2024-ANO3 LIÇÕESSEMANAIS
Lição 1
DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS
Estrutura da Bíblia e suas divisões – Parte 1
APROXIMANDO-NOS DO TEMA
Doutrina é o conjunto de princípios que servem de base a um sistema. No caso específico da Bíblia, são os ensinamentos fundamentais do cristianismo. Podemos organizar as doutrinas Bíblicas de acordo com temas relevantes (e específicos) abordados nas Escrituras Sagradas. São elas,
A Doutrina da Palavra de Deus
A Doutrina de Deus
A Doutrina do Homem
As Doutrinas de Cristo e do Espírito Santo
A Doutrina da Aplicação da obra da Redenção
A Doutrina da Igreja
A Doutrina das últimas coisas (Escatologia).
Nas próximas aulas iremos aprender sobre a Doutrina da Palavra de Deus e conhecer seus principais aspectos. Vamos analisar, de forma introdutória, a divisão e classificação dos livros da Bíblia, assim como entender o que significa o termo Cânon Bíblico.
Nos estudos da Doutrina da Palavra de Deus, os principais ensinamentos da Bíblia a seu próprio respeito podem ser classificados em certas características (ou atributos) que serão oportunamente abordadas. São elas: a autoridade das Escrituras, a inerrância das Escrituras, a clareza das Escrituras, a necessidade das Escrituras e a suficiência das Escrituras.
Bíblica Semanal
Lição
Ano 3 - Número 1
Básicas do Cristianismo
10.03.2024 -
Doutrinas
MENTAL
MAPA
CONHECENDO A DOUTRINA
1) O CÂNON BÍBLICO
Antes de estudarmos com mais detalhes cada aspecto da Doutrina da Palavra de Deus, precisamos determinar quais escritos pertencem à Bíblia e, para isso, se faz necessário também entender, inicialmente, o que significa o termo “cânon” tão utilizado para dar validação a certos textos.
A palavra “cânon” é derivada do grego e originalmente significava um bastão ou vara reta. No grego da época pré-cristã também tinha a conotação de “regra” ou “padrão” e, neste sentido também é usado no Novo Testamento (veja, por exemplo, 2 Co 10:13, 15, 16; Gl 6:16). Sendo assim, o principal padrão que um escrito deve satisfazer para ser considerado como pertencente ao cânon é o da inspiração divina. Desta forma podemos falar de um cânon do Antigo e do Novo Testamento. Surge, então, uma pergunta: “Como reconhecer quais livros são divinamente inspirados e, consequentemente, canônicos e quais não o são?”
De acordo com Edward J. Young (The Canon of the Old Testament ), a própria natureza da situação em análise nos mostra que sendo Deus o Criador e o homem a criatura, então, o homem só pode identificar a Palavra de Deus se o próprio Deus permitir ao homem identificá-la. Este testemunho interior do Espírito Santo permite ao homem reconhecer as Escrituras como verdadeiramente provenientes de Deus. O povo de Deus, portanto, reconhece a sua Palavra. “ As minhas ovelhas ouvem a minha voz” (João 10. 27a), disse nosso Senhor.
2) O CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO
O próprio Cristo comenta a respeito do conteúdo das Escrituras, quando diz: “Estas são as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que era necessário que se cumprissem todas as coisas que estavam escritas na lei de Moisés, e nos profetas, e nos salmos, a meu respeito” (Lucas 24:44).
Isso sugere que Jesus reconhecia um certo conjunto de escritos sagrados (canônicos) que formariam as Escrituras do Antigo Testamento. Porém, do ponto de vista da organização dos livros da Bíblia, foi necessário muito tempo para chegarmos na forma que hoje conhecemos. Por exemplo, a mais antiga lista cristã dos livros do AT que existe hoje é a de Melito, bispo de Sardes, que escreveu em cerca de 170 d.C.
3) O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO
O desenvolvimento do cânon do Novo Testamento começa com os escritos dos apóstolos ou por alguém muito próximo a um apóstolo. Por exemplo, os evangelistas Lucas e Marcos não eram apóstolos, mas eram filhos na fé de Paulo e Pedro, respectivamente. O próprio apóstolo Pedro reconhece que documentos de Paulo que estavam sendo escritos naquela época já o constituíam como ‘Escrituras’, com a mesma canonicidade dos documentos do Antigo Testamento (2 Pe 3.15-16).
4) PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
O período intertestamentário (período Interbíblico) é o momento histórico que compreende o espaço de tempo entre o Antigo e o Novo Testamento. Na narrativa bíblica passaram-se cerca de quatrocentos anos entre a época de Neemias (quando o livro de Malaquias foi escrito) e o nascimento de Cristo. Neste período houve grande produção literária, porém nenhuma revelação de Deus foi dada para que constituísse o cânon. É nesse período que temos o surgimento de muitos dos documentos conhecidos como apócrifos.
APLICAÇÃO E REFLEXÃO
A atual divisão dos livros da Bíblia pode ser apreciada no nosso Mapa mental em anexo nesta lição. Esta divisão entre 39 livros do Antigo Testamento e 27 livros do Novo Testamento foi estabelecida em 393 d.C. no Concílio de Hipona, também conhecido como Sínodo de Hipona Regia.
Como bem sabemos, a Bíblia é o nosso manual de fé e prática. Qual o seu nível de conhecimento a respeito das Escrituras? Qual (ou quais) dos livros mostrados no mapa você mais conhece e quais você menos conhece (ou nada conhece) a respeito da sua temática, personagens Bíblicos envolvidos etc.?
Algumas curiosidades sobre o Livro Sagrado (para pesquisar e aprender):
Em que ano e por quem foi feita a primeira tradução da Bíblia para a língua portuguesa?
Quais são, possivelmente, o primeiro e o último livros escritos do Novo Testamento?
Qual o único livro da Bíblia que não menciona, explicitamente, o nome de Deus?
Você conhece algum livro do Antigo Testamento que, mesmo sendo inspirado, não é citado no Novo Testamento?
