ENS - Carta Mensal 477 - Dezembro/2013

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Ano LIII • dez 2013 • nº 477

c a r ta carta Equipes de Nossa Senhora

SUPER-REGIÃO Advento tempo de perspectiva p. 2

pastoral familiar A beleza da família p. 8

Mensal

3‘ ENCONTRO NACIONAL Uma peregrinação p. 22


CARTA MENSAL nº 477 • dez 2013

Editorial Da Carta Mensal...................................... 01

RAÍZES NO MOVIMENTO A entrada do caminho............................ 21

Super-região Advento, tempo de perspectiva.............. 02 Via de espiritualidade e intercessão........................................... 04 Alegria da boa nova................................ 05

3o Encontro Nacional das ENS Uma peregrinação................................... 22 Comissão das inscrições.......................... 23 Mensagem de Natal da ESRB................... 24

IGREJA CATÓLICA O valor de um padre............................... 06 Compêndio da doutrina social da Igreja........................................ 07 Pastoral familiar A beleza da família.................................. 08 A lição do fogo ...................................... 09 MARIA É Deus, e se parece comigo..................... 10 FORMAÇÃO Felizes..................................................... 11 O que é a coparticipação ........................ 12 VIDA NO MOVIMENTO Mutirão setor castanhal-pa..................... 13 Sessão de formação nível III-pa............... 13 Sessão de formação nível III-ce ............... 15 Sessão de formação nível I-rj................... 16 V EEN - nova friburgo-rj............................17 IV EEN - rio claro-sp ............................... 18 Encontro provincial - 2013 - p sul III........ 19

TESTEMUNHO Que procurais?........................................ 26 Informar e formar - método diferente .... 27 A gratuidade no serviço.......................... 27 As mãos de Deus .................................... 28 Reforçando a prática dos pces................ 30 Reflexões de um sacerdote...................... 31 partilha e pontos concretos de esforço Retiros .................................................... 32 NATAL Um desejo, um sonho de Natal .............. 37 Feliz Natal............................................... 38 CNSE A padroeira do movimento..................... 39 Caminhando na esperança...................... 40 “Será o trabalho uma oração?”............... 41 notícias ................................................ 42

REFLEXÃO O bordado ............................................ 47 atualidade Sínodo sobre a família............................ 48

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Cida e Raimundo N. Araújo - Equipe Editorial: Responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. Espiritual: Frei Geraldo de Araújo Lima O. Carm - Membros: Fátima e Joel - Glasfira e Resende - Paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira. com - Responsável: Ivahy Barcellos Diagramação: Samuel Lincon Silvério - Foto capa: Jailson Barbosa - Tiragem desta Edição: 23.300 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Rua Luís Coelho, 308 Cj. 53 11º andar - 01309-902 São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


Esta é a nossa última edição de 2013! Como sempre, entregamos a vocês com todo o carinho que Deus nos permite, para uma leitura profícua, conforme o objetivo de nossa Carta. Iniciemos com Pe. Neto - SCE Província NE, que nos convoca a “dar ordens” ao caos do mundo, porque somente nós, os seres humanos, especialmente os de fé, podemos pelo Espírito Santo fazer isso, e conclui: “Esta foi a luta de nossos pais, esta é a razão de nossa fé, e a Igreja-Mãe nos propõe o tempo de Advento para repensar passos e, criativamente, cuidar do homem”. Cida e Raimundo exortam-nos a uma segunda Eucaristia, na intenção da missão que nos é confiada no Movimento, porque “Buscar a ajuda divina é a única via capaz de tornar fecundo qualquer trabalho para o qual se foi chamado”. Conceição e Macedo escrevem uma reflexão sobre a Boa Nova; compõem o texto com chamamentos provocativos para o entendimento cristão do nascimento de Jesus. Em seu artigo, Pe. Roger nos fala do Valor de um Padre e se refere ao livro de Pe. Caffarel: O último Padre. Leva-nos a refletir sobre

o padre humano, santo e pecador e do que nós devemos testemunhar para ele como equipistas. Donizeti, da Sílvia, colabora com um artigo de Dom Antonio Augusto, sobre a Beleza da Família; com rara felicidade ele nos mostra como devemos caminhar nesse mundo santo constituído por Deus e diz que “a beleza é a ‘impressão digital’ de Deus no mundo e só um observador atento e com olhar contemplativo, como acredito que você é, será capaz de captar essas linhas divinas ‘digitalizadas’ da beleza diária da sua família”. Dom Murilo Krieger fala de Maria pelo filósofo ateu Jean-Paul Sartre que, convocado para perpetuar o Natal, através de uma encenação, fez o seguinte registro: “Mulher alguma pôde, jamais, possuir desse jeito o seu Deus somente para si, um Deus menino que se pode tomar nos braços e cobrir de beijos, um Deus cálido que sorri e respira, um Deus que se pode tocar e que ri”. A CM se completa com artigos importantes para nossa formação e noticia os EEN, Mutirão, Sessão de Formação e Encontros Provinciais que dão ênfase à vida do Movimento. Que o nosso bom Deus nos permita enxergar a Estrela do Oriente e nos encaminhe para a contemplação e adoração do Menino Jesus. Feliz Natal a todos e um Ano Novo de momentos felizes e testemunhos de que o sacramento do Matrimônio é o nosso caminho de santidade. Zezinha e Jailson CR Equipe da Carta Mensal

Tema: “Caminho da vida espiritual em casal” CM 477

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Editorial

Queridos irmãos Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do Oriente a Jerusalém. Perguntaram eles: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo” (Mt 2, 1-2)


Super-Região

ADVENTO, TEMPO DE PERSPECTIVA

“apesar de você, amanhã há de ser outro dia” Estamos em fim de ano, cada momento pode ser o último para mim, para você. Esta é a contingência da vida. Ousemos repensar a vida! Quantas experiências realizadoras tivemos em 2013? Quais as decepções? Tente fazer uma relação pessoal e verá que as coisas boas foram mais numerosas que as ruins! Isto deu dinâmica ao nosso caminhar. Entretanto, quero que não se esqueçam de que somos seres sociais e como tal perguntem pelo hoje de nossa brasilidade. Não se liguem muito nas informações da mídia, mas nos desejos cidadãos que pulsam em nossos corações. Somos também homens e mulheres eclesiais, e, nesta perspectiva, como temos vivido? Temos nesta linha marcas que nos dizem dos “bons ventos” que nos envolvem. Fim de ano é tempo de repensar 2

passos para caminhar de “cabeça erguida”. Não podemos cair no desânimo! A Igreja nos convida a uma reflexão ousada, é tempo de Advento. Tempo de balanço em que foram presentes ganhos e perdas, contudo os novos horizontes devem ser estimulantes. Todo ser humano está ligado ao tempo e ao espaço. Somos pessoas do hoje e determinados pelo espaço geográfico-cultural, mas qualificados para novos rasgos. Sim, homens do tempo e do espaço, mas nunca determinado pelos mesmos. Temos, em nós mesmos, infinitas chances de ser e fazer. Estão ao nosso favor as ciências, a técnica e o desenvolvimento, daí advindo bens que devem chegar a todos. Desenvolvimento que é patrimônio de todos, contudo, ao longo da história, homens-irmãos têm se apossado destes bens e feito “coisa sua”, deixando multidões na exclusão. O Papa Francisco tem dito que este é um novo ídolo e tem nome: dinheiro. Tudo está em volta do lucro. CM 477


Isto é aberrante! E não podemos “cruzar os braços”, entregar os pontos, cair no indiferentismo etc. Não é bom cair na frustração como requer a mídia.

É hora de Advento! Toda realidade é possível de mudanças e cabe a cada um refazer sua fé, cujo parâmetro encontramos nas Escrituras. Há sempre uma saída, e precisamos ser criativos, pois o Senhor não nos fez para soçobrar a realidade. Somente nós, os seres humanos, especialmente os de fé podem, no Espírito do Senhor, “dar ordens” ao caos em que vivemos, pois a realidade que nos questiona é obra humana e não algo do acaso. Em tempo de negação do homem, de sua fé, sua moralidade, sua dignidade a Igreja vem nos estimular com o tempo de Advento, incentivando-nos à ação. Esta não se reduz ao fugir, encher-se de sentimentalismo, mas enfrentá-la com ousadia. A Igreja, em momentos de crise, o que é muito próprio de fim de ano, desafia-nos com o Tempo de Advento, pois sabe que o ser humano é um ser de expectativa, reina no coração humano um desejo de ser mais. Cada homem é capaz de vir “para frente” e pôr em prática o que seu coração reclama. O Advento, coCM 477

locado pela Igreja sempre no fim do ano, incita-nos a não fugir da luta. Momento propício a lermos a história da fé de nossos pais e, a partir desta, assumirmos a luta da fé que é nossa herança. Neste ano litúrgico, denominado Ano A, no tempo de Advento, teremos um contato com o profeta Isaías que nos estimulará à esperança de um novo tempo, “pois a virgem dará à luz um menino”. Do Novo Testamento somos convidados, pelas cartas aos romanos, a acordar de nossas sonolências, pois o Evangelho é notícia alvissareira para todos, e assim faz desabrochar João Batista e Jesus Cristo, convidando-nos à conversão, o que implica um estar com os excluídos da sociedade envolvente. N o sso t e m po é de s a f i a dor p a ra t o d o s , cont udo i s t o nã o nos é original. O povo brasileiro vem ao longo da história vivendo momentos desafiadores, e o “povão”, respondendo com originalidade. Isto foi cantado em verso e prosa, e a cultura brasileira está cheia destes rasgos. O tempo é cheiro de Advento, assim cantou Chico Buarque. Precisamos neste Advento cantarolar com o mesmo: “Apesar de você, amanhã há de ser outro dia. Você vai ter que ver a manhã renascer e esbanjar poesia”. Esta foi a luta de nossos pais, esta é a razão de nossa fé, e a Igreja-Mãe nos propõe o tempo de Advento para repensar passos e, criativamente, cuidar do homem.  Pe. Manoel Pedro Neto SCE da Província Nordeste 3


via de espirituALIDADE E INTERCESSÃO

Amados equipistas: Costumamos dizer que este serviço de escrever cada mês para a Carta Mensal, apesar do imenso prazer, consiste em um “parto difícil”. Assim o classificamos porque a missão de estar com todos mediante estes artigos é de grande responsabilidade, já que nosso desejo é manter com vocês uma conversa informal, agradável e, sobretudo, útil, que lhes fale ao coração o que nosso coração está a pedir. Pois bem, nesta última conversa do ano, nosso coração nos pede que toquemos em uma tecla bem antiga: a participação em uma Eucaristia a mais na semana para aqueles que estão exercendo qualquer missão no Movimento. A escolha deste assunto tem duas razões bem concretas: o fato de serem as Equipes um Movimento de “espiritualidade” conjugal e o de termos sido abordados por um casal equipista sobre a importância de rever e aprofundar este aspecto do método das Equipes. Esta orientação foi pedida, inicialmente, aos Casais Responsáveis de 4

