Meninos da Linha 11

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REVISTA DE JOGO

Meninos da linha

Ouro sobre Azul

Ficha Técnica

Diretor: António Nobre

Editor: João Carreira

Fotografia:

Carla Branco

Catarina Santana

Colure Sports

Manuel Torgal

Pedro Zenkl

Design Gráfico: Colure Sports & Manuel Torgal

APRESENTAÇÃO

Reta final

Chegamos a mais uma jornada da Liga Portugal Betclic, porém, o Dia da Mãe, que se assinala amanhã, 4 de maio, será sempre mais importante, pelo que, desde já, deixamos um abraço especial a todas as mães, em especial às estorilistas.

Nesta edição da revista Meninos da Linha, falámos com Bernardo Fernandes, fundador da agência criativa, Colure Sports, que ajudou a idealizar a camisola de homenagem a Ayrton Senna, sobre o impacto que o lançamento do quarto equipamento do clube teve a nível mundial.

Edição nº 11

Propriedade

Estoril Praia - Futebol, SAD

Impressão oferecida: Lux Properties www.estorilpraia.pt

Fomos, também, conhecer as inúmeras histórias do sempre bem-disposto, Steve Wayne, sócio 269 do Estoril Praia e o seu apelo ao apoio à equipa local, mesmo sendo esta a sua “vila adotiva”, pois chegou a Portugal, em 1973, oriundo de Inglaterra.

Não menos importante, tivemos ainda tempo para marcar pontos em conversa com a mais recente convocada para os trabalhos da seleção nacional de sub-17 de voleibol feminino, a canarinha, Catarina Serrano.

Que role a bola!

Palmarés

Segunda Liga Portuguesa: 2003/04, 2011/12, 2020/21

II Divisão: 1941/42, 1943/44, 1945/46, 1974/75

II Divisão B: 2002/03

Liguilha II/III Divisão: 1957/58

AF Lisboa 2ª Divisão: 1961/62, 1968/69

Liga Revelação: 2020/21, 2021/22, 2023/24

Taça Revelação: 2020/21, 2021/22, 2023/24

Estoril Praia News Room

cantos do mundo

O lançamento do quarto equipamento do Estoril Praia, em homenagem a Ayrton Senna, foi notícia a nível mundial, com destaque para artigos no New York Times, nos Estados Unidos, L’ Equipe, em França, Bild, na Alemanha, Globo, no Brasil ou TNT Sports, na Argentina, entre muitos outros.

Equipa feminina regressa ao

Estádio António Coimbra da Mota

O próximo jogo da equipa feminina do Estoril Praia será disputado no Estádio António Coimbra da Mota, amanhã, dia 4 de maio, pelas 17 horas, frente ao Racing Power, num regresso à Amoreira, após as receções ao CS Marítimo, SL Benfica e SC Braga.

Juniores femininas perto da subida

A equipa feminina de sub-19 do Estoril Praia recebeu e venceu o FC Alverca, por 3-0, com golos de Leonor Cruz (2) e Mia Guterres, no passado sábado e colocou-se em posição vantajosa para conquistar um lugar na elite do futebol português deste escalão na próxima temporada quando faltam dois jogos por disputar.

escola primária na Amoreira

Os estorilistas Fabricio Garcia e Pedro Carvalho, da equipa principal, juntaram-se a Maria Malta e Sara Brasil da equipa feminina e a João Carreira em representação do futsal e visitaram a Escola Básica Raul Lino, na Amoreira, onde responderam às perguntas dos jovens e distribuíram bilhetes para o jogo com o SC Braga.

Colure Sports ao volante do quarto equipamento

“O clube tem um perfil muito original.”

