Fundação Estudar - Relatório Anual 2016

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Relatรณrio de impacto 2016




Relatรณrio de impacto 2016


Uma jovem de grande potencial


A

os 25 anos, a Fundação Estudar começa

aceitos e, aos poucos, buscou tornar seu processo

a consolidar a sua vida adulta, e já res-

seletivo mais conhecido país adentro.

ponde com mais convicção à pergunta “o que você vai ser quando crescer?”. Assim

A partir de 2010, a Estudar iniciou sua efervescente

como uma jovem recém-formada, ingressa em uma

transição para a vida adulta. Foi uma fase de inquieta-

nova fase – preparada para o porvir, mas ciente de

ção, reinvenção, experimentação – e de sonhos ainda

que o aprendizado nunca termina. Grandes con-

mais ousados.

quistas abrem espaço para desafios ainda maiores, e o amadurecimento recente nos dá a certeza de

Com bolsistas veteranos no conselho e no comitê

que estamos no rumo certo para despertar o poten-

executivo, surgiram os nossos primeiros programas

cial de cada vez mais jovens em todo o país.

presenciais, que passaram a levar os valores da organização de centenas de bolsistas a milhares de jo-

A organização nasceu em 1991, quando os empre-

vens brasileiros. Também foram criados os portais de

sários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Si-

conteúdo, Estudar Fora e Na Prática, para estimular,

cupira se reuniram para apoiar os estudos de jovens

em milhões, o interesse por uma experiência acadê-

brasileiros particularmente promissores. A criação

mica no exterior e decisões de carreira mais cons-

da Estudar, com seu Programa de Bolsas, foi a nossa

cientes e acertadas.

primeira infância institucional. Em seguida, fez-se necessário arriscar os primeiros passos: tornar mais

Agora, aos 25 anos, a Estudar se depara com o desa-

consistente e duradouro o apoio aos bolsistas. Pro-

fio de dar consistência às lições aprendidas em sua

gramas de mentoria e coaching passaram a poten-

fase universitária e firmar as bases para o seu cres-

cializar o desenvolvimento adquirido em universi-

cimento perene e perpetuidade. É hora de associar a

dades de ponta, no Brasil e no exterior. Os bolsistas

energia e a liberdade criativa de sua juventude ainda

também foram estimulados a formar uma comuni-

pulsante à disciplina de uma organização que avan-

dade de apoio mútuo, um espaço privilegiado para

ça em direção à sustentabilidade financeira e à contí-

networking, orientação, parceria e amizade.

nua busca pela excelência em programas oferecidos, responsabilidades de gente grande. Como você pode

Na década de 2000, a Estudar passou a viver a sua

conferir a seguir, estamos no caminho. Ou melhor:

adolescência. Começou a ampliar as carreiras aten-

estamos fazendo o nosso próprio caminho.

didas para muito além dos cursos inicialmente


Despertar potenciais

A Estudar trabalha há 25 anos para potencializar as trajetórias de jovens brasileiros

A

missão da Fundação Estudar é “criar oportunidades para gente boa agir

grande e transformar o Brasil”. A ex-

pressão “gente boa” não tem aqui

seu uso corriqueiro. Na organização, a forma

é usada em referência a jovens brasileiros de grande potencial, interessados em ingressar numa carreira de alto impacto. A Estudar acredita que o Brasil será um país melhor com mais jovens como esses impulsionados a percorrer uma trajetória de sucesso. Por isso, há 25 anos, a organização dissemina uma cultura de excelência pelo Brasil e alavanca os estudos e a carreira de universitários e recém-formados.


Nossa missão Criar oportunidades para gente boa agir grande e transformar o Brasil

Como fazemos

Formação de uma comunidade de líderes

Estímulo à experiência acadêmica no exterior

Apoio à tomada de decisão de carreira

Nossas iniciativas comunidade estudar

estudar fora

na prática

Selecionamos os jovens mais

Orientamos jovens de alto

Oferecemos cursos

promissores do país, apoiamos

potencial que desejam ter

presenciais e conteúdo online

seus estudos nas melhores

uma experiência acadêmica

sobre autoconhecimento,

universidades do Brasil e do

no exterior e ampliamos esse

mercado de trabalho e

mundo, criamos oportunidades

impacto para milhões por meio

liderança, além de conferências

para seu desenvolvimento de

de reportagens, entrevistas,

de carreira para jovens

carreira e os estimulamos a

e-books e vídeos na internet,

universitários e recém-

realizar transformações

além da divulgação

-formados, garantindo a eles

em rede, servindo de exemplo

de oportunidades de bolsas

também a chance de integrar

para milhões de brasileiros.

de estudo.

uma rede alumni.


Nossos valores

A Fundação Estudar expressa seus valores em tudo o que faz. Conheça os seis pilares dessa cultura


Sonho grande Perseguir algo maior do que si,

Conhecimento aplicado

estabelecendo metas claras e

Ter embasamento sólido para

ousadas a longo prazo. Trabalhar

cada ação. Não perder tempo

com paixão por seu propósito

“reinventando a roda”, nem

e desafiar-se a chegar cada vez

buscando conhecimento pelo

mais longe.

conhecimento. Usá-lo como ferramenta para a transformação.

Execução

Protagonismo

Botar a mão na massa, fazendo

Liderar pelo exemplo, propondo

sempre o melhor possível e

caminhos e assumindo a

mantendo-se firme rumo aos

responsabilidade pelo seu

seus objetivos. Não escolher

destino (sem culpar terceiros).

tarefas, nem se abater diante

Conquistar e cumprir seus

de fracassos.

objetivos pelo próprio esforço.

Integridade

Legado

Agir com transparência e

Contribuir sempre para uma

estabelecer relações de

transformação positiva e de

confiança. Focar no longo prazo

impacto no ambiente ao seu

e optar pelo caminho certo

redor, mesmo sem receber

em vez do mais fácil, porque

contrapartida. Construir algo

“jeitinho” não compensa.

que vai se perenizar.


Nossa histĂłria

A Fundação Estudar passou por diferentes fases e cresceu muito ao longo de seus 25 anos. Acompanhe essa transformação

đ&#x;Œ?

2002–2004

As åreas de políticas públicas e relaçþes internacionais passam a ser apoiadas pela Fundação Estudar. A atuação da Estudar evolui, com o objetivo de oferecer mais bolsas e de implementar um modelo de atendimento aos bolsistas.

đ&#x;Œ? 1993–1996 A Estudar, que atĂŠ entĂŁo funcionava alocada no banco Garantia no Rio de Janeiro, ĂŠ transferida definitivamente para SĂŁo Paulo. O processo seletivo do Programa de Bolsas se torna mais robusto e passa a ser realizado em uma sĂŠrie de etapas.

đ&#x;Œ? 1991/1992 Os empresĂĄrios Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira criam a Fundação Estudar, uma organização sem fins lucrativos que concede bolsas principalmente para mba nos Estados Unidos e algumas bolsas de graduação.


đ&#x;Œ? 2014/2015 Surgem outros programas

đ&#x;Œ? 2012/2013

presenciais: LabĂ—, ImersĂŁo, Ene, CatĂĄlise e NĂşcleo.

Ambev, BTG e Falconi se tornam

O Programa de Bolsas

mantenedores da Fundação

alcança a marca de 40 mil

Estudar. Para dar agilidade Ă s

inscritos, o que configura

decisþes e apoio à operação, Ê

o processo seletivo da

criado um comitĂŞ executivo.

A Fundação Estudar passa por

Estudar como um dos mais

Tem inĂ­cio uma nova fase da

um reposicionamento estratĂŠgico

concorridos do Brasil.

organização, com uma pegada

e decide ampliar sua atuação

empreendedora e ritmo de

para alĂŠm do Programa de Bolsas.

crescimento acelerado. O

Novos programas começam a

LaboratĂłrio ĂŠ o primeiro curso

ser formulados para ampliar a

a ser lançado. TambÊm entram

disseminação de conteúdo e o

no ar os portais Estudar Fora e

impacto da organização. Sua

Na PrĂĄtica.

đ&#x;Œ? 2010/2011

governança passa por modificaçþes, e bolsistas começam a fazer parte do conselho curador.

2016

A Fundação Estudar completa 25 anos.

Centenas de bolsistas fazem parte dessa comunidade. São pessoas das mais diversas åreas, como negócios, direito, gestão pública, educação e tecnologia, entre outras. AtÊ julho deste ano, eles jå se juntam a mais de 15 mil pessoas beneficiadas pelas açþes presenciais e online da instituição e a outros 10 milhþes de jovens atingidos pelos canais da Estudar na internet. O grande desafio da organização Ê crescer de forma sustentåvel.

đ&#x;Œ?


Aik BrandĂŁo, primeira diretora da Fundação Estudar, entre 1991 e 1996 đ&#x;Œ? 2004

Ilona BecskehĂĄzy, diretora da Fundação Estudar entre 1996 e 2002 đ&#x;Œ? 2003

Escritório da Fundação Estudar

Jorge Paulo Lemann, fundador da Fundação Estudar,

no inĂ­cio da dĂŠcada de 2000 đ&#x;Œ? 2001

em ReuniĂŁo Anual đ&#x;Œ? 2003


Makoto Yokoo, bolsista de 2003, hoje membro do comitĂŞ executivo e do conselho da Fundação Estudar đ&#x;Œ? 2003

Marcelo Barbosa, bolsista de 1996, hoje presidente do conselho da Fundação Estudar đ&#x;Œ? 2004

Encontro de bolsistas com ArmĂ­nio Fraga đ&#x;Œ? 2009

Beto Sicupira, fundador da Fundação Estudar, em ReuniĂŁo Anual đ&#x;Œ? 2003

Pedro Moreira Salles, membros do conselho,

Marcel Telles, fundador da Fundação Estudar,

bolsistas e parceiros em ReuniĂŁo Anual đ&#x;Œ? 2004

em ReuniĂŁo Anual comemorativa de 10 anos đ&#x;Œ? 2001


Mateus Bandeira, bolsista de 2002, e Thais Junqueira, diretora da Fundação Estudar de 2006 a 2012 đ&#x;Œ? 2008

O nĂşmero de parceiros da Fundação Estudar cresce proporcionalmente ao seu impacto đ&#x;Œ? 2009

Bernardo Hees, bolsista de 1992,

Bolsistas em momento de interação

recebe prĂŞmio de Thais Junqueira đ&#x;Œ? 2006

durante ReuniĂŁo Anual đ&#x;Œ? 2014


Jorge Paulo Lemann, JosĂŠ Mindlin, FHC e Elatia Abate, diretora da Fundação Estudar entre 2002 e 2006 đ&#x;Œ? 2005

ReuniĂŁo Anual reĂşne centenas em auditĂłrio no Insper đ&#x;Œ? 2013

Bolsistas e outros jovens da rede da Fundação Estudar em evento com Warren Buffett em Omaha, eua đ&#x;Œ? 2014

Membros do Conselho da Estudar, em ReuniĂŁo Anual đ&#x;Œ? 2012


UniversitĂĄrios e recĂŠm-formados participam da Ene Mercado Financeiro đ&#x;Œ? 2016 Fabio Tran e Rodrigo Teles, diretores da Fundação Estudar entre 2013 e 2015 đ&#x;Œ? 2013

Tiago Mitraud apresenta conteĂşdo da primeira edição do ImersĂŁo GestĂŁo Empresarial đ&#x;Œ? 2014

Participantes do LaboratĂłrio

Jovens escrevem no Mural de Motivaçþes

realizam desafio mĂŁo na massa đ&#x;Œ? 2014

durante edição do CatĂĄlise em SĂŁo Paulo đ&#x;Œ? 2015


Florian Bartunek, membro do comitĂŞ executivo e do conselho da Fundação Estudar đ&#x;Œ? 2013

Renato Mazzola, bolsista de 2003,

Tiago Mitraud,

membro do comitĂŞ executivo

diretor da Fundação Estudar

e do conselho da FE đ&#x;Œ? 2013

desde 2015 đ&#x;Œ? 2015

Equipe da Fundação Estudar conta com mais de 50 funcionĂĄrios, alĂŠm de colaboradores e voluntĂĄrios đ&#x;Œ? 2016


D

Comunidade, para inspirar

esde 1991, o Programa de Bolsas apoia jovens a

ingressar nas melhores

universidades do mundo.