Equipe. Por quê? Porque esta é uma missão espiritual, ou seja, “a responsabilidade é ajudar os membros da equipe a santificar-se e a viver integralmente o seu cristianismo”, e que “para ajudar os outros a encontrar Deus, é certamente indispensável que nós mesmos o procuremos”. Buscar a ajuda divina, eis a única via capaz de tornar fecundo qualquer trabalho para o qual se foi chamado. Como nas ENS toda missão é espiritual, o casal que se abre à responsabilidade, deve procurar, de coração alegre, participar de uma Eucaristia a mais em intercessão pelos casais e conselheiros que estão sob sua animação, bem como para encontrar força e sabedoria no agir. Que essa Eucaristia a mais (com ou sem missão) alargue o nosso coração equipista para acolher Jesus, não só no período de Advento, mas na vida nossa de cada dia. Que o Menino Jesus faça morada em cada coração e lar equipista, enchendo-os de esperança nos tempos futuros! Um Santo Natal e abençoado 2014!  Cida e Raimundo CR Super-Região Para aprofundar este assunto:

1 O espírito e as grandes linhas do Movimento, p. 37. 2 Um homem arrebatado por Deus, pp. 70, 99-100. 3 Manual do Casal Responsável de Equipe, pp.11-12, 24. 4 Manual do Casal Ligação, p. 12 CM 477


alegria da boa nova O Natal do Senhor ilumina mais uma vez as trevas que, muitas vezes, envolve nossa civilização descristianizada. A boa notícia vem trazendo a esperança e a alegria. De onde vem essa notícia? De onde emana essa luz? Para a nossa felicidade, esse sol que irradia as trevas e dissipa o mal vem da gruta de Belém onde os pastores encontraram Maria, José e o Menino Jesus, deitado na manjedoura. A luz vem da Boa Nova, pois o nascimento de Jesus é um anúncio de alegria genuína que não depende de posse de bens, mas está presa no íntimo, no profundo da pessoa, que nada e ninguém podem tirar. O Cristianismo é, basicamente, uma boa nova, um evangelho, que se renova em nossos corações anualmente. O Cristianismo é o anúncio da vitória da graça sobre o pecado; do amor sobre o egoísmo, mostrando que é necessário aprender dizer não à voz de todo o tipo de mal e dizer sim à voz do amor e da compaixão autentica. A alegria de Nossa Senhora é completa, porque em seu coração não há mancha de pecado. Esta alegria coincide com a presença de Jesus em sua vida, Jesus concebido e levado no seu ventre, depois confiado aos seus cuidados. Nossa Senhora é, portanto, a nova tenda santa, a nova Arca da Aliança e, através de seu Sim, Deus recebe uma morada nesse mundo. AQUELE que o Universo não pode conter adquire morada no ventre de uma virgem. Esse é o momento ideal para CM 477

que possamos refletir sobre nossa vida, sobre a nossa missão. Miremos no Sim de Maria, pois, quanto mais nos sentirmos incapazes de cumprir nossa vocação à qual Deus nos chama, maior deve ser nossa confiança no poder da voz que nos convoca. É vendo uma atitude de humildade e cheia de fé que Deus opera o milagre da Imaculada Conceição. Ele confunde os fortes desse mundo e conduz os crentes à realização de obras grandiosas. A Boa Nova dá eficácia ao chamado, sua voz é ouvida sem demora nem réplica. A fé em Jesus é, sim, um evangelho. Pôr em prática seus ensinamentos faz parte dessa notícia; precisamos dar testemunho, mostrar ao mundo que somos Cristãos; que seguimos e imitamos Jesus; que temos fé como Maria, que deu seu “sim” sem vacilar. A Boa Nova é mostrar para todos, sem demora, que Jesus nasceu, veio para o meio de nós e espera que abramos os nossos corações, porque somente um coração aberto mostra a verdadeira face de Deus, silenciosa, suave e terna.  Conceição e Macedo CR Província Nordeste 5


Igreja Católica

o valor de um padre Pe. Caffarel discorreu em um de seus numerosos artigos, intitulado “O último padre”, sobre o valor do padre no meio dos cristãos. Ele relata um romance de Graham Greene. O conto se passa no México durante uma guerrilha e apresenta a história de um padre – do último padre – pois todos os outros morreram ou fugiram. Diz padre Caffarel: “Triste ministro de Deus, covarde, alcoólatra... Como se acha ainda ali, ele, cuja cabeça está em perigo? Por que sendo ele acuado, não ganha a fronteira e também foge? Não é que lhe falte o desejo. Não é tampouco que a coragem o retenha, e nem outra qualquer virtude humana. Mas assim como a agulha imantada não pode resistir ao norte, assim ele também não pode subtrair-se à atração, aqui, de um soldado que morre, acolá de um punhado de camponeses famintos do Pão que só suas mãos consagradas podem dar. Há nele, mais forte que o seu pecado e sua covardia, uma força que o arrasta incessantemente, como que a seu pólo: a graça de seu sacerdócio”. Mas não é minha intenção contar-vos aqui o livro. Quero somente confiar-vos um pensamento que me veio durante a minha leitura. E assim prossegue padre Caffarel: “Como sois ricos, vós que me ledes. Ricos de tantas coisas! Ricos de sacerdotes. Já pensastes nisso? Se tiverdes dificuldade em compreender o 6

que vou dizer, perguntai aos prisioneiros que se viram por longos meses ou anos privados de toda visita sacerdotal. Eles vos dirão o que é a fome da alma, mais torturante que a fome do corpo; o que é a nudez espiritual, infinitamente mais difícil de suportar que a privação dos bens materiais. Aqueles que tiveram a amarga experiência da pobreza compreendem a sua riqueza atual e o seu privilégio! Ora, riqueza obriga. No último dia vos será perguntado: ‘Que fizestes dos talentos que vos foram confiados? Que fizestes de vossos padres?’ Queira Deus que não vejais então levantar-se contra vós a multidão imensa dos ignorantes, dos infelizes, dos pagãos, acusando-vos de tê-los privado da Boa Nova, confiscandolhes os padres que poderiam ter a eles levado o Evangelho. Não falarei das mil maneiras de monopolizar os padres. Quero somente focalizar vossas relações com o SCE de vossas equipes. Achais normal que ele consagre cada mês uma ou duas noites unicamente aos vossos casais? Sei de padres que se interrogam com angústia: Irei ainda àqueles que já receberam tanto, quando inúmeros outros ainda esperam? Se o padre encontra em vós colaboradores que deem testemunho de Cristo nos meios em que ele mesmo não pode penetrar, preparando-lhe o caminho, ou prolongando e multiplicando de CM 477


algum modo o seu sacerdócio, então ficai tranquilos: sua presença entre vós será justificada”. Contudo, o romance acima despertou uma outra reflexão, ainda mais exigente. “O rico só se satisfaz com alimentos finos; o mendigo, porém, come com alegria o seu pedaço de pão. Ricos de padres, vós vos tornais por vezes exigente: quereis sermões que lisonjeiem vossos gostos intelectuais, exigis um fervor excepcional: qualidades raras! Aquele que não

estiver à altura de tais exigências é facilmente descartado por vós: mas é porque não buscais antes de tudo o sacerdote no padre”. E assim conclui Padre Caffarel: “Seria preciso uma revolução, como no México, para que choreis de comoção ao beijar a mão consagrada de um pobre, pecador, covarde e rude padre?”  Pe. Roger Matheus - SCE Eq.06 - N. S. de Guadalupe Caçapava-SP

COMPÊNDIO DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA Dom Martino* apresentou, o referido compêndio, em recente visita ao Brasil e que já está disponível nas livrarias, através das Edições Pa u l i n a s , c o m o “um documento destinado a fertilizar o terreno da construção da sociedade dos tempos futuros, a motivar e orientar a presença dos católicos na sua história. A obra oferece o quadro completo das linhas fundamentais do ensinamento social católico, através de uma estrutura simples e linear”. O documento compõe-se de uma Introdução e três partes: a primeira trata dos pressupostos fundamentais

da doutrina social – o desígnio de amor de Deus pelo homem e pela sociedade, a missão da Igreja e a natureza da doutrina social, a pessoa humana e os seus direitos, os princípios e os valores da doutrina social –; a segunda parte trata os conteúdos e os temas clássicos da doutrina social – a família, o trabalho humano, a vida econômica, a comunidade política, a comunidade internacional, o ambiente e a paz –; e a terceira contém uma série de indicações para a utilização da doutrina social na práxis pastoral da Igreja e na vida dos cristãos, sobretudo dos fiéis leigos. A conclusão, intitulada: Para uma civilização do amor, exprime o entendimento de fundo de todo o documento.

*Cardeal Renato Raffaele Martino, presidente do Pontifício Conselho “Justiça e Paz” – Vaticano

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Pastoral Familiar

a beleza da família O que é a beleza? Como a beleza reflete-se nas pessoas e nas coisas? Que significa ser portadora de uma beleza que não pode faltar no mundo? Essas questões terão suas respostas a partir de uma contemplação que todas as pessoas deveriam viver. Contemplar e anunciar a beleza familiar. Olhar, enxergar, ver a beleza dos gestos, das atitudes, das palavras, de momentos concretos e comoventes... das horas vividas junto dos familiares, cada dia e cada época passada e presente. A família é bela! Há muitas famílias que vivem dentro de tantas casas, barracos, que têm alguma beleza brilhando entre quatro paredes! A beleza é algo de divino presente nas circunstâncias mais cotidianas da vida familiar. A beleza é a “impressão digital” de Deus no mundo e só um observador atento e com olhar contemplativo, como acredito que você é, será capaz de captar essas linhas divinas “digitalizadas” da beleza diária da sua família. Para te ajudar nesse sentido cito o exemplo de uma jovem dos nossos tempos, verdadeira “detetive”, especializada em ler as digitais de Deus na vida cotidiana. Chiara Lubich, beatificada em 2010, foi uma das intercessoras da JMJ Rio 2013. No dia 7 de outubro de 1990, faleceu em casa, no seu quarto, perto dos seus pais, familiares e amigos. Com uma doença grave cor8

roendo seu corpo jovem, essa menina tinha a percepção da beleza divina presente até mesmo nas horas escuras da dor, da sua agudíssima dor e dos sofrimentos visíveis dos seus pais. Escreveu ela, um dia, no seu diário íntimo: “cada momento é precioso e, portanto, não deve ser desperdiçado (...) a dor não deve ser perdida, mas adquire sentido tornando-se uma oferta para Ele”. Para sua mãe, dá um conselho a fim de que ela viva naquela hora da vida que pouca gente deseja viver: a hora da visita ao cemitério para rezar diante do túmulo da filha querida. Chiara dizia: “Quando for ao cemitério, olhe para o céu e verá as estrelas: procure-me numa estrelinha”. Logicamente palavras desse quilate de ouro só podem sair da boca de uma pessoa que habituou o seu olhar a ser contemplativa, a ver a beleza da vida desde Deus, e para pessoas normais, todos os dias da vida são dias em família, são dias onde as “impressões digitais” de Deus estão visíveis. Um último exemplo de Chiara, bem significativo e muito sugestivo para você, leitor amigo, viver na sua vida: alguns meses antes de ir contemplar a beleza de Deus no céu, que no seu mistério íntimo é uma Família conforme nos ensinou o Beato João Paulo II, Chiara copiou para uma amiga uns versos de uma das suas poeCM 477


sias preferidas. “O mais belo dos mares é o que não navegamos. A mais bela das crianças ainda não cresceu. O mais belo dos dias ainda não o vivemos. E as palavras mais belas que queria dizer-te ainda não te disse”. Quando se quer tornar a família transmissora e uma educadora da fé cristã não se pode deixar nunca de mostrar um caminho claro e luminoso, o caminho da beleza da família, mesmo quando entre

as quatro paredes há sofrimento. Quando se busca contemplar a “impressão digital” de Deus sempre se vê algo de belo e de bom na vida familiar. (Autor: Dom Antônio Augusto Dias Duarte é bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro.)  Colaboração de Donizeti da Sílvia Eq.09B - N. S. Madre de Deus São Paulo-SP

