Revista Notícias da Construção - Edição 156

Page 1

Nº 156 ano 13 set/out 2016

20

PÓS-OBRA COMPETITIVIDADE GESTÃO NORMAS MANUAIS SUSTENTABILIDADE BIM

CTQ

TECNOLOGIA

TÉCNICAS BIM

QUALIDADE

NORMAS

INOVAÇÃO

BIM

MANUAIS COMPETITIVIDADE

CTQ

BIM

NORMAS

BIM

CTQ

MISSÕES

TÉCNICAS INTERNACIONAIS SEGURANÇA BIM

PRODUTIVIDADE

BIM

NORMAS CTQ

BIM MISSÕES TÉCNICAS

INTERNACIONAIS CTQ

INOVAÇÃO

BIM

CTQ

BIM

EXCELÊNCIA

CAPACITAÇÃO

ESTRUTURAS

CTQ BIM PREDIAIS WORKSHOPS

ESTRUTURAS

DE SISTEMAS

CTQ NORMAS

INOVAÇÃO

EFICIÊNCIA CTQ

CTQ

TECNOLOGIA

DE ESTRUTURAS

SUSTENTABILIDADE

NORMAS

BIM

INOVAÇÃO MANUAIS

SEMINÁRIO

MANUAIS

MANUAIS BIM

SEGURANÇA

SEMINÁRIO

MANUAIS CTQ

TECNOLOGIA

DESENVOLVIMENTO

SEMINÁRIO DE SISTEMAS PREDIAIS NORMAS

PROTAGONISMO

MANUAIS CTQ

COMPETÊNCIA

SEGURANÇA

SUSTENTABILIDADE

CAPACITAÇÃO

TÉCNICAS

BIM MANUAIS

ESTRUTURAS

QUALIDADE COMPETITIVIDADE MISSÕES TÉCNICAS INTERNACIONAIS TÉCNICAS

CTQ

CTQ

ANOS DE CTQ Edição especial celebra duas décadas de relevantes contribuições do Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP (CTQ) para o desenvolvimento da construção civil brasileira

DESTAQUE Seminário Tecnologia de Estruturas discute ação do vento sobre os edifícios e concreto autoadensável

INOVAÇÃO Parceria entre Conx e Votorantim é case de sucesso para o desenvolvimento de produtos

w w w. s i n d u s c o n s p . c o m . b r


Parabéns ao Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP pelos seus 20 anos de valiosas contribuições para a melhoria da qualidade, produtividade, gestão e competitividade do setor da construção civil brasileira. A Saint-Gobain orgulha-se de ser parceira de seus projetos inovadores, que modernizam e fortalecem o nosso mercado.

Saiba mais em www.saint-gobain.com.br


SUMÁRIO // SET/OUT 2016 PRESIDENTE

José Romeu Ferraz Neto

VICE-PRESIDENTES

Eduardo May Zaidan, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Haruo Ishikawa, Jorge Batlouni, José Edgard Camolese, Luiz Antônio Messias, Luiz Claudio Minnitti Amoroso, Maristela Alves Lima Honda, Maurício Linn Bianchi, Odair Garcia Senra, Paulo Rogério Luongo Sanchez, Ricardo Beschizza, Ronaldo Cury de Capua

DIRETORES DAS REGIONAIS

Elias Stefan Júnior (Sorocaba), Germano Hernandes Filho (São José do Rio Preto), José Batista Ferreira (Ribeirão Preto), Marcio Benvenutti (Campinas), Mario Cézar de Barros (São José dos Campos), Mauro Rossi (Mogi das Cruzes), Osmar Luiz Quaggio Gomes (Santos), Paulo Edmundo Perego (Presidente Prudente), Ricardo Aragão Rocha Faria (Bauru) e Rosana Zilda Carnervalli Herrera (Santo André) REPRESENTANTES JUNTO À FIESP

Eduardo Ribeiro Capobianco, Sérgio Porto, Cristiano Goldstein, João Cláudio Robusti ASSESSORIA DE IMPRENSA

Enzo Bertolini (11) 3334.5659, Andrea Ramos Bueno (11) 3334.5701

08

CAPA ESPECIAL CTQ 20 ANOS

06 EDITORIAL 32 FOTO DO MÊS EDIFÍCIO E-TOWER

34 DESTAQUE 18º SEMINÁRIO TECNOLOGIA DE ESTRUTURAS

38 NOTÍCIAS ENTREGA DO PRÊMIO CONSELHO EDITORIAL

Delfino Teixeira de Freitas, Eduardo May Zaidan, José Romeu Ferraz Neto, Maurício Linn Biachi, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Odair Senra, Salvador Benevides, Sergio Porto, Ana Eliza Gaido e Rafael Marko.

DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDO

Néctar Comunicação Corporativa (11) 5053.5110

MASTER IMOBILIÁRIO 2016

40 VÃO LIVRE BATE-PAPO COM ANTONIO CARLOS ZORZI

EDITOR RESPONSÁVEL

Paulo Silveira Lima (MTb 2.365-DF) paulo.lima@nectarc.com.br

REDAÇÃO

Renata Justi (editora assistente), Bruno Loturco, Andrea Ramos Bueno, Enzo Bertolini e Rafael Marko, com colaboração das Regionais: Bruna Dias (Bauru); Ester Mendonça (São José do Rio Preto); Geraldo Gomes e Maycon Morano (Presidente Prudente); Tatiane Vitorelli (São José dos Campos e Mogi das Cruzes); Marcio Javaroni (Ribeirão Preto); Carla Acquaviva e Sandra Vergili (Sorocaba); e Nikolas Capp e Isabela Rodrigues (Campinas)

ARTE E DIAGRAMAÇÃO

Edison Diniz / Néctar Comunicação Corporativa REVISÃO

Littera Scripta PUBLICIDADE

Comercial SindusCon-SP: Marcio C. Pieralini (11) 3334-5889 Efficax Consultoria: Anderson Tobias (11) 99512-2708 andersontobias@gmail.com ENDEREÇO

Rua Dona Veridiana, 55, CEP 01238-010, São Paulo-SP CENTRAL DE RELACIONAMENTO SINDUSCON-SP

(11) 3334.5600

IMPRESSÃO: Centrográfica Editora & Gráfica TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 3.000 exemplares AUDITORIA DE TIRAGEM: Parker Randall

42 ARTIGO JURÍDICO RODRIGO ANTONIO DIAS ANALISA A DESVINCULAÇÃO ISS–HABITE-SE

44 SINDUSCON-SP EM AÇÃO 50 REGIONAL 52 DESTAQUE ESPECIAL CONCRETO

60 AGENDA

Opiniões dos colaboradores não refletem necessariamente posições do SindusCon-SP noticias@sindusconsp.com.br www.sindusconsp.com.br facebook.com/sindusconsp twitter.com/sindusconsp youtube.com/sindusconspmkt Disponível na App Store e no Google Play

FSC “O papel desta revista foi feito com madeira de florestas certificadas FSC e de outras fontes controladas.”

ERRATA

Devido a um erro na montagem das páginas, o artigo técnico “Contrapiso autonivelante” [NC ed. 155, págs. 40 e 41] foi publicado com um parágrafo inexistente no texto original e foto do autor errada. O artigo corrigido está disponível na edição digital da revista, em www.sinduscosp.com.br.

FSC www.sindusconsp.com.br

5


EDITORIAL

CTQ: 20 ANOS BENEFICIANDO A CONSTRUÇÃO E O BRASIL JOSÉ ROMEU FERRAZ NETO Presidente do SindusCon-SP

U

m dos valores mais importantes do associativismo é a união dos esforços dos indivíduos que dedicam voluntariamente seu tempo em favor do desenvolvimento coletivo. No SindusCon-SP, temos a felicidade de contar com um grupo abnegado que, ao trabalhar pela indústria da construção, também contribui indiscutivelmente para melhorar o País. Trata-se do Comitê de Tecnologia e Qualidade, que, em comemoração ao seu 20º aniversário de atividades, mereceu a reportagem de capa desta edição. A importância do CTQ se dá em duas direções. De um lado, suas realizações melhoraram e disseminaram consideravelmente a qualidade, a produtividade e a competitividade da construção. São inúmeras ações, tais como os manuais do Proprietário, das Áreas Comuns e de Boas Práticas para Entrega de Empreendimentos; a disseminação do BIM no País; os seminários anuais de Tecnologia de Estruturas e de Sistemas Prediais; as missões técnicas ao exterior e a resolução de problemas junto a órgãos públicos e concessionárias de serviços. O Comitê também tem sido extremamente atuante junto aos fornecedores, na defesa da concorrência, como nos casos do cimento

6

AS REALIZAÇÕES DO CTQ MELHORARAM A QUALIDADE, PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE DA CONSTRUÇÃO e do aço, e no aperfeiçoamento de materiais como concreto, soldas de tubos de cobre, argamassas industrializadas e revestimentos. Na outra direção, figuram as inúmeras ações adotadas pelo CTQ na edição da Norma de Desempenho e de outras normas técnicas, bem como na atualização das existentes. Menos conhecida, mas não menos relevante, é a atuação incansável e vigilante que evitou prejuízos desnecessários ao nosso setor, vindos de tentativas de normatizações e legislações que visavam exclusivamente a interesses estranhos ao desenvolvimento da construção. * * * * * Iniciado o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), aguardam-se os editais e contratos que conjuguem atratividade, acesso a financiamentos e segurança jurídica para as concessões e privati-

notícias da construção // set/out 2016

zações. A desejada eficiência na articulação entre Secretaria Executiva do PPI, Ministérios, órgãos de controle e agentes financeiros públicos será colocada à prova. O restabelecimento da confiança dos agentes privados ainda depende de outros fatores. Potenciais investidores aguardam a concretização de medidas para o reequilíbrio fiscal, como a reforma da Previdência e a fixação de um teto para os gastos públicos, testes para a articulação política do governo. Como as concessões de infraestrutura acontecerão em 2017 e 2018, com reflexos econômicos apenas nos anos subsequentes, medidas urgentes se impõem para reverter a recessão e o desemprego. Será preciso substituir concessionárias inadimplentes, incrementar investimentos de governo e financiamentos de bancos públicos em habitação e infraestrutura, e traçar trajetória descendente para os juros. Espera-se um esforço adicional do governo para estancar o desemprego crescente em setores tão relevantes para a retomada do crescimento do PIB, como a indústria da construção. Nos últimos 12 meses encerrados em julho, o setor já havia fechado 468 mil empregos, sem perspectiva imediata de recuperação.

H Á

1 1 0

A N O S

N O

É com muito orgulho que a Elevadores Otis está comemorando 110 anos de presença no mercado brasileiro.

B R A S I L , M O V E N D O

P E S S O A S

O primeiro elevador da Otis foi instalado no Brasil em 1906, no Palácio das Laranjeiras, atual residência oficial do Governador do Estado do Rio de Janeiro. Ele encontra-se até hoje em pleno funcionamento e com suas características estéticas originais. Há mais de um século empregamos em nossos produtos o que há de mais avançado em tecnologia de transporte vertical no Brasil e no mundo. Desde 1867, há mais de 160 anos, quando o Sr. Elisha Otis inventou, nos Estados Unidos, o elevador de segurança, o mundo nunca mais foi o mesmo. O pioneirismo da Otis e de seu fundador contribuiu diretamente para o desenvolvimento e crescimento das nossas cidades. Tecnologias avançadas, aplicadas à produtos que consomem cada vez menos energia, com menor impacto no meio ambiente que contribuem para um mundo mais sustentável. Nos orgulhamos desta rica história de sucesso, que se confunde com a própria trajetória de desenvolvimento do país, nos últimos 110 anos.

E l e v a d o r e s

E s c a d a s

E s t e i r a s

R o l a n t e s

www.otis.com


ESPECIAL CTQ 20 ANOS

DUAS DÉCADAS DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Segmento Imobiliário

Votorantim Cimentos. Soluções do projeto ao acabamento.

Confira, nas próximas páginas, o material especial que demonstra a influência do Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP (CTQ) no desenvolvimento tecnológico e qualitativo do setor

10 16 20 26 8

Entrevista // Yorki Estefan e Renato Genoli Nesta entrevista, o atual coordenador do CTQ, Yorki Estefan, e o coordenador adjunto, Renato Genioli, falam sobre as ações do CTQ desde sua criação e indicam quais serão os próximos passos desse grupo estratégico e altamente qualificado

Linha do tempo A evolução do Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP ao longo dos últimos 20 anos, com fatos relevantes de 1996 até os dias de hoje

Conheça a linha completa de concreto

Tecnologia e qualidade acima de tudo

Engemix, argamassas básicas Matrix, argamassas colantes Votomassa, cimentos

Desde aspectos técnicos até normalização e questões legais, atuação do CTQ

Votoran e agregados. Um portfólio completo

extrapola canteiros de obras na luta pela excelência da construção civil brasileira

para construir parcerias e novos negócios. Votorantim Cimentos, soluções

Duas décadas de palavras e ações

construtivas inteligentes para sua obra.

Empresários que fazem parte da história do CTQ dão seu testemunho sobre os resultados práticos do trabalho do Comitê, que permeia toda a cadeia produtiva

notícias da construção // set/out 2016

votorantimcimentos.com.br/mapadaobra


ESPECIAL CTQ 20 ANOS // ENTREVISTA

Os coordenadores do CTQ, Renato Genioli e Yorki Estefan

VINTE ANOS DE DIÁLOGO SETORIAL E DIFUSÃO DE CONHECIMENTO

O

Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP (CTQ) completa 20 anos com foco na melhoria contínua da qualidade, produtividade e competitividade da indústria da construção. Para isso, tem se empenhado em promover a integração entre os diversos elos da cadeia produtiva e a valorização da normalização técnica. Assuntos como fundações, estruturas, sistemas prediais, vedações, acabamentos, coordenação modular, gestão de projetos, pós-obra e assistência técnica fazem parte do dia a dia do Comitê e do intenso diálogo com a cadeia produtiva. A atuação do CTQ passa por aspectos técnicos, institucionais e de legislação, visando sempre ao fortalecimento da indústria da construção no contexto brasileiro e mundial. Nesta entrevista, o atual coordenador do CTQ, Yorki Estefan, e o coordenador adjunto, Renato Genioli, falam sobre as ações do Comitê desde a sua criação e indicam quais serão os próximos passos desse grupo estratégico e altamente qualificado.

10

NOTÍCIAS DA CONSTRUÇÃO // Como o CTQ tem contribuído para o desenvolvimento tecnológico e da qualidade setorial da construção civil nos últimos 20 anos? YORKI ESTEFAN // O CTQ tem sido protagonista. Desde o início das atividades do Comitê, trabalhamos pela introdução de técnicas e de sistemas construtivos inovadores, pela sustentabilidade dos empreendimentos e pela evolução das relações entre capital e trabalho, com melhores condições de saúde e segurança nas obras e por avanços na industrialização. Há 20 anos, estamos na vanguarda das discussões sobre os principais temas da construção. RENATO GENIOLI // Temos contribuído, dentro de um aspecto macro, para o aumento da competitividade setorial. Identificamos e trabalhamos todos os temas relevantes para a construção civil, seja em segmentos específicos de materiais e tecnologias de construção, seja em ações de alcance mais global como, por exemplo, a Norma de Desempenho. E surgem novas demandas a todo instante, para as quais procuramos identificar a melhor forma de atuar e trazer ganhos para o setor.

notícias da construção // set/out 2016

NC // As ações do Comitê têm impacto em obras fora do Estado de São Paulo. Como isso acontece? YE // Sem dúvida. As iniciativas têm alcance nacional porque as empresas do CTQ têm conhecimento técnico suficiente para influenciar o mercado e propor soluções e alternativas que são válidas para todo o País. Veja, por exemplo, o caso do BIM ou o recente debate setorial sobre os desplacamentos cerâmicos internos. São questões pertinentes às construtoras de todo o Brasil. E o CTQ tem produzido muito conteúdo a respeito. Algo que, depois, é compartilhado com Sinduscons de diversos Estados e pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). RG // Nossa atuação é local, mas acaba ganhando repercussão no Brasil todo pela importância dos temas abordados. Vale lembrar também que temos, no grupo, várias empresas de atuação nacional. Veja o caso, por exemplo, do guia Boas Práticas para Entrega do Empreendimento – Desde a sua Concepção, que foi desenvolvido recentemente pelo SindusCon-SP, por meio do CTQ, em parceria com o

FOTOS: JORGE ROSENBERG

YORKI ESTEFAN E RENATO GENIOLI

Secovi-SP e a CBIC. Vale para qualquer empresa no território nacional. NC // Como se dá o relacionamento do Comitê com associações e players da indústria de materiais de construção? YE // De forma franca e transparente, sempre na busca de avanços para o setor. O Comitê se relaciona com associações de diferentes elos da cadeia produtiva porque acreditamos que a evolução só é possível se o esforço for conjunto. Construtoras, trabalhadores, indústria de materiais e, em alguns casos, o poder público, devem estar unidos para caminhar em uma mesma direção. Nos últimos dois anos, junto com o Secovi-SP, Abrainc e AsBEA, estivemos envolvidos no encaminhamento das necessidades do setor para a elaboração do novo Plano Diretor e do Código de Obras e Edificações de São Paulo. Em conjunto com a Associação Brasileira de Argamassas Industrializadas (Abai), formamos um grupo de trabalho sobre revestimentos de argamassa. Com o Sinaprocim e a Anfacer, estamos debatendo alternativas para tratar da patologia de desplacamento cerâmico interno.

