Relatório Anual 2015 - Santa Casa de Misericórdia de Maceió

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Provedor

Mensagem do Provedor

4

Planejamento e Qualidade

8

Dr. Humberto Gomes de Melo Mesa Administrativa

Duílio Marsiglia Euclides Ferreira de Lima

Marketing e Unidades Ambulatoriais

31

Comunicação

40

Ensino e Pesquisa

43

Riscos e Práticas Assistenciais

57

Unidades de Internação

70

Gestão de Pessoas

75

Tecnologia da Informação

87

Gestão de Suprimentos

93

Infraestrutura

99

Francisco de Assis Gonçalves Ivone dos Santos João Augusto Sobrinho José Peixoto dos Santos Marcos Davi Lemos de Melo Cônego João José de Santana Neto Diretor Administrativo e Financeiro

Dácio Guimarães Diretor-médico

Dr. Artur Gomes Neto Assessor de Comunicação

Antonio Noya 44 MTE/AL

Oncologia

106

Hospital Nossa Senhora da Guia

114

Santa Casa Unidade Farol

120

Desempenho Financeiro e Econômico

130

Rua Barão de Maceió, 288 Centro - 57020-360 Maceió - Alagoas - Brasil Fone 82 2123 6000 Fax 82 3221 8322 provedoria@santacasademaceio.com.br


Mensagem do Provedor

A

Santa Casa de Misericórdia de Maceió, cumprindo disposições

estatutárias, submete à apreciação da sua Irmandade, das autoridades constituídas e da sociedade alagoana o seu Relatório Anual e

Demonstrativo Econômico-Financeiro do ano de 2015. Seguindo os princípios da beneficência e filantropia, realizamos, em 2015, milhares de consultas, exames, tratamentos e internações, como:

Provedor Humberto Gomes de Melo

25,1 mil sessões de hemodiálise

4

33% Convênios/particulares SUS

16,9 mil

66,2 mil aplicações de radioterapia

8% Convênios/particulares

29,5 mil aplicações de quimioterapia

9% Convênios/particulares

SUS 61,2 mil

67%

92%

SUS 26,8 mil

Relatório Anual 2015

91%


Mensagem do Provedor

8,6 mil exames de medicina nuclear

83,8 mil exames radiológicos

717,3 mil exames laboratoriais clínicos

4,5 mil exames de hemodinâmica

152,3 mil consultas

Convênios/particulares

40% SUS

5,2 mil

60%

Convênios/particulares

SUS 27,4 mil

33%

Convênios/particulares

SUS 310,8 mil

67%

57%

43%

18% Convênios/particulares

SUS 3,7 mil

Convênios/particulares

SUS 58,8 mil

Relatório Anual 2015

82%

61%

39%

5


Mensagem do Provedor

27,9 mil internações

Convênios/particulares

42% SUS

16,1 mil

29,5 mil cirurgias

Convênios/particulares

58%

47%

SUS

15,6 mil

53%

3,5 mil partos normais

SUS

100%

SUS

100%

no Hospital Nossa Senhora da Guia

2,2 mil partos cesáreos no Hospital Nossa Senhora da Guia

6

Relatório Anual 2015


Mensagem do Provedor

126,1 mil pacientes/dia

Convênios/particulares

41%

SUS 74,5 mil

59%

Apesar das dificuldades enfrentadas, o ano de 2015 foi

como Hospital Acreditado, estando na condição Hospital

bem gratificante, com aumentos significativos em todas as

Acreditado com Excelência e sendo a primeira Santa Casa

áreas, tanto no que diz respeito à produção dos serviços

do Brasil a integrar o programa internacional de Acredita-

como em relação aos resultados assistenciais e financeiros.

ção - Qmentum Internacional.

A receita operacional bruta da Santa Casa de Maceió

Ao término de mais um ano de dificuldades, mas também

atingiu R$ 303,86 milhões (valor 18,22% superior aos

de grandes alegrias, queremos externar o nosso agradeci-

R$ 207,02 milhões de 2014), conseguindo um superávit,

mento a todos os que contribuíram para o fortalecimento e

no exercício, de R$ 18,09 milhões que corresponde a 6,15%

o engrandecimento da nossa Santa Casa.

da receita operacional líquida que foi de R$ 294,08 milhões.

Nosso agradecimento, de modo especial, a Deus - nosso

Os números mostram indicadores financeiros que colo-

sustentáculo em todas as adversidades -, à intercessão de

cam a Santa Casa de Maceió em posição de destaque no ran-

Nossa Senhora da Guia e de São Vicente de Paulo, à Mesa Admi-

king das maiores instituições hospitalares do País, junto a

nistrativa, à Irmandade, a todos os médicos - ligados ao corpo

bancos e, principalmente, perante a sociedade alagoana.

clínico e à cooperativa (Santacoop) -, aos nossos colaborado-

Este relatório mostra os fatos mais marcantes verifica-

res, desde os mais humildes até os gerentes, superintenden-

dos em todos os setores da Santa Casa de Maceió em 2015.

tes e diretores, bem como aos nossos parceiros, fornecedores

Em um ano de recessão e desemprego - 1,6 milhão de

e dirigentes de operadoras de planos e seguros de saúde.

desempregados no Brasil e 5,5 mil em Alagoas - o complexo

Por fim, um agradecimento aos gestores e dirigentes

Santa Casa de Misericórdia de Maceió encerrou o ano com

públicos, ao voluntariado da Rede Feminina de Combate ao

2.829 colaboradores contratados, tendo gerado, em 2015,

Câncer, aos nossos clientes e à sociedade alagoana pelo re-

262 novos empregos, sendo que nos últimos doze anos

conhecimento da Santa Casa de Misericórdia de Maceió como

foram 1.711, representando uma média de 142,5 novos

um patrimônio de Alagoas.

empregos gerados a cada ano. Continuamos sendo o único hospital de Alagoas com a certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA)

Relatório Anual 2015

Humberto Gomes de Melo Provedor

7


Estratégia e Qualidade Diretrizes Estratégicas MISSÃO Promover assistência em saúde com sustentabilidade, filantropia, ensino, pesquisa e excelência.

VISÃO Estar entre as referências nacionais em assistência à saúde, ensino, pesquisa, filantropia e gestão.

VALORES

8

Ética

Humanização

Sustentabilidade

Ensino e Pesquisa

Inovação

Filantropia

Filantropia

Excelência

Responsabilidade Socioambiental

Relatório Anual 2015


Estratégia e Qualidade

Macroestrutura Organizacional

Irmandade

Provedor Mesa Administrativa Comissões obrigatórias, (Óbitos, Prontuários, Ética Médica

Diretoria Médica

Diretoria Administrativa-Financeira

Assessoria de Comunicação e Relações Públicas

Divisão de Ensino e Pesquisa

Assessoria Jurídica

Divisão de Estratégia e Qualidade

Corpo Clínico

Superintendência de Engenharia e Infraestrutura

SAME

Superintendência de Produção Assistencial e Suprimentos

Gestão de Engenharia, Expansão Manutenção e Patrimônio

Gerência de Riscos e Práticas Assistenciais

Gerência de Gestão de Pessoas

Gerência de Tecnologia da Informação

Gestão de Suprimentos e Logística

Gerência de Marketing e SADT (co-gestores)

Gestão dos Serviços de Apoio à Internação

Gerência de Unidades de Internação

Gestão Financeira e Controladoria

Serviços de Apoio à Internação = Hotelaria, CME,Higienização, Lavanderia, Segurança, Central de Óbito e Maqueiros

Unidades Internas = Unidades de Internação, UTIs, Emergência, Centro Cirúrgico e Setor de Internação

CLIENTE/PACIENTE

Santa Casa Matriz

Hospital Nossa Senhora da Guia Santa Casa Farol Unidade Oncológica Rodrigo Ramalho Santa Casa Poço Unidades Externas

Relatório Anual 2015

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Estratégia e Qualidade

Estratégia A Santa Casa de Maceió norteia o seu caminho presente

em 2015 realizou três workshops, com a participação de

vislumbrando o futuro através das diretrizes estratégicas.

40 médicos e 31 profissionais da equipe multidisciplinar.

Para isto, conta com um processo denominado Gestão da

Foram 21 horas dedicadas a essa iniciativa, que objetivou

Estratégia que, dentre outras atividades, consolida as

facilitar o processo de desdobramento da estratégia, onde

decisões da Governança.

foram definidas prioridades para aprimoramento dos

Visando promover o envolvimento do corpo funcional e a cultura de foco em resultados, a Gestão da Estratégia

processos: Atendimento em Emergência, Atendimento Cirúrgico, Linha Cirúrgica e Linha Oncológica.

Planejamento Estratégico

10

Ferramenta maior da Gestão da Estratégia, o Planeja-

anuais. A metodologia base para medição e gestão é o

mento Estratégico da Santa Casa de Maceió segue

Balanced Scordecard (BSC), além das ferramentas que

cumprindo seu ciclo de realização, no quinquênio 2013-

sustentam o desdobramento estratégico como Gestão por

2017, passando por acompanhamento mensal e avaliações

indicadores e Gestão por Planos de Ação (5W2H).

Relatório Anual 2015


Estratégia e Qualidade

Dados da Gestão Estratégica

REUNIÕES DE ACOMPANHAMENTO DO PLANEJAMENTO EM 2015

37 indicadores de performance Mensuram o alcance dos Objetivos Estratégicos

PERCENTUAL DE OBJETIVOS ESTRATÉGICOS QUE SE TRANSFORMARAM EM PLANOS DE AÇÃO COM INDICADORES

Relatório Anual 2015

11


Estratégia e Qualidade

EVOLUÇÃO DOS PLANOS DE AÇÃO ESTRATÉGICOS

Atualização do Planejamento Estratégico

12

Em dezembro de 2015, a Santa Casa de Maceió realizou a

Durante nove horas de trabalho, o evento promoveu

avaliação dos resultados do Planejamento Estratégico. Tal

reflexão sobre horizontes que a instituição almeja e o posicio-

evento contou com a participação de 30 profissionais, dos

namento frente ao cenário sócio-econômico-ambiental. Outros

quais oito eram membros da Mesa Administrativa da Santa

27 profissionais deram sua contribuição em reuniões prévias,

Casa de Maceió, seis profissionais médicos e 16 profissionais

totalizando pouco mais de 22 horas de trabalho que embasaram

envolvidos nas atividades de gestão.

a tomada de decisão pela alta administração no workshop.

Relatório Anual 2015


Estratégia e Qualidade

Gestão de indicadores institucionais Definido como um dos objetivos estratégicos, a con-

A integração dos sistemas informatizados de Gestão

solidação da Gestão de Indicadores possibilitou à alta

de Indicadores e de Gestão Organizacional (MV), somada

administração tomar decisão de forma mais dinâmica e

ao rigoroso cumprimento do cronograma de reuniões de

sustentada numa estrutura sistêmica de dados, atualiza-

análises críticas de resultados, levou a Organização

dos pelos responsáveis diretos nos processos; fortalecendo,

Nacional de Acreditação (ONA) reconhecer e destacar a

assim, a cultura de gestão compartilhada.

Gestão de Indicadores como ponto forte da instituição,

Ao todo, foram realizadas 26 reuniões de Análises Críticas, envolvendo 100% dos processos da Instituição.

avaliação para manutenção do certificado de Acreditação, realizada em janeiro de 2015.

INDICADORES MONITORADOS PELA GESTÃO DE ESTRATÉGIA

Nota: O grande número se dá pela "cópia" de alguns indicadores que são gerenciados de maneira global e também específico em cada Processo ou Unidade de Negócio. Exemplo: Taxa de ocupação, que tem acompanhamento Global em cada processo.

TELA DO MÓDULO DE GESTÃO ESTRATÉGICA

Relatório Anual 2015

13


Estratégia e Qualidade

TELA DO MÓDULO DE GESTÃO DOS INDICADORES DE PROCESSO

TELA DO MÓDULO DE GESTÃO DOS INDICADORES DE PROCESSO - GRÁFICO DE INDICADOR

14

Relatório Anual 2015


Estratégia e Qualidade

Relacionamento com a Anahp Em dezembro de 2013, a Santa Casa de Maceió filiou-

de trabalho específicos. Neste contexto, a Santa Casa de

se à Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP),

Maceió participou ao longo de 2015 de diversos programas

sendo a primeira Santa Casa do país a integrar o seleto grupo

e grupos de trabalho.

de "Membros Associados Titulares", tendo como requisito,

Através deste relacionamento, e atendendo a

dentre outras exigências, possuir padrões de excelência na

critérios de seleção, em novembro de 2015 a Santa Casa

assistência e gestão.

de Maceió pode ser representada através de cinco

Na arquitetura organizacional da ANAHP, existem três

pôsteres expostos no evento de relevância no meio hos-

grandes programas: Estratégico; Inovação e Gestão; e

pitalar brasileiro, o 3º Congresso Nacional de Hospitais

Relações Corporativas, que são operacionalizados por grupos

Privados (CONAHP).

TEMA DOS PÔSTERES APROVADOS: 1. Evolução da cultura de notificação do hospital Santa Casa de Misericórdia de Maceió - Cíntia de Fátima Gomes Batista 2. Gestão por competência: o engajamento da liderança no desenvolvimento das pessoas - Gilvanete da Silva Pereira 3. Programa de qualificação de fornecedores da Santa Casa de Maceió - Edmilson Gomes Fialho 4. Reposição imediata de colaboradores através do banco de talentos - Joseane Menezes Santos Werneck Miranda 5. O uso da tecnologia da informação como suporte a implantação e gerenciamento de protocolo de TEV - Glaudir Barros.

Em junho de 2015, a Santa Casa de Maceió aderiu ao projeto piloto "DRG Benchmarking Pilot 3M/ANAHP", visando agregar mais essa ferramentas de gestão às já utilizadas para melhorar sua eficiência.

Relatório Anual 2015

15


Estratégia e Qualidade

Visitas Técnicas Em 2015, a Santa Casa de Maceió deu continuidade à

Entre os processos mais requisitados, estão a Gestão

sua política de compartilhamento do conhecimento em

da Qualidade e a Central de Abastecimento Farmacêutico

gestão recebendo visitas de diversas organizações de saúde

(CAF). Demais visitas ocorreram nos processos de Trata-

de vários estados do país, que buscam conhecer as melhores

mento Intensivo Neurológico, Suprimentos, Farmácia

práticas assistenciais e de gestão adotadas pela instituição

Central, Almoxarifado, Oncologia, Gestão Financeira,

em Maceió. Ao longo do ano, foram sete visitas técnicas, de

Setor de Custos, Gestão da Estratégia e Gestão de Pro-

sete estados brasileiros distintos.

tocolos.

MAPA DOS ESTADOS VISITANTES

16

Relatório Anual 2015


Estratégia e Qualidade

Gestão da qualidade Para alcançar os objetivos da Gestão da Qualidade, a Santa Casa de Maceió tem implementado iniciativas nos processos citados na figura a seguir:

SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

Relatório Anual 2015

17


Estratégia e Qualidade

Confirmação da Acreditação com Excelência Em janeiro de 2015, a Santa Casa de Maceió recebeu

destacou sua percepção de cultura de excelência na insti-

a primeira Auditoria de Manutenção da Acreditação Nível

tuição, parabenizou os gestores pela condução dos

3 - Excelência. Na oportunidade, a Organização Nacional

processos e pela interação da equipe multidisciplinar. Na

de Acreditação (ONA) enviou sua superintendente, Dra.

oportunidade, os avaliadores responsáveis pela avaliação

Maria Carolina Moreno, para acompanhar a visita como

reafirmaram que a Santa Casa de Maceió é um hospital

observadora. Ao final da auditoria, a executiva da ONA

referência no país.

Cultura da qualidade e segurança do paciente A) I QUALITY DAY

Elenara Ribas (Hospital Mãe de Deus), Ana Elisa Campos, Maria Tereza Tenório e Larissa Andrade, da Santa Casa de Maceió no Quality Day

Em abril, foi realizado o I Quality Day da Santa Casa

abordaram temas atuais do cenário de saúde, tais como:

de Maceió com participação de 225 profissionais. O evento

"A evolução da gestão e resultados das organizações

contou com palestrantes de referência nacional como a

prestadoras de serviços de saúde acreditadas versus não

Dra. Elenara Ribas (gerente do Hospital Mãe de Deus), Dr.

acreditadas."; "Práticas com resultados efetivos" entre

Felipe Folco (diretor executivo do Instituto Qualisa de

outros.

Gestão - IQG), Dr. Renato Couto (diretor do Instituto de

A apresentação de melhores práticas e cases de

Acreditação e Gestão em Saúde), Andrea Righi Kelian (atual

sucesso, por intermédio de banners em doze estandes

gerente de Certificação da Organização Nacional de Acredi-

instalados no Quality Day, também marcou o evento. A

tação - ONA), representantes dos órgãos de saúde

programação contou também com uma sessão de cinema

Municipal e Estadual, de conselhos das diferentes catego-

educativa com um documentário da Organização Mundial

rias da área e outras instituições.

de Saúde: "Aprendendo com os erros", seguido de um

Os palestrantes compartilharam "cases" de sucesso e

18

estudo de caso realizado pelos colaboradores.

Relatório Anual 2015


Estratégia e Qualidade

Os especialistas Felipe Folco (IQG), Renato Couto (IAG Saúde) e Andréa Righi (ONA)

Dinâmica de Análise de Eventos Adversos com os colaboradores na programação do Quality Day

Convidados do Quality Day no Auditório Sizenando Nabuco

Exposição de banners - Enfermeira Sarah Stephanie dos Santos Barreto explicando a metodologia e assertividade do Protocolo de Manchester na Emergência 24 Horas

Relatório Anual 2015

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Estratégia e Qualidade

B) FÓRUM INTERNACIONAL DA QUALIDADE Em outubro de 2015, a cidade de São Paulo sediou o VII

voltados à ética e à sustentabilidade com qualidade. Como

Fórum Internacional da Qualidade, pelo Instituto Qualisa

consequência a instituição revisou sua Política de Gestão

de Gestão (IQG). Visando manter a atualização da condução

Estratégica e Qualidade e deu início à realização de estudos

da Política da Qualidade, a Santa Casa de Maceió se fez re-

relacionando custos aos eventos adversos evitáveis, que

presentar no evento, cujos temas abordados estiveram

contribuirá para decisões de sustentabilidade.

C) ESTÁGIO PARA MÉDICOS RESIDENTES Consolidando a prática pioneira de receber residentes

da médica da Qualidade, Dra. Ana Eliza Christopoulos, o

médicos na Gestão da Qualidade, o setor foi contemplado

estágio contribuiu para disseminação da Política da

em 2015 com a passagem de quatro médicos residentes

Segurança do Paciente e para utilização de ferramentas

da Clínica Médica do segundo ano (R2). Sob a coordenação

da Qualidade.

D) CONGRESSO MULTIDISCIPLINAR

20

Qualidade e Segurança em saúde foram o foco do

Paciente na visão da Qualidade" e "Os desafios da Gover-

Congresso Multidisciplinar da Santa Casa em 2015. Numa

nança Clínica na atualidade". Quatro profissionais que se

parceria estratégica com a Divisão de Ensino e Pesquisa,

especializaram em Segurança do Paciente elaboraram um

a Divisão de Estratégia e Qualidade foi parte integrante

artigo científico sobre a atualização da Política de

da comissão científica que elaborou a programação e apre-

Segurança do Paciente da instituição e expuseram na

sentou duas palestras: "Tendências em Segurança do

sessão de banners do congresso multidisciplinar.

Relatório Anual 2015


Estratégia e Qualidade

E) ALTA ADMINISTRAÇÃO E A GESTÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE A Santa Casa de Maceió consolidou a rotina intitulada

ficações e Eventos Adversos, das auditorias clínicas, dos

"Envolvimento da Alta Administração na Gestão da

testes de conformidade e outros pontos integrantes da

Segurança do Paciente", que promove encontros mensais

Política de Segurança do Paciente. Essa rotina tem for-

com pautas específicas sobre resultados da Gestão de Noti-

talecido a prática da governança clínica.

F) GESTÃO DE EVENTOS ADVERSOS A cultura de segurança do paciente tem evoluído a

notificações desde o início da sistemática na Santa Casa

cada ano, mostrando que através de ações direcionadas,

de Maceió, consequência da simplificação na forma de se

transformações podem ser realizadas. A notificação deixou

notificar, da realização de "rounds de segurança" realiza-

de ser entendida por muitos como um ato inseguro e

dos junto à equipe multidisciplinar e dos treinamentos

punitivo, passando a ser percebido como um instrumento

com os profissionais sobre o sistema de notificações. Em

para melhorar a segurança, a estrutura dos processos de

novembro, a notificação de incidentes passou a ser

cuidado e a busca contínua por melhorias.

anônima, garantindo maior confiabilidade dos colabo-

O gráfico abaixo demonstra a evolução no número de

radores na sistemática.

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INCIDENTES NOTIFICADOS 3354 2854

1549 634 0

58

183

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

Fonte: Santa Casa de Maceió/ DEQ

Em 2015, a Santa Casa de Maceió passou a elaborar

cendo planos de ação. Reuniões junto à Alta Direção do

um perfil dos eventos adversos ocorridos em seu complexo

hospital têm ocorrido freqüentemente para mantê-los

hospitalar. Esta iniciativa permite ações direcionadas,

informados sobre as iniciativas voltadas à segurança do

com base em informações como sexo, idade e especiali-

paciente, bem como para embasá-los nas tomadas de

dade dos pacientes que sofreram eventos adversos, favore-

decisão.

Relatório Anual 2015

21


Estratégia e Qualidade

Consolidação do Programa de Auditoria Clínica A Auditoria Clínica é um dos métodos mais eficazes

cionais, realizando intervenções imediatas junto à equipe.

para análise da assistência prestada ao paciente. A partir

Em 2015, foram realizadas oito auditorias clínicas com

de sua realização é possível verificar a efetividade do

a participação da equipe multidisciplinar em diferentes

cuidado prestado e o atendimento às práticas institu-

processos de assistência:

MÊS

PROCESSO AUDITADO

Fevereiro

Unidade Oncológica Rodrigo Ramalho

Março

Atendimento em Emergência

Abril

Clínica Médica Irmã Inocência

Junho

Radioterapia e Hospital Álvaro Peixoto - 3º andar

Agosto

Hospital Álvaro Peixoto

Setembro

Unidade Santa Ana e São Joaquim

Outubro

Unidade Oncológica Rodrigo Ramalho

Novembro

Realizado treinamento com as enfermeiras líderes sobre auditoria Clínica

Dezembro

Formalização do novo método, que incluirá teste de conformidade Fonte: Santa Casa de Maceió/DEQ

Núcleo de Segurança do Paciente Em parceria com a Secretaria de Saúde de Alagoas e a

implantou em 2011 um Time de Segurança do Paciente com

Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), a Santa Casa de Maceió

atribuições similares às que são solicitadas na legislação

foi contemplada com quatro vagas para curso de especiali-

vigente (RDC 36, de julho de 2013).

zação em segurança do paciente, vagas destinadas a um

O NSP foi formalizado por meio de portaria assinada

médico, um farmacêutico, um enfermeiro e um relações

pela Provedoria da Santa Casa de Maceió. Com reuniões

públicas; todos estarão envolvidos diretamente na gestão

periódicas ordinárias e extraordinárias, o NSP está sob a

da segurança de riscos assistenciais e na atuação do Núcleo

coordenação da Gestão da Qualidade com a participação

de Segurança do Paciente (NSP).

da Gerência de Riscos e Práticas Assistenciais, coordenações

Devido às exigências da certificação nacional e a maturidade no gerenciamento de riscos, a Santa Casa de Maceió

da equipe multidisciplinar, coordenação de Treinamento e Desenvolvimento e da Gerência de Ensino e Pesquisa.

Gestão da Qualidade em Saúde Em outra parceria estratégica, a Santa Casa de Maceió formalizou contrato com o Instituto de Ensino

22

de Estratégia e Qualidade dos 30 profissionais participantes.

e Pesquisa do Hospital Albert Einstein para realização

O trabalho de conclusão desse curso promoverá

do curso de especialização em Gestão da Qualidade em

trabalhos de pesquisa e intervenção nos processos da

Saúde, do qual fazem parte quatro membros da Divisão

instituição, identificando oportunidades de melhoria.

Relatório Anual 2015


Estratégia e Qualidade

Implantação de Boas Práticas e testes de conformidade A adequação dos processos ao padrão canadense de

(diretrizes obrigatórias) por meio de palestras, peças teatrais,

Acreditação tem levado a Santa Casa de Maceió a realizar

aulas, paródias, dinâmicas e oficinas de trabalho, que terão

sistematicamente a divulgação de Boas Práticas Exigidas

sua eficácia verificada através de testes de conformidade.

