ENS - Carta Mensal 480 - Maio/2014

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Ano LIV• mai 2014 • nº 480

c a r ta Equipes de Nossa Senhora

IGREJA CATÓLICA Ascensão do Senhor p.6

FORMAÇÃO Não deixemos que nos roubem as forças missionárias p.26

Mensal

CAMPANHA DA FRATERNIDADE Tráfico humano p.28


CARTA MENSAL nº 480 • mai 2014

Editorial Da Carta Mensal ................................... 01

raízes do movimento Em defesa da oração............................. 24

Super-região Pe. José Jacinto Ferreira de Farias ......... 02 Em oração com Maria .......................... 03 “Homem e mulher Ele os criou” ............ 04

formação Não deixemos que nos roubem as força missionária............................................. 26 Reunião de equipe................................ 27

IGREJA CATÓLICA A ascensão do Senhor .......................... 06 Quaresma: tempo de graça e reconciliação...................................... 07 Os feridos à beira do caminho.............. 09 Amor sem cruz nunca será amor........... 11 Santificação do domingo...................... 12 CORREIO DO ERI Ligação para a zona eurásia .....................13 MARIA As sete palavras de Maria ..................... 15 PASTORAL FAMILIAR Encontro do papa com as famílias............ 17 TEMA DE ESTUDO Acolher e cuidar dos homens..................... 19 Cuidar do outro ......................................... 20 3o encontro nacional A comunicação, um dos elos do encontro nacional.............................. 21 Esclarecimentos e solicitação ................... 22

campanha da fraternidade Tráfico humano ...................................... 28 Cartaz da campanha da fraternidade 2014 ............................. 29 VIDA no movimento Província Sul I ....................................... 30 Sessão de formação ............................... 31 Província Sul II ...................................... 32 Noite de oração....................................... 35 Província Leste ....................................... 36 Província Centro Oeste.......................... 38 Sessão de formaçao ............................. 39 Província Nordeste................................ 40 CNSE Olá gente amiga.................................... 43 testemunho Nasce o setor Catende ........................... 45 Notícias ............................................. 47

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Cida e Raimundo N. Araújo - Equipe Editorial: Responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. Espiritual: Frei Geraldo de Araújo Lima O. Carm - Membros: Fátima e Joel - Glasfira e Resende - Paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos Imagem de capa: Andrea Mantegna - Apóstolos na Ascensão, 1506. Fitz William Museum - Diagramação: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 23.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


prepara o final na força extraordinária vinda do alto, provocada pela vivência do Evangelho e marca a chegada em Jesus, que transforma a água insípida do egoísmo em vinho forte de caridade fraterna. Mons. Marcelino dá o tom clerical, falando-nos da Ascensão do Senhor. Ele cita duas ascensões e a relação entre elas e afirma que a Ascensão é a curva do cumprimento da missão de Jesus nas etapas fundamentais da História da salvação: Encarnação, Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão. O casal Helena e Paul se apresentam como Ligação para a Zona Eurásia e nos dá uma ideia do espaço geográfico e dos países que a compõe. Terezinha e Nero e Maria Teresa e Odir contam com grande emoção o encontro com o papa Francisco, na Peregrinação das Famílias, e em que circunstâncias aconteceu. Vera e Zé Renato e Sônia e Antônio Carlos nos alertam para alguns atropelos na logística do 3º Encontro Nacional, dão orientações, pedindo todo o apoio e compreensão. Esses artigos que referimos é apenas um pouco do muito que nossa carta nos traz nas outras bandeiras: testemunhos de vida, experiências vividas nos eventos e, de modo especial, os relatos e testemunhos dos EACREs. Esperamos que leiam com todo o carinho.  Zezinha e Jailson CR Equipe da Carta Mensal

Tema: “Ousar o Evangelho - Acolher e cuidar dos homens ” CM 480

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Editorial

Queridos Irmãos Este mês, nossa CM é aberta pelo Pe. Jacinto Farias, SCE da ERI, que inicia relacionando o carisma e a missão das ENS de testemunhar na Igreja e no mundo a alegria de viver o ideal da santidade cristã no casamento, com o assunto escolhido pelo papa Francisco, para o próximo Sínodo dos Bispos: família ou os desafios pastorais da família no contexto da nova evangelização. Lembra que Bento XVI nos chamava a viver a verdade. Agora, o Papa Francisco nos exorta a viver a alegria do Evangelho; alegria que vem de dentro, do coração pacificado pelo amor de Deus. No mês das mães, Cida e Raimundo fazem uma homenagem à Mãe Santíssima, com singeleza. Centram no Magnificat o mistério do fortalecimento da ajuda mútua pela oração sem cessar nos cinco continentes e exclamam pela sorte de as ENS terem Nossa Senhora como protetora. Inspirado, o casal Fátima e Canêjo constrói um caminho literário nos colocando nele e para conhecer as suas nuances. O caminho começa na graça da família equipista em contar com um tema perfeitamente sintonizado com a mística do Movimento; continua com a constituição do casal; cria um atalho para uma vida conjugal compreendida no chamado para assumir, na Igreja, a vocação matrimonial; sacramenta o percurso nas bodas de Caná, no milagre do vinho e do casamento;


Super-Região

Caríssimos Equipistas Este ano de 2014 é marcado, a nível da Igreja, pela preparação para o próximo Sínodo dos Bispos, que terá como tema a família ou os desafios pastorais da família no contexto da nova evangelização. Para nós, como Movimento, é um tema que nos interessa muito particularmente, pois temos como carisma e missão testemunhar na Igreja e no mundo a alegria de viver o ideal da santidade cristã no casamento. Depois da Lumen Fidei, a primeira encíclica do Papa Francisco, recebemos a sua exortação apostólica na qual nos convida a viver a alegria do Evangelho. Este é um tema no qual o Papa Francisco tem insistido desde o princípio do seu pontificado. Se em Bento XVI nós tínhamos a preocupação pela verdade, tema tão importante no qual nos devemos sempre empenhar, pois, como diz Jesus, só a Verdade nos libertará (Jo 8,32), agora o Papa Francisco convida-nos a viver e a testemunhar a alegria de sermos o que somos, de sermos cristãos, nos diversos estados e condições de cada um. Sabemos que o mundo de hoje não nos dá grandes motivos de alegria. Conhecemos também os problemas gravíssimos que ameaçam e que ferem a família, problemas que são transversais a todos os continentes e culturas. Mas a alegria que o Papa Francisco nos convida a testemunhar é aquela 2

que vem de dentro, do coração pacificado pelo amor que Deus coloca nos nossos corações, se deixarmos que Ele nos envolva com a sua graça e a sua misericórdia. O questionário que foi enviado a toda a Igreja apresenta um diagnóstico sobre a situação da família hoje no mundo, e considera que uma das causas da atual crise por que passa a família, ao nível intra-eclesial, se encontra no enfraquecimento ou abandono da fé na sacramentalidade do matrimónio e no poder terapêutico da penitência sacramental. Não podia ser mais rigoroso o diagnóstico. Ora, aqui temos um programa muito importante para nós como Movimento, para cada casal e para cada equipe: aprofundarmos e renovarmos a nossa fé nos sacramentos que suportam toda a nossa vida, na santidade do matrimônio que se vive acolhendo a graça do sacramento da penitência e alimentando-a na Eucaristia. Aqui está, caríssimos Casais, uma forte interpelação para aprofundarmos o nosso carisma e a nossa missão na Igreja, a partir da vivência e celebração destes sacramentos, sem os quais não há progresso na vida espiritual. Espero que estejais todos bem. Saúdo-vos com muita amizade e imploro para todos vós a abundância das graças e bênçãos de Deus.  Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scj SCE da ERI CM 480


em oração com maria Queridos irmãos equipistas: Que melhor mês haveria para conversarmos um pouco sobre a oração que é tão cara ao Movimento e aos seus membros - o Magnificat? Quão abençoadas são as ENS, por se colocarem sob a proteção de Maria, a Mãe d´Aquele que é o centro da vida espiritual dos equipistas! Inspirado por Deus foi o Pe. Caffarel quando entendeu que, para chegar a Cristo, não há melhor guia que a própria Mãe do Salvador. Diz o Cardeal Eduardo Pirônio que “fazer o caminho com Maria é ter a certeza de que Ela nos dá continuamente a Jesus, de que nos ajuda a descobrir cotidianamente o seu rosto e nos prepara para o encontro com o fruto bendito de seu ventre”. E aqui estamos nós, um grande contingente de pessoas do Brasil e do mundo, que, numa “submissão de homem livre”, deseja se comprometer a seguir este caminho de esperança, cantando e louvando com MARIA as maravilhas que o Senhor fez e faz em nós. O Magnificat, a oração comum das Equipes de Nossa Senhora, que é rezada por cada membro do Movimento, reúne invisivelmente todos os casais numa prece universal, em intenção dos equipistas e como oração de intercessão por todos os casais presentes nos cinco continentes. Tenhamos a certeza de que, de forma misteriosa, de momento a momento, haverá em algum lugar CM 480

do mundo, um ou mais casais rezando a Oração das Equipes pelos demais. Isso é nada mais, nada menos do que a prática do auxílio mútuo na oração – característica própria de um Movimento de espiritualidade. Nossa rotina equipista, deve ser, pois, rezarmos juntos, rezarmos uns com os outros e também uns pelos outros, com alegria e confiança. Especialmente neste mês dedicado à Mãe de Jesus, peçamos-lhe, como nossa padroeira e intercessora, que nos ajude a servir a Deus sempre mais perfeitamente, acolhendo e cuidando de seus pequeninos, os anawin. Confiemos à Virgem Maria a fecundidade de nossos “sins” à vida pessoal, conjugal e familiar; à nossa missão nas Equipes e na Igreja, unindo-nos, cotidianamente, a Ela no Magnificat. Carinhosamente unidos em oração,  Cida e Raimundo CR Super-Região 3


“HOMEM E MULHER ELE OS CRIOU” (Gn 1,27)

Deus tem para eles. “Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer uma auxiliar que lhe corresponda” (Gn 2,18), grande mistério, nos lembra São Paulo na Carta aos Efésios, comparando o amor dos esposos com o amor de Cristo pela Igreja, sua esposa.

“Ousar o Evangelho – Acolher e cuidar dos homens!” Iluminados por essa divina inspiração, a família equipista é mais uma vez agraciada por Deus com um rico tema de estudo, profundamente sintonizado com a mística do Movimento, preciosa ajuda ao casal equipista, no seu compromisso conjugal, familiar e social. O homem e a mulher foram feitos para uma vida de comunhão, de relacionamento, de convivência fraterna. A Igreja entende o Matrimônio como vocação, chamado especial de Deus para que o casal viva todos os desafios e, particularmente, as alegrias e esperanças da vida a dois. Segundo o escritor sagrado, a mulher surge para que, juntamente com o homem, assumam o projeto de vida que 4

A terceira reunião do nosso tema de estudo 2014 traz como título: Aceitar o convite de viver o Evangelho a dois . Com a compreensão que temos de conjugalidade, querer viver o Evangelho a dois, está implícito no sim que demos um ao outro. Como casal equipista, temos consciência de que a oração conjugal é um dos mais difíceis Pontos Concretos de Esforço. Porém, sabemos que, ao sermos chamados por Deus para assumirmos na Igreja a vocação matrimonial, também a Bíblia passa a ser a “Bíblia do casal” e assim compreendemos o sentido da oração feita em casal. Isso nos faz recordar a belíssima oração conjugal que tantas vezes rezamos em nossos encontros: “Nossos mapas serão iguais, e traçamos juntos os mesmos roteiros, que conduzem às fontes escondidas, aos tesouros escondidos. Na mesma página do Evangelho encontraremos o Cristo; partilharemos na ceia o mesmo Pão ”. O texto bíblico que dá suporte à terceira reunião, narra CM 480


as Bodas de Caná (Jo 2,1-12). Uma Festa de Casamento onde Maria chegou primeiro, com a certeza para servir. Jesus e seus discípulos também foram convidados e marcaram presença. O primeiro milagre acontece e nos faz recordar a realidade inefável das relações de amor, de intimidade e de comunhão que Jesus, o Filho de Deus, veio estabelecer com toda a humanidade. Em Caná, Jesus diz a Maria, sua Mãe, a Mulher nova, que a sua hora ainda não havia chegado.

