ENS - Carta Mensal 487 - Fev/Mar 2015

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Ano LV• fev/mar - 2015 • nº 487

c arta Equipes de Nossa Senhora

Mensal

Olhar para o mundo de forma positiva SUPER-REGIÃO QUARESMA: Caminho de Conversão e Santidade pp. 06 e 07

RAÍZES DO MOVIMENTO Será feito na medida da tua fé pp. 20 e 21

FORMAÇÃO Um mergulho na origem das ENS p. 31 e 32


CARTA MENSAL nº 487 • fev/mar 2015

Editorial ........................................... 01 Super-região Campanha da Fraternidade: Patrimônio Eclesial ............................... 02 Coração em uníssono ........................... 03 Olhar para o mundo de uma forma positiva ......................... 04 Quaresma: caminho de conversão e santidade ..................... 06 A comunicação nas equipes de Nossa Senhora .................. 07 Tema de estudo 2015 ........................... 08 QUARESMA Tempo de nos prepararmos para a Páscoa........................................ 09 CORREIO DA ERI Fidelidade ao primeiro amor; .................10 Servir na alegria; .....................................11 VIDA NO MOVIMENTO Província Nordeste ..................................13 Província Centro-Oeste ......................... 14 Província Leste ...................................... 15 Província Sul I ....................................... 16 As equipes da primeira hora ................ 17 Província Sul II ...................................... 18 COMUNIDADES N. S. DA ESPERANÇA Perfil das pessoas que trabalham nas CNSE.............................. 19

raízes do movimento “Será feito na medida de sua fé”.......... 20 ACERVO LITERÁRIO DO PADRE CAFFAREL Seguindo os escritos do Pe. Caffarel...... 22 TESTEMUNHO Caminhamos com N. S. do Caminho ..... 24 Como é ser o primeiro CRS de um setor novo? ............................... 25 Um milagre a cada dia ......................... 26 Hospitalidade ....................................... 28 Partilha e pontos concretos de esforço Mais silêncio, mais Deus”...........................29 reflexão Caminho da santidade.......................... 30 FORMAÇÃO Um mergulho na origem ds ENS .......... 31 O casal responsável de equipe... ........... 33 A oração litúrgica na reunião de equipe............................ 34 30 ENCONTRO NACIONAL Peregrinos? sim. Turistas? não. ............. 36 NOTÍCIAS .............................................. 37 encarte Índice geral dos artigos publicados nas Cartas Mensais de 2014

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - Foto da capa: Istockphoto Responsável: Ivahy Barcellos Diagramação, tratamento e preparação digital: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 23.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


básicos, da metodologia do Movimento, que vimos durante nossa pilotagem. Nessa Carta começamos com a origem das ENS. “ R a í ze s do M ov i me nto” e “Acervo Literário do Padre Caffarel” nos trarão, com a ajuda de equipistas muito experientes, um passeio pelas obras do Padre Caffarel e seus pensamentos. Esperamos que essa Carta encontre equipistas cheios de energia e motivados para mais um ano de desafios e crescimento. Nosso CR SR Brasil, Hermelinda e Arturo nos convidam a refletir sobre nossas ações concretas neste tempo de conversão em que buscamos uma vida melhor. Padre Paulo Renato, SCE SR Brasil, nos motiva a vivermos intensamente a Campanha da Fraternidade de 2015, que tem como lema “Eu vim para servir”, demonstrando o verdadeiro espírito cristão. Olhemos o mundo de forma positiva como Marilena e Jesus recomendam em seu artigo sobre o tema de estudo do mês. A bandeira “Formação” terá um plano a ser seguido durante o ano que repassará conceitos

Já entramos no ano do 30 Encontro Nacional em Aparecida. Tudo está sendo preparado com muito carinho. Estejamos sempre atentos as informações e reflexões que os organizadores nos trazem. Um fato marcante merece nota. A Equipe 1 do setor A de São Paulo celebrou 60 anos de sua fundação. Que exemplo para todos nós ! Estamos em tempo de preparação para a Páscoa. Reflitamos sobre nossa renovação na Quaresma, tempo forte de oração, jejum e caridade. Que esse ano de atividades se inicie com muito respeito, estudo e auxílio mútuo. Boa Leitura  Fernanda e Martini CR Carta Mensal

Tema: “Ousar o Evangelho - Discernir os sinais dos tempos” CM 487

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Editorial

Queridos Irmãos Equipistas: Paz e Luz do Senhor.


Super-Região

Campanha da Fraternidade: Patrimônio Eclesial A Campanha da Fraternidade (CF) é realiz ad a to d o s o s anos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, desde 1964. Ela é uma campanha da Igreja, um patrimônio eclesial. Sendo assim, tem por objetivo a evangelização. Não é uma campanha assistencialista! Ela tem por intuito fazer com que as pessoas possam, à luz do Evangelho, refletir anualmente sobre uma realidade específica da vida da Igreja e da Sociedade e colaborar efetivamente para que essa realidade seja transformada à luz desse mesmo Evangelho. Neste ano a Igreja celebra os 50 anos de encerramento do Concílio Vaticano II. Com esse pano de fundo a CF 2015 traz o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e o lema “Eu vim para servir”. Ela quer abordar a relação Igreja-Sociedade à luz da fé cristã e das diretrizes do Concílio Vaticano II. O Concílio nos ajudou a definir a auto compreensão da própria Igreja e as implicações da fé cristã para o convívio social e para a sua presença no mundo. Através do documento Lumen gentium, ela entende ser formada por todos os que aderem a Cristo pela fé no Evangelho e pelo batismo. 2

Sendo assim, mais que uma instituição jurídica, ela é o “povo d e D e u s ” p re s e n t e entre os povos como sal que dá sabor e luz que ilumina a realidade. O documento Gaudium et spes explicita essa presença no mundo, resumida pelo belíssimo parágrafo inaugural: “A alegria e a esperança, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (GS1). Diante disso a Igreja, fiel à missão recebida de Jesus Cristo, quer estar a serviço da humanidade, não zelando apenas pelos seus próprios interesses temporais, mas também buscando contribuir para a reta ordem ética, social, econômica e política da sociedade, que na verdade é de seu interesse fundamental. Caros equipistas, vivamos intensamente a CF 2015, nosso patrimônio da Igreja no Brasil. Que o lema “eu vim para servir” nos ajude a propagar o verdadeiro espírito cristão que será, sem dúvida, um importante serviço à sociedade.  Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região CM 487


CORAÇÃO EM UNÍSSONO Queridos irmaõs Mais um ano Equipista se inicia... Um ano em que poderemos nos dedicar a serviço de DEUS, através de nossas ações e exemplos, e para tanto precisamos estar em sintonia com o coração de Cristo, batendo juntos... Quando Deus mandou seu Filho para nos salvar, o Deus invisível se fez visível. Em Cristo, Deus se nos revela infinitamente digno de ser amado. E amá-lo é contemplar o seu coração, pois o coração é considerado como a fonte dos pensamentos, das palavras, das ações. Da abundância do coração fala a boca, diz-nos o Senhor (Mt 12,34). Aprofundar no coração de Cristo é sentir-se convidado a retribuir o amor divino com o amor humano, pois nada convida mais a amar do que saber-se amado. Cristo não vem lançar-nos no rosto a nossa indigência ou nossa mesquinhez: vem perdoar-nos, trazer-nos a paz e a alegria. Para o coração de Cristo, quando alguém o procura ou se deixa procurar, não existe o passado. Ele não quebrará a cana rachada nem apagará a mecha que fumega. (Is 42, 1-4). Em face desse amor divino feito de esquecimento, compreensão e bem-querer, o ser humano, se realmente captou esse Coração, não tem outra saída, senão entregar-se. E o faz com o único coração de carne que tem. “Eu não disponho de um coração para amar a Deus e de outro para amar as pessoas” (São Josemaría CM 487

Escrivá). E sente-se impelido a procurar a companhia desse rosto e coração amável: pela oração sem palavras, em momentos preestabelecidos e fora das horas, no meio das ocupações, no trânsito, no descanso, pela recepção dos sacramentos. Vê realizada em si a promessa: Dar-vos-ei um coração novo e vos revestirei de um novo espírito; tirarei o vosso coração de pedra e vos darei em seu lugar um coração de carne (Ez 36, 26), e também o anseio de São Paulo: “Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus” (cfr. Fl 2, 5). No homem cujo coração pulsa em uníssono com as pulsações do coração de Cristo, a vida ganha aos poucos um clima de serenidade e paz, de segurança, que nenhum recurso e apoio deste mundo pode dar. O cristão que 3


modela seu coração pelo de Cristo funde a liberdade de vôo das andorinhas com a fidelidade aos seus deveres na terra. É a quietude e felicidade do céu já de algum modo saboreadas na terra. Discretamente, humildemente, é um amor que todos os dias, nos detalhes, entrega-se sem paga, e que, com esse dom de si mesmo, tem superabundância de eficácia na mais pura alegria. “Onde não encontra amor”, como diz São

João da Cruz, “semeia amor e obtém amor”. Transforma-se em braseiro, quer incendiar tudo e todos: Vim trazer fogo à terra, e que quero senão que se propague? (cfr. Lc 12, 49). Neste tempo de conversão em que buscamos uma vida melhor, pensemos nisto...  Hermelinda e Arturo CR Super-Região Brasil

OLHAR PARA O MUNDO DE UMA FORMA POSITIVA

“A ESPERANÇA É O CORAÇÃO DE NOSSA FÉ.” Só esse propósito nos dá a certeza de que podemos olhar para o mundo de uma forma positiva. É a partir desse modo de olhar que vamos assumindo a responsabilidade de sermos semeadores do bem no mundo de hoje. Tudo começa em nossas casas, lugar por excelência dos valores do bem. Somos 4

os guardiões desses valores, temos como missão e dever espalhar pelo mundo essa semente. O primeiro bem que devemos ensinar chama-se Jesus Cristo. Somente a partir dEle todos os outros valores advêm. Todo o bem do mundo vem de Jesus e, por isso, se passarmos a olhar o mundo com o olhar de Jesus, vamos ver que existem mais coisas boas que ruins. Por exemplo: quando se pensa em hospital, pensa-se em dor, morte, sofrimento. Olhando de forma positiva, lá existem também grupos de voluntários, pessoas que fazem visitas, médicos e enfermeiros que cuidam. Ou seja, para cada situação ruim existe sempre outra boa. Jesus foi o maior exemplo do bem. Sua morte na cruz é a maior prova de amor que existe, pois deu sua vida por amor aos seus irmãos. Olhar o mundo de forma positiva é acreditar em tudo que Jesus CM 487


nos deixou como herança, como exemplo, como testemunho. Toda a ação dEle sempre foi exemplo de bem, a maneira certa de como fazer as coisas. Seu Evangelho deve ser nossa constituição, nossas leis. Acreditar nisso e viver nesse propósito é o nosso desafio. Como famílias cristãs, temos que disseminar esses valores. Nossos filhos são o futuro e o de nossas crenças, isso aconteceu conosco. Nossos pais nos passaram esses valores e devemos fazer o mesmo. O Evangelho é a maior prova desse amor que só traz o bem. Olhar para o mundo de forma positiva também nos faz passar pela ação de adesão. O que estamos fazendo para semear o bem no mundo? Estamos instalados bem confortavelmente em segurança, mas isso deve nos levar a olhar o mundo com o olhar de Jesus, pois Ele nos chama e nos convida a ajudar na construção desse mundo que Ele desejou e sonhou para o ser humano morar. Um mundo de amor, de justiça, de solidariedade. Só podemos olhar o mundo de forma positiva se olharmos com os olhos de Jesus, com a sua maneira de enxergar além das aparências, de ver em cada pessoa o seu melhor. Temos que viver segundo os exemplos que Jesus deixou, mas no mundo de hoje isso é possível? A resposta está na nossa decisão de sermos ou não seus seguidores. A cada gesto de amor que fazemos, mostramos que Ele está mais vivo que nunca. Olhar o mundo de forma positiva passa pela convicção de amar, de dar testemunho, de ir ao encontro dos que precisam de CM 487

nossa ação. O evangelho precisa de mensageiros. Para o equipista, olhar para o mundo de forma positiva é ter fé no outro, ter sempre confiança no bem que o outro é capaz de fazer; é ver no outro Jesus Cristo. Nós devemos ser fermento na massa, podemos fazer a grande diferença. O nosso Movimento nos aponta a direção, nos ajuda, nos motiva. Cabe a nós ter a iniciativa de sair e levar essa boa nova, esse bem para os que realmente estão ávidos por recebê-lo. Nunca vamos estar prontos. Mas olhar o mundo de forma positiva é não ter medo de enfrentar os desafios. Atender o chamado para a missão é acreditar que Jesus Cristo sempre estará conosco, e o bem será sempre o melhor caminho. O caminho que Ele nos indicou e percorreu preparando para nós que estamos aqui. Olhar o mundo de forma positiva significa sermos fiéis ao seu amor grandioso, é ter atitude de filhos de Deus e dar nossa contribuição para a construção do seu reino.  Marilena e Jesus CR Província Norte 5


