Vozdaigreja junho2014

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Junho de 2014 Dom Moacyr José Vitti, CSS Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba E-mail: secretaria.arcebispado@yahoo.com.br

Voz do Pastor

Domingo de Pentecostes Aos seus discípulos Jesus havia prometido que não os deixaria sozinhos e que lhes enviaria o Espírito (Jo. 14,16. 26). Hoje celebramos a festa deste dom do Ressuscitado. Afirmando que o Espírito descera sobre os discípulos, justamente no dia de Pentecostes, o evangelista João nos quer ensinar uma só coisa: que o Espírito havia substituído a antiga lei e que se transformara na nova lei para o cristão. O que ele quer dizer? Eis o que é a lei do Espírito. É o coração novo, é a vida de Deus, que quando entra na vida do homem o transforma, e de sarça que é, se torna uma árvore fecunda, capaz de produzir espontaneamente as obras de Deus. Quando o homem fica inundado pelo Espírito, nele acontece algo incrível: ama com o mesmo amor de Deus. A partir daquele momento ele "não precisa mais que alguém lhe ensine" (1 Jo. 2,27), não precisa mais de qualquer lei. João chega a dizer que o homem animado pelo Espírito, se torna incapaz de pecar: "Todo aquele que nasceu de Deus, não comete pecado, porque nele está radicada

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Expediente O jornal Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo metropolitano: Dom Moacyr José Vitti | Bispos auxiliares: Dom Rafael Biernaski e Dom José Mário Angonese. Vigário geral: Élio José Dall'Agnol Chanceler: Élio José Dall'Agnol | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto. | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Rivael de Jesus Nacimento | Coordenador geral do clero: Pe. Marcos Honório da Silva | Assessora de Comunicação: Stephany Bravos | Jornalista responsável: Stephany Bravos | Revisão: Stephany Bravos - Zeni Fernandes |Colaboração voluntária: 12 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral Projeto gráfico e diagramação: Editora Exceuni - Aldemir Batista exceuni@uol.com.br - 36572864). Impressão: Press Alternativa - (41) 3047-4511 | 3047-4280 (comercial1@pressalternativa.com.br) - Tiragem: 16 mil exemplares.

uma semente divina e não pode pecar porque ele nasceu de Deus" (1 Jo. 3,9). O Espírito é um dom destinado a todos os homens e a todas as nações. Diante deste dom de Deus caem todas as barreiras de línguas, raça ou nação. No dia de Pentecostes acontece o contrário do que aconteceu em Babel. Lá todos os homens começaram a não se entender, a afastar-se uns dos outros; aqui o Espírito inicia um movimento inverso: reúnem os homens que estavam dispersos. Os que se deixam transformar pela palavra do Evangelho e do Espírito, falam uma língua que todos entendem e que a todos une: a linguagem do amor. É o Espírito que transforma a humanidade numa única família onde todos se entendem e se amam. A solenidade de Pentecostes celebra um acontecimento capital para a Igreja: a sua apresentação ao mundo. Complemento da Páscoa, a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração e atividade dos discípulos; início da expansão da Igreja e princípio de sua fe-

cundidade, ela se renova misteriosamente hoje para nós, como em toda a assembleia eucarística e sacramental, e, de múltiplas formas, na vida das pessoas e dos grupos até o final dos tempos. A plenitude do Espírito é a característica dos tempos messiânicos, preparados pela secreta atividade do Espírito de Deus que "falou por meio dos profetas" e inspira em todos os tempos os atos de bondade, justiça e religiosidade dos homens, até que encontrem em Cristo seu sentido definitivo. "Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o Evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e ação moral uma ação de escravos. Mas no Espírito o cosmos é enobrecido pela geração do Reino, o Cristo Ressuscitado se faz presente, o Evangelho se faz força do Reino, a Igreja realiza a comunhão trinitária, a autoridade se transforma em serviço, a liturgia é memorial e antecipação, a ação humana se deifica" (Atenágoras).

Agenda mensal dos bispos Dom Moacyr José Vitti Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba 01 03 04 05 06 07 08 09 a 11 12 13 17

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Crisma no Santuário São Judas Tadeu Reunião com a CRB, na Cúria Expediente na Cúria Reunião da ARSEM, no Convento São Boaventura Atividade na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, na Catedral Anglicana Expediente na Cúria Expediente no Arcebispado Crismas na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Almirante Tamandaré Missa na Catedral Viagem a Brasília- DF Reunião do CAP, na Cúria Encerramento da Trezena de Santo Antonio, na Paróquia Santo Antonio, no Boa V ista Reunião do CP, na Cúria Hora Santa com o Clero na Igreja da Ordem Expediente na Cúria Reunião do CP e Expediente Missa e Procissão de Corpus Christi, na Catedral Crisma no Santuário Nossa Senhora de Guadalupe Missa na Catedral Visita no Seminário Rainha dos Apóstolos Reunião com o Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), na Cúria Visita ao Seminário Propedêutico Reunião dos Padres Jovens, na Casa do Clero Visita o Seminário Bom Pastor Reunião dos Formadores, no Seminário São José Visita ao Seminário São José Crisma na Paróquia Santana, no Campo de Santana Crismas na Paróquia Santana, no Campo de Santana

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- Crisma na Paróquia São Cristóvão Crisma no Santuário São José, no Capão Raso - Formação para o Setor Boqueirão, na Paróquia Santa Rita - Crisma na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Campo Magro - Expediente na Cúria Crisma na Paróquia São Marcos - Missa na Escola Everest Crisma na Paróquia São Brás - Crisma na Paróquia Divino Espírito Santo - Crisma na Paróquia Imaculado Coração de Maria - Crisma na Paróquia São Sebastião, em Bateias Crisma na Paróquia Bom Jesus, na Ferraria - Expediente na Cúria - Missa na Paróquia Santo Antonio, em Orleans - Crisma na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Crisma na Paróquia Santa Terezinha, no Batel Crisma na Paróquia Santo Antonio Maria Claret - Celebração das CEB's, local a definir Crisma na Paróquia São Jorge - Reunião do CP, na Cúria

Hora Santa com o Clero na Igreja da Ordem Reunião do CP e Expediente Missa e Procissão de Corpus Christi, na Catedral Missa na Paróquia Santíssimo Sacramento Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho Crisma na Paróquia São José Trabalhador Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração - Reunião dos Formadores, no Seminário São José Rito com a Comunidade Neocatecumenal na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, em Pinhais - Crisma na Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos - Crisma na Paróquia Santo Inácio Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Anunciação, Colônia Dom Pedro II

Dom José Mário Angonese Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba Região Episcopal Norte 01 02 03 04 05 06 07 08 10 11 12

Dom Rafael Biernaski Bispo auxiliar da Arquidiocese de Curitiba Região Episcopal Centro-Oeste

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- Atualização Teológica dos Diáconos Permanentes, no Seminário Bom Pastor Crisma na Paróquia Menino Jesus de Praga Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança, em Pinhais - Formação para o Setor Boqueirão, na Paróquia Santa Rita - Reunião do Setor Cajuru, na Paróquia São Martinho de Lima Reunião com a CRB, na Cúria Reunião da Pastoral Familiar, na Cúria - Formação para o Setor Boqueirão, na Paróquia Santa Rita - Reunião do setor Cabral, na Paróquia Santa Efigênia - Crisma na Capela Nossa Senhora da Penha, da Paróquia Santa Cândida - Crisma na Paróquia São João Bosco Crisma na Paróquia São Francisco de Assis, no Xaxim - Crisma na Paróquia São Francisco de Assis, no Xaxim Crisma na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, na Água Verde - Crisma na Paróquia Sagrada Família, em Colombo - Expediente na Cúria Missa na Paróquia Santo Antônio, no Boa Vista - Reunião do Setor Colombo, na Paróquia Bom Jesus Crisma na Paróquia Sagrada Família, em Colombo - Crisma na Capela Nossa Senhora de Fátima, da Paróquia Santa Cândida - Crisma na Paróquia Sagrada Família, em Colombo Crisma na Paróquia Santa Cândida Crisma na Paróquia São João Batista, em Almirante Tamandaré - Crisma na Paróquia São José das Famílias Crisma na Paróquia São José das Famílias - Reunião do CP, na Cúria - Hora Santa com o Clero na Igreja da Ordem - Reunião do CP e Expediente - Missa da Festa na Capelania da Aeronáutica Missa e Procissão de Corpus Christi, na Catedral - Crisma na Paróquia Santa Efigênia - Crisma na Paróquia São José Operário, em Pinhais - Crismas na Paróquia São José Operário, em Pinhais - Missa no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe - Reunião com a Equipe Missionária - Missa para o Apostolado da Oração, na Paróquia Sagrado Coração, na Água Verde - Reunião dos Padres Jovens, na Casa do Clero - Reunião do Setor Boqueirão, na Paróquia Nossa Senhora das Vitórias Reunião dos Formadores, no Seminário São José Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Luz, no CIC - Hora Santa Vocacional na Catedral Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Luz, no CIC - Crisma na Paróquia Anjo da Guarda Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Luz, no CIC


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Ação Evangelizadora

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Pe. Rivael de Jesus Nacimento Coordenador Arquidiocesano da Ação Evangelizadora Mestre em Teologia Pastoral pela PUC-PR E-mail: pe.riva@hotmail.com

A comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro - realidade que testemunhou Nelson Comel É esse o tema da mensagem do Papa Francisco para o 48° Dia Mundial das Comunicações Sociais. Oportunamente a mensagem do Papa chegou em minhas mãos nestes dias que a Arquidiocese se despediu de um homem que sempre testemunhou a cultura do encontro na Igreja de Curitiba. Falo do jornalista Nelson Comel. A imprensa o noticiou como um grande incentivador do esporte, mas aqui quero destacar o homem de fé que vi no Comel, um comunicador do amor de Deus. Quando fui seminarista e prestei estágio pastoral na Paróquia Nossa Senhora das Dores no Bigorrilho, sempre observei o casal Comel e sua discrição na comunidade. Sempre vinham à missa das 11h30, sempre ajudavam na organização do ofertório litúrgico. E ao lado da doce Leoni observava a alegria deste servo. Com sua simplicidade e ao mesmo tempo com estilo de pessoas que se deixam conhecer e encanta, o via testemunhar sua fé no meio de uma comunidade orante. Um casal que rezou muito pelas vocações. Ao lado da Leoni, Nelson sempre se destacou pelo amor aos seminaristas e ao futuro clero, eu também fui alvo desta caridade e colaboração que me fizeram crescer nos seminários da Arquidiocese. São realidades humanas que nos fazem pensar no divino.