A intercessão de Maria antecipa o milagre, prenúncio do milagre por excelência, o grande casamento, que aconteceria no calvário, com a presença da mulher, Maria, iluminado pela sabedoria

da cruz, de onde brotou a salvação do mundo. Para que a festa dos noivos não acabasse, permanecesse a alegria e todos os valores que devem estar presentes na vida de um casal cristão, Jesus transforma a água em vinho. Vinho bom, de ótima qualidade, indicando a grande transformação que o casal é convidado a realizar na família e na sociedade, como consequência da força extraordinária vinda do alto, provocada pela vivência do Evangelho a dois. Jesus transforma a água insípida do nosso egoísmo em vinho forte da caridade fraterna. Somos convidados a participar das núpcias de Jesus com a sua Igreja, e assim saborear a alegria de sermos amados, de participarmos de sua vida e um dia podermos celebrar as alegrias da Páscoa eterna. Felizes aqueles que foram convidados para o banquete das Núpcias do Cordeiro (Ap 19,9).  Fátima e Canêjo CR Província Norte Belém-PA

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Igreja Católica

A ASCENSÃO DO SENHOR (Lc 24,50-53; At 1,6-11)

Ascensão significa subida, elevação. A Ascensão de Jesus alude principalmente a dois momentos de sua vida. Um se trata da crucifixão, sua morte redentora: Jesus foi elevado da terra suspenso numa cruz. E o outro se refere ao fato posterior a sua morte, depois da ressurreição, quando Jesus sobe glorioso aos céus. Os dois eventos estão conectados entre si, pois a glória de Jesus se dá primeiro na superação da morte, e logo vem o cumprimento da missão, o seu retorno glorioso ao Pai nos céus. Portanto, elevação da terra; elevação da terra aos céus (Jo 12,32; 3,13-15; Nm 21,4-9; Mc 16,19). Qual é o sentido primordial de elevação? Ora, tal sentido nos é comunicado pela Bíblia, que indica a elevação como um direcionamento, um movimento, um moverse para Deus, que está no alto; Ele é o Altíssimo. Já no primeiro versículo bíblico vêm destacados dois ambientes: o celeste e o terrestre. Diz o livro da vida: “No princípio Deus criou o céu e a terra” (Gn 1,1). Logo se fala do “novo céu e nova terra”; do “homem velho” e do “homem novo”. Só Deus não passa pela caducidade. Por outro lado, os salmos acenam a quem se destinam os dois ambientes, um a Deus e o outro ao homem: “O céu é o céu de Iahweh, mas a terra, ele a deu para os filhos de Adão” (Sl 115,16). Jesus é Deus humanado, é o pontífice por excelência, é a ponte de união do céu e da terra: “Em ver6

dade, em verdade vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (Jo 1,51). E o mestre nos instrui a pedir diariamente que se faça a vontade divina, na ligação do céu e da terra (Mt 6,10); de sermos como Cristo, de sermos cristãos. A Ascensão nos fala de Deus e da dimensão divina, pois a Bíblia sempre nos aponta Deus como aquele que está no alto: “O grito contra Sodoma e Gomorra é muito grande! Seu pecado é muito grave! Vou descer e ver se eles fizeram ou não tudo o que indica o grito que, contra eles, subiu até mim; então ficarei sabendo” (Gn 18,2021); “Eu vi, eu vi a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor... Por isso desci a fim de libertá-lo da mão dos egípcios...” (Ex 3,7-10). CM 480


Celebrar a Ascensão é ter presente o que disse Jesus: “Saí do Pai e vim ao mundo; de novo deixo o mundo e vou para o Pai” (Jo 16,28). O evangelista São João faz esta reflexão: “Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem” (Jo 3,13). E o próprio Jesus diz: “Eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade de quem me enviou” (Jo 6,38). E acrescenta: “Eu sou o pão vivo descido do céu” (Jo 6,51). Podemos dizer que a Ascensão é a curva do cumprimento da missão de Jesus nas etapas fundamentais da História da salvação: Encarnação, Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão. Logo vem o Pentecostes (Espírito Santo), para que através da moção, da energia

do Espirito Santo, os apóstolos, a Igreja que é apostólica, continue hoje o itinerário salvífico do Cristo para a humanidade. Um dia Jesus, dialogando com seus discípulos e consolando-os, convence sobre a necessidade de sua partida dizendo: “Eu vos digo a verdade: é de vosso interesse que eu parta, pois, se eu não for o Paráclito não virá a vós. Mas se eu for enviá-lo-ei a vós” (Jo 16,7). A Ascensão é festa que nos adverte a não ficarmos apenas na contemplação, só “olhando para o céu”, e sim partir para a ação e testemunho do Cristo que está conosco “até o fim do mundo”.  Monsenhor Marcelino Ferreira SCE Província Norte Belém-PA

QUARESMA: TEMPO DE GRAÇA E RECONCILIAÇÃO “Vós concedeis aos cristãos esperar com alegria, cada ano, a festa da Páscoa. De coração purificado, entregues à oração e à prática do amor fraterno, preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais, que nos deram vida nova e nos tornaram filhas e filhos vossos.” É tempo de graça e reconciliação, de penitência, de oração, de caridade e de encontro com Jesus. Peregrinos na fé, caminhamos com aquele que um “certo dia, à beira mar, apareceu” e foi crescendo em sabedoria, graça e estatura diante de Deus e dos homens (Lc 2,52). Seus passos levam-nos a Jerusalém onde, envolvido pela graça, faz-se sacrifício, “para renovar na santidade, o CM 480

coração dos vossos filhos e filhas [...], libertando-nos do egoísmo e das outras paixões desordenadas” (Prefácio da Quaresma II). Na perspectiva de nossas celebrações, a cor litúrgica roxa toma conta dos espaços celebrativos, os cantos penitenciais, antigos e novos, ecoam em nossos corações, penitência, jejum e oração são as principais provocações espirituais e, iluminados pela Campanha da 7


Fraternidade, podemos refletir sobre a problemática do Tráfico Humano, com tema: Tráfico Humano e Fraternidade e o lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1). Somos também enriquecidos com a Mensagem Quaresmal do Papa Francisco. “Fez-se pobre, para nos enriquecer com sua pobreza” (2Cor 8,9). Nela, o Papa, exorta-nos a fazer do itinerário quaresmal, um exercício de compreensão do que vem a ser a riqueza e a pobreza de Jesus. Ele assim afirma: “A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu “jugo suave” (Mt 11, 30), convidanos a enriquecer-nos com esta sua “rica pobreza” e “pobre riqueza”, a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogênito” (Rm 8, 29). Na perspectiva bíblica, caminharemos com os Evangelistas Mateus e João. Partindo das Tentações de Jesus (Mt 4,1-11 - 1º 8

Domingo), contemplaremos a sua Transfiguração (Mt 17,1-9 – 2º Domingo), para depois sermos levados ao encontro da Samaritana (Jo 4,5-52 – 3º Domingo) e com Ela, somos convidados a beber da água que jorra para vida eterna, sem deixar de conduzir-nos a um olhar de esperança e Salvação, quando cura o Cego de Nascença (Jo 9,1-41 – 4º Domingo) e confirma que sua riqueza e pobreza estão em dar-nos vida nova através da Ressurreição de Lázaro (Jo 11,1-45 – 5º Domingo). Ainda neste tempo, experimentamos as Práticas Penitenciais. Elas devem ajudar-nos a deixar de lado as coisas velhas e revestir-nos das coisas novas (2Cor 5,17), auxiliando na análise de nossas misérias materiais, morais e espirituais (Papa Francisco, mensagem para a Quaresma 2014). Pensadas, assumidas e praticadas, desejamos que elas corrijam nossos vícios, elevem nossos sentimentos, fortifiquem nosso espírito e nos garantam uma eterna recompensa (Prefácio da Quaresma IV). Por fim, cuidemos para que os cânticos litúrgicos quaresmais ajudem-nos a ressoar neste itinerário quaresmal o amadurecimento que tanto desejamos e buscamos neste “tempo de graça e conversão”. Movidos pelo Espírito Santo, concluamos nosso caminho, junto com os discípulos contemplando o mistério da Ressurreição, em que “transbordando de alegria pascal”, seremos novas criaturas.  Pe. Kleber Rodrigues da Silva SCE Eq.04 - N. S. do Carmo Caçapava-SP CM 480


OS FERIDOS À BEIRA DO CAMINHO (Lc 10, 25-37)

Nas nossas comunidades cristãs há um caminho igual a esse que descia de Jerusalém a Jericó, bastante movimentado e por onde passam pessoas importantes como o Sacerdote e o Levita, são nossos Ministros Ordenados, os Ministros leigos, os coordenadores, leitores, salmistas, líderes de pastorais, catequese e movimentos.Todos sempre muito ocupados com seus afazeres. Quase não se tem tempo de olhar para os lados; muitos há que olham para o seu “Ego”, inchados de orgulho, sempre vaidosos com aquilo que fazem na comunidade, e que chama atenção sobre si. Nem sempre prestamos atenção à beira do caminho onde estão os que, por alguma razão, não podem caminhar: os feridos e machucados por neuroses, dores morais ou físicas, gente simples, ferida por certos acontecimentos que fogem ao nosso CM 480

controle. Pessoas que são da comunidade, mas estão à margem. Casais recasados, mães solteiras, pessoas com má fama no campo da moral cristã. Irmãos e irmãs com quem ninguém quer perder tempo estão ali, mas não significam nada para os que se julgam importantes. Além do que, temos a maldita concorrência para ver quem faz melhor, quem se destaca nos eventos da comunidade, nas grandes celebrações. O veneno da concorrência desleal, que infecta o comércio e o mercado de trabalho, invade nossas comunidades cristãs trazendo as disputas de grupos, a eterna briga entre Pastorais e Movimentos que parece nunca chegar ao fim. O Doutor da Lei olhava para a Vida Eterna na ótica do Direito. Deveria haver algo que ele pudesse fazer para ter o Direito de Possuir a Vida Eterna. “Esse 9


cargo é meu, me pertence, é coisa muito minha, tenho direito e ninguém pode me tirar” Confunde-se o Céu da Plenitude com os valores terrenos: cargos, funções, títulos e honrarias que o mundo pode nos dar. Jesus direciona a questão para a Palavra de Deus manifestada na Lei, onde o ato de amar a Deus e aos irmãos exclui a palavra Direito, colocando em seu lugar a doação total de si mesmo: “amarás de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu entendimento” isto é, de tudo o que somos e temos, deve ser dado a Deus e ao próximo em sua totalidade sem deter nada para si mesmo; o Amor não é posse, mas doação, feita em uma total liberdade, independente de quem seja o outro, se ele mereça ou não o nosso amor. E, diante disso, o Doutor da Lei perguntou a Jesus “E quem é o meu próximo?” Na parábola do Bom Samaritano, o homem caído à beira do caminho não tinha nada a oferecer, ao contrário, era um grande problema que iria exigir tempo, atenção e algumas providências. O Sacerdote e o Levita não tinham tempo... estavam muito ocupados com coisas importantes a fazer no templo. Também os “Profissionais” das nossas pastorais e movimentos estão sempre ocupados e não têm tempo para parar e ver de perto os ferimentos dos irmãos e irmãs caídos à beira do caminho da comunidade. O Samaritano estava de passagem, talvez aquela pessoa que participa das celebrações, mas não está engajada em nenhuma 10

pastoral ou trabalho da comunidade, alguém que até é mal visto porque nada faz. Mas tem um coração generoso, repleto do Amor de Deus, capaz de encher-se de compaixão por aqueles que estão à margem do caminho. Ele não pensa em encaminhar o Ferido a alguma pastoral de assistência, e nem pensa em fazer apenas a sua parte, perguntando ao homem o que lhe aconteceu, e verificando se os ferimentos são muito sérios, para buscar alguma assistência. Isso não é Cristianismo!

Cristianismo é compromisso total com os Feridos da Comunidade; é estar com eles o tempo todo; é cuidar de suas feridas; é providenciar para que sejam acolhidos e muito bem hospedados na comunidade ou na pastoral. Enfim, é ir além do procedimento habitual, é dar de si, tudo o que tem. Podemos aqui, pensar nos marginalizados e excluídos da sociedade, mas penso que primeiramente devemos cuidar, sempre movidos pela compaixão, dos feridos e marginalizados da nossa Igreja, começando pela nossa comunidade.  Diácono José da Cruz Eq.01 - N. S. Consolata Votorantim-SP CM 480


AMOR SEM CRUZ NUNCA SERÁ AMOR Em conversa com um amigo ele dizia: Até hoje na minha vida o amor só foi sofrimento. É um jovem adulto que vive a experiência de não ser amado e compreendido em seus desejos e sentimentos, embora sinta fortemente o desejo de amar, porém não encontra a segurança de um verdadeiro amor. - Essa situação acaba sendo um drama, que repercute em dores físicas e psicológicas. Eu tenho a certeza que só abraçando a dor, amando a própria cruz é que se passa da dor ao amor. - A dor, a cruz são meios; passagem para poder amar de verdade. Quando se assume a perda, a ausência, a incompreensão, a solidão, a traição, o desentendimento, enfim as contrariedades da vida, passa-se imediatamente ao amor. Essa experiência de abandono, do amor sofrido, recorda a própria experiência de Jesus que, suando sangue, grita: “Meu Deus porque me abandonastes? Porém, não se faça a minha vontade e sim a tua vontade.” (Mt. 27,46). Assume a dor até a morte. Vence porque foi até o fim. “Só quem passa pelo fogo da dor chega ao incêndio do amor. Amor sem cruz nunca será amor”. Em qualquer momento seremos surpreendidos pela alegria ou tristeza, em qualquer situação; o importante é amar. O Papa CM 480

Francisco reza seguidamente o testamento de sua avó:” Que os meus netos, a quem dei o melhor de mim mesma, tenham uma vida longa e feliz. Mas se um dia a dor, a doença ou a perda de um querido os encher de aflição, não esqueçam jamais que um suspiro diante do Tabernáculo, onde se guarda o maior e mais venerável dos már tires, e um olhar a Maria ao pé da cruz, podem fazer cair uma gota de bálsamo sobre as feridas mais profundas e dolorosas. (Fragmento do testamento da avó do Papa Francisco). Nem Deus resiste a um homem de joelhos. Deus não precisa de nossos joelhos e muito menos de nossas lágrimas, porém, a nossa condição fragilizada quer buscar em Deus a luz, e se entregar de corpo e alma para passar da dor ao amor. Recomeçar sempre nos faz dignos de amar e ser amados. O caminho é o amor, mesmo sabendo que ele é fruto da perseverança no caminho da Cruz. “Senhor, me ajude a passar da dor ao amor, abraçando a minha cruz de cada dia. Eu sei que o amor dói, mas sem ele a vida não tem sentido. Abençoada seja a nossa vida!”  Dom Anuar Battisti Colaboração: Diácono João Batista da Costa Eq.09 - N. S. da Assunção Pindamonhangaba-SP 11