QUARESMA: Caminho de Conversão e Santidade

Para preparar o nosso coração e nossa vida para celebrarmos jubilosos a base da nossa fé, que é a Páscoa, a Quaresma deve ser para nós tempo propício para fortalecer a nossa fé. É tempo de escuta da palavra de Deus; de conversão pessoal, familiar e comunitária. A Quaresma não é um tempo triste e depressivo. É sim, ocasião de sermos mais dóceis à graça de Deus para derrotarmos a mulher e o homem “velho” que insiste em atuar em nós, e de nos afastarmos de tudo o que nos separa do coração de Deus. Nesse sentido, é necessário olhar para dentro de nós mesmos, para nossas ações sem recorrer a atalhos. Isto para nós, muitas vezes, é demasiadamente difícil e doloroso, pois temos medo de penetrar no “eu” de nossa existência. No entanto, assim como Jesus percorreu o deserto durante quarenta dias para assumir com coragem e entusiasmo sua missão, nós também devemos vagar em nosso deserto pessoal para ouvir 6

a voz de Deus falar aos nossos ouvidos e corações para também assumir a nossa missão. Para realizar esta caminhada quaresmal rumo à santidade, a Igreja propõe-nos meios concretos que nos ajudam nesse itinerário: a oração, o jejum e a esmolacaridade. (cf. Mt 6,1- 6. 16-18). Em primeiro lugar, a oração, fortalecida pela escuta e meditação da Palavra de Deus, é condição indispensável para o encontro com Deus e conosco mesmos. Pois é no diálogo íntimo com o Senhor que o cristão deixa a graça divina penetrar no seu coração e, como a Virgem Maria, se abre à ação do Espírito com uma resposta livre e generosa (cf. Lc 1,38). Se pudermos (e quase sempre podemos), façamos o esforço de frequentar mais vezes os Sacramentos, especialmente o da Confissão. O jejum constitui um meio concreto de viver o espírito de Quaresma. O que podemos fazer é oferecer a Deus os incidentes cotidianos que nos incomodam, aceitando com alegria os contratempos. Além disso, podemos renunciar às nossas pequenas comodidades: uma sobremesa de que gostamos mais, o cigarro, bebidas alcoólicas etc. Por fim, a caridade ocupa um lugar especial. É o que nos recorda São Leão Magno: “Estes dias da Quaresma convidam-nos de CM 487


maneira premente ao exercício da caridade; se queremos chegar à Páscoa santificados no nosso ser, devemos pôr um interesse especialíssimo em adquirir esta virtude, que contém em si todas as outras e cobre uma multidão de pecados”. A caridade deve ser vivida de maneira especial com aqueles que temos mais perto de nós, no ambiente concreto que vivemos. Trata-se de sorrir àqueles com quem não nos damos muito bem (talvez por nossa culpa),

de aumentar o espírito de serviço, de convidar um amigo a fazer uma visita a uma família pobre etc. Principalmente, pode ser uma oportunidade para aproximarmos de Deus os nossos familiares e amigos: esse é o maior bem que lhes podemos fazer. Vivamos intensamente, como Igreja que somos, este tempo de conversão, graça e santidade!  Pe. Odirley Maia SCE-Província Norte

A COMUNICAÇÃO NAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA É uma ferramenta poderosa para que se mantenha a unidade do Movimento em todo o Mundo. Prova disso é o instrumento da ligação em todos os níveis de responsabilidade, desde o Casal Ligação que, entre outras coisas, zela pela boa comunicação entre a Equipe de Setor e as Equipes de base, até o Casal Ligação das Zonas, que o faz entre as Super-Regiões e a ERI. Vemos que uma das nossas responsabilidades, além de também representar as ENS em instâncias externas, é o zelo pela unidade por meio da comunicação com os mais de 45.000 membros das ENS no Brasil. Entendemos que a unidade passa por um ponto de referência, como dito por Françoise e Rémi na CM do mês de Agosto de 2014, onde colocam claramente que a referência das ENS deve ser o site da CM 487

ERI e, no caso do Brasil, o site da Super-Região. O site das ENS está em atualização, sendo bem possível que no momento da publicação desta Carta Mensal já esteja no ar um trabalho iniciado por Jussara e Daniel, que nos antecederam nesta missão. No novo formato do site é possível acessar a Carta Mensal por meio eletrônico, ter acesso à liturgia diária, à liturgia das horas, a textos e informativos da CNBB, Pastoral Familiar, 7


Conselho Nacional do Laicato do Brasil, compra de documentos, notícias e novidades por Província e da Igreja, informações do processo de beatificação do Padre Caffarel, material de formação produzido pela Super-Região Brasil, acesso a outros endereços ligados à Igreja com material para formação e orações e outras novidades que estão sendo preparadas. Trabalhamos para que o site do Movimento seja capaz de oferecer aos equipistas todo o necessário para sua vida de Equipe. Haverá também um espaço para acesso aos sites, blogs e páginas de redes sociais dos Setores e Regiões, de maneira que todos os equipistas possam saber o que acontece pelo Brasil, promovendo dessa forma a unidade do Movimento. As normas e diretrizes

para isso estão sendo preparadas e serão divulgadas em breve. Outra ferramenta valiosa na comunicação em busca da unidade é a página no Facebook da Super-Região Brasil, que alcança cerca de 11.000 pessoas por semana. O objetivo da página é uma comunicação rápida com os equipistas, já que todos os membros da comunidade recebem uma mensagem eletrônica a cada novidade publicada. As publicações são um alerta para algo novo inserido no site das ENS. O link para curtir a página está no site das ENS e pedimos a todos que divulguem junto à sua Equipe de base. Um grande abraço  Cristiane e Brito, CR pela Comunicação Super-Região Brasil.

Tema de Estudo 2015 Discernir os sinais dos tempos Como noticiamos na Carta Mensal 485 de outubro do ano passado, o Padre Paulo Renato, Conselheiro Espiritual da Super-Região Brasil, proferiu uma palestra sobre o tema de estudo de 2015 “Discernir os Sinais dos Tempos” durante o Colegiado Nacional. Em novembro ele repetiu essa palestra para a Região São Paulo Leste I da Província Sul I. Nessa palestra, Padre Paulo Renato passa pelos 8 temas mostrando-nos o foco que devemos ter. Para que todos possam, a qual8

quer momento, durante o ano de 2015, consultar e orientar-se, essa palestra foi gravada e disponibilizada na internet.

Acesse a palestra do Pe. Paulo Renato em nosso site www.ens.org.br somente a partir de 15 de março.

Equipe Carta Mensal CM 487


Caríssimos Irmãos e Irmãs, O tempo da Quaresma deve conduzir-nos a uma experiência forte e propícia a fim de que nos dediquemos com mais afinco às práticas da oração, do jejum e do compromisso para com todos os que passam necessidade. A Quaresma apresenta a cada cristão a intensa possibilidade de se preparar para a Páscoa de Cristo Jesus. É um tempo de graça e bênção, escuta mais intensa da Palavra de Deus, de conversão e mudança de vida, de recordação e preparação do batismo, de reconciliação com Deus e com os irmãos; tempo de oração mais intensa, tempo de jejum como aprendizagem, entrega e docilidade à vontade do Pai; tempo de esmola ou de partilha de bens e de gestos solidários, de carinho com os pobres e necessitados. Nossas forças devem se voltar ao esforço de promover a justiça, o empenho na defesa dos mais necessitados, atendendo a todas as emergências e necessidades, extraindo forças daquele singular e inesgotável tesouro de amor que é a entrega total de Jesus ao Pai. Somos conclamados, como batizados que somos, a seguir os passos de Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Ele, o Cristo, filho de Deus, deu-nos o exemplo primeiro no sentido de CM 487

uma perfeita adesão à vontade do Pai e, sendo assim, o verbo encarnado de Deus despojou-se e humilhou-se a Si mesmo (cf. Fil 2,6 ss) entregando-se a nós com um amor total e desinteressado, até à morte na cruz. A mensagem que deve ecoar em nossos corações e mentes é proveniente do que aconteceu no Calvário. Uma mensagem que irradia de um modo eloquente a mensagem do amor trinitário pelos seres humanos sem se perder pelo tempo. E cabe aqui uma reflexão: De que forma nós, casais cristãos católicos e equipistas, estamos respondendo ao apelo de Deus? Será que, a partir de nossa vivência testemunhada, estamos nos colocando a serviço daqueles que mais necessitam? De que forma deixaremos que o espírito quaresmal intensifique em nós a preparação essencial para vivenciarmos intensivamente a PÁSCOA DO CRISTO? É Cristo que nos diz: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Converteivos e crede no evangelho” (Mc 1, 15).  Alex da Lucinha Eq. 75 – N. S. da Confiança Fortaleza-CE 9

Quaresma

Tempo de nos prepararmos para a Páscoa


Correio da ERI

fidelidade ao primeiro amoR; Acolhimento e ajuda nas decisões; manter a comunhão na Igreja

Caríssimos Casais O nosso Movimento está empenhado em caminhar ao ritmo do sentir da Igreja em caminhada sinodal, na qual ela procura, à luz do Evangelho, “discernir as vias com que renovar a Igreja e a sociedade no seu empenho pela família fundada sobre o matrimônio entre homem e mulher” (Relatio Synodi, 4). Do lugar onde vos escrevo contemplo todos vós, espalhados pelos quatro cantos do mundo, nos mais diversos contextos culturais, mas todos unidos no desejo de corresponder ao pensamento de Deus que se manifesta neste sentir da Igreja. Na mensagem dirigida aos responsáveis dos Movimentos Eclesiais e Novas Comunidades, no dia 22 de Novembro de 2014, o Papa Francisco recordava três pontos fundamentais que todos os Movimentos devem ter sempre presentes: a fidelidade ao carisma, ao “primeiro amor”; acolher e acompanhar todos, especialmente, os jovens, para que todos sejam capazes de tomar as decisões acertadas no momento próprio, à luz do Evangelho; e 10

manter a “comunhão” eclesial, isto é, estar em comunhão com o magistério da Igreja e muito particularmente com o Santo Padre. São três pontos essenciais que interessam a todos e muito particularmente ao nosso Movimento: fidelidade ao primeiro amor; acolhimento e ajuda nas decisões fundamentais que cada um deve tomar; manter a comunhão na Igreja, especialmente com o Santo Padre que tem a suprema responsabilidade no serviço universal da caridade. Para o nosso Movimento e tendo em conta a primeira recomendação do Papa Francisco, eu tenho insistido, desde o princípio do meu serviço, em dois dos pontos concretos de esforço que fazem parte do nosso método espiritual: o dever de sentar-se e a oração conjugal. O dever de sentar-se na presença do Senhor, como Maria, que O escutava, permite ao casal partilhar a sua vida e iluminá-la à luz do Evangelho, alimentando sempre mais a sua união no Senhor. Na oração conjugal – aconselhovos rezar o terço a Nossa Senhora, a oração simples que conduz diretamente ao coração – o casal alimenta a sua união no Senhor e pode assim ser fiel aos três altares nos quais celebra o mistério do amor que é mais forte do que a morte: o altar da Eucaristia, onde recebe o corpo do Senhor, sem o qual não podemos fazer nada (Jo 15,5); o tálamo nupcial, no qual, segundo a vontade do Senhor, CM 487


o casal se torna uma só carne, um só coração e uma só alma, num amor casto e puro aberto à fecundidade da vida, colaborando com Deus para povoar o céu e a terra; e o altar que é a mesa em volta da qual o casal e a família se reúnem para tomar o seu alimento, na alegria e na simplicidade do coração. Caríssimos Casais, empenhai-vos em viver fiel e generosamente esses dois pontos concretos de esfor-

ço. São eles que permitem cultivar a união dos vossos corações para que sejais um sinal profético eficaz para a Igreja e para o mundo hoje. Invoco para todos vós as mais abundantes graças e que o Senhor, pela intercessão da Virgem Maria, vos abençoe e vos proteja sempre.  Com fraterna amizade Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scj Conselheiro Espiritual da ERI