Nelson Comel, um comunicador do esporte que comunicou a vida, em família no trabalho e na fé. Este comunicou realmente a cultura do encontro que Papa Francisco nos ensina. Uma cultura do encontro que nos ajuda a "tomar consciência de que somos filhos de Deus...Um encontro verdadeiro! Não podemos viver sozinhos fechados em nós mesmos. Precisamos amar e ser amados. O envolvimento pessoal é a própria raiz do comunicador". Creio que o jornalista Comel encontrou muitas pessoas que pôde ajudar na vida, não somente os seminaristas ou às equipes de serviços da Igreja dos Passarinhos, mas muitas pessoas que tinham feri-

das abertas dentro do contexto do meio de comunicação. Um bom comunicador leva o seu semelhante a conhecer a beleza da fé, que inflame o coração para a vida, no calor de uma boa palavra, de um ombro para chorar e de mãos amigas para levantar quando se está caído. Como diz Francisco o testemunho cristão não se faz com "bombardeios de mensagens religiosas", mas com vontade de envolver-se na contribuição de melhorar a existência humana. Estamos necessitando de homens e mulheres que dialoguem, que pensem em suas atitudes para a atenção à vida, para promoção dos valores do Evangelho. A comunicação é a arte que testemunhou Nelson Comel: "foi um azeite perfumado para a dor e o vinho bom para alegria". No cenário da capital paranaense, coloquemos em nossas preces para que nasçam outros Comels, com a capacidade de dialogar com o ser humano de hoje e transmitir a beleza do divino nesta vida. Com o pensamento de Francisco e esta figura carismática que comunicou Deus na sociedade e na vida cristã, encerro esta mensagem. Na arte da comunicação, e no testemunho, ele foi 10, medalha de ouro e cumpriu sua missão. E que também o façamos na cultura do encontro e na autenticidade do diálogo com todos. Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto Arcebispo Emérito de Curitiba

Reflexão

Centenário da Congregação Mariana da Catedral de Curitiba A Congregação Mariana da Catedral de Curitiba vai comemorar o centenário de sua fundação. A Congregação foi fundada a 21 de junho de 1914 pelo Revmo. Pe. Dr. Emilio Teixeira, vigário paroquial da Catedral, sob a proteção da Imaculada Conceição e o patrocínio de São Luiz de Gonzaga. O livro "Federação das Congregações Marianas do Paraná - 1939 - 1940" descreve a origem das Congregações Marianas. A primeira Congregação Mariana foi fundada pelo jesuíta Padre João Leunis, no Colégio Romano de Roma, em 1563. O Pe. Leunis, ao fundar a Congregação Mariana, no Colégio Romano de Roma, teve a meta formar bem os jovens. O objetivo da Congregação Mariana é a vivência da vida cristã exemplar e fervorosa dos jovens. O mesmo objetivo permanece até hoje. As Congregações Marianas não foram extintas. A vivência cristã exemplar e fervorosa deve existir hoje também e mais que no passado. A devoção filial a Maria é recomendada hoje como na fundação da Congregação Mariana. No início, as Congregações Marianas eram fundadas nos Colégios dos Jesuítas para os jovens alunos. O Papa Gregório XIII pela Bula "Omnipotentis Dei" a 05 de dezembro de 1584, erigiu canonicamente a Congregação Mariana do Colégio Romano fundada pelo Pe. João Leunis e a constituía "a Prima Primária", delegando ao Geral dos Jesuítas o poder de erigir Congregações Marianas nos seus colégios e agregá-las a ela.

A 29 de setembro de 1587, o Papa Sisto V autorizou a fundação de Congregações Marianas fora dos Colégios dos Jesuítas. A primeira Congregação Mariana ereta no Brasil foi no Colégio dos Jesuítas na Bahia, a 25 de março de 1588, com a aprovação do Bispo Dom Antônio Barreiros. O Pe. Estanislau Trzebiatowski (SVD) fundou a primeira Congregação Mariana de Santo Estanislau em Curitiba, a pedido de um grupo de poloneses, em 1907, mesmo antes da inauguração da igreja de Santo Estanislau, em 1909. A segunda Congregação Mariana foi a dos Jovens Marianos da Catedral, fundada pelo Padre Dr. Emilio Teixeira, vigário paroquial da Catedral, a 21 de junho de 1914. As Congregações Marianas cresceram muito em todas as paróquias e até em capelas. A Congregação Mariana da Catedral celebrou com grandiosa solenidade seu Jubileu de Prata em 1939. No dia 21 de junho, data do Jubileu, o Arcebispo de Curitiba Dom Áttico Eusébio da Rocha foi a Paranaguá para trazer pela primeira vez a imagem de Nossa Senhora do Rocio a Curitiba. Foi comovente a grande multidão de fiéis, reverenciando a pequena imagem milagrosa. Um trem especial trouxe a imagem a Curitiba. Em todas as estações muitos devotos saudavam a venerável imagem, em Morretes, no Alto da Serra, Piraquara. A cena, que comoveu a todos, foi a dos doentes do Hospital de S. Roque, em Piraquara. Ajoelhados

no chão, fazendo suas preces, impetrando alívio para sua enfermidade, com rosto e mãos deformadas. Foi uma apoteose sua chegada a Curitiba. Nunca se viu um espetáculo de fé anterior. Calcula-se que toda a cidade de Curitiba e cidades vizinhas com suas paróquias e capelas vieram receber a bênção da Imagem de N. Sa. do Rocio. Eram mais de 50.000 devotos da Senhora do Rocio se aglomerando na Avenida Barão do Rio Branco. Todas as casas estavam engalanadas com tapeçarias, flores e quadros sacros. Por três dias, a imagem permaneceu na Catedral, acolhendo os devotos de Nossa Senhora, com orações e cantos. Dom Áttico Eusébio da Rocha participou de toda a programação. No domingo, 25 de junho, para a missa solene pontifical na Catedral pelo Arcebispo Dom Áttico Eusébio da Rocha e para solene procissão eucarística, vieram marianos de Florianópolis, de Joinvile, Ponta Grossa e de tantas cidades e capelas. O Paraná estava com 4261 Congregados e Aspirantes. Na Congregação da Catedral havia 358 marianos e aspirantes da Catedral. Para a comemoração do Centenário a Congregação Mariana programou para o dia 21 solene sessão à noite e para o dia 22 missa pontifical, às 10 horas na Catedral, presidida pelo Arcebispo Dom Moacyr José Vitti. As Congregações Marianas continuam com o mesmo objetivo com que foram fundadas. Quero apresentar meus votos de felicitações ao Presidente da Congregação da Catedral, Bonifácio Sielski e a todos os Congregados Marianos.


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4 Rogério Duarte JBC (Jovens Buscando Cristo)

Setor Juventude da Arquidiocese

Jovens Buscando Cristo "A Igreja será Jovem quando o Jovem for Igreja." São João Paulo II Rio de Janeiro/RJ, manhã do dia 28 de julho de 2013, por volta das 10h. O termômetro marcava já os seus 30 e poucos graus nas areias de Copacabana. O momento era a homilia do Papa Francisco durante a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, quando ele nos presenteou com a bela frase "Jovens, façam compromissos definitivos". Isso selou tudo que cada coração jovem procurava em uma longa e abençoada semana de jornada. Nós, jovens da Paróquia Santo Agostinho, acolhemos as palavras do Santo Papa e criamos o Retiro JBC (Jovens Buscando Cristo). O foco foi em uma faixa etária de jovens dos 22 aos 35 anos. Após meses de trabalho e avançando no calendário, chegamos aos dias do retiro, que foram 25, 26 e 27 de abril de 2014. O local foi o Eremitério Santa Clara, em Tijucas do Sul/PR. A base do retiro teve três pontos: o encontro consigo, com o próximo e com Deus. Foi um final de semana em que incalculáveis bênçãos tocaram e mudaram um pouco da vida de aproximadamente 35 jovens, entre monitores e participantes. Assim, surgiu um novo grupo de jovens de serviço e espiritualida-

Grupo Jovens Buscando Cristo

de na Paróquia Santo Agostinho, chamado JCC (Jovens Caminhando com Cristo), em que todos jovens na faixa etária que focamos estão convida-

dos a participar todos os sábados às 19h30 (Sala da Pastoral da Juventude) e também para fazer a experiência do JBC! Marcos Tchan