SANTIFICAÇÃO DO DOMINGO Como é premente a necessidade de despertarmos para o sentido verdadeiro do domingo no que concerne a participação efetiva na vida do nosso Movimento! É urgente a importância de que, nós equipistas, sobretudo redescubramos o valor santo e sagrado da santificação do domingo. O dia do Senhor, no Antigo Testamento, assume uma conotação totalmente diferente daquilo que, no momento, gostaríamos de aludir. Como afirma Sicre, estamos aqui diante de uma tradição que afunda as suas raízes com grande força em Israel, provocando muitos mal-entendidos. Embora seja difícil rastrear as origens do tema, não cabem dúvidas de que aos Israelitas do século VIII aC, contemporâneos de Amós, esperavam que o Senhor se manifestasse de forma grandiosa para exaltar o seu povo e colocá-lo à testa das nações. Isto aconteceria no dia do Senhor. A expressão condensa toda uma série de privilégios discutíveis e falsas esperanças. Para nós, o Dia do Senhor é o domingo, caracterizado pela Celebração Dominical da Ressurreição de Cristo, o Senhor. Assim, equipistas conscientes não deixam de participar da celebração dominical, não apenas como sugestão imperativa de um preceito, mas apenas como sinal de gratidão e reconhecimento a Deus por tão sublime obra divina: RESSURREIÇÃO DE CRISTO. Na afirmação do papa emérito Bento XVI, “o domingo é o dia em que Cristo reencontra a forma eucarística própria da sua existência, segundo a qual é chamado a viver constantemente. Perder o sentido do domingo como dia do Senhor que deve ser santificado é sintoma de uma perda do sentido autêntico da liberdade cristã, a liberdade dos filhos de Deus”. Cristo Jesus, o Nazareno, foi por Deus provado diante de nós com milagres, prodígios e sinais, que Deus operou por meio dele entre nós. Assim seja.  Gorethe e Guedes - CRS E Goretti e Adelmo - CRR RN I Padre Aerton Sales – SCE RN I

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Escrevemos esta carta na nossa qualidade de recém-nomeado Casal Ligação para a Zona Eurásia. Ao fazê-lo, interrogamo-nos: Por que é que aceitamos tão prontamente esta responsabilidade que nos vai ocupar até Julho de 2019? A resposta acaba por ser muito simples. Como o Papa Francisco diz na sua encíclica Lumen Fidei, “Transmito-vos aquilo que recebi” (1Cor 15,3). Como poderíamos não aceitar quando temos recebido tanto das ENS? A nossa caminhada na espiritualidade conjugal começou em 1996, quando nos mudamos para outra paróquia onde compramos uma casa que nos possibilitasse ter o pai da Helena conosco. Embora, nessa altura, não conhecêssemos o Dever de Sentar-se, tivemos uma reunião de família para decidir o que fazer, e todos concordaram CM 480

que devíamos ir em frente. Era uma decisão difícil, pois ele tinha quase 90 anos e nós tínhamos duas filhas adolescentes e não sabíamos como é que as coisas iriam funcionar. Infelizmente, o pai da Helena morreu antes de poder vir viver conosco, e parecia que nos tínhamos mudado para nada. Contudo, o plano de Deus para nós foinos revelado rapidamente. Nunca tínhamos ouvido falar das Equipes de Nossa Senhora, mas havia na nossa nova paróquia uma equipe que estava à procura de mais casais. Com alguma relutância, decidimos experimentar apenas uma reunião. Desde então, através da nossa pertença às ENS, temos crescido no nosso amor a Deus e um ao outro, temos feito grandes amizades e experimentado a hospitalidade dos membros das equipes que nos abriram as suas casas e os seus corações. A nossa responsabilidade anterior consistiu em estabelecer a Supra-Região Transatlântica em 2006. Esta Supra-Região inclui um conjunto muito variado de países na Europa, na África e nas Caraíbas. A Grã-Bretanha é um País protestante, onde cerca de dez por cento dos equipistas são cristãos de outras denominações que não a Católica. Por vezes, são casados com católicos, mas também há casais protestantes. Nós próprios só estamos nas ENS graças ao 13

Correio da ERI

LIGAÇÃO PARA A ZONA EURÁSIA


empenhamento na expansão de um casal anglicano. A África do Sul também é protestante, mas aí os equipistas são quase exclusivamente católicos. O país ainda está procurando ultrapassar os anos de apartheid, e a Igreja Católica está na linha de frente das iniciativas para se criar uma nação pluralista. A Irlanda é um país católico, mas o número dos fiéis diminuiu drasticamente devido sobretudo aos escândalos dos abusos sexuais no seio da Igreja. Trinidad, embora majoritariamente cristã, tem uma população hindu significativa (30%), e no Malawi algumas pessoas ainda aderem a religiões tribais. Há casais no Malawi que, através da sua vivência nas ENS, viram os seus casamentos tribais abençoados na Igreja. A acrescentar a estes países, a nossa responsabilidade inclui agora os continentes da Oceania e da Ásia, com equipes na Austrália, na Nova Zelândia, na Índia, nas Fili-

pinas e na Coreia do Sul. A nossa prioridade é conhecer os equipistas destes países, bem como os seus sucessos e as suas dificuldades. Em 2014, visitaremos a Austrália e a Nova Zelândia para participar no seu Encontro Regional. Estes Encontros só têm lugar de três em três anos, dadas as enormes distâncias e os custos das viagens. No seu conjunto, a nossa Zona cobre uma vasta área geográfica com proporcionalmente poucas equipas mas com uma grande riqueza na diversidade de culto cristão e de culturas. No final dos nossos seis anos, poderemos considerar ter feito um bom trabalho se tivermos aumentado o número de equipes na nossa Zona e a sua compreensão da Espiritualidade Conjugal de forma que, o seu empenho nas ENS anime outros casais a dizer: Transmito-vos aquilo que recebi.  Helena e Paul McCloskey CL da Zona Oceania

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www.ens.org.br 14

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São bem conhecidas as “sete palavras” de Jesus na cruz. Porém, não me lembro de ter ouvido, alguma vez, qualquer alusão às “sete palavras” de Maria. Como não se trata apenas de palavras, mas de sentenças programáticas, de suma utilid a de para to d o s n ó s, va l e a pena debruçarmos sobre elas: Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum (Lc 1,34)? É a pergunta que ela faz ao anjo Gabriel, ao saber que iria conceber um filho. Maria não duvida de nada, diante da proposta extraordinária de Deus. Deseja apenas saber que atitude tomar. Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38)! Após ouvir a

Maria

AS SETE PALAVRAS DE MARIA serido na caminhada de vinte séculos da Igreja, que o recita diariamente milhares de vezes. “É o hino da opção preferencial pelos pobres” (João Paulo II). Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos” (Lc 2,48)! Podemos imaginar os sofrimentos de Maria e José procurando, ansiosos, pelas ruelas de Jerusalém o garoto perdido. Perder um filho é dor demais. Quanto mais perder o Filho de Deus, o Salvador de toda a humanidade, que fora confiado justamente aos cuidados daquele casal! Aqueles “três dias” de busca do Filho perdido devem ter doído tanto como aqueles três dias de choro pelo Filho morto.

explicação do anjo, Maria dá o seu “sim” incondicional. Faz um ato de fé completo e definitivo, uma entrega sem retorno. Efetivamente, crer vem do latim: credere, que é uma composição de cor dare = dar o coração.

O Magnificat – o cântico de Maria (Lc 1,46-55) O Mag-

nificat é o espelho da alma de Maria. Neste poema, conquista o seu cume a espiritualidade dos pobres de Javé e o profetismo da Antiga Aliança. É o cântico que anuncia o novo Evangelho de Cristo. É o prelúdio do Sermão da Montanha. O Magnificat sempre soou como um cântico do futuro. Está profundamente in-

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Eles não têm mais vinho (Jo 2,3). Maria pede o vinho material, não um vinho espiritual. Mas ela está bem cônscia de que, com isto, está pedindo a seu Filho que revele a Sua verdadeira identidade de Messias e Filho de Deus. Ela deveria ter sonhado muito tempo com semelhante manifestação. Agora, finalmente, pressentiu que deveria provocar a “hora de Deus”. E o fez com muita delicadeza e eficiência! Fazei tudo o que Ele vos disser (Jo 2,5). Esta recomendação que Maria dá aos servos (e a todos nós também). Naquela ocasião, sua fé desempenhou uma função capital, em conformidade plena com a função que a mesma fé já havia desempenhado com o “sim” dado ao anjo, para a realização da Encarnação (Lc 1,38). A atitude de Maria em Caná é essencialmente teologal: ela crê e espera firmemente que, como Filho de Deus, Jesus haverá de exercer a bondade própria de Deus, que atende todas as súplicas apresentadas com fé. E Jesus ratifica solene e prontamente tal atitude com a realização do Seu primeiro milagre. E a sétima palavra de Maria? Esta palavra não foi proferida, foi vivida naquele imenso silêncio no Calvário, ao assistir à morte horrível do Filho e ao tê-lo morto em seus braços. Aquele doloroso silêncio, mais eloquente do que qualquer discurso. Silêncio forjado na longa solidão de Nazaré. Silêncio que emana da meditação constante das Sagradas Escrituras: Eu me calo, não abro 16

a boca, pois quem age és Tu, Senhor (Sl 39,10). Aquele infinito silêncio que promana do cosmos: “Quando um silêncio profundo envolvia todas as coisas e a noite mediava o seu rápido percurso, Tua Palavra onipotente lançouse do trono real dos céus para o meio de uma terra de extermínio” (Sb 18,14-15)! Ao longo de toda a história da Igreja, nenhum papa viajou tanto, escreveu e falou tanto quanto João Paulo II. Também nenhum outro papa foi tão gravado, fotografado e filmado. Contudo, nenhuma das suas mensagens comoveu tanto o mundo inteiro como a sua última palavra, não proferida, mas vivida naquela dolorosa contração facial, causada pelo imenso esforço de dizer o seu derradeiro adeus para os seus milhões de ouvintes e telespectadores. O gesto de dor estampado no seu rosto ecoou no mundo inteiro como o tudo está consumado de Jesus na cruz. Assim foi a última palavra de Maria: o seu sim consumado no silêncio do Calvário e eternizado na álgida brancura do mármore da “Pietá”, de Miguel Ângelo. A serenidade daquele rosto materno, daquele olhar mergulhado na eternidade, parece evocar a elegia bíblica: Vós todos que passais pelo caminho, olhai e vede: Há dor como a minha dor (Lm 1,12)?  Frei Geraldo de Araujo Lima - O. Carm SCE da Equipe da Carta Mensal Recife-PE Texto do Livro: A Partilha de abr. 2008 Adaptação e colaboração de Zezinha e Jailson CM 480


“vivam a alegria da fé”

Assim que o Setor nos informou sobre o convite do papa Francisco para as ENS estarem presentes na Peregrinação das Famílias, o desejo de ir lá bateu forte no nosso coração. A possibilidade de estar na cidade eterna compartilhando a presença do Santo Padre, nos deu um novo alento, um alegria imensa. Em setembro de 2013, estávamos nos EUA visitando nosso netinho. No meio das brincadeiras, um telefonema de nossa filha: Mãe! A Terezinha do Nero ligou e disse que o Papa Francisco, está convidando as ENS para estar com ele em Roma! O Papa nos chama? A resposta imediata saíu do coração: Nós vamos!! As dificuldades normais de uma viagem inesperada foram vencidas e se tornaram trampolins para que pudéssemos nos lançar na grande aventura de atender ao chamado do Papa. Ele nos deu a oportunidade de nos juntarmos aos irmãos do mundo inteiro e viver a alegria da fé! CM 480

“Famílias, vivam a alegria da fé”, esse foi o tema escolhido para a Peregrinação com as famílias, nos dias 26 e 27 de outubro, na Piazza S.Pietro, em Roma. Éramos duzentos mil fiéis de nacionalidades diferentes acotovelados naquele espaço santo, ansiosos para ver, ouvir e sentir o Santo Padre! Era um só coração, uma só FÉ em Jesus Cristo! É impossível descrever a emoção daquele momento: Testemunhos de famílias sobre a vivência cristã com filhos, netos, avós refugiados de guerra,em seguida artistas italianos se apresentavam cantando e encantando todos os presentes. Cinco horas da tarde, céu profundamente azul, coração batendo mais forte eis que chega nosso querido Papa Francisco! Com sua figura carismática, fala mansa e serena de um pai amoroso, calmo, vai colocando suas palavras de forma carinhosa, mexendo com os corações, provocando reflexões, mudando nossas cabeças tão impregnadas da cultura do 17

