Apostila Anglo - Português e Matemática - 3º ano/Livro 2 - Material Adaptado

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1

SUMÁRIO Setor A Funções: conceitos básicos.............................................................4 Função constante e função afim..................................................10 Função quadrática: definição........................................................15 Estudo do sinal de funções............................................................26 Seno e cosseno de um arco trigonométrico.............................30

Setor B Relações trigonométricas em polígonos..................................36 Áreas de superfícies poligonais....................................................42 Área do círculo e de suas partes I................................................52 A visão espacial, sólidos e suas planificações.........................75 Cubos e paralelepípedos.................................................................80

Setor C Progressão aritmética I..................................................................95 Progressão aritmética II: Soma dos termos..............................99 Progressão geométrica................................................................102

2

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.

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3

Página de referência: 116

O conceito de função Chama-se função de um conjunto A em um conjunto B qualquer relação entre esses conjuntos que faça corresponder: A cada elemento de A um único elemento de B.

Uma função de A em B pode ser representada por um diagrama de flechas como o seguinte:

a

b

Conjunto de chegada

Conjunto de partida

X

Y

Nesse diagrama, X representa um elemento do conjunto A (conjunto de partida) E Y um elemento do conjunto B (conjunto de chegada).

4

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Exemplo:

A relação acima é uma função, pois todo elemento do conjunto A está associado a somente um elemento do conjunto B. Quais dos seguintes diagramas representam uma função de A em B? Assinale a alternativa correta:

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5

O conjunto de partida é chamado de domínio da função e o conjunto de chegada de contradomínio da função.

O 8 e o 9 não foram usados.

.

(1 , 5) (2 , 6) (3 , 7)

(4 , 8)

No exemplo acima cada elemento do conjunto A se relaciona com um único elemento do conjunto B. Observe que nem todos os elementos do conjunto B foram usados.

O conjunto A é conhecido como domínio.

Domínio = { 1, 2, 3, 4 } O conjunto B é conhecido como contradomínio.

Contradomínio = { 5, 6, 7, 8, 9, 10 } Todos elementos que se relacionam com algum elemento do domínio é denominado de imagem.

Imagem = {5, 6, 7, 8 }

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Atividades 1-Determine os conjuntos que se pede nas funções abaixo: A)

Domínio = { _____, _____, _____ } Contradomínio ={ _____, _____, _____, _____, _____, _____ } Imagem = { _____, _____, _____ } b)

Domínio = { Contradomínio ={ Imagem = { c)

Domínio = { Contradomínio ={ Imagem = {

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Na função ao lado teremos:

f(x) = y y=x+4 Então:

f(x) = x + 4 x+4=y Para x = 1

Para x = 2

Para x = 3

Para x = 4

x+4=y

x+4=y

x+4=y

x+4=y

1+4=y

2+4=y

3+4=y

4+4=y

5=y

6=y

7=y

8=y

y=5

y=6

y=7

y=8

Indicamos por (x, y) o par ordenado formado pelos elementos x e y, onde: x é o 1º elemento e y é o 2º elemento.

No exemplo acima temos:

Pares ordenados

( 1, 5 ) (2,6) (3,7) (4,8)

8

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Atividades 2-Encontre os pares ordenados para as funções abaixo: a) Y=x+1

Par ordenado (x , y)

Y=x+3

Par ordenado (x , y)

1 1 2

b)

-

-

c)

Y = —2x + 1

Par ordenado (x , y)

2

3

Se necessário utilize a calculadora Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2021 | www.mosaicoespaco.com.br

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Página de referência: 120

Função Afim

A função afim é qualquer função que possua a lei de formação y = ax + b, sendo a e b números reais e a diferente de zero.

Desse modo, uma função afim é também uma função do primeiro grau, pois não apresenta produto ou potência de variáveis.

10

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Exemplo:

Observe os pontos A e B no plano cartesiano:

Y

1

3

Unindo os pontos A e B formamos uma reta

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Atividades

Construa os gráficos com os pares ordenados abaixo utilizando o plano cartesiano. Após marcar os pontos trace a reta que representa a função: a) Y=x+1

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Par ordenado (x , y)

1

Y=1+1

2

(1,2)

2

Y=2+1

3

(2,3)

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b) Y=x+3

Par ordenado (x , y)

-

Y = –1 + 3

+2

( —1 , + 2 )

-

Y = –2 + 3

+1

( —2 , +1 )

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c)

Y = —2x + 1

Par ordenado (x , y)

2

Y = –2.2 + 1 = –4 + 1

—3

( 2 , –3 )

3

Y = –2.3 + 1 = –6 + 1

—5

( 3 , –5 )

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Página de referência: 124

Funções quadráticas A função quadrática, também chamada de função polinomial de 2º grau, é uma função representada pela seguinte expressão:

Onde a, b e c são números reais e a ≠ 0.

Exemplo: f(x) = 2x2 + 3x + 5, onde: a = 2

b=3

c=5

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Gráfico da função polinomial de 2º grau O gráfico das funções do 2º grau são curvas que recebem o nome de parábolas. Diferente das funções do 1º grau, onde conhecendo dois pontos é possível traçar o gráfico, nas funções de 2º grau são necessários conhecer vários pontos.

Parábola

Parábola

Escreva as funções de 2º grau na sua forma geral f(x) = ax2 + bx + c para: a) a= +1,

b = +4

c = –19

f(x) = ___________________________________________________ b) a= +14,

b = —12

c = –2

f(x) =___________________________________________________ 16

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Exemplo 1- Construir o gráfico da função f(x) = 3x² Pares ordenado

Parábola

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Exemplo 2 Construir o gráfico da função definida por f(x) = x² – 2x – 3.

Pares ordenados

Localizamos os pontos obtidos num sistema de coordenadas cartesianas:

Parábola

18

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Exemplo 3 Construir o gráfico da função definida por f(x) = – x² – 2x + 3.

Resolução Construímos uma tabela atribuindo alguns valores a x e calculando as imagens correspondentes.

Pares ordenados

Localizamos os pontos obtidos num sistema de coordenadas cartesianas:

Parábola

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Atividades 1) Dada a função do segundo grau f(x) = x2, observe seus pares ordenados na tabela a seguir:

(–2 , 4 ) (–1 , 1 ) ( 0, 0) ( 1,1) ( 2,4)

Marque os pontos no plano cartesiano e trace a parábola da função de 2º grau:

-1

20

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2) Complete a tabela e esboce o gráfico da função definida por f(x) = x² – 4x + 3. f(0) = ___________________________________ f(1) = ___________________________________ f(2) = ___________________________________ f(3) = ___________________________________ f(4) = ___________________________________

-1

Se necessário utilize a calculadora

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.

.

As raízes de uma equação de 2º grau são os valores em que seu gráfico tocam o eixo x

Atividades: 1) Assinale com um X resposta correta: As raízes de uma equação de 2º grau são os valores em que seu gráfico tocam: (

) o eixo Y

(

) o eixo X

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2) Identifique as raízes nos gráficos abaixo: a) X' = ________ X" = _______

b)

X' = ________

c) X' = ________ X" = ________

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Funções: função quadrática – mínimos e máximos

Toda função

do

segundo

grau

pode

ser

representada graficamente por uma parábola.

Existem alguns casos em que essa parábola pode estar voltada para cima, possuindo, assim, um ponto de

Quando o coeficiente a é positivo +2x2 + 3x + 5

mínimo,

O ponto de máximo e o ponto de mínimo no gráfico de uma parábola é chamado de vértice Complete: Quando a parábola está voltada para cima ela possui um ponto de _______________________. Esse ponto é também chamado de _________________________.

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E outros em que a parábola pode estar voltada para baixo, possuindo, assim, um ponto de máximo.

Quando o coeficiente a é negativo –3x2 + x – 5

Complete: Quando a parábola está voltada para baixo ela possui um ponto de _______________________. Esse ponto é também chamado de _________________________.

Dada a equação x² – 2x – 3 Assinale qual das parábolas representaria esta equação:

(

)

(

)

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25

Página de referência: 130

O que é uma inequação?

São sentenças matemáticas abertas que apresentam sinal de desigualdade ( <, >, ≤, ≥ ) e uma variável ou incógnita (X, Y ou qualquer outra letra).

EXEMPLO:

2x – 7 ≥ 18 Levando em consideração o sinal de desigualdade, podemos

nomear

os

2x – 7

≥

elementos

envolvidos

inequação.

1º membro

18 2º membro

Desigualdade 26

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na

Atividades

1) Observe a inequação abaixo e marque V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas falsas.

2x – 9 < 2x + 13 (

) “2x – 9” é o primeiro membro da inequação.

(

) ”2x + 13” é o primeiro membro da inequação.

2) O que é uma inequação? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ _________

3) O que temos que descobrir em uma inequação? (

) O valor da incógnita

(

) A soma de todos os números

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Atividades

Resolva

as

inequações.

Utiliza

a

calculadora se necessário: a) X + 1 ≤ 6 X≤6—1 X≤5

S = {x∈R| X ≤ 5}

5 b) X + 5 > 8 X > ______ — _______ X > ______ S = {x∈R| X > ______}

c) X + 15 ≤ 20 X ≤ ______ — _______ X ≤ ______

S = {x∈R| X ≤ ______}

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d) X – 8 > 0 X > ______ + _______ X > ______

S = {x∈R| X > ______}

e) X – 5 ≤ 3 X ≤ ______ — _______ X ≤ ______

S = {x∈R| X ≤ ______}

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29

Página de referência: 134

Se temos um arco de origem A e extremidade B, ele pode assumir infinitos valores dependendo do número

de voltas no sentido anti-horário (+) ou no sentido horário (‒).

30

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Transformação de graus em radianos

Exemplo: Quantos radianos correspondem a 540°?

Atividades 1) Expresse em graus:

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32

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2) Converta de graus para radianos:

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3) Observe os ciclos trigonométricos e complete as lacunas: a)

sen 45° = _________

cos 45° = ______

B)

sen 60° = _________

cos 60° = ______

34

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35

Página de referência: 146

O ciclo trigonométrico é raio

1

usada

para

uma circunferência

representar números

de

reais

relacionados a ângulos.

O centro desse círculo está sobre o ponto O = (0,0) do plano cartesiano e, como o raio dele é 1, podemos

calcular

seu comprimento da

seguinte

maneira: Comprimento

≅

=

Diâmetro

3,14159265

Diâmetro = 2 . r ou D = 2 . r Então: Comprimento = 2.r

⇒

≅

C 3,14159265 ⇒ 2 . r =

≅

3,14159265

C ≅ 3,14159265 ⇒ C = 2. .r 2.r = Sendo o raio do ciclo trigonométrico igual a 1,

temos: C = 2.

36

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A ideia de volta A

ideia

de

volta

está

presente

nos círculos trigonométricos. Como o comprimento da circunferência é 2

(medida em radianos), podemos

dizer que uma volta completa nesses círculos tem essa medida. Repare apenas que o ângulo formado por essa volta mede 360° (medida em graus). Dessa maneira, o número 2 relaciona-se com o ângulo 360°.

Ciclo trigonométrico

1

Responda: No ciclo trigonométrico quanto mede uma volta completa da circunferência?

Em radianos ___________________ Em graus ____________________

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37

Para calcular apenas meia-volta é só dividir o círculo em duas partes.

Ou seja:

C = 2.

Medida de uma volta Para dividir o círculo em duas partes temos:

C =

2.

2

C =

2.

C =

2

Portanto, meia-volta é igual a

. O ângulo gerado

por meia-volta é 180°, pois é metade de 360°.

Responda: No ciclo trigonométrico quanto mede meia volta da circunferência?

Em radianos ___________________ Em graus ____________________

38

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Qualquer número real pode ser representado em um círculo trigonométrico.

As figuras a seguir mostram a localização dos pontos

e

dividem

o

ciclo

trigonométrico

em

quadrantes.

1)

0 a rad (radianos)

De 0° a 90° e de

Primeiro quadrante

I 0

2)

De 0° a 180° e de 0 a

rad (radianos)

II 0

Segundo quadrante

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3)

até rad (radianos)

De 0° a 270° e de 0

0 Terceiro quadrante

III

4)

De 0° a 360°e de 0 a 2

rad (radianos)

0°

IV

40

Quarto quadrante

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Atividades Faça o que se pede: 1) Pinte o primeiro (I) quadrante de amarelo.

2) Pinte o segundo (II) quadrante de azul.

3) Pinte o terceiro quadrante (III) de roxo.

4) Pinte o quarto (IV) quadrante de verde.

5) Escreva as medidas correspondentes em radianos: A) 270° = ________ rad

c) 90E = _______

b) 360° = ________ rad

d) 180° = _______

rad

rad

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41

Página de referência: 150

Área do retângulo

Área

Altura (h)

Base (b)

Considere cada

equivalente a 1 cm2, ou seja, com

lado igual a 1 cm. Para expressar a área de cada figura,

faça composições de quadradinhos e responda às questões. a) Qual a medida da base do retângulo? _____________ b) Qual a medida da altura do retângulo? _____________ 42

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Atividades Calcule a área das figuras a seguir: a)

Base =

Altura = _____ x _____ = ______ b)

base =

altura = _____ x _____ = ______ Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2021 | www.mosaicoespaco.com.br

43

Área do triângulo Considere cada

equivalente a 1 cm2, ou seja, com

lado igual a 1 cm. Para expressar a área de cada figura, faça composições de quadradinhos e responda às questões.

Tracejando a diagonal “d” do retângulo, obtêm-se dois triângulos: Logo, a área de cada triângulo será a metade da área do retângulo original, descrita por:

44

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Exemplo: Calcule a área do triângulo sabendo que cada quadradinho é equivalente a 1cm2:

Para o cálculo da área do triângulo, temos: b = 8 cm h = 2 cm

Agora é sua vez: Calcule a área das figuras:

a)

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b)

c)

46

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Área do trapézio Considere cada

equivalente a 1 cm2, ou seja, com

lado igual a 1 cm. Para expressar a área de cada figura, faça composições de quadradinhos e responda às questões.

a) Qual a medida da base do retângulo? ______________ b) Qual a medida da altura do retângulo? _______________ c) Qual a medida da base menor do trapézio? _______________ d) E a medida da base maior do trapézio? _______________

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Podemos dizer que a área do trapézio é a ______________ da área do retângulo.

Temos que

Logo

Exemplo: Calcule a área do trapézio a seguir:

(15 + 5) . 8 Base maior = B = 15 Base menor = b = 5

20 . 8

Altura = h = 8 160_

2 80

48

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Atividades

Calcule a área das figuras: a) (

).

Base maior = B = _________ _____

2

Base menor = b = _________ Altura = h = ___________

b) (

).

Base maior = B = _________ Base menor = b = _________

_____

2 Altura = h = ___________

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49

Área do paralelogramo Considere cada

equivalente a 1 cm2, ou seja, com

lado igual a 1 cm. Para expressar a área de cada figura, faça composições de quadradinhos e responda às questões.

A) Qual a medida da base do paralelogramo? _______________

B) Qual a medida da altura do paralelogramo? _______________

50

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Atividades Calcule a área das figuras a seguir:

a)

Base =

Altura = _____ x _____ = ______

b)

base =

altura =

_____ x _____ = ______

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51

Página de referência: 154

A : Área do círculo c

R: Raio do círculo : (letra grega Pi) seu valor é aproximadamente 3,14 Exemplo: Determine a área de um círculo de raio medindo 20 cm.

(Use π = 3,14).

A área do círculo é π . R2 r = 20 cm π = 3,14 Ac =?

Ac = 3,14 . 202 Ac = 3,14 . 400 Ac = 1256 cm2 RESPOSTA: 1256 cm² 52

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Atividades 1) Considerando que uma pizza tradicional grande possui 35 cm de raio, calcule a área da pizza grande.

A área do círculo é π . R2

2) Considerando que uma pizza tradicional pequena possui 25 cm de raio, calcule a área da pizza pequena.

A área do círculo é π . R2

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53

Como

calcular

o

perímetro

de

uma

circunferência?

O perímetro é a medida do contorno de um objeto. Nos polígonos, o perímetro é dado a partir da soma de todos os seus lados. Já na circunferência o perímetro é obtido quando calculamos o seu comprimento.

Para achar o comprimento de uma circunferência usando o valor do raio usamos a fórmula

Para achar o comprimento de uma circunferência usando o valor do diâmetro usamos a fórmula

54

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Área da coroa circular Coroa circular é a região limitada por dois círculos concêntricos.

Temos dois círculos abaixo:

Vamos colocar o menor dentro do maior

Círculos concêntricos

Chamaremos de R o raio do círculo maior.

E de r o raio do círculo menor.

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A área da coroa circular é muito utilizada em situações de engenharia mecânica, principalmente na produção de peças e acessórios para máquinas.

Calcular a área da coroa é fácil. Basta calcular a área do círculo maior e subtrair a área do círculo menor.

Ou seja:

56

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Exemplo: Partindo de um

ponto

O,

obtivemos

duas

circunferências: uma de raio 5 cm e outra de raio 4 cm.

Pintando a região entre elas, obtemos:

Coroa circular

Determine a área da coroa circular formada por esses raios.

Ou, adotando π = 3,14, temos:

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57

Atividades

1) Dadas duas circunferências de centro O e raios 2 cm e 3 cm, calcule a área da coroa circular formada entre elas. Adote π = 3,14.

Coroa circular

Ou, –

+ )•(

(

)

adotando π = 3,14, temos: •

58

3,14

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2) Qual a área da parte laranja da figura abaixo, sabendo

que

ela

é

formada

por

dois

círculos

concêntricos, um de raio 10 cm e outro de raio 15 cm?

Considere π = 3,14

Coroa circular

–

+ (

)•(

)

Adotando π = 3,14, temos: •

3,14

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3) Determine a área de uma coroa circular formada por duas circunferências de raio 6 cm e 3cm. Adote π = 3,14.

Coroa circular

–

+ (

)•(

)

Ou, adotando π = 3,14, temos:

•

60

3,14

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A circunferência é uma figura geométrica plana formada por inúmeros pontos cuja união resulta em uma linha fechada e que estão a uma mesma distância de um ponto central.

Cada pedacinho do pneu está a uma mesma distância do eixo do, aquele local central onde os raios do pneu encontram-se.