Gestão dos planos de ação Objetivando promover a cultura da melhoria contínua, a

para avaliar a efetividade dos planos de ação propostos.

Gestão da Qualidade monitora o cumprimento dos planos de

Desta forma, à medida que eram auditados, os líderes também

ação provenientes de observações de melhoria das audito-

foram capacitados para demonstrar seus resultados a partir

rias externas - nacional e internacional. A utilização do

de evidências objetivas.

sistema informatizado de gestão dos planos de ação permitiu

Indicadores foram criados e monitorados para demons-

maior controle e acompanhamento das ações tomadas pelos

trar a evolução dos processos a partir do acompanhamento

processos para adequá-los ou torná-los ainda melhores.

das ações. Ao fim de 2015, registrou-se 60% de efetividade

Auditorias de Follow up foram realizadas em 15 processos

dos planos de ação dos processos auditados.

STATUS DOS PLANOS DE AÇÕES / 2015

193 (64%) Cenário: 300 ações

68 (23%) 36 (12%) 3 (1%) CONCLUÍDO

EM ANDAMENTO

NÃO INICIADO

SUSPENSO Fonte: Santa casa de Maceió/ DEQ

Relatório Anual 2015

23


Estratégia e Qualidade

Programa de Auditorias Externas A Santa Casa de Maceió recebeu quatro auditorias

paciente aplicadas na instituição. Outras três avaliações

externas em 2015; dentre elas a primeira manutenção

realizadas foram da metodologia de Acreditação Inter-

da Acreditação Nacional no Nível 3, que constatou a

nacional Canadense - Qmentum, na qual a instituição

consolidação das práticas de gestão e segurança do

está em processo de educação para a certificação.

METODOLOGIA

FOCO DA VISITA

Mês de realização

Acreditação Nacional ONA

Todos os processos primários da instituição

Janeiro

(Manutenção do Nível 3)

e os principais processos de apoio.

Qmentum Internacional

Linha Cardiológica, Cirurgia Segura,

Maio

Ambulatório, Tratamento Intensivo. Paciente Oncológico, Protocolos,

Agosto

Linha Cardiológica, Cirurgia Segura. Linha Cardiológica, Farmácia Clínica,

Novembro

Laboratório Clínico, Governança.

Gestão de Documentos Normativos

24

Os documentos normatizados são de suma importân-

etapas do fluxo de documentos e permitiu-se o rápido

cia para a organização, pois formalizam as práticas insti-

acesso de todos os interessados nas práticas formali-

tucionais vigentes, garantindo o repasse do conheci-

zadas.

mento de forma alinhada, favorecendo a padronização

Vale destacar, nestes dois últimos anos (2014 e 2015),

das atividades. No ano de 2015, os líderes de processo

a elaboração e/ou revisão de documentos voltados para

continuaram a ser capacitados para executar o fluxo de

Assistência e Segurança do paciente, tais como: Boas

documentação diretamente no sistema eletrônico de

Práticas, Procedimentos Operacionais Padrão, Programas

gestão integrada. Desta forma, reduziu-se o consumo de

de Prevenção, Protocolos e Políticas, entre outros, favore-

papel, gerou-se maior velocidade na finalização das

cendo a disseminação destas importantes informações.

Relatório Anual 2015


Estratégia e Qualidade

Serviço de Arquivo Médico e Estatística - SAME A atuação do Serviço de Arquivo Médico e Estatística

desempenho das unidades ambulatoriais, internação, emer-

(SAME) não se detém a guarda e arquivamento de pron-

gência, Associação de Hospitais Privados (ANAHP), Sistema

tuários. O SAME tem a finalidade de apresentar para os

de Registro Hospitalar de Câncer -SISRHC, pertencente ao

gestores da instituição dados estatísticos que irão contribuir

Instituto Nacional de Câncer (INCA). Informamos abaixo

para tomada de decisão, em âmbitos diversificados como o

algumas atividades principais e resultados deste processo.

CONSOLIDAÇÃO DAS VARIÁVEIS NA ANAHP Cabe ao SAME manter atualizado o portal das variáveis da Anahp - Sinha, por meio da coleta, ajuste e consolidação das 182 variáveis disponibilizadas mensalmente dos blocos de: n Desempenho Assistencial; n Gestão de Pessoas; n Sustentabilidade; n Econômico.

Relatório Anual 2015

25


Estratégia e Qualidade

REGISTRO DE PACIENTES NO SISRHC

O SAME realiza a coleta e registro dos pacientes com

Em 2014, registramos 1.363 casos de pacientes que

diagnóstico e tratamento de câncer da instituição no

tiveram diagnóstico ou fizeram tratamento de câncer na

sistema SISRHC, atendendo à portaria MS nº 741, de 19

instituição. O INCA determina que os dados anuais con-

de dezembro de 2005, mantendo assim uma das exigên-

solidados, deverão, no mês de setembro de cada ano,

cias ao credenciamento e a habilitação da instituição

serem encaminhados para publicá-los e divulgá-los de

como Centro de Alta Complexidade em oncologia

forma organizada e analítica, conforme artigo 5º da

(CACON).

portaria MS/ SAS 741 de 19/12/2005.

DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL DO TOTAL DE CASOS DE CÂNCER 2014 - Todas as idades - Topografia: 'C00.0' a 'C80.9' LOCALIZAÇÃO DO TUMOR PRIMÁRIO

CID-O

FEM

%

MAS

%

Total

%

Mama

C50

240

29,1

1

0,1

241

17,6

Colo do útero

C53

148

17,9

0

0

148

10,8

Próstata

C61

0

0

119

22

119

8,7

Brônquios e pulmões

C34

61

7,4

47

8,7

108

7,9

Glândula tiróide

C73

79

9,5

14

2,5

93

6,8

Sist. Hem. Reticuloendotelial

C42

36

4,3

39

7,2

75

5,5

Pele

C44

16

1,9

40

7,4

56

4,1

Cólon

C18

34

4,1

19

3,5

53

3,8

Laringe

C32

7

0,8

36

6,6

43

3,1

Outros

-

202

24,5

225

41,6

427

31,3

823

100

540

100

1363

100

Total

26

Relatório Anual 2015


Estratégia e Qualidade

Atendimento ao público Atualmente contamos com uma equipe de 6 colaboradores treinados para atendimento ao público interno e externo. Em 2015, recebemos as seguintes demandas:

Tipo de solicitação

Nº de solicitações atendidas

Requerimentos de cópias de prontuários

730

Declarações de comparecimento ou hospitalização

1666

Solicitações de prontuários para as auditorias, investigação epidemiológica

1292

das secretarias Estaduais e Municipais, Pesquisa Científica e Assessoria Jurídica.*

*Cumprindo as normativas da instituição, contratos dos convênios e a portaria 1271 de 06/ de junho de 2014 do Ministério da Saúde.

ARQUIVAMENTO DE PRONTUÁRIOS Em relação ao arquivamento dos prontuários atendemos a resolução do Conselho Federal de Medicina - CFM 1638/2002 em relação ao tempo de guarda e algumas recomendações do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ em organizar os prontuários de forma que mantenha a integridade da informação e que possibilite maior durabilidade.

FORMAS DE ARQUIVAMENTO

Nº TOTAL

Prontuários de Internação

33280

Prontuários de Atendimentos de emergência

85.634

Caixas encaminhadas ao arquivo terceirizado

2524

Relatório Anual 2015

27


Estratégia e Qualidade

Estatística 2015 O serviço principal do SAME é consolidar a estatística da instituição, com levantamento dos atendimentos ambulatoriais, urgência e emergência, SADT e internações facilitando as tomadas de decisão pelos gestores.

PRODUÇÃO HOSPITALAR-SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ - GLOBAL VARIÁVEIS

Total

Média Mensal

Média Diária

Paciente-dia

126120

10510

350

Leitos Operacionais

5317

443

-

Saídas Hospitalares

27122

2260

75

Internações

27921

2327

78

Cirurgias

29466

2455

82

Atendimento de Urgência e Emergência

105266

8772

292

Atendimento Ambulatorial

125639

10470

523

Média Mensal

INDICADOR

78%

Taxa de ocupação operacional Média de permanência geral (dias)

4

Índice de giro geral (dias)

5

Intervalo de substituição (dias)

1

SUS

NÃO SUS

TOTAL

Paciente-dia

74538

51582

126120

Internações

16091

11830

27921

Cirurgias

15568

13898

29466

Atendimento Urgência Emergência

11238

94028

105266

Consultas

58822

93469

152291

101719

213225

314944

PRODUÇÃO GLOBAL

TOTAL

PRODUÇÃO HOSPITALAR - SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ - MATRIZ VARIÁVEIS

Total

Média Mensal

Média Diária

Paciente-dia

87132

7261

242 -

Leitos Operacionais

3576

298

Saídas Hospitalares

13456

1121

37

Internações

14062

1172

39

Cirurgias

16833

1403

47

67285

5607

187

Atendimento de Urgência e Emergência

10332

Atendimento Ambulatorial

Média Mensal

INDICADOR

80%

Taxa de ocupação operacional

28

Média de permanência geral (dias)

5

Índice de giro geral (dias)

5

Intervalo de substituição (dias)

1

Relatório Anual 2015


Estratégia e Qualidade

PRODUÇÃO HOSPITALAR - SANTA CASA FAROL VARIÁVEIS

Total

Média Mensal

Média Diária

Paciente-dia

17861

1488

50

Leitos Operacionais

818

68

-

Saídas Hospitalares

4655

388

13

Internações

4907

409

14

Cirurgias

4808

401

13

Atendimento de Urgência e Emergência

30635

2553

85

Média Mensal

INDICADOR

72%

Taxa de ocupação operacional Média de permanência geral (dias)

4

Índice de giro geral (dias)

6

Intervalo de substituição (dias)

2

PRODUÇÃO HOSPITALAR - HOSPITAL NOSSA SENHORA DA GUIA VARIÁVEIS

Total

Média Mensal

Média Diária

Paciente Dia

21127

1761

59

923

77

-

Saídas Hospitalares

9011

751

25

Internações

8952

746

25

Cirurgias

7825

652

22

Atendimento de Urgência e Emergência

7346

612

20

1650

138

5

Leitos Operacionais

Atendimento Ambulatorial

Média Mensal

INDICADOR

75%

Taxa de ocupação operacional Média de permanência geral (dias)

2

Índice de giro geral (dias)

10

Intervalo de substituição (dias)

1

PRODUÇÃO HOSPITALAR - SANTA CASA POÇO - UNIDADE AMBULATORIAL SUS AMBULATORIAL

Total

Média Mensal

Média Diária/20d

Atendimento

26652

2221

111

Relatório Anual 2015

29


Estratégia e Qualidade

SUS

NÃO SUS

TOTAL

Ultrassonografia

2246

17017

19263

Radiologia

27382

56436

83818

Tomografia

2050

8919

10969

Ressonancia magnética

195

3681

3876

Hemodinâmica

3663

802

4465

Ergometria

379

2509

2888

Desintometria óssea

643

1270

1913

Ecocardiograma

1350

5807

7157

Endoscopia

621

3675

4296

Medicina nuclear

5212

3429

8641

Pneumologia

408

1944

2352

Instituto otorrino

124

1225

1349

Eletroencefalograma

86

1646

1732

Exames cardiológicos

7796

6334

14130

Histopatologia

2987

4018

7005

0

1792

1792

Radioterapia

61215

4987

66202

Quimioterapia

26869

2628

29497

Laboratório

310872

406466

717338

Banco de sangue

10259

2691

12950

Nefrologia

16988

8087

25075

Fisioterapia

873

0

873

439718

545361

985079

SERVIÇO AUXILIAR DIAGNÓSTICO E TERAPIA (SADT)

Hiperbarica

TOTAL

CIRURGIAS

SUS

NÃO SUS

TOTAL

15568

13898

29466

PARTOS

SUS

NÃO SUS

TOTAL

Normal

3465

41

3506

Cesárea

2228

1021

3249

TOTAL

5693

1062

6755

PORTE CIRURGICO

Total

Média Mensal

Média Diária

Pequena

6679

557

19

Média

7407

617

21

Grande

13806

1151

38

Especial

1574

131

4

29466

2456

82

TOTAL

30

Relatório Anual 2015


Marketing e Unidades Ambulatoriais

Á

área de Marketing e Unidades Ambulatoriais engloba quatro nichos de atuação, que são: Relacionamento com o cliente, Ouvidoria, Comercial e Mídias. Quatro universos que atuam de forma integrada visando à interação com

variados públicos da instituição, internos externos.

Relacionamento com o cliente

Visando ao reposicionamento institucional cujo foco é o cliente, a Santa Casa de Maceió lançou o programa de rela-

ouvidoria e a participação dos usuários para avaliar o grau de satisfação.

cionamento intitulado "Hospitalidade". A iniciativa visa,

A iniciativa visa também ao relacionamento com os

sobretudo, estreitar os laços com o cliente e melhor atendê-

colaboradores. Neste sentido, a instituição busca reconhecer

lo por intermédio do acesso, acolhimento, cordialidade, rela-

o trabalho daqueles que estão na linha de frente do contato

cionamento e resolutividade.

com o cliente, que é o termômetro, com sua opinião, para

A desenvoltura do serviço é avaliada pelo instituto da pesquisa de satisfação, utilizando-se o formulário da

que possamos homenagear os melhores avaliados na pesquisa.

Relatório Anual 2015

31


Marketing e Unidades Ambulatoriais

Vida e Saúde Em 2015, o cartão Vida & Saúde atingiu a marca de mais

Os clientes do cartão Vida & Saúde podem agendar seus

de 180 mil clientes. Desenvolvido em 2007, o produto atende

atendimentos pelo número 4009-6001. O cadastro é realizado

a uma população que não tem plano de saúde, viabilizando

pelo site do hospital. Mais informações pelo número (82)

o acesso a exames e consultas no hospital com descontos.

2123-6412.

NÚMERO DE ATENDIMENTOS X NÚMERO DE CLIENTES, 2007 A 2015

Fonte: BI, MV Sistemas

Ouvidoria

32

No ano de 2015, foi implantada a primeira Ouvidoria

Neste sentido, os gráficos abaixo mostram um aumento

externa ao complexo-sede da Santa Casa de Maceió. A

qualitativo (na satisfação dos clientes de forma geral e

unidade escolhida foi o Hospital Nossa Senhora da Guia, cuja

por unidade) e quantitativo (no número de atendimen-

atribuição inclui a assistência às unidades Santa Casa Poço

tos) entre 2014 e 2015. Tais números produzidos pela

e Unidade Oncológica Rodrigo Ramalho. A iniciativa inten-

Ouvidoria são decisivos para a tomada de decisão dos

sificou o atendimento ao cliente por contato telefônico, for-

gestores da instituição, em áreas estratégicas no rela-

mulários, urnas de sugestões e e-mail.

cionamento com o cliente.

Relatório Anual 2015


Marketing e Unidades Ambulatoriais

ÍNDICE GERAL DE SATISFAÇÃO

90% 88%

75,5%

2013

2014

2015 Fonte: SOV, Sistema da Ouvidoria da Santa Casa

NÚMERO DE ATENDIMENTOS NA OUVIDORIA

7230

11221

5496

2013

2014

2015 Fonte: SOV, Sistema da Ouvidoria da Santa Casa

ÍNDICE DE SATISFAÇÃO POR UNIDADE 90% 88%

75,5%

UNIDADE CENTRO

HOSPITAL NOSSA SENHORA DA GUIA

SANTA CASA FAROL Fonte: SOV, Sistema da Ouvidoria da Santa Casa

Relatório Anual 2015

33


Marketing e Unidades Ambulatoriais

Relacionamento com Operadoras de Saúde

O Programa de Relacionamento com as Operadoras de

encerrado com a discussão de um tema desafiador para a

Saúde teve início em 2015, com o objetivo de consolidar a

sociedade: pacientes de longa permanência internados no hospital.

relação de parceria existente entre a Santa Casa de Maceió

A dinâmica do programa é compartilhar informações e

e as Operadoras de Saúde credenciadas.

ideias, com apresentações realizadas pela própria equipe da

Com o slogan "Trocando ideias e fortalecendo relaciona-

Santa Casa, e com a participação de convidados em alguns

mentos", o programa promoveu três encontros ao longo do ano,

momentos. Além disso, o programa proporciona uma

onde foram compartilhados os resultados positivos para ambas

dinâmica participativa entre apresentadores e ouvintes, os

as partes, alcançados através de indicadores trabalhados pela

quais podem opinar sobre assuntos abordados e sugerir temas

Organização Nacional de Acreditação (ONA). O programa foi

para os próximos encontros.

a) Pesquisa de satisfação com as operadoras de saúde Uma das ações do Programa de Relacionamento com

conhecermos as suas expectativas e necessidades, além de

as Operadoras de Saúde é a pesquisa de satisfação feita

possibilitar um diagnóstico do trabalho que está sendo

com estas empresas. A pesquisa engloba desde a qualidade

realizado no hospital e como ele está sendo percebido. Com

na assistência até a gestão do hospital, incluindo ainda a

o fechamento da pesquisa, os resultados são analisados e

comunicação entre as partes.

encaminhados para conhecimento da alta administração e

Sua aplicação ocorreu entre 07 de agosto a 17 de setembro de 2015, registrando a participação de 75% das operadoras de saúde credenciadas ao hospital.

A pesquisa é quali-quantitativa e engloba oito itens, que devem ser classificados com notas de 01 a 10, com

O resultado da pesquisa contribuirá positivamente para

34

das áreas avaliadas para adoção dos ajustes necessários.

espaço aberto para opiniões sobre cada um deles, que são:

Relatório Anual 2015


Marketing e Unidades Ambulatoriais

PERCEPÇÃO DAS OPERADORAS POR ATRIBUTO

Gestão do Hospital

009

Corpo Clínico

009

Atendimento na Emergência

007

Processo de Internamento

008

Instalações

008

Diversidade de Fornecedores

008

Comunicação com as Operadoras

008

Qualidade na Assistência

009 007

007

008

008

009

009

Fonte: coleta de dados, pesquisa com operadoras

Mídias A Santa Casa de Maceió consolidou sua imagem com

pela produção de ferramentas de suporte a essas ações.

a sociedade pela criação e veiculação de diversas

Acompanhe um breve resumo sobre tudo o que aconteceu

campanhas institucionais externas e internas e, também,

em 2015:

VT INSTITUCIONAL SANTA CASA Objetivo: atualizar as informações e mostrar o quanto evoluímos anualmente. A peça publicitária é apresentada em integrações e eventos da instituição.

CAMPANHA ACREDITAÇÃO Divulgação: em TV aberta, TV Elemidia, rádio, redes sociais, revista e jornal. Objetivo: esclarecer para a população alagoana, em geral de forma clara, o que realmente é a Acreditação. E o que isso significa e muda para o paciente, colaboradores e para o hospital.

Relatório Anual 2015

35


Marketing e Unidades Ambulatoriais

CAMPANHA HIPERBÁRICA Divulgação: em outdoor interno, redes sociais, spot de rádio, Revista Santa Casa e TV Elemídia. Obejetivo: divulgar o novo serviço da instituição e os benefícios para a população alagoana.

CAMPANHA SANTA CASA FAROL Divulgação: em revista, jornal, outdoor, TV aberta, redes sociais, TV Elemidia e rádio. Objetivo: tornar a Santa Casa Farol desejo de consumo para as futuras mamães, mostrar as melhores qualidades incluindo a estrutura o hospital.

CAMPANHA QUALITY DAY Objetivo da criação: disseminar as melhores práticas implantadas nos processos da Santa Casa de Maceió, seguindo os princípios de Gestão de Qualidade em Saúde, agregando valor e valorizando seus processos através da promoção da interação da instituição com as partes envolvidas.

36

Relatório Anual 2015


Marketing e Unidades Ambulatoriais

AÇÃO DE HOMENAGEM A FUNCIONÁRIOS

Divulgação: nas redes sociais e na TV interna da instituição

invés da reunião em si, os colaboradores foram surpreen-

Objetivo: homenagear todos os colaboradores com

didos com os depoimentos de seus entes queridos proje-

cinco representantes. A principal parte da homenagem foi

tados na parede da sala num ambiente de cativante

convidar individualmente cada colaborador para uma

penumbra. No local, apenas discretas câmeras posicionadas

reunião no gabinete da Provedoria. O detalhe é que ao

estrategicamente para captar aquele momento singular.

CINE SANTA CASA Divulgação: no site da instituição.

nageado pode convidar colegas do setor para comparti-

Objetivo: promover uma confraternização entre os

lhar esse momento de cinema com o próprio filme de

cinco homenageados e seus familiares. Cada home-

sua vida.

HOSPITALIDADE Divulgação: em murais, tela do computador, adesivos espalhados dentro do hospital, panfleto e TV Elemidia. Objetivo: melhorar a comunicação e o relacionamento com o cliente.

CAMPANHA OUVIDORIA Divulgação: tela dos computadores, redes sociais e murais. Objetivo: esclarecer aos colaboradores em quais circunstâncias o cliente deve ser direcionado à Ouvidoria. Ação faz parte do novo posicionamento do setor, como uma unidade de segunda instância.

Relatório Anual 2015

37


Marketing e Unidades Ambulatoriais

CAMPANHA ALEITAMENTO MATERNO Divulgação: redes sociais, outdoor interno e plotagem nos carros da instituição.

Mundial de Aleitamento Materno. O objetivo é mostrar - para os seus colaboradores e corpo clínico - a importância da ama-

Objetivo: campanha para reforçar as ações da Semana

mentação e aumentar o apoio de doação de leite materno.

CAMPANHA GESTÃO COM PESSOAS Divulgação: tela dos computadores, revista e TV Elemidia. Objetivo: identificar a necessidade de capacitação dos colaboradores; alinhar os objetivos e metas da instituição e da equipe; implantar a cultura da avaliação e feedback; e melhorar o relacionamento entre gestores e liderados.

DIA DO CLIENTE Divulgação: tela de computador, redes sociais e cartazes. Objetivo: homenagear o cliente de forma singela e mostrar o quanto ele é importante para a instituição.

CAMPANHA OUTUBRO ROSA Divulgação: tela de computador, spot de rádio, web banner no site da instituição, redes sociais e TV Elemidia. Objetivo: conscientizar e prevenir o câncer de mama.

NOVEMBRO AZUL Divulgação: redes sociais, tela de computador e TV Elemidia. Objetivo: conscientizar os clientes sobre a importância das consultas e exames masculinos.

38

Relatório Anual 2015


Marketing e Unidades Ambulatoriais

CAMPANHA LAVAGEM DAS MÃOS Divulgação: placas distribuidas dentro do hospital, tela de computador, folder e camisas. Objetivo: conscientizar os profissionais da saúde, acompanhantes de paciente, visitantes e, principalmente aos pacientes, sobre a importância da higienização das mãos dentro do hospital.

Circuito Santa Casa

Em sua primeira edição, o Circuito Santa Casa 2015 reuniu 2 mil atletas na Praça Multieventos, na Pajuçara, espaço que recebeu uma superestrutura de apoio com diversos serviços à disposição dos atletas.

divididos em quatro modalidades: caminhada, 5 km, 10 km e Kids. A largada ocorreu na Avenida Silvio Viana, de onde os atletas partiram até imediações da Praça Sinimbu e fizeram

A praça de convivência contou com Espaço Mulher (salão de beleza), Espaço Kids, Espaço Saúde (incluindo

o trajeto de volta. No caso da categoria 10km, foram duas voltas no percurso.

ambulância de plantão), além de outros ambientes onde

A organização do Circuito Santa Casa 2015 entregou

foram oferecidos lanches, água etc. No palco, a banda

a chamada "Medalha de Finish" a cada participante que

Canibal animou a festa do início ao fim. A organização da

concluiu o percurso, além de troféus aos atletas com

prova foi realizada pela Contime Assessoria e Attiva com

melhor desempenho em cada categoria.

o patrocínio das empresas Mostaert e CDM.

Foram premiados com troféus os três primeiros cola-

Confira alguns dos momentos mais marcantes do

boradores vencedores das provas de 5km e 10km, masculino

evento desportivo, que tomou conta da Avenida Sílvio

e feminino, e agraciados com troféus os médicos vence-

Viana, e prosseguiu pelo bairro do Jaraguá, até imedia-

dores das provas de 5km e 10km no masculino e feminino.

ções da Praça Sinimbu, retornando à Praça Multieventos

Entre os demais atletas, sem vinculo com a Santa Casa de

com destino à linha de chegada. Os atletas foram

Maceió, houve premiações com troféu e dinheiro.

