Anuário Musical São João del Rei

São João del-Rei

e suas igrejas barrocas

Anuário Musical

xeroed

Antônio Gaio Sobrinho Elmo Alves Sérgio Farnese

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The Music Yearbook S. João del-Rei

For nearly 300 years, in the region of S. João delRei, sacred music can be heard played by the Lira Sanjoanense and Ribeiro Bastos orchestras. Since colonial times, a magnificent erudite and religious repertoire was formed, created by composers of Minas Gerais, preserved in the archives of the bicentenary corporations.

Nowadays the orchestras brighten religious ceremonies about 500 times a year. The S. João delRei Music Yearbook registers the schedule of the Lira Sanjoanense and Ribeiro Bastos orchestras with repertoire unique in the world constituted with musical pieces by composers from S. João del-Rei of the 18th an 19th century such as father José Maria Xavier, Antonio Santos Cunha and Martiniano Ribeiro Bastos, beside other composers of the epoch, such as Manoel Dias de Oliveira, José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita. (version - Abgar Tirado)

Cinq églises et une chapelle S. João del-Rei

L’église de Saint François L’église de N. S do Carmo L’église de N. S. do Pilar L’église de N. S. do Rosário L’église de N. S. das Mercês La chapelle de Santo Antônio

leia também, de Sérgio Farnese

amigo da

serra

São José seja um!

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Anuário Musical S. João del-Rei

precedido de

Cinco Igrejas e uma Capela

por Antônio Gaio Sobrinho fotos de Elmo Alves

Sérgio Farnese xeroed

© Sérgio Farnese 2010

xeroed editora Livraria Café Itatiaia Distribuidora Rua Direita, 176 Tiradentes | Minas Gerais | 36.325-000 55 32 3355-1805 | livraria@bol.com.br Estúdio Blank - Produção Gráfica Rua Conselheiro Arp, 57 Joinville | Santa Catarina | 89.204-600 55 47 3227-2868 | blank@estudioblank.com.br

Pesquisa e Edição Sérgio Farnese Texto Antônio Gaio Sobrinho Fotografia Elmo Alves Traduções versão para o francês - Catherine Antoine versão para o inglês - Abgar Campos Tirado e Peter Hargreaves outono de 2010

Para Walter

Sede da Orquestra Lira Sanjoanense na Rua Santo Antonio

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Prefácio Corria o ano de 2001, aurora de milênio novo. Uma ideia nova ganha forma, pede impressão em papel opaco. Colocar num folheto único a trajetória anual das orquestras barrocas de S. João del-Rei e dos Campos das Vertentes das Minas Gerais, era a meta. Trazer visibilidade aos sons de uma série musical cuja totalidade era de quase todos desconhecida, transformar a informação parcial em visão do conjunto de apresentações que se espalham ao longo do calendário ano a ano. Forjar, desse modo, uma antologia musical ímpar, donde a música sacra tomasse uma vez mais, e mais, a direção do mundo e ampliasse seu ecoar das coxias e dos vitrais desses templos cinzelados em mãos dos mestres da arte em pedra, dois Franciscos em nossa terra, Francisco Antonio Lisboa, o Aleijadinho, e Francisco de Lima Cerqueira, o Francisco que viu escoarem vinte, dos últimos anos de sua vida, na edificação das igrejas do Carmo e de S. Francisco de Assis.

Surgia em ideia o Anuário Musical de S. João del-Rei. Ideia de quem dentro de casa via e entrevia um vai e vem paterno conduzindo ladeira abaixo, ladeira acima, o clarinete de ébano negro, preparado com esmero para ocasiões onde seu som grave, rouco, penetrasse em profundo adagio, o ser de quem ouve, esse mesmo sopro grave e rouco que encantou outrora, em instantâneo, a verve criadora de Mozart, fazendo-nos herdeiros de preciosas obras-primas para o instrumento. A vida social das orquestras, sua maratona local, seus ensaios, suas viagens, suas rotinas administrativas tomaram de cada geração um grupo de pessoas entregues quase inteiramente ao amor à música.

A mente brilhante do maestro Aluízio José Viegas, da Orquestra Lira Sanjoanense, 5

Sede da Orquestra Lira Sanjoanense na Rua Santo Antonio

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abriga em sua inteireza os dias, os meses, os horários, quando vão e vêm os músicos dessas cidades musicais, Prados, Tiradentes, S. João del-Rei, artistas feitos personagens de lugares onde nem por um minuto, por um segundo sequer, calam as frases, findam os acordes e as notas, deixando ao silenciar as pausas inscritas nas partituras, para que a meditação, a prece, a transcendência acalmem, em breve tenuta, as eternas inquietações que brotam das profundezas das filosofias.

Em casa, num descanso de sua clarineta, Rubens Farnese chamava atenção para o próximo acontecimento assinalado pelo tilintar de bronze dos sinos da Matriz, do repicar de sinos de S. Francisco aqui, do Rosário acolá, das madrugadas melancólicas cortadas pelos sinos do Carmo, prelúdio de melodias e corais em sequência, até que, no quarteirão da mesma rua abaixo, o terno preto impecável de Abgar Tirado prenunciasse, inconteste, algo de solene a acontecer em mais um dia do mundo musical.

Acolhida entusiasticamente pela então presidente do BDMG Cultural, Marília Salgado, a ideia-sonho salta do papel para as rotativas gráficas de Belo Horizonte.

Sai em cor azul anil, sua primeira edição, em folheto de formato inusitado, vertical, como pedia o momento, o mês de março da Semana Santa de 2002. Passados quase 10 anos, 15 edições do folheto, ainda resta dia em que os sinos tocam, sinalizando música nas igrejas, música não anotada. A pesquisa se aperfeiçoa, acresce em direção a se completar, busca para cada novidade a confirmação do maestro Aluízio Viegas, ou de algum músico próximo, pois Rubens Farnese não mais está, e perquire a edificar essa almejada visibilidade total dos compromissos anuais de tanta gente, centenas de membros das corporações, até que se torne deles o apontador, o notário 7

Sede da Orquestra Ribeiro Bastos na Rua Santo Antonio, 54

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interminável da divina música, o Anuário Musical de S. João del-Rei. As próximas páginas trazem, em prelúdio do Anuário Musical, o cenário, a série Cinco Igrejas e uma Capela de S. João del-Rei, em forma de livro.Cinco Igrejas e uma Capela segue um roteiro de visita aos templos sanjoanenses, chamando a atenção para detalhes que se oferecem ao olhar admirado, porventura desavisado, nos espaços onde se espalha a música sacra. Trata-se de projeto de 2002, outra ideia-sonho, dessa vez prontamente acolhido pelo Laboratório Carlos Chagas, que patrocinou as primeiras edições em folheteria.

Os textos foram especialmente preparados pelo professor da UFSJ e historiador Antônio Gaio Sobrinho, pesquisador minucioso de verve intelectual generosa e por isso, rara, exemplar, que teima em fazer chegar aos mais distantes desconhecidos os detalhes estéticos dessas obras monumentais em pedra sabão e granito, templos seculares que dão abrigo às melodias sacras, refugiando em curvas de especialíssima acústica os ruídos harmônicos e enarmônicos dos sopros, das cordas e das vozes dos musicistas de S. João del-Rei. Cada coxia, cada cimalha nos vem aqui desvelada pelo texto leve, agradável, desse autor de tantos livros sobre o tema, exímio narrador que nos presenteia de novo com a herança memorial deixada pelos mestres da talha em pedra, tornada despercebida, de tempos em tempos, pelo prosseguimento desatento da vida, pelo correr dos dias geração a geração.

Em homenagem a esse esforço se juntaram as fotografias de Elmo Alves, presidente do Foto Clube de Belo Horizonte, que gentilmente veio a S. João del-Rei com o fito de enriquecer este livro, já no termo de sua edição. As traduções para o inglês 9

Sede da Orquestra Ribeiro Bastos na Rua Santo Antonio, 54

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de Peter Hargreaves e de Abgar Tirado, e para o francês, de Catherine Antoine, ampliam o leque de visitantes que o livro busca atender, tornando mais proveitoso o registro de sua vinda a S. João del-Rei, além de apresentar, aos sanjoanenses de modo geral, uma leitura estrangeira do que lhe é familiar e rotineiro, despertando-nos da observação banal e utilitária.

O Anuário Músical de S. João del-Rei compila os compromissos musicais das orquestras bicentenárias Lira Sanjoanense e Ribeiro Bastos, que se repetem ano a ano, de modo ininterrupto. Vem enriquecido com festividades que acontecem em Prados, ao som da Lira Ceciliana, e em Tiradentes, sob acordes da Orquestra Ramalho, agremiações irmãs que se comunicam e se completam em fecunda comunhão de ideais. Nas procissões, assinala a presença centenária da Banda Theodoro de Faria e da Banda do 11o Batalhão de Infantaria de Montanha, da Banda Municipal Santa Cecília, dos coros a capela, trazendo, às ruas, a música.

Encontram-se aqui a programacão fixa semanal, os tríduos, as quinquenas, o setenário e as novenas, os motetos e os Miserereres das via-sacras e encomendações de almas da Quaresma, as cerimônias da Semana Santa, as missas aniversárias, as missas solenes, as procissões e os te deums, onde a presença das orquestras e bandas acontece. Ali elas executam a música de autores sacros do século XVIII, XIX, XX e XXI, como Manoel Dias de Oliveira, Padre José Maria Xavier, José Lino França, Adhemar Campos Filho, Vicente Valle, Geraldo Barbosa de Souza, Aluízio José Viegas, Abgar Campos Tirado. Todo ano, cada janeiro reinicia esse ciclo infinito de compromissos musicais, marcado no dia primeiro pelas missas de ano novo, Ribeiro Bastos no S. Francisco, Lira Sanjoanense nas Mercês, demarcados pelo Te Deum 11

Casa do Padre JosĂŠ Maria Xavier na Rua Santo Antonio

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de encerramento do ano na Matriz, com a Ribeiro Bastos, em dezembro, 31.

Cada página de programação do Anuário começa com o dia, a hora, o local, a cerimônia, algumas músicas mais tradicionalmente executadas no amplo repertório dos arquivos das orquestras, seu autor, os executantes(orquestra, coro ou banda). Participações eventuais das orquestras não aparecem aqui pois foram inscritas aquelas que todo ano, na mesma época, voltam a acontecer, como há séculos vêm acontecendo. As datas móveis da Quaresma, da Semana Santa, das Missas Aniversárias, constam de forma que a cada ano se possa identificar seu dia exato.

A gratidão é extensa. Os já mencionados Aluízio e, in memoriam, Rubens. Marilia, do BDMG, que junto ao Dimas e Imalda, do Carlos Chagas, acolheram as primeiras horas dessas idéias. Karla, da Viação Sandra, pelo patrocínio do livro. A CTAP, da Secretaria Estadual de Cultura de Minas Gerais, representada nas pessoas de Sônia e Augusta, pela paciência nesses 5 anos de idas e vindas. Dangelo, Washington, do BDMG Cultural, pela sequência do apoio.

Abgar, pelos inúmeros esclarecimentos.

Tantas outras pessoas, que ajudaram e ajudam.

Mas a menção principal de agradecimento vai para os músicos.

Instrumentistas, cantores e regentes das orquestras e bandas de S. João del-Rei, Prados e Tiradentes. Artistas cuja atividade singular se fez razão de ser do Anuário Musical de S. João del-Rei, este livro com o qual nos presenteamos entre nós e em cuja companhia, quiçá, aproveitemos melhor as maravilhas e encantamentos de nossa terra e da arte de nossa gente. desde o outono 2010

Sérgio Farnese 13

Busto do Padre JosĂŠ Maria Xavier

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Sede da Sociedade de Concertos Sinf么nicos na Pra莽a Carlos Gomes

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Igreja de São Francisco de Assis Sendo a sua forma oval, não existindo em todo obrado, à exceção da perpendicular, uma só parte que seja em linha reta, tudo são curvas; o próprio telhado no seu cimo ou cumeeira é curvo, pelo que judiciosamente disse uma notabilidade que o seu arquiteto não teve régua, e que só se serviu do compasso.

José Antônio Rodrigues, Apontamentos e Notícias Cronológicas de São João del-Rei, 1859

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Seculares palmeiras imperiais, como velas acesas num altar, iluminam a paisagem do mais belo templo barroco mineiro, cujas linhas arredondadas casam-se, harmoniosamente, com as curvas distantes da Serra do Lenheiro.

A construção desta magnífica igreja, iniciada em 1774 para substituir a primitiva capela construída em 1742, constitui sagrado troféu da Venerável Ordem Terceira da Penitência de São Francisco de Assis, de S. João delRei. Obra-prima de Francisco de Lima Cerqueira e Aniceto de Sousa Lopes, com provável participação de Aleijadinho, representa um conceito arquitetônico ambicioso e adiantado, em vista da disponibilidade de recursos e materiais disponíveis à época de sua construção.

Com aquele espírito de encantamento 20

que as obras eternas nos infundem, iniciaremos nossa visita a esse magnífico templo, subindo lentamente a aleia principal do jardim, à sua frente, cujo desenho, visto do alto, parece um prolongamento do adro, assemelhandose ou a uma campânula de sino, ou a uma lira, cujas cordas as sombras das palmeiras parecem, conforme a hora, desenhar.

A balaustrada que, em curvas, delimita o adro, é composta de 186 bem torneados balaústres de pedra de lioz, importados de Portugal e aqui colocados em 1880. Tudo aqui, o desenho dos jardins, as escadarias que nos lembram as do santuário do Senhor Bom Jesus de Congonhas do Campo, as alamedas laterais e as linhas do próprio templo, são curvas e mais curvas, sugerindo aquela contínua movimentação que é uma das características do Barroco.

Demoremo-nos no último patamar desta bela escadaria que se reparte, lateralmente, em duas, e contemplemos todo esse estupendo conjunto e, depois, cada detalhe desse gigante de pedra sabão que a ousadia dos antepassados, o esforço dos escravos negros, nos legaram. Uma sensação de vertigem parece fazê-lo girar, como se sua silhueta ameaçasse desabar, diante das nuvens que o emolduram encantadas.

Além dos mestres citados, muitos outros artesãos de diversos ofícios e numerosos escravos se envolveram na realização dessa obra-prima que segundo Germain Bazin constitui a única, no seu estilo, no mundo.

Resistindo ao apelo da igreja, que Tristão de Athayde classificou como a mais bela jóia arquitetônica de Minas, examinemos estas escadarias de 1874 e este adro de 1880, com seus balaústres.

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De fato, com exceção das linhas verticais, podemos ver, como escreveu José Gaede, que nada nessa igreja é reto, tudo tomba, enverga, torce, inclina, sai do prumo, da reta e do nível. É um movimento contínuo, que a embeleza sempre.

FRONTISPÍSCIO Desde a altura de suas torres cilíndricas e de sua imponente cruz de Lorena, desde os seus enormes sinos e de seu frontão com a cena do Monte Alverne, até os mínimos detalhes de suas colunas e capitéis, de suas cimalhas e cornijas, tudo enfim justifica as eloquentes palavras de Augusto Viegas, esta fachada suntuosa e magnificente, sonho que o gênio cristalizou na pedra, tem com efeito o esplendor indefinível de um arrojado ideal artístico plena e faustosamente atingido em toda sua

pureza. A portada em pedra sabão clara, nos traços do estilo, faz suspeitar a autoria de Aleijadinho. Entre vários emblemas e anjos, coroada de esplêndida coroa, destaca-se a imagem da Imaculada, patrona das Ordens Franciscanas e do Reino Portucalense, com seu elogio litúrgico em sinuosa fita de pedra: Tota pulchra es Maria et macula originalis non est in te.

A NAVE Ultrapassemos o tapa-vento, que Aureliano Pimentel definiu como obra de primeira qualidade, de especiosa marchetaria, e assombremo-nos, como Dom Pedro II, ante o arco abatido que sustenta o coro, um dos mais arrojados cometimentos da engenharia colonial brasileira. Em 24 de abril de 1881, o imperador registrava em seu diário, o arco abatido que sustenta o coro é o que tem de notável. Em seguida, nossos olhares se espandem pela vastidão da nave elíptica, de grande altura e rara luminosidade natural, conseguida pela ausência de sacristias laterais. O teto, sustentado por quatro colunas de cada lado, emborca-se sobre a nave como uma grande barca(que tudo lembra a embarcação que se considerava a Igreja Católica, fora da qual ninguém se salvava), rodeada de um avarandado ou passarela, por onde se pode andar, numa largura de 76 centímetros. Em tempos anteriores à iluminação elétrica, ali se subia para acender e cuidar de 25 candelabros que pendiam de ganchos que ainda lá permanecem.

Dos vários altares laterais, de rebuscada talha, primam por sua beleza os consagrados a São Pedro de Alcântara e aos Bem-Casados, São Lúcio e Santa Bona, nos quais, sustentando colunas retorsas, veem-se bem torneados anjinhos em forma de atlantes. Sob uma linda imagem de São

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João Evangelista, de madeira dourada, obra de Aleijadinho, vê-se uma águia, símbolo desse evangelista, que lhe oferece no bico tinta e pena para escrever a sua teologia cristológica.

No altar de São Pedro de Alcântara, o destaque é para o tabernáculo que tem na portinhola esculpida a cena de Abraão levando Isaac ao Monte Moriá, para ali sacrificá-lo, conforme Gn 22,6: Tulit quoque ligna holocausti et imposuit super Isaac. Em todos os demais altares da nave, podem-se admirar excelentes imagens francesas, de roca ou esculpidas inteiras em madeira. Sob o altar do Amor Divino, uma anatomicamente perfeita imagem jacente de Cristo morto, em sereno repouso e relaxamento após descido da cruz, importada de Portugal em 1906.

toda a talha do altar-mor, uma alegoria da Santíssima Trindade, à qual dois anjos policromados, lateralmente distantes, se postam em sublime adoração.