João Paulo II, o amigo dos Jovens! No dia 27 de abril a Igreja elevou a honra dos altares mais dois homens, que com suas vidas souberam dar testemunho de Cristo ao mundo, João XXIII e João Paulo II. Para a Juventude os dois foram importantes no contexto revolucionário de mudança de época, foram atentos a voz do Espírito que veio em resposta aos apelos do mundo atual. João XXIII, tendo convocado o concílio Vaticano II, abriu as portas da igreja para um novo tempo, tempo de graça de renovação, onde seus sucessores tiveram a coragem de dar continuidade. João Pulo II fez isso no meio dos Jovens, levou-os a se despertarem para essa renovação que se dava no meio da igreja, fez com que todos pudessem refletir a importância de acolhimento a voz de Deus que se propagava naquele momento. Muito mais que um papa, líder Máximo da igreja os jovens tinham João Paulo II como amigo, alguém muito próximo, uma referência. Desde o início de sua caminhada religiosa, Karol Wojtyla (Papa João Paulo II), sempre procurou atrair os jovens, levá-los a um encontro com Cristo através de reuniões e aventuras como missas em montanhas, também era amante de esportes radicais, isso fazia que muitos viessem até ele. No ano de 1985, criou a Jornada Mundial da Juventude lançando um desafio aos Jovens de todo mundo, que estivessem com ele no Domin-

go de Ramos daquele ano, ano que a ONU também havia declarado como ano internacional da Juventude. A resposta dos jovens foi imediata, vieram dos quatros cantos da Terra, o que permitiu outro desafio que tem atravessado décadas, confiar a Cruz do ano Santo de 1984 à Juventude, para que ela percorresse o mundo, com uma mensagem proclamada por jovens, revelando o amor que Cristo teve ao nos salvar. As Jornadas Mundiais da Juventude fizeram que outros encontros pudessem acontecer. A cada visita apostólica fora de Roma, ele sempre fazia questão de se reunir com jovens, para escutá-los e levar uma mensagem a cada um. Se tornou amigo, apóstolo dos jovens! Deixo uma parte do seu discurso durante a vigília da Jornada Mundial da Juventude do ano 2000. "Queridos amigos, vejo em vós as "sentinelas

da manhã" (cf. Is. 21, 11-12), nesta alvorada do terceiro milênio. No decurso do século que morre, jovens como vós eram convocados em reuniões oceânicas para aprenderem a odiar, eram mandados combater uns contra os outros. Os diversos messianismos secularizados, que pretenderam substituir a esperança cristã, revelaram-se depois autênticos infernos. Hoje encontrais-vos reunidos aqui para afirmar que, no novo século, não vos prestareis a ser instrumentos de violência e de destruição; defendereis a paz, à custa da própria vida se for necessário. Não vos conformareis com um mundo onde outros seres humanos morrem de fome, continuam analfabetos, não têm trabalho. Vós defendereis a vida em todas as etapas da sua evolução terrena, esforçar-vos-eis com todas as vossas forças por tornar esta terra cada vez mais habitável para todos. Queridos jovens do século que começa, dizendo "sim" a Cristo, dizeis "sim" a cada um dos vossos mais nobres ideais. Eu peço a Cristo que reine nos vossos corações e na humanidade do novo século e milênio. Não tenhais medo de vos entregar a Ele: guiarvos-á e dar-vos-á força para O seguirdes cada dia em todas as situações". Como Ele sempre nos falava, "não tenhais medo", que possamos continuar nossa caminhada iluminada pelo evangelho, que possamos ser promotores do bem e da paz entre os jovens!

EXPEDIENTE SETOR JUVENTUDE: juventude@arquidiocesecwb.org.br, waldirzanon@gmail.com / (41) 2105-6364 / 2105-6368 / Bispo referencial: Dom José Mário Angonese / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior / Secretária: Letícia Caroline Santos.


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Junho de 2014 Pe. Luciano Tokarski Coordenador da Pastoral Catequética E-mail: catequese@arquidiocesecwb.org.br

Animação Bíblico-Catequética

A INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ E O ANO MISSIONÁRIO Jesus Cristo é o primeiro e o maior dos evangelizadores. Ele anuncia o Reino de Deus para a IGREJA QUE SAI salvação e graça libertadora. O PARA evangelista Lucas recolhe as SERVIR palavras da missão de Jesus: “o Espírito do Senhor está sobre mim, porque me conferiu a unção e a anunciar a BoaNova aos pobres me enviou” (Lc 4,18). E o próprio Senhor deixa-nos o testemunho evangelizador: “eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus” (Lc 4,43). Sendo assim, “a Igreja nasce da ação evangelizadora de Jesus e dos doze” (EN 15). Esta consciência

Como a Comissão poderá concretamente se adequar ao Ano Missionário?

de Igreja evangelizadora o Papa Francisco vem resgatar quando nos convida a “recuperarmos e aumentarmos o fervor de espírito, a suave e reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando for preciso semear com lágrimas” (EG 10). Por isso, é na esteira da exortação apostólica ‘A Alegria do Evangelho’, do Documento de Aparecida e de toda a reflexão da Igreja do Brasil, que a Arquidiocese de Curitiba dedicará o ano de 2015 à MISSÃO. O Ano Missionário não quer se tornar mais um evento eclesial, mas despertar um estado permanente de missão em nossas comunidades. Terá como tema: A Alegria da Missão e o lema: “O que vimos e ouvi-

Como dar a conhecer as Diretrizes Gerais do Ano Missionário aos catequistas, coordenações, demais agentes da iniciação à vida cristã, agentes da Pastoral do Batismo?

UMA PROPOSTA SURGIU: 20 de setembro: ASSEMBLEIA DA COMISSÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA SOBRE O ANO MISSIONÁRIO 2015 Local: Santuário Nossa Senhora do Equilíbrio O Ano Missionário propõe a mística da saída, com quatro eixos ao redor dos quais se articulam as ações: - Igreja que sai para servir, - Igreja que sai para dialogar, IGREJA - Igreja que sai para anunciar, QUE SAI - Igreja que sai para testemuPARA nhar comunhão. ANUNCIAR Estamos em tempo de pre-

Como suscitar propostas concretas e eficazes para a Comissão da Animação Bíblico-Catequética?

paração e entendimento deste dinamismo do Ano Missionário. Ele deve ser bem conhecido, estudado, refletido e meditado para ser bem executado. Todas as coordenações, catequistas, demais agentes da iniciação à vida cristã e agentes da pastoral do Batismo estão convocados para esta Assembleia. Agende esta data! Será uma alegria tê-lo conosco neste dia... Neste tempo de nova evangelização deve imperar o protagonismo de cada um dos batizados. “É cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos” (EG 127).

mos isso vos anunciamos” (1Jo. 1,3). Será um convite a sairmos da própria comodidade e a terIGREJA QUE SAI mos a coragem de alcançar as PARA periferias que precisam da luz DIALOGAR do Evangelho (cf. EG 20). Alegramo-nos por constatar que os projetos que definem um itinerário catequético para a iniciação à vida cristã em estilo catecumenal já possuem esta essencialidade missionária. Assim, a Comissão da Animação Bíblico-Catequética, instigada então pelo projeto do Ano Missionário, reuniu as suas equipes para refletir:

O que fazer em 2014?

Como planejar 2015?

Ao redor da Palavra somos chamados a sermos discípulos missionários de Jesus Cristo e sermos discípulos missionários significa ter a disposição alegre e permanente de levar aos outros o amor de Jesus Cristo e seu Reino. Maria, nossa mãe, sabia reconhecer os vestígios do Espírito Santo tanto nos grandes acontecimentos como naqueles que pareciam desnecessários. Que, com MaIGREJA QUE ria, nós também saibamos coSAI PARA lher os vestígios da marca do TESTEMUNHAR Espírito Santo em nossa históCOMUNHÃO ria. Assim seja...

PASTORAL CATEQUÉTICA Diante das novas necessidades de criar unidade e sintonia com o Projeto do Ano Missionário, uma nova proposta para o Dia do Catequista: 31 de agosto: CONCENTRAÇÃO DE CATEQUISTAS NOS SETORES PASTORAIS Objetivo: comemoração do Dia do Catequista, utilizando o tema e o lema do Ano Missionário para celebrar e refletir. A atitude de todo setor se reunir denota um comprometimento missionário. Queridas coordenações dos setores pastorais, preparemos com alegria este encontro missionário!

A pastoral do Batismo também quer manter-se em um estado permanente de missão. Além da Assembleia no dia 20 de setembro, lembramos nosso compromisso de reunir todos os membros da pastoral do Batismo para estudos, reflexão e partilhas sobre o itinerário de preparação de pais e padrinhos para o batismo de crianças. 25 de outubro: ENCONTRO COM OS AGENTES DA PASTORAL DO BATISMO Local: Cenáculo Arquidiocesano do SSmo. Sacramento Prepare-se para vivenciar este dia! Coloque em sua agenda essa data!

IAFFE – Instituto Arquidiocesano de Formação na Fé Data: 15 de junho ESCOLA

DISCIPLINA

ASSESSOR

Escola Arquidiocesana de Teologia – ICE 1º ano

Bíblia – AT (Pentateuco e livros Pe. José Carlos Fonsatti históricos)

Escola Arquidiocesana de Teologia – ICE 2º ano

Sacramentos

Pe. Gilson César Camargo

Escola Catequética Discípulo Amado

Cristologia

Cesar Leandro Ribeiro

Escola Bíblica Arquidiocesana

Teologia do Antigo Testamento

José André de Azevedo

Escola Arquidiocesana de Liturgia

A assembleia e os ministérios Pe. Emmanuel Portela Cardozo na liturgia

A Espiritualidade e a Oração na Vida Cristã

Exercícios de Oração

Pe. Dionysio Seibel

07 – Encontro com coordenações paroquiais de catequese do setor Capão Raso sobre Catequese Familiar, com a presença do Pe. Luciano Tokarski e Regina Menon. 08 – Encontro com coordenações paroquiais de catequese do setor Pinhais sobre Catequese Familiar, com a presença do Pe. Luciano Tokarski e Regina Menon. 14 – Encontro com coordenações paroquiais de catequese do setor Campo Largo, sobre a Iniciação à vida cristã de adultos, com a presença do Pe. Luciano Tokarski e Regina Menon. 14 – Encontro com coordenações paroquiais de catequese do setor Campo Largo sobre Catequese Familiar, com a presença do Pe. Luciano Tokarski e Regina Menon. 15 – IAFFE – Instituto Arquidiocesano de Formação na Fé – Escola Bíblica, Teológica, Litúrgica, Catequética e o curso de Espiritualidade e Oração na Vida Cristã. 26 – Reunião com as coordenações de catequese da Associação dos Arautos do Evangelho. 28 – Reunião com os membros da Equipe de Reflexão da Comissão da Animação BíblicoCatequética. 28 – Encontro formativo com catequistas da Paróquia São Carlos Borromeu, com a presença do Pe. Luciano Tokarski e Regina Menon.

