ENS - Carta Mensal 513 - Dezembro 2017

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Ano LVII • dezembro • 2017 • no 513

A essência da Natividade é o Amor Plataforma Digital de Formação Cristã

70 Anos do Estatuto


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01 Editorial 02 03 04 06 07 08 10 11 13 15 16 17 18 19 20 22

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Super-Região Ufa! Mais um ano terminando Vamos nos vestir de Amor Natal no Coração A Espiritualidade do Natal Oração diante do Presépio Como rezar com a oração pela Canonização do Padre Caffarel? 70 anos do Estatuto Plataforma Digital de Formação Cristã

Igreja Católica Palavra do Papa

Vida no Movimento Província Norte Província Nordeste I Província Nordeste II Província Centro-Oeste Província Leste Província Sul I e Província Sul II Província Sul III

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Raízes do Movimento “Perigo”

Testemunho 26 Agradecimento pela peregrinação 28 Fortalecendo a Fé 29 Testemunho do nosso filho Jonas 30 DEGASE: 20 anos de presença... 31 Educar a Fé: eis a questão 34 35 36 38

Reflexão Advento 8a Reunião: Dinâmicas Culturais Ano velho - Ano novo

Partilha e PCE A Oração Conjugal

Serviços nas ENS 40 Sacerdote Conselheiro Espiritual 41 Minha experiência com as ENS 45 Notícias

Carta Mensal no 513 • dezembro • 2017

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622). Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos - Fotos pp. 12, 13, 34, 38 Cans Stock Photo, p. 37 Pixabay - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério , - Tiragem desta edição: 27.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


editorial Queridos irmãos equipistas, Em 2017, fomos presenteados com a oportunidade de refletirmos sobre os desafios de atravessarmos pontes, conquistarmos espaços e nos encontrarmos com o irmão que também espera ser visto. Sem dúvida, o tema deste ano “Pontes Sim, Muros, Não” foi muito gratificante. A encarnação e nascimento de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que se faz humano e mais uma vez se aproxima de nós na forma de uma frágil criança que necessita de amor, carinho, alegria e cuidado de seus pais, Maria e José. E assim festejamos o Natal. Por conta das comemorações, a SRB nos presenteia com artigos que são um convite para nos “vestirmos de amor”, mesmo diante das dificuldades encontradas no decorrer de mais um ano. Com o início das celebrações natalinas, Goretti e Moacir, Casal Responsável pela Intercessão no Brasil, prepararam um momento de oração para que façamos diante do presépio montado em nossas casas.

meio de uma série de cursos de catequese básica com o intuito de formar casais equipistas para que possam viver uma verdadeira vida cristã. O artigo “Plataforma Digital de Formação Cristã” está imperdível. Ademais, esta Carta conta com reflexões e formas de solenizar o verdadeiro Natal de Jesus e traz detalhes dos encontros com SCE e AE que ocorreram nas províncias Sul I, Sul II e Sul III. Agradecemos a Deus e a todas as pessoas que contribuíram para que a nossa Carta continue fortalecendo a unidade do Movimento, seja com a divulgação das matérias, com notícias ligadas à vida e à espiritualidade conjugal, ao Movimento e à Igreja Católica. Desejamos a todos um santo e abençoado Natal e um Ano-Novo repleto de realizações.

Ainda nesta edição, informações sobre o projeto de formação cristã que a ERI desenvolveu por Fernanda e Martini CR Carta Mensal

Tema: “Ousar o Evangelho - PONTES SIM, MUROS NÃO” CM 513

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super-região

Ufa! Mais um ano terminando Quantos desafios em 2017! Dentre tantas ameaças aos direitos humanos e sociais, a vida e a família foram e estão sendo atacadas com um ódio terrível. Expressões ditas artísticas ferem a consciência do povo trazendo a público nada mais do que aberrações em nome da arte. O lobby da morte busca a todo custo legalizar o assassinato através da aprovação do aborto no Estado brasileiro. Tudo isso me faz recordar as palavras do Papa Bento XVI quando esteve no Brasil: “É verdade que os tempos de hoje são difíceis para a Igreja e muitos dos seus filhos estão atribulados. A vida social está atravessando momentos de confusão desnorteadora. Ataca-se impunemente a santidade do matrimônio e da família, iniciando-se por fazer concessões diante de pressões capazes de incidir negativamente sobre os processos legislativos; justificam-se alguns crimes contra a vida em nome dos direitos da liberdade individual; atenta-se contra a dignidade do ser humano; alastra-se a ferida do divórcio e das uniões livres... Como não sentir tristeza em nossa alma?” (Catedral da Sé em São Paulo, 11 de maio de 2007). Você que leu até aqui pode estar achando essa mensagem pessimista demais e por isso se perguntando se num final de ano não seria melhor uma mensagem mais otimista do que esta por parte do Sacerdote Conselheiro Espiritual da Super-Região Brasil. É verdade, não quero ser pessimista, mas também não posso ser 2

um otimista inconsequente que cairia fatalmente num mundo de conto de fadas. Por isso, ciente dos desafios que enfrentamos e vamos continuar enfrentando, recordo agora Papa Francisco também no Brasil: “...é importante promover uma formação qualificada que crie pessoas capazes de descer na noite sem ser invadidas pela escuridão e perder-se; capazes de ouvir a ilusão de muitos, sem se deixar seduzir; capazes de acolher as desilusões, sem desesperar-se nem precipitar na amargura; capazes de tocar a desintegração alheia, sem se deixar dissolver e decompor na sua própria identidade” (Arcebispado do Rio de Janeiro, 27 de julho de 2013). É isso aí, queridos casais equipistas, como não concordar com Bento XVI e se perguntar se seria possível não ter alma entristecida diante da realidade que vivemos. Mas também como não ter esperança de que somos capazes de criar pessoas que atravessam a noite sem deixar-se levar pela escuridão, como nos exorta Francisco. Meus irmãos, nem um otimismo ingênuo nem um pessimismo fatalista, somos o povo do realismo esperançoso que encontra no Menino do presépio a certeza de que a vida sempre vencerá. Sendo assim, “tende confiança!” (Bento XVI). Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região CM 513


Vamos nos vestir de AMOR O ano está terminando, e foi um ano turbulento e perturbador. E queremos deixar para vós irmãos uma mensagem e uma “veste” de Amor. Para enfrentarmos os desafios do nosso dia a dia temos uma única saída: uma história de amor com Deus, na qual Ele próprio toma a iniciativa e convida a todos gratuitamente, pois vê o que ninguém vê, além mesmo do que o amado revela de si mesmo. E o Deus do Amor espera uma resposta de Amor. E quantas e quantas vezes recusamos o convite, porque estamos presos e distraídos aos “nossos” próprios interesses, reclinamo-nos nas poltronas dos lucros, dos prazeres, de qualquer passatempo que nos faça estar um pouco alegres. Mas assim envelhece-se rápido e mal, porque se envelhece por dentro: quando o coração não se dilata, fecha-se, pois depende daquilo que nos serve, que concordamos, que pretendemos... então tornamo-nos maus, a ponto de insultar e até matar (cf v 6 do Ev. Mt 22). O Amor jamais é repouso, exige um grande labor, não é obra de um dia, e seu adversário mais CM 513

perigoso, é o amor de si mesmo. Aqueles que vêm como pedintes nada alcançam, aqueles que lhe dão tudo, tudo recebem. No livro do Apocalipse, Ele, dirigindo-se a uma das igrejas, fazlhe uma censura: “Abandonastes o teu primeiro amor” (2, 4). Aqui está o perigo: uma vida cristã rotineira, onde nos contentamos com a “normalidade”, sem zelo nem entusiasmo. Voltemos sempre à memória do Amor primitivo: somos os amados, e nossa vida é um dom, sendo-nos dada em cada dia a magnífica oportunidade de responder ao Seu convite. O declínio de tantos amores se dá por pecar contra o Amor, cortar-se da fonte, que é Deus. Portanto, um conselho: ”Buscai a Deus, amai a Deus, estai unidos a Ele, cedei-lhes todo o lugar” (“O Amor e a Graça”, p. 28; Pe. Caffarel). De que parte estamos: da parte do eu ou da parte de Deus? Porque Deus é o oposto do egoísmo, e perante nossos “não”, Ele não adia a festa, mas também não fecha a porta, e continua a convidar. Ao mesmo tempo que sofre com nossas 3


recusas, nos ensina respondendo com um Amor maior, e prossegue com o bem, mesmo para quem faz o mal, porque assim é o Amor verdadeiro, porque só assim se vence o mal. Hoje, este Deus que jamais perde a esperança, comprometenos a fazer como Ele, a superar a resignação e os caprichos do nosso “eu” suscetível e preguiçoso. Porque o Amor verdadeiro é exigente e ambicioso, quer o pleno triunfo do ser amado, seu desenvolvimento, sua felicidade, mas, acima de tudo, seu crescimento espiritual. Diz o Pe. Caffarel: (“O Amor e a Graça”, p. 13). “Teu amor sem exigência me diminui, tua exigência sem amor me revolta, tua exigência sem paciência me desanima, teu amor exigente me engrandece.”

E não basta responder uma vez “sim” e basta! É preciso vestir o hábito do Amor, renovar cada dia a opção de Deus. No batismo recebemos esta veste de Amor. Como mantêla imaculada? Indo sem medo pedir Seu perdão, para celebrar a grande festa do Amor com Ele! E cantarmos todos juntos: “A nossa missão é Amar, e apesar dos tropeços não desanimar”. Bom Natal vestidos de Amor!

Hermelinda e Arturo CR Super-Região

Natal no Coração

A Igreja em sua missão de ir pelo mundo levando a Boa Nova quis dedicar um tempo para aprofundar, contemplar e assimilar o Mistério da Encarnação do Filho de Deus; conhecemos este tempo como o Natal. Nesse tempo os cristãos por meio do Advento se preparam para receber “Cristo, luz do mundo” (Jo 8, 12) em suas almas, retificando suas vidas e renovando o compromisso de segui-Lo. O Natal é uma excelente oportunidade para nos reunirmos, a fim de festejar e fazer acontecer um 4

novo nascimento espiritual de Jesus Cristo em nossos corações, em nossas vidas. Natal é festa de alegria e de fraternidade; Jesus quer unir todas as pessoas numa grande família, que se ama, se ajuda, se protege, vive a paz e o amor. A Igreja em seu papel de mãe e mestre busca conscientizar o homem deste fato tão importante para a salvação de seus filhos. Por isso, é necessário que todos os fiéis vivam com reto sentido a riqueza da vivência real e profunda do Natal. Olhemos ao nosso redor, e noCM 513


temos a correria do Natal. Já no começo de dezembro, todo mundo se preocupa com as compras de Natal, brinquedos, presentes de todas as espécies, luzes e presépios. Diante da radiografia feita, chegamos facilmente à conclusão de que o Natal está perdendo o seu verdadeiro sentido. A essência do Natal não é a abertura dos presentes, mas dos nossos corações. É por isso que devemos iniciar uma caminhada de cristianização do nosso Natal. Queremos redescobrir o verdadeiro sentido do Natal, e dar a essa festa o seu significado cristão. Vamos resgatar da infância a beleza que reveste mente e espírito de realeza, e ajudar para que venha a paz na Terra, redescobrindo o verdadeiro sentido do Natal. Que a estrela que guiou os Reis Magos para o caminho de Belém guie-nos também nos caminhos difíceis da vida, não sendo somente um dia, mas os 365 dias, Que o Natal seja um nascer de esperança, de fé e de fraternidade, onde todos façam como as crianças: deem-se as mãos e tentem promover a paz, que haja menos desânimos, desconfianças, desaCM 513

mores, tristezas, e mais confiança no Menino Jesus. Que os homens não sigam a corrida consumista de “ter”, mas voltem-se para o “ser”, louvando o Seu Criador, o Menino de Belém, com um coração puro, livre, alegre, cheio de fé e de amor, sendo reconhecido por todos os homens como Filho de Deus, irmão de todos, e os homens de boa vontade comecem a compartilhar, cada um no seu nível, em seu lugar, os bens e conquistas da civilização, e cultura da humildade, das ações e esperanças para a concretização da paz universal. Com as bênçãos de Jesus e a proteção da Virgem Maria, todos nós possamos dizer: “FELIZ NATAL”! Que a luz de Cristo ilumine cada coração. Feliz Natal e Feliz Ano-Novo!