Originariamente, toda a extensão da igreja era assoalhada de grandes e largas tábuas que, infelizmente, no início do século XX, foram substituídas pelo atual piso que aqui na capela-mor forma desenhos geométricos de esmerada marchetaria.

Tudo, enfim, nesta imponente igreja, justifica plenamente as eloquentes frases com que a descreveram diversos observadores.

A CAPELA-MOR Finalmente, a capela-mor, de talha sobriamente dourada, tendo à entrada um arco-cruzeiro de pedras graníticas de severas e pesadas colunas poligonais.

Do centro do teto pende um maravilhoso lustre de cristais coloridos de bacarat, ali pendurado em fins do século XIX, doado por José da Costa Rodrigues e que, segundo alguns, só tem similar no museu do Louvre. Nas paredes laterais, duas telas de Alexandre de Bierry, de 1879, representam a última ceia e a prisão de Jesus, traído pelo beijo de Judas.

Nas peanhas do altar-mor, veem-se as imagens de roca de Santa Rosa de Viterbo e de Santa Isabel da Hungria, e nos degraus centrais a grandiosa imagem de Nossa Senhora da Conceição. No alto do trono, novamente, a lendária cena que mostra São Francisco no Monte Alverne, recebendo de um Cristo com três pares de asas os estigmas da sua paixão, as divinas chagas. Coroando 25

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L’église Saint François d’Assise Avec sa forme ovale, il n’existe aucune partie qui soit en ligne droite dans la totalité du bâtiment (excepté les lignes perpendiculaires), ce ne sont que des courbes; même le sommet du toit est arrondi, c’est ainsi qu’un notable a judicieusement dit que l’architecte n’avait pas de latte et il s’est servi uniquement d’un compas.

José Antônio Rodrigues, Notes et Nouvelles Chronologiques de São João del-Rei, 1859

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Les palmiers impériaux séculaires, comme des bougies allumées sur un autel, illuminent le paysage du plus beau temple baroque de Minas, où les lignes arrondies se marient harmonieusement avec les courbes lointaines de la Serra do Lenheiro.

La construction de cette magnifique église, démarée en 1774, pour remplacer une chapelle primitive entamée en 1742, compose le trophée sacré du Vénérable Troisième Ordre de la Pénitence de Saint François d’Assise, de S. João delRei. Un chef-d’oeuvre, de Francisco de Lima Cerqueira et de Aniceto de Souza Lopes, avec possible participation de Aleijadinho, qui évoque un ambitieux et avancé concept architectonique presque dépourvu de ressources et de matériaux disponibles à l’époque de sa construction.

Dans cet esprit de magie que les oeuvres éternelles nous inspirent, nous commencerons notre visite de ce temple magnifique en montant lentement l’allée principale du jardin, où, vu d’en haut, le dessin est comme un prolongement du parvis, semblable à une cloche ou à une lyre, et d’après l’heure, les cordes se dessinent avec l’ombre des palmiers.

La balustrade courbée qui délimite le parvis est composée de 186 balustres, bien travailés, en marbre ou en pierre de liais importés du Portugal et mis en place en 1880. Tout ici, le dessin des jardins, les grands escaliers qui nous évoquent ceux du sanctuaire de Senhor Bom Jesus de Congonhas do Campo, les allées latérales et les lignes du temple ainsi dit, ce sont des courbes et encore des courbes en suggérant ce mouvement continu qui est une des caractéristiques du baroque.

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Mettons-nous sur le dernier palier de ce bel escalier et admirons l’ensemble et, ensuite, il faut regarder chaque détail de ce géant en pierre savon qui nous a été légué par l’audace des ancêtres avec l’effort des esclaves nègres. Une sensation de vertige semble le faire tourner comme si sa silhouette menaçait de s’effondrer, face aux nuages qui l’entourent avec enchantement.

En plus des deux maîtres cités, beaucoup d’autres artisans dans plusieurs domaines et de nombreux esclaves nègres se sont engagés dans l’accomplissement de ce chef-d’oeuvre qui, selon Germain Bazin, est le seul au monde dans son style.

Résistants à l’appel de l’église, que Tristão de Athayde a classifié comme le plus beau bijou architectonique de Minas, il a fallu du temps pour que nous regardions de près ces grands escaliers construits en 1874 et, en 1880 le parvis avec ses balustres en pierres de liais venues du Portugal. En effet, à l’exception des lignes verticales, nous pouvons voir, comme a écrit José Gaede, que rien en cet église n’est droit, tout se renverse, se courbe, se tortille, s’incline, sort du plomb et du niveau. C’est un mouvement continu qui l’embelli toujours.

LA FAÇADE Depuis la taille de ses tours cylindriques et de son imposante croix de Lorena, de ses énormes cloches et de son fronton avec la scène du Mont Alverne, jusqu’aux minimes détails de ses colonnes et de ses chapitaux, de ses cimaises et corniches, enfin, tout justifie pleinement les mots éloquents de Augusto Viegas: cette façade somptueuse et magnifique, un rêve que le génie a

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cristallisé dans la pierre, a comme effet la splendeur indéfinie d’un intrépide idéal artistique pleinement réussi dans toute sa pureté. Le portail, avec l’exubérance des symboles et détails en pierre savon claire, nous font croire que c’est une oeuvre de Aleijadinho. Entre plusieurs emblèmes et anges, auréolée d’une splendide couronne nous trouvons l’image de l’Immaculé, patronne des Franciscains et du royaume portugais, avec son éloge liturgique inscrit sur un ruban sinueux en pierre: Tota pulchra es Maria et macula originalis nos est in te.

LA NEF Quand on franchit la porte interne, qu’Aureliano Pimentel a défini comme étant une oeuvre de première qualité formant une marqueterie spécieuse, nous nous trouvons face à un des plus audacieux ouvrages de l’ingénierie baroque, mais, le 24 avril 1881, l’Empereur Dom Pedro II a écrit dans son journal: ce qu’il y a de notable c’est l’arc surbaissé qui soutient le choeur.

La nef de l’église a une forme elliptique, de grande hauteur et a une splendide luminosité naturelle du fait qu’il n’y a pas de sacristies latérales.

Le plafond, soutenu par 4 colonnes de chaque côté s’emboîte sur la nef comme une grande barque, entourée d’une terrasse ou passerelle qui a 76 centimètres de largeur et où nous pouvons marcher.

Antérieurement à l’illumination électrique, on y montait pour allumer et s’occuper des 25 chandeliers soutenus par des crochets, qui sont encore là à ce jour. Entre les nombreux autels, avec une sculpture recherchée, se surpassent par leur beauté ceux consacrés à São Pedro de Alcântara et aux bien-mariés São Lúcio et Santa Bona, soutenus par des colonnes sur lequelles nous voyons 30

des petits anges en forme d’atlantes.

Celui de São Lúcio et Santa Bona, dans un très beau édicule soutenu par un aigle, nous voyons une image en bois doré de São João Evangelista, oeuvre de Aleijadinho.

Dans l’autel de São Pedro de Alcântara l’attention est attirée par le tabernacle où, sur le petit clapet, il y a la scène sculptée d’Abraham qui emmène Isaac au Mont Mória pour, on suppose, le sacrifier en obéissance au Senieur Dieu, conformément Gn 22,6: tulit quoque ligna holocausti et imposuit super Isaac. Dans tous les autels de la nef nous voyons de jolies images en quenouille ou sculptées dans le bois plein. Sous l’autel de l’amour divin, se trouve un merveilleux Christ gisant dans un repos serein et détendu, aprés être descendu de la croix. Il a été importé du Portugal en 1906.

LA CHAPELLE PRINCIPALE Un arc croisé en pierre de granite, des lourdes et austères colonnes polygonales constituent l’entrée de la chapelle principale avec une coupe sobrement dorée. Sur les murs latéraux, il y a deux toiles d’Alexandre de Berry, datées de 1879, qui représentent la dernière cène et l’emprisonnement de Jésus, trahi par un baiser de Judas. Du centre du plafond pend un merveilleux lustre en cristaux colorés de Baccarat dont on dit qu’il y en a un similaire au musée du Louvre à Paris. Il a été offert à cette église par José da Costa Rodrigues, à la fin du XIXème. siècle.

Sur les piédestaux de l’autel principal nous voyons des images en quenouille de Santa Rosa de Viterbo et de Santa Isabel da Hungria et, sur les marches centrales, la grandiose image de Nossa Senhora da

Conceição. Tout en haut du trône, la très belle image du Christ de Monte Alverne, anatomiquement parfaite ayant pour origine une légende locale, transmet à São Francisco de Assis les blâmes de sa passion, les plaies divines. Tout autour de la coupe principale nous voyons sculptée une image représentative de Santíssima Trindade, où deux anges polychromes, séparés latéralement, se

placent en sublime adoration.

A l’origine toute l’église était parquetée de grandes et larges planches qui, malheureuseument, dans les premières années du siècle passé, ont été remplacées par le pavé qui forme des dessins géométriques en marqueterie émeraude.

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The church of Saint Francis of Assisi Being oval its shape and not existing in the whole building(except for perpendicular lines) a single part in straight lines, only curves can be seen.

The very roof is curved on its ridge, what made a notable observer judiciously say that its architect had no rulers but just used a pair of compasses.

José Antônio Rodrigues, Notes and Chronological Information on São João del-Rei, 1859

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Centenary royal palm-trees, like candles burning on an altar, light the landscape that involves the most beautiful temple of the Minas Gerais baroque, the round lines of which harmoniously match the distant sinuosity of the Serra do Lenheiro.

The construction of this magnificent church started in 1774 to substitute for a primitive chapel built in 1742 constitutes a sacred trophy to the Venerable Third Order of Saint Francis of Assisi of S. João del-Rei. Francisco de Lima Cerqueira’s and Aniceto de Souza Lope’s masterpiece with possible participation of Aleijadinho stands for an ambitious and advanced architectural concept regarding the availability of resources and constructing materials disposable at the epoch of its construction.

With that spirit of enchantment the eternal works inspire us, we shall begin our visit to this marvellous temple by slowly going up the chief alley of the front garden whose contours seen from above look like an extension of the atrium, resembling either a bell-jar or a lyre whose strings depending on the moment the shadows of the palm-trees seem to draw on the ground.

The outline of the garden, the staircases and balustrade, the side avenues and the lines of the very temple, everything form curves and curves suggesting that continuous movement so characteristic of baroque buildings.

As if in an ecstasy of eternity where time is no longer counted let us behold this frontispiece as a whole and afterwards examine each detail of this soapstone giant which our ancestors’ daring with the effort of numerous black 34

slaves gratuitously bequeathed to us. A sensation of vertigo seems to make it spin as if its framework were about to fall down before the enraptured clouds that frame it.

Besides the two quoted masters many other artisans of several different trades and a lot of black slaves engaged themselves to build such a masterpiece which according to Germain Bazin is unique in the world on its style.

Resisting to the appeal of this church, which Tristão de Athayde classified as the most beautiful architectural jewel of Minas Gerais, let us linger at looking over these staircases of 1874 and over the atrium of 1880 with its 186 lioz stone or mable balusters, come from Portugal.

Indeed, except for the vertical lines, we can observe, as written by José Gaede, that nothing in this church is straight; everything bends, twists, writhes, inclines, goes out of the plumbline, out of straight lines and of the level. It is a continuous movement that embellishes it for ever.

THE FRONTISPIECE From the height of its cylindrical towers and majestic cross of Lorena, from the huge bells and from the pediment with the scene of Mount Alverne up to the least details of its columns and capitals, from the height of its cymas and cornices, everything fully justifies historian Augusto Viegas’s eloquent words:This sumptuous and magnificent façade, dream cristallized in stone by the genial builder, has actually the undefinable splendour of a bold artistic ideal fully and pompously attained in all its purity . The white soapstone portal with its exuberance of symbols and details makes us think it a work by Aleijadinho. Among several emblems and angels, crowned with a splendid crown, the image of the Immaculate Virgin, the patroness of the Franciscan Order and of the reign of Portugal, excels, with its liturgic praise inscribed on a winding stone ribbon, Tota pulchra es Maria et macula originalis non est in te.

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THE NAVE Coming beyond the big windbreak door, which Aureliano Pimentel defined as a masterpiece that forms a specious marquetry, here we are under one of the boldest achievements of the baroque engineering, about which on April 24th (1881), emperor D. Pedro II wrote in his diary, The basket-handle arch that supports the choir is what is remarkable in this church.

The big nave is of elliptical shape, with great height and splendid natural illumination due to the lack of side sacristies. The roof, sustained by four columns on each side, overturns upon the nave like a large boat, surrounded by a long balcony on which one can walk, being it 76cm wide. In those times before electric lighting it was necessary to go there to light and look after 25 chandeliers which hung from the hooks which still remain there. Among the several altars of exquisite carving, those

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consecrated to Saint Peter of Alcântara and to the well-married couple Saint Lucio and Saint Bona stand out for their beauty in which, supported by twisted columns, one can see well-moulded atlante-shaped little angels. On Saint Lucio and Saint Bona’s altar, in a very beautiful niche resting upon an eagle, a golden wood image of Saint John, the Evangelist, sculptured by Aleijadinho, can be admired. As for the altar of Saint Peter of Alcântara, there stands out the tabernacle whose little door shows the carved scene of Abraham leading Isaac to Mount Moriah where he would probably sacrifice him obeying to the Lord, according to Genesis 22,6, tulit quoque ligna holocausti et imposuit super Isaac. In each altar of the nave one can see beautiful wood-framed images and others sculptured in a single wood block. Under the altar of Divine Love one finds a marvellous lying Christ at a placid rest and anatomic relaxation after his descending from the cross. It was

imported from Portugal in 1906.

THE CHANCEL A granite cross arch of severe and heavy polygonal columns marks the entrance to the chancel of soberly gilded carving. On its side walls two paintings

by Alexandre de Bierry dated 1879 show the Last Supper and the imprisonment of Jesus betrayed by Judas’s kiss. From the centre of the roof it hangs a wonderful chandelier of baccarat coloured crystals about which it is said to exist a similar only in Paris in the Louvre museum. It was given this church by José da Costa Rodrigues in the last years of the 19th century.

On the small image supports of the high altar one can see the wood framed images of Saint Rose of Viterbo and of Saint Elizabeth of Hungary and on the central steps there is the magnificent image of Our Lady of Conception. On the top of the throne with its origin involved in an interesting local legend, the very beautiful image of Christ in Mount Alverne, with his perfect anatomy, transmits to Saint Francis of Assisi the stigmatas of his passion, the divine wounds. Crowning all the chief carvings a sculptured allegory representing the Trinity can be seen before which two polychromic angels each at one side show themselves at a sublime posture of worship.

Originally all the extension of this church was floored with long and wide boards which unfortunately were substituted at the beginning of the last century by today’s pavement which in this chancel form geometric drawings of well-finished marquetry. (version – Abgar Tirado) 37

Igreja de Nossa Senhora do Carmo O fim de nossa peregrinação foi a igreja de Nossa Senhora do Carmo, administrada pela Ordem Terceira daquela padroeira. Os ornamentos da fachada, de esteatita cortada, com iniciais caprichosas e os querubins do Aleijadinho, as torres redondas-quadradas com pilares compósitos e os consolos e colunas internas são como as de São Francisco.

Richard Burton: Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho, 1867

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O EXTERIOR A igreja da Ordem Terceira da Penitência de Nossa Senhora do Monte do Carmo sobressai pela beleza feminina de sua fachada rococó, toda ornamentada de colunas, cimalhas, cornijas e meios relevos, verdadeiro apogeu da esteatita da região da Candonga. Sua construção iniciou-se em 1787, empreitada por Francisco de Lima Cerqueira e concluída por Aniceto de Sousa Lopes, em 1815.

As torres são majestosas, únicas no mundo em seu estilo, que se fizeram oitavadas por ficarem assim mais vistosas e engraçadas, em que pese a opinião contrária de Germain Bazin, que as criticou de absurdas. Arrematam as torres, no alto de seus 30 metros, cúpulas circulares, em forma bulbar, terminadas em cruzes de ferro e esferas armilares que, como a coroa sobre a portada, unem o poderio real aos símbolos cristãos. À frente dessas cruzes, em 1876, foram fixadas uma águia e um galo, que simbolizariam, respectivamente, 40

a virgindade e a vigilância de Maria.

Inteiramente de cantaria, ambas as torres dispõem, internamente, de escadarias, em caracol, com pião oco, e, externamente, de dois belos mostradores fingidos de relógio. No entablamento, logo abaixo das janelas sineiras, um cano de pedra, com carranca, serve de gárgula das águas pluviais.

Belíssima cruz monolítica, esculpida em imitações de folhas de acanto, arremata o frontão central sobre uma esfera, também de pedra. Em meio a voltas e contravoltas, em perfeita e harmoniosa simetria, que conduzem à cruz, alteiam-se dois coruchéus, sugerindo candelabros com velas acesas, como num altar.

A parte central da fachada é delimitada por duas colunas, com capitéis coríntios que sustentam o entablamento. Este, na metade de sua extensão, cede, elevandose em semicírculo, espaço a um óculo que, com as duas janelas, iluminam o interior do templo. Uma artística coroa real sobrepõe-se a uma bela representação da Santíssima Trindade, cujo Pai Eterno apresenta traços que lembram Aleijadinho.

uma legenda de inspiração bíblica, que diz: Dominvs in Sion Magnvs – Maria Mater eivs in Libano, o Senhor é grande em Sião e Maria, sua Mãe, no Líbano.