A lição do Fogo * Um membro de determinado grupo, ao qual prestava serviços regularmente, deixou de participar de suas atividades, sem nenhum aviso. Após algumas semanas, o líder do grupo decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor. Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boasvindas ao líder, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando. O líder acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas não disse nada. No silêncio que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em torno das achas de lenha, que ardiam. Ao cabo de alguns minutos, o líder examinou as brasas que se formavam e cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, e empurrou-a para o lado. Voltou então a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel. O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto. Aos poucos a chama da brasa solitária diminuiu, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de vez. Em pouco tempo o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada. Nenhuma palavra havia sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois. O líder, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta no meio do fogo. Quase que imediatamente ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor das brasas ardentes em torno dele. Quando o líder alcançou a porta para partir, o anfitrião disse: - Obrigado por sua visita e pelo belíssimo ensinamento. Estarei voltando às minhas atividades amanhã. Deus o abençoe! E seu pedaço de carvão está como? *Extraído: www.pftimonmensagens.blogspot.com.br

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Maria

É DEUS, E SE PARECE COMIGO Pouca coisa aqueles homens tinham em comum, além do fato de ser franceses e estar ali como prisioneiros de guerra. A convivência na mesma prisão os havia levado a uma aproximação jamais imaginada antes. Os laços de amizade que se criaram entre eles davam-lhes a capacidade de olhar com respeito as diferenças mútuas. No dia a dia colocavam em comum as lembranças e crenças, os ideais e projetos. Era dezembro de 1940 e a proximidade do Natal fazia nascer uma pergunta no coração de alguns: o que poderia ser feito para que essa festa não ficasse esquecida? Das conversas, surgiu a ideia de preparar uma encenação que seria apresentada na vigília do Natal, ali mesmo na prisão. Mas quem escreveria o texto? O grupo de padres, do qual fazia parte também um noviço jesuíta, não poderia imaginar que Jean-Paul Sartre aceitasse essa incumbência. Afinal, além de ser um filósofo já mundialmente famoso, era confessadamente ateu – e ateu morreria, décadas depois. Sartre aceitou o desafio e procurou sintetizar o pensamento de seus companheiros. Jamais poderia imaginar que, ao colocar no Auto Natalino os sentimentos de Maria Santíssima na boca de um cego, estava nos deixando uma das mais belas páginas sobre o mistério da encarnação do Filho de Deus na terra dos homens, esse mistério que faz de cada Natal uma festa única. “A Virgem está comovida e contempla o Menino. O que se deveria escrever a respeito do seu rosto é que expressa uma ansiosa admiração que se fez presente apenas uma vez em uma face humana. Afinal, Cristo é seu filho, carne de sua carne e fruto de suas entranhas. 10

Trouxe-o no ventre durante nove meses, oferecer-lhe-á o seio e o seu leite se tornará o sangue de Deus. Algumas vezes a tentação é tão forte que a faz esquecer que é Deus. Aperta-o entre os braços e diz: ‘Meu menino!’ Em outros momentos, porém, fica tolhida e pensa: ‘Eis Deus aqui’ e é tomada por um religioso temor por aquele Deus mudo, por aquele menino que incute medo. Todas as mães em algum momento se detiveram assim diante daquele pedaço inquieto da sua carne que é o seu menino, sentindo-se exiladas diante daquela vida nova que se fez com a sua vida e que é habitada por estranhos pensamentos. Mas nenhum filho foi arrancado mais cruel e mais rapidamente de sua mãe do que este, porque é Deus e supera de todas as maneiras aquilo que ela pode imaginar. “Penso, no entanto, que existem outros momentos, fugazes e velozes, nos quais ela percebe, ao mesmo tempo, que o Cristo é seu filho, o seu menino, e é Deus. Contempla-o e pensa: ‘Este Deus é meu filho. Esta carne divina é a minha carne. De mim foi feito, tem os meus olhos, a forma da boca tem a forma da minha, se parece comigo. É Deus e se parece comigo’.” “Mulher alguma pôde jamais, possuir desse jeito o seu Deus somente para si, um Deus menino que se pode tomar nos braços e cobrir de beijos, um Deus cálido que sorri e respira, um Deus que se pode tocar e que ri”. “É num desses momentos que eu haveria de retratar Maria, se eu fosse pintor.” 

(texto de Dom Murilo S. R. Krieger) Colaboração da Equipe da Carta Mensal CM 477


O que é a felicidade? Muitas respostas se dão, como a de se sentir bem, ter saúde, dinheiro, sucesso nos negócios, família boa, prazer, bem estar físico, mental, psicológico e espiritual. Há quem prefira se sacrificar em busca de valores na vida, como a realização de um projeto para melhor usar os talentos da sociedade. Há políticos que se dizem tais para servirem. Alguns preferem o cargo para tirar vantagens, de modo antiético e moral. Para outros, a finalidade de se projetarem justifica os meios do roubo e do engano ao próximo e à sociedade. Qual felicidade se busca? Jesus desafia as pessoas para serem felizes de outro modo, na consecução do grande tesouro na vida, que não se baseia no transitório buscado como finalidade. Seu caminho é mais estreito. O único que leva ao tesouro absoluto, onde a traça não come nem a ferrugem destrói. É lógica e necessária a busca do bem estar procurando dentro dos parâmetros da dignidade da vida, da justiça, da ética e da lei de Deus. Os ídolos assumidos como deuses não levam à felicidade consistente e perpétua. O próprio Jesus fala da relatividade do ter, do poder e do prazer. Mesmo se a pessoa ganhar o mundo todo e não ganhar a felicidade imorredoura, vai adiantar muito pouco. Perguntada por que possuir vinte fazendas, a pessoa respondeu que era para evidenciar sua vantagem em relação aos seus colegas, mostrando que tinha mais do que eles. Tais propriedades eram improdutivas e não serviam às comunidades. Só o orgulho e a ambição não fazem a pessoa ser feliz de verdade! As bem-aventuranças mostram o programa de vida feliz, apresentado por Jesus. Os pobres em espírito são os que podem usar das coisas materiais, sem CM 477

apego. São pessoas que se esvaziam do egoísmo e se enchem do amor de Deus para usar tudo como meio de serviço ao próximo. Os aflitos se ocupam com a superação dos males do semelhante e não se acomodam em seu bem estar pessoal. Os que exercem a mansidão têm atitude e confiança em Deus, para se colocarem disponíveis, na utilização de seus talentos, ajudando o próximo. Quem tem fome e sede de justiça une-se à pessoa e causas comuns para ajudarem na erradicação das fontes de injustiças na sociedade. Misericordioso é quem tem atitude de Cristo, mostrando ter coração e compaixão para com as pessoas falhas e sofredoras. Quem tem retidão de intenções sabe agir com a pratica da ética e da valorização da verdade e do bem. A pessoa que é do bem, olha e promove o entendimento, assim como o dialogo e o apaziguamento dos conflitos, para o exercício da caridade. Quem é perseguido por causa da justiça tem a consciência tranquila e sabe superar o rancor e a vingança, mostrando a verdade e o bem que procura realizar. Todo o sofrimento e incompreensão havidos por causa da coerência e da fé em Cristo asseguram a certeza da retribuição por parte de Deus. Muitos pensam que a felicidade é ter tudo para si, fechando-se no egoísmo. Jesus mostra que há mais felicidade em servir do que ser servido. Embora os filhos das trevas sejam mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz, o próprio filho de Deus nos ensina que, o joio vai ser arrancado e jogado ao fogo. O trigo vai ser guardado no celeiro do Reino de Deus. (Dom Jose Alberto Moura - Arcebispo de Montes Claro-MG) 

Colaboração de: Diácono João Batista da Costa Eq.09 - N. S. da Assunção Pindamonhangaba-SP 11

Formação

FELIZES


O que é a coparticipação Dicionário online de Português: “coparticipação é a ação de participar algo com alguém; é compartilhar ou cooperar com outras pessoas”. Só esses termos, nos dariam uma boa definição do que é a Coparticipação na Reunião de Equipe. Mas, o que é coparticipar em equipe? É o relato da novela das nove? É um momento de contar piadas? Ou será um momento de dispersão em que se fala de qualquer coisa para preencher o tempo, pois não temos nada a coparticipar? Não. Nada disso é Coparticipação. O Guia das ENS nos diz que a coparticipação “é um tempo forte de ajuda mútua. (...) é o momento em que os casais falam dos acontecimentos importantes que viveram depois da última reunião. (...), colocando em comum as preocupações da vida quotidiana, seus engajamentos apostólicos, suas alegrias, suas esperanças e seus cuidados.” Como podemos perceber é um momento importante, que deve ser levado a sério, pois ainda estamos em clima de oração, já que a Reunião Mensal é toda ela uma oração de agradecimento, de súplica e de louvor a Deus. Coparticipar é abrir o coração para acolher o irmão que se alegra com as realizações do dia a dia, com as vitórias alcançadas à custa de muito esforço. Esforço este que 12

às vezes também traz sofrimentos e fracassos. Por isso podemos dizer que a Coparticipação também é um momento da misericórdia, do compadecimento, do acolhimento do outro como ele é: às vezes santo, às vezes pecador, outras vezes vencedor, sofredor, sentindo-se derrotado, necessitando de nosso amparo. O Manual das ENS ainda nos recorda que a Coparticipação é o “reflexo da vida dos membros da equipe que se reúne”, por isso não podemos admitir que um momento de graça como esse seja utilizado para nos dispersar e nos afastar do Cristo, que é comunhão e partilha. Este é um momento forte da entreajuda, do pôr em comum, da amizade fraterna e da celebração da vida. O Estatuto das ENS diz que a coparticipação “insere-se na linha da verdadeira caridade evangélica a prática deste pôr em comum como também a de buscar com toda a simplicidade o auxílio mútuo fraternal. Quantos casais seriam salvos da mediocridade, até mesmo da falência, no dia em que não se sentissem sozinhos para enfrentar a luta.” Que a nossa coparticipação seja intensa e cheia de amor para que possamos nos encontrar com Cristo nos irmãos de equipe.  Valdemir, da Mararégia Eq.03 - N. S. de Fátima Caicó-RN CM 477


Vida no Movimento

PROVÍNCIA NORTE

SETOR CASTANHAL-PA MUTIRÃO “União de todos em benefício de todos”. O Mutirão nas ENS é isso mesmo: mutirão, união de todos em benefício de todos. Foi o que aconteceu no Mutirão de 2013, no Setor Castanhal (Região Norte II) que, em agosto, reuniu a maioria absoluta dos casais equipistas do Setor que, atentamente, acompanhou as enriquecedoras palestras e apresentações. O Mutirão teve como mensagem principal as Palavras de Jesus: Mas felizes os vossos olhos, porque veem, e vossos ouvidos, porque ouvem (Mt, 13, 16). As palestras foram feitas pelos

casais das diversas Equipes: 1ª) Padre Caffarel, Pai e Fundador - Equipes 04 e 13; 2ª) ENS, o Começo: Carta de Fundação, Estatutos - Equipes 10 e 12; 3ª) O sigilo nas Equipes - Equipes 06 e 08; 4ª) Retiro, PCE imprescindível na vida do Casal Equipista - Equipes 07 e 11. A acolhida e animação do Mutirão ficou por conta da Equipe 5, que proporcionou momentos de descontração e alegria. O Mutirão, mais uma vez, foi um momento de muito aprendizado e de revisão das orientações do Movimento.  Rosana e Evaldo CR Setor Castanhal Castanhal-PA

