EC Fevereiro Lâmpadas para meus pés é a tua Palavra, e luz para o meu caminho

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EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA ARETÉ 2019

Jornal Oficial da Igreja Metodista Fevereiro de 2021 | ano 135 | nº 2

Distribuição Gratuita

FIQUE EM CASA!

BÍBLIA Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho Página 8

COLÉGIO EPISCOPAL

Saiba por que a vacina contra a Covid-19 é importante. Página 4

IGREJA E SOCIEDADE

Campanha Nacional Metodistas Pela Vacina. Página 6

MEMORIAL: CONFIRA OS NOMES DE METODISTAS VÍTIMAS DA COVID-19 QUE DEIXARÃO SAUDADE. PÁGINA 12


MARCA PÁGINA.pdf 1 27/09/2017 15:13:32

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EDITORIAL Fevereiro de 2021 | www.expositorcristao.com.br

COMENTÁRIOS Edição de Janeiro de 2021

Capa

Luz para meu caminho!

Queria parabenizar a autora do livro Sou Esposa de Pastor. Conteúdo relevante que fortalece as famílias pastorais em meio a tantos desafios que a vocação impõe. Já tenho o meu exemplar.

ENVIE SEU COMENTÁRIO!

e compartilhe!

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Revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo nos vários aspectos da missão;

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o discipulado 3 Promover na perspectiva da salvação, santificação e serviço;

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Fortalecer a identidade, conexidade e unidade da igreja;

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Implementar ações que envolvam a igreja no cuidado e preservação do meio ambiente;

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Promover maior comprometimento e resposta da igreja ao clamor do desafio urbano.

Pr. José Geraldo Magalhães

"Tudo era passado de 'boca a boca', a palavra tinha um peso de extrema importância. Sabe aquele tempo que a palavra de alguém valia ouro? Aquele tempo em que você poderia confiar quando alguém lhe dava a palavra sobre algum tema/assunto? Então, nos tempos bíblicos do Novo Testamento, a palavra falada era primordial.” Pra. Danielle Lucy Bosio | 3ª Região Eclesiástica

Bispa Hideide Brito Torres | Presidente na 8ª Região Eclesiástica

expositorcristao@metodista.org.br expositorcristao@gmail.com

Acesse a versão digital desta edição

Estimular o zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local;

Editor-chefe | Expositor Cristão

“Eu espero que o tempo de chorar e de apartar-se de abraçar termine. E que o tempo de rir e o tempo de abraçar retornem. Que o tempo de saltar de alegria venha logo. Mas não a ponto de me alienar do luto que preciso viver hoje. Recorro aos salmos de lamentação. E pergunto: 'Até quando, Senhor?'. Ou aos profetas: 'A que hora estamos da noite?'. Eu choro porque tenho esperança. E porque tenho esperança, espero.”

Rosangela Rocha dos Santos Curitiba/PR

CY

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ORN JORRUANG

Mais uma boa iniciativa do Expositor Cristão ao criar a editoria Bíblia. Faz tempo que não via estudos bíblicos publicados no jornal. Que não pare de ter bons estudos nas próximas edições.

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OM

Bíblia

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O.C

Patrícia Almeida Couto Juiz de Fora/MG

da Igreja Metodista

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CM

NAK © TIN

Infelizmente temos perdido muitas pessoas em nosso país; e muitas delas para a Covid-19. Graças a Deus que a vacina chegou e que a Igreja Metodista está se envolvendo na campanha nacional metodistas pela vacina.

Ênfases missionárias

M

OT

OPINIÃO | PALAVRA DE DEUS

Memorial

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KPH

Esposa de Pastor

Rogério dos Santos Souza Porto Alegre/RS

tempos em que é preciso chorar com os/as que choram. É preciso ter generosidade. Foram tantas vidas perdidas no último ano. E seguimos com o plano nacional de imunização contra a Covid-19, mas muitas vidas ainda serão perdidas até que nosso país seja totalmente imunizado. Trouxemos histórias da missão em Manaus, onde pessoas de várias partes do Brasil se mobilizaram para ajudar a capital do Amazonas. Destacamos também aquelas pessoas que se dedicaram ao ministério pastoral e nos deixaram em janeiro sendo vítimas da Covid-19. Que Deus nos dê graça, força, esperança para que em breve possamos voltar a nos reencontrar em definitivo em nossas igrejas locais, sem medo de nos abraçar. / ISTO C

Robert de Araújo | Manaus/AM

Nesta edição vamos refletir junto com as pessoas que encontram na Palavra de Deus força para poderem caminhar no dia a dia. Foram muitos os testemunhos coletados de pessoas que superaram os grandes desafios surgidos ao longo da caminhada de fé. Os salmistas encontraram forças na Palavra de Deus. São vários os salmos que relatam histórias parecidas com as que vivenciamos hoje. Quantas vezes nós já lemos na Bíblia: “Com a minha voz clamo ao Senhor; com a minha voz ao Senhor suplico. Derramo perante ele a minha queixa”? Por vezes os salmistas se derramaram diante de Deus buscando socorro presente na angústia. Não podemos perder esse referencial de que ela é lâmpada para nossos pés e luz para nossos caminhos. A palavra episcopal deste mês segue essa tônica. Buscar esperança na Palavra de Deus diante das perdas, diante do luto. Pois vivenciamos

Nada melhor que viver debaixo da graça de Deus. Já vivi experiências marcantes que eu pensei que não suportaria, mas a graça de Deus me sustentou quando eu mais precisava. Sou agradecido por isso.

Nos caminhos da missão servem com integridade

"A Palavra de Deus é aquela que nos sustenta diante dos desafios de todos os dias. Presenciamos constantemente aqui na Rema os cuidados de Deus com seu povo, principalmente na cidade de Manaus. Certamente se nossa vida não estiver fundamentada sobre a rocha que é Jesus Cristo e sua Palavra, não conseguiríamos vencer. Com Ele nós somos mais que vencedores/as.”

“A palavra de Deus nos sustenta. Era a noite anterior à apresentação de um trabalho, e eu não tinha ninguém, pois o preletor não tinha entrado em contato. Sozinho no meu quarto, com todas as minhas forças, em verdade e espírito, entreguei a situação totalmente nas mãos de Deus. Orei, e naquela hora senti a presença do Senhor me dando paz de espírito, então li a Bíblia, orei novamente e me permiti por alguns minutos ouvir a voz do Senhor dentro do meu coração. Foi nesse momento que O ouvi dizendo que estava tudo resolvido.” Pr. Lúcio Pinheiro | Curitiba/PR

Bispo Fábio Cosme da Silva | Rema http://bit.ly/ec-fev-21

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Expositor Cristão Presidente do Colégio Episcopal: Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa Bispa Assessora do jornal Expositor Cristão Hideíde Brito Torres Conselho Editorial: Camila Abreu, Patrícia Monteiro, Pr. Odilon Chaves

Jornal Oficial da Igreja Metodista Fundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário John James Ransom

Editor e jornalista responsável: Pr. José Geraldo Magalhães (MTB 79517/SP) Produção Audiovisual: Rodrigo de Britos Foto de Capa: © Tinnakorn Jorruang/istockphoto.com Arte: Fullcase Comunicação

Revisão: Adriana Giusti Tiragem: 15 mil exemplares Entre em contato conosco: (11) 2813-8600 | www.expositorcristao.com.br expositorcristao@metodista.org.br Av. Piassanguaba, 3031 - Planalto Paulista São Paulo/SP - CEP 04060-004

*A REDAÇÃO DO JORNAL EXPOSITOR CRISTÃO É RESPONSÁVEL POR TODAS AS MATÉRIAS NELE PUBLICADAS, COM EXCEÇÃO DE ARTIGOS E REFLEXÕES, QUE SÃO RESPONSABILIDADE DE SEUS/AS AUTORES/AS.

Oceano


NACIONAL

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PALAVRA EPISCOPAL Bispa Hideide Brito Torres Presidente da 8ª Região Eclesiástica

Tempo de chorar, tempo de apartar-se de abraçar

(Eclesiastes 3.4,5)

E

u acho que já pensei e antecipei muitos problemas na vida, mas nem na minha maior crise de ansiedade eu imaginaria coisas como essas que estamos vivendo recentemente. Como apreciadora e estudiosa dos salmos, eu me vi pensando esses dias nos choros coletivos de Israel, nos prantos que aconteciam diante de calamidades públicas. Nosso Brasil sempre se orgulhou de ser uma espécie de terra sem males, no que tange às tragédias naturais. Mas nos últimos anos da minha vida eu me vi em meio a lutos coletivos um atrás do outro. Só não tinha visualizado isso com clareza até que o coronavírus e sua Covid-19 chegaram até nós. A primeira calamidade dos casos recentes de que me lembro foi o desabamento de toda aquela terra no Rio de Janeiro. Centenas de vidas perdidas… entre elas, o filho de um conhecido que estava de férias com uma família amiga. A seguir, vieram as barragens: Samarco e Vale do Rio Doce protagonizando tragédias que traspassaram Minas Gerais e borbulharam morte no mar do Espírito Santo. Vidas humanas, animais e vegetais perdidas de um ato. Doenças e mortes que prometem décadas de memórias tristes. Agora, a Covid-19. Parei de contar os/as amigos/as e parentes quando o número de perdas chegou a 30. Então, pensando nisso, veio à minha mente o texto de Eclesiastes. O autor bíblico nem de longe imaginaria que o seu tempo de apartar-se de abraçar seria tão literal. Sempre li este versículo na perspectiva de que existem tempos de despedidas de amores, de amizades, de terras amigas. Ou talvez rompimentos dramáticos ocasionados por perdas. Nunca que chegaria um tempo em que a demonstração de amor mais profunda por alguém querido é dar um passo atrás e recusar um abraço. Como bispa, fiz algumas viagens durante esta pandemia. Numa delas, um senhor idoso se aproximou, feliz, de braços abertos para mim. E eu dei um passo atrás, a boca amargando, os braços à frente em sinal de defesa: “Por favor, meu irmão, eu não posso te abraçar. Eu tenho medo de que possa contaminar o senhor. Estive na estrada o dia todo, não sei o que carrego no corpo agora”. Ele aquiesceu, resignado. Nada a fazer. É tempo de apartar-se de abraçar. Por não entender esse tempo de apartar-se de abraçar, muita gente continua morrendo. E o que era para ser um tempo se torna um tempão, se torna eterno. Para aqueles e aquelas que creem, certamente há a expectativa alegre do reencontro. Isso não