Inclusive,

em

uma

circunferência,

chamamos por raio a distância entre a extremidade da circunferência e seu centro.

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Se nós fizermos uma circunferência e preenchermos todo o seu interior, ela tornar-se-á um círculo. Este, por sua vez, é formado por uma circunferência e pelos infinitos pontos que preenchem seu interior. Por exemplo, uma bela e suculenta pizza pode representar um círculo.

Um setor circular é uma região do círculo delimitada por dois de seus raios, partindo do centro e um arco: Usualmente podemos chamar um setor circular de “fatia de pizza”, pelo seu formato. O ângulo é chamado de ângulo central.

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Ligue cada figura aos nomes corretos:

Gráficos de setores O gráfico abaixo mostra o desempenho em Matemática de uma certa turma ao longo de um bimestre. É um gráfico de setores, cada setor representa uma porcentagem. O círculo todo representa 100%.

25% + 15% + 35% + 25% = 100%

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63

Cada setor circular desse gráfico corresponde a uma medida em graus. O círculo todo representa 360°.

90° + 54° + 90° + 126° = 360°

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Para calcular a medida em graus utilizamos a regra de três. Para calcular o setor circular correspondente a medida de 25% temos:

Para calcular o setor circular correspondente a medida de 15% temos:

Para calcular o setor circular correspondente a medida de 35% temos:

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Atividades Em uma pesquisa eleitoral, o candidato A possui 75% das intenções de votos dos eleitores, e o candidato B possui 25%. 10% dos eleitores pretendem anular seu voto. Segue abaixo o gráfico de setores com a pesquisa eleitoral.

Calcule

o

setor

circular

correspondente

candidato A do gráfico de setores.

66

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ao

Área em função do ângulo central Seja um setor circular de raio r = 4 cm e ângulo central

θ=60°.

Para calcular a área, devemos ter a medida do ângulo central e a medida do raio, como está na figura.

Devemos pensar: "a área do setor de ângulo 60° corresponde a que fração de 360°?"

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67

Atividades 1) Calcular a área rosa do círculo abaixo:

Qual é a fração que corresponde a 40° de 360°?

Substituindo π por 3,14, teremos

68

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2) Qual a área de um setor circular de ângulo 30 graus, que tem um raio de 5 metros?

Qual é a fração que corresponde a 30° de 360°? _________

Raio (r) = 5m Substituindo π por 3,14, teremos:

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69

] 3) Qual a área de um setor circular de ângulo 60 graus, que tem um raio de 6 centímetros?

Qual é a fração que corresponde a 60° de 360°? ________

Raio (r) = 5m Substituindo π por 3,14, teremos

70

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4) Calcule as áreas dos setores circulares em função de π:

Qual é a fração que corresponde a 45° de 360°? ______

÷

. ° ___

360°

. r2

.

÷

Raio (r) = _________

Substituindo π por 3,14, teremos:

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71

4 – Área do segmento circular Segmento circular é a região do círculo c limitada pela corda e pelo arco da circunferência definidos por A e B. Arco da circunferência

Segmento circular Corda

Não devemos confundir setor circular com segmento circular.

Setor Circular

Segmento Circular Responda: O que é um segmento circular? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

72

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Os segmentos podem ser Segmento circular menor

Segmento circular maior

Vejamos como obter a área do segmento circular.

Observe que a área do segmento circular é dada pela diferença entre a área do setor circular e a área do triângulo BOC.

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73

Atividades Complete as lacunas corretamente:

74

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Página de referência: 160

Sólidos são corpos gerados através da rotação de superfícies planas em torno de um eixo.

Os sólidos de revolução estão presentes em nosso dia-a-dia em diversos objetos:

Responda: O que são sólidos de revolução?

(

) São corpos gerados através da rotação de

superfícies planas em torno de um eixo. (

) É a base da pirâmide sem o vértice.

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75

O cilindro circular reto é um sólido de revolução gerado pela rotação, de 360°, de um retângulo em torno de um de seus lados.

Girando esta figura formamos

O cone circular reto também é um sólido de revolução gerado pela rotação, de 360°, de um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos.

Girando esta figura formamos

76

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Veja outros exemplos de sólidos e revolução

Girando esta figura formamos

Girando esta figura formamos

Girando esta figura formamos

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77

Atividades 1 - O que é formado com a rotação de um triângulo retângulo?

Resposta: ___________________________________

2 - O que é formado com a rotação de um retângulo?

Resposta: ___________________________________ 78

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Ligue as figuras planas aos sólidos de revolução que são formados por elas:

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79

Página de referência: 165

Paralelepípedo reto-retângulo Exemplos de paralelepípedos em nosso cotidiano:

Paralelepípedo reto – retângulo É um prisma reto cujas bases são retângulos.

O paralelepípedo possui: • 6 faces (retângulos) • 8 vértices • 12 arestas

arestas

faces vértice s 80

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Atividades 1) Complete a figura com os nomes corretos:

2) Complete corretamente: O paralelepípedo possui: ______ faces (retângulos) ______ vértices ______ arestas

3) Escreva 5 exemplos de paralelepípedos em nosso cotidiano.

1 - ____________________________________ 2 - ____________________________________ 3 - ____________________________________ 4 - ____________________________________ 5 - ____________________________________

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81

Área da superfície total do paralelepípedo

altura

b

a

c largura

comprimento

Área lateral Planificando

a

superfície

lateral

de

um

paralelepípedo de dimensões a, b e c obtemos a figura.

AL = 2(ac + bc) Área total Planificando

a

superfície

total

de

um

paralelepípedo de dimensões a, b e c obtemos a figura.

ab bc

ac ab

bc

AT = 2ab + 2ac + 2bc

AT = 2(ab + ac + bc)

ac

82

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Exemplo 1) Considere uma caixa de água com

formato

de

paralelepípedo

um

2

reto

7

retângulo totalmente cheia,

com comprimento de 7m e largura de 4m e altura de 2m. como mostra a figura. a) Calcule a área lateral

AL = 2(ac + bc)

2 7

4

AL = 2(7.2 + 4.2) AL = 2(14 + 8)

a=7

AL = 2(22)

b=4 c=2

AL = 44cm2

b) A área total

AT = 2(ab + ac + bc) AT = 2(7.4 + 7.2 + 4.2)

2

AT = 2(28 + 14 + 8)

7

4

AT = 2(50) AT = 100 m2 Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2021 | www.mosaicoespaco.com.br

83

4

Atividades 1)

As

dimensões,

comprimento, largura e altura de uma

9

paralelepípedo reto-

12

retângulo são 20cm, 12 cm e

20

9cm. Calcule: a) A área lateral a = 20 b = 12

AL = 2(ac + bc) AL =_____________

c=9

AL =_____________ AL =_____________

AL =_____________ b) A área total

AT = 2(ab + ac + bc) Use a calculadora

AT =_____________ AT =_____________ AT=_____________ AT =_____________

84

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2)

As

dimensões,

comprimento,

2

largura e altura de uma paralelepípedo reto-retângulo são 6m, 5m e 2m. Calcule:

6

5

a) A área lateral

AL = 2(ac + bc)

a=6 b=5

AL =_____________

c=2

AL =_____________

AL =_____________ AL =_____________ b) A área total

AT = 2(ab + ac + bc) Use a calculadora

AT =_____________

AT =_____________ AT=_____________ AT =_____________

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85

Volume Analise as duas figuras a seguir:

4u Cubo unitário

V=1u

3

3u 5u V = 5.3.4 = 60 u

3

De modo geral, o volume de um paralelepípedo de dimensões a, b e c é dado por

V = a.b.c Exemplo: Calcule o volume do paralelepípedo abaixo:

V = a.b.c

12 cm 8 cm 20 cm a = 20

V = 20.8.12 V = 1920cm3

b = 8cm c =12cm

86

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Atividades 1) Calcule o volume do paralelepípedo abaixo:

2 6

5 V = a.b.c

a=6

V = _________________

b=8 c=2

V = ________

Use a calculadora

2) calcule o volume do paralelepípedo abaixo:

9 12

20 V = a.b.c a = 20 b = 12 c=9

V = _________________ V = ________

Página de referência: 44

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87

Cubo Exemplos de cubos no cotidiano

O cubo possui: •6

faces;

•

8 vértices;

•

12 arestas.

• Complete as lacunas:

88

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Área da superfície total do cubo

Para calcular a área do cubo vamos utilizar a fórmula da área do quadrado:

Planificando a superfície total do cubo temos:

a 3

a

1

4

6

a

a a

a

2

a

a

a

5

Termos então 6 faces quadradas. Portanto a área total do cubo será a área do quadrado multiplicada por 6.

2

AT = 6a

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89

Exemplo Determine a área de um cubo cuja aresta mede 4cm.

2

AT = 6a

2

4cm

AT = 6x4

AT = 6x16 Lembrete

AT = 6x16

42 = 4 x 4 = 16

AT = 96cm Exercícios 1) determine a área do cubo cuja aresta possui medida igual a 3cm.

Use a calculadora

2

AT = 6a 3cm

AT = _____________ AT = _____________

AT = _____________ AT = _____________ 90

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2) determine a área do cubo cuja aresta possui medida igual a 5cm.

Use a calculadora

2

AT = 6a

5cm

AT = _____________ AT = _____________ AT = _____________ AT = _____________ 3) determine a área do cubo cuja aresta possui medida igual a 2cm.

Use a calculadora

2cm

2

AT = 6a

AT = _____________ AT = _____________ AT = _____________ AT = _____________

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91

Volume do cubo Analise as três figuras a seguir.

a=2u

a=1u V=1u

3

3

a=3u 3

3

V=2 =8u

V = 3 = 27 u

V=a

3

3

Exercícios 1) Determine o volume do cubo cuja aresta possui medida igual a 5cm.

Use a calculadora

3

5cm

V=a

V = _____________ V = _____________ V = _____________

92

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2) Determine a área do cubo cuja aresta possui medida igual a 2cm.

Use a calculadora

2cm 3

V=a

V = _____________ V = _____________

V = _____________ 3) Determine a área do cubo cuja aresta possui medida igual a 2cm.

Use a calculadora

4cm 3

V=a

V = _____________ V = _____________ V = _____________

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93

94

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Página de referência: 170

Progressão aritmética (P.A.) Você deve ter observado que cada termo, exceto o primeiro, equivale ao anterior adicionado ao número fixo 2. +2

+2

(1, 3, 5, 7, 9,...)

Sequências

+2

+2

como

essa

são

chamadas

de

progressões aritméticas ou P. A. O número 2 é chamado de razão (r) da P. A. Então r = 2 A P. A. acima tem 5 termos.

Continue a sequência abaixo:

(2, 4, 6, 8, _____, _____, _____, _____, _____, ...)

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95

Classificação das Progressões aritméticas Progressão aritmética crescente

A sequência (3, 5, 7, 9, ...) é uma P.A. Crescente.

Onde a1 = 3 (a1 é o primeiro termo da P. A. E r = 2.

Progressão aritmética decrescente

A sequência (100, 90, 80, 70, ...) é uma P.A. decrescente Onde a1 = 100 E r = – 10.

Progressão aritmética constante

A sequência (5, 5, 5, 5, ...) é uma P.A. constante Onde a1 = 5 E r = 0.

96

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Propriedades da progressão aritmética Média aritmética.

Observe a PA infinita (3, 10, 17, 24, 31, 38, ...).

Se tomarmos três de seus termos: ...

3, 10, 17

E fizermos: 3 + 17 teremos como resultado o termo central 2 Veja: 3 +17 = 10 2 Exemplo: Calcule o termo central da PA (5, ________,15...)

5 +15 = 10 2 Resposta: (5, 10, 15...)

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97

Propriedade: soma dos termos equidistantes.

Numa PA, os termos opostos, ou equidistantes, ou seja, os que estão à mesma distância do termo central da PA, têm a mesma soma. Observe o exemplo abaixo:

Termo central 2 + 38 = 40 8 + 32 = 40 14 + 26 = 40 Termos equidistantes

Exercício resolvido: Encontre o termo central da PA (10, __, __, __, __, __, 98)

10 + 98 2

98

= 108 2

= 54

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Página de referência: 173

a1 - Primeiro termo da P. A. Exemplo1:

n – número de termos

Sn – soma dos termos da P. A. Determine a soma dos termos da seguinte PA: (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24, 26, 28, 30, 32, 34, 36, 38, 40).

Para usar a fórmula dada, observe que: a1 = 2 Primeiro termo da P. A. an = 40 O último termo N = 20 O número de termos Aplicando a fórmula, teremos:

Assim, a soma dos termos dessa PA é 420.

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99

Exemplo 2 Calcule a soma dos termos dos 50 primeiros termos da PA (2, 6, …).

Primeiro temos que calcular o termo 50, ou seja,

a50.

Usaremos a fórmula abaixo: a50 = a1 + (50–1).r n = 50

a50 = a1 + 49.r

a1 = 2

a50 = 2 + 49 . 4

r=6–2=4

a50 = 2 + 196 a50 = 198

Como encontramos o nosso a50, vamos calcular agora a soma dos termos desta PA, substituindo o

a50 na fórmula.

A

soma dos 50 primeiros termos é igual a 5000.

100

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Atividades

1). Calcular a soma dos 20 primeiros termos da P.A. (7, 10, 13, ...).

a20 = a1 + (___ – 1).r

n = ______

a20 = ___ + ___ ‧ r

a1 = ______

a20 = ____ + ____

r = _____

a20 = ____

(__________) . ____ 2

____ . ____ 2 _______

A soma dos 20 primeiros termos é igual a __________.

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101

Página de referência: 176

Observe a sequência abaixo e responda:

(1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, …)

A) qual o próximo elemento da sequência? _________ B). Qual o 10º elemento da sequência? ________ C). Qual o 12º elemento da sequência? _________ Você deve ter observado que cada termo, exceto o primeiro, equivale ao anterior multiplicado ao número fixo 2. x2

x2

(1, 2, 4, 8, 16,...) x2

x2

Sequências como essa são chamadas de progressões geométricas ou P. G. O número 2 é chamado de razão (q) da P. G. Então q = 2 A P. G. acima tem infinitos termos.

102

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Como fazemos para descobrir a razão de uma P.G.?

Basta dividir um sucessor da sequência pelo seu antecessor imediato.

Antecessor Número que vem antes.

Sucessor Número que vem depois Veja:

(1, 2, 4, 8, 16,...)

Sucessor 8÷4=2

Então 2 é a razão.

Antecessor

Qual a razão da P. G. abaixo?

(1, 3, 9, 27, ...) _____ ÷ _____ = _____ q = ______

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103

Atividades 1) continue a sequência abaixo:

(1, 3, 9, 27, _____, _____, _____, _____, _____, ...)

Que número você multiplicou a cada termo da sequência? ______________________ A sequência que você formou recebe o nome de _______________________.

O número que você multiplicou a cada termo recebe o nome de ___________________ dessa sequência e é escrita na forma q = __________________.

2) encontre a razão da P.G. abaixo e continue a sequência:

(1, 5, 25, 125, ________, __________, __________ ...) __________ ÷ ____________ = __________ Q = ____________ 3) encontre a razão da P.G. abaixo e continue a sequência:

(1, 4, 16, 64, __________, __________, _________ ...) __________ ÷ __________ = __________ q = __________ 104

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Termo Geral da P. G. A fórmula que aparece na imagem ao lado é a expressão que nos permite obter qualquer termo de uma progressão geométrica conhecendo apenas os valores da razão q e do primeiro termo da progressão, o a1.

Q - razão da P.G. N – número de termos

A1 - Primeiro termo da P. G. Exercício resolvido Sendo 32 o primeiro termo de uma PG e 2 é a sua razão, calcule o termo de ordem 8.

A1=32

q=2

a8=?

N=8

Vamos usar a fórmula do termo geral: An=a1⋅q n−1 A8=a1⋅q 8−1 A8=32⋅27 A8=32⋅128 A8=4096

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105

Atividades 1) calcular o nono termo da progressão geométrica: (2; 6; 18; ...). q = _____ ÷ _____ = ____ n = _____ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ 2) Escreva uma P.G. de quatro termos, dados: a1 = 3 e q = 2. ( _____, _____, _____, _____ )

3) escreva o termo seguinte da P. (–3, 18, –108, ...)

Q = _____ ÷ _____ = ____

4) determine o décimo termo de uma progressão geométrica cujo primeiro termo é 2 e a razão é 3. q = _____ ÷ _____ = ____

n = _____ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________

106

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Termo consecutivo de uma P.G. Os termos consecutivos de uma P.G. podem ser escritos na forma:

Os termos centram é a média geométrica entre os dois extremos.

Onde:

Termo anterior ao termo do meio Termo do meio Termo posterior ao termo do meio

(2, 10,

20)

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107

Exemplo: Calcule o termo central da P. G. ( 3, X + 2,

27)

Dados da P. G.: Termo do meio: X + 2 Termo anterior ao termo do meio: 3 Termo posterior ao termo do meio: 27 ap = X + 2 ap–1 = 3 ap+1 = 27 Aplicando a fórmula temos:

ap = √ ap–1  ap+1

X+2=√ 3



27

X + 2 = √ 81 X+2=9

X =9–2 X =7 Sabemos que:

ap = X + 2 ap = 7 + 2 ap = 9

P. G. ( 3, 9, 27)

108

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Atividades

1) Calcule o termo central da P. G. (6, X + 3, 54)

ap = _________ ap–1 = ________ ap+1 = ________

ap = √ ap–1  ap+1 ____ = √ _________________________

___________________

___________________ ___________________ _ Sabemos que:

ap = ___________ ap = ___________ ap = ___________

P. G. ( ___________________)

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109

2) Calcule o termo central da P. G. (10, X – 25, 250)

ap = _________ ap–1 = ________ ap+1 = ________

ap = √ ap–1  ap+1 ____ = √ _________________________

___________________ ___________________ ___________________ _ Sabemos que:

ap = ___________ ap = ___________ ap = ___________

P. G. ( ___________________)

110

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Termos equidistantes em uma P. G. Numa P.G finita, o produto de dois termos equidistantes dos extremos é igual ao produto dos extremos.

P. G. (2, 4, 8, 16, 32, 64) 8x1 6

4x 32 2 x 64

2 e 64 são os extremos da P. G.