Todo esse magnífico conjunto, sobre a portada, está esculpido em pedra sabão clara, inexistente nesta região, e se encontra rodeado de arranjos florais e doze cabecinhas aladas de querubins e serafins. Dois primorosos anjos assentam-se sobre as cornijas das colunas laterais do pórtico, tendo nas mãos externas, cada qual, uma cartela de pedra onde se leem as palavras de Isaías: Gloria Libani data est ei – Decor Carmeli et Sharon.

O INTERIOR Entrando na igreja, o que logo nos chama a atenção e surpreende agradavelmente é a brancura de suas paredes, tetos e altares. O ouro refulge, apenas, em suave douramento, nos altares do cruzeiro que, como os dois artísticos púlpitos e toda a magnífica talha da capela-mor, são devidos ao

Abaixo do medalhão, o escudo da Ordem, sob o qual se abre, cercada de flores e por sobre a porta do templo, uma fita de pedra, onde lemos, em latim,

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insigne artista Manoel Rodrigues Coelho, que os executou nos anos de 1770. Particularmente notáveis são as numerosas cabecinhas de anjos, querubins e serafins que, como pensamentos alados, harmônica e

simetricamente se posicionam em toda a vastidão de sua obra, inclusive nos púlpitos, onde aparecem mais belos.

Deles teria afirmado Pietro Maria Bardi: são os de mais belo rosto, com expressão de alegria, que foram esculpidos em todo o Brasil. Além de Manoel Rodrigues Coelho, outro artífice que inúmeros trabalhos deixou nesta igreja foi Joaquim Francisco de Assis Pereira, cujas iniciais se veem esculpidas sob a tribuna do coro. É dele, por exemplo, o medalhão do teto da nave, onde aparece Nossa Senhora do Carmo entregando ao papa João XXII a bula do privilégio sabatino conferido à Ordem Carmelita, pelo qual seus membros seriam resgatados das chamas do purgatório no sábado seguinte à própria morte.

Como a Ordem do Carmo é contemplativa dos mistérios dolorosos da paixão de Cristo, sobre cada altar lateral veem-se, a lembrá-los, sugestivos emblemas que se esclarecem nas cenas da via-sacra representadas nos respectivos altares. Também, pelo mesmo motivo, em tempos distantes, a Ordem promovia

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a procissão do enterro, na sexta-feira santa, e à noite do mesmo dia realizava demorada vigília em honra à soledade de Maria, com sermão alusivo ao fato.

CAPELA-MOR Na capela-mor, além da belíssima imagem da padroeira, vinda de Portugal e entronizada em 1925, são dignas de contemplação, nos nichos laterais, as venerandas imagens de roca de Santo Elias e Santa Teresa. Nas paredes, de um e outro lado, duas notáveis telas, representando o arrebatamento de Elias e a transfiguração de Cristo, ambas pintadas, em 1879, por George Grimm.

Outros detalhes, igualmente importantes, no interior desse formoso templo, são: o escudo, ornado de volutas e ladeado de dois belos anjos – curiosamente com asas invertidas – bem no centro, sobre o arco-cruzeiro, com o emblema da Ordem; o grandioso lustre, vindo do Rio de Janeiro, em

1883, que com suas inúmeras lâmpadas, ilumina sozinho toda a vasta nave; o artístico Cristo Inacabado que se venera numa urna de vidros, na coxia lateral direita; os três corações que dois anjos, em tamanho natural, na talha sobre o trono-mor, nos mostram, entreabrindo uma cortina, pendente de um dossel; a fênix, sobre o sacrário, representando o ressurgimento da Ordem e os dois anjinhos que, ao lado, amparam suportes de velas. E, nas sacristias, se podem ver ainda a antiga e linda imagem de roca da padroeira, o mobiliário em jacarandá, estilo Dom João V, e lindas madonas renascentistas.

Finalmente, conta uma lenda local que, sob os fundamentos dessa igreja, corre um rio sobre leito forrado de pepitas de ouro e que, dizem, se colocássemos um dos ouvidos sobre as tábuas do assoalho, ouviríamos o soturno marulhar de suas águas.

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L’église de Nossa Senhora do Carmo La fin de notre pèlerinage fut l’église Nossa Senhora do Carmo, gérée par le Tiers Ordre de cette patronne; Les décors de la façade en pierre savon coupée, avec des initiales soignées et les chérubins de Aleijadinho, les tours rondes-carrées avec des piliers composites et des consoles et les colonnes internes sont comme celles de São Francisco

Richard Burton: Voyage de Rio de Janeiro au Morro Velho (1867)

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L’EXTÉRIEUR L’église du Tiers Ordre de la Pénitence de Notre Dame du Mont do Carmo se distingue par la beauté féminine de sa façade rococo, entièrement ornée de colonnes, corniches et demi-reliefs, un vrai apogée de la pierre savon de la région du Candonga. En 1787, Francisco de Lima Cerqueira a mis en oeuvre la construction de cette église et, en 1815, Aniceto de Souza Lopes l’a achevée.

Les tours sont somptueuses, uniques au monde dans leurs style, qui sont octogonales pour être: plus voyantes, plus drôles, contrairement à Germain Bazin qui les a trouvées absurdes. Des coupoles circulaires font l’achèvement des tours de 30 mètres, en forme de bulbes, achevées par des croix en fer et des sphères armillaires qui, comme une couronne sur la portée, joignent la puissance royale aux symboles 48

chrétiens. En 1876 un aigle et un coq, qui auraient symbolisé, respectivement, la virginité et la surveillance de Marie, ont été fixés devant ces croix. Les deux tours, entièrement en pierre de taille, ont à l’intérieur de grands escaliers en colimaçon, et à l’extérieur deux beaux faux semblants de montre. À l’entablement, juste en dessous des fenêtres, un tuyau en pierre sculpté sert de gargouille pour les eaux pluviales.

Très belle croix monolithique, sculptée immitant des feuilles d’acanthe, qui achève le pignon central sur une sphère, aussi en pierre. Deux flèches se haussent vers la croix, en parfaite et harmonieuse symétrie, insinuant des chandeliers avec des bougies allumées comme sur un autel.

La partie centrale de la façade est délimitée par deux colonnes, avec des chapitaux corinthiens qui soutiennent l’entablement. Celui-ci, sur sa moitié surlevé en demi-cercle, donne un espace à une lunette dont ses deux fenêtres illumine l’intérieur du temple.

Une artistique couronne royale ressort d’une belle représentation da Santíssima Trindade, dont le Père Éternel a des traits qui rappelent Aleijadinho.

En dessous du médaillon, le bouclier de l’Ordre, sur lequel s’ouvre un ruban de pierre entouré de fleurs sur la porte du temple, nous lisons une inscription d’inspiration biblique en latin qui dit: Dominus in Sion Magnus – Maria Mater eius in Libano, le Seigneur est grand à Sião et Marie, sa mère au Líban. Tout ce magnifique ensemble sur le portail, est sculpté en pierre-savon claire, inéxistante dans cette région, et se trouve entouré de compositions florales et douze petites têtes ailées de chérubins et séraphins.

Deux ravissants anges sont assis sur les corniches des colonnes latérales du portique, en ayant dans chaque main une plaquette en pierre où nous lisons les suivants mots d’Isaías: Gloria Libani data est ei – Decor Carmeli et Sharon.

L’INTÉRIEUR En entrant dans l’église, ce qui nous frappe et nous surprend agréablement c’est le blanc de ses murs, ses plafonds et ses autels. L’or reluit, avec une légère dorure, uniquement sur les autels de la

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croisée qui, comme les deux artistiques pupitres et la magnifique découpe de la chapelle principale, ont été réalisés par le renommé artiste Manoel Rodrigues Coelho en 1770. Les nombreuses petites têtes d’anges, de chérubins, de séraphins sont particulièrement remarquables, comme des pensées ailées, avec harmonie se placent symétriquement dans toute l’ampleur de son oeuvre, y compris dans les pupitres, où ils semblent plus beaux. Pietro Maria Bardi les a décrit: ce sont ceux qui ont le plus beau visage, avec une expression de bonheur, qui ont été sculptés dans tout le Brésil. Outre Manoel Rodrigues Coelho, l’artisan Francisco de Assis Pereira a réalisé plusieurs oeuvres dans cette église, son paraphe est gravé sous la tribune du choeur. Par exemple, c’est de son oeuvre le médaillon qui se trouve sur le toit de la nef, où nous voyons Notre Dame do Carmo qui remet au Pape Jean XXII le sceau du privilège sabatique conféré à l’Ordre des Carmélites, par lequel ses membres seraient livrés des flammes du 52

purgatoire le samedi après leur propre mort.

Comme l’Ordre do Carmo est contemplative aux douloureux mystères de la passion de Christ, sur chaque autel latéral nous voyons des suggestifs emblèmes qui se voient clairement sur les scènes du chemin de la croix qui sont représentées dans les respectifs autels.

Ainsi, c’est par la même raison que, dans un temps révolu, l’Ordre promouvait la procession de l’enterrement les vendredis saints et pendant la nuit du même jour il y avait la longue veillée en hommage à la retraite de Marie, avec un sermon qui fait allusion à ce fait.

LA CHAPELLE PRINCIPALE Dans la chapelle principale, en plus de la très belle image de la patronne venue du Portugal et érigée en 1925, les édicules latéraux et les vénérables images de Saint Éloi et Sainte Thérèse sont dignes de contemplation. Sur les murs, d’un côté et de l’autre, nous voyons deux remarquables toiles qui

représentent l’enlèvement d’Elois et la transfiguration du Christ, toutes deux peintes en 1879 par George Grimm.

D’autres détails, tout aussi importants, dans ce beau temple sont: le bouclier, orné de spirales et entouré de deux beaux anges – curieusement avec les ailes inversées – juste au centre, sur l’arc de la croisée, avec l’insigne de l’Ordre; le grandiose lustre, venu de Rio de Janeiro en 1883, qui, avec ses nombreuses lampes, illumine à lui seul toute la grande nef; l’artistique Christ Inachevé qui est vénéré dans une urne en vitre au couloir latéral de droite; les trois coeurs montrés par deux anges qui sont sur le trône principal, en taille naturelle, et qui entrouvent un rideau suspendu par un baldaquin; le phénix, sur le tabernacle qui représente la réapparition de l’Ordre et les deux petits anges qui, à côté, soutiennent des bougeoirs. Et dans les sacristies nous pouvons encore voir l’ancienne image de la patronne, le mobilier en jacaranda, dans le style

Dom João V, et de belles vierges de la Renaisseance.

Finalement, une légende locale raconte que, sous les fondations de cette église, court une riviére tapissée de pépites d’or et on dit que, si nous mettions une de nos oreilles sur le plancher, nous écouterions le sombre clapotage de ses eaux.

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Church of Our Lady of Carmel

The end of our long peregrination was the church of N.S. de Carmo, administered by the Third Order of that invocation. The façade ornaments of cut steatite, with fanciful initials and cherubs worked the Cripple, the round-square towers with composite pilasters, and the internal consoles and columns were those of São Francisco.

Richard Burton: Explorations of the Highlands of the Brazil, 1867

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EXTERIOR The church of the Third Order of Penitence of Our Lady of Mount Carmel is outstanding for the beautiful femininity of its rococo façade all ornamented with columns, architraves, cornices and friezes, the apogee of a talc stone from the Candonga region. Its construction began in 1787 contracted by Francisco de Lima Cerqueira, and completed by Aniceto de Souza Lopes in 1815. The towers are majestic, somewhat unique in their style, made octagonal to be more graceful and spectacular, an opinion that must be weighed against that of Germain Bazin, who criticized them as absurd. Capping the 30 metre high towers are bulbous domes surmounted by iron cross and banded sphere, symbols that, together with the crown above the entrance, join royal authority to Christian. In front of these crosses, in 1876, were fixed an eagle and a cockerel, symbolizing respectively the virginity and the vigilance of Mary. Entirely made of cut stone both the towers have a spiral staircase with hollow axis, and outside, two purely ornamental clock faces. Immediately below the bell tower windows can be found stone water chutes complete with gargoyles.

An impressive stone cross sculptured with acanthus leaves and mounted on a sphere resides on the head of an entablature possessing curves and contracurves perfectly and harmoniously symmetrical, with vertical ornaments on the shoulders suggesting candle holders on an altar.

The central part of the façade is delimited by two columns with Corinthian capitals that sustain the entablature, the base of which is elevated in a semicircle to give space to the oculus that, together 56

with squared windows either side, illuminate the interior. An ornate royal crown is positioned above the figures representing the Sacred Trinity, of which God the Father has traces that remind us of the artist Aleijadinho (the Cripple).

Below the medallion is the shield of the Order, under which opens, surrounded by flowers and located above the entrance, a stone banner on which we read Dominus in Sion magnus, Maria mater eius in Libano. The Lord is great in Sion, Mary his mother in Lebanon. All of this is sculptured in light coloured soapstone that does not occur in this region and is surrounded by floral arrangements and twelve winged cherubs and seraphs. An impressive angel is seated above each column of the doorway. The angel on the left holds a prophesy of Isaiah – Gloria Libani data est ei, continuing on the right –Decor Carmeli et Sharon, The glory of Lebanon will be given to it, the splendour of Carmel and Sharon.

INTERIOR On entering the church, what soon calls our attention is the whiteness of the walls, ceiling and altars. Gold glitters only modestly on the altars of the crossing, which, like the two impressive pulpits in the nave and all the magnificent carvings of the capelamor, are the work of the celebrated artist Manoel Rodrigues Coelho, who executed them in the 1770s. Particularly notable are the cherubs and seraphs that, like winged thoughts, are harmoniously and symmetrically positioned throughout this great work, including the pulpits where they appear particularly beautiful.

Pietro Maria Bardi said of them, they are those of the most beautiful faces, with expressions of happiness, that have been sculptured in the whole of

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Brazil. Beyond Manoel Rodrigues Coelho, another artisan, who undertook numerous works in this church, was Joaquim Francisco de Assis Pereira, whose initials can be seen under the choir. For example, he is responsible for the medallion on the ceiling of the nave, showing Our Lady of Carmo presenting pope John XXII the bulla of privileges conferred on the Carmelite Order, by which its members will be rescued from the flames of purgatory on the Saturday following their death.

As the Order of Carmelites is contemplative of the mystery of the agony of the Passion, over each sidealtar we see emblems relating to the 60

scenes of the stations of the cross appearing near each altar. Also, from the same motive, in times past, the Order organized the procession of the laying in the tomb of Christ on Good Friday, and during the same night keeping the long vigil, with a sermon alluding to Mary’s lone vigil or soledade.

CAPELA-MOR At the capela-mor or high altar is a beautiful image of the patron saint, which came from Portugal and was enthroned in 1925, while other important Carmelite venerations are seen in side niches as carved images of the prophet Elijah and St. Teresa of Ávila. Here, we also see a painting of Elijah’s ascent

to heaven and, on the opposite wall, the Transfiguration of Christ, both by George Grimm in 1879.

There are other details equally of interest inside this splendid temple.

In the centre above the crossing arch is the emblem of the order – a shield ornamented with volutes accompanied by two angels curiously shown with inverted wings. Illuminating the entire nave during services is a large chandelier of numerous lights that came from Rio de Janeiro in 1883. In the right sideaisle we find in a windowed cabinet a reclining and detailed sculpture of Jesus crucified; the arms are missing and it is therefore popularly referred to as the

incomplete Christ. On the ceiling above the high altar two life-size angels open a curtain to reveal three hearts. The phoenix over the sacrarium represents a revival of the order, and either side the two cherubs support candle holders.

Furthermore, in the sacristies can be seen an early and beautiful carving of the patron saint, rosewood furniture in the style of the time of Dom JoĂŁo V, and beautiful renaissance madonnas.

Finally, there is a local legend that beneath the foundations of the church a river runs over a bed of granules of gold, and it is said that if we were to put an ear against the floor boards we would hear the sombre roaring of its waters.

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Igreja de Nossa Senhora do Pilar No ano de 1704, com pouca diferença formaram arraial ao pé do mesmo morro, com uma capela dedicada a Nossa Senhora do Pilar, e lhe deram o nome de Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar, em razão do Arraial de Santo Antônio ser primeiro, pelo que ficou sendo Arraial Velho Matol. Notícia 4ª Prática: 1740

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Nossa Senhora do Pilar é padroeira da cidade, do município e da diocese de S. João del-Rei, por isso, sua igreja é a mais importante da cidade. Sua construção teve início em 1721, tornando-se catedral, em 1960, quando da instalação da diocese, e sendo elevada à condição de basílica menor, em 1965.

O FRONTISPÍCIO A igreja foi ampliada a partir de 1820, quando, já ultrapassados os tempos do barroco mineiro, Cândido José da Silva, sobre desenho de Manoel Victor de Jesus, lhe deu este frontispício de linhas neoclássicas, que diverge do seu interior barroco. Em sua imponência altaneira sobre a antiga Rua Direita, destacam-se as torres quadrangulares, onde os sinos fazem, nas festas, a fama de S. João del-Rei como cidade onde os sinos falam à alma da gente.

Desprovida da exuberância de ornatos e esculturas barrocas, esta fachada abrese em 5 portas e outras tantas janelas para o adro de pedras que Jesuíno José Ferreira, em 1848, cercou de um gradil de ferro fundido. Se abstrairmos as torres e a empena triangular, onde um cordeirinho se firma sobre o livro dos sete selos, pouco sobra que a diferencie de um qualquer dos muitos sobrados do século XIX, que aí se espalham por estas ruas. Da fachada anterior não 64

existe nenhum desenho, a não ser nesta descrição de José Álvares de Oliveira, de 1750: de fora é acompanhada de duas torres que se vai em boa proporção com suas pirâmides e cúpulas a que rematam duas grimpas de cobre dourado, as quais os embates dos ventos fazem girar para mostrarem a todos os rumos sua grandeza e galhardia.