Relatório Anual 2015

39


Marketing e Unidades Ambulatoriais

Comunicação Na área de comunicação, o ano de 2015 foi marcado

Mas em 2015 a Santa Casa de Maceió foi destaque na

pela ampliação da parceria entre a Assessoria de Comuni-

mídia nacional e internacional por um serviço de relevante

cação e a Gerência de Marketing, que levou à produção de

importância para Alagoas e para os pacientes do SUS: a

campanhas institucionais e iniciativas junto à mídia que

assistência, na Santa Casa Farol, aos pacientes vítimas da

consolidaram a imagem da instituição.

síndrome de Guilland-Barré.

Um dos pontos de interação entre as duas áreas em

O tratamento, que livra o paciente da progressiva

2015 foi o Time da Comunicação, grupo de trabalho

paralisia muscular, foi alvo de reportagens em mídias como

previsto na Política de Comunicação da Santa Casa de

a TV Globo, UOL, G1, Globo News, The New York Times,

Maceió cuja atuação deu suporte às campanhas institu-

BBC News, BBC Brasil, além de vários veículos de comu-

cionais realizadas no período.

nicação locais.

MATÉRIAS PRODUZIDAS NA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO PAUTARAM A MÍDIA NACIONAL E INTERNACIONAL

40

Relatório Anual 2015


Marketing e Unidades Ambulatoriais

VEJAMOS ALGUNS NÚMEROS QUE COMPROVAM ESTA REALIDADE: 296 matérias, notas e reportagens publicadas e enviadas à mídia; 854 veiculações na mídia impressa e virtual; 28 vídeos produzidos e veiculados na TV Santa Casa 143 peças publicitárias; 96 profissionais e mídias selecionadas no mailing list;

Relatório Anual 2015

41


Marketing e Unidades Ambulatoriais

PRODUÇÃO DE PUBLICAÇÕES E DA FOLHETERIA INSTITUCIONAL COMO CONVITES, FOLDERS E CARTAZES

CAMPANHAS DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA INSTITUIÇÃO

42

Relatório Anual 2015


Ensino e Pesquisa

A

Santa Casa de Maceió prosseguiu com seus investimentos em ensino e pesquisa mantendo as atividades de extensão. Na mesma linha de abordagem, aprimorou suas relações com instituições de ensino, dentro e fora

do estado de Alagoas, aumentou o número de Programas de Residência Médica (PRM) e ampliou seu Programa

de Educação Continuada (PEC) nas áreas estratégicas para a instituição.

Relatório Anual 2015

43


Ensino e Pesquisa

1. Residência Médica Programas e vagas ofertadas Em 2014, a Comissão Nacional de Residência Médica

de 35 vagas para Residentes do primeiro ano (R1). O

(CNRM) aprovou o funcionamento dos PRMs de Can-

processo seletivo 2015 recebeu um total de 219 can-

cerologia Cirúrgica, Cancerologia Clínica e Radiologia e

didatos, sendo os mais concorridos os PRMS de Radiolo-

Diagnóstico por Imagem da Santa Casa de Maceió, que em

gia (14 candidatos por vaga), Anestesiologia (11 por vaga)

2015 passou a contar com 14 PRMs, oferecendo um total

e Ortopedia (10 por vaga).

FIGURA 1 - PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA OFERECIDOS PELA SCMM EM 2015 PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA

VAGAS DE R1

NÚMERO DE

VAGAS

OFERTADAS

CANDIDATOS

PREENCHIDAS

EM 2015 ANESTESIOLOGIA

04

45

04

*CANCEROLOGIA CIRÚRGICA

03

05

01

*CANCEROLOGIA CLÍNICA

02

03

01

CARDIOLOGIA CLÍNICA

02

01

00

CLÍNICA CIRÚRGICA

02

31

02

CLÍNICA MÉDICA

06

43

06

GERIATRIA

02

02

02

MEDICINA INTENSIVA

02

02

00

NEFROLOGIA

02

00

00

OBSTETRÍCIA/GINECOLOGIA

02

09

02

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

02

20

02

OTORRINOLARINGOLOGIA

02

11

02

PEDIATRIA

02

18

02

*RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

02

29

02

TOTAL

35

219

26

*PRMs aprovados pela CNRM para início de funcionamento em 2015.

Em 17 de dezembro de 2015, a CNRM aprovou o funcionamento de dois novos PRMs, o de Neonatologia e o de Radioterapia, ambos com duas vagas. Esses PRMs foram incluídos no Edital de Seleção para 2016.

44

Relatório Anual 2015


Ensino e Pesquisa

Investimento em bolsas para médicos residentes Até o ano de 2012, a Santa Casa de Maceió arcou com

em Áreas Estratégicas, que foi criado em 2010 e, desde

o pagamento da bolsa mensal de todos os médicos resi-

então, tem financiado (através do pagamento de bolsas

dentes e, a partir de 2013, buscou, de forma progressiva,

para médicos residentes) a abertura de vagas de residên-

que esse pagamento fosse realizado pelo Ministério da

cia médica em especialidades e regiões prioritárias, defi-

Educação (MEC), através da inscrição dos residentes no

nidas por gestores do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sistema de Informações Gerenciais do Pró-Residência

Em 2015, do total de 54 bolsas mensais ofertadas aos re-

(SIGRESIDÊNCIAS). O Pró-Residências é o Programa

sidentes do primeiro, segundo e terceiro anos, 34 (63%) foram

Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas

pagas pelo MEC e 20 (37%) continuaram sendo pagas pela SCMM.

FIGURA 2 - PAGAMENTO DE BOLSAS PARA MÉDICOS RESIDENTES EM 2015

PROGRAMA

R1

R2

R3

TOTAL

MEC SCMM

MEC SCMM

MEC SCMM

MEC SCMM

ANESTESIOLOGIA

04

-

-

-

-

-

04

-

CANCEROLOGIA CIRÚRGICA

03

-

-

-

-

-

03

-

-

02

-

02

-

-

-

04

CLÍNICA MÉDICA

02

04

-

04

-

-

02

08

NEFROLOGIA

02

-

-

-

-

-

02

-

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

02

-

-

02

-

02

02

04

OTORRINOLARINGOLOGIA

01

01

-

02

-

01

01

04

RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

02

-

-

-

-

-

02

-

GERIATRIA

02

-

-

-

-

-

02

-

CARDIOLOGIA

02

-

-

-

-

-

02

-

CANCEROLOGIA CLÍNICA

02

-

-

-

-

-

02

-

MEDICINA INTENSIVA

02

-

-

-

-

-

02

-

PEDIATRIA

02

-

02

-

-

-

04

-

GINECOLOGIA/OBSTETRÍCIA

02

-

02

-

02

-

06

-

SUB-TOTAL

28

07

04

10

02

03

34

20

CLÍNICA CIRÚRGICA

54

TOTAL

Formação do corpo docente Nos 14 PRMs que funcionaram na Santa Casa de Maceió

sua área de formação, havendo atualmente uma tendência

em 2015, encontram-se envolvidos 84 preceptores, em

no grupo para o ingresso em Cursos de Pós-Graduação

sua maioria (67%) possuidores do Título de Especialista em

Stricto sensu.

FIGURA 3 - TITULAÇÃO ATUAL DO CORPO DOCENTE DA RESIDÊNCIA MÉDICA DA SCMM TITULAÇÃO

NÚMERO DE PRECEPTORES

DOUTORADO

09 (11%)

MESTRADO

12 (14%)

CURSANDO MESTRADO

07 (08%)

ESPECIALIZAÇÃO

56 (67%)

TOTAL

84 (100%)

Relatório Anual 2015

45


Ensino e Pesquisa

Convênios de cooperação técnico-científica A Coordenação da Residência Médica da Santa Casa de

Alagoas e de outros estados brasileiros, recebendo ou

Maceió (Coreme) mantém atividades de cooperação

enviando médicos residentes para realização de estágios

técnico-científica com inúmeras instituições do estado de

previstos em seus PRMs.

FIG. 4 - INSTITUIÇÕES COM AS QUAIS A COREME-SCMM MANTÉM ATIVIDADES DE COOPERAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA INSTITUIÇÃO

SERVIÇOS ENVOLVIDOS

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF ALBERTO ANTUNES - (HUPAA) - ALAGOAS

ANESTESIOLOGIA PEDIATRIA OBSTETRÍCIA

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO

CIRURGIA DE JOELHO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - HOSPITAL DAS CLÍNICAS

NEUROLOGIA

HOSPITAL AGAMENON MAGALHÃES - PERNAMBUCO

CARDIOLOGIA

HOSPITAL OSWALDO CRUZ - SÃO PAULO

GERIATRIA

INSTITUTO MATERNO INFANTIL PROF. FERNANDO

GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA

FIGUEIRA (IMIP) - PERNAMBUCO

E CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA

HOSPITAL SANTA MARCELINA - SÃO PAULO

EMERGÊNCIA

INSTITUTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA

OTORRINOLARINGOLOGIA

E FONOAUDIOLOGIA DE AL - (OTOCLINIC) - AL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE ALAGOAS (SESAU)

EMERGÊNCIA

HOSPITAL A.C. CAMARGO - SÃO PAULO

CIRURGIA ONCOLÓGICA

INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ (ICC) - CEARÁ

ANESTESIOLOGIA

INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA) - RIO DE JANEIRO

CIRURGIA ONCOLÓGICA

Formatura da Residência Médica 2015 No período de 2005 a 2015, a Santa Casa de Maceió entregou à sociedade 63 médicos especialistas, dos quais 11 concluíram sua formação em fevereiro de 2015. FIGURA 5 - FORMATURA DE MÉDICOS RESIDENTES NA SCMM DE 2005 A 2015 CONCLUINTES POR PROGRAMA/ANO 2005

008

009

010

2011 2012 2013 2014

CLÍNICA MÉDICA

02

02

02

02

04

04

CIRURGIA GERAL

02

02

02

02

ANESTESIOLOGIA

02

02

02

04

Total

04

04

24

02

02

12 10

OTORRINO LARINGOLOGIA

01

02

01

04

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

01

02

02

05

PEDIATRIA

01

01

01

03

01

01

02

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA

46

2015

NEFROLOGIA

02

TOTAL

02

01 02

02

06

Relatório Anual 2015

06

08

13

13

03 11

63


Ensino e Pesquisa

FIGURA 6 - IMAGENS DA FORMATURA DA RESIDÊNCIA MÉDICA 2015

2. Programa de Estágios A Santa Casa de Maceió manteve em 2015 con-

para oferta de campo de estágios obrigatórios e não

vênios de cooperação técnico-científica com institui-

obrigatórios, para estudantes de graduação e de nível

ções de ensino de nível superior e de nível técnico,

médio.

FIGURA 7 - INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE NÍVEL SUPERIOR E TÉCNICO CONVENIADAS ESTÁGIO NÃO ESTÁGIO

OBRIGATÓRIO

UNIVERSIDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO ESTADO DE AL. (UNCISAL).

X

X

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL).

X

X

INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

OUTROS

X

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC - CESMAC

X

X

CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES (UNIT).

X

X

FACULDADE DE MEDICINA NOVA ESPERANÇA (FAMENE)

X

INSTITUTO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO (IBPEX)

X

X X

FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU SOCIEDADE DE ENSINO UNIVERSITÁRIO DO NORDESTE (SEUNE).

X

INSTITUIÇÕES DE ENSINO PROFISSIONALIZANTES

X

ESTÁGIO

ESTÁGIO NÃO

OBRIGATÓRIO

OBRIGATÓRIO

CENTRO DE EST. TÉCNICO EM SAÚDE LTDA - SANTA BÁRBARA.

X

ESCOLA RESIDÊNCIA SAÚDE

X

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL (SENAC)

X

Conforme observado nas figuras 8, 9, 10 e 11 houve em

OUTROS

Senhora da Guia e a Unidade Oncológica Rodrigo Ramalho.

2015 a ampliação da oferta de vagas para ambas as formas de

Além disso, a instituição implantou um projeto-piloto

estágio, com distribuição de alunos na sede da Santa Casa de

de oferta de vagas de estágio não obrigatório no centro

Maceió, bem como nas suas unidades externas, o Hospital Nossa

cirúrgico para técnicos de enfermagem.

Relatório Anual 2015

47


Ensino e Pesquisa

FIGURA 8 - EVOLUÇÃO DE VAGAS PARA ESTÁGIOS OBRIGATÓRIOS 2012-2015. NÚMERO DE ESTAGIÁRIOS

ÁREA DE ESTÁGIO INSTITUIÇÃO DE ENSINO

OBRIGATÓRIO

2012

2013

2014

2015

TOTAL

UFAL

ENFERMAGEM

14

209

257

280

760

UNCISAL

FARMÁCIA

05

04

06

07

22

IFAL

FISIOTERAPIA

02

109

69

143

323

UFCG

NUTRIÇÃO

03

44

35

27

109

CESMAC

PSICOLOGIA

02

18

17

07

44

FITS

BIOMEDICINA

00

29

19

37

85

SEUNE

MEDICINA

81

93

108

98

380

FAMENE

SERVIÇO SOCIAL

03

02

10

04

19

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

01

00

00

00

01

111

508

521

603

1743

SUBTOTAL

FIGURA 9 - EVOLUÇÃO DE VAGAS PARA O INTERNATO DE MEDICINA 2012-2015 INSTITUIÇÃO DE ENSINO

CURSO

2012

2013

2014

2015

UNCISAL

MEDICINA - SCMM

00

34

39

62

UFAL

MEDICINA - SCMM

40

40

25

36

40

74

64

98

TOTAL

FIGURA 10 - EVOLUÇÃO DE VAGAS PARA ESTÁGIOS NÃO OBRIGATÓRIOS 2012-2015 NÚMERO DE ALUNOS 2012

2013

2014

2015

ADMINISTRAÇÃO

01

02

01

02

ARQUITETURA

00

00

00

02

BIOMEDICINA

00

02

01

01

ELETRÔNICA (TÉCNICO)

00

02

01

00

ENFERMAGEM

12

26

34

36

ENGENHARIA ELÉTRICA

00

01

00

02

FARMÁCIA

05

06

08

09

FÍSICA

01

02

01

01

FISIOTERAPIA

08

00

08

08

MEDICINA

03

00

00

00

NUTRIÇÃO

02

02

04

06

PSICOLOGIA

01

04

05

06

RELAÇÕES PÚBLICAS

06

02

01

03

SERVIÇO SOCIAL

03

03

04

09

TÉCNICO EM ENFERMAGEM

00

00

00

06

TÉCNICO EM RADIOLOGIA

00

08

06

06

TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

03

07

04

07

TERAPIA OCUPACIONAL

00

02

05

04

TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

01

00

00

00

TOTAL POR ANO

46

69

83

108

CURSO

48

Relatório Anual 2015


Ensino e Pesquisa

FIGURA 11 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO ANUAL DE CANDIDATOS ÀS VAGAS DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO OFERTADAS PELA SCMM ANO

VAGAS OFERTADAS

NÚMERO DE INSCRITOS

2012

46

285

2013

69

418

2014

83

515

2015

108

713

3. Educação Continuada O Programa de Educação Continuada (PEC) vem se

Nesse último aspecto, observou-se a necessidade

estruturando de forma a atender às necessidades contínuas

de disseminação mais ampla dos conhecimentos sobre

de atualização, capacitação e treinamento dos seus colabo-

a gestão da qualidade em saúde para colaboradores e

radores e do corpo clínico, de uma maneira geral e, de

integrantes do corpo clínico, o que determinou em

forma particular, nas demandas advindas do planejamento

2015 a realização de inúmeras ações de ensino nesse

estratégico institucional.

sentido.

Pós-graduação de colaboradores e corpo clínico Considerando a situação da Santa Casa de Maceió como ins-

gestão da qualidade (102 horas); b) Gestão por processos

tituição Acreditada Nível 03 pela Organização Nacional de A-

(51 horas); c) Metodologia da pesquisa científica (24 horas);

creditação (ONA), e candidata à Acreditação Canadense Inter-

d) Modelos de gestão da qualidade e do ambiente (49 horas);

nacional (ACI), a instituição realizou em 2015 um convênio

e) Aplicação dos conceitos de qualidade (62 horas); f) Gestão

com a Fundação Israelita Hospital Albert Einstein para reali-

da qualidade em saúde (72 horas); e g) Trabalho de Con-

zação, in company, do MBA Gestão da Qualidade em Saúde.

clusão do Curso (60 horas).

O curso foi iniciado em 03 de julho de 2015 e tem

No curso, encontram-se inscritos 35 profissionais (57%

término previsto para o dia 26 de novembro de 2016. Em seu

pertencentes ao corpo clínico), com o perfil de atividades

programa, constam os módulos a seguir: a) Introdução à

institucionais descrito na Figura 12.

FIGURA 12 - PERFIL DOS ALUNOS DA PÓS-GRADUAÇÃO FUNÇÃO/CARGO

QUANTIDADE

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO

03

COORDENADOR DE ÁREAS

04

DIRETOR

01

EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

03

GERENTE

01

GESTOR

02

MÉDICO (dos quais 11 são preceptores de PRMs)

19

SUPERINTENDENTE

02

Total

35

Relatório Anual 2015

49


Ensino e Pesquisa

Os trabalhos de conclusão (TCC) do curso serão reali-

frente ao modelo de Acreditação; 03. Melhoria de

zados de forma a propor melhorias institucionais nas

processo; 04. Mitigação de problema; 05. Implantação

áreas: 01. Implantação de meta internacional de

de Protocolo; 06. Implantação de Sistema de Indi-

segurança do paciente; 02. Diagnóstico organizacional

cadores.

FIGURA 13 - MBA "GESTÃO DA QUALIDADE EM SAÚDE" - HOSPITAL ALBERT EINSTEIN - SANTA CASA DE MACEIÓ

No ano passado, a Santa Casa de Maceió manteve o

profissionais da instituição filantrópica.

convênio com o Centro de Estudos Superiores de Maceió

Além disso, profissionais da Santa Casa participaram

(CESMAC), para reserva de 08 das 20 vagas no processo

dos seguintes Cursos de Pós Graduação Lato Sensu, pre-

seletivo do Mestrado Profissional Pesquisa em Saúde para

senciais ou a distância:

FIGURA 14 - QUANTIDADE DE VAGAS POR CURSO NÚMERO DE TÍTULO DO CURSO

INSTITUIÇÃO

PROFISSIONAIS DA SCMM

Curso de Especialização de Qualidade

Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca

05

em Saúde e Segurança do paciente.

(ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ),

(2 médicos e

através da Coordenação de Educação a Distância

3 Coordenadores

(EAD/ENSP-FIOCRUZ) e da Coordenação do Curso

de áreas)

de Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente. 10 MBA Executivo em Administração:

Faculdade de Negócio (FAN) de Maceió, conveni-

Gestão de Saúde

ada com a Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Especialização em Informática

Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

em Saúde

04 (analistas de sistemas)

TOTAL

50

(médicos)

29

Relatório Anual 2015


Ensino e Pesquisa

Treinamentos, capacitações e atualizações A Santa Casa de Maceió investiu também na oferta de cursos de treinamento, capacitação, atualização e outros cursos para profissionais da instituição atendendo às suas premissas estratégicas.

emergência, foram treinados para o atendimento das emergências cardiovasculares. Os profissionais que passaram pela especialização trabalham nas seguintes áreas: Emergência 24 horas, Time de Res-

Assim, foram realizadas, in company, a terceira e a

posta Rápida (TRR), Unidade de Dor Torácica, Unidades de

quarta turmas do Treinamento em Emergência Cardio-

Terapia Intensiva, Residência de Clínica Médica, Cardiologia,

vascular Avançado para o Adulto (TECA-A), da Sociedade

Nefrologia, Radioterapia, Hemodinâmica, Centro Cirúrgico

Brasileira de Cardiologia. Em cada turma, 32 profissio-

Geral, Unidade Docente Assistencial Rodrigo Ramalho,

nais médicos ou enfermeiros, que lidam com urgência e

Unidades de Internação da SCMM e SANTA Casa Farol (SCF).

FIGURA 15 - PERFIL DOS PROFISSIONAIS QUE REALIZARAM O TECA-A EM 2014 E 2015 INSCRITOS ANO

MÉDICOS

ENFERMEIROS

TOTAL

2014

40

24

64

2015

26

38

64

Total

66

62

128

FIGURA 16 - MOMENTO DA REALIZAÇÃO DO TECA-A NA SCMM EM 2015

O Programa de Educação Continuada promoveu ainda, em parceria com Serviços Médicos, Programas de Residência Médica e área Multidisciplinar, a realização de outros três cursos, onze simpósios e um Congresso Multidisciplinar.

Relatório Anual 2015

51


Ensino e Pesquisa

FIGURA 17 - EVENTOS DE EDUCAÇÃO CONTINUADA REALIZADOS PELA DEP NO ANO DE 2015

52

VAGAS DISPONIBILIZADAS

DATA

LOCAL

Enfermeiro e técnicos de enfermagem

80

11/04/2015

SCMM

CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM INFECÇÕES RELACIONADAS COM A ASSISTÊNCIA EM SAÚDE (IRAS)

Corpo clínico, residentes e equipe multiprofissional.

100

25/04/2015

SCMM

I SIMPÓSIO DE MEDICINA HIPERBÁRICA

Corpo clínico, residentes e equipe multiprofissional

100

11/06/2015

SCMM

I JORNADA DE TRAUMA DE MEMBROS INFERIORES

Médicos ortopedistas e residentes

50

07 e 08/08/2015

HOTEL JATIÚCA

SIMPÓSIO DE PSICOLOGIA

Psicólogos da Santa Casa e público externo

100

15/08/2015

SCMM

ATUALIZAÇÃO EM TROMBOEMBOLISMO VENOSO

Corpo clínico, residentes, equipe multiprofissional

100

17/08/2015

SCMM

I SIMPÓSIO DE ONCOLOGIA "NEOPLASIA DO APARELHO DIGESTIVO"

Corpo clínico, residentes, equipe multiprofissional e público externo.

100

04 e 05/09/2015

SCMM

ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA FISIOTERAPEUTAS

Fisioterapeutas da Santa Casa e público externo

50

03/10/2015

SCMM

ATUALIZAÇÃO EM CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA - PICC

Corpo clínico, residentes e Enfermeiros da SCMM.

30

05/10/2015

SCMM

ATUALIZAÇÃO EM TROMBOEMBOLISMO VENOSO E ANTICOAGULAÇÃO ORAL

Angiologistas de SCMM e externos

24/10/2015

SCMM

ATUALIZAÇÃO EM TROMBOEMBOLISMO - COMPRESSÃO PNEUMÁTICA

Corpo clínico, residentes e equipe multiprofissional.

50

23/11/2015

SCMM

TREINAMENTO EM EMERGÊNCIA CARDIOVASCULAR AVANÇADO EM ADULTO TECA-A III

Corpo clínico, residentes e enfermeiros da SCMM.

32

16 e 17/06/2015

SCMM

TREINAMENTO EM EMERGÊNCIA CARDIOVASCULAR AVANÇADO EM ADULTO TECA-A IV

Corpo clínico, residentes e enfermeiros da SCMM.

32

28 e 29/11/2015

SCMM

CONGRESSO SCMM

Corpo clínico, residentes, equipe multiprofissional e público externo.

500

20 e 21/11/2015

HOTEL JATIÚCA

EVENTOS 2015

PÚBLICO-ALVO

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE SONDAS, CATETERES E DRENOS.

Relatório Anual 2015

50


Ensino e Pesquisa

Congresso Multidisciplinar 2015 Com o tema "Qualidade e Segurança em Saúde - o

plando assuntos relacionados à assistência e à gestão, e

paciente no foco do cuidado", foi realizado no período de

contou com a presença de ilustres convidados nacionais e

20 a 21 de novembro de 2015, no Centro de Convenções

internacionais, dentre eles José Carlos Abrahão (Presidente

do Hotel Jatiúca, em Maceió, o "Congresso Multidiscipli-

da ANS), Francisco Balestrin (Presidente da ANHAP), José

nar 2015 da Santa Casa de Maceió".

Rubens Covello (Presidente do IQG) e Denise M. Cardo, do

O evento ocorreu em duas salas simultâneas, contem-

Centro de Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos.

FIGURA 18 - MOMENTO DO CONGRESSO MULTIDISCIPLINAR 2015 DA SCMM

Convênio com a Casa da Palavra A Santa Casa de Maceió estabeleceu convênio de

de estudantes e profissionais da área da saúde no aten-

cooperação técnico-científica com a "Casa da Palavra",

dimento a emergências em diversas especialidades

instituição que realiza, anualmente, há trinta anos, o

clínicas. O convênio permite a participação gratuita de

"Curso de Emergências Clínico Cirúrgicas". O curso

médicos residentes e de outros profissionais da insti-

destina-se a intensificar a experiência teórica e prática

tuição no curso.