Sessão de Formação - Nível III Que alegria! A Super-Região por aqui! Nos dias 27 e 28/09/2013 em Castanhal-PA, realizou-se a Sessão de Formação Nível III, com CM 477

palestras ministradas pelo CRSR - Casal Responsável da SuperRegião, e também pelo CRP - Casal Provincial Norte, Fátima e Canêjo. O casal Rivânia e Porto serviram a Deus através da hospitalidade e os 13


acolheram em sua residência. “Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, sem o saberem, hospedaram anjos” (Hb 13,2). Realçamos o exemplar clima de amizade e entreajuda oferecido pelos anfitriões, CRR Norte II e CRS Castanhal-PA aos CRSR e CRP, além do acolhimento cristão a todos os casais que vieram de várias cidades para participarem desta formação. Estavam presentes: a Região Norte I: Manaus; Região Norte II: Setores: Castanhal, Capanema, São Miguel do Guamá e Belém Setores: A, B e C e a Região Norte III: Santarém. Vale destacar também as presenças dos SCE, Pe. Lucivaldo e Pe. Pedro, os quais contribuíram como fonte de espiritualidade para nós. As palestras foram ministradas com inesquecível brilho e entusiasmo, nos proporcionando nestes dias um melhor aprofundamento na fé cristã e no Movimento das Equipes de Nossa Senhora. O conteúdo da formação foi 14

excelente, pela quantidade e qualidade. O CRSR nos auxiliou a adentrarmos no conhecimento sobre as ENS, nos recomendando a fidelidade ao carisma fundador a fim de nos revigorar para a missão tanto no Movimento quanto na Igreja, nos impulsionando a ser Movimento Missionário e nunca deixar de nos instruir. “Prega a Palavra, insiste a tempo e a contratempo, corrige, adverte, exorte, mas sempre com paciência e sem deixar de instruir” (II Tm 4,2). Tivemos grupos de partilha que produziram material para exposição e apresentação e, posteriormente, consolidados, com a retirada de dúvidas no plenário, pelo CRSR. Agradecemos a Deus a graça recebida nesta formação cujo vigor possa nos impulsionar a sermos casais missionários. “De graça recebestes, de graça, deveis dar” (Mt 10,8).  Cláudia e Gilberto Eq.04 - N. S. do Carmo Castanhal-PA CM 477


PROVÍNCIA NORDESTE SESSÃO DE FORMAÇÃO NÍVEL III CEARÁ O Movimento das ENS, periodicamente, de forma planejada, oportuniza aos casais momentos de formação, convivência e eventos com o compromisso de preparar e estimular para que possamos nos colocar a serviço, quer do próprio Movimento, quer em pastorais, serviços e ministérios da Igreja. Concita-nos a que sejamos sal, fermento e luz onde quer que nos façamos presentes. Tendo por escopo a espiritualidade conjugal na busca da santidade pessoal e em casal, o Movimento não descura da permanente formação dos casais; também esmera no informar e formar sobre a condução e caminhada do Movimento. Nessa dimensão, nos dias 21 e 22 de setembro, 40 casais das Regiões Ceará I e II foram contemplados com a Sessão de Formação-Nível III, ministrada pelo provincial Conceição e Macedo, CM 477

que, com uma especial simplicidade, simpatia e despojamento conduziu os trabalhos, extraordinariamente assessorado pelos casais regionais Elen e Colares, Vanessa e Rômulo, com missa celebrada pelo Pe. Fernando, SCE da Região CE I. Os temas versados em palestras, exposição e grupos de estudos foram: Visão Histórica do Movimento, Carisma, Mística e Espiritualidade, Espírito da Responsabilidade, Estrutura das ENS, Experiência Comunitária e Pilotagem, o Sacerdote Conselheiro Espiritual, a Ecclesia, o Casal Ligação, Acervo e os Dez Pontos de Unidade das ENS. Enfim, fruto de um trabalho criterioso, amável, responsável e cheio de zelo pelo Movimento, saímos todos mais fortalecidos, dispostos, alimentados de um fogo novo para o servir e “ousar o Evangelho” na perseguição do atendimento a graça e 15


inspirações que o Espírito Santo nos suscita para conservarmos, alimentarmos e desenvolvermos as virtudes que nos estimulam ao serviço a nossa Equipe de base, ao Movimento e à Igreja. Que Deus nos contemple com

sua luz permanente, para buscarmos o ideal nas ENS, que é a santidade conjugal, “Nem mais, nem menos” (Pe.Caffarel) . Maury da Elena Eq.01 - N. S. Perpetuo Socorro Limoeiro do Norte-CE

PROVÍNCIA LESTE

Sessão de Formação Nível I da Região Rio V Registramos a realização da Sessão de Formação Nível I da Região Rio V Província Leste, nos dias 28 e 29 de setembro no – CEFEC – RJ. Foram momentos especiais com abordagens enriquecedoras que nos fizeram refletir sobre a vocação cristã e se nossa existência passa em branco para com o próximo. Ser Cristão, escrever a sua história, buscar o seu caminho buscando Jesus, assim nos foi presenteado saborear a história da salvação, conhecer o projeto de 16

Deus, seu modelo de santidade e divindade, ter na Igreja nossa continuidade de missão transformada pela Sua palavra, inseparável de nosso testemunho, obra e projeto de vida, como nos tempos das igrejas primitivas, que muito lembra nossas realidades de equipe, em em irmos uns às casas dos outros, formando pequenos grupos de oração e reflexão na certeza que Cristo é o centro de tudo. Vivenciamos sinais de graça indispensáveis no caminho CM 477


da salvação eterna, confirmando a ação do Espírito Santo em nossa vida, que o sacramento do Matrimônio é graça de DEUS, conservando as relações matrimonias com honra, dignidade, respeito recíproco segundo os preceitos de Deus, tratando assim em aperfeiçoar e fortificar o amor ao outro na forma indissolúvel. Na certeza que Deus entra em nossas vidas, quando damos a ele oportunamente o nosso sim, participamos desta formação que participamos desta formação que, por excelência, enfatizou a dedicação, cuidado e condução das palestras pelo Frei Emerson, bem como a organização geral do CRR

com seu Colegiado, pela proposta maravilhosa das Equipes de Nossa Senhora em apresentar um conjunto de instrumentos de formação a seus membros. Registramos nossa nossa alegria por estarmos reunidos em Jesus Cristo e vivenciarmos este trabalho desenvolvido com muito amor e fé, e que devemos manter a chama em ser casais transformadores pela nossa expressão conjugal e nosso testemunho como casal cristão na busca contínua de aprofundamento, coerência entre Fé e Vida e caminho para santidade.  Acyr e Marcos Eq.33F - N. S. do Amor Rio de Janeiro-RJ

V ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS - Nova Friburgo-RJ Nosso Movimento, visa a oferecer, primordialmente, momentos for tes d e o raç ã o e ric o s mome nto s d e fo r m a ç ã o p a ra nos orientar em nossa busca por Deus no caminho da santidade CM 477

conjugal. Com este espírito equipista, um número significativo de casais equipistas recém-pilotados dos Setores Teresópolis, Nova Friburgo e Piabetá, pertencentes à Região Rio II, participaram nos 17


dias 28 e 29 de setembro, na cidade de Nova Friburgo, Estado do Rio de Janeiro, do V Encontro de Equipes Novas, promovido pela Equipe-Rio de formadores da Província Leste. Percebemos que, por melhor que seja o período de Pilotagem, sempre restam algumas dúvidas, desvios de interpretação sobre a pedagogia das ENS e que nos EEN, os novos casais equipistas têm a oportunidade de esclarecer algumas dessas questões. Percebemos quanto é importante para os novos casais equipistas terem este momento de consolidação de sua formação inicial. Naturalmente que ninguém terá sua formação equipista completada por ter par-

ticipado do EEN. Toda formação é permanente, não se esgota e não se conclui nunca, daí a importância de se esclarecer bem aos novos casais equipistas da importância de participarem desses EEN e não se considerarem “formados” equipistas. Toda a Equipe de Formadores está agradecida ao Casal Regional da Rio II, Leila e Fernando, assim como aos casais dos Setores envolvidos neste EEN, Nova Friburgo e Piabetá, pelo apoio que nos deram, providenciando toda a infraestrutura necessária ao bom desenvolvimento do encontro. 

Equipe Rio de Formadores Província Leste

PROVÍNCIA SUL I

IV ENCONTRO DE A Pilotagem de uma equipe recém-constituída, após passarem pela Experiência Comunitária, é dividida em 02 fases: a 1ª, em que os casais conhecem a pedagogia do Movimento das 18

EQUIPES NOVAS ENS, fazendo o estudo em 10 Reuniões do “Vem e Segue-me”; a 2ª, o EEN, que deverá ser feito, somente após a conclusão da 1ª fase, num prazo máximo de 03 anos, onde estas novas equipes, CM 477


ou novos casais avulsos que completaram equipes já existentes, vão aprofundar os conhecimentos da 1ª fase, conhe c e nd o e co mp reen d en d o um pouco mais a pedagogia do Movimento, suas exigências e as obrigações do compromisso que são convidados a assumir ao final do Encontro. No final de semana de 08 e 09/06, em Rio Claro, aconteceu o IV EEN da Província Sul I; participaram 23 casais das Regiões SP Centro I e II, a Equipe de Formadores, o Casal Provincial e a participação do redentorista, Pe. Jorge Sampaio. Pe. Jorge Sampaio fez a colocação do 1º módulo e deu o tom deste Encontro, que transcorreu num clima de muita tranquilidade e espiritualidade. Os objetivos do EEN foram plenamente atingidos com tempos de Palestras (O módulo I que é feito por um SCE e os módulos II, III e IV que são feitos pelos Casais Formadores), Reuniões de Grupo, Plenário, Celebrações/Liturgia, Orações, Animação e Convívio, tudo com

muita objetividade e harmonia. Ao final do EEN, os participantes fizeram a avaliação do mesmo e, em resumo disseram que foi enriquecedor, que houve muito crescimento na compreensão das propostas do do Movimento. Por fim agradeceram o carinho e acolhimento dos casais formadores, do Casal Provincial e do Pe. Jorge Sampaio, que demonstraram com clareza a grandeza do Movimento e o amor que têm por ele. Da parte dos formadores, a cada EEN vai ficando a certeza, da importância desta Formação no início da caminhada do casal equipista, para que o mesmo fortaleça o conhecimento da pedagogia do Movimento e assim compreenda melhor porque o Pe Caffarel, um “Sequioso de Deus”, era tão exigente e que por isso, queria ajudar os casais a “Tender à Santidade” do contrário, tenderiam à Mediocridade. Que a Sabedoria de Deus, venha sobre nós!  Dô e Chico Casal Formador Setor Vinhedo Vinhedo-SP

PROVÍNCIA SUL III ENCONTRO PROVINCIAL 2013 “Obrigado pela condução paciente, prudente e segura”, dissemos aos motoristas daquele ônibus enorme, domingo, dia 06.10.13, quando, quase meia-noite, chegávamos à zona sul de Porto Alegre, ponto final da viagem ao Encontro Provincial - Sul III , no qual assumimos a responsabilidade do CM 477

