ENS - Carta Mensal 505 - Março 2017

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Ano LVII • março • 2017 • nº 505

“Quaresma: Um tempo precioso para a graça da conversão” Orar com os intercessores

Pontes sim, muros não

Os desafios pastorais da família


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super-região Sonhar o sonho de Deus! Ação e Compaixão Pontes sim, muros não Quaresma Comunicação digital nas ENS Intercessão Terço dos Intercessores - Mistérios Luminosos

correio da ERI 12 14 15 17

Alegria do Encontro Nossa missão na Igreja Amoris Laetitia Capítulo III Palavra do Papa

vida no movimento 19 20 22 23 24 25

Província Centro-Oeste Província Leste Província Sul I Província Sul II Província Sul III Como posso pesquisar assuntos

nos documentos do Movimento?

raízes do movimento 27

E

comunidade N. S. da Esperança

01 editorial 02 03 04 06 08 09 10

C

Reflexões sobre um editorial

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Seja uma benção para todos!

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Como os livros do Padre Caffarel nos ajudam Carta de um Casal Ligação à sua equipe ligada Antes de sermos membros das ENS

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Equipes de Nossa Senhora, riqueza da Igreja Nas ENS sejamos testemunhas da Misericórdia Divina Amor fraterno, tempero da vida em comunidade Os biomas e os PCE cultivar e guardar Novo ano

testemunho

reflexão

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partilha e PCE 39

Retiro

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Casal Responsável de equipe

serviços nas ENS

43 notícias 48 dicas de leitura

Carta Mensal Equipes de Nossa Senhora

no 505 • março • 2017

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622). Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira. com - Responsável: Ivahy Barcellos - Ilustração de capa e pp. 8,34 e 38 Can Stock Photo - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta edição: 26.850 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


editorial Queridos irmãos equipistas, Que alegria! Já estávamos com saudade. Março se inicia com muitos e grandes desafios, mas também com sinais de alegria e esperança. Nosso desafio será derrubar muros e construir pontes. Seremos facilitadores, construtores de pontes. Teremos a oportunidade de olharmos nossas vidas e destruirmos os muros que nos impedem de sermos testemunho de um matrimônio feliz, de testemunhar o Senhor com nossa vida. A Carta deste mês traz artigos que nos ajudarão a estar em estado permanente de missão. Neste mês, viveremos a Quaresma, tempo forte de oração, jejum e esmola que nos fortalecerá para o novo ano equipista. O artigo do Padre Octávio, SCE da Província Sul I, é um convite para iniciarmos a caminhada de transformação no seguimento de Cristo. Goretti e Moacir, casal responsável pela intercessão, nos convidam a rezar mais. Deus habita no coração de quem reza. Não deixem de ler! Outra importante mensagem vem da ERI. O primeiro artigo do seu casal de ligação da Zona Centro-Europa, e o segundo do sacerdote conselheiro espiritual, Padre Jacinto (SCE ERI). Em 2016, Padre Geraldo Hackmann iniciou uma reflexão sobre o Amoris Laetitia. Nesta edição, teremos o terceiro capítulo da Exortação Apostólica Pós-Sinodal, com o título “O olhar fixo em Jesus”. A partir desta edição teremos um espaço reservado para falarmos a cada mês de um PCE e de um serviço dentro das ENS, sempre seguidos de um testemunho. ”Palavra do Papa” será uma bênção nas nossas edições. Que tal ir dar uma olhadinha nestas novidades? Queridos irmãos, desejamos que 2017 seja um ano intenso, de muito estudo, dedicação e ação. Que N. S. Aparecida, no ano em que comemoramos 300 anos da sua aparição, nos cubra com seu manto para que possamos adorar a Deus com todo o coração e amar todas as pessoas com genuína caridade. Fernanda e Martini CR Carta Mensal ENS

Tema: “Ousar o Evangelho - PONTES SIM, MUROS NÃO” CM 505

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super-região

Sonhar o sonho de Deus! “... apareceu-lhe em sonho um anjo do Senhor... Quando acordou, José fez conforme..tinha mandado” (Mt 1, 20.24)

Caros amigos e amigas equipistas, aproveito o privilégio, nessa primeira edição de 2017 da nossa querida Carta Mensal, para fazer um convite: vamos sonhar o sonho de Deus! Faço isso através da experiência mística de São José, patrono da Igreja, que celebramos no dia 19 de março. Não é novidade para ninguém constatar que vivemos um 2016 muito difícil. Um Brasil novo e com desafios realmente exigentes surgiu diante de nós e interpelou nossas vidas, famílias e sociedade. Particularmente nossa Fé! Não quero ser pessimista, mas realista, nada indica que 2017 será muito diferente. Onde encontrar forças? Como enfrentar os novos e, quem sabe, mais difíceis desafios que virão? Certamente não acreditando unicamente em nós mesmos e em nossos projetos permeados por nossos mesquinhos interesses pessoais. Proponho uma inspiração! Voltando os olhos para o evangelista Mateus que coloca São José como interlocutor do anjo do Senhor no anúncio do nascimento do Menino Jesus, temos o segredo de nos mantermos firmes na Fé e na Esperança. José era um homem justo, tudo indica que seguia com atenção sua religião e os preceitos derivados dela com muita seriedade. Surpreendido com a gravidez de Maria poderia ter agido com o conceito de justiça que sua formação lhe deu, abandonar Maria. Sua lei permitia isso e ele continuaria justo aos olhos da sociedade. Contudo, na prática, ela seria descoberta grávida num futuro próximo e 2

como José a teria abandonado a conclusão das pessoas seria a de uma traição, o que levaria Maria ao apedrejamento. José sonha e recebe um desafio: olhar o acontecimento com os olhos da Fé. Ele desperta e permite-se sonhar o sonho de Deus. Desposa Maria e com seu simples ato de Fé colabora para mudar a história da humanidade. Minha proposta é que também sonhemos o sonho de Deus! Vamos acordar nesse 2017 de nossos pessimismos e de nossas convicções por vezes egoístas e limitadas. É o sonho de Deus para o seu casamento que você está vivendo? É o sonho de Deus para sua família, relacionamentos... que você está vivendo? Talvez você até tenha razão, como tinha São José, por já estar fazendo a sua parte e com justiça. Mas Deus pede algo mais. Que algo a mais é este? Agora é com você! Uma coisa posso dizer, assim como José que ao deixar-se sonhar o sonho de Deus proporcionou que Jesus fosse conhecido por inúmeros homens e mulheres, você, permitindo-se sonhar com Deus, pode levá-lo às pessoas ao seu redor, e quem sabe até aprofundá-lo dentro do seu próprio coração. Vamos construir o mundo sonhado por Deus! Vamos sonhar com Deus! São José, rogai por nós! Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região CM 505


Ação e Compaixão No mundo nada é estático, tudo se move e se transforma sem parar, e para melhor, se tivermos pensamentos positivos: quando uma porta se fecha, outra se abre, quando termina um trabalho, outro começa, tudo que chega é bom, tudo que parte também. É só não termos apego, tristeza ou resistência. As doenças e os sofrimentos são como despertadores, têm a missão de nos acordar para o que realmente importa neste mundo, pois passamos a maior parte do tempo distraídos com as seduções, com as facilidades, o prazer das futilidades, o poder, o dinheiro, a inércia... O que importa é realizarmos o Divino em nós, e portanto toda inércia é um desserviço à obra de DEUS. Há um mundo a ser transformado, e o nosso papel é contribuir para deixá-lo melhor do que o encontramos. Recursos temos de sobra, só nos falta, às vezes, a vontade de servir a DEUS, servindo aos irmãos. Não podemos desanimar com a desculpa que as pessoas são difíceis, e que a convivência com os seres humanos é

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impossível. Precisamos entender que todos estão se esforçando para bem cumprir a missão que lhes foi confiada, na busca da mesma luz, embora os caminhos sejam diferentes. Também nem todos estão no mesmo nível de caminhada, e para isso é necessário muita paciência e boa vontade com o caminhar de cada um, e entender que o outro não está nos atrapalhando ou querendo o nosso mal, mas está apenas tentando ser feliz também. Precisamos exercitar a compaixão, que é quando nos colocamos no lugar do outro, sentimos a sua dor, e o amor de DEUS faz com que o nosso coração se abra, a generosidade se instala, olhamos para o outro com os olhos de DEUS, e nos deparamos surpresos com o parentesco de nossas almas! Então percebemos que nada tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas, e para isso não é preciso muito não, bastam pequenos gestos de amor que de tão simples podem nos parecer nada, mas que são o tudo que o outro precisa: como uma alegria contagiante, uma palavra confortadora,

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um abraço envolvente, um olhar carinhoso, um silêncio respeitador... “Devemos abater os muros que dividem: tentar aumentar o bem estar do outro e difundi-lo, permitindo que as desigualdades diminuam e a liberdade e os direitos aumentem.” (Papa Francisco) “Se eu te firo e tu me feres, é evidente que este ciclo de ódio não acabará nunca. Portanto, em determinado momento, alguém forte e com bom senso deve quebrar a cadeia do ódio, a cadeia do mal.” (Martin Luther King) Sejamos nós a dar o passo nessa direção, seguindo o exemplo de Jesus que se encarnou e viveu uma

vida como a nossa para nos ensinar que com a nossa própria vida devemos amar como Ele amou: saindo continuamente do próprio egoísmo, pondo-se a serviço dos outros, dando a vida pelos outros! As pessoas mais felizes não são as que têm o melhor, mas as que fazem o melhor com o que têm. Feliz 2017, com ação e compaixão! Hermelinda e Arturo CR Super-Região

PONTES SIM, MUROS NÃO “Põe-me como um selo sobre o teu coração” O EVANGELHO DO CASAMENTO E DA FAMÍLIA

Queridos equipistas, no tema de estudo deste ano, faremos um percurso sobre as realidades e necessidades da família, refletiremos no contexto da nova evangelização, seus desafios e os caminhos propostos. Iniciemos pois com uma reflexão: A família devidamente constituída através do sacramento do Matrimônio está fadada à extinção? Você acredita mesmo nisso? Primeiro é preciso desmistificar este jargão, “o casamento está acabando”, pois a maior crise pela qual 4

a humanidade está passando, é existencial, ou seja, não sabemos o que somos e nem sabemos para onde queremos ir, a cultura do individualismo exagerado está provocando fortes tensões no âmbito das famílias, crescem a intolerância e agressividade. Somos inundados por rios de informações diariamente e tecnologias que se alteram a cada segundo, que lentamente estão tirando das pessoas o conceito do certo e do errado, do que é bom ou ruim e também silenciosamente estão sendo incutindo nas pessoas e principalmente entre os jovens, um conceito de que tudo é descartável, não vale a pena “consertar”. Isso tudo trouxe consigo uma crise comportamental na pessoas, precisamos acima de tudo “ser” CM 505


melhores do que realmente somos e “ter” o que não precisamos para sobreviver. Nossos jovens hoje estão 100% “conectados” através de seus celulares, mas desconectados de si mesmos, somos todos vítimas da intoxicação digital. Experimentemos nos desligar dos celulares, muitos terão sintomas de abstinência como as geradas pelas drogas! Ansiedade, insatisfação crônica, impaciência, baixa tolerância a frustrações, um tédio atroz quando sentimos que não temos nada para fazer, ou seja, estamos nos tornando prisioneiros da nossa própria mente e a consequência disso é que nosso corpo não está unido à consciência do momento, estamos presentes, mas conectados ao mesmo tempo por diversas redes sociais. Precisamos urgentemente ouvir boas notícias, 99% da pessoas do mundo são boas e bem-intencionadas, os marginais não são a maioria, Deus te ama e é preciso ter a coragem de mudar de canal ou até mesmo desligar a tv, há vizinhos a sua volta. Temos que mudar o tom pessimista para um discurso mais otimista, falar somente as coisas boas e relevantes, elogiar mais os pequenos gestos e com toda a firmeza e segurança afirmar que não, a família sacramentada jamais vai acabar. Deus na criação do mundo já havia concebido a união entre o homem e a mulher, algo sagrado e imutável, entretanto estamos tentando através de ideologias que querem promover uma identidade pessoal e uma intimidade afetiva radicalmente desvinculadas da diCM 505

versidade biológica entre o homem e mulher, agora somos “gênero”. Se o Anúncio da Boa Nova, nesse caso concreto, “O Anúncio da Boa Nova do Matrimônio”, contém a alegria vivida na vida do casal e da família, o anúncio do Evangelho da Família constitui uma parte integrante da missão à qual fomos chamados e para a qual somos orientados. Deve-se, então, querer e não ter medo, pois a revelação de Deus ilumina a realidade da relação das pessoas. (Tó e Zé) O Movimento das Equipes de Nossa Senhora deve assumir sua parcela de responsabilidade como protagonista diante deste quadro da realidade conjugal e familiar, o nosso exemplo deve ser visível à sociedade, de que ter uma relação perene entre o homem e a mulher é possível e ao mesmo tempo edificante, esta é a Boa Nova do Matrimônio. “Não caiamos pois nas armadilhas de nos consumirmos em lamentações autodefensivas, em vez de suscitar uma criatividade missionária, a qual deve ser como um apelo para libertar em nós as energias da esperança, traduzindo-as em sonhos proféticos, ações transformadoras e imaginação da caridade”. (AL57) Sejamos as pontes dessa nova evangelização, a família é e sempre será a base de qualquer sociedade. Sandra E Valdir CR Província Sul I 5