HÁ 20 ANOS, ESTAMOS NA VANGUARDA DAS DISCUSSÕES SOBRE OS PRINCIPAIS TEMAS DA CONSTRUÇÃO

RG // São muitos exemplos. Com a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc), estamos tratando de um programa setorial de certificação das usinas de concreto, a partir da realização de ensaios interlaboratoriais, com laboratórios independentes e certificados. Isso sem falar nos grupos de trabalho com concessionárias e órgãos públicos, tais como o Corpo de Bombeiros, AES Eletropaulo, Delegacia Ambiental, Comgás etc. São ações que trazem grandes benefícios às empresas de São Paulo. NC // Como são tratadas eventuais discordâncias?

RG // São naturais e trabalhamos sempre para chegar na melhor solução para todos. Nosso papel é desenvolver o setor de forma segura, sustentável, dentro das leis e normas vigentes no País, com o objetivo de atender às demandas de um mercado cada vez mais exigente. Procuramos continuamente nos alinhar e buscar a convergência com os diversos segmentos que compõem a indústria da construção. NC // O SindusCon-SP tem participado como protagonista do processo de evolução do BIM na indústria da construção civil nacional. Como começou esse processo e como o CTQ tem atuado? YE // O Comitê, de fato, é um dos precursores da divulgação do BIM como metodologia para a melhoria da gestão de projetos e o aumento da produtividade na construção. Em 2010, realizamos uma missão técnica aos Estados Unidos, onde tivemos a oportunidade de visitar a Carnegie Mellon University, em Pittsburgh, instituição referência no desenvolvimento de sistemas BIM. No mesmo ano trouxemos a ideia para o Brasil e organizamos o 1º www.sindusconsp.com.br

11


Pensando em Construir ou Reformar?

ESPECIAL CTQ 20 ANOS // ENTREVISTA YORKI ESTEFAN E RENATO GENIOLI Seminário Internacional BIM, que se mostrou um sucesso. Ano após ano, os seminários servem de referência sobre o que há de mais avançado no exterior e ajudam a difundir o conhecimento para empresas em diferentes estágios de implementação do BIM no Brasil. RG // Também criamos a Academia BIM, visando à oferta de cursos, workshops e palestras por todo o País. Lançamos o Prêmio de Excelência BIM SindusCon-SP, para incentivar ainda mais a indústria, os profissionais e as empresas, a partir do reconhecimento das melhores iniciativas, projetos e empreendimentos que utilizaram a metodologia da modelagem da informação na construção. O CTQ tem trabalhado firmemente para a disseminação desse conhecimento, com o propósito de colocar o Brasil e a indústria da construção em um novo patamar. NC // Como os problemas dos canteiros chegam ao CTQ? YE // Apesar de concorrentes no mercado, as empresas que formam o CTQ trabalham voluntariamente em busca da melhoria setorial. As demandas trazidas são compartilhadas e o grupo busca soluções que, no final, vão atender a todo o mercado. Um exemplo prático foi com a AES Eletropaulo. Muitas empresas estavam investindo tempo e recursos para solucionar questões burocráticas que travavam o andamento de algumas obras. Convidamos representantes da empresa para vir até o CTQ, ouvir as dificuldades das empresas e indicar caminhos. Um GT foi formado e, em pouco tempo, a empresa simplificou processos, permitindo ganhos de produtividade para as empresas, sem qualquer redução de segurança nas verificações necessárias.

12

ViapolResolve

Yorki Estefan: CTQ teve participação ativa na criação da Norma de Desempenho

O CTQ É PROTAGONISTA NA CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS NORMAS TÉCNICAS NC // Ocorrências do gênero estimulam a criação de grupos de trabalho no CTQ? YE // Os GTs costumam surgir a partir das necessidades e demandas das construtoras. Em alguns casos, trata-se do estudo e desenvolvimento de uma tecnologia ou sistema construtivo. Em outros, uma necessidade setorial de evoluir ou resolver algum problema identificado na cadeia produtiva. RG // Os grupos de trabalho criados dentro do CTQ são aprovados pelo Conselho, composto pelos atuais e ex-coordenadores do grupo. Algumas vezes também são desenvolvidos temas que ainda não são

de aplicação imediata, mas foram identificados como potenciais demandas de mercado no futuro. Detectar tais tendências também é muito importante para o Comitê. NC // Os critérios são os mesmos em relação à escolha dos temas a serem abordados nos seminários promovidos pelo grupo? YE // Em boa parte, sim. Os temas, em geral, são técnicos e têm como foco o planejamento e a implementação de medidas práticas que ajudem a tornar as empresas mais eficientes. Os responsáveis pela elaboração dos seminários debatem com os membros do Comitê com o intuito de estabelecer os assuntos prioritários. NC // O CTQ atua de forma proativa no que diz respeito ao desenvolvimento e atualização das normas técnicas? YE // É parte central do nosso trabalho. O CTQ é protagonista na conscientização sobre a importância das normas técnicas na regulação de todas as atividades relativas à indústria da construção. Por isso, trabalhamos hoje de forma sistemática para a identificação das normas ultrapassadas ou ina-

a mais completa linha de produtos químicos para construção da América Latina. /Viapol

notícias da construção // set/out 2016

/Viapol

/Viapol_Social

www.viapol.com.br /Viapol_Social

/ViapolSocial

/ViapolSocial


ESPECIAL CTQ 20 ANOS // ENTREVISTA YORKI ESTEFAN E RENATO GENIOLI

Renato Genioli: o CTQ é protagonista na disseminação do conhecimento sobre o BIM

dequadas e na atualização dos textos junto às comissões na ABNT. RG // Recentemente, tivemos atuação relevante nas discussões para as revisões e melhorias das Normas de Água Quente e Água Fria, de Ventos, de Piscinas, de Agregados de Resíduos Sólidos, de Reservatórios, da NR-18, entre muitas outras. NC // Esse trabalho de acompanhamento das normas exige tempo e recursos. Como viabilizar isso? RG // Só vejo um caminho: o setor tomar consciência da importância do tema e as entidades se unirem, de forma coordenada, para buscar os recursos necessários e alocar os esforços de forma inteligente e profissionalizada. Devemos estar sempre bem representados por profissionais que conhecem com profundidade cada tema, evitando sobreposições de atuação e desperdício de tempo e recursos financeiros. NC // E em relação à Norma de Desempenho? YE // O CTQ participou ativamente de todo o longo debate para a criação e o desenvolvimento da Norma

14

O PÓS-OBRA DEVE SER TRATADO COM MUITO CUIDADO, PARA QUE O SETOR SEJA CADA VEZ MAIS BEM-VISTO PELA SOCIEDADE de Desempenho. Contribuímos com sugestões, análises, ensaios e depoimentos durante todo o processo. Acreditamos que a ampla efetivação do cumprimento da NBR 15575 trará ganhos tanto para as boas empresas e bons profissionais quanto para os consumidores. A norma provocou uma grande mobilização de todos os elos da cadeia produtiva, que precisa evoluir para atingir todas as metas estabelecidas. NC // Vocês mencionaram anteriormente o guia Boas Práticas para Entrega do Empreendimento – Desde a sua Concepção. Como o CTQ se relaciona com as questões que dizem respeito ao pós-obra?

notícias da construção // set/out 2016

YE // O Guia de Boas Práticas é uma importante iniciativa setorial do SindusCon-SP em conjunto com o Secovi-SP e a CBIC. Servirá como um referencial para o mercado. Um dos grupos de trabalho mais antigos e ativos do CTQ trata exatamente de questões relativas ao pós-obra, em busca do aprimoramento das relações entre as empresas e os consumidores. Ele trabalhou muito nessa publicação, que traz uma orientação detalhada sobre todas as etapas que compõem um empreendimento imobiliário. Tudo dentro do maior rigor legal e técnico. O manual orienta desde a compra do terreno até a entrega da obra para uso, operação e manutenção.

Para construir seus projetos mais importantes, conte com a força do vergalhão Gerdau GG 50. A força da transformação.

RG // O pós-obra deve ser tratado com muito cuidado pelas empresas, para que o setor seja cada vez mais bemvisto pela sociedade. Há, porém, em alguns casos, certo abuso por parte dos clientes. Vejo que uma forma de amenizar isso é o setor orientar os compradores, criando programas para que eles tenham consciência de suas responsabilidades e, principalmente, de suas obrigações quanto às manutenções preventivas constantes do manual do proprietário. NC // Vocês mencionaram o Conselho do CTQ. Qual é a sua finalidade? YE // O Conselho é formado por todos os ex-coordenadores do CTQ – Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Maurício Bianchi, Paulo Sanchez e Jorge Batlouni Neto –, que contribuem com as suas experiências para a atuação da coordenação. Sua função principal é estabelecer e validar, em conjunto com a coordenação, o plano estratégico de ações do CTQ. Além disso, tem a atribuição de avaliar a composição do quadro de empresas que compõem o Comitê e propor alterações, quando necessário.

O aço da Gerdau tem a força da transformação. A qualidade da sua obra começa pela estrutura. Por isso, conte com a força do vergalhão Gerdau GG 50. Com ele, você tem a resistência que sua construção precisa, além de toda a confiança de uma marca que você já conhece. Vergalhão é Gerdau GG 50.

www.gerdau.com/br

/gerdau

/gerdausa


ESPECIAL CTQ 20 ANOS // LINHA DO TEMPO

1996-2006

• Reunião com Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e Associação Brasileira de Argamassas Industrializadas (Abai) • Reunião com Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal) sobre Modulação de Vãos e Esquadrias

• Apresentação dos relatórios “Avaliação Pós-Ocupação” e “Satisfação do Cliente – Gesso Acartonado”

• Reunião com Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre) sobre tubulações de cobre

• Visita de delegação chilena ao SindusCon-SP, composta por empresários e pela Câmara Chilena da Construção

do SindusCon-SP com a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc) • Workshop: Projeto Norma de Desempenho

• Apresentação dos projetos Pesquisa de Consumo de Materiais nos Canteiros de Obra, no âmbito do Programa de Gestão de Consumo de Materiais (Gesconmat), e do Consórcio Setorial para Inovação em Tecnologia de Revestimentos de Argamassa (Consitra), da Finep

• Curso ABCP: Revestimentos de Argamassa

• Termo de compromisso de conduta entre concreteiras e construtoras assinado em parceria

• Cerimônia de assinatura do Consitra

• Seminário de Normas Técnicas: Competitividade no Setor da Construção Civil • Revisão do Regimento Interno do Comitê, com criação de oito novas comissões de trabalho

• Workshop: Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Indústria da Construção Civil • Seminário: Tecnologia de Vedações

• Turma do Programa de Implantação de Gestão da Qualidade ISO 9000 • Desenvolvimento de programas de capacitação em gestão da tecnologia e em gestão da qualidade no desenvolvimento do projeto

MISSÃO TÉCNICA AO CHILE – GESTÃO DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE E HABITAÇÃO POPULAR

• Criação do Comitê de Meio Ambiente (Comasp)

Participantes: 25

• Realização do 1º Seminário Tecnologia de Estruturas

Essa primeira missão visou estreitar relações com a Câmara Chilena da Construção já que o setor habitacional do Chile vivia um excelente momento, com foco em apartamentos e condomínios para famílias de baixa renda. Foram visitadas obras de bairros planejados que usavam sistemas construtivos ainda pouco comuns no Brasil.

• Relatório da McKinsey mostra que a produtividade do Brasil em construção residencial equivale a apenas 35% da norte-americana

1996

1997

1998

1999

2000

• Participação na coordenação nacional de projetos e obras do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H)

• Lançamento: Manual Técnico de Modulação de Vãos e Esquadrias

• Seminário: Tecnologia de Sistemas Prediais

• Lançamento: Manual Caixa Paredes de Gesso Acartonado

• Seminário: Tecnologia de Fachadas

• Representação na Comissão de Materiais e Tecnologia (Comat) e Comissão de Qualidade e Produtividade (CQP), da CBIC • Livro Qualidade na Aquisição de Materiais e Execução de Obras, publicado em 1996 pela Editora PINI, resultado do trabalho realizado pelo SindusCon-SP entre julho e dezembro de 1995, em parceria com o Senai-SP, com a participação ativa de 15 construtoras associadas, sob a orientação técnica do CTE. Entre as empresas participantes, constavam três das cinco fundadoras do CTQ: BKO, DP Engenharia e Pinto de Almeida

16

notícias da construção // set/out 2016

• SindusCon-SP assume a missão de atuar fortemente e difundir a normalização do setor no Brasil, como mantenedor do CB-02 • Desenvolvimento de programa de capacitação em ISO 9000 e certificação do Programa da Qualidade da Construção Habitacional do Estado de São Paulo (Qualihab) para construtoras e empresas de projeto • Participação em entidades certificadoras, como o Centro Cerâmico do Brasil (CCB), a União Certificadora da Indústria Eletroeletrônica (UCIEE), o Instituto Brasileiro de Tecnologia e Qualidade da Construção (ITQC) e a Fundação Vanzolini • Parcerias com o Comitê Brasileiro da Construção Civil (CB-02) e Comitê do Cimento, Concreto e Agregados (CB-018), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

2002

• Palestra: Desenvolvimento Recente e Aplicações da Tecnologia da Informação para Modelos de Decisão e Distribuição do Conhecimento entre os Agentes da Construção Civil nos Estados Unidos • Workshop: Necessidades das Empresas Construtoras quanto aos Sistemas Prediais: Projeto e Tecnologia • Criação do CTQ, em agosto de 1996, composto por cinco empresas: BKO, DP Engenharia, Mencasa, Pinto de Almeida e Sinco Engenharia

2001

2003

2005

• I Fórum de Desenvolvimento Sustentável na Construção

• Palestra: Tenha Orgulho da Engenharia Civil

• CTQ se reúne com advogados para debater recuperação de créditos de IPI na construção civil

• Apresentação dos primeiros resultados do Consitra ao CTQ

• Gesconmat: Conclusão da pesquisa sobre consumo de materiais nos canteiros de obra • Reuniões sobre a Norma de Desempenho • Apresentação do vice-presidente de Economia, Eduardo Zaidan, e Ana Castelo (FGV), sobre cálculo do CUB

2006

• CTQ recebe a empresa Gail Arquitetura, o Centro Cerâmico do Brasil (CCB) e consultores para tratar dos desplacamentos de cerâmicos por EPU • Lançamento dos manuais de escopo para contratação nas áreas de arquitetura, estrutura, instalações elétricas, instalações hidráulicas, coordenação de projetos e ventilação/ar condicionado

• Debates sobre uso de tirantes em terrenos vizinhos

• Seminário internacional: Reabilitação de Edifícios para uso Habitacional – Tecnologia da Reforma

• Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e CTQ tratam de problema de corrosão em tubulações de cobre

• Início dos trabalhos de elaboração dos manuais de escopo para contratação nas áreas de arquitetura, estrutura, instalações elétricas, instalações hidráulicas, coordenação de projetos e ventilação/ar condicionado

• Solicitada revisão da NBR 13.818 – Placas cerâmicas para revestimento

• CB-02 e SindusCon-SP passam a participar, de 2001 até 2009, de todos os Encontros Nacionalis da Indústria da Construção (Enic), com o objetivo de disseminar a importância de toda a cadeia produtiva seguir as normas, repetindo sempre que “Norma Técnica é lei”. Posteriormente, prevaleceu a interpretação de que as normas possuem força de lei

2004

• CTQ e Roberto Bauer começam a tratar de problemas decorrentes de expansão por umidade (EPU) em cerâmica

• 11º Prêmio PINI – Homenagem ao CTQ, escolhido como a Iniciativa Setorial de Destaque 2005 MISSÃO TÉCNICA AOS EMIRADOS ÁRABES – TECNOLOGIA DE PONTA E GRANDES CONSTRUÇÕES Participantes: 19 Com visitas a megaempreendimentos em Abu Dhabi e Dubai, o grupo testemunha um dos maiores projetos de desenvolvimento imobiliário do mundo, com transformação total da região e práticas construtivas de alta tecnologia. Destaque para a ida ao Burj Dubai (rebatizado Burj Khalifa), maior arranha-céu do mundo, com 828 m de altura e 160 andares, construído entre setembro de 2004 e janeiro de 2010.

www.sindusconsp.com.br

17


ESPECIAL CTQ 20 ANOS // LINHA DO TEMPO

2007-2016

• Seminário: Norma de Desempenho – 2013 a 2015 – Avanços e Necessidades para Implantação Plena, com 315 participantes

MISSÃO TÉCNICA AO JAPÃO – SUSTENTABILIDADE, MEIO AMBIENTE E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA Participantes: 28

• Análise de proposta da Zona de Máxima Restrição à Circulação (ZMRC) para apresentação à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET)

• Implantação da segunda fase do PIT, com criação de cronogramas de atividades e desenvolvimento de projetos

• Evento sobre Coordenação Modular

MISSÃO TÉCNICA À ÁFRICA DO SUL – COPA DO MUNDO E HABITAÇÃO POPULAR

• Negociação com indústria de materiais de construção sobre falta de insumos para abastecimento das obras • Análise das Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros • O Seminário Tecnologia de Estruturas chega à 10ª edição com uma história de grande sucesso de público e, sobretudo, de conteúdo. Realizada no Hotel Grand Hyatt São Paulo, faz um balanço do que foi discutido desde 1999 e destaca obras nacionais, como o empreendimento Cidade Jardim, em São Paulo, e internacionais, como o Edifício Titanium La Portada, em Santiago, no Chile

Participantes: 22 O CTQ foi a 1ª delegação de empresários estrangeiros a visitar o Estádio Soccer City. Foi também ao Green Point Stadium, um destaque quanto à qualidade do acabamento. O roteiro incluiu visitas a obras de infraestrutura e habitação, incluindo a do grupo Power, que faz sobrados em alvenaria estrutural com até 40 m², telhado de zinco e forro de madeira. Chamou a atenção a meta da empresa de construir mil casas por mês para zerar o déficit habitacional sul-africano de mais de dois milhões de unidades.