isso, não somos imitadores/as de Jesus que, diante do amigo morto, chorou. Chorou porque todo mundo estava triste. Chorou porque o tempo era de chorar. Chorou porque era gente. E gente chora. Deus criou as glândulas lacrimais, ora bolas! Para que possamos chorar. No choro se revela a nossa humanidade. No choro acaba a nossa arrogância. No choro, o choro autêntico, há lugar para esperança, compartilhamento, graça, salvação. No choro amargo, o sujeito que nega encontra o mestre que perdoa. No choro sentido, o filho encontra o pai que o abraça. No choro da humilhação, os irmãos encontram o que fora desterrado. No choro do perdão, o desterrado perdoa os que o venderam. No choro de um rei, o povo descobre que mesmo a traição do filho não impede o amor. No choro de “Que o tempo de saltar de um menino e de sua mãe, Deus se revela e diz que vê. Tudo isso alegria venha logo. Mas aconteceu quando alguém chonão a ponto de me alienar rou. Porque era tempo de chorar. Eu aceito o tempo de chorar. do luto que preciso viver Não gosto dele, mas preciso. Ele hoje. Recorro aos salmos me traz de volta à minha limitação e me coloca na dependênde lamentação. E pergunto: cia. Ele me leva ao encontro das 'Até quando, Senhor?'. pessoas, ao abraço que a alma dá no olhar quando os corpos não Ou nos profetas: 'A que podem se tocar. Esse tempo de hora estamos da noite?'. chorar e de apartar-se de abraçar é um tempo duríssimo. Só vai Eu choro porque tenho aprender alguma coisa quem se esperança. E porque tenho esforçar para ver. Porque o ser humano não aprende muito asesperança, espero” sim, à toa, distraído. Ele precisa erguer os olhos de seu próprio umbigo e contemplar as outras ficar feliz pelos seres humanos curados do câncer pessoas e a Deus, para que possa entender, de fato. ou da Covid ou da Aids não impede de ficar triste Este é o tempo. Eu choro junto com um monte de gente que perpelos que morreram. Crer no milagre divino não renega a busca dedicada pela vacina. Interceder pe- deu, como eu, a avó. Ou o pai. Ou a mãe. Ou o/a las pessoas que estão muito doentes não nos impede amigo/a. O/a tio/a, o/a vizinho/a. A/o cunhada/o, de entender que elas tiveram fé. Cada negativa de a/o irmã/ão. A/o amiga/o de longa data. O/a coleentender que existe tempo disso e daquilo – e que ga de trabalho. A/o empregada/o prestativa/o. O/a cada tempo deve ser encarado por sua realidade e médico/a do hospital. A/o enfermeira/o do postipelo ensino que nos traz – é de um simplismo tão nho. O/a taxista. A/o uber. Gente demais! Rica, poignorante que lança por terra toda a riqueza que os bre, branca, negra. Muita gente indígena. Muitos/ as ribeirinhos/as. Um sem-fim de moradores/as de salmos coletivos de lamentação querem nos trazer. Somos uma comunidade realmente saudável rua, que ninguém conta, por isso parece que estão quando aprendemos a chorar juntos e juntas. Quan- imunes ao vírus. Mas não. E eu espero que o temdo encaramos a perda e a dor como parte indispen- po de chorar e de apartar-se de abraçar termine. E sável de nossa existência. Que não adianta jogar que o tempo de rir e o tempo de abraçar retornem. isso para baixo do tapete como se nada fosse. Mas Que o tempo de saltar de alegria venha logo. Mas que, ao contrário, se quisermos mostrar amor cris- não a ponto de me alienar do luto que preciso viver tão verdadeiro, faremos isso “chorando com quem hoje. Recorro aos salmos de lamentação. E pergunchora”, “carregando a carga uns/as dos/as outros/ to: “Até quando, Senhor?”. Ou aos profetas: “A que as”, entendendo que “quando um membro sofre, to- hora estamos da noite?”. Eu choro porque tenho esdos sofrem com ele”, lamentando a dor do outro e perança. E porque tenho esperança, espero. da outra como se sua fosse. Se não pudermos fazer deve nos levar a uma forma leviana de ver a morte. Ela é real, é irreversível e é limitadora de todos os abraços. A esperança na ressurreição é para nos dar responsabilidade sobre a nossa vida e a eternidade, não para nos levar ao desprezo por esta existência. Deus quer que a vida eterna seja sequência desta. É mister viver as duas muito bem! E nesse luto coletivo que aprendemos a viver agora, precisa haver o espaço para entender a dor do apartar-se de abraçar. A dor do tempo de chorar. A dor do tempo de morrer. A dor do tempo de arrancar o que se plantou. A dor do tempo de prantear. As gentes humanas querem a todo tempo ignorar a dor. E inventamos discursos prontos para isso. Mas

© FÁBIO H. MENDES/EC

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NACIONAL Fevereiro de 2021 | www.expositorcristao.com.br

vacinas

A importância

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omo metodistas, temos um legado wesleyano ético de cuidado integral do ser humano. Wesley fazia uso de recursos médicos para ajudar as pessoas, em especial as menos favorecidas. Por isso, recomendamos que todos/as os/ as metodistas recebam a vacina contra a Covid-19, bem como sejam instrumento de motivação para que toda a população brasileira seja imunizada. As vacinas são fundamentais para o combate a doenças na história. Elas ajudaram a reduzir expressivamente a incidência de pólio, sarampo e tétano, entre várias outras doenças. Hoje são consideradas como o tratamento com melhor custo-benefício em saúde pública. As vacinas são produtos biológicos que funcionam com base num conceito simples e bem estabelecido: mimetizar a reação imune fisiológica, oferecendo ao sistema imunológico humano a provocação necessária para que se desenvolva a imunidade sem que o indivíduo tenha que se expor aos riscos da infecção natural. Vários métodos são usados para desenvolver novas vacinas. Conforme o método utilizado, as vacinas são divididas em três gerações tecnológicas que se baseiam: 1. na presença do agente infeccioso inteiro na forma inativada/atenuada; 2. em partes ou proteínas do agente infeccioso especialmente imunogênicas; 3. em sequências de genes do agente infeccioso de interesse (CFM, 2021). 4. Ao ser introduzida no corpo, a vacina estimula o sistema imunológico humano a produzir os anticorpos necessários para evitar o desenvolvimento da doença caso a pessoa venha a ter contato com os vírus ou bactérias que a causam. Em 1798 o termo “vacina” surgiu pela primeira vez, graças a uma experiência do médico e cientista inglês Edward Jenner.

Ele ouviu relatos de que trabalhadores/as da zona rural não pegavam varíola, pois já haviam tido a varíola bovina, de menor impacto no corpo humano. Ele então introduziu os dois vírus em um garoto de oito anos e percebeu que o rumor tinha de fato uma base científica. A palavra vacina deriva justamente de Variolae vaccinae, nome científico dado à varíola bovina. Em 1881, quando o cientista francês Louis Pasteur começou a desenvolver a segunda geração de vacinas, voltadas para o combate da cólera aviária e do carbúnculo, ele sugeriu o termo para batizar sua recém-criada substância, em homenagem a Jenner. A partir de então, as vacinas começaram a ser produzidas em massa e se tornaram um dos principais elementos para o combate a doenças no mundo (FIOCRUZ, 2016). No Brasil, as vacinas distribuídas em postos de saúde são produzidas por laboratórios nacionais, internacionais ou por institutos especializados ligados ao poder público, como o Instituto Butantan (do governo do estado de São Paulo) ou a Bio-Manguinhos (do governo federal). A decisão sobre quais vacinas serão produzidas é feita a partir do planejamento anual da CGPNI (Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações), em parceria com os órgãos produtores. São levados em conta, por exemplo, a incidência de determinada doença, os agentes nela envolvidos e a capacidade de produção dos laboratórios. Essas instituições enviam então os produtos para centrais de distribuição, órgãos governamentais responsáveis por embalar, armazenar na temperatura adequada e distribuí-los por todo o país. A sequência genética do SARS-CoV-2, agente etiológico da Covid-19, foi obtida por pesquisadores/as chineses em 7 de janeiro e publicada em 11 de janeiro de 2020, com amplo acesso aos pesquisadores e pesquisado-

das

“Porque o Senhor dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento” (Provérbios 2.6)

ras de todo o mundo. Seguiu-se um rápido incremento de pesquisas e colaboração global entre cientistas, universidades, governos e fabricantes de imunobiológicos, unidos/as na corrida para obter em tempo recorde uma ou mais vacinas seguras e eficazes contra a Covid-19. Em 16 de março, uma possível vacina já estava sendo aplicada nos