O mundo do futebol e da Fórmula 1 cruzaram-se de forma inesperada e emocionante com o lançamento do quarto equipamento do Estoril Praia, através de uma peça que não é apenas uma camisola, mas uma homenagem a um dos maiores ícones do desporto: Ayrton Senna. A iniciativa, desenvolvida em conjunto pelo Estoril Praia e a agência criativa Colure Sports, rapidamente ultrapassou fronteiras, tornando-se viral e recebendo elogios desde Portugal até ao Brasil, passando pelos Estados Unidos, Argentina, Índia, Espanha, Grã-Bretanha, Itália, entre outros. Conversámos com Bernardo Fernandes, fundador da agência, que nos contou como tudo começou, desde o seu regresso a casa após anos como treinador de hóquei em campo no estrangeiro, à criação da agência que está a trazer uma nova alma ao branding desportivo nacional. Estes são os bastidores do projeto que emocionou adeptos e apaixonados por Senna em todo o mundo.

“A ideia de homenagear o Ayrton Senna, nasce como uma das várias explorações criativas proveniente do rebranding que efetuámos com o clube. Nasce da relação histórica e emocional que o piloto manteve em vida, e que perdura até aos dias de hoje, com a vila e com Portugal. Para mim, pessoalmente, este projeto foi o realizar de um sonho, na tentativa de capturar e homenagear tantas lembranças de criança e que agora me parecem transversais a milhares e a milhões de pessoas”, começou por dizer. Nascido, criado e apaixonado por Cascais, o criativo esteve emigrado na Holanda e na Alemanha como treinador profissional de hóquei em campo onde, em simultâneo, foi desenvolvendo vários projetos de comunicação e marketing digital.

Esta experiência além-fronteiras, abriu os horizontes do cascalense e tornou-se “incontornável” a criação da agência. “Foi essa a origem da Colure Sports, uma agência criativa dedicada, fundamentalmente, às áreas de branding e storytelling no desporto”, realçou.

A parceria com o Estoril Praia surgiu no início desta temporada e os equipamentos principal e alternativo já têm toque criativo da agência.

Bernardo refere-se ao processo de colaboração com o clube como “ágil e construtivo”, devido à “confiança e comunicação aberta” com o diretor de marketing, António Nobre. “A preocupação era que esta camisola se distinguisse dos dois equipamentos base do Estoril Praia para esta época e conseguimo-lo através do formato pólo e dos elementos da marca e patrocínios em cor neutra, isto é, preto sobre preto, de modo a realçar os elementos Senna”, explicou.

“Se me dissessem que teríamos ¼ do alcance que tivemos, já tinha ficado contente.”

Bernardo Fernandes sublinhou ainda que “o design foi uma tentativa de tradução quase literal dos elementos visuais mais destacados do dia da primeira vitória de Ayrton Senna na Fórmula 1”. Assim sendo, é possível verificar o preto e o dourado presentes no Lotus 97T, as cores, amarelo, verde e azul, do “icónico” capacete, no canto inferior direito pode ver-se um bordado, também dourado, com a data e a silhueta do circuito do Estoril e, do lado esquerdo, a vermelho, a indicação da edição numerada, personificada no gesto que o piloto utilizou quando alcançou a reta da meta e viu a bandeira axadrezada.

O trabalho realizado em conjunto com o departamento de marketing e comunicação do Estoril Praia levou a que a iniciativa chegasse aos quatro cantos do mundo com peças jornalistícas e digitais em países como Brasil, Argentina, Estados Unidos, Índia, França, Espanha ou Grã-Bretanha. Para o criativo, a “reação, na sua globalidade, foi muito positiva”, com destaque para “o artigo no New York Times, na Globo e na Índia, assim como o facto de “algumas personalidades ligadas ao desporto terem demonstrado interesse na camisola”, como por exemplo, António Félix da Costa ou Abel Ferreira e mesmo vários jogadores que passaram pelo clube nos últimos anos.

“Se me dissessem que teríamos um quarto do alcance que tivemos, já tinha ficado contente”, disse sobre o enorme impacto mediático e digital da iniciativa.

