Imagens do Real Imaginado — Fluxos

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No Imagens do Real Imaginado — Ciclo de Fotografia, Cinema e Multimédia, a expressão Fluxos sugere uma corrente, ultrapassa a inércia, provoca a reflexão e deixa em aberto novas questões. Fluxos apresenta inúmeras possibilidades de leitura por meio de interações e interdependências, sugerindo um contínuo diálogo entre movimentos estéticos, criativos, quebrando paradigmas e criando novas abordagens, combatendo o estigma, o preconceito e a discriminação. Por isso, e partindo do princípio que há sempre algo contínuo na obra dos grandes criadores, cruzamos leituras, percursos e narrativas em busca de um roteiro de reflexão e estratégia inovadora. É inspirado neste fluxos, neste contínuo movimento, que vários diálogos vão acontecer no IRI 2018. Com Fluxos alargamos a corrente de conversas a outras instituições parceiras, através da exibição de filmes de festivais de cinema como Family Film Project, Curtas Vila do Conde — International Film Festival e CINANIMA — Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho. Uma nota final de agradecimento ao Instituto Politécnico do Porto, ao Instituto do Cinema e do Audiovisual, à Câmara Municipal Porto e aos diversos parceiros que se associam a este evento como o Family Film Project, Curtas Vila do Conde e Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho. Olívia Marques da Silva Presidente da Escola Superior de Media Artes e Design


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SEGUNDA-FEIRA

29 OUT 10.00h Pixilação e Stop Motion Alice Eça Guimarães, Mónica Santos

Entre Sombras Natália, refém de um trabalho entediante, envolve-se numa aventura em busca de um coração roubado. Num mundo onde os corações podem ser depositados, a protagonista enfrenta um dilema: dar o seu coração ou guardá-lo para si. (2018. 13’25’’. PT/ FR)

elemento. O resultado final culmina na apresentação performativa destes materiais, num ambiente imersivo e extremamente sensorial. (EXP. 2018, 8’02”)

O Botão de Miguel Pinto Uma cassete recuperada e digitalizada conta a história de um botão que a partir da meia-noite pode ser carregado para se obter uma enorme quantia de dinheiro. Porém, a primeira pessoa a carregar, morre. Arlovski conhece uma jovem empregada chamada Matilde e propõe carregar primeiro no botão para mudar a sua vida. (FIC.2018, 7’35”)

Às Vezes Sou Pessoa Às Vezes Sou Dinossauro de Rosana Soares Dinis só quer a sua vida normal de volta, nem que para isso tenha que se tornar naquilo que a virou do avesso. (FIC. 2018, 14’ 38”)

Memoriam de Andreia Pereira e Rita Manso Mulher, 65 anos, dona de uma forte altiva personalidade, sofre de demência. Isolada do mundo exterior, confinada às quatro paredes da sua casa, procura o consolo de um álbum de memórias. Ao desfolhar as páginas, na sua divagação, confronta-se com a realidade da sua condição médica, a qual cria entrave à construção de identidade e autoimagem, vendo a sua individualidade, construída ao longo dos anos, distorcida diante dos seus olhos. (EXP. 2018, 6’46”)

11.00h Showcase ESMAD Animação, Ficção e Experimental

Ruptura de Gonçalo Santos A vida do crime é tudo o que João conhece. Uma noite, quando um assalto corre mal, considera mudar de vida. Sozinho e dividido entre dois caminhos, resta-lhe a força para enfrentar os seus próprios dilemas e preconceitos da sociedade. (FIC. 2018, 15’)

Sublima de Ana Carvalho dos Santos e Filipa Torrão Projeto com base numa curtametragem que é apresentada como instalação performativa. O conceito parte da exploração do elemento da água e da sua reflexão na psicologia de um indivíduo, explorando visualmente e sonoramente o corpo humano, o elemento da água nos seus três estados e a relação homem-

Sleep Tight de João Ribeiro, Miguel Silva e Rafael Garcia Aborda o processo de alienação de um jovem perante o fim de uma relação e a sua escolha de abandonar a sua realidade em troca de um mundo induzido através de comprimidos. Este projeto foi elaborado explorando técnicas e tecnologias diversas. (ANIM. 2018, 4’ 40”)