Relatório Anual 2015

53


Ensino e Pesquisa

FIG. 19 - PERFIL DOS PROFISSIONAIS QUE PARTICIPARAM DO XXX CURSO DE EMERGÊNCIAS CLÍNICO CIRÚRGICAS

PARTICIPANTES

FUNÇÃO/SERVIÇO

04

CIRURGIA GERAL

01

UORR / MÉDICA

02

CLÍNICA MÉDICA / RESIDENTE

01

OTORRINOLARINGOLOGIA / RESIDENTE

03

EMERGÊNCIA / ENFERMEIRA

04

EMERGÊNCIA / TÉCNICA DE ENFERMAGEM

FIGURA 20 - ASSINATURA DO CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA COM A CASA DA PALAVRA

Visita técnica A Santa Casa de Maceió compartilha conhecimento com outras instituições por meio de visitas técnicas relacionadas ao ensino e pesquisa.

FIGURA 21 - VISITAS TÉCNICAS SOLICITADAS À SCMM EM 2015.

ÁREAS

54

QUANTIDADE DE VISITANTES

MEDICINA

50

FARMÁCIA

08

RADIOLOGIA

13

Total

71

Relatório Anual 2015


Ensino e Pesquisa

4. Atividades de pesquisa A instituição continua a funcionar como campo de

centual de pesquisas institucionais (22%), quando

pesquisa para as IES com as quais possui convênios de

comparado ao montante de investigações realizadas por

cooperação científica, mantendo ainda um baixo per-

profissionais de outras instituições (78%).

FIGURA 22 - DISTRIBUIÇÃO DAS PESQUISAS INICIADAS NA SCMM EM 2015

PESQUISAS REALIZADAS NA SANTA CASA

2012

2013

2014

2015

INSTITUCIONAIS (GERAL)

03

05

12

08

INSTITUCIONAL - MULTICÊNTRICO

01

01

02

01

DOUTORADO

00

00

01

00

MESTRADO (2 INSTITUCIONAIS)

00

05

03

05

TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DE GRADUAÇÃO

23

21

27

28

OUTROS PROJETOS DE PESQUISA

07

07

10

08

TOTAL

34

39

55

50

Espera-se a mudança gradual, mas ininterrupta desse

atual observada nos PRMs para a realização de pesquisas

cenário, com o aumento progressivo no número de projetos

institucionais, que servem para delineamento das linhas

institucionais, principalmente em função da busca cada

de pesquisa da especialidade (o que contribui para a cons-

vez mais frequente dos preceptores dos diversos PRMs por

trução de uma identidade institucional na área da

Cursos de Pós-Graduação Stricto sensu. Tais cursos

pesquisa), bem como para a apresentação de trabalhos

fornecerão os instrumentos necessários para a realização

científicos pelos médicos residentes em congressos das

de pesquisas com maior impacto científico.

respectivas especialidades e também para a realização dos

Faz-se necessário, entretanto, o registro da tendência

trabalhos de conclusão da residência (TCRs).

FIGURA 23 - TRABALHOS APRESENTADOS EM CONGRESSOS E TCRS PELOS DIVERSOS PRMS DA SCMM NÚMERO DE TRABALHOS

NÚMERO DE TRABALHOS DE

EM CONGRESSOS

CONCLUSÃO DA RESIDÊNCIA (TCR)

ANESTESIOLOGIA

01

00

CANCEROLOGIA CIRÚRGICA

09

00

CLÍNICA CIRÚRGICA

01

00

CÍNICA MÉDICA

08

04

ORTOPEDIA

00

01

OTORRINOLARINGOLOGIA

01

01

TOTAL

20

06

PRM

Relatório Anual 2015

55


Ensino e Pesquisa

5. Atividades de extensão A instituição manteve a realização de campanhas de

de extensão foram mantidos "Programa de Aleitamento

prevenção de doenças crônicas com a sociedade, promovendo

Materno", do Hospital Nossa Senhora da Guia; "Envelheci-

a interação de profissionais e estudantes com a comunidade,

mento Ativo", do Serviço de Geriatria da SCMM; "Oncologia

fora do âmbito do hospital.

na Estrada", do Serviço de Oncologia da SCMM, e o trabalho

No complexo da Santa Casa de Maceió todos os programas

ininterrupto da Rede de Combate Feminina ao Câncer.

FIGURA 24 - AÇÕES DE EXTENSÃO REALIZADAS PELA DEP JUNTO À COMUNIDADE EM 2015 AÇÃO DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E

DATA

PARCERIAS

PÚBLICO-ALVO

26/04/2015 DEPARTAMENTO DE CARDIOLOGIA

COMBATE À HIPERTENSÃO ARTERIAL

250

DA MULHER; UFAL; CESMAC

DIA NACIONAL DE COMBATE AO TABAGISMO 30/05/2015 DEPARTAMENTO DE CARDIOLOGIA

375

DA MULHER; UFAL; CESMAC DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO DAS

12/11/2015 SOCIEDADE BRASILEIRA DE ARRITMIAS

ARRITMIAS CARDÍACAS E MORTE SÚBITA NOVEMBRO AZUL - PREVENÇÃO

283

CARDÍACAS; UFAL; CESMAC 20/11/2015 SERVIÇO DE UROLOGIA SCMM; UNCISAL

60

DO CÂNCER DE PRÓSTATA

Conclusão Em 2015, a Santa Casa de Maceió consolidou as ativi-

gicas, principalmente no que diz respeito a:

dades de ensino (mantendo sua condição de Hospital de Ensino); ampliou o número de Programas de Residência

a) Ensino e Pesquisa (Disseminar a cultura da melhoria

Médica reconhecidos pela CNRM; realizou um maior número

contínua por meio de ações de ensino, aprendizagem e

de treinamentos, capacitações, simpósios, cursos e o seu

produção do conhecimento);

Congresso Multidisciplinar (de ocorrência bianual). Inovou, ainda, ao realizar o MBA in company em "Gestão da

b) Inovação (Estimular a cultura de novas ideias,

Qualidade em Saúde". Além disso, há evidências da par-

através do fomento à criatividade, buscando diferencial e

ticipação de colaboradores e de integrantes do corpo

pioneirismo, atendendo às necessidades de negócio);

clínico em outros cursos de pós-graduação Lato sensu e Stricto sensu, de interesse institucional.

c) Qualidade (Promover excelência por meio da reali-

Na área da pesquisa, a instituição avançou na quantidade e na qualidade da pesquisa institucional e como há

zação de boas práticas que assegurem a melhoria contínua da qualidade em todos os processos da organização); e

um maior número de profissionais realizando pósgraduação Stricto sensu, espera-se que esse avanço seja

d) Integração (Realizar assistência em saúde através

cada vez mais celére no sentido da construção de uma

da prática e valorização da interdisciplinaridade), que são

identidade institucional também nessa área.

também permeados pelos demais como Ética, Filantropia,

Em conjunto, essas ações reafirmam os valores da Santa Casa de Maceió descritos em suas Diretrizes Estraté-

56

Humanização, Sustentabilidade, Responsabilidade sócioambiental.

Relatório Anual 2015


Riscos e Práticas Assistenciais

A

linha de frente da Santa Casa de Maceió reúne os profissionais da área de riscos e práticas assistenciais. São

eles que conduzem, planejam e executam as ações assistenciais que fazem a diferença na vida dos pacientes

desde o momento em que ingressam na Santa Casa de Maceió até a hora da alta hospitalar.

Programas de prevenção A Santa Casa de Maceió ampliou seus investimentos

Esses programas são premissas básicas e norteadoras

no aprimoramento das melhores práticas assistenciais,

dos processos assistenciais para evitar a ocorrência de

buscando diminuir os riscos aos pacientes e garantindo a

eventos, tais como sangramentos, glicemia instável, bron-

segurança dos processos.

coaspiração, infecções, quedas, úlceras por pressão, flebites

Neste contexto, foram destacadas a implementação do

e extravasamento de quimioterápicos.

plano terapêutico e da visita multidisciplinar, que permitem

O gerenciamento desses programas consiste na

à equipe programar a assistência, avaliar diariamente a

prevenção e na análise crítica dos fatores predisponentes

evolução do paciente e identificar os fatores potenciais de

com o objetivo de identificar as ações de melhoria, for-

riscos individuais.

talecendo a linha do cuidado ao paciente.

Relatório Anual 2015

57


Riscos e Práticas Assistenciais

Operação Mãos Limpas A higienização das mãos apresenta-se como a mais

de higienização das mãos. Em 2015, foi lançada a décima

simples e importante medida de prevenção da infecção noso-

edição da Campanha Operação Mãos Limpas, através da

comial. Neste sentido, é imprescindível a conscientização e

elaboração de banners educativos (foto 3) afixados estrate-

a motivação dos profissionais de saúde e dos responsáveis

gicamente nas dependências da instituição. Também

pelo paciente em lavá-las adequadamente.

investiu-se na revisão da infraestrutura necessária, em treina-

Há 26 anos, a Comissão de Controle de Infecções da insti-

mentos e supervisões setoriais periódicas (foto 4), reforçando

tuição vem realizando um trabalho pautado nas recomen-

a higienização das mãos com base nos cinco momentos

dações do Ministério da Saúde para a garantir a prática segura

oportunos para a correta execução desta ação. FOTO 4. TREINAMENTOS E SUPERVISÕES PERIÓDICAS

FOTO 3. BANNERS EDUCATIVOS

Projeto Guardião A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) é um evento estudado especialmente em pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

58

Maceió um programa de prevenção destas infecções, denominado Projeto Guardião. Ao longo do ano de 2015, em função da mudança do

Estes eventos estão relacionados a enfermos em estado

perfil epidemiológico da instituição, a unidade sede registrou

crítico, a portadores de comorbidades, pacientes com graves

um aumento significativo na idade e no perfil de gravidade

sequelas neurológicas ou que usaram respirador mecânico

dos pacientes internados. Igualmente observou-se a melhoria

por longos períodos.

na adesão às melhores práticas pelos profissionais das

Entre suas consequências, está o prolongamento do

unidades de terapia intensiva, o que determinou um grande

tempo de internação, aumento do custo hospitalar e possi-

impulso na prevenção e controle das infecções relacionadas

velmente a elevação da taxa de mortalidade. Com o objetivo

à assistência aos pacientes destas unidades, conforme

de diminuir sua ocorrência, foi adotado na Santa Casa de

observado no Gráfico 2 ( a seguir).

Relatório Anual 2015


Riscos e Práticas Assistenciais

GRÁFICO 2. TAXADE ADESÃO ÀS MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE PAVM - 2015

95

100

96

100

95

92 79

92

85

89 76

78

82

68 69

63

63

83 79

53

Cabeceira

Interrupção da

Avaliação

Higiene Oral com

Pressão de

Elevada %

Sedação %

Ventilatória

Clorexidina %

Balonete%

UTI A

UTI B

UTI C

UTI D

O pacote de medidas conhecido como bundles foi uma

execução. A taxa de adesão a este protocolo obteve um

das mais importantes condutas adotadas para a redução da

aumento importante em 2015, partindo de 42% em

incidência de complicações vinculadas à ventilação mecânica.

janeiro e chegando ao final de dezembro em 92%. Para

Trata-se de uma avaliação diária da possibilidade de

isso, foi desenvolvido um trabalho em conjunto com a

extubação do paciente submetido a ventilação mecânica.

equipe de fisioterapeutas, que culminou com o aumento

Em vista disso, a Santa Casa de Maceió adotou o

da conscientização da importância do protocolo para a

Protocolo de Desmame Ventilatório, que conta com a par-

assistência segura ao paciente, conforme demonstrado

ticipação ativa da equipe multidisciplinar para a sua

no Gráfico 3.

GRÁFICO 3. PROTOCOLO DE DESMAME VENTILATÓRIO - TAXA DE ADESÃO 2015

Relatório Anual 2015

59


Riscos e Práticas Assistenciais

Segurança nos procedimentos invasivos A prevenção de infecções relacionadas aos dispositivos

sobrevivência de pacientes potencialmente graves e em

invasivos, inclusive do cateter venoso central (CVC), tem sido

extremos de idade, com dificuldade de acesso venoso e impor-

um desafio nas instituições de saúde por estar associada, prin-

tante comprometimento da imunidade.

cipalmente, ao tempo de uso destes procedimentos. O CVC

O complexo Santa Casa de Maceió tem demonstrado

vem sendo cada vez mais utilizado, especialmente nas unidades

resultado positivo nas suas ações de prevenção e controle

de terapia intensiva em virtude do desenvolvimento das novas

destas infecções em comparação aos principais hospitais

tecnologias na área médica, que proporcionam o aumento da

brasileiros e americanos, conforme tabelas 1 e 2.

INDICADORES SANTA CASA FAROL E MATRIZ - 2015 IRAS CVC - TAXA POR 1000 Santa Casa Farol

Santa Casa Matriz

NHSN/2011

ANAHP/2014

UTI Adulto

1,3

1,2

2,0

3,5

UTI Neonatal

0,8

NA

0,7

6,7

UTI Pediátrica

0,0

NA

1,8

4,8

TAXA UTILIZAÇÃO CVC Santa Casa Farol

Santa Casa Matriz

NHSN/2011

ANAHP/2014

UTI Adulto

46,9%

67,7

56%

54%

UTI Neonatal

45,9%

NA

16%

27%

UTI Pediátrica

25,5%

NA

47%

42%

Santa Casa Matriz

ANAHP/2014

Mortalidade Cirúrgica até 07 Dias

0,9

0,3

Mortalidade Hospitalar

3,2

2,0

Demarcação Cirúrgica

73,7

64,1

MORTALIDADE

Segurança na administração medicamentosa O Serviço de Farmácia Clínica da Santa Casa de Maceió

valores atribuídos a critérios previamente estabelecidos como

é responsável pelo acompanhamento farmacoterapêutico

idade, comorbidades, uso de medicamentos de risco, uso de

do paciente. As situações de risco evidenciadas são pron-

sonda de alimentação enteral entre outros. A constatação do

tamente sinalizadas ao corpo clínico e aos demais membros

aumento de pacientes de alto risco ao longo do período serviu

da equipe. A imediata adesão às orientações evita a ocor-

de parâmetro para a evolução das atividades farmacêuticas no

rência de erros de medicação.

sentido de redimensionar as ações, na vigilância e promoção

Os pacientes são acompanhados de acordo com a soma de

60

da melhoria da segurança do paciente.

Relatório Anual 2015


Riscos e Práticas Assistenciais

GRÁFICO 5. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO RELACIONADO AO USO DE MEDICAMENTOS

55,4% 44,7%

42,3% 33,7%

13%

10,9%

BAIXO

MODERADO

2014 A constatação do aumento de pacientes de alto risco

ALTO

2015 do paciente.

ao longo do período serve de parâmetro para a evolução

De acordo com a análise dos resultados, foram definidos

das atividades farmacêuticas no sentido de redimensionar

os critérios para atuação da farmácia clínica na instituição,

as ações, na vigilância e promoção da melhoria da segurança

priorizando o atendimento diário aos pacientes de alto risco.

TABELA DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO RELACIONADO AO USO DE MEDICAMENTOS

Relatório Anual 2015

61


Riscos e Práticas Assistenciais

Outro exemplo de boa prática na assistência farmacêutica é o registro de princípios ativos, evitando eventos

lar, que se tornam desnecessários pela mudança do estado de saúde do paciente.

adversos graves que poderiam ocorrer caso haja prescrição

O Serviço de Psicologia, em concordância com o que é

destes medicamentos aos pacientes que possuem alergias.

preconizado pela instituição, se utiliza de mecanismos

Além disso, todos os pacientes admitidos são entrevis-

para contribuir com a equipe multidisciplinar no moni-

tados por farmacêuticos clínicos para promover a reconci-

toramento das ações que garantam a segurança do paciente.

liação medicamentosa na admissão, na transferência inter-

Sendo assim, gerencia o risco de enfermos com possíveis

setorial e na alta hospitalar, ou seja, analisar as interações

distúrbios relacionados a medicamentos. Este indicador

dos medicamentos prescritos em relação aos medicamentos

permite uma parceria com as equipes médica, de farmácia

de uso contínuo em domicílio. Os casos de não adequação

e de enfermagem, proporcionando resultados relevantes

são comunicados aos médicos para ajuste da prescrição.

com os pacientes estratificados com o risco. Desta forma,

A reconciliação medicamentosa é de fundamental

intervenções precoces adotadas por estes profissionais têm

importância na prática de segurança do paciente, pois evita

evitado que questões medicamentosas resultem em

erros relacionados à suspensão indevida de tratamentos

demandas comportamentais que possam impactar de forma

realizados em domicílio, bem como erros relacionados à

negativa no processo de tratamento e hospitalização dos

continuidade de tratamentos dentro do ambiente hospita-

pacientes.

Cuidando de quem cuida Outra ação proporcionada pelo Serviço de Psicologia

o objetivo de trabalhar questões pessoais e diminuir as

está direcionada aos profissionais da instituição em espaços

eventuais interferências de ordem psíquica nas relações

diferenciados de escuta e de possibilidades distintas de

interpessoais durante a realização das práticas assisten-

intervenções interdisciplinares. O Projeto "Ao Colaborador"

ciais. Isso garante a segurança do paciente e contribui para

visa oferecer assistência psicológica ao profissional, com

a redução do absenteísmo.

Informação é o melhor remédio

62

O Projeto Mama, com o grupo Mulheres Vencedoras, em

projeto envolve a comunidade alagoana, haja vista a

parceria com a Rede Feminina de Combate ao Câncer, propõe

importância de um melhor esclarecimento sobre a doença,

a melhoria da adesão dessas mulheres ao seu tratamento,

seu tratamento e a sua possibilidade de cura, favorecendo

ao autocuidado e a uma melhor qualidade de vida. O referido

a desmistificação frente a esta enfermidade.

Relatório Anual 2015


Riscos e Práticas Assistenciais

PROJETO MAMA - MULHERES VENCEDORAS

as intervenções da Psicologia têm proporcionado à equipe multidisciplinar uma assistência de qualidade, assegurando ao paciente redução no tempo de hospitalização e amenizando questões advindas do processo de tratamento.

Time de Resposta Rápida (TRR) O Time de Resposta Rápida (TRR) é composto por uma equipe de médicos, fisioterapeutas e enfermeiros cuja

inibindo transferências desnecessárias para as unidades de terapia intensiva.

função é acolher prontamente os chamados da enferma-

Observou-se uma taxa de 1,3% de paradas cardiorres-

gem, mediante a constatação da necessidade de atendi-

piratórias registradas pelo serviço nas unidades abertas,

mento de urgência, caracterizada pelo escore de deterio-

com uma resolutividade de 55% em reanimação cardiopul-

ração clínica (MEWS - Modified Early Warning Score) do

monar, em pacientes elegíveis, confirmando a importân-

paciente assistido nas unidades de internação (exceto

cia da intervenção precoce na assistência ao paciente estra-

UTI).

tificado adequadamente.

Em 2015, foram avaliados 670 atendimentos realiza-

Neste estudo, a taxa de assertividade dos acionamen-

dos pelo TRR, sendo observado que 92% dos acionamen-

tos foi de 83%, melhorando substancialmente o atendi-

tos foram solucionados ainda nas unidades de origem,

mento aos casos de maior complexidade e inibindo seu

demonstrando com isso uma estabilização precoce e

agravamento.

Relatório Anual 2015

63


Riscos e Prテ。ticas Assistenciais

Jejum Abreviado ADESテグ 2014 X 2015

90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0%

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

2014

26,9%

34,4%

45,5%

45,1%

33,3%

32,7%

36,6%

20,6%

30,2%

31,6%

39,7%

41,0%

2015

39,7%

43%

55,5%

60,0%

73,6%

61,6%

70,5%

84,1%

50,5%

63,2%

62,5%

79,9%

TEMPO DE JEJUM (H) 2014 X 2015

6 5 4 3 2 1 0

64

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

2014

5,03

4

5,29

4,26

5,1

5,2

3,3

5

5,1

4,47

4,26

4,17

2015

4,31

4,43

4,5

4,5

5,2

4,2

4,2

4,25

4

4,4

5

4,26

Relatテウrio Anual 2015


Riscos e Práticas Assistenciais

Protocolo de TEV O termo Tromboembolismo Venoso (TEV) engloba a

quando se considera a redução da morbidade hospitalar.

trombose venosa profunda e o tromboembolismo pulmonar.

Os resultados obtidos na Santa Casa de Maceió, após

Segundo a literatura, trata-se de uma condição poten-

a implantação do protocolo, apontam para níveis cres-

cialmente grave, estando associada de 5 a 10% das mortes

centes da correta tromboprofilaxia intrahospitalar, tanto

em pacientes hospitalizados. Sem profilaxia adequada, a

medicamentosa, quanto mecânica, através das manobras

incidência de TEV durante internação hospitalar varia de

de fisioterapia. Com isso, os eventos de TEV diminuíram

10 a 40% entre pacientes clínicos e 40% a 60% em

significativamente, conforme demonstrado no gráfico 4,

pacientes cirúrgicos, principalmente após grandes cirurgias

ficando evidente a importância da abordagem transdis-

ortopédicas. Portanto, a tromboprofilaxia é essencial

ciplinar para a sua efetividade.

PROTOCOLO DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO / TAXA DE ADESÃO X TAXA DE EFETIVIDADE

120,0 100,0 80,0 60,0 40,00 0,0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul/ Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul/ Ago Set Out Nov Dez /14 /14 /14 /14 /14 /14 14 /14 /14 /14 /14 /14 /15 /15 /15 /15 /15 /15 15 /15 /15 /15 /15 /15 T. Adesão (%)

37,8

25,8

14,3

32,1

27,9

46,5

51,0

37,5

70,6

67,4

71,1

58,9

81,6

70,6

70,0

60,0

68,3

50,9

65,6

63,2

65,1

66,0

56

66,6

T. Efetividade (%)

97,7

96,7

97,6

100

100

100

98,0

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

98,0

100

Relatório Anual 2015

65


Riscos e Práticas Assistenciais

Uso racional de antimicrobianos Atualmente a resistência microbiana emergiu como um

Pautadas nas diretrizes clínicas estabelecidas pelos

dos principais problemas de saúde pública em todo o mun-

órgãos representativos das especialidades médicas, e

do. O uso crescente de antimicrobianos exerce um papel

adaptadas ao perfil microbiológico da instituição, podemos

importante neste processo por mecanismos adaptativos

observar que as principais infecções tratadas no hospital

desenvolvidos pelas bactérias e fungos. Uma das estraté-

têm mantido uma excelente taxa de adesão quanto aos

gias para evitar o uso inadequado destes fármacos é a

focos intra-abdominais, trato urinário, pneumonia

adoção de medidas normativas relacionadas aos padrões

adquirida na comunidade e neutropenia febril.

de prescrição.

No ano de 2015, foram avaliadas pelos profissionais

O programa de uso racional de antimicrobiano desen-

médicos da Comissão de Controle de Infecções (CCIH) 5.069

volvido pela Comissão de Controle de Infecções (CCIH) da

solicitações de antimicrobianos de uso restrito prescritos

Santa Casa de Maceió tem como foco o melhor resultado

na unidade Sede (Centro) e na Unidade Oncológica Rodrigo

terapêutico e eficácia clínica com menores efeitos cola-

Ramalho (Prado). Observou-se um aumento significativo

terais destas drogas. Como consequência, prevenimos o

em relação ao ano anterior, que se explica pela mudança da

surgimento de patógenos resistentes, internações recor-

complexidade dos pacientes internados no último ano. Nesta

rentes e o aumento dos custos relacionados ao tratamento

amostra, verificou-se uma adesão média em torno de 92%

dos casos de infecções.

às diretrizes das patologias mais incidentes (Gráfico 4).

92%

94%

92%

93%

91% 91%

92%

92%

NOV/15

95%

94%

OUT/15

PERCENTUAL DE ADESÃO AO PROTOCOLO DE PROFILAXIA ANTIMICROBIANA NO PERÍODO PERIOPERATÓRIO

91%

66

Relatório Anual 2015

DEZ/15

SET/15

AGO/15

JUL/15

JUN/15

MAIO/15

ABR/15

MAR/15

FEV/15

JAN/15

86%


Riscos e Práticas Assistenciais

Cirurgia segura No primeiro semestre de 2015, a Gerência de Riscos e

A iniciativa teve o apoio da empresa Johnson e Johnson.

Práticas Assistenciais implementou o Protocolo de Cirurgia

Este momento evidenciou a importância da realização

Segura aperfeiçoando a metodologia de realização da lista

do checklist durante os procedimentos cirúrgicos, a

de verificação no período perioperatório. Este protocolo

exemplo do que é praticado na aeronáutica, controlando

tem por objetivo identificar corretamente o paciente a ser

riscos evitáveis e salvando vidas.

operado, bem como o tipo e o local exato da cirurgia pro-

Participaram do evento em torno de 75% dos cirurgiões

gramada, além de checar a disponibilidade de todos os

e anestesiologistas do corpo clínico e mais de 85% dos

produtos, equipamentos e profissionais envolvidos antes,

colaboradores das unidades envolvidas na linha cirúrgica

durante e após o procedimento.