Setor F, da Região RS I. Afinal, ida e volta ao morro da Lagoa da Conceição, na charmosa Ilha de Florianópolis, envolveu muitas paradas, engarrafamentos, túneis, pontes, curvas fechadas e galhos que arranharam a carroceria. No caminho de ida, sexta, dia 04.10.13, experimentamos 19


a acolhida dos veteranos das Regiões RS I e II aos seus calouros, a alegria do reencontro, a partilha dos lanches. Na volta, a troca de experiências, de sugestões e de materiais para Mutirões. E também vimos como é intensa a saudade daqueles CRS que, no ano que vem, enviarão seus sucessores. Tanto no ônibus como no Encontro, foram três dias de intensos aprendizados. Entre tantas vivências, nos marcou a cerimônia inicial, na qual recebemos, junto com nosso SCE, Pe. Diógenes, o fogo do Espírito Santo, transmitido pelo CRR, Dóris e Alfredo, e seu Conselheiro, Pe. Geraldo. Eles o receberam do CRP, Sílvia e Glauco, cujo SCE, Pe. Valdir, o colheu junto ao Círio Pascal. Representou, para nós, o Carisma do Movimento, que continua sendo transmitido e acolhido, desde os primeiros casais e o Padre Caffarel, até hoje. Duas outras marcas, entre tantas, foram os testemunhos. 20

Primeiro, do casal Antoninha e Amaury, autores de um capítulo do livro Colhendo os frutos do amor. Não só pelo que falaram do Dever de Sentar-se, mas do modo como o fizeram e a atitude que mantêm. Depois, na atividade dos grupos mistos. Perceber como a espiritualidade conjugal gera frutos em casais com histórias, situações e lugares diversos dos nossos, é uma confirmação que nos anima e nos compromete à fidelidade ao Carisma das ENS. Ao Colegiado da Província, casais e Conselheiros, cabe o mesmo reconhecimento da frase inicial. No Encontro, eles foram a voz atual e viva da condução paciente, prudente e segura do Movimento, formando em nós as habilidades do serviço que auxiliará cada equipe de base nos caminhos, por vezes estreitos e lentos, mas seguros e certos de santidade, “nem mais nem menos”.  Magaly e Sérgio Casal Responsável Setor F Porto Alegre-RS CM 477


Dezembro. Chegaram as férias. Decerto no coração de vossos filhos não haverá menor esperança que no dos hebreus, à véspera de penetrarem na Terra prometida, depois de 40 anos de deserto. Eu vos desejo uma coisa acima de tudo (não estou falando para os pequeninos): que se estabeleçam, se estreitem, se aprofundem entre cada um deles e vós, seu pai e sua mãe, os laços de amizade. A amizade entre um filho e seu pai ou sua mãe, que coisa rara e maravilhosa! Ela vale todos os sacrifícios e paga todos os sofrimentos. Ela deveria ser a grande ambição de todos os pais. Mas ela é, em verdade, uma conquista difícil. Todavia não há razão para pensar que ela seja impossível. Encontro rapazes e moças que me dizem: “Entre mim e meu pai e/ou, minha mãe, existe uma amizade maravilhosa!” E isto quer dizer: Ele (ou ela) me conhece, compreende tudo, nós nos entendemos como dois velhos camaradas (um rapaz me falando de seu pai): nós conversamos de homem para homem; ele (ou ela) não hesita em me fazer suas confidências; ele (ou ela) veio me procurar no meu quarto para me dizer: “Preciso que você reze por mim”. Esta amizade entre pais e filhos não é um ponto de partida, é um ponto de chegada. É necessário, porém, alcançá-lo a tempo. Bem mais cedo do que se pensa. Muito depressa já é tarde demais. CM 477 462

Frequentemente dez anos antes da idade da amizade, o fracasso já está consumado. E, apesar de hoje em dia se atravessar facilmente o mundo do som, é praticamente impossível transpor a muralha de silêncio que se deixou levantar entre os filhos e si mesmo. São testemunhas disto estas famílias, onde vivem lado a lado seres que são estrangeiros uns para com os outros. Cada qual tem a impressão de se achar no limite de uma terra desconhecida, mais impenetrável que uma floresta virgem. Felizmente os filhos encontram muitas vezes amigos fora de casa: pode ser um padre, um colega... É verdade, porém, que mesmo a estes faltará sempre alguma coisa. E os outros? Durante toda a sua vida correrão o risco de serem “murados” vivos. Como eu desejaria que vós ouvísseis este homem ou aquela mulher que conheço, o qual ou a qual se casou com um destes “murados” que não podem fugir de sua prisão, e ao qual é impossível encontrar em sua solidão desesperada. Procurai, pois, nestas próximas férias, descobrir a entrada do caminho que vos dará acesso à amizade de vosso filho ou de vossa filha. E desembaraçai de espinhos o vosso próprio caminho, para que os vossos filhos possam empreender a descoberta de seu pai e de sua mãe!  Henri Caffarel 21

Raízes no Movimento

a entrada do caminho


3o Encontro Nacional das ENS

Uma peregrinação Temos um encontro em Aparecida/SP, de 30 de junho a 03 de julho de 2015. Muitos já fizeram a inscrição, estão planejando a participação no 3º Encontro Nacional das ENS do Brasil para refletir o Tema “Matrimônio Cristão - festa da alegria e do amor conjugal” com o Lema - “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Podemos dar ao 3º EN o sentido de peregrinação – uma jornada realizada por um devoto de uma religião a um lugar considerado sagrado por essa religião. Para o povo da Bíblia, subir para Jerusalém era motivo de alegria, iam em caravanas para ter o encontro com Deus, receber a graça necessária para superar os sofrimentos e testemunhar sua fé. Hoje somos chamados a caminhar em direção ao Santuário Nacional de Aparecida. Para ser uma peregrinação, é preciso considerar a motivação “por” que leva o viajante a caminhar e esta se descobre quando executa a peregrinação. Hoje muitos vão de carro, ônibus ou avião ao ponto final da peregrinação. Para a maioria, a peregrinação não é feita caminhando nas estradas materiais. A caminhada é interior: a pessoa vai buscar no próprio coração o seu verdadeiro ser e por meio das experiências de vida realiza a mudança. A vida eterna é o ponto de chagada. É fruto da peregrinação terrestre do discípulo que busca a sua transformação segundo o modelo de Jesus. Po r q u e “ O p e r e g r i n o n ã o 22

está envolvido numa aventura de entretenimento, mas numa jornada que tem um início, um meio e um fim. O percurso é mais importante que chegar ao lugar. Algo o moveu a iniciar a jornada, ele percebe que ao longo dela existe uma missão a ser vivida e a realidade última se encontra no fim da caminhada. Tudo o que presencia ao longo do caminho são pontos de referência de grande importância e, portanto, tratados com grande reverência por parte do peregrino. Faz-se o próximo daquele que está à beira do caminho, como o samaritano da parábola” (Ives de La Taille).

Maria é modelo de peregrina. Viveu situações desafiadoras, que a fez crescer e caminhar no seguimento de Jesus. É o ser humano aberto a Deus, tocado pelo Espírito Santo e pode ensinar porque aprendeu com Jesus a ser peregrina na fé. Em peregrinação, não importa para onde se vai, nem como se dará isso, pois não se está a passeio. Que para as ENS seja mais importante preocupar-se em “Ousar o Evangelho” no percurso e em 2015 ter muitos frutos para partilhar.  Vera e Renato Casal Coordenador do 3º Encontro Nacional das ENS Itu-SP CM 477


COMISSÃO DAS INSCRIÇÕES Casal Coordenador Nacional

Carmem e João - Província Sul I

PROVÍNCIA Norte

Elizabeth e Francisco Assis - Belém - PA 091-32420861 - 091-83628333 - 091-81845868 kitita@globo.com

PROVÍNCIA Nordeste

Neuza e Antonio Carlos - Fortaleza - CE 085-32784333 antoniocdla@hotmail.com - neuzadejavile@hotmail.com

PROVÍNCIA Centro-Oeste Sonia e Eiyti Kato - Brasilia - DF 061-33801139 - 061-94691080 - 061-99788483 eiytikato@gmail.com - kato@unb.br PROVÍNCIA LESTE Emilia e Luiz - Rio de Janeiro - RJ 021-33389731- 021-991726886 emilialuiz@oi.com.br PROVÍNCIA Sul I Carmem e João - Rio Claro - SP 019-35344749 - 011-81183600 joao@baciotti.com PROVÍNCIA Sul II Marcia e Rubens - Jau - SP 014-36225148 rubensrodriguesribeiro@yahoo.com.br

PROVÍNCIA Sul III

Silvana e Dionélio - Criciuma - SC 048-34387064 - 048-84444777 - 048-99541201 dionelio@daleffe.com.br - silvana@daleffe.com.br Notícias, contatos, destaques, inscrições e tudo o que vocês precisam saber para participar do Encontro Nacional das ENS - Aparecida 2015

www.encontronacionalaparecida2015.com Use o e-mail abaixo para perguntas, dúvidas e esclarecimentos

ensaparecida2015@gmail.com

CM 477

23


Queridos Irmãos:

“...nasceu-vos hoje, um Salvador, que é o Cris

Província Norte

Façamos da nossa vida um Jesus possa nascer, e, assim nós a esperança e a força pa

melhor e m com Mari de Belém ao voltar, glórias e l som

Província Centro-Oeste

Província Sul II

Pro


na cidade de Davi, sto Senhor!” Lc, 2 10-11

m Presépio, onde o Menino m, renascer em cada um de ara lutarmos por um mundo

mais justo. Neste Natal, junto ia, estejamos todos na gruta adorando o Filho de Deus, e, , no Ano Novo possamos dar louvor a Deus por tudo o que mos, temos e fazemos. Um Santo e Feliz Natal! Equipe da Super-Região Brasil

ovíncia Sul III

Província Nordeste

Província Leste

Província Sul I Presépios Regionais Brasileiros


Testemunho

que procurais? Neste ano de caminhada, o Movimento nos fez várias indagações para reflexão. Selecionamos uma delas para apresentar nosso pensamento e testemunho para discussão e aprofundamento junto à nossa equipe de base: O que procurais? - Procuramos, em primeiro lugar, ser felizes, pois somente com Cristo encontra-se a verdadeira felicidade, não uma felicidade superficial, momentânea, mas profunda e duradoura. Procuramos entender os mistérios da vida, de forma a focarmos em coisas que não passam e darmos menos valor àquelas que passam. Procuramos, enquanto casais, seguir juntos esse caminho cristão e enquanto comunidade (Equipe12) nos apoiarmos nos nossos irmãos e nos enriquecermos com suas experiências. Procuramos ser fermento na massa, para defendermos a família e o matrimônio, contra a dessacralização do matrimônio e a destruição da família. Procuramos a simplicidade, a honestidade e a verdade. Isso não significa que somos sempre simples, honestos e verdadeiros, mas que a nossa consciência nos aponta a tentarmos ter essas qualidades e a orientarmos nossos filhos para tê-las. Procuramos construir juntos nossa família sob os preceitos em que acreditamos, sob os valores cristãos de olhares caridosos. Procuramos defender a vida ameaçada pela cultura da violência, do egoísmo e do individualismo. Procuramos ser a voz que perturba ou ainda, que faz refletir sobre as 26

falsas verdades do mundo moderno: ser feliz a qualquer preço ou ainda sob qualquer um, ser esperto ainda que isso signifique passar por cima do outro, ser rico e bem-sucedido, ainda que seja preciso se corromper para isso. E, por fim, procuramos estar juntos com nossos amigos de caminhada quando fraquejarmos, segurarmos em suas mãos, nos momentos de queda, dividir nossos ombros nos momentos de tristeza e rirmos juntos nos momentos de alegria. Isso é no que acreditamos e o que buscamos. Na caminhada equipista há dois anos, percebemos uma grande melhora em nosso relacionamento de casal: vemos que adquirimos maior espiritualidade e um olhar diferente para o outro. Temos mais paciência com nossos filhos e procuramos valorizar cada momento dessa graça concedida por Deus em nossas vidas. Não somos um casal perfeito, falta-nos crescer em carinho e atenção um para com o outro. Faltanos sabedoria para orientar nossos filhos em alguns aspectos. Mas o caminho se faz caminhando, olhando para frente e não lamentando o que já passou. Portanto, esperamos continuar trilhando o caminho dos PCEs para nos aperfeiçoarmos e quem sabe um dia viver esse “amor-doação” não apenas dentro de nossa família, mas também dentro de nossa comunidade Igreja.  Luciene e José Carlos Eq.12A - N. S. Desatadora dos Nós Goiânia-GO CM 477


