ENS - Carta Mensal 488 - Abril/2015

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Ano LV•abr - 2015 • nº 488

c a r ta Equipes de Nossa Senhora

Mensal

mas Deus o ressuscitou dentre os mortos (At 13, 30)

SUPER-REGIÃO Um olhar positivo para um mundo em transformação p. 04

ENCARTE EACRE 2015

30 ENCONTRO NACIONAL Tríduo Preparatório p. 36


CARTA MENSAL n0 488 • abr 2015

Editorial............................................. 01 Super-região “... Para que todos tenham vida...”....... 02 Em que mundo você vive? ................... 03 Um olhar positivo para um mundo em transformação................................. 04 Tríduo Pascal ........................................ 05 IGREJA CATÓLICA Desinstalar-se e ir ao encontro dos irmãos. Ide!.................................... 08 Páscoa: Explosão de luz no mundo....... 09 raízes do movimento Nada de “bom entendimento”! Procuremos ir além ................................11 VIDA NO MOVIMENTO Província Norte ........................................13 Província Nordeste ............................... 13 Província Sul II ...................................... 15 ACERVO LITERÁRIO DO PADRE CAFFAREL Seguindo os escritos do Padre Caffarel..... 17 TESTEMUNHO Acolhida aos novos casais..................... 19 O caminho é caminhar... ........................20 Homenagem ao Pe. Nilo um conselheiro espiritual especial ........ 21 Correção - edição 487 - fev/mar 2015 3a capa Meditando em Equipe onde se lê: O Filho fez-se humano para nos fazer divinos leia-se: Quaresma: “Penitência” ou Conversão?

Você convidou Jesus e Maria para o seu casamento? ........................ 22 Caminho para Deus .............................. 23 REFLEXÃO Ano novo equipista............................... 25 Árvore frondosa? ou roseira mimosa? ... 26 Reflexões para viver um bom ano! ....... 27 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação ......................................... 28 FORMAÇÃO Carisma - espiritualidade - mística ......... 29 Orientações de vida: o leme do movimento ..................................... 31 Desperta, ó homem! ............................ 32 Partilha e PCEs Via sacra do casal.......................................33 30 ENCONTRO NACIONAL Tempo de Deus ..................................... 35 Tríduo preparatório para o 30 Encontro Nacional das ENS do Brasil ............................................... 36 NOTÍCIAS .............................................. 39 encarte

EACRE 2015

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - Fotos da capa: canstockphoto Responsável: Ivahy Barcellos Diagramação, tratamento e preparação digital: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 23.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


Editorial

Eu sou a ressureição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim jamais morrerá. Crês nisto? (Jo 11, 25-26) Estamos vivendo o tempo pascal, tempo de alegria e é com esse espírito que nossa Carta vem cheia de novidades, convites a reflexões, formações e testemunhos. Padre Paulo nos convida a viver na caridade, fé e esperança e Hermelinda e Arturo a que nos convertamos no próximo. Continuando nesse espírito, Padre Caffarel nos leva a ir além do bom entendimento e ser testemunhas no mundo do amor de Deus. Não deixem de ver os textos de Raízes e Acervo do Padre Caffarel. Temos uma sugestão de reflexão em casal, um pequeno retiro, em forma de Via Sacra. Faltam menos de 3 meses para o 30 Encontro Nacional das ENS do Brasil e nas edições de abril, maio e junho traremos o tríduo preparatório para o Encontro, importante para todos os equipistas. Encontre o primeiro nessa Carta. Podemos sentir a grandeza do nosso Movimento. Neste início de ano aconteceram EACRE por todo o Brasil,e as fotos de vários deles encontram-se no encarte. Cristo morreu, mas ressuscitou, e fez isso para nos ensinar a matar os nossos piores defeitos e ressuscitar as maiores virtudes sepultadas no íntimo de nossos corações. Que esta seja a verdade da nossa Páscoa. Feliz Páscoa! Boa Leitura!  Fernanda e Martini CR da Carta Mensal

Tema: “Ousar o Evangelho - Discernir os sinais dos tempos” CM 488

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Super-Região

“... para que todos tenham vida...” (Jo 10,10) O mundo de hoje gosta do sucesso! O ser humano é formado pela sociedade para ser uma “pessoa de sucesso”. As pessoas, na sua maioria, buscam por meio da autopromoção, de uma maneira ou outra, visibilidade, destaque, reconhecimento... Buscam a fama a qualquer custo! Os “BBBs” da vida nos mostram essa história de maneira bem clara. Para ter cinco minutos de fama, tudo é valido. Jesus de Nazaré é um homem famoso. Sua “fama” se espalhou pelos vários cantos do mundo graças ao seu “fã-clube” de apaixonados que há séculos divulgam seu nome e suas obras. Tudo isso deriva de vários “momentos de fama” como curas, pregações, milagres... que ele viveu e que têm como ponto alto um acontecimento que envolve morte e ressurreição. Ele ressuscitou dos mortos e, vencendo a morte, vive para sempre. Um acontecimento ímpar na História que é celebrado na Igreja há muitos séculos. Mas por que Jesus ficou famoso? Será porque também ele tinha um compromisso com o sucesso? Não! Jesus não é um mágico que quer mostrar ao mundo seu poder através de um acontecimento que o promova como um “showman”. Deus não precisa de autopromoção. O principal motivo da sua vida, morte e ressurreição é proporcionar a vida: “Eu vim para 2

que as ovelhas tenham vida, e a tenham em abundância” ( J o 10,10). Se nós acreditamos no De u s d a v ida , acreditamos que podemos também superar as nossas mortes cotidianas, bem como a morte final. Se nós acreditamos no Deus que venceu a morte, no Deus da Vida, necessariamente acreditamos na vida. Acreditar na vida é deixar-se viver na caridade, praticando as boas obras, pensando no próximo e socorrendo os necessitados. Tudo isso nos coloca no verdadeiro caminho para a “vida abundante”. Acreditar na vida é viver na fé que nos possibilita enfrentar e superar os sinais de morte que aparecem durante nossa existência e ainda nos dá a certeza de que a morte não terá a última palavra. Acreditar na vida é, ainda, viver na esperança de que a vida vencerá. Com essa postura, o desespero não encontra espaço. Caríssimos, que a Páscoa, o tempo pascal, seja uma escola para a vida. Aprender, com esperança, amando e acreditando que a vida tem sempre a última palavra. Foi para isso que Cristo veio, para que todos tenham vida. Sejamos promotores da vida! Feliz Páscoa!!!  Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região CM 488


EM QUE MUNDO VOCÊ VIVE? Você vive no “seu mundinho”, ou seja, egoisticamente, sem se preocupar com mais ninguém, a não ser com você mesmo, com o seu bem-estar, com “a sua felicidade”, com suas coisas? Que pena não perceber que o mal ou o bem-estar do seu próximo afeta você diretamente. Ou você vive a vida dos outros, do tipo “deixa a vida me levar”... completamente acomodado, sem perspectivas, nem mesmo opiniões? Que pena, vai ter a vida que os outros determinarem para você. Nós é que damos “rosto” ao mundo em que vivemos, pois a criação é um processo contínuo do qual somos todos responsáveis. Dos sofrimentos às glórias, precisamos participar das etapas de transformação, pois Deus nos chama para isto. Ele nos deu dons; fomos desde sempre abençoados, ou seja, amados, e por isso escolhidos antes da criação do mundo para ser santos e imaculados (Ef 1,4). Assim como recebemos gratuitamente, também gratuitamente somos chamados a dar (cf Mt. 10,8). De que modo? Deixando que o Espírito Santo faça de nós um dom para os outros, que nos torne instrumentos de acolhimento, de reconciliação, de perdão. Se a nossa existência se deixa transformar pela graça do Senhor, não podemos reter para nós a luz que vem de Deus, mas deixar que ela passe para que ilumine os outros. CM 488

“Aquele que caminha sem deixar pegadas não serve para nada” (Papa Francisco). É vital deixarmos nossa marca, é vital nos posicionarmos principalmente em defesa dos oprimidos, física ou espiritualmente. Que o Senhor nos conceda a graça de nos convertermos no próximo de cada pessoa, oferecendo a ajuda concreta àqueles escravizados que encontrarmos ao longo do nosso caminho – quer seja um idoso abandonado, um trabalhador desprezado, um jovem vítima do comércio sexual, uma criança mutilada, uma mulher induzida à prostituição – e que apelam à nossa consciência, fazendo eco à voz do Senhor: “Digo-vos que todas as vezes que não fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que não o fizestes” (Mt 25, 45). Um convite nosso: Vamos tornar o nosso mundo melhor!!  Hermelinda e Arturo CR Super-Região 3


UM OLHAR POSITIVO PARA UM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO

O apóstolo Paulo não fica satisfeito em declarar as coisas que Deus realizou em Cristo, mas com seus reflexos na vida; por isso, além de cuidar do que foi revelado, ele se preocupa com sua aplicação no meio do povo. Os ensinamentos sobre a vida têm sua origem na Revelação. Todo ensinamento de Deus em Cristo é para ser aplicado na vida do homem. A Igreja apresenta por meio das Escrituras um caminho de desenvolvimento libertador e criador, levando o homem à conversão do corpo e da alma, e ao reconhecimento de que cada ser humano tem sua dignidade e por sua vez deve ser solidário com a construção do reino de Deus. Neste aspecto, a Igreja chamanos para vislumbrar a vida com a sensibilidade do Criador: seguir sua trajetória, abrir-nos para a transformação deste mundo de maneira positiva e calcada na fé verdadeira; 4

e descobrir a forma correta e concreta de servir de instrumento à realização do projeto de Deus para o homem, um projeto que tem por objetivo dar a plenitude ao ser humano na comunhão definitiva com o próprio Deus. O homem renovado em Cristo não pode e não deve fugir das circunstâncias do cotidiano; não pode se esquivar da tentativa permanente de dar uma forma concreta às exigências do Evangelho na realidade dessa transformação. A existência do cristão neste mundo em constante mudança terá que traduzir os valores da Boa Nova neste mundo passageiro, limitado e ambíguo. Acreditamos, firmemente, que essas mutações que estão ocorrendo, naquilo que elas têm de bom e positivo, apresentam o que é preciso para que se possa realizar a evolução da sociedade, que significa ver que as coisas no mundo estão em constante transformação e colocar-se não em posição de protagonista, mas de agente dinâmico impulsionador dessas mudanças. É assim, conforme o agir cristão neste mundo, que vamos contribuir para melhorar a vida na sociedade como estímulo de novidade criativa. Com essa visão positiva de transformação é que acreditamos que se devem traçar os objetivos para nortear a execução do projeto CM 488


do Reino de Deus. Esta é a grande força que anima como esperança a realizar e alinhar nossa crença com as novas perspectivas. A capacidade de o homem transformar o mundo corresponde perfeitamente aos desígnios de Deus. Todo homem, de acordo

com o lugar e papel que ocupa, tem sua parte na promoção do bem comum, transformando-se em um verdadeiro colaborador de Deus e sendo seu reflexo neste mundo em constante mudança. 