Contudo, Bernardo Fernandes sente que ainda há um longo caminho a percorrer no que refere ao marketing no futebol nacional: “Acho que toda a área de criatividade e marketing no futebol português não é correspondente com a qualidade dos clubes, jogadores e treinadores nacionais. A marca do futebol e do desporto português em geral é bastante mal conduzida, salvo algumas excepções.”

E quando abordado sobre a continuação do trabalho com a equipa da Linha, o fundador da Colure Sports lembrou que “o Estoril Praia é um clube muito especial” e que há uma “questão sentimental e de relação com a região” que faz com que este projeto se mantenha. “Considero que o clube tem um perfil muito original e diria que, no último ano, temos contribuído para a valorização da sua marca e identidade”, garantiu.

Antes de terminar a conversa, houve ainda tempo para deixar uma mensagem aos adeptos do Estoril: “Gostaria de os parabenizar pela originalidade de apoiarem um clube como o Estoril Praia e de apelar a que comparecessem mais no estádio, porque a equipa, dentro de campo, tem-se portado de forma fantástica e a equipa fora de campo tem feito muita coisa que os deve deixar orgulhosos também!”

Canarinhos vs Águias

Historicamente, o SL Benfica, adversário desta noite, é o oponente mais difícil do Estoril Praia. Em todas as competições, em 75 jogos entre as duas equipas, os canarinhos só conseguiram cinco triunfos, frente a 56 vitórias dos lisboetas e 14 empates.

Não obstante, uma das páginas mais bonitas do emblema cascalense surgiu na temporada transata perante o Benfica, quando Bernardo Vital bateu, com sucesso, a grande penalidade que permitiu o acesso à final da Taça da Liga, após uma igualdade a uma bola.

No Estádio António Coimbra da Mota, a equipa da Linha só conseguiu duas vitórias, sendo que a maioria dos cinco triunfos foram alcançados entre os anos 40 e 50. A última vitória do Estoril Praia frente às águias, em jogo a contar para o campeonato, remonta ao ano de 1950, com o resultado a fixar-se em 2-3, em Lisboa.

Em termos de palmarés, o SL Benfica é um dos clubes com mais títulos no futebol português, com 38 triunfos da primeira divisão, tendo vencido a Liga dos Campeões da UEFA por duas ocasiões. Quanto às maiores taças do futebol nacional, os encarnados conquistaram a Taça de Portugal por 26 vezes, a Taça da Liga por oito e a Supertaça por nove.

Fundado em 1904, o Benfica tem das maiores bases de fãs de todo o mundo, rivalizando com o Bayern de Munique sobre qual o clube com maior número de associados, chegando já a números acima dos 400 mil, desde fevereiro de 2025.

A paixão de pelo clube da “sua” terra Steve Wayne

Entrevista Steve Wayne

Há histórias que nos fazem lembrar porque é que o futebol é muito mais do que um jogo. Esta é uma delas. Steve Wayne, inglês de nascimento, estorilista de coração, vive em Portugal há quase meio século e não perde uma jornada do Estoril Praia — em casa ou fora, faça sol ou trovoada, esteja o clube a lutar por um título ou por mais um ponto.

Com 79 anos, Steve é presença constante nas bancadas, nas excursões de adeptos e nas longas viagens de ida e volta em apenas um dia. Uma dedicação rara, movida por algo que nem sempre se explica, mas que se sente. Sócio 269 do Estoril Praia, o “Inglês”, como é carinhosamente conhecido pelas ruas de Cascais, lugar que conhece como a palma da sua mão, quando questionado como começou a jornada de acompanhar o Estoril Praia para todo o lado, disse simplesmente: “Gosto de futebol!”

Porém, continuou a explicar que o primeiro contacto surgiu em 1978, através do Sr. Carlos Tomás, empresário na Rua Direita e do Sr. Antunes que representava a seguradora ligada à equipa. “Oh, inglês, gostas de futebol? Vem ver o Estoril!”, e assim começou uma paixão que perdura até aos dias de hoje.