O INTERIOR Penetrando o interior da igreja, o que imediatamente nos impressiona é a visão do ouro, que se vai avolumando à medida que se aproxima o altar-mor, lá onde a capela-mor, que tal qual se encontra desde 1730, dele consumiu cem mil folhas, importadas do reino.

A planta da igreja se divide em nave e capela-mor, através de um arcocruzeiro, exuberantemente emoldurado em profusa talha de pinhas, rosas e girassóis. Nas coxias laterais da nave, há quatro altares, dois de cada lado, e outros dois, no transepto, junto ao arcocruzeiro. Observa-se também que, nos

tempos antigos, as pessoas ficavam separadas nas igrejas, por sexo, condição social e pertença às irmandades. As mulheres, por exemplo, segundo os costumes bíblicos, ocupavam o espaço central da nave, que é rebaixado, como para indicar uma posição inferior em relação aos homens.

Repare-se a vasta área pintada do teto, do qual escreveu Luccock, em 1818: o teto dessa igreja foi recentemente pintado à custa única de um negociante da Vila. As tintas são ótimas, mas não se combinam entre si e, compostas que são principalmente de vermelho, amarelo e azul, têm um aspecto bizarro que somente ao bom gosto brasileiro pode agradar. O negociante a que se refere Luccock foi o comendador João Batista Machado, cujo busto o pintor Venâncio José do Espírito Santo, em deferência ao mecenato, retratou sob a proteção do Anjo da Guarda que, no alto, à esquerda, lhe aponta um coração.

A este anjo faz correspondência no 65

lado direito o Anjo São Miguel. Mais à frente, do lado esquerdo, vê-se o Anjo Gabriel, que corresponde a São Rafael, no lado oposto, e, sobre o arco-cruzeiro, o belíssimo Anjo da Agonia.

Ainda, no balcão, pelo lado esquerdo, de trás para frente, vemos: Santa Cecília, Santa Rita, São Marcos, São Mateus, São João, São Lucas e São Pedro; e, pelo lado direito: Santo Estêvão, Santa Luzia, Santo Ambrósio, Santo Agostinho, São Gregório, São Jerônimo e São Tiago. Como se sabe, o barroco nasceu na Europa, como uma reação ao classicismo renascentista e à reforma protestante. Como a reforma insistisse na autoridade da Bíblia como regra única da Fé, a Igreja Católica respondeu-lhe reafirmando também a importância da tradição. Assim a arte barroca, se de um lado pintou, neste teto, os quatro evangelistas, representando o ensinamento da Bíblia, também pintou, de outro lado, os quatro grandes padres

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da Igreja, representando o ensinamento da Tradição. Cada evangelista traz junto de si o próprio emblema, que o caracteriza na iconografia. Assim São Marcos tem o seu leão; São Mateus, o menino; São João, a águia; São Lucas, o touro. Por sua vez, tem Santo Ambrósio a mitra episcopal; Santo Agostinho, o coração; São Gregório, a cruz e a tiara papal; e São Jerônimo, além do leão, tem uma trombeta que convocava ao juízo: venite ad judicium!

No medalhão central do painel, sobressai, entre nuvens e anjinhos, a Virgem do Pilar, a quem se refere a legenda bíblica: Tota pulchra es Maria et macula originalis nos est in te. Carlos del Negro descreveu-a como esbelta, fina e elegante, tipo de espanhola de cabelos e olhos castanhos escuros, rosto longo, nariz afilado e tez morena. Em meio a cabecinhas de querubins azuis e serafins vermelhos, destacam-se alguns anjos com bustos ou

corpos inteiros, alguns femininos com grinaldas à fronte, outros masculinos segurando guirlandas de lírios e rosas, possível homenagem do pintor a sua esposa, filhos e filhas, como fez Ataíde, em Ouro Preto.

Sobre os púlpitos, como em Saragoça, as alegorias das virtudes teologais: a Fé com uma cruz, a Esperança com uma âncora, e a Caridade, unindo as duas, simbolizada numa pomba e num cálice. É o barroco mineiro, simples, ingênuo, imperfeito, mas rico em criatividade, que soube valer-se dos parcos recursos disponíveis na região, para conseguir os efeitos pretendidos.

Atente-se também para as duas lâmpadas de prata maciça que pendem de duas águias, uma que levanta vôo e outra que pousa no ninho. A lâmpada que ilumina o altar do Senhor dos Passos foi aí colocada por iniciativa do ouvidor e poeta inconfidente Alvarenga Peixoto, com intenção de apaziguar o ânimo do

vigário da época que lhe atenazava a paciência por ter engravidado a noiva Bárbara Eliodora.

A CAPELA-MOR Separada da nave por bela balaustrada de jacarandá, esta capela é um requinte de primores, talvez uma das mais ricas do barroco mineiro. Lygia Martins da Costa assim a descreveu: é barroca a pujança da talha gorda e bem trabalhada, guirlandas e pencas de flores de modelado robusto e sensível, o enxadrezamento florido Luís XIV, os suportes rematados em volutas, o sensualismo das figurações, meios corpos, anjinhos e querubins.

Belos anjinhos rechonchudos e dourados, de lindos rostos, com guirlandas de flores, guarnecem as paredes laterais. Duas magníficas telas, pintadas, em 1730, pelo pintor lisboeta André Gonçalves, representam o banquete de Simão e a última ceia de

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Jesus. Admiráveis bustos dourados de cariátides sustentam os capitéis sobre os quais se apóia o entablamento. A prata brilha em antiga lâmpada do Santíssimo e na banqueta, de 1791, composta de crucifixo e seis castiçais, sobre o altar, onde o sacrário tem a forma de um globo terrestre. Janelões fingidos e pintados de arranjos florais enfeitam as alturas enquanto quatro colunas salomônicas compõem, no retábulo, os nichos de São José e São João Batista.

Nesta matriz estão sediadas as irmandades do Santíssimo Sacramento, de Nossa Senhora da Boa Morte, de Nosso Senhor dos Passos e de São Miguel e Almas. Cada uma tem o seu consistório, o seu altar, o seu dia semanal de culto, as suas cores, o seu sino nas torres. São elas que mantêm a igreja, a música, as festas que fazem a mais bela tradição desta terra. São famosas, aqui, a Semana Santa e as solenidades de agosto, em honra a Nossa Senhora da Boa Morte, outrora conhecidas como a Semana Santa dos Mulatos.

Ficaram memoráveis na história desta matriz as barroquíssimas exéquias de Dom João V, oficiadas em fevereiro de 1751 pelo vigário colado Padre Dr. Matias Antônio Salgado, revestidas de macabra encenação. Aqui, também, se oficiou, no dia 8 de junho de 1792, solene Te Deum em louvor e agradecimento a Deus pelo insucesso da Inconfidência Mineira e execução na forca do seu líder, o sanjoanense Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Por fim há que ver as sacristias, sobretudo aquela onde se paramentam os ministros e presbíteros, que tem lavabo, paramentos dourados, relíquias, e tetos com magníficas pinturas.

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L’église de Nossa Senhora do Pilar En 1704, à peu près, il a été formé un hameau au pied de la même butte avec une chapelle dédiée à Notre Dame du Pilar et on l’a nommée Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar, et parce que l’Arraial de Santo Antônio fut le premier, il devient l’Arraial Velho Matol. Noticia 4a. Prática : 1740

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Notre Dame du Pilar est la patronne de la ville et de la commune de S. João delRei et, c’est pour ça que son église est la plus importante de la ville. Le début de sa construction fut en 1721, en 1960 elle est devennue une cathédrale et, en 1965 une basilique, grâce à l’instalation du doicèse.

LA FAÇADE L’église a été amplifiée à partir de 1820, moment où le temps du baroco mineiro était dépassé, Cândido José da Silva, d’après les dessins de Manoel Victor de Jesus, lui a donné le dessin de la façade avec des lignes néoclassiques, qui diverge de son intérieur baroque.

De sa position sur l’ancienne Rua Direita, les tours quadrangulaires se font remarquer, où, pendant les fêtes, les cloches font le renon de S. João del-Rei d’être la ville où les clôches parlent à notre âme. Dépourvue de l’exubérance d’agréments et sculptures baroques, cette façade avec 5 portes et autres fenêtres sur le parvis de pierres 72

que Jesuíno José Ferreira a entouré, en 1848, d’une grille de fer fondu. Mis à part les tours et le pignon triangulaire, où un petit agneau se fixe sur le livre des sept sceaux, il n’y a pas beaucoup de différence avec les plusieurs maisons de maîtres du XIXème. siècle, qui se trouvent dans ces rues. De l’ancienne façade il n’existe plus de dessins, à part la description de José Álvares de Oliveira, en 1750: de l’extérieur elle est jointe à deux tours qui se dressent en bonne proportion avec ses pyramides et coupoles achevées avec deux pinacles de cuivre doré, qui avec le mouvement du vent les font tourner pour montrer à tous les chemins de sa grandeur et de sa grâce.

L’INTÉRIEUR En entrant dans l’église, ce que nous impressionne c’est la vision de l’or, qui prend du volume au fur et à mesure qu’on s’approche de l’autel principal, là où la chapelle, qui se trouve telle quelle depuis 1730, où cent mille feuilles d’or

importées du royaume ont été utilisées.

Le plan de l’église se divise en nef principale et chapelle, par un arc croisé, moulé avec exubérance d’entailles de pins, roses et tournesols. Dans les couloirs latéraux de la nef il y a quatre autels, deux de chaque côté, et deux autres dans les transept auprès de l’arc croisé. On observe aussi que, dans l’ancien temps, les personnes étaient séparées dans les églises, par sexe, condition sociale et ceux qui appartenaient à la confrérie. Les femmes par exemple, selon les coutumes bibliques, occupaient l’espace central de la nef qui est inférieure, comme pour montrer la différence de position par rapport aux hommes.

On observe l’ample espace peint sur le plafond, où Luccock a écrit en 1818 : le plafond de cette église a été récemment peint dont le coût a été d’un seul négociant de la Vila. Les peintures sont excellentes, mais ne s’accordent pas entre elles et sont composées principalement par les couleurs rouge,

jaune et bleue, ce qui donne un aspect bizarre qui ne peut plaire qu’au bon gout brésilien. Le négociant auquel Luccock fait allusion, João Batista Machado, dont le buste a été peint, en déférence au mécénat, par le peintre Venâncio José do Espírito Santo, sous la protection de l’Ange Gardien qui, en haut à gauche lui montre un coeur. À droite de cet ange nous voyons l’Ange Saint-Michel. Plus loin à gauche, se trouve l’Ange Gabriel, où du côté opposé nous trouvons SaintRafael, et sur l’arc croisé le splendide Ange de l’Agonie.

Encore sur le balcon, à gauche, de l’arrière vers l’avant nous voyons: Sainte Cécile, Sainte Rita, Saint Marc, Saint Mathieu, Saint Jean, Saint Luc et Saint Pierre; et à droite: Saint Estêvão, Sainte Luzia, Saint Ambrósio, Saint Agostinho, Saint Jérôme et Saint Tiago.

Comme nous le savons le baroque est né en Europe, comme une réaction au classicisme de la Renaissance et à la réforme protestante. Comme celle-ci

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persiste sur l’autorité de la Bible comme étant la seule règle de Foi, l’église catholique lui a répondu en affirmant aussi l’importance de la tradition. Alors, si d’un côté l’art baroque a peint sur ce toit les quatre évangelistes représentant l’enseignement de la Bible, de l’autre côté il a peint les quatre grands prêtres de l’Église, représentant l’enseignement de la Tradition. Chaque évangéliste porte avec lui sa propre enseigne, qui le caractérise dans l’iconographie. Ainsi Saint Marc a son lion; Saint Mathieu, le petit garçon; Saint Jean, l’aigle; et Saint Luc, le taureau. Par contre Saint Ambroise a sa mitre épiscopale; Saint Augustin, le coeur; Saint Grégoire, la croix et la tiare papale; et Saint Jerôme, en plus du lion il a une trompette qui convoquait à la sagesse: venite ad judicium!

Dans le coeur du panneau, entre les nuages et les petits anges, ressort la Vierge du Pilar dont on parle dans la légende biblique: Tota pulchra es Maria et macula originalis nos est in te. Carlos del Negro l’a décrite comme svelte, fine et élégante, type d’espagnole au cheveux et yeux châtains foncés, visage allongé, nez effilé et peau brune. Parmi les petites têtes des chérubins bleus et séraphins rouges, sont mis en valeur quelques anges avec des bustes ou le corps entier, quelques un féminins avec des couronnes sur le front, d’autres masculins en tenant des guirlandes de lis et roses, c’est peut-être un hommage du peintre à son épouse, fils et filles, comme a fait Ataíde à Ouro Preto.

Sur les pupîtres, comme à Saragoça, les alégories des vertues théologiques: la Foi avec une croix, l’Espoir avec une ancre, et la Charité qui unit les deux, symbolisée par un pigeon et un calice.

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C’est le baroque du Minas, simple, naïf, imparfait, mais riche en créativité, qui a sû profiter des pauvres recours disponibles dans la région pour obtenir les effets prétendus.

Faites aussi attention aux deux lampes en argent massif qui sont suspendues par deux aigles, un qui prend vol et l’autre qui arrive dans le nid. La lampe qui illumine l’autel de Senhor dos Passos, a été mise lá sur l’initiative de l’auditeur et poète Alvarenga Peixoto, dans l’intention d’apaiser l’esprit du vicaire de l’époque qui le grondait pour avoir engrossé sa fiancée Bárbara Eliodora.

LA CHAPELLE PRINCIPALE Separée de la nef par une belle balustrade en jacaranda, cette chapelle est un chef-d’oeuvre raffiné, peut-être l’une des plus riches du baroque du Minas. Lygia Martins da Costa l’a décrit ainsi: c’est baroque la force de la grosse coupe bien travaillée, des guirlandes et des touffes vigoureuses et sensibles de fleurs, le quadrillé fleuri Louis XIV, les supports achevés en spirale, le sensualisme des reproductions, les

demi-corps, petits anges et chérubins.

De beaux petits anges dodus et dorés, avec de jolis visages, avec des guirlandes de fleurs, garnissent les murs latéraux.

Deux magnifiques toiles peintes en 1730, par le peintre portugais André Gonçalves, représentent le banquet de Simon et la dernière cène de Jésus.

Admirables bustes dorées de cariatides supportent les chapiteaux sur lesquels s’appuie l’entablement. L’argent brille sur l’ancienne lampe du Santíssimo et sur la banquette de 1791, composée d’un crucifix et de six chandeliers, où le tabernacle a la forme d’un globe terrestre. De grandes fausses fenêtres peintes de fleurs parent les hauteurs alors que quatre colonnes salomonienes composent dans le retable, les édicules de Saint Joseph et Saint Jean-Baptiste.

Dans cette église matrice nous avons les confréries du Santíssimo Sacramento, de Nossa Senhora da Boa Morte, de Nosso Senhor dos Passos et, de São Miguel et Âmes. Chacune a son assemblée, son autel, son jour hebdomadaire de culte, ses couleurs, sa cloche dans la tour. Ce

sont elles qui maintiennent l’église, la musique, les fêtes qui font la plus belle tradition de cette contrée. Ici, la semaine sainte et les solennités du mois d’août sont renommées en hommage à Nossa Senhora da Boa Morte, auparavant connues comme la Semaine Sainte des Mulâtres.

Les funérails baroques à l’extrème de Dom João V, ont éte mémorables dans l’histoire de cette église, célébrées en février de 1751 par le vicaire Père Dr. Matias Antônio Salgado, avec une mise en scène macabre. Ici aussi, le 8 juin 1792, il y a eu l’office solennel Te Deum en louange et remerciement à Dieu pour l’échec de l’Inconfidência Mineira et la pendaison de son chef, le sanjoanense Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Finalement nous voyons les sacristies, surtout celle où se trouvent les ministres et prêtres, qui ont un lavabo, parures dorées, reliques, et plafonds avec des magnifiques peintures.

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Church of Our Lady of The Pillar In the year 1704, or thereabouts they formed a settlement at the foot of the same hill, with a chapel dedicated to Our Lady of the Pillar and gave to it the name of the Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar, the Arraial de Santo Antônio having been the first and becoming known as the Arraial Velho [old settlement] Matol. Notícia 4a Prática: 1740

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Our Lady of the Pillar is the patron saint of the city, the municipality and the diocese of S. João del-Rei, therefore her church is very important. Its construction commenced in 1721, was designated a cathedral in 1960 on the installation of the diocese, and was elevated to the position of lesser basilica in 1965.

FAÇADE The church was enlarged from 1820 when the era of Mineiran baroque had already passed. Therefore, Cândido José da Silva, using a design of Manoel Victor de Jesus, constructed this façade along neoclassical lines in contrast to its baroque interior. In its imposing elevation above the old Rua Direita the square towers dominate. The ringing of their bells during religious festivals contribute to the fame of S. João delRei as the city where the bells speak to the soul of the people. Dispossessed of the exuberance of baroque ornament and sculptures, the façade opens by 5 doors, and as many windows, onto 78

the stone forecourt that Jesuíno José Ferreira in 1845 enclosed with iron fencing. If we discounted the towers and triangular gable where the lamb resides over the scroll of the seven seals from the book of Revelation, little would be left to differentiate it from one of the many sobrados (tall houses) from the nineteenth century, which are found in the streets nearby. Of the previous façade there exists no drawing, only a description by José Álvares de Oliveira in 1750: the outside is accompanied by two towers elevated in good proportions with their pyramids and cupolas, to

terminate in two vanes of golden copper that the wind turns to show to all corners its grandeur and elegance.