17.03.2024
DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS
Estrutura da Bíblia e suas divisões – Parte 2
APROXIMANDO-NOS DO TEMA
Talvez ao tentar ler a bíblia de capa a capa você tenha se sentido em alguns trechos um pouco perdido, a impressão é que em determinados momentos a história muda de forma muito brusca. Você não está enganado, a bíblia não está organizada de forma cronológica. Mas, se buscarmos compreender como ela se organiza cronologicamente, podemos entender muito melhor o principal assunto da Bíblia: A história da redenção planejada e executad a e aplicada, por Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Longe de nós pensar que a Bíblia apenas reuniu histórias desconectadas.
Sugestão: Acesse no Youtube o vídeo - A Bíblia não é uma série de histórias desconectadas. https://www.youtube.com/watch?v=rp0QFMlWD8s), e comente em sala, se já tinha essa percepção, se isso é novo, se ainda tem dificuldade em entender a história à luz das Escrituras.
A lição de hoje, irá nos ajudar a ter uma melhor visão de como se desenvolve a história bíblica.
Lição Bíblica Semanal
- Ano 3 - Número 2
Básicas do Cristianismo
2
Doutrinas
Lição
MAPA MENTAL
CONHECENDO A DOUTRINA
Vejamos como a doutrina da palavra de Deus organiza de forma cronológica os grandes blocos que compõe o cânon do Antigo e do Novo Testamento.
ANTIGO TESTAMENTO
O Pentateuco: É formado pelos primeiros cinco livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio), comumente chamado de "Lei " ou "Pentateuco" (Grego pentateuchos, "cinco volumes").
Temática: O Pentateuco narra a história da criação, a queda do homem, bem como o episódio do dilúvio e o chamado de Abraão. É um misto de história e legislação, e estes não são independentes: as narrativas históricas explicam a necessidade, o surgimento e a aplicação das leis de Deus, as alianças firmadas por Deus (com Noé, Abraão, Moisés, etc.), a libertação do seu povo do Egito bem como a obrigação do povo em guardar as leis de Deus dadas a eles no deserto do Sinai.
Livros Históricos: São doze Livros Históricos, a saber: Josué, Juízes, Rute, 1º Samuel, 2º Samuel, 1º Reis, 2º Reis, 1º Crônicas, 2º Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
Temática: Os livros históricos registram um período de tempo de pelo menos oitocentos anos desde a conquista de Josué até o império Persa onde viveu Ester. Estes livros narram a história dos israelitas depois que chegaram à terra de Canaã bem como todas as batalhas e vitórias (vindas da parte de Deus) para que este povo se estabelecesse naquela região. A narrati9va inclui: Período dos juízes, a Monarquia instituída, o Reino unido, a divisão entre Reinos do Sul e do Norte, a queda destes reinos e o período pós exílico.
Livros Poéticos: São os seguintes, os livros Poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares.
Temática: Os Livros Poéticos também conhecidos como “livros de Sabedoria” estão entre os livros da Bíblia porque Deus fala ao coração dos homens através da vida e do testemunho Jó, consola, exorta e leva à ador ação através dos Salmos, ensina a enfrentar problemas do dia a dia em Provérbios. O livro de Eclesiastes é para os que estão passando por dúvidas. Há também ensinamentos sobre relacionamento físico entre marido e esposa em Cântico dos Cânticos ou Cantares de Salomão.
Livros Proféticos: Os livros Proféticos estão divididos em dois grupos, o dos profetas maiores e o dos profetas menores. Esta divisão não é pela importância das profecias, mas pela quantidade produzida por cada profeta. Assim, é uma divisão quantitativa e não qualitativa.
Temática: A mensagem dos profetas continha muitas promessas e esperança, mas também advertências e repreensões. Em geral, falavam sobre o futuro redentor de Israel e como Deus iria restaurar seu povo e renovar a aliança com ele, desde que o seu povo O adorasse apenas e se mantivesse fiel a Ele. Apontavam para um futuro Messias, que traria salvação e paz ao mundo.
NOVO TESTAMENTO
O Evangelho
Está dividido em quatro “Evangelhos” de acordo com a perspectiva de cada autor. Assim temos o Evangelho segundo João, segundo Mateus, segundo Marcos e segundo Lucas. Estes três últimos são conhecidos como Evangelhos Sinóticos.
Temática: Em síntese, o evangelho é a mensagem do Cristo crucificado, da culpa do homem, do perdão da parte de Deus, do novo nascimento e da vida nova por meio do dom do Espírito Santo.
Atos dos Apóstolos: Escrito por Lucas, este livro narra o que Cristo continuou a f azer, após a sua ascensão, através dos Apóstolos e da sua Igreja, com a ajuda do Espírito Santo. A Mensagem de Atos nos ajuda a ver sobretudo os princípios que regem a ação do Espírito impelindo continuamente a igreja em direção ao mundo (John Stott).
Cartas e Profecias: As cartas do Novo Testamento expressam uma mensagem comum e consistente sobre Deus e o evangelho de Jesus Cristo. Temos as cartas gerais e as cartas Pastorais; estas se desenvolvem em uma harmonia teológica onde os autores das cartas, em muitos casos, reconheciam abertamente a validade e a utilidade dos escritos uns dos outros. Assim temos as cartas de Paulo, de Pedro, de Tiago, de João, de Judas e a carta aos Hebreus, de autoria desconhecida.
Livro das revelações: O Apóstolo João, além das cartas, também escreveu o último livro do Novo Testamento, O Apocalipse, narrando as coisas relativas aos últimos dias, compreendidos entre a primeira e a segunda vinda de Cristo.
APLICAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecer a cronologia bíblica, assim como as suas principais divisões e temas é fundamental para entendermos o contexto histórico e consequentemente o propósito de cada livro.
Propomos então um exercício: Examine as narrativas presentes nos livros de I e II Reis e I e II Crônicas e tente relacioná-las com os livros dos proféticos. Você terá acesso a uma visão muito mais ampla do texto do Antigo Testamento. Aceita o desafio, então, mãos à obra.
DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS
Revelação Geral de Deus
APROXIMANDO-NOS DO TEMA
Muitos, ao longo da história, negaram a existência de Deus. Outros mais ousados chegaram a afirmar que, se um dia Ele existiu, a essa altura já estaria morto. Em nossos dias a situação não é diferente, temos os que negam Sua existência, enquanto outros o procuram, mas como cegos, sem capacidade de ver plenamente, ficam tateando, não conseguindo discerni-lo de forma plena; há quem construa imagens e nelas projete a imagem do divino, inclinandose diante dela; há quem a projete na criação apontando para a natureza e dizendo: Aí está Deus!!!
Diante desses fatos é necessário perguntar:
- É POSSIVEL CONHECER A DEUS?
- HÁ UMA FONTE DE REVELAÇÃO CONFIÁVEL?
- DEUS SE REVELA FORA DAS ESCRITURAS SAGRADAS?
- COMO SE DÁ ESTA REVELAÇÃO DE DEUS NA HISTÓRIA?
É sobre este tema, que tem tudo a ver com a Doutrina da Palavra de Deus, que estaremos estudando hoje. a Revelação Geral de Deus aos homens. Boa aula a todos!
Lição Bíblica Semanal 24.03.2024 - Ano 3 - Número 3 Doutrinas Básicas do Cristianismo Lição 3
MENTAL
MAPA
CONHECENDO A DOUTRINA
A beleza do cristianismo consiste em saber que não se trata de algo especulativo. Deus se revelou a nós de duas maneiras: por meio da revelação geral e revelação especial. Neste aspecto, é necessário entender que Deus não pode ser conhecido a não ser que Ele Próprio se revele. Portanto, um primeiro ponto acerca da doutrina da revelação de Deus é sua cognoscibilidade. É impossível para o homem conhecer a Deus sem que isso esteja de acordo com a sua vontade. Somos totalmente limitados em nossa compreensão sobre Ele.
Partindo, inicialmente, da revelação geral, conceitua-se como aquela em que Deus se revela de três formas específicas: natureza , providência e criação do homem. Dessa forma, trata-se de uma autorrevelação dada a todas as pessoas sem distinção. A Bíblia é clara quanto a essa revelação em textos como Sl 19:1-2, Sl 47:7-8 e Rm 2:15. Levando em consideração esses três pontos, no primeiro observamos Deus através de sua criação natural. O teólogo Alister McGrath ressalta que o mundo natural é uma pista da existência de Deus.
A natureza é apenas um esboço que aponta para aquele que criou todas as coisas. Conquanto Deus se revele em sua criação natural, é possível enxergar sua existência no curso da história. O Senhor continua em atuação no mundo, determinando seus fatos e épocas, fazendo com que toda história concorra para a glória do seu Nome. O profeta Daniel destaca isso muito bem “[…] é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes” Dn 2:21. Não há qualquer acontecimento que pegue Deus desprevenido, Ele próprio escreveu a história. Por fim, um terceiro aspecto da revelação geral decorre da formação do homem. O homem como coroa da criação não foi dotado apenas de estrutura física, suas principais características são percebidas em suas qualidades morais e espirituais.
A teologia adota o termo senso divino para se referir a constituição humana. Deus dotou o homem de discernimento para julgar aquilo que é certo e errado. É por essa razão que o apóstolo Paulo afirma que temos a lei do Senhor gravada em nossos corações. Assim, uma última distinção quanto a esse tipo de revelação apresenta sua função mediata e imediata. Mediata é a revelação que só é possível de ser observada por intermédio de algo como a natureza e a providência de Deus no mundo. A imediata é a revelação que nos é entregue sem um meio necessário, como ocorre com a lei escrita em nosso ser.
Considerando, desta forma, qualquer um dos apontamentos feitos anteriormente, a revelação aponta para uma conclusão lógica irrefutável: é impossível para uma mente finita compreender algo que é infinito.
APLICAÇÃO E REFLEXÃO
Antecipando algo que será tratado de forma mais aprofundada na próxima aula, mas que também faz parte da revelação geral, implica na impossibilidade do homem ser salvo por meio dela. Embora este tipo de revelação aponte para o criador, o homem apenas pode ser salvo por meio da pregação genuína do Evangelho de Cristo Jesus.
Ainda que a revelação geral não salve, o homem não pode alegar inocência em seus pecados pelo desconhecimento acerca de Deus. Paulo escrevendo aos romanos frisa isso bastante: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebido por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis” Rm 1:20.
Ainda, a revelação geral é um espelho da grandeza de Deus. Seus atributos são melhor compreendidos por meio dela. Por fim, essa revelação explica quem foi o criador de todas as coisas, nos trazendo esperança de que o mundo caminha de acordo com a vontade soberana de Deus e que por isso é possível adorá-Lo.
PRATICANDO A PALAVRA
Deus se faz conhecido de muitas maneiras. Em síntese isso é o significado dessa doutrina tão incomum de ser escutada. Vamos participar de uma dinâmica? Organize assim:
● Divida a turma em grupos de 3 a 5 pessoas.
● Distribua um pedaço de papel e um lápis para cada participante.
● Peça aos participantes que escrevam uma lista de coisas que eles acreditam que revelam a existência de Deus.
● Depois de um tempo, peça aos participantes que compartilhem suas listas com o grupo.
Pensem juntos com seu professor da EBD: Quais são as semelhanças entre as listas? Quais são as diferenças entre elas? Quais são os pontos fortes e fracos das listas para entender a revelação geral de Deus?
DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS Revelação Especial
APROXIMANDO-NOS DO TEMA
Vimos na aula anterior que Deus se revela de diversas maneiras, entretanto existem formas que são consideradas especiais por sua clareza, a principal delas é através das Escrituras Sagradas.
Vamos tentar fazer um exercício mental, o que nós não saberíamos a respeito de Deus se a Bíblia não tivesse sido inspirada e preservada pelo Espírito Santo e chegado às nossas mãos de tal forma que podemos ler e ouvir seus ensinos? Avalie e comente junto a colegas e professor da EBD após o exercício converse com os alunos a importância de termos um exemplar desse livro em nossas mãos.
A lição de hoje nos dará oportunidade de refletir sobre a revelação especial de Deus, quais os cuidados sobre algumas e o porquê da superioridade da Bíblia nessa questão. Vamos aprender?
