disso e vivenciando o dia a dia da comunidade, desenvolvemos um método de educação financeira que chamamos de

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DELÍCIA. Por que DELÍCIA? Porque nosso jeito é: Diferente – Específico – Libertador – Investigativo – Criativo – Inspirador – Amoroso Por meio de atividades descontraídas e muito diálogo apoiamos à reflexão sobre a importância do cuidado com o dinheiro e como isso pode apoiar na realização de sonhos. É preciso despertar uma intimidade com o tema, de modo que seja percebido que esse não é um bicho de sete cabeças, mas sim uma oportunidade. Por isso, cabe as empresas terem clareza dos seus impactos, sejam eles positivos como negativos para que os negativos sejam mitigados e os positivos potencializados.

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Eduardo Galeado disse que “A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la.” Sendo assim, se você foi provocado por esse artigo, aconselho como um primeiro passo sair do escritório e procurar conhecer quais são as dores, histórias, sonhos e desafios das pessoas que contribuem para que seu negócio aconteça e, a partir daí, buscar soluções que contemplem o bem-estar de todos.

Julia Drezza Gerente de Sustentabilidade da Mais Fácil e Voluntária ORPAS https://www.orpas.org.br


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LUIZ FELIZARDO BARROSO

DO MESTRE COM CARINHO

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OS CAMINHOS PARA A RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO “Se o direito é uma ordem da sociedade, será preciso conhecer a sociedade para conhecer o direito.”

CAUTELA ARREFERECIMENTO Fala-se muito sobre a recuperação da dívida ativa pública. Em Dez/2015 eram três trilhões de reais, ou seja, 26% do PIB, dos quais 50% seriam incobráveis por “n” razões. Todavia, com respeito, a dívida ativa privada raramente é abordada com a devida acuidade. De acordo com estimativa da SERASA CONSUMIDOR, BRAÇO DA SERASA EXPERIAN, em janeiro do corrente ano, a “DÍVIDA ATIVA” PRIVADA somava 270 bilhões de

reais, tendo como titulares 59,7 milhões de inadimplentes representados por pessoas físicas e jurídicas, geralmente pequenas e médias empresas. Segundo o Jornal Valor Econômico, desde 06 de abril em curso, aquela inadimplência já vem dando sinais de arrefecimento, mas ainda exige cautela, pois vai demorar muito a arrefecer completamente, permanecendo, afinal, em um patamar administrável. É curial, em microeconomia, por exemplo, que a higidez financeira de uma empresa mede-se, a olhos vistos, pela geração de seu caixa.

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CONCEITOS ECONÔMICOS ELEMENTARES

QUAL É, ENTÃO, A GRANDE SACADA?

Empresa que não gera caixa, durante meses consecutivos, tende a ficar extremamente alavancada e, consequentemente, perigosamente vulnerável, sendo este um péssimo prenúncio, deixando antever uma inexorável crise de insolvência a qual poderá vir a ser fatal, mesmo porque quando mais não fosse, é sabido que “não se constrói estabilidade permanente baseada em dinheiro emprestado”. Com os juros em um patamar insuportável e os financiamentos escassos, devido a falta de confiança generalizada gerada pela crise político-econômica a qual assola o país, ficam as empresas, em sua grande maioria pequenas e médias, sem uma “luz no final do túnel”.

Toda empresa, sobretudo aquelas em dificuldades, ainda que momentâneas, têm a receber, certamente, um montante expressivo dos consumidores de seus bens ou serviços, os quais não as remuneram, à saciedade, estando inadimplentes pelos mesmos motivos pelos quais também não recebem de seus respectivos consumidores. Antes mesmo do agravamento da crise, uma grande varejista, de atuação em âmbito nacional, declarou publicamente que a adoção de novos sistemas de recuperação de crédito e cobrança, dentre outros, “foram fatores decisivos no incremento da lucratividade da empresa”.