Conceição e Macedo CR Província Nordeste

TRÍDUO PASCAL O Deus de Abraão, Isaac e Jacó (cf. Mt 22,32) costuma agir na história humana. E, só aí, tem “arregaçado as mangas” (cf. Ex 6,6) em favor do homem negado em suas lutas. Nosso Deus tem dentro das semanas humanas, dentro de um tempo de sete dias, dado ordens ao caos humano e geológico e, no finalzinho deste processo, ou melhor, no sexto dia, chamado o homem a “dar nome à realidade” (cf. Gn 2,19). Depois, retirou-se do processo, pois colocara o mundo criado em boas mãos (cf. Gn 2,2). O homem é chamado a “dar nome” à realidade e tem toda a confiança de Deus-Criador. O homem é qualificado pelo próprio criador e, como tal, prossegue a ação criadora de Deus. O homem e a mulher, na ousadia do próprio Deus, continuam através dos séculos a fazer ecoar o “faça-se” divino, transformando caos em cosmos e dando dinâmica a toda realidade existente. Este é o nosso Deus, compreensão assumida de modo bem pessoal por cristãos e mulçumanos, e herança do Povo da primeira aliança. Nosso Deus não nos apassiva, nem tem prazer com homens indefinidos (cf. Ap 3,15s), mas incita-nos CM 488

a lutar, a entrar na dinâmica de Seu projeto, cujo objetivo é fazer o homem comprometido e agente do mundo, onde se viva como irmãos. Isto idealizado nas utopias proféticas (cf. Is 11) e confirmado pelos cristãos nos “rasgos-testemunhos” de Jesus Cristo. Este tornou claro que Deus, a quem nos ensinou a chamar de Pai (cf. Mt 6,8s), é capaz de fazer diferente a realidade, por mais desafiadora que seja, contanto que permaneçamos fiéis às suas propostas, que, apesar de parecerem pesadas, têm em vista o bem do homem (cf. Mt 11,30). Por mais desgraçada e imprevisível a situação a que chegamos, o nosso permanecer fiel é a possibilidade de ver acontecer o que nossos corações buscam. O desejar humano confunde-se com o desejar de Deus e mãos à luta. Jesus, para cada cristão, é o testemunho de tudo isso, e nEle temos a ousadia do martírio. Ele entrou de cheio, é o primeiro neste processo, nesta “onda”, onda toda divina. 5


Deixou-se envolver por Deus, que caminha com o homem e age em favor do homem, mesmo quando tudo parece sem saída. Por que Deus age sempre assim? Terá gosto em ver nosso escarnecimento? Por que não resolve as coisas antes de o mal dominar? Nada disso! Por aqui passa o nosso experimentar as próprias potencialidades, “de que barro somos feitos”(Sl 103, 13s). Por aqui nosso Deus apresenta-se na radicalidade do seu agir. Assim, na luta, no confronto, na negação, o homem manifesta suas intrínsecas qualidades. Aqui Deus e o homem entram em Aliança para fazer acontecer o novo que espera, e o nosso Deus tem planejado desde todo o tempo e aguarda o tempo do qual é Senhor. Deus mostra-se Deus em seu agir para além de todas as impossibilidades, faz-se o Todo-Outro, sempre imprevisível, mas atuando e resgatando o ser humano e elevando-o para a comunhão consigo, razão de nosso ser homem e mulher. Aqui o homem manifesta-se plenamente homem. A Igreja, como povo da nova e eterna aliança, quer celebrar e retomar essa dinâmica em todas as semanas do nosso calendário. Contudo, na Igreja católica, onde subsis6

tem todas as possibilidades de salvação humana (cf. LG 8), a dita Semana Santa quer lembrar que, apesar de estarmos vivendo o sexto dia do mundo em processo de criação, os últimos três dias de um período semanal são o bastante para Deus entrar e refazer as situações degradantes. Tempo suficiente para nosso Deus ordenar nosso caos, transformando-o em cosmos. O mistério de morte, de negação do homem que invade a história humana e tem sua origem em nossos pecados, nossos distanciamentos de Deus, nossas iniquidades, que criam concupiscência da carne, do olhar e da ostentação de riquezas (cf. I Jo 1,16), pesam fortemente sobre os homens e desfiguram a pessoa de Jesus, aquele que nunca cometera pecado (cf. I Pd 2,22). O pecado pesou assustadoramente sobre a pessoa de Jesus, aquele que só viveu fazendo o bem (cf. At 10,38), mas o permanecer fiel fez o Pai voltar-se e levantá-lo de seu nada, de seu desfiguramento, de seu estado de putrefação. Assim é o agir de Deus, que foi confirmado no terceiro dia da morte de Jesus por aqueles que têm a ousadia de abeirar-se dos túmulos dos irmãos. E CM 488


participará desses fatos quem entrar nos túmulos: só esses serão testemunhas de que nos túmulos humanos não há destroços, mas muita coordenação e possibilidade de fazer diferente; lençóis dobrados e pano mortuário em perfeita harmonia (cf. Jo 20,1. 6ss). A negação humana, consequência da nossa negação de Deus, tem a possibilidade de ser o lugar de elevação do próprio homem. Assim, persevere no bem e não se deixe levar por sedutores convites. E o nosso Deus agirá peremptoriamente a nosso favor e sem muita demora. No máximo num período de três dias, assim foi com seu Filho Amado, assim com cada um de nós, Ele caminha sempre à nossa frente. Regaça as mangas em nosso favor para concretizar aquilo que buscamos. No desenrolar de uma semana estamos envolvidos no mistério da presença de Deus: na segunda, na terça, na quarta e na quinta precisamos aprender a lavar os pés dos irmãos; na sexta experimentaremos o nosso desfiguramento, no sábado seremos jogados no túmulo para apodrecer, para a desintegração total e, quando o grande silêncio vier confirmar o nada de nossas lutas, eis que surge, CM 488

embora obscuramente, o terceiro dia. Três dias na contagem humana, mas o primeiro na ação de Deus em nosso favor, em favor do Filho Amado. O primeiro dia, o dia da ação de Deus e do resgate humano. O homem não perde em esperar, em aguardar a ação de Deus. Eis o Tríduo Pascal, eis o tempo do agir de Deus. Primeiro dia da Semana, escancarando todos os túmulos, todas as negações humanas e o grande convite de que o encontro com Jesus se dará na Galileia, nas margens da humanidade, nas periferias de nosso mundo de muita concentração. É a vitória do homem que caminha com Deus, é a vitória de Deus sobre a morte. Esta perspectiva deve iluminar sempre nossas buscas. Nosso Deus não se fará de rogado, agirá com certeza, e não demorará. E no seu tempo Kairós agirá em nosso favor. Bendito “Tríduo Pascal” sem coelhos de páscoa, mas com muita luta pelo ser humano, pois este é o empenho pessoal do Deus da Aliança, vivido por Abraão, Isaac e Jacó e de modo especialíssímo por cristãos e homens e boa vontade.  Pe. Manoel Neto SCE Província Nordeste 7


Igreja Católica

Desinstalar-se e ir ao encontro dos irmãos. Ide! Nossa Igreja Católica Apostólica Romana vive momento especial após a nomeação do sucessor atual de Pedro: o Papa Francisco. Além de suas ações e postura em favor da Evangelização, da implantação do Reino de Deus e apelo para vivermos desde já a plenitude da vida e do amor, em sua Encíclica Evangelli Gaudium (Alegria do Evangelho), o Santo Padre coloca que “prefere uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças; lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: - Dai-lhes vós mesmos de comer.” (Mc 6, 37) Vê-se, portanto, que deveremos sair, que a solução está em nós. São várias passagens fortes, luzes e pistas, que o Santo Padre coloca na Evangelii Gaudium para a Missão da Igreja. Condena o modelo econômico mundial: “Não, a uma economia de exclusão e desigualdade social”; os excluídos são sobras, resíduos; ‘a cultura do bem estar anestesia-nos’. E vai mais além: “Deus, em Cristo, não redime somente a pessoa individual, mas também as relações sociais entre os homens” – “O serviço da caridade é uma dimensão constitutiva da missão da Igreja e expressão irrenunciável da sua própria essência. Assim como a Igreja é missionária por natureza, também brota inevitavelmente dessa natureza a caridade efetiva para com o próximo, a 8

compaixão que compreende, assiste e promove”. Para o Santo Padre, a ação social da Igreja não deverá ser ativista, mas uma atenção ao outro. Os pobres precisam não somente de ajuda material. Precisam ser escutados e consolados em sua dor: “o que mata os pobres é a nossa indiferença”. Enquanto não forem radicalmente solucionados os problemas dos pobres, renunciando à autonomia absoluta dos mercados e da especulação financeira e atacando as causas estruturais da desigualdade social, não se resolverão os problemas do mundo e, em definitivo, problema algum. “A desigualdade é a raiz dos males sociais. A inclusão social dos pobres é o sinal de que o Reino chegou!”. Portanto, amigos(as), vale a pena ler, meditar e refletir sobre essa Encíclica do Papa Francisco, a Evangelii Gaudium. Para finalizar, fazemos referências ao Sínodo dos Bispos em Roma - outubro de 2014, onde o Santo Padre, com mais de cem lideranças de todo o mundo, reforça a necessidade de superação do assistencialismo paternalista e faz o apelo que também é nosso: “nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos e nenhuma pessoa sem a dignidade que o trabalho proporciona”.  Ana Celly e Edimar Eq. N. S. da Conceição Mossoró-RN CM 488


PÁSCOA: explosão de luz no mundo Ar tigo do cardeal Carlo M a r i a M a r t in i, d e R o m a , e m 12 / 0 4 / 20 0 9, re f l e te s o b r e o significado da Páscoa a partir do seu fato originário. “O que ocorreu [...] na obscuridade do túmulo de Jesus?”, questiona. E afirma: “Lá onde havia um corpo morto e um túmulo sem esperança, iniciou-se uma iluminação do mundo que ainda dura até hoje”. O que é essencial para a Páscoa? Onde está o fato originário que os fiéis celebram? Quem participa das celebrações litúrgicas nos diversos dias da Semana Santa pode ter a impressão de um repetir-se de gestos, de ritos, de orações, em que fica difícil indicar o tema fundamental, entender onde está a sua unidade. Muitos, de fato, são os eventos relembrados nesses dias, em que se percorre o caminho da última semana de Jesus em Jerusalém, desde o solene ingresso na cidade, revivido no “Domingo de Ramos”, até a sua prisão, à paixão e mor te, à descoberta do sepulcro vazio e às suas CM 488

aparições aos discípulos. Frente a essa riqueza de eventos, lidos também à luz de uma longa série de outras leituras bíblicas, perguntamo-nos: qual é o fato central, originário, no qual tudo isso junto encontra a sua origem e a sua explicação? E s s e fato nã o foi d e s crito por ninguém, não foi vivido por ninguém. A liturgia romana nos diz, no canto solene que precede a noite de Páscoa: “Só tu, noite feliz, soubeste a hora em que o Cristo da morte ressurgia”. O que ocorreu nessa hora desconhecida, na obscuridade do túmulo de Jesus? Podemos compreender algo desse evento olhando os efeitos desse mistério com os olhos da fé. O Espírito Santo desceu com toda a sua potência divina no corpo de Jesus. Tornou-o “espírito vivificante” (Romanos 1, 4), deu-lhe a capacidade de se encontrar presente em todo o lugar, em qualquer lugar e em qualquer tempo da história. Tornou-se como uma explosão de luz, de alegria, de vida. 9