2008

• Workshop Consitra

Participantes: 30

• Evento sobre Produtividade na Construção Civil, realizado em parceria com a Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (Fiabci-Brasil)

• Revisão do regimento interno do CTQ e lançamento do novo logotipo • Adesão ao Gesconmat • Lançamento dos manuais de escopo de automação e segurança, arquitetura de infraestrutura esportiva e paisagismo • Desenvolvimento do projeto de Inovação Tecnológica junto à CBIC

2009

2010

2011

Participantes: 19

MISSÃO TÉCNICA AO MÉXICO – HABITAÇÃO POPULAR Participantes: 27 O intercâmbio de informações sobre os modelos mexicanos de política habitacional e financiamento à construção contribuiu com a criação do programa Minha Casa, Minha Vida, lançado em 2009. Foram visitadas instituições financeiras independentes, construtoras especializadas em moradia social e a Infonavit, um dos principais agentes financiadores mexicanos.

Visita às obras de cidade planejada que, concluída em 2025, abrigará 150 mil pessoas em 20 mil residências e terá unidades comerciais, industriais de alta tecnologia, escolas e áreas de lazer. Os participantes observaram regulamentações de segurança do trabalho, itens de projeto e acabamento e visitaram o edifício Sky, de 56 andares, com destaque para as estruturas de concreto armado e lajes protendidas.

• Conclusão da 1ª fase do Consitra • Missão comercial do SindusCon-SP e da Associação de Compras da Construção Civil no Estado de São Paulo (Compracon-SP) à Feira Construmat, em Barcelona, na Espanha MISSÃO TÉCNICA À INGLATERRA – SUSTENTABILIDADE, BIM, OLIMPÍADAS E MEIO AMBIENTE Participantes: 24 O grupo se reuniu com entidades do setor construtivo e escritórios de engenharia e arquitetura, além de ter visitado obras olímpicas. Os participantes também foram à feira Ecobuild mapear inovações tecnológicas no seminário do UK Trade & Investment sobre a transformação da infraestrutura do Brasil com vistas aos grandes eventos esportivos. A expertise britânica em retrofit foi foco de interesse.

18

notícias da construção // set/out 2016

• Consitra ganha Prêmio PINI na categoria Iniciativa Setorial de Destaque

2012

2013

• SindusCon-SP discute lacunas no Código Florestal que afetam empreendimentos

MISSÃO TÉCNICA À CHINA – IMPORTAÇÃO DE MATERIAIS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS A viagem à China incluiu visita ao Shangai Word Financial Center e a residências construídas há mais de 500 anos. O roteiro incluiu ida à Cantor Fair, em Guangzhou, uma das maiores feiras de negócios do mundo.

• Grupo de Trabalho do CTQ consegue abrir canal para atendimento exclusivo das construtoras na AES Eletropaulo

• Dossiê sobre roubos em obras encaminhado ao secretário de Segurança do Estado de São Paulo

MISSÃO TÉCNICA AO PANAMÁ – CANAL DO PANAMÁ, HABITAÇÃO POPULAR E MÉTODOS CONSTRUTIVOS

Participantes: 16

• Lançamento da 3ª edição do Manual do Proprietário e da 2ª edição do Manual de Áreas Comuns

• Seminário de estruturas discute soluções para garantir vida útil dos edifícios

• Criação do GT México, após missão técnica realizada em março

• Lançamento do Manual de Gestão Ambiental de Gestão de Resíduos da Construção Civil – Avanços Institucionais e Melhorias Técnicas • SindusCon-SP discute com Prefeitura de São Paulo o novo Código de Obras e Edificações • 1ª Rodada de Inovação da Construção, em São Paulo MISSÃO AOS EMIRADOS ÁRABES E SINGAPURA – INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS, SUSTENTABILIDADE E BIM Participantes: 24

• Evento sobre Norma de Desempenho, realizado em conjunto com o Secovi-SP

• Conclusão da primeira fase do Programa de Inovação Tecnológica (PIT), com criação do CTQ Nacional e visita aos Sinduscons de outros Estados • Criação do Sistema Nacional de Avaliação Técnica de Produtos Inovadores (Sinat), com apoio do SindusCon-SP

• SindusCon-SP participa da revisão da nova norma de piscinas • SindusCon-SP discute com Corpo de Bombeiros aperfeiçoamento de instruções técnicas e procedimentos de aprovação de projeto e vistoria de empreendimentos

• Visita ao Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), na Universidade de São Paulo (USP)

MISSÃO TÉCNICA AOS ESTADOS UNIDOS – SUSTENTABILIDADE, MEIO AMBIENTE E BIM Com visita à Hearst Tower, uma das maiores torres sustentáveis do mundo, o grupo deu especial atenção a obras que usaram o Building Information Modeling (BIM). O CTQ é pioneiro no fomento ao BIM no Brasil, tendo participado de grupos de trabalho sobre disseminação e implantação da plataforma no País. O Comitê coordenou o desenvolvimento da ABNT/CEE 134, primeira norma sobre classificação de informação. Neste ano, o CTQ realizou o 1º Seminário Internacional BIM e implantou a Academia BIM com cursos de capacitação. Atualmente, o SindusCon-SP promove a realização do 1º Prêmio de Excelência BIM SindusCon-SP.

2007

Destaque para o rigor técnico japonês em planejamento e execução industrializada, limpa, produtiva, excelente em acabamento e com mão de obra extremamente qualificada. Pautadas por demandas antissísmicas e sustentabilidade ambiental, as construtoras japonesas se destacaram devido às baixas emissões de CO2. Em visitas à Shimizu e à Toda, a missão presenciou palestras sobre BIM, demolição ecológica e eficiência energética. O grupo conheceu o processo construtivo da Skytree, dentre as torres mais altas do mundo. Posteriormente, a Toda participou de evento técnico do CTQ.

• Encontro Empresarial Fiabci-Brasil e SindusCon-SP sobre distratos

• SindusCon-SP debate dificuldades para disseminar uso de aquecimento solar MISSÃO TÉCNICA À ALEMANHA – NOVAS TECNOLOGIAS E SUSTENTABILIDADE Participantes: 27 O grupo conheceu a política energética do Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear alemão, observou a mecanização dos canteiros em Berlim e Frankfurt, acompanhou palestras em empresas como a Hochtief, que apresentou projetos com foco em planejamento, BIM, eficiência energética e conforto térmico. Visitas a prédios altos de Frankfurt revelaram soluções em sustentabilidade e manutenção predial. Para conhecer avanços tecnológicos da engenharia alemã, o grupo foi ao laboratório de testes do Instituto da Construção da Universidade Técnica de Berlim.

Para observar inovações em industrialização, sustentabilidade e planejamento urbano, foram visitados o Burj Khalifa e a cidade de Masdar, baseada em conceitos de sustentabilidade e tecnologia aplicada à construção. O grupo foi recebido pela Urban Redevelopment Authority (URA), responsável pelo planejamento de Singapura, e pela Building Construction Authority (BCA), que regulamenta a legislação local e prevê aprovação de projetos em até cinco dias. Como resultado, Sonny Andalis, especialista em BIM da BCA, veio ao 6º Seminário Internacional BIM e ao encontro do SindusCon-SP com a Secretaria Municipal de Licenciamento de SP e outras entidades para apresentar ações do governo sobre uso do BIM.

2014

2015

2016

• Realização do 1º Encontro Empresarial Fiabci-Brasil e SindusCon-SP. O evento discutiu produtividade e contou com 100 participantes • Seminário Impactos da Norma de Desempenho, realizado em parceria com IPT e CBIC • SindusCon-SP participa e apoia seminário: Como Aumentar a Produtividade nos Canteiros de Obras, realizado pela Editora PINI • Módulo Construção Civil do Sistema de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Sigor) é oficializado pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo • 1º ConstruBR – Painel discute desafios de planejamento e gestão da produtividade

• Reunião Plenária do CTQ é realizada em 15 de setembro • Criação do conselho do CTQ, formado por ex-coordenadores para direcionamento estratégico do Comitê • Revisão do estatuto do CTQ, cujo principal objetivo é “promover a busca constante das melhorias em qualidade, produtividade e competitividade no setor da construção civil brasileira” • Criação de grupo de trabalho sobre desplacamento de revestimentos cerâmicos e realização de workshop sobre o tema no dia 28/7, com mais de 300 participantes presenciais e online • No âmbito da Comat/CBIC, apresentação da Ferramenta BIM para implementação nas contratações de projetos do Governo Federal • Criação do Prêmio de Excelência BIM SindusCon-SP • Visita técnica à Cidade Olímpica, no Rio de Janeiro • Criação ou reativação dos seguintes GTs: Normas Técnicas, Gestão e Produtividade, Apólices de Seguros de Riscos de Engenharia/ Secovi, Desplacamentos Cerâmicos, Qualidade do Concreto, Elevadores, Contrapiso Autonivelante, Pintura Texturizada de Fachada, Delegacia Ambiental, Argamassa Projetada • Publicação do guia Boas Práticas para a Entrega dos Empreendimentos desde a sua Concepção e realização de workshop sobre o tema no dia 14/9, com mais de 200 participantes presenciais e online

www.sindusconsp.com.br

19


finestra_ed100_schuco_215x280_set16_variação_grafica.pdf

1

14/09/2016

17:41:52

Schüco e SindusCon:

ESPECIAL CTQ 20 ANOS // HISTÓRIA

Quem conhece, confia.

TECNOLOGIA E QUALIDADE ACIMA DE TUDO Desde aspectos técnicos até normalização e questões legais, atuação do CTQ extrapola canteiros de obras na luta pela excelência da construção nacional

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

POR BRUNO LOTURCO

O

Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP (CTQ) nasceu a partir da união de duas iniciativas independentes de compartilhamento de informações e processos relacionados à indústria da construção: a Cooperativa de Empresas Construtoras (Coemco) – formada pelas empresas Pinto de Almeida, DP Engenharia, Mencasa, BKO e RFM – e o G5, composto pelas construtoras Barbara, Concima, Sinco, Barros Pimentel e Simão Engenharia. Em uma época na qual as construtoras trocavam poucas informações e, em geral, se viam como concorrentes, os dois gru-

20

pos permitiam visitas mútuas aos canteiros de obras, abriam conhecimentos sobre técnicas e processos construtivos e discutiam abertamente sobre problemas e eventuais patologias, na busca por soluções capazes de atender a todos. Procedimentos de execução, equipamentos e maquinário, produtividade, gestão da qualidade, segurança do trabalho e dados técnicos, entre outras informações, eram compartilhados e debatidos. Outro fator importante foram as visitas às feiras e obras no exterior que, além de permitir acesso a materiais e técnicas ainda pouco empregadas no Brasil, promoviam maior interação entre os profissio-

notícias da construção // set/out 2016

nais participantes. A possibilidade de importação de equipamentos, no início dos anos 1990, e a estabilização da economia, com o Plano Real, em 1994, eram fenômenos recentes. Nessa época, a publicação de dois livros traduziu esse espírito associativo e de compartilhamento das informações: Sistema de Gestão da Qualidade para Empresas Construtoras (CTE, 1994) e Qualidade na Aquisição de Materiais e Execução de Obras (PINI, 1996). Ambos foram iniciativas do SindusCon-SP e do Sebrae-SP com base em trabalhos e programas setoriais coordenados pelo Centro de Tecnologia de Edifica-

É com orgulho que parabenizamos o Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP pelos seus 20 anos de engajamento e sucesso. Há 15 anos no Brasil, a Schüco desenvolve soluções para fachadas e esquadrias em alumínio e traz constante inovação tecnológica para o mercado da construção civil. www.schueco.com.br.

Janelas. Portas. Fachadas.


ESPECIAL CTQ 20 ANOS // HISTÓRIA

Realizado desde 2010, Seminário Internacional BIM se estabelece como referência principal para empresas e entidades do setor

Fac-simile do manual Sistema de Gestão da Qualidade para Empresas Construtoras, que traz página de agradecimento às empresas que fizeram parte do programa setorial

ções (CTE), com a ativa participação de várias construtoras na produção do conteúdo. Quase naturalmente, os dois grupos, G5 e Coemco, começaram a interagir e surgiu a ideia, inicialmente não aceita, de fundi-los. Foi aí que o SindusCon-SP os convidou para trabalharem no âmbito do Sindicato, com apoio jurídico e uma estrutura operacional. As empresas que viriam a ser fundadoras do CTQ aceitaram a proposta e a consultora Maria Angelica Covelo Silva, sócia-fundadora da NGI Consultoria e Desenvolvimento, foi contratada para fazer a coordenação técnica do grupo. O então vice-presidente do SindusCon-SP, João Coelho, propôs o nome Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ). O Sindicato tinha

22

infraestrutura, força e representatividade no mercado e na sociedade. “A associação potencializou a ação do CTQ”, destaca Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, vice-presidente do SindusCon-SP e diretor da DOX Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Imobiliário. Em contrapartida, o Comitê contribuiu com o viés técnico. “O CTQ passou a ser o braço técnico do SindusCon-SP para dialogar com o mercado”, pontua Jorge Batlouni, vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP e diretor da Tecnum Construtora. Assim, o CTQ foi fundado em 1º de agosto de 1996, em reunião com a presença dos seguintes profissionais, representando as respectivas empresas: Aloysio Cyrino, da Mencasa, Francisco Antunes de

notícias da construção // set/out 2016

Vasconcellos Neto, da DP Engenharia, Mauricio Linn Bianchi, da BKO Engenharia e Comércio, Paulo Sanchez, da Sinco Engenharia, e Salvador Benevides, da Pinto de Almeida, com a coordenação de Maria Angelica Covelo Silva, do CTE. FORÇA SETORIAL Vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP e diretor técnico da Sinco Engenharia, Paulo Sanchez lembra que há 20 anos eram raros os canteiros que respeitavam normas. “Nesse momento, a gestão da qualidade não estava implantada nas empresas. Reunimos vários atores da cadeia produtiva para conversar, pois o problema não era só da construtora, envolvia o fornecedor, o fabricante”, conta.

O CTQ, recorda Maria Angelica, deflagrou a preocupação com gestão da qualidade. “Não só a construtora, mas projetistas, fornecedores e prestadores de serviços precisavam implantar medidas de gestão”, diz. Tal diagnóstico veio acompanhado do fato de que não havia cultura de troca de experiências entre empresas ou de desenvolvimento tecnológico cooperativo. O segundo passo foi buscar referências, indica Salvador Benevides, atual gestor do ABNT CB-002. “Passamos a pensar em viagens internacionais, normalização, gestão da qualidade, NR-18, Código de Defesa do Consumidor, meio ambiente, novas tecnologias, eventos técnicos, legislação, industrialização”, conta. As ações começaram a desenvolver o setor e, conforme afirma Maria Angelica, “foram de grande importância para equacionar os processos de produção a partir de diálogo e capacitação, difusão de melhores práticas, desenvolvimento em grupo de empresas, interlocução com agentes do poder público, concessionárias de serviços, universidades e instituições de pesquisa e outros agentes”. O Comitê obteve muito ganhos

como, por exemplo, o diálogo com fornecedores e concessionárias de serviços públicos. É mérito do CTQ, com envolvimento de fornecedores e entidades de representação, a assinatura de termo de compromisso com fornecedoras de concreto, a definição de normas para uso de tirantes em terrenos vizinhos, a tratativa de problemas decorrentes de expansão por umidade em cerâmicas, a abertura de canal exclusiFac-simile do livro Qualidade na Aquisição de Materiais e Execução de Obras, com página de agradecimento às empresas

vo para atendimento de construtoras junto à AES Eletropaulo, dentre inúmeras outras intervenções. “Graças ao Comitê, chegamos ao concreto de alto desempenho com preços competitivos, pudemos trabalhar em conjunto com a indústria do cobre para resolver problemas de corrosão e foi criado o Consitra, para desenvolvimento de argamassas”, enumera Luiz Henrique Ceotto, diretor


ESPECIAL CTQ 20 ANOS // HISTÓRIA bana ou de Corpo de Bombeiros fazia com que muitas questões fossem tratadas sem o devido respaldo técnico, gerando inseguranças e passivos jurídicos devido ao não cumprimento de diretrizes”, afirma Villas Bôas. Por acreditar na importância da normalização, desde o ano 2000, o SindusCon-SP é mantenedor do CB-002, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Assim, o CTQ acompanha de perto elaborações e revisões de normas que dizem respeito à atividade de construção. “É uma atuação extremamente importante e definitiva”, salienta.

Empresários debatem temas relevantes para o desenvolvimento da construção em reunião plenária do CTQ realizada em setembro último

da Tishman Speyer. “São trabalhos que fazem a cadeia conversar para entender problemas e resolver”, completa. O resultado pode ser observado na prática. “Hoje, os problemas são tratados de forma conjunta e transparente com as entidades que representam as empresas do setor”, diz Vasconcellos. AMADURECIMENTO CONJUNTO O principal norteador das evoluções foi o entendimento sobre qualidade. “Qualidade não pode ser empregada como adjetivo por ser conceito binário. Ou tem ou não tem”, salienta Mauricio Bianchi, vice-presidente de Relações Institucionais do SindusCon-SP e diretor do Group Allard. Nesse sentido, a busca por referenciais foi fundamental, pontua Fabio Villas Bôas, coordenador do Comitê de Meio Ambiente do SindusCon-SP (Comasp) e diretor da Tecnisa. “As missões proporcionaram inovações”, lembra.