Lenice e José Carlos CR Província Sul II 5


A Espiritualidade do Natal O mistério do Natal não nos oferece somente um modelo para imitar a humildade e pobreza do Senhor que está deitado na manjedoura, mas nos dá a graça de sermos semelhantes a Ele. A manifestação do Senhor conduz o homem à participação da vida divina. Assim, a verdadeira espiritualidade do Natal não consiste na imitação de Cristo “do lado de fora”, mas “viver em Cristo que está em nós” e manifestá-Lo com a vida no seu mistério de amor. São Leão Magno convida os cristãos a tomar consciência de tanta dignidade: “Toma consciência, ó cristãos, da tua dignidade, e já que participas da natureza divina, não voltes aos erros de antes por um comportamento indigno de tua condição. Lembra-te de que cabeça e de que corpo és membro. Recorda-te de que foste arrancado do poder das trevas e levado para a luz e o reino de Deus”. Portanto, o fruto espiritual do Natal consiste no empenho de viver a graça da redenção e da regeneração, de conservar interiormente o Espírito Santo que nos faz filhos de Deus. A graça do Natal exige também uma vida de comunhão fraterna. O empenho pastoral para fazer com que as nossas comunidades celebrem um Natal autêntico é difícil. O atual contexto sociocultural, com seus apelos para 6

um “Natal mágico”, consumista e turístico, aproveita uma forte tradição religiosa para transformar a festa cristã em festa pagã. Uma visão devocional e sentimental dos episódios da natividade do Senhor (presépio, missa do galo) corre o risco de esvaziar, na mente dos fiéis, o significado salvífico do evento da encarnação. As iniciativas natalinas (presépio, árvore de Natal, caridade para com os pobres, etc.) devem ser inspiradas por uma forte carga evangelizadora por parte da comunidade fiel. A celebração do Natal será pensada de modo a colocar-se como um grande sinal para todos; indiferentes, não praticantes, não crentes. O Natal tem ainda uma grande força de apelo a todos, e esta ocasião não pode ser deixada de lado, a fim de que o homem, a família e a sociedade vejam a luz da mensagem do Evangelho. A natividade do Senhor é a grande festa do homem porque é a festa de Deus que se faz homem. A celebração do Natal não pode ser desperdiçada em recordações sentimentais ou discursos polêmicos, mas valorizada como dom de amor, de verdade e de esperança para todos os homens do nosso tempo. Podemos nos conscientizar de que, além das festas, comilanças, presentes e desperdícios, o maior de todos os presentes é CM 513


a chegada do próprio Jesus. Sem dúvida, Deus Pai está nos proporcionando uma nova oportunidade de reconhecer que Ele continua acreditando na sua criação. Que neste Natal reavivemos a fé simples, mas profunda, que recebemos de nossos pais. Que seja a festa da alegria por um Deus que se propõe e nos convida à salvação, que bate à nossa porta para se oferecer como maior presente

e o maior de todos os dons para nós. Em cada criança que nasce, Deus renova a esperança na humanidade! Que nós renovemos a nossa no Menino Jesus criança, esperança e alegria para toda a humanidade. Pe. Gilmar Antonio F. Margotto SCE-Província Sul II

ORAÇÃO DIANTE DO PRESÉPIO A Bíblia apresenta São Lucas como o médico de coração generoso, bem instruído e autor de um dos Evangelhos e do livro Atos dos Apóstolos. Lendas antigas o descrevem como alguém especial desde a infância. Lucas vivia com a família na Antioquia, Síria. Não conheceu Jesus pessoalmente, mas, conta-se que na noite de Natal, sendo Lucas ainda uma criança, presenciou no céu a estrela de Belém. Na noite em que Jesus nasceu, viu de sua janela uma estrela muito bonita e brilhante e saiu para contemplá-la. O que fazes aí fora tão tarde da noite?, perguntou-lhe seu mestre, que também acreditava na vinda do messias e, secretamente, observava a estrela. - Vi a estrela e era como se ela me chamasse e não pude desobedecer, disse Lucas. - O mestre pensou: Será que ele sabe alguma coisa sobre o Messias? E para comprovar lhe perguntou: CM 513

- É uma estrela estranha, não é mesmo? - Sim, disse Lucas. É estranha! E bela! Acho que ela está nos dizendo algo. - E o que achas, Lucas, que ela está nos dizendo? Lucas respondeu: - Não sei. Mas sei que um dia o que a estrela diz será revelado. (Inspirado no livro “Médicos de Homens e de Almas”, p. 60-61). Hoje sabemos que a estrela anunciava o Nascimento de Jesus. Felizes os que acreditaram, antes que seus olhos tivessem visto. Feliz és tu, que ainda acreditas no milagre do Natal e preparas o teu coração para receber Jesus. Momento de silêncio: Silencia tua alma, acalma teus passos, contempla o presépio, contempla a estrela que anuncia a chegada do Messias. Intenção: Peça a Deus o dom da oração, e com humildade, reze por teus irmãos aflitos, que lhe confiam as tuas orações. 7


Leitura bíblica: Marcos 1,1-8 Você pode rezar a oração do terço, rezar em silêncio diante do presépio, ou conforme Deus lhe inspirar. Agradecimento: Obrigada, Jesus, porque estais aqui conosco. Tua presença nos traz alegria, paz e esperança. Sabes que nosso coração é pobre. Mais pobre que a estrebaria de Belém, mas fique à vontade, seja bem-vindo, a casa é sua. No advento a tua vinda, nós que-

remos preparar, vem, Senhor, que é teu Natal, vem nascer em nosso lar!

OUÇA A MÚSICA CLICANDO NO LINK AO LADO www.ens.org.br Maria Goretti e Moacir Casal Intercessor Nacional intercessao@ens.org.br

COMO REZAR COM A ORACÃO PELA CANONIZAÇÃO DO PADRE CAFFAREL? O ano vai chegando ao fim e em nome da Associação dos Amigos do Padre Caffarel, gostaríamos de agradecer a todos os Equipistas brasileiros (Conselheiros e Assistentes Espirituais, Viúvas(os) e Casais), a todos vocês que, ao longo deste ano, tão ativamente e de várias maneiras participaram da Causa de Canonização do Padre Caffarel e tanto a ajudaram. Agradecemos a grande participação nos dois Dias Nacionais de Oração pela Causa (em 19 de abril e em 18 de setembro). Percebemos que cada vez mais as diferentes Regiões e Setores vão assumindo com empenho, criatividade, muito carinho e muita fé esses Dias de Oração. Missas foram celebradas por todo Brasil, noites de oração realizadas, e algumas Regiões inovaram, por exemplo fazendo uma pequena representação teatral com os filhos de Equipistas, e até mesmo um passeio ciclístico (usando a camiseta do Mo8

vimento) pela cidade, que terminou com uma Celebração Eucarística. Tem havido um crescente empenho, e esforços não são medidos. Agradecemos também a todos que assumiram o desafio lançado na Carta Mensal de setembro, e falaram do Pe. Caffarel para alguma pessoa fora do Movimento e continuam fazendo isso. Agradecemos ainda a todos aqueles que espontaneamente renovaram sua associação e àqueles que neste ano passaram a ser membros da Associação dos Amigos do Padre Caffarel demonstrando sua crença na santidade de sua vida, cuja declaração canônica a Causa postula. Agradecemos igualmente à equipe do Colegiado SRB e aos Colegiados das Províncias e Regiões que tanto apoiam a Causa de Canonização do Pe. Caffarel. Por fim, agradecemos a cada um de vocês que fielmente rezam pelo bom andamento da Causa, às Equipes, que ao final da sua Reunião CM 513


Mensal, juntamente com o Magnificat, rezam a Oração pela Causa de Canonização do Servo de Deus Henri Caffarel, e a cada um que, seja individualmente ou em casal, diariamente reza por essa Oração. Assim queremos terminar esse ano enviando por esta Carta Mensal o texto de uma das cartas mais belas que foi mandada aos Casais Correspondentes da Causa de Canonização do Padre Caffarel nas diferentes Super-Regiões do Mundo. Não poderíamos guardar essa riqueza só conosco, e que o ano que vai se iniciar os ajude a rezar cada vez mais e com maior fé a Oração pela Causa de Canonização: “Toda a oração nos educa pelo seu conteúdo. Assim, a oração do Senhor, o Pai Nosso, é a oração que orienta, forma e abarca a oração de todos os cristãos e é o modelo de qualquer outra oração. É o próprio Jesus que nos ensina a rezá-la. Assim, à luz desta oração, a maior, todas as outras orações nos formam na nossa relação com Deus, na nossa fé. A oração para pedir a canonização do Pe. Caffarel educa-nos. Se a meditarmos, palavra a palavra, recordamos a vida do Pe. Caffarel. Sobretudo, somos orientados na nossa fé, na nossa confiança em Deus, no nosso desejo de fazer a vontade do Senhor, como o Pe. Caffarel quis ajudar-nos a fazer. Rezamos, pois, para que possamos seguir Cristo, por aqueles que vivem o Sacramento do Matrimônio e o sacramento da Ordem, pelos que vivem a viuvez… Rezamos para podermos progredir no

caminho da oração, “para que todos descubram a alegria de seguir o Senhor”. Ao decorar esta oração, forma-se uma orientação do coração. Familiarizamo-nos com o que o Pe. Caffarel tanto desejava: que descubramos que “Deus nos ama”, que, como ele, possamos fazer a experiência do encontro com o Senhor, que escutemos: “Vem e segue-Me!”. Há tantas maneiras de seguir Cristo! Esta oração não é só “individual”. Como qualquer oração, rezamos em união uns com os outros, na Igreja. Assim, esta oração une os membros das Equipes de Nossa Senhora, as viúvas, os Intercessores... Rezamos pelo dinamismo, pela fidelidade, pela alegria de todos os que estão ligados ao Pe. Caffarel. Rezamos também para que possamos dar um testemunho forte e caloroso sobre o matrimônio e a oração. Há tanta gente que espera a boa nova do amor de Deus! Finalmente, nesta oração, pedimos graças e milagres pela beatificação do Pe. Caffarel. A razão dos nossos pedidos é esta: que Deus nos atenda pela mediação do seu Servo para que a sua pessoa seja conhecida, para que a sua mensagem seja escutada no nosso mundo que tanta necessidade tem dela: a boa nova do matrimônio, a boa nova da oração, da oração interior. O Senhor nos ama! E não se esqueçam de nos comunicar as graças que vocês certamente vão alcançar com a intercessão do Pe. Caffarel. Vicélia e Magalhães CR Canonização SRB Padre Caffarel

Pe. Paul-Dominique Marcovits, o.p. [Carta aos Correspondentes, junho de 2015].