INTERIOR Entering the church, what immediately impresses us is the vision of gold, which will increase the nearer we approach the altar-mor (high altar), there in the capela-mor (chancel) since 1730 one finds the hundred-thousand leaves of gold imported from ruling Portugal.

The plan of the church is divided into nave and chancel by the crossing arch, exuberantly moulded with pine cones, roses and sunflowers. In the side aisles there are four altars, two on each side of the nave, and returning to the crossing we find two more altars in the transept, either side of the crossing arch.

View the vast painted area of the ceiling, of which Luccock wrote in 1818: The ceiling of this church was recently painted at the sole cost of a businessman of the Vila. The paints are very good, but the combination of red, yellow and blue produce a bizarre aspect that can only please the good taste of Brazilians. A balcony with various figures is depicted, in paint only, around the edge of the curved ceiling. Viewing this from the back of the Church, to the left we see the businessman referred to by Luccock, the distinguished João Batista Machado, whose bust the painter Venâncio José do Espirito Santo depicted, in deference to this patron of the arts, under the protection of a guardian angel that is pointing to a heart. The corresponding angel on the other side of the nave is the archangel Michael. Further in front, on the left we have the archangel Gabriel and on the right the archangel Rafael.

Above the crossing arch we see the beautiful angel of the Agony.

Also on the balcony, to the left, and from the back to the front of the church, we see the saints Cecilia, Rita, Mark, Mathew, John, Luke, Peter; and to the right, Stephen, Lucy, Ambrose, Augustine, Gregory, Jerome, and James. The baroque was born in Europe as a reaction to the classicism of the renaissance and the protestant reform. As the latter was insisting on the authority of the Bible as the unique rule of Faith, the Catholic Church responded to reaffirm the importance of tradition. Therefore here we see baroque art depicting on one side of the painted ceiling the four evangelists from the Bible, and on the other, four great priests of the Church, representing the teachings of Tradition.

Each evangelist appears along with his own emblem characteristic of iconography. Thus St. Mark has a lion, St. Mathew, a boy, St. John, an eagle, and St. Luke, a bull. In their turn, St. Ambrose has an Episcopal mitre, St. Augustine, a heart, St. Gregory, a cross and papal tiara, and St. Jerome, that in addition to the lion, has a trumpet that calls to judgement – venite ad judicium!

On the central medallion of the panel, standing out between clouds and angels, is the Virgin of the Pillar, to which refers the Biblical legend – Tota pulchra es Maria et macula originalis non est in te.

Carlos del Negro described her as slim, slender and elegant, Spanish type with dark-brown hair and eyes, long faced, and dark complexion. In the midst of the blue heads of cherubim and red heads of seraphim, one sees angels with bodies depicted more fully, feminine forms with head in garlands and masculine forms wreathed in lilies and roses, possibly homage by the painter to his wife, sons and daughters, as done by Ataíde in Ouro Preto.

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As in the Basilica of Our Lady of the Pillar in Zaragoza, above the pulpits appear the allegories of the virtues: Faith with a cross, Hope with an anchor, and Charity with a dove and a chalice. The Mineiran baroque, simple, ingenuous, imperfect, but rich in creativity, made the most of the scarce resources available in the region to effect the aims they set themselves.

before the altar, and on the banqueta of 1791 consisting of crucifix and six candle holders located behind and above the altar, where the sacrarium has the form of the globe. False windows depicting floral arrangements are seen above while the four Solomon columns of the retable compose the separate niches of St. Joseph and St. John the Baptist.

Also notice the massive silver lamps carried by two eagles, one in flight and one sitting at the nest. The lamp that illuminates the altar of Our Lord of the Stations of the Cross was put there on the initiative of Alvarenga Peixoto, the chief magistrate and poet of the Inconfidência Mineira, with the intention of appeasing the disposition of the vicar at that time, who tormented him for having made the bride Barbara Eliodora pregnant.

This Matriz is the base for the lay brotherhoods of the Sacred Sacrament, Our Lady of Repose, Our Lord of the Stations of the Cross, and St. Michael and All Souls. Each brotherhood has its own assembly, altar, sacred week, colours, and bell in the towers. Famous religious festivals are held here: Easter Week, then in August that of Our Lady of Repose(in the past, the Sacred Week of the Mulattos).

THE CAPELA-MOR Separated from the nave by a beautiful balustrade of rosewood, the chancel is a perfection of perfections, and one of the richest expressions of the Mineiran baroque. Lygia Martins da Costa described it as being: the flowering of baroque in its heavy and elaborate carving, garlands and bouquets of flowers in forms both robust and sensitive, the Louis XIV floral chequerboard design, spiral columns, the sensuality of the figures, half bodies, angels and cherubs.

Beautiful angels, plump and golden, with radiant faces and garlands of flowers, decorate the side walls. Two magnificent paintings of 1730 by Lisbon painter André Gonçalves, represent the Banquet of Simon and the Last Supper.

Admirable golden caryatids support the entablature. The silver shines on the antique sacramental lamp hanging 80

A memorable moment in the history of the Matriz was the very baroque memorial ceremonies for Dom João V of Portugal who had died in July 1750, when in February 1751 the incumbent vicar Father Dr. Matias Antônio Salgado presided amidst funereal settings. Also, the 8 June 1792 saw a solemn Te Deum in exaltation and thanks to God for the failure of the Inconfidência Mineira independence movement and for the exemplary execution of the locally born Joaquim José da Silva Xavier, otherwise known and today celebrated as Tiradentes.

Finally one must see the sacristies, principally that one for the robing of the ministers and celebrants, where can be found the lavabo, golden vestments, relics, and magnificent painted ceiling.

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Igreja de Nossa Senhora do Rosรกrio

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A Igreja de Nossa Senhora do Rosário de S. João del-Rei, cujo início de construção remonta a 1719, foi edificada pela então denominada Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, ereta na primitiva capela de Nossa Senhora do Pilar, em 1708. É a mais antiga de nossas atuais igrejas, embora tenha sofrido, através dos tempos, sucessivas remodelações e ampliações que lhe vieram alterando substancialmente as características arquitetônicas originais.

FACHADA Sua fachada de linhas predominantemente retas e rígidas, embora singela e desprovida de ornamentos, causa-nos, no entanto, uma bela e agradável impressão. Sobressaem aí a portada, em pedra granítica, datada de 1753, e as duas bem dimensionadas torres quadrangulares e pontiagudas, em concreto armado, obra de Rossini Baccarini, concluídas em 1936.

Anteriormente, a igreja tivera, quando não nenhuma, apenas uma torre, ora como campanário destacado à esquerda, ora situada no canto esquerdo da fachada, ora dominante sobre seu ângulo central.

Em sua lateral direita, uma interessante escada dupla dá acesso à sacristia em que se localizam a capela do Santíssimo, recentemente reinaugurada, e a escada que sobe para o coro. No lado oposto, outra porta permite ingresso às sacristias do consistório da Confraria e da paramentação sacerdotal que tem, ao fundo, a sepultura do Padre José Pedro da Costa Guimarães.

INTERIOR Penetrando na igreja pela sua porta principal, deparamo-nos imediatamente, à esquerda do tapavento, com uma 84

gruta de Nossa Senhora de Lourdes, cuja imagem foi adquirida em Paris, e benta nesta igreja em 1897; e, à direita, em um oratório, venera-se Nossa Senhora de Fátima representada por uma encantadora imagem, esculpida em Portugal em cedro brasileiro. Depois de ter sido posta em contato com a azinheira da gruta das aparições em Fátima, foi entronizada nesta igreja em 1954.

A planta baixa da igreja é a mesma, comum de todas as demais da época, em forma de cruz latina, com o arco-cruzeiro separando a capela-mor da nave. Nesta há dois púlpitos laterais e, no centro do teto, as datas da ereção da irmandade – 1708 – e da principal reforma operada na igreja – 1936.

Nos ângulos junto ao arco-cruzeiro, os altares dedicados a Nossa Senhora dos Remédios, no qual se veneram também os santos Lourenço, Jacinto e Vicente Ferrer, chamado o Anjo do Apocalipse, à esquerda de quem vai entrando; e, à direita, São Benedito, São Libório, Santo Tomás de Aquino e, em belíssima escultura de madeira, Santo Antônio de Noto, erroneamente confundido com Santo Antônio de Caltagirona. Cada qual desses altares tem, ao alto, sentados sobre as cornijas, duas belas esculturas de anjos que, como os demais desta igreja, são os mais bem esculpidos da cidade.

Acima do arco-cruzeiro, o emblema da confraria, em forma de escudo dourado, com dois belos anjos e, no centro, a estrela de Belém, numa alusão ao terceiro mistério do terço gozoso do Rosário, que contempla o natal de Jesus, cujos festejos, em S. João del-Rei, sempre foram celebrados nesta igreja.

Durante o tempo do Advento, incluindo a novena a Nossa Senhora do Rosário, nos dias que precedem o Natal, é tradição retirar-se da mão esquerda da padroeira a imagem do menino Jesus, que só lhe será devolvida após a sua procissão no domingo da Epifania.

CAPELA-MOR Na capela-mor, sempre em primorosa talha, vemos o trono onde domina e encanta a belíssima e a mais barroca de nossas imagens sacras: Nossa Senhora do Rosário, de origem desconhecida, porém já venerada, nesta igreja, desde 1751.

Ela ostenta o rosário, agora atualizado com quatro partes que, anteriormente, por serem três, se denominavam terços.

Na parte alta do retábulo da capelamor, a que uma restauração procedida no ano de 2000 restituiu as cores originais, vê-se uma coroa formada por cinco cabecinhas de anjos, representando os cinco mistérios do terço, circulando um monograma formado pelas letras A e M – Ave Maria. Outros quatro anjos maiores se dispõem simetricamente, em devota contemplação.

Nos dois nichos laterais, estão representados, em imagens de roca, os dois mais importantes santos da Ordem Primeira e Segunda dos dominicanos: São Domingos de Gusmão e Santa Catarina de Sena, cada qual com seu particular atributo iconográfico. São Domingos tem, junto, um cão com uma tocha na boca, lembrando sua atividade em defesa da fé cristã, através da pregação; Santa Catarina traz na mão um coração em chamas, indicativo do seu ardente amor a Jesus, demonstrado em seus místicos e piedosos êxtases.

Trabalharam nesta igreja, na segunda 85

metade do século XVIII, o entalhador Luiz Pinheiro de Souza, autor da talha da capela-mor, e os escultores Valentim Correa Paes e Antônio Francisco Sarzeda, de quem é, pelo menos, o lavabo de pedra da sacristia.

Nesta igreja, há celebração dominical da missa, às 8h30min, com participação da orquestra Lira Sanjoanense que 86

também por mais de duzentos anos vem abrilhantando as demais solenidades e festas promovidas pela irmandade que, desde 1870, ostenta o título de confraria.

Construída pelos negros escravos, com grandes sacrifícios e parcos recursos, até meados do século XX, esta igreja ainda se abria às suas congadas e tradicionais festejos, herdados dos tempos coloniais. Atualmente, nem a

igreja, nem a confraria, tem mais nada a ver com os negros e suas celebrações que se refugiaram nos bairros da periferia urbana.

No entanto, em quase duzentos anos de cativeiro, foi nesta igreja que, diante de Nossa Senhora do Rosário e dos santos negros seus protetores, os escravos africanos, com clamores e lágrima,

encontraram alívio em suas confidências e angústias. E de seus santos, como de seus orixás, esperavam consolo nesta vida e, na outra, a transfiguração de suas dores nas glórias do último terço do rosário, como os pregadores lhes prometiam. Então, seriam novamente livres na pátria celeste, que identificavam com a sua pátria mãe, a África, terra da vida e da alegria: Itu-Aiyé.

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L’église de Nossa Senhora do Rosário

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que les deux tours quadrangulaires et pointues bien placées sur le béton, oeuvre de Rossini Baccarini, achevée en 1936. Auparavant l’église n’avait pas de tours ou, peut-être, seulement une qui servait soit comme clocher vue de gauche, ou placée à gauche de la façade, ou dominante sur son angle central.

Sur sa latérale droite il y a un double escalier intéressant qui donne accès à la sacristie où se trouve la chapelle du Santíssimo, récemment reinaugurée, et aussi, l’escalier qui monte vers le choeur. Du côté opposé il y a une autre porte qui permet l’entrée aux sacristies du consistoire de la confrérie et aux ornements sarcedotaux, au fond nous avons le tombeau du Père José Pedro da Costa Guimarães.

L’église de Nossa Senhora do Rosário de S. João del-Rei existe depuis 1719, elle a été construite par l’Irmandade de Nossa Senhora do Rosário et São Benedito dos Homens Pretos, érigée sur l’ancienne chapelle de Nossa Senhora do Pilar en 1708. C’est la plus ancienne de nos églises actuelles, même en ayant souffert, tout au long du temps, des transformations et agrandissements successifs qui ont modifié substantiellement ses caractéristiques architectoniques originales.

FAÇADE Sa façade est formée principalement de lignes droites et rigides, même en étant simple et dépourvue de grands ornements, elle nous donne, pourtant, une belle et agréable impression. Ce qui ressort le plus c’est le portail en pierre de granite, datée de 1753, ainsi 90

INTERIEUR En entrant dans l’église par sa porte principale, à gauche de la porte interne on se trouve immédiatement face à la grotte de Nossa Senhora de Lourdes, dont l’image a été acquise à Paris et bénie dans cette église en 1897; et à droite il y a un oratoire où Nossa Senhora de Fátima est vénérée et representée par une ravissante image sculptée au Portugal en cèdre brésilien.

Après le contact avec la yeuse de la grotte de l’apparition à Fatima, elle a été intronisée dans cette église en 1954.

La vue en plan de l’église est la même que toutes celles de l’époque, en forme de croix latine, avec l’arc-croisé séparant la chapelle principale de la nef. Dans celle-ci il y a deux pupitres latéraux et, au centre du plafond, il y a les dates de la fondation de la confrérie - 1708 - et de la principale rénovation faite dans l’église -1936.

Sur les angles de l’arc-croisé il y a, à gauche, les autels dédiés à Nossa Senhora dos Remédios où on y vénère aussi les Saints Lourenço, Jacinto et Vicente Ferrer (l’Ange de l’Apocalipse); et à droite il y a São Benedito, São Libório, Santo Tomás de Aquino et encore Santo Antônio de Noto très bien sculpté en bois, dont quelques personnes pensent que c’est Santo Antônio de Caltagirona.

Tout en haut de chacun de ses autels deux belles sculptures d’anges sont assises sur des corniches qui, comme toutes les autres de cette église, sont les plus belles sculptures de la ville.

Au dessus de l’arc croisé, il y a un insigne en forme de bouclier doré, entouré par deux anges; dans le centre il y a l’étoile de Bethléem qui fait allusion au troisième mystère du chapelet du Rosário, qui contemple le noël de Jesus, dont les célébrations à S. João del-Rei ont toujours été traditionnellement

célébrées dans cette église. Pendant la période de l’avent, en plus des neuvaines dédiées à Nossa Senhora do Rosário (les neuf jours qui précèdent le noël), c’est une tradition d’ôter l’image de l’enfant Jésus de sa main gauche et qui lui sera rendu seulement après sa procession, le dimanche de l’épiphanie.

LA CHAPELLE PRINCIPALE Dans la chapelle principale, d’une coupe parfaite, nous voyons le trône où domine et enchante la très belle et la plus baroque de nos images sacrées: Nossa Senhora do Rosário, d’origine inconnue, pourtant déjà vénérée dans cette église depuis 1751. Elle tient le rosaire, actuellement en quatre parties mais qui, auparavant, du fait d’être en trois parties était nommée chapelet.

Sur la partie supérieure du retable de la chapelle principale nous voyons une couronne, restaurée en 2000 en lui donnant les couleurs originales, formée par cinq petites têtes d’anges qui représentent les cinq mystères du chapelet, avec un monograme formé par les lettres A et M, initiales de Ave Maria. Quatre autres anges plus grands se posent symétriquement en pieuse contemplation.

Dans les deux édicules latéraux nous trouvons, en image de quenouille, les deux plus importants saints du Premier et Deuxième Ordre des Dominicains: São Domingos de Gusmão et Santa Catarina de Sena, chacun avec son propre attribut iconographique. São Domingos a auprès de lui un chien avec une torche à la gueule, rappelant sa fonction de défendre la foi, à travers la prédication; Santa Catarina tient dans ses mains un coeur qui montre son ardent amour à Jésus témoigné par ses 91

pieux et mystiques extases. À la deuxième moitié du XVIIIème. siècle, le ciseleur Luiz Pinheiro de Souza, auteur de la coupe de la chapelle principale et les sculpteurs Valetim Correia Paes et Antônio Franscisco Sarzeda qui est, en tout cas, l’auteur du lavabo en pierre de la sacristie, y ont tous travaillé.

Dans cette église il y a une célébration de messe dominicale à 8h30 avec la participation de l’orchestre Lira Sanjoanense qui, elle aussi, depuis plus de 200 ans, honore toutes les solennités et fêtes promues par la congrégation qui, depuis 1870, a le titre de confrérie.

Construite par les esclaves noirs, avec beaucoup de sacrifices et ayant peu de ressouces, cette église s’ouvrait encore pour les congadas et fêtes traditionnelles, héritées du temps colonial jusqu’à la moitié du XXème. siècle. Actuellement, ni l’église, ni la confrérie n’ont plus rien à voir avec les nègres et leurs célébrations dans les quartiers de la ville.

Pourtant, en presque deux cents ans de captivité c’est dans cette église que, face à Nossa Senhora do Rosário et aux saints nègres protecteurs des esclaves africains, ceux-ci en clameurs et larmes, ont trouvé le soulagement dans leurs confidences et angoisses.