Mas as bolsas de estudo para universidades de ponta no Brasil e no exterior são apenas o começo – os bolsistas também integram uma comunidade qualificada e passam a usufruir de programas de orientação de carreira, como mentoria e coaching. O Programa de Bolsas é aberto hoje a todas as áreas do conhecimento. A ideia é que os participantes retribuam o investimento, não apenas com doações ou o ressarcimento da bolsa, mas com o impacto de sua própria carreira, na geração de empregos, inovação, tecnologia ou políticas públicas que eventualmente inspirem e melhorem a vida de milhões de brasileiros. Mais de 600 jovens foram beneficiados pelo Programa de Bolsas da Fundação Estudar.


Naquela época, as perguntas eram, muitas vezes,

A evoluçāo do processo seletivo Com o aumento massivo da procura, a seleção dos candidatos ao Programa de Bolsas incorporou tecnologia e novas etapas

A

desconcertantes. O objetivo era surpreender os candidatos, submetê-los a algum nível de pressão, para que pudessem dar respostas mais autênticas e criativas – em vez de discursos ensaiados. Com o passar dos anos, o processo ficou mais robusto e se manteve bastante desafiador. Mesmo os candidatos mais jovens, na faixa dos 17 anos, precisam falar com clareza e consistência sobre seus planos – e eventuais estratégias para alcançá-los.

Fundação Estudar começou informalmen-

te, antes de sua institucionalização. A ideia-

O posto de Aik foi ocupado por Ilona Becskeházy

-base já era a mesma: apoiar os estudos e

em 1996. Por uma fase, a Estudar dividia escritório

a carreira de jovens promissores em nome de um

com instituições irmãs, como a Fundação Lemann e

futuro melhor para o país. Mas era algo que Jorge

o Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhe-

Paulo Lemann e seus sócios faziam como pessoa

cer Talentos (Ismart). Era uma forma de coworking,

física, pinçando por conta própria talentos que pu-

muito antes de esse estilo se tornar uma tendên-

dessem apoiar financeiramente. Em 1991, decidi-

cia, como se vê hoje. Não contratar mais pessoas e

ram oficializar a vontade que compartilhavam.

não gastar com uma sede eram premissas importantes para que quase todo o dinheiro investido

Em seu primeiro ano, a Estudar funcionava em uma

fosse convertido em apoio aos bolsistas.

sala dentro do escritório do banco Garantia e tinha uma única funcionária: Aik Brandão, que organi-

Em 2003, Elatia Abate assumiu o lugar de Ilona –

zava sozinha o Programa de Bolsas. Os candidatos

até então ela ocupava a função de gerente de bol-

eram entrevistados individualmente por cada um

sistas. Durante sua gestão, a Estudar incluiu inicia-

dos fundadores. Ao final, eram contemplados com

tivas de desenvolvimento profissional e networking

bolsas aqueles que obtivessem aprovação unânime.

para os bolsistas, em paralelo ao apoio financeiro.

O modelo se mostrou exaustivo. Os empresários

Era preciso tornar a volta desses estudantes para

passaram, então, a fazer as entrevistas em grupos

o Brasil mais atrativa. Também foram elaborados

com quatro ou cinco candidatos por vez.

eventos para aproximar os bolsistas uns dos outros e de empresas que poderiam contratá-los.


Thais Junqueira, que sucedeu Elatia em 2006, tam-

Em 2016, com Tiago Mitraud na direção da Estudar,

bém começou como gerente de bolsistas na Estu-

o alcance da seleção continuou crescendo. Quase

dar. Ela vinha da Fundação Brava e já conhecia a

60 mil pessoas demonstraram interesse no Progra-

cultura da organização. Seu desafio foi ampliar a vi-

ma de Bolsas e apenas 26 bolsistas foram selecio-

sibilidade do Programa de Bolsas, para que pudesse

nados, configurando o processo seletivo da Funda-

atrair mais candidatos e, assim, realizar uma sele-

ção Estudar como um dos mais disputados do país.

ção ainda mais apurada. “O perfil ideal do bolsista permanece mais ou meForam anos de peregrinação por colégios e univer-

nos o mesmo do início”, afirma Leonardo Gomes, o

sidades nas cinco regiões do país. Muitas reuniões

atual coordenador de Seleção da Estudar. “Buscamos

com estudantes, pais, professores, diretores e rei-

alinhamento com os valores da organização, bom po-

tores. Não demorou para que a média de inscritos

tencial cognitivo, excelência acadêmica e realizações

ao ano saltasse de 400 para 3,5 mil, daí para o

relevantes”, diz. Entre um público tão jovem, essas

dobro, e assim por diante. A seleção de bolsistas

primeiras conquistas variam entre medalhas em

passou a contar com etapas locais não apenas no

olimpíadas científicas e envolvimento com proje-

Sudeste, mas em 10 estados brasileiros. “Como o

tos de médio e grande porte.

programa ficou mais conhecido, mais gente passou a participar, e o processo seletivo teve que ficar

Além da gradativa abertura das áreas iniciais –

mais refinado”, diz Thais.

economia, direito e administração – para todas as áreas do conhecimento, o que mudou no processo

Para dar seguimento a esse trabalho, a Estudar

seletivo ao longo dos últimos 25 anos foi o volume

passou a ser liderada por dois empreendedores

de candidatos e as ferramentas para selecioná-los

em 2013: Rodrigo Teles, que havia feito um traba-

– hoje, são sete etapas, que incluem testes online,

lho de expansão na Endeavor, e Fabio Tran, um es-

vídeo de apresentação, dinâmica de grupo, entre-

pecialista em tecnologia. Sua gestão foi chave para

vistas com bolsistas veteranos, membros do conse-

aumentar o alcance da entidade. A partir de então,

lho e fundadores. O processo ficou mais competitivo,

o meio digital garantiu mais visibilidade à tradição,

mais objetivo e, consequentemente, mais rigoroso.

e as redes sociais se tornaram um grande canal para a divulgação das atividades da Estudar.


Ediçāo 2016

Etapas O processo de seleção é composto por sete etapas, consecutivas e eliminatórias.

▸ 41.879 candidatos a graduaçāo, 15 selecionados

As quatro primeiras etapas são realizadas via internet e as últimas três são presenciais.

❶ Inscrição

▸ 17.693 candidatos a pós-graduaçāo,

❷ Teste de perfil e lógica

11 selecionados

❸ Vídeo e documentação

59.572 candidatos,

❺ Dinâmica de grupo

26 selecionados

❹ Entrevista online ❻ Painel com bolsistas veteranos ❼ Entrevista final

Para quem

Como

Jovens brasileiros de até 34 anos, de todos os

Além da bolsa de estudo, os selecionados

cursos, que se identificam com os valores da

passam a fazer parte da Comunidade

Estudar, apresentam excelência acadêmica e

Estudar – que reúne pessoas que sonham

querem deixar um grande legado para o país.

grande, querem transformar o país e

O candidato deve estar em processo de aceitação,

deixar um legado para futuras gerações.

matriculado ou cursando o ensino superior em

Dentro da comunidade, os jovens são

uma das quatro categorias de bolsa:

conectados a grandes líderes, que servirão de exemplo para inspirá-los a fazer

★ Graduação completa no Brasil

sempre mais e melhor. O valor da bolsa

★ Intercâmbio acadêmico de graduação ou duplo

é parcial e definido de acordo com o perfil acadêmico do candidato, a duração e o

diploma no exterior ★ Graduação completa no exterior

local do curso, e sua condição familiar,

★ Pós-graduação no exterior

profissional e socioeconômica.

Mais informações em bolsas.estudar.org.br


impacto

Um mentor e uma inspiraçāo

M

esmo antes de passar para a facul-

“Consegui me conectar comigo mesma, uma pessoa

dade de medicina, na Universidade

inquieta que quer deixar sua marca no mundo, e

Federal do Rio Grande do Sul, ela já

me sinto mais perto de usar minhas pesquisas para

estava envolvida em um complexo

transformar a realidade.” Já ganhou prêmios nacio-

trabalho de pesquisa. Seu objetivo era desenvolver

nais e internacionais e foi selecionada para repre-

um tecido curativo, com propriedades térmicas e

sentar o Brasil na Dr. Bessie Lawrence International

antimicrobianas, e criar produtos que protejam pa-

Summer Science Institute, em Israel. Para incentivar

cientes diabéticos de lesões e amputações. A inspi-

outros jovens a terem uma relação mais próxima

ração veio do sofrimento de sua avó, diabética, que

com a ciência, também fundou o Cientista Beta.

teve complicações após uma amputação.

Kawoana Vianna conquistou uma bolsa da Fundação Estudar para se dedicar exclusivamente aos estudos. Assim que terminar a graduação, quer retomar a ideia do tecido curativo para empreender. Vai começar com um sapato para diabéticos, “que não tenha cara de produto ortopédico-hospitalar”, para em seguida desenvolver tecidos, meias e outros produtos para que pessoas com diabetes possam manter a qualidade de vida e se recuperar mais rapidamente de eventuais lesões. Por meio da rede da Estudar, Kawoana conseguiu um mentor que é referência na área em pretende trabalhar.


impacto

Jornada de autoconhecimento

A

logia. Na sequência, emendou um mestrado em engenharia de produção, com foco em empreendedorismo e inovação. Fez o caminho inverso do habitual: optou por uma formação voltada para gestão na graduação para depois se especializar tecnicamente.

O mestrado teve de ser interrompido antes do temcarreira desse jovem empreendedor

po. “Fui sugado pelo mercado de trabalho”, brinca.

amazonense começou na adolescência.

É que seu projeto fez tanto sucesso na academia

Em 2006, ele passou para a faculdade

que um professor e um fundo brasileiro se torna-

de medicina na Universidade Federal

ram investidores. Hoje radicado em São Paulo, é

do Amazonas, quando ainda cursava o segundo

CEO-fundador da Ingresse, uma empresa que ven-

ano do colegial. Mas Gabriel Benarrós nunca quis

de ingressos online para shows e eventos. “Quem

ser médico – a candidatura foi apenas um modo de

empreende dá perspectiva para as pessoas”, diz. E é

testar seu potencial e apressar provas do colégio para

isso o que ele quer continuar fazendo.

a conclusão antecipada do ensino médio.

Medalhista em olimpíadas de física e com interesse por psicologia e negócios, o adolescente não sabia ao certo que formação escolher. Foi então que alguém comentou ser possível estudar diversas disciplinas numa faculdade do exterior para só então escolher uma carreira. No mesmo dia, foi a uma banca de jornal e comprou uma revista que trazia um ranking com as 20 melhores universidades norte-americanas.

“Foi insano!”, lembra. “Estudava de oito a nove horas por dia para me preparar.” Candidatou-se a todas as instituições listadas e foi selecionado por 17 delas, escolhendo Stanford, na Califórnia. Com bolsas da Fundação Estudar e da universidade, Gabriel obteve dupla formação em três anos, em economia e psico-


E

m 2010, o conselho da Fundação Estudar lançou uma

provocação sobre os limites da organização. Para gerar

impacto de verdade no Brasil, a Estudar não podia mais ficar centrada apenas em centenas

Programas, para multiplicar

de pessoas, mas ampliar seu alcance. Entre 2011 e 2012, começaram a ser pesquisadas formas de expandir o impacto da organização. Foram idealizados e implementados projetos com um plano de crescimento para quatro anos. Os próprios bolsistas também se engajaram para fazer esse plano acontecer. Colaboraram para levantar o aporte financeiro necessário para viabilizá-lo, e alguns se aproximaram da operação por meio de um comitê executivo, dando mais agilidade às decisões. Nos anos seguintes, surgiram conferências de carreira e cursos presenciais e online sobre autoconhecimento e propósito, liderança, conexão em rede e interação direta com o mercado de trabalho. Graças a centenas de voluntários que acreditam na missão da Estudar e ajudam a disseminar conteúdo de ponta para outros jovens de todo o Brasil, os programas já chegaram a todos os estados do Brasil e até outros países, impactando milhares de brasileiros.


Laboratório

Lab×

para se inscrever → napratica.org.br/laboratorio

para se inscrever → napratica.org.br/labx

A Estudar acredita que competências de liderança

Com o sucesso do Laboratório, foi criada em 2013 a

são úteis não apenas para profissionais em cargos

versão “de bolso” do programa, levada pelos próprios

de gestão, mas para todas as pessoas determinadas

participantes a todos os cantos do país. Esses mul-

a fazer um bom trabalho e a causar impacto. Com o

tiplicadores são selecionados, treinados e acompa-

objetivo de ajudar o jovem a entender como pensar

nhados pela Fundação Estudar, e ajudaram a levar

grande, colocar a mão na massa, agir com integridade,

o programa a todos os estados brasileiros. São 16

entre outros valores – foi criado o Laboratório em 2012.

horas de conteúdo, distribuídas em dois módulos.