NACIONAL

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EUA na primeira voluntária de pesquisa de um produto desenvolvido pela Moderna Inc. O Brasil participa do esforço global de pesquisa e desenvolvimento garantindo milhares de voluntários e voluntárias em diversos sítios de pesquisa distribuídos no país. O desafio global da Covid-19 exigirá que mais de um fabricante alcance com sucesso a linha de chegada e obtenha registro nas principais agências mundiais de regulação de medicamentos, como a ANVISA e a FDA. O retorno do crescimento do número de casos e mortes pela Covid-19 na Europa, nos EUA e no Brasil acrescenta ainda mais urgência às estratégias de vacinação. Assim, as autorizações de uso emergencial de vacinas têm ocorrido com maior fre­quência. A Anvisa publicou os requisitos para que se dê a autorização emergencial no Brasil. Os fabricantes com essa autorização devem continuar coletando dados e comunicando à Anvisa sobre eventos adversos suspeitos. As parcerias entre governos e fabricantes visam garantir acesso prioritário e racional às vacinas contra a Covid-19 a custo sustentável para os países. À semelhança de outros co-

19 de janeiro de 2021 Colégio Episcopal da Igreja Metodista no Brasil Cooperação: Nelson Eduardo Santos Lucas, CRMRJ 52642401 • Maria Izabel Silva Barbosa, CRMMG: 11832 /// Fontes consultadas: Fiocruz. BioManguinhos. Vacinas: as origens, a importância e os novos debates sobre seu uso. Conselho Federal de Medicina. Vacinas em investigação para a COVID-19

NOTA CONJUNTA: COLÉGIO EPISCOPAL E COGEAM SOBRE O 21º CONCÍLIO GERAL DA IGREJA METODISTA O Colégio Episcopal e a COGEAM, em reunião conjunta realizada no dia 29/01/2021, considerando as recomendações feitas pelo GT do 21º Concílio Geral, em especial quanto às incertezas geradas pela pandemia de COVID-19, decidiu alterar o mês da realização do conclave para outubro de 2021, em data a ser definida avaliando-se a disponibilidade do hotel e também dos delegados e delegadas. A nova data será comunicada o mais breve possível através de nova nota. Pedimos a todos e todas que continuem em oração por esse conclave. © NEOLEO / ISTOCKPHOTO.COM

“À semelhança de outros coronavírus que causam doenças em humanos, a imunidade conferida pela vacina contra a Covid-19 possivelmente será temporária. Nesse cenário, a retomada da vida normal no planeta vai depender da existência de vacinas seguras”

ronavírus que causam doenças em humanos, a imunidade conferida pela vacina contra a Covid-19 possivelmente será temporária. Nesse cenário, a retomada da vida normal no planeta vai depender da existência de vacinas seguras, eficazes e de baixo custo, acessíveis à população mundial, e que possivelmente terão que ser reforçadas periodicamente, como já se faz atualmente na imunização contra a gripe. Não basta ter vacinas disponíveis, é preciso efetivamente vacinar com rapidez e eficiência uma grande parcela da população, protegendo as pessoas, auxiliando na redução dos casos graves, das internações e mortes, e ainda auxiliando na redução da transmissão da Covid-19.

No amor de Cristo, São Paulo, 01 de fevereiro de 2021. Colégio Episcopal da Igreja Metodista Coordenação Nacional de Ação Missionária (COGEAM) Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa – Presidente


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IGREJA E SOCIEDADE Fevereiro de 2021 | www.expositorcristao.com.br

O Brasil vacinou mais de 2 milhões de pessoas contra a Covid-19, e a Igreja Metodista lança campanha nacional Redação EC

seus filhos e filhas. A campanha nacional é uma mobilização que lhe permite mostrar para a igreja e todos/as a sua volta esse momento de esperança, que é a vacinação contra a Covid-19. Há três formas de você participar da campanha.

A

© ARQUIVO SEDE NACIONAL

FORMULÁRIO Pelo formulário no site, basta responder às perguntas e clicar para fazer upload da foto. WHATSAPP Envie sua foto para o número (11) 2813-8600, juntamente com seu nome completo, igreja local, localização (cidade, estado e Região) e como se encaixa no grupo prioritário. © ARQUIVO SEDE NACIONAL

pós a aprovação do uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no Brasil. Ela recebeu o imunizante Coronavac, desenvolvido no país pelo Instituto Butantan, no Hospital das Clínicas de São Paulo, no dia 17 de janeiro. De lá para cá, o Brasil imunizou mais de 2 milhões de pessoas contra a Covid-19, até o dia 27 de janeiro, segundo dados dos governos estaduais e municipais que divulgaram balanços preliminares da vacinação. Ao menos 2.016.348 pessoas já foram vacinadas pela campanha de imunização. Nem todos os estados e municípios divulgaram informações sobre a campanha. Por isso, o levantamento é preliminar e o número real pode ser maior. O país iniciou a vacinação no dia 17 de janeiro, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, além da vacina de Oxford e da AstraZeneca. A Coronavac é importada e também produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, entidade ligada ao Governo de São Paulo. A vacina de Oxford/

“O tema de 2021 da Igreja Metodista, Discípulas e Discípulos anunciam as boas notícias da graça, convida-nos a partilhar informações e acontecimentos que refletem o amor e cuidado de Deus para com o próximo”

AstraZeneca possui parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde. Até o fechamento desta edição, os dados mostram que São Paulo é o estado que mais vacinou, com 387.561 doses aplicadas. Na sequência aparecem Bahia (182.083), Rio de Janeiro (169.368), Minas Gerais (165.863) e Rio Grande do Sul (164.640).

Campanha Nacional Metodistas Pela Vacina

No dia 21 de janeiro, a Sede Nacional da Igreja Metodista publicou em seu portal a campanha nacional Metodistas Pela Vacina. O tema de 2021 da Igreja Metodista, Discípulas e Discípulos anunciam as boas notícias da graça, convida-nos a partilhar informações e acontecimentos que refletem o amor e cuidado de Deus para com

E-MAIL Envie sua foto para o e-mail comunicacao@metodista.org. br, juntamente com seu nome completo, igreja local, localização (cidade, estado e Região) e como se encaixa no grupo prioritário. REDES SOCIAIS Publique a sua foto nas redes sociais e utilize a hashtag #MetodistasPelaVacina, marcando o nosso perfil para que possamos compartilhar. /// Para mais detalhes da Campanha Metodistas Pela Vacina acesse o QR Code ao lado: http://bit.ly/metodistaspelavacina


IGREJA E SOCIEDADE

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Metodistas mobilizam-se para ajudar Manaus durante a pandemia Pr. José Geraldo Magalhães Sara de Paula

A campanha SOS Manaus

A Pastoral Nacional de Direitos Humanos e a Missão Amazônia se unem às mobilizações nacionais de solidariedade para com o povo de Manaus. O sistema de saúde do estado do Amazonas enfrenta o colapso e a falta de oxigênio em alguns hospitais. Para auxiliar a população, metodistas e outras denominações se mobilizam em diferentes frentes.

O Pastor Welinton Pereira, coordenador da Pastoral Nacional de Direitos Humanos, reuniu-se virtualmente, em janeiro, com cerca de 30 representantes de organizações sociais, igrejas e pessoas que atuam na área da saúde no estado do Amazonas para avaliar a necessidade. "Conseguimos uma doação de mil cilindros de oxigênio que saíram do aeroporto de Guarulhos para Manaus e montamos um grupo de apoio para ajudar nessa logística, para acompanhar a chegada desses cilindros de maneira que possamos garantir que vão chegar para quem realmente precisa", afirmou. A doação de mil cilindros foi fruto de uma parceria entre a Igreja Batista da Água Branca e a Visão Mundial. Segundo o Pastor Max Maia, superintendente distrital de Manaus e Roraima e coordenador da Missão Amazônia, que também participou da reunião, a partir de 18 de janeiro começou a ser montado um Centro de Distribuição na Igreja Metodista Central em Manaus. "Criamos uma equipe para dar suporte e realizar algumas ações dividindo em quatro eixos", explicou o pastor. Confira as áreas de atuação de cada eixo: 1. Levantar as necessidades dos hospitais, equipes que estão trabalhando e pessoas que estão nos hospitais internadas ou como acompanhante; 2. Receber e separar os recursos e doações; 3. Entregar os materiais e registrar as informações;

© FOTOS: DIVULGAÇÃO

E

m Manaus/AM, a situação se agravou no mês de janeiro devido à falta de oxigênio nos hospitais. Somente no estado no Amazonas, entre os dias 17 e 30 de janeiro, houve 36.627 novos casos de Covid-19 e 265.994 desde o início da pandemia, segundo Repositório de dados COVID-19 pelo Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas (CSSE) da Universidade Johns Hopkins. O estado soma mais de 8 mil mortes. Em sintonia com essa calamidade pública, a Igreja Metodista lançou a Campanha SOS Manaus por meio da Pastoral Nacional de Direitos Humanos e da Missão Amazônia, que se uniram às mobilizações nacionais de solidariedade para com o povo de Manaus. O presidente da Região Missionária da Amazônia, Bispo Fábio Cosme da Silva, destacou a mobilização de várias pessoas que ajudaram. “Foram quase 4 toneladas de alimentos distribuídas para as famílias enlutadas, desempregadas, enfermas e desesperançadas nesta pandemia. Nossa Igreja Metodista no Norte do Brasil agradece a participação de todas as regiões eclesiásticas, a contribuição financeira e orações”, disse o bispo ao Expositor Cristão. As ações missionárias da campanha não pararam na arrecadação de alimentos. “Estamos providenciando a confecção de 500 kits: máscaras, luvas e fralda geriátrica para distribuir às famílias. Nossa necessidade no momento são fraldas geriátricas para socorrer aqueles e aquelas que estão no leito adoecidos/as. Louvo a Deus pelo exército de metodistas e de outras igrejas que estão nos ajudando. Continuamos na luta!”, destacou o Bispo Fábio.

