Figura 73 – A consolidação dos aterros, ao longo do séc. XX, no centro de Vitória, amplia sua área urbana, adensa suas construções e ao mesmo tempo, promove a possibilidade da valorização das áreas urbanas pela sucessiva verticalização por que passa a região, nesse momento. Fonte: Planta com Restituição Aerofotogramétrica da Cidade de Vitória (jan. 2000). Modificada para o presente trabalho
O tradicional entorno colonial, que mantinha alturas e escalas compensadas pelo relevo, mesmo após as reformas do começo do séc. XX, recebe, a partir de meados do mesmo século, forte pressão da especulação imobiliária, em um processo irreversível de verticalização por novos prédios que são construídos na área central da ilha e novos aterros (ver Figura 73), alcançando, poucas décadas depois, a grande maioria das áreas de expansão no continente. A cidade se espraia em território urbanizado, se adensa com o aumento do número de edificações e por fim, se verticaliza. O rápido crescimento da capital é acompanhado de seu lado perverso: a cidade cresce em área e em número de habitantes (Figura 74 e Figura 75), e estes, como explica Monteiro, nem sempre têm condições de habitar as novas áreas urbanizadas (MONTEIRO, 2008, p. 76). A conseqüência imediata é a rápida ocupação de áreas até 207