Quaresma A quarta-feira de cinza marca o início de uma longa caminhada, um itinerário que revela a fragilidade de nossa existência através do mistério da morte, mas a supera pela fé na ressurreição. O que aparentemente culmina com a “derrota” pela morte cruel de Jesus na cruz se transforma em Vitória da Vida (Páscoa), alimentada pelo Cordeiro sem mancha à espera do Espírito Santo. O próprio Mestre que vence e supera as tentações, e se transfigura como anúncio de “vida plena e definitiva” sobre a cultura da morte e do descartável, convida-nos também a entrar com Ele neste ciclo quaresmal para vencermos juntos como equipistas as tentações contra: a família, os valores do Reino e a cultura da vida, transformando e transfigurando toda realidade. O Concílio Vaticano II pede: “Tanto na liturgia como na catequese litúrgica esclareça-se melhor a dupla índole do tempo quaresmal, que, principalmente pela lembrança ou preparação do batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais frequência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração, os dispondo à celebração do mistério pascal. Por isso: - Utilizem-se com mais abundância os elementos batismais próprios da liturgia quaresmal. Segundo as circunstâncias, restaurem-se certos elementos da tradição anterior. - O mesmo diga-se dos elementos penitenciais. Quanto à catequese, seja inculcada na alma dos fiéis, juntamente com as consequências sociais 6

Cristo Carregando a Cruz - Giovanni Battista Tiepolo (1

do pecado, a natureza própria da penitência que detesta o pecado como ofensa feita a Deus. Na ação penitencial não se omita a participação da Igreja nem se deixe de urgir a oração pelos pecadores”. (SC 109) Trata-se, portanto, de um caminho interior, caminho de penitência, de transformação no seguimento de Cristo, expressada através da Oração, do Jejum e da Esmola que nos devolvem a originalidade de sermos iguais na fragilidade e no CM 505


1696-1770)

compromisso com a conversão. É também um tempo de fortes apelos vindos da realidade social que nos cerca e como Igreja procuramos responder e nos posicionar através da Campanha da Fraternidade, momento vivido unicamente no Brasil. Todo ano a CF desperta nossas consciências e abre-nos os olhos para a cruel realidade de um país que se professa cristão, mas é desmentido pelos fatos brutais das chacinas, violências no campo e na cidade e por inúmeCM 505

ros fatores que exigem e interpelam nosso compromisso profundo com a CONVERSÃO. A CF 2017 será sobre: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, tendo como lema “Cultivar e Guardar a Criação”. Conversão é uma palavra que não pode terminar com o fim do tempo quaresmal e para nós equipistas que procuramos na união conjugal a santificação da família, será um desafio que atingirá os Pontos Concretos de Esforço. As orientações para este 2017 nos ajudam a ouvir, discernir e agir, a quaresma será o tempo precioso para discernir a realidade de nossas famílias e o desejo de sermos santos e santificadores. Portanto, muito mais que um discernimento o Dever de Sentar-se será o meio pela qual a graça da conversão nos ajudará a agir respondendo com alegria aos desafios da família de hoje, sendo pontes que unem o coração do homem com a Graça transformadora de Deus. Caríssimos irmãos e irmãs equipistas, quando nossas cabeças se encherem de cinzas ouvindo: “convertei-vos e credes no Evangelho” possamos sentir que a Mística do nosso Movimento de Espiritualidade Conjugal nos compromete com a Igreja a sermos a Família de Cristo sob a proteção Maternal de Maria Santíssima. Pontes SIM! Muros não! Pe. Octavio Moscoso SCE Província Sul I  7


Comunicação digital nas ENS

O site das Equipes de Nossa Senhora (www.ens.org.br) finalizou o ano de 2016 com cerca de 30.000 acessos mensais, sendo as abas mais acessadas a da Carta Mensal com 5.000 acessos e o ACERVO DE FORMAÇÃO com cerca de 2.000 acessos. Para o ano de 2017 está programado para digitalização e postagem o acervo de filmes e fotos de encontros, formações e outras atividades para preservar a história do Movimento, sendo este um complemento do histórico das edições da Carta Mensal e de outros filmes e fotos já disponíveis no site. Para colaborar também com a formação dos equipistas já está disponível na aba Acervo de Formação/Documentos das ENS a versão eletrônica dos documentos das Equipes de Nossa Senhora. Na aba LINKS estão disponíveis os sites e páginas de redes sociais de 13 Regiões que se adaptaram às orientações de publicação da Super Região Brasil. Solicitamos que os Casais Responsáveis das outras 39 Regiões que ainda não possuem seus sites, informativos e páginas em redes sociais, próprios ou dos Setores, publicados, que entrem em contato conosco pelo endereço comunicacao@ 8

ens.org.br para que também sejam disponibilizados nesta aba. O site do Movimento também dá acesso à página oficial no Facebook da Super-Região Brasil e à página Henri Caffarel, Profeta do Nosso Tempo. A página oficial da SuperRegião Brasil no Facebook finalizou o ano de 2016 com cerca de 6.500 membros do Brasil e de outros 36 países, sendo visualizada cerca de 37.000 vezes por mês e sendo frequentemente compartilhada na página da Equipe Responsável Internacional. Esta página está disponível para divulgar a vida das Equipes, Setores e Regiões. Os equipistas que desejarem enviar algo para publicação solicitamos que enviem para o endereço acima sempre com cópia para o Casal Responsável pela sua Província. A página Padre Henri Caffarel, Profeta do Nosso Tempo finalizou o ano de 2016 com 1.400 membros do Brasil e outros 18 países, sendo visualizada cerca de 4.500 vezes por mês. Esta página tem o objetivo de divulgar a vida e obra do Padre Caffarel tornando-o conhecido também fora da comunidade das Equipes de Nossa Senhora. Solicitamos que ajudem a divulgar essa página convidando os membros de sua equipe e sua lista de amigos, principalmente os não equipistas e membros do clero. Desejamos a todos um Feliz 2017 repleto de Paz! Fiquem com Deus. Cristiane e Brito, CRCE Super-Região Brasil CM 505


INTERCESSÃO

O Segredo do Coração que Reza

Queridos amigos, dentro do coração de cada um de nós existe um jardim secreto, morada de um tesouro de valor incalculável, depositado por Deus. A oração é a chave que nos permite entrar neste espaço sagrado e resgatar o tesouro que Deus nos confiou, e mais e muito melhor, recebê-lo do próprio Senhor. Porque Deus habita no coração que reza. Que podemos almejar mais do que a presença de Deus e saber que o Senhor reza através do nosso coração? Faça a experiência, tome por hábito reservar um tempo especial para tua oração, “não um tempo que te sobra, mas um tempo reservado”, coloca-te na presença do Senhor, acolhe-O em teu coração com serenidade, deixa-te conduzir pelo Espírito Santo, e creia sem sombra de dúvidas de que tua oração é agradável a Deus, não só agradável, o próprio Senhor reza através do teu coração. Ele sorri e se alegra em estar contigo, se une em tuas preces. Quer que ela ecoe por todo o uniCM 505

verso, do Extremo Oriente ao Extremo Ocidente. Quer que sua oração, qual a chama de um Círio Pascal, acenda milhões de corações pelo mundo afora. E assim aquele que reza começa a vislumbrar a beleza do seu jardim secreto, e a primeira joia que brilha em seu interior é a alegria. A alegria de saber que por mais pobres que possamos ser materialmente, temos abundantes graças para oferecer ao mundo, aos nossos irmãos, a vida, através da oração. Como nos ensina o Papa Francisco: “Rezar é unir o céu à terra. E é radiante produzir esta comunhão.” (do Livro “Rezem por mim”). Rezar não porque é uma obrigação, mas porque nos faz Feliz! Venha se unir a nós, seja também um intercessor. O teu gesto de ternura pode mudar o curso de uma vida... Com carinho e oração, Goretti e Moacir CRI Super-Região Brasil intercessao@ens.org.br 9


TERÇO DOS INTERCESSORES Mistérios Luminosos 1o MISTÉRIO LUMINOSO

Batismo de Jesus no Rio Jordão Enquanto meditamos este mistério de luz que é o batismo de Jesus, agradecemos a Deus também o batismo de cada um de nós. E com o coração cheio de gratidão começamos assim nossa oração... Peçamos a Deus, por todos os casais que aguardam e imploram a graça da maternidade e da paternidade, pois em seu coração já existe o Dom do Amor. Peçamos também pelas crianças que não conhecem o carinho e a segurança de um lar e vivem e crescem no abandono, sem o Amor e a presença dos pais. Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

Mistério de luz é a auto revelação de Jesus, nas bodas de Caná, onde Jesus a pedido de sua mãe realizou o seu primeiro milagre. A intercessão da Virgem Maria em Caná é prelúdio de sua intercessão também no céu. Peçamos a Nossa Senhora que interceda por nossos lares, por nossas famílias, pedindo a Deus que nos conceda as graças que precisamos para bem viver. Que não nos falte o pão de cada dia. Não pedimos nem riqueza, nem pobreza, só viver com dignidade. Mas acima de tudo, que não nos falte o vinho do Amor, o vinho do perdão, da alegria e da paz. Nós te consagramos Ó Mãe de Deus e nossa, as nossas famílias felizes e também as que vivem em conflitos, ajuda-nos a caminhar para na santidade. Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

3o MISTÉRIO LUMINOSO

2o MISTÉRIO LUMINOSO

Jesus anuncia o Reino de Deus e o convite à conversão Auto-Revelação de Jesus nas bodas de Caná 10

Mistério de luz é para nós a misericórdia de Jesus, perdoando os pecadores e anunciando o Reino de Deus. CM 505


Neste mistério, lembramos de todos os nossos irmãos e irmãs, que vivem longe da luz do Senhor, que sucumbiram nos caminhos escuros dos vícios, das drogas, que se deixaram dominar pelo mal da raiva, do ódio, causando dor e sofrimento. Se o coração está nas trevas, quantas trevas haverá ao seu redor, mas se o coração tiver luz, quanta luz irradiará ao seu redor. Peçamos a Deus perdão pelos nossos pecados, e oferecemos nossas vidas pelo resgate de nossos irmãos e irmãs. Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

miliares, pelos que enfrentam a via dolorosa do abandono, da falta de emprego, dos que estão à margem da vida, roubados no seu direito de ter um lar, obrigados a se refugiarem em países estrangeiros, vítimas da violência e da maldade humana. Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

5o MISTÉRIO LUMINOSO

4o MISTÉRIO LUMINOSO

A Instituição da Eucaristia

Contemplamos a Transfiguração de Jesus Mistério de luz por excelência é a Transfiguração de Jesus. A glória da Divindade reluz no rosto de Cristo diante dos Apóstolos extasiados para que O escutem (cf. Lc 9, 35) e se disponham a viver com Ele o momento doloroso da Paixão, a fim de chegarem com Ele à glória da Ressurreição, e a uma vida transfigurada pelo Espírito Santo. Rezemos trazendo presente todos os nossos irmãos e irmãs que vivem a sua via dolorosa, que atravessam a sua paixão, os que atravessam as enfermidades suas ou de seus faCM 505