Pastoral Familiar

ENCONTRO DO PAPA COM AS FAMÍLIAS:


imediatismo, do relativismo e da cultura do descartável. “Somos um só povo, com uma só alma, convocados pelo Senhor que nos ama e nos sustenta. Então, eu lhes pergunto: como é possível viver a alegria da fé nos dias de hoje? As circunstâncias da vida atual, a corrida para realizar as tarefas diárias, a necessidade de ter um trabalho, isso tudo faz com que todos se sintam cansados. Mas Jesus já conclamou todos os cansados e oprimidos - ‘vinde e eu vos aliviarei’. O Senhor nos conhece e quer que a nossa alegria seja completa... Podemos contar com a graça de Deus para viver a alegria da fé em nossa família, olhando os avós como aqueles que possuem a sabedoria. Toda família, santificada pela presença de Jesus, está inserida na história de um povo e não pode existir sem a geração anterior... Vivenciem em família, essas três palavras: perdão, obrigado, por favor! Se não conseguirem rezar juntos, em família, rezem uns pelos outros! Assim a alegria da fé será vivenciada por todos, em todos os momentos da vida em família” Após seus ensinamentos o Papa Francisco passa entre a multidão acenando e distribuindo sorrisos. Ficará para sempre nas nossas memórias aqueles momentos de fé e esperança! Ainda no sábado, tivemos uma outra grande alegria! Encontramos equipistas da Colômbia, Guatemala, Espanha, irmãos brasileiros do norte, nordeste, sul, sudeste...E, no meio das duzentas mil pessoas ali presentes, os casais da ERI: Carla e Carlo Volpini e Tó e Zé Moura, que nos re18

conheceram com nossas camisetas e bonés do Encontro Internacional de Brasília e vieram conversar conosco e nos deram a alegria de compartilhar experiências de vida equipista. Soubemos que Carla e Carlo tinham estado em uma reunião com o Papa no dia anterior. No domingo, na mesma Praça: reza do terço, Santa Missa e o Angelus. Novamente o Papa Francisco responde com carinho, amor e respeito de líder espiritual à multidão emocionada: Caras famílias, vocês são o povo de Deus. Caminhem juntos com alegria, permaneçam unidos a Jesus e levem a todos o seu testemunho”! Nos despedimos entregando ao Papa Francisco exemplares de O Caminho , Jornal das ENS/ Bauru, e o saudamos com uma faixa com os seguintes dizeres: PAPA FRANCISCO, NOSSA ALEGRIA E ESPERANÇA! NOS ABENÇOE! Agradecemos a Deus a alegria da Fé e a participação nesse momento importante da vida da Igreja! Nós nos sentimos portadores da paz, da alegria, do sentimento de paraíso que experimentamos na Piazza San Pietro, tendo nosso querido Francisco no meio de nós. Em todos os dias da nossa peregrinação, pedimos a Deus, pelas ENS /EJNS/Bauru, pelas nossas famílias e já estamos vendo nossos pedidos atendidos! Deus seja louvado!!Maria nos conduza!!!  Terezinha e Nero Eq.11 - N. S. do Desterro Maria Teresa e Odir Eq.03 - N. S. Auxiliadora Bauru-SP CM 480


ações que exigem aprendizado

Desde o XI Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora, em Brasília, o Movimento nos orienta a “ousar o Evangelho tendo o coração pleno do amor de Cristo, para acolher e tomar conta dos homens e partir para o mundo a serviço da Igreja” (Carta de Brasília). Baseada nesta inspiração, a Equipe Responsável Internacional (ERI) apresentou o tema de estudo acolher e cuidar dos homens, para as equipes do mundo inteiro. A ERI, depois de confirmar as ENS como “sendo e devendo permanecer como um Movimento de espiritualidade” (CB), nos manda aprofundar essa espiritualidade e irradiá-la para fora, “para aquelas situações problemáticas que muitos homens e mulheres vivem e que não conseguem resolver”. A formação que recebemos nas ENS não é para uso exclusivo e muito menos, individual. É para ser partilhada. Posta a serviço de todos. Os casais que aderiram à Carta Fundacional, em 1947, e os de hoje, tinham e continuam com os mesmos sentimentos: “ambicionam levar até o fim o compromisso de seu Batismo. Fazem de seu Evangelho o fundamento da própria família. Querem ser, por toda parte, os missionários de Cristo. Querem fazer de todas as suas atividades, uma colaboração à obra de Deus e um serviço prestado aos homens” (Estatuto das ENS). A missão dada por Cristo: “Ide, pois,...” CM 480

(Mt 28,19s), não é de um grupo específico. É de todos os cristãos. A missão das ENS na Igreja e no mundo não é algo novo. Vem desde a sua fundação. Nós sabemos “que o Movimento, como tal, não se engaja numa ação de conjunto determinada, pois cada casal deve descobrir o chamado ao qual o Senhor deseja que ele responda” (A Segunda Inspiração, 4.2). Isso não é uma desculpa para ficarmos de braços cruzados, alheios ao compromisso de anunciar o Reino de Deus. Como cristãos e, principalmente, por pertencermos a um Movimento que prima pela formação, temos a obrigação de ser operantes. Quando a ERI nos pede “para acolher e tomar conta dos homens” está reforçando o apelo dos bispos da V CELAM (Aparecida/2007), ao nos mandarem ir para a “outra margem” (Da - 276). Acolher e cuidar dos homens não são tarefas fáceis. Exigem aprendizado. Que tal, começar a vivenciar esta orientação em casa, na família, na Equipe e no Setor? Pois, dificilmente, encontraremos lugares mais apropriados para exercitar a prática do amor. Vamos ousar ter a atitude do bom samaritano, primeiro, com aqueles dos quais estamos mais próximos, ao lado.  Glória e Bartolomeu Eq.07A - N. S. Desatadora dos Nós Jaboatão dos Guararapes-PE 19

Tema de Estudo

ACOLHER E CUIDAR DOS HOMENS,


CUIDAR DO OUTRO

Nós nos perguntamos muitas vezes: Que hei de fazer para possuir a vida eterna? Encontramos a resposta na escuta da Palavra: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. O mestre da lei sabia a resposta, o levita e o sacerdote sabiam a resposta. E nós? Nós também conhecemos a lei, fazemos seu estudo todos os dias. Então Jesus nos diz: Faz isso e viverás. O mestre da lei se fez de desentendido, ele não sabia quem era seu próximo... A Palavra, muito mais do que aprendida, deve ser vivida. Tem que migrar para o coração e dali comandar nossas atitudes. Amor não é só uma palavra; é uma força poderosa que arrasta. Só quem soube plantar o amor em sua alma é capaz de ver o ou20

tro e, vendo-o, reconhecer suas necessidades e cuidar dele. Cuidar é a concretização do amar. Jesus é o bom samaritano por excelência. Ele nos ama incondicionalmente e cuida de cada um de nós. Como casal e como família, podemos sim dar testemunho do quanto um gesto de amor tem o poder de transformar vidas. Fomos uma vez capazes de ver a situação de sofrimento de alguém e, estendendo-lhe a mão, nos comprometer a cuidar dele para sempre. A vida é uma cadeia de acontecimentos que nos faz precisar uns dos outros assiduamente. Assim como aquele samaritano precisou dos serviços do estalajadeiro, nós também precisamos da ajuda de outras pessoas, e nos deparamos com vários samaritanos. Surpreendentemente, os que mais se doaram não se encontravam na Igreja nem no Movimento. Foram pessoas que nem têm tanta intimidade assim com o Evangelho! Do mesmo modo que o mestre da lei, fazemos a pergunta: Quem é o nosso próximo? E concluímos o mesmo que ele: Quem usa de misericórdia. E Jesus nos repete mais uma vez: Vai e faz tu também o mesmo.  Maria Alice e Quininha Eq.01C - N. S. de Nazaré João Pessoa-PB CM 480


O 3º Encontro Nacional das ENS começará em Aparecida-SP, no dia 30 de junho de 2015. Para os integrantes das Comissões de Serviços já foi iniciado em setembro do ano passado, com as atribuições inerentes a cada Coordenação, sendo de nossa responsabilidade a Comunicação Social, um dos elos do Encontro Nacional. Deixar nossa mensagem aos nossos irmãos equipistas, através da Carta Mensal, neste que é o principal elo de ligação entre todos nós é uma oportunidade única para estar em sintonia com todos os nossos irmãos deste Movimento que tanto amamos. Os nossos 40 anos de casados e 35 anos de equipe (Sorocaba-SP) nos permite assegurar que nas Equipes a responsabilidade é um convite a um amor maior e todas as responsabilidades são apelos ao “estar a serviço”. Por isso nossa mensagem parte de uma frase do livro Tema de Estudo de 2014, “Ousar o Evangelho, acolher e cuidar dos homens”, que afirma em sua apresentação, escrita por Tó e Zé Moura Soares CM 480

CR ERI que, “acolher e cuidar do outro aparece-nos como a segunda orientação da Carta de Brasília”. Vejam bem! Acolher e Cuidar. Desde o momento que todos começaram a se inscrever para o Encontro de Aparecida e, felizmente, em tempo recorde as vagas foram preenchidas, a principal preocupação da SR Brasil e Coordenação Geral do Encontro Nacional está sendo de total acolhimento e cuidados aos mínimos detalhes do evento. O espírito do Encontro quer ser o de verdadeira Peregrinação a Casa de Nossa Mãe Aparecida, impulsionados pelo Espírito Santo e abençoados por Deus nessa missão absolutamente gratificante. Todos unidos em oração, estudo, formação, convivência fraterna e sob o mesmo tema “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5), certamente nos levará a testemunhar ao mundo a “Alegria de festejar o Matrimônio”. Somos peregrinos desde o nosso batismo. A caminhada prossegue, agora rumo ao 3º Encontro Nacional. Convidamos os SCE, casais, viúvos e viúvas integrantes das ENS que se inscreveram e os que não se inscreverão a se unirem conosco em oração e na divulgação desta santa Peregrinação. Nosso site www.encontronacionalaparecida2015.com vem sendo atualizado dia a dia 21

3º Encontro Nacional

A COMUNICAÇÃO, UM DOS ELOS DO ENCONTRO NACIONAL


para manter as informações disponíveis a todos. Mês a mês as edições da CM terão artigos do Encontro. No site oficial das ENS www.ens.org.br, sempre haverá notícias para orientar os inscritos. As coordenações de serviços com suas equipes de trabalho somam mais de 200 pessoas voluntárias, para acolher e cuidar de cada um de vocês queridos irmãos. Há mais de 500 dias ainda pela frente, acreditem com Jesus tudo está sendo feito com muito amor. Como diz o Documento de Aparecida 258 a 260: ”Nos santuários, muitos peregrinos to-

mam decisões que mudam suas vidas. As paredes dos santuários contêm muitas histórias de conversão, de perdão e de dons recebidos que milhões poderiam contar”. Que cada participante chamado pelo Senhor, com o carisma das ENS possa estar aberto ao verdadeiro espírito do 3º Encontro Nacional e ser abençoado no Santuário Nacional de Aparecida e Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida.  Claudete e Vanderlei Casal Coordenador Comissão de Comunicação

ESCLARECIMENTOS e SOLICITAÇÃO Recebemos ligações de alguns hotéis de Aparecida, comunicando que há equipistas solicitando reserva para o 3º Encontro Nacional – 2015: a) Para os inscritos COM HOSPEDAGEM – esclare-

cemos que NÃO há necessidade de manter contato com os hotéis.

A Organização do Encontro, como ocorreu nos Encontros anteriores, irá fazer a distribuição dos Hotéis, de forma aleatória.

No momento oportuno, próximo do Encontro, todos receberão informações a respeito da hospedagem. Fiquem tranquilos!!!

b) Inscritos SEM HOSPEDAGEM ou que ainda irão se inscrever – solicitamos NÃO CONTATAR os hotéis abaixo relacionados, pois estes estão reservados (bloqueados) através de Contrato com as Equi-

pes de Nossa Senhora para o período do Encontro.

Qualquer tratativa ou negociação pode prejudicar o desenvolvimento dos trabalhos que estamos realizando junto a esses hotéis. 22

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HOTEIS JÁ CONTRATADOS:

Aparecida Hotel Bom Jesus Cathedral Central Colina Park Dom Apart Hotel - Lorena Estação de Minas Fenícia Gloria Hollywood Palace Imperador Lotus - Guaratinguetá Marge Moraliza Monte Carlo Olympia - Lorena Panoramico Paradise Palace Passarela 2 Porto dos Milagres Porto Real

HOTEIS EM NEGOCIAÇAO:

Dois Irmãos, Fortaleza, Mapp – Aparecida e Guará (construção) CM 480

Pousada Capital da Fé Pousada do Papa Pousada São Benedito Pousada São Carlos - Irmãs Princesa do Vale Rainha do Brasil Redentor Palace Ouro Minas Requinte Rio Santo Rohedama - Guaratinguetá Santa Clara Santo Graal Santuário São Canísio São Jorge Seminário Santo Afonso Sete Lagos - Guaratinguetá Travel Inn - Guaratinguetá Três Irmãs Web Hotel

Contamos com a colaboração de todos.  Vera e Renato Coordenador Geral Sonia e Antonio Carlos Coordenador de Hospedagem 23


Raízes do Movimento

EM DEFESA DA ORAÇÃo 1 Caro Amigo O termo prece designa realidades diferentes: prece pública e prece particular, prece oral, que se exprime por palavras, e prece mental, que consiste num colóquio interior com Deus. Esta última se chama meditação quando predomina nela o esforço de reflexão, oração mental, quando consiste em exprimir a Deus os pensamentos, os desejos, os sentimentos para com Ele, contemplação quando é atenção de amor a Deus. É sobre a prece particular e mental que eu venho conversar com você, pois desejo vivamente que ela tenha lugar em sua vida. Cristo a recomenda: “E tu, quando rezares, entra no teu quarto e, à porta fechada, reza a teu Pai que está oculto, e teu Pai, que vê o oculto te recompensará.” (Mateus, VI, 6) O termo clássico para designar esta forma de prece é oração mental. Oração, de oratio, em latim. Orare “consistia, para os romanos, em dirigir uma prece aos deuses, pleitear uma causa e num sentido derivado, fazer um discurso”. A oração mental é uma conversa da alma com Deus. É assim que sempre o compreenderam os autores espirituais. “A oração mental, ousarei eu dizer, é uma conversação com Deus”, escrevia Clemente de Alexandria. Para São Bento, é “vagar em Deus”. “A oração mental é, 1