EXPEDIENTE COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: Pastoral Catequética, Pastoral do Batismo e Instituto Arquidiocesano de Formação na Fé (IAFFE) catequese@arquidiocesecwb.org.br – fones: 2105-6318 / 2105-6356. Bispo Referencial: D. José Mário Angonese / Coordenação: Pe. Luciano Tokarski / Assessoria: Regina Fátima Menon / Design da página: Márcio Lima da Cruz.


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Comunicação

Centenário da Congregação Mariana da Catedral Basílica Menor de Curitiba

Dom João Francisco Braga, 3º bispo e 1º Arcebispo de Curitiba (governou de 1908 a 1935). Em 6 de setembro de 1909 dedicou a Catedral e em 21 de junho de 1914 convocou a fundação da Congregação Mariana de Jovens. Na foto, com formadores e seminaristas do Seminário Menor São José

Historicamente denominada Congregação Mariana de Jovens da Catedral, pois seus 15 fundadores eram quase todos adolescentes. A exceção era o exemplar Felício da Costa Vieira, então com 29 anos de idade. Foi às onze horas de uma manhã de domingo, 21 de junho de 1914, que aqueles jovens, convocados pelo Bispo Dom João Francisco Braga, se reuniram na Capela do Santíssimo para fundar a Congregação Mariana sob a proteção da Imaculada Conceição e de São Luiz de Gonzaga. Eram eles: João Franco, Hugo Franco, Felício Vieira, Waldemiro Teixeira de Freitas, João Scheleder, Isaac Pereira, Bento Rocha, Carlos Natel, Cesar Biscaia, Alvaro Teixeira de Freitas, Renato Cartaxo, Jony Macedo de Souza, Celso Carneiro, Antonio Galleas e Ernani Cartaxo. A direção do sodalício foi confiada ao Revmo. Pe. Dr. Emílio Teixeira. Em um ambiente de ferrenho agnosticismo e anticlericalismo, lançava-se a promissora semente de uma nova Congregação Mariana, que floresceria produzindo os mais belos frutos da Árvore da Vida. Sua Sede foi instalada no prédio cedido pela família Hauer, atrás da Catedral, onde funcionava a Liga Católica e diversas outras associações de leigos. Apoiada por todos os Arcebispos que sucederam a Dom João Braga, a Congregação hoje está sob a Assistência Religiosa assídua e eficaz de Monsenhor Carlino Parente de Alencar e a Presidência do caríssimo Bonifácio Sielski. As Congregações Marianas propõe a seus membros a busca permanente da santidade pessoal. E o caminho seguro para isso é a doação solene e confiante à Santíssima Virgem, elegendo-a como senhora e soberana, oferecendo-lhe todos os momentos da vida e Nela reconhecendo a mediação amorosa e indispensável para se chegar a Cristo. Uma entrega total a Deus, segundo seu estado, à imitação de Maria em sua resposta ao arcanjo Gabriel: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). A piedade eucarística, a devoção simultânea aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, a obediência ao Magistério Infalível e à Hierarquia, o espírito de luta contra o pecado e toda forma de mal, são as consequências necessárias do “Sentire cum Ecclesiae” do Congregado. Aos Congregados da Catedral eram ministradas excelentes aulas e conferências de formação religiosa.

Congregados Marianos da Catedral na sala do teatro de sua Sede, no prédio da Liga Católica, situado atrás da Catedral e cedido pela família Hauer

Sielski e Manoel Cavalcanti foram os médicos beneméritos que deram vida ao Ambulatório. Em 1937, Grimaldo Dutra, acadêmico de medicina, fundou a Escola Noturna São José, no terreno da Igreja dos Capuchinhos das Mercês, destinada ao ensino primário dos filhos de operários que durante o dia ajudavam no sustento de suas famílias. Os professores eram os nossos Congregados. Ponto culminante de nossa atuação foi o estabelecimento em 1972, de um Centro Social na Vila Guaíra, junto à Favela do Valetão, com amplo espectro de assistência aos necessitados, cujo nome homenageia seu grande incentivador, Felício da Costa Vieira. Hoje ele é administrado pelo Instituto Salesiano de Ação Social, que recebeu em doação da Congregação Mariana, o imóvel de 3.456 m².

Crianças do Centro Social Felício da Costa Vieira em momento de descontração no antigo pátio do Colégio Santa Maria

Dava-se o exemplo da freqüência assídua aos Sacramentos, a assistência à Santa Missa e os tradicionais atos de piedade: visita ao Santíssimo, reza do Terço, Tríduos a São Luiz de Gonzaga, romarias ao Cruzeiro do Atuba e à Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, no Colégio Cajuru. Além dessas práticas, desenvolviam-se também atividades culturais e recreativas como o teatro, o coral São Pio X, passeios e até um torneio de ping-pong, coisas que a geração do Tablet e do I-Pad terá talvez, dificuldades de entender e apreciar. Incontáveis foram as ações praticadas pelos Congregados, com dedicação e gratuíta caridade, só explicadas como consequência de uma vida de piedade exemplar: o Ambulatório Médico São Luiz de Gonzaga, instituído por insistência de Felício Vieira para atender aos doentes que diariamente acorriam à Liga. Orlando de Oliveira Mello, Mario Kormann, Agostinho

AS CONGREGAÇÕES MARIANAS NO BRASIL No Brasil, a primeira Congregação Mariana foi fundada em 1583, no Colégio dos Jesuítas da Bahia, por ninguém mais do que São José de Anchieta. Depois da restauração da Companhia de Jesus pelo Papa Pio VII em 1814, as Congregações só vão retornar em 1870, no Colégio São Luis de Itú, Estado de São Paulo. Em 1909 começa a ser editada a revista das Congregações, a “Estrela do Mar”, a mais antiga publicação ainda em circulação no País. A primeira Federação Estadual surgiu em 1927, no Estado de São Paulo. Em 1937, a Confederação Nacional, no Rio de Janeiro. Impulsionado por impressionante e inesperada graça, o Brasil acaba assumindo a liderança mundial no número e crescimento de Congregações e Congregados. Fonte e fotos: Congregação Mariana de Jovens da Catedral

Convite Para a comemoração do Centenário, no sábado, 21 de junho de 2014, às 12:00, acontecerá uma Missa de Ação de Graças na Catedral Basílica Menor de Curitiba, celebrada por S. Exa. Revma. Dom Moacyr José Vitti CSS, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Curitiba. Depois da Santa Missa, almoço por adesão no Restaurante Dom Antonio, à Avenida Manoel Ribas nº 6121, em Santa Felicidade.


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Pe. Volnei Carlos de Campos Ecumenismo e diálogo inter-religioso frdecampos@hotmail.com

Ecumenismo

Páscoa Ecumênica 2014: Confiando nas promessas do Senhor, poderemos vislumbrar sinais de Páscoa entre nós A páscoa Ecumênica de 2014, promovida pelo Movimento Ecumênico de Curitiba (MOVEC), aconteceu em uma comunidade católica. Fomos muito bem acolhidos pela Paróquia Santa Margarida, localizada em Santa Felicidade. Agradecendo a participação de várias Igrejas, vai o nosso agradecimento ao Pastor Dari que concluiu sua reflexão com este belo poema:

É Páscoa outra vez… Refletindo sobre a vida, busco identificar sinais de Páscoa... Estarão escondidos, camuflados, só para gerar expectativa? Preciso entender onde e como a Fé se torna ativa no Amor, para resgatar esperanças; para acreditar nas pessoas; para saber o que foi feito da oferta de Deus. Por vezes sinto-me atordoado, com tantas outras ofertas que geram ansiedade, consumo, e fazem com que muitas pessoas fiquem tristes por não terem condições de adquiri-las; tristes por não entenderem que a Páscoa é libertação de tudo que escraviza a gente nos impede de usufruir da vida em abundância que Deus

sonhou para seus filhos e filhas. Quero crer que os símbolos da Páscoa não têm intenção de roubar a cena, nem desviar a atenção do personagem central da história e mensagem de ressurreição. Quero crer que não nos falte gratidão, respeito pelo gesto do Cristo; o protesto de Deus contra a morte; a ação do Espírito Santo, que nos motiva a andar na verdade e a servir com alegria. Confiando nas promessas do Senhor poderemos vislumbrar sinais de Páscoa entre nós, nos gestos de muitas pessoas, em atitudes solidárias e diaconais que se traduzem em mais vida;

em ofertas de perdão que promovem reconciliação e paz; em mãos que se abrem para partilhar o pão, enxugar lágrimas, acolher o necessitado. Vou continuar pensando em outras formas mais de dizer que Cristo Vive, para despertar dons e lembrar que a Fé, é dádiva que compromete com a vida. Uma abençoada Páscoa a vocês que sentem-se chamados/as a testemunhar do amor de Deus em palavras e ação. Que a mensagem do Senhor habite sempre a vossa mente e coração. Fraternalmente, Pastor Dari Jair Appelt (Igreja Luterana)

Acaso Cristo está dividido? 1 Cor 1,1-17

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos Os representantes das Igrejas membros do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) nos dirigem uma mensagem de incentivo para a Semana de Oração pela unidade dos Cristãos: “Mais uma vez estaremos unidos(as), celebrando a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos no período de 01 a 08 de junho. Refletimos este ano

o Tema “Acaso Cristo está dividido?”, motivados pelo lema bíblico de 1 Cor 1, 1-17. Esta Semana foi organizada pelos irmãos e irmãs do Canadá, país maracdo pela diversidade de idiomas, cultura, clima e diversas expressões de fé. Nossos(as) irmãos(ãs) do Canadá afirmam: “A primeira carta aos Coríntios também aponta um caminho

pelo qual podemos valorizar e acolher os dons dos outros, mesmo agora no meio das nossas divisões”. Convidamos a cada um(a) de vocês a se unirem a este mutirão pela Unidade, que é a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Cada um(a) é chamado(a) a transformar a realidade onde vive e a construir um mundo melhor, vencendo

preconceitos e buscando o respeito e a unidade. Que a reflexão desta Semana de oração pela Unidade dos Cristãos nos anime a confiar mais, sempre mais, na transformação possível e no convívio fraternal. Que sejamos fortalecidas(as) na fé que brota da certeza quem vem da vitória do Ressuscitado.” Venha celebrar conosco!

