Imersa nas águas do rio, entre flores e canções, Ofélia navega do apagamento da existência para a imortalidade. Coadjuvante na trama, sua morte repleta de simbolismos não é sequer encenada (apenas descrita) em Hamlet, considerada uma das principais peças do dramaturgo inglês William Shakespeare. À margem da tragédia, a personagem faz a travessia da imaterialidade ao corpóreo quando ganha vida em pinturas, esculturas e diversas produções artísticas ao longo dos séculos. Retirada do espaço e do tempo que ocupava e realocada em novas dinâmicas e dimensões, Ofélia renasce. (...)