17.00h Seeing Beyond the Surface: Luigi Ghirri’s “Photodismontages” Mark Durden

Love Signal de Pedro Correia Curta de animação que acompanha o primeiro encontro de Logan e Emily, dois jovens que fazem parte da sociedade dos relacionamentos românticos modernos. Embora se sentem à mesma mesa e compartilhem o lanche num café da vizinhança, têm os telemóveis com eles. Para além deles, todos os outros clientes estão agarrados à vida virtual. Tudo isto muda quando é perdido o sinal, e todas as pessoas ficam incontactáveis. Nesta altura o casal é forçado a manter o encontro de forma diferente. Fora da zona de conforto de ambos, esta curta sem diálogo, segue os passos que estes dois jovens tomam para se tornarem íntimos. Os dois fazem tentativas que no final não acontecem como tinham inicialmente imaginado, tornando este encontro em algo engraçado. Daqui resulta uma interação entre os dois que nem o regresso do sinal aos telemóveis consegue interromper. (ANIM. 2018, 2’ 52”)

Non-Human de Pedro Soares Uma reflexão existencial-niilista, do ponto de vista de um gato, das respostas humanas à insignificância inerente da vida, que se conclui numa ilusão desonesta, através da autopersuasão: a criação de um sentido ou propósito subjetivo. (ANIM, 2018, 3’ 55”)

Bovarysme de Maria Jorge Ferreira Trata-se de uma animação de carácter experimental, com o intuito de traduzir uma visão pessoal e existencialista segundo o autor. (ANIM. 2018, 3’31”)

14.30h Sessão de abertura IRI Olívia Marques da Silva Presidente da ESMAD Jorge Alexandre Costa Pró-presidente do P.PORTO Maria João Cortesão Diretora do DAI

15.00h Protocolo Canon e Apresentação da Canon Creative Plan André Ferreira, Raquel Santos, Olívia Marques da Silva

15.30h A Arte e a Saúde Mental Diálogo entre as artes e a reabilitação e reintegração psicossocial com a exibição dos filmes “Contratempo” (2016) de José Alberto Pinheiro, selecionado para a Festival Internacional Mental Health Film Festival e “Qualquer Coisa de Belo” (2017) de Pedro Sena Nunes, selecionado para o Fastminds Neurodiversity Arts Festival do Reino Unido. Moderação: António Marques António Roma Torres José Alberto Pinheiro Pedro Sena Nunes Raquel Simões

O artigo aborda a exposição de Luigi Ghirri, The Map and the Territory: Photographs from the 1970s, no Museu Folkwang, Essen. Em particular, na análise das formas onde a sua fotografia ofereceu um envolvimento distinto num mundo transformado por uma crescente de imagens. Ghirri era realista, mas também um observador da fotografia como característica difundida do mundo. A sua obra abordou as tensões e contradições integrantes do estatuto frágil da fotografia como um meio estético — mostrando o uso da fotografia como uma forma de kitsch e consumismo ao mesmo tempo que procura manter-se distante desse domínio.

18.00h Openfield Rodrigo Carvalho, Ivo Teixeira e Nuno Alves de Carvalho

Openfield é um estúdio criativo fundado no Porto em 2015. Um espaço criado para explorar novos projetos nas interseções entre arte e tecnologia. Nesta palestra apresentam-se um conjunto de projetos, sendo abordado o processo criativo e implementação técnica.


TERÇA-FEIRA

30 OUT 10.00h Canal 180: Os territórios da criação digital, inovação e distribuição multi plataforma João Vasconcelos

A OSTV é uma empresa de media especializada em criação de conteúdo para todas as plataformas digitais. Lançou o Canal180, um canal de televisão premiado em Cannes dedicado às artes e à criatividade, voltado para os novos criadores. O Canal180 transmite alguns dos conteúdos de vídeo mais originais e inovadores do mundo, da música ao design, através de uma rede global de colaborações. João Vasconcelos, o fundador, aborda as especificidades de um canal de televisão na perspetiva dos seus públicos e o processo de seleção dos seus conteúdos.

11.00h Cinema e Shortcutz Tiago Alves Apresentação da programação de cinema e critérios de seleção de filmes.

12h00 De 20 a 20000hz José Alberto Gomes O que é um media artist? Onde acaba a música e começa a arte sonora? Qual é peso do domínio técnico sobre a estética na era digital? Quais são os desafios de sonorizar imagem e movimento? Assumindo o conceito de media arts enquanto integração das novas tecnologias na prática artística e criativa, serão abordados alguns destes desafios e questões inerentes ao processo criativo. Partindo do seu ponto de partida enquanto músico, e tendo o som como principal matéria prima, serão abordadas particularidades, barreiras e contratempos tanto como potenciais e vantagens na expressão artística num contexto dos novo media.