EXPEDIENTE COMISSÃO DO ECUMENISMO E DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO: Pe. Volnei Carlos de Campos/ Animação Ecumênica e MOVEC – (41) 3045-0432/ Bispo referencial – Dom Rafael Biernaski.

Comunicação

Coroinhas e Acólitos na Arquidiocese de Curitiba Este ministério da Igreja, vibra com os momentos mais altos de sua caminhada em suas paróquias. Na Paróquia Santa Cândida: Em 23 de fevereiro deste corrente ano, a Delegação de duas Acolitas que realizaram sua formação na Escola Arquidiocesana de Coroinhas e Acólitos na comunidade Nossa Senhora Aparecida do Ouro Verde. Receberam suas Delegações das mãos do pároco Pe. Simão Valenga juntamente com a presença da Coordenação Arquidiocesana. Na Paróquia Nossa Senhora das Graças e Santa Gema Galgani: Em 17 de maio de 2014 houve a apresentação dos novos

Coroinhas que foram abençoados pelo Pároco Pe. Carlos. Estes novos participantes estão se preparando por um ano, sendo avaliados na perseverança, para serem admitidos como novos coroinhas na comunidade paroquial. Foram apresentados ao

grupo de Coroinhas 06 novos membros que realizaram seu juramento de fidelidade no ministério. Foi também realizada a Delegação dos 07 novos acólitos pelo Pároco Pe. Carlos. Aconteceu ainda a renovação do juramento de todo gru-

po de coroinhas já existente da Paróquia. O grupo dos jovens acólitos com o intuito de perseverança também realizou a renovação de seu juramento no compromisso do serviço ao altar. A todos deixamos os nossos Parabéns.

Convite Convidamos a todos para o nosso II Encontro Arquidiocesano no Seminário São José, em Orleans. Todos os grupos estão convocados a estar presentes. Dia: 15 de junho Hora: 10h - Inicio do Santo Terço (Chegar antes) Lanche e almoço por conta do próprio grupo. Quem desejar reservar as churrasqueiras do Seminário, entre em contato com o telefone do Seminário. Fone: (41) 32854097. À tarde – Início das atividades da III Gincana Arquidiocesana de Coroinhas e Acólitos.


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Comunicação

Santo Antônio: história de amor, fé e dedicação aos semelhantes Embora batizado de Fernando quando nasceu em Lisboa, em 1195, tornou-se Antônio ao se tornar frade. “Propagador da verdade” é o significado do nome que optou adotar diante da vontade de anunciar a fé. Por ser grande conhecedor do Evangelho foi proclamado Doutor Ilustre da Igreja. Fiel imitador de Cristo, humilde, carismático e taumaturgo, foi um exímio pregador do Evangelho. Discípulo de São Francisco, seu pai espiritual, Antonio também amava a natureza e a solidão. Quando não era ouvido pelas pessoas, dirigia-se as aves e aos peixes. Passava muitos dias em meditação e oração em lugares isolados e enquanto rezava recebeu a visita do Menino Jesus. Em razão dessa aparição, Santo Antonio é representado carregando o Menino Jesus nos braços. O lírio que aparece nos braços ou nos pés, é o símbolo da pureza. Santo Antônio é popular porque amou os pobres, como exige a Ordem dos Franciscanos, à qual pertenceu. Segundo a tradição, dedicou sua vida a ajudá-los, inclusive materialmente. Alguns relatos contam que ele teria conseguido um dote a uma moça italiana que queria se casar. Outros falam que distribuiu pães doados por uma devota francesa que lhe atribuiu um milagre. Tradicionalmente o pãozinho bento garante fartura em casa se colocado numa lata de mantimentos. O santo também é conhecido por ter o dom de devolver objetos e de obter vitória em causas perdidas devido a outro grande feito: teria convencido um noviço a se arrepender de lhe ter roubado um livro de orações. A sua mensagem de fé e de amor para com Deus e a sua caridade para com os mais pobres continuam atuais. Sal da terra e luz do mundo, Santo Antônio é tão procurado pelas pessoas que se tornou um dos santos mais populares do mundo. Antônio morreu na Itália no dia 13 de junho de 1231, aos 36 anos. O papa Gregório IX o canonizou apenas 11 meses depois de sua morte, e o chamou de “santo de todo mundo”, numa alusão à fama que ele tinha em vida. Sejamos gratos a Deus por nos ter dado um padroeiro tão poderoso, a quem podemos recorrer em nossas necessidades, porque nunca se ouviu dizer que quem recorresse a sua intercessão não fosse atendido. Fonte: Capela Santo Antônio

Oração de Santo Antônio Glorioso Santo Antônio que tivestes a sublime dita de abraçar e afagar o Menino Jesus, alcançai-me a graça que vos peço e vos imploro

do fundo do meu coração (pede-se a graça). Vós que tendes sido tão bondoso para com os pecadores, não olheis para os poucos mé-

ritos de quem vos implora, mas antes fazei valer o vosso grande prestígio junto a Deus para atender o meu insistente pedido. Amém.


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Comunicação

Centenário da Capela Santo Antônio Centenário da Capela Santo Antônio Foi no ano de 1914 que os irmãos Ernaldo e Ricardo Zanetti, filhos de imigrantes italianos, juntamente com Antônio Schiavon, decidiram construir uma capela em louvor a Santo Antônio. Naquela época, as famílias que ali moravam, tinham que se deslocar a pé, uma vez por mês, para participar da Santa Missa na Matriz de Nossa Senhora da Piedade, em Campo Largo, que era a igreja mais próxima e ficava a aproximadamente 12 km de distância. Os três fundadores e vários outros colaboradores, com muito esforço, construíram uma pequena capela que ficava no alto de um morro, em um terreno particular. Ali to-

dos os domingos se reuniam para a oração do terço, novenas, celebrações da quaresma e Sexta-Feira Santa, missa e para a catequese. Também realizavam festas em louvor ao Padroeiro. Em 1957 parte do terreno onde se encontra a atual capela foi doada; outra parte foi comprada com o lucro obtido das festas. Neste mesmo ano, os líderes da comunidade, decidiram fazer uma nova capela em alvenaria. Por suas dimensões e pela condição financeira da comunidade, foi considerada uma obra grandiosa para a época. Porém, com muita fé, coragem, trabalho e doações, que iam desde material de construção, dinheiro

O desenho referido, foi reproduzido em um azulejo e segundo pesquisa realizada com pessoas mais antigas na comunidade, sabe-se da seguinte história: A única lembrança que havia restado da antiga capela era a reprodução de uma imagem do local em um azulejo comemorativo feito na fábrica de Cerâmicas Polovi no ano de 1958. Segundo Antonio Valdir Zanetti, que teve a ideia de reproduzir as cópias, este azulejo foi pintado por um amigo de Fritz Hermes Schimidt, seu Frederico, que de passagem de São Paulo para Foz do Iguaçu, se encantou com o local e fez a pintura. Ele levou para São Paulo e somente anos mais tarde, ao saber que Frederico comprara a fábrica, trouxe para presentear o amigo. Assim, Valdir, que na época trabalhava na fábrica, e era presidente da comissão da capela, teve autorização do proprietário para reproduzir os azulejos em comemoração aos 71 anos da capela. Foi então feito um azulejo com esse e desenho e um com o desenho da capela em 1985.

HORÁRIOS DE MISSA: Aos domingos às 8 horas Endereço da Capela: Rua Ricardo Zanetti, S/No. Balsa Nova - PR

e até mão de obra, aos poucos, foi se erguendo uma belíssima obra. No dia 17 de fevereiro de 1963 foi feita a benção da Pedra Fundamental. Após 10 anos, no dia 3 de junho, foi realizada a festa inaugural com benção solene do Arcebispo Dom Pedro Fedalto. Hoje a capela de Santo Antônio é uma das mais belas capelas da Arquidiocese graças à conservação e a beleza de sua pintura interior. A comunidade centenária atualmente conta com mais de 350 famílias, várias pastorais e movimentos. Pertence à Matriz de Santa Cecília, Campo Largo-PR e o pároco é o Padre Gerson Rodrigues Brasil. Fonte: Capela Santo Antônio


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Comissão da Dimensão Econômica e Dízimo

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Clovis Venâncio Membro da Pastoral Arquidiocesana do Dízimo

Mensagem da Equipe Arquidiocesana da Pastoral do Dízimo O mês de junho é consagrado de modo especial ao Sagrado Coração de Jesus e, neste ano, já no 1º Domingo celebramos a festa da “Ascenção do Senhor” e, no dia 19, celebra-se também, a grande festa de “Corpus Christi”. Diante disso, a Equipe Arquidiocesana da Pastoral do Dízimo propõe esta mensagem para a reflexão dos leitores do jornal “Voz da Igreja”: Em nossa Igreja Católica a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, bem como, a festividade de Corpus Christi fundamentam-se no reconhecimento ao infinito amor de Deus pela humanidade, na pessoa de seu filho unigênito. Tenhamos em mente que biblicamente falando e para muitos povos o coração é o órgão do corpo humano em que tudo se origina, especialmente, o que é bom e positivo para uma vida plena de virtudes e amorosa. Assim, para revelar qual é a vontade de Deus para conosco, Jesus, em sua existência nesta terra, só fez o bem e, num gesto supremo de amor, tudo partilhou doando-se inteiramente até a morte na cruz para alcançar a redenção do gênero humano.