24

Como exemplo, a viagem técnica a Paris, em 1995, motivou a criação do Programa da Qualidade da Construção Habitacional do Estado de São Paulo (Qualihab, instituído em novembro de 1996), inspirado pelo programa francês Qualibat de qualidade e certificação de construtoras. Da experiência com habitação para baixa renda do México, visitado pelo CTQ em 2007, surgiu o embrião do programa Minha Casa Minha Vida. Da missão aos Estados Unidos, em 2010, o grupo trouxe inovações relacionadas ao BIM que, posteriormente, seriam a base de diversos seminários, cursos, publicações etc., tornando o SindusCon-SP referência obrigatória quando se discute a modelagem de informação na construção nacional. O Brasil é visto como referência regional para a América Latina quanto à utilização do BIM. “Estamos no sétimo Seminário Inter-

notícias da construção // set/out 2016

nacional de BIM e alguns países vizinhos usam nosso guia como passo inicial”, diz Sanchez, ressaltando que a ferramenta é fundamental para governos, pois proporciona transparência nas licitações e nas obras. Muito importantes também foram as contribuições em tecnologia aplicada no canteiro. “Trouxemos muita coisa de fora”, revela Vasconcellos. Foram nessas reuniões que se iniciaram as conversas sobre drywall como sistema construtivo. Com o tempo, entretanto, a disparidade entre canteiros brasileiros e de países desenvolvidos começou a ceder. “No começo, a diferença para obras no exterior era enorme. Cinco anos depois, não devíamos mais nada a elas. Hoje, em muitos casos, fazemos até melhor”, comemora o vice-presidente. Paralelamente, o CTQ ampliou participação em questões legais. “A omissão em relação à normalização e à própria legislação ur-

FUTURO PROMISSOR Com um mercado consciente quanto à importância da qualida-

de e da produtividade, os esforços irão se voltar à busca de inovação e industrialização, aposta Batlouni. “O aumento da produtividade por meio da inovação e industrialização é o foco do CTQ para os próximos anos”, diz. O caminho até lá passa pela consolidação de processos e, principalmente, pela conscientização das entregas em cada etapa, o que Bianchi chama de “terminalidade”. Isso depende de projeto, logística e formação de capital intelectual. Para Batlouni, é chegado o momento de investir no desenvolvimento de processos e na redefinição do papel de engenheiro e mestre de obras para atuação estratégica em gestão de pessoas e processos.

Bianchi afirma que, no caso do engenheiro de obra, primeiro, não é viável esse profissional acumular funções que caberiam a administradores e economistas. Depois, a responsabilidade pelo andamento e pelas decisões finais do canteiro demanda senioridade. “O engenheiro em começo da carreira não tem formação nem experiência profissional para fazer a gestão do empreendimento dar certo”, afirma. É a disseminação dessa nova forma de pensar que configura, na visão dele, o desafio imediato do CTQ. “Essa mudança vai consolidar o trabalho do CTQ. Vai juntar o que foi desenvolvido sobre como construir, não apenas tecnicamente, mas considerando lucro e gestão.”


ESPECIAL CTQ 20 ANOS // dEPOImENTOS

Duas DécaDas De palavras e ações A produção de conhecimento técnico e o diálogo setorial em prol da qualidade e da produtividade marcam a intensa atuação do CTQ na indústria da construção. Os resultados práticos desse trabalho permeiam toda a cadeia produtiva, passando por todos os elos que compõem o setor. Confira os depoimentos de alguns profissionais que fazem parte da história do Comitê

p “Quando iniciamos o CTQ, tínhamos algumas ideias e queríamos mexer com o mercado, mas não sabíamos qual seria a dimensão dessa iniciativa. O CTQ cresceu com a inclusão de empresas de ponta e se tornou uma referência com grande visibilidade no mercado. Hoje o CTQ trata com entidades de classe, fornecedores de serviços públicos e todos os agentes da cadeia produtiva” Aloysio Cyrino // Diretor de Construção da Conx Empreendimentos Imobiliários

p “Muito mais que ter sido coordenador, me orgulha muito participar há 20 anos do CTQ. Embora o Comitê

26

seja formado por empresas, valorizamos as pessoas. Tanto que acabamos nos tornando amigos. É o representante de cada empresa que contribui. A nossa força vem dessa colaboração. Em grupo, ganhamos força perante o mercado, nos dando poder para questionar e propor caminhos e soluções. Tal postura ajudou a fortalecer o Sindicato como referência em tecnologia, qualidade, segurança do trabalho e meio ambiente” Francisco Antunes de Vasconcellos Neto // Diretor executivo da DOX Planejamento e Gestão e vice-presidente do SindusCon-SP

p “Quando começamos, enxergamos que, unidos nas decisões técnicas, éramos mais fortes. Um dos motivos para o sucesso foi a humildade com a qual abrimos as portas dos nossos canteiros, evidenciando o que havia para ser melhorado ou

notícias da construção // set/out 2016

copiado. No início, viajamos atrás de novidades que tentávamos replicar em nossos empreendimentos. Daí, começamos a desenvolver programas de gestão da qualidade de projeto, de processos construtivos, o que contaminou o mercado, com um crescente número de empresas buscando se qualificar” Mauricio Linn Bianchi // Diretor do Group Allard e vice-presidente de Relações Institucionais do SindusCon-SP

p “O mercado conseguiu enxergar no CTQ um elo de comunicação para resolver problemas e melhorar o nível setorial. Vejo o CTQ como um grande indutor de mudanças e um divisor de águas entre o que se falava de qualidade no setor há 20 anos e o que estamos vendo hoje” Paulo Sanchez // Diretor técnico da Sinco Engenharia e vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP

p “A vontade inicial do grupo era mudar a postura do setor da construção civil. Isso passava por melhorar a relação com fornecedores e prestadores de serviços e desenvolver novas metodologias construtivas. A troca de experiências, tanto positivas quando negativas, pode ser considerada pioneira. Eram discutidos assuntos como produtividade, segurança do trabalho, gestão da qualidade, redução de desperdício e industrialização, entre outros. O trabalho voluntário de todos que compõem o CTQ e o esforço pessoal de cada componente constituem o grande diferencial do nosso grupo na luta pela modernização do setor. Muito me orgulha fazer parte do grupo que fundou o CTQ.” Salvador Benevides // Gestor do ABNT CB-002

p “O CTQ sempre se diferenciou por ser constituído de empresários e executivos que compartilham associativismo, rigor técnico, disciplina, dedicação e persistência. A relevante atuação desse grupo especial da indústria da construção contribui para que o setor tenha o respeito que merece como protagonista do desenvolvimento do País” José Romeu Ferraz Neto // Presidente do SindusCon-SP desde 2014

p “Na presidência do Sindicato, tive a felicidade de testemunhar grandes feitos do CTQ, como a mudança de paradigma da qualidade na construção com a criação da Norma de Desempenho e a implementação do BIM. Essas realizações beneficiaram extraordinariamente a construção brasileira, junto com a disseminação, pelo CTQ, de outros avanços em estruturas, sistemas prediais e dezenas de normas técnicas, bem como com o estreitamento do diálogo com fornecedores, órgãos públicos e concessionárias” Sergio Watanabe // Presidente do SindusCon-SP de 2008 a 2014

p “Foi uma grande satisfação contar com o ativismo do CTQ em nossa gestão, contribuindo para colocar o SindusCon-SP como referência

nacional em tecnologia e qualidade na construção. Em meio aos graves problemas de abastecimento e mão de obra ocasionados pelo impressionante crescimento daqueles anos, o Comitê trabalhou arduamente para atender ao aumento da demanda, com o costumeiro e elevado patamar de qualidade” João Claudio Robusti // Presidente do SindusCon-SP de 2004 a 2008

p “Tive a satisfação de presidir o SindusCon-SP desde os primeiros dias da existência do CTQ e ver como aquele animado grupo de jovens empresários se organizou com o ideal de elevar a qualidade e a produtividade nas nossas empresas. Recordo que uma das suas maiores realizações foi o estreitamento do diálogo com as entidades e empresas dos principais fornecedores da construção, aproximando-os da modernização dos processos construtivos que começava a ocorrer no mercado” Sergio Porto // Presidente do SindusCon-SP de 1996 a 2000

p “Quem apostou no trabalho do CTQ está colhendo frutos, pois o que aconteceu nos últimos anos no País mostrou que, para a competitividade, não há caminhos além da qualidade e da produtividade. Os seminários anuais, como os de Estruturas, Sistemas Prediais e BIM, foram significativos não apenas para nossas empresas, como para o desenvolvimento da construção. Sua produção constante de conhecimento disseminou inovações e avanços tecnológicos no setor, contribuindo para o avanço da produtividade” Eduardo Capobianco // Presidente do SindusCon-SP de 1992 a 1996

p “O CTQ consolidou uma posição de destaque e respeito na área de tecnologia e qualidade. Tem sido referência nas ações que desenvolve e nos temas abordados e é muito respeitado pelo mercado por ser composto de um grupo de empresas de vários portes, desde as maiores até empresas pequenas. Isso o torna completo no segmento de edificações e lhe permite atuar de forma eficiente e contundente. A atuação muito correta do CTQ lhe abriu espaços, o que se deve muito à seriedade e à postura ética dos seus membros” Jorge Batlouni Neto // Diretor da Tecnum Construtora e vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP

p “O CTQ foi uma iniciativa pioneira entre as entidades de classe, ao estabelecer uma instância formal de ação integrada com a cadeia produtiva e entre construtoras, compreendendo que uma empresa sozinha não consegue fazer mudanças estruturais. Foi uma liderança na elaboração e na revisão da Norma de Desempenho e teve forte papel na disseminação do BIM no Brasil, que são grandes desafios de mudança cultural no setor” Maria Angélica Covelo Silva // Sócia-fundadora da NGI Consultoria e Desenvolvimento e primeira coordenadora do CTQ

p “As grandes inovações dos últimos 20 anos, de uma forma ou outra, passaram pelo Comitê. Isso porque ele é composto por empresas de ponta, reconhecidas pelo setor. Essa dinâmica positiva se deve muito à atitude de seus membros, que construíram um fórum baseado em confiança e transparência, no qual todos compartilham experiências de peito aberto. Essa postura resulta em bons frutos e contribui com a melhoria do setor” Fabio Villas Bôas // Diretor da Tecnisa e coordenador do Comitê de Meio Ambiente do SindusCon-SP (Comasp)

p “Ao celebrar seus 20 anos, o CTQ consagra, mais uma vez, essa iniciativa de grande importância e excelentes resultados para a construção civil. O Comitê vem oferecendo grande contribuição no debate de temas da agenda do setor e na formulação de soluções técnicas e políticas públicas. O CTQ tem ajudado a construir avanços no campo tecnológico e liderar debates importantes, tornando-se referência e parte estratégica da excelência conquistada pela construção civil brasileira” José Carlos Martins // Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)

www.sindusconsp.com.br

27


ESPECIAL CTQ 20 ANOS // dEPOImENTOS

p “É muito bom ter o CTQ, pois os aspectos importantes em um projeto são qualidade, segurança e durabilidade. Se um desses três falhar, significa que a obra não vai ser perfeita. Muitas obras são feitas com baixa qualidade e, se houvesse inspeção da qualidade na aprovação da estrutura, defeitos seriam evitados” Augusto Carlos Vasconcelos // Projetista estrutural com atuação no IPT, na Poli-USP, na Universidade Mackenzie e na Protendit

p “A participação do CTQ na evolução da construção civil se dá pelo incentivo e participação em normas e pela parceria com entidades como a Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), além da organização de visitas técnicas, missões e seminários, como o de Tecnologia de Estruturas” Augusto Pedreira de Freitas // Diretor da Pedreira de Freitas e presidente da Abece

p “O CTQ tem atuação propositiva, incentivando a inovação de produtos e processos. Funciona como indutor da modernização e tem papel preponderante no desenvolvimento, aperfeiçoamento, atualização e difusão da normalização técnica” Ércio Thomaz // Pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)

28

integração entre agentes, difusão do conhecimento e combate ao conservadorismo. Minhas interações com os membros foram prioritariamente nelas focadas, e conto ampliá-las nos próximos anos” Francisco Ferreira Cardoso // Chefe do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli-USP

p “O CTQ reconhece a importância dos sistemas de revestimentos, apoiando e participando ativamente das atividades do Consórcio Setorial para Inovação em Tecnologia de Revestimentos de Argamassa, o Consitra, em sua segunda fase” Fabio Câmpora // Associação Brasileira de Argamassas Industrializadas (Abai) p “A contribuição do CTQ se deu no apoio ao desenvolvimento de técnicas, mesmo com o custo do aprendizado inicial. Há um claro entendimento da importância que o conhecimento gera para a sociedade em geral e como investimento para futuras obras” Frederico Falconi // Sócio-diretor da ZF Solos & Engenheiros Associados

p “A busca pela otimização estrutural com responsabilidade técnica sempre norteou o CTQ, que contribui para o segmento por se propor a participar, orientar e ouvir para catalisar o desenvolvimento tecnológico” Francisco Graziano // Pasqua & Graziano Associados

p “Destaco a contribuição do CTQ para a eliminação de entraves ao processo de busca por inovação, com atuações impactantes na aproximação entre academia e mercado,

notícias da construção // set/out 2016

p “O CTQ é um fórum de discussão das melhores práticas caracterizado pelo elevado nível técnico e competência de seus participantes. A Abesc parabeniza o CTQ por contribuir para o engrandecimento da engenharia nacional. Como representantes do setor de concretagem, discutimos temas relevantes em reuniões pautadas pela busca por produtividade, melhoria das práticas construtivas e implementação de novas tecnologias” Jairo Abud // Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc)

“O CTQ estimulou a implantação de programas de gestão da qualidade nas empresas, o que automaticamente motivou avanços tecnológicos e ganhos de produtividade. Ainda temos muito a fazer, mas a produtividade evoluiu muito e as empresas do CTQ deram o exemplo para o resto do País. Ao implantar modelos de qualidade, não há como deixar de medir o ganho de produtividade, pois buscamos produtos melhores e com menor custo” João Coelho // Diretor da Unitec Sociedade e Construção

p “Parabenizo o Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP por esses 20 anos de conquistas e pela grande contribuição dada à indústria da construção civil brasileira, por meio de ações setoriais ligadas à tecnologia e qualidade. Todo o sucesso do Comitê é fruto de muita dedicação e trabalho das empresas construtoras participantes, que se engajaram na melhoria dos processos e no desenvolvimento tecnológico” José Carlos de Arruda Sampaio // Consultor, diretor da JDL Qualidade, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente “O CTQ desenvolve atividades que buscam a melhoria da engenharia civil como um todo. Participou da revisão da NBR 6122, além de ter realizado seminários e cursos de fundações abertos a engenheiros e profissionais interessados em adquirir conhecimentos, buscando crescimento profissional” José Luiz de Paula Eduardo // Diretor da Apoio Assessoria e Projeto de Fundações

p “O CTQ nasceu da união de profissionais que tinham enorme desejo de desenvolver técnicas e ferramentas para disseminar melhorias no processo construtivo. Era característica marcante do grupo a forte atuação técnica nas obras e a grande abertura para implantar novos modelos de gestão. Com isso, o Comitê cresceu e se tornou uma alavanca fundamental de desenvolvimento técnico, de interação e inovação na busca por melhores resultados para o setor e para todo o mercado consumidor” José Roberto Ary // Diretor da PKT Engenharia e Construções

p “O principal papel do CTQ não é divulgar tecnologias, mas fazer com que os elos da cadeia conversem entre si. É essa atuação que faz diferença para o setor. Afinal, quando os elos não conversam, não há valor na cadeia produtiva. Só se gera valor quando um sabe o problema do outro, tenta resolver e tenta agregar valor. Esse tem sido o principal papel desse grupo” Luiz Henrique Ceotto // Diretor de Projeto & Construção da Tishman Speyer

p “Como fundadora e participante do CTQ desde seu princípio, a RFM Construtora cresceu com o extraordinário intercâmbio de experiências e das iniciativas enriquecedoras adotadas pelo Comitê nestes 20 anos. Sempre produzindo conteúdo inovador em tecnologia e qualidade e promovendo troca de experiências com as demais construtoras e a cadeia de fornecedores, o CTQ teve e continua tendo um papel estratégico para as empresas do SindusCon-SP se atualizarem e se posicionarem continuamente em um alto nível de excelência em termos de qualidade” Marcio Botana Moraes // Diretor da RFM Construtora

p “O CTQ sempre foi muito ativo, desde a discussão sobre sistemas construtivos e tecnologias passando pela validação e a divulgação para todo o setor” Marco Addor // Diretor da Addor & Associados

p “A participação do CTQ no Consitra, o Consórcio Setorial para Inovação em Tecnologia de Revestimentos de Argamassa, propiciou divulgar boas práticas de produção. Pudemos diagnosticar situações em canteiro e identificar melhorias. As reuniões com os associados levam o meio técnico a refletir sobre necessidades de melhoria na gestão da produção do revestimento” Mércia Bottura de Barros // Professora doutora do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli-USP

p “Toda contribuição de entidades engajadas em processos de melhoria da qualidade e desenvolvimento tecnológico só têm a colaborar para o bom desenvolvimento de um projeto completo, de uma obra bem orçada, feita dentro das normas e entregue fidelizando o cliente. Esse é o caso do CTQ, que se dedica a ações de implementação da qualidade, elaboração de normas, acompanhando e participando de comitês, interagindo com os players da cadeia produtiva e buscando inovação” Miriam Addor // Presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA)

