Revista Cidade Verde 179

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Desde o início da nossa história, sempre enxergamos um horizonte de sucesso. Cada passo foi dado unindo força e muita vontade de vencer. Hoje somos 13 empresas de variados segmentos econômicos que formam um dos mais sólidos conglomerados empresariais do Brasil. Em 2018, vamos ainda mais longe, porque acreditamos no potencial de todos que estão conosco nesta jornada de ir além.


UDINO CIDADE

SUCESSO


Índice

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Capa

A Sagrada Família no Natal

Páginas Verdes Cleandro Moura

05. Editorial 08. Páginas Verdes Cleandro Moura concede entrevista à jornalista Cláudia Brandão

Relato de uma viagem a Belém

24. Alerta laranja 30. Indústria

A arte de trabalhar como Papai Noel

13. Cidadeverde.com Yala Sena

36. Os sinais da desigualdade

22. Ponto de Vista Elivaldo Barbosa

68. Sabor de Natal

16. Uma rede de solidariedade

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32. Adenoide e Amígdalas: quando operar?

64. A cidade iluminada

14. Palavra do leitor

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40. Economia e Negócios Jordana Cury

72. O poeta eternizado

71. Tecnologia Marcos Sávio

80. Há 100 anos, um jovem poeta fundava a APL

78. Playlist Rayldo Pereira 86. Perfil Péricles Mendel

Articulistas 59

Fonseca Neto

COLUNAS

48

85

Cineas Santos


foto Manuel Soares

Feliz Natal! E, finalmente, chegou o Natal. A época mais bonita e esperada do ano. É um tempo especial de paz, solidariedade e de celebrações para marcar o nascimento do menino Jesus, que veio ao mundo há mais de dois mil anos para renovar a esperança e a fé entre os povos. Nascido na simplicidade de uma manjedoura, cercado por animais, a simbologia dessa cena é representada até hoje por meio dos presépios montados em todos os países. E lembra a origem da Sagrada Família de Nazaré, tema da nossa reportagem de capa. A família formada por Jesus, Maria e José é modelo e inspiração para as famílias cristãs, que vivem em sintonia com a mensagem trazida por Cristo, em Belém. Este é o verdadeiro sentido do Natal, muitas vezes esquecido pelo barulho das festas e pelo colorido das luzes. A Revista Cidade Verde resgata a importância do nascimento de Jesus para lembrar que Ele é o grande homenageado nesta data. De Belém de Judá, em Israel, o relato do Pe. Tony Batista sobre o lugar sagrado onde, segundo as escrituras, nasceu Jesus. O leitor vai poder viajar à Terra Santa por meio do texto e das imagens da fotógrafa Rossana Sulzer, que narram a beleza e a importância de um lugar que atrai milhares de peregrinos todos os anos.

O Natal tem também a capacidade de despertar nas pessoas os melhores sentimentos, estimulando a generosidade e a partilha. Nossa equipe mostra exemplos inspiradores de pessoas que doam seu tempo e talento para melhorar a vida de outras pessoas, com gestos de atenção e carinho. Como não se emocionar com o trabalho da Rede Feminina de Combate ao Câncer, que há mais de três décadas se dedica a amenizar as agruras de quem está em tratamento contra a doença? As voluntárias da Rede são verdadeiras guerreiras na promoção da vida de crianças, jovens e idosos em busca da saúde. E, ainda, uma profissão que não dá trégua no mês de dezembro: a de Papai Noel. São eles que mantêm viva a fantasia das crianças, que vibram com a chegada do bom velhinho, trazendo doces e presentes. Diante de tanta beleza, nós todos aqui na redação desejamos a você um Feliz Natal e um Ano Novo recheado de boas notícias! Cláudia Brandão Editora-chefe

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SE D1 CIDADE


Entrevista POR CLÁUDIA BRANDÃO

Cleandro Moura

claudiabrandao@cidadeverde.com

Meta para 2018 é combater a criminalidade foto Wilson Filho

O chefe do Ministério Público no Estado, Cleandro Moura, quer colocar o órgão na linha de frente do combate à violência urbana e aos crimes de colarinho branco.