Lá onde havia um corpo morto e um túmulo sem esperança, iniciou-se uma iluminação do mundo que ainda dura até hoje. Quando Jesus dizia, no fim do Evangelho segundo S. Mateus: “Estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”, entendia essa presença de ressuscitado, dessa força de Deus operante em Jesus que qualquer pessoa pode sentir dentro de si, contanto que abra os olhos do coração. Esse espírito não se manifesta com parcimônia, mas com amplitude e liberalidade. Hoje, repropondo o grito da Páscoa, a Igreja dirige ao mundo um anúncio de esperança. Esse anúncio se refere a todos, toca os indivíduos, as comunidades, as s o cie dad e s. To d o hom em, toda mulher dessa terra pode ver o Ressuscitado, se se permitir buscá-lo e se deixar buscar. Começa aqui a história da Igreja, que é, sobretudo, história das consequências desse dom. Os homens talvez possam utilizar mal esse dom ou até se opor a ele, mas, na realidade, ele faz o seu caminho na história, cria as multid õ e s d e S anto s, s ejam conhe cid o s ou d e s co nhecidos. Permite que qualquer um que o deseje sinceramente entre nas intenções de Cristo, no seu amor aos pobres, na sua luta pela justiça, na sua dedicação por cada pessoa, no seu espírito de liberdade, de humildade, de adoração e de oração. Quem olha o mundo de hoje com os olhos da fé, reconhece nele to10

dos os horrores e as distorções, mas vê também o Espírito operando para salvar esse mundo. Mas quem reconhece hoje a mudança que ocorreu na história? Quem sente a presença do Ressuscitado que nos acompanha? Quem tem uma fé plena em Jesus, quem se volta para Deus com todo o coração, quem se liberta da escravidão do sucesso e do dinheiro, quem se converte da tristeza e da mesquinhez a uma visão ampla do universo, aberta para a eternidade. Devemos aceitar que o amor de Deus dissolve o medo, que a graça perdoa o pecado, que a iniciativa de Deus vem antes de todo esforço nosso e nos reanima, nos recoloca de pé em toda queda. A fé na ressurreição não é fuga do mundo, pelo contrário, nos faz amar o tempo presente e a terra, é capacidade de viver a fidelidade à terra e ao tempo presente na fidelidade ao céu e ao mundo que deve vir. Há tempos em que esse reconhecimento é particularmente difícil: são os tempos dos grandes infortúnios, das catástrofes que atingem muitas pessoas. Mas também aqui, para quem sabe ler com os olhos da fé, não falta uma presença do Ressuscitado.  (tradução de Moisés Sbardelotto) Colaboração de Salma e Paulo Eq.1B – N. S. da Esperança São José dos Campos-SP CM 488


Entre seres humanos, marido e mulher, pais e filhos, irmãos, amigos, não basta que não haja briga nem discórdia. É preciso ultrapassar o simples bom entendimento, porque este, muitas vezes, obtémse somente à custa de abdicações, compromissos, pensamentos e sentimentos recalcados, franqueza imperfeita, cumplicidades. É preciso desejar a única união digna de duas pessoas humanas, aquela que induz cada um, por suas exigências de verdade completa, além do bom entendimento, a um aperfeiçoamento cada vez mais viril. Se uma Equipe de Nossa Senhora demorar no nível do bom entendimento, ela decepcionará rapidamente seus membros. O amor fraterno no seio de uma Equipe deve ir infinitamente mais longe. Cada um tem o direito de dizer aos outros: “Seu amor sem exigências me diminui, sua exigência sem amor me revolta, sua exigência sem paciência me desanima, seu amor exigente me engrandece”. Para ajudá-las a compreender e a praticar as exigências do verdadeiro amor, eis uma carta admirável de Emmanuel Mounier a seu pai. Ela exprime com vigor a ambição do filho em ultrapassar, em suas relações com o pai, o simples bom entendimento, leniente e tranquilizador, para ascender a um amor de homem para homem dentro da verdade e da exigência. Se fizerem ao lê-la as necessárias transposições, ficará clara a qualidade para a qual devem tender não somente CM 488

suas relações de Equipe, mas também seus outros amores, conjugal, paterno, filial... Uma grande lição está contida nesta página de Mounier. Henri Caffarel “... Foi bom ter-me aberto essa janela sobre você. A comunhão de dois seres próximos é um estado intermitente, separado por zonas apagadas e escuras e periodicamente é preciso remover a borra que a vida insere entre eles e que parece uni-los, o anteparo dos fatos, dos acontecimentos, das coisas. É preciso que um jorrar de lavas profundas e ardentes venha fundir a aluvião inerte dos dias. Esta lava chama-se verdade. O coração e a verdade não caminham juntos. Acontece ser o ódio ou a simples agressividade terrivelmente mais lúcido que a afeição por demais abandonada a si mesma. A afeição é meiga e conciliadora, pronta aos compromissos, a ilusão justificadora. Deixa-te embalar pelo rosnar florido das palavras enganadoras. Torna-se uma morta viva. Silêncios se estabelecem, o costume de calar-se juntos sobre as mesmas coisas, ou de trocar a propósito delas as mesmas palavras pré-estabelecidas e gastas. Este vocabulário parece viver e fazer viver; em verdade, lentamente se cristaliza e, ao secretar seu tecido, esclerosa as próprias fibras da vida. É assim, penso, que muitos casais vão murchando sem o perceber. Nós, que temos a felicidade de conhecer lares vivos, sabemos o quão 11

Raízes do Movimento

NADA DE “BOM ENTENDIMENTO”! PROCUREMOS IR ALÉM


vigilantes precisam ser os melhores para que entre “você e eu” não se insira a película insensível, resultante de todos os silêncios não esclarecidos, de todas as rebarbas do coração e da linguagem, das sobras de tudo o que em nós não é pessoal, vigilante, lúcido, de tudo o que não é amor. A dificuldade não é a mesma em todas as situações. Entre marido e mulher, o obstáculo é a banalidade da vida quotidiana, a pressão da promiscuidade, que defloram o milagre da vida. De pai para filho, o obstáculo é mais a diferença das experiências, por vezes seu afastamento no espaço, que torna mais difícil ainda sua comunicação. São contadas mal, ou depressa demais. Deixa-se que se escoem mais ou menos preguiçosamente por trás de relações costumeiras, de canções da infância agradáveis e fáceis. A prosseguir assim, acabar-se-ia por falar sempre da maneira a mais afetuosa possível; continuar-se-ia a sentir os sentimentos os mais quentes possíveis; porém, sobre uma espécie de vazio, de profunda ignorância mútua, de mentira vital. É então que se deve recomeçar com a verdadeira natureza da afeição. Ela não existe para que sejamos mais felizes juntos, mas para que estejamos mais juntos... Toda afeição demasiado harmoniosa, todo acordo demasiado constante, toda doçura demasiado sistemática, todo otimismo demasiado acomodante são em parte tecidos de mentira. Deveríamos com certeza medir a profundidade das afeições pelas alegrias que mutuamente nos damos, mas também, e aqui mal forço meu pensamento, pelos ferimentos que provocamos um ao outro. Há feri12

mentos vãos, oriundos do choque dos egocentrismos; falo dos outros, é óbvio, dos ferimentos necessários para que não se viva na mentira e para que se acorde mutuamente do sono do hábito... Grande é o desejo de amar-se e a luta pelo amor. A transfiguração do amor, a bem-aventurança do amor são dadas por um milagre, de vez em quando.”. Sua carta torna-se meditação; fala consigo mesmo: “... A facilidade seria continuar como se não houvesse nada, a proferir as palavras da infância e, por trás desse balbuciar, deixar que morra uma comunicação íntima nunca confessada. Deixareis, então, que essa indiferença, mesmo cantante e acariciante, se estabeleça entre vós. Ora, indiferença é tratar o outro como uma coisa, embora agradável, e não mais pelo que é. “Honrarás teu pai e tua mãe”. Seria desonrá-los deixá-los partir, consentir que te ignorem e que tenham de ti senão uma imagem artificial e falsa. Como a vida nascerá entre vós de experiências e problemas novos, não poderás deixar de lhes fazer mal se quiseres continuar a sufocar vossas lutas dissonantes, mas este mal, necessário ao novo parto de vossa afeição, é cem vezes mais respeitoso e amoroso que o desrespeito do relaxamento...”.  (em “Mounier e sua Geração”, Éditions du Seuil) Pe. Caffarel Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. Rosário Piracicaba-SP Editorial Pe. Caffarel. Carta Mensal n 0 6, Ano IV, Setembro de 1956.

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Vida no Movimento

Província Norte

O CALOR DA AMAZÔNIA IMPULSIONANDO CASAIS A AMAR MAIS! Que maravilha compartilhar momentos de alegria e ensinamentos, na diversidade que a região amazônica propicia! Casais que percorrem grandes distâncias e peculiaridades territoriais diferenciadas puderam estar em sintonia em Manaus nos dias 7, 8 e 9 de novembro de 2014, para o Encontro dos novos CRS da Província Norte, com o privilégio da presença entusiasta de Hermelinda e Arturo, CRSR-Brasil que, de forma carinhosa e solícita, repassou os objetivos e orientações para 2015. Marilena e Jesus, Provincial Norte e o SCE da Província, Pe.

Odirley Maia alertaram para o discernimento dos sinais dos tempos, para preocuparmo-nos em cultivar o olhar cristão, buscar o respeito, ser discípulo e observar a universalidade da mensagem. Banhados pela exuberância dos rios Amazonas e Negro, sob o manto de Nossa Senhora, fomos embalados a refletir que nossa linha de ação para o ano vindouro é o fortalecimento do casal ante os sinais dos tempos, o voltar à nascente e ir ao encontro de Cristo, tendo como apogeu a Escuta da Palavra e a Meditação.  Leida e Carlos CR Setor C Belém– Pará

Província Nordeste

PRE-EACRE 2015 O Setor Ceará Norte II realizou o Pré-EACRE 2015 no dia 23/11/2014 com o Tema: “Ousar o Evangelho: Discernir os Sinais CM 488

dos Tempos” e o Lema: “Estai sempre prontos a dar a razão da vossa esperança” (1Pd 3,15). O Pré-EACRE é um momento 13


de reunir os novos CREs eleitos, para instruí-los sobre a nova missão que irão assumir e orientálos para o EACRE. O nosso Setor é composto por 12 equipes e nenhum CRE atual foi reeleito, mas, dos eleitos, a metade já foi CRE em outra ocasião. Para os eleitos pela primeira vez, o Pré-EACRE é um dos momentos mais importantes, pois é a partir daí que eles irão tomar ciência da importância da missão assumida e de sua responsabilidade à frente da equipe. O CRE não está só, pois tem o

seu CL e sua equipe. Juntos, temos força contra as ameaças que nos fazem cair. Precisamos ter fé e acreditar no que disse o Senhor Deus ao profeta Jeremias quando o consagrou e o fez profeta das nações, após sua resposta: “Eu não sei falar” , Deus disse: “Não tenhas medo deles, pois estou contigo para defender-te”.  Estrela e Gerardo CCOM e CRE Eq.41 - N. S. M. Milagrosa Morrinhos-CE

ENCONTRO DA PROVÍNCIA NORDESTE Aconteceu nos dias 17, 18 e 19 de outubro de 2014 o Encontro da Província Nordeste. Participaram deste Encontro os Casais Responsáveis das Regiões PE I, PE II, CE I, CE II, RN I, RN II, AL, SE, BA, MA/PI e PB, Casais Responsáveis de Setor e Sacerdotes Conselheiros Espirituais, em São José de Mipibú – RN. Lá nos aguar14

davam o Casal Provincial Conceição e Macedo e outros casais que nos acolheram com carinho e alegria. Iniciamos nosso Encontro na sexta-feira com a Santa Missa, concelebrada por todos os sacerdotes que lá estavam. Nessa celebração foram empossados todos os CRS eleitos este ano e seus SCE. CM 488


O Casal Provincial apresentou os Objetivos do Encontro e as Orientações para 2015. O casal animador conduziu toda a parte visual do Encontro. O testemunho É bom ter família encerrou as atividades da sexta-feira. O tema “Discernir os sinais dos Tempos” foi todo orientado pelo SCEP. Os nossos irmãos que falaram do 3 0 Encontro Nacional já estavam vestindo a camisa do Encontro. Tivemos orientações sobre EEN e sobre Tema pós pilotagem. Grupos de reflexão sobre o Tema de Estudos; Grupos também de cada CRR com os seus CRS. Não se deixou de fora o Sínodo dos Bispos que estava acontecendo

em Roma e também notícias sobre o Pe. Caffarel. O PCE Escuta da Palavra, que é prioridade para o próximo ano, também foi destaque, assim como a Contribuição. No sábado, após a Oração da tarde, participamos de uma Convivência com música, dança e comida de todas as Regiões. Que Nossa Senhora abençoe todos os organizadores e todos os participantes que, com alegria, fizeram deste um verdadeiro Encontro de irmãos equipistas que se amam e zelam pelo nosso amado Movimento.  Maria e Amâncio CRR PE I