Entretanto, nós só iremos reconhecer realmente o Cristo quando, em nome de Jesus, repartirmos o pão entre nós, filhos que somos do mesmo Pai. Esse “repartir o pão” significa praticar concretamente a partilha de nossos bens e dons pessoais nas comunidades onde vivemos. Portanto, é neste contexto que devemos entender a espiritualidade e o significado do DÍZIMO como instrumento concreto de partilha. Realmente, no que tange a aplicação dos recursos financeiros, nossa contribuição dizimal, através das três dimensões em que o dízimo é concebido, possibilita à comunidade de Igreja, não só proceder a Evangelização de todos, mas, inclusive, assistir aos mais necessitados materialmente falando, e, também, os carentes de todo tipo, seja sob o aspecto espiritual, psicológico, afetivo, etc. que, na verdade, constitui a essência dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. É a prática concreta no dia a dia da verdadeira caridade, isto é, o amor evangélico sintetizado na célebre frase de Jesus: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. É aqui que insere-se, de modo especial, a “Di-

mensão Social” do Dízimo. De fato, quando contribuímos com o Dízimo estamos indo, também, ao encontro do Cristo que se encontra com fome, com frio, doente, preso, como o próprio Jesus nos ensina no Evangelho “Pois eu estava com fome e me destes de comer; estava com sede e me destes de beber, eu era forasteiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestiste, doente e cuidastes de mim, na prisão e fostes visitar-me” (Mt. 25, 35-36). Em decorrência disto, conclui-se que, ser dizimista é, sobretudo, uma questão de fé e de amor a Deus e ao próximo por parte de toda pessoa que, uma vez convertida e consciente de que, realmente, tudo o que somos e tudo o que temos o recebemos do Criador para nosso usufruto durante essa existência terrena, que é transitória e da qual nada de material levaremos. Assim sendo, é pelo adequado uso que fizermos destes bens e de uma convivência fraternal e alegre com nossos próximos, conforme os ensinamentos de Jesus é que nos justificaremos perante Deus e alcançaremos a vida no Reino que nos foi preparado na eternidade feliz.

O que foi o 12º Seminário Arquidiocesano do Dízimo

Ocorrido no dia 27 de abril p.p., na Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê, de modo geral podemos afirmar que, sob o aspecto do número de participantes, superou as expectativas, pois, o mesmo foi superior ao próprio número de vagas. Igualmente as-

sim o foi, também sob os aspectos de organização do evento e do local de sua realização. Algumas pequenas falhas, porém, também se verificaram. Entretanto, conforme palavras emitidas e enviadas em e-mail pelo próprio Coordenador da Equipe Arquidiocesana do Dí-

zimo, William Michon, o essencial no que tange ao objetivo do evento será entender que, tendo em mente o tema proposto pelo Assessor, Dom Walter: “DÍZIMO – RESPONSABILIDADE ECLESIAL”, também isto foi atingido.

EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Bispo Referencial: Dom Moacyr José Vitti; Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho; Coordenador da Pastoral do Dízimo: William Michon.


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Comunicação

Corpus Christi

Stephany Bravos Assessoria de Imprensa

“É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl. 5,1) A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós. A celebração acontece sempre numa quinta-feira em alusão à Quinta-feira Santa, quando Cristo instituiu o sacramento da Eucaristia. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus em busca da terra prometida. Durante a missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra apresentada aos fiéis para adoração. Esta hóstia permanece no meio do povo como sinal da presença de Deus. Neste ano, a celebração acontecerá no dia 19 de junho e tem como tema o mesmo da Campanha da Fraternidade: “Fraternidade e Tráfico Humano”. A partir das 14h acontece a animação com o Pe. Reginaldo Manzotti num palco montado em frente à Catedral Basílica; às 15 horas a Santa Missa e às 16h30 a tradicional Procissão com o Santíssimo Sacramento pela Av. Cândido de Abreu até o Palácio Iguaçu, com a bênção eucarística por Dom Moacyr José Vitti, por volta das 18 horas. Este ano a festa também vai contar com uma programação cultural na parte da manhã com bandas locais. A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento e atrai mais de 150 mil fiéis. HISTÓRICO DA CELEBRAÇÃO DE CORPUS CHRISTI – NO MUNDO: A celebração teve origem em 1243, quando em Liége, na Bélgica, no século XII, a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe o desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Foi então que em 1264 o Papa Urbano IV estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que até hoje são utilizados na celebração. A procissão com a hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. HISTÓRICO DA CELEBRAÇÃO DE CORPUS CHRISTI – NA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA: Desde 2005 é realizada a tradicional Missa e Procissão pela Av. Cândido de Abreu até o Palácio Iguaçu. A extensão do grande tapete é de aproximadamente 1711 metros (do Obelisco de Nossa Senhora, ao lado da Catedral, até o Palácio Iguaçu). Os tapetes que envolvem as ruas do centro são confeccionados a partir de flores, serragem, pó de café e materiais reciclados. Nos tapetes são reproduzidas figuras de Jesus Cristo, da Santa Ceia, do cálice e da Virgem Maria, entre outros símbolos religiosos. A partir das 5h30 da manhã, membros da organização estarão presentes para demarcar os lotes de cada grupo. A confecção começará às 8 horas e seguirá até às 12 horas. Cerca de 2 mil fiéis participarão da confecção neste ano. DIVISÃO DOS LOTES DO GRANDE TAPETE: Os lotes, com cerca de 15 metros cada, são divididos entre os voluntários com dois meses de antecedência da solenidade, mediante reunião na Cúria Metropolitana com famílias, representantes de paróquias, pastorais, movimentos, congregações e escolas. Cada espaço fica sob a responsabilidade da comunidade inscrita com a equipe organizadora do evento.

Semana Arquidiocesana A Arquidiocese de Curitiba promove entre os dias 12 a 18 de junho a Semana Eucarística em preparação para a Festa de Corpus

Christi. A atividade é realizada tradicionalmente uma semana antes da festa da Instituição da Eucaristia, na Igreja da Ordem, templo de ado-

ração perpétua do Santíssimo Sacramento. ENDEREÇO: Rua Mateus Leme, 01 São Francisco, Curitiba – PR

Acesse a programação completa no site: http://www.arquidiocesedecuritiba.org.br/mitranovo/aba/1/noticia/299


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Irmã Patrícia Souza Conselho Missionário Diocesano (COMIDI)

Dimensão Missionária

Missões! Muito se tem falado nesse termo nos últimos anos em nossa Igreja. Desde o lançamento do Documento de Santo Domingo (1992), a Igreja na América Latina vem refletindo sobre a necessidade urgente de realizar uma “nova evangelização” em todo o continente LatinoAmericano. E foram muitas as iniciativas nesse sentido. Muito embora, por vezes a palavra MISSIONÁRIO/A ainda nos remeta a homens e mulheres que por amor a Deus e a sua Igreja, abandonam uma vida de conforto familiar, para levar a Palavra de Deus aos confins do mundo. São verdadeiros Santos e Santas que se dedicam inteiramente ao Reino de Deus. Pessoas essas as quais nossa Igreja muito tem a agradecer. Pelo sacramento do batismo recebemos a fé e a vida Divina - a graça santificante. É a presença da Trindade Santa que age em nós pela força do Espírito Santo. Além do mais, pelo batismo nos tomamos filhos adotivos de Deus, pertencentes a sua Igreja, logo somos chamados/as a proclamar a todas as pessoas o amor de Deus, seu Evangelho e sua Igreja. É uma graça de Deus conhecermos o seu amor, as maravilhas de sua criação. Não podemos ser egoístas retendo tudo isso só para nós. Se quisermos construir um mundo de justiça, paz e harmonia temos que fazer a nossa parte. É dessa maneira que nos convoca o provérbio africano: “Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra.” Irmãs da Congregação das Irmãs do Divino Salvador em missão Messica – Moçambique – África entre os anos de 2011 e 2012

Deus por muitas vezes se utiliza de pequenos gestos para se revelar e se manifestar às pessoas. É a essa revelação do Rosto Sagrado de Deus, que cada batizado/a é convidado/a a manifestar-se. Pois, a missionariedade não é privilégio de certas pessoas, mas sim, constitui o cerne da vida cristã, como nos lembra o Apóstolo Paulo: “Anunciar o Evangelho é uma necessidade que se me impõe”. (I Cor. 9, 16). Desse modo todos somos chamados/as a ser missionários/as do Senhor. Crianças evangelizando crianças! Jovens evangelizando jovens! Adultos evangelizando adultos! Idosos evangelizando idosos! Assim, construiremos uma Igreja mais dinâmica onde todos/as são responsáveis pela Evangelização.

Irmãs da Congregação das Irmãs do Divino Salvador em missão no Acre e no Amazonas

O convite é para todos/as! Hoje nós somos os continuadores/as dessa missão! Se você se sente impulsionado a ser Teste-

munha do Salvador, procure se integrar nos grupos, pastorais e movimentos presentes em sua comunidade, pois “ninguém é melhor do que ninguém, mas juntos somos mais!”

EXPEDIENTE COMISSÃO DIMENSÃO MISSIONÁRIA: comidi@arquidiocesecwb.org.br / (41) 2105-6376. Bispo referencial: Dom Moacyr José Vitti / Coordenador: Odaril José da Rosa.


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Comissão Litúrgica

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José Carlos de Oliveira Formador da ECFM – Equipe de Capacitação e Formação de MESC da Arquidiocese de Curitiba

O que é MESC? Os Ministros Ordenados da Eucaristia são os Diáconos, Sacerdotes e Bispos; e os Ministros Extraordinários da Eucaristia são os Coroinhas, Acólitos e MESCs, que, como Extraordinários, têm funções específicas e não cumulativas, somente em caso de suplência. Os Ministros Ordenados realizam os serviços ministeriais litúrgicos. A Igreja instituiu diversos Ministérios leigos para atender à necessidade das comunidades maiores ou muitas vezes distantes e desprovidas de Padres ou Diáconos, ou, com número reduzido deles. O Padre ou Sacerdote é o Ministro Ordinário (Sacramento da Ordem). O MESC é o Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão (para o serviço, onde, se, quando e enquanto necessário).