Servir na alegria

Centro-Europa

Chamar um casal libanês para a ligação da Zona Centro-Europa poderá parecer estranho, uma vez que vimos da outra margem do Mediterrâneo; mas para nós era um sinal vanguardista do interesse que a Igreja manifesta pelos cristãos do Médio Oriente. A nossa Zona estende-se do Oeste ao Leste e ao Norte da Europa, passando pelo Médio Oriente para, finalmente, incluir as Ilhas Maurício. Além das duas SR França-Luxemburgo-Suíça e Bélgica, há 5 regiões – Polônia, Alemanha, Líbano, Síria e Ilhas Maurício – e CM 487

equipes isoladas na Bielorrússia, Hungria, Lituânia, Eslováquia, Ucrânia, Romênia, Noruega, Jordânia, Abu Dhabi, Dubai e Qatar, o que requer uma atenção especial às diferentes especificidades e culturas. Percebemos que o que é extraordinário não é o encontro com o outro, mas entrar em relação com ele. As nossas viagens são sempre precedidas de missas e de orações. A calorosa hospitalidade dos casais tem-nos permitido viver esta relação e crescer na capacidade de escuta. Em Munique, em 2013, vivemos uma experiência que se revelou preciosa: bastou escutar, abrir o coração e “revestir-se de humildade para vencer os obstáculos”. Na Polônia, vivemos o extraordinário através de um empenhamento apostólico animado por um forte espírito de serviço. Na Hungria, o número de equipes aumentou de 12 para 18, e o casal responsável, que está muito interessado 11


em transmitir a riqueza do Movimento, comprometeu-se a traduzir documentos e temas. O calor do acolhimento e o sentido da hospitalidade desses equipistas têm aquecido os nossos corpos e os nossos corações. Em Março de 2014, em Namur, os nossos amigos belgas confiaram às nossas orações a preocupação com o envelhecimento do Movimento. Hoje esperam contra tudo o que esperavam: uma dezena de equipes em pilotagem e casais que se oferecem para servir ao Movimento. Na Zona, “todos têm a preocupação de uns pelos outros”. A SR França-Luxemburgo-Suíça responde generosamente às solicitações das regiões diretamente ligadas à ERI e das equipes isoladas através de ajudas de solidariedade para a expansão, a difusão de muitos documentos e o acolhimento de casais para as sessões de formação. Hoje, as ENS nas Ilhas Maurício, graças às sessões de formação organizadas pela ERI, estão em condições de realizar e animar novas sessões. As nossas equipes isoladas fazem grandes esforços para traduzirem tudo nas suas línguas 12

maternas; apreciam a riqueza da internacionalidade e têm sede de aprofundar a sua vida espiritual e de conhecer melhor o pensamento do Pe. Caffarel. Dada a falta de oportunidade para se desenvolverem nos seus países de maioria não cristã no Médio Oriente ou laica na Europa, os casais encontram nas reuniões mensais um oásis de confiança e de entreajuda. Na Jordânia, impressionou-nos a beleza do espírito ecumênico: os membros das 9 equipes pertencem a diversas Igrejas. Mas o que mais nos tocou foi ver os equipistas de Abu Dhabi e Dubai, que são casais sírios e libaneses emigrados por causa da guerra, que desejam perseverar na sua vida espiritual apesar de dois grandes obstáculos: a falta de padres e a ausência de liberdade de culto fora dos locais das paróquias. Na Síria, os equipistas dispersos encontram-se na medida do possível e entreajudam-se apesar dos perigos da circulação. No Médio Oriente, as equipes sofrem os perigos do integrismo muçulmano, que os leva a emigrar; o Líbano continua a ser um refúgio para os cristãos árabes; a sua Igreja assegura-lhes uma presença dinâmica e uma ligação à Igreja universal. No termo do nosso segundo ano de serviço, habita em nós uma profunda convicção: quando “qualquer servidor” vive a alegria da relação com os seus irmãos e as suas irmãs, permite que o Espírito os transforme para navegarem em mar alto.  Mahassen e Georges Khoury Casal da Zona Centro Europa CM 487


Província Nordeste ELEIÇÃO DOS NOVOS CRE CRUZ/CE. Em 04 de novembro de 2014, na igreja matriz de São Francisco, com missa celebrada por Pe. Fábio da Mota, SCE Setor Norte III, em Cruz, foram eleitos os novos CREs para o exercício de 2015. O CRE serve de uma forma muito especial: além de participar ativamente de todos os eventos que o Movimento oferece, o bom

exemplo é fundamental. O testemunho de vida cristã e a leitura dos documentos das ENS ajudam a conhecer melhor o Movimento, a valorizá-lo e a amá-lo mais. Pedimos ao Bom Deus muitas bênçãos para os novos casais eleitos. 

OS MOVIMENTOS SE ABRAÇAM No dia 11 de outubro de 2014, os equipistas do Movimento das Equipes de Nossa Senhora (ENS) do Setor Olinda, junto com as Coordenadorias Locais de Recife e Olinda da Comunidade Nossa Senhora da Esperança (CNSE), reuniram-se ao pé do morro do Peludo, em Olinda, em cujo topo encontra-se a singela capela de Mãe Rainha Três vezes Admirável de Schoenstatt. Ansiosos, iniciamos nossa Peregrinação às 15 horas, com a meditação da Via Sacra, seguindo uma

cruz e acompanhando cantos e meditações a cada estação. Ao encerrarmos a 15ª Estação, no topo do morro rezamos o Magnificat e nos acomodamos para participar do Santo Sacrifício da Missa. Como era grande a nossa alegria por termos subido juntos o Monte Tabor para nos encontrar com Jesus e Maria Santíssima! Descemos o Tabor, como Pedro, Tiago e João, dispostos a fazer com que o Reino de Deus aconteça no meio de nós aqui e agora.  Cecília e José Carlos CR Setor Olinda-PE

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Meiry e Raimundinho Eq. 01- N. S. das Graças Cruz-CE

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Vida no Movimento

ATIVIDADES NAS PROVÍNCIAS


Província Centro-Oeste

ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS (EEN) REGIÕES CENTRO-OESTE I, II E III, ‘CONFIRMADOS NA UNIDADE’ Nos dias 8 e 9 de novembro de foi realizado o IV EEN das Regiões Centro-Oeste I, II e III, da Província Centro-Oeste. O ponto culminante do Encontro ocorreu quando o nosso Casal Provincial, Olga e Nei, durante a missa, confirmou cada um de nós como membros do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. E foi diante deles, dos casais pilotos, diversos ligação, setor, regionais e do Pe. An-

tídio que renovamos o nosso “sim”. Na singeleza do fogo, aceso no altar, passado de equipista em equipista, experimentamos a unidade na diversidade das equipes de base ali representadas; a presença do Provincial fez-nos vivenciar a pertença à unidade do Movimento, a força viva do Santo Espírito, do fogo do céu, que nos mantém em constante e pulsante ligação como um só corpo equipista.  Juliana e Wilson Eq. 59-D - N. S. Mãe Rainha Três Vezes Admirável Brasília-DF

ENCONTRO PROVINCIAL CENTRO-OESTE 2014 Irmãos, “O amor de Deus foi derramado em nossos corações”. Este é o sentimento que tomou conta de todos nós, participantes do Encontro Provincial, ocorrido em 11, 12 e 13 de Outubro de 2014, em Brasília. Agradecemos aos que nos antecederam no exercício de suas responsabilidades no MENS pelos exemplos de caridade e fraterni-

dade. Pedimos tanto aos que permanecem quanto aos que ora iniciam, como nós, a missão de CRS, a ajuda necessária para cumprirmos com obediência e sabedoria nossa função. Elevemos nossas orações a Deus, pedindo força para dar o melhor de nós em agradecimento pelo que Ele tem nos proporcionado.  Gilvânia e Waldir ENS 78 - N. S. Auxiliadora CRS G/ R CO I - Brasília-DF

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Província Leste

ENCONTRO PROVINCIAL A UNIDADE NO MOVIMENTO DAS ENS Após vivermos as grandes emoções do Encontro Nacional em Itaici, com profundos testemunhos que ecoavam na transição dos casais a serviço da SRB, realizamos com alegria e esperança o Encontro Provincial Leste, nos dias 10 a 12 de outubro, em Belo Horizonte, na Casa de Retiros São José. Seguindo as orientações do CRP, Bete e Carlos Alberto, em 2015 partiremos para viver uma fé madura, no aprofundamento da Escuta da Palavra e Meditação; lapidaremos nossa espiritualidade conjugal nas leituras das sábias obras do Pe. Henri Caffarel, um convite a crescer no Amor, respeitando a diversidade e as diferenças humanas. Com Frei Arthur, SCP, introduzimo-nos à compreensão do Lema 2015: Discernir os sinais dos Tempos, sustentados pela força da Palavra: “Estai sempre CM 487

prontos a dar a razão da vossa esperança” (1Pd 3,15) e percebemos que o próximo tema nos conduzirá a olhar o mundo em transformação de forma positiva, motivando-nos a construir as pontes da civilização do Amor em respeito a toda pessoa humana, sobretudo ao pobre, seguindo a mensagem universal de Cristo que nos envia para ser sinais de esperança e “fermento” na Igreja e no mundo, atentos aos testemunhos do Papa Francisco. Somos gratos ao Senhor! Mais uma convivência fraterna, formativa e alegre foi realizada. Que as bênçãos derramadas se estendam aos EACREs para sustentar nossas amadas equipes de base, razão de ser deste belíssimo Movimento. Que a Sagrada Família continue a interceder por cada ENS!  “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união” (Sl 133) Bete e Guinho CRR Minas 15


Província Sul I MUTIRÃO: POR QUE A IGREJA VIVE DA EUCARISTIA? No dia 06 de setembro de 2014, em Jundiaí-SP, casais equipistas reuniram-se para Mutirão de aprofundamento e reflexão sobre dois temas: Eucaristia e Peregrinação. Nossa equipe, a 17A, ficou responsável pela reflexão: A Igreja vive da Eucaristia. A base desta reflexão foi a Encíclica Ecclesia de Eucharistia, 2003, de São João Paulo II, que compartilharemos com vocês. Recomendamos a leitura de toda a Encíclica, que nos ajuda a melhor conhecer este mistério da fé. O Papa afirma que: “A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja”. Dizer que a Igreja vive da Eucaristia abrange dizer que sem a Eucaristia não existiria Igreja. O mistério da Igreja é, também, um mistério eucarístico. E ensina que: “É com alegria que a Igreja experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: ‘Eu estarei sempre convosco, até o fim do mundo’ (Mt 28,20); mas, na Sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no corpo e no sangue do Senhor, goza desta presença com uma intensidade sem par”. A Igreja vive da Eucaristia porque nunca existiu Igreja sem Eucaristia. Esta e aquela são como que uma única história. Antes de Cristo, 16

Deus já preparava a Igreja para seu povo e essa preparação é, também, a preparação para a Eucaristia. O Magistério e a vida dos santos ao longo dos séculos são testemunhas da grandeza e da beleza contida no mistério eucarístico e da sua vivificadora presença dentro da Igreja. A história da Igreja testemunha que a Igreja vive da Eucaristia. A Eucaristia também é o centro da vida cristã. Com isso, fica claro que todas as outras ações pastorais e evangélicas que realizamos (dentro e fora das ENS) devem girar em torno da Eucaristia. Todas têm importância enorme, mas a Eucaristia está acima de todas. Segundo São Pedro Julião Eymard, “acima da Eucaristia só o céu; não tem mais nada”. E o Papa conclui que, “por isso, o olhar da Igreja volta-se continuamente para o seu Senhor, presente no sacramento do Altar, onde descobre a plena manifestação do seu imenso amor.” Que nossos olhos, assim como os olhos de toda a Igreja, sempre estejam voltados para o Senhor presente na Eucaristia. Na missa, devemos olhar para Cristo na Eucaristia e O reconhecer como nosso Salvador. Pois, só assim sentiremos nosso coração e nossa alma encherem-se de Vida e, desta forma, testemunhar que nós, a Igreja, vivemos da Eucaristia.  Cristiane e Rodrigo Eq.17A - N. S. Serva Jundiaí-SP CM 487