p “As normas técnicas são instrumentos indispensáveis para o desenvolvimento sustentável, aliado à busca permanente por qualidade, produtividade e difusão tecnológica. A abordagem proativa do CTQ nestes 20 anos de sua existência tornou possível a intensificação dos esforços de normalização no setor da construção civil, uma tendência irreversível no Brasil de hoje. Felicito o CTQ por este marco em sua existência. Sem dúvida alguma, um exemplo notável a ser seguido” Paulo Eduardo Fonseca de Campos // Professor Associado da FAUUSP e Superintendente do ABNT/ CB-02 entre 2012 e 2015

p “O CTQ é um hub importante de informações para o desenvolvimento setorial. Para a PINI, muitas vezes, é o ponto de partida para entendermos as questões que mais afligem os construtores. Tive a honra de participar da missão que foi ao México, em 2007, conhecer os modelos que viriam a ser utilizados no programa Minha Casa Minha Vida. O CTQ empunhou bandeiras como a Norma de Desempenho, o uso do BIM e a melhoria da qualidade das estruturas e instalações” Paulo Kiss // Diretor de redação da Editora PINI

www.sindusconsp.com.br

29


ESPECIAL CTQ 20 ANOS // dEPOImENTOS “A contribuição do CTQ se dá na força de sua atuação, gerando convites das indústrias estrangeiras para visitas aos seus parques fabris e obras que empregam tecnologias avançadas. Com isso, estreitaram bastante as relações” Paulo Rewald // Diretor executivo da Rewald Engenharia

p “É importante dispor de gabaritados profissionais que se debrucem na busca de avanços para que a construção resulte racional, produtiva e acima de tudo competitiva. O CTQ tem desempenhado com maestria esse papel, organizando os prestigiados Seminários de Tecnologias das Estruturas. Nós da ABCP temos tido o privilégio de ser demandados pelo CTQ, contribuindo e somando esforços para que soluções e técnicas construtivas agreguem cada vez mais qualidade e desempenho. Parabéns ao Comitê e, em especial ao SindusCon-SP, por essa visão empreendedora em prol da qualidade construtiva” Renato José Giusti // Presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)

de questões técnicas e de novas tecnologias, como no caso do seminário de Tecnologia de Estruturas” Ricardo Leopoldo e Silva França // Diretor da França e Associados

p “Tive o enorme prazer de coordenar o processo de formação do CTQ, em 1996, quando cinco empresas, que trabalharam com o CTE na estruturação da metodologia de Gestão da Qualidade para construtoras, resolveram formar um grupo cooperativo para compartilhar boas práticas de gestão e tecnologia. Nestes 20 anos, o CTQ se consolidou como importante referência para pensar estrategicamente a construção, difundir diretrizes e boas práticas para toda a cadeia produtiva, contribuindo com a profissionalização do setor e o aumento de sua competitividade” Roberto de Souza // Presidente do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE)

porciona um aprendizado constante. A dedicação voluntária dos membros é fundamental para o sucesso das iniciativas do Comitê e fonte de inspiração para nós da estrutura do SindusCon-SP. É muito gratificante fazer parte dessa história” Roseane Petronilo // Coordenadora da área de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP

constituiu o CTQ para consolidar e aprofundar o tema. Isso possibilitou às empresas manterem-se atualizadas e competitivas. Tive a honra de participar dos primeiros encontros e sou testemunha de sua importância para o desenvolvimento da construção no País” Vahan Agopyan // Professor da Poli-USP e vice-reitor da USP

Foto meramente ilustrativa

p “O CTQ é referência nacional e internacional sobre como o setor pode contribuir para aperfeiçoar a construção, com ganhos para produtores, clientes e contratantes. A competência dos envolvidos e a pluralidade das representações garantem resultados fantásticos. Enquanto professor e empresário nas áreas de Gestão e Produtividade, tenho tido a honra e o prazer de contribuir para este grande e duradouro trabalho” Ubiraci Espinelli Lemes de Souza // Professor livre docente da Poli-USP e diretor da Produtime e da Indicon Gestão e Tecnologia

p “O CTQ tem exercido liderança na indução de inovação tecnológica, na evolução da normalização técnica e na divulgação de conhecimento, particularmente nos seminários sobre Tecnologia de Sistemas Prediais” Vera Fernandes Hachich // Gerente técnica na Tesis Tecnologia de Sistemas em Engenharia

Nós temos a energia do tamanho de São Paulo. 6,9 20,1 milhões 4.526 m

milhões de unidades consumidoras

p “O CTQ teve um papel central no movimento de qualificação da ISO e é muito importante na disseminação

30

p “Tem sido um privilégio acompanhar e colaborar com todos os trabalhos desenvolvidos pelo CTQ. Trata-se de um grupo de excelência, com discussões de alto nível, o que nos pro-

notícias da construção // set/out 2016

p “Na década de 1990, o SindusCon-SP, com determinação e persistência, tomou a iniciativa de compreender e discutir o conceito da qualidade com a comunidade e

p “O CTQ é muito importante para o desenvolvimento da engenharia nacional. Meu contato com o Comitê se deu há 13 anos, quando participei da minha primeira missão técnica. Como projetista estrutural, foi extremamente importante ter contato com conceitos estrangeiros e adaptá-los às condições econômicas e executivas brasileiras, sobretudo a industrialização e a plataforma BIM” Virgilio Ramos // Diretor técnico da Cia. de Engenharia Civil (CEC)

de clientes atendidos

2

de área de concessão

A AES Eletropaulo é uma das 5 empresas da AES no Brasil, uma das maiores distribuidoras do país, responsável pela energia de 24 municípios, incluindo São Paulo, a sexta cidade mais populosa do mundo. É por isso que investimos constantemente em tecnologia e inovação, para oferecer mais e melhores serviços aos nossos clientes.

APP AES ELETROPAULO

Agência Virtual: WWW.AESELETROPAULO.COM.BR

Facebook: /AESELETROPAULO

Twitter: /AESELETROPAULO

Youtube: /AESELETROPAULO


fotos: Jorge rosenberg

foto do mÊs // setembro / outubro 2016

e-Tower situado na Vila olímpia, em são Paulo, o e-tower foi edificado pela tecnum Construtora a partir de projeto do escritório Aflalo & gasperini. o edifício foi projetado para o concreto de resistência fck = 80 MPa, para que os pilares dos quatro níveis do subsolo [veja o destaque] pudessem ter dimensões reduzidas sem perder resistência. A redução da seção dos pilares permitiu aumentar a quantidade de vagas do estacionamento. Com a cooperação da engemix, da escola Politécnica da UsP e da Associação brasileira de Cimento Portland (AbCP), atingiu-se a resistência à compressão de fck = 125 MPa no canteiro da obra. o valor é considerado um recorde mundial em resistência de concreto colorido. o e-tower também é o primeiro edifício a ter pilares gêmeos testados em temperaturas elevadas para avaliar as influências do tamanho do corpo de prova, da armadura real distribuída em duas camadas e das misturas de concreto, que empregam materiais tipicamente brasileiros.

32

notícias da construção // set/out 2016

www.sindusconsp.com.br

33


JORGE ROSENBERG

destaque

Projeto e Produção com foco na racionalização e na qualidade

CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO CONSTRUTIVO* Contenção em parede diafragma feita com hidrofresa e tirantes Fundações em sapatas apoiadas na rocha Estrutura dos subsolos e térreo em concreto armado e protendido

Empreendimento AQWA, no Rio de Janeiro, é destaque do Seminário Tecnologia de Estruturas ao demonstrar sistema construtivo moderno na execução de projeto desafiador

Núcleo (elevadores e escadas) em paredes de concreto feitas com formas trepantes com elevação hidráulica Ceotto: “Não conseguiríamos executar essa obra se não existisse o BIM”

A Perspectiva artística do AQWA-RJ, que teve suas estruturas e fachadas projetadas em BIM

34

notícias da construção // set/out 2016

iLuStRAçõES: DivuLGAçãO

s vantagens de se utilizar sistemas construtivos modernos e precisos ficaram em evidência no Seminário tecnologia de Estruturas – Projeto e Produção com Foco na Racionalização e Qualidade. O evento, já tradicional na agenda do Comitê de tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP (CtQ), em sua 18ª edição, que este ano foi realizado paralelamente ao Concrete Show [veja matéria à pág. 48], reuniu especialistas que apresentaram exemplos de inovação e questões que estão sendo estudadas para dar maior eficiência e segurança às edificações. “Os profissionais brasileiros muitas vezes resistem à utilização de processos inovadores. Precisamos vencer essa barreira para termos edifícios mais eficazes, sustentáveis e cada vez mais próximos da construção industrializada”, afirmou Luiz Henrique Ceotto, diretor de Design & Construction da tishman Speyer Properties. Ao lado da sócia-diretora do escritório técnico Julio Kassoy e Mário Franco Engenheiros Civis,

Suely Bacchereti Bueno, Ceotto apresentou as inovações de projeto e de controle da execução de estrutura do empreendimento AQWA, no Rio de Janeiro. Nesse caso, as especificidades do local – o empreendimento foi erigido numa área de 23,8 mil metros quadrados na região portuária, próxima à Baia de Guanabara – e do tipo de edificação determinaram e escolha pelo processo construtivo em estrutura mista – concreto armado e aço, com base e núcleo em concreto. O edifício tem 140 mil metros quadrados de escritórios, vagas para 1,9 mil automóveis e um espaço multiúso de 40 mil metros quadrados, contendo hotel, residencial e comércio. Está preparado para receber a certificação LEED Gold. As diferenças entre os pavimentos sucessivos; pavimentos que chegam a ter 3,8 mil metros quadrados de área com pilares apenas na periferia e no core; a concepção baseada em linhas de vértices que se encontram de forma muito precisa e a inclinação da estrutura que provoca balanços

Pavimentos tipos (em torno do núcleo) em estrutura mista (aço e concreto) Colunas em tubos de aço com concreto armado em seu núcleo Lajes em vigas de aço e steel-deck e concreto Fachada em painéis pré-moldados de alumínio e vidro * Do AQWA-RJ, segundo informações de Luiz Henrique Ceotto

de até 21 metros em relação à base foram alguns dos pontos destacados sobre o projeto. “A precisão requerida para manutenção dos vértices seria impossível de se obter em concreto armado”, destacou Ceotto. Por isso, foi adotada a solução mista em concreto e aço. As peculiaridades do projeto arquitetônico exigiram que tanto a estrutura como a fachada do AQWA fossem projetadas em BiM. “Nós não conseguiríamos executar essa obra se não existisse o BiM”, afirmou Ceotto. “Foi um grande desafio realizar as estruturas de forma que a fachada ficasse inclinada”, ressaltou Suely Bueno. A tishman adotou a providência pioneira do controle dimensional da estrutura por laser scanner www.sindusconsp.com.br

35


destaque – equipamento que realiza a leitura de milhões de pontos e monta uma imagem 3D da superfície analisada numa escala de 0,1 milímetro. isso foi feito para que a construtora pudesse se certificar que a execução da obra estava 100% de acordo com o que fora projetado. “O scanner dá ao BiM uma dimensão fantástica”, avaliou Ceotto. O Empreendimento AQWA prova, dessa forma, que a construção brasileira está capacitada a executar os projetos mais desafiadores e inovadores. Para isso, é preciso adotar a tecnologia apropriada e, como propôs o Seminário, manter o foco na racionalização dos recursos e na qualidade.

O concreto em debate Realizado paralelamente ao Concrete Show, o Seminário tecnologia de Estrutura não poderia deixar de abordar as questões relativas ao concreto. As discussões sobre os aspectos técnicos da classificação de consistência desse material, sua temperatura nos blocos de fundação e as possibilidades de utilização do concreto autoadensável tiveram espaço privilegiado no evento.

reduz o tempo de concretagem; reduz o contingente de mão de obra no canteiro, tornando o local de trabalho mais seguro; proporciona facilidade de lançamento em locais de difícil acesso ou densamente armados; melhora o acabamento final da estrutura; e reduz o barulho e a vibração. Segundo Denise, a falta de conhecimento por parte do setor produtivo ainda impede a larga utilização desse tipo de concreto. “Com a alta do custo da mão de obra, a tendência é de que o autoadensável tenha seu uso ampliado, não só na indústria de prémoldados”, afirmou. O CAA é constituído por cimento Portland, agregado graúdo, agregado miúdo, água com aditivos superplastificantes e aditivo modificador de viscosidade. É normatizado pela ABNt NBR 15823.

PrEoCuPação EóLiCa

FOtOS: JORGE ROSENBERG

TEMPERATURA DO CONCRETO EM BLOCOS DE FUNDAÇÃO

as alterações climáticas, que hoje são uma realidade incontestável, provocam uma mudança na intensidade dos ventos em todas as partes do planeta. o fenômeno impacta diretamente nas estruturas das edificações, o que leva à necessidade de revisão da norma aBnt nBr 6123, publicada originalmente em 1988. esse foi o mote da palestra do engenheiro acir mércio loredo-Souza, coordenador do laboratório de aerodinâmica das construções da universidade federal do rio Grande do Sul (ufrGS). Souza, que coordena o comitê de trabalho de revisão da norma, lembrou que existem muitas divergências sobre o tema, visto que os impactos se dão não somente sobre a segurança da edificação, mas também sobre os custos da estrutura. e alerta também para a dificuldade de se ter um consenso nos levantamentos dos dados meteorológicos. “Há muitas críticas sem embasamento. nosso objetivo é difundir a necessidade de se fazer o cálculo correto da ação do vento no projeto de estruturas”, afirmou. “a norma brasileira já é uma das melhores do mundo”, defendeu.

36

notícias da construção // set/out 2016

USO DE CONCRETO AUTOADENSÁVEL A fluidez, a capacidade de passar por obstáculos diversos e a resistência à segregação são as principais características do concreto autoadensável (CAA), segundo expôs Denise Dal Molin, professora e pesquisadora do Departamento de Engenharia Civil da universidade Federal do Rio Grande do Sul (uFRGS). Durante sua palestra, intitulada “Características e Possibilidades de intensificação do uso do Concreto Autoadensável”, Denise deu exemplos da utilização desse tipo de concreto, que vai desde as construções pré-moldadas simples, como dormitórios de alojamentos, às fachadas mais elaboradas, como a do Museu iberê Camargo, em Porto Alegre. A pesquisadora elencou uma série de vantagens que o CAA oferece em sua utilização:

ASPECTOS TÉCNICOS DA CLASSIFICAÇÃO DE CONSISTÊNCIA DO CONCRETO Em sua palestra sobre “Aspectos técnicos da Classificação de Consistência do Concreto Segundo a NBR 8953- Concreto para Fins Estruturais”, a gerente técnica da votorantim Cimentos, Luana Scheifer, disse que, em média, 95% dos traços de concreto ainda são definidos de acordo com as classes da antiga NBR 7212. As vantagens para o construtor da utilização da nova NBR 8953 são a obtenção do concreto mais fluido do início ao fim da obra, aumentando a qualidade de aplicação com facilidade ao espalhar e melhor adensamento; menor quantidade de traços em uma mesma obra, o que simplifica a aquisição do concreto; e o controle de recebimento. Para as concreteiras, o menor número de traços permite também maior assertividade na consistência do concreto.

O diretor da Desek Consultoria em Engenharia, Selmo Kuperman, alertou para os cuidados com a temperatura do concreto em blocos de fundação. Em sua apresentação, ele apontou os erros mais comuns no cálculo de temperaturas e tensões. “Muitas vezes o estudo térmico não é realizado porque custa caro, é demorado e não muito específico”, observou Kuperman. Entre os erros apontados está o ato de fixar temperaturas arbitrariamente, usando dados do último projeto. “Cada projeto é único e deveria ser considerado independentemente”, defendeu. um outro equívoco recorrente está na escolha do tipo de cálculo, que leva em consideração informações insuficientes. Segundo Kuperman, é preciso definir corretamente altura e intervalo de lançamento entre camadas; o tempo de desforma; a temperatura de lançamento do concreto; a metodologia de resfriamento; e o espaçamento das juntas de concreto. O engenheiro também fez um alerta sobre a formação de etringita tardia [DEF, na sigla em inglês] nos blocos, patologia que pode surgir quando a temperatura de lançamento do concreto é superior a 65 oC, causando fissuras nas peças estruturais. A DEF pode ser prevenida com: a refrigeração do concreto no processo de aplicação; a diminuição do consumo de cimento, com o uso de aditivos; e a limitação do contato com a água – a impermeabilização deve ser refeita periodicamente.

www.sindusconsp.com.br

37


notícias

Prêmio Master Imobiliário 2016 consagra 18 trabalhos

A

22ª edição do Prêmio Master Imobiliário teve sua noite de premiação no último dia 31 de agosto, no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo. Promovido pela seção brasileira da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (Fiabci-Brasil) e pelo Secovi-SP, o evento reuniu empresários do mercado imobiliário e líderes de entidades do setor. Em 2016, foram premiados 18 trabalhos, entre projetos, empreendimentos e iniciativas de empresas e profissionais de diferentes segmentos imobiliários de todo o Brasil. Conhecida como o “Oscar do Mercado Imobiliário”,

a premiação foi criada em 1994 e desde então aponta tendências de mercado. “É a noite do empreendedor, premiado por grandes trabalhos. Apesar das dificuldades, vemos cases maravilhosos”, afirmou o presidente da Fiabci-Brasil, Rodrigo Luna, na cerimônia de entrega. Dos 18 trabalhos premiados, 14 foram desenvolvidos no Estado de São Paulo – um deles no município de Piracicaba e os demais na capital. O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, integrou a comissão julgadora do Master Imobiliário – que neste ano teve como presidente de honra Miguel Sérgio Mauad, diretor-presidente da SMDI, e contou com a participação de outras entidades representativas do setor. Romeu Ferraz foi incumbido de entregar o prêmio da categoria Profissional – Soluções Arquitetônicas à Gamaro Desenvolvimento Imobiliário e à Roncotec. Confira, no quadro, a lista completa de vencedores por categoria.