Província Sul II

ENCONTRO PROVINCIAL

Final de tarde de sexta feira, 07 de novembro de 2014. Belos jardins floridos aguardam a chegada dos casais que irão participar do Encontro da Província Sul II, em Brodowski-SP. CM 488

Todos acolhidos, nos reunimos para a abertura do Encontro pelo Casal Provincial. Era visível a ansiedade daqueles que, pela primeira vez, participavam. São os Casais Responsáveis dos diversos 15


Setores que vieram tomar posse. Acolhidos com cantos, apresentados, fomos informados dos objetivos do Colegiado Provincial. A Celebração Eucarística que abre este Encontro é cheia de simbolismos. Os novos Casais Responsáveis de Setor tomam posse, prestam seu compromisso e recebem das mãos dos seus Regionais a “Luz de Cristo”, simbolizada pela vela que contém as cores da Província e o símbolo do Movimento. Sábado é dia de intensa formação. Ouvimos as orientações do Ano e sobre o Tema de Estudos “Discernir os Sinais dos Tempos. Os Casais Regionais abrem o BAÚ DAS FAMÍLIAS e apresentam os temas escolhidos: Pós-Pilotagem, “Padre Caffarel”, “Escuta da Palavra e Meditação”, EEN, III Encontro Nacional, etc. O testemunho de vida do casal

equipista foi centrado na afirmação de “como é bom ter família”, e a riqueza das reuniões de grupo. Finalizamos no domingo, com a celebração do Envio. Uma celebração emocionante com casais Regionais e de Setor deixando a missão, permanecendo o sentimento de gratidão a Nossa Senhora pela oportunidade de amar mais os seus irmãos, colocando-se a serviço do Movimento. Que as sementes plantadas possam florescer e frutificar em atos de amor, ânimo, coragem e muito desprendimento para nos colocarmos a serviço do Reino de Deus, levando a “Boa Nova” às nossas Equipes e às nossas comunidades.  Lia Maura e Wilson CR Região SP Oeste II PROVÍNCIA SUL II

Carta Mensal Digital no site ens.org.br, iPad e iPhone

A Carta Mensal, além da versão em papel, pode também ser lida / acessada em forma digital. Ela está disponível no site ens.org.br, em Ipad e Iphone. 16

Na versão do site é possível fazer o download em seu PC. Nas versões para Ipad e Iphone, também é possível fazer sua leitura sem estar conectado à internet após carregá-la em seu dispositivo. O passo a passo de como acessá-la nessas diferentes maneiras está no site ens.org.br. Convidamos todos a experimentar algumas dessas formas que tornam bem práticas a consulta, leitura e uso da Carta Mensal. Selecione a Carta Mensal no menu do site e depois encontre as instruções para acesso a arquivo eletrônico. CM 488


Em 15 de março de 1973, Padre Caffarel deu uma entrevista radiofônica ao jornalista Jacques Chancel. A certa altura da entrevista, o jornalista perguntou: - Padre Henri Caffarel, o senhor foi ordenado padre em 1930. O senhor tem a experiência do lar, da família, o senhor está preocupado com a condição do casal. Por que esse interesse pelo casal? O senhor nunca se casou? Eis a resposta do Padre Caffarel: “Nunca! [Eu me preocupo com a condição do casal] porque a espiritualidade cristã se expressava de tal jeito que durante muito tempo podia-se imaginar que a busca de Deus, a experiência de Deus, a penetração no mistério de Deus era coisa só dos padres, dos monges, das religiosas e que os coitados dos casais poderiam, quem sabe, no máximo, salvar-se. Todo meu pensamento, todo meu esforço foi no sentido de levar as pessoas casadas a descobrir que o amor humano é um caminho para Deus. Mas que é preciso saber muito bem de que amor estamos falando, é preciso balizar o caminho, é preciso ajudá-los a caminhar por esse caminho! Creio fortemente

que o amor humano fala do amor de Deus, como uma espécie de parábola.” A respeito desta “espécie de parábola”, Padre Caffarel esclarece melhor sua ideia numa conferência que fez em Roma, em 1959, no encontro de mil casais das Equipes. Falando do início do Movimento e da busca do desígnio de Deus sobre o amor humano, ele fala das descobertas feitas no primeiro ano da primeira equipe: “Não somente o casamento se situa no desígnio de Deus, mas revela também suas riquezas. Foi esta uma das descobertas mais alegres desses espíritos juvenis, tão ávidos de conhecimentos. Com que aplicação eles se exercitavam para decifrar a parábola do matrimônio! Foi a esta parábola que os profetas recorreram para falar da aliança de Deus com seu povo Israel. Paulo também, para nos mostrar a união de Cristo e da Igreja. E depois dele os místicos, para revelar-nos a intimidade do amor de Cristo com a alma cristã, nada acharam de melhor do que as parábolas do amor conjugal.”1 Através de muitos de seus escritos, Padre Caffarel nos transmite o conceito que ele tem do amor conjugal. Utiliza, muitas vezes, os

1 Citado em Henri Caffarel – “A Missão do Casal Cristão” – Palestra “Vocação e Itinerário das ENS”, p. 50

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Acervo Literário do Padre Caffarel

Seguindo os escritos do Padre Caffarel


seus profundos conhecimentos da literatura para revestir o seu próprio pensamento. Um dos seus autores preferidos é o grande poeta católico francês Charles Péguy. Numa coletânea de poemas intitulado “O mistério dos Santos Inocentes”, Péguy imagina um diálogo de Deus com os homens. Na palestra proferida em Roma, em 5 de maio de 1970, Padre Caffarel imita Péguy:2 Deus disse: Casal cristão, és o meu orgulho e a minha esperança. Quando criei o céu e a terra e no céu grandes luminares, eu vi nas minhas criaturas vestígios de minhas perfeições e achei que era bom. Quando recobri a terra de seu grande manto de campos e florestas, eu vi que era bom. Quando criei os animais inúmeros, segundo a sua espécie, contemplando nesses seres vivos e abundantes um reflexo da minha vida transbordante, achei que era bom. De toda a minha criação subia, então, um grande hino solene e jubiloso, celebrando a minha glória e as minhas perfeições. E no entanto eu não via em lugar nenhum a imagem daquilo que é a minha vida mais secreta, mais fervorosa. Então surgiu em mim a necessidade de revelar o melhor de mim mesmo: e foi então a minha mais bela invenção.

Foi assim que te criei, casal humano, “à minha imagem e semelhança”, e eu vi e desta vez achei que era muito bom. Em meio a este universo, onde cada criatura canta a minha glória, celebra as minhas perfeições, acabava de surgir o amor, para revelar o meu Amor. Casal humano, criatura minha bem-amada, minha testemunha privilegiada, compreendes por que és tão caro para mim entre todas as criaturas, compreendes a imensa esperança que deposito em ti? És portador de minha reputação, de minha glória, és para o universo a grande razão de esperar... porque tu és o amor.3 Eis o que Padre Caffarel nos propõe, ou melhor, espera de nós: que através do nosso amor conjugal, sejamos testemunhas, no mundo, do amor de Deus. Em outras palavras, que sejamos santos, “nem mais, nem menos”.  Hélène e Peter Eq.5A - N. S. da Santa Cruz São Paulo-SP Monique e Gérard Eq.1A - N. S. do Sim São Paulo-SP M. Regina e Carlos Eduardo – Eq.1A - N. S. do Rosário Piracicaba-SP Cidinha e Igar Eq.1B - N. S. Aparecida Jundiaí-SP

2 Ibidem – Palestra ”Em Face do Ateísmo” 3 Palestra “Em face do ateísmo”, citada em A Missão do Casal Cristão, Ed.Loyola, 1990, p. 113.

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“Não temas, Maria, pois encontraste Graça diante do Senhor”(Lc 1,30). Foram estas as palavras ditas pelo Anjo Gabriel a Maria, que aceitou ali ser a Mãe daquele que herdaria o trono de seu Pai. E nós, que hoje fazemos parte das Equipes de Nossa Senhora, também podemos dizer que, como Maria, encontramos graça diante do Senhor”. Com alegria, esperamos que vocês, também como Maria, possam gerar, no seio de suas palavras e no ventre de suas ações, este verdadeiro Jesus, assumindo o compromisso de colocar, sempre que se debruçarem sobre os passos de seus pés, Cristo no centro de suas vidas. Porque ninCM 488

guém melhor há que Maria para dar testemunho do que é ter Cristo no centro de sua vida. Sim, porque ter Cristo no centro da vida é ir ao encontro do próximo quando este mais precisa. E foi isto que Maria fez: foi encontrar sua prima que, mesmo idosa, recebera a visita da maternidade e que muito precisava de auxílio caridoso. Ter Cristo no centro de sua vida é guardar tudo em seu coração, possuindo fé na promessa de que a misericórdia do Poderoso estende-se de geração em geração, sobre os que o temem. Ter, dessa forma, Cristo no centro de sua vida é também acreditar que Ele pode transformar o que é insípido em algo com gosto, o que é inodoro em algo com perfume inebriante; é conceber o milagre de transformar água em vinho nas nossas vidas. É pensar como Maria pensou. É agir como Maria agiu. Que vocês possam entender que não há denominação melhor que EQUIPES DE NOSSA SENHORA para bem definir um Movimento que busca ter Cristo como centro de nossas vidas, em um amor conjugal. E dizemos a vocês: - ‘Ave, cheia de Graça, O Senhor é com vocês! Sejam bem vindos!  Ana Karina e André Pessoa Eq.42 –Sagrado Coração de Maria Recife-PE 19

Testemunho

ACOLHIDA AOS NOVOS CASAIS


O CAMINHO É CAMINHAR… Acho bastante interessante a inquietação causada quando percebemos que não estamos sendo coerentes com as nossas obrigações - sejam elas como equipistas, batizados, cristãos.... Mas não penso que seja a melhor atitude a desistência da caminhada por ela não estar sendo perfeita. O caminho se faz caminhando sempre, e vamos descobrindo as pedras no caminho na medida em que estamos nele. Algumas conseguimos afastar; outras não e acabamos, simplesmente, desviando. Muitas vezes, tropeçamos nas pedras e acabamos caindo. Mas o importante é nunca desistir. Em nossa vida cristã, o tempo todo fazemos propósitos de sermos melhores e, geralmente, não conseguimos (ao menos como nos propusemos). Mas não quer dizer que não devamos tentar ou que devamos desistir. Pelo contrário, a própria dinâmica de não estarmos conseguindo faz parte da pedagogia de Deus, que quer também nos ensinar a humildade. Não somos nós os donos da graça. Tudo recebemos de nosso Senhor. Assim, as quedas, os pecados, o sentimento de fracasso, tudo faz parte da dinâmica do caminho. Fico pensando na minha consagração como religioso, que fiz voto de pobreza, obediência e castidade. E percebo que, a 20

cada queda, Ele estende a mão para mim e me convida a começar de novo e de novo. Se eu ficar olhando só para as quedas, certamente vou desistir, pois não sou capaz. Mas vejo aí a misericórdia de Deus, que nunca desiste de mim. Então eu também não vou desistir d'Ele. Quando penso nas ENS e seus PCEs, vejo a mesma dinâmica. O ideal é que todos os PCEs sejam sempre “intensos”, mas aparecem os “nunca” ou os “fracos”, indicando que também os equipistas não são perfeitos. Quando vejo isso, dou graças a Deus. Se tudo fosse “intenso”, certamente teríamos grandes problemas com a equipe, pois a soberba iria aparecer e, aos poucos, iríamos todos querer tomar o lugar de Deus. Não somos deuses, somos criaturas, dependentes de Deus - o único “Intenso” (perfeito). E devemos dar graças a Ele por nossas fraquezas, nossas debilidades e por não conseguirmos fazer o que deveríamos. O importante não é concluir o caminho com perfeição, mas estar sempre caminhando, seja na vida religiosa, seja no matrimônio, seja nas ENS.  Frei Márcio Magalhães SCE da Eq.55A - N. S. da Paz, Eq.45C - N. S. Mãe da Divina Providência Eq.51F – N. S. do Calvário. Brasília-DF CM 488


Os EACRE foram momentos de animação dos CRE, reflexão e discernimento sobre a caminhada do Movimento e da equipe, momentos de auto-evangelização, formação e troca de experiências, de realizar e celebrar a unidade do Movimento. Representantes da Super-Região Brasil estiveram presentes em alguns deles e puderam confirmar que o acolhimento e a energia são igualmente fortes onde quer que você esteja. Nas próximas páginas poderemos ter uma ideia da grandeza do nosso Movimento no Brasil.