AS EQUIPES DA PRIMEIRA HORA Celebrou 60 anos de sua fundação, em outubro de 1954, a Equipe 1 do Setor A, São Paulo Capital I. Pilotada pelo casal Moncau, foi a 7a. equipe do Brasil. Formada por iniciativa do então prior dos dominicanos, Frei Domingos Maia Leite, era composta de jovens e entusiasmados casais, que sempre fizeram jus à sua invocação de Nossa Senhora do Sim. Além dos dois casais que permanecem até hoje, Esther e Marcello e Monique e Gérard, cujas atuações no Movimento são bem conhecidas, entre seus primeiros membros Gracinha e D’Elboux e depois Doris e Nelson ajudaram por vários anos o Dr. Moncau nos trabalhos de secretaria e de difusão da Carta Mensal; Teresa e Eduardo de Macedo Soares, hoje ambos retornados ao Pai, introduziram e difundiram no Brasil os Cursos de Preparação para o Casamento. Maria Sacramento, embora viúva, fora a pedra fundamental da 1a equipe de Taubaté, com especial autorização do Pe. Caffarel. Mais tarde, mudando-se para São Paulo, foi um exemplo de equipista responsável, abnegada e exigente, e ao mesmo tempo de apóstola incansável, até 2006 quando se tornou uma especial intercessora junto do Pai. Por ocasião da recolhida misCM 487

sa de ação de graças celebrada pelo atual SCE, Padre Milton Schreiber (Frei Bernardino), que acompanha a equipe há mais de 20 anos, e na presença do atual CL, Maria Ondina e João, representando o Movimento, a equipe, como nas suas bodas de ouro, renovou o Compromisso assumido no início. Além dos demais casais que caminharam com a equipe ao longo de todos esses anos, foram lembrados os muitos SCEs que a acompanharam, alguns dos quais por muitos anos, como o Frei Miguel Pervis, dominicano de alma franciscana, e o Pe. Joel Ivo Catapan, futuro bispo auxiliar de São Paulo, outros por menos tempo, mas que deixaram nela sua marca, como o Pe. Oscar Melanson, que fora o primeiro SCE da primeira equipe do Brasil e que, durante um ano, embora Assistente Latino-Americano da JOC, vinha de onde estivesse para não faltar à reunião mensal. Se a equipe sobreviveu e tem-se mantido ativa no Movimento e na Igreja, permanecendo sempre aberta a acolher novos membros, é graças ao sangue novo trazido pelos casais que nos últimos 20 anos vieram enriquecê-la com a sua participação.  Ondina e João CL da Eq. 01A São Paulo-SP 17


Província Sul II

ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS (EEN) REGIÃO SP/NORTE I Foi com muita alegria e espiritualidade que nos dias 18 e 19 de outubro foi realizado o Encontro de Equipes Novas da Região São Paulo/Norte I, Província Sul II. O encontro foi realizado no Esporte Clube Banespa, na cidade de Catanduva, um espaço com muita área verde onde os casais puderam contemplar a natureza, o que favoreceu a Meditação e espiritualidade do Encontro. As palestras, brilhantemente apresentadas pelos formadores, contribuíram muito para a pertença e informação das equipes no Movimento. O encontro foi encerrado com a Santa Missa, celebrada pelo padre Aparecido Cássio, Conselheiro Espiritual do Setor B e da Equipe 04-A N. S. das Graças de Catanduva.  Zaina e Paulo Eq.11 - N. S. da Esperança Catanduva - SP

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Objetivando a implantação das CNSE em Santa Catarina, ao longo de seis anos de atuação como Regionais, tivemos a oportunidade de convidar e conversar com muitos casais das ENS e muitas outras pessoas. Nosso intuito era levá-los a trabalhar conosco nesse Movimento, criado por D. Nancy, de apoio a viúvas(os) e a pessoas sós, separadas ou solteiras. É interessante, no entanto, observar as reações dos convidados. Uma das coisas que ouvimos foi em relação a qual seria o perfil dos que se engajariam nas Comunidades. Muitas vezes escutamos justificativas ou explicações no sentido de que não tinham o perfil desejado e mesmo que seria difícil encontrar voluntários com tal perfil. Ficamos então nos questionando: mas qual é o perfil? É necessário ter um perfil especial? Para nós o perfil para trabalhar para um Movimento como as CNSE caracteriza-se pelas virtudes AMOR, SOLIDARIEDADE, MISERICÓRDIA e COMPAIXÃO. Será que é tão difícil encontrar tais pessoas? Nesta missão – como em tantas outras – na realidade, recebemos muito mais do que damos. Ao escrever este artigo, lembramo-nos do Evangelho de São Mateus 9, 35-38: “Jesus começou a percorrer as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, anunciando a Boa Nova do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade. Também o envio dos apóstolos marcou a abertura do projeto universal de evangelização. É preciso que o CM 487

mundo conheça e veja Jesus – Caminho, Verdade e Vida. Sejamos mensageiros de uma boa nova, a esperança, pois se trata de um plano que visa incentivar a vida em plenitude. Oxalá o bom Deus nos ajude a cumprir com sucesso esse projeto de evangelização. A ideia é crescer buscando sempre tirar proveito das oportunidades que surgem quando apresentamos a novidade dos objetivos das CNSE. Para isto não se precisa de nenhum talento nem de habilidade. O Papa Francisco, quando aqui esteve, convidou os jovens e a todos nós que fôssemos para as ruas ajudar os pobres, que não são somente aqueles que precisam de ajuda material, mas também todos os que precisam de amor, carinho, compaixão, misericórdia. As CNSE, atendendo a este apelo, levam às pessoas sós e muitas vezes extremamente sofridas um alimento para suas vidas e esperança para suas almas. Nunca é tarde demais para ser tudo aquilo que você pode ainda ser. 

Helenie e Sérgio Coordenador Regional das CNSE-SC 19

Comunidades N. S. da Esperança

PERFIL DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NAS CNSE


Raízes do Movimento

“SERÁ FEITO NA MEDIDA DE SUA FÉ” Volto de Roma onde fui abrir os caminhos para nossa Peregrinação. Constatando o interesse e a simpatia suscitados pela notícia de que mil casais de nossas equipes chegarão dentro em breve a Roma, procurava uma explicação à impressão profunda que causam sempre as concentrações de casais cristãos. Veio-me então uma lembrança: no último dia de nossa Peregrinação a Lourdes, em 1954, os casais foram à gruta para saudar Nossa Senhora antes de partir. Um pouco afastada, uma piedosa velhinha olhava aqueles casais que chegavam em grupos apressados - a alegria se estampava em seus rostos. Estava emocionada, tinha lágrimas nos olhos. Não sei o que pensava: talvez assistisse mesmo a um milagre. Quinhentos casais, em que o marido e a mulher se ajoelhavam juntos, rezavam juntos, se confiavam juntos à Imaculada; sim na verdade, isto lhe parecia um grande milagre. E suas lágrimas eram uma homenagem à graça toda poderosa do Senhor que faz milagres assim. Com efeito, é muito belo um verdadeiro lar cristão, é uma grande obra de Deus, o esplendor do sacramento do Matrimônio, reflexo da ternura imensa que une Cristo e a Igreja. Vocês correm o risco de se acostumarem com essa beleza, de não admirá-la mais nem louvar a Deus por ela. 20

E, sobretudo, talvez porque estão rodeados de alguns desses casais, arriscam não ver mais a quantidade dos decepcionados, sofredores, truncados. E ainda que os vislumbrem, arriscam esquecer que sua grande infelicidade é não ter tido a graça que é a sua, de conhecer o sacramento do matrimonio e suas riquezas? Sentem entre eles o profundo mal estar de ser rico no meio de uma multidão de miseráveis? Surge a interrogação: por que nós e não eles? Para milhões de casais que se unem em todo o mundo, cada ano, cujo amor é radiante e transbordante de promessas no princípio, bastam poucos anos para surgir neles a decepção, a amargura e muitas vezes o malogro. Sim, por que vocês, e não eles? Porque não convidaram Cristo para vir a seu lar, porque é tão desolador que depois de vinte séculos de cristianismo, a maioria dos casais ignora ainda que o Cristo veio salvar o amor humano ferido de morte pelo pecado, que derramou por ele seu sangue - e este sangue derramado é o sacramento do matrimônio que comunica por ele a virtude aos esposos. É necessário que lhes pareça intolerável esta ignorância da grande multidão dos homens, e de ser os tais privilegiados. A “boa nova” da salvação do amor precisa abrasar-lhes de ardor, de impaciência para propagá-la, fazendo tudo CM 487


Título do artigo

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Equipes de Nossa Senhora ÍNDICE GERAL DAS PUBLICAÇÕES DA CARTA MENSAL EM 2014 Este índice compreende as edições de número 478 a 486

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Título do artigo Atualidade Ecos da JMJ Rio - Padre Caffarel nos uniu além do oceano Wifi de Jesus Sinais dos tempos! A tecnologia a serviço das equipes

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CAMPANHA DA FRATERNIDADE Tráfico Humano Cartaz da Campanha da Fraternidade de 2014 CF 2014 - Fraternidade e tráfico humano

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Correio da ERI Cristão do Futuro Equipe Satélite Ligação para a zona Eurásia Saber ler os sinais dos tempos

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CNSE - Comunidades Nossa Senhora da Esperança Olá gente amiga 480 43 Apesar da perda, como ser feliz 484 47 Dia das Crianças As crianças e sua relação com Deus

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Dia dos Namorados Dia de São Valentim Oração dos Namorados

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Dia do Padre - Dia dos Pais O sacerdote é o amor do coração de Jesus

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Título do artigo Dia do Padre - Dia dos Pais O sacerdote é o amor do coração de Jesus

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Ecos do I Encontro Nacional de CRS Delicadezas de Deus 483 . Renuncie e Usufrua 483 Se entregar a boa semente 483. Responsáveis de Setor num fraterno encontro 483 Encartes Visita da Super Região Brasil a Provínicia Norte Colegiado Nacional 2014

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EJNS - Equipes de Jovens de Nossa Senhora O serviço às EJNS 483

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Formação Você vai nadando ou de barco? O que é ser um Conselheiro das ENS Vida de Equipe Vida de Equipe, vida em comunidade Ser equipista é ser vocacionado Saber discernir Preparando o caminho O chamado à missão é um imperativo de Deus CRS - formação específica Ser responsável nas ENS Não deixemos que nos roubem a força missionária Reunião de equipe O cajado No espelho dos seus olhos Partilha, amor e casamento O Espírito Santo nos fala à reunião O apostolado nas ENS Pentecoste em equipe Coragem para mergulhar Eucaristia e Coerência A Bíblia: GPS que nos conduz para Deus Sempre ENS II II

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A centralidade do amor Missão do equipista na história da humanidade O casal pessimista, otimista e o realista Responsabilidades no Movimento A vida da ERI e na ERI O valor das cartas de envio dos Encontros Internacionais A mística da reunião de equipe IGREJA CATÓLICA Quaresma, tempo de permear o coração de verdades divinas Carta do Papa Francisco às Famílias Fundamentos da espiritualidade nas ENS Páscoa Celebremos a Páscoa em Família A ascensão do Senhor Quaresma: tempo de graça e reconciliação Os feridos à beira do caminho Amor sem cruz nunca será amor Santificação do domingo Coração de Cristo Jesus Corpus Christi A Palavra de Deus Curiosidades sobre a Bíblia A Igreja e os desafios da família Sínodo dos Bispos Hermelinda e Arturo participam do Sínodo dos Bispos A missão e a espiritualidade dos leigos Solenidade de Todos os Santos Papa convoca III Assembléia do Sínodo dos Bispos Testemunho de Hermelinda e Arturo (Sínodo dos Bispos) Mensagem da III Assembléia Acolhidos por Francisco III III

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Título do artigo MARIA O SIM Senhora da Páscoa As sete palavras de Maria A mãe santíssima na vida de Jesus Os diferentes nomes de Nossa Senhora Senhora do Silêncio A Nossa Senhora de todas as equipes, na vida das famílias Coincidências Nossa Senhora de todas as equipes

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Natal Natal é vida que nasce A coroa do Advento É Advento Padre Caffarel

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Padre Caffarel profeta para o nosso tempo

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Pastoral Familiar

Peregrinação das famílias com o Papa Francisco 478 7 Família: Lugar do encontro 479 11 Encontro do Papa com as famílias 480 17 O Espírito Santo e a família 481 14 Família: Lugar do encontro 481 15 ENS e pastoral familiar 482 12 Congresso Nacional da Pastoral Familiar 486 20 Partilha e PCE Retiros 2013 - S. José da Tapera Testemunhos de Amor - Piracicaba A Regra de Vida A escuta da palavra Para que nada se oponha às vossas orações Um dever de sentar-se de ano novo IV IV