4. Prestar conta e contatar os/as parceiros/as. O objetivo inicial é arrecadar doações para atender às seguintes necessidades: • 300 cestas básicas • 300 kits de higiene pessoal (sabonete / pasta / escova de dentes) • 500 kits de EPI para profissionais da área da saúde (capote / gorro/ máscara / luva) • 300 máscaras • 1.000 fraldas geriátricas (Tam. G) • 700 lanches (100 lanches por noite durante 1 semana) /// Saiba mais no link: http://bit.ly/sos-manaus

DOAÇÕES Banco Bradesco Agência 1294-7 Conta corrente 24.656-5 CNPJ: 03.978.252/0001-88 Associação da Igreja Metodista Região Missionária da Amazônia Local de coleta: R. Raimundo de Morais, 516 São Jorge, Manaus - AM CEP 69033-130 Dia e horário: Segunda-feira a partir das 8h30

CARTA DO BISPO FÁBIO COSME DA SILVA Quero compartilhar a atual situação da cidade de Manaus, capital do Amazonas. A segunda onda da Covid-19 tem sido devastadora. Colapso na área da saúde, hospitais lotados a ponto de recusarem atendimento, pois não há mais leitos disponíveis, nem enfermaria, nem de UTI na rede pública e privada, sendo realizadas atualmente transferências de pacientes para outros estados do país. No momento, vigora um decreto de lockdown, proibindo a circulação de pessoas na rua das 19 horas às 6 horas, com previsão de ser estendido por mais dias. Medida necessária para a tentativa do controle de infecções, entretanto, isso também agrava a situação econômica da capital, comprometendo o serviço de muitos comerciantes e autônomos. Com esta crise, muitas famílias têm passado por desafios, como a enfermidade, a falta de recursos financeiros e materiais, bem como a desolação emocional decorrente de todos esses fatores. Diante deste cenário, a Igreja Metodista se mobiliza para amparar famílias através da campanha SOS Manaus, que tem por objetivo angariar doações de recursos, alimentação, materiais hospitalares e de higiene pessoal, entre as demais urgências que surgem no momento. Pastores/as, membros da Igreja Metodista e demais voluntários/as já estão na atuação desta causa. Todos/as podem fazer parte dessa ação e milagre que está sendo gerado por Deus através de suas orações e apoio. Com fé e unindo as nossas forças, vamos vencer este mal em nome de Jesus. Em Cristo, Bispo Fabio Cosme da Silva Presidente da Região Missionária da Amazônia- REMA


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CAPA Fevereiro de 2021 | www.expositorcristao.com.br

Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para o meu caminho Cristãos/ãs superam obstáculos ao se ancorarem na Palavra de Deus

Pr. José Geraldo Magalhães

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uem nunca se viu em uma situação irreversível? Às vezes achamos que não terá mais saída e nos vemos como o povo hebreu, encurralado, sem ter para onde ir. Foi naquele momento histórico na vida do povo de Israel que Deus abriu o mar Vermelho. Um pouco antes, quando o povo reclamava com Moisés por tê-los tirado do Egito, Deus deu uma palavra para Moisés. “Por que clamas a mim? Diga ao povo que marchem!” (Ex 14.15). E assim foi feito. Marcharam e atravessaram o mar Vermelho para chegar a Canaã. Relatamos na última edição a experiência que vivenciei com minha família após ser infectado pelo vírus da Covid-19, mas encontramos forças ao ler o Salmo 91, principalmente quando repetimos o versículo na oração dizendo que praga alguma chegaria a nossa tenda. Superamos com fé em Deus. Outras pessoas passaram por experiências amargas quando pegaram Covid-19. Foi o caso de Telma Barbosa Rêgo, da cidade de Juiz de Fora/MG. Todas

as pessoas da casa dela – totalizando seis pessoas – pegaram o vírus. “Não dá para saber de onde ele vem, mas alguém de minha família pegou primeiro e deve ter passado para os/as demais. Após os sintomas, ficamos todos ruins, isolados e conversando quando dava apenas por telefone. Eu e minhas duas filhas precisamos nos internar. Sem ter contato uns com os outros depois de um tempo, vivenciamos um dos piores momentos em família”, disse Telma. Foi no Hospital da Santa Casa de Misericórdia que Telma recebeu a visita do Senhor após meditar na Palavra de Deus. “Eu estava internada já fazia quatro dias. Estava apenas com a máscara de oxigênio. Tiraram meu celular. Eu não sabia como minha família estava e acredito que eles também não sabiam como eu estava. Tinha levado minha Bíblia. Em uma das noites, com o pouco ar que

me restava, eu li calmamente a história que Jesus curou a filha de Jairo. Senti que Deus poderia curar também minha família, mesmo que eu não resistisse, mas que Ele a poupasse. Depois da leitura e meditação, dormi com a Bíblia sobre meu peito. Acordei com a enfermeira me dando medicação. Aquela noite foi diferente. Senti paz!”, finalizou. Telma ficou internada mais três dias no hospital depois dessa experiência. As duas filhas tiveram alta no dia seguinte ao que ela leu a história da cura da filha de Jairo. Os demais já estavam quase recuperados e não precisaram de internação.

O Deus do impossível

Experiências como a de Moisés diante do povo de Israel, narrada no início desta reportagem, aponta a importância de confiar na Palavra de Deus. Marlene dos Santos, da Igreja

Metodista em Belo Horizonte/ MG, conta a experiência dramática ao sofrer um acidente de carro. “Eu estava presa nas ferragens perdendo muito sangue. Pensava só nas minhas filhas e que as deixaria órfãs. Pedia a Deus que me poupasse da morte. A voz de Deus misturada com as vozes das outras pessoas que tentavam ajudar foi muito clara naquele dia. “Não temas, pois eu sou contigo”. Fiquei aguardando os bombeiros chegarem uma eternidade até eu desacordar. Acordei somente no hospital, um dia depois do acidente, já com a perna esquerda operada e cheia de parafusos. Só depois tive conhecimento de que os bombeiros levaram apenas dez minutos para chegar ao local do acidente”, disse Marlene. Esse tipo de experiência de confiar totalmente em Deus é o que alimenta a nossa fé. Não necessariamente em casos de desespero, mas na alegria, doença, tristeza e provação. Outro caso parecido foi o de Reinaldo Muchailh Junior em um acidente ocorrido em 2013. Numa devocional em família, a filha de 12 anos o questionou sobre a obediência de Jesus no Getsêmani e na cruz, pedindo que o Pai O poupasse daquele sofrimento. “Minha resposta não foi convincente o suficiente sobre a obediência de Jesus e o que somente Ele tinha de passar. Nessa mesma noite, uma boa parte dela, passei gemendo com terríveis dores, que pareciam em certos momentos que iriam me tirar a razão. Havia sofrido um acidente há quase dois anos e minha sobrevivência foi um milagre de Deus, mas quebrei a perna esquerda em diversos pedaços”, relatou Reinaldo. Não satisfeito com a resposta dada à filha, no dia seguinte, Reinaldo explicou melhor o enorme sofrimento de Jesus no Getsêmani. Uma pergunta


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CAPA

inquietante que surge. Por que Deus permite que soframos? O próprio Reinaldo contou a experiência dele porque ele também viveu essa angustiante pergunta que muitos/as não encontram a resposta. “Recebi um livro de um amigo e irmão na fé, a quem eu havia confidenciado não entender os motivos de Deus sobre meus terríveis dias posteriores ao acidente, quando clamava dia e noite pela sua resposta. Deus simplesmente ficou mudo, me deixou no deserto, sem resposta. Para amenizar, então, comecei a ler o livro que havia ganhado, Jó, um homem de tolerância heroica. E percorri 420 páginas de sofrimento!” Reinaldo prossegue com seu testemunho. “Jó, um homem íntegro diante de Deus, passou pelas piores provações imagináveis, pela permissão de Deus. Seus/as amigos/as duvidaram desta integridade e de sua inocência, acusando-o de ocultar algum pecado terrível, afirmando que a justiça divina simplesmente estava sendo feita na vida de Jó. Aliás, é bastante comum que aqueles/as que sofrem provações normalmente sofram também com o julgamento humano, que somente vê parte, mas não o todo da obra de Deus (Isaías 55.8-9). Ao final dessa história, vemos que Deus usou Jó para derrotar e humilhar satanás, para repreender seus/as amigos/as e para mostrar a Jó sua sabedoria e soberania sobre todas as coisas. Finalmente, Deus responde no tempo dEle, ensina e consola Jó após suas perdas, destruições, dores, sofrimentos, injustiças, humilhações e abandono. Jó então se arrepende de querer entender todos os propósitos de Deus, que novamente o abençoa grandemente, devolvendo-lhe tudo o que havia perdido em dobro e, de sobra, agregando-lhe ainda maturidade espiritual”, finalizou Reinaldo. As provações estão presentes

em nossa vida desde o início com Adão e seu filho homicida Caim. Não deve ter sido fácil para Adão e Eva saber que um de seus filhos matou o irmão Abel. A vida seguiu em frente e Deus tomando conta de seu povo. Tiago nos afirma: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.” (Tiago 1.2-4). E como recompensa, ganhamos maturidade no caráter cristão (Romanos 5.3), que pode resultar na coroa da vida, se formos aprovados (Tiago 1.12). E mais, a maturidade nos proporciona sermos frutíferos, se ligados à videira que é Jesus (João 15.5).