14.30h Art and Comedy: The Laughable Enigma of Ordinary Life Mark Durden, João Leal

15.45h Pós-Academia — A prática artística posterior à formação Apresentação de projetos profissionais por diplomados dos cursos da ESMAD: a imagem estática, imagem em movimento, performance e instalação. Moderação: João Leal Inês Pando (coletivo Untitled) João Gigante Miguel Proença Lucília Monteiro

17.15h Fotógrafos-viajantes e viagens de fotógrafos Fátima Lambert Numa fotografia, supostamente, congela-se o tempo e o espaço. Congelam-se as figuras individuadas no tempo pois deixam de ser pessoas e talvez sejam, transitoriamente, personagens. As imagens localizam-se ou ausentam-se, consoante os casos e as estratégias estéticas dos autores. Inequívoca é a decisória presença do fotógrafo-viajante, aquele que concretiza ato e obra. Não é verdade?

18.00h Arte dos videojogos André Carita, José Alberto Pinheiro A arte é um assunto sério... ou então não. Nesta exposição juntaram-se vários trabalhos que utilizam a comédia de várias formas, tendo sempre o quotidiano como pano de fundo. Uma reflexão sobre a seleção dos projetos bem como a sua distribuição no espaço expositivo — Arquipélago Centro de Artes Contemporâneas.

A abrupta evolução gráfica nas últimas décadas permitiu alargar os limites da imaginação não só dos seus criativos como dos jogadores. Com a criação de mundos e ambientes virtuais cada vez mais detalhados, muitos projetos artísticos nasceram tendo como ponto de partida as imagens captadas. Existe, portanto, um potencial artístico cada vez mais presente nos videojogos e que tem vindo a adquirir maior emergência perante a abertura a interatividades e jogabilidades livres, espontâneas, autênticas e ilimitadas.


QUARTA-FEIRA

31 OUT 10.00h Quem somos os que aqui estamos?

Herdeiros do esquema de pensamento do Estado-Nação, nunca se nos ocorre perguntar quem somos nós quando alguém assim nos designa em modo colectivo. Somos os portugueses, os melgacenses, aquilo que cada um quiser dizer consoante reza no Cartão de Cidadão – ou não. Quando estamos emigrados, estrangeiros noutra terra e descolados da que foi nossa, a identidade vacila, a ideia de comunidade dissolve-se. Agora que tudo parece deslimitado não se sabe o que seja a mátria, a terra ou a línguamãe. Melgaço, em especial, é uma dessas terras. Como em muitos outros lugares, os que aqui residem agora são ínfima parte dos que aqui nasceram e há muitos que nascem algures e que às vezes dizem que são de cá. Cidadãos flutuantes, gente de muitas terras que não raro por cá se cruza ou se faz sentir. Moderação: Patrícia Nogueira Álvaro Domingues Daniel Maciel João Gigante

11.30h Lançamento e Apresentação do 5.º número da Publicação Scopio Magazine “Crossing Borders, Shifting Boundaries: City” A scopio Magazine é o suporte de divulgação e investigação ligado em termos gerais à Arquitetura, Arte e Imagem e, em termos específicos, à Fotografia Documental e Artística relacionada com Arquitetura, Cidade e Território. Crossing Borders e Shifting Boundaries, Cidade é o tema principal e categoria do ciclo atual que focaliza o seu interesse em países diversos, questionando como é que a arquitetura se transforma, como reflete diferentes identidades culturais híbridas em muitos países e como tudo isso interage e afeta as nossas cidades e paisagem, considerando as categorias mencionadas: Arquitetura, Cidade e Território. Moderação: Pedro Leão Neto José Maçãs de Carvalho Olívia Marques da Silva Paulo Catrica

14.30h Cinema sensorial e experiências imersivas Ivo Reis

Por vezes perdemo-nos para encontrar o que não pode ser visitado. O imaginário é uma dimensão própria de universos extra sensoriais, um conjunto de experiências interiores vibrantes em sensações expandidas. Entender o universo digital como um mediador possível para exteriorizar esses insights, é gerar na realidade física um canal de partilha.

15.45h Seleção CINANIMA Luís Leite Mostra de trabalhos do CINANIMA, um dos festivais de cinema de animação mais antigos e reputados do mundo.

17.00h Imaginário familiar – amanhã faremos todos parte de uma recordação Foco Family Film Project Tânia Dinis

Não são favas, são feijocas | 10’ Armindo e a câmara escura | 20’ Laura | 10’ Desde 2011 que tem desenvolvido um trabalho de pesquisa e criação, sobre intimidade, arquivo de família, documento, relação tempo-imagemmemória-sonho, e estes trabalhos em específico estão inseridos na série “Arquivo de Família”, a qual está em constante desenvolvimento e atravessa diversas perspetivas e campos artísticos, como o da fotografia, o da performance, o do cinema. Esta pesquisa começa por investigar e recolher imagens, pessoais ou não, assim como outros dispositivos: filmes, cartas, diapositivos, fotografias, objetos – para depois serem reunidos em experimentos artísticos, reorganizados, revisitados e manipulados pela montagem, implementando colagens e fragmentos sonoros, construindo pequenas narrativas, num exercício de confrontação da imagem e/com o som, da exploração da ideia de imagem como uma experiência da efemeridade do tempo e da memória.


