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9 788574 481975
ISBN 978-85-7448-197-5
Entre seus projetos mais importantes estão o Clube Paulistano e os edifícios Guaimbê e Jaraguá, em São Paulo, o pavilhão do Brasil na Expo 70, em Osaka, o estádio Serra Dourada, em Goiânia, o Museu Brasileiro da Escultura (São Paulo), a reforma da Pinacoteca do Estado, da praça do Patriarca e do prédio da FIESP, estes três também em São Paulo. Destacam-se mais recentemente a ampliação da Universidade de Vigo, na Espanha, o Museu dos Coches, em Lisboa, e o Cais das Artes, em Vitória. Participou de concursos internacionais como o do Centre Beaubourg em Paris, da Casa da Música no Porto e o projeto para os Jogos Olímpicos em Paris em 2008. Foi laureado com o Prêmio Pritzker em 2006. Vive em São Paulo.
Estruturalmente, o livro se divide em Depoimentos, Entrevistas, Aulas (destacamos a de 50 anos da FAU-USP e a prova de postulação a professor titular), Memórias de projetos, encerrando-se com uma seção mais ensaística, “Sobre projetos e discursos”. Uma cronologia fecha o volume.
paulo américa, cidade e natureza mendes rocha com Maria Isabel Villac
COLEÇÃO
paulo mendes da rocha
Paulo Archias Mendes da Rocha nasceu em Vitória, no Espírito Santo, em 1928, e formou-se na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie, em São Paulo, em 1954. Convidado por Vilanova Artigas, passou a lecionar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP a partir de 1959, sendo nomeado Professor Titular em 1998. Recebeu o título de Professor Emérito em 2010.
da
Uma linha mestra que se verifica em projetos como o da Baía de Montevidéu, o Deltametrópolis, na Holanda, a Universidade de Vigo e o Cais das Artes, em Vitória.
Maria Isabel Villac é formada em Arquitetura e Urbanismo pelo Mackenzie. Fez Doutorado em Teoria e História da Arquitetura na Universitat Politecnica de Catalunya (2002), e tese sobre a obra de Paulo Mendes da Rocha. Foi professora no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina de 1986 a 2002. Desde 2002, é professora do curso de graduação e, a partir de 2006, do curso de pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie.
Poucas vezes nos foi dado conhecer a relação entre a obra e o pensamento de Paulo Mendes da Rocha. Descortinam-se aqui reflexões ao cabo de sessenta anos de vida profissional de um arquiteto da prática e do discurso. Paulo Mendes da Rocha nos abre seu estúdio em vários tempos e momentos, e um dos pontos altos da obra são os depoimentos à professora de arquitetura Maria Isabel Villac, em recortes que vão de 1995 a 2012. E gentilmente o arquiteto nos permitiu pesquisar em seus arquivos: croquis, maquetes, plantas e fotos permeiam a edição.
américa, cidade e natureza
da condição plural do ser humano, onde deve se revelar a ação política do arquiteto, enquanto aquele que não só desenha a urbs, mas promove a experiência da polis.
Estação Liberdade
Há uma saudável insistência de Paulo Mendes da Rocha em temas de nossa cultura e suas circunstâncias, que exigem uma revisão crítica do colonialismo e revelam quão pouco avançamos em questões de importância fundamental para saldar uma dívida civilizatória inerente ao processo de modernização e desenvolvimento. Os temas abordados são abrangentes: formação e influências; os principais projetos, como o conjunto residencial de Guarulhos, a Baía de Vitória, o MuBE, a reforma da Pinacoteca. Fala de seus colegas de profissão (“a presença de Vilanova Artigas”), Niemeyer (“a linguagem que se falava antes dos tempos”, a linguagem primordial), as escolhas de Álvaro Siza e a afinidade com Luigi Snozzi (“A arquitetura surge plenamente quando cessa a função”). Nos faz compartilhar seu fascínio pela arquitetura e a cidade. Para o arquiteto de raízes modernas, a noção de projeto preconiza não só a resolução de problemas, mas a proposição de questões e a providência do futuro. O que para Mendes da Rocha focaliza a cidade como obra coletiva por excelência, lugar da construção da liberdade
13/11/2012 14:48:09