PRÊMIO MASTER IMOBILIÁRIO 2016 // CATEGORIA PROFISSIONAL

C

Prêmios

Cases

Empresas

Cidade

M

Oportunidade Estratégica

Sinergia Conx & Votorantim – Uma parceria na busca da produtividade setorial

Conx Construtora e Incorporadora / Votorantim Cimentos

São Paulo-SP

Y

Retrofit

Brazilian Financial Center – Retrofit que resgata um empreendimento para uma nova geração na Avenida Paulista

Fundo Imobiliário BC Fund (BTG Pactual) / Five Steel Engenharia

São Paulo-SP

Comercialização

In Parque Belém

Atua Construtora e Incorporadora

São Paulo-SP

Comercialização

Residencial Dez Zona Norte

Cury Construtora & Incorporadora

Rio de Janeiro-RJ

CM

MY

CY

CMY

Soluções Arquitetônicas

Seed Gamaro – O verde venceu

Gamaro Desenvolvimento Imobiliário / Roncotec

São Paulo-SP K

Relacionamento com Clientes

Club Prime BKO

BKO Incorporadora

São Paulo-SP

Visão e Ousadia na Viabilização do Centro Metropolitano

Centro Metropolitano

Carvalho Hosken S.A. Engenharia e Construções

Rio de Janeiro-RJ

Literatura

Hotelaria e Desenvolvimento Urbano de São Paulo – 150 Anos de História

Caio Sergio Calfat Jacob

São Paulo-SP

Trabalho Acadêmico

Livro: Direito na Construção Civil

Carlos Pinto del Mar

São Paulo-SP

Publicidade

Campanha “Imóvel é no Estadão”

Publicidade Archote

São Paulo-SP

PRÊMIO MASTER IMOBILIÁRIO 2016 // CATEGORIA EMPREENDIMENTO Prêmios

Cases

Empresas

Cidade

Comercial

EZ Towers

Eztec S/A

São Paulo-SP

Comercial

PO 700

PaulOOctavio

Brasília-DF

Comercial

Worldwide Offices – Um novo patamar de empreendimento no centro metropolitano da Barra

Brookfield Incorporações

Rio de Janeiro-RJ

Residencial e Comercial

The Point – O novo marco de Santana

Sabel Incorporadora / Labat Construtora

São Paulo-SP

Residencial

Lindenberg Timboril – Criando novas tendências de luxo no interior

Construtora Adolpho Lindenberg / Frias Neto Consultoria de Imóveis

Piracicaba-SP

Habitação Econômica

Paranoá Parque

Direcional Engenharia

Brasília-DF

Retrofit

Studio Avanhandava

Zogbi Engenharia e Construções

São Paulo-SP

Indução à Renovação Urbana

New Way – O residencial que iniciou a transformação do Glicério

Brookfield Incorporações

São Paulo-SP

impulsionar um país inteiro

para um futuro melhor. isso é fornecer energia.

Para nós, energia é muito mais do que fornecer gás natural. Ela precisa evoluir todos os dias. Por isso nosso compromisso é levar soluções inteligentes à sociedade. Sempre inquietos, à procura da próxima descoberta, impecáveis na execução de cada detalhe e interessados em realizar os sonhos de nossos clientes. Do banho quentinho que chega em sua casa à energia para a indústria. Vamos juntos dar este próximo passo.

38

notícias da construção // set/out 2016

Que tal deixar nossa energia impulsionar sua vida também?


vão livre // conversa coM anTonio carlos ZorZi

CAiO GuimArãEs

A importânciA dos sistemAs de fôrmAs

Notícias da Construção // O livro foi editado originalmente em 2014. O que motivou esta segunda edição? O que ela traz de novidade? Antonio Carlos Zorzi // A edição de 2014 foi uma homenagem dos meus companheiros da engenharia da Cyrela. sem eu saber, eles fizeram da primeira edição uma cópia exata da minha dissertação de mestrado. O professor doutor Paulo Helene teve acesso a essa primeira edição, me procurou e fez a proposta de uma segunda edição, dessa vez pelo instituto Brasileiro do Concreto (ibracon). Para a segunda edição, eu revisitei e atualizei o texto, além de incluir dois novos capítulos que não constavam da dissertação original. NC // Resumidamente, que influência os sistemas de fôrmas podem ter sobre o andamento da obra de um edifício e sua produtividade? ACZ // muitas vezes o sistema de fôrmas, um dos três principais componentes da estrutura juntamente com o concreto e a armadura, por ser um item temporário do processo construtivo, fica relegado a um segundo plano quando comparado à atenção dispensada aos outros dois – que são materiais permanentes e que ficam agregados à estrutura. Acontece que o sistema de fôrmas tem influência significativa no prazo, no custo da obra, na qualidade final e no desempenho do empreendimento após a entrega. Por isso mesmo, é um sistema que requer muita atenção da Engenharia – na minha opinião, uma atenção muito maior do que a que hoje lhe é dada.

40

notícias da construção // set/out 2016

O livro Sistemas de Fôrmas para Edifícios – Recomendações para a Melhoria da Qualidade e da Produtividade com Redução de Custos, de autoria do engenheiro Antonio Carlos Zorzi, é tido, no segmento de estruturas, como bibliografia obrigatória para engenheiros civis, projetistas, construtores e profissionais gerenciadores de qualidade. Nesta entrevista, Zorzi advoga que os sistemas de fôrmas devem receber maior atenção da Engenharia, do projeto à execução da estrutura.

NC // Quais os principais equívocos que se pode cometer com relação a esses sistemas? ACZ // Como o sistema de fôrmas não é um tema usualmente estudado nas escolas de Engenharia do Brasil, é comum que os engenheiros tenham maior dificuldade para discutir tecnicamente o assunto. muitas vezes o sistema de fôrmas é deixado aos cuidados do mestre de obras e/ou da empresa contratada para executar os serviços de estrutura. Com frequência, os resultados não são os ideais. É fundamental que as empresas incorporadoras e construtoras invistam no projeto estrutural, no projeto de fôrmas de madeira, nos materiais e na confecção destas fôrmas, na seleção do sistema de cimbramento, na gestão e nos processos construtivos, como também na seleção e no treinamento da mão de obra. NC // Quais os cuidados que devem ser adotados em relação à mão de obra envolvida na execução dos serviços? ACZ // A mão de obra é um dos fatores de maior influência no resultado da estrutura de concreto armado. A não qualificação desses profissionais na execução do sistema de fôrmas fatalmente resultará na má qualidade do produto final – lembrando que esse sistema é o grande responsável pela geometria obtida para a estrutura. É fundamental que toda a mão de obra envolvida direta ou indiretamente na produção conheça o processo e esteja totalmente comprometida com o resultado. O querer da empresa em fazer bem-feito, associado ao contínuo treinamento dessas equipes (de gerenciamento e de produção), é essencial para atingir os resultados esperados.

Aplicativo de Obra Atlas Schindler. Inovação e mobilidade, este é o nosso negócio. Nosso desejo é estar a seu lado, garantindo segurança e excelência em todas as etapas do seu projeto. O novo Aplicativo de Obra Atlas Schindler nasce com esse objetivo. Uma solução inovadora que traz orientações e procedimentos essenciais desde a elaboração de seus projetos até a execução da obra, para que os equipamentos possam ser instalados de maneira correta e segura, atendendo a todos os requisitos exigidos pelas normas e legislações vigentes. Para baixar o aplicativo, acesse as lojas virtuais e digite: Atlas Schindler.

www.atlas.schindler.com • 0800 055 1918


artigo jurídico

ISS–Habite-se: é preciso evoluir do ISS, o que se coaduna com o entendimento do Supremo Tribunal Federal. Contudo, a legislação desses municípios ainda mantém a apuração do ISS com base em pauta fiscal mínima. Ante a todos os debates e decisões proferidas em favor dos contribuintes, resta inegável a necessidade de evolução das legislações municipais, no sentido de desvincular a expedição do Habite-se do recolhimento do ISS, como também em relação à apuração do ISS com base em pauta fiscal mínima.

RESTA A NECESSIDADE DE EVOLUÇÃO DAS LEGISLAÇÕES MUNICIPAIS PARA DESVINCULAR O HABITE-SE DO ISS Tal medida é fundamental para evitar que as empresas do setor fiquem reféns do subjetivismo e de prazos incompatíveis com a realidade de mercado, que norteia as atividades do setor. Vale reafirmar que a jurisprudência dos tribunais superiores é pacífica no sentido de impedir a cobrança de tributos vinculada ao regular desempenho das atividades das empresas. Em relação ao lançamento do ISS com base em pauta fiscal mí-

RODRIGO ANTONIO DIAS

Advogado do escritório Tubino Veloso, Bicalho e Dias Advogados, pós-graduado em Direito Tributário pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais, com MBA pelo Insper, membro do Conselho Jurídico do SindusCon-SP

42

notícias da construção // set/out 2016

nima, há necessidade de uma reforma ampla, em especial para restabelecer o que determina o Código Tributário Nacional no que se refere à possibilidade de arbitramento do imposto em pauta mínima. Ou seja, somente em casos em que não é possível determinar o real valor do ISS devido na operação é que seria possível a aplicação de um arbitramento com base em pauta mínima. Vale ressaltar que as empresas com contabilidade regular não estariam sujeitas a esse arbitramento. Uma nova legislação, a exemplo do que já recomendava o laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), elaborado em fevereiro de 1983, deve criar mecanismos que permitam um melhor enquadramento dos empreendimentos em relação a técnicas de construção, absorção de mão de obra, bem como uma aproximação com entidades do setor, tudo para que a tributação seja baseada em critérios técnicos e econômicos atualizados, proporcionando um tratamento tributário isonômico entre os contribuintes. É fundamental que uma reforma legislativa nesse sentido traga uma sistemática de apuração mais transparente, contribuindo para a formação de um sistema de arrecadação mais célere e mais eficiente, o que trará benefícios tanto para a máquina arrecadatória dos municípios, como para os próprios contribuintes. dIVUlgAçãO

M

uitas prefeituras, para efeito da expedição do Certificado de Conclusão de Obra (Habite-se), ainda exigem o recolhimento prévio do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), arbitrado sobre preços mínimos. Mesmo após amplos debates realizados com as prefeituras, bem como inúmeras decisões proferidas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinando a desvinculação do ISS para a emissão do Habite-se, inclusive uma obtida pelo SindusCon-SP em face do município de São Paulo, as prefeituras permanecem adotando a prática inconstitucional e ilegal de: (i) condicionar a expedição do Habite-se à comprovação de quitação integral do ISS; e (ii) a apuração desse ISS com base em pauta fiscal mínima. O TJSP já manifestou o seu posicionamento no sentido de afastar a vinculação do Habite-se ao pagamento do ISS e, em muitos casos, rechaçou também a cobrança do ISS com base em pauta fiscal mínima. Em relação à pauta fiscal, o principal fundamento das decisões do Tribunal é o desvirtuamento do fato gerador do imposto, haja vista não incidir efetivamente sobre a prestação de serviço realizado, o que, por si só, torna inconstitucional a exação em referência. É verdade que, em alguns municípios, a expedição do Habite-se não está condicionada ao pagamento


boas práticas para a entrega de empreendimentos CTQ apresenta guia com a finalidade de auxiliar construtoras a alcançarem a excelência

a

presentado pelo comitê de tecnologia e Qualidade do sinduscon-sp (ctQ), no último 14 de setembro, o guia Boas Práticas para a Entrega do Empreendimento desde a sua Concepção reúne procedimentos bemsucedidos adotados por empresas de todo o país. de acordo com paulo sanchez, vice-presidente de tecnologia e Qualidade do sinduscon-sp, o documento visa fornecer ao construtor informações essenciais para que considere, desde a concepção do empreendimento, a mitigação de riscos relacionados à entrega, uso, operação e manutenção dos mesmos. “todas as fases do empreendimento têm vistas ao desenvolvimento de um bom produto imobiliário. então, temos de tomar providências para reduzir riscos. esses cuidados são ainda mais desafiantes no cenário econômico atual”, analisa. os cuidados propostos pelo guia são úteis para os construtores, mas também para os clientes que recebem a obra, conforme lembra Yorki estefan, coordenador do ctQ, que na ocasião destacou o guia como um “brilhante trabalho de padronização de atividades de entrega, ocupação e manutenção”. “a publicação chega num momento em que o mercado tem registrado crescimento na quantidade de chamados nos departamentos de pós -obra das construtoras em função da quantidade de unidades entregues

44

nos últimos anos”, afirma alexandre oliveira, coordenador da comissão de trabalho pós-obra do ctQ. MUDANÇA DE OLHAR construído em conjunto pelo sinduscon-sp, secovi-sp e câmara brasileira da indústria da constução (cbic), com apoio do senai-sp e de sinduscons de outros estados, o guia conta com orientações de como incorporar as lições aprendidas aos novos empreendimentos e aos processos organizacionais das empresas envolvidas. "o guia, como outras publicações que orientam a elaboração de manuais de uso, operação e manutenção, devem ser customizados para cada empreendimento”, enfatiza a consultora técnica da comissão de trabalho pós-obra do ctQ, Lilian sarrouf. “É preciso entender que o sucesso no momento da entrega está atrelado a um bom planejamento e inclui aspectos técnicos, legais, financeiros, comerciais, organizacionais e de treinamento para capacitação das diferentes equipes envolvidas, além da forma correta de comunicação com o cliente”. Focando na finalização do empreendimento, oliveira apresentou algumas providências que devem ser tomadas, tais como a realização do comissionamento dos sistemas prediais e da entrega técnica ao cliente/condomínio, a elaboração dos manuais do proprietário e das áreas

notícias da construção // set/out 2016

Oliveira: crescem os chamados nos departamentos de pós-obra

comuns trazendo informações precisas, e a entrega do modelo do programa de manutenção contemplando as especificidades do empreendimento. aírton maffei, gerente de assistência técnica da Queiroz galvão desenvolvimento imobiliário, afirma que o construtor deve ficar atento à preservação das funcionalidades das unidades ainda não comercializadas. “estoque é uma realidade de mercado. temos que gerenciar para manter a qualidade dos empreendimentos”, lembra. para ele, não faz sentido cobrar manutenção preventiva dos proprietários se a construtora não segue as próprias orientações. “o investimento em manutenção de estoques valoriza e mantém a beleza e a funcionalidade da unidade”, pontua. tal investimento auxilia até mesmo na resolução de uma questão controversa – a da garantia de unidades em estoque.

Jorge rosenberg

SINDUSCON-SP EM AÇÃO Haddad, coordenadora de assistência técnica da empresa, informou que até o momento não houve retorno negativo, pelo contrário, alguns clientes entendem que o processo é mais ágil, eliminando o tempo com a realização da vistoria no local. e o fato de ter um laudo de um perito trás segurança ao cliente. como parte do processo, antes da vistoria do perito, a obra “entrega” as unidades para a área de assistência técnica e somente depois de solucionados os eventuais pontos indicados é acionado o perito. da mesma forma se este identificar correções estas são efetuadas antes do envio do laudo ao cliente. a tecnisa, por sua vez, conta com um sistema integrado de atendimento a clientes que traz todo seu histórico. “ajuda porque são pelo menos cinco anos de relacionamento da assistência técnica com todas as unidades”, afirma débora von maschell, coordenadora de assistência técnica da companhia, em referência aos prazos

de garantia. integrado a um aplicativo chamado projeto mobilidade, o sistema da tecnisa controla chamados e respectivos prazos em obras de todo o país. pelo aplicativo também é possível acompanhar a equipe e melhor distribuir os serviços. “as informações coletadas no pós-obra retroalimentam a base de dados da construtora, proporcionando feedback para os departamentos de incorporação, de projeto e execução”, explica débora. a tecnum construtora experimentou uma mudança cultural. “a empresa deixou de considerar assistência técnica como custo e, após a implantação do sistema de gestão da Qualidade, passou a entender que as questões de pós-obra devem ser avaliadas em todos os processos”, explica claudia Kano, coordenadora do serviço de assistência técnica. “agora, temos equipes estruturadas para atendimento de pós-obra que estão incluídas no organograma das empresas”, diz.

dados coletados no pós-obra permitiram à eztec empreendimentos e participações perceber que devido ao custo de operação, alguns sistemas são desativados pelos proprietários. É o caso de um espelho d’água que, para economia de energia, teve as bombas desligadas e a água esgotada. “Quando o equipamento for ligado, pode não funcionar por falta de uso. e o condomínio vai questionar as garantias. além disto, neste empreendimento específico, fica claro que o cliente não valoriza este tipo de equipamento”, destaca reginaldo silva, coordenador de assistência técnica da eztec. os debates foram coordenados por claudio goldstein, membro do ctQ, e contaram com a participação do perito tomás gouveia. o evento contou com a participação presencial de 132 profissionais e 80 online. o guia está disponível para download em www.sindusconsp.com.br.