SEXTA-FEIRA

02 NOV

11.30h A Produção de cinema português em contexto de co-produção Internacional Rodrigo Areias, realizador

15.30h Curtas Vila do Conde International Film Festival — A produção cinematográfica versus Academia Nuno Rodrigues

10.00h Bárbara Vírginia Lu Sequeira A Glória de Fazer Cinema em Portugal (PT.2015.16’) de Manuel Mozos A realização de co-produções internacionais no âmbito do cinema português: parcerias, montagem financeira, processo criativo, promoção e divulgação dos filmes portugueses. Maria de Lurdes Dias da Costa, de seu nome verdadeiro, nasceu em Lisboa a 15 de Novembro de 1923. Ainda é como Maria de Lurdes que se inscreve no Conservatório de Lisboa para estudar canto, piano, teatro e dança, e terá sido ainda com este nome que, aos 15 anos, se estreou aos microfones da Emissora Nacional. Mas é já como Bárbara Virgínia que, uma vez saída do conservatório, se afirma na então Emissora Nacional. “Quem é Bárbara Virgínia?” é um roadmovie documental, um resgate de memórias, uma procura em busca da cineasta Bárbara Virgínia. Este é um trabalho de arqueologia emocional e humana que traz à tona a vida e a obra de uma mulher que muito fez pela cultura lusófona e foi esquecida... Bárbara foi a primeira cineasta a fazer uma longa-metragem sonora, a única mulher a fazer uma ficção na altura da ditadura portuguesa e esteve na competição na primeira edição do festival de cinema de Cannes em 1946. Filmado em Portugal e no Brasil, neste documentário intimista e poético acompanhamos a realizadora Luísa Sequeira na procura da Bárbara Virgínia. (DOC. 2017.75’)

Noite sem Distância (PT/ESP. 23’) de Lois Patiño A produção de filmes em parceria com a academia e os critérios de seleção de filmes no contexto de um festival.

16.30h NAVE e NEME apresentam mostra de projetos dos estudantes da ESMAD

14.30h Telepoesis — investigação criativa em literatura generativa multimodal Rui Torres Apresentação performativa, com descrição de processos e leitura dinâmica de poemas combinatórios gerados em tempo real. Discussão, pelo autor, acerca de possibilidades e limitações de uma literatura baseada em constrangimentos programados para procedimentos aleatórios.

O NAVE — Núcleo de Audiovisual e o NEME — Núcleo de Multimédia da Escola Superior de Media Artes e Design apresentam uma pequena mostra de trabalhos dos estudantes das Licenciaturas em Multimédia e em Tecnologias da Comunicação Audiovisual realizado ao longo dos últimos três anos.


Ficha Técnica Coordenação Olívia Marques da Silva Produção Executiva e Supervisão de Conteúdos José Quinta Ferreira Maria João Cortesão Direção de Produção Maria João Cortesão Programação Filipe Martins João Leal José Alberto Pinheiro José Miguel Moreira José Quinta Ferreira Luís Leite Luís Ribeiro Maria João Cortesão Tiago Dionísio Produção Maria João Cortesão José Quinta Ferreira Design Vítor Quelhas Fotografia Trabalho coletivo de estudantes e professores da Licenciatura em Multimédia

Spot Nuno Tudela Música Filipe Lopes (a partir de imagens e sons produzidos pelos estudantes do 2.º ano do curso de Licenciatura em Multimédia) Secretariado Mafalda Ventura Raquel Gomes Comunicação Bianca Motta Apoio técnico Centro de Produção e Recursos Fernando Teixeira João Pacheco João Paulo Gomes Luís Kasprzykowski Registo Audiovisual NAVE — Núcleo de Audiovisual Equipa BMAG Arlindo Santos Guilherme Dantas Luis Neves Patrícia Campos Telmo Teixeira

Localização Biblioteca Municipal Almeida Garrett Jardins do Palácio de Cristal Rua de Entrequintas, 328 4050-239 Porto Informações www.esmad.ipp.pt www.fb.com/imagensdorealimaginado Entrada livre.

ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO

ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE


ESMAD 2018


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