"Temos de apoiar o clube da nossa terra e a minha terra é Cascais e o Estoril."

Comecei a ir em 1978 e, no mesmo ano, tornei-me sócio. Era o número 4197 e isto é algo que me preocupa porque na última assembleia geral, falou-se em 5200, mas que não são efetivos, pois a maioria são sócios atletas. Acho que o clube tem crescido muito pouco nos últimos 40 anos. O número de modalidades e de atletas cresceu, são mil e tal miúdos a jogar, mas não são estorilistas. Vão jogando à bola, mas o pai ou a mãe gostam de um Benfica ou de um Sporting e, às tantas, leva o miúdo para Lisboa e a camisola amarela fica na gaveta”, desabafou.

Talvez incompreensível nos tempos que correm, a resistência do amor pelo clube da terra, neste caso, pela terra que o acolheu em 1973, é algo que está intrínseco na mentalidade de Steve Wayne. “Toda a gente gosta dos vencedores, não é?”, começa por perguntar. “Nós, especialmente os ingleses, gostamos muito de apoiar o ‘underdog’. O pequeno a ganhar ao grande. Basicamente, a pessoa tem de apoiar o clube da sua terra e a minha terra é Cascais, é o Estoril, portanto, não vou apoiar clubes de Lisboa, embora confesse que ia ver uns jogos do Atlético Clube de Portugal após a saída de um ex-capitão nosso, o Peixoto que foi jogar lá. Vi um ou outro jogo do Belenenses, mas como digo, o estádio era tão grande, tão vazio, tinha uma belíssima vista do rio e uma pessoa adormecia... Fora de brincadeiras, temos de apoiar o clube da nossa terra”, apelou.

"O meu sonho, que nunca consegui realizar, é conseguir ver os 34 jogos do campeonato."

Completamente imbuído do espírito estorilista, o “jovem” inglês conta que o seu sonho é conseguir ver os 34 jogos do campeonato, algo que nunca foi capaz de realizar: “Já vi todos os jogos em casa várias vezes e, vá lá, metade dos jogos fora. Como já não conduzo e, às vezes, não há excursões, não há boleia, há jogos ao domingo à noite em Barcelos, por exemplo, e ninguém vai, obviamente. Depois, fica difícil ir de transportes públicos.”

A cada partida em casa, o sócio canarinho reencontra colegas de bancada de há 40 anos, algo que o motiva, pois diz ser uma “família”, apontando ao lema do clube: “Aqui não és mais um!”

“Sem ficar em bicos dos pés, sinto que sou uma das referências para os mais jovens.”

E tal como segue o clube há tanto tempo, há inúmeras histórias que tem para contar. Desafiado para escolher as mais marcantes, Steve Wayne, sempre bem humorado, não desiludiu e recordou as viagens a Évora, Barreiro e Sacavém: “Tenho várias... Estamos na segunda divisão, apanhei o comboio, o barco, o autocarro para ver o Barreirense-Estoril Praia. A direção da altura disse: ‘Oh inglês! O que estás aqui a fazer? Como chegaste aqui?’ Eu expliquei e eles disseram que na volta para casa ia com eles, assim foi. Trouxeram-me para o Estoril. Outra foi no Sacavenense... Apanhei o comboio, depois o autocarro, andei perdido, toda a gente viu que era um “Alien” ali no bairro. ‘Oh, cota! O que estás aqui a fazer? Ando à procura do estádio’. Nesse jogo, e isto é cultural, quando chegamos ao intervalo, vejo toda a gente a correr para uma barraca e também fui. Estou a olhar, falava muito mal português, vejo os tipos pedirem uma sandes qualquer, um copo de vinho, aponto... Paguei em escudos na altura e foi a primeira vez que comi couratos. Foi marcante (risos). Havia aqui um polícia muito conhecido na zona, o Zé Grande e, nesse jogo, ele viu-me ali e disse ‘Inglês! Estás aqui!