CASES DE SUCESSO no caso da Lucio engenharia, a empresa adotou uma nova maneira de entregar os empreendimentos, substituindo a vistoria com os clientes por realizar uma vistoria com um perito, elaborar o laudo acautelatório e encaminhar ao cliente. o cliente é informado que, surgindo qualquer discordância, pode contatar a assistência técnica – que irá verificar a solicitação e, sendo pertinente, irá atender. Questionada sobre a receptividade dos clientes, Karina www.sindusconsp.com.br

45


SINDUSCON-SP EM AÇÃO

L

ançado em maio de 2016, o centro de mediação do sinduscon-sp (cms-sp) já se tornou um importante instrumento para resolução de conflitos de maneira extrajudicial, afirma seu diretor, Frederico José straube. segundo ele, o conselho Jurídico do sinduscon-sp teve visão de futuro ao montar o cms-sp rapidamente após a regulamentação da Lei de mediação, a 13.140/2015, que coloca a mediação como etapa obrigatória para a resolução e conflitos. a função do centro é colocar frente a frente, com a presença de um mediador profissional devidamente capacitado e qualificado, empresas e profissionais envolvidos em conflitos. a ideia é buscar uma solução consensual para divergências em relações comerciais, evitando ações judiciais morosas e onerosas. para straube, essa é uma tendência irreversível, pois o Judiciário ainda tem tolerado ações que não passaram por mediação, mas os juízes se tornaram mais rigorosos quanto à obrigatoriedade. o cms é regido por um regulamento, um regimento e um código de ética próprios. conforme ressaltou straube quando do lançamento, o cms juntamente com a Lei de mediação constituem um “turning point na mediação no brasil”. Hoje existem cerca de 100 milhões de ações em andamento no país, sobrecarregando o Judiciário. no caso da construção civil, ele acredita que a criação do centro é uma iniciativa emblemática. “os problemas de construção civil são celeiro de muitas disputas. Quanto mais complexa a obra, mais partes estão interagindo, mais tipos de empresas. a criação de litígios em função de divergências entre as atividades das empresas é grande e pode gerar processos judiciais”, diz. segundo ele, a mediação é a melhor alternativa para reduzir a quantidade de conflitos que chegam aos tribunais. para que o procedimento de mediação resulte na criação de um termo de acordo com valor judicial, é imprescindível que as partes estejam em pleno acordo.

46

notícias da construção // set/out 2016

Straube: problemas de construção são celeiro de disputas

apesar disso, é possível que apenas uma das partes cadastre o caso e solicite ao cms convocar a outra parte para uma reunião de mediação. totalmente voluntária, a mediação pode ser convocada ou interrompida a qualquer momento, inclusive pelo mediador, caso observe que o formato não é adequado para resolver o conflito. o cms apresenta-se como uma alternativa mais rápida e mais barata do que o sistema judiciário, com custos geralmente divididos igualmente entre os envolvidos. no site do cms [www.sindusconsp.com.br/cms-sp], é possível ter acesso à tabela de preços e às etapas necessárias para dar início a um procedimento de mediação. straube revela que há a intenção de promover um evento, entre o fim deste ano e o começo do próximo, para divulgar as atividades do centro para os associados do sinduscon-sp.

eStrAtégIAS de negócIoS O QUE É MEDIAÇÃO? Forma consensual de resolução de conflitos entre parceiros comerciais. com a mediação, as partes evitam os processos judiciais, que geralmente são mais caros e demorados. QUAIS AS VANTAGENS DA MEDIAÇÃO? os principais ganhos estão relacionados à desjudicialização da causa. além disso, como a mediação desenvolve soluções consensuais entre as partes, possibilita a continuidade da relação comercial. QUAIS CASOS PODEM SER RESOLVIDOS? não há limitação. Quem decide quando iniciar ou interromper um procedimento de mediação são as partes. caso conclua que um caso não está sendo bem-sucedido por meio da mediação, o mediador pode sugerir às partes procurar a Justiça. QUEM PODE SER MEDIADOR DE CONFLITOS? desde que as partes concordem, qualquer pessoa. mas há profissionais qualificados e com experiência comprovada para atuar nesse tipo de situação. A MEDIAÇÃO TEM VALIDADE LEGAL? a partir do momento em que as partes chegam a consenso, é gerado um Termo de acordo que, assinado pelas partes e testemunhas, passa a ter validade legal.

divuLgação

Centro de Mediação do SindusCon-SP propõe conciliar partes envolvidas sem apelar à Justiça, reduzindo custos e prazos

Jorge rosenberg

solução sem litígio

Trabalhadores assistem a aula do Programa de Elevação da Escolaridade em canteiro de obras da Hochtief do Brasil

Programa de elevação da escolaridade é renovado

r

ealizado pelo sinduscon-sp em parceria com o serviço social da indústria do estado de são paulo (sesi-sp) desde 2014, o programa de elevação da escolaridade foi renovado, em agosto, para um período adicional de 36 meses. a iniciativa tem como finalidade combater um dos grandes problemas enfrentados dentro de canteiro de obras: a baixa escolaridade dos trabalhadores. “o setor da construção civil é muito carente na questão da educação”, avalia Haruo ishikawa, vice-presidente de relações capital-trabalho e responsabilidade social do sinduscon-sp. para ele, é imprescindível que o setor invista na elevação da escolaridade do trabalhador, para que seja possível garantir níveis mínimos de segurança e produtividade nos canteiros de obras. “a falta de alfabetização é uma barreira ao entendimento, por parte do trabalhador, sobre o seu próprio trabalho e sobre as orientações relacionadas à segurança”, afirma. desde o seu início, o programa atendeu 748 trabalhadores em 105 turmas, em todo o estado. a iniciativa é voltada a trabalhadores sem alfabetização, ou com ensino Fundamental incompleto, que têm aulas de português e matemática nos canteiros, antes ou depois da jornada de trabalho. o objetivo é

instruí-los para que, em uma segunda etapa, possam dar continuidade à sua escolarização ou em cursos profissionalizantes. o espaço é cedido pelas construtoras e as aulas são ministradas por monitores do sesi-sp. o fato de ter sido renovado mesmo em um momento adverso para o setor é, para ishikawa, motivo de comemoração. “com a crise, diminuiu a adesão, mas mesmo assim mantivemos a iniciativa”, salienta o empresário. o programa de elevação da escolaridade é oferecido em são paulo e nas nove regionais do sinduscon-sp – em bauru, campinas, presidente prudente, ribeirão preto, santo andré, santos, são José do rio preto, são José dos campos e sorocaba, além da delegacia de mogi das cruzes. para aderir, a empresa associada deve ter no mínimo dez trabalhadores inscritos.

SAIBA MAIS Para outras informações sobre a adesão, os interessados devem entrar em contato com o setor de responsabilidade social do sinduscon-sP, pelos e-mails respsocial@ sindusconsp.com.br e mbarbosa@sindusconsp.com.br, ou pelos telefones (11) 3334-5630 e 3334-5638.

www.sindusconsp.com.br

47


SINDUSCON-SP EM AÇÃO

roseane petroniLLo

Trabalhadores participam de atividade da Estação 2, no Senai Tatuapé

Foi dada a largada para a MegaSipat 2016

m

aior evento anual de saúde e segurança do trabalho da construção civil paulista, a megasipat 2016 teve início no dia 31 de agosto, na escola da construção civil do senai-sp orlando Laviero Ferraiuolo, no bairro do tatuapé, na capital. nesta 17ª edição (é realizado desde 2000), o evento irá percorrer, até o fim de novembro, os municípios de bauru, campinas, Franca, mogi das cruzes, presidente prudente, ribeirão preto, santo andré, santos, são José do rio preto, são José dos campos e sorocaba. essa ação do sinduscon-sp, realizada em parceria com o sesi-sp, o senai-sp e o seconci-sp, tem caráter coletivo e de promoção da melhoria da qualidade de

48

notícias da construção // set/out 2016

vida do trabalhador. o objetivo é auxiliar as empresas do setor da construção civil de todo o estado de são paulo na realização de sua semana interna de prevenção de acidentes de trabalho (sipat). com o evento, o sindicato busca desenvolver uma cultura preventiva, despertando o interesse dos trabalhadores em evitar acidentes de trabalho e cuidar da saúde. na avaliação do vice-presidente de relações capitaltrabalho e responsabilidade social do sinduscon-sp, Haruo ishikawa, a megasipat é mais que um dia voltado à prevenção de acidentes. “todas as atividades realizadas, o tempo dedicado à atenção à saúde, as dinâmicas e a interação entre os trabalhadores mostram a impor-

tância deles para o setor e a responsabilidade de cada um sobre a segurança no trabalho,” afirma. a megasipat, que teve seu formato alterado no ano passado, está agora mais dinâmica, com a divisão dos trabalhadores em grupos que percorrem um circuito de cinco estações (segurança do trabalho, meio ambiente, desafios dos sentidos, saúde e nutrição). cada uma delas visa à conscientização do trabalhador sobre os temas apresentados. no início da manhã, os trabalhadores realizam exames de sangue, de visão e recebem orientações médicas. um café da manhã reforçado é servido na sequência, antes do início do trekking. os participantes são divididos em seis grupos. cada equipe recebe um cronômetro para o cálculo do tempo do percurso, tendo que obedecer aos intervalos predefinidos. de posse de mapas, os participantes devem localizar as estações de atividades, atentando para o percurso proposto [veja a arte nesta página]. depois de percorrer todas as estações, as atividades são encerradas com oficina de artesanato e espaço zen. na ocasião, os técnicos responsáveis pelas estações do circuito chamam os participantes à reflexão, ressaltando os pontos conceituais do evento, como integração e responsabilidade social. para terminar, os trabalhadores almoçam no local.

eStaÇÃo 1

eStaÇÃo 2

eStaÇÃo 4

Tem como tema “segurança e saúde no Trabalho” e o objetivo de conscientizar para o alto índice de acidentes de trabalho e para a importância do cumprimento das normas regulamentadoras e do uso dos equipamentos de Proteção individual (ePis).

denominada “resíduo no lugar certo”, busca promover a reflexão sobre o descarte correto de resíduos, mostrando que todos são responsáveis pela limpeza e conservação do meio ambiente. a ideia mostra o papel de cada um no correto descarte de resíduos sólidos na comunidade e também no ambiente de trabalho. os participantes são alertados para o fato de que resíduos da construção civil deixados em locais incorretos podem causar enchentes, doenças, obstruções de vias públicas, acidentes de trabalho nos canteiros de obras, entre outros.

Tendo como tema a saúde, é promovido um quiz com perguntas sobre assuntos diversos, como dengue, zika vírus e febre chikungunya, vírus H1n1, dependência química, doenças sexualmente transmissíveis (dsT), saúde da mulher, saúde do homem e saúde mental.

eStaÇÃo 5 denominada "oficina nutritiva", tem o objetivo de despertar os participantes para as possibilidades de utilização integral dos alimentos, além de reforçar a importância de escolhas mais saudáveis no dia a dia.

eStaÇÃo 3 o “desafio dos sentidos” mostra as barreiras e os desafios encontrados no cotidiano pelas pessoas com deficiência (Pcds), por meio de uma experiência vivencial e sensorial. os trabalhadores assistem a um vídeo sobre as dificuldades enfrentadas pelos deficientes visuais e depois têm os olhos vendados para, utilizando somente o tato, tentarem descobrir que objeto ou alimento está exposto na estação.

www.sindusconsp.com.br

49


Aplicativo faz consultas a restrições aeroportuárias em Campinas

D

urante workshop promovido pela Regional Campinas do SindusCon-SP, a prefeitura do município lançou um aplicativo que permite consultar em poucos minutos, com base em geoprocessamento, se há restrições aeroportuárias em qualquer ponto do município. Com um simples clique no mapa, abre-se uma janela com todas as informações sobre aquela localização, tanto em termos das zonas de restrições aeroportuárias como sobre emissões de ruído. “Em Campinas, temos 12 helipontos homologados, dois aeroportos e mais outros em estudo”, enumera a diretora de Planejamento da prefeitura, Caroline Baracat. “Esse aplicativo será muito útil para todas as empresas do setor, para ganhar mais produtividade e tempo, durante estudos de viabilidade de seus projetos”, afirma. Ao consultar a localização do empreendimento no aplicativo, o incorporador fica ciente das restrições de altura, por exemplo. Com isso, pode providenciar as adaptações necessárias para não ter problemas de aprovação no órgão regional do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Além disso, fica sabendo se é necessário fazer o registro do empreendimento na plataforma online do órgão.

50

DIVULGAçãO

regional

Imagem da região de Viracopos, no monitor do Controle do Espaço Aéreo

A expectativa é de que, com a nova plataforma, arquitetos e engenheiros obtenham ganhos de tempo significativos. “Nós somos muito consultados para saber se podemos fazer ou não edificações e empreendimentos nessas áreas. Agora tudo ficará muito mais simples e rápido”, testemunha Fábio Bernils, presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU). O WORKSHOP Realizado na última semana de agosto pelo SindusCon-SP, o workshop “Novas Regras para a Aprovação de Projetos Imobiliários no Entorno dos Aeródromos” reuniu representantes do setor imobiliário e da construção civil da região para divulgar todas as informações necessárias para que projetos nos entornos dos aeroportos, helipontos e equipamentos aéreos sejam adaptados à aplicação da Portaria no 957/GC3 do Comando da Aeronáutica (Comaer). Em vigor desde o final do ano passado, a portaria redefiniu áreas de proteção e alturas máximas de edificações no entorno de aeroportos em todo o País – entre eles o Aeroporto Internacional de Viracopos, um dos mais importantes centros de tráfego aéreo no Brasil e, por superfície, o maior centro de carga aérea na América do Sul. Na abertura do workshop, o

notícias da construção // set/out 2016

coordenador de Produção e Mercado do SindusCon-SP, Elcio Sigolo, ressaltou a importância da participação da Aeronáutica nesse processo de esclaredimento ao mercado – eventos como o realizado em Campinas acontecerão em todas as regionais do SindusCon-SP. “O momento é bem oportuno, pois hoje existe uma demanda por projetos no entorno de Viracopos”, avaliou o diretor da Regional Campinas, Márcio Benvenutti. Segundo ele, o impacto da portaria é observado também em outros municípios da Região Metropolitana de Campinas, como Americana, Indaiatuba, Paulínia e Sumaré. O tenente-especialista Luís Carlos Pereira de Sousa, do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP), foi incumbido de orientar e esclarecer as dúvidas do público presente em relação à aplicação da Portaria no 957/GC3. Sousa detalhou os planos de Zona de Proteção aprovados pelo Decea; os critérios de autorização para Objetos Projetados no Espaço Aéreo (Opea); os documentos necessários para o desenvolvimento dos projetos; os procedimentos de como ingressar com um processo junto aos órgãos competentes; e os critérios técnicos que os projetos devem observar (plano de sombra e grau e recurso por interesse público).


JORGE ROSENBERG

especial concreto

LANÇAMENTOS PARA AuMENTAR A COMPETITIVIDADE Por reunir a cadeia produtiva do setor da construção civil e do concreto, o Concrete Show é o momento escolhido por várias empresas para apresentar suas novidades na busca por conquista de fatias de mercado. Veja a seguir algumas das novidades expostas durante o evento.

Fabricantes de máquinas e de insumos para a construção exibiram produtos

APLICAÇÃO INOVADORA DE AÇO INOXIDÁVEL

Concrete Show reforça seu papel estratégico

L

íderes empresariais que participaram da 10ª edição do Concrete Show South America, realizada no São Paulo Expo no final de agosto, enalteceram o papel estratégico da feira para o segmento da construção e para a cadeia produtiva do concreto. “O evento reforça a sua importância por apresentar inovação e oportunidades de negócios”, destacou Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, vice-presidente do SindusCon-SP. “Estamos unindo forças para promover o crescimento do País. Esperamos incrementar a atividade da construção para auxiliar na retomada do crescimento e geração de empregos”, afirmou. Este ano, o sindicato promoveu o Seminário Tecnologia de Estruturas paralelamente à feira [leia matéria à pág. 26]. “O Concrete Show é sempre um encontro otimista e estimula a proatividade para que novos negócios aconteçam. Exerce um papel fundamental por mostrar que o setor tem capacidade e potencial de cumprir a missão de ajudar o país

52

a crescer”, declarou Renato Giusti, presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), durante a cerimônia de abertura. “A ABCP comemora, nesta edição, 80 anos dedicados ao crescimento e desenvolvimento da construção civil. Temos que celebrar o passado e pensar o futuro”, disse o presidente da entidade, uma das promotoras da feira. Em três dias de feira, foi registrada a presença de 22.220 profissionais, que buscaram conferir lançamentos e adquirir mais conhecimento por meio dos cursos e seminários organizados pelas principais associações e entidades do setor. Evento paralelo, o Concrete Congress reuniu 34 seminários e cursos direcionados para engenheiros, arquitetos e outros profissionais da construção civil. O SindusCon-SP esteve presente, oferecendo os cursos “Gestão de Obra com Lean Construction” e “Gestão Sunstentável na Construção Civil”, além de três palestras gratuitas que tiveram a sustentabilidade como foco.

notícias da construção // set/out 2016

FÁBRICAS ADAPTÁVEIS A CADA CANTEIRO A Weiler-C.Holzberger (WCH), produtora de máquinas para a indústria de pré-fabricados, desenvolveu uma solução inovadora para canteiros de obra: a Fábrica Itinerante. A ideia é montar uma fábrica no terreno da obra que está sendo construída, opção que combina as vantagens e tecnologias da pré-fabricação com as facilidades e benefícios da construção in loco. A Fábrica Itinerante permite executar uma obra distante da matriz, com redução de custos, e pode ser deslocada várias vezes para outras obras. Segundo a empresa, outros benefícios imediatos são a economia de impostos ao evitar o transporte de pré-fabricados e a rapidez em atender imprevistos no desenrolar da obra.

LINHA DE SELANTES E ADESIVOS PROFISSIONAIS

A Aperam South America apresentou uma nova solução para o setor da construção civil: a aplicação de aço inoxidável em caminhão betoneira, usado para o transporte e mistura de concreto e cargas metálicas. Segundo a empresa, o aço inox 410D, usado no balão e nas lâminas internas do veículo, permite conformações com menores espessuras em comparação ao aço carbono, garantindo resistência estrutural e maior capacidade em volume de carga, além de ter mais durabilidade e resistência a abrasivos.