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Os recursos financeiros que estão, momentaneamente, fora do caixa das empresas que não conseguem espontaneamente gerá-los, encontrando-se nas mãos de seus consumidores inadimplentes, podem retornar ao caixa daquelas empresas, sem quaisquer ônus, como juros e taxas, se vierem a ser recuperados profissionalmente, através de empresas especializadas, as quais só trabalham no êxito, praticamente a custo zero para o seu contratante. Só que as empresas comerciais, industriais e de prestação de serviços (menos as instituições financeiras) que a têm, não possuem a cultura necessária da terceirização dos seus serviços de cobrança, sejam judiciais, sejam amigáveis, fazendo-os amadoristicamente, sem nunca obter um resultado satisfatório. A recentemente promulgada lei da ter-

ceirização deve influir positivamente na disposição dos empresários no sentido de que deleguem, sem hesitação, a cobrança amigável e/ou judicial de seus ativos financeiros, diminuindo, destarte, o montante da dívida ativa privada. Quanto à cobrança judicial propriamente dita, as empresas privadas até fazem, terceirizando (compulsoriamente) este serviço por lhes faltar “engenho e arte”, isto é a qualificação necessária, a não ser que possuam DEPARTAMENTOS JURÍDICOS INTERNOS os quais, mesmo assim, não são talhados para assumir a atividade do contencioso, principalmente os de massa, posto que não são remunerados pelo êxito, com raras exceções.

Dr. Luiz Felizardo Barroso

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MARCOS FATTIBENE

TO THINK


FINTECHS EM CRÉDITO & COBRANÇA

Imagino que muitas pessoas ainda não tenham ouvido falar de “Fintech”. Provavelmente, muitas pessoas, em breve, terão algum contato com empresas nascentes que começam a ganhar espaço no setor de serviços financeiros, crédito e investimentos. O Fintech (de “financial technology”) está associado a startups que estão desenvolvendo inovação em serviços financeiros, geralmente baseadas em tecnologias emergentes ou modelos de negócios pioneiros. Para começar, uma frase de Andres Wolberg-Stok, diretor do Citi Fintech, que parece resumir um pouco o “espírito da coisa”:

- “O termo uberização está gasto, mas a forma como o Uber reinventa o transporte tem a ver com o potencial das Fintechs para mudar os serviços financeiros”. Creio que seja oportuno apresentar algumas das principais estrelas deste segmento para que se tome contato com a novidade. Além da KPMG que em Outubro de 2016, elegeu as 100 fintechs mais inovadoras do mundo - entre elas, três startups brasileiras: Nubank, Guiabolso e Viva Real-, também a consultoria Kyvo listou dez das principais Fintechs do Brasil e do exterior no ano passado, das quais cinco são apresentadas aqui:

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Nubank É um destaque no setor: com quatro anos desde sua fundação atraiu cerca de 3 milhões de clientes, em um setor que no Brasil é dominado a tempos pelos grandes bancos. O colombiano David Veléz, seu CEO, afirmou que não se lembra de quantas vezes ouviu que no Brasil não poderia ser feito o que o Nubank almejava. VivaReal O mercado virtual de imóveis VivaReal ficou na 46ª posição na lista da KPMG. O destaque dado pela consultoria para esta fintech fundada em 2009 é o fato de ela conectar mais de 1,8 milhões de pessoas interessadas em comprar, vender ou alugar imóveis. GuiaBolso A terceira startup brasileira no ranking da KPMG (75ª colocada na classificação geral)

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é um serviço de controle financeiro pessoal. Em 2012 os empreendedores Benjamin Gleason e Thiago Alvarez criaram a empresa que já captou mais de R$ 90 milhões com investidores. Ant Financial A primeira colocada do Fintech 100 é esta empresa chinesa, que atua em meios de pagamento. Criada dentro do Alibaba, a Ant Financial já vale mais de US$ 60 bilhões, mais do que inúmeras empresas famosas e tradicionais. ContaAzul Hoje é apontada como uma das mais promissoras Fintechs do Brasil, empresa de Santa Catarina que se propõe a facilitar a gestão financeira para empresas e contadores, e que já atendeu mais de 500 mil empresas desde que foi fundada, em 2007. Claro que os EUA lideram o ranking em


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número e em importância das Fintechs, mas como se percebe na amostra de empresas apresentadas aqui, a tendência já começa a chegar em nosso País. Entre as iniciativas que já se tem notícia há cartões de crédito, ferramentas de planejamento e controle financeiro (com comunicação direta com os bancos), plataformas de investimento automatizadas, operações de crédito “P2P” - peer-to-peer-, entre outras. Dado o contexto atual, o Brasil conta com um cenário bastante acolhedor para “inovações de ruptura” no mercado financeiro: parcela importante de clientes insatisfeitos, alta concentração de conglomerados empresariais que “dão as cartas” impondo suas condições a esses clientes e uma gama de empreendedores ousados, detentores de

boas ideias, contando com condições de executá-las, prontos para atender esses clientes carentes de bons serviços a preços justos e com um pouco mais de “consideração”. Assim, em tese, o Brasil é uma praça bastante promissora para as Fintechs, já que o contexto, do ponto de vista comercial, de marketing e de tecnologia, é bastante favorável por aqui: as pessoas ganham cada vez mais intimidade com as novas tecnologias e, acredita-se, estão, em sua maioria, inclinadas a testarem novos serviços. O que, entretanto, se constitui como uma grande barreira é a carência por um ambiente regulatório mais aberto e mais atraente às inovações.