“O Estoril Praia é uma família!”

Como vieste? Olha apanhei o comboio, o autocarro... Vens para casa connosco.’ Houve outros jogos marcantes... Em 1981, Juventude de Évora. Quem ganhasse, subia. E esta foi talvez a maior deslocação de que fiz parte. Houve uma romaria de duas ou três mil pessoas, não havia autoestrada, foi pela antiga nacional e era uma caravana de estorilistas. Na altura, as pessoas tinham menos alternativas, não havia shoppings, sporttvs, não havia Benficas ou Sportings, toda a gente foi apoiar o Estoril e ganhámos. É só histórias lindas...”

Quanto àqueles que considera lendas do clube enquanto treinadores, o inglês realça o trajeto de Marco Silva que pegou na equipa numa situação “melindrosa”, sendo que o Estoril Praia acabou por subir de divisão e alcançar duas qualificações europeias consecutivas. Jimmy Hagan que teve duas passagens pelo clube nos anos 70 e 80 e se concentrava apenas no físico. Entre outros que “passaram com muito currículo” como Mário Wilson ou até Ian Cathro, “após mudar o sistema tático”, tendo conseguido um trajeto sem derrotas nos dois primeiros meses do ano. Sem se querer meter em “bicos dos pés”, Steve Wayne acredita que pode inspirar os mais jovens e que a sua paixão pelo Estoril Praia é uma referência para as novas gerações.

“Estive em Inglaterra entre 2003 e 2020 e fui tentando programar viagens para acompanhar os jogos em casa e para estar presente no Dia do Estorilista. Perdi os pais cedo, não tenho irmãos e sinto que tenho família na bancada, entre os mais jovens. Quando vou nas excursões, toda a gente me trata muito bem. Sem ficar em bicos dos pés, sinto que sou uma das referências. Eles veem que há paixão no meio disto tudo. Perguntam-me qual é o meu clube. Eu digo ‘Estoril Praia. Ah e entre Benfica ou Sporting? Não, o meu clube é o Estoril’. Acho que isso impacta os mais jovens”, sublinhou.

"O Marco Silva deixou marcas. Foi muito interessante o percurso dele aqui."

Orgulho, lealdade e humildade são as palavras que o inconfundível adepto canarinho utiliza para adjetivar o que é ser sócio do Estoril Praia, isto sem antes deixar duas mensagens. Uma aos jogadores e outra às novas gerações: “Aos jogadores pedir-lhes que honrem a camisola. Comam a relva. Estão a praticar a profissão que escolheram. Muita gente tem emprego onde não gosta de estar. Eles gostam disto, por isso têm de dar o litro e honrar a camisola. Às gerações mais novas, pedir-lhes para apoiar a equipa da terra. Não há razão para ir para Lisboa.”

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Onde tudo começou Yanis Begraoui

Viagem aos locais onde os nossos jogadores cresceram

Com descendência marroquina, Yanis Redha Begraoui, nasceu e cresceu em Étampes, em França, tendo iniciado o seu percurso no futebol exatamente na mesma localidade.

Foi aqui que deu os primeiros toques na bola mas, na temporada 2014/15, mudou-se para o CS Brétigny onde permaneceu por três épocas. Posteriormente, deu o salto para o histórico AJ Auxerre para alinhar pela formação de juvenis, porém o talento do avançado abriu-lhe as portas para o plantel principal onde alinhou por quatro ocasiões.

A estadia neste clube marcante do futebol francês foi mais profícuo na temporada 2020/21, onde fez 16 golos pela formação secundária e mais dois pelo plantel principal, num total combinado de 38 jogos.