ESPECIAL EACRE 2015

N

esse início de ano mais uma vez nosso Movimento mostrou porque é uma unidade.


II

Região Maranhão - Teresina

Região Maranhão - São Luiz

Região Ceará I

Região Norte II

Províncias NorTe / NORDESTE


III

Região Pernambuco I

Região Sergipe

Região Alagoas

Região Paraíba


IV

Região SP Oeste I

Região SP Norte II

Província sul II

Região Gioás Sul

Região Mato Grosso do Sul

Província centro-oeste


V

Região Minas III

Região Minas II Região Rio II

Região Rio I

província leste

Região Espírito Santo


VI

Região SP Sul II

Região SP Sul I

Região SP Centro II

Região SP Leste I

Região SP Centro I

Província sul I


HOMENAGEM ao PADRE NILO: UM CONSELHEIRO ESPIRITUAL ESPECIAL

Queremos homenagear o nosso querido e muito especial Conselheiro Espiritual Padre Nilo Caetano Pinto que com seus 83 anos, pai de oito filhos, 12 netos e um bisneto não mede nenhum esforço em se dedicar com muito amor e carinho à nossa equipe. Para que todos possam entender melhor, Professor Nilo ficou viúvo aos 24 anos de casado e algum tempo depois foi chamado pelo bispo D. Cristiano para ser padre. Achou a decisão muito difícil, pois já estava com 52 anos e tinha ainda filhos vivendo sob sua responsabilidade. Mas, depois de muita oração e por ser um homem muito religioso, tomou a decisão de atender o chamado, porque sentia que este chamado era de Deus. Com 60 anos foi ordenado padre e pediu a autorização do bispo para continuar morando em sua casa até que seus filhos se casassem, o que permanece até hoje, porque duas de suas filhas ainda moram com ele. Durante todo esse período, atuou em várias paróquias da ciCM 488

dade e, hoje, mesmo com a idade que possui, continua auxiliando na Paróquia Matriz de Sant’Ana (e em outras comunidades onde realiza celebrações e atendimentos aos fiéis) e nos diversos movimentos da Igreja e em algumas Pastorais. Já foi Conselheiro Espiritual do Setor e procura se inteirar de tudo que acontece no Movimento. Entre suas características principais, podemos citar o grande exemplo de espiritualidade, de oração, de doação aos mais necessitados e devoção a Cristo. Com isso nos sentimos honrados, agradecidos e privilegiados em ter Padre Nilo presente no meio de nós como conselheiro de nossa equipe.  Equipe: Nossa Senhora de Itaúna Denise e Admivar Silvana e Nelson Dora e Rames Eleusa e Darineu Dircilene e Geraldo Edna e Ivan Itaúna-MG 21


Você convidou Jesus e Maria para o seu casamento? Calor absurdo... Eu tinha acabado de chegar em casa, física e mentalmente esgotado, com os pensamentos fervilhando a respeito de tomar a decisão de me separar da Marizete. Sim, o divórcio era uma possibilidade bem concreta que se aproximava de nosso lar. Muitas brigas, muitas discussões; o respeito tão necessário na vida dos cônjuges começava a se esvair. Entrando no quarto, comecei a tirar os sapatos e a roupa, peguei a toalha e me preparava para uma boa ducha. Quem sabe não aliviaria toda aquela tensão e angústia. Quando ia dar o primeiro passo em direção ao banheiro, ouvi a pergunta de um pastor, logo após ligar a televisão, e o dial parar na sintonia de um canal evangélico: “E você? Você convidou Jesus para o seu casamento?” Percebi que o pastor fazia um comentário sobre o episódio das Bodas de Caná, e pensei comigo: “Era só o que me faltava... Lá vem esse querer falar mal de Maria.”. Mas não, ele falava de um outro aspecto dessa famosa passagem, para o qual eu ainda não havia atentado. Dizia: “Lembre-se de que, naquele dia, os noivos convidaram Jesus para o seu casamento. E você?” Com o dedo em riste na direção da câmera, como que falando diretamente para mim. “Você convidou Jesus para o seu casamento? Ei! Não estou me referindo 22

somente à celebração, à festança e à comilança... Falo também sobre a vida em si, no dia-a-dia. Você está convidando Jesus para o seu casamento? Um arrepio percorreu meu corpo... Senti-me tocado pelo Espírito Santo. Desliguei a televisão e fui tomar meu banho; o que eu tinha ouvido era o bastante. Ainda meditando sobre aquela pergunta, eis que o telefone toca. Atendo. Estavam me convidando para uma reunião de informação das Equipes de Nossa Senhora. Ora, já fazia uns dois anos que o nosso nome havia sido indicado, sem nenhum retorno. Eu e Marizete nem contávamos mais que fôssemos ser convidados. Isso era coisa de Deus, para quem não existem coincidências. Então, mais uma vez, o Espírito Santo como que me dizia: “Nas bodas de Caná, os noivos convidaram Jesus, mas Ele estava acompanhado de Maria.”. Então eu disse a mim mesmo: “É verdade, preciso convidar Jesus para o meu casamento, mas Maria também precisa estar presente.”. E a chamada para participar das ENS revelava isso: Deus queria que vivenciássemos o Cristo mais intimamente em nossas vidas, com Maria sendo o meio mais perfeito para chegarmos até Ele. E esse tem sido o grande papel das Equipes de Nossa Senhora em nossas vidas, lançando-nos CM 488


para Cristo, para a missão evangelizadora. Sim, hoje somos missionários na Pastoral Familiar de nossa paróquia, buscando sempre, juntamente com diversos outros agentes pastorais, trabalhar em favor da família. E tudo começou porque resolve-

mos convidar Jesus e Maria para o nosso casamento. Eles têm providenciado sempre um vinho novo para a nossa vida matrimonial, familiar e missionária.  Bené (da Marizete) Eq. 06-C – N. S. das Dores Belém - PA

CAMINHO PARA DEUS

Acordei no sábado inquieto, tinha que deixar meus compromissos pessoais. Como CRE, era um dever participar do EACRE. Reticente, parti para aquela jornada, não sem antes ver Ana Beatriz me dizer, chorando: “É o final de semana do meu aniversário! Não vai, papai!”. Desloquei-me com o coração apertado e, ao sair da estrada asfaltada, deparei-me com um ramal e, a cada buraco, a cada curva, parecia que aquele caminho ia se fechando. De repente, aquela manhã parecia escurecer, como um eclipse solar. O desespero tomava conta do meu ser, pensei em voltar, meu coração palpitava e lembrei de CM 488

como ele estivera fechado para a solidariedade porque meu melhor amigo deixara de ser Jesus. Afinal de contas, as nossas conversas tão frequentes, na minha infância, tinham terminado. Continuava tenso, a minha aflição não terminava e, ao fazer mais uma curva, deparei-me com uma construção belíssima, em um lugar alto, com seus arcos e janelões, que pareciam portas abertas, convidando-me a entrar. No Cenóbio, este é o nome do local, meu olhar se dirigiu para uma janela, onde se viam as copas das árvores de uma imensa floresta que se descortinava na minha frente e uma leve brisa tocou meu rosto. Pronto! O medo 23


se dissipara. Percebi instantaneamente a mão e a obra do Criador, senti vontade de chorar, mas me controlei para não assustar minha amada Norma. Os dois dias passaram depressa, com testemunhos belíssimos e palestras edificantes, mas durante esse período, um casal com blusas brancas, pele e cabelos claros, parecendo dois anjos, chegou até nós e falou com exclamação: “Que local lindo! Estamos admirados com o que vocês têm aqui, um lugar apropriado ao encontro com Deus”. Novamente me veio a vontade de chorar e ali tive a certeza que foi inspiração divina aquela obra, pois esse local afastado se torna propício ao silêncio, constatando que, mais que uma bela obra d a a rq u i t e t u r a naquele lugar calmo, a Palavra de Deus penetrava nos recantos mais escondidos do meu coração. 24

Ao chegar em casa, Aninha me fez um pedido para sairmos para jantar. Foi um final de domingo maravilhoso. No fim, olhou-me e disse: “fico muito feliz quando o senhor sorri do meu sorriso”, então aquela lágrima que há dias estava represada, desceu em minha face e beijou meus lábios, sentindo o gosto de sal. E Aninha concluiu: Pai, cristais brilhantes descem no seu rosto. Compreendi, enfim, que Deus se faz presente todas as vezes que oramos, meditamos, e até mesmo em um simples aniversário em família, nos presenteando com uma lágrima, para confirmar que ele é VIDA e LUZ em nossas vidas. E aquele local abençoado por Deus, afastado dos ruídos da vida, se torna perfeito às transformações que tanto precisamos para seguir a Deus, comparado ao Monte Tabor, onde os discípulos prediletos presenciaram a transfiguração do senhor.  Sandro da Norma Eq. 14-Nossa Senhora dos Anjos Castanhal-PA CM 488


Reflexão

ANO NOVO EQUIPISTA Neste ano que se inicia Muitos fazem suas promessas. Mas nenhuma propicia O que de fato interessa.

A Oração nos alimenta Seja individual ou Conjugal. Mas a Escuta da Palavra Esta é essencial.

Prometo emagrecer Vou queimar mais calorias. Mas não deixo de comer E assim se vão os dias.

A vivência da Palavra Viva É vida de contemplação. Então permaneçam na ativa Com muita Meditação.

No trabalho serei atento E a ninguém machucarei. Mas se houver um contratempo Bem armado eu estarei.

Como lugar natural da felicidade Precisa de fraterna correção. Com o Dever de Sentar-se em piedade Vivem os casais em mútuo perdão.

Para meus filhos terei mais tempo Para minha esposa mais atenção. E o tempo se vai ao vento E o matrimônio em solidão. Algumas promessas são de fato Verdadeiras ilusões. Soam como boatos Enganando os corações. Não tenho promessas em vista E a mim isso não intimida. Pois como bom equipista Planejo uma Regra de Vida. Promessa e Regra de Vida são diferentes Meus queridos casais. Nas equipes de Nossa Senhora estão presentes Concretos pontos celestiais. Este ano rezo mais Acompanhem meu louvor. Nossa Senhora intercedais A seu Filho meu Senhor.