O participante é estimulado a desenvolver sua ca-

De 2013 a 2015, 4.422 pessoas participaram das

pacidade de execução, otimizando esforços e resul-

162 edições do Lab×, não só Brasil mas também

tados, não importa em qual setor trabalhe. Grandes

no exterior – comunidades brasileiras nos Estados

líderes de setores diversos participam como convi-

Unidos, na Inglaterra, na Austrália e na Coreia do

dados especiais, e suas histórias de vida e carreira

Sul também foram beneficiadas.

concretizam as competências de liderança difundidas pela Fundação Estudar, de um modo que prepara e inspira o jovem ao mesmo tempo.

Imersāo para se inscrever → napratica.org.br/imersao

O objetivo do Imersão é auxiliar o jovem a tomar

O Imersão funciona também como uma oportu-

decisões de carreira mais assertivas e embasadas

nidade de o jovem se conectar com as empresas

a partir de um entendimento prático de como o

que valoriza no mercado, com profissionais expe-

mercado e as organizações realmente funcionam.

rientes e com outros jovens que compartilham das

As edições são temáticas e abarcam áreas como

mesmas ambições de carreira. São 24 horas de ati-

consultoria, jurídica, mercado financeiro, gestão

vidades, organizadas em três dias.

empresarial, gestão pública, impacto social, educação e empreendedorismo.


Ene

Catálise

para se inscrever → napratica.org.br/ene

para se inscrever → napratica.org.br/catalise

É a conferência de carreiras da Fundação Estudar. O

Voltado para aqueles que sonham construir uma car-

nome é uma referência à variável matemática “n”

reira com significado, o Catálise foi criado em 2015.

e indica sua proposta de ajudar o jovem brasilei-

É composto por três módulos (Autoconhecimento,

ro a elevar seu potencial à enésima potência. Cada

Propósito e Autodesenvolvimento), que somam 24

edição do evento promove autoconhecimento, ins-

horas de conteúdo, ministrado em três dias.

piração e conexão com o mercado em um mesmo dia, sempre com foco em diferentes indústrias e

O diferencial do Catálise é ajudar o jovem a olhar

funções, como ocorre com o Imersão. Mas aqui é

para dentro, se conhecer com mais profundidade

feito um mapeamento de perfil de jovens e empre-

e entender que características o tornam único. O

sas e proposta uma interação embasada em alinha-

participante é estimulado a extrair conhecimen-

mento cultural.

to e significado de suas experiências, para, assim, aprender mais com o que, de algum modo, já sabe

Além de bate-papos com líderes, há também painéis

sobre si mesmo e o mundo. Esse aprendizado não

de conteúdo, que explicam os meandros do mercado,

só gera mudanças imediatas, como desenvolve sua

e atividades para o contato direto do jovem com

capacidade de dar continuidade a esse processo de

profissionais e recrutadores. A ideia básica é que

forma autônoma ao longo da sua vida.

as empresas participantes atuem como mentoras dos jovens, em processo de descoberta profissional. Alguns participantes ainda são selecionados para fazer um pitch de 2 minutos para os rhs das empresas presentes.

Jovens impactados

9.242 em 2015 13.518 no acumulado até 2015 18.525 é a meta para 2016


Trilha

Núcleo

para se inscrever → napratica.org.br/trilha

para se inscrever → napratica.org.br/nucleo

Lançado em 2016, o Trilha é primeira iniciativa

Desde a criação do Laboratório, mais de 15 mil

de educação online da Fundação Estudar. Com

brasileiros em início de carreira foram impacta-

turmas fechadas, interação com mentores, aulas

dos pelos programas presenciais da Estudar em

no formato de microlearning e atividades práticas,

todo o Brasil e em alguns países no exterior. Logo

o objetivo é de tornar esse conhecimento acessível

se percebeu que o desenvolvimento desses jovens

a um maior número de pessoas, para que o jovem

poderia ser potencializado se eles se mantivessem

tenha uma carreira de alto impacto.

em contato em um ambiente de estímulo a valores como sonho grande, execução e protagonismo.

Inspirada no Catálise, a metodologia do Trilha foi criada exclusivamente para o formato digital. O

Em 2015, foi criado o Núcleo, uma comunidade de

curso escolhido para o lançamento da iniciativa

alumni dos programas de carreira do Na Prática que

tem duração de três semanas, e nele o jovem tem a

compartilham do desejo de transformar o país por

oportunidade de aprender a aprender, refletir sobre

meio das próprias trajetórias. Em outras palavras,

suas experiências e memórias, definir objetivos e

trata-se da “maior comunidade de gente boa do

criar novos hábitos que alavanquem sua carreira.

Brasil”, como os próprios integrantes gostam de chamar. Esses jovens interagem e colaboram entre si para que consigam alavancar suas carreiras e gerar impacto em diferentes setores.

Prep Scholars para se inscrever → estudarfora.org.br/scholars

O Prep Scholars é um preparatório gratuito e seleti-

Desde sua criação, em 2010, o programa preparou

vo para alunos que almejam cursar a graduação no

231 alunos de todo o Brasil. Foram mais de 388 apro-

exterior. Os participantes recebem apoio na forma

vações em faculdades norte-americanas, italianas,

de mentoria com alguém que tenha estudado fora,

finlandesas, inglesas e coreanas. No último ano, o

orientação profissional sobre os aspectos técnicos

Prep auxiliou 52 alunos e obteve 155 aprovações, 38

do application, auxílio financeiro para os custos do

delas em faculdades da Ivy League.

processo, além de formarem uma rede entre eles.


impacto

Olhar para dentro

A

bióloga paulista Juliana Quintani-

lha fazia um mestrado em biologia molecular do câncer quando

largou o curso para se tornar ana-

lista de negócios na consultoria McKinsey. Ao fim do programa, ela concluiu que seguir uma A decisão veio após sua participação no Catálise.

carreira acadêmica tinha pouco a ver com suas mo-

“Em 24 horas de curso, vi com outros olhos os 24

tivações intrínsecas. “Ao identificar o que me faz

anos da minha história. Fui capaz de entender quem

feliz e do que eu não abro mão, percebi que o que

eu realmente sou, identificar meus valores, definir

me encantava na ciência eram a causa nobre e o

meu propósito, traçar planos de ação para meu au-

desafio intelectual, mas me desmotivava dedicar

todesenvolvimento e direcionar minhas escolhas

esforços a tópicos tão específicos”, diz Juliana. Na

para uma trajetória que possibilite concretizar meu

consultoria, acredita que pode atuar na solução de

legado”, conta.

problemas relevantes com impacto mais imediato.


impacto

Contatos para crescer

E

la se formou em psicologia,

ticipou do Laboratório. “Foi impactante. Era uma

mas logo percebeu que se-

sala com 40 pessoas que, como eu, queriam

guiria outro caminho. Renata

transformar o Brasil.” Os aprendizados trazidos

Horta quer formar empreen-

do Laboratório e os contatos que fez ali a ajuda-

dedores que tenham projetos de impacto. Com os

ram a fazer crescer a Tropos Lab, sua consultoria

contatos que fez nos programas presenciais da

empresarial.

Estudar, contratou um estagiário e conseguiu um parceiro de negócio.

A missão da organização é “empoderar novas gerações de empreendedores para mudar a socie-

Renata fez mestrado em gestão na Universidade

dade”. Renata também comanda a Ginga, uma

Federal de Minas Gerais, a mesma onde se graduou

“aceleradora colaborativa de pessoas e negócios”.

em psicologia. Já era o início de uma nova trajetó-

Por meio desse programa, pequenos empreende-

ria, mas ainda faltava alguma coisa. Em 2014, par-

res trocam serviços por conhecimento.


A

Fundação Estudar carrega como um dos seus princí-

pios oficiais a frase “Crescer,

Portais, para disseminar

crescer, crescer”. Quase um

mantra, ela funciona como um convite diário à ação e figura em um paredão recoberto com tinta verde-lousa em seu atual escritório, no bairro do Brooklin, em São Paulo. Essa vocação, que sempre foi uma característica importante tanto dos criadores da Estudar quanto de seus bolsistas, virou o modus operandi da organização. Seguindo essa lógica, foram criados portais de conteúdo na internet – uma forma de alcançar não centenas, como Programa de Bolsas, nem milhares, como os programas, mas milhões de jovens brasileiros. Desde 2013, o Estudar Fora e o Na Prática publicam reportagens, entrevistas, e-books e vídeos que apoiam o jovem em suas decisões de carreira, estimulam uma experiência acadêmica no exterior e o orientam para a construção de uma trajetória de alto impacto.


Estudar Fora

Na Prática

para acessar → estudarfora.org.br

para acessar → napratica.org.br

O Estudar Fora foi lançado em 2013 e funciona como

Quando foi lançado, em 2013, o portal trazia en-

uma fonte de informação e preparação para quem

trevistas com grandes líderes, com o objetivo de

deseja estudar no exterior. Ali, é possível encontrar

desmitificar suas trajetórias de sucesso. No ano

rankings com as melhores universidades do mundo,

seguinte, foi reformulado para se tornar uma plata-

detalhes sobre seus processos seletivos, informa-

forma que oferece conteúdo gratuito sobre as temá-

ções sobre bolsas de estudo, ferramentas de apoio

ticas dos programas presenciais: autoconhecimen-

e histórias inspiradoras de jovens brasileiros que já

to, mercado e liderança, além de informações sobre

viveram (ou vivem) essa experiência.

diversas empresas e oportunidades de trabalho.

Por meio do Estudar Fora, o jovem pode se inscre-

O Na Prática também mantém uma área de testes

ver no Prep Course, um curso online gratuito para

para mapeamento de perfil em que o jovem pode

quem deseja fazer graduação ou pós-graduação fora

compreender melhor sua personalidade, valores e

do Brasil. Cada uma das duas versões conta com

estilo de trabalho, refletir com mais subsídios sobre

videoaulas exclusivas, com a participação de espe-

seu próprio processo de desenvolvimento e fazer es-

cialistas convidados.

colhas de carreira mais conscientes e certeiras.

O portal já levou orientação e inspiração a quase

Em três anos, o portal já atingiu mais de 4 milhões

5 milhões de jovens.

de pessoas.

Jovens alcançados

6,1   mi em 2015 8,9   mi no acumulado até 2015 11   mi é a meta para 2016


impacto

Matheus ficou em primeiro lugar na avaliação dos professores e ganhou um prêmio de US$ 10 mil

Leitor premiado

P

para que pudesse aprofundar a pesquisa e apresentá-la na Austrália. Ele foi aos Estados Unidos e à Holanda conversar com pesquisadores da área, para, enfim, apresentar suas conclusões na cidade de Perth, na Austrália. “O potencial é enorme – imagine produzir carne sem sacrificar animais e ainda reduzir as queimadas de florestas, que hoje ocorrem clandestinamente para abrir pastos.”

or meio do Estudar Fora, o

gaúcho Matheus Saueressig

Atualmente, Matheus cursa o primeiro semestre

soube de um concurso in-

de engenharia elétrica na Universidade Federal do

ternacional, promovido pela

Rio Grande do Sul, mas pretende conseguir uma

Universidade do Oeste da Austrália, que premia-

bolsa de estudos para estudar no exterior. Ideal-

ria as melhores ideias para cursos acadêmicos

mente, algo na fronteira entre robótica, inteligên-

do futuro. Ele então enviou um vídeo em que de-

cia artificial e neurociência. “É impressionante o

fendia a biofabricação, a construção artificial de

alcance do Estudar Fora”, diz. “Foram cerca de 210

derivados biológicos (como alimentos, tecidos e

candidatos no concurso australiano, aberto a es-

órgãos) sem a necessidade de se sacrificar animais

tudantes do mundo inteiro, e mais da metade dos

ou usar seres humanos como doadores.

participantes eram brasileiros.”


impacto

A próxima conquista foi iniciar a graduação na ESAGS (Escola Superior de Administração e Gestão), momento em que conheceu o portal Na Prática e entregou-se ao mundo das organizações estudantis. Impulsionado pelo material que explicava o valor das experiências extracurriculares duran-

Ponto de virada

te a faculdade, participou do Movimento Choice, ajudou a criar a empresa júnior de seu curso, empreendeu, criou um blog sobre o assunto e foi presidente do diretório acadêmico.