INFORMAR E FORMAR Método diferente

Em dezembro de 2012, nosso Casal Responsável de Setor nos pediu para apresentar as atividades para o próximo ano. Ficamos pensando que a formação é muito importante, mas que precisávamos inovar em alguma coisa para que incentivasse os casais a participar. Além das noites de formação no Mosteiro que já são esperadas, missas mensais, reuniões de formação, o que oferecer? Foi, com essa indagação que surgiu a ideia do quis. Quando pilotamos uma Equipe, ao estudar o Estatuto, propusemos um quis, agora achamos que também poderíamos criar um sobre a Bíblia. No EACRE, conversamos com o SCE do Setor e ele disse que nos auxiliaria. Fizemos uma reunião com os Casais Formação das Equipes e eles aceitaram o desafio. Em agosto, reunimos com o SCE, Pe. Nei Ângelo para que ele conferisse as questões propostas e fizesse as alterações necessárias. Em seguida, conversamos novamente com

os Casais Formação das Equipes para entregar as regras e conferir os e-mails que ainda não estavam registrados. A partir do dia 01 de setembro, a cada dia, lançávamos uma pergunta no endereço eletrônico de cada casal e Sacerdote registrado e a resposta deveria vir até às 23h59 do dia correspondente à pergunta. Qual não foi nossa surpresa quando percebemos que mais casais do que imaginávamos acolheu o desafio proposto. Diariamente, tivemos uma média de 68% de participação. Gostaríamos de agradecer a todos que nos apoiaram e que, dessa forma, além de um crescimento maior sobre a Bíblia, puderam mostrar que sabem a importância de ser ativo no Movimento. Já estamos com um novo desafio lançado: em maio de 2014, teremos um quis sobre o Movimento. Aguardamos vocês!  Gláucia e José Carlos Eq.40B - N. S. do Livramento Juiz de Fora-MG

a gratuidade no serviço Há exatamente 3 anos nos lançamos em alto-mar em um barco, e juntos formamos nossa Equipe de Setor guiado por um sacerdote. Nosso SCE foi o primeiro a dar o seu “SIM”. Nosso timoneiro, que conduz, que mostra o caminho, orienta o rumo a seguir. Muitos foram os momentos vividos, compartilhados. DuCM 477

rante toda essa navegação, o mar se agitou algumas vezes, mas ninguém abandonou o barco. Cremos que escolhemos, por obra do Espírito Santo, as pessoas certas para estar conosco neste triênio como CRS. Criamos laços que o tempo não conseguirá acabar. Pessoas que se doaram e se lançaram para as águas mais 27


profundas, somente acreditando no poder do amor e doação. Nossos casais foram presentes, participando das formações, dos encontros, dos retiros, enfim, de tudo o que o Movimento oferece para seu crescimento. Em nossa última reunião, dava para perceber os olhos lacrimejantes e as palavras de carinho que saiam da boca de cada um em agradecimento a Deus por fazer parte dessa pequena família chamada de “Colegiado”. Costumamos dizer que devemos sempre estar disponíveis ao serviço, pois ganhamos sempre muito mais do que oferecemos, e o que ganhamos não tem preço quando comparado com tudo aquilo que recebemos do Movimento. Através da doação de cada um colhemos alguns frutos durante esses anos. Como diz o Evangelho “a lâmpada não pode ficar debaixo da mesa”. E foi com toda luz emanada desses casais, pela unção do Espírito Santo, que, juntos, nosso Colegiado mais nossos casais da Experiência

Comunitária e Pilotagem, conseguimos lançar mais 3 equipes para o nosso Setor e fortalecer algumas equipes enfraquecidas de casais. Louvado seja nosso Deus! Hoje, chegamos ao final de nosso serviço. Sentimos o aperto no coração, uma saudade boa, doída, mas gratificante por saber que cumprimos nosso dever, e por onde passamos deixamos o perfume do amor que se revela nesses sentimentos expostos por cada um de nosso Colegiado. Agraciados com o amor de Maria, nossa Mãe, vislumbramos um novo colegiado sendo formado para continuar a missão, levando a essência perfumada do amor-doação. Exultamos de alegria por sentir que “O PODEROSO FEZ E FAZ EM NÓS MARAVILHAS”, através do serviço que se renova e da possibilidade de novos casais em dar o seu Sim, a exemplo de Maria.  Terezinha e Ronaldo Casal Responsável do Setor A Manaus-AM

as mãos de deus Nos últimos dois anos, ir à Missa, diariamente (ou quase), tem sido o momento mais importante do meu dia. Para mim, a Missa é a maior, a mais completa e a mais poderosa oração de que dispomos como católicos. Amo visitar a casa do Pai e lá encontrar com os meus “irmãos”. Rezar com eles e, não somente individualmente, ou com meu marido, filhos e neta; me faz enxergar além do meu próprio umbigo. Estar todos os dias na Igreja 28

me deu uma nova família para conviver. Ouvir a história de vida que cada um tem para contar, uma história a contar de outras vidas e do quanto todos precisamos, em algum momento, do outro, me faz ver o quanto todos somos necessitados do amor, da compreensão e da ajuda do próximo. Na Missa rezamos juntos, pedimos a Deus juntos que nos perdoe, nos dê vida, que aumente a nossa fé, que caminhemos na sua estrada para chegarmos à jornada final em paz. CM 477


Acredito que, na Missa, a união das nossas vozes em oração funcione como um megafone nos ouvidos de Deus (rsrs). Principalmente quando estamos unidos rezando o Pai Nosso. Ultimamente, tenho prestado atenção nas mãos que se entrelaçam com as minhas nesse momento. Alguém já prestou atenção nisso? Tenho pensado muito sobre isso. Passei a acreditar que as mãos de cada dia são um presente que Deus colocou ao meu lado, e não algo aleatório. Formamos uma poderosa corrente de oração, que vai se ampliando de mão em mão começando por cada um(a) e se irradiando para quem está ao nosso lado. E assim, decidi dedicar esse momento a rezar também por essa pessoa que Deus colocou ao meu lado neste dia e então, tento interpretar, pelas mãos, o que preciso pedir para nós. Na maioria dos dias, infelizmente, estou lá sem o Leonel. Quando ele está comigo é muito bom sentir sua mão segurando a minha com o carinho e o amor que ele sempre me dedicou e rezo para que Deus nos conserve unidos. Tem mão que segura a minha sem medo de colocar força. Às vezes me sinto reconfortada com essa mão, então agradeço o apoio, principalmente em ocasiões de cansaço, pois sustenta a minha; e desejo que o desânimo não nos impeça de progredir. Mas em outras sinto agressividade, o que me leva a pedir tranquilidade para nossos corações. Há mãos que seguram a minha de leve, quase sem querer segurar. CM 477

Então me questiono então se é uma pessoa insegura e peço vitalidade; doente ou fragilizada e peço saúde, vivacidade. Ou sou eu que estou inconscientemente rejeitando o contato, e ai penso em mágoa. Um coração magoado, rejeita! Livra-nos, Senhor, que saibamos perdoar e sermos perdoados. Mas pode ser a mão de alguém com o coração e a alma leve! Muitas vezes o que me leva a decidir o sentimento é a temperatura das mãos. As mãos às vezes estão frias, às vezes muito quentes. Mas sei também que depende da minha mão, por isso a oração é por nós. Minhas mãos frias tornam a do outro mais quente, minhas mãos quentes tornam a do outro mais fria; mas quando estamos iguais o que sinto é um calor ameno, que conforta. Há mãos suaves, mãos grossas, pequenas, grandes, calejadas como a mão do homem que segurou a minha, na Missa assistida na pequena comunidade de Uruaú; enfim, um vasto arsenal para se refletir e rezar a cada mão que se toca. Sei que há mãos que destroem, mas prefiro ver as mãos que trabalham, servem, rezam, abençoam, criam, abraçam e que a cada dia Deus coloca no nosso caminho, para nos ajudar a viver conforme a Sua vontade Desejo do fundo do meu coração que eu também possa transmitir, com as minhas mãos, somente sentimentos bons e confortadores, pois todas as mãos são para mim: Mãos de Deus!  Eliane, do Leonel Eq. 07E - N. S. Peregrina Fortaleza-CE 29


REFORÇANDO A PRÁTICA DOS PCEs Eu nunca tinha pensado na possibilidade da morte de minha esposa, a Mônica. Uma vez ela me disse que gostaria de morrer primeiro que eu, e que já tinha pedido isto a Deus, pois não suportaria ficar sozinha, sem a minha presença. Provavelmente por covardia eu não dei atenção a estes comentários dela. Hoje me vejo diante da falta absoluta da Mônica; não há volta, não há nada que eu possa fazer para mudar a situação que vivemos. Ela foi para o céu no dia 25.07.2013, às 14:00 horas, com 57 anos, e levou uma parte minha com ela. Em nossa casa só lembranças dela: - A agenda que ficou marcada no final de semana 22 e 23 de junho de 2013, véspera de sua internação na UTI; - O livro sobre a mesa, cuja leitura não foi concluída, conforme indica o marca texto... “A infância de Jesus, de Bento XVI”; - O pijama na gaveta junto aos travesseiros, que era usado diariamente... - O terço sobre a mesinha de cabeceira, que era usado em suas orações diárias... - O vazio do lado, na cama, no carro, no sofá, na Igreja, nas equipes, nas pastorais, em tudo... Neste momento me sinto perdido e sem um futuro definido, com tão grande mudança em nossas vidas. Não tenho o meu porto seguro, aquela a quem eu confidenciava as minhas fraquezas, os meus medos, 30

os meus dissabores e também com quem compartilhava as minhas alegrias. Aos amigos equipistas, gostaria de lembrar pequenas atitudes, em casal, que não tenho mais, e que quem tem a oportunidade de praticá-las, sugiro que o façam urgente, não deixem para amanhã: - Façam os Pontos Concretos de Esforço - PCEs juntos... - Pratiquem mais e mais intensamente o Dever de Sentar-se... - Convivam, andem de mãos dadas, sem pressa, sem compromisso... - Vejam TV juntos... - Rezem juntos, diariamente... - Rezem o terço, juntos, diariamente... - Participem da missa, juntos, entrem na fila da comunhão, juntos, rezem O Pai Nosso de mãos dadas... - Vivam juntos, envelheçam juntos... - Não adiem os planos do casal, a vida é curta e não sabemos quando seremos chamados. - Vivam juntos, intensamente, sem medo, como se nunca fossem ser separados... A verdadeira felicidade é feita de pequenas felicidades. Não precisamos de grandes viagens, ir a restaurantes luxuosos e caros, basta estarmos juntos.  Paulo, da Mônica (in memorian) Eq.11C - N. S. de Fátima Brasília-DF CM 477