Lição Bíblica Semanal 31.03.2024 - Ano 3 - Número 4 Doutrinas Básicas do Cristianismo Lição 4
MENTAL
MAPA
CONHECENDO A DOUTRINA
Após tratar da revelação geral, um Segundo aspecto da doutrina da re velação de Deus é o seu caráter especial, ou seja, a revelação sobrenatural de Deus que faz com que o pecador seja salvo das suas iniquidades. Para o cristão a revelação especial aponta para a Sagrada Escritura que apresenta Deus de forma pessoal e conheci da.
Em razão da revelação geral não ser capaz de salvar o homem, aprouve a Deus revelar-se diretamente à igreja, entregando-lhe o conhecimento necessário à salvação. Milagres, profetas, apóstolos, o próprio Cristo Jesus e a iluminação do Espírito Santo são provas que atestam a revelação de Deus para salvação do seu povo. A atuação do Espírito evidenciando a revelação no coração do seu povo é superior à todos os argumentos acerca das verdades de Deus.
Tal comprovação é apresentada no texto de Hebreus 1.1-2. De forma progressiva toda verdade necessária à salvação foi comunicada à igreja e se assim não fosse, o homem não poderia ter acesso a mensagem de salvação. O texto acima ressalta que Cristo é a revelação final, fora das verdades ensinadas pela Sagrada Esc ritura, não há qualquer outro meio pelo qual o homem pode ser salvo.
Paulo Anglada, portanto, afirma que diante dessa compreensão “à igreja de Deus, foram confiados os oráculos de Deus, uma revelação especial, inspirada, clara, precisa, autoritativa, suficiente para ensinar ao homem o que ele deve conhecer e crer e o que dele é requerido, com vistas à sua própria salvação e à glória de Deus”. Diante da necessidade da revelação especial, Deus ordenou sua escrita para preservação da verdade, para serem conhecidas, cridas e, por intermédio do Espírito Santo, se pudesse manter essa revelação sem quaisquer erros. Paulo , escrevendo à Timóteo, afirma isso claramente: “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (2 Tm 3:16)”.
Em virtude de a Escritura ser a única capaz de revelar a verdade para salvação do homem, ela não pode ser omitida na pregação. Se nã o for por meio da Bíblia, o Espírito Santo não pode agir. O Espírito de Deus atua com a Escritura e pela Escritura. Portanto, sua comunicação é indispensável à conversão de pecadores.
Quando o Evangelho é pregado, o Espírito Santo ilumina o coração do pecador, lançando luz e fazendo-o responder à mensagem. Por esta razão, a Bíblia não suplantada ou acrescentada em todos os seus termos.
APLICAÇÃO E REFLEXÃO
Não sendo a revelação natural suficiente para salvar o homem em função da queda, aprouve a Deus revelar-se diretamente à igreja. Assim, Deus preparou um povo, Israel, na Antiga Aliança, e a igreja, na Nova Aliança, para revelar -lhe diretamente o conhecimento necessário à salvação. De modo direto e sobrenatural, por meio do seu Espírito, através de revelação direta, teofani as, anjos, sonhos, visões, pela inspiração de pessoas escolhidas e pelo seu próprio Filho, Deus comunicou progressivamente à igreja, no curso dos séculos, as verdades necessárias à salvação, as quais, de outro modo, seriam inacessíveis ao homem. Foi assim que Deus revelou-se a Noé, a Abraão, a Moisés, aos profetas, a Davi, a Salomão, aos seus apóstolos e, especialmente, em Cristo. É neste sentido que o autor da Epístola aos Hebreus afirma que, “Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo” (Hb. 1:12). Cristo é a revelação final de Deus. É este também o sentido das palavras do apóstolo Paulo endereçada aos gálatas: “Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem; porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo” (Gl. 1:1112).
DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS
A BÍBLIA É UM LIVRO DE HOMENS? Inspiração Divina das Escrituras Sagradas
APROXIMANDO-NOS DO TEMA
Em Sua graça Deus se revelou, mas para revelar Sua vontade em uma forma que Sua criação lhe compreendesse, Ele capacitou homens para usarem linguagem humana na comunicação do Ser para apresentar Seu maravilhoso plano de salvação. A isso chamamos inspiração.
As afirmações acima podem ser muito claras e sem dificuldade de aceitação para os cristãos maduros e conhecedores das Escrituras, porém, em tempos de relativização da verdade, encontramos cada vez mais pessoas que negam a inspiração Bíblica. Para alguns destes, a Bíblia apenas contém a Palavra de Deus em alguns trechos isolados, para outros é apenas um livro que perdeu a originalidade devido ao tempo.
Na lição de hoje iremos pensar um pouco sobre esse tema, detalhando como se deu a inspiração das Escrituras e quais os desafios e controvérsias levantadas a respeito. Podemos confiar na manutenção da verdade Bíblica mesmo considerando que estamos há milênios de distância de seus escritores, de sua cultura e das línguas originais.
Convido você a embarcar em mais essa jornada de conhecimento. Vamos à aula!!!
Lição Bíblica Semanal 07.04.2024 - Ano 3 – Número 5 Doutrinas Básicas do Cristianismo Lição 5
MAPA MENTAL
CONHECENDO A DOUTRINA
A relativização da verdade tem crescido substancialmente. Atualmente o errado tem se justificado pelo certo a partir de uma verdade individual, ou seja, uma conduta perpetrada contra uma sociedade pode-se tornar aceitável – ainda que compreendida como errada – sob a proteção de não podemos rejeitar a verdade de ninguém - Ou você nunca ouviu a frase: “isso pode ser errado para você, mas para mim não é”. Esse fenômeno tem colocado em xeque até mesmo a autoridade bíblica.
Ao longo dos anos, alguns críticos têm se preocupado em apresentar evidências que possam comprovar a falibilidade e errância do texto sagrado. Supostas contradições são criadas, como: duas versões da morte de Jesus; um mundo complexo criado em seis dias e, até mesmo, algumas contradições morais, como: pena de morte; escravidão; bigamia, entre outras. Mas, de fato, em que cremos?