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Em específico quanto ao setor de Crédito & Cobrança, pode-se notar a grande afinidade dos ramos de negócio que estão prosperando no segmento das Fintechs, por se constituir como serviços, intimamente atrelados ao setor financeiro e também um “oceano azul” para inovações em Tecnologia. Algumas parcelas dos setores envolvidos com o tema esperam e movimentam-se para que as autoridades financeiras do Brasil atentem-se para essas inovações e atuem para abrandar as barreiras de entrada ao mercado financeiro, estimulando empreendedores criativos e arrojados - normalmente com poucos recursos financeiros - ganhem oportunidades para seus empreendimentos se estabelecerem, sobreviverem, prosperarem e, talvez, colocar de volta o nosso setor financeiro como um dos mais fortes e mais modernos, posto que ocupou nas década de 80 e 90.

Marcos Fattibene

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FÁBIO FREITA S SILVA

ESPAÇO DESIGN 88

O QUE VOCÊ SENTE VAI ALÉM DO QUE VOCÊ PENSA QUE PODE VER

Bem-vindo ao Espaço Design! Durante a minha pesquisa por materiais para alimentar a revista com a imagem sobre FINTECH, esbarrei num assunto bastante interessante que são as criptomoedas. Dentre elas o Bitcoin e o Bip 148 me chamaram a atenção. Apesar das valorizações estratosféricas, existem, pelo menos, duas grandes preocupações dos investidores: • perder suas aplicações com a ação de hackers; • e a justificativa para o governo no momento que retira uma quantia significativa para conta bancária. Mas antes de continuarmos com esse assunto daremos uma passada pela capa como o de costume.


A ideia da capa é bastante simples: quais são as inovações de peso (lâmpada) que estão surgindo dentro do pensamento tecnológico ? Alguns sistemas parecem transparentes, más escondem uma série de falhas e distorções. Atualmente, com esse mar de opções, o grande desafio é descobrir quais são os caminhos mais confiáveis dentro desse cenário de interesses, incertezas e falsas esperanças.

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ESPAÇODESIGN

CRIPTOMOEDA$

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“Criatividade é a inteligência se divertindo.” (Albert Einstein)

EM QUAIS ANDARES VOCÊ DESEJA IR ? Como temos um time de peso e estamos falando de tecnologia, decidi fazer uma analogia com os elevadores panorâmicos de ultima geração. Cada articulista tem seu proprio andar. Agora podemos continuar o assunto anterior...

Voltando a falar das criptomedas,; Silbert, fundador e CEO do Digital Currency Group (DCG), recentemente compartilhou dez principais previsões para 2017 para o Bitcoin. 10. Bitcoin como uma reserva de valor: O Bitcoin foi apelidado de “ouro digital” e por uma boa razão. Silbert espera que os investidores tradicionais possam começar a ver o Bitcoin com mais seriedade e adicioná-lo às suas carteiras tradicionais de investimento.

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ESPAÇODESIGN

9. Bitcoin se tornará mais acessível a investidores tradicionais via Exchanges “ETF(s)”: As exchanges de Bitcoin têm um enorme potencial para trazer cada vez mais investidores para o Bitcoin. O próprio Silbert, a GBTC, a XBTC da SolidX já estão tornando o Bitcoin mais atraente para os investidores tradicionais. 8. Pagamentos transfronteiras/remessas usando Bitcoin atingirá $1 bilhão em taxas. As remessas são um dos mais promissores casos de uso do Bitcoin, pois elas são mais baratas e mais rápidas em comparação com os prestadores de serviços legais. Com uma contínua melhoria da infra-estrutura do bitcoin e blockchain, as remessas de Bitcoin poderiam derrubar instituições como: a Western Union e bancos tradicionais. E isto vem fazendo despencar os custos de tecnologia de smartphones em todo o mundo, resolvendo o problema proverbial da “lastmile”, ou a “última milha”, em tradução literal, que é um problema que acontece na rede quando, por exemplo, uma operadora de telecomunicações é contratada, mas não possui rede para entregar o serviço, então ela contrata a “última milha” de uma empresa que possua o meio físico ou faça isso