Palavra que transforma

Winston Ramalho é um arquiteto que lecionou nas disciplinas de Projeto no Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR por 30 anos. Ele conta que ensinou mais de mil alunos/as durante a carreira acadêmica. Desde a adolescência, Winston sentia no coração a necessidade de Deus, e ao longo de todos esses anos buscava-O – às vezes por períodos contínuos, em outras fases, segundo ele mesmo conta, “quase esquecendo-me de que Ele existia. Transitei pelo catolicismo, espiritismo, controle mental, budismo e ioga, sempre insatisfeito, lendo muito, praticando, até que o conhecimento adquirido me demonstrava que aquilo não era para mim. Prosseguia então na minha procura, até que um dia, timidamente, com um pouco de desconfiança, decidi conhecer consistentemente a Palavra de Deus”, disse. Foi, então, que as dúvidas definitivamente se dissiparam. “Finalmente tinha encontrado

a verdade, e a verdade me libertou de toda a angústia produzida pela busca infrutífera, pelas falsas doutrinas, pelos desapontamentos causados por falsos mestres, por mentirosos aproveitadores. Pude então ser envolvido, permeado pela maravilhosa bênção prometida por Jesus em João 8.32: ‘… e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’”. A conversão é um primeiro passo, seja em uma Igreja evangélica, cristã ou não, mas o ato de convergir significa mudar de direção. Às vezes é preciso mudar de direção para encontrar Deus. A própria Bíblia diz que aqueles que O buscam o acharão (Pv 8.17).

Provisão divina

O Salmo 37.5 diz: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle, e o mais Ele fará”. Se seguirmos a sequência dos verbos temos: entrega, confia e Deus vai fazer. Creio dessa forma. Quando entregamos nossa vida para Deus por completo, Ele não nos desamparará; pelo contrário, sempre virá com a sua provisão divina. O Rev. Lúcio Pinheiro estava prestes a viver uma grande experiência. Faltava menos de uma semana para a data marcada de um grande evento. Eram oito anos de sucesso daqueles que vieram antes dele; segundo ele mesmo contou, era a hora de ele mostrar que também tinha talento e capacidade para fazer um programa tão bom quanto o que sempre havia sido feito. Quase tudo planejado e pensado com antecedência, mas faltava o principal: o preletor, que ficaria ali na missão por cinco dias junto com mais de 100 crianças, entregando a mensagem do Evangelho de Jesus. “Já havia esgotado toda a minha lista de contatos sem conseguir ninguém, por isso estava muito ansioso e não podia compartilhar com a direção da en-

tidade a minha intranquilidade, porque eles esperavam justamente que eu resolvesse esse problema. E os dias iam passando, e meu tempo se exaurindo”, relatou o Pastor Lúcio. Ele lembra cada detalhe. “Era a noite anterior à apresentação do trabalho para a direção, e eu não tinha ninguém – e sozinho no meu quarto, com todas as minhas forças, em verdade e espírito, entreguei a situação totalmente nas mãos de Deus. Orei, e naquela hora senti a presença do Senhor me dando paz de espírito, então li a Bíblia, orei novamente e me permiti por alguns minutos ouvir a voz do Senhor dentro do meu coração. Foi nesse momento que O ouvi dizendo que estava tudo resolvido, que no dia seguinte Ele abriria as portas e mostraria quem seria a pessoa responsável por trazer a Sua mensagem àquelas crianças”. O pastor descansou tranquilamente e acordou no dia seguinte “procurando” a tal pessoa, tentando imaginar a forma como Deus iria apresentá-lo antes da reunião. “Fui para o local do encontro meio desanimado, porque já haviam passado algumas horas daquela manhã, e nada tinha acontecido. Encontrei com as pessoas da organização e, “no último minuto do segundo tempo”, pouco antes de ser dado o início da reunião, a campainha toca. Vemos pela janela um Fiat Uno branco, com duas pessoas dentro. Não precisei de um minuto na presença deles para perceber que Deus havia mandado aquele casal bater à minha porta. Ele era o tão esperado preletor, e ambos iriam trabalhar conosco por uma semana como voluntários, atendendo de forma missional aquelas crianças”, finalizou o pastor. Diante de nossas provações diárias, ao passar por esta vida terrena na procura do consolo divino que nos trará maturidade cristã, com fé, podemos afirmar, assim como o apóstolo em Romanos 8.18: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”.

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BÍBLIA Fevereiro de 2021 | www.expositorcristao.com.br

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Evangelho ou Evangelhos, eis a questão!

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uando abrimos as páginas do Novo Testamento, os primeiros escritos aos quais nos deparamos são os Evangelhos. Esses se apresentam em número de quatro: Mateus, Marcos, Lucas e João. Eles indicam como as primeiras comunidades cristãs reconheceram e/ ou perceberam Jesus Cristo de Nazaré, seus feitos, sua vida e ministério. Temos o número de quatro evangelhos, o qual nos mostra a pluralidade presente em tudo que é novo, portanto, quatro comunidades que observam e que depois relatam fatos sobre a vida do Salvador. Ao lermos os Evangelhos, percebemos que há histórias que se repetem em alguns deles (Marcos, Lucas e Mateus), outras histórias só aparecem em um Evangelho apenas. Por exemplo, em Mateus e Lucas vemos as histórias da infância de Jesus, por isso esses podem ser chamados de Evangelhos da Infância. O Evangelho de Marcos, que foi o primeiro a ser escrito,

serviu de modelo para Mateus e Lucas, por isso a estrutura principal deles é tão parecida. Mas isso não desfez a característica peculiar de cada um deles nem as suas ênfases. E essa é uma das coisas mais belas na Palavra de Deus, na qual Paulo cita como “a multiforme Graça de Deus”. Em linhas gerais, podemos dizer que Mateus é um Evangelho Judaico Cristão em que, provavelmente, seu público era composto em sua maioria de judeus, pois em seus escritos a Lei e tantas outras questões são colocadas sem explicação prévia. Tal fato subentende que a leitura que está sendo realizada é compreendida por todos/as. Dizemos leitura, pois os textos eram lidos nos encontros das comunidades, uma vez que naquele tempo a maioria das pessoas não sabia ler, por conta do que chamamos de oralidade. Tudo era passado de “boca a boca”, a palavra tinha um peso de extrema importância. Sabe aquele tempo que a palavra de

alguém valia ouro? Aquele tempo em que você poderia confiar quando alguém lhe dava a palavra sobre algum tema/assunto? Então, nos tempos bíblicos do Novo Testamento, a palavra falada era primordial, mas havia registros escritos também; os quais eram copiados e enviados para as outras comunidades. Sabe o que isso demonstra? Dois fatos importantes: 1. que os/as cristãos/ãs entendiam que aquela orientação era tão importante, que todos/as os/as demais deveriam ter acesso. Daí juntavam dinheiro e pagavam a um escriba para que o texto fosse copiado. Essa cópia era enviada para outras comunidades. Essa ação dispendia bastante dinheiro, e as comunidades cristãs eram constituídas em sua grande maioria de pessoas simples. Carinho e zelo pela Palavra estavam presentes entre os/ as nossos/as irmãos/as;

2. que o estar juntos/as era de extrema importância, uma vez que a leitura era realizada quando a comunidade se reunia. Por isso “a fé vem pelo ouvir, e o ouvir a Palavra de Deus”. Então temos Marcos, que, como tal, foi aquele que ditou a forma do Evangelho, isto é, deu tom a essa forma literária. Naquela época, o Evanggelion se referia às notícias sobre o Imperador, sua família e suas conquistas. A partir de Marcos esse gênero literário passa a se referir à proclamação de Jesus como Senhor! Jesus é aquele que tem todo o poder, e não o Império Romano instituído. Quando passamos para Lucas, o qual foi escrito junto com Atos (Lucas-Atos), percebemos um grande desafio em seus escritos: o acolhimento ao/a estrangeiro/a, aquele/a que é diferente. Uma vez que a mensagem de salvação é universal, como vivenciar a fé com povos