QUEM CONVIDAR PARA SER MESC? Paroquianos com ‘presença’ efetiva na Paróquia: dominicalmente na Missa, com Sacramentos recebidos, compreendidos e vividos em comunidade, família e em todas as suas atividades. Que possuam características e habilidades que possam ser desenvolvidas e orientadas para serviços que consistem em: ser auxiliar do Padre nos atos litúrgicos; levar a Sagrada Comunhão aos doentes e enfermos a domicílio, hospitais, asilos etc; ser animador da comunidade – Vias-Sacras, Novenas, Procissões, Terços etc; ser um agente formador evangelizador da comunidade; colaborar com a Equipe de Liturgia nas reuniões e nas ações litúrgicas; conduzir o Culto, quando da falta do Pa-

dre; exercer outras atividades Pastorais – Cursos de Noivos, Batismo, Crisma etc; administrar o Batismo, Celebração Cristã da Esperança (Exéquias); participar ativamente da Procissão de Corpus Christi; estar integrado na Coordenação Arquidiocesana e ao seu Setor (conjunto de Paróquias de uma dada região). Dadas as atribuições do MESC, conclui-se o quanto importa preparar-se e dedicar-se. Quem aceita servir neste Ministério deve retirar-se ou reduzir outras atividades para conseguir dedicar-se a contento. A Arquidiocese mantém a ECFM – Equipe de Capacitação e Formação de MESC – responsável pelo Curso de Formação Inicial e pela Formação Permanente dos que já servem e devem constantemente prosseguir seus estudos e preparação.

Eucaristia

Ministros na Procissão do Cristo Morto

Onde o MESC mais aparece é onde ele é menos necessário: no auxílio ao Padre, na Santa Missa. Se o Padre precisar de ajuda, em não havendo MESC, poderá, por exemplo, solicitar os préstimos de Acólitos. É preciso rezar muito pelo MESC preguiçoso e vaidoso que se limita a fazer ‘só’ isso: tão próximo da Mesa farta e tolamente faminto… Apesar desse e de outros pecados de algum MESC, pela sua mão, o Cristo vai ao coração de todo aquele que se aproximar para comungar, tendo se preparado adequadamente. A Igreja é Santa e não o deixa de ser, apesar dos seus pecadores. Cristo vai a quem O quer receber e com Ele ser um só, ainda que “por uns momentos, um segundo ao menos”. A Eucaristia, “fonte e ápice de toda a vida cristã”, é perfeita e é buscada pelos imperfeitos que sinceramente vivem a lutar intensa e pacificamente para

“amar como Jesus amou, sonhar como Jesus sonhou, viver como Jesus viveu…” O MESC, mais que sair por aí com Cristo a frente de seu peito, dentro da Teca (*), é providencial Tê-lo dentro do peito. E, tenha certeza, muitíssimos MESCs, tanto quanto outros leigos, O tem lá dentro! O CONVIDADO PODERÁ SER VOCÊ Os Párocos convidam e às vezes escutam uma negativa. Outros dizem sim e durante a Formação Inicial, o Retiro ou mesmo após a Investidura, solicitam sua saída. Se sentem não serem possuidores dos predicados para o exercício sério e abnegado deste serviço, fazem muito bem. Talvez, sua honestidade os aproxime mais do Cristo. E, nada impede que no futuro, se convidados novamente, sintam-se naquele momento prontos para tentar se prepa-

rar e servir. Julguemos menos e rezemos mais para que entre os que se disponham a servir neste Ministério haja mais sinceridade que falsidade, mais vontade que preguiça, mais compromisso que conformismo, mais fundamentação que superstição, mais comunidade que individualidade, mais oração que falação etc. Enfim, tudo o que se espera também dos demais leigos e Clero nas diversas Celebrações, Pastorais, Movimentos e Serviços, então, nas suas vidas. Somos todos convidados a ser santos e podemos sê-lo, ainda que permaneçamos imperfeitos… (*) Estojo, geralmente de metal, onde se leva a Comunhão Eucarística, após a devida preparação por um Sacerdote, para pessoas que querem, mas, não podem vir participar da Santa Missa: doentes, enfermos etc. Versão completa deste artigo: guiafacilempregos.com.br/artigos ou no Facebook do autor

EXPEDIENTE COMISSÃO LITÚRGICA: mauricioanjos@hotmail.com / (41) 2105-6363. Bispo referencial: Dom Rafael Biernaski / Coordenação: Pe. Maurício Gomes dos Anjos.


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Irmã Maria Dolores Silva, ASCJ Coordenadora do SAV da Província do PR e Membro do SAV Arquidiocesano de Curitiba

Serviço de Animação Vocacional (SAV)

O Coração de Jesus Fonte de Alegria “Haurireis águas com alegria das fontes do Salvador” (Is. 12, 3). A contemplação do Coração aberto de Cristo, constitui a fonte inspiradora de nossas vidas. É a luz que nos orienta a nos abrirmos ao Seu amor. Ele veio partilhar a nossa humanidade e trazer-nos o dom do Espírito que nos transforma, tornandonos participantes da sua própria vida e portadores da alegria que gera vida nova, conforme o projeto do Pai. Depois que o nosso Salvador subiu ao céu com seu corpo glorificado, e se sentou à direita de Deus Pai, não tem cessado de amar sua esposa, a Igreja, com aquele amor inflamado que palpita no seu coração. Traz nas mãos, nos pés e no lado os esplendentes sinais das suas feridas, troféus da sua tríplice vitória: contra o demônio, contra o pecado e contra a morte. E traz no seu coração, como em preciosa arca seus tesouros, frutos dessa tríplice vitória, os quais ele distribui à humanidade. É essa uma verdade consoladora, ensinada pelo Apóstolo Paulo quando escreve: “Ao subir, levou consigo uma grande multidão e derramou seus dons sobre seus corações. O Seu coração bateu de amor, palpitou de compaixão. O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, SALVAÇÃO TAMBÉM PARA O MUNDO MODERNO Tantos males que, hoje como nunca, transtornaram profundamente os indivíduos, as famílias, as nações e o orbe inteiro, onde encontrar um remédio eficaz? Poderemos encontrar alguma devoção que substitua o culto do Coração de Jesus, que corresponda melhor à índole própria da fé católica, que com mais eficácia satisfaça as necessidades atuais da Igreja e da humanidade? Que homenagem religi-

que jorra do Coração de Cristo”. (Papa Francisco).

osa mais nobre, mais suave e mais salutar do que este culto que se dirige todo à caridade de Deus? Por último, o que pode haver de mais eficaz do que a caridade de Cristo? Esta, estimula os cristãos a praticarem em sua vida a lei evangélica, sem a qual, não é possível haver entre os seres humanos, paz verdadeira. “O grande risco do mundo atual, com sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada. Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem. Este é um risco, certo e permanente, que correm também os crentes. Muitos caem nele, transformando-se em pessoas ressentidas, queixosas, sem vida. Esta não é a escolha duma vida digna e plena, este não é o desígnio que Deus tem para nós, esta não é a vida no Espírito

A ALEGRIA NO EVANGELHO Somos impelidos pelo Evangelho, a viver a autêntica alegria, a experimentar a paz profunda, mesmo em meio aos desafios hodiernos. Tendo presente o testemunho de alguns personagens bíblicos, que não obstante os desafios e dificuldades de sua época, vivenciaram a alegria, a partir do encontro com a Vontade do Pai. - Maria (Lc. 1, 28), “Alegra-te” é a saudação recebida do anjo; - A visita de Maria a Isabel (Lc. 1, 41), Faz com que João salte de alegria no ventre de sua mãe; - Cântico de Maria (Lc. 1, 47), “O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”; - Jesus (Jo. 3, 29), O próprio Filho de Deus “estremeceu de alegria sob a ação do Espírito Santo”. A mensagem de Jesus no Evangelho, é fonte de alegria cristã que brota do seu coração transpassado e transbordante: - “Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa” (Jo. 15, 11); - “A vossa tristeza há de converter-se em alegria”. “Eu hei de ver-vos de novo! Então, o vosso coração há de alegrar-se e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria” (Jo 16, 22); - “Depois, ao verem-No ressuscitado, “encheramse de alegria” (Jo. 20, 20); - A primitiva comunidade, «tomava o alimento com alegria» (Atos 2, 46); - Por onde passaram os discípulos, «houve grande alegria» (Atos 8, 8); - “Estavam cheios de alegria” (Atos 13, 52). “Seguiu o seu caminho cheio de alegria” (Atos 8, 39); Por que não havemos de entrar, também nós, nesta torrente de alegria?

O encontro pessoal com o amor de Jesus que nos salva A primeira motivação para evangelizar é o amor que recebemos de Jesus, aquela experiência de sermos salvos por Ele que nos impele a amá-lo cada vez mais. Com efeito, um amor que não sentisse a necessidade de falar da pessoa amada, de a apresentar, de a tornar conhecida, que amor seria? Se não sentimos o desejo intenso de comunicar Jesus, precisamos nos deter em oração para lhe pedir que volte a cativar-nos. Precisamos implorarlhe cada dia, pedir a sua graça para que abra o nosso coração frio e sacuda a nossa vida tíbia e superficial. Colocando-nos diante d’Ele com o coração aberto, deixando que Ele nos olhe e nos transforme. Como é doce permanecer diante do Senhor, e fazê-lo simplesmente para estar à frente dos seus olhos! Como

nos faz bem deixar que Ele volte a tocar a nossa vida e nos envie para comunicar a sua vida nova! “O que nós vimos e ouvimos, isso anunciamos” (1 Jo. 1, 3). É urgente recuperar o espírito contemplativo, que nos permita redescobrir, cada dia, que somos depositários dum bem que humaniza, que ajuda a levar uma vida nova. “O coração humano é como a terra: é preciso trabalhá-lo, para que se torne fecundo. Reze muito... Jesus se comunicará com você na medida em que você se unir a ele na oração. Ama teu ofício; desempenha-o com alegria; não te deixes abater pelas dificuldades, pelo insucesso; pensa que tens o dever de fazer com que Deus seja amado e de amá-lo tu mesmo...” (Madre Clélia Merloni).