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70 ANOS do ESTATUTO A Carta (La Charte des Èquipes Notre Dame)

Nos anos de pós-guerra, os grupos de casais orientados pelo Pe. Caffarel multiplicam-se rapidamente. Este sucesso apresenta um problema a ele e aos três casais que participam da animação do Movimento: Não é tempo de estruturar o Movimento e dar-lhe uma regra? O que foi uma experiência amadurecida em sete anos não pode, agora, ser codificada? É o que pensam o Pe. Caffarel e a equipe dirigente. Em outubro de 1947 são apresentadas as linhas principais desse documento no qual já trabalham a equipe dirigente e alguns casais. Foi oficialmente proposto às equipes em uma missa celebrada no dia 8 de dezembro de 1947, festa da Imaculada Conceição, e publicado no primeiro número da Carta Mensal, em janeiro de 1948. Os grupos de casais que o aceitaram colocaram-se novamente sob a proteção da Virgem. O Movimento passou a denominar-se “Equipes de Nossa Senhora” e o seu boletim interno, Carta Mensal. Apresentando a Carta, a equi10

pe dirigente e o Pe. Caffarel afirmam: “Esta Carta não é perfeita mas corresponde ao que desejam inúmeros grupos: uma direção firme, uma orientação precisa e um enquadramento sólido”. Algumas considerações sobre a Carta e os outros dois documentos que a sucederam foram todos reunidos, no Brasil, sob o título de Documentos Básicos. A Carta das Equipes de Nossa Senhora publicada em 1947 recebeu, entre nós brasileiros, o nome de Estatuto, pelo qual será citada doravante. Se por um lado o carisma do Movimento que nele se retrata continua o mesmo, por outro lado, o mundo em que vivemos sofreu, de lá para cá, profundas mudanças que não podiam deixar de afetar os métodos, a organização e a disciplina das equipes. O Movimento, nestes setenta anos que se sucederam ao Estatuto, cresceu, amadureceu e passou a marcar presença em todos os continentes, absorvendo culturas diferentes e sendo por elas absorvido. Para acompanhar a evolução da Igreja após o Concílio Vaticano II e melhor servir aos casais e ao Senhor, algumas adaptações se fizeram necessárias e novas linhas de atuação surgiram, sem prejuízo dos princípios básicos que o Estatuto nos transmite. Assim, em 1976 é redigido pela ERI (Equipe Responsável Internacional) um novo documento: O que é uma Equipe de Nossa Senhora. Sua CM 513


elaboração foi lenta porque apoiou-se numa vasta consulta a todos os quadros do Movimento, em todos os países. Esse documento é simultaneamente uma simplificação e uma atualização do Estatuto. Em 1988, na Peregrinação das Equipes a Lourdes, França, é lançado um terceiro documento intitulado Segunda Inspiração. Nele “reconhece-se que o povo de Deus pede às Equipes de Nossa Senhora que sejam, para o mundo, um sinal do amor conjugal, do amor da família, do amor vivido em pequenas comunidades”, e fixam-se dois objetivos: um específico e

próprio – ajudar os casais a viverem plenamente o sacramento do Matrimônio; outro – missionário – , anunciar ao mundo os valores do casamento cristão. “Este documento não é um tema de estudos e sim um ponto de partida para uma busca de renovação; um texto para inspirar atitudes, para abrir os olhos, para servir de base a todas as pesquisas, buscas e iniciativas que deverão ser desenvolvidas nos diversos países. Compete pois a todos, a partir daqui, ir o mais longe possível.”1 Colaboração Equipe Carta Mensal

1 Texto adaptado do livro Equipes de Nossa Senhora no Brasil “Ensaio sobre seu Histórico, p. 19- 21, Nancy Cajado Moncau.

PLATAFORMA DIGITAL DE FORMAÇÃO CRISTÃ Como anunciado na Carta Mensal de março de 2016 (nº 496, p. 9-10), a ERI desenvolveu um projeto de formação cristã, com uma série de cursos de catequese básica. Pe. Caffarel dizia que um dos maiores perigos para o casal viver bem seu matrimônio é a falta de formação para uma verdadeira vida cristã.2 Enquadra-se na aprendizagem conhecida como EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, cujo objetivo é o de alcançar um maior número de equipistas e pessoas espalhados

por mais de 80 países, usando “novas tecnologias” para ampliar suas possibilidades de formação cristã sob o aspecto doutrinal, espiritual e pastoral, para que possam cumprir sua vocação e missão na família, no Movimento, na Igreja e no mundo. Não se trata de buscar uma formação acadêmica a partir destes cursos, nem de obter um diploma acadêmico. É uma ajuda para crescer na fé, iluminar a vida a partir do Evangelho, e fortalecer sua identidade cristã. É utilizada a pedagogia do

2 Padre Henri Caffarel. Por uma espiritualidade do cristão casado. L’Anneau D’or, nº 84, 1958.

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caminho de Emaús, propondo assim “um peregrinar com Jesus Ressuscitado” que representa o itinerário catequético de amadurecimento cristão, pelo encontro com o Senhor, Escuta da Palavra, partilha do Pão e missão. A plataforma disponibiliza uma alternativa denominada SITUAÇÕES DE VIDA, oferecida para que a pessoa interessada não só obtenha respostas “teóricas”, como também permita criar respostas para tomadas de decisões frente a situações do cotidiano que nos inquietam no mundo de hoje. Já estão concluídos oito cursos: Antigo Testamento, Novo Testamento, Cristologia, Liturgia, Eclesiologia, Sacramentos, Espiritualidade e Moral, disponíveis nos cinco idiomas oficiais do Movimento (português, espanhol, francês, inglês, italiano). Os cursos podem ser acessados pelo seguinte endereço, onde está hospedada esta plataforma: www.endfc.org, de domínio próprio das ENS. Ao acessar a plataforma virtual, 12

torna-se necessária a inscrição. Veja o passo-a-passo: 1º Passo: entrar na internet com o endereço: www.endfc.org 2º Passo: ler os documentos que estão na página inicial. 3º Passo: clicar em inscrição e preencher o cadastramento como um novo usuário (digitar corretamente o e-mail e memorizar a senha). 4º Passo: clicar sobre “cadastrar este novo usuário” (no final da página). 5º Passo: ver no e-mail cadastrado a mensagem recebida (Formação Cristã: confirmação de cadastramento de novo usuário) e clicar sobre o link enviado para confirmar o cadastramento e para iniciar a navegação no sistema. O idioma selecionado na página de cadastro orienta o sistema eletrônico no envio de todas as informações necessárias sobre a utilização da plataforma. 6º Passo: abrir o curso/albergue desejado e ler/estudar os documentos oferecidos. Observação: os acessos subsequentes são realizados pela página inicial (home page) da plataforma digital (www.endfc.org), clicando em ACESSAR. Coloque corretamente seu e-mail e senha cadastrados no momento da inscrição. Boa leitura! Mariola e Elizeu Calsing Casal Coordenador da Equipe Satélite Formação Cristã Eq.19 - Setor E - Região Brasília I Província Centro-Oeste CM 513


igreja católica

Palavra do Papa

É vital anunciar o Evangelho ao mundo inteiro O Papa Francisco em audiência na Sala Clementina, no Vaticano, nos lembrou que somos servidores da Palavra de salvação que não retorna ao Senhor vazia. Somos servidores da Palavra de vida eterna e cremos que não somente de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Com a ajuda do Espírito Santo devemos nos nutrir da Palavra através da leitura, da escuta, do estudo e do testemunho de vida. Somos servidores da Palavra de reconciliação, também entre os cristãos”, disse ainda o Papa. Desejamos de todo coração que “a palavra do Senhor se espalhe e seja bem recebida”. É justo esperar um novo impulso para a vida espiritual proveniente de uma maior escuta da Palavra de Deus. Somos servidores da Palavra que saiu de Deus e se fez carne. É vital que

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hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repulsão e sem medo. Devemos fazê-lo com obediência ao mandato missionário do Senhor e com a certeza de sua presença entre nós até o fim do mundo. Somos servidores da Palavra da verdade. Somos servidores da Palavra de Deus forte que ilumina, protege, defende, cura e liberta. A Palavra de Deus não está algemada! Por causa dela muitos de nossos irmãos e irmãs estão presos e muitos derramaram o seu sangue como testemunho de sua fé em Jesus. Caminhemos juntos a fim de que a Palavra de Deus se difunda. Permaneçamos em comunhão fraterna e rezemos uns pelos outros, concluiu o Papa. Padre Henri Caffarel sempre convocou os casais ao apostolado

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na vida cristã, senão pela missão recebida no Sacramento do Batismo, mas também pelo Sacramento do Matrimônio: A família não tem vocação de vida de clausura. É “secular”, vive no mundo e para o mundo; daí o quarto termo que define a sua vocação sacerdotal: “proclamar”, proclamar as maravilhas do Senhor àqueles que estão longe d’Ele a fim de os ganhar para Deus, para o culto de Deus. Portanto, culto e apostolado estão em circuito vital: o Sacramento do Matrimônio, que inicia o casal no serviço do culto, lança-o pelo mesmo impulso no apostolado. Um casal adorador será sempre um casal missionário. Os casados seriam apóstolos unicamente pelo seu batismo e pela sua confirmação, sem que o matrimônio tivesse nenhuma parte nele? Enquanto tal, o casal não teria missão apostólica e os seus membros só separadamente estariam habilitados para o apostolado? Certamente que não. É verdade que cada um de nós é apóstolo em virtude do seu batismo e da sua confirmação; mas seria um esquecimento imperdoável negligenciar o Sacramento do Matrimônio e não ver nele um “sacramento apostólico”. Pelo contrário, é preciso afirmar que o Sacramento do Matrimônio dá ao casal uma função de Igreja e, portanto, uma missão de apostolado incontestável, original e in-

substituível. O casal tem um apostolado específico e ninguém pode supri-lo3. Papa Francisco nos pede a leitura, a escuta da palavra, o estudo e o testemunho de vida para que anunciemos o Evangelho, nada mais equipista do que isso, mas também nos adverte da necessidade da vida de oração. Mais uma vez as palavras de Pe. Henri Caffarel foram proféticas: “por não procurarem alimento, por meio da oração interior, na força divina, esses cristãos debilitam-se na ação; por não contemplarem a grandeza de Deus, tornam-se pusilânimes; por não se elevarem até os pensamentos do Senhor, têm apenas uma visão míope dos problemas do mundo; por não se ligarem à energia criativa, são ineficientes. Numa palavra, quando não praticam a oração interior, os cristãos permanecem como presos a um estágio infantil”4. Agora depende apenas de nós Adaptado da audiência Papal na Sala Clementina em 5 de outubro de 2017 por

Cristiane e Brito CR Comunicação Super-Região

3 Pe. Henri Caffarel. Revista L´Anneau d´Or, O sacerdócio do lar, 1963. Disponível em Espiritualidade Conjugal, p. 123-124. (2016). / 4 Pe. Henri Caffarel. Carta. (Revista L’Anneau d’Or”, Maiores de idade? janeiro-fevereiro de 1949. Disponível em “Textos Escolhidos Padre Caffarel”, p. 21 (2009).