Exemplo: Descubra o valor de Y na P. G. (3, 12, 48, Y, 768)

(3, 12, 48, Y, 768)

12 x Y = 2304 Multiplicar os 3 x 768 = 2304

extremos 3 e 768

Multiplicar os termos equidistantes 12 x Y = 2304 Y = 2304 ÷ 12 Y = 192

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111

Atividades 1). Descubra o valor de Z na P. G. (5, 10, 20, Z, 80, 160)

(5, 10, 20, z, 80, 160 )

_____ x _____ = _______ ______ = _______ ÷ _______ ______ = _______

2). Descubra o valor de M na P. G. (10, x, 6, 4, 2)

(1,

6, M, ,216,1296,2776

)

_____ x _____ = _______ ______ = _______ ÷ _______ ______ = _______

112

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Produto dos n primeiros termos de uma P.G. Para calcular o produto dos termos de uma P.G. basta usarmos a fórmula abaixo:

q - razão da P.G. n – número de termos

a1 - Primeiro termo da P.G. Exercício resolvido:

Qual o produto dos 5 primeiros termos de uma P.G, cuja razão é 2 e o primeiro termo vale 1 e o 5° termo 16?

a1 = 1; q=2 n=5 Aplicando na fórmula temos:

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113

Atividades

1) calcule o produto dos termos da P.G (2, 4, 8, 16, 32, 64, 128).

A1 = _____ Q = _____ ÷ _____ = ______

2) qual o produto dos 4 primeiros termos de uma P.G, cuja razão é 2 e o primeiro termo vale 2 e o 4° termo 16?

A1 = _____ P4

Q = _____ ÷ _____ = ______ P4 P4 P4

P4 P4

114

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Soma dos termos de uma P.G. Para saber a Soma de uma PG finita, utiliza-se a seguinte fórmula:

a1 - Primeiro termo da P. G. n – número de termos

q - razão da P.G. Exercício resolvido Qual a soma dos 5 termos de uma PG crescente cujo primeiro termo vale 3 e a razão 2?

Temos: a1 = 3; q = 2; n=5

3.(25 – 1) 5

(2 – 1)

3.(32 – 1) 5

(2 – 1) 3.31

5

5

1 93

Ou seja, a soma de termos dessa PG crescente é 93!

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115

Atividades 1) qual a soma dos 7 termos de uma P.G crescente cujo primeiro termo vale 1 e a razão 2?

Temos: A1 = ______ Q = ______ N = ______

7

7

7

7

P. G. (______, _______, ______, ______, ______, ______, ______)

a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + a6 + a7 = _______ 116

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2) calcular a soma dos 10 primeiros temos da P.G. (2, 4, 8, ...)

A1 = ______ Q = ______ N = ______

Achar a razão ____ ÷ ____ = ____

10

10

10

10

P. G. ( ___, ____, _____, _____, _____, _____, _____, _____, _____, ____)

a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + a6 + a7 + a8 + a9 + a10 = _______

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117

Soma dos infinitos termos de uma P. G. convergente É possível somar os termos de uma P. G. infinita dividindo o valor do primeiro termo dessa sequência por 1 – q (um menos a razão) Algebricamente, essa fórmula é escrita da seguinte maneira:

Nessa fórmula, S é a soma dos termos da PG infinita, a1 é o primeiro termo dessa progressão e q é sua razão.

•

118

Complete as lacunas

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Essa fórmula só é válida para progressões geométricas decrescentes, com 0 < q < 1.

Na progressão geométrica decrescente, a razão é sempre positiva (q > 0) e diferente de zero (0) formada por números decrescentes.

Ou seja, os números da sequência são sempre menores do que seus antecessores, por exemplo: (-1, -3, -9, -27, -81, ...) onde q = 3

• Assinale com X as alternativas com a P.G. decrescente:

(

)

(

)

(

)

(

)

(

)

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Sumário Redação Aulas 9 e 10 ---- Dominar linguagem: o parágrafo de introdução ..................................................................................03 Aulas 11 e 12 ----Sustentar posição: a argumentação – linhas gerais ................................................................................16 Aulas 13 e 14 ---- Argumento de prova concreta ........27 Aulas 15 e 16 ---- Argumento de autoridade: vozes autorizadas ...................................................................................35

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3

Página de referência: 13 [...] Não atuo por impulso, tenho consciência de que a primeira coisa necessária para escrever é sentar-se uma pessoa na cadeira e esperar. Eu não vou sentar porque tenho o impulso de escrever, eu sento-me para que esse impulso venha. É como quem tem que se pôr a jeito para que as coisas sucedam.

Provavelmente isto desilude, vai decepcionar aquelas pessoas que têm do ofício do escritor uma visão romântica, arrebatada, byroniana, se quisermos. [...]

SARAMAGO, José. Saramago conversa sobre o ofício do escritor. Folha de S.Paulo. 6 maio 1989. Disponível em: <www.almanaque.folha.uol.com.br/leituras_07jul00.htm>. Acesso em: 26 jun. 2017.

Dissertação: a estrutura ortodoxa

Introdução: é a abertura do texto dissertativo. É nela que se revela, na maior parte das vezes, a tese, que é o posicionamento do autor do texto diante da questão posta em debate.

Desenvolvimento: defesa de tese.

Ocupa-se em comprovar, por meio de argumentos, a validade da tese criada.

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4

Página de referência: 13

Conclusão: encerramento de discussão.

Resgata-se a base do raciocínio, a tese, e inclui-se, se conveniente ou necessário, uma proposta de intervenção.

Os elementos presentes na introdução: Tese – posicionamento, visão de mundo; Tema – questão posta em debate; Contexto

–

quadro

espaço

temporal,

situação

sociocultural.

Estratégias de composição de introduções • Comparação: por oposição • Teses em circulação; ou por semelhança;

• Definição pessoal;

• Trajetória histórica;

•

•

Relação

Negação

do

senso

causa- comum;

consequência;

• Citação.

• Ilustração;

Texto para a questão 1 Precisamos falar sobre racismo Não admitimos, mas milhões de negros dizem que a segregação existe, com graus de sofisticação que beiram a crueldade.

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Página de referência: 13 Certa vez, perguntaram à jornalista Glória Maria se em algum momento da vida ela sofrera discriminação racial. A resposta foi “não”. Glória disse ter sido alvo de outra coisa: de “olhares”.

Obviamente, o “rabo de olho” se deu antes de se tornar um dos rostos mais conhecidos do jornalismo brasileiro. Explicou do que estava falando: o “olhar” é algo indefinível, pois sua intenção não pode ser registrada em cartório, apenas intuída por quem o recebe, diante do silêncio e insinuação de quem o envia. Ocorre sempre no espaço público – lojas ou lanchonetes, por exemplo.

O depoimento serve para ilustrar o terreno escorregadio que ronda o debate racial no Brasil. Falar disso nos é difícil.

Acreditamos

na

democracia

racial

da

mesma

maneira

que

acreditamos ser o país do futuro. Mas um checklist à nossa volta basta para mostrar que os negros estão fazendo os trabalhos mais humildes, moram mais longe, são em menor número nas salas de aula. Contra todas as evidências, algo – tão indefinível quanto os olhares furtivos – insiste em dizer que “é”, mas “não é bem assim”.

O lugar desfavorável dos negros, em suma, não nos parece uma prova do racismo, como se uma coisa não estivesse ligada à outra. Esquizofrenia? De fato. A estrutura é segregacional, mas não eu e você. Daí a simpatia que suscitou o livro Não somos racistas, de Ali Kamel. Ou as contínuas referências ao estudo A cabeça do brasileiro, de outro sociólogo, Alberto Carlos Almeida, autor de uma controvertida quantificação que acenou haver mais discriminação contra pardos nascidos no Nordeste que contra os negros.

Como de todo o resto no Brasil, o racismo não é assunto para ser tratado de forma amadora. Não dá para abraçar a ingênua defesa da nossa cordialidade, nem dá para ir aos extremos, reduzindo o Brasil a um país intolerante e fascista, dado a

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disfarces de delicadeza. Temos um racismo à nossa moda, e não há salvação sem esforço de entender esse labirinto de “olhos” que se cruzam por aí. Se não somos racistas, como diz Kamel, sabemos que existe racismo, como garantem os negros. E um racismo cheio de patas. Basta lembrar que no Brasil os negros “embranquecem” à medida que se mexem na pirâmide, indicando que nosso preconceito de classe é tanto quanto maior o preconceito de cor.

Sofisticado e cruel assim.

Para quem acompanha o noticiário, a discussão voltou à baila.

Eis que de repente o démodé brado de “macaco” foi entoado nos estádios do país, contra juízes de futebol e jogadores negros: Tinga, do Cruzeiro; o volante Arouca, do Santos; e o árbitro Márcio Chagas da Silva. A Gazeta do Povo do dia 10 contou outras histórias, como a do haitiano Stanley Joseph.

Pois que venha o debate público. Que sejam colocadas na mesa as condicionantes históricas – é desonesto ignorar as raízes deixadas pelo nosso passado escravocrata. Às estatísticas: à revelia das divisórias entre negros e pardos, somos, grosso modo, 55 milhões de pobres, 24 milhões de pobres extremos, os dois lugares ocupados majoritariamente por homens e mulheres de “pele escura”, como se dizia. É nefasto – a desigualdade, já disse o pesquisador Ricardo Henriques, de tão brutal se tornou uma experiência natural, que de natural não tem nada.

Nessa conversa, que se leve em conta a cultura formada em torno da negritude. Não se trata de vitimização. Trata-se de conquista – deles. Desde a luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, na década de 1960, afros de todo o mundo se puseram a mexer no vespeiro, alcançando mais respeito e janelas nas quais pudessem discursar. No Brasil não foi diferente. A pesquisa de Alberto Carlos Almeida, diga-se, mostrou que o negro é olhado também de forma mais respeitosa, apesar de todas as

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nuances desse relacionamento cheio de pequenos limites, cuja melhor tradução são os elevadores de serviço e as criadas vendo tevê com as patroas, mas sentadas numa cadeira. Parodiando Kamel, podemos não ser racistas, mas somos algo próximo disso.

Apesar de toda a sutileza que ronda a barbárie do racismo no Brasil, apesar da fragilidade legal, há menos tolerância com brutamontes deixando bananas no retrovisor de um juiz de futebol.

A grita dos estádios, prontamente denunciada, nasce dessa indisposição em ficar quieto. O atacante Adílson, do XV de Piracicaba, um dos injuriados, admite essa mudança de postura. Os negros sempre foram humilhados nos estádios. Mas agora não vão mais aceitar isso. O momento é de ir à forra. Esse “agora chega” é rico, pois o país se vê diante da necessidade de enfrentar discussões raciais, nem que doa.

Precisamos falar sobre racismo. Disponível em: <www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/precisamosfalar-sobre-racismo1y40r9ayjhuoivsvkd7awauz2>.Acesso em: 5 abr. 2017.

1. a) Qual é a questão posta em discussão (o tema) no editorial? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________

b) Qual é o posicionamento que o autor defende no texto (tese)? Retire um trecho que comprove sua afirmação. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________

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_______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________

c) Qual a estratégia utilizada pelo autor, no primeiro parágrafo do texto, para introduzir o tema? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________

Leia o excerto do livro Viol•ncia urbana, de Paulo Sérgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida, para responder às questões 2 e 3.

De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, não pare em sinal vermelho. Se for assaltado, não reaja – entregue tudo. É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir várias dessas recomendações. Faz tempo que a ideia de integrar uma

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comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras.

As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido é encarado como ameaça. O sentimento de insegurança transforma e desfigura a vida em nossas cidades.

De lugares de

encontro, troca,

comunidade,

participação

coletiva, as moradias e os espaços públicos transformam-se em palco do horror, do pânico e do medo.

A violência urbana subverte e desvirtua a função das cidades, drena recursos públicos já escassos, ceifa vidas – especialmente as dos jovens e dos mais pobres –, dilacera famílias, modificando nossas existências dramaticamente para pior. De potenciais cidadãos, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse quadro de insegurança e pânico, denunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela mídia eletrônica? Qual tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no Estado de direito?

PINHEIRO, Paulo Sérgio; ALMEIDA, Guilherme Assis de. Violência urbana, 2003.

Disponível em: <goo.gl/aTPynm>.

2.

(Unesp-SP)

O

modo

de

organização

do

discurso

predominante no excerto é: (

) a dissertação argumentativa.

(

) a narração.

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3. O texto de Paulo Sérgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida se inicia com uma série de recomendações que levariam o leitor a se proteger da violência: De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, não pare em sinal vermelho. Se for assaltado, não reaja – entregue tudo.

Entre as estratégias de construção do parágrafo de introdução aprendidas nestas aulas, vimos que a ilustração é uma escolha bastante expressiva. Considere a continuidade do texto do autor e reescreva o primeiro parágrafo, utilizando uma nova técnica de construção. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________

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4. (PUCC-SP) Cronologia 1500 ---- Cabral encontra os Tupiniquim, da grande família Tupinambá (tronco tupi--guarani) que ocupava quase toda a costa, do Pará ao Rio Grande do Sul. 1502 ---- Instalação das primeiras feitorias portuguesas no Brasil (Cabo Frio, Bahia, Pernambuco) para o tráfico do pau-detinta e escravos.

1511 ---- Em Cabo Frio, a nau “Bretoa” embarca 35 escravos índios para a metrópole. Incursões de corsários franceses interessados em pau-brasil.

1531 ---- Expedição de Martim Afonso de Souza e Pero Lopes de Souza de reconhecimento e posse da terra. − Endurecimento dos termos de intercâmbio (escambo) de produtos nativos por manufaturas europeias. − Contingenciamento da mão de obra indígena para todo tipo de trabalho, ainda através do escambo. − Mais embarque de escravos para Portugal.

1534 ----

Implantação do regime de donatarias hereditárias.

Aumenta a imigração de colonos, atentando contra a mulher indígena, a posse da terra e a liberdade dos índios.

1537 ----

Breve papal de Paulo III proclamando os índios

“verdadeiros homens e livres”, isto é, criaturas de Deus iguais a todos.

1540 ---- Reações dos Tupi à conquista: 12 mil índios emigram da Bahia ou Pernambuco; somente 300 chegam a Chachapoya, no Peru. − Sessenta mil Tupinambá fogem da opressão portuguesa, exaurindo-se pelo caminho, até atingir a foz do rio Madeira (15301612).

1547 ---- Os Carijó, grupo guarani da capitania de S. Vicente, são assaltados por predadores de escravos e vendidos em várias

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capitanias.

Para

escapar

à escravização,

tribos

guerreiam

mutuamente, arrebanhando escravos para a nascente indústria canavieira.

1549 ---- Chega a primeira missão jesuítica, chefiada por Manuel da Nóbrega: oito missionários, entre os quais, José de Anchieta. − Dissolve-se o regime de capitanias. − É estabelecido o governo-geral. − Tomé de Souza, primeiro governador-geral, reimplanta o escambo para obter alimentos e trabalho dos índios, mas não impede de todo a escravidão.

RIBEIRO, Berta Gleizer. O índio na história do Brasil. São Paulo: Global, 1983. p. 119120.

É correto afirmar sobre o anteriormente transcrito: (

) Tratando-se de uma cronologia, é fundada em dados

científicos, por isso essa relação de datas e acontecimentos históricos

corresponde

a

dados

objetivos,

que

devem

obrigatoriamente figurar em qualquer cronologia de qualquer outro estudioso (

) É quadro composto de linhas e colunas que, separadas

por filetes, formam casas em que se acham contidos algarismos e palavras; a subjetividade do autor da cronologia evidencia-se na seleção que faz dos fatos historicamente disponíveis para registro.

5. (Fuvest-SP) Todas

as

correspondem

variedades a

linguísticas

sistemas

e

são

subsistemas

estruturadas, adequados

e às

necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua

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fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade.

Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação.

CUNHA, Celso. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado

Considere as seguintes afirmações sobre os quatro períodos que compõem o texto: I. Tendo em vista as relações de sentido constituídas no texto, o primeiro período estabelece uma causa cuja consequência aparece no segundo período.

II. O uso de orações subordinadas, tal como ocorre no terceiro período, é muito comum em textos dissertativos.

III. Por formarem um parágrafo tipicamente dissertativo, os quatro períodos se organizam em uma sequência constituída de introdução, desenvolvimento e conclusão.

IV. O procedimento argumentativo do texto é dedutivo, isto é, vai do geral para o particular.

Está correto apenas o que se afirma em: (

) I e II.

(

) II, III e IV.

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Atividades adaptadas 1---- Marque com o X, a introdução é: (

) a abertura do texto dissertativo.

(

) defesa de tese.

2---- Marque com o X, o Desenvolvimento é: (

) defesa de tese.

(

) encerramento de discussão.

3---- Marque com o X, a Conclusão é: (

) a abertura do texto dissertativo.

(

) encerramento de discussão.

4---- Complete: Os elementos presentes na introdução: ___________________ – posicionamento, visão de mundo; ___________________ – questão posta em debate; ___________________ – quadro espaço temporal, situação sociocultural.

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Página de referência: 20

O desenvolvimento do texto dissertativo: a argumentação Argumento: recurso discursivo que tem por finalidade defender a tese e conquistar a adesão do interlocutor.

O lugar da argumentação na estrutura ortodoxa:

• A estratégia escolhida no parágrafo introdutório para

a

apresentação

da

tese

orienta o

percurso

argumentativo do texto.

• No desenvolvimento, segundo o Enem, deve-se “selecionar,

relacionar,

organizar

e

interpretar

informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista”.

• A argumentação direciona o caminho para a conclusão, dando fundamento para “elaborar proposta de intervenção para o problema abordado” (Enem).

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Página de referência: 20

Duas estratégias argumentativas: • Para persuadir: são escolhidos os argumentos que produzem efeito de subjetividade, apelando à emoção do auditório.

• Para convencer: os argumentos são selecionados e organizados

para

produzir

efeito

de

objetividade,

chamando o interlocutor à razão.

Recursos argumentativos: • Argumento de autoridade: citação literal ou paráfrase de ideias de “especialistas”, pessoas de reconhecido saber.