Mistério de luz é, enfim, a instituição da Eucaristia, na qual Cristo Se faz alimento com o seu Corpo e o seu Sangue sob os sinais do pão e do vinho, testemunhando “até ao extremo” o seu amor pela humanidade (Jo 13, 1), por cuja salvação Se oferecerá em sacrifício. Neste mistério rezemos agradecendo a Deus pelas vocações. Que possam brotar no mundo mais santas vocações. Que os nossos lares sejam berço de vocações. E que pelas nossas atitudes, pelo nosso Amor, o mundo possa perceber que nós participamos da Eucaristia. Lá onde os nossos braços não podem chegar, por pura Graça e Dom de Deus, pode chegar a força da nossa oração. Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória... Reza-se o Agradecimento; Salve Rainha; Sinal da Cruz. 11


correio da ERI

Alegria do Encontro  “O jubileu está encerrado, a misericórdia fica”. O ano da Misericórdia foi um momento privilegiado da vida da Igreja. Abriu-se nos nossos corações uma nova esperança, que agora nos impele para os nossos irmãos. “Abrem-se diante de nós desafios magníficos” é a missão de todo cristão. A nossa missão como casal de ligação da Zona Centro-Europa – uma zona que parece um puzzle – ensina-nos que ir para além daquilo que nos diferencia faz-nos crescer juntos. Neste ano visita a maior parte das super-regiões e regiões diretamente ligadas à ERI (SR/RR), bem como alguns setores distantes. Esta proximidade compromete-nos a estar mais atentos às suas especificidades culturais e às suas tradições. Ser acolhidos nas suas casas, rezar juntos, provar pratos típicos do país e partilhar com os membros das famílias (pais e filhos) são experiências incomparáveis, fonte de alegria mútua. Isto é uma oportunidade excepcional que favorece a inculturação do Carisma e da pedagogia das equipes nos vários países. Na Bélgica, chegamos em 22 de abril para participar do Encontro Nacional em torno do tema “Viver o Evangelho na alegria”. Uma calorosa recepção na casa do casal responsável (CR), na presença de outros equipistas, alivia-nos depois de longas horas de espera no aeroporto de Bruxelas, poucos 12

dias após o atentado. O Conselheiro Espiritual (CE) e os responsáveis animaram bem o dia com cerca de 600 participantes. Em 30 de abril dirigimo-nos pela primeira vez à Ilha Maurício. Um paraíso terrestre. O nosso desejo de encontrar de perto os equipistas de diferentes etnias realizou-se graças à benevolência do CR e do CE: cada noite ficámos alojados em casa de um CR dos três setores. Estes encontros, e a visita a Mons. Piat, hoje cardeal, foram ocasiões de abertura de coração e de partilha sobre a vida de equipistas. As ENS mauricianas estão trabalhando para a expansão do Movimento nas Seychelles e Rodriguez. Outro campo fértil que se presta bem à expansão das ENS: a Europa do Leste. A nova SR Polônia-Europa Central, criada em Roma em 2015, avança com passos seguros. As 200 equipes das 3 regiões gozam de uma estrutura sólida e de uma vida de equipe em coerência com o Carisma do Movimento. Durante a nossa visita, em finais de setembro último, partilhamos belos momentos em família com o CR, bem como com a equipe da Super-Região e o casal responsável do Setor Eslováquia em particular. Estão sendo feitos grandes esforços para lançar o Movimento nos países vizinhos (Bielorrússia, Hungria, Eslováquia, Ucrânia, República Checa e em breve na Letônia). O CR da SR e as CM 505


outras SR/RR visitam-se mutuamente. Que dizer do Setor Lituânia? Nos últimos 2 anos, o número de equipes passou de 4 a 16. O CR vê na entreajuda entre os equipistas um salva-vidas no que diz respeito à educação dos filhos, tendo eles próprios seis. Os equipistas têm uma preocupação constante: como educar os filhos segundo os valores humanos e cristãos numa sociedade que está à deriva por falta de valores. Em 19 e 20 de novembro fizemos de novo as malas; desta vez, o nosso destino era Paris. O tema do encontro dos 3.000 responsáveis da SR FRLS, do qual participamos, foi “O matrimónio, caminho de missão, caminho de alegria”. A animação foi cativante. Os ateliers sobre os PCE entusiasmaram os equipistas; as intervenções foram de uma profundidade notável. Com Elisabeth Saléon-Terras – assistente do Padre Caffarel – vivemos um tempo de oração silenciosa que foi uma antecipação do céu. A SR respira internacionalidade, e o contributo da Tó e do Zé sobre “A dimensão internacional das ENS” consolidou essa orientação. Com o mesmo objetivo de reforçar a internacionalidade do Movimento, a ERI reunir-se-á em março de 2017 em Munique, na RR Germanófona. Um lampejo do Médio Oriente junta-se às ENS: da Jordânia, dos Emirados Árabes Unidos e do Qatar, CM 505

num total de 20 equipes, que participam em sessões de formação animadas pelo CR da Região Líbano, seja em Beirute, em Amã ou em Abu-Dhabi e Dubai. Quanto às equipes da Síria, metade dos equipistas já se encontra fora do país, e a maioria das equipes desmembraram-se. Contamos visitá-las em 8 de dezembro próximo em Lattaqué. Queridos equipistas, damos graças ao Senhor pelos irmãos e irmãs que Ele nos deu. Ficamos maravilhados com a diversidade e a beleza da família de Deus, de que também vocês fazem parte. Marcamos encontro no Encontro Internacional de Fátima de 16 a 21 de julho de 2018.

Mahassen e Georges Khoury CL da Zona Centro-Europa 13


Nossa missão na Igreja Tem-se discutido muito nos últimos tempos no interior do nosso Movimento sobre o sentido da nossa missão na Igreja hoje. O concílio Vaticano II diz dos leigos que a sua missão é santificar as realidades terrestres, ordenando-as segundo Deus (LG 31). Se olharmos para nós, como Movimento, ele é antes mais nada uma dinâmica de aprofundamento espiritual a partir do sacramento do matrimônio. Podemos dizer que essa é a nossa graça das origens, o nosso carisma e a nossa missão, que o Espírito Santo inspirou ao Padre Caffarel e aos primeiros casais. Naquele tempo, a preocupação principal era espiritual: levar os casais a viver a santidade cristã como casais. Hoje essa preocupação continua de pé, mas acrescida do fato de vivermos uma crise sem precedentes, tanto na Igreja como na humanidade, em geral, que afeta os atributos essenciais do matrimônio, como grandeza humana e cristã, bem enunciados tanto na Familiaris Consortio de S. João Paulo II (22.11.1981), como na Amoris Laetitia, do Papa Francisco (2016). Então, quando hoje falamos de missão, não devemos fixar a nossa atenção apenas no fazer, como se se tratasse de fazer coisas no sentido que se dá em geral ao apostolado dos leigos. Isso é muito importante e não o devemos esquecer. Todavia, o acento deve ser colocado no ser. Por outras palavras, dar testemunho da alegria do consentimento incondicional dado ao cônjuge no momento da 14

celebração do casamento; dar testemunho da alegria da unidade indissolúvel do amor que é mais forte que a morte; dar testemunho da alegria dos filhos acolhidos como dom de Deus, que não fazem mal à saúde das mães. É assim que o casal se torna colaborador de Deus na obra da criação e da conservação do mundo, povoando com os filhos a terra e o céu (Gn 1,28)! Verdadeiramente o casal e especialmente o casal cristão são a obra mais bela da Criação! Aqui está, caríssimos casais, a perspectiva para onde deve orientarse a nossa atenção quando falamos hoje do sentido da nossa missão como movimento: não se trata somente de sair, mas de transmitir um testemunho que só é possível dar se o vivermos. Mas isto não é fácil, bem o sabemos. Tanto os conselheiros espirituais como os casais, temos a necessidade de estar bem alicerçados na graça, segundo a palavra do Senhor: “Sem Mim não podeis fazer nada” (Jo 15,5). É para nos ajudar nesta espiritualidade e nesta missão que o Movimento coloca à nossa disposição a metodologia dos pontos concretos de esforço, dos quais eu tenho sobretudo insistido em dois, e não me canso de o fazer, como sabeis. Sede fiéis a todos eles, mas especialmente à oração conjugal e ao dever de sentar-se. Deus vos abençoe e vos proteja, pela intercessão de Nossa Senhora. P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj CE da ERI CM 505


Igreja Católica

Amoris Laetitia Capítulo III O terceiro capítulo da Exortação Apostólica Pós-Sinodal, com o título O olhar fixo em Jesus: a vocação da família, do número 58 ao 88 do documento, expõe a vocação da família de acordo com o projeto de Jesus Cristo. Partindo do alegre “primeiro anúncio” (n. 58), o ensinamento sobre o matrimônio e a família deve “se inspirar e transfigurar à luz deste anúncio de amor e ternura, se não quiser tornar-se mera defesa de uma doutrina fria e sem vida”, tornando-os compreensíveis somente “à luz do amor infinito do Pai, que se manifestou em Cristo entregue até o fim e vivo entre nós” (n. 59). É possível destacar os seguintes pontos presentes neste capítulo, que marcam a vocação da família: • A indissolubilidade do matrimônio, ou seja, a “união indissolúvel entre o homem e a mulher” como o “desígnio primordial sobre o casal humano” (n. 62). O fundamento está na remissão da família e do matrimônio feita por Cristo (cf. Ef 5,21-32) e a restauração de ambos à imagem da Santíssima Trindade, que dá a graça necessária para testemunhar o amor de Deus e viver a vida de comunhão (n. CM 505

63). A “aliança de amor e fidelidade” que vive a família de Nazaré “ilumina o princípio que dá forma a cada família, tornando-a capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história” (n. 66). • A família está presente nos documentos da Igreja por meio do ensino da Gaudium et Spes, do Concílio Ecumênico Vaticano II (1965), nos números 47-52, e dos papas recentes: Papa Paulo VI, na encíclica Humane Vitae e na exortação pós-Sinodal Evangelii Nuntiandi; Papa São João Paulo II, nas encíclicas Gratissimam Sane e Familiaris Consortio; Papa Bento XVI, nas encíclicas Deus Caritas Est e Caritas in Veritate. Todos estes textos se referem à sacramentalidade do matrimônio, que “não é uma convenção social, um rito vazio ou mero sinal externo de um compromisso”, mas “é um dom para a santificação e a salvação dos esposos” e uma vocação (n. 72). • A compreensão em chave cristocêntrica do bem dos cônjuges (bonum coniugum) no matrimônio “compreende a 15


unidade, a abertura à vida, a fidelidade, a indissolubilidade e, no matrimônio cristão, também a ajuda mútua no caminho que leva a uma amizade mais plena no Senhor” (n. 77). • O princípio geral de discernir bem as situações difíceis e das famílias feridas, de acordo com o número 84 da Familiaris Consortio, pelo qual o “grau de responsabilidade não é igual em todos os casos, e podem existir fatores que limitam a capacidade de decisão” (n. 79). • O matrimônio, por ser uma “íntima comunidade de vida e do amor conjugal”, está ordenado para a transmissão da vida. O filho, que é uma dádiva e não uma dívida, nasce em meio ao amor entre o esposo e a esposa e é fruto e realização deste amor. Por isso, deve ser evitada a mentalidade que reduz a geração da vida aos projetos individuais dos esposos (n. 82). • É preciso redescobrir a mensagem da encíclica Humane Vitae do Beato Papa Paulo VI, que “sublinha a necessidade de respeitar a dignidade da pessoa na avaliação moral dos métodos de regulação da natalidade” (n. 82). • O aborto é uma contradição com a família, pois ela é o “santuário da vida, o lugar onde a vida é gerada e cuida16

da”. O aborto nega e destrói a vida humana (n. 83). • A educação dos filhos é, hoje, um verdadeiro desafio complexo e difícil por causa da “realidade cultural atual e da grande influência dos meios de comunicação” e se mantém como “dever gravíssimo” e “direito primário dos pais”, que ninguém deveria pretender tirar (n. 84). O Estado oferece um serviço educativo de “maneira subsidiária” e a escola não substitui os pais, mas complementa (id.). • A Igreja vê as famílias que permanecem fiéis aos ensinamentos do Evangelho com profunda gratidão, pois nelas “torna-se credível a beleza do matrimônio indissolúvel e fiel para sempre” (n. 86). A Igreja é a “família de famílias”, enriquecida pela vida de todas as Igrejas domésticas (cf. Lumen Gentium, n. 11). Enquanto as famílias são um bem para a Igreja, a própria Igreja é um bem para a família: há uma reciprocidade, pois a preservação do dom sacramental compete às famílias e à Igreja (n. 87), enquanto “o amor vivido nas famílias é uma força permanente para a vida da Igreja” (n. 88). Pe. Geraldo Luiz Borges Hackmann Setor E, Porto Alegre-RS CM 505