reflexões de um sacerdote Com a graça de Deus, Nosso Senhor, participamos do Encontro Provincial, em Florianópolis, nos dias 04 à 06 de outubro. Vimos a necessidade de partilhar, o quanto antes, a experiência enriquecedora e desafiadora que tivemos durante o Encontro. Num clima de oração e amizade, ouvimos os testemunhos de casais e sacerdotes, bem como, fomos desafiados a “avançar para águas mais profundas”. Animados pelo Espírito Santo, convidamos vocês, equipistas do Setor Serra, “a cuidarem do dom da graça que Deus nos confiou” (1Tm 4,14) pois, poderemos ser “a única página do Evangelho que alguém poderá ler” (São Francisco de Assis). As ENS surgiram como uma grande alavanca para auxiliar o casal em seu Matrimônio. Pelo caminho da espiritualidade, do contato direto com Deus e da contemplação da Sagrada Escritura, o casal é fortalecido em seu amor e entrega mútua para superar inúmeros obstáculos no matrimônio e ser, no mundo, um sinal da vitória de Cristo sobre os males que atingem, em diversos tempos, a família cristã. Por isso, devemos evitar qualquer tipo de preguiça ou desculpas que nos impeçam de rezar individualmente e em casal, bem como, de participar das Celebrações Eucarísticas aos domingos e outras solenidades. Sabemos que a Eucaristia é o alimento dos demais Sacramentos. Para aprofundar e enaltecer o espírito dos equipistas, o Movimento das ENS nos dá a oportunidade de sermos uma verdadeira comunidade CM 477

reunida em torno da Palavra. Nossos encontros e partilhas devem ser uma profunda Lectio Divina, uma leitura orante da Escritura. Desde o momento de preparação, durante o Encontro e também na confraternização, estamos reunidos em nome de Cristo. Tudo é oração e para isso deve estar voltado o nosso coração. Peço aos SCEs todo o cuidado, para que os Encontros não sejam centrados na confraternização, mas sim, na reflexão dos textos bíblicos, na Palavra de Deus, que nos sacia para sempre. Assim, que a diversão não ocupe mais tempo do que a Partilha na vida da equipe. Partindo dessas experiências, cada equipista se torna um verdadeiro “vaso cheio dos tesouros da graça de Deus”. Pois, se nos foram confiados tais dons, é porque o Senhor espera algo a mais de cada um de nós. “Que nenhum equipista fique de braços cruzados, mas que todos assumam um serviço concreto em nossas paróquias”, afirmou o casal Provincial. Os equipistas devem, assim, ajudar as comunidades em que participam, não necessariamente a mesma do SCE, mas, aonde o Espírito o conduzir. Lembremo-nos de que “nas mãos que oferecem rosas sempre fica um pouco de perfume”. Sendo assim, apresentamos o lema que a Super-Região nos deixou para 2014: “Tudo o que fizerdes ao menor destes meus irmãos, é a mim que o fazeis” (Mt 25,40).  Pe. Kleiton Pena SCE Setor Serra e Eq.08 N. S. do Caravaggio Caxias do Sul-RS 31


Partilha e Pontos Concretos de Esforço

retiros ... Refletindo Sobre O Retiro ... No Evangelho de São Lucas encontra-se uma pequena frase que nos leva a uma série de indagações: Por que foi escrita? Por que se encontra ali? O que ela quer dizer? Será algum detalhe ou observação dita pelo escritor sagrado? Enfim, está ali. Para quê? Há tempos esta pequena frase tem me levado a estes e outros questionamentos. Há tempos, vira e mexe, ela vem à tona. É no capítulo 22 do referido Evangelho que ela se encontra. Após a instituição da Eucaristia, depois dos anúncios e recomendações, Jesus foi com os seus discípulos ao Monte das Oliveiras, a fim de rezar como era seu costume, antes de momentos importantes. Estamos vivendo num tempo de muitos atropelos e correrias que nos conduzem a uma redução no nosso tempo dedicado às orações. Quando surgiram as Equipes, o Espírito Santo, atuando na vida e no coração de Padre Caffarel, suscitou algumas “obrigações” que, acredito terem sido cumpridas à risca pelos primeiros casais na França, em Luxemburgo, noutras regiões europeias onde o Movimento migrou, ... até mesmo no Brasil. No Estatuto das Equipes de Nossa Senhora encontramos: “Fazer cada ano um retiro fechado de 48 horas”. No decurso do tempo, abrilhantado por tanto trabalho, correrias, responsabilidades, 32

nota-se que 48 horas passaram a ser 36 horas, que por sua vez passaram para 24 horas, para 16 horas e, assim, sucessivamente. Em nosso último Retiro, em um momento de silêncio, surgiu em minha mente a dita frase e a pergunta; para que ela serve? A resposta veio de imediato. O Retiro é o tempo para o qual somos convidados a subir ao Monte e estar juntos do Senhor na oração, na meditação, na súplica para um momento importante na nossa vida de cristão, de casal, de Igreja no caminho escolhido: Equipes de Nossa Senhora, afastando-nos do nosso trabalho, das nossas preocupações, da nossa vida cotidiana, das nossas correrias e responsabilidades usuais. Para isto exige programação, esforço, ajustamento de nossa agenda para que tudo aconteça conforme o Senhor programou e quer. O Evangelho nos diz: “E afastouse deles mais ou menos a um tiro de pedra”... (Lc 22, 41). Que o afastar-se a uma distância de um tiro de pedra seja a motivação que nos leva ao próximo Retiro. Seja o nosso esforço para o encontro com o Senhor. Seja não a consciência do dever cumprido, mas o crescimento que nos faz subir cada degrau da santidade em casal.  Wilson, da Adair Eq.04 - N.S. Aparecida Santa Rosa de Viterbo-SP CM 477


Região RN I Chegou setembro, mês em que ocorrem os Retiros Espirituais da Região RN I, mês em que a Igreja dá mais ênfase à Bíblia e ao Dízimo. O Retiro Espiritual, como a própria palavra diz é um momento de retirar-se; ele é propício para refletir sobre nós mesmos, a nossa condição de vida. Como estou vivendo? Quais são minhas motivações? Como tenho agido diante das situações que me são colocadas? Quais têm sido minhas contribuições? O que tenho oferecido à minha família, à sociedade, a Deus? E minha vida de oração? Tenho dado o merecido lugar ao Senhor? E meu relacionamento com o próximo, como está? Um Retiro Espiritual pode contribuir para a restauração da pessoa por inteiro, não só do corpo, mas também da alma, da essência do que somos, desde que nos disponhamos a sair do barulho, do mundo agitado, para ficarmos a sós com Deus. Trata-se de um momento de profunda e intensa intimidade com Deus. No Retiro Espiritual, somos convidados a nos entregar nos braços de Deus, a confiar a Ele toda a nossa vida. As pessoas que se permitem participar de um Retiro Espiritual são privile-

giadas; normalmente são pessoas que buscam viver mais felizes, renovar sua vida espiritual, para melhor se corresponder com Deus e relacionar-se com as demais pessoas ao seu redor. Todos nós, no decorrer de nossas vidas, precisamos de um momento para nos reabastecermos da graça de Deus. Lembrem-se de que Deus está sempre conosco, mas nós nem sempre estamos abertos à sua graça de Deus. Fazer um Retiro Espiritual e dedicar mais tempo à oração, é uma bênção. Como diz a Palavra de Deus: “Há um tempo para cada coisa debaixo dos céus” (Ecle 3, 1). Foi em clima de oração que, nos dias 21 e 22 de setembro de 2013, o Setor C da Região Rio Grande do Norte I realizou o seu Retiro Espiritual, no Acampamento Mardunnas, tendo como pregador o Padre César Luiz SCE do Setor e contou com a presença de mais de 80 casais, que se deliciaram das liturgias e palestras, sobre o Tema: O caminho da vida espiritual em casal A oração do Senhor: Pai nosso.  Léo, da Aninha Eq.03C - N. S. da Saúde Natal-RN

Setor Serra Mar Nos dias 24 e 25 de agosto de 2013, participamos do Retiro Anual. Em um final de semana chuvoso, CM 477

19 casais estavam reunidos com o propósito de buscar cada vez mais os ensinamentos de Deus. 33


Nosso pregador, Pe. Eder, com sua sensibilidade e devoção, fez que fizéssemos uma autoanálise. Devíamos olhar para dentro de nós mesmos e nos perguntar: Quem somos? Quem é aquele ou aquela que está ao nosso lado? E quem sou eu para Deus? Será que somos missionários de sua causa, que saímos por caminhos tortuosos levando sua Palavra a outras pessoas? A partir desses questionamentos, nos perguntamos: Será que levamos os ensinamentos recebidos nas ENS e na Igreja para aquelas pessoas que, muitas vezes, necessitam de uma palavra de conforto e esperança, para continuarem renovando e fortalecendo sua fé no Senhor? Também podemos nos questionar: Que Cristãos nós somos? E qual o nosso papel dentro das ENS? Ficávamos mais leves à medida que buscávamos respostas

para essas perguntas, e com uma total participação de todos, nem vimos o passar das horas. Vivemos momentos especiais e emocionantes, como a Oração Conjugal na Capela e o Dever de Sentar-se, pontos muito fortes para nós e uma verdadeira bênção. Percebemos que todos os casais que participaram deste Retiro farão um grande esforço para dar continuidade ao que foi falado e questionado. Podemos dizer que sentimos a diferença de como iniciamos e o momento em que nos despedimos. Como é importante participar de um Retiro, pois nos aproxima cada vez mais da Palavra e dos ensinamentos de Deus, nos enchendo de orgulho de fazer parte das ENS!  Rosane e Álvaro Eq.04 - N. S. Aparecida Santo Antonio da Patrulha-RS

Setor Valinhos Realizou-se nos dias 30.08 à 01.09, na Casa de Retiros Siloé, em Vinhedo-SP, o Retiro dos casais do Setor Valinhos-SP. Participaram 71 casais, e o tema proposto foi “O Equipista a Serviço da Igreja, à luz dos Documentos do Vaticano II, no Ano da Fé”, escolhido pela equipe responsável (Eq.12 - N. S. Desatadora dos Nós), para comemorar os 50 anos do Concílio Vaticano II e os 20 anos da promulgação do 34

Novo Catecismo da Igreja Católica. O Retiro foi assessorado pelo Pe. Guido Mottinelli, dos Padres Rogacionistas. Foram apresentadas cinco reflexões, de caráter catequético, baseadas no Documento Conciliar “Lumen Gentium” (Luz dos Povos), onde o Magistério da Igreja destaca a tarefa e a missão do leigo no mundo de hoje, com os seguintes temas: 1. Ser leigo, hoje, a serviço da Igreja: resgate e desafios; CM 477


2. Conhecemos a doutrina que Cristo ensinou?; 3. O equipista, missionário na “Ordem temporal”; 4. Os Sacramentos, hoje; e,

banner, a bênção acompanhou todo o Retiro. Ao final, entregamos uma cópia idêntica do pergaminho com a Bênção Apostólica a todos os equipistas.