• Argumento de consenso: citação de provérbios,

máximas

da

sabedoria

popular, pensamentos compartilhados pela coletividade.

• Argumento de provas concretas: citação de dados estatísticos, valores percentuais, referências numéricas.

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Página de referência: 20

• Argumento de raciocínio lógico: refere-se à articulação das ideias, seu encadeamento lógico na progressão do raciocínio,

garantindo

coerência

à

conclusão.

•

Argumento

de

competência

linguística: consiste, segundo o Enem, em “demonstrar domínio da norma da língua padrão”.

O artigo de opinião é um gênero textual em que o enunciador discute temas atuais de relevância (da política, da economia, da cultura, da sociedade) nos meios impressos (como jornais e revistas) ou digitais (em sites, por exemplo). O artigo a seguir, cujo título é “A invisível exploração sexual nas estradas”, foi publicado no jornal Folha de S.Paulo, na seção “Tendências/Debates”, em 5 de fevereiro de 2017.

Sua autora, Eva Dengler, é gerente de programas e relações empresariais da Childhood Brasil, organização que atua na proteção da infância e da adolescência. Leia-o atentamente para responder às questões propostas:

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Texto para as questões 1 a 6 A invisível exploração sexual nas estradas O verão é a época em que muitos aproveitam para viajar e curtir as férias com amigos e familiares. Neste período, além dos aeroportos mais cheios, o fluxo nas estradas também aumenta. É justamente no ambiente das rodovias, principalmente nos postos de combustíveis com espaço de parada e descanso, que uma perversa violação dos direitos de crianças e adolescentes pode acontecer. A exploração sexual faz parte dos “serviços” oferecidos, na maioria dos casos, por aliciadores. Nesse começo de ano, quando estiver na estrada e fizer sua parada, fi que atento.

No mapeamento realizado pela Polícia Rodoviária Federal, entre 2013 e 2014, 1 969 pontos vulneráveis de exploração sexual de crianças e adolescentes foram identificados nas rodovias federais do Brasil.

Desse total, 566 foram considerados pontos críticos; 538, com alto risco; 555, com médio risco; e 310 pontos avaliados como de baixo risco. O mapeamento abrangeu em torno de 65 mil quilômetros de rodovias federais, distribuídos pelo país.

Batizado

de

Projeto

Mapear,

o

estudo

auxilia

o

desenvolvimento do programa Na mão certa, lançado em 2006 pela organização Childhood Brasil para reunir esforços e mobilizar governos, empresas e organizações da sociedade civil no enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras.

Nos dez anos do programa, mais de 1 milhão de caminhoneiros já foram sensibilizados para atuarem como agentes de proteção.

Em 2015, pesquisa encomendada pela Childhood Brasil sobre o perl

do

caminhoneiro

no

país

revelou

o

aumento

dessa

consciência.

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Quando

questionados

se

já

saíram

com

crianças

ou

adolescentes, 87,3% dos entrevistados disseram que não, contra 82,1% na pesquisa de 2010 e 63,2% na de 2005.

Conquistar o apoio dos caminhoneiros é uma tarefa contínua, na qual é fundamental o engajamento das empresas que utilizam o transporte rodoviário de carga. Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), 87% da economia do Brasil transita por rodovias.

O problema da exploração sexual nas estradas deve ser enfrentado por toda a sociedade. Cabe ao poder público fazer valer a Portaria 944 do Ministério do Trabalho, que trata das condições sanitárias dos locais de parada e descanso.

Após interlocução da Childhood Brasil, a portaria tem um artigo que determina a restrição do acesso de crianças e adolescentes a esses locais, exigindo identificação dos pais ou dos responsáveis legais.

A responsabilidade sobre o problema também recai em cada cidadão que, neste verão, trafegará pelas estradas do país em busca de diversão, lazer e descanso.

Não podemos fingir que não é conosco. Ao parar na estrada para um simples café ou lanche, lembre-se de que nessas circunstâncias a exploração sexual pode se manifestar. Olhe em volta. Caso suspeite de uma situação de risco, não hesite; denuncie, disque 100 – o serviço de atendimento telefônico gratuito do Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Human.

Eva Dengler é gerente de programas e relações empresariais da Childhood Brasil, organização que atua na proteção da infância e da adolescência. A invisível exploração sexual nas estradas. Folha de S.Paulo – Opinião A3 – 5 fev. 2017. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/ opiniao/2017/02/1855853-a-invisivel-exploracaosexual-nasestradas.shtml>. Acesso em: 6 abr. 201

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1. Os títulos funcionam, muitas vezes, como uma espécie de síntese das ideias centrais do texto, dando pistas sobre o tema em debate e o posicionamento do autor. Como você justificaria essa afirmação, considerando o que entendeu ao ler o título “A invisível exploração sexual nas estrada? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2. Com base na expectativa criada pela leitura do título, explique como o parágrafo de introdução delimita o tema, problematizando-o. Justifique com passagens do texto. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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3. Ainda que esse artigo possa ser lido por qualquer um que abra o jornal, a autora se dirige especificamente a um interlocutor. Qual é o auditório cuja adesão Eva Dengler busca conquistar, levando em conta o propósito comunicativo e a estratégia de introdução do texto? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

4. A partir dos recursos argumentativos utilizados, a estratégia da autora é convencer ou persuadir o leitor?

Exemplifique com elementos do texto. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

5. Construa um parágrafo argumentativo de, no máximo, 10 linhas posicionando-se sobre esse mesmo tema, usando como argumento de autoridade o texto de Eva Den. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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6. A autora apresenta no artigo uma série de números extraídos do estudo do Projeto Mapear. Faça um parágrafo de 10 linhas utilizando-os como argumento de provas concretas, a fim de dar visibilidade ao problema da exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas.

______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Atividades adaptadas 1---- O que é um argumento? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

2---- Complete os conceitos a seguir: •

Argumento

citação

literal

de

ou

________________________:

paráfrase

de

ideias

de

“especialistas”, pessoas de reconhecido saber.

• Argumento de _______________________: citação

de

sabedoria

provérbios,

máximas

da

popular,

pensamentos

compartilhados pela coletividade.

• Argumento de _______________________________: citação

de

dados

estatísticos,

valores

percentuais, referências numéricas.

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Página de referência: 25

• O desenvolvimento da dissertação é o momento da seleção e organização dos recursos argumentativos.

• Um dos mais importantes recursos argumentativos é o:

argumento de prova concreta.

• O argumento de prova concreta consiste na utilização de dados numéricos, valores percentuais e referências estatísticas.

• Esse recurso produz efeito de realidade, de objetividade, criando ilusão de verdade.

• Contra números há argumentos: números podem ser questionados, servindo a interpretações diferentes, conforme a orientação argumentativa do texto.

•

Os

números

aparecem

com

frequência

nas

coletâneas das provas de redação, em gráficos, tabelas, pesquisas, etc.

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Texto para as questões 1 a 5 Missão das leituras Nova York – A nova edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, publicada na última quarta-feira, 18, é um desafio para aqueles que gostam de ver o copo meio cheio.

Sim, o número de leitores no Brasil aumentou desde 2011. Eles passaram de 50% a 56%. Mas, quando se considera que 44% dos habitantes da oitava economia do mundo não leem regularmente, em pleno século 21, e que 30% nunca adquiriram um livro, é difícil encontrar causa para celebração.

Uma pesquisa divulgada em outubro passado pelo “Pew Research Center” revelou que sete em dez norte-americanos leram um livro – concluindo ou não, durante o ano anterior. A média de leitura na população geral do país é de doze livros por ano. Mas o livro eletrônico não parece estar criando novos leitores, as vendas de livros digitais estão desacelerando nos Estados Unidos, enquanto as vendas de livros impressos continuam sólidas.

Com o começo próximo do verão no hemisfério norte, a mídia norte-americana divulga inúmeras listas de livros para se ler nas férias, dos romances leves para consumir na praia a livros de não ficção. É um típico exemplo cultural da leitura associada ao lazer.

Celebridades como Bill Gates são ouvidas. Na lista de cinco que Gates ofereceu este ano, há apenas um romance, Seveneves, de Neal Stephenson, uma história de ficção científica.

A cultura importa, e sabemos que bons exemplos também.

Tivemos um presidente intelectual, seguido de um presidente que confessou não ter a menor paciência para ler e uma presidente que, em campanha, lutou para se lembrar do que estava lendo. O

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presidente intelectual não inspirou, que se saiba, os brasileiros a ler mais, e antes que o acusem de descaso, é importante saber que o hábito de leitura não se adquire imitando chefes de Estado, e sim quem governa a vida do futuro leitor.

GUIMARÃES, Lúcia. O Estado de S. Paulo, 22 maio 2016. Disponível em: <http://alias.estadao.com.br/ noticias/geral,missao-das-leituras,10000052797>. Acesso em: 3 jun.

2017.

1. Marque a alternativa que interpreta corretamente as informações do texto a respeito da pesquisa “Retratos da leitura no Brasil”, considerando os dados utilizados na argumentação: (

) O fato de o número de leitores no Brasil ter

aumentado desde 011 é visto com otimismo. (

) O fato de que % não leem regularmente e 0%

nunca tenham adquirido um livro indica que não há motivo para celebrar o aumento de leitores no Brasil.

2. O texto faz referência à pesquisa do “Pew Research Center”, que traça um quadro da leitura nos EUA. A respeito das informações sobre os dados apresentados, só está correto o que conclui a alternativa: (

) Os americanos são muito mais cultos do que os

brasileiros, uma vez que leem em média 1 livros por ano. (

) Os livros impressos continuam vendendo mais

que os eletrônicos, os quais não estariam ajudando a formar novos leitores.

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3. A autora inicia o parágrafo de introdução com a seguinte afirmação: “A nova edição da pesquisa ‘Retratos da Leitura no Brasil’, publicada na última quarta-feira, 18, é um desafio para aqueles que gostam de ver o copo meio cheio”. Com base nos números usados como recurso para fundamentar

essa

ideia,

redija

um

parágrafo

argumentativo, entre 5 e 10 linhas, em defesa do mesmo posicionamento sobre a “leitura no Brasil”. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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4.

Considerando

que

“contra

números

há

argumentos”, escreva um parágrafo argumentativo, entre 5 e 10 linhas, defendendo o posicionamento contrário ao da autora. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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5. No segundo parágrafo do texto, a autora menciona o “Pew Research Center”, que fez um “retrato da leitura nos EUA”. Como você interpreta os resultados obtidos pela pesquisa? Os números podem ser considerados positivos? Escreva um parágrafo (entre 5 e 10 linhas) posicionando-se a respeito. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Atividades adaptadas 1---- Complete:

• Um dos mais importantes recursos argumentativos é o:

argumento de _________________________________________________ _________________________________________________.

2----- Em que consiste o argumento de prova concreta? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

3---- O recurso de prova concreta produz efeito de quê? (

) realidade, de objetividade, criando ilusão de

verdade. (

) fantasia, criando ilusão de inverdade.

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Página de referência: 29

• Além do argumento de prova concreta, outro importante recurso de convencimento do interlocutor é o: argumento de autoridade.

• Esse recurso argumentativo traz para a redação o prestígio e a respeitabilidade

de

vozes

autorizadas, fortalecendo a defesa da tese formulada.

• As vozes autorizadas são muito presentes nos textos de apoio das provas de redação, citadas em reportagens, entrevistas, pesquisas acadêmicas, etc.

Observação: É importante não copiar as citações da coletânea,

evitando

também

parafraseá-las:

isso

enfraquece o poder argumentativo, revelando que o candidato não possui bom repertório cultural.

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Texto para a questão 1 O texto a seguir refere-se a um fato ocorrido em 2017: a Polícia Federal, por meio da Operação Carne Fraca, divulgou várias suspeitas de irregularidades praticadas pelos frigoríficos brasileiros, como Friboi e Seara. O tema é de grande interesse, uma vez que está diretamente ligado à Saúde Pública. Leia-o e resolva a questão proposta. [...]

A suspeita central é de um esquema de corrupção envolvendo suborno a funcionários do Ministério da Agricultura para a venda de carnes fora dos padrões exigidos pela lei brasileira.

O juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, foi o responsável por autorizar a operação. O delegado da Polícia Federal Maurício Moscardi Grillo detalhou as investigações à imprensa e destacou práticas dos frigoríficos como a reembalagem de carne vencida, o fornecimento de falsas salsichas de peru a escolas do Paraná, o uso de cabeça de porco na fabricação de linguiça e o uso de papelão em embutidos. As declarações tiveram forte repercussão.

As empresas disseram que iriam investigar, mas negaram se tratar de algo disseminado na indústria. O governo e as associações de produtores rurais foram a público defender as carnes brasileiras ao mercado consumidor interno e externo. Os esforços não evitaram restrições em países estrangeiros.

A investigação começou há dois anos, com a denúncia do fiscal do Ministério da Agricultura Daniel Teixeira à Polícia Federal. Os principais indícios do esquema são interceptações de ligações telefônicas dos sócios das empresas, depoimentos de Teixeira e de

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funcionários e ex-funcionários das empresas investigadas e, no caso de um frigorífico, uma perícia de alimentos.

Enquanto não é possível saber exatamente a real extensão dos problemas da carne brasileira quanto à abrangência do esquema de propinas e envolvimento de empresas e políticos, o Nexo consultou o professor Sérgio Bertelli Pfl anzer Junior, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, sobre os casos sanitários apontados pela Polícia Federal. [...]

Uso de ácido ascórbico e nitrito Empresa suspeita Peccin O caso As duas ex-funcionárias da Peccin disseram que a empresa usava ácido ascórbico, “substância cancerígena”, para “maquiar” carnes estragadas. Um laudo que examinou salsichas e linguiças da Peccin concluiu que sua composição extrapolava os valores máximos para nitrito/ nitrato, entre outros problemas.

O que diz o professor “Ácido ascórbico não é cancerígeno. Ele é utilizado em qualquer produto curado. Sua função é ativar o funcionamento do nitrito, um sal que dá a coloração rosa e potencializa o sabor dos produtos. Não há limite específico para a utilização de ácido ascórbico, mas a determinação para que ele seja usado ‘em quantidade suficiente’. Os nitritos têm valores máximos e seu excesso pode ser prejudicial à saúde, incluindo o risco de câncer.

Nesse caso, é preciso comprovar se essas substâncias tinham alguma função ou se foram utilizadas para fraude [ou seja, maquiar a carne vencida]”.

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[...]

TERENZI, Gabriela. As suspeitas sanitárias sobre a carne brasileira, analisadas por este professor da Unicamp. Nexo, 21 mar. 2017. Disponível em: <goo.gl/dGtZSG>. Acesso em: 3 jun. 2017.

1. Com base nessas informações, marque a alternativa correta sobre o texto: (

) O argumento de autoridade do delegado tem

inequívoca credibilidade, pelos conhecimentos que ele possui dos fatos. (

) Os argumentos repetidos pelo senso comum são

frágeis, como comprova a autoridade do especialista, o professor Sérgio Bertelli.

Texto para as questões 2 a 4 O texto a seguir, publicado no jornal Midiamax, em 13 de outubro de 2016, discute a reforma no Ensino Médio.

Leio-o para resolver os exercícios propostos.

Os prós e contras da reforma do ensino médio O MEC tem até o fim do ano para enviar o texto complementar da Medida Provisória 746/2016 para Câmara e que altera o ensino médio. Somente após a aprovação da lei é que as discussões da base curricular comum para

o ensino médio serão retomadas.

Elencamos alguns números “motivadores” da proposta de Reforma: *O número de matrículas no ensino técnico teve em 2015 uma queda inédita desde 2007. A retração de 3% na quantidade de

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alunos entre 2014 e 2015 interrompeu um avanço anual de matrículas de 9%, registrado desde 2011. A meta do PNE (Plano Nacional de Educação) era triplicar essas matrículas até 2024. O que exigiria um ritmo de crescimento de 20% ao ano. Havia no ano passado 763 mil estudantes de ensino médio em cursos de formação técnica. Isso representa 9% do total de alunos da etapa. Outros 1 milhão de alunos já haviam terminado o médio, mas faziam curso profissional. Somando, são quase 1,8 milhão de alunos no ensino técnico de nível médio.

Os prós: Idealizadora da reforma, a professora Maria Helena Guimarães de Castro, 70 anos, teve apoio de uma equipe técnica para desenhar a reforma que o governo Temer tenta implementar.

Ela sustenta: a reforma já vem sendo discutida há duas décadas no Brasil, independentemente de governos e partidos, porque o modelo em vigor é um fracasso. Sobre a necessidade de ser por medida provisória: “Por uma questão de urgência mesmo. Um projeto de lei que propõe a reforma se arrasta desde 2013 no Congresso e está parado. Enquanto o tempo passa, os jovens ficam enredados em um sistema de péssima qualidade, reconhecido como um dos piores do planeta. A meu ver, a relevância do assunto justifica a medida provisória”. Sobre o fato de ter ficado parado tanto tempo no Congresso, ela esclarece: “Porque a reforma mexe em vários vespeiros. Há uma indústria gigantesca para preparar os jovens para o Enem, passaporte para a universidade que se baseia no atual modelo de ensino médio. São forças que se fazem representar no Congresso. E pesa ainda um fator político.

Parlamentares podem entender que encampar tal proposta não é tão vantajoso do ponto de vista eleitoral”. A reforma luta contra o

estabelecimento

proposital

da

desigualdade,

defende

a

educadora: “Uma parcela importante dos jovens fica pelo caminho, sem chance nenhuma de um bom futuro. Metade dos que ingressam no ensino médio não se forma. Menos de 20% deles vão

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para a universidade. Um batalhão entre 15 e 17 anos está fora da escola. O que o Brasil pratica com seu modelo monolítico, único no mundo, é a igualdade da mediocridade. O sistema atual não abre caminhos diferentes para pessoas de capacidades e ambições diferentes. Ele fecha portas, a reforma defende justamente a igualdade de oportunidades. Na flexibilização do novo modelo de ensino médio, metade da grade será comum e, para o restante das aulas, haverá a opção de aprofundamento em cinco habilitações: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico.