Editorial Pe. Caffarel na Carta Mensal nº 9, ano VI, dezembro de 1958

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em minha opinião, um comércio de amizade onde a gente se entretém, só a só, com este Deus do qual nós sabemos amados” (Santa Teresa de Ávila). “Um colóquio do filho de Deus com seu Pai do Céu, sob a ação do Espírito Santo” (D. Marmion). Estes termos, porém, de conversação e de colóquio, podem favorecer um equívoco, fazer acreditar que a oração mental consiste essencialmente e unicamente em falar interiormente com Deus. Ora, ela é um ato vital, nenhuma palavra é apta para defini-la. O melhor meio para fazer entrever em que consiste ela é, sem dúvida, o de compará-la ao que pode haver de mais profundo e de mais perfeito nas relações humanas. É por isso que me permito evocar um acontecimento que deve ter ficado gravado na sua memória. Eu tinha ido visitar vocês. Ao me abrir a porta, você me contou que sua filha Monique estava, provavelmente, com meningite. Em seguida conduziume ao quarto, imerso numa semiobscuridade. Sua mulher estava sentada junto à caminha, silenciosa, profundamente atenta àquele pobre rosto macilento. Às vezes ela afastava, docemente, uma mecha de cabelos da fronte de Monique. Quando a criança abria os olhos, ela lhe respondia com um sorriso que não pode ser descrito com palavras humanas. Quer quando punha ordem no quarto, quer quando descia à sala para tomar rapidamente algum alimento, nada conseguia distrai-la CM 480


de sua filha. Não existia uma única fibra de seu corpo, nem um só segundo de sua vida que não estivesse orientado para Monique. Assim com a oração mental: consiste em estarse totalmente voltado para Deus. É uma orientação profunda da alma, um colóquio acima das palavras, que certamente pode recorrer às palavras, mas que é feita de outra coisa bem diferente. É uma atenção de todo o ser, do corpo e da alma, de todas as faculdades despertas. E dizer atenção a Deus é dizer desatenção a todo o resto. Um termo, mas com a condição de que se lhe de toda a densidade de sentido, exprime esta atitude interior do homem que reza: presença. Consiste em estar presente a Deus - como sua mulher estava presente à filha doente, mas de uma presença ardente, exprimindose das mil maneiras de que dispõe o amor. Será necessário ainda que eu

pleiteie junto a você a causa da oração mental? A isto me dedicarei se você não estiver convencido de sua necessidade. Mas não lhe escondo que sinto uma espécie de vergonha ter de faze-lo. Não será um tanto quanto escandaloso ter de multiplicar argumentos para chamar o filho para junto de seu pai, abrir-se às suas confidências, viver na sua intimidade, exprimir-lhe amor e gratidão? Não é estranho que seja necessário insistir para que seres dotados de inteligência procurem conhecer o que há de mais interessante? Para que seres feitos para amar amem o que há de mais amável? Para que seres livres se ponham livremente a serviço do Senhor e não sejam simplesmente vassalos? Para que seres feitos para a Felicidade se contentem com prazeres mesquinhos?  Pe. Henri Caffarel

Maiores informações visite: http://www.cnpf.org.br/noticias/474-6o-peregrinacao-e-4o-simposio-nacional-da-familia

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Formação

NÃO DEIXEMOS QUE NOS ROUBEM A FORÇA MISSIONÁRIA O papa Francisco, ao abordar a crise do compromisso comunitário na Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho”, faz um discernimento evangélico sobre a ação evangelizadora da Igreja, ou seja, de todos nós, mostrando alguns desafios a partir da realidade atual. Ressalta que estamos vivendo uma mudança de época, onde podemos constatar muitos progressos que contribuem para o bem estar das pessoas, mas que também não “podemos esquecer que a maior parte dos homens e mulheres do nosso tempo vive o seu dia a dia precariamente, com funestas consequências”, vivendo com pouca dignidade, em função de uma economia que idolatra o dinheiro e o consumo, e nega a primazia do ser humano. O papa Francisco enfatiza diversos desafios que precisam ser superados para a inculturação do Evangelho e dos autênticos valores cristãos, sendo a Igreja Católica chamada a ser servidora em favor de uma sociedade mais justa e ao mesmo tempo mais crente. Encoraja todos os católicos nesta imensa tarefa, como agentes pastorais, que devem ter a alegria pela missão confiada por Jesus Cristo. E passa a destacar: • Não deixemos que nos roubem o entusiasmo missionário pela busca de um estilo de vida cheio de seguranças econômicas e espaços de poder, em vez de dar a vida pelos outros na missão. • Não deixemos que nos roubem a alegria da evangelização pelo medo de assumir compromissos 26

que possam roubar o tempo livre.

• Não deixemos que nos roubem a comunidade, onde os discípu-

los do Senhor são chamados a viver como sal da terra e luz do mundo, e não isolados, consumindo uma espiritualidade à medida do próprio individualismo doentio. • Não deixemos que nos roubem o Evangelho, que procura os interesses de Jesus Cristo e a glória do Senhor, e não o mundanismo espiritual que se esconde por detrás de aparências de religiosidade e mesmo de amor à Igreja. • Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno, que permite aos cristãos serem identificados como discípulos do Senhor. • Não deixemos que nos roubem a esperança e a confiança no triunfo cristão, que é de construir uma sociedade que conserva a fé em Deus e que procura irradiá-la. • Não deixemos que nos roubem a força missionária, principalmente a força missionaria dos leigos/as, cujas tarefas não podem limitar-se ao seio da Igreja, mas devem penetrar com os valores cristãos o mundo social, político e econômico. O papa Francisco concluiu o capítulo II de “A Alegria do Evangelho” dizendo: “os desafios existem para ser superados. Sejamos realistas, mas sem perder a alegria, a audácia e a dedicação cheia de esperança. Não deixemos que nos roubem a força missionária”.  Mariola e Elizeu Eq.19E - N. S. das Famílias Brasília-DF CM 480


REUNIÃO DE EQUIPE Meditando em casal, na Carta aos Coríntios 12, 12, Paulo usa a simbologia do corpo que, sendo um, tem muitos membros e todos os membros formam o corpo. Ele faz essa comparação entre Cristo e os batizados. À luz desta Palavra, fizemos uma relação da Reunião de Equipe com os PCE. A Reunião de Equipe é o corpo, os PCE, os membros. Sendo assim, cada membro representa um PCE. A cabeça é o Dever de Sentarse, porque uma cabeça sã conduz o corpo com equilíbrio; e o Dever de Sentar-se é o Ponto Concreto que produz na vida do casal o equilíbrio emocional, a harmonia conjugal. O Dever de Sentar-se proporciona ao cônjuge dar-se a conhecer, pouco a pouco, um ao outro. Assim, o casal que realiza o Dever de Sentar-se vivencia o Encontro e a Comunhão entre o casal, e do casal com Cristo. A Oração Conjugal está no pescoço, porque é o órgão que liga a cabeça com os demais membros do corpo. Ao vivenciar a Oração Conjugal, o casal sustenta-se na luz de Cristo, e esta luz irradia para o casal e, consequentemente, para os filhos e demais pessoas que convivem com este casal. Através da oração comum do casal unido pelo sacramento do Matrimônio, o casal entra em comunhão com Cristo. A Oração Conjugal é fonte de graça, é força para o casal em todos os momentos: quando assume serviços no Movimento, em pastorais e na vida profissional. A Escuta da Palavra e a Meditação Diária ficam nos braços, porque, para Escutar a Palavra, CM 480

o casal e/ou pessoa precisa fazer o esforço de abrir a Bíblia, folhear e, ao tomar esta atitude, está se comprometendo com Deus, dizendo sim à Palavra que Escuta e pondo-a em prática. Os braços são indispensáveis para a construção, para a ação, assim como a Escuta da Palavra e Meditação são importantes para a tranformação da vida do cristão que a escuta, medita e coloca-a em prática. Consequentemente esta atitude é que promove a busca assídua da vontade de Deus. Nas pernas estão o Retiro e a Regra de Vida. Estes membros nos dão a oportunidade de ir e vir com liberdade, mas também dão sustentação ao corpo. O Retiro é um momento em que o casal equipista caminha até o deserto para encontrar com Jesus, e, neste encontro, faz uma revisão de vida. Nesta revisão, a Regra de Vida é usada como PCE, que produz na vida pessoal e do casal, transformação. Ao ir ao encontro com Deus, o casal/pessoa busca a verdade sobre si mesmo. O corpo é a Reunião de Equipe. Se cada casal da Equipe tenta no dia a dia vivenciar os Pontos Concretos de Esforço, em casal e como pessoa, conforme a orientação do Movimento, os casais desta Equipe irradiam o amor de Cristo na Equipe, no Movimento e no Mundo. No corpo, ou seja, na Reunião de Equipe, está o Coração. Este coração é Cristo, presença viva na Reunião, representado pelo Sacerdote Conselheiro Espiritual e os casais equipistas.  Elizabete e Juvanildo Eq.01A - N. S. do Rosário. João Pessoa-PB 27


Campanha da Fraternidade

tráfico humano “É para a liberdade que Cristo nos libertou” O tema da CF deste ano nos leva a refletir mais a fundo sobre o comportamento humano: até quando os homens usarão o poder para oprimir e escravizar? Vemos todos os dias nos meios de comunicação casos de tráfico humano, e a maioria são mulheres, meninas menores de idade e crianças. Mulheres que com a esperança de um futuro melhor aceitam embarcar para o exterior (principalmente para a Europa) na ilusão de trabalharem de garçonetes, faxineiras e até mesmo em casas noturnas, mas quando chegam ao destino são obrigadas a se prostituir em troca de comida. Crianças que são roubadas e sequestradas de suas famílias para retirada e venda de órgãos. Jovens que são aliciados a trabalhar no exterior com a promessa de um futuro melhor são forçados a trabalhar por horas a fio sem comida e sem descanso, normalmente em confecções clandestinas. Muitos casos ainda acontecem com o consentimento da própria vítima, o que mesmo assim não descaracteriza o crime. E não vamos pensar que somente os brasileiros caem nessas armadilhas. Muitos bolivianos, peruanos e africanos são trazidos ao Brasil com as mesmas promessas de dinheiro garantido. O tráfico de pessoas tira da vítima a própria condição humana ao tratá-la como objeto, uma simples mercadoria que pode ser vendida, trocada, transportada e explorada. A vítima é ameaçada, coagida, raptada, forçada 28

a praticar atos contra a sua vontade e fica à mercê de seus “donos”: pessoas com influência e que ganham muito dinheiro com essa exploração. O que nós podemos e devemos fazer contra isso? Podemos nos interessar mais pelo assunto, aprendendo a identificar os casos de tráfico humano e estudar o texto-base da CF; acompanhar as celebrações e outras atividades da CF; descobrir e participar de pastorais e outros grupos que defendem e promovem a dignidade humana; denunciar, com coragem, os casos de tráfico humano. Além disso, podemos instruir nossos familiares, amigos, funcionários a prevenir essa situação da seguinte forma: duvidar sempre de propostas de emprego fácil e lucrativo; antes de aceitar qualquer proposta de emprego, buscar informações detalhadas da empresa contratante, dando atenção especial se o emprego menciona deslocamentos e viagens nacionais ou internacionais; evitar tirar cópias de documentos pessoais e entregar nas mãos de parentes, amigos ou estranhos; deixar sempre com alguém de confiança o telefone/localização da cidade para onde está viajando, além de se comunicar regularmente com pai, mãe, irmãos, etc.; informarse sobre endereços e telefones de consulados, ONGs e autoridades da região para os quais está viajando. E denunciar ou pedir ajuda através do Disque 100 (número gratuito) para ligações feitas dentro do território nacional, das 8 às 22 horas ou através do e-mail disquedenuncia@sedh. gov.br de qualquer parte do mundo. CM 480


E porque a Campanha da Fraternidade priorizou este tema em 2014? Para que possamos abrir os olhos para esta humanidade que cada vez mais preza o dinheiro, o prazer e o poder, ao invés do amor, da justiça e da paz, e também para que nossos filhos e netos possam conhecer um pouco mais sobre esses crimes que ocorrem muitas vezes perto de nós e

tenham mais cuidado com as pessoas com quem fazem amizades. Que o Senhor tenha piedade de nós e nos livre desse mal!  Fonte de pesquisa: Portal Cnj (www.cnj.jus.br) e texto-base CF 2014 (CNBB) Maria Cláudia e Agnaldo Eq.11A - N. S. da Natividade Votuporanga-SP

cartaz da campanha da fraternidade 2014 O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano.

1. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. 2. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente. Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. 3. A sombra na parte superior do cartaz expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade. 4. As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (GI 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior. A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos. CM 480

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Vida no Movimento

PROVÍNCIA SUL I

1o eacre REGIÃO SÃO PAULO LESTE III

Foi com muita expectativa e alegria que no final de semana de 31 de janeiro a 02 de fevereiro de 2014, a recém-criada Região da Província Sul I, realizou seu primeiro EACRE, contando também com os Casais Ligação e Casais Piloto dos setores Mogi A, Arujá e Mogi B. A expectativa era grande não só por ser o primeiro da região, mas também por ser a primeira vez que teríamos um EACRE sem nossos amigos da Região São Paulo Sul I, região que deu origem à Leste III, tão queridos de todos nós. Fomos agraciados com um final de semana maravilhoso e para isso contamos com muitos anjos que colaboraram para o nosso EACRE. Desde o nosso querido Bispo Diocesano, Dom Pedro Luiz Stringhini, que presidiu a missa do sábado, aos palestrantes que não mediram distâncias para estar conosco, ao pessoal 30

da cozinha, formado por voluntários equipistas e casais do Encontro de Casais com Cristo e demais anjos, que sob a denominação de Casais Apoio, se doaram pelo Encontro. Tivemos também no EACRE a reunião dos Sacerdotes Conselheiros Espirituais, que contou com vários padres e seminaristas, além da presença do SCEP Padre Paulo Renato, e dos SCE dos Setores que compõe nossa Região, Padres Thiago Cosmo, Diogo Shishito e João Motta. A Legião de Maria também foi um dos anjos no nosso EACRE, ao nos disponibilizar um espaço tão fantástico quanto a “Casa de Formação Frank Duff”, proporcionando aos nossos casais um ótimo espaço físico, e ao final dos trabalhos diários, um quarto aconchegante para descansar. Agradecemos a Nossa Senhora da Assunção, Padroeira da Nossa Região, pelas bênçãos recebidas no CM 480


final de semana e roguemos a ela, para que interceda junto a seu filho Jesus por todos os que trabalharam e se doaram pelo EACRE da Leste III, principalmente pelos casais que saíram do Encontro com a missão de serem anjos, cuidadores e protetores de suas equipes, do Movimento, mas

acima de tudo e principalmente, de suas famílias e do seu cônjuge, agindo assim, pela sociedade que tanto espera e precisa de nós, equipistas ...  Márcia e Agnaldo CR da Região SP Leste III Arujá-SP