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O Retiro é obra do Oleiro Para um novo vaso modelar. Os casais são o barreiro Que o Espírito vai usar. Os pontos concretos de esforço Não são leis ordinárias. Tampouco são um esboço De uma obra extraordinária. São ferramentas essenciais No dia a dia do casal. Atitudes sapienciais De crescimento espiritual. Homem e Mulher os criou Para serem uma só carne em ardor. E o matrimônio nos deixou Como garantia do amor. Caminho seguro para a santidade É o matrimônio um desejo do céu. Peçamos a Deus com humildade Pela beatificação do Padre Caffarel. Elizete e Nôzor Eq.7 B – N. S. da Esperança Divinópolis/MG 25


Árvore frondosa? Ou roseira mimosa? Se alguém nos perguntasse: “Como você vê sua equipe de base? Como uma árvore frondosa ou uma roseira mimosa?” Penso que muitos diriam: “Ah, nossa equipe é uma árvore frondosa! Temos vários anos de caminhada e ainda continuamos andando muito bem.”. Perdoem-me! Vejo isso como uma definição errada. Uma árvore frondosa é também velha, e muitas vezes fica esquecida, ou vamos até ela apenas para colher seus frutos, achando-a forte o suficiente para não mais receber nossos cuidados. Na verdade, cada equipe de base é uma roseira mimosa que precisa de nossos cuidados. Vejamos: Raiz da roseira – É o casal responsável. Todo ano é escolhido um novo casal, para não tornar a missão pesada e cansativa, pois sua missão é amar mais sua equipe, acolhendo com carinho, tentando sempre manter o amor pelo Movimento e a unidade entre os irmãos. Caule da roseira – É o casal animador . Deve estar sempre ligado ao casal responsável; sua função é levar aos outros casais a alegria de ser equipista, é despertar nos outros o prazer de vivenciar os carismas do Movimento. Também é mudado todo mês, para renovar a vida das equipes. Folhas da roseira – São to26

dos os casais que absorvem com amor e guardam no coração tudo de bom que o Movimento oferece, e são felizes por isso, e partilham deste aprendizado com os irmãos. Flores da roseira – Sua missão é de enfeitar e perfumar. São aqueles casais que acolhem com amor os convites enviados, comparecem e participam com fidelidade dos compromisso oferecidos, enfeitando o Movimento e sua equipe com sua presença, e fora do movimento perfumam outras vidas, com seu testemunho. Portanto, caríssimos irmãos, nossas equipes são roseiras e merecem um cuidado especial. Precisam do adubo da oração, precisam da água do amor, do perdão e da participação comunitária para continuar existindo. E o que nós, equipistas, desejamos para nossa roseira? Que ela viva e dê flores perfumadas! Assim, desejamos que cada casal responsável seja uma raiz forte e nutrida com a vivência dos PCEs, e que todos os demais casais sejam o caule, as folhas, as flores e os frutos, que façam a diferença dentro de suas equipes de base e no Movimento com amor.  Ana do Máriton CL - Região - MA-PI Setor - Barra do Corda CM 488


Reflexões para viver um bom ano! Durante este ano, algumas reflexões se fazem necessárias: A primeira é sobre as nossas escolhas. Sejam elas de ordem material ou espiritual, estamos a todo momento fazendo escolhas. Pensemos na visita de Jesus à casa de Maria e Marta, onde cada uma das mulheres faz suas escolhas. Conosco não é diferente. Portanto, que ao longo deste ano, façamos nossas escolhas, escolhendo a melhor parte. A segunda é sobre a Esperança. Existe um ditado que diz: “A esperança é a última que morre”; mas morre! Se consideramos a esperança como esperar, como espera, morreremos. Mas se considerarmos a esperança como uma ação, ou seja, do verbo esperançar, aí sim teremos êxito. Esperançar é não ficar parado, é correr atrás, é realizar. “Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.” (Rm 15,13) A terceira é sobre o Entendimento. O dom do Entendimento está ligado diretamente à nossa Fé e, nesse sentido, o Papa Francisco nos diz: “Não se trata da inteligência humana, da capacidade intelectual de ser mais ou menos dotados. Mas é um dom que torna o cristão capaz de ultrapassar o aspecto exterior da realidade para perscrutar as profundezas do pensamento de Deus e do seu plano de salvação”. É o que o Espírito Santo faz: abre nossa mente para entendermos melhor tanto as coisas de Deus como as coisas humanas. A quarta, e última, é o Entusiasmo: palavra que vem do grego En Theos, e quer dizer: Cheios de Deus, e se temos Deus dentro de nós, dentro do nosso coração, nunca envelhecemos. “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.” (Cl 3,23-24) Com este Espírito, estejamos todos entrelaçados, rumo à santidade!  Donizeti da Silvia Eq. 7B – N. S. Madre de Deus Mogi das Cruzes-SP

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VIGIAI E ORAI, PARA QUE NÃO ENTREIS EM TENTAÇÃO (Mt 26, 40b) E disse a Pedro: Então, não pudestes vigiar uma hora comigo... Senhor! Somos nós dois, um casal aposentado e temos todo o tempo do mundo, para não fazer nada, mas não encontramos um tempinho, por pequeno que seja, para vigiar contigo... Sobra-nos tempo para ir às compras no supermercado, para verificar preços, para fazer a escolha entre dois produtos, para encontrar amigos, para conversar, e até para contar piadas e rir um pouquinho, mas não encontramos um tempinho, por pequeno que seja, para vigiar contigo... Encontramos tempo para bater um papinho com a vizinha, para saber das últimas, para aproveitar e falar mal da vida alheia, para criticar, para ouvir a notícia de sempre da televisão, mas não encontramos um tempinho, por pequeno que seja, para vigiar contigo... Encontramos tempo, dentro de nossas casas, para discutir e perder a calma, para ofender-nos mutuamente, para dizer palavrão, para falar coisas de que depois nos arrependemos, para ficar estremecidos, para sentir uma dor no coração, para curtir o mau humor, até que depois de um longo tempo tudo volta à calma, mas não encontramos um tempinho, por pequeno que seja, para vigiar contigo... Temos tempo para saber, pela televisão, qual é a última moda. Ver nas novelas quem enganou quem? Saber pelo noticiário televisivo que mais um cidadão inocente foi vítima de bala perdida, que a nossa rede de ensino está deficiente, que a saúde pública está muito doente, moribunda, e que nossos políticos estão transbordando moeda forte de suas meias e cuecas e abastecendo suas contas numeradas na Suíça mas não encontramos um tempinho, por pequeno que seja, para vigiar contigo... Senhor! Dai-nos a graça de conseguirmos nos livrar da escravidão do supérfluo, para que possamos estar em paz contigo. Amém!  Fernando Boing (da Lourdes) Eq.5A - N. S. Auxiliadora Florianópolis-SC 28

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ja e no mundo. Este dom é uma resposta adequada para cada necessidade histórica.

O carisma Cada carisma é uma vocação, um chamamento e contém, implicitamente, uma missão. O chamamento à responsabilidade, à missão é um apelo a um amor maior, um apelo ao serviço de um carisma do Espírito, um apelo de quem vem a nós contando com o nosso sim. Padre Caffarel salienta claramente a necessidade de não se perder o carisma fundador. Por isso temos de voltar sempre à fonte, acolher as necessidades e os valores atuais na medida em que são assimiláveis, e depois encarar uma prospectiva. Os carismas estão, pois, a serviço do Amor e sucedem-se na história como resposta às necessidades de cada momento. No momento de seu aparecimento na Igreja, as Equipes de Nossa Senhora receberam um carisma, ou seja, um dom de Deus, para o serviço de seu Amor na Igre-

Foi o Espírito de Deus que deu força ao carisma das ENS. Por isso devemos conhecê-lo e viver bem os elementos deste carisma, para que nossa responsabilidade dê frutos. O ca r i s ma da s E qui pe s de Nossa Senhora é a Espiritualidade Conjugal. Esse carisma comporta diversos aspectos, muitos destes bem compreendidos e vivenciados desde o seu início; outros não tão bem compreendidos, mas que vamos descobrindo no passar dos tempos. Por isso, pode-se imaginar que talvez outros aspectos venham a ser descobertos no futuro. Aspectos inerentes ao casal, à comunidade, à missão. A espiritualidade “Se queremos viver em casal segundo o Espírito, viver na procura da vontade de Deus, é através de um diálogo profundo, da oração e de pequenas renúncias que iremos orientar as nossas vidas segundo o plano de Deus”.1 Isto significa adequar nossa vida pessoal, conjugal e familiar ao projeto de Deus, o que implica mudança de atitudes, exigindo, para isso esforço, persistência e uma busca contínua.

1 Carisma Mística Espiritualidade, 19-20.

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Formação

CARISMA – ESPIRITUALIDADE - MÍSTICA


Esta espiritualidade retira a sua força da Graça do sacramento do Matrimônio. Trata-se da nossa identidade: somos um Movimento de Espiritualidade Conjugal. A mística “O progresso espiritual tende à união sempre mais íntima com Cristo”. Esta união recebe o nome de mística, pois ela participa no mistério de Cristo pelos sacramentos. As Equipes de Nossa Senhora visam fazer de seus membros cristãos autênticos. Nelas se procura a união de corações e de almas, uma fé comum, um exercício do auxílio mútuo material e espiritual. Reunidos em nome de Cristo Uma ENS é uma pequena comunidade de fé que crê na Palavra de Cristo contida no Evangelho e que, por isso, crê na realidade daquela promessa: “onde dois ou três estiverem reunidos em Meu nome, Eu estarei no meio deles”; crê na presença de Cristo ali, no meio deles; crê que o Cristo ali presente assume a pequena comunidade, revestindo-a de uma vida nova, a Sua própria vida. E já não é mais um agrupamento humano-social, é uma pequena Ecclesia. Os casais, juntamente com o ministro de Cristo, o Conselheiro Espiritual, se reúnem em nome de Cristo, com uma finalidade bem determinada: numa íntima união de almas e corações, para elevar ao Senhor suas preces, ouvir a sua Palavra e responder-lhe pela oração pessoal; pôr em comum os esfor-

ços realizados durante o mês; contar aos irmãos o que, com a ajuda de Deus, puderam fazer para colaborar na construção do mundo dos homens; procurar, através do tema estudado durante o mês, conhecer melhor a vontade de Deus sobre eles e reforçar a fraternidade cristã mediante a refeição em comum. Auxílio Mútuo “A vivência da comunhão de corações e de espíritos requer uma única condição: a vivência do Mandamento Novo: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei; nisto conhecerão que sois meus discípulos”2. Este amor de uns para com os outros se concretiza na vivência do espírito de cooperação e auxílio mútuo, tanto no plano espiritual como no material. Importa atingir os corações dos membros de uma equipe que para lá vamos, “não para enriquecer o nosso espírito, mas para abrir a nossa alma, dar tanto quanto pudermos e receber o que os outros puderem dar”. Testemunho As Equipes de Nossa Senhora ambicionam ser “escolas de vida cristã”, ou seja, a vida desta comunidade deve ser caracterizada pela vivência com Cristo e exteriorizada pela vivência do Mandamento Novo. A vivência habitual da caridade no lar, na equipe, no trabalho, na sociedade, tornar-se-á testemunho, a mais incisiva forma de apostolado.  Gracinha e Jadson CRR Paraíba

2 O espírito e as grandes linhas do Movimento, 18-21.

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ORIENTAÇÕES DE VIDA: O LEME DO MOVIMENTO O Movimento das Equipes de Nossa Senhora tem como meta conduzir os seus membros para a santidade. “Nem mais nem menos”, como dizia padre Caffarel. Em vista desse objetivo, o Movimento apresenta a sua proposta alicerçada em três colunas: Orientações de vida, Pontos Concretos de Esforço e Vida de equipe. As Orientações de vida são importantes na vida do Movimento. São elas, como diz o próprio nome, que direcionam o seu caminhar. Sem elas, perderíamos o rumo e ficaríamos como um barco sem leme: à deriva. A cada seis anos o Movimento realiza Encontros Internacionais para reafirmar a fidelidade ao Carisma fundador, velar pelo cumprimento de sua pedagogia e seus métodos e viver a unidade e a comunhão na internacionalidade das ENS. Nesses eventos, a Equipe Responsável Internacional (ERI) propõe a Orientação Geral para os próximos seis anos. O seu objetivo é mostrar o caminho a seguir para nos ajudar a progredir no amor a Deus e ao próximo. Até 2018, a orientação é OUSAR O EVANGELHO, proposta no Encontro de Brasília, XI Encontro Internacional. As Orientações de vida mostram a responsabilidade que temos como cristãos e equipistas. Elas são um chamado para um esforço maior, ajudando-nos a melhoCM 488

rar a prática cristã. Mesmo sendo dadas para cobrir um determinado período, sua vigência e vivência são para a vida inteira: “Crescer no amor de Deus é tarefa para toda a vida” (Guia das Equipes). Uma orientação não anula a outra, pelo contrário, aprofunda e a completa. Na ‘Carta de Brasília’, a ERI não dá somente a Orientação Geral para os próximos anos. Vai mais longe. Manda-nos ser discípulos e missionários audaciosos. Mostra-nos as condições, a missão e o campo onde poderemos agir: “ousar ter um coração pleno do amor de Cristo, ousar acolher e tomar conta dos homens e ousar partir para o mundo a serviço da Igreja” (CB). Como seguidores de Cristo, temos o compromisso de, preferencialmente, ir à busca dos sofredores, dos fracos, dos injustiçados, dos “invisíveis”. Outras orientações já foram dadas. A elas se acrescenta a de Brasília, que realça a vocação cristã no serviço aos irmãos, independente de quaisquer situações ou preconceitos, para tratarmos generosamente de suas feridas, como o bom samaritano que, ao se defrontar com o inesperado, ousou, acolheu e cuidou.  Glória e Bartolomeu Eq.07A - N. S. Desatadora dos Nós Jaboatão dos Guararapes-PE 31


DESPERTA, Ó HOMEM!