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Retiros 2014 Deserto... Retiro Retiro - Região Alagoas Retiro espiritual anual Um dever de sentar-se com tecnologia e muito amor Os conselhos de um entendido Os PCE e a disciplina Retiro do Setor Paraúna Retiro anual Um momento especial na vida de casal Dever de sentar-se Retiro anual As bem-aventuranças dos PCEs A mensagem de Padre Caffarel sobre a oração A escuta da palavra Algumas conclusões sobre a Regra de Vida Retiro 2014

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Raizes do Movimento

Sementeiras de Bons Cristãos 478.. 14 O cristão, um homem em marcha 479 13 Em defesa da oração 480 24 Uma viga mestra 481 22 Mil casais cristãos 482 34 Depois de ouvir Paulo VI 483 29 Desconfiai de Afonso 484 13 Êxito da caridade 485 31 “Será feito na medida de sua fé” 486 31 Conferência do Padre Caffarel 486 32 Reflexão O monge e o escorpião Ajudem a formar padres para as ENS Coloque o pecado para escanteio O perdão como um ato de humildade Alta santidade na maior simplicidade Deus está de férias? V V

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Super-Regiao A Fé e as Obras Amem-se uns aos outros Recomeçar de Cristo Preparai o caminho do Senhor Ser equipista é uma vocação A espiritualista do Serviço Em oração com Maria “Home e mulher Ele os criou” Fonte, lugar de conhecimento Querer ser família a por ela ter cuidado O centro é Cristo Família: prioridade das ENS Viver em família em todo o seu tempo O maior delas, porém, é o amor Amar, servir a quem necessitar Com a sua licença Missão que santifica Família, Igreja doméstica comunidade Eclesial Finados e Todos os Santos “Olhar com o coração” O ecumenismo e as ENS Outdoor: “Este é o Rei dos Judeus” Natal: festa de aniversário Esperança e alegria A alegria de viver o Advento e celebrar o Natal em família

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O ano da fé e o estudo do tema 479 Mapa mental 479 Acolher e cuidar dos homens 480 Cuidar do outro 480 Gerando esperança 481 Quem sou eu ? Eu sou como? 481 Descobrir e cuidar do outro 481 Guiados pelo bom samaritano 482 Ousar o Evangelho: acolher e cuidar dos homens 482 Descobrir e cuidar do outro 483

15 16 19 20 41 42 44 14 15 20

Tema de Estudo

VI VI


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“Viver em família em todo o tempo” A família: acolher em casa e deixar-se descobrir por Jesus A missão do casal cristão Ser família na comunidade eclesial Missão a cumprir Acolher e cuidar dos homens Unidos a Cristo para dar fruto

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Testemunho Casais Equipistas Evangelizadores Nasce mais uma equipe Ação de graça Servir a Deus exige disciplina, foco e fé Ajuda mútua uma certeza nas ENS Alegria do serviço Crescei e multiplicai-vos Ele está no meio de nós Família que reza unida permanece unida O desejo de servir Recado de Jesus, bem pessoal Silêncio Uma experiência de amor Nasce o setor catende Buscar caminhos Uma maravilhosa experiência Acima de tudo o amor Carta Mensal - oportunidade para partilhar e compartilhar O milagre da vida - a oração O chamado Camadas Ser ou não ser... Equipista ! O início de uma caminhada Ousar o evangelho, ENS em alto mar Alegria de corresponder ao chamado de Deus Meu primeiro retiro nas ENS “Servos inúteis” VII VII

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Foi assim: um convite, uma tremida e um sim Nossa reunião de “Equipa” além-mar São Pio de Pietrelcina nos é apresentado Alegria cristã Pif-paf Filhos de Deus feitos para amar Ação de graças Educando na fé O milagre das bodas O tema que mudou o rumo de nossa história Vivendo a coparticipação Um chamado fora dos padrões O segundo sim Fátima, 20 anos depois O sentido da missão do CRS E quando a verdade nos conhece? Fugir? Testemunho de um casal idoso Oração do casal Nossa última experiência das equipes mistas Ousar o evangelho Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos EEN esperança - confiança

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482 37 482 37 482 39 483 31 483 32 483 33 484 28 484 29 484 30 484 31 484 32 484 33 484 34 484 35 484 37 485 32 485 33 485 34 485 35 486 33 486 486

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3o. Encontro Nacional das ENS Um convite muito especial 479 A comunicação, um dos elos do encontro nacional 480 Esclarecimentos e solicitação 480 Encontro Nacional mais que um encontro 483 Como é bom ser acolhido com amor, generosidade e alegria 484 Encontro com o Filho na casa da Mãe 485 Hino do 3o. Encontro Nacional das ENS 485 Informações importantes aos equipistas inscritos 486

VIII VIII

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para isto. Primeiro, é preciso rezar. Será a maior intenção desta grande concentração de oração que constituirá nossa Peregrinação­ penso não somente nos 1.000 casais peregrinos, mas também, nos 5.000 outros que, de casa, todo dia, na medida do possível, irão à missa e consagrarão momentos à oração. Três condições, disse-nos Cristo, garantem a eficácia da oração: crer nesta eficácia, unir-se para rezar e dirigir-se ao Pai em nome do Jesus Cristo Nosso Senhor. Nós preencheremos estas condições! Então, quanto se poderá esperar desses oito dias de oração intensa! A grande nova: Cristo veio para salvar o amor! Precisa chegar até o fim do mundo, devolver a esperança aos que desesperam, alegrar os lares que se afundam, multiplicar

os lares onde marido e mulher se ajoelham juntos, adoram juntos, rendem graças juntos, se oferecem juntos a Deus, e juntos se põem ao seu serviço.  Pe. Caffarel

Colaboração de Maria Regina e Carlos Eduardo (*) Piracicaba-SP

Editorial Pe. Caffarel na Carta Mensal n° 2, ano VII, maio de 1959 (*) Equipistas há 41 anos. Foram responsáveis por implantar as ENS em Piracicaba. Casal Responsável pelas ENS no Brasil (ECIR) de 1995 a 1999. CL da Zona América da ERI de 2000 a 2006.

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www.ens.org.br CM 487

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Acervo Literário do Padre Caffarel

Seguindo os escritos do Padre Caffarel. Neste cantinho da Carta Mensal, vocês vão encontrar, em cada edição, algumas palavras sobre os escritos do Padre Caffarel.

Em uma palestra que proferiu num “colóquio” sobre a vida e a obra do Padre Caffarel em dezembro de 2010, Monsenhor Fleischmann1, antigo conselheiro espiritual da ERI, informou que o conjunto da produção literária do Pe. Caffarel se eleva a mais de 3.000 páginas informatizadas. Destas, talvez as mais antigas sejam os editoriais e os artigos da revista “L’Anneau d’Or”2 e os editoriais da Carta Mensal francesa, esta inicialmente sob forma mimeografada e depois, a partir de 1948, sob a forma da revista que se conhece. De 1945 a 1973 temos, nas Cartas Mensais, 175 textos escritos pelo Pe. Caffarel. Vale a pena lembrar que até o documento “O que é uma Equipe de Nossa Senhora”, de 1977, a leitura do Editorial da Carta Mensal fazia parte das

“obrigações” assumidas pelos equipistas. A revista “L’Anneau d’Or” foi publicada de 1945 até 1967 e contou com 68 editoriais, 49 artigos e 5 análises de pesquisas escritos pelo Padre Caffarel. Todos esses números seriam apenas uma interessante estatística da capacidade de produção literária do Pe. Caffarel, não fosse a profundidade e a importância de todos esses textos, principalmente – no caso das duas revistas citadas – na perspectiva da espiritualidade conjugal. Na verdade, parece que toda essa produção decorre da busca de resposta às perguntas surgidas nas primeiras reuniões da primeira equipe, lá pelo ano de 1939: “Como a vida de casal pode nos levar a responder plenamente ao amor de Deus? Essa resposta é reservada apenas ao dom exclusivo dos celibatários? A exigência de santidade não nos diz respeito, a nós que somos casados? Qual é a graça própria do sacramento do matrimônio?”.

1. Mons. François Fleischmann foi o iniciador do processo de canonização de Pe. Caffarel quando, na sua participação do Encontro Nacional de Brasília verificou, maravilhado, a força do Movimento no Brasil e o carinho e consideração das equipes brasileiras pela figura do Padre Caffarel,. 2. A tradução literal seria Anel de Ouro, mas é evidente que a referência é feita à aliança, símbolo em muitas partes do mundo, da união matrimonial.

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E a famosa resposta do Pe. Caffarel: “Procuremos juntos!”. No número 99 - 100 do L’Anneau d’Or, em maio de 1961, Pe. Caffarel faz uma retrospectiva dessa busca: “Esses dois amores, o de Cristo e o dos cônjuges, são ambos do tipo totalitário, exclusivo, não se submetem a uma composição. Mas esses jovens esposos intuem com certeza que esses dois amores não são opostos e com igual certeza que não devem ser vivenciados separadamente, independentemente. Procurando saber se sua intuição tem fundamento, eles interrogam o padre. Aqui não há como escapar, é a resposta de Deus que eles querem. É inútil recorrer a sutis argumentos psicológicos. Só resta ao padre rememorar – ou descobrir – o ensino tradicional sobre o sacramento do matrimônio. Pois dizer que o matrimônio é um sacramento equivale a dizer que Cristo transmite sua graça aos esposos pelo matrimônio, por esse dom de amor que eles fazem um ao outro. O amor de Cristo utiliza aqui o amor humano como em outros sacramentos, a água ou o óleo para se manifestar e se comunicar. Não somente para santificar as almas, mas também para transfigurar o próprio amor conjugal, ao mesmo tempo tão fervoroso e tão frágil, por meio do qual ele quer se dar aos esposos ao longo de sua existência. O dom mútuo dos esposos, meio que Cristo utiliza para outorgarlhes sua graça. É também o caminho pelo qual eles irão até Ele pois, para dois cristãos, unir-se significa assumir o compromisso de ajudar-se mutuamente na busca do Senhor. Assim, o amor conjugal revela-se toCM 487

talmente ordenado ao amor de Cristo: por ele, Cristo se dá aos esposos, por ele, os esposos se dão a Cristo.” Nos próximos números, vamos nos debruçar mais sobre as Cartas Mensais e também sobre a revista “L’Anneau d’Or”, sem esquecer “Offertoire”, “Cahiers sur l’Oraison” e “La Chambre Haute”, todas revistas ligadas ao Padre Caffarel, para acompanhar a evolução de seu pensamento e dos casais das Equipes que o acompanharam em sua busca. Gostaríamos de receber as perguntas, as contribuições, as sugestões e as críticas de vocês que nos leem, para que este trabalho seja mais útil a todos. 

Hélène e Peter (*) São Paulo-SP

(*) Equipistas há 55 anos, tendo ingressado nas ENS na primeira Equipe (fundadora) do Movimento em São José dos Campos-SP. Fiéis colaboradores de Dona Nancy e Dr. Pedro Moncau. Pertenceram à Equipe Responsável pelo Movimento no Brasil (ECIR) de 1976 a 1982. Durante sete anos foram responsáveis pela Carta Mensal. Em 2010 representaram o Brasil no Colóquio Internacional sobre o padre Caffarel em Paris. 23


Testemunho

CAMINHAMOS COM NOSSA SENHORA DO CAMINHO Isso mesmo. Há exatamente 30 anos estamos caminhando em nossa querida Equipe 3 com N. S. do Caminho, nossa protetora e padroeira. No início (04/10/1984), éramos seis casais praticamente desconhecidos, sem saber ao certo o porquê de estar ali, sabendo apenas que, ao sermos convidados, só não dissemos “não” por constrangimento. Naquela época tínhamos uma fé um tanto infantil, pois éramos católicos, mas somente íamos à missa caso não tivéssemos outro compromisso. Começamos muito tímidos e, através das reuniões mensais, tomamos consciência do carisma do Movimento, da espiritualidade do casal. Daqueles casais das primeiras reuniões, apenas nós (Izabel e Lin) e Vera e Paulo somos perseverantes. Alguns voltaram para o Pai e outros se desligaram do Movimento. No entanto, o Senhor nos mandou outros quatro casais, que se adaptaram perfeitamente ao nosso meio, e caminhamos juntos num clima de profunda amizade e espiritualidade crescente. Após alguns anos de pertença ao Movimento, fomos convidados para ser casal ligação. Um 24

tanto preocupados, nossa resposta foi: “Sim Senhor!”. Atuamos vários anos como ligação e crescemos muito espiritualmente. Depois veio o convite para sermos Casal Piloto. Sabíamos que, se aceitássemos com fé e confiança, Deus suscitaria em nós as qualidades necessárias para a responsabilidade assumida. Ele se serviria de nossa boa vontade para realizar sua obra. Mais alguns anos se passaram e, para nossa alegria, um novo convite: Agora, pilotar uma equipe formada por casais bem jovens e com muitas crianças. Quanta preocupação! Será que vamos dar conta do recado? Mas, na certeza de que o Senhor não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos, lá fomos nós. E deu certo, contando sempre com as luzes do Espírito Santo a nos orientar. Ficamos felizes, ao participar nos encontros do Movimento, com esses casais maravilhosos, pilotados por nós. Hoje ao recordar toda essa vivência dentro do Movimento das equipes de Nossa Senhora, confesso que não consegui conter as lágrimas. Como casal equipista devemos estar sempre atentos, pois muitas vezes na preocupação de vivenciar o matrimônio, nos fechamos dentro de nós mesmos e pouco lembramos de outras pesCM 487


soas que precisam nos ver como modelo de amor, para que eles também encontrem o estímulo de constituírem a alegria no mundo, na sociedade e na Igreja. Esse partilhar de nós mesmos sempre foi uma experiência rica de graças e um grande privilégio, aproximando-nos de Deus, com a ajuda dos pontos concretos de esforço. Temos muito a agradecer a Deus e a Maria, por terem inspirado o padre Caffarel a fundar o nosso Movimento, que tantos benefícios tem trazido para nós.