Os contras: O professor Roberto Franklin de Leão, do Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), é contra porque a reforma incentiva o ensino médio de tempo integral e retira a obrigatoriedade do ensino de disciplinas como sociologia, filosofia, artes e educação física: “Não é porque sou professor de artes que sou contra a MP, mas é que entendemos que o ensino médio tem de ter a visão interdisciplinar, que um assunto tem a ver com outro. Estamos disputando uma outra lógica de qualidade para a escola pública para o filho do trabalhador. É essa escola que não escolhe os seus alunos, é essa grande escola que temos de defender”. Daniel Cava, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, diz que o projeto em discussão falha por não envolver professores e alunos. “Conclusão: tende a não dar certo.

Precisamos entender que o ensino médio é a transição. Uma parte vai para a universidade, outra vai direto para o mundo das profissões”, diz.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) ingressou com ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Medida Provisória, que altera o ensino médio. “Trata-se de mais uma medida para moldar o estado brasileiro a outros interesses, a traquinagens

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contra a educação, como a sua privatização e também de outros serviços essenciais. Além do mais, a reforma tem como pecado original ser baixada por medida provisória, sem debate. Temos de rejeitar a MP.” A medida se não for aprovada este ano perde sua validade. A expectativa, porém, é de que seja votada até novembro.

SCHIAVO, Loiva Heideck. Midiamax. 13 out. 2016. Disponível em: <www.midiamax.com.br/artigo/ 318635-pros-contras-reforma-ensino-medio.html>. Acesso em: 9 nov. 2017.

O texto explica em que consiste o Novo Ensino Médio, de acordo com os termos da Medida Provisória do Executivo, mudanças

apresentando e

contrários

argumentos a

elas.

Com

favoráveis base

às

nesses

elementos: 2. Escreva um parágrafo de cinco linhas resumindo os argumentos favoráveis à reforma educacional. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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3. Escreva um parágrafo de cinco linhas resumindo os argumentos contrários às mudanças propostas para o Ensino Médio. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

4. Redija um parágrafo argumentativo de no máximo 10 linhas, posicionando-se a respeito da polêmica da reforma educacional. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2021 | www.mosaicoespaco.com.br

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______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

Atividades Adaptadas 1---- Além do argumento de prova concreta, outro importante recurso de convencimento do interlocutor é o: (

) argumento de autoridade.

(

) argumento de prova concreta.

2---- As vozes autorizadas são muito presentes em quais tipos de textos? ( citadas

) nos textos de apoio das provas de redação, em

reportagens,

entrevistas,

pesquisas

acadêmicas, etc. (

) nos textos de poesia, com rimas, charadas e

cartas.

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Sumário Gramática e texto Aulas 9 e 10 ---- Gêneros textuais e interação social..47 Aulas 11 e 12 ---- Variação linguística: a língua como um fato social ....................................................................................62 Aulas 13 e 14 ---- Termos associados ao verbo: combinações e sentidos.............................................................78 Aulas 15 e 16 ---- Termos associados ao nome e vocativo: combinações e sentidos .........................................93

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Página de referência: 35

1. Gêneros textuais Os gêneros textuais exercem importante papel na concretização da comunicação: é por meio deles que se organizam as mensagens que trocamos nas diversas situações

de

interação

no

cotidiano.

Eles

variam

conforme as necessidades de expressão e os contextos sociais moldam a fala e a escrita.

Por exemplo, quando se cumprimenta alguém, empregase um conjunto de: gestos e palavras que

caracterizam o: gênero

cumprimento; Para pressionar uma autoridade pública: apela-se para um abaixo-assinado; Para vender um serviço ou um produto, aciona-se o gênero anúncio.

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Página de referência: 35

2. Propriedades comuns Os gêneros podem ser definidos como conjuntos de textos com características comuns – considerando o: • tema, • o estilo e • a estrutura de composição –, que circulam, com variados propósitos (ou funções sociais), em dada sociedade e em dado momento histórico.

Se tomarmos como exemplo o gênero bula de remédio, apesar de haver diferenças entre as bulas de diferentes medicamentos e empresas farmacêuticas, todas elas apresentam propriedades comuns, que as identificam como uma espécie de texto que integra um mesmo gênero: esclarecimentos sobre a composição química, indicação de doenças para as quais o medicamento é recomendado, alerta de contraindicações e reações adversas, etc.

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Página de referência: 35

3. Novas tecnologias Como o gênero é um fenômeno histórico, o surgimento de novas tecnologias é um fator que impulsiona a eclosão de novos gêneros: se não existisse a internet não haveria, por exemplo: • o gênero texto de blog, o post em redes sociais, o e-mail.

Outros são fadados ao desaparecimento, como:

o gênero telegrama, que cedeu lugar às mensagens que se enviam por meio de telefones celulares, mais rápidas e personalizáveis.

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Página de referência: 36

Texto para a questão 1 Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação. A palavra vem do grego drao (fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é, pois, uma composição literária destinada à apresentação por atores em um palco, atuando e dialogando entre si. O texto dramático é complementado pela atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma estrutura específica, caracterizada: 1) pela presença de personagens que devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação; 2) pela ação dramática (trama, enredo), que é o conjunto de atos dramáticos, maneiras de ser e de agir das personagens encadeadas à unidade do efeito e segundo uma ordem composta de exposição, conflito, complicação, clímax e desfecho; 3) pela situação ou ambiente, que é o conjunto de circunstâncias físicas, sociais, espirituais em que se situa a ação; 4) pelo tema, ou seja, a ideia que o autor (dramaturgo) deseja expor, ou sua interpretação real por meio da representação.

COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973. Adaptado.

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Página de referência: 36

1. (Enem) Considerando o texto e analisando os elementos

que

constituem

um

espetáculo

teatral,

conclui-se que: (

) a criação do espetáculo teatral apresenta-se

como um fenômeno de ordem individual, pois não é possível sua concepção de forma coletiva. (

) o texto cênico pode originar-se dos mais variados

gêneros

textuais,

poesias,

crônicas,

como

contos,

notícias,

lendas,

imagens

e

romances, fragmentos

textuais, entre outros.

Texto para a questão 2

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Página de referência: 36

2. (Enem PPL) Os textos pertencem a gêneros em razão de

configurações

e

de

propósitos

comunicativos

específicos, os quais revelam sua função social. O texto em análise apresenta-se como: (

) uma peça publicitária, uma vez que promove o

produto de uma instituição financeira. (

) um panfleto, porque visa a orientar a população

para desenvolver práticas ecológicas.

Texto para a questão 3

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Página de referência: 37

3. (Enem PPL) Para o uso cotidiano de qualquer gênero de texto que circula em nossa sociedade, é necessário que se conheça sua finalidade, função social e organização textual. Pela leitura da história em quadrinhos, infere-se que o gênero estatuto: (

) pertence à esfera jurídica, por tratar de leis e

ter como finalidade estabelecer normas e regras de conduta. (

) caracteriza-se pelo uso de uma variedade

linguística regional não padrão.

Texto para a questão 4 Grupo transforma pele humana em neurônios Um grupo de pesquisadores dos EUA conseguiu alterar células extraídas da pele de uma mulher de 82 anos sofrendo de uma doença nervosa degenerativa e conseguiu transformá-las em células capazes de se transformarem virtualmente em qualquer tipo de órgão do corpo. Em outras palavras, ganharam os poderes das células-tronco pluripotentes, normalmente obtidas a partir da destruição de embriões.

O método usado na pesquisa, descrita hoje na revista Science, existe desde o ano passado, quando um grupo liderado pelo japonês Shinya Yamanaka criou as chamadas iPS (células-tronco de pluripotência induzida). O novo estudo, porém, mostra pela primeira vez que é possível aplicá-lo a células de pessoas doentes,

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portadoras de esclerose lateral amiotrófica (ELA), mal que destrói o sistema nervoso progressivamente.

“Pela primeira vez, seremos capazes de observar células com ELA ao microscópio e ver como elas morrem”, disse Valerie Estess, diretora do Projeto ALS (ELA, em inglês), que financiou parte da pesquisa. Observar em detalhes a degeneração pode sugerir novos métodos para tratar a ELA. KOLNERKEVIC, I. Folha de S.Paulo. 1º ago. 2008. Adaptado.

4. (Enem) A análise dos elementos constitutivos do texto e a identificação de seu gênero permitem ao leitor inferir que o objetivo do autor é: (

) apresentar a opinião da diretora do Projeto ALS.

(

) informar os resultados de uma nova pesquisa

feita nos EUA. Texto para a questão 5 A última edição deste periódico apresenta mais uma vez tema relacionado ao tratamento dado ao lixo caseiro, aquele que produzimos no dia a dia. A informação agora passa pelo problema do material jogado na estrada vicinal que liga o município de Rio Claro ao distrito de Ajapi. Infelizmente, no local em questão, a reportagem encontrou mais uma forma errada de destinação do lixo: material atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal.

Muitos moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residências e, em vez de um destino correto, procuram dispensá-lo em outras regiões. Uma situação no mínimo incômoda. Se você sai de casa para

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jogar o lixo em outra localidade, por que não o fazer no local ideal? É muita falta de educação achar que aquilo que não é correto para sua região possa ser para outra. A reciclagem do lixo doméstico é um passo inteligente e de consciência. Olha o exemplo que passamos aos mais jovens! Quem aprende errado coloca em prática o errado. Um perigo!

Disponível em: <http://jornaldacidade.uol.com.br>. Acesso em: 10 ago. 2012.

Adaptado.

5. (Enem) Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notícia veiculada no jornal. Tal diferença traz à tona uma das funções sociais desse gênero textual, que é: (

) apresentar fatos que tenham sido noticiados

pelo próprio veículo. (

) interpretar criticamente fatos noticiados e

considerados relevantes para a opinião pública.

Texto para a questão 6

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6. (Enem) Entre as funções de um cartaz, está a divulgação de campanhas. Para cumprir essa função, as palavras e as imagens desse cartaz estão combinadas de maneira a: (

)

evidenciar

as

formas

de

contágio

da

tuberculose. (

) alertar a população em relação à tuberculose.

Texto para a questão 7 Adivinha O que é impalpável mas pesa o que é sem rosto mas fere o que é invisível mas dói.

FONTELA, Orides. In: Teia. São Paulo:

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7. (ITA-SP) A adivinha é um gênero da oralidade popular que formula construções como: “O que é, o que é: tem escamas mas não é peixe, tem coroa mas não é rei? O abacaxi!”. Ela consiste num jogo enigmático de perguntas que, por conter dualidades e oposições, leva o ouvinte a pensar. Considerando essa definição e o poema de Orides Fontela, considere as seguintes afirmações: I. O poema mantém alguns traços formais da adivinha popular.

II. Como a adivinha popular, a do poema possui uma única resposta, que é um elemento concreto.

III. A adivinha do poema é uma reinvenção da adivinha popular.

Está(ão) correta(s) apenas: (

) I e III.

(

) II.

Texto para a questão 8 Receitas de vida por um mundo mais doce Pé de moleque Ingredientes 2 filhos que não param quietos Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2021 | www.mosaicoespaco.com.br

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3 sobrinhos da mesma espécie 1 cachorro que adora uma farra 1 fim de semana ao ar livre Preparo Junte tudo com os ingredientes do Açúcar Naturale, mexa bem e deixe descansar. Não as crianças, que não vai adiantar. Sirva imediatamente, porque pé de moleque não para. Quer essa e outras receitas completas? Entre no site cianaturale.com.br.

Onde tem doce, tem Naturale.

Revista Saœde, n. 351, jun. 2012. Adaptado.

8. (Enem) O texto é resultante do hibridismo de dois gêneros textuais. A respeito desse hibridismo, observa-se que a: (

) receita mistura-se ao gênero propaganda com a

finalidade de instruir o leitor. (

) propaganda assume a forma do gênero receita

para divulgar um produto alimentício.

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Atividades adaptadas 1---- Quando se cumprimenta alguém, emprega-se um conjunto de gestos e palavras que caracterizam o: (

) gênero cumprimento;

(

) abaixo-assinado;

2---- Para pressionar uma autoridade pública apela-se para um: (

) abaixo-assinado;

(

) anúncio

3---- Para vender um serviço ou um produto, aciona-se o gênero: (

) anúncio;

(

) gênero cumprimento;

4---- Complete: Os gêneros podem ser definidos como conjuntos de textos com características comuns – considerando o: • ___________________________, • o ______________________________ e • a ____________________________________________________, que

circulam,

com

variados

propósitos

(ou

funções sociais), em dada sociedade e em dado momento histórico.

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1. Variação em diferentes níveis de análise Nenhuma língua é falada de maneira uniforme por todos os membros da comunidade. Ocorrem diferenças que se percebem em variados níveis de análise: • fonético.

Exemplo: adevogado/advogado; • morfológico.

Exemplo: duzentas/duzentos gramas de mortadela; • sintático.

Exemplo: pessoa que gosto/de que gosto; • lexical.

Exemplos: aipim, macaxeira, mandioca.

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Página de referência: 41

2. A influência do tempo e do espaço Quando se considera a língua um dos elementos da cultura humana, pode-se facilmente chegar à conclusão de que ela sofre as interferências naturais do tempo e do espaço em que é falada. Diante disso, pode-se falar em: • variação histórica da língua, que se altera conforme as épocas.

Exemplo: um anúncio da década de 1920:

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Página de referência: 41

• variação geográfica, que se molda aos costumes dos diferentes lugares.

Exemplo: um trecho de um jornal português:

Sendo uma pequena povoação, é possível caminhar em redor da austríaca Hallstatt, aldeia considerada a mais bonita da Europa, por vários trilhos com paisagens que parecem saídas de postais e que datam milhares de anos, com vestígios históricos celtas, romanos e medievais.

Esta é a aldeia mais bonita da Europa, segundo o Instagram. Público, Lisboa, 25 abr. 2017, Fugas.

Disponível em: <www.publico.pt/multimedia/fotogaleria/ esta-e-a-vila-mais-bonita-da-europa-de-acordocom-oinstagram-372787#/0>. Acesso em: 29 abr. 2017. Fragmento.

3. Registro culto × registro popular Como

fato

social,

a

língua

sofre

diferentes

interferências e valorizações sociais. Por causa disso, modernamente

se

fala

em

adequação

do

registro

linguístico ao contexto de comunicação.

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A norma culta de uma língua não é a mais correta, mas uma das possibilidades mais prestigiadas de uso do idioma.

Entre as variações sociais da língua, podem-se destacar: • o registro culto: geralmente empregado pelas classes sociais de maior prestígio. Exemplo: entrevista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot:

É uma mentira, que beira a irresponsabilidade, afirmar que realizamos, na Procuradoria-Geral da República, coletiva de imprensa para ‘vazar’ nomes da Odebrecht. Só posso atribuir tal ideia a mentes ociosas e dadas a devaneios, mas, infelizmente, com meios para distorcer fatos

e

desvirtuar

instrumentos

legítimos

de

comunicação institucional.

PONTES, Felipe. Janot nega vazamentos na PGR e diz que acusação “beira a irresponsabilidade”. EBC Agência Brasil, Brasília, 22 mar. 2017. Disponível em: <http:// agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-03/ janot-nega-vazamentos-na-pgre-diz-que-acusacaobeira-irresponsabilidade>. Acesso em: 29 abr. 2017. Fragmento

• o registro popular: geralmente usado pelo falante de menor escolarização. Exemplo: “Samba do Arnesto”, de Adoniran Barbosa:

O Arnesto nos convidou Pra um samba ele mora no Brais.

Nóis fumus e num encontremos ninguém Nóis vortemos com uma baita duma reiva Da outra veis, nóis num vai mais Nóis num semos tatu BARBOSA, Adoniran. Samba do Arnesto. O poeta do Bexiga. Rio de Janeiro: Som Livre. 2004. 1 CD, Faixa 3.

Fragmento.

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66

Página de referência: 42

4. Variações de estilo Um mesmo indivíduo pode alterar seu modo de usar a língua conforme o contexto de comunicação, seu auditório, suas intenções. Fala-se, então, em variações de situação, entre as quais:

• estilo informal: em que a preocupação com a precisão ou com a correção perde para a espontaneidade e para o automatismo da construção dos enunciados.

Exemplo: depoimento de uma turista em Paris: A

cidade

é

maravilhosa, tem sempre alguma coisa especial em

cada

pessoas

de

esquina: diversas

idades e de muitos países diferentes, todo mundo muito amigável e divertido.

O que eu achei mais legal de Paris é a facilidade de se locomover, todos os lugares são muito acessíveis e o transporte não é caro. Dá pra conhecer tudo de metrô ou trem, se bem que andar pela cidade também não é nada mal...

Depoimento Intercâmbio, Paris, França. Descubra o Mundo Intercâmbio.

Disponível em: <www.descubraomundo.com/depoimentos>. Acesso em: 29 abr.

2017. Fragmento.

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67

Página de referência: 42

• estilo formal: forma de linguagem mais vigiada, em que a observação de regras e de cuidados com a seleção e a

combinação

são

mais

conscientes.

Exemplo:

uma

descrição de Paris: Só você, o rio Sena

e

a

Torre

Eiffel. O cenário já fez

parte

dos

sonhos

de

praticamente qualquer viajante e tirou muitos

o

sono

de

durante

espera

a

para

conhecer a tão famosa Cidade Luz. Sim, Paris é tudo isso e mais um pouco! A capital da França tem pouco mais de 2 milhões de habitantes, o que faz dela uma cidade não tão grande que faria alguém se perder, nem tão pequena para se conhecer a pé. Isso, por sinal, não será preciso, já que Paris conta também com um dos melhores sistemas de transporte público do mundo. Quanto custa viajar para Paris. Quanto custa viajar.

Disponível em: <https://quantocustaviajar.com/franca/ paris>. Acesso em: 27 abr. 2017. Fragmento.

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68

Página de referência: 43

Texto para as questões 1 e 2 A variação linguística é uma realidade que, embora razoavelmente bem estudada pela sociolinguística, pela dialetologia e pela linguística histórica, provoca, em geral, reações sociais muito negativas. O senso comum tem escassa percepção de que a língua é um fenômeno heterogêneo, que alberga grande variação e está em mudança contínua. Por isso, folcloriza a variação regional, demoniza a variação social e tende a interpretar as mudanças como sinais de deterioração da língua.