(Foto 1). A partir da sensibilização dos profissionais foram

Neste contexto, foi realizado um primeiro workshop

realizados treinamentos específicos com a equipe de enfer-

de sensibilização da equipe cirúrgica do hospital, que

magem do Centro Cirúrgico Geral e com boa parte dos

contou com um profissional da Força Aérea Americana,

médicos através de reuniões com as especialidades e simu-

comandante Steven Montague, como facilitador do evento.

lações realísticas, dentro das salas de cirurgia.

FOTO 1. APÓS ESSE MOMENTO, FOI INICIADA A IMPLANTAÇÃO DO CHECKLIST COM A PARTICIPAÇÃO DA EQUIPE CIRÚRGICA, VISANDO À PREVENÇÃO DOS RISCOS PARA OS PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS

Relatório Anual 2015

67


Riscos e Práticas Assistenciais

FOTO 2 - CHECKLIST (SO)

Após a implantação do Projeto Cirurgia Segura, uma

68

para os pacientes durante o período perioperatório.

pesquisa com os médicos que atuam no Centro Cirúrgico

Nesse período foi efetivado o gerenciamento do

confirmou a adesão do corpo clínico do Hospital a esta

Protocolo de Cirurgia Segura, ampliando o trabalho desen-

importante medida de prevenção e de controle de riscos

volvido em conjunto com a Comissão de Controle de

relacionados ao procedimento cirúrgico.

Infecções (CCIH) nas últimas décadas.

Mais de 60% dos médicos que responderam à pesquisa

Em 2015, foi registrada uma taxa média de 0,9% de

têm mais de 5 anos de atividades na Santa Casa de Maceió.

infecções relacionadas ao sítio cirúrgico (ISC), índice este

Destes, cerca de 90% já estão realizando o checklist antes,

comparado à incidência de ISC nas principais instituições

durante e após as cirurgias. Foi unânime a opinião de que

acreditadas do país, que fazem parte da Associação

não houve atrasos na cirurgia por conta deste procedimento

Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), conforme

e que a realização da lista de verificação diminuiu os riscos

observado no Gráfico 1.

Relatório Anual 2015


Riscos e Práticas Assistenciais

GRÁFICO 1. INCIDÊNCIA MENSAL DE INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) - 2015

0,5

0,7

0,7

0,4

0,3

NOV/15

DEZ/15

JUN/15

MAIO/15

ABR/15

MAR/15

FEV/15

JAN/15

0,7

OUT/15

0,9

SET/15

1,0 0,3

JUL/15

1.1

AGO/15

2,3 2.0

Protocolo Institucional de Sepse A definição de Sepse abrange as situações nas quais

contínuos para as equipes multidisciplinares com foco na

se estabelece a síndrome de resposta inflamatória sistêmica

identificação precoce dos sinais de SIRS. Também enfa-

(SIRS, do inglês Systemic Inflammatory Response

tizou-se o uso da ferramenta MEWS e a busca ativa diária

Syndrome), desencadeada por uma infecção.

nos leitos, intervindo imediatamente nas ações para

No período de outubro de 2011 a setembro de 2015,

prevenir a evolução da doença através do tratamento

a Santa Casa de Maceió implementou diversas ações de

precoce do foco infeccioso. O resultado desse esforço foi

combate à Sepse. Todas elas foram baseadas na estraté-

a redução efetiva da taxa de mortalidade decorrente desta

gia de abordagem deste protocolo, de acordo com as orien-

grave enfermidade.

tações do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS).

Como resultado, foi registrada uma diminuição de 53% na

A criação do Comitê Gestor da Sepse direcionou suas

mortalidade ao longo do período descrito, tomando-se como

ações para a efetiva adesão e divulgação maciça do

referência a taxa inicial deste indicador no início do projeto,

protocolo no hospital com a realização de treinamentos

o que representa 764 vidas salvas nos últimos cinco anos.

INDICADORES ASSISTENCIAIS 2011-2015

65%

66%

58% 53%

54%

37%

adesão óbito

22%

22% 18%

2011

2012

2013

21%

2014

Relatório Anual 2015

2015

69


Unidades de Internação

A

gestão das unidades de internação envolve a articulação e operacionalização dos vários times e fluxos que

dão suporte à assistência ao paciente. Neste sentido, vale destacar alguns indicadores que revelam a dimensão

do atendimento realizado na Santa Casa de Maceió em diferentes áreas da assistência.

Gestão do acesso Visando à certificação internacional, a Santa Casa de

no processo cirúrgico participam de uma reunião diária

Maceió definiu uma série de diretrizes administrativas e

onde são discutidos os pacientes cirúrgicos agendados para

técnicas para acesso ao hospital denominada Diretrizes da

o dia seguinte. A sistemática foi batizada de "Bate-Mapa".

Gestão do Acesso.

Esta ação conferiu um grande salto de qualidade na progra-

Nesta visão sistêmica do acesso, todos os envolvidos

70

mação cirúrgica, que pode ser observada no gráfico a seguir:

Relatório Anual 2015


Unidades de Internação

(OPE) CANCELAMENTOS DE CIRURGIA RELACIONADOS AO SETOR DE INTERNAÇÃO - MATRIZ

Ainda com foco na Gestão do Acesso, tiveram prossegui-

pacientes oriundos da emergência 24 horas. Neste sentido, re-

mento, em 2015, as ações de 2014 para internação dos

gistrou-se uma redução no tempo de internação. Gráfico abaixo.

INTERNAÇÃO EMERGÊNCIA

Fonte: BI/SISTEMA MV 2000

Um dos destaques de 2015 na área de internação foi o novo espaço de acolhimento dos pacientes de convênio e particulares. A nova recepção conta com um ambiente totalmente exclusivo para internações, incluindo a instalação de um totem de alto atendimento onde é possível acompanhar todas as demandas de serviço do setor (internação, pré-internação, transferências) assim como os pacientes programados que constam no totem, com horário e médico da cirurgia correspondente, mostrando assim as prioridades das internações.

Relatório Anual 2015

71


Unidades de Internação

GRÁFICO 1 - QUANTIDADES DE CIRURGIA POR ESPECIALIDADE Outros

921

Neurocirurgia

291

Cirurgia Cardíaca

318

Cirurgia Plástica

404

Cirurgia Cabeça e Pescoço

534

Cirurgia Urológica

639

Cirurgia Torácica

720

Otorrinolaringologia

1385

Ortopedia

1798

Oncologia

2365

Geral

4184 Fonte: BI/SISTEMA MV 2000

GRÁFICO 2 - SÉRIE HISTÓRICA DE CIRURGIAS NA SCMM CENTRO QUANTIDADE DE CIRURGIAS/ ANO

12958

13145

2006

2007

14568

14568

2008

2009

14916 15676

15374 15648

15130 13559

10709

2005

2010

2011

2012

2013

2014

2015

Fonte: BI/SISTEMA MV 2000

No Gráfico 2., é possível comprovar a redução de 1.571

hospital conta agora com duas salas exclusivas para a

procedimentos em 2015, em relação ao ano anterior. Tal

cirurgia cardíaca. Ao longo do ano, algumas ações foram

movimento descendente deve-se a alguns fatores, tais

e continuam sendo desenvolvidas para o aumento do

como: migração de cirurgias vascular e otorrinolaringolo-

número de cirurgias de alta complexidade. Entre tais ini-

gia de pequeno porte do SUS para o Hospital Nossa Senhora

ciativas estão a criação da UTI pós-cirúrgica; equipe de

da Guia; a migração de cirurgias obstétricas, pediátricas

enfermagem treinada por especialidade; apoio de corredor;

e outras especialidades de pequeno e médio porte para a

a Central de Material Esterilizado (CME), assumindo o

Santa Casa Farol, entre outros, ficando o complexo-sede

arsenal lotado no centro cirúrgico; kit's por especialidade;

da Santa Casa de Maceió para realizar procedimentos de

a presença de um técnico de engenharia clínica e ma-

alta complexidade.

nutenção lotado no centro cirúrgico, entre outras. Algumas

No ano de 2015, houve a junção do centro cirúrgico cardíaco com o centro cirúrgico geral, de tal forma que o

72

dessas ações já foram concluídas e apresentarão resultados em 2016.

Relatório Anual 2015


Unidades de Internação

GRÁFICO 3 - CIRURGIAS POR PORTE

7832

2952 2690

7515

2508

2124 911

PEQUENO

MÉDIO

GRANDE

1409

ESPECIAL

Fonte: BI Sistemas MV 2000

GRÁFICO 4 - DEMARCAÇÃO CIRÚRGICA

2015,5 2015

94%

2015

96% 77%

2014,5

2014

2014 2013,5 2013

2013

2012,5 2012 ano

adesão Fonte: Check List Centro Cirúrgico

Com uma taxa em média de 74%, em 2015 a meta a ser atingida é a realização de demarcação em 100% dos procedimentos cirúrgicos.

Relatório Anual 2015

73


Unidades de Internação

Marcação via web Com propósito de desenvolver melhores práticas na

bastando para isso ter acesso à web. Tal sistema já está

marcação de cirurgias, a Santa Casa de Maceió implantou

parametrizado com toda a capacidade instalada em

a marcação de cirurgias pela internet, onde o corpo de

relação a recursos humanos, equipamentos e instru-

cirurgiões pode marcar a cirurgia de qualquer local,

mentais.

Bate-mapa

74

Prática adotada em julho de 2015 após visita a hospitais

analisa cada uma das intervenções identificando as necessi-

renomados do país. A estratégia implica no seguinte: 48h ou

dades do paciente para a cirurgia. Tal prática reduziu em 3%

24h horas antes do procedimento, a equipe da linha cirúrgica

as suspensões de cirurgias por motivos institucionais.

Relatório Anual 2015


Gestão de Pessoas bjetivando superar as metas e implementar as

O

necessidades do público usuário dos serviços de saúde e

demandas decorrentes das Diretrizes Estratégicas

competitividade do mercado.

estabelecidas pela Instituição para o ano de 2015,

Para atender as exigências dos ambientes interno e

a Gerência Corporativa - Gestão de Pessoas elaborou planos

externo, focamos em aperfeiçoar o desempenho das nossas

de ações direcionados para Foco em Resultados, Desen-

equipes, bem como na melhoria dos processos adminis-

volvimento de Lideranças e Cultura Organizacional.

trativos/operacionais dos setores de Recrutamento e

Os desafios da área de Pessoas são imensos diante da

Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Creche, Pessoal

complexidade do segmento médico hospitalar e resulta-

e Relações Trabalhistas e processos técnicos dos setores

dos esperados com os projetos de expansão e moderniza-

(Serviço de Proteção Radiológica, Medicina e Segurança do

ção da Santa Casa de Maceió, bem como para atender às

Trabalho) que compõem a área de Gestão de Pessoas.

Relatório Anual 2015

75


Gestão de Pessoas

CAPTAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, ENGAJAMENTO E RETENÇÃO DE TALENTOS

INVESTIMENTO ANUAL EM TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO

R$ 325.876,18

R$ 339.749,84

2014

2015

R$ 289.469,40

2013

Fonte: SCMM / Sistema TOTVS

O investimento anual em Treinamento e Desenvolvi-

tenção do nível 3 da Acreditação ONA e a preparação para

mento foi mantido pela Instituição, sendo priorizadas as

a Acreditação Internacional Qmentum), planos de

ações do Programa Anual de Treinamento - PAT executa-

melhorias da Avaliação de Desempenho dos Colaborado-

das para cumprir as recomendações das Auditorias internas

res, além das demandas de capacitação e aperfeiçoamento

e externas relativas aos processos de Qualidade (manu-

previstas nos Planos de Ações Estratégicos e Táticos.

Programa de Desenvolvimento de Lideranças - PDL PALESTRA MAGNA DA ABERTURA DO PDL

76

Relatório Anual 2015


Gestão de Pessoas

Participantes

Lideranças 143 129

116

116

128

97

2015

2014

2013

Fonte: SCMM / Sistema TOTVS e GCA

O Programa de Desenvolvimento de Lideranças 2015

Processos, Técnicas de Liderança, Práticas de Gestão com

iniciou com os desafios da Liderança na construção de um

Pessoas, Gestão em Enfermagem Hospitalar e Desafios e

melhor ambiente de trabalho referenciando a pesquisa

Conquistas Rumo a Excelência Institucional.

realizada pelo Great Place to Work - GPTW para o Prêmio

Em paralelo, o Programa de Educação Executiva

Melhores Empresas para Trabalhar - Alagoas 2015. A for-

Coaching foi realizado com os Diretores, Superinten-

matação do programa foi elaborada com a segmentação

dentes, Gerentes Corporativos e Gestores de Unidades e

dos grupos de lideranças visando ao aperfeiçoamento das

trabalhou os pilares de Relacionamento Interpessoal,

práticas de gestão e contemplou 98,60% de nossos Líderes.

Motivação e Energização, Foco em Resultados e Trabalho

A programação contemplou as temáticas: Gestão de

em Equipe.

Avaliação de Desempenho por Competências COLABORADORES PARTICIPANTES DA AVALIAÇÃO 2.391 116

1.920

2.099

1.698

97

2013

2014

2015

A Avaliação de Desempenho por Competências foi aplicada

colaboradores, com no mínimo 06 meses de admissão, visando

em três perspectivas: competências técnicas, competências

a melhoria contínua de sua performance profissional mediante

comportamentais e responsabilidades. Foram avaliados 2.150

alinhamento às diretrizes institucionais.

Relatório Anual 2015

77


Gestão de Pessoas

Laboratório de Aprimoramento das Práticas Assistenciais A Santa Casa proporciona aos técnicos de enfermagem

assistencial, a partir de setembro, oferecendo a capacita-

recém-contratados, um Curso de Aprimoramento das Práticas

ção com carga horária de 100 (cem) horas sendo ministrada

Assistenciais com conhecimentos técnico-científico relativos

pela equipe multidisciplinar composta por profissionais de

à prestação da assistência de enfermagem institucional,

enfermagem, fisioterapia, psicologia, nutrição, fonoaudio-

visando obter profissionais bem preparados e comprometi-

logia, medicina, farmácia, administração e tecnologia da

dos com a excelência no cuidado e segurança do paciente.

informação.

Foram contemplados 110 (cento e dez) novos colabo-

O projeto oportuniza a preparação e qualificação dos

radores e o processo de aprendizado é embasado pela

novos colaboradores que chegam a instituição com gaps de

teoria, mas privilegia a prática em laboratório com

competências técnicas e comportamentais, gerando resul-

manuseio de equipamentos e realização de procedimentos

tados que propiciam segurança tanto ao colaborador quanto

que refletem os cuidados assistenciais diários executados

ao paciente que será assistido por um profissional co-

na Instituição.

nhecedor dos processos institucionais, afinado com a equipe

O Setor de Treinamento e Desenvolvimento implementou o Projeto Piloto do Laboratório com o apoio da área

multidisciplinar e comprometido com a excelência e segurança do paciente.

Aperfeiçoamento na Captação de Talentos COLABORADORES PARTICIPANTES DA AVALIAÇÃO CANDIDATOS

CANDIDATOS

CONVOCADOS

CONVOCADOS

MÉDIA

TEMPO MÉDIO

TEMPO MÉDIO DE

(SELEÇÃO

(SELEÇÃO

ANUAL -

DE REPOSIÇÃO

REPOSIÇÃO

GERAL

ASSISTENCIAL

R&S

COLABORADORES

ADMISSÕES

EXTERNA)

INTERNA)

COLABORADORES TURNOVER

2013

2.182

326

1.936

89

2.182

1,29

28

15

2014

2.566

725

2.434

94

2.566

1,89

37

36

2015

2.829

606

2.845

124

2.829

1,47

19

10

Fonte: SCMM / Sistema TOTVS

A velocidade do surgimento de novas tecnologias tem ocasionado o desaparecimento de grande parte do

tantes mudanças implementadas nas empresas.

trabalho tradicional, burocrático e repetitivo nas insti-

O Setor de Recrutamento e Seleção, diante dessa

tuições, além de diminuir o número de profissionais não

tendência do mercado, elaborou estratégia para atender

qualificados.

as demandas internas com foco nas competências e atri-

O cenário atual apresenta a necessidade de profissionais com habilidades multidisciplinares que detenham

78

capacidade de reagir e de se adaptar rapidamente às cons-

buições estabelecidas pela instituição e perfis dos profissionais requisitados pelas áreas/setores.

Relatório Anual 2015


Gestão de Pessoas

EVOLUÇÃO DO TURNOVER

Fonte: SCMM / Sistema TOTVS

Assim, a evolução positiva dos Indicadores Turnover e do Tempo de Reposição refletem a eficácia de diversas ações entre as quais destacamos: n Ampliação do número de Processos Seletivos Internos e Externos; n Parcerias com empresas para a captação de candidatos externos; n Utilização das mídias sociais da instituição (Portal, Facebook) na divulgação dos Processos Seletivos Externos; n Ampliação do número de candidatos externos participantes nas seleções; n Análise das principais causas de desligamento da instituição; n Planejamento para a realização simultânea de Processos Seletivos; n Banco de Talentos atualizado para atender às demandas e cumprimento da meta mensal (até 30 dias) do tempo médio de reposição e da meta do turnover (2,50%).

ABSENTEÍSMO GERAL

Fonte: SCMM / Sistema TOTVS

Relatório Anual 2015

79


Gestão de Pessoas

A ampliação do quadro de Colaboradores decorrente

trabalho utilizando a tecnologia como ferramenta para

dos projetos de expansão da Instituição, inclusive das

compartilhar as informações e indicadores com os Cola-

Unidades Externas (Hospital Nossa Senhora da Guia, Santa

boradores e suas Lideranças.

Casa Farol, Santa Casa Poço e Unidade Oncológica Rodrigo

Na implementação do Portal SCMM/TOTVS foram ela-

Ramalho), trouxe a necessidade dos Setores de Pessoal e

borados Manuais das rotinas de acesso ao sistema possi-

Relações Trabalhistas redesenharem seus processos de

bilitando agilidade na operacionalização, tais como:

n Colaboradores - Acesso à ficha funcional e registro de ponto; - Acesso ao contracheque com opções de cópia e impressão; n Lideranças n Acesso ao registro de ponto dos colaboradores de suas equipes para controle, análise e validação das justificativas (atrasos, faltas, etc.), bem como controle e autorização das horas extras solicitadas; n Acesso aos Indicadores de Absenteísmo. A medida viabilizou o atingimento da meta estabelecida para o Indicador de Absenteísmo (2,80%), além de outros pontos positivos como: n Redução de custos com papel, energia, mão de obra, horas extras; n Otimização do tempo dedicado a análises dos registros de ponto, viabilizando orientações e soluções em tempo hábil; n Capacitação de 100% (cem por cento) das lideranças para controle e análises; n Melhor qualidade no registro do ponto mediante o controle e análise da assiduidade dos colaboradores pelas lideranças; n Maior agilidade e segurança das informações; n Redução de 29,06% na média anual do índice de absenteísmo (2,80%) em relação ao ano anterior.

Plano de Cargos e Carreiras por Competências - 1º Ciclo SCMM - QUADRO DE COLABORADORES /CARGO - 2015 Médicos Enfermeiros Farmacêuticos, Bioquímicos, Biomédicos e Biólogos Nutricionistas Terapeuta Ocupacional / Fonoaudiólogos Fisioterapeutas Assistentes Sociais Psicólogos Hospitalares Engenheiros e Arquitetos Físicos Médicos Gestores Administrativo Técnicos e Auxiliares de Enfermagem Técnico / Operacional TOTAL

80

Relatório Anual 2015

16 170 24 16 9 6 12 12 3 2 141 1.128 1.130 160 2.829


Gestão de Pessoas

O Plano de Cargos e Carreiras por Competências da Santa Casa de Maceió foi implantado em Dezembro de 2012, realizando um sonho dos seus dirigentes e Colaboradores e atendeu as três (03) diretrizes estabelecidas pelo Provedor Dr. Humberto Gomes de Melo:

n Contemplar todo o quadro de colaboradores; n Não gerar perdas para nenhum colaborador; n Implantar um PCC equilibrado financeiramente e de longo prazo

Entre os objetivos da criação e implantação do PCC,

oradores aptos a participarem do processo de avaliação

destacamos o aperfeiçoamento e a profissionalização per-

(admitidos há mais seis meses), dos quais 771 obtiveram

manente do nosso quadro de Colaboradores, mediante a

o Coeficiente de Desempenho do Colaborador - CDC Total

realização de Avaliação Anual de Desempenho por Com-

maior ou igual a 90% do desempenho esperado. Após a

petências como ferramenta técnica de promoção, um dos

análise dos demais critérios do PCC, 298 (duzentos e

critérios utilizados para o ciclo bianual do Plano de Cargos

noventa e oito) Colaboradores foram contemplados com

e Carreiras.

reajuste de 3,5% em seus salários base, ou seja, mudaram

Durante o último trimestre de 2014, de acordo com as

de uma faixa para outra, bem como durante o ano foram

normas do PCC, foi realizada a avaliação de desempenho

promovidos 67 (sessenta e sete) Colaboradores (por seleção

ano-base 2014, quando foram identificados 2.150 Colab-

interna ou indicação da Instituição).

Dimensionamento do Quadro de Colaboradores e Redução da Jornada de Trabalho EVOLUÇÃO DO QUADRO DE COLABORADORES

2.179 2013

2.829

2.567

2014

2015

QUADRO DE COLABORADORES POR UNIDADE - 2015 UNIDADE

COLABORADORES

SANTA CASA DE MACEIO - MATRIZ

2.253

HOSPITAL NOSSA SENHORA DA GUIA - FILIAL

177

SANTA CASA FAROL - FILIAL

369

SANTA CASA POÇO - FILIAL

30

TOTAL

2.829

Relatório Anual 2015

81


Gestão de Pessoas

Ao longo do ano de 2015, foram elaborados três estudos

esperados pela Instituição: estudos do Dimensionamento do

e análises objetivando o equilíbrio entre a demanda de trabalho,

Quadro de Colaboradores, redução da Jornada de Trabalho de

quantidade de profissionais e respectivas jornadas de trabalho

Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e implantação de nova

e satisfação profissional para atingimento dos resultados

Escala de Trabalho destinada a esses profissionais.

QUADRO DE TERCEIRIZADOS

1.139

1.136

2013

2014

1.065 2015 Fonte: SCMM / Sistema TOTVS

A Instituição decidiu reativar a Central de Higienização

a jornada de trabalho de 180 horas mensais e ficou estabe-

na Santa Casa de Maceió Matriz e nas Unidades Hospital

lecido que todos os Auxiliares e Técnicos de Enfermagem

Nossa Senhora da Guia, Santa Casa Poço e Unidade Oncoló-

com jornada de trabalho de 220 horas mensais já integran-

gica Rodrigo Ramalho com 142 (cento e quarenta e dois)

tes do nosso quadro de Colaboradores pudessem, a pedido,

novos Colaboradores, ficando apenas a Santa Casa Farol com

formalizar a redução para 180 horas mensais. Nesse sentido,

a prestação de serviços de higienização e limpeza a cargo

a Instituição atendeu e formalizou junto ao Sindicato da

de uma empresa terceirizada.

categoria profissional referida, 138 pedidos de Auxiliares e

Por decisão da Provedoria, a partir de Janeiro de 2015, a contratação de Técnicos de Enfermagem foi realizada com

Técnicos de Enfermagem para a redução da jornada de trabalho.

ESTUDO DO DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL PRODUTO

STATUS

PERÍODO

Relatório Final - SCMM Matriz

Recebimento do Relatório

Março de 2015

e Filiais SCF e HNSG

da consultoria IAG Saúde

Relatório Final - SCMM

Aprovação da Diretoria

Abril de 2015

Redução de Jornada de Trabalho e Salário e

Negociações - Sindicato da

Maio a Setembro

Acordo de Compensação de Jornada -

Categoria e Colaboradores

de 2015

Estudo de Dimensionamento - Enfermagem

Superintendência de Suprimentos e Produção

Junho a Setembro

da SCMM Matriz

Assistencial e Coordenação de Enfermagem

de 2015

Reavaliação do Dimensionamento de Enfer-

Análise do IAG Saúde

Julho de 2015

Auxiliares e Técnicos de Enfermagem

Nov/Dez de 2015

Auxiliar e Técnico de Enfermagem

magem X Estudo proposto - Coordenação de Enfermagem SCMM Pesquisa relativa a nova Escala de Trabalho

82

Relatório Anual 2015


Gestão de Pessoas

Pesquisa do Clima Organizacional - Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar - Alagoas - 2015 A SCMM participou da premiação Melhores Empresas

relação à Instituição considerando os aspectos: relaciona-

para Trabalhar - Alagoas 2015, realizada pelo Great Place to

mento líder-liderado, orgulho pelo seu trabalho e o convívio

Work - GPTW, cujo objetivo é divulgar bons exemplos for-

entre os colegas. Os resultados permitiram a colocação da

talecendo outras empresas a desenvolverem ações de

Instituição entre as dez melhores no ranking do Prêmio

melhoria para seu ambiente de trabalho. A pesquisa envolveu

GPTW - Alagoas - 2015, sendo comemorado como uma

a participação de 510 Colaboradores da SCMM, quando

conquista importante e estímulo para melhorias no clima

tiveram a oportunidade de apresentar sua percepção em

organizacional.