sessão de formação

Ser Igreja A Região SP SUL I, juntamente com os Setores Santos A e B, promoveu nos dias 15 e 16 de março a Sessão de Formação Nível II, no Colégio Leão XIII com a participação de 20 casais. O SCE da Região, Padre Isac Carneiro, abriu o Encontro e trouxe um histórico dos documentos da Igreja Católica, como as encíclicas e as cartas apostólicas, dedicadas ao matrimônio e à família, e ressaltou a riqueza da participação dos leigos na Igreja e no trabalho pastoral voltado às famílias, já que são o santuário doméstico e exigem uma atenção especial. Para fechar esse momento, os CM 480

casais se reuniram em grupos, debateram as possíveis ações e atividades nesse sentido, para serem desenvolvidas nas equipes e comunidades que frequentam. Após o almoço, o SCE da Equipe Rosa Mística, Setor Santos B, Pe. Alexander Marques da Silva, explanou sobre a importância dos equipistas conhecerem os documentos da Diocese de Santos Documentos da Igreja Particular. Na manhã do dia seguinte, o diácono Antônio Eduardo Martins, da Paróquia São Tiago Apóstolo, em Santos, destacou a responsabilidade do Matrimônio e de doação para com o cônjuge - “Vocação e Missão do Casal e da Família”. Boa parte da 31


apresentação foi voltada à necessidade dos casais se dedicarem à família, que é a base de tudo, pois molda o caráter dos filhos e é onde se aprende o essencial para a vida. Após, nova dinâmica entre os casais sobre o conteúdo absorvido ao longo do final de semana, o mestre em Teologia e integrante da assessoria de comunicação da Diocese de Santos, Francisco Suriam, fechou o Encontro. Durante a apresentação, ele ressaltou que os documentos da Igreja Católica “devem servir de lentes” para que possamos refletir sobre alguns assuntos e situações. Suriam propôs ainda que os leigos

façam a leitura desse material em grupo e ajude a divulgá-lo por meio de ações nas paróquias. As Equipes de Nossa Senhora são um Movimento de espiritualidade conjugal católico, leigo e constituído por casais que buscam no e pelo sacramento do Matrimônio um ideal de vivência cristã. Sob a proteção de Nossa Senhora e por meio de pontos concretos de esforços, os equipistas procuram progredir, como casal e família, no amor a Deus e ao próximo.  Louise e Sandro Eq.02A - N. S. de Schoenstatt Santos-SP

PROVÍNCIA SUL II

eacre

REGIÃO SP NORTE II A força do amor caridade

Sábado, 01 de Fevereiro de 2014, às 14h, no Colégio Santo André em São José do Rio Preto, com muita alegria, demos início ao 32

nosso tão esperado EACRE 2014, deixando para trás todas as horas sem dormir e as inúmeras preocupações acumuladas nas semanas que antecederam. Inspirados no trecho da Carta CM 480


de São Paulo aos Coríntios “ ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, sem caridade (amor) eu nada seria...”, recebemos por um túnel de palmas brancas os CRE que estavam pela primeira vez na missão, com suas fotos no telão, ao som da música Monte Castelo, na voz do Pe. Reginaldo Manzotti. Sentados, os CRE se viram, de repente, rodeados de anjos, vestidos de branco, abençoando-os na nova missão. Difícil conter a emoção! E neste clima, ouvimos nosso CRR, Marlene e Luis Antonio, sobre os objetivos do EACRE, quando fomos agraciados com a entrada, em plenário, do nosso ilustre Bispo Diocesano Dom Tomé. O SCE Regional, Pe. Geomar, iniciou as palestras tratando do Tema de Estudo deste ano: “Acolher e cuidar dos homens”. Em seguida tivemos as palestras sobre a ligação no Movimento e o Encontro Nacional das ENS em Aparecida. Após o delicioso jantar, vivenciamos uma via sacra dramatizada, no bosque do colégio, onde tivemos a oportunidade de encontrar uma “imagem” de Nossa Senhora Aparecida, que o Pe. Marcos - SCE do Setor E abençoou a todos.

Cheios do amor-caridade e abençoados pela Mãe e saciados com o maravilhoso café da manhã, tivemos o prazer de ouvir a sempre encantadora e doce fala do CRP, Inês e Natal, que nos passou as Orientações do Movimento para 2014. Na sequência tivemos a Escuta da Palavra e os três novos documentos do Movimento das ENS: “O Espírito e as grandes linhas do movimento”, “Retiro nas equipes de Nossa Senhora” e “Colhendo os Frutos do Amor”. Após o almoço assistimos o testemunho do casal, Maria Inês e Eufly, sobre a importância do Movimento em suas vidas. Quando nos demos conta, nosso tão esperado EACRE tinha chegado ao fim. Que pena! Renovados pelo amor caridade, retornamos aos nossos lares. Porém, não o fizemos com a sensação do dever cumprido, mas sim com a absoluta certeza de que somos chamados a amar mais, pois o amor é paciente, é prestativo, não se irrita, não guarda rancor. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.  Luciana e Fernando CR do Setor D São José do Rio Preto-SP

REGIÃO SP OESTE I Cercado de um clima de muita fé, espiritualidade e cordialidade entre seus integrantes, o EACRE 2014 da Região SP Oeste I realizou-se nos dias 1 e 2 de fevereiro na cidade de Assis. Na missa de abertura, o bispo diocesano de Assis, D. José Benedito

Simão, lembrou a todos os participantes que devemos sempre abrir o coração para acolher as mensagens do Movimento. O CP leu a mensagem do casal CRSRB, destacando que o EACRE deve transcorrer num clima de alegria e oração e, em seguida, transmitiram as Orientações para 2014, enfatizando a missão

CM 480

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de cada um de nós. Pe. Evandro R. Batista, SCE da Região, falou sobre o Tema de Estudo desse ano enfatizando as propostas contidas nas oito reuniões, mais a reunião de balanço, lembrando que, para vivenciar bem o tema, é preciso meditar sobre a parábola do bom Samaritano. Com muita propriedade e entusiasmo o CR Andréa e Sílvio falou sobre a Unidade e a Ligação do Movimento, destacando a grande importância que esse serviço tem para manter os objetivos das equipes. Informaram e conduziram também a pesquisa sobre o tema da Sexualidade. Sentimos que a preparação do EACRE foi feita com muito carinho, responsabilidade e sintonia. Os CRS apresentaram vários assuntos: o documento “O Espírito e as grandes linhas do Movimento”, enfatizando que a Carta de Brasília convida a regressar aos temas-base, revisando os textos inspirados no carisma, mística e pedagogia do Movimento; os PCE que serão ênfase neste ano, a Escuta da Palavra e Retiro, lembrando-nos que não seremos bons equipistas sem o sustento da Palavra e o destaque moti34

vador sobre o III Encontro Nacional em Aparecida. O casal Marília e Silvio, de Marilia ofereceram um comovente depoimento da sua vida no Movimento e início das ENS em Marília, há 54 anos. Destacamos com alegria a presença do casal Terezinha e Nero, de Bauru, um dos autores do Tema de Estudo “Colhendo os Frutos do Amor”. Além disso, também falaram sobre a Comunidade N.S. da Esperança, reportando que o primeiro grupo na Região formou-se em 2005 e hoje existem grupos em Bauru, Garça e Paraguaçu Paulista. Um representante das equipes Jovens, de Paraguaçu Paulista, deu um vibrante depoimento sobre as atividades desse grupo em nossa região, cuja missão é levar a espiritualidade à sociedade e às famílias. Dentro de um clima de muita fé e entusiasmo para enfrentar o novo ano equipista encerrou-se o nosso EACRE com a Missa de Envio, enfatizando que Cristo nos capacita a servir com alegria e com alegria viver as exigências cristãs.  Maria Inês e Antônio Augusto Eq.02 - N. S. Aparecida Garça-SP CM 480


noite de oração Quaresma e Páscoa

No dia 14 de março os Setores A, B e C, de Ribeirão Preto, realizaram uma Noite de Oração na capela dos Estigmatinos, com o tema Quaresma e Páscoa. Presidida pelo SCE do Setor B, Pe. Luciano, cerca de sessenta casais estiveram presentes e foram contagiados pelos fortes momentos de oração dirigidos pelo sacerdote e, certamente, iluminados pelo Espírito Santo. A noite começou com a exposição do Santíssimo Sacramento que, como sempre, despertou em todos nós o sentido mais puro de respeito e amor à presença viva de Jesus Cristo em nosso meio. Pe. Luciano, solenemente, chamou a nossa atenção para os dois aspectos da liturgia quaresmal: devemos por em maior realce, tanto na liturgia como na catequese litúrgica, os dois aspectos característicos do tempo quaresmal, que pretende, sobretudo, através da recordação ou preparação do batismo e penitência, preparar os fiéis, que devem ouvir com mais frequência a Palavra de Deus e dar-se à oração com mais insistência, para a celebração do mistério pascal. No tempo quaresmal nós temos várias sugestões que nos faz viver o mistério pascal: ler, meditar e refletir a Palavra de Deus através da lectio divina, consultar o Catecismo da Igreja Católica, realizar a via sacra, rezar o terço em família, exercitar as obras penitenciais, tais como a de piedade e de caridade, para se abnegar a si mesmo e tantos outros momentos propostos em nossas realidades da vida comunitária e paroquial. O itinerário quaresmal, nos leva ao crescimento diário, a mudança de vida, a uma nova direção, não podendo nos esquecer da oração , do jejum, da penitência, da abstinência, da esmola, da caridade e de se confessar. No final Pe. Luciano disse: somos felizes e bem-aventurados, porque Cristo ressuscitou e sabemos que ele nos ama, desde toda a eternidade. Estamos dentro de um plano de misericórdia e redenção. Que o Cristo ressurgido nos faça alegres na esperança, fortes na fé e generosos na caridade”. Assim, o mistério pascal não cairá no vazio e poderemos passar, pela vida, entoando salmos de gratidão. Há um Pai que nos ama e protege e Cristo, nossa páscoa, ressuscitou verdadeiramente.  Lúcia e Rubson Eq.2B - N. S. das Graças Ribeirão Preto-SP CM 480

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PROVÍNCIA LESTE

EACRE Região Rio I A Região Rio I realizou nos dias 22 e 23 de fevereiro, em clima de muita alegria e amor às ENS, o seu EACRE 2014, em São Conrado-RJ. O entusiasmo de todos os casais e conselheiros espirituais presentes foi, com certeza, o ponto forte desse evento tão importante para que o ano que começa seja rico em crescimento espiritual e união. As palestras, grupos de reflexão e celebrações litúrgicas, enfocaram sempre a importância de nos mantermos em sintonia com todo o nosso Movimento, reafirmando a nossa unidade. Para isso, contamos com a presença de Bete e Carlos Alberto – CP, que nos falou da “A Missão nas ENS”, com a participação do SCE da Reg Rio I - Padre Levi, esclarecendo o Tema de 2014 “Ousar o Evangelho: Acolher e Cuidar dos Homens”, de forma motivadora, assim como foi a palestra do CR da Reg.Rio I que nos passou as orienta36

ções de Movimento para 2014. Dois momentos enriquecedores foram as palestras sobre o livro: “Colhendo os Frutos do Amor”, com um dos capítulos escrito por Maria Célia e Ivan, fundadores da primeira equipe do Rio de Janeiro e a do documento “O Espírito e as Grandes Linhas do Movimento”. Outras palestras, animações e apresentações de alguns documentos também foram pontos chaves em nosso EACRE. Rogamos a Deus, que a motivação demonstrada por todos, chegue às equipes de base, levando a cada casal aquilo que propõem as Equipes de Nossa Senhora: crescimento espiritual e a busca da santidade na vida conjugal. Que Nossa Senhora das Graças, intercessora da Região Rio I, continue abençoando todos os nossos queridos casais e conselheiros espirituais. Graça e Alexandre CR do Setor A Rio de Janeiro-RJ CM 480


REGIÃO RIO IV Formação, oração

Quando dois ou mais estiverem reunidos em Meu nome, Eu estarei no meio deles (Mt 18,20). Temos certeza de que Cristo esteve presente nos dias 22 e 23 de fevereiro, no auditório lotado do Colégio Salesianos em Niterói. Com a presença dos Casais Responsáveis de 2014, Casais Ligação, Casais Piloto, SCE, Casais Setores e com a participação especial do CRP Leste, Bete e Carlos Alberto, realizou-se o EACRE da Região Rio IV. Agradecemos a Deus a presença de tantos casais que ali estavam porque assumiram uma responsabilidade com a Igreja e com o Movimento. Fomos, todos, para aprender mais, para trocar experiências, para estar em unidade com os equipistas da Região Rio IV, da Província Leste e, porque não dizer, de todo o Brasil. CM 480

Após as orientações, orações e informações recebidas, temos certeza de que os participantes estarão mais motivados a “Ousar o Evangelho – Acolhendo e cuidando dos Homens” através dos seus irmãos de equipe, dos seus familiares e amigos, tendo a certeza do que Jesus nos diz “Tudo o que fizerdes ao menor dos meus irmãos, é a mim que o fazeis” (Mt 25,40). Que o testemunho da Sagrada Família seja nosso exemplo neste ano de 2014, e que Nossa Senhora, padroeira de todas as equipes, continue a nos motivar, nos disponibilizando ao chamado em busca da santificação. E que possamos dizer todos juntos: “O Senhor fez e faz maravilhas todos os dias em nossas vidas”. Amém!  Tereza e Reizinho CR da Região Rio IV Rio de Janeiro-RJ 37