Cleandro Alves de Moura encerrou o primeiro mandato à frente do Ministério Público do Estado e acaba de ser reconduzido ao cargo para o biênio 2017/2019. Depois da experiência acumula-

da nas áreas da Fazenda Pública, Defesa do Consumidor e Família, ele agora olha para a instituição como um todo, com a preocupação de tornar o Ministério Público mais eficiente e mais resolutivo

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para atender às demandas da sociedade. Preocupado com a violência crescente no estado, o chefe do Ministério Público escolheu a segurança


pública como prioridade para 2018. Ele também pretende destinar atenção especial ao combate à sonegação fiscal e ao desvio de recursos públicos. E se orgulha de ter conseguido recuperar para o Erário, só este ano, R$ 21 milhões que deixaram de ser pagos na forma de impostos. Nesta entrevista concedida à Revista Cidade Verde, ele fala ainda sobre as ações contra a corrupção, defesa do meio ambiente e as eleições gerais do próximo ano.

RCV – O combate à corrupção foi um dos temas mais debatidos este ano no Brasil. Como o Ministério Público do Estado pretende enfrentar o problema em 2018, já que os corruptos estão sempre sofisticando os métodos para desviar o dinheiro público? CM – Desde o início da minha

gestão, o Ministério Público tem focado no combate à corrupção, à improbidade administrativa, à lavagem de dinheiro e às organizações criminosas. Recentemente, nós firmamos um convênio com o TCE e inauguramos o Núcleo de Inteligência Patrimonial - NIP, que visa ao acompanhamento da evolução patrimonial das pessoas investigadas por desvio de dinheiro para saber se esse patrimônio é fruto de dinheiro obtido ilicitamente. Constatada a agregação de patrimônio ao investigado, decorrida do crime contra a administração pública, nós adotaremos as providências no que diz respeito à restituição dos valores

Só neste ano nós já recambiamos aos cofres do Estado mais de R$ 21 milhões em recursos que foram sonegados.

em troca de uma pequena remuneração. Mas, constatado que houve esse desvio, que a pessoa está se passando por laranja, nós vamos fazer com que esse dinheiro retorne ao Erário. Um exemplo disso é a Lava Jato. Nós vimos há poucos dias a repatriação e a restituição ao patrimônio da Petrobrás de milhões de reais que foram desviados.

decorrentes da corrupção, para que voltem ao Erário.

RCV – Uma vez desviado o dinheiro, não é mais difícil recuperá-lo aos cofres públicos? CM – Não é uma coisa impossível,

até porque esse valor está em contas bancárias, ainda que de laranjas, ou aplicado em algum patrimônio. Por conta desse NIP, que vai contar com auditores do TCE, contadores, engenheiros e inteligência do GAECO ( Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) para fazer o rastreamento desses valores, uma vez constatado o desvio, nós iremos tomar as providências com ações para recambiar aos cofres públicos o que foi desviado.

RCV – O Ministério tem como recuperar esses valores ainda que estejam em poder de terceiros? CM – Sim, com certeza. Muitas

vezes, o laranja é uma pessoa que nem sequer sabe que o CPF ou a identidade dela estão sendo utilizados. Ou então, entra no esquema

RCV – O Ministério Público do Piauí também trabalha com o instituto da delação premiada? CM – Trabalhamos. A delação pre-

miada trata-se do próprio acusado ou laranja, enfim, alguém que tenha participação no ilícito, revelar o modus actuandi para buscar a redução da pena, segundo o benefício da lei. Aí, nós fazemos um cruzamento de dados para saber se aquela alegação é realmente verídica.