Palavra do Papa

Na última semana do ano litúrgico de 2016 o Papa Francisco fez-nos refletir sobre o fim, porque haverá um fim: um fim do mundo e um fim de cada um de nós. Na liturgia daquele dia Francisco abordou três tipos diferentes de vozes. A primeira voz proposta por Francisco o brado em voz alta do anjo, (Ap 18,1-2.21-23; 19,1-3.9) “caiu a Babilônia” que como explicou o Papa a Babilônia que semeava a corrupção nos corações das pessoas e leva-nos a todos pelos caminhos da corrupção. A corrupção é o modo de viver na blasfêmia, não há Deus, mas há o deus dinheiro, o deus bem-estar, o deus exploração. O Pontífice prosseguiu afirmando que esta Babilônia seduz os grandes da terra mas alguns não caem e são santos, então por causa destes santos esta civilização cairá e o brado do anjo é um grito de vitória: “Caiu”. Assim acaba a Babilônia que enganava com as suas seduções. E o império da vaidade, do orgulho cairá, como caiu Satanás. A segunda voz foi narrada por João no mesmo trecho do Apocalipse: “Depois disto, ouvi como que uma voz poderosa de uma grande multidão no céu que dizia: “Aleluia! Salvação, glória e poder são do nosso Deus”. E contrariamente ao brado do anjo, que era um grito de vitória porque esta cidade corrupta tinha caído, explicou o Papa há o brado da multidão, do povo de Deus, o brado de louvor: Salvação, glória e poder são do nosso Deus, porque verdadeiros e CM 505

justos são os seus julgamentos. Esta, disse o Pontífice, é a voz poderosa da adoração, da adoração do povo de Deus que se salva, e também do povo a caminho que ainda está sobre a terra. O povo de Deus, continuou, é pecador, mas não corrupto: pecador que sabe pedir perdão, pecador que procura a salvação de Jesus Cristo. E este povo rejubila quando vê o fim: é a alegria da vitória no povo de Deus que se faz adoração, é a voz poderosa da adoração. A nossa atitude deve ser sempre positiva. Não podemos permanecer com o primeiro brado do anjo se não houver o outro, esta voz poderosa da adoração de Deus, o Senhor. Portanto, o primeiro grito é a queda e o segundo é a adoração. Mas para poder adorar devemos começar aqui a fazer a adoração e para os cristãos não é fácil adorar: somos bons quando rezamos pedindo algo, quando agradecemos ou rezamos pelos outros. Mas adorar, a oração de adoração, de louvor, aquela não é fácil, frisou o Pontífice. Por isso devemos aprendê-la, devemos aprendê-la desde agora para não ter que a aprender depressa quando chegarmos lá. Enfim, a terceira voz proposta pelo Papa não é um brado nem uma voz poderosa: é uma voz sussurrada, é um sussurro. De fato, lê-se no trecho do Apocalipse: “Então o anjo disse-me: Escreve, bem-aventurados os que são chamados ao banquete das núpcias do Cordeiro!” O convite do Senhor é sempre uma voz sussurrada, é uma voz suave, como diz o livro 17


dos Reis. Deus fala a Elias, com “um fio de silêncio”: que bonito! A voz de Deus, quando fala ao coração, é assim: como um fio de silêncio, o sussurro de Deus. É precisamente aquele convite, aquela promessa que nos fez, ao povo: “Por isso a atrairei, conduzi-la-ei ao deserto e falar-lhe-ei ao coração”, com esta voz suave. E este convite será, afirmou o Papa, o fim, a nossa salvação: convite ao banquete de núpcias do cordeiro. Isto faz-nos pensar que aqueles que conseguiram participar do banquete, segundo a parábola de Jesus, não foram os convidados que se recusaram a ir; são os que estavam na encruzilhada dos caminhos, bons e maus, cegos, surdos, aleijados, todos nós pecadores, mas com suficiente humildade para dizer: “Sou um pecador e Deus salvarme-á”. E se tivermos isto no coração, ele convidar-nos-á; ouviremos este sussurro, esta voz sussurrada a nós, 18

este fio de um silêncio sonoro que diz: “Vem, vem ao banquete”. E então, concluiu o Papa, o Senhor nos dê esta graça de esperar aquela voz, de nos prepararmos para ouvir esta voz: “Vem, vem, vem servo fiel, pecador mas fiel: vem, vem ao banquete do teu Senhor”. Caros amigos, o Papa Francisco refletiu nessa homilia que os santos serão os que vencerão o mal e que o chamado para salvação virá de um sussurro de Deus. Desta forma propomos a seguinte reflexão: a Oração Conjugal e Meditação estão nos auxiliando a melhor escutar a voz de Deus e a nos conduzir pelo caminho da santidade? Adaptado da homilia do Papa Francisco em 24 de novembro de 2016 na Casa Santa Marta. Cristiane e Brito CR Comunicação Super-Região Brasil CM 505


vida no movimento PROVÍNCIA CENTRO-OESTE

ENCONTRO DE CONSELHEIROS ESPIRITUAIS No dia 22 de novembro de 2016 realizou-se em Itumbiara o Encontro de Conselheiros Espirituais da Região Goiás Sul, Província Centro-Oeste. O encontro contou com a presença de 23 Conselheiros Espirituais, entre sacerdotes e religiosas. Foi uma bênção ver reunidos tantos conselheiros, representando 9 Setores da Região Goiás Sul. O encontro iniciou com uma celebração presidida pelo Sacerdote Conselheiro Espiritual da Região, Pe. José Oslei, e os assuntos abordados foram a história e estrutura do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, a missão e as funções do Conselheiro Espiritual, o Conselheiro Espiritual e a equipe, e o testemunho de um casal sobre a relação da equipe com o Conselheiro Espiritual. Houve ainda um momento em que os Conselheiros foram convidados a, em grupos, discutirem sobre algumas perguntas sugeridas e, depois, apresentarem suas considerações em plenário. Ainda participaram do encontro vários casais equipistas que carinhosamente vieram acompanhar seus conselheiros. Demos graças a Deus por esta oportunidade em que estivemos reunidos num convívio fraterno com estes conselheiros, representantes de Cristo em nossas equipes, e que unidos ao sacramento do matrimônio geram tantos frutos ao nosso Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Meire e Gilson CR Região Goiás SUL Itumbiara-Go CM 505

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PROVÍNCIA LESTE

A PRECIOSA BUSCA:

ENCONTRO PROVINCIAL LESTE 2016 “É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.” (Sl. 23) Os eleitos da Senhora da Assunção, em atitude de encontro e comunhão, reuniram-se no Encontro Províncial em Belo Horizonte, sob as fortes chuvas de novembro, em busca da salvação prometida aos filhos sedentos da Misericórdia. Em um clima de doação sacramental, matrimônio e sacerdócio, conforme a profecia de Pe. Caffarel, em oração e formação, demoliram os muros do medo, insegurança e egocentrismo com a força da partilha; e, despertos, projetaram pontes de fidelidade: “É preciso planejar a vida de modo que Deus faça parte dela!“. (Frei Arthur) E unidos à Virgem, luz que encaminha para a Luz, os desafios pastorais da família na contemporaneidade ficaram visivelmente menores, diante daqueles vividos nos tempos idos de 1938. Naquela ocasião de guerra, os casais da Primeira Hora, mesmo desafiados, foram perseverantes na valentia dos valores 20

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evangélicos, deixaram pegadas de testemunho no acompanhamento conjugal e familiar, na arte da convivência, escuta do outro, fé criativa, compromisso comunitário e exercício de abnegação. “Isto não é meu, nem seu, para que seja nosso!”(Sto. Agostinho). Somente revestidos pela graça da oração colhem-se os frutos dos PCEs e passa-se de complicadores a facilitadores, pois o amor sacramental produz algo diferente no mundo da família, com a ternura do diálogo e o tempo gasto com o sofrimento do outro. “Temos que virar evangelho vivo, neste mundo que desafia nossa fé, ética e esperança; e fazer a santidade criar raízes em pleno mundo moderno” (Hermelinda e Arturo, CSRB). Bem assim, sem preguiça e acomodação ou desespero e ansiedade, é possível por pura graça divina viver um ministério que salva a muitos, na alegria do Senhor. Esta é a ponte para a santidade: o amor é o meio para se tornar evangelho vivo. Isto requer sempre avanços e não retrocessos, na busca constante, fiel e persistente de se configurar à vontade de Deus. Sustentados pela graça dos sacramentos que casam a alma humana com Deus, progressivamente, num matrimônio espiritual capaz de fazer com que a vida seja uma constante oração, ressaltam-se, neste ponto, a preciosidade e a força, sobretudo da confissão, como sacramento de adiantamento na vida espiritual das ENS. E com ajuda dos SCEs os casais podem e devem viver a feliz experiência de rasgar o coração para Deus, mantendo aceso o amor à Igreja, como Maria. E “Devoção é imitação! Não é para admirar, é para imitar”. (Pe. Fabio, SCE ES) Imbuídos da motivação necessária para se debruçar na Amoris Laetitia do Papa Francisco e propagá-la com fé e esperança renovada às famílias, cada casal presente, saciado pela salvação que vem do Alto, como terra sedenta que acolheu a chuva, pode retornar à sua comunidade cristã, convicto de que será preciso ser ponte para vencer obstáculos, em nome de Jesus! Felizes os puros no coração porque verão a Deus. (Mt 5,8) Seja 2017, repleto de bem-aventuranças, nas ENS. Bete e Guinho CRR Minas II CM 505

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PROVÍNCIA SUL I

ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS No ano de 2016, tivemos 9 Encontros de Equipes Novas, nas diversas regiões da Província Sul I, passaram por nós 292 casais novos no Movimento. Que energia boa! Ao transmitirmos o conteúdo proposto, conjugando com o nosso testemunho e dos demais casais formadores, obtivemos excelentes oportunidades de crescimento, no aprofundamento nos documentos e aproveitamento das maravilhas que o amor de Deus prepara para nós. Quanto mais se conhece, mais se ama. Amor que se espalha é amor que se colhe e como tem sido boa nossa colheita: amor, carinho, o acolhimento que temos recebido é de emocionar. De todos: casais novos, casais regionais, casais responsáveis de setor e suas equipes de trabalho, conselheiros, acolhedores, uma alegria sem fim. Ao final de cada encontro, saímos com o coração a explodir, pelo simples fato de termos respondido ao chamado para testemunhar as maravilhas que o Senhor fez em nossas vidas. Temos a certeza de que nosso 22

Movimento não acabará jamais, pois a despeito de um mundo frio, individualista e egoísta, existe um imenso número de casais buscando apoio para manter vivo seu amor conjugal e valorizar o sacramento do Matrimônio, sinal do amor de Deus por nós, cristãos casados. Conforme disse Santo Agostinho: “Hoje em minha vida, o que me faz vibrar e que me constrói são as minhas decisões”, desejamos que, a cada dia, mais e mais casais tomem a decisão de viver a santidade conjugal e um dos caminhos, nós sabemos, é através das Equipes de Nossa Senhora. “Que a alegria da Boa Nova que tivemos a oportunidade de conhecer e proclamar nos faça participar da esperança e da certeza da Salvação, fazendo de nós testemunhas vivas daquilo que anunciamos, porque o homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres”. (Evangelii Nuntiandi, 41) Carmem Silvia e João F. Bacciotti CR Formadores - EEN Província Sul I CM 505


PROVINCIA SUL II

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ENCONTRO PROVINCIAL Realizado no período de 21 a 23 de outubro 2016, na cidade de Brodowski-SP, nosso Encontro Províncial, onde, mais uma vez, tornou-se a fonte onde pudemos nos abastecer para a caminhada em missão. Tomaram posse neste encontro 13 novos CRS das seis regiões de nossa Província. A Missa de posse foi presidida pelo Pe. Fábio Marsaro de Paula, SCE da Região SP Norte I, e concelebrada por vários SCE. Nosso encontro foi agraciado por Deus. Tudo transcorreu na mais perfeita harmonia. Os temas abordados através de palestras; vídeos, apresentações e flash foram ao encontro das expectativas e todos ficaram muito motivados, com destaque especial para o Tema do Ano, que traz uma reflexão atualíssima. Concluímos dizendo que tudo transcorreu conforme o programado. Não temos dúvida em afirmar que: “O PODEROSO FEZ, FAZ E CONTINUARÁ FAZENDO MARAVILHAS EM NOSSAS VIDAS”. Wanda e David CR Região - SP Norte I Província Sul II CM 505

