Ativismo alimentar: um debate além da mesa

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ATIVISMO ALIMENTAR: UM DEBATE ALÉM DA MESA A luta por uma alimentação sem derivados animais faz parte dos movimentos libertários? Évilin Matos Na cozinha sem micro-ondas, Lis Rosinato, 30 anos, oferta cursos de culinária para turmas de no máximo 10 pessoas. Quando eram ministrados apenas no restaurante vegano Bonobo, nem fogão possuía. Lis é crudívora, come alimentos crus há dois anos. Aderiu ao movimento para não sentir mais dor. Quando pesava 100 quilos sofria de depressão, ansiedade, Síndrome do Intestino Irritável, diabetes, colesterol e triglicerídeos altos, acúmulo de gordura no fígado, Síndrome do Ovário Policístico, hipotireoidismo, dor de cabeça, rinite, dermatites de contato, ressecamento da pele, oleosidade no rosto, descamação, micoses, gastrite, esteatose hepática, anemia, desregulação hormonal. “Eu tinha praticamente um remédio para cada órgão do corpo”, lembra Lis Rosinato.

Ela conheceu o crudivorismo no documentário Morrendo por não saber – sobre a dieta alimentar criada pelo médico alemão Max Gerson (1881-1959). Começou introduzindo 40% de alimentos crus na rotina. Com o início das melhoras, largou o emprego e vendeu o carro para custear uma viagem a São Paulo e ao Rio de Janeiro para aprender mais sobre a alimentação. “Quando se tem uma alimentação vegana ou crudívora melhoramos num todo. É como se fosse só um remédio que te alivia de tudo. Essa é a principal diferença da medicina ocidental para essa medicina alimentar. A gente cura não só o corpo como a parte psicológica”, enfatiza.


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