Cremos que Deus se revelou para todos os seres humanos e é a fonte de todas as coisas criadas (Cl 1:16-18). Segundo o salmista, os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos (Sl 19.1). Paulo diz que podemos ver de maneira muito clara o poder e a divindade de Deus pelas coisas que estão criadas (Rm 1:20). Por isso, R. C disse que vivemos em um grande teatro em que qualquer pessoa que tenha visão física pode ver a glória de Deus por meio das estrelas, da luz e do sol. Dessa forma, entendemos que qualquer conhecimento procede de Deus.
Cremos ainda que Deus se revela de maneira bastante especial para um povo exclusivo, ou seja, não é um conhecimento geral, tampouco para todos, mas somente àqueles a quem o Espírito Santo ilumina para compreender as verdades a respeito da obra salvadora de Deus em Jesus Cristo. Ao longo da história essa revelação foi realizada de algumas maneiras: Deus falou ao povo de Israel por meio de profetas. Já no novo testamento sua mensagem foi transmitida por meio dos profetas e, por último, se revelou por meio de seu filho (Hb. 1.1 -3). Mas podemos confiar que, ainda que tivesse sido transmitida por homens, permaneceria sendo a Palavra de Deus?
A resposta encontra-se no fato de que Deus não somente se revelou aos homens, mas os inspirou para que fossem capacitados a escrever a verdade a respeito de Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo. A Bíblia afirma que toda a Escritura é inspirada por Deus (2Tm 3:16-17) e que nenhuma profecia provém de interpretação pessoal, mas que se origina no próprio Deus (2Pe 1:20-21); que não são palavras que transmitem sabedoria humana, mas são ensinadas pelo próprio Espírito Santo (1Co 2:12-13). Portanto, a resposta é sim. Podemos confiar.
A inspiração pode ser entendida de duas maneiras. A primeira refere-se a fonte das Escrituras ao afirmar que foi inspirada por Deus, a Bíblia, quer dizer que as verdades acerca dela foram sopradas para fora por Ele mesmo, ou seja, a fonte de toda a Bíblia é Deus.
Em um segundo momento, a inspiração pode ser compreendida como uma atividade do Espírito Santo em que Ele capacitou seres humanos em diferentes locais e épocas, para escrever as verdades acerca de Deus.
Mas a pergunta é: como Deus inspirou essas pessoas? Como ocorreu esse processo de transmissão para que eles somente compartilhassem aquilo que realmente fosse verdade de Deus? O escritor colocou suas opiniões pessoais nos textos bíblicos? Ele a escreveu com base em suas convicções? Ele era influenciado por sua cultura e por seus costumes ou existiu diferença na escrita entre diferentes autores alocados em diferentes épocas? Vamos entender.
Ao longo dos anos, as pessoas têm se dedicado a explicar como ocorreu esse processo de inspiração. O problema é que a Bíblia não nos diz de maneira expressa como isso aconteceu. Então, ocorre que algumas interpretações têm se distanciado daquilo que ela, implicitamente, prega. Há alguns que defendem a teoria do ditado verbal em que estabelece os homens como amanuenses (escribas) de Deus em que eram ministrados por Ele e suas funções limitavamse a escrevê-las; Há outros que defendem a teoria da inspiração das ideias, que nos informa que Deus teve uma participação muito discreta no desenvolvimento das escrituras, transmitido tão somente a ideia daquilo que ele gostaria de revelar de maneira especial ao seu povo, mas deixava a cargo dos homens o seu desenvolvimento e maneira como isso lhe seria transmitido. Ainda há, de maneira muito pequena, aqueles que defendem a teoria neoortodoxa em que prega que as Escrituras não são inspiradas, tampouco são Palavra de Deus, mas Deus pode usá-las para falar com seu povo e, por fim, uma última teoria, ao que se parece, a mais adequada, diz que há uma inspiração verbal e plenária, isto é, cada palavra do texto sagrado é a Palavra de Deus escrita por homens em diferentes culturas e épocas, não excluindo o fato de que eles podem incorporar esses ensinos em suas culturas e maneiras de escritas, mas sempre preservando seu texto e fonte.
Portanto, sim, a Bíblia é livro de homens à medida em que foi escrita por eles, mas foram ministrados e capacitados por Deus para isso. Sem Deus não era possível ter a Bíblia, pois a fonte é Ele. Ela comunica a exata vontade de Deus em seu plano de redenção, utilizando homens dentro de suas culturas, crenças e valores.
PRATICANDO
Considerando o tempo em que vivemos e o crescente número de percepções a respeito das Escrituras Sagradas queremos propor a você um desafio:
Durante a semana você fará uma enquete em um de seus grupos das redes sociais ou mesmo pessoalmente no ambiente de trabalho, estudos ou família (mescle a pesquisa entre pessoas que se declaram evangélicas e de outras vertentes do cristianismo) com a seguinte pergunta:
Você acredita que tudo que está na bíblia foi inspirado por Deus?
Proximo domingo iremos refletir sobre os resultados da pesquisa. Até a próxima aula, se Deus quiser!!!
APLICAÇÃO E REFLEXÃO
DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS
ILUMINAÇÃO: O PRINCÍPIO PELO QUAL ENTENDEMOS A VERDADE BÍBLICA
APROXIMANDO-NOS DO TEMA
A Bíblia é, sem dúvidas, um dos livros mais lidos em todos os tempos. Ao longo da história foi traduzido para centenas de línguas e é hoje encontrada em milhares de versões e está acessível a todos, leigos e doutores. Aliás estes últimos têm se debruçado sobre as escrituras com muita disposição, seja para descobrir todos as afirmações teológicas, literárias e históricas, seja para encontrar nela algum motivo que a desabilite como Palavra de Deus. O fato é que a Bíblia sempre será um livro desafiador na sua compreensão. Sua mensagem é simples, no entento o mais inteligente dos homens precisará da ação divina para compreende r a mensagem primordial.
Na aula de hoje iremos pensar um pouco sobre a Iluminação, uma palavra que na Teologia usamos para identificar a maneira com o que o Espírito Santo opera para que o leitor das escrituras compreenda e seja convencido pela mensagem retentiva das Escrituras Sagradas.
“Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.” João 16:13
Desejamos que este mesmo Espírito Santo nos guie durante a nossa aula de hoje. Boa aula a todos!!!!
Lição Bíblica Semanal
- Ano 3 – Número 6 Doutrinas Básicas do Cristianismo Lição 6
14.04.2024
MENTAL
MAPA
CONHECENDO A DOUTRINA
Observemos estas duas sentenças: (A) o apóstolo Paulo escreveu para a igreja de Corinto que o homem natural não pode entender as coisas do Espírito de Deus, porque elas se discernem espiritualmente (1 Co 2 :14). (B). Ele ainda registrou que toda a Escritura é inspirada por Deus (2 Tm 3:16), ou seja, a fonte de texto bíblico –ainda que escrito por homens – é o próprio Deus (2 Pe 1:20-21). Ora, se “b” está contido em “a”, uma vez que a Escritura é uma das coisas do Espíri to de Deus, é imprescindível que o Espírito Santo nos ilumine para que possamos ver as maravilhas da lei de Deus (Sl 119:18).
A iluminação é uma obra do Espírito Santo, por meio da qual Ele investiga os pensamentos mais íntimos de Deus (1 Co 2:10), não para conhecê-los, mas para fazêlos conhecidas por nós, a fim de que atendamos aos seus mandamentos (Sl 119 :73). Ademais, é importante entendermos que essa obra pressupõe uma mensagem revelada, bastando tão somente ser aceita, conhecida e praticada pelo home m espiritual, ou seja, novas revelações estão destinadas ao fracasso. A Sagrada Escritura é suficiente e atemporal.
Pois bem, o processo de iluminação pode ser compreendido em três momentos diferentes. O primeiro momento, diz respeito ao processo pelo qual o Espírito Santo muda a disposição dos nossos corações, a fim de que passemos a aceitar o Evangelho, não no sentido de que temos escolhido quando chamados eficazmente, mas de que passamos a entendê-lo como necessário para as nossas vidas, de maneira que deixamos de enxergá-lo como loucura, mas como poder de Deus para a salvação (1 Co 1:18; Rm 1:16).
Agora como homens espirituais, ou seja, habitados pelo Espírito Santo (1 Co 6:19), estamos aptos a conhecer as coisas concernentes à Escritura, sendo ministrados diariamente por ela, a fim de que ela seja lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho (Sl 119:105); nos instrua, ensine; exorte e corrija (2 Tm 3:16,17) e nos santifique (Jo 17:17). A iluminação nesse momento se apresenta como uma obra progressiva do Espírito Santo, ou você nunca ouviu esta frase: “se abrirmos a Bíblia todos os dias no mesmo texto, sempre teremos algo novo para aprender”
O terceiro momento nos encoraja à prática cristã. A Escritura diz que o Senhor abriu o coração de Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, para atender às coisas que Paulo dizia (At 16:14-18). Ocorre que, posteriormente, ela serviu ao Senhor juntamente com o apóstolo na construção da igreja em Filipos. Percebemos, pois, que o Espírito Santo não nos faz tão somente entender sua Palavra, mas “atendê-la, ou seja, a compreensão da Palavra de Deus deve nos impulsionar a praticá-la (Tg 1:22).
Portanto, conforme escreveu R.C. Sproul, “devemos concordar que o cristianismo se baseia, em última análise, no c onhecimento que Deus mesmo nos dá”, seja se revelando de maneira bastante especial para um povo escolhido, seja nos iluminando para que vivamos uma vida piedosa moldada pela sua Palavra.
APLICAÇÃO E REFLEXÃO
O Espírito Santo ao iluminar as nossas mentes e corações para nos fazer aceitar, conhecer e praticar a Escritura, pode nos levar a questionar como devemos responder a tão grande graça manifestada sobre nossas vidas, mas Ele mesmo reponde: escolhendo um povo específico, transportando-os para sua maravilhosa luz (1 Pe 2:9-10) e se revelando de maneira extraordinária para se fazer conhe cido entre seu povo (Rm 1:19), a fim de que vivamos para seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus (Cl 1:10).
Para começar, nos faz gratos por tamanha graça manifestada sobre nossas vidas a ponto de nos resgatar do cativeiro da morte, pagando um preço que não poderia ser quitado por meio de alguma pedra preciosa, mas tão somente pelo seu sangue vertido na cruz (1 Pe 1:18), retirando o escrito de dívida que pesava sobre nós (Cl 2:13-15). Gratos, pois Ele nos justificou perante o justo juiz, imputando-nos sua vida justa, reta, íntegra e sem pecado, de maneira que somos identificados n ’Ele (Rm 5:18). Gratos, pois Ele nos transportou para o reino do seu filho amado e nos adotou como filhos (Cl 1:13).
Em segundo lugar, saber que somos incapazes de alguma forma de encontrar solução para o nosso problema espiritual, bem como inaptos para buscar a Deus e conhecê-Lo sem que antes Ele tenha se revelado, assim como ignorantes em entender sua Palavra sem que Ele nos ilumine para que o conheçamos, nos faz humildes e dependentes d´Ele, na certeza de que sem Ele não conseguiremos viver piedosamente, conformados à sua Palavra.
Além do mais, o fato de que dependemos de Deus, nos impulsiona a buscarmos mais intimidade com Ele. Segundo Santo Agostinho, “o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em Deus”. Davi escrevendo Salmos, diz que a sua alma anseia e tem sede de Deus (Sl 41:1,2) e por entender a sua necessidade busca-O intensamente e todo o seu ser o anseia, a fim de que ele possa avistar o seu santuário e a sua glória (Sl 63:1-3).
Para tanto, uma boa ferramenta diária que podemos utilizar é o devocional, momento no qual nos submetemos a Deus em humildade e dependência para que Ele nos ministre por meio da Sua Escritura, com a finalidade de que o conheçamos e vivamos para sua inteira glória. Por isso, um bom devocional é desenvolvido com oração, organização, tempo de qualidade, leitura, estudo e aplicações pessoa is.