e pessoas que pensam diferente de nós? Uma comunidade estabelecida em Antioquia, tal como a comunidade Lucana, vivia as tensões das fronteiras estabelecidas. Fronteiras essas derrubadas pelo poder do Espírito, que podemos perceber em Atos dos Apóstolos. Ou diríamos Atos do Espírito? Por isso, para entendermos melhor a mensagem do Evangelho de Lucas, é preciso ler o texto de Atos também! E, por fim, encontramos o Evangelho de João. Um evangelho bem diferente dos três primeiros. Mateus, Marcos e Lucas são chamados de sinóticos, dada a sua semelhança. João não entra nessa classificação, pois tem sua organização muito diferente daqueles. Nesse Evangelho a ênfase no Jesus encarnado é repetida várias vezes por meio de declarações de fé, tal como a tão conhecida passagem de João 3.16. A encarnação de Jesus é de extrema importância, pois é graças a ela que temos a certeza de nossa salvação por meio do sacrifício feito na cruz. Sem isso, não haveria sacrifício nem salvação eterna. Esses fatos estavam sendo contestados por pessoas da comunidade joanina. Os Evangelhos constituem-se em escritos riquíssimos, repletos de milagres e ensinamentos que alicerçam a nossa fé, nos apresentam Jesus, nosso Salvador, em meio a tantas situações desafiadoras e inusitadas. Seu amor, Seu acolhimento, Sua justiça são exemplos a serem seguidos por todos/as nós em todos os tempos e momentos da vida. Evangelho ou Evangelhos? Evangelhos! Pluralidade, multiforme Graça, percepções variadas as quais ampliam a fé e nos fazem querer conhecer ainda mais Aquele que deu a vida por nós. Danielle Lucy Bosio Frederico Pastora metodista na Terceira Região Eclesiástica e Dra. com especialização em Novo Testamento na Fateo Bibliografia Consultada: BROWN, Raymond Edward. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Edições Paulinas. 2004. BROWN. Raymond Edward. A comunidade do discípulo amado. São Paulo: Editora Paulus. 2006. KOSTER, Helmut. Introdução ao Novo Testamento. História, cultura e religião do período helenístico. São Paulo: Paulus, 2005, v. 1: História e literatura do cristianismo primitivo; v, 2. História e literatura do cristianismo primitivo. SALDARINI, Anthony J. A comunidade judaico-cristã de Mateus. Tradução de Bárbara Theoto Lambert. São Paulo, SP: Paulinas, 2000. VIELHAUER, Philipp. História da literatura cristã primitiva: introdução ao Novo Testamento, aos apócrifos e aos pais apostólicos. Santo André: Academia Crista, 2012.


BÍBLIA

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A Profecia é o centro pulsante da Bíblia uma reflexão ética e relevante para a vida. O elemento ético é, portanto, uma das características mais marcantes da profecia bíblica em seu contexto original. As ênfases dadas ao resgate da justiça, do direito e do bem-estar social e as críticas aos abusos cometidos por reis, senhores de terras e setores da própria comunidade fazem da profecia o centro motivador da ação divina em toda a Bíblia. A natureza salvadora de Deus, seu amor pelo ser humano e sua constante tentativa de se relacionar com a humanidade estão presentes de forma bastante explícita na atuação profética. A propósito, quando observamos o texto bíblico, percebemos claramente a centralidade da profecia até mesmo na composição e ordenação dos textos. O

No Primeiro Testamento, o que define um profeta é a posse e a entrega da palavra divina, ou seja, é a pessoa que, em contato com o divino, torna-se um intermediário para com a humanidade, transmitindo a mensagem de uma entidade sobrenatural

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termo profecia e seus derivados “profeta, profético ou profetismo” são utilizados no contexto da teologia e na religião como uma metáfora. A expressão “profecia” pode representar tanto uma percepção crítica da realidade social e política de um povo, em que o profeta ou a profecia tornam-se vozes dissidentes contra as mazelas sociais, quanto pode ser entendido como um movimento de êxtase, muito voltado para os acontecimentos sobrenaturais, com previsões sobre o futuro e pregações com caráter marcadamente escatológico. No Primeiro Testamento, o que define um profeta é a posse e a entrega da palavra divina, ou seja, é a pessoa que, em contato com o divino, torna-se um intermediário para com a humanidade, transmitindo a mensagem de uma entidade sobrenatural. O profeta é aquele que, munido de uma espécie de inteligência crítica, ouve a palavra de Javé e a entrega ao povo com a finalidade de promover orientação e adesão deste povo ao compromisso com

Cânon1 da Bíblia Hebraica, por exemplo, conhecido também pela comunidade judaica como tanak, é formado por três seções: • Torá • Neviim • Ketuvim

Esses blocos referem-se respectivamente ao conjunto de livros sagrados que formam a Bíblia Hebraica. A Torá, que também pode ser traduzida como lei ou instrução, é formada pelos cinco primeiros livros, 1 A Bíblia Hebraica é o texto original de onde se traduziu o Antigo Testamento na língua portuguesa. Os livros são os mesmos, há, porém, uma pequena diferença na ordem em que esses livros são expostos. Para uma melhor compreensão dos termos: cânon bíblico, Septuaginta e Bíblia Hebraica, leia o artigo publicado no Expositor Cristão em dezembro de 2019 com o título: Conhecendo a Bíblia. Disponível em: https://issuu. com/expositorcristao/docs/ec_dez-2019.

conhecidos como Pentateuco. Os Neviim são formados pelos profetas: Josué, juízes, Samuel e Reis (anteriores); Isaías, Jeremias e Ezequiel (posteriores) e os doze menores. Os Ketuvim formam o conjunto dos escritos que, começando em Salmos e finalizando em crônicas, completam o conjunto de textos de sabedoria. O cânon do Antigo Testamento está, portanto, dividido nestes três conjuntos: Instrução, Profecia e Sabedoria. A profecia é a maior parte, está no centro e torna-se o fio condutor da interpretação da palavra de Deus no Antigo Testamento. O movimento profético surge com maior intensidade no auge da monarquia, tornando-se uma resposta significativa às estruturas políticas, econômicas e religiosas desse período. É por isso que a maior atuação e

função dos profetas está na sua capacidade de interpretar a realidade sob a lógica da palavra de Javé, usando a instrução e a sabedoria como alicerces para o desenvolvimento da justiça e do direito como pilares de sustentação de uma sociedade. Essa dimensão profética e inquietante das escrituras é, portanto, o centro pulsante de toda a Bíblia. É o coração vibrante que pulsa para a vida e que, por se conectar com a vontade criadora e libertadora de Javé, anima a Igreja e o povo de Deus hoje. Jovanir Lage Pastor na Igreja Metodista Eldorado, Contagem/MG, Diretor do Instituto Teológico João Ramos Júnior e professor de Hebraico e Antigo Testamento no Curso de Teologia do Instituto Metodista Izabela Hendrix. Referências: Bíblia Almeida Revista e Atualizada no Brasil, 2ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009. ELLIGER, Karl; RUDOLPH, Wilhelm; NESTLEALAND (editores). Biblia Hebraica Stuttgartensia. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1997. FRANCISCO, Edson de Faria. Manual da Bíblia Hebraica: Introdução ao Texto Massorético - Guia Introdutório para a Bíblia Hebraica Stuttgartensia. 3ª edição revisada e ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2008. LAGE, Jovanir. Conhecendo a Bíblia: origem, formação canônica e sua revelação para a vida. São Paulo: Expositor Cristão, ano 133, nº 12, p. 8-9, dezembro de 2019. Disponível em: https:// issuu.com/expositorcristao/docs/ec_dez-2019.


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MEMORIAL Fevereiro de 2021 | www.expositorcristao.com.br

MEMORIAL METODISTA

Ofício da Conexão Wesleyana de Santidade ao Ministro Eduardo Pazuello Ministro da Saúde General Eduardo Pazuello

COMUNICADO DE FALECIMENTOS PUBLICADOS NOS SITES REGIONAIS 4ª Região Eclesiástica

6ª Região Eclesiástica

Faleceu em Juiz de Fora/MG, no dia 27 de janeiro, Abias Ramos. Ele era irmão de Abner, Aser, Rosinha e outros. Teve parada respiratória e insuficiência renal, foi internado, mas não resistiu. Por causa da covid não houve velório e só dez pessoas foram autorizadas a comparecer ao sepultamento. Abias Ramos Rev. João Ramos Jr.

Com pesar comunicamos o falecimento do Pastor Uzier Franco do Paraizo, ocorrido no início da noite do dia 7 de janeiro, em Goioerê/PR. Ele estava internado com o coração fraco e sofreu uma queda, sendo transferido para a UTI, onde veio a falecer. Seu corpo foi transladado para Curitiba, onde foi sepultado no Jardim da Saudade, na Rua João Betega, 999 (Curitiba/PR), no dia 8. Aos/às familiares, igreja e amigos os nossos sentimentos de solidariedade e orações, para que Deus conforte a todos/as com suas bênçãos.

5ª Região Eclesiástica Com pesar, comunicamos o falecimento do Rev. José Olímpio da Silva. Ele foi pastor em diversas igrejas da nossa 5ª RE (Presidente Epitácio/SP, Peixoto de Azevedo e Guaratan do Norte/MT, Porto Nacional, Ponte Alta e Cabeceira Alegre Dourados/MS). Atualmente, estava pastoreando na 8ª RE. Conhecido por sua alegria e disposição em servir ao Reino com muito zelo e amor. Ele deixa a esposa, Edná Moreira, e o filho, Raniere Moreira. Com pesar, comunicamos o falecimento da Pastora Izildinha Ap. de Andrade Miranda, no dia 19 de janeiro de 2021. Ela estava pastoreando a Igreja Metodista em Nova Alexandria no distrito de Marília/SP sob a superintendência do Rev. Luciano Martins. “A Izildinha sempre foi uma pessoa admirável em muitos aspectos: Mulher de fé, conselheira, intercessora, meiga… são muitos os adjetivos desta preciosa amiga! Nossa querida vive no Senhor!”, disse o Pastor Luciano Martins. O sepultamento foi em Lençóis Paulista/SP e pelos protocolos devido à pandemia não houve velório. Pastora Izildinha deixa o esposo, Rubens Barbosa Miranda, e os filhos, Fernando, Mirian e Alexandre. Oremos para que o Nosso Deus console a família enlutada e toda a família de fé.