Depois do primeiro estágio em um banco, ainda não estava certo da carreira que gostaria de seguir. Foi quando conheceu, por meio do Na Prática, o

C

mercado de consultorias. Baseado nos textos e entrevistas em vídeo do portal, juntou-se a um omo a maioria dos jovens

colega para criar o primeiro consulting club da sua

do país, o paulistano Felipe

faculdade. “Até hoje só existem clubes de consul-

de Jesus Soares cursou todo

toria nas grandes universidades, e as pessoas sim-

o ensino básico na rede

plesmente não sabem desse recurso”, ele explica.

pública. O ponto de virada em suas aspirações foi

O clube, que foi criado em 2015, tem atualmente

quando conseguiu ingressar no concorrido ensino

cerca de cinco integrantes. “Ainda é muito novo”,

médio da ETEC Sapopemba, perto de sua casa, na

reconhece Felipe. Mas o sonho é grande: até 2020,

zona leste de São Paulo, onde ganhou formação

querem estar entre os cinco maiores consulting

técnica em Administração.

clubs do país.


H

á um acordo de damas e cavalheiros entre os bolsis-

tas e a Fundação Estudar. O

valor investido nos estudos

daqueles que ingressam na comunidade será restituído por eles quando estiverem no mercado de trabalho, para que possa ser reinvestido em outros jovens promissores. É um compromisso

Estabelecidos profissionalmente, bolsistas veteranos restituem o valor recebido e se tornam doadores para perpetuar o trabalho da Estudar

Cultura da retribuiçāo

moral – não uma obrigação legal, propriamente.

Em 2015, o engajamento financeiro de bolsistas veteranos (seja como restituição da bolsa ou como doação) foi de quase R$ 750 mil. Para 2016, meta é chegar a R$ 1 milhão. Considera-se doação todo valor que ultrapassa a quantia total da bolsa recebida, acrescida de correção monetária. Muitos se tornam doadores logo após ressarcir a bolsa. “Nosso desafio é que, em determinado momento, a comunidade de bolsistas se torne autossustentável”, explica Victor Casagrande, analista de relacionamento institucional da Estudar. Neste ano, o valor investido pela organização no Programa de Bolsas será de R$ 1,7 milhão. Até hoje, dos mais de 600 bolsistas da Estudar, 299 já se tornaram restituintes ou doadores. Muitos outros ainda estão empreendendo e afirmam que planejam restituir e doar nos próximos anos. “Percebo um sentimento forte de gratidão”, afirma Victor.


“É um consenso entre eles que os benefícios que

Innova Capital, não há nada mais estimulante do que

recebem da Estudar são muito maiores do que a

conviver com gente talentosa e que busca a excelên-

bolsa em si”, diz. Entrar para a comunidade fun-

cia, seja qual for sua área de atuação. “Tenho enorme

ciona como um ponto de virada em suas carreiras

vontade de aprender e posso dizer que minha con-

– uma ponte para grandes universidades, mentores

vivência com a rede da Estudar sempre gerou um

inspiradores e contatos profissionais que podem

grande aprendizado, além de ótimas amizades.”

ser decisivos em suas trajetórias. Para Marcelo Parodi, bolsista de 1996, o ato de contriAs doações podem ser para livre uso da Estudar

buir está atrelado ao de receber. “O valor da doação

ou focadas em ações com as quais o doador tenha

deve ser maior do que o da bolsa recebida, já que o

mais afinidade ou ligação afetiva. É comum que os

apoio da Estudar é muito superior ao da ajuda finan-

bolsistas veteranos apoiem o próprio Programa de

ceira.” Parodi, hoje sócio-diretor da Compass Energia,

Bolsas ou os cursos de carreira da Estudar – afinal,

afirma que entrar para a comunidade de bolsistas

entre 30% e 40% dos participantes são isentos de

mudou o rumo de sua vida. “Decidi trabalhar no

custos. Pode acontecer ainda de o valor ser direcio-

mercado de energia enquanto fazia o mba, o que só

nado a um jovem bolsista em específico, cuja traje-

foi possível com a bolsa da Estudar. Além de todo

tória de vida tenha despertado a empatia do doador.

o enriquecimento que o estudo proporciona, fazer parte dessa comunidade é uma alavanca poderosa.”

Todos os anos, antigos bolsistas também participam do processo como entrevistadores, como é o

Bernardo Hees, ceo da gigante multinacional do

caso de Verônica Allende Serra. Bolsista de 1995,

ramo de alimentos Kraft Heinz, é outro bolsista

ela esteve envolvida na formação do endowment da

veterano que continua ativo. “Retribuí muito rapi-

Estudar e é uma das doadoras de maior peso da ins-

damente a minha bolsa, mas continuo a contribuir

tituição. “São os bolsistas que fazem a Fundação ser

com a Estudar, como forma de ajudar o Brasil”, diz

o que é, e deve vir de nós a capacidade de pereni-

o bolsista de 1992. Para ele, o desenvolvimento do

zar o seu impacto”, diz. “Além das bolsas, o Estudar

país está diretamente relacionado à preparação de

Fora e o Na Prática são ferramentas que beneficiam

“líderes capazes de fazer coisas extraordinárias”. O

um número enorme de jovens em todo o Brasil.”

veterano também acredita muito no futuro da organização. “Os melhores dias da Estudar ainda estão

Para ela, que fez um mba em Harvard, é sócia-fun-

por nossa frente. O futuro é maior que o passado: os

dadora da Pacific Investimentos e gestora do Fundo

próximos 25 anos serão ainda melhores.”


A

bolsa de graduação de Júlia

Evangelista

terminou

em

2013, mas o contato com a Estudar não foi interrompi-

do. A jovem administradora de Teresina concilia a carreira em construção com o papel de facilitadora dos programas presenciais da Estudar. Atuou no Laboratório e no Lab×, ambos focados

Uma das metas mais importantes da Fundação Estudar é a de jovens impactados. Alguns bolsistas veteranos tomam para si esse desafio

Cultura da multiplicaçāo

na formação de lideranças, em três regiões do país. “Acredito muito nos valores da Estudar e me tornar facilitadora foi a forma que encontrei de ajudar na difusão deles.” Para ela, também é inspiradora a convivência com outras pessoas dispostas a mudar a realidade em todos os cantos do Brasil. Assim, o trabalho voluntário funciona como uma forma de recarregar as baterias. “Sempre termino os programas maravilhada com a energia dos participantes”, afirma. “É gratificante vê-los acelerando seus projetos, da mesma forma como aconteceu comigo.” Guilherme Cintra, bolsista até 2012, aderiu à facilitação de programas presenciais desde que começaram a rodar, ainda em testes. As escolhas dele foram o Laboratório e o Imersão, que coloca o jovem em contato com o cotidiano profissional da área em que pensa atuar. “O voluntariado é uma forma de começar a retribuir tudo o que recebi da Estudar.”


Economista, Guilherme é sócio da Gera Venture

A propagação da missão da Estudar por bolsistas ve-

Capital, empresa de investimentos focada em edu-

teranos também pode ocorrer de forma estratégica.

cação no Rio de Janeiro. Para ele, facilitar o Imersão

Bolsista de pós-graduação de 2003, quando iniciou

tem a vantagem adicional de mantê-lo por perto de

seu mba no mit, nos Estados Unidos, Makoto Yokoo

novos talentos de sua área.

passou a integrar em 2016 tanto o conselho consultivo quanto o comitê executivo da Estudar. Hoje,

Outra forma de engajamento comum entre bol-

participa ativamente das decisões que definem os

sistas veteranos é a mentoria. Foi a escolha do

rumos da instituição. Makoto acumula responsabi-

também economista Pedro Henrique Fragoso, que

lidades num momento proeminente da própria car-

hoje trabalha com private equity e infraestrutura no

reira – é head de logística da Bunge no Brasil, multi-

banco BTG Pactual. O “casamento” entre mentoran-

nacional que atua nos setores agrícola, alimentício

dos e mentores é feito pela própria Estudar, e Pedro

e de bioenergia.

Henrique garante ter ficado muito satisfeito com os contatos que fez por meio do programa.

Esse esforço é uma forma de expressar gratidão. “Não tenho dúvida de que a maior parte dos rela-

“É uma relação de interesse mútuo. A cada ano, os

cionamentos que preservo hoje, profissional ou pes-

bolsistas selecionados são mais impressionantes

soalmente, foram construídos por meio da Estudar”,

– acaba sendo um processo enriquecedor também

diz. Makoto se aproximou das atividades da organi-

para o mentor”, diz ele, que se formou em 2008.

zação ajudando no processo seletivo do Programa

Oficialmente, cada mentoria dura um ano, embora

de Bolsas, mas não demorou para que aumentasse

seja comum que o contato prossiga depois disso.

a interação, como integrar o Fórum Executivo, que

Pedro Henrique já acompanhou o desenvolvimen-

na prática funciona como um processo de mentoria

to profissional de quatro bolsistas. “São pessoas de

coletiva entre bolsistas seniores.

alto potencial, pessoas para se manter por perto.” Seu comprometimento com a seleção de bolsistas Essa também é uma forma de receber bem os novos

e com o fórum era tão intenso, que o convite para

integrantes da comunidade, que o economista con-

o conselho e o comitê acabou ocorrendo organica-

sidera o bem mais precioso da Estudar. “Conheci

mente, em janeiro deste ano. “É puxado”, brinca.

meu hoje chefe por meio da comunidade; tem

“Mas, quando coloco na balança meus débitos e

gente que conseguiu sócios por meio dessa rede.

créditos com a Estudar, mesmo com as horas e a

Também há sempre quem tomou decisões impor-

energia que dedico hoje, ainda acho que recebo

tantes com base na ‘consultoria’ de seus mentores.”

mais do que contribuo.”


Conheça os bolsistas de 2016

A próxima geraçāo de multiplicadores

#graduaçāo


Alexandre Maluli, 21 anos administraçÄ€o đ&#x;Œ? insper

A 

os 15 anos, ele começou a tra-

balhar como voluntĂĄrio em

uma organização sem fins lucrativos, em que ajudou a arre-

cadar R$ 19 mil para a alimentação de uma comunidade carente e o ensino do cultivo de hortas caseiras. Dois anos depois, era o coordenador-geral dessa instituição, então com 40 membros. Nessa fase, conseguiu arrecadar R$ 110 mil para a construção de um posto de saúde comunitårio.

Alexandre fez cursos de verão na Universidade de Oxford e na Wesley College, nos Estados Unidos, e foi aceito na Universidade de Nova York, mas optou fazer sua graduação no Insper, em São Paulo. Aos 20 anos, criou a plataforma Estudar com Você, com videoaulas para o público universitårio. A startup jå arrecadou R$ 103 mil e hoje atende a cerca de 2,7 mil alunos em 10 faculdades.

O jovem, que quer se dedicar Ă transformação da educação no Brasil com o emprego da tecnologia, acredita que ser bolsista na Fundação Estudar pode ser determinante para seu sucesso. â€œĂ‰ uma rede de pessoas incrĂ­veis, tem muita gente melhor do que eu nela. O contato com essas pessoas me inspira e me motiva a querer ser melhor todo dia.â€?


Arthur Abrantes, 19 anos undergraduate đ&#x;Œ? harvard

Q 

uando decidiu estudar fora,

Arthur nĂŁo falava inglĂŞs. Filho de uma tĂŠcnica de enfermagem e de um me-

cânico, o adolescente estudou o idioma pela internet antes de ser aprovado em sete universidades norte-americanas – entre elas, Stanford e Harvard. Escolheu a segunda, onde farĂĄ o ciclo bĂĄsico antes de decidir qual ĂĄrea de formação vai seguir. Por enquanto, seu currĂ­culo ĂŠ eclĂŠtico. Ao longo do ensino mĂŠdio, acumulou prĂŞmios em competiçþes acadĂŞmicas, como as olimpĂ­adas nacionais de astronomia e robĂłtica. Arthur tambĂŠm foi selecionado para participar dos programas Jovens Embaixadores e Parlamento Jovem Brasileiro. NĂŁo bastasse, ministrava aulas particulares de fĂ­sica, quĂ­mica e matemĂĄtica, alĂŠm de fundar um projeto social para ensinar inglĂŞs a crianças de escolas pĂşblicas. “VocĂŞ tem que correr atrĂĄs das coisas – nĂŁo sou de dar desculpas, sou de dar um jeito.â€? Arthur quer trabalhar na iniciativa privada assim que voltar para o Brasil. Quer combinar essa experiĂŞncia aos conhecimentos adquiridos em Harvard para empreender no mĂŠdio prazo e assim contribuir para o desenvolvimento do paĂ­s.