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vida no movimento PROVÍNCIA

NORTE

Sessão de Formação Nível III

Alegria de participar das Equipes de Nossa Senhora Aconteceu nos dias 23 e 24 de setembro a sessão de Formação Nível III em Boa Vista-RR, com a presença de Padre Paulo Renato, Conselheiro Espiritual da Super-Região Brasil, do CRP Marilena e Jesus e do CRR Marcia e Juarez, que foram acolhidos com muito amor e alegria pelas equipes de Boa Vista que a cada dia experimentam a alegria de participar das Equipes de Nossa Senhora. Foram momentos de partilha, de fraternidade e ajuda mútua, vivemos isso em cada gesto dos casais e conselheiros que que não mediram esforços para estarem vivendo esse momento de formação. Ao voltarmos para casa podemos dizer: “Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade Senhor!” (Sl 39, 8). Marilena e Jesus CRP Norte CM 513

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PROVÍNCIA

NORDESTE I

Formação Específica para CRS – Região Paraíba

Aconteceu na cidade de Lagoa Seca-PB, nos dias 16 e 17 de setembro de 2017, a Formação Específica para Casal Responsável de Setor. Dez casais participaram da formação, entre eles os nove Casais Responsáveis de Setor da Região Paraíba e o nosso Casal Responsável de Região Aracelli e Bruno, além do Sacerdote Conselheiro Espiritual da Região Paraíba, Padre Antoniel. Ao longo do encontro, refletimos o Evangelho de Lucas 5, 1 – 11, de onde destacamos o Lema da Formação: “Avança para águas mais profundas, e lançai as redes para a pesca” (Lc 5,4). Toda a formação significou um momento único para cada 16

participante! Os Grupos de Reflexão nos possibilitaram uma verdadeira troca de experiências entre os Setores: casais novos na missão puderam aprender com as experiência dos demais, enquanto que os veteranos receberam o novo ânimo dos que estão chegando. Os formadores (CRR e SCER), à luz da Palavra, nos convidaram a ser pescadores de homens em nossos Setores, deixando o conforto das margens para nos lançarmos mar adentro, em busca da construção do Reino por meio do Sacramento do Matrimônio! Márcia e Adriano CRS Pocinhos/Esperança Pocinhos-PB CM 513


PROVÍNCIA

NORDESTE II

Colégio Provincial 2018

Foi realizado nos dias 13, 14 e 15 de outubro, com a presença de 35 casais e 10 Sacerdotes Conselheiros Espirituais, em Jaboatão dos Guararapes-PE, o 1o Colégio da Província Nordeste II. Participaram deste Encontro Casais Responsáveis de Região, Casais Responsáveis de Setor e Sacerdotes Conselheiros Espirituais, vindos das Regiões: PE I, PE II, AL, SE e BA. Este encontro teve como objetivo informar a todos os participantes o Tema A Missão do Amor e as Orientações para 2018, com ênfase para as linhas de ação VER, JULGAR e AGIR. Dar atenção especial ao PCE Escuta da Palavra sem esquecer os demais. Como também a Formação CM 513

Integral para todos os equipistas. Tivemos também bons momentos de reflexão nos grupos de estudo. Fomos alimentados com a Palavra de Deus, todos os dias, com santas celebrações concelebradas por todos os Sacerdotes presentes. O terço foi realizado no fim da tarde de sábado, momento que nos remete a pensar: como será em Fátima 2018? Que Nossa Senhora de Fátima nos guie e nos faça participar sempre de momentos tão enriquecedores do nosso Movimento. Agradecemos a Virgem de Fátima por tão grande Graça. Maria e Amâncio CRP NE II 17


PROVÍNCIA

CENTRO-OESTE

Sessão de Formação Nível III

Com o objetivo de uma preparação voltada para a compreensão do Movimento e das funções de responsabilidade na sua estrutura, na perspectiva de uma Espiritualidade Conjugal, em resposta à missão evangelizadora do Casal Equipista, aconteceu nos dias 9 e 10 de setembro no Colégio Jesus Maria José a Formação Nível III da Região Brasília II. Em pleno feriado prolongado compareceram 37 casais desejosos de crescer no conhecimento do Movimento e também na espiritualidade conjugal. O encontro foi marcado pelas ricas trocas de experiência e também pelas palestras que carinhosamente foram preparadas pela Província Centro-Oeste. A cada dia nos convencemos mais do quanto esses momentos de formação são importantes para o fortalecimento de nossa Fé e Amor ao nosso Movimento. Claudia e Paulo CRR Brasília II 18

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PROVÍNCIA

LESTE

Crescer no Amor

Ao iniciarmos a caminhada com os nove casais não imaginávamos experimentar o amor de Deus tão perto. Cinco casais equipistas desenvolveram o trabalho com o apoio dos outros membros da Pastoral Familiar e do dedicado Pe. Francisco, SCE do Setor A, que esteve presente nos encontros, no planejamento e na celebração do matrimônio comunitário. Já no primeiro encontro, nos deparamos com a diversidade das histórias partilhadas, superação de preconceitos, desavenças familiares; casais juntos há 20 anos, com filhos já crescidos e outros há pouco tempo juntos; com filhos de relacionamentos anteriores, outros ainda sem filhos. Muitos revelaram que se sentiam à margem, pois participavam da missa e não comungavam. Alguns não haviam recebido nenhum dos sacramentos de iniciação cristã. Nos encontros seguintes já eram CM 513

perceptíveis a alegria no reencontro do grupo, a timidez que diminuía, a participação que crescia. “Nossa, sentimos falta do encontro, podia ter mais, está sendo muito bom para nós”, diziam. Durante a partilha de alimentos, ouvíamos “A gente não sabia que precisava rezar juntos, agora rezamos todo dia e nossa filhinha de 2 anos está aprendendo”. Acompanhamos um lindo processo de conversão. Outras pastorais ajudaram na catequese dos demais sacramentos. Todos se confessaram para receber a santa eucaristia na cerimônia, alguns pela primeira vez. Na entrevista pré-matrimonial com o sacerdote e no último encontro, os casais relataram como a vida deles mudou com as reflexões, partilhas do grupo e os testemunhos dos equipistas; desde comportamentos e atitudes que dificultavam o relacionamento até o propósito de crescer na fé. 19


O casamento comunitário, fruto dessa caminhada, foi realizado com 8 casais no dia 30/9 na Paróquia do Imaculado Coração de Maria. O nono casal do grupo terá uma celebração particular. Foi emocionante, durante os cumprimentos, após a celebração, vê-los manifestarem desejo de fazer parte da Pastoral Familiar ou se tornarem equipistas. Nossos parabéns a Bruna e

Eder; Genoveva e Antonio Carlos; Izabella e José Elton; Joice e Ricardo; Josiane e Gervásio; Marcia e José Henrique; Maria de Fátima e Regis e Patrícia e Calyton. “A obra é de Deus e o que é Dele permanece!” Leodéte e José Luiz CRS Setor A - Pouso Alegre-MG Eq. N. S. da Rosa Mística Região Minas III - Província Leste

PROVÍNCIAS SUL I E SUL II

Encontro de SCE e AE

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Entre os dias 11 e 14 de setembro, foi realizado um encontro memorável de Conselheiros Espirituais das Províncias Sul I e Sul II, em Itaici-SP. Tivemos a graça de acolher para este encontro 163 Conselheiros, vindos das 16 Regiões que compõem as duas Províncias. Desde a acolhida, na qual os Conselheiros chegavam a cada momento, todos ansiosos pelo início do encontro e até a sua conclusão, na celebração de envio, o clima entre os participantes sempre foi o melhor possível. Transcrevemos aqui alguns dos testemunhos dos Conselheiros em suas avaliações ao final do encontro: “As colocações, as experiências partilhadas, os palestrantes nos fizeram conhecer o Movimento mais a fundo e também nos fizeram perceber como ele é forte e atuante. De fato é um Movimento abençoado”. Frei José Almy Gomes “Foi um grande presente para nós, Conselheiros, lugar maravilhoso, os mimos, a convivência e principalmente a reciclagem e atualização sobre o Carisma das Equipes. Deus lhes pague por tudo”. Irmã Hilde Martini “O Encontro tirou dúvidas em relação ao serviço com as Equipes de Nossa Senhora, me encontro inserido e enriquecido com os conteúdos que nos foram passaCM 513

dos e propostos”. Dom Milton Aparecido Santana “O esclarecimento da função do Conselheiro Espiritual dentro da Equipes de Nossa Senhora e a preocupação pela santidade dos casais, este Carisma que nos leva ao encontro com o amor de Deus”. Pe. Alfred Josué Ruis Solano “Gostei muito, não imaginava que as Equipes de Nossa Senhora fossem além de um Movimento eclesial. É quase uma congregação religiosa”. Diácono Dário Paes de Brito “Foi um momento em que celebramos a vida, em que celebramos a vocação, em que celebramos a riqueza do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, na vida da igreja, nos casais, nas famílias, na vida religiosa consagrada e no ministério ordenado, na vida dos presbíteros e bispos, que caminham com o nosso Movimento”. Pe. Felipe Cosme Damião Sobrinho Porém, o nosso maior testemunho foi sem dúvida do nosso querido Pe. Henri Caffarel, que desde o início do Movimento buscou incansavelmente manter a fidelidade através dos casais ao Carisma Fundador e hoje, 78 anos depois, nos tornamos uma grande família, unidos através dos sacramentos do Matrimônio e da Ordem. Deus seja louvado! Sandra e Valdir CR Província Sul I Lenice e José Carlos CR Província Sul II 21


PROVÍNCIA

SUL III

Encontro dos SCE e AE

Dos dias 16 a 19 de julho, a Província Sul III acolheu em Florianópolis, no Recanto Champagnat, 87 de seus Sacerdotes Conselheiros Espirituais e Acompanhantes Espirituais para o primeiro encontro em nível de Província promovido pela SRB. Foram belos dias em que Deus presenteou todos com ricos momentos de convívio, formação e partilha, iniciando com a Celebração Eucarística presidida por Dom Adilson Pedro Busin. Já no primeiro dia sobressaíam a generosidade e a humildade de todos que lá estavam em deixar-se guiar, mostrando-se abertos a tudo o que para eles havia sido preparado. Em meio a este espirito, Pe. Flávio Cavalca os levou a 22