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CRIPTOMOEDA$

através de conexões wireless. Leia também: Intenso fluxo de capital novo está entrando para o Bitcoin: criptomoeda é destaque no mundo todo. 7. Crescimento exponencial de transações com Bitcoin na Índia, Japão e Oriente Médio. O volume global de transações com o Bitcoin está em uma inclinação vertical constante desde o seu início. Além disso, os países com foco em tecnologia como a Índia, onde o comércio móvel está crescendo – viram forte crescimento na adoção Bitcoin recentemente. 6. Explosão do uso da tecnologia blockchain na indústria de fornecimento. O hype do blockchain tem permeado em quase todos


“Criatividade é a inteligência se divertindo.” (Albert Einstein)

os setores. Uma área-chave onde a tecnologia blockchain poderia ser benéfica é a cadeia de fornecimento e comércio global. Na verdade, esta indústria já está testando e implementando tecnologia blockchain. Por exemplo, a IBM e a Universidade de Tsinghua, na China, firmaram apenas uma parceria para melhorar a qualidade dos alimentos em toda a cadeia de abastecimento, além da Walmart, na China, recentemente ter utilizado a tecnologia Blockchain para melhorar a qualidade dos alimentos, rastreá-los e identificá-los com mais segurança. Leia também: Fujitsu desenvolve tecnologia de segurança para blockchain. 5. Soluções de identificação: A identidade na blockchain do Bitcoin é um assunto delicado. Mas soluções de identificação blockchain poderia realmente resolver muitos problemas da vida real. Estes poderiam incluir qualquer coisa de verificação de identidade para registrar milhões de pessoas sem documentos em todo o mundo – algo que a ONU está investigando. 4. Possível regulamentação das ICO’s. Não é nenhum segredo a Securities and Exchange Commission (SEC) já terem descoberto

o bitcoin. Mas alguns têm alertado que o próximo movimento do regulador é sobre as ICO’s (ofertas de moedas iniciais). A SEC poderia considerar estes como valores mobiliários que podem ser objetos de regulamentação. 3. Primeiros $50 milhões em transações de fusões e aquisições. O Bitcoin tem visto já algumas fusões e aquisições de empresas do setor Fintech notáveis já na casa dos milhões de dólares. Assim, chegando a US$ 50 milhões – com isso, fazendo a indústria de criptomoeda crescer e amadurecer. 2. Modelos de micropagamentos. As soluções de micropagamentos com bitcoin já estão sendo integradas em navegadores web, armazenamento de dados, plataformas de mídias sociais e muito mais. Micropagamentos – tão pequenos quanto uma fração de um centavo – poderiam finalmente ser enviados através da Internet utilizando o bitcoin. Isso poderia virar o modelo de receita publicitária através da desintermediação. Podendo pagar os criadores de conteúdo, bem como os consumidores diretamente. O navegador Brave recentemente lançou sua versão de testes

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ESPAÇODESIGN

em que promete acabar com o Ad-block. Leia também: Gigante de cartões de crédito MasterCard lança suas API’s “experimentais” de Blockchain. 1. Preço do Bitcoin na virada do ano será altíssimo. Silbert se destacou por acertar sobre o preço do Bitcoin no passado. Dado o desempenho estelar da moeda nos últimos anos, o preço certamente pode subir, ou até mesmo chegar à lua.

Fonte: news.bitcoin.com Adaptação e Tradução: Guia do Bitcoin https://guiadobitcoin.com.br/10-previsoes-sobreo-bitcoin-para-2017-por-barry-silbert/

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Alguns anos atrás, se você pensasse em criptomoeda, você só pensaria em Bitcoin. O Bitcoin foi o centro das atenções em 2013. A essa altura, o governo dos Estados Unidos confiscou milhares de milhões de dólares de Bitcoin e era mais uma coisa tida como “ilegal”, sendo usada principalmente na Darkweb. Mas hoje, a comunidade tecnológica e empresarial investiu em Blockchain e criptomoedas com a criação de outras moedas e novas tecnologias. E agora as criptomoedas, como a Ethereum, estão sendo usadas e apoiadas pelas maiores empresas do mundo, como a Microsoft, JP Morgan Chase e Samsung, para citar alguns. O Ethereum está liderando o pacote das novas criptomoedas. A grande diferença