Graças te damos Senhor, por ter-nos dado a oportunidade de participar do Movimento das ENS, e aos irmãos de equipe pelo amor, apoio e principalmente pela cumplicidade. Rogamos a Deus que continue nos abençoando e fortalecendo através dos PCEs, e que Nossa Senhora do Caminho nos ilumine e oriente todos os dias de nossas vidas.  Izabel e Lin Eq.3 – N.S. do Caminho Pederneiras-SP

Como é ser o primeiro CRS de um Setor Novo? A Curta história O movimento das Equipes de Nossa Senhora brotou em nossa cidade de Volta Redonda – RJ em 2006, vindo da Diocese vizinha de Valença, que nos apadrinhou até 2011. A partir daquela data ficamos ligados diretamente à Região Rio II. Neste ano de 2014, foi criado o Setor Volta Redonda, com 5 equipes estabelecidas, vibrantes e 2 novas experiências comunitárias em andamento. Mais uma graça alcançada foi de que para as 5 equipes atuais, nós temos 5 SCEs diferentes, um para cada equipe, e com outros 2 padres já convidados a vivenciarem as Pilotagens vindouras. O Discernimento Em Julho do ano passado aconCM 487

teceu uma reunião de discernimento em que os casais membros do Colegiado Volta Redonda indicaram 3 nomes para que a Região e a Província Leste, sob a luz do Espírito Santo, analisassem e indicassem o possível casal a assumir a missão de ser o primeiro CRS do Setor recém criado. Entre os nomes avaliados e escolhidos estava o nosso e nós éramos, até então, o Casal Ligação Regional. E ao sermos convidados oficialmente, tivemos sentimentos ambíguos: de um lado, felizes pela escolha; de outro, apreensivos pela responsabilidade e assustados pelo desafio ora apresentado. No entanto, com a certeza de que fomos indicados por Deus, e que tivemos a benção de Nossa Senhora, nos colocamos à disposição, 25


pois bem sabemos que “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos”. O Apoio dos Equipistas E nesse sentido, logo na semana seguinte ao convite, tivemos em nosso agora já Setor, a realização do Mutirão-2014, onde fizemos o anúncio da “novidade”. O Mutirão transcorreu num clima de alegria e descontração com a participação ativa dos equipistas de todas as 5 equipes, onde aprofundamos o livro tema “Reunião de Equipe”. O Apoio da Região e Província A seguir, em outubro/14, participamos do Encontro Provincial em Belo Horizonte, quando tomamos posse e tivemos nosso envio para a missão. Nesse encontro tivemos a companhia do nosso SCE do Setor, Pe. Carlos Henrique, o que nos animou e nos fortaleceu. Mais uma vez, saimos fortalecidos e motivados a darmos passos

mais seguros e consciente do nosso desafio. O Desafio O desafio primordial será estarmos bem estruturados, com a premência de estarmos em unidade com o Movimento, acolhendo, incentivando, motivando de forma que todos os equipistas sintam a presença constante do seu CRS, aquele amigo com o qual todos podem contar a qualquer momento e em qualquer situação. Importante, também, será montarmos uma Equipe de Setor bastante unida, em pensamentos e ações, principalmente valorizando a missão dos Casais Ligação em sua caminhada junto às equipes por eles ligadas. Que Deus nos abençoe e Nossa Senhora esteja sempre ao nosso lado, passando à frente cada vez que fraquejarmos na caminhada, puxando-nos e levando-nos a portos mais seguros.  Carminha e Paulinho CRS Volta Redonda-RJ

UM MILAGRE A CADA DIA Ano passado, no dia 04 de outubro, nossa filha mais nova, Maria Eugênia, sofreu um acidente numa academia. Ela caiu e fraturou a coluna, perdendo o movimento das pernas. Pela graça de Deus ela não morreu naquele momento, porque a queda poderia ter sido fatal, ela estava de cabeça para baixo. Deus modificou a trajetória do corpo e ela caiu sentada. Naquele momento começava 26

uma longa história de esperança e fé em Deus. Ela passou por uma cirurgia muito delicada, mas tudo foi muito bem. Os exames mostravam que a medula havia sido danificada; porém, na cirurgia foi visto que a medula estava apenas comprimida. No dia seguinte após a cirurgia o médico mandou ela fazer o movimento que conseguisse CM 487


com as pernas e ela moveu um único músculo da perna e o médico disse: você vai andar. No dia de ter alta do hospital foi descoberta uma hemorragia e fomos informados que o estado de saúde dela havia involuído de grave para gravíssimo porque ela estava também com uma infecção no osso. Não desanimamos, nem ela. Estava sempre de bom humor e alegre. As orações dos irmãos de equipe, de todo Movimento por este Brasil afora, dos nossos amigos, nossa Paróquia e outras tantas Paróquias que celebraram tantas Eucaristias pela recuperação da nossa filha, nos fortaleciam e fortaleciam nossa filha. Ela nunca desanimou, estava sempre com um sorriso no rosto. Após 27 dias no hospital, dias de esperança e fé, voltamos para casa. Ela não movia um só dedo do pé, estava paralisada da cintura para baixo. E a previsão para ela andar era de um a dois anos. Nos unimos em família, para cuidar dela dia e noite, eram 24 horas por dia. Após a primeira visita do fisioterapeuta, um anjo, que a acompanha até hoje, ela mexeu os dedos de um pé e uma perna. Os movimentos foram evoluindo, era um milagre a cada dia. Em cada movimento, sentíamos a mão de Deus, era motivo de muita alegria e ação de graças a Ele. Ela teve que reaprender a andar. No mês de dezembro, Deus nos deu mais um grande presente: nossa filha deu os primeiros passos. Ela passou pela cadeira de roCM 487

das, andador, muletas e, atualmente, ela usa bengala. Sabemos que devemos tudo isso à bondade e ao amor de Deus, às orações de todos os nossos irmãos equipistas, amigos e até desconhecidos que rezaram por nossa filha. Em setembro, já com 11 meses de caminhada, fomos ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida para agradecer tantas graças derramadas em nossas vidas. Quando completou exatamente um ano do acidente, nossa filha conseguiu caminhar o seu 1º. Km. Ela fez uma caminhada, com amigos, toda a família, tios, fisioterapeutas, psicóloga, e pessoas até que só conheciam a história pelos meios de comunicação e que seguem seu exemplo de força e coragem para também se livrarem de traumas sofridos. Agradecemos a Deus por todas as bênçãos e graças derramadas em nossas vidas. Agradecemos a nossa boa mãe porque salvou nossa filha na hora da queda, sabemos que foi sua Santa mão junto com o seu amado Filho que ali estavam. No nosso coração só há lugar para alegria e paz porque sabemos como é grande o amor de Deus por nós. Nós vivenciamos e vimos um milagre a cada dia. Vivemos o que está escrito no livro de Jó 42, 5: “Conhecia-te só de ouvido, mas agora viram-te meus olhos”.  Maria e Amâncio - CRR PE 1 Eq.01B – N. S. da Conceição Jaboatão dos Guararapes-PE 27


HOSPITALIDADE Caríssimos irmãos e irmãs, leitores da Carta Mensal: estamos usando este veículo importantíssimo que permite a comunicação além fronteiras para dar o nosso testemunho do quanto é importante a hospitalidade. Eu, Léo, estava com uma viagem de serviço agendada para participar do 8º Congresso dos Secretários das Universidades Brasileiras, na cidade de Curitiba/PR, no período de 29/09 a 02/10/2014. Pensei que seria uma boa oportunidade para Aninha (esposa) e Liddiane (filha) irem comigo para conhecermos a cidade de que tanto ouvíamos falar bem. Porém, as condições financeiras não permitiam. Foi então que pensei na possibilidade de obtermos um apoio logístico e/ou uma hospitalidade. Fiz um contato telefônico com o Secretariado Nacional solicitando os contatos de Jussara e Daniel, Casal Comunicação da Super-Região Brasil, na época. Dias depois recebi um contato telefônico do Daniel, informando que havia repassado o meu e-mail para o CRR do Paraná - Dirlene e Henrique, com quem passamos a trocar e-mails e telefonemas. Quando estava bem próximo da viagem recebi uma ligação telefônica da Dirlene informando que nós ficássemos tranquilos, pois seríamos acolhidos pelo casal Ana Maria e Luiz Mário. Ficamos radiantes de alegria e passamos a meditar o quanto Deus é maravilhoso. Ele toca no coração das pessoas, impulsionando-as a praticar o acolhimento/hospitalidade. É extraordinário esse nosso Movimento das ENS, 28

que possibilita-nos acolher pessoas que há até pouco tempo nem conhecíamos. Caríssimos, nós vivenciamos essa experiência do acolhimento/hospitalidade proporcionado pelo casal Ana Maria e Luiz Mário, que abriu o seu lar e coração, sem medir esforços, e nos mostraram os vários pontos turísticos da cidade. Não podemos esquecer do casal Dirlene e Henrique que também nos proporcionaram uma tarde/noite de passeio, além de um encontro com os casais do Colegiado da Região Paraná e, nessa noite, aconteceu uma boa conversa, além de música ao vivo. Então, por falta de palavras para agradecer, utilizamos as palavras que São Paulo usou em sua carta aos Romanos 15, 13: “Que o Deus da esperança encha vocês de completa alegria e paz na fé, para que vocês transbordem de esperança, pela força do Espírito Santo”. Somos gratos por tudo que fizeram por nós. Um grande beijo no coração de cada casal.  Aninha e Léo Eq.05C - Natal-RN CM 487


“Ter, a cada ano, um tempo suficiente para se colocar num lugar isolado, diante do Senhor, se possível em casal, num retiro que permita uma reflexão sobre a sua vida, na presença de Deus.”. “O retiro é um tempo privilegiado de parada, de escuta, de oração e uma oportunidade de renovação espiritual. É também um tempo forte para voltar-se para dentro de si mesmo e fazer um exame geral de vida, sobretudo sobre o nosso caminho de crescimento.” (GUIA DAS ENS). Ao propor “nenhum Equipista sem RETIRO”, o MENS tem em conta não existir melhor oportunidade para uma experiência com Cristo. O tema de estudo do ano, “OUSAR O EVANGELHO”, nos interpela: “Descobrirmo-nos e deixarmo-nos convidar” por Jesus. Por isso, o lema de 2014 foi um convite objetivo: “ACOLHER E CUIDAR DOS HOMENS” (‘Mestre, que hei de fazer para possuir a vida eterna?’). Começaremos um novo percurso para pôr