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recordar a vida do primeiro SCE das ENS, Padre Henri Caffarel. Pe. Paulo Renato (SCE SRB) mostrou-lhes a importância do Carisma, Mística e Espiritualidade das ENS. Em outro momento valorizou o papel dos AE, mas ao mesmo tempo mostrou-lhes o seu serviço especifico ao Movimento. Hermelinda e Arturo (CR SRB) conduziram-nos a refletir sobre a importância do SCE para os casais das ENS, chamando a atenção da sua missão junto aos casais, onde são mais do que um acompanhante de reunião ou mesmo professor de Bíblia. Finalizando as falas, Silvia e Chico nos convidaram a refletir sobre a Época de mudança que vivemos e os desafios que nos ocupam e preocupam. A cada dia todos se envolveram com as ricas oportunidades de troca de experiência possibilitada pelos trabalhos em grupo e pelos plenários em torno do legado e dos fundamentos do Pe. Caffarel, bem como da missão do SCE e AE nas ENS. Para engrandecer o encontro somaram-se os testemunhos de vida do Sr. Nereu da Dona Irany, falando do Pe. Caffarel em sua visita a Florianópolis e da importância de Dona Nancy e Dr. Pedro Moncau como Casal Piloto de sua Equipe Nossa Senhora do Desterro. Os testemunhos de Irmã Madalena Spak e Pe. Laudenor Teloken, que partilharam com os demais o que as ENS trouxeram/trazem para suas vidas, e de Fabiola e Joelson (Equipe Nossa Senhora da Luz - Setor A Criciúma), que deram o testemunho da importância do Conselheiro na vida do casal. Tudo foi maravilhoso, edificante e emocionante pela simplicidade com que cada um transmitiu suas experiências de vida que encantaram a todos. Findamos o encontro com a Celebração Eucarística presidida por Dom Wilson Tadeu Jönck, Arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, que com alegria esteve em mais este momento junto às Equipes de Nossa Senhora. Deus seja louvado pelo carinho com que cada Equipe, Setor e Região dedicaram aos seus SCE e AE para que pudessem participar e agradecemos a SRB por este frutuoso encontro. Há muito ainda que se caminhar, contudo é importante celebrar cada passo bem dado. Confiantes, vamos em frente! Adriana e Hudson Pe. Antônio Júnior CRP Sul III - SCEP Sul III CM 513

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raízes do movimento

“PERIGO” O que você vai ler é o início de uma conferência dada em 14 de novembro último, durante o grande Encontro Anual de Responsáveis de Equipes. Parece-me ser bom endereçar a todos os equipistas este aviso. Quando um motorista vê um sinal na estrada próximo de um cruzamento que indica: “Perigo”, ele diminui a velocidade e se faz atento. Eu me pergunto se eu não deveria reproduzir tal sinal sobre a primeira página de um folheto destinado a conhecer as Equipes de Nossa Senhora àqueles que atraem! Porque entrar nas Equipes de Nossa Senhora é perigoso. Quan d o n ó s a i n d a n ã o tínhamos a Carta [Os Estatutos], as equipes foram ameaçadas pelo perigo que espreita qualquer movimento cuja mística não é sustentada por obrigações [Pontos Concretos de Esforço]: os ânimos inflamam a respiração desta mística, mas a vida continua estagnada. Graças à Carta, hoje os equipistas estão efetivamente sustentados pelas obrigações. Mas atenção para este novo perigo: esvaziar as obrigações de seu espírito. Será, de fato, reduzir a prática das obrigações tornarem-se um fim, um ideal, o máximo, e que pareça aos membros das Equipes de que a perfeição cristã consista em cumprir as obrigações da Carta. Eles se considerarão perfeitos e 24

dormirão confortavelmente sobre o travesseiro da autossatisfação e da consciência tranquila... Recentemente, recebi uma carta provando-me que este perigo não é ilusório. Ela vem de um casal de grande estatura humana e espiritual. Eis aqui o que eles me escreveram: “Nós deixamos a nossa Equipe de Nossa Senhora depois de ter feito parte por muitos anos. Sentíamos sufocados: a impressão de que vivíamos em um mundo fechado em seus pequenos problemas, de um mundo que não queria ver as reais necessidades do ideal evangélico. A observância da Carta tornou-se, em determinados dias, como uma realidade hipócrita que permitia estar contente consigo à custa de pequenas frases, e fechar os olhos e ouvidos a todas as questões da sociedade atual”. Da mesma forma, mais de uma vez isso aconteceu comigo, viajando, conversando sob o ponto de vista de uma equipe: acusam de ser fechada, de constituir “o clã dos justos”, a “seita dos puros”. Eu sei que a maioria das E q u i p e s n ã o m e re c e e s t a s reprovações. No entanto, não posso deixar de me perguntar essa questão angustiante: Nossas equipes são elas formadoras de cristãos, ou produzem fariseus? Impressionado pelo perigo, confesso, por vezes, colocar em questão nossa concepção do CM 513


Movimento. Então eu me pergunto se não teria sido melhor deixar 6.000 casais sem o nosso “Movimento”: Talvez eles conhecessem mais fracassos, mas provavelmente seriam mais humildes. Outras vezes digo a mim mesmo que devemos nos contentar com uma mística exigente - sem obrigações práticas - que se pode chegar perto, mas nunca poderia perfeitamente se realizar. A vantagem seria a de manter uma benevolente preocupação, uma saudável tensão. Ou então eu acho que os casais não deviam permanecer mais que alguns anos nas equipes. Despertando neles o desejo de uma vida mais cristã, oferecendolhes as orientações gerais para se santificar no casamento e na vida secular, e dissolver a equipe. Permaneceriam toda a sua vida em noviciado? Mas, na verdade, eu não acho que a solução é procurar inovações: o antídoto ao perigo se encontra na própria Carta. Está lá na primeira parte, intitulada: Por que as Equipes de Nossa Senhora? CM 513

Primeira parte a menos original, mas a mais importante. A menos original. Felizmente, eu diria, porque seria perigoso procurar originalidade nesta área. Assim toda a ambição desta parte é apresentar resumidamente a vida cristã, como ela se impõe para todos os cristãos casados. Não importa qual movimento de casais poderia se reunir sem resumir a espiritualidade do cristão casado. No entanto, esta primeira parte é, de longe, a mais importante. Graças a ela as obrigações que lhe seguem são direcionadas: são preservadas para levar a um fim. Elas permanecem o que são, meios. O fim é a vida cristã em sua plenitude, tal como definido na primeira página da Carta: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. Traduzido do editorial da Carta Mensal francesa, no 3, ano XIII, dez. 1959.

Henri Caffarel

Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP 25


testemunho

Agradecimento pela peregrinação

Queremos agradecer primeiramente a Deus por nos dar essa oportunidade de ter saúde e poder participar desta caminhada de peregrinação. Agradecer também a todos aqueles que participaram direta ou indiretamente para que fosse concretizado esse gesto de amor à Mãe Aparecida que intercede por nós junto ao Pai. Agradecer àqueles que ficaram rezando e torcendo para o sucesso desta romaria. Agradecemos também ao nosso Bispo D. Ionilton, ao Pe. Alejandro, ao Pe. Graciomar, ao Diácono Acácio por suas disponibilidades, compreensões, paciência e incentivo a todos nós. Agradecemos à Polícia Militar, ao Hospital Regional José Mendes, ao carro de som, à empresa de transportes, aos moradores da estrada e às comunidades que nos receberam com carinho, a todos os que doaram água, fogos e, especialmente, a todos que aderiram a esta caminhada e aos que se doaram para ajudar e ao nosso Casal Responsável do Setor Itacoatiara. Que Deus abençoe a todos nós! Hoje às 3h00 não levantamos à toa de nossas camas e saímos de qualquer jeito de nossas casas. Tínhamos uma missão: louvar e orar a Deus e à Nossa Senhora, refletir sobre nossas vidas e agradecer, agradecer muito. Não era uma caminhada qualquer, mas um ato concreto de fé no qual deixamos todos os nossos problemas de lado por um único objetivo: louvar! 26

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Ao ultrapassar a primeira ponte no km 20 da rodovia AM-010, deu-se o início de uma caminhada em que enfrentaríamos a escuridão, o sol, o cansaço, mas não desanimaríamos no percurso, pelo contrário, todos estavam entusiasmados com uma finalidade em comum, honrar a Nossa Senhora com amor e devoção. Não foi fácil enfrentar as dificuldades, tais como as dores, a quentura, a estrada longa, os calos, porém não faltou ajuda mútua dos nossos equipistas durante todo o percurso. Tínhamos uma certeza: o que Cristo sofreu para nos salvar, e que estes percalços eram nada frente à Sua caminhada ao Calvário. Esses 25 km de caminhada nos fizeram refletir sobre nossa vida pessoal, de equipe, de família e o nosso papel na sociedade, e que devemos levar sempre a mensagem de Deus para aqueles que dela necessitam, inclusive para nós mesmos. As Equipes de Nossa Senhora de Itacoatiara (AM), neste Ano Mariano, disseram SIM a esta proposta, a qual sabemos, ainda é pouco por todas as bênçãos que já recebemos em família. Esse sacrifício que todos fizemos é apenas um modo de agradecer a Deus, por intermédio de Nossa Senhora, por nossa vida e pelas graças alcançadas, tendo-se a certeza de que esse Movimento o qual participamos é maravilhoso, nos proporciona momentos incríveis em nossa vida de família. Magnificat! Ficamos emocionados na chegada, pois a missão foi cumprida, sem transtornos. O gesto concreto neste Ano Mariano foi realizado com muito amor. O Senhor faz em nós maravilhas! Viva Jesus Cristo!!! Viva Nossa Senhora Aparecida!!! Vivam as Equipes de Nossa Senhora!!! Ariana e Ricardo Setor Itacoatiara Região Norte I CM 513

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Fortalecendo a Fé No mês de setembro foi desenvolvida uma atividade muito especial que ajudou a fortalecer a fé e a união entre os equipistas da cidade de Ponta Grossa-PR: uma peregrinação em grupo a Aparecida-SP. Ponta Gro ssa p o s s u i t rê s Equipes de Nossa Senhora e uma Experiência Comunitária em andamento e, por iniciativa da Equipe Nossa Senhora da Saúde, foi organizada uma romar ia ao San tu ário Na ci o n a l d e Aparecida. Foram quatro meses de preparação, confirmando a presença dos romeiros, fazendo a reserva do hotel e providenciando o transporte - um tempo de aproximação entre pessoas que

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nem se conheciam e passaram a integrar um mesmo grupo no WhatsSapp, onde eram trocadas mensagens de ordem prática e de carinho e ânimo. No dia 1o de setembro, uma sexta-feira, às sete horas da noite, começou o embarque dos romeiros - equipistas, parentes e amigos e também com a participação do Pe. Mário Casassa, SCE da Equipe Nossa Senhora da Saúde - rumo a Aparecida, que fica a 680 km de Ponta Grossa. Padre Mário iniciou a romaria com uma oração, relembrando a todos a importância dessa peregrinação neste ano em que se comemoram os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