AVALIAÇÃO GPTW 2015

84% 73%

80%

78% 64% 43%

Pesquisa com os funcionários

Comentários abertos dos funcionários

38%

Pesquisa Empresa: Análise de Práticas

Relatório Anual 2015

68%

Nota Final

83


Gestão de Pessoas

AÇÕES PARA ENGAJAMENTO E RETENÇÃO DE TALENTOS 2013

2014

2015

81

89

97

Colaboradores beneficiados com Plano de Saúde

1.953

2.304

2.560

Dependentes de colaboradores no Plano de Saúde

1.350

1.651

1.862

Programa assiduidade - cestas básicas entregues aos colaboradores

5.179

5.124

6.609

45

61

60

1.600

1.600

1.700

381

725

580

97

116

128

257

113

365

AÇÕES DE ENGAJAMENTO E RETENÇÃO DE TALENTOS Crianças atendidas na Creche São Vicente de Paulo

Colaboradores encaminhados bolsa/convênios faculdade Participantes das festividades juninas e natalinas Programa de Integração - Participantes Programa de Desenvolvimento de Lideranças - Participantes Plano de Cargos e Carreiras - Promoção / Progressão

Fonte: SCMM / Sistema TOTVS e GCA

ALÉM DAS AÇÕES DO QUADRO ACIMA, DESTAQUE-SE OUTRAS INICIATIVAS EM 2015 NO QUESITO RETENÇÃO DE TALENTOS: n Implantação da Sala de Apoio à Amamentação na Creche Escola São Vicente de Paulo; n Implantação de piso salarial dos enfermeiros e dos auxiliares e técnicos de enfermagem acima do piso firmado na convenção das categorias; n Fornecimento de refeições com subsídio para os colaboradores; n Ajuda de custo para a formação acadêmica de colaboradores.

SAÚDE OCUPACIONAL E A QUALIDADE DE VIDA DOS COLABORADORES O conceito de qualidade de vida no ambiente do

Cristina Limongi-França 1996), a instituição adicionou a

trabalho é amplo, pois envolve diversos aspectos que

definição da visão biopsicossocial que "resgata a visão

se autorrelacionam com contribuições de várias ciências

integrada, holística, do ser humano em oposição à

(medicina, psicologia, fisioterapia) que buscam

abordagem cartesiana, que divide o ser humano em partes",

conciliar melhores condições de trabalho junto com a

segundo Ana Cristina Limongi-França e Gustavo Zaima.

ergonomia.

84

A Santa Casa de Maceió vem buscando manter as

Ao conceito de que a qualidade de vida no trabalho é

condições atuais e executar novas ações nos campos da

"o conjunto das ações de uma empresa que envolve a

estrutura organizacional e do ambiente de segurança e

implantação de melhorias e inovações gerenciais, tec-

prevenção para ampliar as melhorias efetivas da qualidade

nológicas e estruturais no ambiente de trabalho" (Ana

de vida do colaborador.

Relatório Anual 2015


Gestão de Pessoas

RECONHECIMENTO - CASES DE SUCESSO A Santa Casa de Maceió teve selecionados dois trabalhos na área de Gestão de Pessoas para serem apresentados no 3º Congresso Nacional de Hospitais Privados, evento de referência nacional no compartilhamento de boas práticas desenvolvidas pelas instituições de saúde. As colaboradoras Gilvanete Pereira e Dayana Oliveira (Setor de Treinamento e Desenvolvimento) elaboraram o trabalho Gestão por Competências: o engajamento da Liderança no desenvolvimento das pessoas, que se tornou um "case" da Santa Casa de Maceió. A ferramenta vem sendo desenvolvida na instituição desde 2009 contribuindo para um espaço de integração entre os subsistemas e políticas de gestão com pessoas. A visão ampla e detalhada do desenvolvimento e desempenho do colaborador identifica os talentos que existem nas equipes e como eles podem contribuir com os objetivos e metas institucionais. A colaboradora Joseane Menezes Santos Werneck Miranda elaborou o trabalho Reposição Imediata de Colaborador através do Banco de Talentos, igualmente selecionado como case da Santa Casa. O trabalho foi resultante da operacionalização do banco de talentos, que teve como principal objetivo atender a demanda por novos colaboradores em menor tempo e contratar o candidato ideal Gilvanete Pereira e Joseane Menezes

para a vaga requisitada.

CRECHE ESCOLA SÃO VICENTE DE PAULO A Santa Casa de Maceió inaugurou em agosto de 2015 a Sala de Apoio à Amamentação localizada na Creche Escola São Vicente de Paulo, tornando-se a terceira empresa de Alagoas a adotar o projeto do Governo Federal em parceria com as secretarias Estadual e Municipal de Saúde. O ambiente foi preparado para que a colaboradora gestante tenha o conforto e o apoio para efetuar a coleta do leite. Após a ordenha, o material fica guardado em condições refrigeradas adequadas para, após o horário de trabalho, levar para casa e oferecer ao seu filho.

Relatório Anual 2015

85


Gestão de Pessoas

Cuidados, segurança e prevenção para um ambiente de trabalho seguro Um dos destaques do ano de 2015 foi a realização do

relativas a segurança e prevenção como o uso de Equipa-

I Encontro de Integração das CIPAs da Santa Casa de

mentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de

Maceió. O evento teve como objetivo integrar e compar-

Proteção Coletiva (EPC), vacinas, trabalho em altura e

tilhar as ações das Cipas do complexo-sede e das unidades

sinalização de área. Durante o referido período, 182 empre-

Hospital Nossa Senhora da Guia, Santa Casa Farol e Santa

gados terceirizados receberam orientações técnicas de

Casa Poço, No encontro cada comissão apresentou o seu

cuidados no ambiente de trabalho.

Relatório de Gestão com as notificações regularizadas, conquistas realizadas e ações em andamento.

Por fim, merece registro a conclusão do Laudo Geral de Insalubridade e Periculosidade da filial Santa Casa Farol

Outra iniciativa são as reuniões quinzenais denomi-

e iniciado o levantamento da Unidade Santa Casa Poço,

nadas Diálogo de Segurança (DS) com os profissionais das

bem como a revisão de alguns setores da Santa Casa Matriz,

empresas terceirizadas de construção civil que atuam na

inclusive da Unidade Oncológica Rodrigo Ramalho e dos

expansão física do complexo-sede, Em pauta orientações

novos serviços implantados.

AÇÕES DE PREVENÇÃO E SEGURANÇA

2013

2014

2015

Exames Periódicos - Atendimento

1.349

1.587

1.514

Vacina contra Influenza - Colaboradores/Parceiros/Terceirizados

1.211

1.635

1.221

Comitê de Restrições Laborativas - Reuniões

05

03

58

Programa da Colaboradora Gestante - Atendimento

60

74

85

Comitê de Análise de Acidentes de Trabalho - Reuniões

34

51

97

232

231

356

5.075

6.036

10.671

620

620

1.300

18

18

18

Serviço de Proteção Radiológica - Distribuições de EPIs

362

395

403

Acidentes de Trabalho

104

94

150

Setor de Segurança do Trabalho - Inspeções Técnicas Setor de Segurança do Trabalho - Distribuições de EPIs Comissão Interna de Prevenção de Acidentes/CIPA - Horas de treinamento Plano de Proteção Radiológica/PPR - Implantado

86

Relatório Anual 2015


Tecnologia da Informação

O

s projetos em Tecnologia da Informação implan-

volvimento de ferramentas personalizadas e de benfeito-

tados em 2015 focaram na melhoria dos processos

rias na infraestrutura tecnológica da instituição. Confira

assistenciais e administrativos através do desen-

a seguir um breve relato sobre esses projetos.

Desenvolvimento de ferramenta para gestão de contratualização com o SUS A partir da ferramenta de Business Intelligence (BI)

da meta (60% a 80%, 80 a 99%, 100%). A ferramenta

foi formatada outra ferramenta de gestão da contratuali-

permite o acompanhamento por complexidade, financia-

zação firmada entre os administradores públicos da saúde

mento e grupo de procedimento. Como forma de co-

e a Santa Casa de Maceió. O foco do trabalho foram as metas

municação, é enviado a cada 10 dias um email automático

mensais de procedimentos com o acompanhamento da Rea-

com a posição acumulada da realização sobre a meta para

lização x Meta. No caso, foram sinalizadas faixas de alcance

os responsáveis de cada área, conforme figuras a seguir.

Relatório Anual 2015

87


Tecnologia da Informação

Avaliação da Meta pelo faturamento

Meta x Realizado pelo Atendimento

Desenvolvimento de rotina para cálculo dos resultados dos atendimentos por setor e por dia Os gestores do hospital passaram a ter acesso ao cálculo

gera relatórios por atendimento, por dia e por setor exe-

de resultado de cada atendimento em nível de setor exe-

cutante. Entende-se por resultado o cálculo entre receita

cutante/dia. Disponibilizada na ferramenta de BI, a rotina

e custos dos atendimentos.

Dashboard Perfil Epidemiológico Com o objetivo de consolidar as informações do perfil epidemiológico e apoiar os gestores numa rápida análise

88

dos dados para tomada de decisão foi desenvolvido um dashboard dinâmico para propiciar este benefício.

Relatório Anual 2015


Tecnologia da Informação

Criação do Painel de Glosas Com o objetivo de acompanhar as glosas dos setores por indicador foi criado um painel onde é possível o checar as

informações das glosas técnicas e administrativas por centro de custo.

Dashboard com o perfil dos eventos adversos Outra ferramenta implantada em 2015 foi um

organizar informações chaves para facilitar o acesso dos

dashboard (Perfil dos eventos) para a gestão das ocor-

gestores e agilizar a análise de dados para a tomada de

rências do hospital. Com visual atrativo, a rotina visa

decisão.

Ferramenta para monitoramento do Protocolo de TEV (tromboembolismo venoso) Outra ação de interesse da área assistencial é a prevenção

pacientes com TEV (tromboembolismo venoso). A ferramenta

de eventos adversos. Neste sentido foram desenvolvidos

permite a análise dos pacientes em relação aos riscos de

mecanismos de monitoramento e estratificação de riscos em

TEV, antecipando-se e prevendo tais eventos.

Migração de registros de câncer da SCMM para o Inca Uma nova rotina foi criada para melhorar as atividades do Serviço de Arquivo Médico (Same). A ferramenta buscou

automatizar o envio de registros de câncer da Santa Casa de Maceió para o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Relatório Anual 2015

89


Tecnologia da Informação

Gerenciamento de filas e controle do tempo de internação Atualmente, o desenvolvimento de sistemas de infor-

Pensando neste contexto, foi desenvolvido um sistema

mação vem tomando uma nova forma, melhorando a comu-

que contempla o controle de filas e o gerenciamento do

nicação entre o sistema informatizado e o usuário final.

tempo de internação, representado no fluxo abaixo.

Ferramenta para controle do Protocolo de Disfagia A disfagia é um distúrbio da deglutição decorrente de causas

estão envolvidos neste atendimento, foi criada uma ferramenta

neurológicas e/ou estruturais. Para auxiliar os profissionais que

para registro e controle das informações do Protocolo de Disfagia.

Melhoria no monitoramento da infraestrutura computacional Visando simplificar o gerenciamento da infraestrutura

servidores e serviços, pensado para monitorar a disponi-

de TI e obter resposta rápida na identificação/resolução de

bilidade e a qualidade dos serviços de TI. O Zabbix oferece

problemas, foi implantado em 2015 o monitoramento inte-

uma interface 100% web para administração e exibição

ligente utilizando o software Zabbix. Trata-se de uma meto-

de dados. Os alertas do sistema podem ser configurados

dologia exclusiva, desenvolvida totalmente em consonân-

para utilizar vários métodos de comunicação, como SMS,

cia com as normas ITIL.

e-mail, Whatsapp e abertura de chamados em sistemas

O Zabbix é um software livre de código aberto (Open Source), que monitora diversos parâmetros de uma rede,

de helpdesk.O Zabbix possui diversos benefícios, elencados a seguir:

n Redução de prejuízos motivados por lentidão e quedas na rede. A ferramenta oferece rápida resposta e resolução de incidentes; n Monitoramento com envio automático de alarmes e notificações em tempo real, por e-mail, SMS e whatsapp; e n Facilita a avaliação, planejamento e retorno sobre o investimento em infraestrutura.

90

Relatório Anual 2015


Tecnologia da Informação

CRIAÇÃO DOS PAINÉIS DE MONITORAMENTO Para facilitar o monitoramento pela equipe de TI, foram criados painéis de informações, também conhecido como dashboards, que mostram de forma gráfica as informações capturadas pelo software. Estes painéis contêm indicadores, gráficos, relatórios e filtros específicos que facilitam o acompanhamento do negócio e a tomada de decisões.

CONSUMO DO LINK Nessa tela é monitorado o consumo de banda dos três links de internet da instituição (Embratel, GVT e NET) e a disponibilidade dos mesmos.

Fig. 3 - Tela de monitoramento de consumo dos Links

DATACENTER Monitora as principais funcionalidades dos servidores físicos, storages, switchs e firewall.

Relatório Anual 2015

91


Tecnologia da Informação

MAPEAMENTO EXTERNO Tela onde é realizado o monitoramento das fibras e dos equipamentos que interligam as unidades externas da Santa casa de Maceió.

REDE LOCAL Monitoramento dos equipamentos de rede (switchs) em todos os setores do hospital. Aqui é monitorada a disponibilidade dos equipamentos e velocidade de comunicação na rede.

Fig. 6 - Tela de monitoramento da rede local

92

Relatório Anual 2015


Gestão de Suprimentos

A

A área de Gestão de Suprimentos ganhou um novo

tuição pela racionalização de recursos e adoção de novas

perfil e importância no ambiente hospitalar ao

ferramentas de controle e gestão. Neste sentido, a Santa

tornar-se um agente ativo no contexto corpora-

Casa de Maceió experimentou um salto qualitativo, como

tivo, partícipe inclusive dos resultados financeiros da insti-

se pode observar nas iniciativas elencadas a seguir.

Programa de Gestão e Qualificação de Fornecedores O conjunto de iniciativas promovidas no Programa de

todos os seus fornecedores e propor um processo de

Gestão e Qualificação de Fornecedores foi abordado na

melhoria continua para reduzir o número de não confor-

edição de número 16 da revista Melhores Práticas em

midades apresentadas no sistema de fornecimento.

Saúde, Qualidade e Acreditação.

O engajamento dos principais fornecedores neste

Este projeto teve inicio em 2011 e vem sendo aprimo-

projeto fez com que praticamente fossem eliminasse os

rado ano após ano. Com a implantação da ferramenta

problemas relacionados a prazo de entrega, entregas

Bionexo, a Santa Casa de Maceió passou a ter um volume

parciais, produtos enviados fora da temperatura adequada

de fornecedores muito superior ao que teve no passado.

e transporte inadequado, reduzindo assim sensivelmente

Em uma compra de medicamentos, por exemplo, chegamos

a falta de medicamentos e/ou utilização de itens de

a ter entre 50 e 70 cotações de empresas de todo país.

qualidade inferior à contratada.

Essa grande quantidade de fornecedores aumentou o

Já os fornecedores que não se adequaram a estes pro-

volume de oportunidades e permitiu a obtenção de preços

cessos foram substituídos pela indústria farmacêutica, sendo

competitivos, porém levou a outra questão essencial no

priorizados os distribuidores que apresentaram os melhores

mundo logístico: a questão da qualificação dos fornece-

preços e os menores índices de não conformidades. Desta

dores.

forma, conseguimos atender ao binômio sustentabilidade

Diante deste cenário, a Santa Casa passou a avaliar

e qualidade, que são indispensáveis ao atual momento.

Relatório Anual 2015

93


Suprimentos e Logística

GRÁFICO DA REDUÇÃO DAS NÃO CONFORMIDADES 11,80%

7,80%

6% 3,50% 2,10% ELFA CDM 0,60% MOSTAERT

Em 2015, aproveitando o evento Quality Day, a Santa Casa de Maceió premiou os três principais fornecedores do hospital em duas categorias: fabricantes e distribuidores. A iniciativa visou mostrar o mercado o caminho que deve ser percorrido pelas empresas que pretendem manter parceria com a instituição.

RANKING DE NÃO CONFORMIDADES NA ENTREGA DE MEDICAMENTOS

94

Relatório Anual 2015


Suprimentos e Logística

Programa de Qualificação de Fornecedores de Serviço Similar ao processo realizado com os fornecedores de

tratos, elaborado o manual de fornecedores e realizado

materiais e medicamentos em 2014, a Santa Casa de Maceió

todo um trabalho de capacitação que teve como base o

implantou o Programa de Qualificação dos Fornecedores de

modelo de excelência da Fundação Nacional de Qualidade,

Serviço. O projeto foi iniciado com 15 fornecedores que

tudo isso visando que os fornecedores estejam aptos e

atuam nos segmentos mais críticos do processo assisten-

preparados para enfrentarem os desafios do mercado e as

cial e que mais impactam na segurança do paciente.

necessidades do hospital.

No final de 2015, o projeto foi ampliado, passando a

Após a fase de treinamento, promoveu-se um amplo

abranger mais 35 fornecedores de menor porte. Desta

diagnóstico com avaliações mensais sistêmicas. Cada for-

forma, contemplou-se praticamente todos os prestadores

necedor apresentou um plano de ação corretivo ou de

que realizam trabalhos na instituição de forma continua,

melhorias para os problemas identificados. Todo este acom-

passando os mesmos a terem o mesmo compromisso com

panhamento foi realizado em um software de gestão

a qualidade adotada pela instituição.

elaborado pela empresa Usina de Negócios, consultoria

Na primeira fase do projeto foram reavaliados con-

contratada pela instituição com esta finalidade.

FIGURA 1 - ETAPAS DO PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES

Em novembro de 2015, os resultados dos dois pro-

dores que apresentaram o impacto deste projeto na

gramas de qualificação de fornecedores foram apresenta-

melhoria da qualidade dos seus processos. Além disso,

dos no terceiro Congresso Nacional da Associação Nacional

verificou-se aumento de participação dessas empresas no

de Hospitais Privados (Anahp). No encontro, a iniciativa

mercado e incremento do lucro operacional em função da

ganhou destaque por investir na capacitação e desen-

racionalização dos seus custos e da maturidade empre-

volvimento das empresas, diferenciando-se de outros

sarial.

processos de qualificação que buscam tão somente avaliar o desempenho dos fornecedores.

Os resultados do programa despertaram, inclusive, o interesse do Sebrae/AL na estruturação de um projeto de

Após um ano de projeto, é possível comemorar a ini-

encadeamento produtivo em parceira com a Santa Casa de

ciativa de quatro destes fornecedores, que decidiram

Maceió. Com duração de quatro anos, a iniciativa teria

buscar a certificação ISO. Igualmente, destaquem-se os

inicio em 2016, onde serão disponibilizadas capacitações

excelentes resultados apresentados em um evento de

empresariais e consultorias direcionadas às necessidades

reconhecimento, onde foram premiados alguns fornece-

dos fornecedores.

Relatório Anual 2015

95


Suprimentos e Logística

GESTORES DE SUPRIMENTOS CONHECEM "CASE" SANTA CASA

96

A Santa Casa de Maceió e a Bionexo reuniram gestores

de crise onde nada menos que 218 instituições filantrópi-

e executivos hospitalares de todo o país interessados em

cas fecharam as portas em 2015. O convite partiu da

ver de perto o "case" Santa Casa de Maceió. Eles estiveram

Bionexo e foi aceito por representantes de nove hospitais

na capital alagoana para ver de perto como a instituição

de estados como o Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo,

economizou R$ 40 milhões, nos últimos cinco anos, na

Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe e Goiás. O encontro

área de logística e suprimentos, e isso dentro de um cenário

promoveu a troca de experiências entre os participantes.

Relatório Anual 2015


Suprimentos e Logística

Sistema de Planejamento de Compras A Santa Casa de Maceió realiza o seu planejamento das compras por meio da plataforma eletrônica PLANnexo.

segurança e com um índice de erro infinitamente menor que no formato anterior.

Esta plataforma utiliza os dados de movimentação de

Além do que anteriormente não se tinha uma base de

materiais do ERP da instituição, e, em seguida, trabalha

rastreabilidade da programação de compras, o que gerava

estatisticamente, com regras de probabilidades ponde-

incerteza se houve um erro no planejamento por causa

radas, culminando com a sugestão de compras dos itens

de dados incorretos ou falha operacional do comprador.

planejados.

No PLANnexo, o comprador já recebe os dados

Através desta plataforma foi possível atingir alguns

avaliados pela ferramenta, o que já é previamente con-

objetivos como a redução no tempo gasto pelos compra-

figurado, dando maior segurança na tomada de decisão.

dores e o aperfeiçoamento do processo de compras, dando

Com isso os indicadores melhoraram de desempenho e

maior agilidade na confecção do planejamento em si.

hoje a instituição alcançou um índice de Nível de Serviço

Num passado recente, os compradores eram munidos

da ordem de 98%, retratando um "stock out" baixíssimo

apenas de dados aritméticos para tomar a decisão da

para a atividade.

compra, isto fazia com que o risco de erro fosse maior,

Em 2015, foi consolidado o uso da plataforma, já com

o que se apresentava através de estoques elevados de

um período de mais de um ano de utilização, e os resul-

determinados itens e estoques em ruptura de outros.

tados que se apresentam já demonstram a viabilidade do

Com a nova estrutura, e de posse dos dados apresen-

investimento inicial, haja vista o acompanhamento

tados pela ferramenta eletrônica, o comprador passou a

mensal que é possível avaliar nos gráficos apresentados

ser um analista dos dados, guiando sua decisão com mais

pela própria ferramenta.

Gestão de Compras Eletrônicas Dentro da vertente de sustentabilidade, na gestão de suprimentos da Santa Casa de Maceió o principal pilar é

economia da ordem de 12% a 15% frente a estes preços do ano citado.

a economia alcançada nas compras de medicamentos e

Outro fato que evidencia o sucesso na política de

materiais médico-hospitalares, os dois principais grupos

compras e gestão de materiais da Santa Casa de Maceió

de materiais geridos pela unidade hospitalar. Neste

é o comparativo frente às compras realizadas através do

quesito, a instituição se destaca em nível nacional por

grupo de compras conjuntas da Anahp, entidade da qual

ter chegado a resultados expressivos nos últimos anos,

a Santa Casa de Maceió faz parte. O resultado da economia

o que é evidenciado no resultado financeiro alcançado a

alcançada na compra conjunta só é viável para menos de

cada exercício.

2% dos itens da instituição, o que nos mostra que a ampla

Nos últimos cinco anos, a Santa Casa de Maceió

maioria dos itens negociados diretamente entre a Santa

mantém um patamar de mais de R$ 40 milhões em

Casa e seus fornecedores, excetuando-se os itens de

economia na compra de medicamentos e materiais

contrato que não fazem parte da compra conjunta,

médico-hospitalares, se comparado aos preços das

apresenta preços menores frente aos alcançados pelo

compras destes mesmos insumos no ano de 2008. Isso

grupo. Isto garante a segurança de que o investimento

se dá pelo fato de que em 2008 o hospital aderiu a uma

em ferramentas de gestão de materiais e plataformas de

plataforma de compras hospitalares e estabeleceu um

apoio às compras hospitalares, além do processo de

ponto de corte para o comparativo das compras futuras.

tomada de decisão e demais ferramentas de qualidade,

Após sete anos, ainda estabelecemos resultados de

refletem no resultado final dos processos integrados.