Bruno Morato, 21 anos medicina đ&#x;Œ? usp

F 

ilho de uma mĂŁe professora e

um pai tĂŠcnico agrĂ­cola, Bruno cresceu nas cidades de Guarda-

Mor e Patos de Minas, no interior

do estado de Minas Gerais. Na adolescĂŞncia, mudouse para Belo Horizonte, para cursar o ensino mĂŠdio. Ainda no terceiro ano, foi aprovado em medicina na ufmg, na ufrj e na usp, em que escolheu estudar. No primeiro ano da graduação, formou a equipe que venceu a OlimpĂ­ada usp do Conhecimento e ajudou a refundar a empresa jĂşnior e a liga de gestĂŁo da faculdade. Bruno ajudou a criar ainda o MedTalks, evento em que ex-alunos apresentam suas histĂłrias de empreendedorismo na saĂşde. Para o estudante, sua maior qualidade ĂŠ sua capacidade de agir. “A maioria das pessoas enxerga os problemas e, muitas vezes, atĂŠ possĂ­veis soluçþes, mas ĂŠ uma minoria que soluciona os problemas e coloca a solução em prĂĄtica.â€? Depois que se formar, Bruno quer fazer mba no exterior e voltar ao Brasil para se dedicar Ă gestĂŁo em saĂşde. “Temos recursos limitados e uma população carente – esse ĂŠ o cenĂĄrio perfeito para gestores qualificados causarem uma grande impacto.â€?


Carolina Lima GuimarÄ es, 19 anos ciĂŞncia da computaĂ§Ä o đ&#x;Œ? yale

C 

arolina começou a participar

de olimpĂ­adas cientĂ­ficas aos

8 anos. E nĂŁo parou mais. No ensino mĂŠdio, a estudante

de VitĂłria, no EspĂ­rito Santo, representou o Brasil em competiçþes internacionais de astronomia no Uruguai e na IndonĂŠsia, trazendo para casa medalhas e mençþes honrosas. NĂŁo bastasse, participou de escolas de fĂŠrias de fĂ­sica, matemĂĄtica e tecnologia em instituiçþes como a usp, a Unicamp, a Universidade de Helsinki (Finlândia) e a Universidade de Jacobs (Alemanha). Em 2014, Carolina criou seu prĂłprio curso, o CĂĄlculo Zero. DisponĂ­vel na internet, a iniciativa despertou o interesse de 20 mil estudantes de pelo Brasil e teve um efeito catalisador, estimulando outros alunos a ensinarem seus colegas. Ainda no ensino mĂŠdio, desenvolveu um software didĂĄtico para uma bicicleta ergomĂŠtrica geradora de energia. “Sempre fui curiosa e quero passar esse entusiasmo adiante.â€? Em outro projeto, fez experimentos em tĂşnel de vento e simulaçþes digitais. Pelo desempenho na equipe, formada em sua maioria por alunos de graduação em engenharia, a adolescente foi convidada a apresentar um artigo seu em uma conferĂŞncia de engenharia mecânica na Argentina. Carolina começa a graduação em ciĂŞncia da computação em Yale neste ano. Quer usar a tecnologia para trabalhar com educação de impacto quando voltar ao Brasil.


Emmanuel Longa, 23 anos

engenharia mecânica đ&#x;Œ? usp/universidade tĂŠcnica de munique

E 

sse jovem baiano de Salvador

tinha apenas 17 anos quando passou no vestibular para medicina, na usp. Mas, apĂłs dois

anos de curso, percebeu que estava no caminho errado. Tomou coragem para deixar uma das graduaçþes mais concorridas do paĂ­s, a fim de prestar vestibular outra vez na mesma universidade, agora para engenharia mecânica. “A gente começa achando que a vida ĂŠ uma linha reta, mas o melhor ĂŠ vocĂŞ perceber as coisas que te inspiram e correr atrĂĄs disso, mesmo que isso signifique mudar de rumoâ€?, diz Emmanuel. Na Escola PolitĂŠcnica, da usp, ele foi aprovado para ingressar no programa de dupla diplomação da Universidade TĂŠcnica de Munique, na Alemanha. No ano passado, fez estĂĄgio na Fundação Vanzolini em um projeto de inovação para desenvolvimento de um novo equipamento hospitalar em parceria com um grande hospital de SĂŁo Paulo. O produto estĂĄ em fase de licenciamento, para que possa ser produzido em larga escala. Quando estiver de volta ao Brasil, o jovem deve fundar uma empresa de desenvolvimento de produtos. Quer contribuir para que o paĂ­s dĂŞ um salto tecnolĂłgico e passe a exportar tecnologia, em vez de praticamente apenas importar, como acontece hoje.


Gabriel Saruhashi, 18 anos ciĂŞncia da computaĂ§Ä o đ&#x;Œ? yale

G 

abriel

se

descobriu

gestor

por meio do programa educacional F1 in Schools, que

promove a maior competição

STEM (sigla em inglĂŞs para ciĂŞncias, tecnologia, engenharia e matemĂĄtica) do mundo. Gerenciou uma escuderia de oito pessoas e arrecadou R$ 50 mil em patrocĂ­nio. O time foi campeĂŁo nacional e representou o Brasil nas finais de Abu Dhabi, onde recebeu o prĂŞmio de Melhor Equipe Novata. Ele tambĂŠm fundou a ONG Letters for Learning, que conecta estudantes de inglĂŞs em comunidades pobres no Brasil, Ă?ndia e Gana por meio de trocas de cartas em inglĂŞs. O projeto jĂĄ impactou mais de 200 jovens e foi reconhecido pelo Harvard Social Innovation Collaborative, pelo Movimento Mapa Educação e pelo documentĂĄrio de empreendedorismo social “Quem Se Importaâ€?. Em 2015, foi selecionado para a Endevvr, incubadora da Universidade da Pensilvânia, na qual cofundou uma startup de educação e saĂşde. Na Universidade de Yale, em paralelo Ă graduação, Gabriel planeja se envolver com a Yale School of Management, voltada para negĂłcios. Durante as fĂŠrias de verĂŁo, quer estagiar em negĂłcios de tecnologia educacional para criar a prĂłpria startup no Brasil. “Quero ajudar o paĂ­s a superar a ideia que se tem hoje de ensino como linha de produção – cada aluno aprende de um jeito e a metodologia precisa ser adaptativa.â€?


Gabriel Toneatti Vercelli, 18 anos

biologia molecular đ&#x;Œ? princeton

A  o

longo

do

ensino

mĂŠdio,

Gabriel obteve diversas meda-

lhas em olimpĂ­adas acadĂŞmicas

– matemåtica, química, física,

informĂĄtica e astronomia. Dava aula de matemĂĄtica em nĂ­vel olĂ­mpico no ColĂŠgio Etapa, de SĂŁo Paulo, quando foi aprovado na Universidade de Princeton. Gabriel pretende desenvolver seu projeto de pesquisa sobre os efeitos do meio ambiente na evolução cognitiva atĂŠ o final da graduação. Seu plano ĂŠ fazer PhD na ĂĄrea e usar essa pesquisa como tese. Com o estudo, espera contribuir para melhorar o ensino bĂĄsico brasileiro, transformando os ambientes escolares de forma a favorecer o desenvolvimento cognitivo dos alunos. “Produtividade ĂŠ a minha caracterĂ­stica de que mais gostoâ€?, afirma. “Gosto de trabalhar com agenda cheia – acredito que, quanto mais coisas vocĂŞ faz, mais produtivo vocĂŞ fica.â€? O interesse pela influĂŞncia do ambiente na inteligĂŞncia surgiu de um trauma familiar, o adoecimento do avĂ´, vĂ­tima do Mal de Alzheimer. E tambĂŠm pela experiĂŞncia de ministrar aulas. “Adoro ensinar matemĂĄtica.â€?


Gustavo Majzoub, 20 anos

engenharia de produçÄ€o đ&#x;Œ? usp

A 

os 20 anos, ele ĂŠ o melhor aluno

da graduação. Em parceria com o Hospital Israelita Albert Eins-

tein, de SĂŁo Paulo, criou um higie-

nizador de cateter que jĂĄ estĂĄ em processo de patente. Em outro trabalho, com a Embraer, Gustavo estĂĄ desenvolvendo uma aeronave com melhores condiçþes de acessibilidade a pessoas com deficiĂŞncia. Ele nasceu na Vila Prudente, bairro da zona leste de SĂŁo Paulo. Estudou por 12 anos no ColĂŠgio JoĂŁo xxiii, sempre como o melhor aluno da turma. Seu desempenho lhe garantiu bolsa integral por todo o ensino mĂŠdio. Na faculdade, superou 6 mil pessoas na competição de inovação da quĂ­mica Henkel e conquistou um estĂĄgio de verĂŁo na organização. No ano seguinte, fez estĂĄgio de verĂŁo na ĂĄrea de câmbio do ItaĂş. Neste ano, vai para a Universidade de Stanford realizar uma pesquisa em educação no Transformative Learning Technologies Lab. “Nunca fui o aluno mais inteligente da sala, mas sempre me destaquei, por ser o que mais ralou.â€? Gustavo quer fazer mba no exterior e ajudar a melhorar a gestĂŁo de empresas no Brasil, no comando de uma private equity, instituição especializada em alavancar empresas ainda nĂŁo listadas na bolsa.


Ivan Gouvea, 23 anos

economia đ&#x;Œ? universidade da califĂłrnia

A 

os 14 anos, ele tomou uma decisĂŁo ousada: abandonar o ensino con-

vencional. "Na escola, vocĂŞ precisa se adaptar Ă velocidade das aulas,

que, para mim, nĂŁo era rĂĄpida o suficienteâ€?, diz Ivan. Desde entĂŁo, ele usa a internet como sua escola particular e customizĂĄvel. Por meio de iniciativas como a Khan Academy, organização educacional sem fins lucrativos criada pelo norte-americano/bengali Sal Khan, o jovem montou seu prĂłprio currĂ­culo escolar e fez provas para avançar os nĂ­veis educacionais necessĂĄrios atĂŠ a graduação. Ivan começou a trabalhar aos 15 anos, investindo na bolsa. TambĂŠm estagiou na farmacĂŞutica Boehringer-Ingelheim e criou a startup ZPepper, com foco em desenvolvimento de plataformas para vĂ­deos por demanda. Apaixonado por motovelocidade, Ivan começou a correr como hobby e foi bicampeĂŁo em sua categoria, mas, diante do alto custo da prĂĄtica esportiva, optou por se profissionalizar. Comandou um projeto de captação que resultou em patrocĂ­nios da P&G e U-Near. Quando voltar para o Brasil, Ivan quer conciliar a carreira na ĂĄrea financeira com o sonho de usar a tecnologia para modificar o ensino no Brasil, por meio de uma escola baseada em projetos, para que os alunos possam enxergar mais claramente a conexĂŁo dos estudos com a realidade.


JĂşlia Campos, 21 anos medicina đ&#x;Œ? usp

A 

os 21 anos, JĂşlia jĂĄ se envolveu em

pesquisas no InCor, de SĂŁo Paulo, e na Universidade de Harvard. No

primeiro, estuda genes com poten-

cial de melhorar a recuperação do coração apĂłs um infarto. Em Harvard, pesquisou o desenvolvimento de uma proteĂ­na que pode transportar outras proteĂ­nas com potencial curativo para diversas doenças graves, como o câncer e a aids. JĂşlia ĂŠ hoje uma das responsĂĄveis pelo intercâmbio entre usp e Harvard, organizando seu processo seletivo e buscando patrocĂ­nios para o programa. Nascida em Paracatu, no interior de Minas Gerais, passou no vestibular da Fuvest para medicina aos 17 anos, bem como em outras 11 faculdades para o mesmo curso. “Um valor importante para mim ĂŠ a humildade – nĂŁo me preocupo em ser a melhor, mas em fazer o meu melhor, em ser a minha melhor versĂŁo e dar a minha melhor contribuição.â€? Seu maior sonho ĂŠ fazer pesquisa de qualidade no Brasil e ajudar o paĂ­s a se tornar independente em tecnologia de saĂşde. “A Fundação Estudar ĂŠ um lugar de gente que pensa no futuroâ€?, diz. JĂşlia acredita que estar rodeada de pessoas com esse atributo farĂĄ dela uma profissional cada vez melhor.