Faleceu, no dia 6 de janeiro, o Rev. Samuel de Souza, 93, um dos pioneiros no pastoreio da Igreja Metodista na 6ª RE. A seu respeito o Rev. Acidy Martins de Castro assim se manifestou: "Foi meu companheiro de jornada por este Paraná e Santa Catarina. Ele e eu estávamos no CR da 5ª Região, quando o Bispo Wilbur Smith fez o apelo para ser missionário na recém-criada 6ª Região. Nós nos prontificamos. Bem ou mal lutamos por firmar uma Região promissora". Devido ao protocolo relacionado à pandemia que estamos vivendo, não haverá cerimônia fúnebre. Apenas um momento íntimo, on-line, reservado para a família. Ao filho, Rev. Luiz Wesley, e às filhas, Lea, Leila e Leda, assim como aos/às demais familiares, nossos sentimentos e orações.

/// Não encontramos notas de falecimento nos outros sites regionais.

Senhor Ministro, Dirigimo-nos a Vossa Excelência, enquanto Igrejas Metodistas e Wesleyanas que nasceram sob a inspiração do Reverendo John Wesley, fundador do metodismo, no século dezoito na Inglaterra. O movimento metodista está presente ao redor do mundo em mais de cem países somando mais de oitenta milhões de seguidores e seguidoras. No Brasil, há mais de cento e cinquenta anos tendo como única finalidade o anúncio integral do Evangelho de Jesus Cristo tendo como eixos fundamentais a evangelização, a educação e a promoção da dignidade da vida, por meio de uma cidadania responsável e comprometida com a totalidade da vida e com ação social. Nesse sentido, o fundador do metodismo, à luz dos esteios do Evangelho de Jesus Cristo, enfatiza que a prática do evangelho envolve compromisso junto ao povo marginalizado e, consequentemente, no exercício da justiça, da misericórdia, da compaixão e da solidariedade e “creem que tornar o cristianismo individualista é, na verdade, destruí-lo”. Respeitosamente, expressamos e solicitamos: • Temos acompanhado, com extrema expectativa, o cenário mundial e brasileiro em decorrência dos grandes desastres advindos do novo coronavírus (COVID-19). Como pastores, pastoras e líderes, temos presenciado com extrema tristeza os avanços desse vírus na vida de milhões de pessoas e com um número de óbitos alarmante batendo à porta das nossas famílias diariamente. • Nos últimos dias recebemos a alvissareira notícia da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): o uso emergencial das vacinas, bem como o lançamento da Campanha Nacional de Vacinação (COVID-19). Com absoluta certeza, a chegada da vacina traz um grande alento de esperança para a população brasileira. Como cristãos e cristãs metodistas e wesleyanos, reconhecemos o dom da ciência para a cura dos povos. Por isso, damos graças a Deus pela inteligência humana a serviço da vida. Como parte da nossa tarefa pastoral e educativa, envidaremos todos os esforços possíveis para conscientizarmos o nosso grande rebanho da importância da vacina como um bem pessoal e social. • Entendemos, Senhor Ministro da Saúde, que será imprescindível que o “Programa Nacional de Imunização” seja para toda a população brasileira e, igualmente, gratuito e desenvolvido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ou seja, que não seja permitida a comercialização da vacina para benefícios de uns em detrimento de outros. Dessa forma, solicitamos a Vossa Excelência envidar todos os esforços necessários a fim de que, concomitantemente, desenvolvamos uma Campanha Nacional de conscientização sobre a importância e segurança da vacina, valendo-se de todos os meios de comunicação. Conte com nosso apoio neste sentido. Oramos em favor de todas as autoridades governamentais para que sejam bem-sucedidas no combate à pandemia e na promoção da justiça e da paz do povo brasileiro, em especial, os/as pobres e necessitados/as. Com gratidão


INTERNACIONAL

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arolyn Lawrence, vice-presidente da Conferência Metodista Unida, 2020-21, visitou a Igreja Metodista no Brasil no início de 2020. Em uma série de reflexões, Carolyn compartilha alguns de seus aprendizados com a visita. O shopping poderia estar em qualquer lugar do mundo! Não é o tipo de local que eu normalmente esperaria participar da adoração, a menos que fosse no ídolo do consumismo! Em nosso caminho para o culto da igreja, passamos pela praça de alimentação, onde centenas de famílias aproveitavam o passeio de domingo à tarde. Dentro desse shopping, em um pequeno teatro, o Pastor Max Maia e a Pastora Jessica Maia plantaram uma congregação metodista com apenas 6 pessoas, e um ano depois a igreja tinha cerca de 50 pessoas de todas as idades participando do culto. A congregação é uma mistura de novos/as cristãos/ ãs e algumas pessoas de outras igrejas e continua a crescer constantemente. Essa igreja dá ênfase a toda a família e anuncia eventos e serviços nas redes sociais. É um exemplo incrível de novas igrejas em novos lugares e de levar a igreja para onde as pessoas estão. O Bispo Fabio Cosme supervisiona a plantação de igrejas na região da Amazônia, e à luz da minha visita à “Igreja no Shopping”, perguntei-lhe o que ele diria às pessoas no Reino Unido que desejam fazer crescer suas igrejas. Quais são, em sua opinião, as chaves para o crescimento? O Bispo Fabio acredita que uma das principais estratégias para o crescimento da igreja é se firmar na palavra de Deus – os/as líderes precisam encher o coração e a mente com a palavra de Deus e voltar a acreditar no poder da Bíblia. Ele disse que teologia e crença são duas coisas

diferentes e acredita que toda a Igreja precisa ler a Bíblia inteira com os olhos da fé. Em relação à Igreja no Shopping, ele também explicou que o Pastor Max e a Pastora Jéssica estão constantemente presentes liderando o culto todas as semanas. Mesmo quando estão em uma missão de barco, um ou outro está sempre de volta para o domingo. O bispo acredita que essa continuidade na pregação e na pastoral é vital para o crescimento. Ele usou a ilustração de pastores/as que vivem com as ovelhas e com o tempo começaram a cheirar como elas! Acredita que os/as pastores/as precisam sentir o cheiro das ovelhas para se aproximar deles/as e isso é conseguido por um contato pastoral próximo e uma liderança consistente na adoração. Ele explicou ainda que no Brasil é normal que os casais trabalhem juntos na liderança e acredita que há uma força nessa forma de atuar. Uma chave para o crescimento é a oração, e na Igreja Metodista Brasileira a oração é a base de tudo o que é feito. Ele nos contou a história de líderes de igrejas vazias entrando em seus prédios para orar e ungir os assentos vazios, profetizando que um dia estariam ocupados. Outras chaves para o crescimento citadas pelo Bispo Fábio foram a ênfase em toda a família, o uso de grupos de células para o cuidado pastoral, discipulado e evangelismo, o uso da mídia social para alcançar as pessoas de novas maneiras, a importância de 1-1 mentoria e discipulado, visitação domiciliar e aproveitamento de alimentos em toda e qualquer oportunidade! O Bispo Fábio acredita que é crucial para as comunidades encontrarem o que atrairá as pessoas a Jesus em sua cultura – o que funciona em um país, cidade ou vila não funciona ne-

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Vice-presidente da Conferência Metodista depara-se com Igreja em Shopping

Pastores Max e Jessica Maia.

cessariamente em outro lugar. Ele deu um exemplo de que no Brasil todo mundo conhece o café, pois é uma grande parte da sua cultura. Ninguém se surpreende se as pessoas falam sobre café. Da mesma forma, no Brasil, com sua longa herança cristã, ninguém se surpreende se você falar de Jesus. Porém, se houver um café que seja realmente bom e as pessoas expe-

CAROLYN LAWRENCE CONHECE PROJETO SOMBRA E ÁGUA FRESCA NO BRASIL À medida que mais e mais famílias de comunidades rurais migram para as cidades, os problemas sociais de milhões de famílias no Brasil aumentam. Como muitos pais trabalham longas horas para sustentar a família, as crianças muitas vezes são deixadas sozinhas em casa, podendo se tornar vulneráveis à exploração e ao abuso e ainda ser levadas à vida de crime, drogas e prostituição. Diante dessa grande crise social, a Igreja Metodista no Brasil criou o projeto “Sombra e Água Fresca” com o propósito de desenvolver atividades para crianças como alternativa à perambulação nas ruas. Nas igrejas em todo o país, atividades supervisionadas são fornecidas para crianças e jovens, ajudando-os/as a se tornarem cidadãos/ãs saudáveis no contexto dos valores cristãos. O projeto oferece aos/às jovens um lugar seguro onde podem se desenvolver socialmente e fisicamente. O nome “Shade and Fresh Water” surgiu do desejo de fornecer verdadeiros sinais do amor de Deus e é baseado em uma expressão popular brasileira. A sombra representa encontrar um lugar de proteção e a água fresca mata nossa sede. Em termos bíblicos, isso é facilmente entendido pelas comunidades como uma demonstração da proteção e do cuidado de Deus, além da imagem da água Fresca como purificação, transformação e renovação de Deus. Conheci a Pastora Fátima, que chegou como líder à Igreja Multirão apenas duas semanas antes de nós chegarmos. Sua igreja está situada em uma

