Moscovich azul

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La libertad no se puede bloquear.2 Tati lê o cartaz e sente orgulho por aquela pequena ilha que desafiou a ordem das coisas por cinquenta anos, sem esmorecer. Um pontinho no meio do Caribe que enfrentou a grande potência mundial e conquistou o direito de seguir seu próprio caminho. Seu peito se infla, como se assistisse a um filho recebendo o canudo no dia da formatura. O taxista para em frente a um prédio antigo e descascado, com grandes tapumes que sustentam as sacadas de um iminente desmoronamento. Coloca a cabeça para fora do carro e grita para uma senhora que, no segundo andar, observa a rua apoiada no beiral. – Esse é o 144? – Sim, mi vida, mas a campainha não funciona. Descem do carro e retiram as bagagens do portamalas. O táxi parte e deixa o rastro de sua música até dobrar a próxima esquina. – Vão à casa de Maripily? – pergunta a senhora que segue na janela, observando interessada o desembarque desajeitado das meninas. – Sim. – confirma Ana. – É no quarto andar – e grita: – Maripiiiiiiiily, tem gente! Ana se dirige para a pequena porta que dá acesso a um lance de escadas. Ao chegar ao quarto andar, Tati sente-se feliz por 2 A Liberdade não pode ser bloqueada. (N.A)

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