Relatório Anual 2015

97


Suprimentos e Logística

FECHAMENTOS MENSAIS

COBERTURA X NÍVEL E SERVIÇO

Nível de Serviço Cobertura (dias)

98

Nível de Serviço Cobertura (dias)

Relatório Anual 2015

FEV/2016

JAN/2016

DEZ/2015

NOV/2015

OUT/2015

SET/2015

70% AGO/2015

0 JUL/2015

75%

JUN/2015

9

MAI/2015

80%

ABR/2015

18

MAR/2015

85%

FEV/2015

27

JAN/2015

90%

DEZ/2014

36

NOV/2014

95%

OUT/2014

45

SET/2014

Média

100%

Nível de Serviço

Cobertura (dias)

54


Engenharia e Infraestrutura Engenharia Clínica

A

Engenharia Clínica é responsável pela gestão dos

Para atingir este objetivo são executadas ações pre-

equipamentos e tecnologias médico-hospitalares.

ventivas e corretivas, calibrações, renovação do parque,

Esta importante área de suporte à atividade fim

ações de tecnovigilância, gestão de indicadores e melhoria

do hospital alia uma apurada técnica de gestão ao conhe-

contínua dos processos. Neste sentido, a Engenharia Clínica

cimento da área de engenharia visando garantir a disponi-

possui sete indicadores de qualidade, com objetivos e

bilidade, funcionalidade e confiabilidade do parque tec-

metas bem definidos, cuja função é mensurar o desem-

nológico da instituição e, principalmente, a segurança do

penho deste serviço e fomentar a melhoria contínua. Entra

paciente.

tais indicadores, destacam-se:

Relatório Anual 2015

99


Engenharia e Infraestrutura

INDICADOR

95,20%

Percentual de conclusão das ordens de serviço corretivas

97,27%

Os elevados índices de realização das manutenções

anterior e, comparando este mesmo período, a demanda

preventivas, calibrações e ações corretivas têm impacto

de ações corretivas caiu 8% como consequência. É espera

positivo na disponibilidade e confiabilidade dos equipa-

em 2016 um aumento ainda mais significativo na

mentos médicos. É possível observar nos gráficos abaixo

execução de atividades planejadas, na ordem de 50%

que as intervenções planejadas, aquelas que objetivam

(equivalente a 4375 ordens de serviço no total), por

a prevenção de falhas e prolongam a vida útil do equipa-

meio do aumento da abrangência dos planos de

mento, aumentaram 27% em 2015 em relação ao ano

manutenção.

Quantidades de ações

Quantidades de ações

planejadas X demandas corretivas 2014

planejadas X demandas corretivas 2015

Ações Planejadas

Ações Planejadas

Demandas Corretivas

Demandas Corretivas

A Engenharia Clínica responde ainda pela aquisição

Financeira para definir as prioridades e necessidades da

de novos equipamentos e tecnologias. Este processo é de

instituição nas aquisições visando o melhor custo-

caráter multidisciplinar, sustentado em três bases: clínica,

benefício. Em 2015, importantes aquisições foram con-

técnica e financeira. Portanto, é fundamental o envolvi-

cretizadas, visando à renovação tecnológica, moderniza-

mento do corpo clínico da Engenharia Clínica e da Gestão

ção do parque e adequações normativas. Destacam-se:

[

100

RESULTADO

Percentual de conclusão do plano de preventiva e calibração

SETOR

EQUIPAMENTO

MARCA

BISTURI ELÉTRICO

WEM

2

Hemodinâmica e U.O.R.R

CARDIOVERSOR

INSTRAMED

7

Diversos Setores

FOCO CIRÚRGICO FIXO

SISMATEC

2

Centro Cirúrgico Geral

FOCO CIRÚRGICO MÓVEL

SISMATEC

8

Diversos Setores

MONITOR MULTIPARAMÉTRICO

GE HEALTHCARE

34

Diversos Setores

ULTRASSOM

GE HEALTHCARE

2

Ultrassonografia SCM e SCF

VENTILADOR PULMONAR

MAQUET

14

UTI's

MICROSCÓPIO

CARL ZEISS

1

Centro Cirúrgico Geral

TOMÓGRAFO 64 CANAIS

PHILIPS

1

Tomografia

QNTD

Relatório Anual 2015


Engenharia e Infraestrutura

FOCO CIRÚRGICO FIXO

TOMÓGRAFO (AQUISIÇÃO EM 2015 E INSTALAÇÃO EM 2016)

Engenharia Hospitalar Em 2015, a Gestão de Engenharia Hospitalar realizou trabalhos de melhoria proporcionando ambientes de bemestar para os pacientes. Imagens referentes às principais obras e/ou reformas ocorridas no período:

UTI NEUROLÓGICA - SALA DE ESPERA

UTI NEUROLÓGICA - UNIDADE DE INTERNAÇÃO

Relatório Anual 2015

101


Engenharia e Infraestrutura

SETOR DE INTERNAMENTO - SALA DE ESPERA

UNIDADE SAMPAIO MARQUES - APARTAMENTO

102

Relat贸rio Anual 2015


Engenharia e Infraestrutura

GESTÃO DE EXPANSÃO A implantação desta área na Santa Casa de Maceió

de Crescimento da instituição, coube ao Setor de Expansão

visa atender à necessidade de crescimento de seu parque

de Engenharia gerir as obras físicas externas e outras obras

físico em sintonia com o crescente aumento da assistên-

que configuram incrementos nos espaços físicos destina-

cia no complexo hospitalar. Conforme o Programa e Plano

dos ao atendimento e conforto ao paciente.

A) NOVA RECEPÇÃO DA RADIOTERAPIA A nova recepção do Serviço de Oncologia atende à crescente demanda de pacientes pelo tratamento radioterápico na instituição e aos trabalhos de instalação do novo acelerador linear, adquirido pelo Ministério da Saúde. O novo espaço atende aos conceitos de humanização da assistência ao paciente adotados em todos os ambientes do complexo hospitalar.

B) RADIOTERAPIA - EXPANSÃO FÍSICA PARA RECEBER O NOVO ACELERADOR LINEAR Obra executada pelo Ministério da Saúde, as instalações

ção passou a figurar entre as quatro instituições hospita-

para implantação do novo acelerador linear recebem

lares aprovadas para receber o novo equipamento. Com ao

recursos do Plano de Expansão das Radioterapias do País

novo acelerador linear será possível dobrar a capacidade

para atendimento ao SUS. A Santa Casa de Maceió habilitou-

de atendimento diário aos pacientes. As obras estão em

se ao plano concorrendo com outras 137 instituições de

andamento, com conclusão prevista em meados do mês de

saúde. Do último lugar na fila de interessados, a institui-

julho de 2016.

C) SALA DO TOMÓGRAFO E AMPLIAÇÃO DA SUBESTAÇÃO - SANTA CASA FAROL Trata-se de uma obra importante para permitir a instalação de um tomógrafo na Santa Casa Farol. Para tanto, foi necessária também a ampliação da subestação elétrica em mais 150 KVA.

D) PASSARELA DE LIGAÇÃO DOS HOSPITAIS ÁLVARO PEIXOTO E SANTA ANA E SÃO JOAQUIM Para possibilitar a construção contemplada pelo Ministério da Saúde, ampliação da Radioterapia - Acelerador Linear, foi necessária a remoção da passarela existente e promover a construção de uma outra, de modo a não interferir no funcionamento da Unidade Santa Ana e São Joaquim, ligando ao Hospital Álvaro Peixoto. Serviços concluídos em agosto de 2015.

E) REFORMA E ADAPTAÇÃO DOS APARTAMENTOS DA UNIDADE IRMÃ INOCÊNCIA A unidade Irmã Inocência também passou por reformas e adaptação física para atender à crescente procura por leitos. A unidade ganhou quatro apartamentos de alto padrão com área total de 150,00 m2.

Relatório Anual 2015

103


Projeto - Complexo Oncológico Santa Casa - Ambulatório de Oncologia Convênios, Ambulatório de Oncologia SUS e Serviços de Apoio à Oncologia

Arquitetura Hospitalar Como parte integrante da Superintendência de Enge-

paços no sistema de saúde é essencial a adequação destes

nharia e Infraestrutura, a Arquitetura Hospitalar contribui

às condições de acessibilidade e mobilidade, com a apli-

na criação de espaços terapêuticos indispensáveis à

cação de resoluções e parâmetros técnicos, a partir da

melhoria da saúde do paciente e ao pleno desenvolvimento

concepção do projeto, seja construção ou adaptação de

e funcionamento do edifício hospitalar.

edificações. No que se refere à promoção da humanização

A finalidade da Arquitetura Hospitalar é propor-

nos ambientes hospitalares, é imprescindível o domínio

cionar o atendimento efetivo às demandas funcio-

das demandas e particularidades dos usuários, bem como

nais, dimensionais e de infraestrutura voltadas às

dos requisitos espaciais, ergonômicos e ambientais.

práticas de atendimento à saúde e dos equipamen-

Em prol de uma arquitetura hospitalar acessível, humana

tos e serviços que lhes servem de apoio, obedecendo

e funcional busca-se de maneira continuada promover a

legislações e normas técnicas regulamentadoras per-

melhoria estrutural, conferindo acolhimento e confortabili-

tinentes aos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde

dade, otimizando os serviços e proporcionando qualidade,

(EAS).

principalmente, quando se refere ao atendimento e cuidado

Além disso, para a garantia da universalização dos es-

ao usuário e o comprometimento à promoção da saúde.

PROJETO - AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA CONVÊNIOS

Projeto - Área da Recepção e Espera

Projeto - Área da Recepção e Espera

104

Relatório Anual 2015


Engenharia e Infraestrutura

Manutenção O setor de Manutenção possui uma equipe dimensio-

registros no sistema de informação, denominado Dínamus.

nada para atendimento corretivo solicitado pelos diversos

As ordens de serviços seguem os critérios e o grau de cri-

setores do Hospital, bem como para realizar a manuten-

ticidade por setores e equipamentos definidos pelo

ção preventiva programada, sempre buscando as melhorias

hospital. Tais dados auxiliam na análise de falhas, dire-

técnicas e garantir o uso ininterrupto das instalações

cionando a manutenção para melhorar a qualidade dos

físicas, auxiliando na segurança do paciente. Neste sentido,

serviços oferecidos.

uma equipe de plantonistas, empresas terceirizadas e

Neste sentido, pode-se observar a intensificação das

planos de contingência atuam e reforçam essa segurança.

ações preventivas analisando-se o gráfico comparativo de

Os dados deste relatório foram obtidos através dos

manutenções preventivas realizadas entre 2014 e 2015:

ORDENS DE SERVIÇOS PREVENTIVOS REALIZADAS

5347 18%

4518

2014

2015

É importante ressaltar que a Manutenção implantou projetos de melhoria em 2015 e continua com ações voltadas no complexo hospitalar da Santa Casa de Maceió e suas unidades:

n Obra das novas instalações do escritório de Estratégia e Qualidade, Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (Same) e Cartão Vida & Saúde; n Obra da sala de Apoio à Amamentação da Creche São Vicente de Paulo; n Obra de reforma dos vestiários dos funcionários; n Obra da nova Sala de Arquitetura; n Obra de reforma da Sala do Setor Jurídico; n Obra de reforma na Sala da Ouvidoria. n Implantação do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) nos termos da NBR - 5419; n Implantação de uma nova caldeira geradora de vapor horizontal, VRI 500 para realização dos procedimentos ligados ao fornecimento de vapor para autoclaves da Central de Material Esterilizados - CME, Santa Casa Centro; n Reforma de uma caldeira geradora de vapor horizontal, VGI 230 para realização dos procedimentos ligados ao fornecimento de vapor para autoclaves da CME, Santa Casa Farol. n Intervenção de melhorias na rede de vácuo do Centro Cirúrgico Geral; n Implantação de climatização e reforma das enfermarias da Unidade São Vicente - Santa Casa Centro;

Relatório Anual 2015

105


Oncologia

A

106

s atuações relacionadas à oncologia da Santa Casa

iodoterapia, odontologia e precauções paliativas. Inves-

de Maceió - SCMM tiveram no ano de 2015 enfo-

tindo constantemente em avanços estruturais e nas me-

ques estratégicos e sistêmicas voltadas para uma

lhores práticas assistenciais, a Santa Casa de Maceió rea-

gestão integrativa e multidisciplinar. Com todas as etapas

firma os resultados das suas ações consolidando-se a cada

do cuidado integradas, os pacientes contam com preven-

ano como referência do maior e mais completo centro de

ção, diagnósticos, cirurgias, quimioterapia, radioterapia,

tratamento ao paciente oncológico no estado de Alagoas.

Relatório Anual 2015


Oncologia

Além dos investimentos em infraestrutura voltados

fonoaudiólogo, assistente social e suporte incondicional

para os usuários de saúde suplementar, a SCMM expandiu

das Voluntárias da Rede Feminina de Combate ao Câncer,

seus leitos através da abertura da Unidade Oncológica

sendo motivo de orgulho e alto grau de satisfação por

Rodrigo Ramalho - UORR, onde os usuários do Sistema

parte dos pacientes, visitantes, colaboradores e corpo

Único de Saúde - SUS recebem assistência voltada para o

clínico.

paciente oncológico com emergência 24 horas, internações

A assistência médica e multidisciplinar foi um marco

clínicas em intercorrências oncológicas, quimioterapia

na evolução da assistência hospitalar. Uma vez insti-

INFUSIONAL de longa duração e cuidados paliativos. Nessa

tuída, observa-se o reflexo na melhoria do cuidado ao

unidade de internação, 90% dos leitos têm vista para o

paciente, através de boas práticas assistências, proto-

mar e os pacientes são confortavelmente acomodados em

colos de prevenções e gerenciamento de riscos e

enfermarias de dois leitos favorecendo a recuperação

avançamos nos resultados dos indicadores assistenciais

clínica e bem-estar.

e hospitalares, assemelhando-se aos melhores índices do

Sendo a primeira e única instituição do estado a prestar

país, se comparados aos hospitais da ANAHP. Esse

assistência integral ao paciente oncológico, o serviço

resultado é possível devido à atuação efetiva da equipe

conta com equipe multidisciplinar completa, médico,

multidisciplinar e médica com os pacientes e familiares,

físico, enfermeiro, nutricionista, odontólogo, fisiotera-

iniciando o processo de desospitalização desde o

peuta, terapeuta ocupacional, farmacêutico, psicólogo,

momento da internação. (Tabela I).

Indicadores Hospitalares TABELA I Indicador

2014

2015

32

32

6.730

10.117

7,59

6,3

Ocupação (%)

79

87

Intervalo de substituição (hora)

1,5

0,96

Taxa de alta (%)

74

77

Número de Internações

820

1.130

Longa Permanência Hospitalar > 30 dias (%)

0,5

0,4

1.250

2.865

17

22

Leitos Operacionais (nº) Pacientes-dia (ao ano) Média de tempo de permanência (dias)

Número de pacientes - emergência 24 horas Taxa de internação via urgência (%)

Fonte: MV Sistemas

Relatório Anual 2015

107


Oncologia

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

De acordo com o mapeamento do perfil epi-

prevalência é do sexo feminino, cuja concentração dessa

demiológico dos pacientes que estiveram internados no

população está na faixa etária entre 50 e 69 anos

serviço de oncologia da SCMM no ano de 2015, a

(gráficos I e II).

GRÁFICO 1 - DISTRIBUIÇÃO DE SAÍDAS HOSPITALARES SEGUNDO SEXO

58%

42%

Feminino

Masculino

Total:

Total:

755

555 Fonte: B.I.

GRÁFICO 2 - DISTRIBUIÇÃO DE SAÍDAS HOSPITALARES SEGUNDO FAIXA ETÁRIA

52% 25%

20%

4%

20 a 29 anos

30 a 49 anos

50 a 69 anos

70 anos ou mais

Total:

Total:

Total:

Total:

49

327

676

258 Fonte: B.I.

De acordo com o gráfico III, observamos que neo-

possuem esquemas de quimioterapia infusional contínua,

plasia maligna de colo do útero é a mais prevalente entre

tais como, neoplasias malignas de cabeça e pescoço, se-

as patologias, inclusive na unidade de cuidados palia-

guidas de cólon, brônquios e mamas. Juntos, essas neo-

tivos, sendo também a segunda maior causa de óbitos.

plasias representam 53% de todos os CIDs de saídas hos-

Os CIDs prevalentes correspondem a tumores que

108

pitalares dos pacientes internados ao longo de 2015.

Relatório Anual 2015


Oncologia

GRÁF. 3 - DISTRIBUIÇÃO ANUAL DE SAÍDAS HOSPITALARES SEGUNDO DIAGNÓSTICO PRINCIPAL POR GRUPO DE CIDS-10 15% 11%

10%

9%

8%

7%

7%

6%

5%

Ovário

Próstata

Reto

Esôfago

Estômago

Mama

Brônquios

Cólon

Cabeça e...

Útero

1%

Diferentemente do perfil dos pacientes internados,

No gráfico IV, é possível observar que a neoplasia

nas unidades ambulatoriais destinadas ao tratamento do

maligna da mama representa 25% do total, bem mais do

câncer ano de 2015, o CID mais prevalente está rela-

que o segundo e terceiro CIDs mais prevalentes.

cionado à neoplasia maligna de mama, seguido da

A Santa Casa de Maceió é a única instituição do estado

neoplasia de próstata e colo do útero que, juntas, repre-

de Alagoas a tratar pacientes portadores de leucemia

sentam 45% de todas as neoplasias tratadas ambulato-

aguda em adultos, representando 5% do total deles na

rialmente.

instituição, o quarto CID mais prevalente.

Cirurgia Oncológica TABELA II INDICADORES DE OPERACIONAIS

2014

2015

EVOLUÇÃO 2014 X 2015

Cirurgias

2.101

2.366

∆ 15%

4,1

3,99

-

Média de Permanência (dias)

Assistência ambulatorial Nas tabelas III e IV, é notório o progresso dos serviços

cas institucionais para fidelizar, satisfazer e valorizar o

voltados para o tratamento dos pacientes oncológicos,

corpo clínico, colaboradores e steakholderes. Aliado a isso,

onde os indicadores operacionais mostram o crescimento

uma infraestrutura confortável, com processos focados na

no número de atendimentos da Santa Casa de Maceió,

segurança assistencial, protocolos de prevenção, condutas

reforçando a instituição como referência nos tratamento

terapêuticas definidas, fluxos mapeados e análise contínua

do câncer no estado de Alagoas.

do perfil epidemiológico com foco no conhecimento e ação

O crescimento do serviço é fruto de ações estratégi-

proativo para cada unidade.

Relatório Anual 2015

109


Oncologia

Oncologia Clínica No ano de 2015, a cirurgia oncológica da Santa casa de Maceió cresceu 15% em relação ao mesmo período de 2014; isso se deu pelo fortalecimento da gestão do corpo clínico, gerenciamento proativo dos leitos e aprimoramentos na assistência. (tabela III). TABELA III COMPARATIVO INDICADORES DE OPERACIONAIS

ONCOLOGIA CLÍNICA

SUS

CONVÊNIOS

2014 X 2015

Consultas Primeira Vez

2.017

80%

20%

- 7%

Consultas de Retorno

23.914

95%

5%

∆ 13%

Sessões de Quimioterapia/ Hormonioterapias

29.497

88%

12%

∆ 12%

1.573

70%

30%

∆ 7%

Suporte Clínico

Radioterapia TABELA IV CONVÊNIOS INDICADORES DE OPERACIONAIS

RADIOTERAPIA

SUS

PARTICULARES

CONSULTAS PRIMEIRA VEZ

1.306

70%

30%

CONSULTAS DE RETORNO

3.665

90%

10%

66.202

92%

8%

BRAQUITERAPIA/ RADIOTERAPIA /PLANEJAMENTO / SIMULAÇÕES

Assistência Multidisciplinar Os pacientes oncológicos apresentam diversos sin-

110

mioterapia, Radioterapia e Cuidados Paliativos.

tomas físicos e emocionais relacionados à doença e aos

Com esse atendimento completo e interdisciplinar,

tratamentos realizados, necessitando de uma equipe mul-

podemos alcançar excelentes resultados de desospitali-

tiprofissional que possibilite sua melhoria clínica e maior

zação, reabilitação, diminuição de sintomas decorrentes

aderência ao tratamento oncológico específico, A equipe

da doença e do tratamento, maior adesão, integração da

multiprofissional atua nos pacientes internados e ambu-

família no cuidado, maior segurança ao paciente e aumento

latoriais, ou seja, em todas as etapas do cuidado - Qui-

da qualidade de vida.

Relatório Anual 2015


Oncologia

Atividades de integração Na unidade de cuidados paliativos são realizadas

buscando a autonomia do enfermo, valorizando a vida e

diversas ações que visam a melhor qualidade de vida do

autoestima, proporcionando momentos de amor e alegria,

paciente, reabilitação e integração da família e equipe,

independente da fase da doença.

ATIVIDADES CONSTRUTIVAS E EXPRESSIVAS

Pintura de quadro e colagem com objetivo de melhorar a motilidade fina do paciente, propiciando maior autonomia e integração com a família.

CASAMENTOS

Muito mais que uma unidade voltada à assistência hospitalar, a Unidade Oncológica Rodrigo Ramalho celebra o amor e resgata histórias, como pode ser observado nas imagens da celebração de dois casamentos. O Padre Cícero Lenisvado transforma esses momentos em um verdadeiro celeiro de bênção para pacientes, familiares, médicos e colaboradores.

Relatório Anual 2015

111


Oncologia

CARNAVAL

Desânimo não tem espaço para a equipe multidisciplinar que não poupa esforços e sorrisos nos bailinhos de carnaval, proporcionando momentos de descontração para os pacientes e familiares.

NATAL Para sair um pouco da rotina de estarem em um hospital e resgatar a lembrança dos momentos em família, os pacientes participam ativamente da decoração natalina na unidade e, na noite de natal, a entrada principal torna-se uma grande sala de jantar, onde pacientes e familiares participam da ceia natalina.

PÁSCOA

Para celebrar a ressurreição de Jesus Cristo e reacender a chama da eternidade, sob a supervisão da terapeuta ocupacional e da nutricionista, os pacientes são convidados a confeccionarem ovos de páscoa.

112

Relatório Anual 2015


Oncologia

ANIVERSÁRIOS

Na unidade de cuidados paliativos, todos os pacientes que estão internados na data do seu aniversário são surpreendidos com a comemoração, onde a equipe multidisciplinar canta parabéns e os pacientes recebem o carinho de seus familiares.

DIA DE BELEZA

Grupo de cabelereiros voluntários realiza periodicamente dia de beleza, proporcionando aumento da autoestima dos pacientes e familiares.

OUTUBRO ROSA Em parceria com a Rede Feminina de Combate ao Câncer e o Serviço de Radiologia da Santa Casa de Maceió, mil mulheres puderam realizar mamografias na campanha "Outubro Rosa 2015", além dos exames, foram realizadas palestras, dia da beleza, ensaio fotográfico, distribuição de lembrancinhas, beneficiando mais de 1.200 pacientes ao longo do mês de outubro. Um reforço recebido na campanha 2015 foi um projeto elaborado pela equipe de supervisão de enfermagem "Brechó Solidário" - a proposta foi acolhia pelos médicos e colaboradores do Centro de Oncologia que, não mediram esforços em tornar esse momento ainda mais especial "Para Todas as Marias". Os itens do brechó podiam ser pegos gratuitamente pelos pacientes.

Relatório Anual 2015

113


Santa Casa Farol

A

114

través de uma moderna estrutura física e capaci-

oncológico-pediátrico e tratamento intensivo neonatal

dade instalada, a Santa Casa Farol foi planejada

para os usuários de planos de saúde e particulares.

para atender com excelência a crianças e gestantes

A Santa Casa Farol possui um centro cirúrgico geral

no Pronto Atendimento Pediátrico e Obstétrico, além de

com cinco salas, sendo duas preparadas e equipadas

possuir toda infraestrutura necessária para a realização

para a obstetrícia, uma para recepção dos recém-

de cirurgia geral e por vídeo (tanto pediátrica como em

nascidos (RN) e seis leitos de recuperação pós-

adultos nas especialidades plástica, urológica e otorrino-

anestésica (RPA). O hospital possui 70 leitos, onde

laringológica).

46 são destinados para internações clínicas, cirúrgi-

Inaugurada em 2014, a unidade tem prestado

cas e da Oncologia Pediátrica; 24 leitos são de UTI's

assistência hospitalar aos pacientes de baixa, média e

(sendo oito de UTI Geral, dez de UTI Neonatal e seis

alta complexidade, oferecendo suporte materno-infantil,

de UTI Pediátrica).

Relatório Anual 2015


Santa Casa Farol

Capacidade instalada e estrutura física ACOMODAÇÃO - APARTAMENTO HUMANIZADO

ACOMODAÇÃO DE APARTAMENTO PEDIÁTRICO

ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA - JARDIM INTERNO COM VISTAS DOS APARTAMENTOS

Relatório Anual 2015

115


Santa Casa Farol

Ampliações e Implementações AMPLIAÇÃO DO CENTRO DE DIAGNÓSTICO Em 2015, a Santa Casa Farol ampliou seu Centro de Diagnóstico dando início à realização de exames de ultrassonografia e ecocardiograma associados ao Serviço de Radiologia existente. Desta forma, possibilitou-se o atendimento às demandas internas e externas. Foram realizadas 1.251 ultrassonografias e 295 ecocardiogramas desde a ampliação.