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a render uma herança que o Senhor nos deixou e nos facilita o caminho através da sua Palavra. Sentimos que cada Retiro é único e que nenhuma experiência vivida se repetirá. Assim, nosso Retiro vivido em casal, aconteceu num clima de despojamento, abnegação, renúncia, humildade e muito silêncio. Foi um momento único de revitalização do nosso crescimento espiritual, com o “propósito de falar pouco para escutar muito; para escutar mais que palavras humanas; para escutar a voz do Espírito Santo”. Saímos de lá indagando: A quem me envia o Senhor? – De quem tenho de me fazer próximo? – Que feridas à minha volta precisam de ser curadas? – Que pessoas, que relações preciso deixar e confiar a outro, para poder continuar e amar livremente? Tivemos também mais uma o p o r t u n i d a de de c oloc a rmos em prática não só o nosso CARISMA, como a MÍSTICA do nosso Movimento: a Espiritualidade Conjugal. Estar reunidos em nome de Cristo, dar testemunho de casal cristão e nos ajudar mutuamente, através de reflexões profundas proferidas pelo nosso amado SCE, Padre Márcio Roberto e pelo AET, Diácono Lourenço Junior, além de momentos únicos, como Celebração Eucarística, o Santo Terço e Adoração ao Santíssimo.  Katia e Carlos CR - Setor C Região Alagoas 29

Partilha e Pontos Concretos de Esforço

MAIS SILÊNCIO, MAIS “DEUS”


Reflexão

Caminho da Santidade A busca ou o caminho da Santidade passa por dois aspectos (lugares) importantíssimos. A Humildade e o Perdão! Falar, escrever, digamos, é fácil. O que importa são nossas a t i t u d e s , p o rq u e h u m i l d a d e tem a ver com enxergar as necessidades dos outros. É quando, olhando no espelho, não nos vemos, mas enxergamos o outro, o nosso irmão. Já perdoar diz muito mais a nós. Perdoar, em aramaico, quer dizer cancelar, remover. Remover de dentro do nosso coração aquilo que dói e que nos faz amargos. O ato de perdoar não apaga o que foi feito pelo outro, mas o fundamental é que perdoando abramos o nosso coração, removendo aquilo que dói e dando espaço para o AMOR. O Papa Leão XIII, no seu livro “A Prática da Humildade”, deixou-nos vários ensinamentos. Logo no prefácio ele diz: “O fundamento da perfeição Cristã é a Humildade”, “Fim que consiste não só em alcançar vossa santificação, mas também em promover a dos demais, ampliando o reino de Cristo com os mesmos meios que Ele empregou durante a sua vida mortal, e a humildade de coração foi seu principal ensinamento.”. Mais à frente: “Mostra-te, enfim, humilde e amável para com todos, principalmente com aqueles por quem sentes repugnância ou aversão; e não ames como alguns que dizem: Deus me livre de odiar tal pessoa, porém, não a posso ver a meu lado, nem tampouco quero tratar com ela”. Portanto, pense bem antes de rezares o Pai Nosso: Seja feita a Vossa vontade, e não a minha. Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. Fin alizan d o : H u m i l d a d e e P e rd ã o , i rmã os s ia me s e s caminhando rumo à Santidade.  Donizeti da Silvia Eq.07 - Madre de Deus Mogi das Cruzes-SP 30

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Ao ler os escritos de Dona Nancy Moncau, sentimos a importância de mergulhar de corpo e alma na origem do Movimento, pois cada detalhe nos enche os olhos e nos transporta para aquela época, nos faz um daqueles jovens casais, desejosos de viver o nosso batismo e principalmente nosso matrimônio. De alimentar cada vez mais com a força da oração o nosso compromisso com o Plano de Deus. Nesse sentido, vamos tentar, em poucas palavras, resumir o que foi o início do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Ousamos dizer que, inspirada pelo belo exemplo da família de Nazaré, uma mulher foi a responsável de dar o primeiro passo, buscando junto ao Pe. Caffarel conselhos sobre a vivência espiritual de seu matrimônio. Esta mulher foi Madeleine d’Heilly. E como boa discípula, acatando a sugestão do sacerdote, dias depois está na presença do padre junto com seu esposo Gérard. Incrível como à medida que avançamos na leitura vamos nos identificando com esse casal, uma vez que não desejam ser os únicos a se beneficiarem dos conselhos sacerdotais e levam consigo alguns casais amigos, jovens como eles e atuantes na igreja. E é assim, que em 25 de fevereiro de 1939 em Paris, na França, Pe. Caffarel e quatro casais reúnem-se para buscarem uma resposta sobre a vivência espiritual do Sacramento do MatrimôCM 487

Formação

UM MERGULHO NA ORIGEM DAS ENS Paris 1945

nio. Dessa forma, acreditamos que aí teve início a primeira Equipe de Nossa Senhora, que naquela época denominava-se “Grupo Nossa Senhora das Famílias”. Veio a segunda guerra mundial e com ela a separação desse primeiro grupo, ao mesmo tempo em que se formou um segundo grupo que também foi separado. É maravilhoso ver que mesmo com a separação, a guerra não consegue acabar com a espiritualidade desses casais, que perseveram, e aos poucos outros grupos surgem e como frutos alguns princípios do Movimento se firmam, como a oração. Esta foi de fundamental importância para aqueles casais, principalmente pelo momento que estavam vivendo. Com o término da segunda guerra em 1945, é preciso recomeçar, e o Pe. Caffarel encontra no evangelho de Lucas (Lc 14, 28-32) a motivação para ajudar essas famílias que estão desgastadas pelos seis anos de sofrimento. Surge a partir dessa inspiração do Pe. Caffarel o nosso Dever de Sentar-se. O próprio Pe. Caffarel acrescenta: “Cristo, neste capítulo de Lucas, convida seus ouvintes à prática do dever de sentar-se, um dever ignorado, neste século de velocidades vertiginosas”. Com o pós-guerra, os grupos de casais multiplicam-se rapidamente com a ajuda do Pe. Caffarel, que resolve estruturar o Movimento 31


dando-lhe regras. Em outubro de 1947 são apresentadas as linhas principais desse documento que é oficialmente proposto às equipes no dia 08 de Dezembro do mesmo ano, em uma missa onde se celebrava a festa da Imaculada Conceição. Em Janeiro de 1948 foi publicado o primeiro número da carta mensal. A partir daí, sob a proteção da Virgem Maria e com a publicação da Carta, o Movimento passou a denominar-se “Equipes de Nossa Senhora”. O Brasil foi o primeiro país de língua não francesa a receber as Equipes de Nossa Senhora. O movimento chegou pela iniciativa de um jovem casal Nancy e Pedro Moncau. Esse casal escrevera uma carta ao Pe. Caffarel em 30 de novembro de 1949, pedindo informações sobre os Grupos de Casais que o Pe. Henri Caffarel citou na edição do L’Anneau d’Or (revista da época). Após uma troca de correspondências entre Pedro Moncau, Pe. Henry Caffarel e Gérard d’Heilly, que foi o primeiro casal de ligação, é lançada a primeira equipe brasileira em S. Paulo, a 13 de maio de 1950. Esse é um breve relato da origem das ENS, retirado do livro de Dona Nancy Moncau: “ENS – Ensaios sobre seu histórico”, que nos presenteia com uma riqueza de detalhes, desde os primeiros passos e as dificuldades encontradas, até sua sedimentação no mundo. Dentre tantos detalhes, um dos que mais nos impressionou foi o zelo do primeiro casal ligação pelo Movimento, já na primeira carta datada de 25 de abril de 1950, ao então casal Nancy e Pedro Moncau, antes mesmo do lançamento da primeira 32

equipe no Brasil. Suas considerações gerais são verdadeiras pérolas, vejamos: “desde o início estabeleça as relações entre equipistas num plano de simplicidade. Se for feita uma refeição em comum, que não haja nenhuma ostentação, cada qual receba em sua casa de acordo com seus hábitos, mas evitando toda preocupação mundana. Cuide para que haja grande abertura entre os casais (...). Saber pôr em comum as intenções, os problemas que apresentam a cada um, na sua vida familiar e profissional. A equipe é feita para dar apoio a cada um, na sua marcha para Deus, e para ajudá-los a carregar todos os seus fardos, todos os seus encargos e responsabilidades (...). Ponha em destaque a seriedade. Não se trata de fazer muito, de acumular obrigações, mas de fazer tudo correta e profundamente”. Sem nenhuma dúvida, são orientações atuais que devem ser seguidas ainda hoje. Outro detalhe importante é ver que desde sua origem as ENS contaram com a presença do Sacerdote. A equipe de casais, “reunida em nome de Cristo” e constituindo uma pequena célula de seu Corpo, tem necessidade do sacerdote que representa o Cristo, e faz dessa equipe uma verdadeira pequena comunidade de fé (ecclesiola). Afirmava o Pe. Bernard Oliver: “No seio da pequena Igreja encontra-se a riqueza espiritual que decorre das duas formas de sacerdócio: o sacerdócio ministerial e o sacerdócio dos fiéis”.  Terezinha e Ronaldo Monteiro Eq.02A - N. S. das Graças Manaus-AM CM 487


O CASAL RESPONSÁVEL DE EQUIPE São vários os aspectos que devem caracterizar um Casal Responsável de Equipe: sendo criativo, utilizando boas técnicas e diferentes dinâmicas, permitirá que a equipe saia do desânimo, reavivando assim a pertença ao Movimento. Não há nada mais desestimulante do que uma equipe apática, com reuniões frias, onde seus membros já sabem que a mesmice acontecerá em todas as reuniões. O Casal Responsável de Equipe deve atender com entusiasmo o chamado do Senhor: sua escolha é feita através dos membros da equipe, não por merecimento, mas pela vontade dEle; e se Deus confia ao casal essa responsabilidade, sua resp o sta d eve s e r a d e permanecer sempre fiel a essa vontade. Ter coerência entre fé e vida, porque isso dará credibilidade ao seu testemunho e confiança aos casais de sua equipe. Buscar na oração as respostas para as necessidades espirituais da equipe, ter entusiasmo, coragem e atitudes firmes; animar, motivar, estar atento, mas também ter consciência de que CM 487

não é o “dono da equipe”, que sua função é temporária e que não é insubstituível. Na reunião preparatória, com o SCE e o Casal Animador, programar o roteiro da Reunião Mensal, analisar a Reunião anterior, pontos fortes e fracos; avaliar como está a Vida da equipe, a vivência dos PCEs, para que os Animadores entreguem este Roteiro com antecedência. Com isso, o CRE permanecerá em perfeita sintonia com o Movimento, motivando os casais para a leitura da Carta Mensal, documentos, m a n u a i s , as s im c omo pa ra a Contribuição mensal, para que a equipe assuma as responsabilidades solicitadas, e também para a oração diária do Magnificat. Terminado o tempo dessa função, agradecer ao Senhor pela confiança que lhe foi depositada, com a proteção de Maria, a valiosa ajuda do Sacerdote Conselheiro Espiritual e a colaboração de toda sua equipe.  Erenita e Attanazio Eq.02B - N. S. das Vitórias Brasilia-DF 33


A Oração Litúrgica na Reunião de Equipe Queridos irmãos e irmãs em Jesus Cristo! Paz e Bem! Como Movimento, consideramos o momento da Partilha como o “coração”, o ápice da reunião mensal. Mas, como Igreja, cremos que o momento forte é o da Oração Litúrgica, quando rezamos em unidade com todo o povo de Deus. Esta é a razão de partilharmos nossa reflexão sobre a Oração Litúrgica com nossos queridos companheiros de caminhada nas Equipes de Nossa Senhora. Os Estatutos das Equipes de Nossa Senhora, em seu original (1947), assim se manifestavam sobre a Oração em comum (Litúrgica): “Para que esta oração em comum dilate os corações e os faça pulsar, segundo o ritmo da Igreja, comportará salmos, orações e hinos do breviário e do missal, que serão propostos às Equipes, na Carta Mensal.”. No início, as Cartas Mensais traziam diversas sugestões baseadas em hinos, salmos, ladainhas e outras formas. A partir de 1960 começa uma proposta mais constante na sugestão dos salmos. O que é essencial é que a nossa oração tenha ligação, pela liturgia, com a Igreja, por várias razões. Para situar a nossa pequena Ecclesia, no dizer do Pe. Caffarel, na comunidade universal da Igreja de todos os tempos, 34

para que não seja uma capelinha, mas sim célula de um grande corpo, e para vivermos em unidade com os outros cristãos de todas as épocas e de todos os continentes. Também é uma garantia de ortodoxia. Não é tão fácil fazer uma boa oração, e fazer uso das orações oficiais da Igreja é dar provas de prudência e de humildade. A maior parte das equipes faz uso da oração litúrgica mas, na realidade, parece que se trata mais de uma submissão, mais por obediência e hábito do que por necessidade. A impressão que se tem, talvez erradamente, é que esta parte da oração é “cumprida” sem mais nada e há, sem dúvida, um esforço a realizar, para que ela adquira um valor mais autêntico. O objetivo desta oração litúrgica é unir-nos à grande oração da Igreja, aos que todos os dias, no mundo inteiro, participam da missa, recitam o ofício, cantam a glória de Deus. Vejamos o que nos diz a respeito um documento muito importante, escrito pelo Dr. Pedro Moncau, “O Espírito e as Grandes Linhas do Movimento”: “Na reunião, esta união se realiza pela intenção mesmo que nos congrega; pela presença do Conselheiro Espiritual que está junto de nós na qualidade de ministro da Igreja; pela oração litúrgica, sempre escolhida dentre as riquezas da Igreja” CM 487