O Papa Francisco exorta-nos com palavras que fortalecem a ideia de que nossa conversão deva ser diária. Devemos estar atentos em viver o Evangelho e testemunhá-lo em nossas ações cotidianas. Como exemplo máximo a imitar, temos a Virgem Maria. Desde que teve a certeza, pela voz do Anjo Gabriel, que Deus a elegera para ser mãe de Seu Filho Unigênito, consagrou-se ao serviço, em perfeita harmonia com o Pai e o Filho, cumprindo com fidelidade a missão de serva do Senhor, e, após receber o Espírito Santo, seguir como Mãe da igreja nascente até os dias de hoje. O Guia das Equipes de Nossa Senhora aponta que nosso Movimento tem uma missão específica e direta que é ajudar os casais a viverem plenamente o sacramento do matrimônio e, ao mesmo tempo, um objetivo missionário: anunciar ao mundo os valores do casamento cristão, pela Palavra e pelo testemunho de vida. Nos últimos anos, o Movimento brindou-nos com textos para Estudo que pediam: “Vai, e também tu, faze o mesmo”, indicou-nos: “O caminho da vida espiritual em casal” e sugeriu: “Ousar o Evangelho – acolher e cuidar dos homens”. Foram textos que nos mostraram que, vivendo a espiritualidade do matrimônio, temos uma missão e que somos chamados a vivê-la sem medo. E lembramo-nos de Santo Agostinho, em um de seus sermões: “Desperta, ó homem: por tua causa Deus se fez homem”. Possamos espelhar-nos em Nossa Senhora e que, sendo chamados a ser “fermento na massa”, face às novas realidades que a sociedade impõe, saibamos discernir os sinais dos tempos.  Marluce e Olber Eq. 06A - N.S.Aparecida Itaúna – MG

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Tempo de Quaresma, tempo de reflexão. Jesus quer nos falar de diversas maneiras. Vamos aproveitar esta Via Sacra para escutar o que Ele quer para nós. Separem um tempo em casal, ou até mesmo em equipe, escolham um local tranquilo e com muita calma meditem sobre cada uma das estações. Considerem como um pequeno retiro. Não é preciso grandes palavras, mas apenas deixar o coração se a abrir à vontade de Deus para nós.

4ª Estação - JESUS ENCONTRA COM SUA MÃE, MARIA VÊ O SOFRIMENTO DE SEU FILHO Sabemos dar conforto aos nossos filhos em suas necessidades? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação

1ª Estação - JESUS É CONDENADO À MORTE Quantas vezes com nossas atitudes, apontamos e condenamos um ao outro? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação

5ª Estação - SIMÃO CIRINEU AJUDA JESUS A CARREGAR A CRUZ Estamos dando apoio a nossa equipe em todas as suas dificuldades? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação

2ª Estação - JESUS RECEBE A CRUZ E A COLOCA NOS OMBROS Estamos carregando com amor a cruz do dia a dia, um do outro? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação

6ª Estação - VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS Como está a nossa Oração Conjugal? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação

3ª Estação - JESUS CAI DEBAIXO DO PESO DA CRUZ Ajudamos nosso cônjuge a se levantar em suas quedas diárias? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação

7ª Estação - JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ Estamos ajudando e orientando nossos irmãos equipistas a se levantarem em suas quedas? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação

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Partilha e PCEs

VIA SACRA DO CASAL


8ª Estação - JESUS CONSOLA AS MULHERES DE JERUSALÉM Estamos procurando na Escuta da Palavra e na Meditação ânimo e esperança para nossa vida? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação 9ª Estação - JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ Como casal, apesar de nossas fraquezas e dificuldades, estamos testemunhando o amor conjugal Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação 10ª Estação - JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES Quantas vezes nos agredimos com palavras, gestos e omissões, esquecendo que Jesus mora em cada um de nós? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação 11ª Estação - JESUS É PREGADO NA CRUZ Temos consciência que o nosso individualismo pode prejudicar o outro? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação

12ª Estação - JESUS MORRE NA CRUZ Você está se esforçando para fazer seu cônjuge feliz? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação 13ª Estação - JESUS É DESCIDO DA CRUZ Na nossa caminhada equipista fazemos dos Pontos Concretos de Esforço meios para o nosso crescimento espiritual? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação 14ª Estação - JESUS É SEPULTADO Colocamos nossos dons a serviço dos irmãos ou os guardamos dentro nós ? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação 15ª Estação -JESUS É RESSUSCITADO PARA A VIDA PLENA Sabemos dar o primeiro passo para a construção de um mundo de amor à nossa volta? Casal: Jesus, Te pedimos perdão Meditação Magnificat!

Regina e Sergio Equipe 6B – N.S. da Anunciação

São José dos Campos - SP

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Deus, por intermédio de nossa mãe Aparecida, tão presente e tão próxima, que nos fará senti-la durante os três dias que lá permaneceremos. Para que estas maravilhas, proporcionadas por Deus a todos nós aconteçam, é necessário que estejamos de coração aberto, que nosso espírito não seja nada mais que o espírito do peregrino que para lá se dirigirá em busca de um bem maior: crescer no amor de Deus e ao próximo. Irmãos e irmãs equipistas, paz e bem! Estamos na reta final, nosso 30 Encontro Nacional se aproxima, redobram-se nossas expectativas. Chegar neste Encontro das Equipes de Nossa Senhora é chegar no tempo de Deus. Todos nos organizamos para dar uma parada no nosso tempo “Chronos”, para chegar no tempo “Kairós”, o tempo de Deus. A nossa caminhada na espiritualidade conjugal nunca termina, mas aproveita estes momentos, oportunidades de crescimento, de louvor, para agradecer a Deus pelas etapas vencidas. Assim, este nosso 30 Encontro Nacional que, como já foi dito, difere dos anteriores por realizarse num Santuário Mariano, nos proporcionará momentos inesquecíveis, de profundo encontro com CM 488

Nesse Santuário Mariano, o maior da América Latina, onde a fé cristã está estampada no rosto de cada um, “sintamo-nos protegidos contra o intelectualismo e o espírito crítico. Os corações serão aguardados na humildade. Quem poderá fingir-se diante de Nossa Senhora? O amor fraterno reinará. Acontece sempre assim quando a mãe está no meio de seus filhos” (Pe. Caffarel). Sejamos a imagem do verdadeiro cristão: alegres, calorosos, acolhedores e principalmente gratos a Deus por nossa vocação: a vocação pelo Sacramento do Matrimônio, mostrando ao mundo a alegria de festejá-lo. Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós que recorremos a vós.  Carmem Silvia e João Fernando Bacciotti Casal Coordenador das Inscrições 30 Encontro Nacional 35

30 Encontro Nacional

Tempo de Deus


TRÍDUO PREPARATÓRIO PARA O 30 ENCONTRO NACIONAL DAS ENS DO BRASIL 1º Dia: O CHAMADO 1. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Mas Tua força venceu e ao final eu fiquei seduzido. É difícil agora viver sem saudades de ti.

- Sejam muito bem-vindos. Que bom terem atendido a nosso convite.

Ó Jesus, não me deixes jamais caminhar solitário, pois conheces a minha fraqueza e o meu coração. Vem ensina-me a viver a vida na Tua presença, no amor dos irmãos, na alegria, na paz, na união.

De 30 de junho a 3 de julho acontecerá, em Aparecida-SP, o 30 Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora. Para preparar nossa participação, de perto ou de longe, propomos fazer um tríduo de reflexão, oração e partilha. 2. Canto de abertura1 Te amarei Me chamaste para caminhar na vida contigo Decidi para sempre seguir-te, não voltar atrás. Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma, É difícil agora viver sem lembrarme de Ti. Te amarei, Senhor (bis) Eu só encontro a paz e a alegria bem perto de Ti. (2x) Eu pensei muitas vezes calar e não dar nem resposta. Eu pensei na fuga esconder-me, ir longe de Ti,

3. Leitura do Livro do Gênesis (Capítulo 12, vers. de 1 a 3): “Javé disse a Abrão: - Sai de tua terra, de tua família e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei. Farei de ti uma grande nação e te abençoarei; engrandecerei teu nome e tu serás uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem. Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra”. (Gn 12,1-3) 4. Refletir Sarai e Abrão eram um casal que saiu de Ur, dos caldeus, a caminho da terra de Canaã. Acabou parando e fixando-se em Harã. Todos os olha-

1 Os cantos sugeridos podem ser trocados conforme as preferências dos participantes.

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vam com dó, porque não tinham filhos. Não sabemos como, mas Deus revelou-se a Abrão. Não falou sobre si, nem exigiu nada. Mas Abrão teve certeza que devia abandonar sua família e partir para uma terra desconhecida, apenas confiando nas promessas e bênçãos de Javé. Sarai também acreditou. Eram ricos e já idosos, mas partiram para uma vida nova e desconhecida. Não imaginavam as aventuras por onde Javé os guiaria. Vocês dois são como Sarai e Abrão. A certa altura da vida, Deus lhes falou pelo coração, pelos impulsos que os levavam um para o outro, pela necessidade, pelo amor. E vocês saíram. Deixaram pai, mãe, irmandade, e saíram de mãos dadas com alguém que, tudo por tudo, era um mistério. Deixaram seu pequeno mundo, bastante individualista, e partiram para a caminhada a dois, até que fossem três ou não sabiam quantos. Viveram muitas alegrias, mas também passaram por muitas dificuldades, trabalharam, lutaram, amadureceram. Foi longa a caminhada, de quarenta, cinquenta anos, ou apenas de um ou poucos anos. Vocês não são os mesmos que eram; trazem nos olhos o brilho e no jeito de ser as marcas da conivência a dois. Vocês dois são privilegiados porque têm um ao outro, ao seu redor estão os filhos, e quem sabe quantos outros frutos de seu amor. Sarai e Abrão foram corajosos. Mas, acho que vocês são ainda mais corajosos, porque o mundo, para onde partiram e onde vivem, é muito

mais desafiador que o deles. Mas também são mais privilegiados, porque a realidade atual oferece-lhes possibilidades que eles não podiam imaginar. Que vocês irão fazer para que seu casamento seja tudo que pode ser no mundo de hoje? Não duvidem. Chamando-os para o casamento, Deus chama vocês para a “festa da alegria e do amor conjugal”. Não percam a festa, não estraguem a festa!2 • Que foi que mais chamou sua atenção no chamado que Deus fez ao casal Sarai e Abrão? • Qual terá sido a maior dificuldade deles para aceitar o chamado? • Relendo a história de Sarai e Abrão (Gn 12-25) vocês encontram outros chamados de Deus para o casal? • Quais foram as atitudes mais marcantes na resposta que eles deram a Deus? 5. Canto tranquilo de meditação: Quero dizer meu sim Quero dizer meu sim, como Tu Maria, como tu, um dia como tu, Maria. Quero negar-me a mim, como Tu, Maria, como tu, um dia como tu, Maria. Quero seguir Jesus, como Tu, Maria, como tu, um dia como tu, Maria. 6. Abrir-se - Até agora quais foram os chamados de Deus para vocês como pes-