rimentarem isso, elas compartilharão essa notícia com outras pessoas. Da mesma forma, as pessoas no Brasil precisam experimentar Jesus e ouvir testemunhos sobre como Jesus mudou vidas. Por fim, o bispo nos lembrou que o crescimento não é instantâneo, mas um processo, e que a Igreja no Brasil aprendeu sua estratégia de crescimento com Jesus – viver uma vida de intimidade com Deus e permitir que o amor de Deus alcance os/ as outros/as na construção de relacionamentos. Temos muito a aprender com nossos irmãos e irmãs no Brasil à medida que buscamos crescimento em nossas próprias igrejas no Reino Unido. /// Mais detalhes em http://bit.ly/ brasil-igreja-shopping Carolyn Lawrence Vice-presidente da Conferência Metodista, 2020-21

comunidade que luta economicamente e enfrenta desafios como abuso de drogas, desestruturação familiar e gravidez na adolescência. A igreja está tentando resolver alguns desses problemas por meio de seu projeto local “Sombra e Água Fresca”. Michelle, a líder do projeto, explicou que a proposta é tirar crianças de situações difíceis em casa e resgatá-las da exploração sexual. Trabalhando com crianças de até 17 anos, três vezes por semana, eles/as usam música e arte, mas também aconselham os/as jovens sobre drogas e questões de saúde, ensinando-os/as sobre o amor de Jesus. Aqui há cerca de 20 adolescentes e 30 crianças inscritos/as, mas às vezes pode haver até 70 ou 80 jovens comparecendo às sessões. Michelle me contou a história de uma criança que entrou no projeto há quatro anos sob influência de drogas e por meio do projeto parou de usar drogas e ainda trouxe seus três irmãos. Nenhuma das crianças sabia ler, então o projeto também as ajudou a aprender. Também conheci Sara, 14, e Leo, 10, que ajudam no projeto usando seus instrumentos musicais. As crianças são ensinadas a tocar instrumentos como parte das sessões e, então, gradualmente se tornam parte da banda de adoração nos serviços da igreja. Em todo o país, voluntários/as metodistas alcançam milhares de crianças que, de outra forma, estariam sozinhas. É uma iniciativa notável, mostrando o amor de Deus de maneira prática às crianças necessitadas. Mais detalhes no link abaixo! http://bit.ly/saf-brasil


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MÍDIA Fevereiro de 2021 | www.expositorcristao.com.br

CONHEÇA O GRUPO GESTOR DA REDE METODISTA DE EDUCAÇÃO

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GIRO DE

NOTÍCIAS

O QUE FOI DESTAQUE NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO

Expositor Cristão

O Cogeime – Instituto Metodista de Serviços Educacionais, responsável pela gestão das unidades da Educação Metodista do Brasil, comunica que, a partir de hoje, 26 de novembro de 2020, inicia-se o trabalho de um novo Grupo Gestor, composto pelas seguintes áreas:

NOTA CE O Colégio Episcopal, sem entrar na discussão do mérito das questões levantadas em relação ao pedido de impeachment do Presidente Jair Bolsonaro, esclarece que a Igreja Metodista não é oficialmente signatária desse pedido, protocolado junto à Câmara de Deputados por segmentos cristãos. As assinaturas de irmãos e irmãs metodistas – quer sejam clérigos/as, leigos/as – no referido pedido manifestam, legitimamente, a sua liberdade de pensamento e de expressão política como cidadãos e cidadãs deste país, não expressando, necessariamente, a posição da Igreja.

DIREÇÃO-GERAL: Dr. Ismael Forte Valentin - Doutor em Educação pela Universidade Me-todista de Piracicaba – UNIMEP FILOSOFIA E MISSÃO: Dr. Paulo Roberto Garcia - Mestre e doutor em Ciências da Religião pela mesma Universidade e graduado em Teologia pela Universidade Metodista de São Paulo. COORDENADORIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO: Dra. Adriana Barroso de Azevedo - Pós-doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e doutora em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo.

CGCJ A Comissão Geral de Constituição e Justiça emitiu algumas decisões no mês de janeiro. Você pode conferir todas as decisões publicadas na página oficial da CGCJ ou na home em nosso site www.expositorcristao.com.br.

SOS MANAUS: A Pastoral Nacional de Direitos Humanos e a Missão Amazônia se unem às mobilizações nacionais de solidariedade para com o povo de Manaus. O sistema de saúde do estado do Amazonas enfrenta colapso e falta de oxigênio em alguns hospitais. Para auxiliar a população, metodistas e outras denominações se mobilizam em diferentes frentes. EM ORAÇÃO: Com o objetivo de mobilizar pessoas a orar semanalmente e diariamente pelos propósitos selecionados pela área nacional da Igreja Metodista, convidamos você a participar da campanha EM ORAÇÃO. O versículo que conduz a campanha lembra a importância da oração para fazer qualquer coisa: … porque sem mim nada podeis fazer (João 15.5b).

Compõem a Coordenaria Nacional de Educação os segmentos: © DIVULGAÇÃO

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RÁPIDAS

CAMPANHA NACIONAL A Igreja Metodista lançou no dia 21 de janeiro a campanha "Metodistas pela Vacina", uma mobilização que permite aos/às metodistas de todo o país compartilharem as suas fotos se vacinando contra o coronavírus. A campanha está relacionada ao tema do ano da Igreja.

Somos uma comunidade realmente saudável quando aprendemos a chorar juntos e juntas. Quando encaramos a perda e a dor como parte indispensável de nossa existência BISPA HIDEIDE BRITO TORRES

MAIS LIDAS

AS MATÉRIAS MAIS ACESSADAS NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO

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EC DE JANEIRO: Em 2021, o tema da Igreja Metodista é Discípulas e discípulos nos caminhos da missão anunciam as boas notícias da graça, fechando assim o quinquênio definido no último Concílio Geral, realizado em 2016. Anunciar a graça de Deus não é só um mandamento, é mais que isso, é uma dádiva de Deus, conforme encontramos no texto de Isaías 52.7. Anunciar as boas-novas tem a ver com o viver debaixo da graça de Deus.

JORNAL ITO O MELHOR CRISTÃO, ELE EXPOSITOR

TÉ 2019 MIADO NA ARE BRASIL E PRE CRISTÃO DO

PENTECOSTES ita Distribuição Gratu

| Janeiro de Igreja Metodista Jornal Oficial da

2021 | ano 135

! FIQUE EM CASA

| nº 1

A SUA GRATÇ ME BAS A!

As instituições bíblicas, sejam elas religiosas, instruções legais ou celebrações festivas, possuem uma origem, bem como uma razão de ser. Pesquisadores/as denominam esse fenômeno de etiologia, isto é, o estudo das causas. Particularmente, dedicaremos alguns momentos para pesquisar uma das celebrações mais comentadas, mas pouco estudadas pela Igreja Cristã: o Pentecostes.

• Ensino Presencial e Pós-graduação: Dra. Adriana Barroso de Azevedo. • EAD: Dr. Luciano Sathler Reitor do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Membro do Comitê de Qualidade e do Comitê de Educação Básica da Associação Brasileira de Educação a Distância – ABED. • Educação Básica: Me. Miriam Rezende Mendes - Mestra pela Universidade Metodista de São Paulo. Especialista (lato sensu) em Educação Infantil e Arte-Educação Infantil (UFJF e CES-JF). • Relações Institucionais: Me. Vera Maciel - Mestra em Teologia pela Escola Superior de Teologia e graduada em Terapia Ocupacional pelo Centro Universitário Metodista IPA. • Administrativo-financeiro: Me. Maurício Fontoura Trindade - Mestre em Controladoria pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, com MBA em Marketing pela Universidade Metodista de São Paulo. • CONAPEU: Coordenador Rev. Antônio Augusto de Souza - A Coordenação Nacional das Pastorais Escolares e Universitárias (CONAPEU) acompanhará pastoralmente a condução dos trabalhos. Acesse e veja a qualificação completa do novo Conselho Gestor. http://bit.ly/conselho-gestor

ça Viver sob a gra Página 8

de Deus!


CRIANÇA Fevereiro de 2021 | www.expositorcristao.com.br

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Como contar para uma criança que ela perdeu alguém?

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m assunto delicado, mas necessário, que pede muito amor. Cada criança compreende de uma forma, mas precisamos falar, lembrar que terminou a missão da pessoa aqui na terra, que a separação dói. Podemos sempre lembrar as coisas boas que fizemos juntos e até mesmo usar os exemplos bons dessa pessoa. Tente ser direto/a, sem contar histórias, como a pessoa está dormindo, fez uma viagem, pois isso irá confundir a compreensão da criança. Não é nada legal falar para a criança que a pessoa virou uma estrela ou foi fazer uma viagem, pois já houve relatos de crianças que tentaram voar para virar uma estrela e acabaram se ferindo ou foram embora para buscar a pessoa que morreu e se perderam. É necessário dar um fechamento, a criança precisa entender que não vai mais ver a pessoa, que isso é triste, mas faz parte da vida.

Adultos/as e crianças têm sua própria maneira de reagir. As crianças terão o momento de luto, tristeza, choro, irritação, falta de apetite ou contrário, interação social afetada e outros comportamentos ou emoções. Não esconda sua tristeza, e se a criança perguntar por que está chorando, diga que sente saudades também. Precisamos ajudar a criança a passar pelo luto, por isso precisamos deixar o carinho e o amor abertos, por meio da compreensão, de colo, de abraço, de aconchego e da escuta. Não deixe de passar tempo de qualidade com ela, pois tanto ela como você precisarão. O luto vai ser vivido, a dor vai passar, mas cada um/a tem seu tempo, e se precisar peça ajuda de um/a pastor/a, um/a psicólogo/a. /// Equipe DNTC

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