O senso comum não se dá bem com a variação linguística e chega, muitas vezes, a explosões de ira e a gestos de grande violência simbólica diante de fatos de variação. Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas – isto é, as variedades escritas e faladas que devem ser identificadas como constitutivas da chamada norma culta. Isso pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo.

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais.

Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais

e

das

respectivas

variedades

linguísticas.

Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda

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uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

ZILLES, A. M.; FARACO, C. A. Apresentação. In: ZILLES, A. M.; FARACO, C. A. (Org.). Pedagogia da varia•‹o lingu’stica: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola, 2015. Adaptado.

1. (UFRGS-RS) Considere as afirmações abaixo, sobre a construção de uma educação de qualidade.

I. Uma educação de qualidade deve, no que concerne à variação linguística, questionar as reações sociais advindas

da

percepção

da

língua

como

fenômeno

homogêneo.

II. O desafio, para uma educação de qualidade, está em preparar a escola para combater a discriminação que tem origem nas diferenças entre as variedades linguísticas.

III. As variedades linguísticas próprias ao domínio da leitura, escrita e fala nos espaços públicos, que devem ser ensinadas pela escola, são as que não sofreram variações sociais.

Segundo o texto, quais estão corretas? (

) Apenas II.

(

) Apenas I e II.

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2. (UFRGS-RS) Assinale a alternativa que contém uma afirmação correta, de acordo com o sentido do texto. (

) O senso comum costuma perceber a língua como

um fenômeno heterogêneo que alberga grande variação e está em mudança contínua. (

) A heterogeneidade linguística do Brasil deve ser

compreendida para que se possa construir uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua.

Texto para a questão 3

3. (Enem) As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações de comunicação.

Uma

das

marcas

linguísticas

que

configuram a linguagem oral informal usada entre avô e neto neste texto é: (

) o emprego da redução “tá” em lugar da forma

verbal “está”. (

) o uso da contração “desse” em lugar da

expressão “de esse”.

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Texto para a questão 4

4. (Enem) O personagem Chico Bento pode ser considerado comumente

um

típico

chamado

habitante

de

da

“roceiro”

zona ou

rural,

“caipira”.

Considerando a sua fala, essa tipicidade é confirmada primordialmente pela: (

) transcrição da fala característica de áreas

rurais. (

) redução do nome “José” para “Zé”, comum nas

comunidades rurais.

Texto para a questão 5 Gerente: — Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?

Cliente: — Estou interessado em financiamento para compra de veículo.

Gerente: — Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?

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Cliente: — Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.

Gerente: — Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.

BORTONI-RICARDO, S. M. Educa•‹o em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004.

Adaptado.

5. (Enem) Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observase que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido: (

) à adequação de sua fala à conversa com um

amigo, caracterizada pela informalidade. (

) à iniciativa do cliente em se apresentar como

funcionário do banco.

Texto para a questão 6 Samba do Arnesto O Arnesto nos convidou Pra um samba ele mora no Brais.

Nóis fumus e num encontremos ninguém Nóis vortemos com uma baita duma reiva Da outra veis, nóis num vai mais Nóis num semos tatu No outro dia encontremo com o Arnesto Que pediu descurpas, mais nóis num aceitemos Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2021 | www.mosaicoespaco.com.br

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Isso num se faiz Arnesto Nóis não se importa Mas você devia ter ponhado Um recado na porta. [...]

BARBOSA, Adoniran. Samba do Arnesto. O poeta do Bexiga. Rio de Janeiro: Som Livre. 2004. 1 CD. Faixa 3. Fragmento.

6. A leitura global do texto permite afirmar que: (

) o dialeto usado é urbano, mas foi mal-explorado

por abrigar muitas incoerências. (

) o uso do dialeto regional contribuiu para

enriquecer o plano do conteúdo do texto.

Texto para a questão 7 Escolhi como tema como os fundadores da Academia Brasileira de Letras viam a língua portuguesa no seu tempo. Como sabem, a nossa Academia, fundada em 1897, está agora completando 110 anos, foi organizada por uma reunião de jornalistas, literatos, poetas que se reuniam na secretaria da Revista Brasileira, dirigida por um crítico literário e por um literato chamado José Veríssimo, natural do Pará, e desse entusiasmo saiu a ideia de se criar a Academia Brasileira, depois anexada ao seu título: Academia Brasileira de Letras. Nesse sentido, Machado de Assis, que foi o primeiro presidente desde a sua

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inauguração até a data de sua morte, em 1908, imaginava que a nossa Academia deveria ser uma academia de Letras, portanto, de literatos.

BECHARA, E. Disponível em: www.academiagalega.org. Acesso em: 31 jul. 2012.

Adaptado.

7. (Enem PPL) No trecho da palestra proferida por Evanildo

Bechara,

na

Academia

Galega

da

Língua

Portuguesa, verifica-se o uso de estruturas gramaticais típicas da norma-padrão da língua. Esse uso: (

) torna a fala inacessível aos não especialistas no

assunto abordado. (

) contribui para a clareza e a organização da fala

no nível de formalidade esperado para a situação.

Texto para a questão 8 A História, mais ou menos Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um plá de que tinha nascido um Guri. Viram o cometa no Oriente e tal e se flagraram que o Guri tinha pintado por lá. Os profetas, que não eram de dar cascata, já tinham dicado o troço: em Belém, da Judeia, vai nascer o Salvador, e tá falado. Os três magrinhos se mandaram. Mas deram o maior fora. Em vez de irem direto para Belém, como mandava o catálogo, resolveram dar uma incerta no velho Herodes, em Jerusalém. Pra quê! Chegaram lá de boca aberta e entregaram toda a trama. Perguntaram: Onde está o rei que acaba de nascer? Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-

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lo. Quer dizer, pegou mal. Muito mal. O velho Herodes, que era um oligão, ficou grilado. Que rei era aquele? Ele é que era o dono da praça. Mas comeu em boca e disse: Joia. Onde é que esse guri vai se apresentar? Em que canal? Quem é o empresário? Tem baixo elétrico? Quero saber tudo. Os magrinhos disseram que iam flagrar o Guri e na volta dicavam tudo para o coroa.

VERISSIMO, L. F. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994.

8. (Enem) Na crônica de Verissimo, a estratégia para gerar o efeito de humor decorre do(a): (

) linguagem rebuscada utilizada pelo narrador no

tratamento do assunto. (

) contraste entre o tema abordado e a linguagem

utilizada.

Atividades adaptadas 1---- Observe os variados níveis de análise, e escreva a qual se refere: • _____________________________ Exemplo: adevogado/advogado; • _____________________________ Exemplo: duzentas/duzentos gramas de mortadela;

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• _____________________________ Exemplo: pessoa que gosto/de que gosto; • _____________________________ Exemplos: aipim, macaxeira, mandioca.

2---- O que é um o registro culto? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

3--- O que é um o registro popular? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Página de referência: 48

1. Tipos de sujeito

Agente • O Congresso Nacional vota hoje Lei da Ficha Limpa.

Simples Paciente • A Lei da Ficha Limpa será votada na sessão de hoje.

Composto

• Câmara e Senado votam hoje Lei da Ficha Limpa

Oculto

• Votaremos hoje, no Senado, a Lei da Ficha Limpa.

• Os ministros do Supremo Tribunal Federal ainda não se pronunciaram sobre o projeto de lei. Dizem que só tomarão partido após os congressistas votarem o polêmico projeto.

Existente

Indeterminado

• Votaram hoje a Lei da Ficha Limpa.

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Página de referência: 48

Inexistente

Haver = existir

• Haverá votação da Lei da Ficha Limpa hoje.

Haver = tempo

• O projeto estava trancando a pauta havia meses.

Fazer = tempo

• Faz meses que a opinião pública clama pela votação.

Ser = tempo

• Foram meses de pressão popular pela votação.

Fenômeno natural

• Choverá durante a votação do projeto Ficha Limpa.

* O termo Existente não está previsto na nomenclatura oficial

dos

tipos

de

sujeito,

mas

aqui

serve

de

contraponto à inexistência do sujeito na frase.

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Página de referência: 49

2. Termos associados ao verbo

Função sintática

Objeto direto

Objeto indireto

Adjunto adverbial

Agente da passiva

Forma

Valor de sentido ou papel temático

Exemplo

Sem preposição obrigatória, isto é, não imposta pela regência do verbo.

Indica o alvo da ação, isto é, aquilo que, de algum modo, é afetado pela ação.

O garçom servia champanhe francês durante a recepção.

Associado ao verbo transitivo indireto.

Com preposição obrigatória, imposta pela regência do verbo.

Indica o alvo afetado pela ação ou o destinatário, o beneficiário da ação.

Os cidadãos, muitas vezes, discordam dos seus representan tes.

Associado ao verbo da oração.

Com ou sem preposição (a preposição não é imposta pela regência do verbo).

Acrescenta circunstâncias variadas (nunca é agente, nem alvo, nem destinatário da ação verbal).

A viagem demorou cerca de 5 horas devido a uma obstrução total. da rodovia.

Associado a um verbo na voz passiva.

Com preposição – no português moderno, em geral, por ou per (pelo, pela, pelos, pelas).

Indica o executor da ação (em uma frase cujo sujeito informa o paciente da ação).

No verão, a plantação de soja foi invadida por pragas.

Relação

Associado ao verbo transitivo direto.

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Página de referência: 49

3. Exemplos de adjuntos adverbiais e circunstâncias

4. Esquema de transposição de vozes verbais O tempo

cura

Tudo

É curado

Pelo tempo

O tempo

curou

Tudo

Foi curado

Pelo tempo

O tempo

curava

Tudo

Era curado

Pelo tempo

O tempo

Tinha curado

Tudo

Tinha sido curado

Pelo tempo

O tempo

Vai curar

Tudo

Vai ser curado

Pelo tempo

O tempo

curaria

Tudo

Seria curado

Pelo tempo

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Página de referência: 50

1. Os enunciados a seguir foram adaptados do livro Arquitetura,

50

conceitos

e

estilos

fundamentais

explicados de forma clara e rápida (Edward Denison, Publifolha, 2014). Tomando os verbos destacados como ponto de partida, identifique seu respectivo sujeito, grifeo e, em seguida, classifique-o. a) Ao longo da história, a maioria das edificações resultou das tradições locais de construção e dos materiais disponíveis, não do trabalho de arquitetos. _________________________________________

b) A abundância de pedra e areia e a facilidade de transporte por rio foram condições fundamentais ao desenvolvimento de projetos monumentais no antigo Egito. ______________________________________________________________

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83

Página de referência: 50

c) A exploração de ilusões de ótica ilustra a preocupação dos gregos com a aparência da construção especialmente de vigas e colunas. Para o embelezamento das

colunas,

também

se

valiam

do

efeito

visual

proporcionado pelas caneluras. ______________________________________________________________

d) Com o desenvolvimento do arco, da abóbada, da cúpula e do concreto, foi possível aos romanos a construção de estruturas enormes como o famoso Coliseu de Roma. ______________________________________________________________

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Página de referência: 51

e) As leis, tradições construtivas e costumes romanos continuaram vivos no Império Bizantino, mesmo após o colapso sistêmico do Império Romano. Já disseram muitas vezes que a expansão mais comum da arquitetura bizantina está em construções religiosas ______________________________________________________________

f) A partir do século VIII, houve por toda a Europa a difusão da arquitetura românica e seus arcos plenos, suas aberturas estreitas, arcadas, abóbodas, alvenaria estrutural e pedras lavradas de paredes grossas e resistentes. Faz dez séculos que a solidez das formas românicas encanta a leigos e arquitetos. ______________________________________________________________

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Página de referência: 51

g) Durante a Idade Média, surgiu na França um novo estilo de construção eclesiástica com arcos ogivais, abóbadas nervuradas e arcobotantes produtores de um efeito extraordinário. ______________________________________________________________

h) Preservação da função do edifício e da disposição de seu interior pela fachada; fusão das construções com seu entorno, não seu destaque em relação a ele; uso abundante de decoração interior sobre os elementos estruturais do edifício: estamos falando da arquitetura islâmica, ou “arquitetura do véu”. ______________________________________________________________

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Página de referência: 52

2. O descuido na estruturação dos elementos de uma frase pode acabar gerando significados indesejados, como o que se lê no trecho a seguir, declaração de um ministro de Estado acerca da intenção do governo federal de injetar dinheiro numa companhia aérea cujas finanças estavam passando por grave crise.

O governo fará todo o possível para resgatar a empresa, os empregos e as condições para continuar voando.

Folha de S.Paulo, 2 maio 2006. p. B8.

Adaptado.

Considere as seguintes afirmações a respeito de alguns recursos de coesão empregados no trecho: I. Antes da locução verbal “continuar voando” houve a omissão de um termo, o que pode criar a impressão de que o ministro admite que o governo perdeu as condições de continuar voando.

II.

Para

que

o

texto

ganhasse

clareza,

seria

conveniente reescrevê-lo, por exemplo, da seguinte maneira: o governo fará todo o possível para resgatar o nome, os empregos e as condições da empresa para ela continuar voando.

III. O apagamento do sujeito de “continuar voando” é denunciado

por

um

critério

semântico:

associar

“governo” a essa locução verbal produz uma incoerência.

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Página de referência: 52

Está(ão) correta(s): (

) I, II e III.

(

) II e III.

3. Teve ampla repercussão na imprensa a notícia de que o ex-presidente Lula, em seu primeiro mandato, teria assistido a uma cópia não oficial do filme nacional Dois filhos de Francisco. A charge abaixo aproveitou o episódio para tecer críticas às diferentes posturas políticas do presidente, que fora sindicalista.

Assinale a alternativa INCORRETA sobre a charge: (

) O apagamento dos sujeitos dos verbos “é” e

“funciona” produz a ambiguidade do primeiro enunciado. (

) O efeito de ambiguidade é construído também por

meio da indeterminação do sujeito dos verbos “tirem” e “tragam”.

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88

Página de referência: 53

4. Analise o quadro a seguir: ele ilustra algumas funções sintáticas que constituem o período simples em português.

Agora leia a citação abaixo, de John F. Kennedy, e assinale

a

alternativa

que

contém

um

comentário

INCORRETO sobre ela: Devemos negociar com liberdade, mas jamais negociar a liberdade. (

) A expressão “com liberdade” indica um modo

como se deve negociar e não o objeto da negociação. (

) Não causaria estranheza alguma interpretar a

expressão “com liberdade” como indicador daquele com quem devemos negociar.

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89

Página de referência: 53

Texto para a questão 5

5. (UFTM-MG) O elemento-surpresa da história é explorado por meio de: (

) elipses dos complementos verbais e emprego de

termos de sentido vago. (

) reiteração de palavras de sentido negativo, para

reforçar a recusa do pedido.

6. Assinale a alternativa em que o adjunto adverbial destacado diminui a responsabilidade da ação praticada pelo sujeito: (

) Os tiranos sempre matam pelo bem da pátria.

(

) Por acidente o segurança disparou a arma

contra o assaltante.

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Página de referência: 54

Texto para as questões 7 e 8 Kkk... Haha... rs... Como riem os usuários do Twitter Essas são as grafias mais comuns entre os usuários da rede social que falam português.

Foram analisados 1 355 422 tuítes em português do dia 22/3. Tuítes com risadas identificadas: 96 512 (7% do total).

7. Assinale a alternativa correta acerca do enunciado “Foram analisados 13 55 422 tuítes em português do dia 22/3”: (

) Deslocando-se a locução verbal para o fim da

frase, altera-se o seu sentido global. (

) O sujeito paciente da frase é “13 55 422 tuítes em

português do dia 22/3”.

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Página de referência: 54

8. Assinale a alternativa que apresente um comentário correto: (

) O agente da passiva está apagado, manobra

estrutural da frase que omite quem fez a análise dos tuítes em português. (

) Num gênero textual como o gráfico, tem mais

peso argumentativo a informação sobre a autoria da análise do que sobre os dados tabulados.

Atividades adaptadas 1---- Complete o quadro:

Inexistente

Haver = ____________

• Haverá votação da Lei da Ficha Limpa hoje.

Haver = ____________

• O projeto estava trancando a pauta havia meses.

____________ _ = tempo

• Faz meses que a opinião pública clama pela votação.

___________ = tempo

• Foram meses de pressão popular pela votação.

Fenômeno natural

• Choverá durante a votação do projeto Ficha Limpa.

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Página de referência: 57

1. Adjunto adnominal × Predicativo Função sintática

Adjunto adnomial

Predicativo

Valor de sentido ou papel temático

Exemplo

Relação

Forma

Sempre associado a um nome.

• Com ou sem preposição.

• Sem mediação de um verbo.

• Caracteriza ou determina o nome ao qual se associa.

• Informa um atributo não circunstancial do nome.

O funcionário calado faltou hoje.

• Com ou sem preposiçã o.

• Ligado ao nome sempre por meio de um verbo.

• Caracteriza ou determina o nome ao qual se associa.

• Informa um atributo tido como dependente da circunstância determinada pelo verbo.do nome.

O funcionário observou calado a repreensão do chefe. (predicativo do sujeito) Os espectadores consideraram ofensivos os comentários do apresentador do telejornal. (predicativo do objeto).

Sempre associado a um nome.

2. Aposto e vocativo Função sintática

Aposto

Vocativo

Relação

Forma

Valor de sentido ou papel temático

Sempre associado a um nome.

• Liga-se ao nome geralmente sem preposição.

• Núcleo substantivo.

Identifica ou explica melhor o significado do nome ao qual se associa, numa relação de equivalência.

Este foi o desfecho da história na empresa: demissão.

• Termo isolado dentro da oração.

• Refere-se ao interlocutor do enunciado.

De natureza substantiva, isola-se por vírgula como sinal de não associação com outros termos da frase.

• Indica o elemento a que o enunciador se dirige, fazendo um chamado, um apelo.

• Revela a imagem que o enunciador faz de seu interlocutor.

Amigos, gostaria de pedir sua compreensão a respeito da minha opção política.

Exemplo

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Página de referência: 58

1. (ESPM-SP) Leia as frases abaixo e em seguida assinale a afirmação INCORRETA: I. Os deputados irritados deixaram a Câmara.

II. Os deputados deixaram a Câmara irritados.

III. Os deputados, irritados, deixaram a Câmara. (

) Na frase I, entende-se que somente os deputados

irritados é que deixaram a Câmara. (

) Na frase II, o vocábulo “irritados” expressa uma

circunstância de modo.