EXPEDIENTE COMISSÃO DO SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL, MINISTÉRIOS E VIDA CONSAGRADA: sav_curitiba@yahoo.com.br / (41) 337-38297 / (41) 2105-6320/ Bispo referencial: Dom Moacyr José Vitti / Coordenador: Pe. Régis Soczek Bandil / Promotor Vocacional Diocesano: Padre Anderson Bonin.


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Ir. Valéria Andrade Leal Assessoria de Pastoral Sagrado

Educação

O mês de junho é dedicado ao Coração de Jesus. Na sexta-feira da semana seguinte à festa de Corpus Christi, é celebrada a festa do Coração de Jesus. Trata-se de uma devoção estreitamente ligada à Eucaristia visto que na Hóstia consagrada encontramos o coração pulsante de Jesus, como atesta o milagre eucarístico de Lanciano (séc. VIII). A devoção tem raízes bíblicas e remonta às primeiras comunidades cristãs que viram no lado aberto de Cristo uma fonte de graça que jorra para a vida eterna (Jo. 19,33-37; 4,14). Na Bíblia, a palavra coração aparece quase 1000 vezes e é entendido como o centro dos sentimentos, da inteligência, das decisões, ou seja, se refere à totalidade da pessoa humana. Ao expressar, por exemplo, “meu coração exulta no Senhor” (1Sm. 2,1), a expressão se refere à intensidade do sentimento de gratidão que envolve a pessoa inteira, ou seja, ao mais profundo de seu ser. Assim, a devoção ao Coração de Jesus refere-se à pessoa de Jesus Cristo no seu mais profundo ser que se sintetiza

Foto: radioalo.com.br

Na Escola do Coração de Jesus

no amor, na entrega total, na doação da própria vida. Mas como a espiritualidade do Coração de Jesus se relaciona com a Pastoral da Educação? Primeiramente precisamos ler os Evangelhos tentando perceber qual a pedagogia de Jesus. Ele come com pecadores, lhes dá seu ensinamento, mas não lhes coloca condições para fazer parte de seu grupo de adeptos. Age com

pura gratuidade sem exigir nada em troca. É o caso do encontro com Zaqueu (Lc. 19,1-10), com a pecadora arrependida (Lc. 7,36-50), com o centurião (Mt. 8,5-17), com a samaritana (Jo. 4,128.39-42) e tantos outros que o seguiam. Entretanto, o encontro com Jesus marcava profundamente e esta experiência levava a uma mudança de vida, sem que isto lhe fosse imposto. A ternura que transbordava do coração dele fazia com que as pessoas recuperassem sua dignidade e, de cabeça erguida, se colocassem na dinâmica do Reino por Ele anunciado. Os fatos narrados na Escritura nos levam a crer que o fundamento da pedagogia de Jesus era o amor. Esse amor refletia o profundo relacionamento entre o Pai e o Filho e que transbordava para toda a humanidade. Ao sentiremse amados, crianças, jovens e adultos que dEle se aproximavam redescobriam o que neles mesmos havia de melhor, de puro, de santo. Não é esse o papel da educação em nossos dias? Ao recuperar sua dignidade, aqueles seguidores e seguidoras de Jesus sabiam-se

inseridos na sociedade e capaz de transformá-los a partir de si mesmos, superando a exclusão por gênero, condição social e tradição religiosa. Não seria essa a contribuição que educadores cristãos podem dar à sociedade? Neste sentido, cabe um aceno à questão da educação integral, tão em voga nos meios educacionais. Ao falarmos de educação integral, pensamos em educar para a capacidade de viver e conviver em ambientes diversos, com pessoas de classe, condição, raça e religião diferentes e ser, neste meio, um elemento agregador de solidariedade e não apenas de tolerância. Sejamos nós, educadores cristãos, como o semeador a lançar sementes de esperança em nosso cotidiano profissional.

AGENDA 07/06/2014 – Reunião Mensal da Pastoral da Educação Local: Cúria. Horário 9h:00min. Você é nosso convidado(a). Venha participar conosco e se torne um Agente da Pastoral da Educação na sua Paróquia.

EXPEDIENTE PASTORAL DA EDUCAÇÃO: isabeljulio@ig.com.br / (41) 3029-0973. Bispo referencial: Dom José Mário Angonese/ Coordenador: Isabel Cristina Piccinelli Dissenha. Adriane Cordoni Savi Arquiteta, Especialista em Construções Sustentáveis e Apaixonada pelo Meio Ambiente

Comissão Conselho de Leigos

Água, um recurso precioso Água, segundo o dicionário Michaelis sf (lat aqua) 1 Líquido composto de hidrogênio e oxigênio, sem cor, cheiro ou sabor, transparente em seu estado de pureza; Água benta: a) água usada pelos católicos em cerimônias religiosas, bênçãos e purificações: b) proteção, favor. Água, essencial para todas as formas de vida da terra. Muito se fala sobre o problema da escassez de água. Mas o que isso nos afeta? E o que nós temos feito para preservar essa água? São Paulo está vivendo nesse ano a maior crise hídrica da sua história, qual a razão dessa crise? Talvez, porque tivemos o verão mais quente e seco das últimas décadas. Mas por que esse verão tão quente? Porque nunca poluímos tanto o nosso ar e a nossa água. Essa poluição está destruindo a natureza, a camada de ozônio, e o clima tem mudado dia após dia. A água de chuva que muitas vezes é vista para nós como uma água suja e imprópria, em muitas regiões no mundo, no Brasil, no nordeste, essa é a água mais pura por eles encontrada, fonte de vida, de energia. A água é o recurso natural mais abundante do planeta, en-

Foto: http://spd.fotolog.com/photo/61/6/75/beautifullie_org/1208743976_f.jpg

“Todavia brotava água da terra e irrigava toda a superfície do solo. (Gênesis 2:6)”

tretanto apenas 3% dessa água é potável, e apenas um terço é acessível para nós, o restante está em geleiras, calotas polares e lençóis freáticos profundos. A diminuição da água no mundo é

constante e, muitas vezes, silenciosa, quando o mundo se der conta que esse é o recurso natural mais valioso que temos, poderá ser tarde. A água é responsável por garantir a vida na terra, nada a substitui, o fim dela é o fim da vida. E o nosso papel nesse contexto? Cada um de nós pode e deve fazer sua parte para evitar esse cenário, repense o seu consumo, utilize a água de maneira mais inteligente, aproveite esse bem natural, mas não esqueça que as próximas gerações precisarão tanto quanto você dessa água. Não polua a água, ela é o maior símbolo de pureza. “A água é o principal símbolo material do sacramento do batismo. Pois, assim como a água limpa purifica e refresca o corpo e fecunda a terra, fazendo a produzir seus frutos, do mesmo modo o Espírito Santo, com a Graça do Batismo, purifica a alma e faz crescer os frutos das boas obras”. * “Ao receber a água das mãos de João Batista, Jesus foi consagrado pelo Espírito Santo para sua missão de Salvador (cf. Marcos 1,9-11).” *Sou batizado... e daí? Walter Ivan de Azevedo

SAIBA COMO FAZER SUA PARTE: -

Não dependemos de ninguém para fazermos um mundo melhor,

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Reduza seu tempo de banho;

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Não deixe torneiras abertas;

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Use a água da máquina de lavar roupa para lavar a calçada;

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Armazene a água da chuva em baldes, e utilize para lavar carro;

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Feche a torneira ao escovar os dentes;

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Lave menos o carro e a calçada;

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Não jogue óleo de fritura pelo ralo da pia. Além de correr o risco de entupir o encanamento da sua residência, esta prática polui os rios e dificulta o tratamento da água;

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Reutilize a água sempre que possível;

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Ajude nessa batalha, comece hoje a construir um mundo melhor.

EXPEDIENTE Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) de Curitiba: cnlbcuritiba@gmail.com, ativacontabilidade@ativacon.com.br / (41) 3206-0982 (41) 8421-0028. / Bispo referencial: Dom Moacyr José Vitti / Coordenadora: Marcia Regina Cordoni Savi.


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Painel do Leitor

Festa de Santa Rita de Cássia Centenas de fiéis e devotos participaram da Festa de Santa Rita de Cássia no dia 18 de maio. A missa campal foi presidida por nosso querido Dom Rafael Biernaski e concelebrada pelo Padre Anísio José Schwirkowski, scj, e contou com a tradicional chuva de pétalas de rosas. Quem prestigiou a festa também pode apreciar um caprichado almoço, além de diversas atividades festivas que se estenderam ao longo do dia. “Santa Rita nos reconduz a reconstruirmos com firmeza essa Paz.” Dom Rafael Biernaski

Foto: Santuário Santa Rita de Cássia

Na tarde do dia 27 de abril, no Bosque do Papa, em Curitiba, cerca de 200 pessoas participaram da celebração em ação de graças à canonização do Papa João Paulo II. Fiéis, autoridades e membros da igreja relembram momentos da visita do papa polonês à capital paranaense, em junho de 1980, e prestaram homenagens a João Paulo II. A programação começou com a apresentação da banda da Polícia Militar do Paraná e teve ainda a participação de corais, saudações de grupos folclóricos poloneses, alemães, e espanhóis e orações. As pessoas presentes puderam ouvir também um trecho da gravação da palavra do papa João Paulo II nas cerimônias da visita que ele fez a Curitiba. No final, houve a celebração de uma missa.

Fotos: Aline Tozo

Celebração em Ação de Graças pela Canonização do Papa João Paulo II em Curitiba

Concurso Ano Missionário O concurso para eleição de melhor oração, hino e logo do Ano Missionário já está aberto! Para participar basta acessar o site www.tlc-curitiba.com.br/ anomissionario, conferir o regulamento e se inscrever! O concurso do Hino do Ano Missionário acontecerá em parceria com o 13º Festelê (Festival de música católica do movimento TLC) e a oração deverá ser escrita sob a iluminação do tema “A alegria da missão” e do lema Use sua criatividade, participe e ”O que vimos e ouvimos, isso vos Festa do Divino boa sorte! anunciamos” (1 Jo. 1, 3).


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