PRATICANDO
Como vimos na aula de hoje, a tarefa de compreender a mensagem da redenção que encontramos nas Escrituras Sagradas exige intimidade com aquele que conhece a mente de Deus (I Cor 2:11), o Espírito Santo nos está disponível. Portanto, devemos criar o habito contínuo de pedir a iluminação d´Ele sempre que nos apresentarmos diante da Bíblia. Exercite esta ação e você verá quão maravilhosa é essa mensagem.
DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS
A AUTORIDADE E A INERRÂNCIA DAS ESCRITURAS SAGRADAS
APROXIMANDO-NOS DO TEMA
Durante os últimos domingos temos estudado aspectos fundamentais da doutrina das escrituras. O propósito de cada lição é atestar a origem divina daquela que é para nós a autoridade máxima da revelação. Desta forma vale a pena perguntar:
- Você, com sinceridade, acredita nas afirmações que temos estudado até aqui a respeito das Escrituras: Inspiração e Iluminação?
- Você crê verdadeiramente que a Bíblia tem autoridade para nos reger quanto a princípios e valores eternos?
- Você acredita em sua suficiência para responder sobre os aspectos que envolvem o homem, seu pecado e sua eternidade?
- Qual a real influência da Bíblia em sua vida cotidiana?
Nosso desejo é que as perguntas acima possam ocupar o seu coração enquanto analisamos mais algumas afirmações sobre as Escrituras Sagradas (Autoridade e Suficiência) e que ao final você possa avaliar a influencia real que a mesma tem sobre sua vida. Uma boa aula a todos!!!
Lição Bíblica Semanal 21.04.2024 - Ano 3 – Número 7 Doutrinas Básicas do Cristianismo Lição 7
MAPA MENTAL
CONHECENDO A DOUTRINA
A primeira característica que apresenta a Escritura como figura de autoridade é o fato dela prover do próprio Deus. O antigo testamento declara isso por meio das afirmações dos próprios profetas ao prefaciar suas mensagens com a frase “Assim diz o Senhor”, conferindo à mensagem a autoridade do próprio Deus. O Novo Testamento, por meio dos seus escritores, declara ver a Escritura de igual modo, isto é, proveniente do próprio Deus. Passagens como 2 Pedro 1:21 apresenta o líder do cristianismo em sua época se posicionando do mesmo lado.
O poder de convencimento das Escrituras para o crente também é um argumento válido aqui. Toda figura de autoridade é reconhecida quando fala. As Escrituras possuem o mesmo papel na vida do crente. Por meio do Espírito Santo, somos convencidos da procedência divina da Palavra. Quando lemos o texto sagrado, temos uma certeza interior natural e nos faz convencidos de que as palavras contidas na Bíblia são de caráter divino e, portanto, devem ser reconhecidas como autoridade. Apesar de existirem argumentos lógicos e científicos que endossam a verdade bíblica e consequentemente a sua autoridade, esses argumentos não são fontes de primaz(superiores) da nossa reverência e apreço à santa palavra, o testemunho do Espírito e a fé são o ponto base de nossa convicção da verdade bíblica.
Uma vez que consideramos as Escrituras como a Palavra de Deus, provinda diretamente d’Ele, inevitavelmente atribuímos também a ela aspectos do caráter divino. Uma vez que Deus fala por meio da sua Palavra, ela carrega a própria essência de Deus. Portanto, o que a Bíblia revela sobre Deus, revela também sobre a sua Palavra.
Uma vez dito que não há a possibilidade que Ele minta ou aja com falsidade, de igual modo também sua Palavra é totalmente isenta de erros. As Escrituras apresentam Deus como incorruptível e a própria verdade, assim entende-se também com relação à sua Palavra. Ela não é simplesmente um manuscrito que narra uma verdade, mas é a própria verdade!
Conhecendo mais atributos de Deus, conhecemos mais atributos das Escrituras. Sabendo que Deus se revela imutável e onisciente, podemos também entender que as Escrituras não podem se tornar relativas e obsoletas, assim não há nada que se possa acrescentar e nem nada que se possa excluir delas.
Dessa forma, conclui-se que com essas características, podemos entender as Escrituras como inerrantes. Um manuscrito que não possui erros, não pode ser alterado ou acrescentado e não se torna obsoleto ou relativo.
APLICAÇÃO E REFLEXÃO
Duas aplicações são interessantes ressaltar aqui. Entendido que a Bíblia é a Palavra de Deus e que consequentemente a autoridade suprema, faz total sentido afirmarmos a relação de reverência e sujeição que todo crente tem a ela. Olhando para outras figuras históricas encontramos esse caráter sujeito e reverente à santa Palavra. O texto bíblico nos revela que a igreja entendia que a desobediência às recomendações escritas por Paulo implicaria em disciplinas espirituais (2Tessalonicenses 3:14; 2Coríntios 13:2-3).
Os apóstolos recomendavam, frequentemente, aos irmãos da fé, recordar os mandamentos de Senhor, os quais eram ensinados pelos apóstolos (2 Pedro 3:2). De igual modo, o mandamento de guardar e obedecer a essa Palavra era repetido rotineiramente (João15:20). Alie-se a isso, as palavras do próprio Cristo, quanto a urgência de crescer no conhecimento e na fé desses mandamentos (Lucas 24:25) e, por fim, em toda a Escritura é atestada a necessidade de que todo crente tem de crer, se sujeitar e obedecer a essa Palavra vinda do próprio Deus e conferida de toda sua autoridade. A segunda análise que podemos fazer é a seguinte: entendendo ser a palavra de Deus nossa autoridade máxima, compreendendo suas palavras como endereçadas pelo próprio Deus, nossa pregação com maior autoridade sempre será aquela que fielmente exponha a Palavra. Não há necessidade de conjecturas humanas, não há elevada filosofia que seja mais revelador e esclarecedor do que a própria Verdade apresentada por Deus.
PRATICANDO
Analise a seguinte afirmação:
“A Escritura contém tudo o que é necessário para a salvação dos homens, mas não é suficiente por si só, porque não é clara e acessível a todos” .
João de São Tomaz
1 – Você concorda com João de São Tomaz?