PROVÍNCIA CENTRO OESTE REGIÃO GOIÁS - SUL O EACRE da Região GoiásSul aconteceu nos dias 8 e 9 de fevereiro passado, em Itumbiara, no Centro Pastoral Diocesano D. Veloso. Momento de fundamental importância para o crescimento de todas as Equipes de Base, onde os Casais Responsáveis de Equipes receberam informação e formação para repassarem aos equipistas, num ato de unidade e certeza do enriquecimento do Movimento na nossa Região. Foi um trabalho lindo e edificante coordenado pela nossa Região, em que sentimos a união de vários casais em prol de um mesmo objetivo: A Santidade Conjugal. Foram momentos de acolhimentos, celebrações, orações e muita animação: uma verdadeira festa de fraternidade, amizade e troca de experiências entre todos os participantes. Com grande expectativa e atenção recebemos as Orientações para 2014 e tivemos o entendimento contextual do Tema de Estudo: Acolher e Cuidar dos Homens enriquecido com observações complementares sobre o Lema: Tudo o que fizeres ao menor destes meus irmãos, é a mim que o fazeis. A reunião com os nossos queridos Conselheiros Espirituais, teve uma boa participação das cidades de Itumbiara, Canápolis, Monte Alegre, Itarumã, Quirinópolis, Goiatuba e Ituiutaba. Os trabalhos foram dirigidos pelo Sacerdote 38

Conselheiro Espiritual da Região, Pe. José Luiz de Castro, acompanhado dos Casais Regional e Provincial. Vários assuntos foram discutidos, as dúvidas dirimidas; as colocações permitiram ricas trocas de experiências, propostas e sugestões para o crescimento de todos os conselheiros e, consequentemente, suas equipes de base. As refeições e lanches foram verdadeiros momentos de confraternização, animados pela presença, interação e alegria de todos os participantes. O final do dia de sábado não poderia ser melhor, tivemos a convivência, foi uma convivência mesmo! Com momentos de brincadeiras, conversas amenas, risos, aplausos, culminando com as homenagens para todas as Províncias da Super-Região Brasil, proporcionadas pelos Setores que embelezaram com guloseimas, danças e as histórias da Província sorteadas. No envio, fomos presenteados com a entrega de um Crucifixo para usarmos nas reuniões formais. Foi um momento forte de oração percebido em cada rosto de nossos casais, demonstrando o desejo e a seriedade do serviço e a alegria de serem enviados com entusiasmo e cheios do Espírito Santo.  “É preciso ter fé no que se faz e fazê-lo com entusiasmo” Meiry e Marcos CR Setor B Ituiutaba-MG CM 480


sessão de formação

Região Mato Grosso do Sul Um sopro...

do Espírito Santo, poderíamos falar assim da nossa experiência na SF Nível III, realizada em Campo GrandeMS. As exposições realizadas por Cida e Raimundo - CRSRB, juntamente com o Casal Provincial, retiraram a poeira que embaçava os nossos conhecimentos sobre as ENS. Apresentaram-nos o que é ser um Equipista, utilizando sabiamente analogias como a do lobo que vê e persegue uma lebre, mas não consegue alcançá-la. Ao uivar atrai outros lobos, que também passam a perseguir, porém, como não tinham visto a lebre, e corriam apenas em imitação ao lobo que a viu, vão desistindo facilmente pelo caminho, e apenas aquele que a viu e a guardou em sua mente, que acredita na sua existência continua na perseguição. Assim também ocorre na vida do Movimento: casais que ingressam CM 480

na equipe, porque querem imitar outros que se assemelham ao lobo que viu a lebre (têm foco, dedicamse e se aprofundam no Movimento) desistem pelo caminho, pois não viram a beleza e a riqueza do Movimento e não perseveram nos PCE e na missão evangelizadora. A proposta nos foi apresentada de forma clara: vamos nos entregar à ação do Espírito Santo, assim como o barro nas mãos do oleiro, para que nos seja dada a melhor forma. Foi impossível não perceber a responsabilidade que nos espera: o “se pôr a serviço”. Somos chamados por Jesus Cristo, através dos nossos irmãos para assumirmos algum serviço (CRE, CRS...), que só serão importantes para o Movimento se exercidos sob oração e à luz dos ensinamentos do Pe. Caffarel: “tua exigência sem amor me diminui, teu amor exigente me engrandece”. 39


Tivemos momentos fortes de oração refletindo sobre o anúncio do anjo a Maria (Lc 1, 26-30) e o chamado de Jesus no lago de Genesaré (Lc 5, 1-11), onde Ele convida pescadores a pescarem diferente, tornando-se pescadores de homens. Nesse contexto, compreendemos que só depende de nós, ser Cristão, ser Igreja e ser Movimento2, caminho que podemos facilitar, utilizando nossos instrumentos de esforço concreto e caminhando em colegia2

do, ajudando-nos mutuamente. Crendo nas sábias palavras de Frei Leão Magno: “Aquele que vos deu a dignidade vos dará a força!”, confiamos que, no Senhor, o nosso trabalho será sempre fecundo. E, que todos nós, seguindo a Jesus, sempre no colo de Maria, façamos juntos nosso caminho de Equipista.  Vânia e Joelson Eq.04A - N. S. de Fátima Dourados - MS

Os três níveis de formação: Nível I - Fé e Vida Cristã (Ser Cristão); Nível II - Vocação e Missão (Ser Igreja); Nível III – Formação de Quadros (Ser Movimento Missionário)

PROVÍNCIA NORDESTE REGIÃO MA/PI Se tu vens às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Saint-Exupéry

E foi assim, conduzido pelo espírito de felicidade, que começou o nosso Encontro. Antes dos dias 01 e 02 de fevereiro, já sentíamos o coração acelerado, tamanha a ansiedade aguardando o EACRE 2014, do nosso Setor Barra do Corda-MA. O Encontro ganhou contornos peculiares, já que pelas distâncias, desde a sexta-feira (31/01) o sentido de peregrinação e missão tornou-se presente nos mais de 480 kms que dois setores têm que percorrer. Podemos imaginar a animação daquela romaria, rezando, cantando, louvando e sorrindo das mais diversas histórias; todos, 40

indo ao encontro dos irmãos, “anjos”, das várias cidades da nossa região. Tivemos o privilégio de contar com as presenças: do CPConceição e Macedo. Quanto conhecimento em suas palavras! Nos fizeram renovar o amor pela Igreja, pelo Movimento e por nosso cônjuge, do SCE da Província, Pe. Neto, “anjos” que vieram abrilhantar o Encontro e trazer-nos a luz de Cristo, à luz do Movimento para nortear nossa caminhada durante 2014. Entre tantos momentos fortes, destacamos a sua palestra que, com rara sabedoria, falou-nos sobre o Tema de Estudo: Ousar o Evangelho, Acolher e cuidar dos homens de uma maneira lúdica e séria ao mesmo tempo, despertando em todos nós risos e comentários elogiosos pela profundidade da fala e um humor CM 480


contagiante e, finalmente, do sempre ungido Frei Dourival - SCE da Região, que nos direcionou, com suas sábias palavras, ao sentido do Tema da CF: Fraternidade e Tráfico Humano e do Lema: É para a liberdade que Cristo nos libertou. (Gl 5,1), alertando-nos para a responsabilidade de cada um ao serviço do reino, dos diversos modelos de família, da comunicação e dos PCE. A nossa noite cultural com os sotaques cordinos e maranhenses: canções, danças, mensagens e depoimentos proporcionaram momentos alegres e emocionantes, como no testemunho de uma filha de equipista. Os casais de São Luis deram um tom diferente à convivência, juntamente com seu SCE - Pe. Reginaldo comandaram a tradicional dança do boi.

As orientações do Movimento foram repassas por Lourdes e Antonio de Fátima – Casal Regional. Simples como é a nossa Igreja passaram mensagens angelicais, claras, saídas de Deus para a nossa vida. O testemunho de vida de Diquinha e Aldy marcou o dia, falaram da trajetória de vida na Igreja, no Movimento e no mundo. Fortes momentos de Oração foram vividos nas Celebrações Eucarísticas e no momento mariano, este, preparando-nos para a peregrinação do 3º Encontro Nacional em Aparecida.  Ana (do Máritom) Dim (da Ozin) Cidália (do Mundico) e Lourdes e Antonio de Fátima CR da Região MA/PI Barra do Corda-MA

REGIÃO PARAÍBA

Cada casal responsável Por sua equipe amada Vai sair abastecido Para a longa jornada.

Cordel

No convento Ipuarana Aconteceu outra vez O EACRE Paraíba Dias quinze e dezesseis Ano dois mil e catorze E fevereiro é o mês. Ousar o evangelho É o tema deste ano Acolher e cuidar dos homens Seja um jovem ou um decano Pois quem faz o que Deus pede Vai sempre ser mais humano. Toda a região Paraíba Estava representada CM 480

O casal Gracinha e Jadson É o nosso regional E junto com sua equipe Trabalharam sem igual Para que o nosso EACRE Ficasse muito legal. Jussara e Daniel Passaram as orientações Vieram nos informar Várias linhas de ações Para os casais responsáveis Levarem nos corações. 41


Na nossa equipe de base Teremos que semear Depois vem o casal ligação Para que a equipe cresça E venha frutificar. O retiro este ano É uma prioridade A escuta da palavra Vai nos levar à verdade O casal vivenciando Vai crescer na unidade. À noite para a convivência Os casais se enfeitaram Uma prévia do carnaval No auditório ensaiaram Frutas, salgados e doces Serviram, todos lancharam. Dentre os participantes Alguns padres conselheiros Padre Manoel e Joácio 42

E Dorgival por derradeiro Nos falando que para Deus A família vem primeiro. Cida e Raimundo falaram Da sexualidade Neide e Marcos estão colhendo Os frutos da boa idade Padre Dorgival falou Aos casais grande verdade. O EACRE terminado Vai começar a missão De levar para nossa equipe Essa grande informação Que é preciso muito esforço Para alcançar a salvação.

Antônio (da Socorro) Eq. 04A - N. S. de Lourdes João Pessoa-PB CM 480


Foi com esta saudação que inúmeras vezes batemos à porta das casas equipistas para conversarmos sobre assuntos das Equipes de Nossa Senhora. É impressionante como o tempo voa, como as ENS cresceram nos últimos dez anos, e como há tanta gente nova ingressando no Movimento. Assim, pedimos licença para anunciar aos mais novos e relembrar aos mais velhos alguns fatos da nossa caminhada. Nos idos de 2003, nossa querida Dona Nancy Cajado Moncau, então fragilizada em sua saúde, no alto dos 93 anos de idade, ouve o apelo do Senhor e se dispõe a pensar na criação de um Movimento destinado a viúvos e viúvas. Se houve um primeiro impulso para se pensar exclusivamente nos viúvos e viúvas equipistas, logo o objetivo se ampliou para equipistas ou não. Para ajudá-la nessa empreitada, Dona Nancy cercou-se de alguns casais e viúvas equipistas ou que já haviam sido equipistas. No curso desses trabalhos preparatórios, por sugestão do Pe. Flávio Cavalca de Castro e do Pe. Dalton Sebastião Brandão, foram incluídas nos objetivos desse novo Movimento as pessoas solteiras, que já tinham atingido uma idade mais madura, e as separadas/ divorciadas que continuavam sós. Foi desse modo que, emergindo do seio do Movimento das ENS, surgiram as Comunidades Nossa Senhora da Esperança. Pode-se dizer que, assim como as Equipes Jovens de Nossa Senhora são o nosso futuCM 480

CNSE

OLÁ, GENTE AMIGA! ro, as Comunidades Nossa Senhora da Esperança são a nossa continuidade, até porque, estatisticamente, em cada casal há 50% de chance de um ficar viúvo(a) um dia. Inegavelmente as CNSE não foram apenas uma boa ideia, nem um projeto social e sim uma inspiração, um dom do Espírito de Deus, uma resposta que se podia dar a essas pessoas que viviam uma situação de perdas: perda da própria identidade abalada pela morte do cônjuge, perda do sentimento de autoestima decorrente do abandono do cônjuge, uma dor contida de menos valia pelas circunstâncias de permanecer só, situação talvez nem sempre escolhida por opção. As sementes lançadas por Dona Nancy e seu pequeno grupo de trabalho vem frutificando pouco a pouco. Hoje já temos 225 grupos de viúvas/os e pessoas sós, congregando em torno de 2.000 membros, que se encontram instalados em 74 cidades de 16 Estados no Brasil. Constituída como associação civil católica desde 2006, após um lapso de pouco mais de dois anos em período de preparação e experimento, as Comunidades Nossa Senhora da Esperança querem ser apoio e dar orientação espiritual, religiosa e vivencial a essas pessoas para que possam se sentir acolhidas e se reconheçam como filhas(os) especialmente amadas por Deus. Mesmo sendo um Movimento independente está umbilicalmente vinculado às ENS, de cujos responsáveis têm recebido fundamental 43


apoio. Aliás, em seu projeto, Dona Nancy acalentava o sonho de que não faltariam nas hostes equipistas os trabalhadores para levar adiante os serviços deste novo Movimento. Neste ano, na esteira das propostas lançadas no XI Encontro Internacional de Brasília, a grande orientação de OUSAR O EVANGELHO volta-se de forma especial para a acolhida e o cuidado para com o homem. O campo da atenção e do cuidado com o próximo tem inúmeras dimensões, e sabemos que os casais das ENS têm se engajado em várias frentes. Mas, tendo nós assumido a Coordenação Nacional das CNSE, gostaríamos de apontar para as pessoas viúvas e sós, a fim de que possam ser merecedoras de uma especial solicitude da parte dos equipistas. Sem dúvida alguma, os equipistas, mais especialmente os mais experimentados e as viúvas(os) equipistas estão especialmente talhados a transmitir a sua vivência em favor dessas pessoas sós, dando-lhes não só estímulo, com também revelando-lhes os sinais de esperança que elas tanto almejam encontrar. Para direcionar nosso cuidado para com os membros das Comunidades Nossa Senhora da Esperança nem de longe se cogita em afastar o equipista de sua equipe de base! Trata-se apenas de abrir-se um nova possibilidade pastoral, partilhar com esses irmãs(aos) sós sua experiência de vida comunitária, suas descobertas, a prática da oração, enfim, colocar-se a serviço para compreender suas necessidades e estimulá-los em sua fé e esperança. 44