Marcos Silva de Luca, 19 anos

engenharia aeronĂĄutica đ&#x;Œ? usp

O 

jovem paulistano cresceu em Piracicaba. “Sou apaixonado pelo interior.â€? Sempre estudou em escola pĂşblica e obteve 18 me-

dalhas em olimpĂ­adas e grupos de pesquisa. No final do ensino mĂŠdio, foi aceito em oito universidades pĂşblicas, sendo quatro em medicina e duas em primeiro lugar. Foi o caso na usp, onde estuda engenharia aeronĂĄutica. O primeiro contato com a academia ocorreu aos 13 anos, quando começou a frequentar grupos de pesquisa na Unicamp, graças ao seu desempenho em uma olimpĂ­ada de matemĂĄtica. Na faculdade, conseguiu um estĂĄgio de verĂŁo no Weizmann Institute of Science, em Israel. Foi lĂĄ que Marcos ajudou a desenvolver um microscĂłpio de precisĂŁo atĂ´mica, aos 18 anos. Ele foi o primeiro aluno de sua turma da faculdade a começar um projeto remunerado de iniciação cientĂ­fica. Isso farĂĄ com que ele possa concluir a graduação jĂĄ com tĂ­tulo de mestre. “Prezo pela excelĂŞnciaâ€?, diz. “Tudo o que faço me esforço para fazer do melhor jeito possĂ­vel.â€? Para o futuro, pensa em trabalhar com biomecânica, para desenvolver tecnologias inclusivas.


Maria Regadas, 21 anos

engenharia mecânica đ&#x;Œ? puc-rio/insa lyon

E 

ssa jovem carioca foi aprovada em

um programa de dupla diplomação no Institut Nacional des Sciences

AppliquĂŠes, em Lion, na França. É lĂĄ

que Maria vai concluir sua graduação em engenharia mecânica, iniciada na puc do Rio. Fez seu primeiro estĂĄgio de verĂŁo na Ambev – trabalhou em um projeto da ĂĄrea de Gente e GestĂŁo criado para melhorar a rotina de parte da liderança da fĂĄbrica do Novo Rio. Como seu desempenho foi considerado acima das expectativas, Maria foi convidada para retornar nas fĂŠrias seguintes. Trabalhou no projeto do Carnaval do Rio com a equipe de marketing. A estudante tambĂŠm se tornou membro do movimento Mapa Educação, em que atuou como coordenadora de conteĂşdo. Quando retornar da França, quer trabalhar na indĂşstria de bens de consumo, por apreciar a ideia de “gerar impacto em toda uma cadeia produtivaâ€?. Em paralelo, quer continuar a contribuir com projetos ligados Ă educação e tambĂŠm com a igualdade de gĂŞnero no mercado de trabalho. Considera a transparĂŞncia o seu maior valor. “NĂŁo consigo me desvirtuar da verdade. NĂŁo existe Maria sem isso.â€?


Renner Lucena, 19 anos undergraduate đ&#x;Œ? stanford

“E

 ntusiasmo Ê algo que me define

– coloco muita energia em tudo o que façoâ€?, conta o jovem maranhense de Imperatriz. Seu cur-

rĂ­culo comprova engajamento e produtividade. Renner participa de um projeto educacional que auxilia jovens de baixa renda a ingressar nos ensinos mĂŠdio e superior, jĂĄ ganhou medalhas em mais de 30 olimpĂ­adas cientĂ­ficas e passou em cerca de 20 vestibulares. O adolescente optou por engenharia eletrĂ´nica no ita, em SĂŁo JosĂŠ dos Campos (sp), a princĂ­pio, mas foi aprovado tambĂŠm pela Universidade de Stanford, que acabou sendo a escolha final. FarĂĄ o ciclo bĂĄsico antes de definir a graduação. A prĂłxima dĂŠcada, contudo, jĂĄ estĂĄ razoavelmente planejada. ApĂłs concluir a graduação em Stanford, Renner pretende trabalhar por cinco anos em grandes empresas, para desenvolver competĂŞncias de gestĂŁo – nĂŁo apenas nos Estados Unidos, mas tambĂŠm em outros paĂ­ses do exterior. Depois de acumular alguma experiĂŞncia em grandes corporaçþes internacionais – e capital prĂłprio –, Renner quer voltar para o Brasil, para empreender. Seu sonho ĂŠ deixar um legado no paĂ­s por meio de iniciativas de mercado que promovam o desenvolvimento tecnolĂłgico nacional e de projetos sociais de impacto no campo da educação.


Thomas Chadrycki, 18 anos engenharia elĂŠtrica đ&#x;Œ? columbia

A 

inda adolescente, ele começou a estudar programação e mecatrônica

por conta prĂłpria, ao mesmo tempo em que conquistava medalhas em

olimpĂ­adas de robĂłtica e astronomia. Em 2015, Thomas ajudou a criar o Harvard CS50 Rio, com aulas baseadas no curso mais famoso do mundo da computação, no qual atuou como teaching fellow. Thomas tambĂŠm desenvolveu um aplicativo para celular para ajudar estudantes brasileiros a obter melhores resultados no Exame Nacional do Ensino MĂŠdio. Em apenas trĂŞs meses, o app Enem QDD obteve aproximadamente 250 mil acessos. Atualmente, Thomas trabalha na consultoria especializada no mercado esportivo Go4it, elaborando planos estratĂŠgicos para acelerar o crescimento de investimentos no setor de tecnologia. Assim que concluiu o ensino mĂŠdio, passou entre os primeiros colocados para engenharia na ufrj, mas tambĂŠm em dez faculdades americanas de grande prestĂ­gio, inclusive recebendo ofertas de bolsas por mĂŠrito acadĂŞmico. Decidiu cursar engenharia elĂŠtrica na Universidade de Columbia, em Nova York. Na instituição, pretende aproveitar o incentivo Ă interdisciplinaridade e cursar “minorsâ€? em ciĂŞncia da computação e engenharia financeira. “Pretendo formar uma empresa que possa aumentar a relevância do Brasil no cenĂĄrio mundial da inovação.â€?


Vinicius Gaby, 19 anos

biotecnologia đ&#x;Œ? michigan

N 

ascido em CuiabĂĄ (mt) e criado em Porto Velho (ro), em uma

famĂ­lia com poucos recursos financeiros, Vinicius obteve seu

certificado de proficiĂŞncia em inglĂŞs aos 14 anos. Em seguida, conquistou uma bolsa integral em um colĂŠgio particular de SĂŁo Paulo, para cursar o ensino mĂŠdio. Passou a morar em um alojamento. O sacrifĂ­cio foi recompensado. Vinicius passou em 18 universidades brasileiras e trĂŞs norte-americanas. Hoje, estuda medicina na usp e pesquisa sobre cĂŠlulas-tronco no Hospital das ClĂ­nicas. Durante a graduação, Vinicius tambĂŠm fundou o projeto social PASSEI!, pensado para auxiliar estudantes de baixa renda a ingressar em universidades pĂşblicas. Por meio do programa de aceleração 3 Day Startup, estĂĄ trabalhando em um negĂłcio para desenvolvimento de baixo custo de equipamentos de diagnĂłstico. Depois de estudar biotecnologia na Universidade de Michigan, o jovem pretende voltar para o Brasil e fundar uma empresa focada no desenvolvimento rĂĄpido de pesquisas para a produção de equipamentos biotecnolĂłgicos de baixo custo. “As dificuldades financeiras pelas quais minha famĂ­lia passou, bem como a minha paixĂŁo pelas ciĂŞncias, despertaram em mim a vontade de proporcionar mais bem-estar Ă população.â€?


Conheça os bolsistas de 2016

A próxima geraçāo de multiplicadores

#pós-graduaçāo


AndrĂŠ Mocarzel Ramos, 27 anos

mestrado em polĂ­ticas pĂşblicas đ&#x;Œ? harvard

“M 

eu sonho ĂŠ ajudar a fazer do

Brasil um lugar melhor para se viver, por meio da minha

årea, o setor de energia.� Como

consultor, no Brasil e no exterior, AndrĂŠ jĂĄ atendeu mais de 10 clientes da indĂşstria energĂŠtica nos Ăşltimos cinco anos. Iniciou a carreira como estagiĂĄrio na Shell. Ainda na faculdade, migrou para a SBC, consultoria com foco em energia (entĂŁo, recĂŠm-aberta no Brasil). Recentemente, foi convidado a se juntar Ă McKinsey & Company, tambĂŠm para trabalhar com petrĂłleo e gĂĄs. ApĂłs o mestrado em polĂ­ticas pĂşblicas na Universidade de Harvard, AndrĂŠ pretende retornar ao Brasil, para atuar como ponte entre a indĂşstria de energia e o setor pĂşblico. No longo prazo, pretende chegar a uma posição de liderança no MinistĂŠrio de Minas e Energia, para ajudar a promover o desenvolvimento do paĂ­s. AndrĂŠ vem de uma famĂ­lia de classe mĂŠdia de NiterĂłi. Aos 15 anos, foi aceito em um programa de intercâmbio, que o levou a estudar por um ano em Ohio, no nordeste dos Estados Unidos. De volta ao Brasil, formou-se em Engenharia Mecânica no Instituto Militar de Engenharia, no Rio de Janeiro. “A coisa mais importante quando se tem um sonho ambicioso ĂŠ ser leal a issoâ€? diz. “E aliar persistĂŞncia a essa lealdadeâ€?, completa.


Antonio Ermirio de Moraes Neto, 30 anos msx program đ&#x;Œ? stanford

D 

esde cedo, Antonio Ermirio de

Moraes Neto sonhava em em-

preender com negĂłcios de alto impacto social. “Meus colegas de

faculdade falavam em conquistar R$ 1 milhĂŁo antes dos 30 – a minha meta era impactar um milhĂŁo de pessoas com essa idade.â€? Aos 29, tinha conseguido 20 vezes isso. Cursando Administração PĂşblica na fgv em SĂŁo Paulo, recebeu o prĂŞmio Goldman Sachs Global Leader, dado a 100 jovens das 50 melhores universidades do mundo pelo desempenho acadĂŞmico e potencial de liderança. Fez uma viagem de estudos sobre negĂłcios sociais Ă Ă?ndia, que culminou na autoria de um longa-metragem internacional. É membro do conselho do Global Agenda Council do FĂłrum EconĂ´mico Mundial e do Global Impact Investing Steering Group do G8. Em 2009, Antonio mostrou, mais uma vez, que nĂŁo se contentaria com o papel de herdeiro (sua famĂ­lia ĂŠ proprietĂĄria do Grupo Votorantim). Cofundou a Vox Capital, o primeiro fundo de investimentos de impacto social do Brasil, e foi nomeado pelo Financial Times como um dos “15 Brazilians to Watchâ€?. Dentro dos prĂłximos cinco anos, pretende aumentar o alcance de seus investimentos de 20 milhĂľes para 100 milhĂľes de pessoas, combinando impacto social e com retorno financeiro. Para ele, o mestrado na Universidade de Stanford o ajudarĂĄ a alavancar esse objetivo.


Gabriela Weiss Lemes, 27 anos mba đ&#x;Œ? harvard

A 

inda adolescente, a mineira de

Poços de Caldas ganhou uma bolsa integral no coc Sistema de Ensino.

Passou em engenharia mecânica

aeronĂĄutica no ita, foi presidente da ComissĂŁo de EstĂĄgios e Empregos, participou da Empresa JĂşnior de Engenharia e deu aulas de inglĂŞs em escolas pĂşblicas de SĂŁo JosĂŠ dos Campos. TambĂŠm foi escolhida pelo US Institutes for Student Leaders para promover relaçþes internacionais com paĂ­ses emergentes e selecionada para o World Business Dialogue, na Alemanha. HĂĄ quatro anos, trabalha na Advent International, onde começou como estagiĂĄria e jĂĄ acumulou experiĂŞncia em varejo (com a aquisição da camisaria Dudalina), tecnologia (com compra da distribuidora Allied) e, nos Ăşltimos anos, saĂşde. A aquisição de parte da lĂ­der em diagnĂłsticos Fleury foi um ponto de inflexĂŁo: Gabriela participou das decisĂľes estratĂŠgicas para melhorar o desempenho da empresa. Hoje, a Fleury bate seu recorde histĂłrico de rentabilidade. A aproximação com o setor trouxe Ă tona problemas da sociedade com os quais Gabriela pretende se envolver mais, como a falta de capilaridade da medicina diagnĂłstica. Em seu mba, deve desenvolver uma solução para tornar mais abrangente a prevenção de doenças no Brasil. “O paĂ­s tem muitos gargalos – quero desenvolver um modelo de negĂłcios para ampliar o alcance de diagnĂłsticos e tratamentos.â€?