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PROVÍNCIA SUL III

ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS Recebemos o convite, para participar do EEN do nosso CRE, pois estamos há um ano e meio no Movimento, em uma equipe de 16 anos de caminhada. Tudo nos dizia que não poderíamos participar, a saúde do Osvaldo, que há três meses, por um acidente doméstico, perdeu a visão, eu que não me sinto à vontade dirigindo na cidade, e tantas outras desculpas nos levariam a dizer não. Mas a responsabilidade e o sentimento, que Deus nos guia, nos fez dizer SIM. A partir de nossa resposta, nossos irmãos de equipe nos ajudaram a fazer o caminho do encontro, de forma particular me deixando tranquila e firme em nosso propósito de participar do EEN. Chegou então o dia! Fomos recepcionados calorosamente e com muito carinho, o que fez com que não ficássemos à margem, como em al24

guns momentos correram os nossos pensamentos, devido a nossa situação. Pelo contrário, nos sentimos, sim, pertencentes ao grupo e como se estivesse enxergando tudo, assim diz o meu marido. A preocupação, com nosso pouco estudo e jeito simples de ser, caiu por terra e nos sentíamos iguais a todos, sem distinção de mestres e ouvintes. E sendo assim, pudemos ouvir ainda mais forte o chamado de Deus, para sermos equipistas. Percebemos que fazer parte das equipes, só nos faz crescer e nos traz força para as adversidades de nossa vida. Foi um final de semana de graça, onde sentimos a força de nosso batismo se avivar, com isso crescemos na fé. Sentimos a unidade no matrimônio, e o renascer do amor de Cristo vivificado em nossas vidas. Aprendemos muito e principalmenCM 505


te que o equipista precisa conhecer o Movimento, e por isso viemos para casa com mais quatro livros, para estudarmos e estarmos atentos às palavras de nosso querido fundador, Padre Henri Caffarel. O depoimento de cada casal e SCE sobre a Mística e o Carisma do Movimento, a humildade nas colocações, o acolhimento dos formadores, do CRR, e de todos os casais para conosco, nos encantou, nos mostrou que não devemos nos apegar às nossas fraquezas e sim nas nossas virtudes. Como mensagem, nos dirigimos a todos que receberam

ou irão receber o convite para participar do EEN e dizer: Casais, sejam fiéis às ENS, acolham este momento que vos é preparado, perseverem e mergulhem de verdade na espiritualidade que o Movimento nos oferece. Pois neste mergulho,encontraremos verdadeiramente o Rosto de Cristo. Mas, para isso, precisamos ser casais de oração e ter a certeza de que as ENS são uma família dentro da nossa família. Mari e Osvaldo Eq. N. S. da Saúde Província Sul III

COMO POSSO PESQUISAR ASSUNTOS NOS DOCUMENTOS DO MOVIMENTO? O Movimento vem produzindo um rico acervo de assuntos e temas sejam com respeito às regras do Movimento, como questões comportamentais, valores, princípios, educativos, informativos, etc. Eles foram criados pelos próprios equipistas e foram sendo compilados nos diversos documentos do Movimento, especialmente na Carta Mensal, cujo volume é expressivo (de 400 a 500 artigos por ano).

Como acessar tudo isso? Anteriormente não tínhamos outra alternativa a não ser abrir os documentos em papel, folhear e procurar, por vezes utilizando o índice dessas publicações. Um trabalho duro e que certamente limitava a extensão da pesquisa. Além do fato que tínhamos que copiar à mão os conteúdos. Hoje podemos fazer tudo isso muito mais rapidamente com maior penetração, com grande produtividade. Temos hospedados no site das ENS do Brasil as Cartas Mensais desde 1981, ou seja, 322 Cartas contando a história dos últimos 36 anos do Movimento, além de muitos documentos de formação. Todos esses documentos foram criados ou digitalizados em formato que possam ser pesquisados. CM 505

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Na página principal do site ens.org.br encontra-se a caixa de busca.

Todas as ocorrências dos termos procurados aparecerão e você poderá navegar no documento e encontrar todas elas.

“dever de sentar-se”

A partir dela é só digitar o que está pesquisando (coloque entre aspas se for uma expressão composta como por exemplo dever de sentar-se) e uma lista com todos os documentos aparecerá para sua escolha.

Clicando no documento, este será carregado em seu computador. Com mais um comando, usando as teclas CTRL e F juntas, uma caixa de procura aparecerá onde você deve digitar novamente o assunto procurado (agora, sem aspas).

Quando encontrar um texto que queira copiá-lo, selecione o texto com o mouse, copie e cole onde estiver trabalhando.

Conhecimento, história, experiência, evangelização disponível literalmente no movimento de seus dedos. Essas intruções estão detalhadas no site, na opção Carta Mensal. Boa pesquisa e bons estudos. Aproveitem! Equipe Carta Mensal

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raízes do movimento

Reflexões sobre um editorial Dias atrás fomos “mordidos” por uma frase lida no livro “Das ENS à Casa de Oração 1903 – 1996”1. À página 97, o articulista menciona um editorial do Padre Caffarel, publicado na Carta Mensal francesa de dezembro de 1959. Lá pelas tantas lê-se: “Cuidado com o novo perigo: esvaziar as obrigações de seu espírito” para logo adiante questionar, com aquele seu modo simples, duro e objetivo: “Nossas equipes irão formar cristãos ou produzir fariseus?”. Fomos atrás do editorial intitulado “Perigo”. Para nossa surpresa não o encontramos traduzido nas nossas Cartas Mensais. Fomos pesquisar em nosso arquivo de originais, e lá estava, com o título “Danger”. Achamos tão apropriado para as nossas realidades que imediatamente providenciamos sua tradução e envio para a nossa Carta Mensal. Entretanto, dias depois, trocando algumas ideias entre nós dois sobre o assunto, nos ocorreu uma imagem talvez conhecida de muitos dos nossos amigos equipistas. Em um livro bastante conhecido da literatura mundial, chamado “O Pequeno Príncipe”,2 encontramos uma figura bastante emblemática. Nas suas viagens pelos planetas nosso Pequeno Príncipe chega ao quinto planeta: “O quinto planeta era muito curioso. Era o menor de todos. Mal dava para um lampião e o acendedor de lampiões...[...] Quando abordou o planeta, saudou respeitosamente o acendedor: - Bom dia. Por que acabas de apagar teu lampião? - É o regulamento, respondeu o acendedor. Bom dia. 1 O Pe. Caffarel – Das ENS à Casa de Oração 1903-1996. SRB ENS, Nova Bandeira. 2 O Pequeno Príncipe. Antoine de Saint- Exupéry. Editora AGIR, 25a edição, 1983.

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- Que é o regulamento? - É apagar meu lampião. Boa noite. E tornou a acender. - Mas por que acabas de o acender de novo? - É o regulamento, respondeu o acendedor. - Eu não compreendo, disse o principezinho. - Não é para compreender, disse o acendedor. Regulamento é regulamento. Bom dia. E apagou o lampião. Quantos de nossos equipistas não seriam meros cumpridores de regulamentos? Os regulamentos são necessários e fundamentais, mas temos que ter em conta que eles não foram criados pelo Pe. Caffarel e seus primeiros colaboradores para dizer que as Equipes de Nossa Senhora têm suas normas, suas regras. Ao criá-las o Pe. Caffarel tinha algo em mente, e era justamente o seu espírito. “Fazendo” simplesmente as coisas solicitadas pelo Movimento é estar na mesma condição do acendedor de lampiões: cumprindo regrinhas. Viver a proposta, os métodos, a pedagogia do Movimento é “vivenciar” o seu Espírito, que é muito diferente de cumprir regras. É, entre outras coisas, inclusive, caminhar para “águas mais profundas” como sempre pediu o saudoso São João Paulo II. É preciso olhar as realidades do bairro em que se vive, das paróquias, das cidadezinhas ao redor. Que tal realizarmos Experiências Comunitárias com o intuito de formar casais que tenham ideais mais elevados, que se eles quiserem continuar a caminhada poderão desfrutar das maravilhas que as equipes nos propõem. MAGNIFICAT!

Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP

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SEJA UMA BÊNÇÃO PARA TODOS! Estamos completando 40 anos de pertença às ENS de Fátima, Setor B, da cidade de Sorocaba/SP. Muitas são as memórias que trazemos seladas em nosso coração. Queremos recordar hoje algumas do tempo em que estivemos na responsabilidade da Super-Região Brasil. Em tudo fomos conduzidos nas asas do Senhor que nos ditava os caminhos, suscitava iniciativas e supria as necessidades com tanta gente dedicada, tanta gente que até perdemos a conta. Recordávamos, até com uma pitada de orgulho, que convidamos ao serviço das ENS muitos Regionais, Provínciais e até o casal para nos substituir na Super-Região e jamais ouvimos um único “NÃO”. Talvez nos tenha passado desavisadamente pela cabeça que tivéssemos tido alguma habilidade no convite ou algum prestígio perante os convidados. Enfim, quando se recebe um “SIM” ao convite de que fomos portadores é sempre motivo de alegria e, por que não dizer, um alívio por ter encontrado um coração generoso ao serviço. Passaram os anos e agora o apelo de Deus coloca-nos na Direção Nacional das Comunidades Nossa Senhora da Esperança. Um apelo que já nos encontra em época em que sonhamos diminuir os passos, que começamos a sentir o peso da idade, enfim, quando de alguma maneira falta-nos coragem para enfrentar um desafio novo e, por que não dizer, desconhecido: cuidar das pessoas viúvas e pessoas sós. Dona Nancy, fundadora destes dois Movimentos no Brasil (ENS e CNSE), sonhara que dos quadros equipistas sairiam os voluntários para abraçar esta causa como, aliás, têm saído. Mas neste particular os caminhos de Deus para nós têm sido outros. Tivemos de aprender a sofrer as constantes recusas aos apelos, a suportar o peso que um “Não” pode nos causar. Tivemos de aprender as razões dessas recusas, que vão desde um inconsciente temor de tratar de uma viuvez ou solidão que não queremos para nós, recusas que passam pela sobrecarga de compromissos que muitos de nossos irmãos equipistas já assumiram no Movimento das ENS ou em trabalhos pastorais, e até mesmo aqueles que simplesmente não têm vontade de ajudar neste trabalho. Da antítese dos uníssonos “SIM” e dos rotineiros “NÃO”, quando estes últimos nos martelam a cabeça, eis que surge sempre a Providência Divina para não nos deixar perder o embalo. Sem pre-

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Reunião de informação para relançamento dos grupos das CNSE em Campo Grande e sua futura criação em Maracaju/MS

tensões por nós determinadas, sem projetos específicos, sem convites personalizados, eis que vem a bênção de Deus. Esta tem sido a aventura das CNSE, uma pequena semente de vida que floresce e deita suas raízes por mais de 80 cidades deste nosso País. O exemplo mais recente dessa bênção aconteceu nas terras do Mato Grosso do Sul. A Olga do Nei (falecido há pouco mais de um ano), e que foram casal responsável pela Província Centro-Oeste, chama-nos para dizer de sua disponibilidade em revitalizar as CNSE em Campo Grande/MS. Na mesma semana, igualmente sem qualquer iniciativa nossa, liga-nos um casal jovem da cidade de Maracaju (Josiane e Juliano) a 160 km de Campo Grande, dizendo ter sido tocado pela proposta do trabalho com as viúvas e pessoas sós e que estavam prontos a implantar ali o Movimento. Que a bênção do Senhor recaia sobre as pessoas generosas que se deixaram cativar pelo apelo mudo que sai do coração de tantos que esbarram com o fardo da solidão. Que sua atuação seja uma bênção para nossas viúvas(os), separadas e solteiras de certa idade, que merecem ser alcançadas pela misericórdia de Deus, e da qual podemos ser os portadores, simplesmente pondo-nos alegremente a serviço. Silvia e Chico Coordenação Nacional da CNSE