CAMINHÃO DE 32 TONELADAS Novo modelo do segmento off-road, o VM 32 toneladas, da Volvo, é destinado a trabalhos de terraplenagem, mineração leve e construção. Oferece 5,3 toneladas a mais de capacidade de carga que a versão anterior e uma capacidade de carga 20% superior. O eixo dianteiro, que suportava 6,7 toneladas, agora está preparado para 8 toneladas, e tem molas parabólicas de alta capacidade, amortecedores de dupla ação e barra estabilizadora. Já os eixos traseiros, que eram projetados para 20 toneladas, no veículo novo suportam 24 toneladas, têm redução nos cubos e vêm de fábrica com bloqueio de diferencial entre rodas e entre eixo. Segundo a empresa, isso torna o conjunto mais robusto e durável.

A Veeda Indústria e Comércio (Evosel) lançou durante o evento uma linha de selantes e adesivos de alto desempenho e qualidade. Entre os produtos apresentados, destacamse o Evosel 95 SM – um selante de silicone que não mancha mármores, granitos e pedras – e o Evosel 91, uma opção para junta de dilatação com 50% de movimentação.

SISTEMA PROMETE REDuÇÃO DE 30% DO CuSTO DE MORADIAS

Com o objetivo de evidenciar a economia que os blocos de concreto podem trazer à construção, a Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto (Bloco Brasil) construiu no pavilhão de exposições dois apartamentos de cerca de 50 m², nos moldes das moradias da CDHU. O sistema construtivo em alvenaria estrutural com blocos de concreto dispensa a construção de vigas e pilares, uma vez que a própria parede erguida já é utilizada como estrutura do apartamento. Segundo a entidade, o sistema chega a ser até 30% mais econômico do que a construção convencional em edificações de até dez pavimentos por oferecer uma construção rápida e industrializada.

SOLuÇÕES PARA APLICAÇÕES DIVERSAS O estande da Basf colocou em destaque as soluções da empresa para o segmento de pré-moldados de concreto, com a linha de aditivos MasterGlenium ACE e MasterFinish. Apresentou também o MasterFlow 350, um graute pré-dosado à base de cimento Portland, com agregados minerais e aditivos especiais para operações de grauteamento e ancoragem, além da MasterTop 2250, uma pintura epóxi de alta espessura e bicomponente, indicada para laboratórios, shopping centers, supermercados, concessionárias, estacionamentos cobertos, hospitais, indústrias, galpões, lojas e escritórios.

COMuNICAÇÃO EFICIENTE DO PROJETO AO CANTEIRO A Trimble, especialista em soluções de tecnologia de posicionamento, lançou o Trimble Connect, uma plataforma de colaboração baseada na nuvem que promove a integração das equipes envolvidas, da concepção do projeto à execução de uma obra. Trata-se de uma solução que permite o compartilhamento de arquivos 3D dos diversos softwares do mercado, sem a necessidade de que o usuário tenha o programa instalado. Com isso, afirma a empresa, mesmo usando ferramentas diferentes, todos os profissionais envolvidos na construção de um edifício podem acessar, analisar, gerenciar e compartilhar dados do projeto de qualquer lugar a qualquer momento.

ALTA PERFORMANCE E BAIXO CuSTO OPERACIONAL A alemã Liebherr apresentou a autobomba de concreto THP 70 D-C, produzida em Guaratinguetá (SP). A máquina foi projetada para causar menores níveis de depósito de concreto, além de oferecer maior facilidade de acesso para limpeza e manutenção. O equipamento é o menor do portfólio de bombas que a empresa produz hoje no Brasil e conta com recursos tecnológicos de simples utilização. Segundo a Liebherr, o usuário pode conduzir o bombeamento de forma automática quando a máquina está em pleno funcionamento. Em caso de paralisação dos sensores, o bombeamento pode ser feito de forma semiautomática e, em último caso, a bomba pode ser descarregada completamente, de forma manual, impedindo que o concreto se acumule e seque dentro do equipamento, evitando a perda total do material.

SISTEMA DE PROTEÇÃO DO CONCRETO

trepante, além de fôrmas especiais feitas sob encomenda. Segundo a empresa, as fôrmas de alumínio são ideais para uma construção mais dinâmica e sustentável, pois esse sistema diminui o tempo da construção e reduz a necessidade de mão de obra, contribuindo para racionalizar os custos. Adicionalmente, oferecem um aspecto sustentável, pois produzem cerca de 70% menos entulho, além do fato de o alumínio ser reciclável.

SOLuÇÃO REDuZ CONSuMO DE ENERGIA ELÉTRICA

A Cinexpan deu destaque à sua argila expandida. O produto é um agregado leve que se apresenta em forma de esferas de cerâmica, com uma estrutura interna formada por uma espuma cerâmica com microporos e uma casca rígida e resistente. Segundo a empresa, o produto ajuda a diminuir a temperatura do ambiente interno, o que consequentemente impacta na economia de energia. A argila expandida pode ser utilizada sobre a laje de cobertura de residências, comércios e indústrias, após a impermeabilização e aplicação da camada de proteção mecânica. Além disso, o produto também pode ser adotado em projetos de paisagismo, coberturas verdes, áreas drenantes e retenção de águas pluviais.

MANTA DE CONCRETO 100% IMPERMEÁVEL A Penetron Brasil apresentou os produtos que compõem o sistema White Tank, que alia a tecnologia de cristalização integral do concreto e veda juntas especiais. Entre eles, o Penetron Admix – um aditivo redutor de permeabilidade por cristalização integral do concreto, capaz de resistir a altas pressões hidrostáticas e de impedir a penetração de agentes agressivos ao concreto armado – e o Penebar SW – um veda-juntas ou fita hidroexpansiva, composto de selante que se expande de maneira controlada quando exposto a umidade, tornando-se material de selamento para aplicações em juntas de concreto e tubulações.

FÔRMAS DE ALuMÍNIO PARA CONCRETAGEM A S-Form Brasil apresentou a sua linha de sistemas construtivos residenciais e industriais, constituída por fôrmas de alumínio, fôrmas gang e sistema

A Concrete Canvas Brasil lançou o CC Hydro, material que combina a praticidade da manta de concreto com a impermeabilização de um revestimento de contenção. A empresa explica que o CC Hydro é uma manta de concreto desenvolvida com uma impermeabilização 100% estanque e camada de PVC de 1,4 mm com lâminas de 10 cm sobressalentes nas laterais para termofusão do PVC. “O CC Hydro é 100% impermeável contra infiltrações. O novo produto é direcionado para bacias de contenção, valas de drenagem, áreas de saneamento, áreas de agronegócio, sendo o melhor revestimento para o setor de açúcar, cana e álcool”, defende a empresa.

www.sindusconsp.com.br

53


especial concreto

RELACIONAMENTO

transparente Iniciativa da Conx em parceria com a Votorantim resultou case de sucesso para o desenvolvimento de produtos e processos e um programa de qualificação de pessoas que visa ao aumento da produtividade em canteiro de obras

N

o último dia 31 de agosto, o case “Sinergia Conx & Votorantim – Uma Parceria na Busca da Produtividade Profissional” venceu o prêmio Master Imobiliário 2016, na categoria Profissional–Oportunidade Estratégica. A iniciativa teve como motivação a busca por melhores índices de produtividade por meio da otimização de processos. A proposta tinha como base o fato de que, de acordo com a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic) de 2013, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o fornecimento de concreto é um dos principais fatores para a baixa a produtividade da construção civil brasileira. De acordo com o documento de apresentação do case, o fornecimento e a utilização desse material tem, historicamente, representado um desafio para a indústria e as construtoras, tendo em vista principalmente três aspectos: a falta de

54

planejamento por parte das empresas; o não cumprimento, por parte da indústria, dos prazos estipulados em suas programações de entrega; e a ineficiência dos processos de fornecimento e utilização dos materiais, que geram grandes perdas de produtividade para ambos os lados. Foi por isso que a Conx Construtora e a Votorantim Cimentos se reuniram para estudar, de forma minuciosa, todos os processos e identificar oportunidades de alcançar ganhos conjuntos. “O objetivo final era obter um contrato padronizado com tempo longo de duração e que a Votorantim pudesse participar de todos os nossos processos, diminuindo etapas, inclusive do departamento financeiro”, revela Yorki Estefan, diretor de Engenharia da Conx e coordenador do Comitê de Tecnologia e Qualidade do Sinduscon-SP (CTQ). Inicialmente, as reuniões eram semanais, conforme lembra Estefan, e envolviam pessoal espe-

notícias da construção // set/out 2016

cializado de áreas específicas das empresas. O intuito era desenvolver, para cada um dos pontos de interação entre as empresas, uma forma de trabalho perene. Para qualquer que fosse o caso, o problema seria atacado a partir de três frentes: processos, produtos e pessoas [veja quadro]. Como resultado, atualmente, antes mesmo do início da obra, as empresas se reúnem para verificar como é possível obter a melhor relação custo-benefício em cada processo, além de definir conjuntamente o estudo logístico do canteiro. E os novos procedimentos não beneficiam apenas a Conx. “No canteiro controlamos muito o tempo que o caminhão fica parado em obra para que eles sejam o mais produtivo possível”, afirma Estefan. NoVo ModeLo de NeGÓcIos Para chegar aos ganhos de produtividade obtidos, foi preciso que ambas as empresas rompessem com alguns paradigmas, conforme pontua o diretor da Conx. De acordo com ele, as empresas têm um longo histórico de parcerias, mas levou algum tempo até que ambas desenvolvessem a percepção de que havia interesse em tornar os processos mais transparentes. “É preciso construir conjuntamen-

te esse padrão de confiança, mas depende de empresas que tenham a mesma linha ética”, salienta. Por apostar na integração entre os elos da cadeia produtiva, Estefan acredita que esse é o modelo definitivo para ganhos ainda maiores de produtividade. “Enquanto indústria e construtora estiverem voltadas apenas para seus próprios processos, não conseguiremos a evolução que obtivemos juntos”, afirma. Exemplo disso é o fato de, após a premiação, a Conx ter sido procurada por outras grandes indústrias para o desenvolvimento de parcerias semelhantes. Como exemplo das conquistas, Estefan cita o caso do desenvolvimento de um concreto específico para terrenos contaminados. Para casos como esses, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) exige uma camada de concreto que varia de 200 mm a 300 mm de espessura para que a água contaminada não se infiltre lentamente no piso. Ao ser informada dessa demanda, a Votorantim foi capaz de desenvolver um concreto impermeável que proporciona o mesmo isolamento com uma espessura 2,3 vezes menor, de 130 mm. “Esse é um ganho técnico que, para obtermos, precisamos da indústria”, diz Estefan.

PONTOS ABORDADOS NO PROJETO SINERGIA Processos

Comerciais

Melhoria 1: Contrato padrão Conx-Votorantim

Técnicos

Melhoria 1: Processo de projeto Melhoria 2: Processo de orçamentação Melhoria 3: Controle tecnológico Melhoria 4: Estudo de traços

Logísticos

Melhoria 1: Programação de fornecimento de concreto Melhoria 2: Logística de abastecimento no canteiro de obras

Produtos

Concretos

Melhoria 1: Módulo de elasticidade Melhoria 2: Concreto para terrenos contaminados Melhoria 3: Concreto para paredes

Argamassas

Melhoria 1: Sistema de revestimento argamassado para fachada Melhoria 2: Sistema de revestimento argamassado para fachada com revestimento em porcelanato de grandes formatos Melhoria 3: Sistema de argamassa básica industrializada – Sistema Matrix Melhoria 4: Argamassa de assentamento

Pessoas

Lean Construction

Melhoria 1: Implantação das metodologias Lean Construction e Kaizen

Treinamentos

Workshops


classificados

www.keenlab.com.br www.facebook.com/keenlabbrasil instagram.com/keenlabbrasil

WhatsApp: (11) 95300 0999 Rua Galeno de Almeida, 188 l +55 11 3081 7779 l SĂŁo Paulo Rua Viscondessa do Livramento, 113 l Recife Rua JoĂŁo Carvalho, 800, sala 1302 - Aldeota l Fortaleza Av. Abelardo Bueno, 01 cj 903 l Rio de Janeiro


Não adianta o imóvel 320 mil exemplares fazem da Folha o ser bem localizado se o jornal de maior circulação no Brasil. anúncio não for.

classificados

Não adianta o imóvel ser bem localizado se o anúncio não for. 2

Anuncie na Folha. Nossos leitores querem adquirir imóveis.

Líder na internet entre os sites de jornais com 31,6 milhões de visitantes mensais únicos e 301 milhões de páginas vistas.3

Anunciar na Folha é garantia de bom investimento, porque você se comunica com quem realmente está procurando um novo lugar para morar. Precisa divulgar um imóvel ou empreendimento? Anuncie no maior jornal do país.

68 mil leitores pretendem trocar de casa/ apartamento nos próximos 12 meses.¹

Anuncie na Folha. Nossos leitores querem adquirir imóveis. 30 mil leitores querem trocar de imóvel no momento.1*

-- final -- Anúncios CENTRO de MEDIAÇÃO ( 95x80mm ).pdf

3

21/09/2016

18:10:18

Anunciar na Folha é garantia de bom investimento, porque você se comunica 2 milhões de leitores de jornal impresso em todo o país. com quem realmente está procurando um novo lugar para morar. Precisa PARA ANUNCIAR, divulgar um imóvel ouACESSE empreendimento? Anuncie no maior jornal do país. 320 mil exemplares fazem da Folha o jornal de maior circulação no Brasil. WWW.PUBLICIDADE.FOLHA.COM.BR OU LIGUE (11)Líder 3224-3129 na internet entre os sites de jornais 1

Resolução extrajudicial de conflitos de maneira rápida e gastando menos. • Procedimento rápido, flexível e simples, com sigilo garantido • Preserva e pacifica as relações

2

com 31,6 milhões de visitantes mensais únicos e 301 milhões de páginas vistas.3

Tudo isso no Centro de Mediação do SindusCon-SP (CMS-SP) Saiba mais e agende sua mediação em www.sindusconsp.com.br/cms-sp

Siga quem dá mais68 mil leitores pretendem trocar de casa/ PARA ANUNCIAR, visibilidade paraapartamento suasACESSE ofertas.nos próximos 12 meses.¹ WWW.PUBLICIDADE.FOLHA.COM.BR OU LIGUE (11) 3224-3129

A BOMBA QUE A SUA OBRA PRECISA ESTÁ AQUI

BETONEIRAS VIBRADORES COMPACTADORES ANDAIMES SERVIÇOS DE INSTALAÇÕES EM OBRAS

(11) 3732-3232 WWW.FORMEQ.COM.BR

Siga quem dá mais visibilidade para suas ofertas.

Fonte: (1) Ipsos Connect: EGM Multimidia, Jan a Dez 2014, 19M, ambos sexos 10 e + anos leitura líquida todos os dias Folha de SP(universo 2.197,000, amostra 1387). (*)amostra30 abaixomil de 30leitores casos. (2) IVCquerem – outubro/2015 trocar– total circulação paga impressa + digital – Folha de S.Paulo: 320.254. (3) Adobe Analytics/Omniture novembro/2015. Fonte: (1) Ipsos Connect: EGM – Jan a Dez 2014, 19M, ambos deMultimidia, imóvel no momento.1* sexos 10 e + anos leitura líquida todos os dias Folha de SP(universo 2.197,000, amostra 1387). (*)amostra abaixo de 30 casos. (2) IVC – outubro/2015 – total circulação paga impressa + digital – Folha de S.Paulo: 320.254. (3) Adobe Analytics/Omniture – novembro/2015.


EVENTOS

AGENDA

OUTUBRO

NOVEMBRO

• 7º SEMINÁRIO INTERNACIONAL BIM

• FÓRUM INTERNACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO

Dia 26, em São Paulo

• PRÊMIO DE EXCELÊNCIA BIM SINDUSCON-SP Dia 26, em São Paulo

• ENCONTRO EMPRESARIAL FIABCI-BRASIL – SINDUSCON-SP Dia 31, em São Paulo

CURSOS

Dia 24, em São Paulo

• RODADA DE INOVAÇÃO DA CONSTRUÇÃO Dia 28, na sede do SindusCon-SP, em São Paulo

OUTUBRO

NOVEMBRO

• PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NO SETOR IMOBILIÁRIO E CONSTRUÇÃO CIVIL

• ISS COM FOCO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Dia 10, na sede do SindusCon-SP, em São Paulo

• E-SOCIAL – COMO GERENCIAR A SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO Dia 17, na Regional São José do Rio Preto

• FORMAÇÕES DO CUSTO E DO PREÇO DE VENDA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Dia 10, presencial em São Paulo e transmissão online.

• INCORPORAÇÃO DE EDIFÍCIOS

De 17 a 20, na Regional Campinas De 22 a 25, 28 a 30 e 1/12, na sede do SindusCon-SP, em São Paulo

• HOMOLOGNET X RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO

• TÉCNICAS DE CONTROLE DE PROJETOS: VALOR AGREGADO, PRAZO AGREGADO E DURAÇÃO AGREGADA E SUA APLICAÇÃO À CONSTRUÇÃO CIVIL

Dia 24, na sede do SindusCon-SP, em São Paulo

Dias 23 e 24, na sede do SindusCon-SP, em São Paulo

Dia 20, na Delegacia Mogi das Cruzes

Informações: www.sindusconsp.com.br Inscrições: cursos@sindusconsp.com.br ou (11) 3334-5600


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.