2 – Você conseguiria identificar um texto bíblico para refutar está afirmação?
A sala de aula é o nosso ambiente de aprendizado e devemos zelar por ela, assim como, respeitar o professor e os demais irmãos que desejam aprender.
- Evite estar entrando e saindo da sala de aula durante a ministração.
- Evite conversas paralelas, compartilhe sua opinião com todos.
- Auxilie na organização da sala após o termino da aula.
DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS
A SUFICIÊNCIA E INFALIBILIDADE DAS ESCRITURAS
APROXIMANDO-NOS DO TEMA
Uma vez que já entendemos ser as Escrituras a Palavra de Deus, conferida de autoridade e incapaz de errar, pode ainda surgir uma dúvida para os irmãos mais curiosos: Seria a Bíblia o material suficiente para responder a todas as perguntas e dilemas da vida cristã? A resposta não é simples e por isso é destacada entre uma das doutrinas Cristãs, conhecida como a Doutrina da Suficiência das Escrituras.
Se a Bíblia é Suficiente, ela é suficiente em que ou para quê?
Ela tem respostas para todas as perguntas?
É propósito das Escrituras Sagradas responder a todas as questões relacionadas ao homem e seu tempo?
É sobre essas questões que estaremos meditando na aula de hoje e você é nosso convidado para o último capítulo da Doutrina das Escrituras Sagradas. Esperamos que ao final dessa caminhada possamos responder melhor aos que nos desafiam a respeito do poder e autoridade da Bíblia, nosso manual de fé e prática.
Lição Bíblica Semanal 28.04.2024 - Ano 3 – Número 8 Doutrinas Básicas do Cristianismo Lição 8
MENTAL
MAPA
CONHECENDO A DOUTRINA
O conceito da doutrina é a resposta certa. Definimos que as Escrituras são suficientes e contêm toda a Palavra de Deus necessária para a vida cristã, apresentando toda a revelação de Deus ao seu povo, a fim de crermos e permanecermos n’Ele. Portanto, entendemos que a Bíblia, contém tudo aquilo que Deus quis revelar a seu povo e, por isso, suficiente para a vida cristã. (2 Timóteo 3:15).
Entendendo essa verdade, é importante acrescentarmos algumas considerações à forma como encaramos a Bíblia. Em primeiro lugar, podemos confiar plenamente nas Escrituras quanto à sua revelação a respeito da salvação e da perseverança na fé. Tudo quando foi revelado é plenamente suficiente para levar o homem ao arrependimento e à fé. Sendo assim, tudo quando for necessário ao homem conhecer de Deus para a salvação e tudo quanto for necessário para o crente conhecer a respeito da vida cristã para a santificação está contido nas Escrituras.
Talvez agora um aluno mais jovem da turma possa perguntar, “Como um documento, sendo tão antigo, ainda possa ser atual e suficiente para atender todas as demandas da vida moderna?” A resposta é que a Palavra de Deus é, sim, suficiente para continuar falando e sendo base para transformar vidas, mesmo tendo sido escrita em um contexto histórico e temporal muito diferente do de hoje. Além disso, ninguém tem o direito de atualizá-la ou moldá-la aos padrões atuais, conforme vemos em Apocalipse 22:19.
Deus não confere ao homem nenhuma mensagem que Ele já não tenha revelado nas sua Palavra. Entendemos ser as Escrituras o manual final e suficiente para a instrução do crente na caminhada cristã.
Conforme nos aprofundamos e entendemos algumas partes da doutrina, naturalmente outras dúvidas irão surgindo. Se entendemos que as Escrituras é a Palavra suficiente como vimos anteriormente, logo precisamos aceitá-la como infalível, afinal, aquilo que é suficiente, não deixa margem para precisar de outro, e sendo assim, precisamos de algo que seja isento de erro em que podemos confiar plenamente. Você deve concordar comigo que ser u ma instrução é suficiente, automaticamente ele elimina a possibilidade e a necessidade de outra instrução.
Logo, precisamos aceitar essa instrução como verdadeira, isenta de erro, para que confiemos que não será necessária a procura e o uso de outra instrução.
Sendo assim, podemos entender que a Palavra de Deus ela é infalível, isenta de erros. Doutra sorte, outro argumento válido aqui, é o fato de que a Palavra provém do próprio Deus. Como já estudamos em algumas outras doutrinas, entendemos que as Escrituras não somente provêm de Deus, mas também carregam características intrínsecas do seu Criador. Como naturalmente, quando conhecemos a forma de escrita de um autor e identificamos por meio do seu escrito algumas características a respeito do seu pensamento, da sua personalidade, de igual modo podemos ver acontecer com as Escrituras. Ela carrega traços do seu Autor.
Sendo assim, se torna mais fácil entender a infalibilidade das Escrituras. Vindo do Deus que é onisciente, imutável e perfeito, é natural se esperar a infalibilidade da sua Palavra.
APLICAÇÃO E REFLEXÃO
Portanto meus irmãos, podemos entender como as doutrinas se tornam complementares e indispensáveis no contexto de vida do crente. Se por um lado, temos uma Palavra vinda do próprio Deus e que por isso é suficiente e infalível, logo não há como dispensar a devoção e a sujeição à Palavra de Deus na vida do crente. Por isso entendemos ser a Palavra de Deus a única e suficiente fonte de pesquisa para todas as necessidades da vida humana. Entendemos que não há nela qualquer falta ou necessidade. Não há mudanças a fazer ou apêndices a acrescentar, não há instruções obsoletas e que não se aplicam a todo contexto de vida. Não há nada que Deus quis revelar aos homens que esteja fora dela.
CENAS DOS PROXIMOS CAPÍTULOS
A partir da próxima semana iremos iniciar uma nova jornada. Estaremos estudando a DOUTRINA DE DEUS.
SEUS ATRIBUTOS, SUA NATUREZA, O TESTEMUNHO DA SUA EXISTÊNCIA, NOSSO RELACIONAMENTO COM ELE, O PROPÓSITO DA CRIAÇÃO E MUITO MAIS...
Venha para a EBD, A melhor Escola do Mundo!!!!