Gustavo Vaz, 28 anos mba đ&#x;Œ? harvard

A 

o longo da faculdade de enge-

nharia, Gustavo testou possibilidades: foi professor de um curso

prĂŠ-vestibular comunitĂĄrio, deu

aulas particulares para alunos do ensino mĂŠdio, atuou como assistente voluntĂĄrio de meditação e liderou um projeto social de otimização de recursos naturais de uma comunidade caiçara em Paraty. E fez trĂŞs estĂĄgios. Formado, tornou-se consultor na Gradus, onde participou de projetos voltados para o aumento de eficiĂŞncia, seja reduzindo despesas fixas, otimizando processos ou aumentando as receitas de clientes importantes, como os grupos Globo e Suzano. “Um dos valores mais importantes que carrego comigo ĂŠ a vontade de me superar sempreâ€?, diz. Em 2011, ganhou um prĂŞmio de inovação por um modelo matemĂĄtico criado para otimizar a compra de energia para indĂşstrias de grande porte. Na sequĂŞncia, Gustavo decidiu abrir mĂŁo de metade do salĂĄrio e se juntar ao time fundador da Easy Taxi, como o nono funcionĂĄrio da empresa. Ele deseja dedicar sua carreira ao empreendedorismo. “Quero continuar a gerar impacto positivo na vida das pessoas, mas com um alcance ainda maior.â€? Com sua experiĂŞncia na Easy Taxi, a formação de Harvard e rede da Fundação Estudar, Gustavo espera se tornar referĂŞncia nas indĂşstrias em que atuar.


JoÄ o Avelino, 26 anos mba đ&#x;Œ? stanford

J 

oĂŁo organizou um movimento que levou

quase 15 mil pessoas Ă s ruas, em 2011, em protesto contra desvios nos gastos

das obras da Copa do Mundo. A ma-

nifestação culminou na renĂşncia do presidente do comitĂŞ organizador. Na ĂŠpoca dos protestos, o paulistano JoĂŁo Avelino tinha apenas 21 anos. Formado em economia pela usp, começou a carreira no Instituto PĂłlis, integrando uma pesquisa liderada pela onu. Em 2013, ingressou na consultoria McKinsey & Company. “Foi uma experiĂŞncia importante. Pude circular pelo Brasil e adquirir o ferramental para começar a transformar o paĂ­s.â€? Em paralelo ao trabalho de consultor, liderou um programa voluntĂĄrio em parceria com a organização internacional Ashoka, no qual consultores atuavam como mentores de jovens empreendedores sociais. Recentemente, atuou como um dos lĂ­deres da equipe da Prefeitura de SĂŁo Paulo responsĂĄvel por regulamentar o aplicativo Uber. Com o apoio da Fundação Estudar, JoĂŁo vai realizar seu mba na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Quer voltar para o Brasil para trabalhar com investimentos de impacto social. No longo prazo, pretende criar um fundo especializado nessa modalidade.


JoÄ o Sigora, 27 anos

mestrado em polĂ­ticas pĂşblicas đ&#x;Œ? oxford

E 

le se dedica ao estudo da pobreza e do desenvolvimento desde a gra-

duação – formou-se em relaçþes internacionais pela UnB. Durante o

curso, participou do movimento estudantil, coordenou um projeto social que beneficiava centenas de crianças, e recebeu a bolsa Futuros LĂ­deres nas AmĂŠricas, concedida pelo governo do CanadĂĄ, para estudar no paĂ­s. No Ăşltimo ano de faculdade, JoĂŁo organizou um livro e liderou a organização de uma conferĂŞncia internacional sobre desenvolvimento, com o apoio da UnB e da onu. Em 2015, representou a universidade no Hult Prize, competição de negĂłcios sociais promovida pela fundação do ex-presidente Bill Clinton. Na final regional do prĂŞmio em Dubai, a proposta da sua equipe foi escolhida uma das seis melhores ideias para transformar a educação de primeira infância em favelas urbanas. Ao longo da graduação, estagiou na Confederação Nacional da IndĂşstria e na principal agĂŞncia de promoção comercial britânica, o UK Trade & Investment. Em 2011, fez trabalho voluntĂĄrio no Camboja, apoiando uma organização local dedicada ao monitoramento de conflitos de terra. Desde 2013, ĂŠ servidor concursado no MinistĂŠrio do Desenvolvimento Social e AgrĂĄrio (mdsa). Em menos de 3 anos, foi promovido duas vezes e atualmente ĂŠ subchefe da ĂĄrea internacional. “Quero me tornar uma liderança no setor pĂşblico, para ajudar a tornar a sociedade brasileira mais justa.â€?


LetĂ­cia Queiroz, 33 anos

mestrado em educaçÄ€o đ&#x;Œ? harvard

E 

la começou pela medicina, mas migrou para a administração. Fez

pĂłs em gestĂŁo, mas vai dedicar o mestrado Ă educação – e garante

que agora se encontrou. “Fui percebendo aos poucos que meu propĂłsito nĂŁo era curar pessoas, mas ajudĂĄ-las em seu desenvolvimento. Por isso minha carreira nĂŁo foi linearâ€?. LetĂ­cia criou com o marido a plataforma educacional Unicoo, destinada a auxiliar pais e cuidadores no ensino de valores a crianças pequenas. “Sinto que Harvard vai ser um ponto de inflexĂŁo na minha vidaâ€?, diz. “Os maiores especialistas em primeira infância do mundo serĂŁo meus professores.â€? Seu maior sonho ĂŠ que sua plataforma conquiste escala e atinja cada vez mais pessoas. Na graduação, foi diretora da Empresa JĂşnior. ApĂłs uma rĂĄpida carreira no mercado financeiro, foi convidada a liderar a equipe de busca e seleção de empreendedores da Endeavor, na qual conseguiu alinhar seu propĂłsito de vida com uma cultura de sonho grande e foco no resultado. Em seguida, foi promovida a Diretora de Operaçþes. Nessa função, ganhou o prĂŞmio de “Pessoa do Anoâ€? durante 3 anos consecutivos. ApĂłs 7 anos de Endeavor, LetĂ­cia chegou a ser cotada para a diretoria geral, mas decidiu se dedicar integralmente ao Unicoo.


Lucas Giannini, 27 anos

mba e mestrado em educaçÄ€o đ&#x;Œ? stanford

E 

m 2010, ele foi selecionado pelo

governo da Coreia do Sul como lĂ­der

jovem global de paĂ­ses em desen-

volvimento e recebeu bolsa integral

para participar do programa de liderança da Universidade de Woosuk. No ano seguinte, fez intercâmbios acadĂŞmicos em Paris e Madri, com bolsa por mĂŠrito paga pelo banco Santander. Em 2012, se formou como o melhor aluno de sua turma, no curso de economia da usp. Lucas começou sua carreira com um estĂĄgio de verĂŁo no escritĂłrio do Google na PolĂ´nia. De volta ao Brasil, fez novos estĂĄgios – outra vez no Google e no Goldman Sachs. Assim que se formou, ingressou no Boston Consulting Group, executando projetos de consultoria em temas variados – estratĂŠgia, desenvolvimento organizacional e eficiĂŞncia operacional – e tambĂŠm em ĂĄreas diversas – energia, bens de consumo e educação. Ao mesmo tempo, liderou projetos de coaching e mentoria para negĂłcios sociais dentro da empresa. Licenciou-se para atuar no Instituto Natura, em que apoiou a criação do Centro de Inovação para a Educação e estabeleceu parcerias com o MinistĂŠrio da Educação e com a Fundação Lemann. Seu maior sonho ĂŠ contribuir para a redução da desigualdade de oportunidades no Brasil. “De preferĂŞncia, focando em inovação na educação bĂĄsica.â€? ApĂłs se formar em Stanford, planeja voltar ao Brasil para atuar diretamente com polĂ­ticas educacionais de larga escala.


Mateus Taveira, 24 anos

pĂłs-doutorado em biologia do câncer đ&#x;Œ? harvard

A 

inclinação para a liderança despon-

tou ainda na graduação. Enquanto cursava medicina na Unicamp,

Mateus foi um dos diretores-exe-

cutivos do Centro AcadĂŞmico Adolfo Lutz. Fez estĂĄgios no Brasil (Centro de Controle de Intoxicaçþes) e no exterior (nos hospitais de Harvard e Yale). Foi tambĂŠm pesquisador bolsista da fapesp junto ao Instituto Brasileiro de NeurociĂŞncia e Neurotecnologia. Em 2016, jĂĄ com o tĂ­tulo de mĂŠdico, Mateus iniciou seu pĂłs-doutorado (o curso de medicina brasileiro equivale ao tĂ­tulo acadĂŞmico de doutor nos Estados Unidos) no Beth Israel Deaconess Medical Center, de Harvard, onde investiga novos tratamentos para câncer de mama e mecanismos de resistĂŞncia a terapias-alvo. “Diante de um obstĂĄculo, eu sempre me pergunto: ‘Por que nĂŁo?’ Esse hĂĄbito de explorar certezas sempre me garantiu uma visĂŁo mais crĂ­tica das coisas.â€? Mateus pretende voltar ao Brasil apĂłs a experiĂŞncia em Harvard. Quer coordenar um centro de pesquisa e prĂĄtica oncolĂłgica. “Esse modelo que pensa na pesquisa como forma de tratamento ĂŠ muito comum nos Estados Unidos, mas ainda nĂŁo ĂŠ uma realidade no Brasilâ€?. Se tudo sair como planejado, Mateus terĂĄ o tĂ­tulo de pĂłs-doutorado aos 26 anos.


Rodolfo Benevenuto, 28 anos phd em engenharia đ&#x;Œ? trinity/mit

R 

odolfo começou a carreira esta-

giando em um påtio de manutenção ferroviåria da cptm. Era o início

de uma paixĂŁo pelos transportes.

Ainda na graduação, prestou serviços Ă empresa responsĂĄvel pelos projetos dos metrĂ´s de Curitiba e Fortaleza. Ao final do curso, jĂĄ era engenheiro residente da fĂĄbrica de trens do consĂłrcio Tejofran Bombardier. Em 2012, entregou cinco novos trens para a Linha 1 – Azul do metrĂ´ de SĂŁo Paulo. No ano seguinte, passou a liderar um time de mais de 70 pessoas na construção da estação Adolfo Pinheiro. Hoje, atua como engenheiro especialista no megaprojeto da Linha 6 – Laranja. Rodolfo farĂĄ doutorado em um programa de parceria entre a Trinity College Dublin, na Irlanda, e o mit, nos Estados Unidos, na ĂĄrea de engenharia de transportes. Seu objetivo ĂŠ desenvolver um projeto de anĂĄlise e planejamento do sistema de transporte nacional, com foco na contribuição desse setor para a erradicação da pobreza extrema no Brasil. “A falta de acesso a hospitais e a outros serviços essenciais pode ser muito mais impactante do que a baixa renda em siâ€?, afirma. ApĂłs o doutorado, ele quer se inserir no planejamento dos transportes das regiĂľes Norte e Nordeste do Brasil, para trabalhar diretamente nas ĂĄreas mais afetadas pela pobreza extrema no paĂ­s.