Et ils attendaient de leurs saints et de leurs orixás la consolation dans cette vie. Dans l’autre vie la transfiguration de leurs douleurs dans la gloire, d’après la dernière partie du chapelet, comme les prêcheurs promettaient. Alors ils seraient à nouveau libres dans la patrie céleste, qu’ils identifiaient comme étant leur mère Afrique, pays de la vie et de la joie: Itu-Aiyé.

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The Church of Our Lady of The Rosary

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The church of Our Lady of the Rosary in S. João del-Rei, existing in this city since 1719, was built by the then named Brotherhood of Our Lady of the Rosary and of Saint Benedict of the Blacks which was founded in the primitive chapel of Our Lady of the Pillar in 1708. It is the oldest among our present churches, though it has undergone a series of renovations and enlargements which have substantially altered its original architectural characteristics.

FAÇADE Its façade with lines predominantly straight and rigid, though unostentatious, and though lacking remarkable ornaments it gives us a strong and agreeable impression. On the façade the granitic portal, dated 1753, stands out, as well as the two pointed and well-proportioned quadrangular towers of reinforced concrete built by Rossini Baccarini and finished in 1936. Formerly this church showed either no tower at all or only one, the place of which having varied: as a detached steeple on the left; the tower situated on the left corner of the façade or even dominating the central angle.

On the right side, an interesting double staircase leads to the sacristy in which the recently reinaugurated Blessed Sacrament chapel is situated, as well as the stairs to the choir. On the opposite side another door opens to two sacristies one of them for the Confraternity meetings and the other for the ecclesiastical vestments where we also find the grave of Father José Pedro da Costa Guimarães.

INTERIOR When entering the church across its main door, you soon see to the left of 96

the windbreak door a grotto to Our Lady of Lourdes whose image was acquired in Paris and blessed in this church in 1897; and to the right, within a shrine, Our Lady of Fatima, represented by a charming image sculptured in Portugal in Brazilian cedar, is venerated. After having been in contact with the holm oak tree of the apparitions in Fatima, the image was enthroned in this church in 1954.

The ground plan is the equal of all church plans of the epoch, forming a Latin cross, with the chancel arch separating the chancel from the nave.

At this nave there are two side pulpits and on the ceiling centre, the dates of foundation of the Brotherhood: 1708 – and that of the principal renovation undergone by this church:1936.

On the angles near the chancel arch, on the left of those who enter the nave, the altar dedicated to Our Lady of Remedies can be seen, on which Saint Lawrence, Hyacinth and Vicent Ferrer (the Angel of Apocalypse) are also venerated and, on the right, the altar dedicated to Saint Benedict, Libory, Thomas Aquinas and to Saint Anthony of Noto, generally wrongly informed as being Saint Anthony of Caltagirona. Each of the altars shows on the upper part, sitting on the cornices, two beautiful sculptures of angels, which like the others found in this church are the most beautiful of the town.

THE CHANCEL Over the chancel arch an emblem shaped as a gold escutcheon, having on its sides two charming angels, shows in its centre the Bethlehem star referring to the third Joyful Mystery of the chaplet which makes us meditate upon Christmas

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that in São João del-Rei has traditionally always been celebrated in this church.

During Advent, including the novena of Our Lady of the Rosary throughout the nine days before Christmas, it became a tradition to take out of the left hand of the patron saint the image of the Infant Jesus, and only replace it after his procession on Epiphany Sunday.

In the chancel you find in an exquisite carving, the throne where the very beautiful and most baroque of our sacred images dominates and charmes: Our Lady of the Rosary, of unknown origin though venerated in this church since 1751. She displays the rosary, now updated with four parts; formely, with only three parts, it was called thirds – chaplets.

On the upper part of the retable in the chancel, the original colours of which having been recovered through a restoration in 2000, one can see a crown formed by five heads of cherubs representing the five mysteries of the chaplet encircling a monogram formed with the letters A and M, the initials of Ave Maria. Four more angels are symmetrically placed in a devout attitude of contemplation.

In two side-niches there are woodframed images of the most important saints of the First and Second Order of the Dominicans: Saint Domingo of Gusmán and Saint Catherine of Siena are represented, each with the proper iconographical attribute: Saint Domingo has at his side a dog with a torch in its mouth remembering his activities in defence of faith through his preaching; Saint Catherine brings a heart in her hand, indicating her burning love to Jesus shown in her mystic and pious 98

raptures.

In the second half of the 18th century the carver Luiz Pinheiro de Sousa was the author of the carving of the chancel.

The sculptors Valentim Correia Paes and Antônio Francisco Sarzeda worked in this church, the latter being at least the author of the lavabo of the sacristy.

In this church a Sunday mass is celebrated at 8:30 a.m. with the participation of the Orchestra Lira Sanjoanense, which for over two hundred years has also brightened the other solemnities and feasts promoted by the brotherhood, which since 1870 holds the title of Confraternity.

Built by black slaves, through great sacrifices and few resources, until the half of the 20th century this church still opened the doors for its congadas and traditional festivals, an inheritance from colonial times. At present neither the church nor the Confraternity is linked to the blacks and their celebrations are now limited to the perifery of the town.

However, in almost two hundred years of captivity it was in this church, in front of Our Lady of the Rosary and of the black saints as their protectors, that the African slaves with plaints and tears confided their sufferings. And from their saints as a well as from their orixás they expected comfort both in this life and in the next through the transfiguration of their sorrows in the glory of the last part of the rosary, as the preachers had promised them. Thus they would be free again in the heavenly land, which they identified with their mother Africa, land of life and joy: Itu-Ayé. (version - Abgar Tirado)

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Igreja de Nossa Senhora das Mercês No morro da espalda da Vila, na sua costaneira, está a capela de Nossa Senhora das Mercês, feita pela figura do panteão ou rotunda de Roma José Álvares de Oliveira: História do Distrito do Rio das Mortes, 1750

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Nós, hoje, chamamos de igreja qualquer edifício de maiores dimensões, destinado ao culto religioso. No passado, porém, igreja era somente a matriz do lugar, a sede da paróquia ou freguesia, onde estava a pia batismal. As demais, ainda que grandes e até maiores do que a igreja matriz, eram denominadas capelas. Assim, em S. João del-Rei, se dizia igreja do Pilar e se dizia, capela de São Francisco, das Mercês. Nossa capela ou igreja das Mercês, de origem anterior a 1750, está localizada à meia encosta do outeiro, em cujos arredores teve início a mineração aurífera que ensejou a formação do núcleo urbano de S. João del-Rei. Como de regra, também ela passou, ao longo dos anos, por repetidas interferências que, neste caso, lhe alteraram por completo a sua figura original. Chega-se a esta igreja através de extensa e larga escadaria de 1895, com diversos patamares e trinta e 102

três degraus, que serve de palco onde, anualmente, se realiza a cerimônia do descendimento da cruz, na noite de sexta-feira santa.

Nossas igrejas foram todas edificadas pelas respectivas ordens, confrarias ou irmandades religiosas que até 1830 enterravam no seu interior os seus irmãos defuntos. Mas uma lei imperial de 1828 proibiu, por motivos de saúde pública, tal prática, obrigando a construção de cemitérios externos, assim como este que aqui fica ao lado direito da igreja. Vemos também, a sua frente, um imponente cruzeiro, com os emblemas da crucificação de Jesus, que servia, outrora, às festas em honra da Santa Cruz, no dia 3 de maio.

O FRONTISPÍCIO Como, em geral, eram todas as igrejas dos negros, esta tem linhas singelas e

sem grandes ornatos, mas se diferencia, com graça e originalidade, das demais.

A principal diferença está na torre ou campanário que se encontra destacado, à esquerda, afastado dez metros do alinhamento dianteiro.

Sobre a portada veem-se esculpidas duas coroas imperiais, uma mitra e uma tiara, além de cadeados, troncos e correntes abertos, que aludem à libertação dos cativos, a que os mercedários, por seu carisma, se dedicavam, conforme o lema bíblico que lhes serve de divisa: Laqueus contritus est et nos liberati sumus.

O INTERIOR Nas paredes laterais da nave, vemos duas telas duplas, assinadas por Adolfo Braga, dos anos de 1917 e 1918, representando as cenas da anunciação, da natividade, da apresentação no templo e da fuga para o Egito. E, no teto, uma suave pintura da Virgem das Mercês, do mesmo autor.

Nos altares do transepto, veneramse, do lado do evangelho, isto é, o lado esquerdo de quem entra, o Senhor Bom Jesus do Perdão; e, no lado da epístola, Nossa Senhora do Parto. Antigamente, quando uma parturiente estava para dar à luz, era desta igreja que partia o aviso à população pedindo orações para um bom parto. Isto se fazia através de nove pancadas espaçadas, no sino médio, de meia em meia hora, até o delivrance.

O sino médio, ou meião, tem aqui o nome de São Raimundo Nonato, porque, segundo a lenda, esse santo, como sugere seu próprio nome, teve um parto difícil, da mãe já morta. Non nato. Daí porque se tornou patrono das parturientes.

Acima do arco-cruzeiro, um belo

escudo prateado, sobre o qual se debruça um anjinho com um escapulário na mão, tem, aos lados, a bandeira da arquiconfraria e a palma dos mártires e, no interior, três corações. Obra de Luiz Batista Lopes – LBL – de 1875, nele se sobressaem dois pelicanos de grande beleza.

A CAPELA-MOR De seu centro pende um excelente lustre de cristal, procedente de Paris, em 1877. Dele escreveu, naquele ano, o jornalista Severiano Resende: é talvez o mais belo que haja nesta Província.

No camarim, sobre alta peanha, lá 103

está a mais carinhosa representação de Maria desta cidade, na atitude em que a viu, em sonho, São Pedro Nolasco, de braços abertos, sustentando o manto de sua proteção aos cativos e humilhados de todos os tempos. Que humildes e doloridas confidências aqui, aos pés da bondosa mãe, não vieram, um dia, depositar os negros que dela esperavam consolo e mercê contra a perversidade do sistema, que tinha, nestas proximidades, o seu símbolo de maldade, o pelourinho! Clamaverunt ad Dominum cum tribularentur: Nossa Senhora das Mercês, esperançandolhes os corações angustiados. E que comovidas alegrias não lhe vieram também trazer, agradecidos pela alforria conquistada, dizendo-lhe, quem sabe: graças a ti, Senhora, nossas cadeias se partiram e nós ficamos livres.

Nos nichos laterais do retábulo, veem-se as belas imagens de roca de São Raimundo Nonato e do fundador São Pedro Nolasco, com a bandeira da real, militar e celestial Ordem de Nossa Senhora das Mercês para Redenção dos Cativos: Caelestis – Regalis – Militaris.

Vale a pena também visitar as últimas inovações nas dependências das sacristias e admirar a mais nobre delas, uma nova imagem da padroeira, cujo rosto, de admirável beleza e naturalidade, foi esculpido na Espanha e aqui chegado em 2007.

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L’église de Nossa Senhora das Mercês Sur le côté extérieur de la butte du versant de la Vila se trouve la chapelle de Nossa Senhora das Mercês, inspirée sur le dessin du panthéon ou de la rotonde de Rome José Álvares de Oliveira, Histoire du Municipe de Rio das Mortes, 1750

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Aujourd’hui, nous appelons église tout bâtiment de plus grande taille destiné au culte religieux. Pourtant, dans le temps, l’église était seulement l’église matrice du lieu, le siège de la paroisse, où se trouvait les fonds baptismaux.

Les autres, même en étant plus grandes que l’église matrice, étaient considérées comme chapelles. Ainsi, à S. João delRei on disait église du Pilar, chapelle de São Francisco, das Mercês. Notre chapelle ou église das Mercês, qui a eu ses origines avant 1750, est située sur la mi-pente de la colline, où il a eu lieu le début de la minération de l’or qui a incité la formation du centre urbain de S.João del-Rei. Comme d’usage, tout au long des années, elle a eu de nombreuses interventions qui ont complètement modifié son image originale. Nous accédons à cette église par un grand et large escalier daté de 1895, avec plusieurs paliers et trente trois marches, où une fois par an, il y a la scène de la descente de la croix le soir du vendredi

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saint.

Nos églises ont toutes été bâties par les ordres, confréries ou congrégations religieuses qui, jusqu’en 1830, enterraient leurs frères défunts à l’intérieur de l’église. Mais une loi impériale de 1828 a interdit cet usage pour des raisons de santé publique, en obligeant que les cimetières soient externes, comme celui qui se trouve à côté de l’église. Devant, nous voyons aussi une imposante croisée, avec les emblèmes de la crucifixion de Jésus, qui dans le temps était utilisée pendant les fêtes du 03 mai, en hommage à la Sainte Croix.

LA FAÇADE Comme, en principe, toutes les églises appartenaient aux nègres, celle-ci a des tracés naifs et sans grands ornements, mais elle est différente des autres par sa grâce et son originalité. La grande différence c’est la tour ou clocher qui se trouvent en évidence à gauche, à dix

mètres de l’alignement frontal.

Sur le portail, nous voyons deux couronnes impériales, une mitre et une tiare, en plus de cadenas, troncs et chaînes libres, qui font allusion à la libération des esclaves, où les disciples de Mercês qui, par leur grâce, se dévouaient comme dans la règle biblique qui leur passait cette devise: Laqueus contritus est et nos liberati sumus.

L’INTÉRIEUR Sur les murs latéraux de la nef nous voyons deux doubls toiles, signées par Adolfo Braga dans les années 1917 et 1918, qui représentent les scènes de l’annonciation, de la nativité, de la présentation sur le temple et de la fuite pour l’Égype. Et, sur le plafond, nous voyons une légère peinture de la Virgem das Mercês, du même auteur.

Aux autels du transept, du côté gauche pour celui qui entre, Senhor Jesus do

Perdão est vénéré, et à côté de l’épitre, c’est Nossa Senhora do Parto qui est honorée. Dans le temps, quand une femme était prête à accoucher, cette église l’annonçait à la population en demandant une prière pour un bon accouchement. Cela se faisait avec neuf coups de cloche moyenne, toutes les demies heures jusqu’à la délivrance.

Le sino médio, porte le nom de São Raimundo Nonato, parce que, d’après la légende, ce saint a eu un accouchement difficile de sa mère déjà morte. Non nato.

C’est pour ça qu’il est devenu le patron des femmes en travail d’accouchement.

Au-dessus de l’arc de la croisée, il y a un beau bouclier argenté sur lequel se pose un petit ange avec un scapulaire à la main, sur les côtés un drapeau de l’archiconfrérie et la palme des martyrs, et, à l’intérieur, trois coeurs, oeuvre de Luiz Batista Lopes – LBL – en 1875, d’où ressortent deux pélicans de grande beauté.

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LA CHAPELLE PRINCIPALE Au centre pend un très beau lustre en cristal, provenant de Paris en 1877. Le journaliste Severiano Resende a écrit, cette même année, que c’est peut-être le plus beau de cette province.

Dans la loge sur un piedestal, il y a la plus tendre représentation de Marie de la ville, où São Pedro Nolasco l’a vue en rêve, avec les bras ouverts, avec son manteau qui protège les captifs et humilés de tous les temps. Que de modestes et douloureuses confidences ont été déposées ici, aux pieds de la bienveillante mère, par les nègres qui espéraient d’elle un soulagement et sa grâce contre le système pervers, qui avait, dans les alentours, son symbole de méchanceté, le pilori! Clamaverunt ad Dominium cum tribularentur et Dieu les recevaient, au nom de sa Mère, Notre Dame de Mercês, en donnant de l’espoir à leur coeurs angoissés. Et combien de joies émues l’ont remercié de la liberté conquise, en lui disant, peut-être: grace à toi, Madame, nos prisons se sont écroulées et nous avons été libres.

Sur les édicules latéraux du retable, nous voyons de belles images de São Raimundo Nonato et du fondateur São Pedro Nolasco, avec le drapeau de la royale, militaire et céléstial Ordre de Nossa Senhora das Mercês pour la Rédemption des Captifs: Caelestis – Regalis – Militaris.

Cela vaut la peine de visiter aussi les dernières innovations dans les sacristies et admirer la plus noble d’entre elles, une nouvelle image de la patronne, dont le visage très naturel et de grande beauté a été sculptée en Espagne et arrivée ici en 2007.

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Church of Our Lady of Mercy On the hillside within the outskirts of the town is the chapel of Our Lady of Mercy, shaped on the lines of the Pantheon or Rotunda of Rome José Álvares de Oliveira: História do Distrito do Rio das Mortes, 1750

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the descent from the cross on Good Friday.

Our churches were all built by religious orders, fraternities or brotherhoods whose members, until 1830, could be interred in the crypt within the church.

An imperial law of 1828 then forbid this practice on ground of public health, which necessitated the construction of cemeteries such as the one that exists to the right of the church. In front of the church we also see an impressive cross with the emblems of the crucifixion of Jesus, which in times past served as a focus for the celebrations of the Sacred Cross on the 3rd May.

Today, an igreja (church) is any edifice of large dimensions dedicated to religious ceremonies. In the past, however, such a place was only designated a church when it was the parish church, the location of the baptismal font. The other places of worship within the same parish, even when larger, were referred to as capelas (chapels). Thus, in S. JoĂŁo del-Rei, we had the church of Our Lady of the Pillar, but the chapels of St. Francis of Assisi and Our Lady of Mercy. Our chapel or church of Our Lady of Mercy had its origin before 1750. It is located halfway up the hillside in the vicinity of the first gold workings that occasioned the formation of the town of S. JoĂŁo del-Rei. As is often the rule, over the years it suffered various interventions that altered its original form completely.