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Após uma noite de viagem, o cansaço foi por todos esquecido diante da beleza e emoção de se estar no santuário. No primeiro dia os romeiros tiveram o dia todo livre para fazer a visita, cada um fazendo seu roteiro e, no fim da tarde, todos nos encontramos na missa das 18 horas. Mais tarde, no hotel, todos comentavam o quanto gostaram da viagem. “Aqui a gente pode ver o tamanho da fé do povo”, comentou um dos equipistas ao observar as pessoas de tantos lugares diferentes e que demonstravam a fé de tantas maneiras. “Que emoção a gente sente dentro da Basílica”, disse outro equipista. No domingo de manhã, tivemos um tempo para uma última

visita ou algumas compras, e depois um momento de oração e reflexão - todos os casais equipistas se reuniram numa sala do hotel e participamos de uma reunião especial das Equipes de Nossas Senhora, onde, diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida, pudemos refletir sobre a espiritualidade conjugal, com a ajuda de nosso SCE romeiro e equipista. Depois do almoço, com a missão cumprida, todos embarcaram de volta para casa, felizes e agradecidos pela graça de ser equipista. Nossa Senhora Aparecida, nossa mãe, rogai por nós. Sandra e Mauro Gardinal Eq.04 - N. S. da Saúde Ponta Grossa-PR

Testemunho do nosso filho Jonas, que cresceu dentro de uma família cristã equipista

Papai e Mamãe, não sou muito bom com as palavras. Desde muito cedo prefiro os números. Contudo, não consigo mensurar o tamanho do amor dentro de nossa família, simplesmente porque CM 513

ele é imensurável. O que há é uma doação total de um para com o outro, um amor infinito. E essa sem dúvida é a maior lição que vocês me aplicaram ao longo desses 22 anos: independentemente de quanto aprendemos nas escolas sobre palavras, ciências, números ou até mesmo de quantos números temos no bolso ou quantos deles nos tiram o sono, é possível construir uma família muito feliz e unida. Rosangela e João Eq.12 - N. S. da Assunção Piracicaba-SP 29


DEGASE:

20 ANOS DE PRESENÇA DA ARQUIDIOCESE DO RIO DE JANEIRO

O dia 1o de novembro de 2017 será para nós dois, em especial, e para todos os membros da Comissão Arquidiocesana de Assistência Religiosa ao Adolescente Privado de Liberdade um dia cheio das Graças do Senhor, como tantos outros que Ele nos tem dado. Nesse dia vamos comemorar um sonho acalentado há muito tempo. Foi em 1/11/1997 que quatro casais das Equipes de Nossa Senhora (Setor B - Região Rio I), com a assistência do Pe. Bruno Trombetta, e a pedido do nosso Cardeal Emérito Dom Eugênio de Araújo Sales, iniciamos o trabalho da Assistência Religiosa aos adolescentes privados de liberdade, internos no antigo Instituto Padre Severino, uma das unidades do Degase – Departamento Geral de Ações Sócioeducativa, que atual30

mente se chama Centro de Socioeducação Dom Bosco. Tudo começou durante o Encontro Anual de Casais Responsáveis de Equipe - EACRE de 1997, promovido pela Região Rio I das Equipes de Nossa Senhora, nos dias 8 e 9 de março, quanto o Padre Bruno Trombetta falou sobre a Campanha da Fraternidade daquele ano, cujo título e objetivo eram “A Fraternidade e os Encarcerados”, com o slogan Cristo liberta de todas as prisões. Solicitou aos equipistas apenas uma tarde de serviço por semana, dedicada aos encarcerados. Um ouvinte, com todas as tardes disponíveis, foi oferecer-se para esse serviço. Pe. Bruno respondeu a esse oferecimento dizendo que somente a ajuda de uma pessoa não seria suficiente, para, em seguida, dizer que gostaria que fosse formado um grupo de mais ou CM 513


menos 10 pessoas, não necessariamente marido e mulher, mas que houvesse homens e mulheres, para um constante trabalho pastoral (religioso e cultural) com os presos, já que há necessidade de pessoas que o ajudem nessa área. Esse foi o ponto de partida para um serviço que ele e mais 4 casais do Setor B, das Equipes de Nossa Senhora, iniciaram, não com adultos encarcerados, mas, a pedido do Sr. Cardeal, com os menores infratores recolhidos ao Instituto Padre Severino, na Ilha do Gover-

nador (Estrada Maracajá, 5 - Galeão - Tel.: 393-3955). As primeiras reuniões para a efetivação desse trabalho só começaram no final de setembro, e, a partir do sábado 01/11/97, até os dias de hoje, estamos indo, semanalmente, à Ilha do Governador para estarmos com os menores do Padre Severino. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Marisa e Elio Eq.49B Região Rio I

EDUCAR A FÉ: EIS A QUESTÃO! “A Reunião 6 do Tema de Estudo 2017 – EDUCAR A FÉ – nos preparou uma surpresa muito especial. Após refletirmos sobre o tema, nosso SCE, Frei Denílson ofmcap, nos disse que gostaria de saber o que nossos filhos pensavam a respeito do tema. Então nos propôs mostrar o texto para nossos filhos, pedindo-lhes que nos devolvesse uma reflexão sobre o tema. Como eles estão estudando e trabalhando fora de Piracicaba, Paulo na Bélgica e Pedro em Botucatu, enviamos a eles o texto, sem tanta certeza de que devolveriam em tempo para a Reunião Mensal. Tivemos uma feliz e grata resposta, que gostaríamos de compartilhar com vocês, pois participar das Equipes de nossa Senhora faz parte de nosso crescimento na fé”. Paulo, 26 anos CM 513

“A educação molda nosso futuro. Sem dúvida, é uma das forças mais determinantes na decisão do caminho que tomaremos em nossas vidas. Filhos aprendem muito com seus pais e é possível que os pais aprendam algo com seus filhos. Educação é uma palavra com uma infinidade de significados. O texto em questão enfoca a educação para a fé. Com a educação para a fé, ganhamos estabilidade não apenas em nossa vida espiritual, mas em todos os outros aspectos do nosso cotidiano. Tudo começa em casa. O alicerce, o campo arado da nossa educação é preparado por nossos pais, primeiramente, e outros parentes próximos em seguida. Sem uma base forte, não há abertura para que os educadores seguintes, professores, padres... nos transmitam 31


seus ensinamentos. Tais ensinamentos são fundamentais para as próximas etapas de nossas vidas e, caso consigamos absorvê-los de maneira correta, alcançaremos a estabilidade. Depois de nossa estabilização, vem o momento de nos movimentarmos, nos esforçarmos, para tentar transmitir os ensinamentos para o outro. Na terceira parte do texto, mais especificamente no trecho de autoria do Pe, Durval, fica claro que é importante sempre estar em contato com Deus, e a maneira como isso é feita pode variar grandemente. Mas uma coisa é certa: a simplicidade é muito bem-vinda! Não é preciso nada sofisticado ou exagerado para se comunicar com o Pai. E isso é transmitido pelos pais aos seus filhos, quando cada um, de seu jeito particular, investe diariamente e sem pretextos para falhas - não importa o nível do cansaço ou os fatores externos um tempo para conversar, agradecer e pedir a Deus. Finalmente, na última parte do texto, dois pontos são destacados: 1. nossa vida moderna, intensa, frenética tende a nos afastar

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do contato com Deus; 2. não há lugar específico, sexo correto, etnia ou classe social exata para a transmissão de sabedoria e dos ensinamentos da fé. O preconceito era inexistente para Jesus Cristo e, do mesmo modo, deve ser algo repudiado por nós. Devemos olhar para as pessoas de maneira limpa, desconsiderando seus rótulos e superficialidades. A solução para ambos os pontos se resume em uma palavra: amor. Como o próprio texto cita, “com amor é possível”. E o que seria o amor, senão Deus? Se tivermos amor conosco, se tivermos Deus conosco, tudo é possível.” Pedro, 24 anos “Durante a leitura do texto, fui capaz de reconhecer várias características citadas sobre uma família nas minhas próprias experiências de vida, dentro da minha família. Quando criança, lembro-me de meus pais incentivando a oração, não apenas recitando preces,

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mas através de um diálogo com Deus/Jesus. Na época, parecia apenas mais um momento do dia em que eu estava em aula, porém fora da escola. Mas ao mesmo tempo foi capaz de plantar na minha consciência a importância desse diálogo diário, todo fim de noite. Até hoje, graças a meus pais, tios e avós, não me deito para descansar para o dia seguinte sem antes rezar. E ainda, o momento de reza meu é o que mais me traz tranquilidade e a sensação de que tudo vai dar certo dali para frente. Essa foi a fé que me foi regada e a que me mantém firme em meus compromissos e responsabilidades como pessoa. Educação, fé e confiança foram sempre presentes em minha família. Até hoje, acredito que seja por isso, nos preocupamos tanto em conversar sobre como vão nossas vidas, sobre como as coisas são diferentes da época em que meus pais tinham a minha idade e como mudaram para as crianças de hoje em dia. Toda vez que retorno para casa aprendo coisas novas com meus pais. Mas não são ensinamentos científicos ou acadêmicos. O que fazemos é compartilhar experiências, o que me traz um crescimento social e espiritual. Esse ensinamento não é possível ser aprendido em escolas ou faculdades. É o tipo de ensinamento que uma família dará para seus integrantes - como dizia o texto-base. Uma crítica que eu teria a fazer aos tempos atuais envolveria exatamente a falta de fé e educação que assola a sociedade. Acredito CM 513

fortemente nas bases fisiológicas dos problemas psicológicos, que são discutidos hoje em dia e conhecidos como ‘mal do século’. Porém, também acredito que a falta de fé, a falta de um lugar para se apoiar e se firmar são fatores que contribuem para que tais problemas se desenvolvam na sociedade. Se a proximidade com Deus traz felicidade, é fácil afirmar que a distância dele dificulta esse estado de vida. Além da fé, eu atribuo à falta da educação familiar o problema da existência de adultos imaturos e egoístas. Pessoas sem o conhecimento da realidade, portanto pessoas que mantêm escondido aquilo que é real, são incapazes de pensar fora do seu ‘próprio mundo’ e acabam ignorando a dura realidade vivida pelo próximo, impedindo que amadureçam pelas experiências e conhecimentos que o mundo oferece através das inter-relações sociais. Apesar de tudo, foi ensinado a mim a não desistir do meu próximo. O otimismo e a crença de que educar nunca é tarde demais fazem com que eu seja estimulado a tentar ajudar e aconselhar aqueles que precisam. Afinal, o maior ensinamento que minha família me concedeu foi o do amor, pois o amor ‘tudo suporta’. Concluindo, queridos irmãos de nosso Movimento, só podemos rezar com Maria: ‘O Senhor fez em nós maravilhas, Santo é Seu nome...’,” Márcia e Fernando Eq. N. S. do Carmo Setor B Piracicaba-SP 33


reflexão

ADVENTO

A tecnologia e a globalização trouxeram ao mundo uma capacidade imensa de interação, comunicação e competição. Estes fatores associados, dentro deste mundo rápido, obrigam ordinariamente a que as pessoas, por outro lado, também, corram sem parar em busca de um “lugar ao sol”. Para tanto, o dia existencialmente fica mais curto e as horas de trabalho mais longas; os momentos com a família ficam mais raros, bem como também escassos os momentos de lazer, convivência e envolvimento. Por um lado realizamos muito, funcionamos bem, consumimos mais. Mas, vivemos pouco. A corrida veloz em que a vida se tornou não nos permite ombros para chorar, mãos para nos afagar e afeto para nutrirmos. Mais ou menos como se disséssemos: não tenho tempo para ser humano. O materialismo puro e simples é 34