CRIPTOMOEDA$ é que essas versões 2.0 e 3.0 de moedas digitais realmente fazem um pouco sobre a tecnologia básica que o Bitcoin introduziu no mundo através do blockchain. O Bitcoin foi apenas o começo. Aqui estão 4 criptomoedas que vale a pena ficar de olho este ano (2017): Ethereum (ETH) A Ethereum (ETH) ficou popular apenas alguns meses atrás, quando a Enterprise Ethereum Alliance foi anunciada. As maiores empresas do mundo estão oficialmente apoiando e utilizando a nova tecnologia blockchain que a Ethereum fornece, especificamente seus contratos inteligentes, aplicações descentralizadas na Blockchain, a criação de organizações autônomas descentralizadas e muito mais. O Ethereum faz para códigos, aplicativos e programação o que a Bitcion fez para transações entre pares. O Ethereum poderia, eventualmente, começando com o lançamento de sua inovadora Mist, tornou-se uma completa internet descentralizada. Leia também: Empresa sul-coreana pagará resgate de mais de US$ 1 milhão em Bitcoin Website:

Stratis (STRAT) A Stratis (STRAT) é uma poderosa plataforma de desenvolvimento de blocos. Eles receberam recentemente o suporte de nível mais alto de empresas como a Microsoft. Seu objetivo é ser o balcão único para todas as coisas, tornando-se essencialmente uma plataforma Blockchain, as chamadas BAAS. A Stratis possui um conceito semelhante ao do Ethereum, mas também diferente. A Stratis funciona na Blockchain do Bitcoin. O que torna a Stratis única é o fato de oferecer aos desenvolvedores a capacidade de codificar em C#, o que abre uma série de possibilidades para aplicativos e outros desenvolvedores. Além disso, Stratis logo lançará sua breeze wallet que poderia revolucionar e redefinir a privacidade das transações. Stratis tem um número muito similar de supply (quantidade de moedas) como a Ethereum. Então, se você quisesse adivinhar onde Stratis (STRAT) poderia estar em um curto espaço de tempo, basta olhar para os preços do Ethereum hoje. Leia também Litecoin bomba com capitalização de mercado atingindo US$ 2 bilhões pela primeira vez.

https://www.ethereum.org/

Website: https://stratisplatform.com


Ripple (XRP) A Ripple (XRP) é uma tecnologia muito interessante que permite aos bancos interagir diretamente com os outros, sem qualquer ponto central de controle ou intermediário. Isso poderia revolucionar todo o sistema banco. A Ripple e token XRP foram criticados por não ter a tecnologia e a moeda “verdadeiramente conectada”. Eles também não possuem sua própria carteira de moeda, portanto, o armazenamento torna-se complicado. Mas se eles fossem resolver esses dois problemas, isso poderia estar acontecendo muito bem este ano. Website: https://ripple.com/

Siacoin (SC) A Siacoin (SC) é uma criptomoeda e tecnologia que foi criada no MIT em um hackathon em 2013. A Blockchain da Siacoin possui uma tecnologia que permite a criação de contratos inteligentes para armazenamento digital. Essencialmente, isso poderia gerar o próximo Dropbox ou Amazon AWS. Mas ao invés da Siacoin fazer isso diretamente, eles permitem que outros parceiros (hosts) se conectem e comprem pelo espaço de armazenamento através de sua tecnologia. Ainda é cedo para a Siacoin, mas grandes updates já estão acontecendo. A partir do momento que eles tiverem mais casos de uso grande, as coisas podem realmente decolar. Se você já pagou os custos de hospedagem ou armazenamento da Amazon AWS ou Dropbox, você já deve ter

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se perguntado se encontraria uma opção mais econômica. A tecnologia blockchain da Siacoin poderia ser a solução perfeita. Leia também: Investor Bilionário aloca 10% de toda a sua poupança de vida em Bitcoin e Ethereum Website: http://sia.tech/ Estas são as 4 criptomoedas que muitos investidores na comunidade mantêm suas atenções, prevendo grandes movimentos em 2017. Nota: Esta é uma postagem apenas para fins educativos e não é uma recomendação de investimentos específicos ou estratégias de investimento. https://guiadobitcoin.com.br/alem-do-bitcoinconheca-4-criptomoedas-que-estao-deixandosua-marca/

Não tenho a pretensão de me aprofundar, mesmo porque sou um novato neste assunto, que é bastante complexo. A minha intensão é: além de explicar o modelo conceitual da revista, também chamar a atenção do leitor sobre esse tema que está fervendo no mundo virtual. Muito obrigado pela sua atenção, espero que tenha gostado.

Fábio Freitas Silva Diretor de Criação da Collbusiness News

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