Before arriving at the church you ascend a long wide stairway, of 1895, with various platforms and thirty-three steps, which serves for the annual staging of 114

FAÇADE Similar to other churches constructed by the black ethnic groups, it has simple lines and little ornamentation, however, it possesses a grace and originality exceeding most. The principal difference is the campanile tower that is set to the left of, and 10m behind the front of the church.

Above the entrance of the church you will see sculptures of two imperial crowns, a mitre and a tiara, as well as, opened fetters, stocks and chains alluding to the liberation of captives, to which the Mercedarians are dedicated, according to their Latin maxim: Laqueus contritus est et nos liberati sumus, the snare has been broken and we have escaped.

INTERIOR On the walls each side of the nave, we see paintings from 1917 and 1918 signed by Adolfo Braga, representing scenes of the Annunciation, Nativity, Presentation at the Temple, and the Flight into Egypt. And, on the ceiling, an agreeable painting of the Virgin of Mercy by the same painter.

The altar on the left, or the gospel side, of the transept is dedicated to Christ the Forgiver, and that on the right, or epistle side, to Our Lady of Deliverance.

In the past, near to the time of a birth, it was this church that announced the news to the city’s population, requesting prayers for a easy deliverance. This was done by nine slow chimes of the middle bell every half hour until the happy event. In this church the middle bell is known as St. Raymond Nonnatus who was delivered by caesarean operation after his mother had died in labour and thus he is considered the patron saint of pregnant mothers. Non natus.

Above the crossing arch, an impressive silver shield surmounted by an angel symbolically holding a scapular vestment, has, to each side, the flag of the principal fraternity and the palm leaf of the martyrs, and in the centre three hearts. It is a work of Luiz Batista Lopes – LBL – of 1875, as indicated by two outstanding pelicans.

THE CAPELA-MOR As usual the capela-mor is the chancel.

Above the centre hangs a Parisian crystal chandelier of 1877. In the same year, the journalist Severiano Resende wrote, It is perhaps the most beautiful there is in the Province. In the place above the altar reserved for the presentation of the Holy Sacrament, upon a tall pedestal, is the most affectionate representation of Mary in the city. She is seen in the attitude as dreamt by St. Peter Nolasco, with her arms open holding the mantle of protection to the captured and humiliated throughout the ages. What humble and suffering confidants, here at the feet of the benevolent mother, who did not come one day to lay to rest negros that hoped for her consolation and mercy against the perversity of the system that

displayed, nearby, its symbol of power – the pelourinho!

Clamaverunt ad Dominum cum tribularentur, when they cried unto the Lord in their trouble: Our Lady of Mercy gave hope to their anguished hearts. And with what extreme happiness had they not come to her also to bring thanks for their dearly obtained freedom, saying to her perhaps, Thanks to you, Our Lady, our chains have fallen and we are free.

In the lateral niches of the retable behind the altar can be seen beautiful wooden images of St. Raymond Nonnatus, and of St. Peter Nolasco with the flag of the heavenly, royal and military order he founded, that of Our Lady of Mercy for the Freeing of Captives: Caelestis – Regalis – Militaris.

It is worthwhile also to visit the latest additions in the rooms of the sacristies and admire the most noble of these, a statue of the patron saint, showing his face with beauty and naturalism, having been sculptured in Spain and arriving in 2007.

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Capela de Santo Antônio de Pádua Este, pois, arraial novo se assentou sobre o caminho que vem do povoado: caminho antiguíssimo que sempre seguiram as bandeiras dos sertanistas para o Sertão dos Cataguazes José Álvares de Oliveira: História do Distrito do Rio das Mortes, 1750

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esconde no invisível ou no mais íntimo de si mesmo? Quem, bandeirante de um desejo ou pioneiro de uma aventura, não sucumbiu jamais à tentação de uma encantada sabarabuçu, de um fabuloso eldorado, que se esconde sempre no fim impossível e inatingível de uma estrada?

A RUA DE SANTO ANTÔNIO Um caminho ou uma estrada tem sempre uma misteriosa atração que nos fascina, enquanto signo do desconhecido e possibilidade de um encontro. É sempre um convite de mudança e de um mais além. Quem, desde Abraão, nunca sentiu um chamado latente de evadir-se no infinito de uma estrada, atrás de uma promessa ou em busca de um oásis que se 118

Um caminho – caminho geral do sertão – uma estrada – estrada real – foi, desde 1674, a que passava por aqui, por esta Rua de Santo Antônio, cujo nome lhe adveio quando, cem anos depois, se construiu esta humilde capela a Santo Antônio. A rua tem seu encanto na sinuosidade do seu traçado, no casario colonial que alterna casarões e casinholas, e, sobretudo, em sua sequência de casas tortas, que estão caindo, muito tristes, abraçadas.

Por aqui passaram sonhos, passaram

tropas, passaram negros cativos, índios preados. Por aqui passaram ambições, passaram projetos de liberdade, passaram humanos em busca de destinos, bandeirantes em busca de aventuras, forasteiros em busca de riquezas.

Quimeras... fantasias...

A CAPELA DE SANTO ANTÔNIO Em todas as partes do mundo, que Portugal um dia conquistou, se encontra, onipresente, a devoção a esse franciscano esbanjador de milagres, Santo Antônio de Lisboa, que também de Pádua se tornou. E, assim, também S. João del-Rei tem aqui a sua capela, desde, pelo menos, 1764. Sobre a portada, de boa aparência, polida em pedra sabão, uma data e as iniciais de Joaquim Basílio, que nela trabalhou em 1884. No alto, realçando o edifício, uma artística cruz, também de pedra azul.

Seu sino, de bela sonoridade, consta que pertenceu, outrora, à casa da câmara e cadeia, onde marcava o horário comercial da cidade, desde 1853.

Vale a pena visitá-la, às terças-feiras, quando permanece aberta aos devotos, com missa à tarde. No interior da capela, temos a admirar a expressiva imagem de roca do patrono, em tamanho natural, obra de Joaquim Francisco de Assis Pereira; a grade de jacarandá e a talha a que recente trabalho restituiu as cores originais; e o teto, recentemente pintado por Carlos Magno de Araújo, que retrata a glória de Santo Antônio, ladeado de anjos e dos principais santos de sua Ordem: São Francisco, Santa Clara, São Boaventura e São Pascoal Bailão.

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Chapelle de Santo Antônio de Pádua

Celui-là, alors, nouvel hameau, s’est assis sur le chemin qui vient du bourg: très ancien chemin où les drapeaux des broussards vers le Sertão dos Cataguazes ont toujours été présents.

José Álvares de Oliveira: Histoire de l’arrondissement de Rio das Mortes, 1750

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LA RUE DE SANTO ANTÔNIO Un chemin ou une route a toujours une mysterieuse attraction qui nous fascine, étant un signe de l’inconnu et la possibilité d’une rencontre. C’est toujours une invitation au changement et de quelque chose en plus. Qui, depuis Abraham, n’a jamais perçu un appel caché pour s’évader dans l’infini d’une route, derrière une promesse ou à la recherche d’un oasis qui se cache dans l’invisible ou dans le plus intime de soimême ? Qui, explorateur d’un désir ou pionnier d’une aventure, ne s’est jamais livré à la tentation d’une charmante sabarabuçu, d’un fabuleux eldorado, qui se cache toujours à la fin, impossible et inaccessible, d’une route ?

Un chemin – caminho geral do sertão – une route – estrada real – depuis 1674 il traverse par ici, par cette Rua de Santo Antônio, dont le nom provient de la modeste chapelle de Santo Antônio 122

qui s’est construite cent ans après. La rue a son charme dans le contour de son tracé, dans la suite de maisons coloniales où se relaient les maisons de maîtres et les bicoques, et surtout, dans la séqüence de maisons tordues, qui tombent, très tristes, accolées.

Par ici il y a eu des rêves, des troupes, des nègres captifs, des indiens. Par ici il y a eu des ambitions, des projets de liberté, des humains à la recherche de destins, explorateurs à la recherche d’aventures, étrangés à la recherche de richesses. Chimères... fantaisies...

LA CHAPELLE DE SANTO ANTÔNIO Dans toutes les parties du monde, dont le Portugal a un jour conquis, se trouve omniprésente la dévotion à ce franciscain gaspilleur de miracles, Santo Antônio de Lisboa, qui est aussi devenu de Pádua. Et c’est comme ça

que S. João del-Rei a ici sa chapelle, au moins depuis 1764. Sur le portail, bien conservé, poli en pedra sabão, il y a une date et les initiales de Joaquim Basílio, qui y a travaillé en 1884. En haut, une croix artistique, dans cette même pierre bleue, met en valeur l’édifice. Dans le temps, on disait que sa cloche, de belle sonorité (résonance), appartenait à la maison de la chambre et à la prison, qui indiquait l’horaire commercial de la ville depuis 1853.

entouré d’anges et des principaux saints de son Ordre: Saint François, Sainte Claire, Saint Boaventura et Saint Pascoal Bailão.

Cela vaut la peine de la visiter les mardis, jour où elle est ouverte aux pieux, avec une messe l’après-midi. À l’intérieur de la chapelle, nous devons admirer l’expressive image du patron, en taille naturelle, oeuvre de Joaquim Francisco de Assis Pereira; la grille en jacaranda et la coupe qui a, depuis peu, les couleurs originelles ainsi que le plafond peint par Carlos Magno de Araújo, qui montre la gloire de Santo Antônio, 123

Chapel of St. Anthony of Padua

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This, then, the new settlement situated above the road that comes from the old settlement: an old road that the banners of the pioneers entering the SertĂŁo dos Cataguazes have always followed.

JosĂŠ Ă lvares de Oliveira: History of the district of Rio das Mortes, 1750

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THE RUA DE SANTO ANTÔNIO A trail or road always has a mysterious attraction that fascinates us, at once a symbol of the unknown but also the possibility of an encounter. It is always an invitation for change and for one more step beyond. Since Abraham, which one of us has never felt the latent call of certain roads to escape into the infinite – through a promise or in search of an oasis where you can hide invisible or, more intimately, inside oneself ?

Who, driven by desire or as adventurous pioneer, has never succumbed to the sabarabuçu, to the lure of legendary mountains of diamonds or emeralds, of a fabulous El Dorado, that always lie at the impossible and unattainable end of such a road?

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A trail – Caminho Geral do Sertão - a road – Estrada Real - was, since 1674, that which passed by here, by this Rua de Santo Antônio, the name that came to it a hundred years later with the construction and dedication of this humble chapel to St Anthony. The street is enchanting in its sinuous windings, in its colonial architecture of interspersed large and small houses, but most of all in its row of crooked houses that are slowly falling, very sadly, arm in arm.

Passing by here were dreams, mule trains, black slaves and captive natives.

It also witnessed ambitions, calls for liberty, people following destinies, pioneers in search of adventure and latecomers after wealth. Chimeras...

fantasies...

THE CHAPEL OF SAINT ANTHONY In all parts of the world that Portugal eventually conquered, you encounter the ubiquitous devotion to this Franciscan dispenser of miracles, St. Anthony of Lisbon, who was also adopted by Padua.

And thus S. João del-Rei also has its own dedicated chapel since at least 1764.

Over the pleasantly polished entrance of soapstone are found a date and the initials of Joaquim Basílio, who worked on it in 1884. On top, distinguishing the building, is a cross, also worked from the blue stone. Its sonorous bell is said to have formerly belonged to the building that housed the council chamber and

prison, where it marked the commercial hours of the city since 1853.

It is worthwhile to visit the chapel on Tuesdays when it is open to the devout, with mass in the afternoon.

Inside the chapel we have to admire the expressive life-sized statue of the patron saint carved by Joaquim Francisco de Assis Pereira. The grill of rosewood and wall carvings have been recently restored to their original colours. The ceiling, recently painted by Carlos Magno de Araújo, depicts the glory of St. Anthony accompanied by angels and the principal saints of the Order: St. Francis, St. Clare, St. Bonaventure and St. Pascal Baylon.

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Apresentaçþes semanais

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TODA QUARTA-FEIRA DO ANO

19h Catedral Basílica do Pilar Missa da Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

TODA QUINTA-FEIRA DO ANO

19h Catedral Basílica do Pilar Missa da Irmandade do Santíssimo Sacramento ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS

TODA SEXTA-FEIRA DO ANO

19h Catedral Basílica do Pilar Missa da Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 20h30min Matriz de Santo Antonio – Tiradentes Concertos ao Órgão 130

TODO DOMINGO DO ANO

8h30min Igreja de Nossa Senhora do Rosário Missa da Confraria de Nossa Senhora do Rosário ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 9h15min Igreja de S. Francisco Missa da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco de Assis ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 10h Igreja de Nossa Senhora das Mercês Missa da Arquiconfraria de Nossa Senhora das Mercês ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 131

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janeiro

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1o DE JANEIRO

8h30min Igreja do Rosário Missa da Confraria de Nossa Senhora do Rosário ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 9h15min Igreja de S. Francisco Missa da Irmandade de S. Francisco de Assis ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 10h Igreja de Nossa Senhora das Mercês Missa da Arquiconfraria de Nossa Senhora das Mercês ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE Matinas de Natal, Padre José Maria Xavier 134

1o DOMINGO DE JANEIRO

8h30min Igreja de Nossa Senhora do Rosário Missa Festiva da Epifania 18h Rasoura com a imagem do Menino Jesus Te Deum laudamus ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

11 a 20 de JANEIRO

19h Catedral Basílica do Pilar Missa, Novena e Festa de S. Sebastião ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE Prados Novena e Festa de S. Sebastião ORQUESTRA DA LIRA CECILIANA 135

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fevereiro marรงo abril 137

Última terça-feira, antes da quaresma

13h Catedral Basílica do Pilar Hora Santa, na Capela do Santíssimo ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

QUARESMA QUARTA-FEIRA DE CINZAS

19h Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar Missa da Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte Após a missa, Cerimônia de Cinzas ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 138

1a, 2a e 3a sexta-feira da quaresma

19h Capelas dos Passos Via-Sacra de rua Motetos dos Passos, de Martiniano Ribeiro Bastos Miserere mei Deus, de Manoel Dias de Oliveira ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 19h Tiradentes-Capelas dos Passos Via-Sacra de rua Miserere mei Deus, de Manoel Dias de Oliveira ORQUESTRA RAMALHO

3 DIAS DURANTE A QUARESMA Cemitérios da Cidade 23h Encomendação de Almas Motetos dos Passos, de Martiniano Ribeiro Bastos Miserere mei Deus, de Manoel Dias de Oliveira ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 139

4a QUARTA-FEIRA DA QUARESMA

19h Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar Missa da Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte Via–Sacra Motetos dos Passos, de Martiniano Ribeiro Bastos Miserere mei Deus, de Manoel Dias de Oliveira ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

4a SEXTA-FEIRA DA QUARESMA

20h Da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar para a Igreja de Nossa Senhora do Carmo Solene Procissão do Depósito da Veneranda Imagem de Nossa Senhora das Dores Motetos dos Passos, de Martiniano Ribeiro Bastos Miserere mei Deus, de Manoel Dias de Oliveira ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS Marchas Fúnebres BANDA THEODORO DE FARIA BANDA MUNICIPAL SANTA CECÍLIA 140

4o SÁBADO DA QUARESMA

20h da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar para a Igreja de S. Francisco de Assis Solene Procissão do Depósito da Veneranda Imagem de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos Motetos dos Passos, de Martiniano Ribeiro Bastos Miserere mei Deus, de Manoel Dias de Oliveira ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS Marcha dos Passos, de Martiniano Ribeiro Bastos BANDA THEODORO DE FARIA BANDA do 11o BATALHÃO DE INFANTARIA MONTANHA DO REGIMENTO TIRADENTES 141

4o DOMINGO DA QUARESMA

8h Igreja do Carmo Rasoura de Nossa Senhora das Dores Missa CORAL DA VENERÁVEL ORDEM TERCEIRA DO CARMO DE BARBACENA 8h30min Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar Missa Solene Kyrie da Missa Breve, de S. Alassio Credo, Ofertório, Sanctus e Agnus dei do Ofício de Ramos ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 9h Igreja de S. Francisco de Assis Rasoura do Senhor Bom Jesus dos Passos Missa Ofício de Ramos, Popule meus, Adoramus te Christe, do Padre José Maria Xavier Stabat Mater, de João da Mata 18h Saindo das Igrejas de S. Francisco e do Carmo, encontrando no Largo da Câmara Procissão do Encontro do Divino Redentor com sua Mãe Santíssima Motetos dos Passos, de Martiniano Ribeiro Bastos Miserere mei Deus, de Manoel Dias de Oliveira ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS Marchas Fúnebres BANDA THEODORO DE FARIA BANDA MUNICIPAL SANTA CECÍLIA 142

5a QUARTA-FEIRA DA QUARESMA

19h Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar Via Sacra Solene Motetos dos Passos, de Martiniano Ribeiro Bastos Miserere mei Deus, de Manoel Dias de Oliveira ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

DA 5a SEXTA-FEIRA DA QUARESMA ATÉ QUINTA-FEIRA

19h Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar Setenário das Dores Veni e Domine, de Martiniano Ribeiro Bastos O vos omnes, de Martiniano Ribeiro Bastos, João da Mata, Carlos dos Passos de Andrade Doleo super te, do Padre João de Deus de Castro Lobo Minuetos Quaresmais, do Padre José Maria Xavier, Emídio Machado, Carlos dos Passos de Andrade ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 143

5o Sﾃ。ADO E DOMINGO DA QUARESMA

Tiradentes Festa de Passos ORQUESTRA E BANDA RAMALHO

6a SEXTA-FEIRA DA QUARESMA

19h Catedral Basﾃｭlica de Nossa Senhora do Pilar Capelas dos Passos Procissﾃ｣o de Nossa Senhora da Soledade Motetos das Dores, de Martiniano Ribeiro Bastos ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 144

SEMANA SANTA

DOMINGO DE RAMOS

9h30min Igreja do Rosário Bênção de Ramos Procissão até a Catedral Coros Processionais para o Domingo de Ramos, do Padre José Maria Xavier CORAL DA ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 10h Catedral Basílica do Pilar Missa Solene Ofício e Missa Solene, Canto da Paixão, do Padre José Maria Xavier Pater, si non potest, de Antônio Santos Cunha ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 18h Procissão do Triunfo Coros Processionais para o Domingo de Ramos, do Padre José Maria Xavier CORAL DA ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS Marchas Festivas BANDA DE MÚSICA THEODORO DE FARIA 145

SEGUNDA E TERÇA-FEIRA SANTA

19h Catedral Basílica do Pilar Missa e Via-Sacra Solene Responsórios para Semana Santa, do Padre José Maria Xavier Motetos dos Passos, de Martiniano Ribeiro Bastos Miserere, de Manoel Dias de Oliveira ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS

QUARTA-FEIRA SANTA

19h Catedral Basílica do Pilar Ofício de Trevas Ofício de Trevas e Laudes de Quinta-feira Santa , do Padre José Maria Xavier ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 146

QUINTA-FEIRA SANTA

Catedral Basílica do Pilar 9h30min Missa Solene do Crisma CORAL DA ASSOCIAÇÃO DOS COROINHAS DE DOM BOSCO DA CATEDRAL BASÍLICA DE N. S. DO PILAR 17h Missa Solene da Ceia do Senhor Geraldo Barbosa de Souza, Três Jóias Padre João de Deus de Castro Lobo, Abertura em Ré Padre João de Deus de Castro Lobo, Missa a 8 vozes, Kyrie e Gloria Partes variáveis, de Antonio dos Santos Cunha Padre José Maria Xavier, Christus factus est Pedro Teixeira de Seixas, Sanctus e Agnus Dei Manoel Dias de Oliveira, Pange Língua a dois coros alternados Padre José Maria Xavier, Tantum Ergo 20h30min Praça Francisco Neves Lava-Pés Padre José Maria Xavier, Domine, tu mihi lavas pedes?