um grande engano. Dá-nos uma ilusão futurista de que um dia distante viveremos com tudo aquilo que conseguimos. É exatamente nessa alienação de ter para depois ser que estamos todos desavisadamente metidos. As coisas devem acontecer juntas, intradependentes, mas com prioridade, é claro, voltada para o ser. Neste mundo ilusório (o materialista) falamos mais e mais das realizações profissionais para abafarmos, quase sempre, os fracassos e as fraquezas do nosso mundo emocional e relacional. Quando nosso Deus comissionou Moisés para libertar o povo do Egito, Moisés quis saber o seu nome, ao que Ele respondeu: “Eu Sou”. Por isso, Deus não é frustrado em seu ser, pois o primeiro e mais importante atributo seu é o de Ser. Como seres criados à “imagem e semelhança de Deus”, CM 513


devemos buscar, antes de qualquer coisa, a nossa razão de ser enquanto humanos e insaciavelmente sedentos de vida. Estamos nos aproximando do Advento, um tempo forte de conversão. Quando se aproxima o fim de ano, a gente logo se prepara, limpa a casa, troca alguns móveis, compra roupas e calçados. Deveríamos ter a mesma preocupação, enquanto cristãos, em relação à vinda do Messias. O Advento é exatamente o tempo para que a gente faça a seguinte reflexão: para onde vamos, o que queremos, qual a nossa missão aqui na terra, etc. O Advento é, ainda, um tempo propício para que possamos limpar o nosso coração das impurezas que o impedem que realizemos as boas obras. Na espera do Natal fazemos a trajetória do Advento. Estamos em tempo de preparação, fazendo um caminho de esperança. Depositamos confiança em muitas coisas

do mundo, mas nem sempre essas coisas conseguem trazer-nos verdadeira realização, muito menos a esperança. Só Deus é capaz de nos dar segurança e perspectiva de vida duradoura. É o tempo da busca, da conversão, de encorajamento e confiança no amor misericordioso do Senhor. É importante ter a consciência de que somos conduzidos pelas mãos do Senhor. Natal significa que o Senhor vem ao nosso encontro. Por isso é um tempo de bênção. O momento é de vencer as resistências num horizonte de liberdade e de ilimitada responsabilidade no caminho da esperança. É uma questão de fé, de convencimento de que Jesus Cristo nasce para trazer vida, superando todas as fragilidades que acompanham a humanidade. Aninha e Léo Eq.04C - N. S. da Saúde Região RN1 Natal-RN

8a REUNIÃO:

Dinâmicas Culturais

Nós cristãos estamos inseridos no mundo e devemos estar atentos às suas mudanças bem como buscarmos uma atualização junto à “Mãe Igreja” sobre o que ela nos orienta e como pede que atuemos frente às mudanças de comportamentos sociais, econômicos e profissionais para que enquanto cristãos não nos desviemos da Luz do Evangelho. “...É dever da Igreja investigar a todo o momento os sinais CM 513

dos tempos, e interpretá-los à luz do Evangelho” – e não à luz de pensamentos ou opiniões individualistas. Quem nos guia é e deve ser sempre Jesus Cristo e seus ensinamentos. É preciso acreditar na Igreja e em suas colocações e orientações pois são pautadas por muitas reflexões e inspiração do Espírito Santo. Vejam a luta social atualmente da Igreja contra o sentido do matrimônio que o mundo tende a mostrar e dizendo que a 35


Igreja é “quadrada” e “ultrapassada”, mas ela é sábia e nos esclarece o real sentido do matrimônio, o que precisamos é de fato e com veemência decidirmos de que lado eu quero e devo seguir, Igreja ou Mundo??? (enquanto isolamento e vai contra o projeto de Deus). O que me dá a salvação, Igreja ou Mundo? A cultura e a Igreja quando bem vividas em conjunto nos proporciona um equilíbrio e um convívio harmonioso em toda a situação e com todas as mudanças sócioculturais que venham a acontecer. Assim nos exorta o Papa Francisco, “os tempos fazem o que devem: mudam. Os cristãos devem

fazer o que Cristo quer: avaliar os tempos e mudar com eles, permanecendo firmes na verdade do Evangelho”. O que não se admite é o conformismo tranquilo que, efetivamente, nos deixa imóveis. É preciso conhecer para poder falar, opinar, dialogar e, principalmente, mostrar. Palavras como “eu acho” não servem para nada se não forem baseadas em fatos, ideias concretas que eu tenha conhecimento para opinar. O mundo está cheio de “eu acho” e isso está sendo o grande mal da humanidade atualmente. Priscila e Eduardo Caparroz Eq.13 - N. S. Schoenstatt Garça-SP

ANO VELHO – ANO NOVO Um ano termina e outro começa. Uma noite comum separa os dois anos: o velho e o novo. Seria maravilhoso se realmente essa simples noite realizasse o grande sonho: deixar um ano para trás e amanhecer para um novo ano com nova audácia, com muita energia e com uma enorme disposição em realizar algo que engrandeça a história pessoal e a história da própria humanidade. Para que o ano se faça novo não será preciso consultar os astros, nem os videntes nem forças sobrenaturais. É bem mais sensato basear-se no bom senso, no equilíbrio emocional e na lucidez da razão. São essas as forças que deverão garantir um passo novo em seus empreendimentos, em seus 36

projetos e em seus sonhos. A força maior em tudo isso deverá ser a fé renovada e fortalecida em cada acontecimento e em cada realização. Uma fé que leve a reconhecer as fraquezas e as possibilidades, as limitações e os projetos. Uma fé que não temerá passar por momentos difíceis nem por provações até mesmo constrangedoras. Uma fé que não deixa morrer a esperança de alcançar o que se deseja. É essa fé que fortalece o espírito de cada ser humano que se disponha corajosamente a abandonar os velhos vícios, as velhas manias, as mesquinhas intrigas que causaram descontentamentos e dissabores. Manias e desgostos que se tornaram empecilhos CM 513


indesejados para uma convivência mais saudável e mais harmoniosa. Deixar o ano velho para trás. Para muitos, esse ano proporcionou momentos e fatos ricos e valiosos. E são motivos nobres para celebrar, agradecer e guardar como riquezas que farão parte de um patrimônio sagrado e bendito e se constituirão motivo de orgulho para os admiradores e familiares futuros. Maravilhoso é o fato de olhar o passado com o olhar de quem se sente feliz em ter realizado e proporcionado o melhor de si. E, a partir dessa constatação, entrar para o novo ano com disposição renovada, com projetos otimistas e com amor fecundo. Esse amor está faltando em muitos corações. Esse amor não consegue motivar muitos intelectos acomodados e envelhecidos por causa do medo em assumir e da teimosia em não acreditar em dias melhores. Mas sempre é tempo de reCM 513

começar! Sempre é tempo de renovar pensamentos, projetos e sonhos. Não pode contentar-se com as conquistas realizadas. Não pode acomodar-se naquilo que alcançou. Não pode deixar morrerem o entusiasmo, o otimismo e a esperança. Novo ano é novas disposições, novas atitudes e novos compromissos. Novo ano exige uma fé renovada, uma esperança fortalecida e um amor criativo. Em tudo colocar dinamismo, confiança e disposição em conquistar novos espaços e irradiar muita alegria e uma imensa satisfação. Saborear a satisfação de estar fazendo o que é bom, o que é belo, o que enobrece, o que engrandece e, especialmente, o que agrada a Deus. Que a paz vença o ódio, que o amor supere a frieza e a fé ilumine todas as mentes. FELIZ ANO NOVO. Frei Venildo Trevizan Colaboração CRP Centro-Oeste Lu e Nelson 37


partilha e PCE

A Oração Conjugal: Rezar juntos, marido e mulher, todos os dias. “Eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade” (Jo 17, 23). Cristo está presente de uma maneira muito especial quando os esposos rezam juntos. Não somente eles renovam o seu “sim” a Deus, mas atingem essa unidade profunda que só se consegue através da união dos corações e dos espíritos no sacramento do Matrimônio. A oração conjugal torna-se a expressão comum de duas orações individuais e deve nascer naturalmente de uma vida partilhada. Se cada um dos esposos tem seu estilo de oração, é importante que eles tentem desenvolver uma maneira comum de rezar, para descobrir e viver uma nova dimensão de sua vida conjugal. Sua oração em comum será mais fácil, mais autêntica e profunda quando a escuta da Palavra de Deus e a oração silenciosa são uma prática regular dos dois esposos. O Magnificat, a oração de todas as Equipes de Nossa Senhora, pode fazer parte dessa prece quotidiana. Quando o casal tem filhos, é importante que um tempo seja reservado para a oração em família. O casal é, para os filhos, seu primeiro lugar de aprendizagem. Cabe aos pais transmitir-lhes a fé e agir de tal maneira que a casa seja um lugar onde eles se sintam à vontade para rezar. As crianças que estão crescendo podem desejar uma relação mais pessoal com Deus; entretanto, algumas continuam disponíveis para partilhar um momento de oração em família, antes da refeição, por exemplo.*

*(Guia das Equipes de Nossa Senhora, p. 25).

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Logo ao amanhecer eu e meu querido marido contemplamos à dádiva de mais um dia que se inicia. Com a alegria e gratidão Invocamos o Espírito Santo depois escutamos a Palavra de Deus individualmente, momento de intimidade com o Pai, nos silenciamos e após fazemos a meditação. Neste exercício espiritual e com muita paz que chega a invadir a nossa alma fazemos a nossa oração conjugal. Momento sublime, que sentimos sermos conduzidos pelo Espírito Santo, que nos orienta o que pedir. Começamos a nossa oração com louvor, e agradecimentos, e depois súplicas, pedindo a Deus a Sua proteção e bênçãos sobre nossa família. O que nos surpreende é a riqueza que vai saindo do nosso interior, e fortalecidos pela nossa fé vamos fazendo a nossa oração cada vez mais tementes a Deus. Momento de Graça em nossa vida, que procuramos fazê-lo todos os dias com abertura de coração e muito amor a Deus, ao nosso cônjugue, à nossa família, ao Movimento das ENS, à Igreja e a todas as pessoas que necessitam das nossas orações. Esse PCE que nos é proposto pelas Equipes de Nossa Senhora torna-nos mais unidos no matrimônio e a Deus, continuamos vivendo esta oração durante o nosso dia, procurando fazer a vontade do Pai em nossas vidas. Valéria e João CRR-SP Nordeste

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serviços nas ENS

Sacerdote Conselheiro Espiritual O Movimento sempre fez apelo a padres para que fossem Conselheiros Espirituais das Equipes. Essa é a sua tradição estabelecida. Esse é o seu firme desejo. O que se espera do Conselheiro Espiritual é, antes de tudo, que seja padre e que preencha em primeiro lugar na equipe, comunidade eclesial, sua função sacerdotal, “tornar presente o Cristo como Cabeça do Corpo” (Sínodo dos Bispos, 1971). O que por muito tempo foi uma experiência muito rica tornou-se uma convicção teológica. A equipe de casais, “reunida em nome de Cristo” e constituindo uma pequena célula de seu Corpo, tem necessidade do sacerdote que representa o Cristo Cabeça e faz dessa equipe uma verdadeira pequena comunidade de fé (ecclesia). É provavelmente o aspecto mais difícil a ser captado pelos casais: mistério de fé. É também o mais fundamental. “Os padres trazem às equipes a graça insubstituível de seu sacerdócio; não assumem responsabilidade de governo; é por essa razão que são chamados “conselheiros espirituais”. O Sacerdote Conselheiro Espiritual de equipe é escolhido pelos membros da equipe entre os sacerdotes que exercem legitimamente o ministério sacerdotal em conformidade com o Cânon 324 § 2”. A linha seguida pelo Movimento até hoje é, portanto, clara e coerente: o que se quis desde o começo é que o Conselheiro Espiritual fosse um padre pela razão de seu sacerdócio ministerial. Manual do Sacerdote Conselheiro Espiritual, p. 5-6 ENS.