RCV – Além da propina e do superfaturamento, há uma outra forma de corrupção muito comum, que é a sonegação fiscal. Como o MP está combatendo esse tipo de crime aqui no Piauí? CM – Este é um outro ramo de

atuação do Ministério Público, que nós buscamos enfatizar. Por iniciativa do MP, nós conseguimos junto à Secretaria de Segurança, ao Executivo e ao Judiciário, criar o GRINCOT – Grupo de Combate à Sonegação Fiscal. O Dr. Plínio é o promotor que está atuando junto à Vara. Só neste ano, nós já recambiamos aos cofres do Estado mais

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Nosso foco primordial para 2018 vai ser trazer a segurança pública para o âmbito da sociedade piauiense.

de R$ 21 milhões em recursos que foram sonegados, mas nós temos ainda um patamar bem maior a ser restituído.

RCV – Em qual atividade há maior sonegação fiscal? CM – As formas mais comuns são

a sonegação de operações, ou seja, a omissão de operações realizadas com cartão de crédito e também a diferença de alíquota. Os sonegadores se aproveitam da guerra fiscal, compram em outros estados e pagam uma alíquota menor de ICMS.

RCV – A população piauiense está assustada com o problema da segurança pública. De que forma o MP pode colaborar com essa questão? CM – Nós já criamos o GACEP,

que é o Grupo de Atuação com Controle Externo da Atividade Policial. Há uma coordenação com vários promotores trabalhando para apurar as denúncias, tanto de ineficiência da polícia, ou falta de equipamentos, como também buscar uma atuação mais eficaz e eficiente dos policiais no combate à criminalidade. Nós estamos atentos a esse problema e vai ser nosso foco primordial para 2018 trazer a segurança pública para o âmbito da sociedade piauiense. Não podemos buscar construir uma sociedade se não combatermos a criminalidade, que é crescente. A situação é preocupante e nós buscamos sempre dotar, tanto o Ministério Público como os órgãos envolvidos na segurança pública, de elementos suficientes para combater a criminalidade.

RCV – O Ministério Público deve cobrar mais aporte de recursos para o aparelhamento policial, a fim de evitar que a polícia fique em desvantagem com relação aos bandidos? CM – O órgão trata disso aí tam-

bém. Não é só fiscalizar a atividade policial, mas também buscar mecanismos para que essa força policial possa realmente trabalhar no combate à criminalidade. Nós tivemos este ano um emparedamento de associações militares e com algumas reivindicações até justas. Eu não estou falando nem da questão salarial, mas do que diz respeito a equipamentos. Nossa intenção é realmente cobrar do Estado para que haja uma atenção especial à segurança pública e firmar parcerias com o Tribunal de Justiça e a Defensoria Pública para que a aplicação de uma eventual penalidade seja efetivada e se faça o julgamento daqueles presos cautelares e, se for o caso de cumprir uma penalidade, que seja dada a aplicação imediata da pena e que a execução da pena também seja imediata.

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RCV – O comandante da Polícia Militar já declarou que tem a sensação de estar “enxugando gelo” porque prende a mesma pessoa repetidas vezes e ela é solta em seguida, voltando a cometer os mesmos crimes. O MP tem como atuar para garantir que essas pessoas cumpram a pena na sua integralidade? CM – É o que nós temos cobrado

diariamente. Para que haja o cumprimento da pena e que, se houver mudança de regime, que seja dentro dos padrões legais. Não adianta um acusado ser preso e não receber um julgamento adequado ou ver o seu julgamento protelado. A partir do momento em que há uma demora no julgamento dessa pessoa, ela é posta em liberdade. O interessante é que haja realmente a aplicação dessa penalidade, ou que a pessoa seja absolvida, mas que se chegue a um resultado final do processo.

RCV – A demora no julgamento dos processos leva a outro problema, que é a superlotação nos presídios do Piauí. O MP pode atuar para que isso ocorra de forma mais célere? CM – Vamos buscar trabalhar

nisso aí. Estamos instalando outra promotoria de execução penal e controle externo da atividade policial, então a intenção é que se consiga dar solução a essa demanda. Já conversamos com o secretário de segurança sobre a inauguração desses novos presídios para que a gente faça uma triagem mais eficiente no que diz respeito aos níveis de criminalidade, deixando o criminoso de menor potencial de


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