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testemunho

COMO OS LIVROS DO PADRE CAFFAREL NOS AJUDAM Participo das Equipes de Nossa Senhora há 8 anos, mas apesar de sempre ouvir sobre a importância de ler e estudar os textos do Padre Caffarel acabava lendo um ou outro que estavam nos livros tema do ano. Foi somente neste ano de 2016 que impulsionado pelos testemunhos de vida de alguns casais equipistas, os quais via e ouvia nos momentos de formação e outros encontros do movimento, que decidi tentar entender o que estes casais tinham visto no Movimento e que eu ainda não conseguia ver. Achei por bem escolher um caminho, e este passava por entender o pensamento do Pe. Caffarel sobre o Movimento e o matrimônio Conversar com ele não era mais possível, então resolvi ler seus textos. Pensei, se eu ler vários livros, em algum momento vou começar a encontrar uma ligação entre eles. Uma ideia comum a todos e então entenderei seu pensar. Alguns poderiam dizer por que não ler o Discurso de Chantilli, este contém todo o pensar, o desejo e as preocupações do Padre Caffarel sobre o Movimento. Porque eu queria mais. Ele fez este discurso já na última fase de seu serviço frente ao Movimento, mas o que o ajudou a construir os alicerces deste está nos textos anteriores. Pois bem, passei o ano refletindo e escrevendo sobre os textos que lia, até que a pedido e por in30

dicação do equipista Carlos Eduardo, comecei a ler o livro “Nas Encruzilhadas do Amor”. Foi como se encontrasse a massa que uniria os tijolos de uma parede. Neste livro é possível conhecer as reflexões do Pe. Caffarel enviadas a casais ou apenas seus pensamentos sobre situações vividas por ele ou por casais que acompanhava. Pude perceber que há sim uma ideia central perpassando todo o texto. Não foi fácil chegar a ela. Precisei primeiro abandonar outra ideia que parecia ser a correta. Após ler mais de dois terços do livro, estava pronto a concluir que a ideia dele era mostrar as três atitudes de vida que deveriam ser buscadas para se alcançar a santidade conjugal. Mas o último bloco de textos mostrou que estava enganado. A ideia era mais profunda. Para o Padre Caffarel, o casamento é (ou deveria ser) sinal do amor de Deus pela humanidade e este relacionamento entre o Homem e Deus pode ver-se refletido na relação homem-mulher unidos pelo sacramento do matrimônio. Fui então retomando os textos e observando como se dava esta relação e cada um deles revelava um novo componente, como o conhecer, o buscar, o abrir-se, o acreditar, o perdão, o amor incondicional. Todas estas e outras mais, parecem mostrar como o Padre Caffarel olhava para os casais. E não tenho CM 505


provas, pois considero que ainda preciso estudar muito suas obras, mas estes componentes estão refletidos no Carisma e Mística do Movimento. Reunir-se em nome de Cristo, ajudar-se mutuamente e dar testemunho. Os textos deste livro convocam (às vezes sutilmente, outras de forma mais enfática) os casais a buscar a Deus, a ajudarem-se mutuamente e darem testemunho com a vida do amor que existe entre eles e do quanto Deus é importante na vida dos dois. Assim, depois de nos mostrar, durante o decorrer do livro, como melhorar nossa relação com Deus e o cônjuge, e como esta relação é parecida nos dois últimos textos, Pe. Caffarel nos deixa alguns recados importantes. Em “Se Ouvir Sua Voz”, Pe. Caffarel nos alerta: “...Cuidado com as trapaças do espírito e do coração. Sejam verdadeiros filhos de Deus, fazendo-lhe o favor de acreditar que não pede coisas não razoáveis. Estejam sempre pronCM 505

tos a se deixar contratar e a partir, sem apelar para direitos, sem pedir adiamentos, sem demorar”. Ou seja como José e Maria, estejamos prontos, não inventemos desculpas e aceitemos nossa missão quando Deus nos convocar, seja em qualquer fase de nossa vida. Tem tantos casais que acham que já fizeram o suficiente. Gostariam muito que lessem o texto “Os aposentados do amor”. E no último texto, ele nos convida a conhecer a “Bíblia em Imagens” presente em nosso próprio lar, na esposa, nos filhos, no pai, no amor conjugal, no dar e receber comum às famílias. Em tudo isso, Padre Caffarel ensina: Deus se revela. Este livro não é um manual, mas dá sentido aos manuais. É leitura fundamental, que me deixou ainda mais apaixonado por este Movimento ao qual o Padre Caffarel guiado pelo Espírito Santo serviu por tanto tempo. Erica e Marco Antonio Pedronetti Eq.13 - N. S. Desatadora dos Nós Piracicaba-SP 31


CARTA DE UM CASAL LIGAÇÃO À EQUIPE LIGADA Encontramos-nos hoje na missão de Casal Ligação de vossa equipe e somos conscientes de que a misericórdia e o amor de Deus nos trouxe até aqui. Não estamos aqui por superioridade em conhecimento, pelo contrário, esperamos com essa missão que possamos aprender juntos e construir essa ligação como um elo muito maior do que apenas comunicação, mas que sejam laços de amor. Sabemos que não estaremos presentes em todos os momentos da Equipe, mas através principalmente do CRE poderemos, mais do que conhecer, sentir a equipe. Gostaríamos de representar para vocês um apoio a mais na vivência dessa rica proposta, partilhando com vocês nossas experiências, os bons e também maus momentos.

Na missão de cristãos que todos temos, também precisamos nos orientar mutuamente. Que vocês não se esqueçam da base forte que os PCE são para a vida do equipista, sem eles corremos o risco de nos esvaziarmos. Saibam, amados irmãos, que recebemos com muito carinho essa missão, nos colocamos inteiramente nas mãos do Senhor e dissemos nosso sim. Finalizamos desejando que o amor de Cristo seja o elo que mantém unida e coesa vossa equipe e que esse mesmo amor seja a base da relação que por ora iniciamos sua construção. Abraços fraternos,

Casal Ligação

ANTES DE SERMOS MEMBROS DAS ENS Até o ano de 1981, nós não tínhamos família e sim uma casa, pois eu, Antônio, tinha problemas com o alcoolismo. Até que Deus, em toda sua misericórdia, se compadeceu de mim e me mandou uma filha, um anjo especial. Logo após seu nascimento fomos visitados por dois casais de amigos que nos convidaram para participar de um encontro de casais, de onde partimos para as ENS. A partir daí nossa vida mudou totalmente. Participamos do grupo de Alcoólicos Anônimos há 35anos, onde podemos ajudar as pessoas que sofrem com a depen32

dência do álcool e outras drogas. É importante sempre nos recordarmos do que éramos, para que possamos aprender e reconhecer o milagre de Deus, que acontece diariamente em nossas vidas. Agradecemos a Deus, a Nossa Senhora, às ENS e aos Alcoólicos Anônimos que nos deram a chance e a força necessária para ter uma família e ajudar aqueles que estão na situação que um dia estivemos. Clarete e Antônio Dias Eq.07 - N. S. Mãe dos Homens Crisciúma-SC CM 505


reflexão EQUIPES DE NOSSA SENHORA, RIQUEZA DA IGREJA Ao refletirmos sobre o tema “Equipes de Nossa Senhora, riqueza da Igreja”, nos deparamos com pensamentos essenciais para nosso entendimento de pertença às equipes. Nos perguntamos: Nosso maior legado para o mundo é sermos um casal cristão que vive o Amor de Deus? O texto nos responde que o mais importante, segundo Pe. Caffarel, é o exercício de aprender a viver o Amor. Nestes anos de equipe trilhamos este aprendizado: o amor do casal nasce do amor de Deus. Permanecer neste amor é o caminho para sermos um casal de Deus, um casal que tem a responsabilidade de contribuir com o projeto maior do Reino de Deus, é esforçar-se sempre, é humildemente reconhecer que precisamos um do outro, e da nossa equipe para sermos merecedores deste amor. É o Movimento nos dizendo: Sejam um casal que vive o Amor! Compreendemos também que nosso Carisma, a espiritualidade conjugal, nasce das entranhas do amor do Pai, Ele nos criou para sermos fiéis, para sermos felizes, num caminhar único, fazendo o mesmo itinerário para nossa santificação. É o Movimento nos dizendo: Vivam o Carisma! No nosso entendimento, ao viver o amor conjugal, estamos vivendo nossa espiritualidade conjugal, e tudo transborda para “fora” CM 505

porque é Deus que nos rege, nos conduz aos outros e consequentemente a Ele. Recordando o que diz o Papa Francisco: “Ninguém se salva sozinho, isto é, nem como indivíduo isolado, nem por suas próprias forças”, lembramos que Deus cria dois seres para viverem juntos e assim nasce uma comunidade. O mundo evoluiu, até chegarmos a comunidades maiores (família, equipe, trabalho, igreja...). Aqui queremos lembrar da maior e mais bonita comunidade: Pai, Filho e Espírito Santo. Então, as equipes reproduzem tudo isto quando vivem o amor e estão a serviço dos outros. Nossa vocação como equipista é levar nosso Carisma para a construção de uma sociedade melhor que reflita o Amor de Deus. Qual a maior riqueza do Movimento? A maior e mais valiosa contribuição à Igreja é sermos um casal de Deus, e por isso o Movimento, sim, é uma riqueza da Igreja. Pe. Caffarel diz: “Estejam bem convencidos, caros amigos, que não será apenas o casamento que aproveitará de nosso esforço; a Igreja inteira se beneficiará... e para isso todos os cristãos devem trabalhar.” Cleusa e Luis Fernando Eq. 37 - Setor A Brasilia-DF 33


Nas ENS sejamos testemunhas da Misericórdia Divina Nossa Senhora foi a primeira evangelizadora. Ela foi uma grande testemunha da misericórdia divina. O Papa Francisco assim nos convida: “A Igreja é chamada, neste tempo de mudança de época, a oferecer mais vigorosamente os sinais da presença e proximidade de Deus. Permaneçamos vigilantes e despertemos para o essencial. Esse é o tempo para a Igreja reencontrar o sentido da missão que o Senhor lhe confiou no dia de Páscoa: ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai (Jo 20,21-23). Queremos um jubileu para nos darmos conta do calor do seu amor, quando nos carrega aos seus ombros e nos traz de volta à casa do Pai. Um Ano Santo que sejamos tocados pelo Senhor Jesus e transformados pela sua misericórdia para nos tornarmos, também nós, testemunhas de misericórdia”. A misericórdia é a manifestação mais sublime de Deus. Nossa Senhora fez a experiência do amor misericordio34

so do Pai. Toda a sua vida foi marcada por essa presença amorosa de Deus Pai. Suas palavras vinham do coração e depois chegavam a sua boca. A boa palavra, o Evangelho, passa pelos dois olhos, as duas mãos e os dois pés, para chegar à única boca. A misericórdia vem do coração também, mas antes ela passa por três partes do nosso corpo. Partes essas que se não servirem para a misericórdia, podem ser escandalosas e devem ser arrancadas porque nos levam para o inferno. Confira o Evangelho de Mateus 18, 8-11. Primeiro pelos olhos. Deus vê as alegrias e as tristezas do seu povo e se compadece. O seu olhar não é insensível. Ele vê tudo. Seu olhar tem o foco nos pequenos, simples e humildes. O ditado popular é sábio. O que os olhos não veem o coração não sente. O olhar misericordioso vai a fundo e ultrapassa as aparências. Os Santos e CM 505


Santas tiveram esse olhar misericordioso. Segundo. A misericórdia passa pelas mãos. Elas são as responsáveis pelo cuidado. As mãos acariciam, guardam, aconchegam, envolvem, protegem, seguram, sustentam, levantam, saúdam, indicam. Depois que os olhos misericordiosos enxergam, as mãos entram em ação. O samaritano enxergou o ferido no caminho e suas mãos o acudiram, limpando, abraçando, ungindo e levando até um lugar seguro. As mãos misericordiosas estão sempre abertas para o serviço, foi o que nos ensinou Padre Henri Cafarrel. Terceiro. A misericórdia move os nossos pés. Eles, quando em marcha, vão ampliando nosso horizonte e nosso olhar, para que a misericórdia possa ser vivida e sentida em toda parte, até os confins do mundo. Nossos pés são os responsáveis para que as mãos sejam estendidas e cheguem até aquelas pessoas que mais precisarem da misericórdia di-

vina. Que nossos pés nos levem a lugares distantes e a pessoas desconhecidas, a todos os cônjuges, para que possamos viver a misericórdia do Pai. Temos muitas “portas santas” para abrir. Começando pela porta do nosso coração, da nossa família. Depois temos da saúde, da educação, da sustentabilidade, da honestidade, do desenvolvimento, da segurança, da tolerância, do respeito, da probidade, da justiça, da cultura. E sempre é bom lembrar que as portas que se abrem fazem menos barulho que aquelas que se fecham. Não esqueça que as portas do céu se abrem aqui na terra. Por isso mãos às obras espirituais e corporais. Que ninguém fique só na porta, mas todos passem pelos umbrais da paz, do bem e do amor. O próprio Jesus faz um apelo ao grito de Oseias: “Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios” (Os 6,6). Pe. Carlos Alberto Pinto da Silva SCE – Eq.02 N. S. das Graças Abaetetuba-PA