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Minha experiência com as ENS Cheguei nas Equipes no ano de 2006, quando um grupo de casais, após uma missa, na obra salesiana de Pindamonhangaba, encontrou-se comigo, na saída da sacristia, e conversou sobre esse projeto. Confesso que, de início, achei um projeto exigente, mas não demorei muito a manifestar meu desejo de conhecê-lo. Foi amor à primeira vista, pois logo me tornei o Sacerdote Conselheiro do setor de Pindamonhangaba. Após os quatro anos de missão por lá, fui transferido para São José dos Campos, onde conheci também alguns equipistas aqui, e tão logo recebi o convite para acompanhar uma equipe, e depois de dois anos deixando a equipe de Pinda, assumi mais duas outras equipes em São José. Como é bom ver o movimento de casais e sacerdotes compreendendo o lugar do matrimônio cristão no desígnio de Deus. É a missão que assumi: fazer com que Deus seja mais conhecido, proclamando o Seu amor, nesta comunidade de pessoas que se amam e buscam viver o sentido de família.

Pe. Silvio Cesar Eq. N. S. Anunciação, Eq. N. S. das Vitórias, Eq. N. S. do Rosário São José dos Campos-SP CM 513

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notícias ANIVERSÁRIO DE PRESENÇA DO MOVIMENTO NAS CIDADES: 30 anos - Grandes Rios-PR

40 anos - Brotas-SP

50 anos - Pindamonhangaba-SP

Relatório da primeira Reunião de Equipe em outubro de 1967, por Ma. Helena e Roberto Pastorelli, com a presença de seis casais, o SCE Padre Cornélio e o Casal Piloto.

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ANIVERSÁRIO DE EQUIPE

25 anos Eq. N. S. do Sim São Paulo-SP

30 anos Eq. N. S. Aparecida São Paulo-SP

40 anos Eq. N. S. Mãe da Igreja Sã Paulo-SP CM 513

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ANIVERSÁRIO DE EQUIPES

50 anos Eq. N. S. do Bom Sucesso Pindamonhangaba-SP

50 anos Eq. N. S. Aparecida Porto Alegre-RS

BODAS DE PRATA

Luciane e Alexandre 14/11/2017 Eq. N. S. Mãe Três Vezes Admirável Pindamonhangaba-SP 44

Luciana e Denilson 20/11/2017 Eq. N. S. do Loreto Rio de Janeiro-RJ CM 513


CLAUDIA E RÔMULO 05/09/1967 Eq. N. S. de Fátima Natal-RN

Marinalva e Carlos 25/10/2017 Eq. N. S. de Fátima Canápolis-MG

Albany e Antônio 05/09/2017 Eq. N. S. da Conceição Arapiraca-AL

Kelley Cristina e Wladimir 05/09/2017 Eq. N. S. Mãe do Divino Amor Votuporanga-SP

Rosi e Nick 22/05/2017 Eq. N. S. Mãe da Igreja Aparecida-SP

Eliane e Sérgio 05/12/2017 Eq. N. S. do Divino Amor Guaratinguetá-SP

Sylvia e Maurílio 12/07/2017 Eq. N. S. do Amor Divino Guaratinguetá-SP

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BODAS DE PÉROLA

Rosângela e Ernani 14/11/2017 Eq. N. S. Auxiliadora Pindamonhangaba-SP

Jocely e Clodoaldo 12/08/2017 Eq. N. S. da Conceição Salto-SP

Déborah e José Hamilton 11/09/2017 Eq. N. S. de Lourdes Campo Largo-PR

BODAS DE OURO

Erica e Ernesto 02/09/2017 Eq. N. S. de Fátima Cascavel-PR

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Shirley e Almir 30/09/2017 Eq. N. S. dos Anjos Porto Alegre-RS

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Vera e Roberto 09/09/2017 Eq. N. S. Escudo da Fé Belém-PA

Joana e Clemente 25/03/2017 Eq. N. S. da Fraternidade São José dos Campos-SP

Glória e Alcenir Teixeira 23/07/2017 Eq. N. S. Aparecida Piracicaba-SP

Maria Lucia e Laurival Bais 20/05/2017 Eq. N. S. do Rosário Limeira-SP

BODAS DE DIAMANTE

Eunice e Normando 23/10/2017 Eq. N. S. da Consolata Brasília-DF CM 513

Dalva e Sebastião 28/09/2017 Eq. N. S. da Medianeira de Todas as Graças Florianópolis-SC 47


ANIVERSÁRIO DE SACERDÓCIO

40 ANOS DE SACERDÓCIO Pe. José Antonio Dal Bó Giovanetti 26/04/2017 Setor Aparecida-SP

60 ANOS DE ORDENAÇÃO PRESBITERAL Dom Lúcio I. Baumgaertner 01/12/2017 Cascavel-PR

VOLTA AO PAI José Meirelles (da Esmeralda) Em 10/09/2017 Integrava a Eq. N. S. das Graças Vinhedo-SP

Gerson (da Maria do Carmo) Em 10/03/2017 Integrava a Eq. N. S. de Fátima Campo Grande-MS

Vilmar (da Gisele) Em 30/09/2017 Integrava a Eq. N. S. do Pantanal Campo Grande-MS

Dalila (do Xisto) Em 25/09/2017 Integrava a Eq. N. S. das Vitórias Brasília-DF

Akira (da Kioko) Em 17/03/2017 Integrava a Eq. N. S. Imaculada Conceição Campo Grande-MS

Egídio (da Adélia) Em 09/10/2017 Intregrava a Eq. N. S. do Lar Guaratinguetá-SP

Ivanilda (do Francisco) Em 22/09/2017 Integrava a Eq. N. S. das Graças Ituiutaba-MG

Idelfredo José (da Maria Perciliana) Em 24/05/2017 Integrava a Eq. N. S. Imaculada Conceição Campo Grande-MS

Dom Enrico Angelo Crippa, OSB Em 21/10/2017 Integrava como SCE a Eq. N. S. do Monte-Negro

Tereza Cristina (do João Edson) Em 01/07/2017 Integrava a Eq. N. S. de Guadalupe Campo Grande-MS

Jacob Jovino Tomazella Em 29/07/2017 Integrava como SCE o Setor A e a Eq. N. S. do Menino Jesus Rio Claro-SP

René (da Mônica) Em 29/06/2017 Integrava a Eq. N. S. Imaculada Conceição São Paulo-SP

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MEDITANDO EM EQUIPE

É Natal, e Deus nos Ama

A Palavra de Deus: Leiam Lc 2, 4-17. Reflexão em silêncio

O casal José e Maria viveu uma experiência muito semelhante à de vocês. • Viviam juntos havia pouco tempo. Maria estava chegando ao final da gravidez. Foram surpreendidos pelo decreto. – Qual a maior surpresa de Deus na sua vida de casal? • A viagem foi longa e penosa. – Que mudança Deus provocou em sua vida de casal? • Não acharam lugar onde ficar. – Que angústias já enfrentaram? • Tudo mudou quando o Menino nasceu. – O que Deus lhes disse em cada filho que lhes nasceu? • Os pastores chegaram para lhes dizer que Deus estava com ambos. – Que grandes alegrias Deus lhes deu na vida de casal? • Alegrem-se, sua vida de casal pode ser sempre Natal.

Oração espontânea partilhada Oração Litúrgica

(Das Laudes do dia de Natal)

Do sol nascente ao poente cantai, fiéis, neste dia, ao Cristo Rei que, por nós, nasceu da Virgem Maria.

Nasceu da Virgem o Filho Que Gabriel anunciou, em quem no seio materno João, o Batista, exultou.

Autor feliz deste mundo, tomou um corpo mortal. A nossa carne assumindo, livrou a carne do mal.

Não recusou o presépio, foi sobre o feno deitado; quem mesmo as aves sustenta com leite foi sustentado.

No seio puro da Virgem entrou a graça dos céus. Em si carrega um segredo sabido apenas por Deus.

Do céu os coros se alegram, os anjos louvam a Deus. Pastor se mostra aos pastores quem fez a terra e os céus. Louvor a vós, ó Jesus,

O casto seio da Virgem se faz o templo de Deus. Gerou sem homem um Filho, o Autor da terra e dos céus.

Que duma Virgem nascestes. Louvor ao Pai e ao Espírito no azul dos paços celestes. Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal

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Presépios brasileiros

O significado do Presépio Montar um Presépio em casa já é tradição entre as famílias católicas, e deve ser montado no 1o domingo do Advento e desmontado no dia 6 de janeiro, data em que a Igreja celebra a “Solenidade da Epifania do Senhor”. O Presépio foi criado por São Francisco de Assis em 1223. Ele montou o primeiro presépio em uma gruta, na Itália, para relembrar ao povo a natividade de Jesus Cristo. No Brasil, a cena do Presépio foi apresentada pela primeira vez aos índios e colonos portugueses em 1552, por iniciativa do Padre José de Anchieta. Cada figura do Presépio tem sua importância: Os Animais representam a natureza a serviço do homem e de Deus. Os Pastores simbolizam a humildade, pois naquele tempo a profissão de pastor era uma das menos reconhecidas. O Anjo é o mensageiro de Deus e o comunicador da Boa Notícia. A Estrela simboliza a luz de Deus que guia os Reis Magos ao encontro do Salvador. OS Reis Magos Belchior, Gaspar e Baltazar, conheciam astronomia, medicina e matemática, representando a ciência que vai até o Salvador e o reconhece como Deus. Ouro, incenso e mirra são os presentes que os magos oferecem ao Menino Jesus, reconhecendo-o como Divino. São José é o pai adotivo de Jesus, lhe deu um nome, um lar e lhe ensinou a profissão de carpinteiro e a experiência de ser filho de um pai terreno. Maria é a escolhida para ser a mãe do Salvador. É aquela que disse “sim’”à vontade de Deus, e por ela a humanidade recebeu Jesus. Menino Jesus é o Filho de Deus que se fez homem, para dar sua vida pela humanidade. Fonte (noticias.cancaonova.com)

Equipes de Nossa Senhora Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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