Antonio Martiniano da Silva Bemfica, Mandatum novum ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 147

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO

Catedral Basílica do Pilar 8h Matinas e Laudes Padre José Maria Xavier, Matinas e Laudes ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 12h30min Sermão das Sete Palavras José Alexandrino de Souza, As Sete Palavras de N.S. Jesus Cristo na Cruz Martiniano Ribeiro Bastos, Motetos dos Passos Manoel Dias de Oliveira, Miserere ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 148

15h Solene Ação Litúrgica Padre José Maria Xavier, Tractus, Bradados, Paixão, Adoramus te Christe, Popule meus, Canto da Verônica, Motetos da Procissão do Enterro Martiniano Ribeiro Bastos, Venite, adoremus, O vos omnes João Francisco da Mata, Stabat Mater Padre João de Deus de Castro Lobo, Doleo, super te Antônio dos Santos Cunha, Judas mercator pessimus, Recessit pastor noster Manoel Dias de Oliveira, Popule meus, Miserere mei Deus, Lamentação e Amplius Presciliano Silva, O vos omnes ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 20h30min Escadaria da Igreja das Mercês Descendimento da Cruz e Procissão do Enterro do Senhor Manoel Dias de Oliveira, Canto da Verônica, Canto das Santas Mulheres, Motetos para Procissão do Enterro do Senhor CORAL DA ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS Ireneo Baptista Lopes, Marcha da Paixão BANDA DE MÚSICA THEODORO DE FARIA 149

SÁBADO SANTO

8h30min Catedral Basílica do Pilar Matinas e Laudes Padre José Maria Xavier, Matinas e Laudes ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 20h Vigília Pascal Padre José Maria Xavier, Ofício de Sábado Santo, Matinas da Ressurreição Martiniano Ribeiro Bastos, Vidi aquam ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 150

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO

9h Catedral Basílica do Pilar Missa Pontifical Marcos Portugal, Il Duca di Foix - abertura Cristóvão Pinto, Missa Santa Terezinha – Kyrie e Gloria Antonio dos Santos Cunha, Partes variáveis Fasciotti, Credo, Sanctus e Agnus Dei ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 16h Procissão do Santíssimo Sacramento Manoel Dias de Oliveira, Motetos para a Procissão da Ressurreição, Surrexit Dominus vere! Alleluia!

Marchas festivas, Hinos Eucarísticos CORAL DA ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS BANDA DE MÚSICA THEODORO DE FARIA 19h Catedral Basílica do Pilar Missa e Coroação de Nossa Senhora Padre José Maria Xavier - Missa de Catedral, Trechos das Matinas da Ressurreição, Regina Cœli José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, Regina Cœli Justino da Conceição, Te Deum laudamus José Cantelmo Júnior, Theda - marcha ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 151

152

maio junho

153

JUNHO

Igreja da Santíssima Trindade – Tiradentes 19h

Novena e Festa da Santíssima Trindade

ORQUESTRA E BANDA RAMALHO

Domingo da Santíssima Trindade

19h Catedral Basílica do Pilar Missa da Santíssima Trindade ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 154

SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI QUINTA-FEIRA

Catedral Basílica do Pilar 9h30min Missa Solene do Corpo de Deus ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 16h Procissão Solene do Santíssimo Sacramento CORAL DA ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS BANDA DE MÚSICA THEODORO DE FARIA 155

156

julho 157

7 A 16 DE JULHO

19h Igreja do Carmo Novena e Festa de Nossa Senhora do Carmo Padre Jos茅 Maria Xavier, Veni, Domine e Hino Virgem Sagrada Jer么nimo de Souza Lobo, Invitat贸rio, Flos Carmeli e Regina Mundi ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 158

SEGUNDA QUINZENA DE JULHO

Casa da Música Capela do Rosário Igreja Matriz - Prados Igreja Matriz de Santo Antonio – Tiradentes Festival de Música de Prados Promoção Lira Ceciliana/USP Concerto de Abertura Recital de Música de Câmara Concerto de Música de Câmara Concerto de Coral e Orquestra Apresentação de Teatro Concerto de Encerramento LIRA CECILIANA ORQUESTRA DO FESTIVAL 159

160

agosto 161

5 A 13 DE AGOSTO

19h Catedral Basílica do Pilar Solene Novena de Nossa Senhora da Boa Morte composições do Padre José Maria Xavier, Luiz Baptista Lopes, João Feliciano de Souza e José Victor d’Aparição Euclides de Brito, Hino a Nossa Senhora da Glória ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

13 DE AGOSTO

Catedral Basílica do Pilar Após a Novena, início da Vigília da Assunção de Nossa Senhora, com o repique de sinos “Senhora é Morta” Luiz Baptista Lopes, Abertura para o dia 14 de agosto (com tema do repique) ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 162

14 DE AGOSTO

9h às 18h Catedral Basílica do Pilar Vigília da Assunção de Nossa Senhora 19h Missa do Trânsito de Nossa Senhora À entrada da procissão, cerimônia de sepultamento de Nossa Senhora Padre José Maria Xavier, Responsórios das Matinas da Assunção de Nossa Senhora Procissão do Trânsito de Nossa Senhora da Boa Morte Manoel Dias de Oliveira, Coral – Assumpta est Maria in cælum ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE CORAL DA ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE Luiz Baptista Lopes, Marcha processional da Boa Morte BANDA DE MÚSICA THEODORO DE FARIA 163

15 DE AGOSTO

9h30min Catedral Basílica do Pilar Solenidade de Assunção de Maria Santíssima, com Missa Solene concelebrada Adhemar Campos Filho, Intróito, Ofertório e Comúnio da Assunção Geraldo Barbosa de Souza, Psalmus Responsorius e Versus ante Evangelium José Raymundo de Assis, Missa e Credo da Senhora da Conceição Padre José Maria Xavier, Responsórios da Assunção de Nossa Senhora ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 18h Catedral Basílica do Pilar Procissão de Nossa Senhora da Assunção e da Santíssima Trindade coroando Nossa Senhora À entrada da procissão: Sermão, Te Deum e Bênção do Santíssimo Sacramento Manoel Dias de Oliveira, Exaltata est Sancta Dei Genitrix ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE CORAL DA ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE BANDA THEODORO DE FARIA 164

165

166

setembro 167

12 a 17 setembro

19h Igreja de S. Francisco de Assis Quinquena e Missa das Chagas de S. Francisco Martiniano Ribeiro Bastos, Quinquena das Chagas ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS

14 DE SETEMBRO

15h Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos Missa Solene da Exaltação da Santa Cruz ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 19h Igreja de Nossa Senhora das Mercês Missa do Senhor Bom Jesus dos Perdões ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 168

15 A 23 DE SETEMBRO

19h Igreja de Nossa Senhora das Mercês Novena Solene de Nossa Senhora das Mercês Presciliano Silva, Veni e Domine Luiz Baptista Lopes, Jaculatória Padre José Maria Xavier – Hino e Antífona de Nossa Senhora das Mercês, Ladainhas Geraldo Barbosa de Souza, Ladainha de Nossa Senhora ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

24 DE SETEMBRO

9h30min Igreja de Nossa Senhora das Mercês Missa Solene Cantada (Rito Tridentino) 18h Procissão de Nossa Senhora das Mercês à entrada da procissão: Te Deum ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 169

25 A 30 DE SETEMBRO

19h Igreja de S. Francisco de Assis Novena de S. Francisco de Assis Martiniano Ribeiro Bastos, Novenas de S. Francisco (Veni, Domine, Hino, Jaculatórias e Antífona) ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS

26 A 29 DE SETEMBRO

19h Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar Tríduo e Festa dos Santos Arcanjos ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 170

171

172

outubro 173

1 A 3 DE OUTUBRO

19h Igreja de S. Francisco de Assis Novena de S. Francisco de Assis Martiniano Ribeiro Bastos, Novenas de S. Francisco (Veni, Domine, Hino, Jaculatórias e Antífona) ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS

4 DE OUTUBRO

19h Igreja de S. Francisco de Assis Festa de S. Francisco de Assis com Trânsito, Missa, Procissão, Te Deum laudamus ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 174

3 A 11 DE OUTUBRO

19h Catedral Basílica do Pilar Novena Solene de Nossa Senhora do Pilar Francisco Gomes da Rocha, Novena de Nossa Senhora do Pilar (Veni, Domine, Invitatório, Hino e Antífona) ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

12 DE OUTUBRO

9h30min Catedral Basílica do Pilar Missa Solene de Nossa Senhora do Pilar ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 18h Procissão e à entrada Te Deum laudamus ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 175

3o domingo DE OUTUBRO

8h30min Igreja de Nossa Senhora do Rosário Missa Consagrada a Nossa Senhora dos Remédios Padre José Maria Xavier, Antífona Santa Maria Sucurre Misere ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

último domingo DE OUTUBRO

8h30min Missa Solene de Nossa Senhora do Rosário ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 18h Igreja de N. S. do Rosário Procissão e Te Deum de Nossa Senhora do Rosário ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 176

177

178

novembro 179

2 DE NOVEMBRO

8h Cemitério das Irmandades da Catedral do Pilar Missa de Réquiem, Dia Universal dos Mortos ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS

Missas Aniversárias Repertório das Missas Aniversárias

Missa de Réquiem e Responsórios Fúnebres, do Padre José Maria Xavier Marchas Fúnebres, de Emídio Machado, João Feliciano de Souza, Pedro de Souza, Benigno Parreira, Geraldo Barbosa de Souza, Luiz Batista Lopes 180

181

segunda-feira após o dia de Finados

19h Catedral Basílica do Pilar Missa de Réquiem Irmandade de S.Miguel e Almas ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

quarta-feira após o dia de Finados

19h Catedral Basílica do Pilar Missa de Réquiem Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 182

quinta-feira após o dia de Finados

19h Catedral Basílica do Pilar Missa de Réquiem Irmandade do Santíssimo Sacramento ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS

sexta-feira após o dia de Finados

19h Catedral Basílica do Pilar Missa de Réquiem Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 183

12 DE NOVEMBRO

Igreja de S. Francisco de Assis e Cemitério da Ordem Terceira 19h Missa de Réquiem ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS

15 DE NOVEMBRO

Igreja do Carmo e Cemitério da Ordem Terceira 8h Missa de Réquiem ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS Igreja de S. Gonçalo Garcia e Cemitério da Confraria 9h30min Missa de Réquiem ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 184

185

16 DE NOVEMBRO

Igreja do Rosário e Cemitério da Confraria 18h Missa de Réquiem ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

17 DE NOVEMBRO

Igreja das Mercês e Cemitério da Arquiconfraria 19h Missa de Réquiem ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 186

19 A 21 DE NOVEMBRO

19h Catedral Basílica do Pilar Missa e Tríduo em Honra de Santa Cecília Patrona da Música Sacra e dos Músicos José Raymundo de Assis, Veni, Domine, Hino Teófilo Helvécio Rodrigues e Aluízio José Viegas, Jaculatória de Santa Cecília Padre José Maria Xavier, Antífona ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

19h Tiradentes – Igreja de S. João Evangelista Missa e Tríduo em Honra de Santa Cecília ORQUESTRA RAMALHO 187

22 DE NOVEMBRO

18h Catedral Basílica do Pilar Rasoura ou Procissão de Santa Cecília TODAS AS BANDAS DE MÚSICA 19h Catedral Basílica do Pilar Missa em honra de Santa Cecília ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

4a QUINTA–FEIRA DE NOVEMBRO

19h Catedral Basílica do Pilar Dia Nacional de Ação de Graças ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 188

29 E 30 DE NOVEMBRO

19h Igreja de S. Francisco Missa e Novena da Imaculada Conceição Padre José Maria Xavier, Veni, Domine, Hino Carlos dos Passos Andrade, Jaculatória Francisco Manuel da Silva, Antífona “Tota pulchra es Maria” ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 19h Prados -Igreja da Matriz Novena de Nossa Senhora da Conceição ORQUESTRA E CORAL DA LIRA CECILIANA 189

190

dezembro 191

1 A 7 DE DEZEMBRO

19h Igreja de S. Francisco Novena da Imaculada Conceição de Nossa Senhora Padre José Maria Xavier, Veni, Domine, Hino Carlos dos Passos Andrade, Jaculatória Francisco Manuel da Silva, Antífona “Tota pulchra es Maria” ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 19h Igreja da Matriz (Prados) Novena de Nossa Senhora da Conceição ORQUESTRA E CORAL DA LIRA CECILIANA 192

8 DE DEZEMBRO

9h15min Igreja de S. Francisco Missa Solene da Imaculada Conceição de Nossa Senhora ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 9h30min Igreja de S. Gonçalo Missa Festiva de Nossa Senhora da Conceição do Amparo ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 18h Igreja de S. Francisco Procissão da Imaculada Conceição,Te Deum ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 193

16 A 24 DE DEZEMBRO

19h Igreja do Rosário Novena do Natal e de Nossa Senhora do Rosário Martiniano Ribeiro Bastos, Veni e Domine Padre José Maria Xavier, Hinos: “Sollemnitatem hodiernam” e “Sanctissimam Dei” Marcos dos Passos Pereira, Hino “Sollemnitatem hodiernam” ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

24 DE DEZEMBRO

24h Igreja do Rosário Missa Solene da Noite Santa do Natal Padre José Maria Xavier, Matinas do Natal de N. S. Jesus Cristo ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 24h Igreja de S. Francisco Missa do Galo ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 194

25 DE DEZEMBRO

10h Igreja do Rosário Missa Solene do Natal ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE 19h Igreja do Rosário Te Deum ORQUESTRA LIRA SANJOANENSE

31 DE DEZEMBRO

Catedral Basílica do Pilar 19h Te Deum de Encerramento do Ano ORQUESTRA RIBEIRO BASTOS 195

Centro Hist贸rico de S. Jo茫o del-Rei

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Anuário Musical

S. João del-Rei

O Anuário Musical de S. João del-Rei retrata o dia-a-dia da peregrinação musical das orquestras barrocas dos Campos das Vertentes das Minas Gerais, peregrinação que se vem repetindo ao longo dos quatro últimos séculos. A Lira Sanjoanense e a Orquestra Ribeiro Bastos, junto da Lira Ceciliana, de Prados, e da Orquestra Ramalho, de Tiradentes, vêm abrilhantando celebrações e festividades religiosas, ultrapassando meio milhar de oportunidades de se ouvir música sacra de autores locais, como o tiradentino Manoel Dias de Oliveira e o sanjoanense Padre José Maria Xavier.

Cinco Igrejas e uma Capela S. João del-Rei

Como cenário da música sacra, os templos barrocos cinzelados com maestria pelo Aleijadinho e outros mestres da arte em pedra conformam acústica perfeita para o tom solene do que se ouve e se aprecia. As igrejas de S. Francisco de Assis, de Nossa Senhora do Pilar, de Nossa Senhora do Carmo, de Nossa Senhora do Rosário, de Nossa Senhora das Mercês e a Capela de Santo Antônio de Pádua aparecem aqui em detalhes preciosos, retratos em preto e branco que emolduram um roteiro descritivo que informa o visitante de forma a elevar o prazer de observação desses monumentos que abrigam obras de arte de grande quilate, provindas do século XVIII e XIX. Texto de Antônio Gaio Sobrinho com traduções de Abgar Campos Tirado, Peter Hargreaves e Catherine Antoine, fotos de Elmo Alves.

Há mais de 50 anos, percorrendo os caminhos de Minas

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Cinco Igrejas e uma Capela de S. João del-Rei

Edição

Sérgio Farnese 198

Fotografia

Elmo Alves

Texto

Antônio Gaio

English Version

Abgar Tirado Peter Hargreaves

Version Française

Catherine Antoine