AMOR FRATERNO, TEMPERO DA VIDA EM COMUNIDADE O amor fraterno é o principal “tempero” na formação de uma comunidade. São Paulo, na Carta aos Romanos ensina: “Que o amor fraterno vos una uns aos outros, com terna afeição” (Rm 12, 10). É esse sentimento que torna possível o relacionamento íntimo entre as pessoas. A aceitação do outro, com suas virtudes e defeitos, só acontece quando colocamos em prática o preceito do amor: “Assim como eu vos amei, amai-vos também CM 505

uns aos outros” (Jo 13,34). Não é fácil conviver com as diferenças e peculiaridades dos outros, nos nossos relacionamentos, na família, no trabalho, na equipe, na vida comunitária, na Igreja, etc. Só o amor opera esse milagre. As Equipes de Nossa Senhora querem ser comunidades vivas, reflexos do amor de Cristo, como nos ensina a orientação de vida de anos passados, mas sempre atual. O amor fraterno é o sal que dá o “gosto” e une os casais 35


das equipes, constituindo autênticas comunidades. Na falta desse “tempero”, as equipes não passam de grupos de bons amigos e não superamos egoísmos, interesses, vaidades, arrogâncias... O padre Caffarel dizia que o amor fraterno “responde a uma das mais prementes necessidades de nosso tempo” (livro tema de 2016, pág. 68). Nossas equipes devem ser canteiros de amor fraterno. Devemos cultivá-lo e dar condições para o seu crescimento e desenvolvimento. Nós, equipistas, devemos nos espelhar no ensinamento de São Paulo, citado acima, e ser mais solidários, mais irmãos. Devemos viver a unidade, mesmo na diversidade da qual somos portadores. Aceitar, respeitar e amar os outros como eles são, e não como desejamos que sejam, deveriam ser práticas usuais. Ser equipista é mais do que “fazer os PCE” e não viver as três atitudes propostas pelo Movimento – cultivar a assiduidade em nos abrirmos à vontade de Deus, desenvolver nossa capa-

cidade de viver a Verdade, aumentar a capacidade de viver o encontro e a comunhão. Ser equipista é mais do que usar uma capa de cordeiro, exibindo uma “auréola de santidade”, e na equipe comportar-se como o seu dono e senhor. Ser equipista é mais do que vestir uma camisa e ir a celebrações ou formações. Ser equipista é esforçar-se para seguir as orientações do Movimento, colocando-as em prática no próprio Movimento, na Igreja e no mundo. Ser equipista é aprofundar o ser cristão, vivendo a misericórdia. Nós, participantes das ENS, somos privilegiados, pois, pertencemos a um Movimento de espiritualidade conjugal, que se interessa pela nossa formação, pela maturidade da nossa fé e pelo progresso no caminho da santidade. A vivência do amor fraterno se faz na prática da paz, do bem, do entendimento, do perdão e no caminhar juntos como irmãos. Glória e Bartolomeu Eq.07A - N. S. Desatadora dos Nós Jaboatão dos Guararapes-PE

OS BIOMAS E OS PCE CULTIVAR E GUARDAR. No tempo quaresmal, a CNBB nos apresenta a Campanha da Fraternidade, cujo tema, neste ano, é “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”. O lema é inspirado no Livro do Gênesis 2,15 “Cultivar e Guardar a Criação”. A Campanha ora apresentada tem como objetivo geral: “Cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evange36

lho” (Texto- base CF 2017, pág. 16). No texto-base da CF 2017, n. 5, ensina-se que “um bioma é formado por todos os seres vivos de uma determinada região, cuja vegetação é similar e contínua, cujo clima é mais ou menos uniforme, e cuja formação tem uma história comum”. Oficialmente, no Brasil, encontramos 6 biomas: Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga e Pampa. Conhecê-los, além de um dos objetivos específicos da Campanha da Fraternidade, CM 505


é condição para cuidarmos melhor da obra da criação, cujo compromisso missionário todo Cristão deve assumir. O tempo forte à conversão, que tradicionalmente somos chamados na quaresma, deve também fazer ressoar o convite à conversão ecológica, de forma a compreender que “Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um as-

pecto secundário da experiência cristã, mas parte essencial de uma existência virtuosa” (Laudato Si, no 217). Nesse caminho de conversão ecológica, utilizando-se de uma linguagem figurada, podemos concluir que nossos 6 PCE se revestem também desta vegetação similar, contínua, cujo clima é mais ou menos uniforme e onde os casais equipistas são apresentados a uma proposta de conversão, através da vivência do Carisma das Equipes de Nossa Senhora. Viver uma Espiritualidade Conjugal engajada requer a observação dos PCE, que são como os nossos biomas e dependem de quem os cuide, pois só assim poderemos compreendê-los como fonte de sustento, sem a qual nossas vidas se tornam como as sementes da parábola do semeador que caíram à beira do caminho, entre espinhos e pedras, porque deixamos recebê-la, cultivá-la e guardá-la na terra boa da criação. Paz e Bem! Márcia e Rogério Eq.10 - N. S. da Esperança Florianópolis-SC

NOVO ANO O novo traz consigo algo que poderá proporcionar encanto, alegria e esperança. Isso quando for revelação de algum valor ou de alguma grandeza que perpasse a alma sonhadora. Um novo emprego, uma nova casa, um novo carro, um novo estilo de vida, uma nova situação financeira, um novo coração e tantos outros sentimentos que satisfaçam o orgulho pessoal. O novo também poderá causar apreensão ou medo. Um novo desafio, CM 505

um novo problema, uma nova recaída, uma nova enfermidade, uma nova dívida. São inúmeras as situações indesejáveis que inquietam e atormentam deixando um vazio amargo no coração. São situações necessitadas de uma atitude corajosa e desafiadora. Ninguém gostaria de carregar essa cruz dolorida e sufocante. Ninguém gostaria de enfrentar as deficiências pessoais. E o novo ano? Será apenas mais um ano no calendário, ou terá uma 37


conotação de novidades para o crescimento pessoal, para uma realização mais eficaz e para a felicidade geral? Tudo dependerá da postura com que olharmos para o ano que está findando e para o ano que está iniciando em nosso calendário e em nossa história. O ano que está findando deverá deixar para a história alguns valores, algumas conquistas que serão motivos alegres para um novo começo com novos sonhos, novas propostas e novos compromissos. No calendário será apenas uma nova página, mas na vida deverá ser um novo modo de ser. Feliz de quem entrar para o novo ano sem arrependimentos, sem remorsos e sem rancores. Feliz de quem entrar para o novo ano dando continuidade às lutas e às conquistas, às pesquisas e às descobertas, aos projetos e às realizações. Feliz de quem entrar para o novo ano com fé amadurecida, aprofundamento no amor e com esperança enriquecida. Os bens materiais são importantes. Desejar prosperidade é importante. Ambicionar riquezas e melhores condições de vida tambem é importante. Mas nada disso terá valor se 38

faltar a paz no coração, se faltar harmonia interior e se faltar o relacionamento alegre e feliz na família. Desejar um novo ano significa compromisso de contribuir para uma sociedade onde a solidariedade e a partilha alegre sejam normas de comportamento e de disponibilidade humanitária. Tudo tem que ser fruto de corações que transbordem felicidade ao conseguirem consolar outros corações atribulados pela tristeza e abatidos pelo desânimo. Tudo o que se deseja para o novo ano seja transparência daquilo que conseguir elaborar para reanimar tantos seres humanos caídos à margem por não terem mais forças em superar a pobreza, a fome, o desemprego e a decepção. Tudo o que seria desejável para o novo ano só será possível se houver uma atitude iluminada pela humildade fazendo com que pais e filhos vivam em harmonia e respeito permanente. As diferenças deverão dar lugar à comunhão. Os atritos deverão dar lugar ao perdão. Então o novo ano será um ano novo para todos. Frei Venildo Trevizan Colaboração de Lú e Nelson – CRP Centro-Oeste CM 505


partilha e PCE RETIRO Atendendo ao propósito da Super-Região de investir cada vez mais na formação dos equipistas, a partir desta edição a Carta Mensal passará a trazer um pequeno resumo informativo sobre cada PCE. Na estreia desta seção, abordaremos o Retiro, que foi escolhido para ser o PCE enfatizado deste ano. Considerando a grande extensão territorial da nossa Super-Região, somada à diversidade cultural do povo brasileiro, constatouse que o Retiro é realizado de formas muito diferentes de Norte a Sul do país. Assim sendo, torna-se necessário padronizar essa prática, a fim de ficarem preservados o objetivo a ser alcançado, e a unidade do Movimento. Os principais requisitos a serem enfatizados são os seguintes: Duração: De acordo com vários documentos das ENS, o Retiro deve ser de 48 horas de efetivo recolhimento. Este é o tempo mínimo necessário para que nós consigamos nos desligar do mundo acelerado em que vivemos, renunciar ao nosso próprio tempo (cronos) e adentrar no tempo de Deus (kairós). Não podemos fazer Retiro de apenas um dia, porque esse período não é suficiente para atingir a finalidade do afastamento. Ambiente: Necessariamente deve haver silêncio. O silêncio exterior favorece o silêncio interior. Para que possamos assimilar a mensagem de Deus que toca a cada um de nós, é imprescindível que estejamos em atitude de escuta, e essa atitude só é alcançada na quietude, pois Deus nos fala na brisa suave. Metodologia: A metodologia do Retiro deve estar em consonância com os demais requisitos. Se o momento é de recolhimento e de silêncio, não deve haver dinâmicas de grupo, festas ou confraternizações. Haverá certamente outros momentos para isso ao longo do ano. Recomenda-se que haja momentos de oração, adoração ao Santíssimo, liturgia penitencial e outros exercícios afins, como forma de favorecer o encontro com Deus. Deve haver, ainda, um momento reservado para o encontro com o cônjuge no dever de sentar-se e na oração conjugal. Conteúdo: O tema do ano deve nortear o conteúdo do Retiro. Desejável que se faça um elo entre o tema do ano e o matrimônio. Esses são os pilares básicos do Retiro. Cada equipe organizadora deve cuidar para que sejam observados esses requisitos essenciais. Assim, poderemos aproveitar melhor toda a graça derramada no período de recolhimento e sairemos dele com o coração transformado, com CM 505

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as forças renovadas, e aptos a prosseguir com vitalidade na caminhada rumo à santidade conjugal. Neste mês de outubro de 2016, subimos a serra para a cidade de Campos do Jordão para participarmos do nosso super PCE anual, o RETIRO. Como todo Retiro, tivemos muitas bênçãos naquele lugar durante todo o final de semana, porém um momento deixou todos nós, retirantes e a equipe organizadora, cheios do Espírito Santo. Estávamos na noite de sábado, todos do lado de fora da casa de retiro participando de um terço luminoso, em que cada participante possuía uma vela pequena em suas mãos e juntos, todos os casais formavam um grande círculo, inclusive os músicos que cantavam nos intervalos das dezenas. A cada Ave Maria e Pai Nosso e durante a jaculatória, uma pessoa levantava e acendia a sua vela no Círio Pascal, localizado no centro do círculo juntamente com a imagem de Nossa Senhora. Foi um momento muito especial, pois no silêncio que ali imperava, com o frio de 5 graus que nos acompanhava e Nossa Senhora a mãe de Jesus no centro de tudo, sentimos bater nossos corações, envoltos em um total silêncio. Nesse momento de profunda reflexão sobre nossa caminhada, nada mais importava, somente as invocações e orações à Nossa Senhora, seu filho Jesus e ao Divino Espírito Santo. Foi nesse ambiente onde tudo aconteceu. Ao término do Santo terço quando o Sacerdote se levantou para concluir, todos foram se levantando junto com ele e, para nossa surpresa, um vento forte vindo dos eucaliptos apagou todas as velas em um momento único. Todos os casais se mantiveram em círculo e ficaram paralisados. Nenhuma vela ficou acesa. Aquela rajada de vento não se repetiu. O Sacerdote continuou dizendo: Deus está aqui. Nesse momento, muitos casais choraram, outros se abraçaram, outros tentaram entender, outros simplesmente continuaram a orar e a agradecer, a música fechava com encanto esse momento de encontro com Jesus e o Espírito Santo. O PCE Retiro é um momento em nossa vida em que somos convidados a nos retirar de tudo que nos rodeia, tudo que nos preocupa, tudo que nos consome, e nos dedicarmos a ouvir o que Deus quer de nós, muitas vezes não dispomos desse tempo para entender, precisamos nos retirar, precisamos levar nosso cônjuge para um momento a sós com Deus, para que também ouça o Pai e seu coração volte repleto de bênçãos que serão revertidas em Santificação do casal.

