MODA
Para construir um personagem é preciso traçar sua personalidade. No teatro, além de trejeitos, voz; a caracterização é passo fundamental no convencimento sobre aquela pessoa que nasce. E, vestir alguém que supostamente ainda não existe, não é tarefa fácil. O profissional de figurino, que assina a exteriorização de uma nova criatura, é peça chave para trazer união a todo o contexto cênico, dialogando constantemente entre a arte e a moda.
E esta permeabilidade entre diferentes
ele repensou e transferiu seus estudos
campos de atuação reflete também na
para Curitiba, onde continuou na faculdade
origem
figurino.
de Artes Visuais. Mas, foi o contato com
Gustavo Krelling, por exemplo, teve seu
os professores de Música o que abriu suas
primeiro contato com o trabalho aos 14
portas para a atual participação nas óperas
anos, numa peça da companhia da qual
da cidade, sendo que, este ano é um dos
participava em sua cidade natal, Jaraguá do
selecionados para participar da Quadrienal
Sul – SC. Essa paixão que nascia, somada
de Praga (veja o Box).
ao fascínio pelo carnaval brasileiro, o levou
“Eu gosto mais de trabalhos que têm inclinação à fantasia. Mas já fiz peças com roupas mais ‘normais’, revela Gustavo.”
dos
profissionais
de
ao Rio de Janeiro onde iniciou seus estudos em Indumentária na UFRJ. De lá para o estágio no barracão da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, foi um passo. Sua experiência durou de 2006 a 2013, mesmo depois que já havia se mudado para Curitiba. “Tive um aprendizado muito grande, porque [no barracão] você lida com marceneiro, pintor, escultor. E fora que a necessidade do nosso trabalho é constante”, comenta. Pela pouca idade e a falta de adaptação, 16
CURITIBA
Figurino confeccionando por Gustavo Krelling para a ópera La Didon