TRATAMENTO POR PLASMAFERESE

A Santa Casa Farol tem sido referência no Estado de

patologias, registrando uma maior incidência relacionada

Alagoas no tratamento conhecido como aférese terapêu-

à síndrome de Guillain-Barré. A eficácia do tratamento e

tica, indicado para amenizar os sintomas de doenças

diagnóstico foi fundamental para evitar a ocorrência de

autoimunes. O procedimento consiste na retirada dos anti-

óbitos dessa patologia em Alagoas. O serviço conta com

corpos que atacam o organismo através da separação e

uma equipe multiprofissional qualificada (médicos inten-

remoção das toxinas e componentes sanguíneos por meio

sivistas, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutri-

de equipamento automatizado.

cionistas e fisioterapeutas), além de modernos equipa-

Em 2015, foram atendidos 92 pacientes de diversas

116

mentos e estrutura física adequada.

Relatório Anual 2015


Santa Casa Farol

Ações 2015 EQUIPE SANTA CASA FAROL ENVOLVIDA NO OUTUBRO ROSA

APOIO VOLUNTÁRIO DA REDE FEMININA DE COMBATE AO CÂNCER

Relatório Anual 2015

117


Santa Casa Farol

EVENTOS FESTIVOS

Ações realizadas durante o Dia das Crianças: entrega de presentes, promoção de festa infantil para enfermaria SUS, orientações nutricionais sobre a importância do consumo de frutas, alimentos saudáveis entre outras.

SEMANA MUNDIAL DO ALEITAMENTO MATERNO

Em agosto de 2015, a Santa Casa Farol recebeu o apoio do Hospital Nossa Senhora da Guia para a promoção de orientações às puérperas sobre a importância do aleitamento materno e capacitações aos colaboradores da Santa Casa Farol quanto ao manejo e incentivo à amamentação. A iniciativa também integrou ações em prol da redução da mortalidade infantil no Estado de Alagoas.

118

Relatório Anual 2015


Santa Casa Farol

DESEMPENHO DA SANTA CASA FAROL INDICADORES

2014

2015

Taxa de Ocupação

54,54%

68,76%

Procedimentos cirúrgicos

1.647

4.808

Total de partos cesariana

320

1.021

Total de partos normais

12

113

Pacientes-dia

9.702

17.810

Média de permanência hospitalar

3,9

3,3

Atendimento na Pediatria

13.892

25.664

Atendimento na Obstetrícia

-

4.826

Taxa de Mortalidade

2,09

1,08

Altas no período

1.919

4.576

Exames de Ultrassonografia

-

1.251

Exames de Ecocardiogramas

-

295

Exames de Raios-X

3.145

4.503

PRODUÇÃO CIRÚRGICA POR ESPECIALIDADE Especialidade

Total de Cirurgias

%

1.407

39%

Cirurgia Pediátrica

813

22%

Otorrinolaringologia

730

20%

Cirurgia Urológica

313

9%

Outros

351

10%

Ginecologia/ Obstetrícia

Total de Cirurgias

3.614

Relatório Anual 2015

119


Hospital Nossa Senhora da Guia

O

120

Hospital Nossa Senhora da Guia (HNSG) integra a

Na área de ensino, o HNSG funciona como cam-

rede de unidades externas da Santa de Maceió,

po de estágio para médicos dos programas de Resi-

com atendimento exclusivo aos usuários do Sis-

dência Médica de Ginecologia e Obstetrícia, Pedia-

tema Único de Saúde (SUS). O complexo materno-infantil

tria, Anestesiologia e Otorrinolaringologia da Santa

iniciou suas atividades em junho de 2009, com foco na

Casa de Maceió. Além disso, recebe alunos do internato

resolução das patologias de baixa e média complexidade

do Curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas,

de mulheres e crianças. O HNSG está inserido na Rede Ce-

na área de Obstetrícia, bem como alunos do

gonha do Estado de Alagoas e possui habilitação da Ini-

Programa de Estágio Obrigatório dos cursos de

ciativa Hospital Amigo da Criança, outorgada em novembro

Enfermagem e Fisioterapia de várias faculda-

de 2013 pelo Ministério da Saúde e pelo Unicef (Fundo

des e universidades, graças aos convênios de

das Nações Unidas para a Infância e o Adolescente).

cooperação técnica-cientifica.

2015 Relatório Anual 2014


Hospital Nossa Senhora da Guia

Obstetrícia Segundo o Datasus, em 2015 o HNSG esteve entre as 21

unidades mistas alagoanas, efetivamente 18 instituições

maternidades que mais realizaram partos pelo SUS no universo

representaram 92,59% do volume de internações com códigos

de 3.124 hospitais em todo Brasil. Já em Alagoas, no mesmo

de partos, conforme descrito no Quadro nº 1. O Hospital Nossa

período, foram feitos 42.888 partos, incluindo os de alto risco

Senhora da Guia foi responsável por 13,41% de todas as inter-

e de risco habitual. Em Maceió, ocorreram 18.884 partos, re-

nações relacionadas a partos de Alagoas, destacando-se ainda

presentando 44,03% do total de internações do estado.

como o hospital que mais internou pacientes para procedi-

Entre os 52 hospitais, maternidades, casas de partos e

Hospitais de Alagoas (CNES) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

mento de curetagem.

Partos Normais Cesarianas Curetagens

HOSP. NOSSA SENHORA DA GUIA - Maceió 3.474 HOSP. REG. DR CLODOLFO RODRIGUES - Santana 1.893 CASA DE SAUDE ST. ANTONIO - Maceió 1.376 HOSP. REGIONAL - Arapiraca 1.833 CASA DE SAUDE Na SRa DE FATIMA - Maceió 1.636 HOSPITAL DO ACUCAR - Maceió 1.872 HOSP. Sta.RITA E MAT. SANTA OLIMPIA - Palmeira 1.114 CASA DE SAUDE E MAT. Na Sra DE FATIMA - Arapiraca 940 HOSP. UNIVERSITARIO ALBERTO ANTUNES - Maceió 1.170 HOSP. SAO VICENTE DE PAULO - U.dos Palmares 1.198 SANTA CASA DE MISERICORDIA - S. Miguel Campos 1.272 SANTA CASA DE MISERICORDIA - Penedo 891 CARVALHO BELTRAO SERVICOS DE SAUDE - Coruripe 407 MATERNIDADE ESCOLA SANTA MONICA - Maceió 233 HOSP. E MAT. DR ANTENOR SERPA - Delmiro 303 UNIDADE ANTONIO VIEIRA FILHO - Batalha 349 HOSP. JOAO LIRA FILHO - Atalaia 283 HOSP. GERAL PROF IB GATTO FALCAO - Rio Largo 195 TOTAL 20.439

2.279 1.989 2.430 1.691 1.495 1.166 1.550 1.543 1.277 857 712 999 375 476 311 85 35 19.270

445 350 421 352 297 349 194 265 177 161 57 156 54 45 5 16 2 3.346

Normais e Cesarianas 5.753 3.882 3.806 3.524 3.131 3.038 2.664 2.483 2.447 2.055 1.984 1.890 782 709 614 434 283 230 39.709

% Partos Normais 60,4 48,8 36,2 52,0 52,3 61,6 41,8 37,9 47,8 58,3 64,1 47,1 52,0 32,9 49,3 80,4 100,0 84,8 56%

% Partos em Alagoas 13,41 9,05 8,87 8,22 7,30 7,08 6,21 5,79 5,71 4,79 4,63 4,41 1,82 1,65 1,43 1,01 0,66 0,54 92,59%

DISTRIBUIÇÃO ANUAL DO PERCENTIL DE PARTOS NORMAIS E CESARIANOS POR MATERNIDADES DE MACEIÓ 2015

Maternidade Santa Mônica Hospital Universitário

Casa de Saúde Nossa Senhora de Fátima Hospital do Açúcar

Em Maceió, o HNSG também foi responsável por 31,5% das internações rela-

Hospital Nossa Senhora da Guia

cionadas a partos, de acordo com a Figura nº 1

Casa de Saúde Santo Antônio

Fonte: Datasus / Tabwin em 07/02/2016.

Relatório Anual 2015

121


Hospital Nossa Senhora da Guia

Boas práticas obstétricas e neonatais A maternidade do Hospital Nossa Senhora da Guia

sendo uma constante no cotidiano dos profissionais

tem como missão principal atender os usuários do SUS

que fazem o hospital. A ênfase no parto humanizado,

com qualidade e alto nível de segurança assistencial.

e nas práticas de incentivo ao manejo e aleitamento

Para tanto, a implantação e a implementação das Boas

materno, já se consolidou como uma cultura institu-

Práticas da Assistência Obstétrica e Neonatais vêm

cionalizada.

1. EQUIPE CAPACITADA PARA A ASSISTÊNCIA À MULHER E AO RECÉM-NASCIDO NO ATO DA SALA DE PARTO É importante destacar que as enfermeiras que atuam

Além disso, o HNSG viabilizou a participação de mem-

no Centro Obstétrico, Sala de Parto e Urgência Obstétrica

bros permanentes da equipe multiprofissional nas reuniões

(Acolhimento e Classificação de Riscos) possuem espe-

do Fórum Perinatal de Maceió. O colegiado destina-se às

cialização em enfermagem obstétrica.

discussões a respeito da assistência materno-infantil e da

Visando à qualificação dos novos colaboradores e médicos foram realizadas em 2015 duas capacitações na Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC).

operacionalização da Rede Cegonha em Maceió. O hospital também investiu na promoção de capacitações internas voltadas à humanização no atendimento.

2. PARTO HUMANIZADO Seguindo o que preconizam a OMS (Organização Mundial

Nossa Senhora da Guia, dos quais 3.474 foram partos normais.

de Saúde) e o Ministério da Saúde, o HNSG estimula o parto

Conforme a Figura nº 2, o percentual de partos normais

normal mantendo em plantão 24 horas uma equipe formada

durante todo o ano foi maior que as taxas de cesarianas, tendo

por dois obstetras, dois pediatras, um anestesista e enfer-

a média mensal de 60,40%. No mês de dezembro de 2015,

meiras obstétricas para dar assistência às gestantes. Em

alcançou-se a taxa histórica 67,80% de partos normais.

Alagoas, a taxa de cesariana pactuada pelos gestores

Problemas relacionados à assistência de pré-natal e dificuldade

estaduais e municipais foi de 40% em 2015.

de exames pela atenção básica ainda são responsáveis pelo

No ano de 2015, foram realizados 5.753 partos no Hospital

índice de cesariana nos hospitais de risco habitual.

FIGURA Nº 2 - DISTRIBUIÇÃO ANUAL DO PERCENTIL DE PARTOS NORMAIS E CESARIANOS

Fonte: Sistema MV

122

Relatório Anual 2015


Hospital Nossa Senhora da Guia

a) Direito ao Acompanhante

rer do período pré-operatório até a alta hospitalar. O hospital dispõe de normas escritas com direitos e deveres

É garantido o direito de toda gestante admitida no

dos acompanhantes, objetivando tornar permanência de-

HNSG de escolher o acompanhante de sua preferência,

les a mais prazerosa possível. Também são asseguradas

independente de grau de parentesco ou gênero sexual. A

as alimentações para os que fazem companhia às mulhe-

pessoa apontada pela mulher poderá acompanhá-la

res. Em 2015, a taxa de acompanhante no HNSG foi de

durante todo o trabalho de parto, assim como no transcor-

90,08%.

b) Métodos não farmacológicos

rapia Obstétrica. Profissionais capacitados aplicam

para alívio da dor

técnicas como massoterapia, hidroterapia com banho morno, exercícios na bola suíça, eletroanalgesia com

O HNSG foi o primeiro hospital em Alagoas a ofertar

equipamentos de tens, audioanalgesia, deambulação,

às parturientes os recursos dos métodos não farma-

dentre outros, visando a minimizar as dores do trabalho

cológicos para alívio da dor através do Serviço da Fisiote-

de parto normal.

Relatório Anual 2015

123


Hospital Nossa Senhora da Guia

c) Ingesta de Líquidos

que atendessem aos parâmetros necessários à inserção de aporte calórico. Finalizamos 2015 com a taxa de liberação

Em agosto de 2015, o Serviço de Nutrição do HNSG iniciou

de líquidos claros de 37,80% no universo de todas as par-

a oferta de líquidos claros para as parturientes de parto normal

turientes que foram admitidas em trabalho de parto normal.

3. ATUAÇÃO DO GRUPO DE APOIO À AMAMENTAÇÃO DOS COLABORADORES DO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA GUIA a) Projeto Tutoria

assertividade da certificação Hospital Amigo da Criança, a saber: tipo de parto, acompanhante, contato pele a pele,

Orientações diárias às puérperas sobre o manejo do

avaliação da mamada, manejo da amamentação, dentre

aleitamento materno pela equipe multiprofissional (enfer-

outros. No momento da tutoria, as puérperas e acompa-

meiras, fisioterapeutas, assistente social, nutricionista,

nhantes são reorientadas quanto à importância do aleita-

psicóloga, dentre outros). A equipe segue um check-list

mento materno exclusivo, técnicas essenciais para que a

padrão onde constam temas importantes quanto ao parto

amamentação tenha sucesso, esclarecimentos sobre alguns

humanizado e requisitos necessários para avaliação da

mitos etc.

b) Curso de Gestantes para Colaboradoras Grávidas

Hospital Nossa Senhora da Guia, o tradicional Curso de Gestante foi oferecido exclusivamente para colabora-

Criado em 2015 como parte das comemorações da III Semana Mundial de Aleitamento Materno do

124

doras grávidas de todo o complexo da Santa Casa de Maceió.

Relatório Anual 2015


Hospital Nossa Senhora da Guia

c) Grupo Vocal Estrela Guia

d) Semana Mundial de Aleitamento Materno

Grupo vocal formado por colaboradores de todas as

Durante o período de 01 à 07 de agosto, é comemorada

áreas do HNSG, cujo objetivo principal é cantar paródias

a Semana Mundial do Aleitamento Materno, cujo objetivo

sobre a importância do aleitamento materno exclusivo. As

principal é a sobrevivência, proteção e desenvolvimento da

apresentações são realizadas prioritariamente para as

criança. Uma das principais ações é o cumprimento aos Dez

gestantes ainda no pré-natal e puérperas internadas no

Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno.

HNSG em datas comemorativas (Carnaval, São João, Natal,

No HNSG é o terceiro ano que é promovido um

dentre outras), que de forma divertida e lúdica aprendem

calendário de atividades voltadas ao incentivo do

as orientações repassadas através da música. O Grupo Vocal

aleitamento materno, com ações internas e extra-

Estrela Guia também se apresenta nos cursos de gestantes,

muros.

festas comemorativas da Santa Casa, assim como alguns

Dentro da vasta programação em comemoração à

eventos promovidos pela Rede Cegonha do Estado de

Semana Mundial de Aleitamento Materno no HNSG em 2015,

Alagoas.

destacamos:

n Inauguração da Sala de Amamentação para mulher trabalhadora na Creche da Santa Casa matriz; n Curso de Gestante para Colaboradoras Grávidas; n Curso de Gestantes nos Postos de Saúde vinculados ao HNSG; n Orientações às puérperas na maternidade da Santa Casa Unidade Farol; n Cantinho da Beleza - atividade para as puérperas do HNSG através de maquiagem e penteados realizados pelas colaboradoras voluntárias do HNSG; n Hora do Mamaço - evento realizado para as puérperas do HNSG com objetivo de orientá-las quanto à forma correta de oferecer o peito ao bebê e disseminar os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno; e n Campanha Doação de Leite Materno - campanha interna para conscientização e incentivo à doação de leite humano, assim como divulgação do Posto de Coleta de Leite Humano do HNSG.

Relatório Anual 2015

125


Hospital Nossa Senhora da Guia

e) Cuidados com o recém-nascido Os cuidados do HNSG também são extensivos aos nossos recém-nascidos, tendo a instituição adotado como prática:

CUIDADO

DESCRIÇÃO

OBSERVAÇÃO

Contato Pele a Pele

Assegurar o contato pele a pele do recém-nascido com a mãe ime-

Taxa anual 95,07%

diatamente após seu nascimento, colocando o bebê sobre o abdômen ou tórax da mãe, de acordo com sua vontade, iniciando a amamentação imediatamente após o nascimento.

Mega Dose de Vitamina A

Melhorar a suplementação nutricional das das nutrizes.

Taxa 2º semestre 90,07%

Teste da Orelhinha

Identificar patologias relacionadas à audição

Taxa anual 94,53%

Teste do Coraçãozinho

Identificar patologias cardíacas congênitas

Taxa 85,67% (nov e dez 2015)

Registro de Nascimento Civil

Pai e mãe são orientados e estimulados a registrar seu bebê, seja

Taxa anual 78,91%

no próprio cartório dentro da maternidade nas suas instalações.

Campleamento tardio

Prática para evitar anemia no recém-nascido.

Todos recém-nascidos

Teste do Olhinho

Triagem de oftamolpatias neonatais.

Todos recém-nascidos

Vacinação

Prevenção de algumas patologias, como tuberculose

Todos recém-nascidos.

do cordão umbilical

e Hepatite B.

Distribuição fórmula láctea

Melhorar a suplementação nutricional das nutrizes.

Distribuído para recém-nascidos filhos de mães HIV positivo

Livre acesso ao pai

Acesso ao pai independente do horário definido para acompanhantes

do recém-nascido

e visitantes. O pai também é convidado a participar dos cuidados

-

prestados aos recém-nascidos, fortalecendo o vínculo com o bebê.

Alojamento para as Mães

É ofertado às mães dos bebês internados na UCI sua permanência

-

em um alojamento exclusivo para elas durante 24h por dia. Fonte: dados internos HNSG

126

Relatório Anual 2015


Hospital Nossa Senhora da Guia

Cirurgias Eletivas O HNSG dispõe de um Centro Cirúrgico Pediátrico

Santa Casa e unidades externas Hospital Nossa Senhora da

exclusivo para cirurgias eletivas de média e baixa com-

Guia e Santa Casa Farol fizeram a diferença na vida de 1.577

plexidade em crianças e mulheres. As especialidades médicas

crianças, e levaram a instituição a figurar entre os 33 hos-

atendidas no hospital em 2015 foram as cirurgias gerais

pitais que mais realizaram cirurgias pediátricas entre 2.797

pediátricas, cirurgias de otorrinolaringologia e cirurgias

hospitais brasileiros. Em Alagoas, essas duas instituições

ginecológicas, totalizando 1.581 intervenções eletivas.

representaram 23,2% do total de cirurgias pelo SUS,

No período citado, a equipe de cirurgia pediátrica da

conforme Quadro nº 2.


Hospital Nossa Senhora da Guia

QUADRO Nº 2 - RANKING DO TOTAL DE CIRURGIAS PEDIÁTRICAS DE 0 A 14 ANOS EM ALAGOAS EM 2015. HOSPITAIS DE ALAGOAS

MUNICÍPIO

FREQUÊNCIA

% FREQ.

% FREQ. TX. MORT. ÓBITOS

1

HOSPITAL NOSSA SENHORA DA GUIA E SANTA CASA DE MACEIÓ

MACEIÓ

1.577

23,2

2

0,13

2

HOSPITAL DO AÇÚCAR

MACEIÓ

759

11,2

14

1,84

3

HOSPITAL GERAL DO ESTADO DR. OSVALDO BRANDAO VILELA

4

HOSPITAL REGIONAL DR. CLODOLFO RODRIGUES DE MELLO

5

CHAMA

6

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. ALBERTO ANTUNES

7 8 9

HOSPITAL REGIONAL DE ARAPIRACA

MACEIÓ

686

10,1

11

1,60

SANTANA

453

6,7

-

-

ARAPIRACA

323

4,8

-

-

MACEIÓ

298

4,4

15

5,03

HOSPITAL SANATORIO

MACEIÓ

261

3,8

-

-

HOSPITAL ORTOPÉDICO DE MACEIÓ

MACEIÓ

246

3,6

-

-

ARAPIRACA

245

3,6

-

-

ARAPIRACA

241

3,6

2

0,83

5.089

75,0

44

0,86

10 UNIDADE DE EMERGENCIA DR. DANIEL HOULY

TOTAL DOS 10 HOSPITAIS QUE MAIS REALIZARAM CIRURGIAS PELO SUS Fonte: Datasus / Tabwin em 07/02/2016.

O HNSG foi responsável por 90% das 1.577 cirurgias realizadas, sendo os 10% restantes ocorridos na Santa Casa

taram de cuidados intensivos (UTI Neonatal ou Pediátrica) e/ou equipamentos especiais (videolaparoscopia).

Unidade Farol devido à alta complexidade de algumas cirurgias em recém-natos e em crianças, pois muitas delas necessi-

Em Maceió, essas duas instituições responderam por 38% das cirurgias pediátricas, de acordo com Figura nº 3.

FIGURA Nº 3 - DISTRIBUIÇÃO ANUAL DO PERCENTIL DAS CIRURGIAS PEDIÁTRICAS EM HOSPITAIS DE MACEIÓ 2015

128

Apesar de todo o compromisso da alta direção e do

em setembro de 2015, com os gestores públicos de

corpo funcional e clínico do HNSG com a assistência

saúde, resultou numa redução de 50% na cota cirúrgica

materno infantil em Alagoas, a contratualização firmada

eletiva.

Relatório Anual 2015


Hospital Nossa Senhora da Guia

Essa decisão inviabilizou a continuidade dos serviços

Casa Unidade Poço em decorrência da suspensão do

no HNSG nos últimos meses do ano (novembro e dezem-

incentivo financeiro estatal para o custeio desses serviços.

bro/2015). Desde então, a Santa Casa de Maceió, e os ges-

Mesmo com a redução desse incentivo, a alta direção

tores públicos, vêm buscando a melhor alternativa para

da Santa Casa de Maceió, e os gestores do HNSG,

um retorno o mais breve possí-vel das cirurgias eletivas

entendem ser imprescindível a manutenção das enfer-

no hospital.

meiras obstétricas no quando funcional da Urgência Obs-

Também em novembro, o HNSG suspendeu as consultas

tétrica e a permanência da escala horizontal de obstetras

de pré-natal e puericultura no Ambulatório SUS da Santa

e pediatras.

QUADRO Nº 3 - INDICADORES DE DESEMPENHO 2009-2015:

2009*

2010

2011

2011

2013

2014

2015

1

Consulta Puericultura

*

*

683**

683**

2.677

2.629

2.307

2

Consultas Cirurgias Pediátricas

*

3.537

3.029

3.029

2.458

3.249

3.469

3

Cirurgias Pediátricas

700

1.531

1.658

1.658

1.289

1.560

1.321

4

Consulta Pré-Natal

*

340**

1.616

1.616

3.332

2.837

2.338

5

Consulta Urgência Obstétrica

2.389

5261

6.349

6.349

7.043

11.571

15.947

6

Total Parto Normal

870

1.777

2.151

2.151

2.670

2.891

3.474

7

Total Parto Cesáreo

992

2.334

2.356

2.356

2.443

2.228

2.241

8

Taxa de Parto Normal

47%

43%

43%

43%

52%

56%

61%

9

Taxa de Parto Cesariano

53%

57%

57%

57%

48%

44%

39%

10

Taxa Cesáreas Primíparas

***

***

***

***

42,00%

28,00%

28,00%

11

Taxa Episiotomia

***

***

72,00%

72,00%

60,00%

35,00%

38,50%

12

Taxa Contato Pele a Pele

***

96,80%

85,00%

85,00%

93,70%

95,00%

95,07%

13

Taxa Acompanhante no Parto

***

***

0,65%

0,65%

57,00%

67,00%

90,00%

14

Taxa de Permanência Institucional

1,81

1,77

1,97

1,97

2,26

2,3

2,05

15

Taxa de Ocupação Institucional

42,08%

61,92%

67,99%

67,99%

73,42%

71,93%

72,85%

16

Pacientes-Dia

6.988

17.723

20.350

20.350

21.975

21.437

21.169

17

Média Paciente Dia

19,15

48,56

55,75

55,75

60,21

58,73

58

18

Taxa de Mortalidade

0,03%

0,09%

0,03%

0,03%

0,03%

0,11%

0,14%

19

Taxa de Mortalidade Materna

***

0,02%

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

20

Taxa de Mortalidade Fetal

***

0,58%

1,09%

1,09%

0,68%

0,83%

1,14%

* Atendimento não iniciado ** Atendimento iniciado parcialmente *** Dado não coletado

Relatório Anual 2015

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Desempenho Financeiro e Econ么mico


Desempenho Financeiro e Econ么mico

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Relat贸rio Anual 2015


Desempenho Financeiro e Econ么mico

Relat贸rio Anual 2015

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Desempenho Financeiro e Econ么mico

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Relat贸rio Anual 2015


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