Esta performance valeu-lhe o salto para o Toulouse FC onde conquistou uma Coupe de France e uma Ligue 2 e a ascenção ao mais alto patamar do desporto rei gaulês. Yanis acabaria por ser emprestado em 2023/24 ao Pau FC, mas as suas exibições no ano anterior chamaram a atenção da seleção de sub-23 marroquina que disputou e venceu a Taça das Nações Africanas.

Após 19 jogos, dois golos e duas assistências ao serviço do Pau FC, o Estoril Praia entrou em campo e o avançado mudou de ares, pela primeira vez, contando já com 32 partidas, sete golos e duas assistências.

Étampes é uma pequena localidade situada a cerca de 50 quilómetros da capital Paris e 25 mil habitantes e conta com várias igrejas emblemáticas: Église Notre-Dame-du-Fort; Église Saint-Basile; Église Saint-Martin e a Église Saint-Gilles.

O renascer do voleibol no Estoril Praia

O renascer do voleibol no Estoril Praia

O voleibol é um desporto com muita tradição no Estoril Praia, pois nos anos 40 e 50 foi uma das mais importantes modalidades do clube. Nos últimos tempos ressurgiu como plataforma de formação para as jovens atletas, tendo, neste momento, todos os escalões no ativo.

São mais de 200 as atletas que estão divididas pelas várias turmas do voleibol canarinho, sendo que há sete equipas de competição inscritas tanto na Associação de Voleibol de Lisboa, como na Federação Portuguesa de Voleibol. As juvenis têm sido a equipa em destaque nesta época de 2024/25. Após terem alcançado a fase final através da segunda posição com 41 pontos, fruto de 14 vitórias em 18 jogos, as jovens têm demonstrado que apesar de esta ser uma modalidade recente no clube, há bases para um futuro risonho.

Catarina Serrano faz parte desta equipa e foi já convocada para os trabalhos da seleção nacional de sub-17 da modalidade.

“Recebi a notícia através do meu treinador, fiquei muito feliz e entusiasmada por ver que o trabalho que tenho feito está a dar certo e que estou a obter os resultados que sempre quis. Sei que ainda tenho muito pela frente e encarei a convocatória como uma oportunidade de representar o clube fora do ambiente normal”, relatou a voleibolista. Porém, tem noção que para alcançar o patamar pretendido são necessárias muitas horas de dedicação: “Conciliar a vida escolar com os treinos, jogos e compromissos da seleção nacional não é fácil. Requer certos sacrifícios e dedicação, mas basta querer muito e gostar do que se faz para manter tudo equilibrado.”

“Temos sempre de honrar e fazer com que o símbolo que temos ao peito seja bem visto.”

A jovem aponta que nota evolução como jogadora “a nível técnico”, mas também na “parte mental” que diz ser, muitas vezes, “desvalorizada”, embora seja “muito importante” pelo facto de ser uma modalidade de equipa em que há necessidade de “saber lidar com as colegas e respeitar as decisões dos treinadores”.

Apesar da tenra idade, Catarina Serrano já sente o símbolo e lembra que “representar um clube com uma grande história como o Estoril Praia traz uma certa pressão”, mas rejeita que essa seja negativa. “Temos sempre de honrar e fazer com que o símbolo que temos ao peito seja bem visto”, sublinhou. A jovem ressalvou ainda que integrar uma modalidade recente no Estoril permite verificar a sua evolução, o que faz com que haja uma sensação de que houve impacto no crescimento, não só na secção, mas também no clube. O ambiente no pavilhão do Colégio Amor de Deus [local onde os jogos do Estoril Praia são disputados] é cativante quando qualquer uma das formações de voleibol está a disputar um jogo. A internacional portuguesa destaca que sente “o apoio dos adeptos e do clube” neste que é um “percurso novo e diferente”, tendo consciência que é “difícil construir uma modalidade de raiz”.