Talita Nascimento 29 anos

mestrado em educaçÄ€o e desenvolvimento đ&#x;Œ? columbia

P 

assar em direito numa famosa

universidade

particular

de

SĂŁo

Paulo foi uma grande conquista –

Talita sempre estudou em escolas

de baixa qualidade. Mas seu sonho era passar na usp. A paulistana fez entĂŁo mais um ano de cursinho e passou. NĂŁo apenas na usp, mas em outras duas universidades pĂşblicas de prestĂ­gio, Unesp e Unicamp. Optou pelo sonho original. Na graduação, participou de um projeto educacional na comunidade de ParaisĂłpolis, em SĂŁo Paulo. TambĂŠm foi presidente do centro acadĂŞmico. Durante sua gestĂŁo, organizou um fundo para o qual arrecadou R$ 8 milhĂľes, destinados ao financiamento de açþes sociais, como uma clĂ­nica de direitos humanos e um escritĂłrio de assistĂŞncia jurĂ­dica gratuita. Formada, Talita passou no processo seletivo do banco BTG Pactual. ApĂłs dois anos no banco, pediu demissĂŁo e foi trabalhar no MinistĂŠrio da Educação com polĂ­ticas pĂşblicas. “Para mim, correr riscos ĂŠ muito importante. Se vocĂŞ tem um sonho, nĂŁo hĂĄ por que esperar.â€? Talita foi coordenadora de legislação do ensino superior no mec e trabalhou na elaboração de polĂ­ticas pĂşblicas de impacto, como as de acesso Ă universidade e ensino a distância. Aprovada na Universidade de Columbia, seu objetivo ĂŠ estudar polĂ­ticas educacionais de diferentes paĂ­ses, para contribuir com a melhoria da educação bĂĄsica do Brasil – especificamente, na formação de professores.


Bolsistas que quitaram bolsa Marcelo Sanchez Martins [1998] pós-graduação – harvard Fernando Augusto P. Machado [1999] pós-graduação - harvard Theo Sábio Leopardi [2000] graduação - insper André Luiz Merlino de Freitas [2002] intercâmbio - manitoba Fernando Castro de C. Roriz [2006] intercâmbio - chicago Silvia Domit [2006] pós-graduação - lse Caio Graco Silva Fernandes [2007] graduação - ita Gilberto dos Santos Giuzio [2008] graduação - ita Letícia Cancela De Oliveira [2008] graduação - joão pinheiro Adam Alves [2009] graduação - ita Alessandra Cristina F. Porto [2009] graduação – ita Ivan Santos Moura [2009] graduação - eaesp - fgv Flavia Deutsch [2010] pós-graduação - stanford Paulo Ricardo de S. Costa [2010] graduação - yale Rafael Oliveira dos Santos [2010] intercâmbio - stuttgart Ronaldo Benevides Veloso [2010] graduação – ita

Cássio Kendi Takamori [2011] graduação – ita Felipe Diogo Camêlo [2011] graduação – fgv Renan Rios Diniz [2011] graduação – ita Ana Flávia Sousa Ramos [2012] graduação - joão pinheiro Leonardo Prado Damião [2012] intercâmbio - sciences po paris João Lucas de Lima Pinheiro [2013] graduação - ita Lucas Nóbrega [2014] graduação - usp Gustavo Cellet Marques [2015] graduação – ita

Doadores Pessoas Jurídicas mantenedores Ambev BTG Pactual FALCONI diamante [doações acima de r$ 150.000,00]

Fundação Brava Fundação Lemann Itaú platina [entre r$ 50.000,00 – 149.999,99]

Fundação Arymax GP Investments Instituto Votorantim ouro [entre R$ 30.000,00 – 49.999,99]

Benchimol Irmão & Cia ltda

bronze [entre r$ 10.000,00 – 29.999,99]

Nove Dragões Acessórios de Moda Rumo ALL

Doadores Pessoas Físicas diamante [acima de r$ 50.000,00]

Bernardo Vieira Hees Carlos Alves de Brito Claudio José Carvalho de Andrade Daniel Abbud Sarquis Aiex João Maurício G. de Castro Neves platina [entre r$ 20.000,00 – 49.999,99]

André Street Antônio Brennand Cecília de Paula M. Sicupira Luciana Hall Marcelo Faria Parodi Paulo Thiago Passoni Pedro Vieira Lima de Albuquerque Verônica Allende Serra ouro [entre r$ 5.000,00 – 19.999,99]

Adam Alves Adelmo Hideyoshi Inamura Allan Aguiar Bastos Ana Paula Martinez André Reginato Angelica Nassour Arthur Lazarte Augusto Alves Tannure Bruno Pessôa Serapião Cauê Costa Moreira Amaral Fábio Alexandre Jung Fernando Augusto P. Machado Gabriel Feijó Oliveira Gabriel Felzenszwalb Helena Sicupira


João Miranda de O. R. Brandão Joaquim Pedro Andrés Ribeiro Leticia Lazaridis Goldberg Lucas Santos Rodas Luis Soares Luis Stuhlberger Marcelo Medeiros Marcelo Santos Barbosa Mauricio Bittencourt Mauricio Lafer Chaves Mauricio Luis Luchetti Patricia Broggi Bonchristiano Paulo Cezar Aragão Pedro Wongtschowski Peter Byrd Rodenbeck Renato Proença P. de Toledo Ricardo Augusto Gallo Ricardo Marques Garcias Ricardo Pereira de Almeida Rosiane Pecora Rubens Henriques Samuel Elia Sérgio Messias Pedreiro Thiago Picolo Victor Lassance Oliveira e Silva Victor Lazarte Victor Valadão Bicalho Wolff Klabin prata [entre r$ 1.000,00 – 4.999,99]

Adrian Flaksbaum Moll Alexandre Ferraz de Marinis Amaury Martins Takaki Antonio Augusto Barboza Pinto Antônio Vicente La Camera Ary Cera Zanetta Neto Bianca Viana Bastos Carlos Eduardo O. Vasconcellos Carlos Fernando Vieira Gambôa Colin Butterfield Cristiane Correa Cristiane Lemos Eduardo Faria De Carvalho

Emy Shayo Cherman Eric Campos de C. Dubugras Felipe Bomfim Ferreira Fernando Beyruti Fernando Quintana Merino Fernando Russo Fernando Spnola Flavia Deutsch Gil Faiwichow Jayme Chataque de Moraes Lissa Collins Fossen Luis Felipe Dau Luiz Claudio Guido Valmont Luiz Francisco Guerra Luiz Gustavo Mariano Makoto Yokoo Marcelo Amaral Moraes Márcia Andrea de Almeida Wolff Marco Aurélio Macedo Martha Castilho Paulo Haroldo Mannheimer Paulo Salles Pedro Paulo Marchi Ricardo Alário Arantes Ricardo Taboaco Rodolfo Aranha Alves Barreto Ronaldo Caselli Sara Alexandra F. Sousa Delfim Sérgio Luiz Guedes D’Ávila Silvia Molinar de Almeida Stephanie Mayorkis Betenson Tiago Lafer Vera Lúcia B. Alves Frascino Vicente Matheus Moreira Zuffo Wesley Lúcio Cavalcante Melo

Parceiros estratégicos Falconi Consultores de Resultado Vella Pugliese Buosi e Guidoni Advogados

Parceiros operacionais 7 Legal Coworking - Brasília, df ABA Global Education - Recife, pe Acelere.me - Brasília, df AIESEC AMBEV Bain & Company Beta Coworking - Curitiba, pr Brasa Brasil Júnior BTG Pactual Cindes Jovem, Cuiabá, mt Col. Farroupilha - Porto Alegre, rs Colégio Militar - Porto Alegre, rs Colégio Motivo - Recife, pe Colégio pH - Rio de Janeiro, rj Coligação CREA Jr. Cubo Coworking - São Paulo, sp Cultura Inglesa Escola Eleva - Rio de Janeiro, rj Espaço FB Ideias – Fac. Farias Brito Fortaleza, ce Faci Devry - Belém, pa Fac. Baiana de Direito -Salvador, ba Fac. Estácio de Sá - Curitiba, pr Fac. Estácio de Sá - Rio de Janeiro, rj Fac. Pitágoras - Belo Horizonte, mg Falconi Consultores de Resultado FEA-USP - São Paulo, sp FECAP - São Paulo, sp FK Partners FLOW Executive Finders FUCAPE - Vitória, es Fundação Dom Cabral Fundação Getúlio Vargas, sp Fundação Lemann Ibmec - Belo Horizonte, mg Ibmec - Rio de Janeiro, rj IDAAM - Manaus, am Impulso Beta


Insigna Consultoria Instituto Singularidades São Paulo, sp LAE International Studies Brasil Localiza Mackenzie - São Paulo, sp Nex Coworking - Curitiba, pr Pensi Tijuca - Rio de Janeiro, rj Plug Coworking Rede CsF REDE+ Coworking - Salvador, ba Rotaract SEBRAE - Florianópolis, sc The Plant Coworking Belo Horizonte, mg UFG - Goiânia, go

Conselho presidente

Marcelo Barbosa conselheiros vitalícios

Beto Sicupira Jorge Paulo Lemann Marcel Telles comitê executivo

Florian Bartunek Makoto Yokoo Renato Mazzola membros

Anna Victoria Lemann Antonio Bonchristiano Bernardo Paiva Cecília Sicupira Mateus Bandeira Paulo Cezar Aragão

Time Ailton Cunha Amanda Rodrigues Anamaíra Spaggiari Andressa Duarte Augusto de Lahóz Bernardo Jaber Bruna Esculachio Bruno Pedroso Camila Bellato Carolina Lyrio Carolina Siqueira Cecília Araújo Cecília Sousa Cinthia Silva Cláudio Buarque Daniela Lemes Eduardo Curzel Fabio Rodrigues Felippe Hiroyuki Frederico Beneti Gabriel Giordano Juliana Maras Katrin Krebs Leonardo Boz Leonardo Gomes Luís Galdino Marco Túlio Freire Marcos Juncken Marcos Torres Maria Eduarda Martins Marina Andrade Marina Garcia Marina Zafra Michelle Fidelholc Millor Machado Nathalia Bustamante

Pablo Sivila Pâmela Soares Rafael Carvalho Rômulo Bechtlufft Shirley Canabrava Thainá Tavares Thamires Mirolli Tiago Mitraud Tito Ferraz Vanessa Brustolin Victor Casagrande Vinícius Estrela




O

Relatório Anual da Funda-

É por isso que, após 25 anos de resultados cada vez

ção Estudar tem servido, ano

mais animadores, lançamos nosso olhar para o futu-

após ano, para apresentar

ro e para nossos próximos objetivos com confiança

nossas conquistas e mostrar

em nossa capacidade de fazer sempre mais e melhor.

os passos dados na direção do sonho – grande, como não poderia deixar de ser – de transformar o Brasil

Há exatos vinte anos, como bolsista recém sele-

através da ação de jovens extraordinários. Fazer

cionado, participava de minha primeira Reunião

parte das histórias desses jovens, seja apoiando seus

Anual, ainda sem saber que o valor da bolsa que

estudos e suas decisões de carreira, seja lhes apre-

recebi seria, na verdade, apenas uma das formas de

sentando a outros jovens e incentivando sua atuação

apoio que receberia da Fundação Estudar. Em pouco

coletiva é o que nos motiva diariamente.

tempo, fui percebendo as infinitas possibilidades de aprendizado com tanta gente boa e disposta a com-

A preparação deste Relatório, portanto, acontece

partilhar experiências e a ajudar mais gente a se pre-

diariamente, e conta com cada integrante de nosso

parar para por na prática suas ideias. Essa cultura,

competente time, cada bolsista e ex-bolsista que

impregnada por nossos valores, contamina a todos

se engaja nas nossas atividades, cada parceiro que

os que não têm medo de ambicionar.

apoia nossos produtos das mais diversas formas, cada jovem que participa de nossos programas, co-

Hoje, em nome do Conselho Curador, agradeço a

nhece nosso conteúdo e nele se inspira.

cada um que participou de nossa história. E, sabedor da capacidade de nosso time e nossa comunida-

Em 2016, de 59.572 inscritos em programas de gra-

de de ex-bolsistas, parceiros e colaboradores, tenho

duação e pós-graduação, nosso Programa de Bolsas

certeza de que nenhum desafio que se colocar entre

selecionou 26 candidatos. Nossos programas presen-

a Estudar e suas metas será insuperável.

ciais, hoje presentes em todos os Estados Brasileiros, impactarão mais de 18.000 jovens, o que supera o histórico até 2015. E o conteúdo que disponibilizamos em nossos canais, que até 2015 haviam atingido 8,9 milhões de pessoas, deverão atingir, em 2016, número superior a 11 milhões.

marcelo barbosa presidente do conselho curador


textos leandro quintanilha edição cecília araújo projeto gráfico danilo de paulo fotos acervo institucional, fabiano accorsi, raoni maddalena fontes real, pmn caecilia impresso na pancrom, julho de 2016



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