Sempre é bom lembrar de uma das palestras mais significativas feitas pelo Pe. Caffarel, quando de uma de suas visitas ao Brasil, denominada “ A Ecclesia:

O fervor de uma reunião de cristãos, o fervor da própria oração, não realiza necessariamente uma autêntica assembleia cristã. Esta pequena reunião poderia não ser mais do que uma seita. E quantas seitas, com efeito, deram o exemplo de grande fervor. Mas Cristo nelas não estava presente, não eram uma Ecclesia. Qual a razão? É porque não viviam tudo isto dentro da Igreja. Se a minha mão é cortada, separada de meu corpo, minha mão perece; se o ramo é quebrado da árvore, o ramo apodrece. Se a pequena Ecclesia é cortada da grande Ecclesia, a pequena Ecclesia não é mais uma Ecclesia, mas apenas uma reunião qualquer. É bem por isso que nos Estatutos das Equipes de Nossa Senhora achase escrito: “Evocam-se na oração, para adotá-las, as grandes intenções da grande Igreja”. Daí também esta obrigação dos CM 487

Estatutos, a oração litúrgica obrigatória, porquanto a oração litúrgica é a voz da grande Igreja que ecoa na pequena Ecclesia. Em uma palavra, se a pequena Ecclesia não lançar raízes na Igreja, não passará de uma seita”. Concluindo, nas nossas reuniões lembremo-nos sempre da razão pela qual estamos rezando a Oração Litúrgica. Podemos constatar por que este momento da reunião de equipe é tão precioso: os recentes apelos do Papa Francisco para que a Igreja reze pelo fim dos conflitos na Síria, no Iraque, no Oriente Médio, pelo fim das perseguições religiosas na Nigéria, pela paz nos vários países em conflito, pelos cristãos perseguidos, pelo Sínodo da Família, rezar por ele próprio, pelas necessidades de nossa Igreja local e assim por diante. Vamos re za r e m uni da de c om nos s a Igreja, colocando essas e outras intenções similares na nossa Oração Litúrgica. A propósito, releiam na Carta Mensal n 0 482, do mês de agosto de 2014 o artigo do Padre Miguel Batista, com ênfase no seu final, onde ele menciona: “Portanto, fica mais do que claro que em nome da unidade, as Equipes de Nossa Senhora não têm liturgia própria. A LITURGIA DO MOVIMENTO É A LITURGIA DA IGREJA”.  Com nosso fraternal abraço, Maria Regina e Carlos Eduardo Heise Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP 35


3º Encontro Nacional

Peregrinos? Sim. Turistas? Não. Queridos irmãos equipistas, estamos em pleno tempo de preparação para o 3º Encontro Nacional a realizar-se em Aparecida, no período de 30/06 a 03/07/2015, sendo o Tema “Matrimônio Cristão - festa da alegria do amor conjugal” e o Lema - “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Integrantes da Comissão Organizadora, na função de Casal Coordenador do Transporte, queremos partilhar com vocês nossa reflexão sobre Peregrinação, baseada na fala de Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro, em preparação para a Jornada Mundial da Juventude – 05/07/2013 CNBB. Nosso objetivo é contribuir com o preparo espiritual de vocês quanto à Postura de Peregrino que devemos assumir, para usufruirmos das bênçãos que o Espírito Santo nos tem reservado para este 3º Encontro Nacional. A peregrinação da nossa vida consiste em seguirmos o caminho de Jesus. Precisamos estar motivados para a Caminhada. Pe. Caffarel em seu editorial “Cristão, um homem em marcha”, afirma: “Para o cristão, o que vale é sua motivação. É medíocre aquele que se dirige com moleza. Santo é o que aspira ardentemente ao grande encontro.”. Não podemos ir a Aparecida para fazer turismo. Vamos a Aparecida para um encontro amoroso com o Cristo Ressuscitado abrindo nosso coração e nossa alma para acolher o Cristo e sua mensagem. 36

Ainda no editorial, Pe. Caffarel afirma: “Nestes lugares de peregrinação, Deus nos reserva graças que nos fazem desejar a Sua presença e nos ajudam a caminhar alegremente para Ele”. Desde setembro de 2013, em colegialidade de oração e serviço, nos empenhamos para proporcionar-lhes, durante todo o período do Encontro Nacional, condições que facilitem o deslocamento com segurança e conforto, buscando atender suas expectativas e contribuindo para o bom andamento do evento. Assim, todos os inscritos no Encontro Nacional terão direito ao transporte interno. Os que optaram pelo transfer terão também o transporte de São Paulo a Aparecida, ida e volta. Não se esqueçam de que a peregrinação se iniciou desde o momento da nossa adesão e que iremos ao Encontro Nacional para encontrar Jesus, para ouvir o que Ele tem a nos dizer e para continuar sendo “na Igreja e no mundo de hoje sinais de esperança e fermento de gerações que acreditam na vida, dando testemunho de que o Sacramento do Matrimônio é caminho de Amor, Felicidade e Santidade” (Carta de Brasília). Que o Espírito Santo nos conceda as graças necessárias para assumirmos o serviço missionário que Deus nos tem reservado para este Encontro Nacional. Amém!  Maria do Carmo e José Renato Casal Coordenador do Transporte do 30 Encontro Nacional CM 487


Notícias

BODAS DE OURO

Maria Norma e Paulo Márcio Em 04/07/2014 Eq.06A – N. S. Mãe dos Homens Rio de Janeiro-RJ

Vicky e Antonio Paula Souza Em 08/11/2014 Eq. N. S. do Diálogo São Paulo-SP

Marly e Salvador em 04/10/2014 Eq.010 - N. S. das Dores Niterói-RJ

Lucy e Manoel em 12/09/2014 Eq. N. S. de Fátima Porto Alegre-RS

Janete e Paulo em 17/10/2014 Eq.04B – N. S. de Fátima Belém-PA

Antônia e Rubens em 17/12/2014 Eq.091 - N. S. do Rosário São João da Boa Vista-SP

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BODAS DE PRATA Geane e Josa em 22/11/2014 Eq.09 - N. S. da Saúde Pão de Açúcar-AL

ORDENAÇÃO DIACONAL

Henrique João Gonçalves da Juçara, foi ordenado diácono permanente no dia 06/12/2014. Eq.03C – N. S. do Santíssimo Sacramento Rio de Janeiro-RJ

ORDENAÇÃO SACERDOTAL

Pe. Marcelo Cândido Pádua SCE das equipes 1, 4 e 9 de Astorga-PR, ordenado em 25 de abril de 2014. 38

Jefferson Antônio da Silva Monsani SCE das Equipes 4 – N. S. da Alegria, e 15 – N. S. do Bom Parto, ambas do Setor Araçatuba-SP, ordenado diácono em 11/07/2014.

LANÇAMENTO DE LIVRO Frei Luiz Pinheiro Sampaio No dia 03/10/2014, SCE da Equipe 6 do Setor A de Goiânia, lançou um livro intitulado “Poesia de Resiliência”. Quem quiser adquirir, basta ligar na Paróquia Santo Antônio: (62) 3241-0216

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ANIVERSÁRIO DE EQUIPES

30 anos da Eq.05H – N. S. Aparecida Fortaleza-CE

25 anos da Eq. N. S. Mãe das Vocações Florianópolis-SC

JUBILEU DE OURO SACERDOTAL

Pe. Waldery Rocha no dia 06/12/2014 SCE Eq.01 – N. S. das Graças Cruz-CE

JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL Pe. João Passadori no dia 25/11/2013 SCE da Eq. 02 - N. S. do Bom Parto Vinhedo-SP

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Pe. Sylvio Fernando Ferreira no dia 29/06/2014 SCE das Eq.02A - N. S. da Paz; Eq.03A - N. S. das Graças e Eq.07A - N. S. da Confiança Catanduva-SP

vida consagrada

Irmã Olga 40 anos AET da Eq.09 - N. S. da Saúde Pão de Açúcar-AL 39


VOLTA AO PAI Gema (do Nailson), no dia 14/12/2014 Integrava a Eq. 13E N. S. da Imaculada Conceição São Paulo-SP

Maria (do Flávio), no dia 01/11/2014 Integrava a Eq. 7B N. S. da Paz Belém-PA

Leonor (do Edson), no dia 08/03/2014 Integrava a Eq. 1B N. S. Mãe de Deus Londrina-PR

Frei Amadeu Semin, no dia 28/11/14 SCE da Eq. 7 N. S. Aparecida e da Eq. 46 N. S. da Guarda Brasília-DF

Augusto Felipe (da Neuza), no dia 10/10/2014 Integrava a Eq. 1 N. S. do Carmo Louveira-SP Neuza B. Felipe (do Augusto), no dia 04/06/2014 Integrava a Eq. 1 N. S. do Carmo Louveira-SP Augusto e Neuza figuram entre os fundadores do Movimento no Setor Louveira

Hélio Julio Pereira da Silva (da Judith), no dia 26/05/2014 Integrava a Equipe N. S. das Graças Porto Alegre-RS Marilena de Andrade Lins (do Ulisses), no dia 20/09/2014 Integrava a Equipe N. S. Rainha da Paz Natal-RN

Vivaldo Serra (da Marilena), no dia 03/12/2014 Integrava a Eq. 8B N. S. da Paz Bauru-SP

Dilce (do Paulo) no dia 25/12/2014 Integrava a Eq. 3A Nossa Senhora das Graças Londrina-PR

Manoel (Bebé) (da Maria), no dia 31/10/2014 Integrava a Eq. 41 N. S. das Graças Capitão Poço-PA

Rosamaria (do José Luciano) no dia 17/01/2015 Integrava a Eq. 02C N. S. do Bom Parto São Paulo-SP

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Meditando em Equipe QUARESMA: “PENITÊNCIA” OU CONVERSÃO? Não basta nesse tempo fazer algum sacrifício ou penitência, no comer ou no beber, nem o mais importante é praticar alguma devoção. A Quaresma é tempo de revisar nossa vida, arrepender-nos de nossos erros, e procurar conversão para uma vida melhor. Isaías aponta-nos o caminho: Acaso é este o jejum que me agrada, / o dia em que o homem se mortifica? Curvar a cabeça como um junco, / deitar-se num leito de saco e de cinza? É a isto que chamais jejum e dia agradável a Javé? Não é antes este o jejum que eu prefiro: / quebrar as correntes iníquas, desatar os laços do jugo, / deixar ir livres os oprimidos e quebrar todo jugo? Não consiste em repartir o pão com o faminto, / introduzir em casa os desabrigados e vestir quem está nu, / sem desviar os olhos de tua gente? Então tua luz despontará como a aurora, / tua ferida será rapidamente curada. Diante de ti caminhará tua justiça, / e a glória de Javé te seguirá Então o invocarás, e Javé responderá; / clamarás, e ele dirá: “Eis-me aqui!” (Is 58,5-9) - Que falhas preciso corrigir mais urgentemente em minha vida? - Que vou fazer praticamente o quanto antes?

Oração Litúrgica (do Salmo 151) Tende piedade de mim, ó Deus, / conforme vossa misericórdia; Em vosso grande amor meus pecados apagai. Lavai-me de toda a minha culpa, / e purificai-me de meu pecado. Reconheço minha iniquidade / e meu pecado está sempre a minha frente. Contra vós, só contra vós eu pequei, / fiz o que é mal a vossos olhos ... Afastai de meus pecados vosso olhar, / apagai todas as minhas culpas. Criai em mim, ó Deus, um coração puro, / renovai em mim um espírito resoluto. Devolvei-me a alegria de ser salvo, / que me sustente um ânimo generoso. Abri, Senhor, meus lábios / e minha boca proclamará vosso louvor. Sacrifício para Deus é um espírito contrito; não desprezais, ó Deus, Um coração contrito e humilhado.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal


visite o site oficial do Encontro

www.ensaparecida2015.com.br

Equipes de Nossa Senhora Movimento de Espiritualidade Conjugal Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj 36 • 01310-905 • São Paulo - SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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