Como Dona Nancy, também contamos com o auxílio dos equipistas de todo o Brasil. Isso pode se dar basicamente: a) Pela divulgação da existência e dos objetivos das CNSE em suas comunidades, em seu grupo social, em suas paróquias. b) Pelo incentivo às viúvas (os) e pessoas sós para que formem um grupo; c) Pela participação como coordenador de grupo (o que equivale ao trabalho de um casal coordenador de experiência comunitária, mas que não precisa ser exercido pelo casal, mas apenas por um cônjuge); d) Pela participação como Coordenador Local ou Coordenador Regional nos trabalhos de expansão de grupos novos e consolidação dos grupos já existentes. Convidamos a todos para que visitem o site, www.cnse.org.br que está em “link” com o das ENS e conheçam melhor as propostas e o material disponível. Rogamos a Virgem da Esperança que desperte em vocês, queridos irmãos, o desejo de atender o apelo para acolher e cuidar dos homens e, se for da vontade do Senhor, que inspire alguns para trazer esperança para as pessoas que caminham sós pelas estradas da vida. Deixamos a vocês, a seus filhos e familiares o nosso fraterno e caloroso abraço.  Silvia e Chico Coordenação Nacional das Comunidades N. S. da Esperança CM 480


Testemunho

NASCE O SETOR CATENDE Região PE II

Há sete anos nasceu no coração de nosso antigo Pároco, o desejo de trazer para as famílias paroquianas, como também para aquelas afastadas, um novo método de viver o Sacramento do Matrimônio e despertar a espiritualidade conjugal. Seu convite despertou a nossa curiosidade, mas como sempre, por nunca ter ouvido falar nas ENS, muitos foram convidados e poucos continuaram no chamado. Apenas uma equipe se formou: Equipe N. S. das Graças. Por que a escolha dessa invocação? Porque se encontravam ali dois casais que haviam passado por grandes enfermidades. Éramos um dos casais, por isso desejamos ser ela a nossa intercessora: pelas graças que recebemos e que ainda esperávamos alcançar. Veio a Experiência Comunitária; cada encontro nos contagiava. Logo começamos a transmitir as maravilhas que era estar em um Movimento que nos transformava, pois muitos pensavam que estar nas ENS era apenas reunir para rezar o terço. Começamos a convidar outros casais, íamos de casa em casa conviCM 480

dando-os. No ano seguinte já haviam quatro Experiências Comunitárias. A cada degrau subido conhecíamos e amávamos mais o Movimento. Continuando a nossa jornada, veio a primeira missão: o chamado para sermos o 1º Casal Responsável de Equipe - CRE. O tempo passou, e com a missão o desejo de aprofundar o conhecimento foi crescendo. Em cada livro lido, os ensinamentos de Pe. Caffarel nos fizeram enxergar que tínhamos que passar adiante. Outras famílias precisavam ser contagiadas, ser transformadas como nós fomos. Cada formação de que participávamos queríamos passar adiante a “boa nova”, e perdemos o medo de convidar mais e mais casais. Formamos mais cinco Experiências Comunitárias. Para nós, Jesus Cristo mandou mais uma missão: Casal Ligação da Região com as Equipes distantes, que éramos. Fizemos tudo com tamanho do amor que Deus nos deu. Preparamos formações, encontrávamos com os Casais Pilotos e os CRE; atualizávamos os casais sobre novas orientações do Movimento. 45


Formamos, finalmente, 10 equipes. Por ocasião da apresentação oficial veio a insegurança: e agora, meu Deus? Será que vamos dar conta? Mas a vontade de servir e o amor conquistado pelo Movimento falaram mais alto do que o medo que sentíamos. O Casal Regional autorizou o pré-Setor. Com ele um desejo maior de ver mais casais beberem da fonte da espiritualidade conjugal. Pelo amor à missão de Cristo conseguimos formar mais dez grupos de Experiência Comunitária. Somos, hoje, 10 equipes e 10 Experiências Comunitárias; lembramos com rara felicidade os semblantes do CRR, quando viu tantos casais no momento que veio fazer a informação. A rara felicidade se transformou num medo muito maior que os anteriores: como iríamos dar conta de tantos casais? Começamos a formação de quadros. Dois casais se dispuseram a também servir ao Movimento em Catende; com eles pomos em prática o desejo de expandir para paróquias vizinhas. No dia 09.06.2013 foi criado o Setor Catende. Foi uma alegria imensa a notícia da formação do nosso Setor. Apesar das preocupações com a iniciação e formação dos casais, contávamos com uma equipe de irmãos orantes e, também, apaixonada pelas ENS. Outra vez o nosso Pai nos pregou um susto muito grande. Em casa no nosso silêncio perguntamos o que Ele pretendia da gente. Meu esposo é militar, tanto faz estar em casa como ser escalado. Eu sou portadora de artrite reumatoide, espondilite aquilosante, dói muito, mesmo assim, com tantas limitações Ele nos convidou para assumir os 46

serviços do Setor Catende, ou seja, ser o CRS Catende. Na confiança de que temos casais que não nos deixarão sozinhos nesta missão, que irão juntos conosco carregar a cruz que nos foi confiada, e certos de que Maria caminhará à nossa frente, demos o nosso “sim”, como Ela fez. Somos o primeiro CRS de Catende e queremos na alegria do Senhor, com todos os equipistas da Paróquia de Sant’Ana e nossos padres, que sempre estiveram conosco, manifestar o prazer de fazer parte das ENS em mais esta missão e poder testemunhar que, quando desejamos o melhor para o outro, somos capazes de transformar-nos em anjos. Mesmo com medo, inseguros, mas, acima de tudo, confiantes de que Aquele que conduziu as primeiras comunidades cristãs, que se multiplicaram e chegaram até hoje firmes e fortes, apesar dos obstáculos que surgiram no caminho, continuará nos conduzindo, nos guiando mesmo com tantas distorções contra a família cristã. Ele será nosso centro, nosso inspirador nos momentos de decisões; o Espirito Santo nos conduzirá e levará adiante um projeto de vida em santidade. Mas nós que vivemos combatendo através dos PCE, não podemos nos abater; somos um Movimento que desperta e fortalece casais que buscam seguir o nosso exemplo, unindo o sacramento do Matrimonio ao sacramento da Ordem que se transformam em grande mudança de vida: de vivermos como casais cristãos no mundo de hoje.  Leila e Daniel CR do Setor Catende Catende-PE CM 480


Alice e Francisco -

e fortalecimento da espiritualidade conjugal. Mirtys e João

Casal integrante da Eq.02B – N. S. da Glória, em Porto Alegre-RS, comemorou 50 anos de Matrimônio e renovou seus votos em Missa celebrada pelo SCE Pe.Luciano Massullo, no Santuário N.S. Aparecida. Festejaram o dia, também, com uma alegre recepção aos seus familiares, amigos e equipistas. Irene e João

Com as bênçãos de Deus o casal integrante da Eq.22B - N. S. da Guia em Juiz de Fora-MG, celebrou suas bodas de ouro junto com familiares e amigos. A celebração Eucarística aconteceu no dia 15.12.2013, na Igreja de São José, onde participa de diversas pastorais. Agradecemos muito a Deus por este casal tão disponível para o Movimento. Que Nossa Senhora da Guia os conduza sempre.

ANIVERSÁRIO 40 ANOS

No No dia 25 de janeiro comemoraram 50 anos de casados e estão no Movimento há 49 anos, praticamente desde o início das ENS em Araçatuba que também celebram 50 anos em 2014. Integram a Eq.01-N. S. das Famílias, tem três filhos e oito netos. A sua história de vida conjugal coincide com as formações e esforço constante pela busca da realização integral dos PCE, como esteio para o alimento CM 480

No dia 16 de Marco de 1974 fomos protagonistas da certeza do amor que existia naqueles casais, e resolvemos, com as bênçãos de Deus, formarmos nossa equipe. Entramos numa faculdade vitalícia que não dá diploma, mas nos leva à graduação no equilíbrio da fé, da espiritualidade conjugal e da 47

Notícias

BODAS DE OURO


vida material, amando-nos e respeitando-nos em nossa caminhada para a santidade, que é o objetivo das Equipes de Nossa Senhora. Somos, hoje, seis casais e um viúvo.

Louvado seja Deus pela espiritualidade e harmonia dessa equipe que, com grande alegria, vive este momento. Eq.06A - N. S. do Desterro Bauru-SP

VOLTA AO PAI Maria Elisa (do Domingos) No dia 22.05.2013 Integrava a Eq. 03A N. S. da Rosa Mística Rio Claro-SP Luis Carlos (da Dulcemira) No dia 18.07.2013 Integrava a Eq. 02 N. S. da Consolação Ouro Verde do Oeste-PR Pe. Gian Maria Zanzi (Pe.João) No dia 17.12.2013 Integrava: Eq.01 - N. S de Fátima Eq.02 - N. S. Aparecida Eq.04 - N. S. de Luedes Eq.05 - N. S. do Bom Parto Eq.06 - N. S. Rosa Mística Eq.09 - N. S. do Desterro Guapiaçu-SP

Theresinha (do Jodalby) No dia 19.12.2013 Integrava a Eq.06 N. S. da Glória Juiz de Fora-MG Ir. Hermana Concelier No dia 01.02.2014 AET das Equipes do Setor Santa Rosa de Viterbo Santa Rosa de Viterbo-RS José Roberto (da Maria José) No dia 10.02.2014 Integrava a Eq.03B N. S. Consoladora dos Aflitos Campinas-SP José Osvaldo (da Romilda) No dia 14.03.2014 Integrava a Eq.06A N. S. da Paz Belo Horizonte-MG Cherife (da Maria) No dia 15.03.2014 Integrava a Eq.05A N. S. Desatadora dos Nós Itaúna-M.G

ERRATA: CM 479 FEV.MAR.2014 – publicamos JUBILEU DE PRATA de Padre José Ernane Angeline, o correto é JUBILEU DE OURO.


Meditando em Equipe O papa Pio XII foi sagrado bispo no dia 13 de maio de 1917, durante a primeira Guerra Mundial. Naquele mesmo dia, Nossa Senhora aparecia, pela primeira vez, aos três pastorinhos, em Fátima. O papa nem pôde festejar à vontade o seu jubileu de prata episcopal, em 1942, porque estava em plena II Guerra Mundial. Anos depois, passado todo aquele sufoco, ele escreveu, ressaltando a coincidência das datas: “A branca Rainha do Santíssimo Rosário apareceu para significar que, nos tempos tempestuosos do nosso pontificado, no meio de uma das maiores crises da história mundial, nós teríamos sempre como a grande vencedora de todas as batalhas de Deus”. Passaram aquelas tempestades; outras vieram e outras haverão de vir. Porém, a Virgem de Fátima continuará sempre como uma “visão de paz e uma imagem de esperança” para toda a humanidade. João Paulo II deu testemunho disto!

Escuta da Palavra em Jd 16, 1-2.13-17 Sugestões para a meditação: 1. Coloque este hino de Judite no seu contexto histórico. 2. Em Jd 13,18 Judite é saudada como a “bendita entre todas as mulheres”. Que semelhança você vê entre ela e Maria? 3. Compare este cântico de Judite com o “Magnificat” de Maria (Lc 1,46-55). 4. Comente o v. Jd 16,16. Frei Geraldo de Araújo Lima, O. Carm.

Oração Litúrgica “Deus, ó meu Deus, ouve-me, que sou uma pobre viúva. Tu é que fizeste o passado, o que acontece agora e o que acontecerá depois. O presente e o futuro foram concebidos por Ti e o que tinhas em mente aconteceu. Teus desígnios se apresentaram e disseram: ‘Aqui estamos!’ Porque todos os teus caminhos estão preparados, e teus juízos previstos de antemão. Tua força não está no número, nem tua autoridade nos violentos, mas Tu és o Deus dos humildes, o socorro dos oprimidos, o protetor dos fracos, o abrigo dos abandonados, o Salvador dos desesperados. Sim, sim, Deus dos meus pais, Senhor do céu e da terra, Criador das águas, Rei de tudo o que criaste, atende Tu a minha prece. Faze conhecer a todos os povos que tu és o Senhor, Deus de todo poder e de toda força, e que o povo de Israel não tem outro protetor senão a Ti!” (Jd 11).


o

Símbolo do 3 Encontro Nacional das ENS Aparecida 2015, escolhido entre vários apresentados no

último Encontro do Colegiado em Itaici-SP

Casal Dançando: Simboliza a alegria de festejar o Matrimônio. “As Bodas de Caná” O Verde-amarelo representa o Casal Brasileiro. Aparecida no Coração:

Simboliza Nossa Senhora Aparecida no coração dos brasileiros. O Azul-marinho invertido significa o Coração do Brasil O Caminho: Usando como referência

à passarela em Aparecida, foi desenhado o número 3, representando Terceiro Encontro Nacional e ao mesmo tempo simbolizando o espírito de peregrinação. O Marron terra representa uma caminhada de humildade (descalço) sobre o chão de terra em busca da santificação conjugal.

EquipesdedeNossa NossaSenhora Senhora Equipes Movimento Movimento de de Espiritualidade Espiritualidade Conjugal Conjugal Av.Av. Paulista, Paulista, 352 352 A3• Cj. 3o 36 • Bela Vista • 01310-000 • São Paulo andar, cj 36 • 01310-905 • São Paulo - SP- SP Fone: (0xx11) 3256.1212••Fax: Fax:(011) (0xx11) 3257.3599 Fone: (11) 3256.1212 3257.3599 secretariado@ens.org.br •• cartamensal@ens.org.br cartamensal@ens.org.br •• www.ens.org.br www.ens.org.br secretariado@ens.org.br


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