Texto para a questão 2 Documentário exibido pelo Channel 4 inglês expôs a teoria de que o Titanic não teria afundado apenas em virtude da colisão com o gelo, mas sim porque um incêndio ocorrido nos primeiros dias de abril de 1912, antes da fatídica viagem inaugural, ainda em Belfast, enfraquecera a estrutura da embarcação. O jornalista irlandês Senan Molony pôs as mãos em um lote de fotografias tiradas pelo engenheiro-chefe do estaleiro de Belfast onde o gigante de 53 metros de altura e 269 metros de comprimento foi construído. Um conjunto de imagens mostra uma mancha escura, de pouco mais de 9 metros de comprimento, a estibordo, o lado direito do casco. Naquele trecho havia um

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depósito de carvão para combustível com três andares de altura.

Um incêndio – e incêndios eram comuns em estaleiros naquele tempo – fragilizaria o aço. Dificilmente o transatlântico chegaria intacto e seguro ao porto de Nova York.

Veja, 11 jun. 2017. p. 87. Adaptado.

2. Considere, do último período do texto, a expressão “intacto e seguro” e assinale a alternativa INCORRETA sobre ela. (

) A expressão desempenha função sintática de

adjunto adverbial, porque modifica o verbo chegar, acrescentando-lhe uma informação de modo. (

) Desempenha função sintática de predicativo do

sujeito, uma vez que está associada ao substantivo “transatlântico”, por meio do verbo “chegaria”.

3. Na elaboração de um enunciado, os termos podem se combinar de diferentes maneiras e, às vezes, produzir sentidos não previstos pelo enunciador. Leia a frase a seguir, observando as possibilidades de combinação do termo em destaque.

Resultado de uma investigação da Polícia Federal, o Ministério Público acusou o advogado de criminoso.

Do modo como está redigida, pode-se dizer que, nesta frase: (

) “de criminoso” pode ser tanto predicativo do

objeto quanto adjunto adnominal.

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(

) “de criminoso” pode ser adjunto adverbial de

modo ou complemento nominal.

4. Sobre as expressões em destaque nas frases abaixo, assinale: I. se é inequivocamente o agente da ação; II. se é sem dúvida o paciente afetado pela ação; III. se é ambíguo: pode ser interpretado como agente ou paciente da ação. a) (

) O saldo do FGTS pode ser sacado para a

aquisição da casa própria. b) (

) O Conselho Administrativo de Defesa Econômica

(Cade) não autorizou a aquisição da empresa. c) (

) A tradicional faculdade de Direito foi a última

aquisição do grupo educacional estrangeiro. d) (

) Tem aumentado o número de processos criminais

motivados pela publicação de fotos constrangedoras na internet. e) (

) Com a última publicação da editora paulistana, a

lista de livros mais lidos sofreu grande alteração. f) (

) A publicação do jornal foi a causa da discórdia

entre o centro acadêmico e a reitoria.

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Texto para a questão 5

5. Avalie as afirmações a respeito do título da reportagem: I. A expressão “de Romero Britto”, um adjunto adnominal,

está indicando

aquele que rejeita,

que

promove a rejeição.

II. Para ser coerente com o texto, o título deveria ser redigido com a preposição a: rejeição a Romero Britto.

III. Com a preposição a, o complemento nominal a Romero Britto indicaria aquele que sofre rejeição, o paciente da rejeição.

IV. O título está corretamente redigido, pois seu sentido é validado pelo contexto da notícia.

São corretas: ( (

) apenas I e II. ) apenas I, II e III.

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98

6. Assinale, entre as alternativas a seguir, aquela em que o aposto destacado expressa mais explicitamente uma avaliação a respeito do autor da frase citada: (

) “Vivo o aqui e o agora. Não vivo do passado nem

quero revisitar o que já passou.” Julian Lennon, músico, fotógrafo e produtor, em entrevista a um jornal na qual se negou, mais uma

vez,

a

comentar

como

foi

crescer sendo filho de John Lennon.

(26 abr. 2017.) (

) “Ninguém sabe o que eu sei e o que eu vi. Só eu

posso contar a minha história.” Madonna, cantora americana e rainha da pop music, ironizando, em uma rede social, a cinebiografia

que

o

estúdio

Universal pretende rodar sobre ela.

(3 maio 2017.)

Texto para a questão 7 O texto de referência é um discurso do dramaturgo Plínio Marcos (já falecido), exibido em vídeo, destinado a persuadir os detentos do Carandiru a se prevenirem contra a Aids.

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99

Aqui é bandido: Plínio Marcos. Atenção, malandrage! Eu num vô pedir nada vô te dá um alô! Te liga aí: Aids é uma praga que rói até os mais fortes, e rói devagarinho. [...] Quanto a tu, mais chegado ao pico, eu tô sabendo que ninguém corta o vício só por ordem da chefia. Mas escuta bem, vago mestre, a seringa é o canal pro Aids. [...] Mas o pico é o canal direto pra essa praga que está aí. Então, malandro, se cobre! Quem gosta de tu é tu mesmo.

Agência: Adag. Realização: TV Cultura/São Paulo.

7. (Vunesp – Adaptada) Que função sintática exercem no texto as expressões: “malandrage”, “vago mestre” e “malandro”?

Considerando

o

significado

dessas

expressões, que efeito de sentido elas criam na situação concreta de comunicação em que foram empregadas? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2021 | www.mosaicoespaco.com.br

100

Atividades Adaptadas 1---- Sobre o Adjunto adnomial: (

) Sempre associado a um nome.

(

) Sempre associado a um objeto.

2---- Sobre o Predicativo: (

) Sempre associado a um nome.

(

) Sempre associado a um objeto.

3---- O que indica o vocativo? (

) Indica o elemento a que o enunciador se dirige,

fazendo um chamado, um apelo. (

) Informa um atributo tido como dependente da

circunstância determinada pelo verbo.do nome.

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101

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102

Sumário Literatura Aulas 9 ---- Estética romântica.........................................104 Aulas 10 ---- Poesia romântica brasileira......................109 Aulas

11

----

Memórias

de

um

sargento

de

milícias..........................................................................................117 Aulas 12---- José de Alencar ............................................123 Aulas 13---- Realismo..........................................................128 Aulas 14---- Machado de Assis..........................................136 Aulas 15 ---- Naturalismo...................................................142 Aulas 16 ---- Parnasianismo...............................................147

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104

Página de referência: 65

A estética romântica • Ascensão da sociedade burguesa.

• Valores liberais: – no plano filosófico: individualismo.

– no plano político: constitucionalismo, tripartição dos poderes, voto.

– no plano econômico: leis de mercado.

• Valores estéticos: – Individualismo: manifesta-se em sentimentalismo e egocentrismo.

– Nacionalismo: idealização do herói nacional, cor local, medievalismo e indianismo.

– Liberdade: rebeldia contra as regras clássicas e engajamento social.

• Fortalecimento dos novos gêneros de prosa: – romance: narrativa longa.

– conto: narrativa curta.

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105

Página de referência: 65

• Início do Romantismo em Portugal: – 1825: publicação do poema Camões, de Almeida Garrett.

Texto para a questão 1 [...]

Com a vida isolada que vivo, gosto de afastar os olhos de sobre a nossa arena política para ler em minha alma, reduzindo à linguagem harmoniosa e cadente o pensamento que me vem de improviso, e as ideias que em mim desperta a vista de uma paisagem ou do oceano – o aspecto enfim da natureza. Casar assim o pensamento com o sentimento – o coração com o entendimento – a ideia com a paixão – colorir tudo isto com a imaginação, fundir tudo isto com a vida e com a natureza, purificar tudo com o sentimento da religião e da divindade, eis a Poesia – a Poesia grande e santa – a Poesia como eu a compreendo sem a poder definir, como eu a sinto sem a poder traduzir. [...]

Rio de Janeiro, julho de 1846. Gonçalves Dias. Prólogo. In: ______. Primeiros cantos.

Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/bv000115.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2017.

1. O fragmento do “Prólogo” da primeira edição de Primeiros cantos, de Gonçalves Dias, mostra como o poeta romântico concebe sua atividade literária. Com base nesse trecho, sua concepção de poesia considera: (

) a subjetividade como base para a representação poética

do mundo. (

) a defesa da natureza como compromisso poético a ser

assumido pelos escritores.

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106

Textos para a questão 2 Texto I Na ânsia de reger os tempos futuros, o Romantismo dinamizou os grandes mitos: a nação e o herói. Para algumas nações nórdicas e eslavas e, naturalmente, para todas

as

nações

da

América,

que

ignoraram

o

Renascimento, será este o momento da grande afirmação cultural.

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1999. p. 95. Adaptado.

Texto II O livro e a América Ao Grêmio Literário Talhado para as grandezas, P’ra crescer, criar, subir, O Novo Mundo nos músculos Sente a seiva do porvir – Estatuário de colossos – Cansado d’outros esboços Disse um dia Jeová: “Vai, Colombo, abre a cortina “Da minha eterna oficina...

“Tira a América de lá.”

Molhado inda do dilúvio, Qual Tritão descomunal, O continente desperta

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No concerto universal.

Dos oceanos em tropa Um – traz-lhe as artes da Europa, Outro – as bagas de Ceilão...

E os Andes petrificados, Como braços levantados, Lhe apontam para a amplidão.

Olhando em torno então brada: “Tudo marcha!... Ó grande Deus!

“As cataratas – p’ra terra, “As estrelas – para os céus.

“Lá, do polo sobre as plagas, “O seu rebanho de vagas “Vai o mar apascentar...

“Eu quero marchar com os ventos, “Com os mundos... co’os firmamentos!!!”

E Deus responde – “Marchar!” [...]

Castro Alves. Espumas flutuantes. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000006.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2017.

Tritão: deus marinho na mitologia grega. baga: fruto. plaga: determinada região ou país. apascentar: vigiar atentamente, pastorear

2. A maneira como o poema concretiza as intenções românticas descritas no texto I está relacionada à: (

) alegorização do nascimento da América como um

gigante que surge para atuar poderosamente nos novos tempos. ( ) crítica contundente contra a opressão exercida pelos europeus sobre os povos americanos autóctones.

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Atividades Adaptadas 1---- Quais são Valores liberais no plano filosófico? (

) individualismo;

(

) constitucionalismo;

2---- Quais são Valores liberais no plano político? (

) individualismo;

(

) constitucionalismo, tripartição dos poderes,

voto.

3---- Quais são Valores liberais no plano econômico? (

) leis de mercado;

(

) constitucionalismo, tripartição dos poderes,

voto.

4--- Complete os Valores estéticos: –

________________________________:

manifesta-se

em

sentimentalismo e egocentrismo.

– _______________________________: idealização do herói nacional, cor local, medievalismo e indianismo.

– _______________________________: rebeldia contra as regras clássicas e engajamento social.

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110

Página de referência: 68

Romantismo no Brasil • Marco inicial: ---- 1836: publicação da obra Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães.

Poesia romântica brasileira: três gerações 1ª geração da poesia romântica: indianismo • Consolidação da identidade nacional brasileira.

• Indígena = herói nacional, associado a valores éticos cavalheirescos: honra, fé, lealdade, etc.

• Idealização da paisagem nacional.

• Gonçalves Dias (1823-1864).

2ª geração da poesia romântica: ultrarromantismo (ou byronismo) • Sentimentalismo exacerbado.

• Mal do século (spleen): tédio, melancolia.

• Idealização do amor, da mulher, da infância.

• Pessimismo, morbidez.

• Escapismo: elogio da morte, do sonho, da embriaguez.

• Álvares de Azevedo: sentimentalismo e ironia.

Álvares de Azevedo (18311852).

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111

Página de referência: 68

3ª geração da poesia romântica: condoreirismo • Engajamento político.

• Liberalismo: exaltação ao povo e à liberdade.

• Luta abolicionista.

• Sensualismo maduro: erotismo.

• Castro Alves: “poeta dos escravos”.

Castro Alves (18471871).

Texto para a questão 1 O desengano Já vigílias passei namorado, Doces horas d’insônia passei, Já meus olhos, d’amor fascinado, Em ver só meu amor empreguei.

Meu amor era puro, extremoso, Era amor que meu peito sentia, Eram lavas de um fogo teimoso, Eram notas de meiga harmonia.

Harmonia era ouvir sua voz, Era ver seu sorriso harmonia; E os seus modos e gestos e ditos Eram graças, perfume e magia.

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E o que era o teu amor, que me embalava Mais do que meigos sons de meiga lira?

Um dia o decifrou – não mais que um dia – Fingimento e mentira!

Tão belo o nosso amor! – foi só de um dia, Como uma flor!

Por que tão cedo o talismã quebraste Do nosso amor? [...]

Gonçalves Dias. Primeiros cantos. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000115.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2017.

1. A relação entre o desenvolvimento temático e a forma do poema revela que: (

) a irregularidade métrica está presente nos dois

momentos da relação amorosa descrita pelo texto. (

) a regularidade métrica é associada à felicidade

amorosa e a variação métrica é associada à frustração.

Texto para a questão 2 Soneto Oh! Páginas da vida que eu amava, Rompei-vos! nunca mais! tão desgraçado!...

Ardei, lembranças doces do passado!

Quero rir-me de tudo que eu amava!

E que doido que eu fui! como eu pensava Em mãe, amor de irmã! em sossegado

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113

Adormecer na vida acalentado Pelos lábios que eu tímido beijava!

Embora – é meu destino. Em treva densa Dentro do peito a existência finda Pressinto a morte na fatal doença!

A mim a solidão da noite infinda!

Possa dormir o trovador sem crença.

Perdoa minha mãe – eu te amo ainda! Álvares de Azevedo. Lira dos vinte anos. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

2. (Enem PPL) A produção de Álvares de Azevedo situa-se na década de 1850, período conhecido na literatura brasileira como ultrarromantismo.

Nesse

poema,

a

força

expressiva

da

exacerbação romântica identifica-se com o(a):

(

) presença do tédio sentido pelo eu lírico,

indicado pelo seu desejo de dormir. (

) fixação do eu lírico pela ideia da morte, o que o

leva a sentir um tormento constante.

Texto para a questão 3 Ode ao dous de julho Era no dous de julho. A pugna imensa Travara-se nos cerros da Bahia...

O anjo da morte pálido cosia Uma vasta mortalha em Pirajá.

“Neste lençol tão largo, tão extenso, “Como um pedaço roto do infinito...

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O mundo perguntava erguendo um grito: “Qual dos gigantes morto rolará?!...” [...]

Não! Não eram dous povos, que abalavam Naquele instante o solo ensanguentado...

Era o porvir – em frente do passado, A liberdade – em frente à escravidão, Era a luta das águias – e do abutre, A revolta do pulso – contra os ferros, O pugilato da razão – com os erros, O duelo da treva – e do clarão!... [...]

Castro Alves. Espumas flutuantes. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000006.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2017.

3. O poema exalta a data de 2 de julho, quando forças brasileiras pró-independência venceram a resistência lusitana em 1823. No poema, essa batalha é apresentada como: (

) elemento de devoção pessoal do enunciador.

(

)

oposição

de

alegorias

que

remetem

à

superioridade da causa brasileira.

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Atividades adaptadas 1---- Qual foi o marco inicial do Romantismo no Brasil em 1836? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

2---- A 1ª geração da poesia romântica foi marcado pelo: (

) indianismo;

(

) condoreirismo;

3---- A 2ª geração da poesia romântica foi marcado pelo: (

) indianismo;

(

) ultrarromantismo (ou byronismo);

4---- A 3ª geração da poesia romântica foi marcado pelo: (

) condoreirismo;

(

) ultrarromantismo (ou byronismo);

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116

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117

Página de referência: 72

Sobre a publicação • Publicado em folhetim no suplemento dominical “A Pacotilha”, do jornal Correio Mercantil, entre 1852 e 1853. Devido ao sucesso, o primeiro volume de Memórias de um sargento de milícias saiu em 1854 e o segundo, em 1855.

Classificações recebidas pela crítica • Romance pré-realista – José Veríssimo.

• Romance picaresco – Mário de Andrade.

• Romance de costumes – Darcy Damasceno.

• Romance malandro – Antonio Candido.

Traços gerais da obra • Narrador em terceira pessoa onisciente.

• Peripécias de um malandro carioca e de seu pai no período joanino.

•

Classificado

como

excêntrico

dentro

do

Romantismo.

• Romance de humor.

• Ironia.

• Ausência de maniqueísmo (Bem 3 Mal) e de idealização.

• Relação entre duas temporalidades: “naquele tempo” (tempo do rei) e “hoje” (momento da publicação da obra).

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Página de referência: 72

Personagens-tipo: sem aprofundamento psicológico • Leonardo Pataca: algibebe (vendedor popular, mascate) em Lisboa e meirinho no Brasil – pai do protagonista.

• Maria da Hortaliça: quitandeira em Lisboa – mãe do protagonista.

• Leonardo: anti-herói malandro – “fi lho de uma pisadela e de um beliscão”.

• O padrinho: barbeiro, benfeitor de Leonardo.

• A madrinha: parteira, protetora do afilhado.

• Luisinha: primeiro amor do protagonista.

• D. Maria: tia de Luisinha.

• Major Vidigal: responsável pela lei e pela segurança – personagem histórico.

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Página de referência: 72

Aspectos formais • Diálogo com o leitor.

• Metalinguagem.

• Técnica folhetinesca.

• Descontração linguística.

Ambiente • Bairros populares do Rio de Janeiro joanino.

Texto para a questão 1 Era este um homem todo em proporções infinitesimais, baixinho, magrinho, de carinha estreita e chupada, e excessivamente calvo; usava de óculos, tinha pretensões de latinista, e dava bolos nos discípulos por dá cá aquela palha. Por isso era um dos mais acreditados na cidade. O barbeiro entrou acompanhado pelo afilhado, que ficou um pouco escabriado à vista do aspecto da escola que nunca tinha imaginado.

Manuel Antônio de Almeida. Memórias de um sargento de milícias.

1.