Patricia e Marcos Eq.10 - N. S. Auxiliadora Caçapava-SP 40

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serviços nas ENS CASAL RESPONSÁVEL DE EQUIPE Cada equipe elege, a cada ano, um casal responsável. Sua função consiste em encorajar e reforçar o compromisso dos membros da equipe em relação a essa pequena comunidade, para que a ajuda mútua aí seja efetiva e cada um se sinta verdadeiramente aceito, reconhecido e amado. O casal responsável cuida para que todos participem ativamente da Reunião Mensal da equipe e se preparem para ela. Ele traz para sua equipe as informações sobre a vida do Movimento e encoraja os irmãos a participarem ativamente das reuniões em todos os níveis da organização. (Guia das ENS) O casal responsável deve assumir a responsabilidade da equipe como casal. Nas ENS todas as responsabilidades são assumidas em casal. Os encargos devem ser divididos entre marido e mulher, mas os dois devem refletir juntos, decidir, agir verdadeiramente em corresponsabilidade. O CRE deve ser um casal de oração que ama sua equipe e todo o Movimento. O serviço de CRE está “enraizado” na Palavra de Deus e na Eucaristia. Para responder às necessidades da sua equipe o CRE deve ter criatividade, iniciativa e coerência entre fé e vida. CRE, um chamado a um amor maior, um chamado do Senhor.

O CRE é um elo importante na vida das equipes e dos equipistas. Estabelece uma relação essencial com o Movimento.

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Ens, um presente de Deus para nós!

Na nossa vida de casados percebíamos que éramos abençoados por Deus, mas isso não bastava, pois, antes de sermos equipistas, vivíamos uma vida conjugal atrapalhada e até com risco de separação. Vivíamos sempre bem abalados no casamento. Foi quando em dezembro de 2010 recebemos o convite para ingressarmos nas ENS, cheios de dúvidas, porém a ação do Espírito Santo nos iluminou para juntos darmos o nosso sim a este convite. Depois do convite veio a proposta de formação para crescermos na vivência diária da Palavra de Deus. Logo no primeiro ano de equipe já vimos que este convite foi um verdadeiro presente de Deus para nossas vidas. Aprendemos a ter mais paciência diante de nossos problemas conjugais, escutando-nos reciprocamente e isso gerava um grande respeito mútuo entre nós. Após quatro anos de caminhada, fomos escolhidos para ser Casal Responsável da nossa equipe, uma grande responsabilidade, pois caberia a nós animar espiritualmente os demais casais da nossa equipe, estar atento ao progresso espiritual, especialmente por meio 42

da Partilha, deveríamos zelar pela fidelidade da nossa equipe ao Carisma e à Mística das ENS e transmitir-lhes com fidelidade as orientações do Movimento. Acreditávamos que naquele momento o nosso testemunho como casal, a nossa coerência entre fé e vida, teria sido determinante para sermos escolhidos como CRE, era a ação do Espírito Santo agindo novamente em nossas vidas. Hoje podemos afirmar que esta foi realmente uma grande bênção de Deus! Assim tivemos oportunidade para conhecer mais a fundo a grandiosa riqueza do Movimento das ENS. Quantos casais maravilhosos que nos passaram uma experiência profunda da presença de Deus e de Nossa Senhora em suas vidas. Aprendemos muito com eles e nos tornamos conhecidos. Como é bom quando somos valorizados e estimados por todos, este Movimento verdadeiramente é capaz de mudar o jeito de ser e de viver dos casais que se dispõem em aceitar a proposta oferecida no exercício dos PCE. Quão grande é a solidariedade deste Movimento, aprendemos a ser solidários e caridosos com nosso próximo! Quanto gesto concreto a nossa própria equipe foi capaz de fazer! Com respeito e caridade dizemos juntos: Muito obrigado, Padre Caffarel! Muito obrigado à Nossa Senhora, que está sempre à nossa frente e iluminando a todos! Marilza e Pedro Eq. 14A - N. S. de Todos os Povos Rio Claro-SP CM 505


notícias ANIVERSÁRIO DE EQUIPE

40 anos Eq.01B - N. S. Fátima Sorocaba-SP

25 anos Eq.01A - N. S. Aparecida Eq.01B - N. S. Auxiliadora Divinópolis-MG

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BODAS DE PRATA

Maria Cristina e Sérgio 28/09/2016 Eq. N. S. da Saúde Criciúma-SC

Karem e William 28/12/2016 Eq. N. S. das Graças Monte Alegre-MG

Gizelle e Márcio Rogerio Cintra 19/10/2016 Eq. N. S. Aparecida Centralina-MG

Cristiane e Jose Adalberto 07/12/2016 Eq. N. S. Aparecida Uberlândia-MG

Milce e Mauricio 28/09/2016 Eq. N. S. de Lourdes Aparecida-SP

Rosana e Vanderson 31/10/2016 Eq. N. S. Mãe da Igreja Aparecida-SP

Roseli e Edvaldo 13/12/2016 Eq. N. S. de Fátima Aparecida-SP

Adriana e Hudson 23/11/2016 CR-Provincial Sul III Criciúma-SC

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Luciana e Clair 10/01/2017 Eq.68 Brasília-DF

Edilaine e Gerson Duarte 07/02/2017 Eq.09A - N. S. de Guadalupe Sorocaba-SP

Sonia e Edimilson 07/09/2016 Eq. N. S. Aparecida Campo Largo-PR

Mara Cristina e Djan Louis 03/01/2017 Eq. N. S. Aparecida Goiatuba-GO

BODAS DE PÉROLA Tecia e Josias 12/09/2016 Eq.20 - N. S. de Fátima Fortaleza-CE

BODAS DE OURO Maria Helena e Maurício 22/10/2016 Eq.03 - N. S. da Consolação Rio de Janeiro-RJ

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Vanda e Euripedes 10/09/2016 Eq. N. S. do Rosário CM 504 Monte Alegre-MG 45


Ernesto e Berê 28/11/2016 Eq. N. S. de Mont Serrat Araçatuba-SP

Heide e Sebastião 14/01/2017 Eq. N. S. dos Navegantes Santos-SP Ana Maria e Wilson 02/09/2016 Eq. N. S. das Graças Goiatuba-GO

BODAS DE DIAMANTE Cleci e Nonato 0/12/2016 Eq.01G - N. S. do Perpétuo Socorro Fortaleza-CE

ORDENAÇÃO DIACONAL José Antônio da Gláucia 11/12/2016 Eq. N. S. de Fátima Setor Goiatuba/Panamá

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JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL Pe. Rogério Félix 07/12/2016 SCE - Eq. N. S. Desatadora dos Nós São José dos Campos-SP

Pe. Antonio Carlos Ferreira cmf. 07/12/2016 SCE - Eq. N. S. Aparecida Eq. N. S. Guadalupe Pouso Alegre-MG

JUBILEU DE OURO SACERDOTAL Irmã Hilde Martin 24/10/2016 CE - Eq. N. S. dos Remédios CE - Eq. N. S. Desatadora dos Nós Votorantim-SP

VOLTA AO PAI Rosimar Planas (do Paulo) 03/09/2016 Integrava a Eq. N. S. Aparecida Araraquara-SP Ana (do Bosco) 14/10/2016 Integrava a Eq. N. S. do Divino Espírito Santo Brasília-DF

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Climério Gonçalves de Oliveira (da Cleunice Oliveira) 22-11-2016 Integrava a Eq. N. S. do Sagrado Coração Exercia o serviço de CRS Setor C - Divinópolis-MG Região Minas V

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dicas de leitura LANÇAMENTO março 2017

MEMÓRIAS E HISTÓRIAS…

Para Aqueles que Têm as Equipes no Coração

200 páginas

Maria Regina e Carlos Eduardo Heise Se existe algo que vai se apagando aos poucos é a nossa memória de fatos passados. Preocupados com essa lenta perda que vamos sofrendo, e que se estende também para as Equipes de Nossa Senhora, os autores resolveram registrar fatos ocorridos na história das ENS, mais especificamente entre a última década do século passado e parte da primeira deste século no Brasil. Procura a edição descrever em linguagem simples os fatos, que no entender dos autores, tiveram maior significado no período. Essa obra contou com a colaboração em alguns capítulos de casais com maior tempo no Movimento: Cidinha e Igar Fehr, Hélène e Peter Nadas, Monique e Gerard Duchene, são alguns deles. Podemos dizer que este livro pode ser lido sob diversos aspectos, como um livro de informação e formação, com capítulos que se prestam muito bem a um Dever de Sentar-se, seja em casal, seja em equipe. (Este livro pode ser adquirido no Secretariado Nacional: www.ens.org.br)

GRANDES METAS DO PAPA FRANCISCO Cardeal Dom Cláudio Hummes Papa Francisco foi eleito em março de 2013, num Conclave do qual participou o arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Dom Cláudio Hummes, franciscano, que sugeriu-lhe adotar o nome de Francisco. Celebrando seu extraordinário pontificado, repleto de atitudes de autêntico espírito evangélico e iniciativas que vêm mudando o rumo da Igreja, Dom Cláudio, que continua muito próximo do Papa, pretende aqui “lembrar e expor, de forma breve, aquelas que são as principais grandes metas de seu pontificado”, aproveitando também para homenageá-lo pela passagem de seu aniversário de oitenta anos.

(À venda no site da Paulus Editora: www.paulus.com.br)

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CM 505


MEDITANDO EM EQUIPE

Amor de salvação

Deus criou-nos para a felicidade, pela participação em sua vida divina e pelos bens da natureza. Entre esses bens, que devem ajudar-nos a viver com ele, deu-nos o amor de casal, de homem e de mulher que se amam de corpo e de alma. Amor que, não nos podendo saciar, pode orientar-nos a procurar na união com a Trindade a felicidade plena que desejamos.

A Palavra de Deus: Do Cântico dos Cânticos (1,2-3; 2,2-3; 4,1-11; 8,6) Beija-me ele com os beijos de sua boca! Porque melhor é o teu amor do que o vinho. Suave é a fragrância dos teus perfumes... Eu me pareço contigo minha amiga. Oh, como és formosa, amiga minha; como és bela! Como és belo, meu amor! Como és encantador! Oh, como és formosa, amiga minha; como és bela! Tu és toda formosa, meu amor, e em ti não há mancha. Vem comigo do Líbano, minha esposa. Arrebataste o meu coração, minha irmã, minha esposa, arrebataste o meu coração com um só dos teus olhares. Como são suaves as tuas carícias, minha irmã, minha esposa! Os teus lábios, ó esposa, destilam mel virgem; E o mel e o leite estão sob a tua língua. Põe-me como um selo sobre o teu coração, como um selo sobre o teu braço; Porque o amor é forte como a morte; E duro como a sepultura o ciúme; As suas brasas são brasas de fogo, uma chama divina.

Oração espontânea – Bendiga a Deus por ser homem ou mulher, pelo dom da sexualidade, pelo dom da caridade que levou você a escolher e amar essa pessoa. – Peça a graça de crescer nesse amor, para ser feliz e fazer a felicidade de muitos.

Oração litúrgica – Bendito sejais, Senhor, que me concedestes a graça de receber esta mulher por minha esposa. – Bendito sejais, Senhor, que me concedestes a graça de receber este homem por meu esposo. – Bendito sejais, Senhor, porque nos assististes com a vossa graça nos momentos felizes e nos momentos difíceis da nossa vida. Ajudai-nos, a conservar fielmente o amor recíproco, para que sejamos testemunhas fiéis da aliança, que contraístes com a humanidade. – O Senhor nos guarde em todos os dias da vossa vida. Seja o nosso conforto na tristeza e auxílio na prosperidade, e encha a nossa casa com a abundância das suas bênçãos (Adaptada do Ritual do Matrimônio) Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal


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