“Acredito que o voleibol está a ganhar mais visibilidade, o que dá para ver através do número de atletas que tende sempre a crescer e que é um grande orgulho para nós que já cá estamos”, disse. Catarina Serrano já tem as ideias definidas quanto ao seu futuro e olha com bons olhos para a possibilidade de ter uma carreira ligada ao voleibol: “Por mais difícil que possa ser, vou sempre procurar continuar a jogar. Quero entrar numa boa faculdade e manter uma boa vida académica conjugada com o desporto. Espero conseguir conciliar os estudos, o desporto e a minha vida pessoal, mas gostaria de ter uma carreira profissional na modalidade e treino sempre com esse objetivo.”

“Acredito que o voleibol está a ganhar mais visibilidade.”

“O desporto requer muita dedicação. Têm que tomar opções na vida se quiserem levar o desporto para um certo nível mais elevado e abdicar de muito. Ademais, o respeito pelos colegas de equipa, treinadores e símbolo que carregam ao peito é essencial, mas, principalmente, não se esqueçam de se divertir”, finalizou a internacional jovem por Portugal.

Todo o sonho começa em nós

O Estoril Praia, em parceria com a ONG Helpo, reforçou, ao longo desta época, a sua missão de responsabilidade social com ações que impactaram comunidades em Portugal, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Em dezembro, o clube promoveu uma campanha de recolha de material escolar destinado a crianças moçambicanas e santomenses, com o objetivo de apoiar o acesso à educação e incentivar o percurso escolar em regiões particularmente desfavorecidas. A ação contou com a participação ativa de atletas, funcionários e adeptos, sublinhando o papel do desporto como agente de transformação social. Em território nacional, o Estoril Praia e a Helpo uniram esforços para apoiar famílias carenciadas, previamente sinalizadas pela associação, tendo sido entregues cabazes alimentares e de bens essenciais.

Agora, o clube prepara uma nova iniciativa: o envio de bolas de futebol e material desportivo para Moçambique, reforçando a aposta na promoção do desporto como ferramenta de inclusão e desenvolvimento.

Com estas ações, o Estoril Praia reforça o seu compromisso social, aproximando a paixão pelo desporto por causas que fazem a diferença. Este é o futebol que nos une.

Estoril Praia envia bolas de futebol para Moçambique em parceria com a Helpo

Estoril Praia x Helpo

GUARDA-REDES

1 Kevin Chamorro

27 Joel Robles

31 Diogo Dias

DEFESAS

5 Eliaquim Mangala

18 Gonçalo Costa

20 Wagner Pina

22  Pedro Carvalho

23  Pedro Álvaro

24  Pedro Amaral

25  Felix Bacher 44 Kévin Boma 55 Tiago Parente 91 Philippe Lanquetin

MÉDIOS

6 Jandro Orellana

7 Vinícius Zanocelo

10 Jordan Holsgrove

12 João Carvalho

26 Manga Foe-Ondoa

88 Xeka

90 Tiago Brito

AVANÇADOS

9 Alejandro Marqués

14 Yanis Begraoui

17 Fabricio Garcia

19 André Lacximicant

92 Israel Salazar

99 Rafik Guitane

TREINADOR

Ian Cathro

GUARDA-REDES

1 Anatoliy Trubin

24 Samuel Soares

DEFESAS

3 Álvaro Carreras

4  António Silva

6 Alexander Bah 26 Samuel Dahl 30 Nicolás Otamendi 44 Tomás Araújo

81 Adrian Bajrami

MÉDIOS

8 Fredrik Aursnes

10 Orkun Kökçü

16 Manu Silva

18 Leandro Barreiro

61  Florentino Luís 84  João Rego

Renato Sanches 86  Diogo Prioste

AVANÇADOS

7 Zeki Amdouni 9 Arthur Cabral

Ángel Di María 14 Vangelis Pavlidis

Kerem Aktürkoglü 19 Andrea Belotti 21 Andreas Schjelderup 25 Gianluca Prestianni

Bruma 47 Tiago Gouveia 80 João Vasconcelos

TREINADOR

Lage

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