(Fuvest-SP)

Observando-se,

neste

trecho,

os

elementos descritivos, o vocabulário e, especialmente, a lógica da exposição, verifica-se que a posição do narrador frente aos fatos narrados caracteriza-se pela atitude: (

) crítica, em que os costumes são analisados e

submetidos a julgamento. (

) cômico-irônica, com abstenção de juízo moral

definitivo.

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Texto para a questão 2 Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria da Hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia rechonchuda e bonitota. O Leonardo, fazendose-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade malapessoado, e sobretudo era maganão. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o maganão: brincalhão, jovial, divertido ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada dom gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda.

Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos.

Manuel Antônio de Almeida.

Memórias de um sargento de milícias.

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2. (Fuvest-SP) Neste excerto, o modo pelo qual é relatado o início do relacionamento entre Leonardo e Maria: (

) opõe-se ao tratamento idealizante e sentimental

das relações amorosas, dominante no Romantismo. (

) evidencia a brutalidade das relações inter-

raciais, própria do contexto colonial-escravista.

Atividades Adaptadas 1---- Quando foi publicado em folhetim no suplemento dominical “A Pacotilha”? ______________________________________________________________ 2---- Coloque a numeração do romance de acordo com o artista.

(1) Romance pré-realista.

(2) Romance picaresco.

(3) Romance de costumes.

(4) Romance malandro.

(____) Mário de Andrade. (____) José Veríssimo. (____) Antonio Candido. (____) Darcy Damasceno.

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123

Página de referência: 75

Busca da identidade nacional

• Posicionamento de intelectuais após a Independência, em 1822: busca da caracterização de um tipo nacional.

• Em sua obra, Alencar buscou criar um vasto painel do Brasil,

compondo

romances

indianistas,

históricos,

urbanos e regionalistas.

•

Constituição

de

uma

língua

brasileira:

base

idiomática portuguesa associada a expressões indígenas.

Iracema • Exemplo de literatura indianista.

• Alegoria da constituição do povo brasileiro.

• Iracema = América = terra colonizada.

• Martim = guerreiro colonizador.

• Moacir = povo brasileiro.

Iracema guardiã: 1996, de Zenon Barreto.

Estátua localizada na Praia de Iracema, em Fortaleza (CE). A imagem da índia empunhando um arco faz referência à condição guerreira da personagem.

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124

Página de referência: 75

Senhora • Exemplo de literatura romântica urbana.

• Vida na corte: bailes, festas e jogos de interesses.

• Moral romântica: o amor é mais forte que o dinheiro.

Regionalismo romântico • Imagem do Brasil: referências a outras regiões.

• Costumes e expressões locais.

Texto para as questões 1 e 2 [...]

Iracema saiu do banho: o aljôfar d’água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste. [...]

Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.

Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.

Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido.

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De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada; mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d’alma que da ferida.

O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu.

Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.

A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada.

O guerreiro falou: — Quebras comigo a flecha da paz?

— Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus irmãos? Onde vieste a estas matas, que nunca viram outro guerreiro como tu?

— Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus.

— Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, senhores das aldeias, à cabana de Araquém, pai de Iracema.

ALENCAR, José de. Iracema. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000014.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2017.

1. O excerto narra o primeiro encontro entre Iracema e Martim. Releia o primeiro trecho sublinhado, que apresenta o primeiro gesto de cada um dos personagens.

Esse trecho: (

)

revela

diferenças

de

origem,

que

serão

superadas ao longo da narrativa. (

) sugere a relação guerreira que se estabelecerá

entre os dois personagens.

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2. Releia agora o segundo trecho sublinhado, que apresenta o segundo gesto de cada um dos personagens.

Tais gestos: (

) revelam a força da religiosidade na união entre

os casais. (

) evidenciam a matriz romântica da narrativa.

Atividades Adaptadas

1---- Coloque V de verdadeiro e F de falso nas afirmativas a seguir: ( _______ ) Iracema = América = terra colonizada. ( _______ ) Iracema = Brasil = terra colonizada. ( _______ ) Martim = guerreiro colonizador. ( _______ ) Martim = descobrimento do Brasil. ( _______ ) Moacir = povo brasileiro. ( _______ ) Moacir = povo estrangeiro.

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Página de referência: 78

Contexto político e social do período – segunda metade do século XIX • Hegemonia da burguesia.

• Expansão internacional do capitalismo.

• Luta de classes.

• Manifesto Comunista – Marx e Engels (1848).

• Crescimento da classe média.

No Brasil • Abolição da escravidão (1888).

• Proclamação da República (1889).

Tendências científico-filosóficas desenvolvidas no período • Positivismo (Augusto Comte): ciência baseada

na

observação

–

negação

da

teologia e da metafísica.

•

Darwinismo

(Charles

Darwin):

seleção natural/evolucionismo.

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129

Página de referência: 78

•

Socialismo

igualdade

de

(Karl

Marx):

oportunidades/meios

para todos os indivíduos.

• Determinismo (Hippolyte Taine): meio, raça, momento histórico.

Características • Abandono da idealização romântica.

• Observação objetiva e analítica da realidade.

•

Apresentação

detalhada

do

caráter

dos

personagens.

• Denúncia do comportamento burguês, marcado pelo interesse.

• Romance documental.

• Análise do indivíduo.

• Proximidade com o psicológico.

• Descrições minuciosas.

• Valorização dos aspectos materiais.

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130

Página de referência: 78

Outros exemplos da pintura realista

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131

Página de referência: 78

Principais autores realistas em Portugal e no Brasil Em Portugal

No Brasil

Textos para a questão 1 Texto I

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Página de referência: 78

Texto II O pintor francês Gustave Courbet procurou, em suas telas, “traduzir os costumes, as ideias, o aspecto de [sua] época [...], fazer arte atual”. Segundo ele, o “núcleo do Realismo é a negação do ideal. O Enterro em Ornans foi o enterro do Romantismo”.

Gustave Courbet. Enterro em Ornans.

1. (UFTM-MG – Adaptada) O “enterro do Romantismo” a que se refere Courbet implicou, para os realistas, portugueses e brasileiros, (

) arte compromissada com a reforma social; o

homem como medida de todas as coisas; defesa da liberdade da criação artística. (

) combate ao sentimentalismo; visão racional do

mundo; objetividade e universalidade.

Texto para a questão 2 Assim se explicam a minha estada debaixo da janela de Capitu e a passagem de um cavaleiro, um dandy, como então dizíamos.

Montava um belo cavalo alazão, firme na sela, rédea na mão esquerda, a direita à cinta, botas de verniz, figura e postura esbeltas: a cara não me era desconhecida. Tinham passado outros, e ainda outros viriam atrás; todos iam às suas namoradas. Era uso do tempo namorar a cavalo. Relê Alencar: “Porque um estudante (dizia um dos seus personagens de teatro de 1858) não pode estar

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sem estas duas coisas, um cavalo e uma namorada”. Relê Álvares de Azevedo. Uma das suas poesias é destinada a contar (1851) que residia em Catumbi, e, para ver a namorada no Catete, alugara um cavalo por três mil-réis...

Machado de Assis. Dom Casmurro.

2. (Fuvest-SP – Adaptada) Considerando-se as características do Realismo e as relações desse movimento com a evolução literária brasileira, é correto afirmar que, nesse trecho, Machado de Assis: ( legado

) utilizou, como em outras obras suas, elementos do de

seus

predecessores

locais,

alterando-lhes,

entretanto, contexto e significado. (

) expôs, embora tardiamente, o seu nacionalismo literário

e sua consequente recusa de leituras estrangeiras.

Atividades Adaptadas 1---- Complete; • Positivismo (________________________________): ciência baseada na observação – negação da teologia e da metafísica.

• Darwinismo (___________________________): seleção natural/evolucionismo.

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• Socialismo (___________________________): igualdade de oportunidades/meios para todos os indivíduos.

• Determinismo (_____________________________): meio, raça, momento histórico.

2----

Escreva

os

Principais

autores

realistas

em

Portugal: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

3---- Escreva os Principais autores realistas no Brasil: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Página de referência: 82

Estilo machadiano • Realismo psicológico: análise aprofundada do caráter e do comportamento dos personagens.

• Digressões: interrupção momentânea da narrativa.

• Metalinguagem: reflexões sobre o processo de construção da própria obra.

• Ironia.

• Pessimismo: visão cética e melancólica da existência humana.

• Romances principais: – Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

– Quincas Borba (1891).

– Dom Casmurro (1900).

– Memorial de Aires (1908).

• Contos: – Papéis avulsos (1882).

– Várias histórias (1896).

Memórias póstumas de Brás Cubas • “Defunto autor”: narrador que, depois de morto, conta a história de sua vida.

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Página de referência: 82

•

Experiências

amorosas:

relações

sucessivas,

desprovidas de idealização.

• Marcela: prostituta de luxo.

• Eugênia: a “flor da moita”, moça simples e manca.

• Virgília: namorada na juventude e amante na maturidade.

• Humanitismo: filosofia criada por Quincas Borba. A luta pela sobrevivência justifica as piores atitudes humanas.

Texto para a questão 1 A valsa é uma deliciosa cousa. Valsamos; não nego que, ao aconchegar ao meu corpo aquele corpo flexível e magnífico, tive uma singular sensação, uma sensação de homem roubado. [...]

Cerca de três semanas depois recebi um convite dele [Lobo Neves, marido de Virgília] para uma reunião íntima. Fui; Virgília recebeu-me com esta graciosa palavra: — O senhor hoje há de valsar comigo. Em verdade, eu tinha fama e era valsista emérito; não admira que ela me preferisse. Valsamos uma vez, e mais outra vez. Um livro perdeu Francesca; cá foi a valsa que nos perdeu.

Creio que nessa noite apertei-lhe a mão com muita força, e ela deixou-a ficar, como esquecida, e eu a abraçá-la, e todos com os olhos em nós, e nos outros que também se abraçavam e giravam...

Um delírio.

Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas.

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1. (Mack-SP) Ao comentar a nova atitude narrativa assumida por Machado de Assis a partir de Memórias póstumas de Brás Cubas, um crítico assinala: “O próprio narrador é contestado continuamente em sua versão dos ‘fatos’ narrados, sendo desmistificado pelos outros ou por seu próprio discurso. A ‘verdade’ do texto é uma questão de ponto de vista”. Assinale a frase do fragmento do romance transcrito em que o próprio narrador insinua a dúvida sobre aquilo que está contando. (

) “A valsa é uma deliciosa cousa.”

(

) “Creio que nessa noite apertei-lhe a mão com

muita força, e ela deixou-a ficar [...]”

Texto para a questão 2 Tais eram as reflexões que eu vinha fazendo, por aquele Valongo fora, logo depois de ver e ajustar a casa. Interrompeumas um ajuntamento; era um preto que vergalhava outro na praça.

O outro não se atrevia a fugir; gemia somente estas únicas palavras: — “Não, perdão, meu senhor; meu senhor, perdão!” Mas o primeiro não fazia caso, e, a cada súplica, respondia com uma vergalhada nova.

— Toma, diabo! dizia ele; toma mais perdão, bêbado!

— Meu senhor! gemia o outro.

— Cala a boca, besta! replicava o vergalho.

Parei, olhei... Justos céus! Quem havia de ser o do vergalho?

Nada menos que o meu moleque Prudêncio – o que meu pai libertara

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alguns anos antes. Cheguei-me; ele deteve-se logo e pediu-me a benção; perguntei-lhe se aquele preto era escravo dele.

— É, sim, nhonhô.

— Fez-te alguma cousa?

— É um vadio e um bêbado muito grande.

Ainda hoje deixei ele na quitanda, enquanto eu ia lá embaixo na cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber.

— Está bom, perdoa-lhe, disse eu.

— Pois não, nhonhô manda, não pede. Entra para casa, bêbado!

Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas.

2. (Fuvest-SP) Nesse trecho, a variedade linguística utilizada pelos personagens contribui para caracterizálos? Explique brevemente. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Atividades adaptadas 1---- Complete o Estilo machadiano: •

____________________________________________:

análise

aprofundada do caráter e do comportamento dos personagens.

•

________________________________:

interrupção

momentânea da narrativa.

• ________________________________: reflexões sobre o processo de construção da própria obra.

•__________________________________.

• ____________________________________: visão cética e melancólica da existência humana.

2---- Quais são os romances principais de Machado de Assis? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Página de referência: 85

Características principais da tendência naturalista • Abandono da idealização romântica.

• Sexualização dos enredos.

• Zoomorfismo dos personagens.

• Romance experimental (narrativa de ficção que buscava

comprovar

hipóteses

baseadas

em

teorias

cientificistas da época).

• Olhar sobre o coletivo.

• Visão cientificista do comportamento humano.

• Valorização dos aspectos sensoriais da linguagem.

Naturalismo no Brasil O cortiço (1890) • Marca determinista: influência do meio sobre as ações dos personagens.

• Destaque para o movimento da coletividade.

• Cortiço: assume condição de personagem.

• Personagens sem grande profundidade psicológica e apresentando comportamento desviante e patológico.

– João Romão: movido pela ambição desmedida.

– Bertoleza: companheira de João Romão, é explorada por ele.

– Miranda: vizinho de João Romão, sintetiza o interesse.

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Página de referência: 85

– Jerônimo: tem seu caráter transtornado pelo instinto sexual.

– Rita Baiana: símbolo da mulher dos trópicos, sedutora do imigrante Jerônimo.

– Pombinha: representação da decadência moral.

Texto para as questões 1 e 2 Leia o trecho do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, para responder às questões 1 e 2.

Junto dela pôs-se a trabalhar a Leocádia, mulher de um ferreiro chamado Bruno, portuguesa pequena e socada, de carnes duras, com uma fama terrível de leviana entre suas vizinhas.

Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a quem respeitavam todos pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer erisipelas e cortar febres por meio de rezas e feitiçarias.

Era extremamente feia, grossa, triste, com olhos desvairados, dentes cortados à navalha, formando ponta, como dentes de cão,

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cabelos lisos, escorridos e ainda retintos apesar da idade.

Chamavam-lhe “Bruxa”.

Depois seguiam-se a Marciana e mais a sua filha Florinda. A primeira, mulata antiga, muito séria e asseada em exagero: a sua casa estava sempre úmida das consecutivas lavagens. Em lhe apanhando o mau humor punha-se logo a espanar, a varrer febrilmente, e, quando a raiva era grande, corria a buscar um balde de água e descarregava-o com fúria pelo chão da sala. A filha tinha quinze anos, a pele de um moreno quente, beiços sensuais, bonitos dentes, olhos luxuriosos de macaca. Toda ela estava a pedir homem, mas sustentava ainda a sua virgindade e não cedia, nem à mão de Deus Padre, aos rogos de João Romão, que a desejava apanhar a troco de pequenas concessões na medida e no peso das compras que Florinda fazia diariamente à venda.

AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>.

1. (Famerp-SP) Uma relação correta entre o trecho apresentado e o movimento literário em que O cortiço está inserido é: (

) a referência cuidadosa e delicada à sexualidade

dos personagens é parte de um esforço, típico do Realismo, para apresentar o ser humano em sua totalidade sem sobrecarregar um de seus aspectos. (

) a descrição das características vulgares dos

personagens e a frequente associação entre homens e animais, que

ajudam a

estabelecer

uma concepção

biológica do mundo, são características do Naturalismo.

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2. (Famerp-SP) É correto afirmar que o narrador do texto assemelha-se a: (

) um cientista em um laboratório a dissecar e

classificar os diversos aspectos dos personagens como se fossem objetos de uma análise científica. (

) um pintor atento às cores, às luzes e às sombras,

dedicado a formalizar com inspiração as sensações que o mundo lhe imprime.

Atividades adaptadas 1---- Cite 3 características principais da tendência naturalista: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

2---- Leia a descrição e escreva a que personagem da obra O cortiço, está se referindo: –

____________________________:

tem

seu

caráter

transtornado pelo instinto sexual.

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Página de referência: 88

Parnasianismo

• Arte pela arte: recusa da arte engajada.

• Rigor formal: poesia rigidamente metrificada e rimada. Preferência pelas formas fixas, como o soneto.

• Descritivismo: descrição de paisagens, templos e objetos de decoração, tais como vasos ou taças.

•

Preciosismo

vocabular:

léxico

sofisticado

e

erudito, recusa de expressões coloquiais.

• Temas clássicos: referência a ambientações e a personagens históricos ou mitológicos da Antiguidade greco-latina.

“Tríade parnasiana”

• Olavo Bilac:

forma parnasiana +

abordagem de temas românticos (paixão amorosa, patriotismo, etc.).

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Página de referência: 88

•

Alberto

de

Oliveira:

parnasiano

ortodoxo.

• Raimundo Correia: estilo filosofante e melancólico.

Texto para a questão 1 A um poeta Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço; e a trama viva se construa De tal modo, que a imagem que nua, Rica mas sóbria, como um templo grego.

Não se mostre na fábrica o suplício Do mestre. E, natural, o efeito agrade, Sem lembrar os andaimes do edifício: Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifício, É a força e a graça na simplicidade.

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1.

Nesse

texto,

o

enunciador

dirige-se

a

um

interlocutor, indicando-lhe os procedimentos do que considerava uma adequada produção poética. Da leitura do poema, percebe-se que o enunciador entende a poesia como: (

) fruto da dedicação artística e do refinamento

técnico. (

) expressão do sentimento amoroso de forma

sincera e sem artifícios.

Texto para a questão 2 As pombas Vai-se a primeira pomba despertada...

Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada...

E à tarde quando a rígida nortada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais; No azul da adolescência as asas soltam, Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais.

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2. No soneto de Raimundo Correia, a contemplação do movimento das pombas em diferentes momentos do dia leva o eu lírico a refletir sobre: (

) os aspectos mais adequados de proteção dos

animais. (

) o processo de envelhecer e a perda das ilusões.

Atividades adaptadas

1---- Complete sobre Parnasianismo: •

Arte

pela

___________________:

recusa

da

arte

engajada.

•

Rigor

____________________:

poesia

rigidamente

metrificada e rimada. Preferência pelas formas fixas, como o soneto.

•

________________________:

descrição

de

paisagens,

templos e objetos de decoração, tais como vasos ou taças.

•

_________________________________________:

léxico

sofisticado e erudito, recusa de expressões coloquiais.

• __________________________________________: referência a ambientações e a personagens históricos ou mitológicos da Antiguidade greco-latina.

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