2 Questões e sugestões: aproveitem as que lhes parecerem mais adequadas à sua realidade.

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soas e como casal? - Como foi que Deus chamou você para o casamento com essa pessoa? Relembre sua história. - Durante esses anos de casamento, que chamados Deus lhes vem fazendo? - Hoje quais seriam os chamados de Deus para os casais equipistas do Brasil? 7. Orar Vamos agora responder a Deus numa oração espontânea, pedindolhe também pelo bom êxito do 30 Encontro Nacional das ENS no Brasil. Sinta-se à vontade para abrir seu coração. - Adore, louve e agradeça a Deus que chamou você para o casamento. - Agradeça essa pessoa que Ele lhe deu como companheira de vida. - Bendiga o Senhor pela transformação que o casamento trouxe em sua vida. - Relembre os principais chamados de Deus para você, agradeça o que pôde fazer em resposta, peça forças para continuar fielmente à escuta. - Peça, louve, agradeça por todos os casais, coloque-se a serviço deles; se possível assuma um compromisso concreto em favor de algum que mais precisa. 8. Conversar - Partilhem informações e comunicados referentes ao encontro. - Façam uma lista dos equipistas de sua cidade, setor e equipe. 38

- Os que não irão participar vejam o que podem fazer para ajudar os que irão a Aparecida: oração, ajuda financeira, cuidados da casa e da família... Organizem-se. - Programem alguma atividade para os dias do encontro. 9. Oração pelo bom êxito do 30 Encontro Nacional das ENS Senhor nosso Deus, abençoai o 30 Encontro Nacional de nossas Equipes. Somos casais que querem chegar à felicidade e à perfeição pela vivência do amor conjugal, da paternidade e da maternidade. Esperamos que esse encontro seja um momento forte de nossa caminhada, mesmo para os casais que não puderem estar em Aparecida. Ajudai-nos, para que sejamos casais peregrinos, desalojados, a caminho de rumos novos que nos apontais. Reunidos na casa de Maria, mãe de Jesus e esposa de José, queremos retomar alento para a caminhada, agradecer o amor que nos destes, alegrar-nos por ser homens e mulheres que se amam, cantar vossas bondades, renovar nossas esperanças, e ajudar todos a perceber que nos dais o casamento como caminho de felicidade e realização. É o que vos pedimos por Cristo, vosso Filho, pela intercessão de Maria, Nossa Senhora da Conceição Aparecida. 10. Canto Final: Magnificat  Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal CM 488


Notícias

BODAS DE OURO

Cida e Affonso Em 19/01/2015. Eq.03A - N. S. Auxiliadora Bauru-SP

Lurdinha e Mário Em 23/01/15 Eq.01 - N. S. das Graças Assis-SP Este casal integra o Movimento desde 17/06/1967 e é um dos seus fundadores em Assis.

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BODAS DE PRATA

Lene e Demir Em 08/09/2014 Eq.02 Nossa Senhora Das Graças Região Pernambuco II - Setor Caruaru

ORDENAÇÃO SACERDOTAL No dia 07 de novembro de 2014, na paróquia São Francisco de Assis em Feira de Santana, o diácono Lucivan Pereira, conselheiro da equipe 03-Nossa Senhora da Luz do setor Feira de Santana-BA, foi ordenado padre, com a presença de vários sacerdotes, diáconos, seminaristas, religiosos, leigos e equipistas. Sua ordenação foi presidida pelo arcebispo metropolitano Dom Itamar Vian e teve como lema: Pela cruz tornarei Cristo conhecido e amado. (Jusciára (Gói) e Chico - CRS Feira de Santana-BA)

JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL Pe. João Batista Silvestre Em 15/12/2014, comemorou 25 anos de vida sacerdotal em uma Celebração Eucarística na Paróquia Santa Luzia em Campinas-SP, na 40

qual ele é pároco. Foi uma linda celebração preparada pela equipe litúrgica e comunidades integrantes. Houve testemunhos importantes de outros sacerdoCM 488


tes, assim como uma grande participação de equipistas, pois ele é Conselheiro Espiritual de três equipes em Valinhos (Equipe 1 N. S. Auxiliadora, Equipe 7 - N. S. Aparecida e Equipe 8 - N. S. das Graças) e uma equipe em Campinas. Foi gratificante para nós, equipistas, comemorarmos com ele seu jubileu sacerdotal. Ele iniciou no Movimento há 19

anos e é muito presente e querido por todos. Louvamos a Deus pela sua dedicação, disponibilidade e amizade para com cada um de nós e para com o MENS. Rogamos a Deus e a Nossa Senhora que continuem protegendo, guiando e abençoando este nosso querido SCE. (Marlene e Dirceu - Eq.8 – N. S. das Graças Valinhos-SP)

JUBILEU DE OURO

Querida Irmã Madalena, Há 50 anos você deu seu sim e iniciou uma missão. Não temos como saber o que você esperava construir nessa caminhada, mas podemos, sim, testemunhar a importância que você tem na história do Colégio Sagrada Família aqui de Campo Largo, na vida de centenas de crianças, e especialmente em nossa Equipe e em nossas famílias! A dedicação que você tem pela nossa equipe é fonte de alegria e de motivação para nossa caminhada, e o exemplo de amor e fé que tem pela Santa Trindade nos faz crescer espiritualmente a cada encontro! Conviver contigo tem sido uma graCM 488

ta experiência, não apenas pela alegria de tê-la conosco e poder te ouvir falar com tanto entusiasmo da vida e de Deus, mas também pela forma como você humanizou para nós as religiosas, religiosos e os sacerdotes! Ver e poder entendê-los como humanos, presentes no nosso dia-a-dia, vem construindo uma nova relação entre nós, leigos, e a Igreja. Muito obrigado por nos aproximar, a cada dia, mais e mais de Jesus Cristo! Parabéns pelo Jubileu de Ouro, 50 anos de vida religiosa, de amor, abnegação e dedicação ao próximo. (Eq.07- N. S. das Graças - Campo Largo-PR) 41


VOLTA AO PAI No último dia 16 de setembro de 2014, voltou à casa do Pai nosso querido Sacerdote Conselheiro Espiritual, Monsenhor Valdenito, que esteve conosco desde o início de nossa Experiência Comunitária. Grande mestre e pastor, colaborou muito para o nosso crescimento espiritual. Sempre presente, deixou-nos um grande legado como: a gratidão é a memória do coração; a melhor oração é a oração

de entrega; a simplicidade, a humildade, disponibilidade... Incansável, nunca se negou a quem o procurava. Enfim, sua partida deixou-nos uma lacuna muito grande e uma saudade imorredoura. Apesar disso, somos felizes por termos participado de sua vida. Exerceu seu sacerdócio durante 64 anos com grande dedicação à Igreja. (Toinha e George - Eq. N. S. do Perpétuo Socorro - Olinda-PE)

Frei José Carlos Pedroso, em 09/01/2015 Faleceu com 83 anos de idade, dos quais 64 foram dedicados à vida religiosa e 58 ao sacerdócio. SCE Eq. 4D – N. S. do Carmo São Paulo-SP (desde maio de 1960) SCE Eq. N. S. de Guadalupe Piracicaba-SP SCE Eq. N. S. do Bom Parto Piracicaba-SP

Luís Dárcio Corrêa da Silva (da Adorama), em 05/02/2015 Eq. 2C – N. S. Auxiliadora Ribeirão Preto-SP

Rubens Villaça (viúvo da Jacy), em 17/06/2014 Eq.11A – N. S. do Desterro Bauru-SP Pe. Fernando Bezerra, em 15/01/2015 SCE Eq. N. S. da Apresentação Olinda-PE

Leonice (do Geraldo), em 03/01/2015 Integrava a Eq. 01 N. S. das Dores Limeira-SP Serrinha (da Talma), em 10/01/2015 Integrava a Eq. 03 N. S. do Rosário Limeira-SP. Dilce (do Paulo), em 25/12/2014 Integrava a Eq. 3A N. S. das Graças Londrina - PR

Hélio Frateschi (da Edméia), em 21/01/2015 Integrava a Eq. 2C N. S. Auxiliadora Ribeirão Preto-SP 42

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Meditando em Equipe JESUS VIVE “Quando passou o sábado, Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago, e Salomé, compraram perfumes para ungir o corpo de Jesus. E bem cedo, no primeiro dia da semana, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo. E diziam entre si: “Quem rolará para nós a pedra da entrada do túmulo?” Era uma pedra muito grande. Mas, quando olharam, viram que a pedra já tinha sido retirada. Entraram, então, no túmulo e viram um jovem, sentado ao lado direito, vestido de branco. Mas o jovem lhes disse: “Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou. Não está aqui. Vede o lugar onde o puseram. Ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele irá à vossa frente, na Galileia. Lá vós o vereis, como ele mesmo tinha dito”. (Mc 16,1-7) As Marias e Salomé saíram para visitar um túmulo, e prestar os últimos cuidados a um cadáver. Foram tristes, acabrunhadas pela morte do Mestre, sem sabe o que esperar do futuro. Nossa atitude precisa ser diferente. Não vamos à procura piedosa de um túmulo, não seguimos um mestre do passado. Seguimos Jesus, vivo, presente e atuante hoje, agora. Nele temos o presente como garantia do futuro. - Como, em minha vida, mostro que acredito que Jesus está vivo entre nós? - Que posso fazer para que outros encontrem em Jesus sua esperança?

Oração litúrgica: Sequência do Domingo de Páscoa1 – Cantai, cristãos, afinal: / “Salve, ó vítima pascal!”

Cordeiro inocente, o Cristo / abriu-nos do Pai o aprisco.

– Por toda ovelha imolado / do mundo lava o pecado. Duelam forte e mais forte: / é a vida que enfrenta a morte. – O rei da vida, cativo,/ é morto, mas reina vivo! Responde, pois, ó Maria: / no teu caminho o que havia? – “Vi Cristo ressuscitado,/ o túmulo abandonado. Os anjos da cor do sol, / dobrado ao chão o lençol... – O Cristo, que leva aos céus,/ caminha à frente dos seus!” Ressuscitou de verdade. / Ó Rei, ó Cristo, piedade!

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal 1 “Sequência” vem do latim, sequência (a continuação). Designa o canto que, em algumas ocasiões, segue a aclamação do “Aleluia”, antes do Evangelho. Atualmente conservaram-se algumas sequências: para o dia de Páscoa, Victimæ Paschali; para o Pentecostes, Veni, Sancte Spiritus; para o Corpo de Deus, Lauda, Sion; e para a Virgem Dolorosa, o Stabat Mater.


visite o site oficial do Encontro

www.ensaparecida2015.com.br

Equipes de Nossa Senhora Movimento de Espiritualidade Conjugal Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj 36 • 01310-905 • São Paulo - SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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