5. Retrato de Maria, modelo do equipista. No decorrer do Retiro houve também uma paraliturgia penitencial, com absolvição comunitária, e muitos casais tiveram a possibilidade de um encontro pessoal com o Pe. Guido. A Missa de encerramento foi caracterizada pelo “envio”, modelado na mensagem final do Papa Francisco, em sua visita ao Brasil, na JMJ, que disse aos jovens: “IDE, SEM MEDO, PARA SERVIR”. Para nós da Equipe 12 o “serviço” foi gratificante, mas nos sentimos ainda mais honrados com a Bênção Apostólica do Papa Francisco, recebida do Vaticano especialmente para esse Retiro. Reproduzida em um CM 477

Agradecemos de todo coração ao Pe. Guido que, sem medir esforços, dedicou-se arduamente à preparação e à pregação do Retiro, proporcionando aos casais momentos de profundas emoções, reflexões e partilha, fortalecendo o espírito de unidade e entendimento.  Keli e Maurício Eq.12 - N. S. Desatadora dos Nós Valinhos-SP 35


“Um encontro com o Senhor no ano da fé”.

Ao subirmos a montanha no dia 31.08.2013, íamos pouco a pouco, deixando o burburinho da cidade e nos contagiando com a beleza da natureza à nossa volta. O contraste do verde com o azul do céu, era um presente do Criador para nós. Tudo favorecia a “Um Encontro com o Senhor” e preparava os nossos corações, para acolher as graças que Deus desejava nos oferecer nesse Retiro cujo tema era:“Um encontro com o Senhor no ano da fé”. Dom Anselmo Chagas, monge beneditino, nosso pregador, com sua mansidão e sabedoria, conduziu o Retiro fortalecendo espiritualmente o nosso caminhar. À medida que ouvíamos as leituras bíblicas e mergulhávamos nas reflexões, percebíamos a chama da fé reacendendo em nosso interior e o quanto ela deve ser partilhada em nosso convívio. Ele afirma: devemos ser portadores da fé e, através do nosso testemunho de vida, transmissores desta fé. Ter uma vida de oração, de evangelização, de acolhimento e de amor ao próximo, fruto das meditações 36

propostas a partir do encontro de Jesus com a Samaritana, com a mulher pecadora, com um leproso, com um paralítico... Nesse Retiro, tivemos momentos fortes de oração: a Oração da Manhã, a Oração do Terço, a Celebração Eucarística e a Celebração do Envio. Agradecemos a Deus por ter nos permitido participar desse Retiro, e a Dom Anselmo Chagas que, sob a luz do Espírito Santo, nos levou a viver a experiência do Encontro, da Comunhão e a Reavivar a nossa fé. Descemos a montanha no dia 1º de setembro, com a perspectiva de sermos equipistas missionários e como disse o nosso Papa Francisco na JMJ–RIO 2013: “A fé é uma chama que se faz mais viva quanto mais é partilhada, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus é o Senhor da vida e da história”. Amém!  Regina e Fernando Eq.09C - N.S. Imaculada Conceição Rio de Janeiro-RJ CM 477


Acostumado com as dificuldades inerentes à minha situação de cidadão de terceira classe, sempre atrás de favores governamentais, de Ongs espiritualistas específicas em alimentação, pernoites em abrigos públicos; fico sonhando sempre, com os comensais que dispõe de alimentos natalinos sofisticados e, proibidos em minha ordem social. Enfim chegou a noite de Natal, na qual do alto de minha insignificância humana, com roupas surradas, e impregnadas de um odor característico de coisa velha, cabelos longos e barba por fazer, sandálias nos pés, resolvi sair pela cidade para tentar uma boquinha, fosse onde fosse, para a tal de ceia, que só de ouvir falar, me dá água na boca. Pensei com meus botões: vou de cara passar na casa de um antigo companheiro de juventude, cidadão probo, financista de primeira linha, enraizado na vida social e “filantrópica” da cidade, ele vai lembrar-se carinhosamente do nosso antigo relacionamento; chego até seu portão, aperto a campainha - aquela que você se identifica, pergunto pelo fulano, quem atende é sua esposa... quem é? Depois de uns 2 minutos de agonizante espera, vem a resposta: meu marido não está, desculpe. Tudo bem, parto para outra, nem vou tentar nos luxuosos condomínios, onde nem na frente se permite nossa presença. Bati pelo menos em umas cinco ou seis portas de conhecidos meus, todos felizmente bem sucedidos, mas nenhum deles me convidou para entrar e provar a tão desejada ceia de Natal. Já pasCM 477

Natal

um desejo, um sonho de natal sava da meia noite, depois de andar a esmo por toda a cidade, morto de fome e sede, sentei-me na porta de um restaurante e para se livrarem da minha presença, solicitaram “amavelmente”, que eu me retirasse logo dali, estava constrangendo os seus clientes. Não me dei por vencido, voltei a raciocinar: vou tentar cear na casa de algum desconhecido, das classes menos favorecidas, talvez lá eu consiga meu intento, matando a vontade de pelo menos uma vez na vida, comer algo diferente na propalada ceia de Natal. Rodei mais algumas casas e quase desistindo, deparei-me com um corredor comprido, iluminado, uma casinha pobre, no fundo, com algumas crianças brincando com seus presentinhos; parei ali e fiquei observando a felicidade estampada em seus rostos, quando que para minha surpresa, uma garotinha de mais ou menos 08 anos, chamou sua mamãe e, com uma sinceridade infantil marcante, exclamou: Mãe, olha quem está aqui no portão, é o Menino Jesus bem velhinho, com barba e tudo. De imediato, mães e pais que ceavam naquele lar, me acolheram, sentei-me à mesa, saciei minha vontade incontida de provar verdadeiramente uma ceia natalina: frango assado, farofa, linguiça, salsinhas, pão, refrigerantes, vinho de garrafão. Aproveitei no máximo minha aparência com Jesus naquele momento - por que meu paladar era o mesmo de estar consumindo as melhores iguarias, de estar acompanhado de irmãos de corações abertos; tudo graças a uma 37


visão infantil, mas autêntica, de uma alma pura e angelical. A realidade muitas vezes nos prega tantas surpresas, que se não soubermos distinguir as circunstâncias de alguns atos ou situações, corremos um sério risco de sermos nós, os preteridos para o banquete. Que o Natal do Menino Jesus seja sempre um sinal de amor,

de solidariedade na caridade, da fraternidade entre irmãos, que nossos corações sejam eternamente a sua manjedoura. Um feliz e santo Natal a todos! (Aloisio Arruda De Lucca)  Colaboração de: Sandra Regina e Aloísio Eq.02 - N. S. Auxiliadora Limeira-SP

feliz natal Caros irmãos equipistas, os grandes amigos meus, peço que a Virgem Maria atenda os anseios seus. Para essa graça existir, a casal precisa ouvir, bem A PALAVRA DE DEUS. Esse Natal, meus amigos nos chama à reflexão. A violência no mundo clama aos céus a solução. Para resolver o dilema, solucionar o problema, é orar com MEDITAÇÃO Cabe a nós uma atitude de firmeza contra o mal, o engajamento contínuo não somente no Natal. Para vencer a desgraça, eu peço que o casal faça muita ORAÇÃO CONJUGAL Que o espírito do Natal, continue em nossa lida, que cada um persevere sempre de cabeça erguida. O mundo quer a resposta e a nossa grande proposta é uma boa REGRA DE VIDA E cada casal precisa, nessa batalha, engajar-se, um segura a mão do outro com firmeza e sem disfarce. 38

Para conseguir o que quer cabe ao homem e à mulher um bom DEVER DE SENTAR-SE Quando alguém está cansado, é preciso descansar. Se alguém fica estressado é hora de relaxar. Se a mente fica embotada, a alma fica agitada. É hora de meditar. E para meditar bem, viver um pouco de calma, esquecer o vai-e-vem e superar qualquer trauma, O RETIRO nos oferece, o remédio que fortalece nas tribulações da alma. Que o sentimento de pertença , seja forte em nossa crença, que cada um sempre vença e tenha sempre muita luz. Que o espírito natalino receba o sopro divino, transforme o nosso destino nas mãos do Senhor Jesus. Um abençoado Natal e um 2014 dirigido pelo Espírito Santo de Deus. 

Edmilson, da Ana Maria Eq.01 – N. S. do Perpétuo Socorro Expansão - Caucaia-CE CM 477


Maria, Mãe de DEUS e nossa Mãe, é invocada pelos fiéis com a esperança de que Ela os ajude em suas necessidades espirituais e materiais. Assim, a Mãe de Deus tem sido denominada a Esperança dos desesperados. Ao rezarmos a oração Salve Rainha, nos dirigimos a nossa Mãe como Esperança nossa. O mais antigo santuário de Nossa Senhora da Esperança de que se tem notícia é o da cidade de Mezières, na França, construído no ano de 1930. Depois dele vários outros foram erigidos, espalhando-se esta invocação por toda a Europa. Em Portugal, este culto desenvolveu-se na época das descobertas marítimas. É histórico o fato de Pedro Álvares Cabral ter levado em uma das Caravelas uma imagem de Nossa Senhora da Esperança, esculpida em pedra. Esta imagem foi-lhe entregue pelo Rei D. Manoel no dia 08 de março de 1500, quando as caravelas estavam prontas para zarparem. Assim, essa imagem guiou os navegantes que, segundo a história, iam para as Índias e acabaram CM 477

CNSE

a padroeira do movimento descobrindo o Brasil. A imagem clássica de Nossa Senhora da Esperança representa a Virgem Maria de pé com o menino Jesus sentado em seu braço esquerdo, segurando com mão direita o pezinho dele. O Deus Menino aponta com a mão direita para uma pomba (símbolo do Espírito Santo), que repousa sobre o braço direito da Mãe. Hoje Nossa Senhora da Esperança é a padroeira do Movimento que valoriza as pessoas que vivem uma situação especial de vida, como viúvas(os), solteiras(os) e separadas(os) - CNSE. A festa de Nossa Senhora da Esperança é comemorada entre nós que pertencemos às CNSE no dia 26 de abril. Essa data foi escolhida porque a 1ª reunião efetiva da nossa Equipe Dirigente Nacional, coordenada por D. Nancy, ocorreu no mês de abril, assim como a missa celebrada em Porto Seguro, no dia 26 de abril de 1962, onde, 462 anos antes, frei Henrique de Coimbra rezara a primeira missa em terras brasileiras com a imagem de N. S. da Esperança em um altar improvisado. Rogamos à Mãe da Esperança que envie muitos casais das ENS para tornar as CNSE presentes em todos os estados brasileiros.  Toinha e George Casal Regional Pernambuco – CNSE Olinda-PE 39


caminhando na ESPERANÇA Todos nós, equipistas, assíduos leitores da Carta Mensal, já percebemos que de uns tempos para cá têm sido introduzidas, nas suas últimas páginas, notícias, descrição e desenvolvimento das Comunidades de Nossa Senhora da Esperança e das Equipes Jovens. É uma grande ocasião para conhecermos estes dois Movimentos que não são paralelos, mas intrínsecos às ENS. Quem sabe os casais - que têm disponibilidade - se interessam por animar um deles? Deus não quer que nenhum de seus filhos se desapegue das alegrias da vida, dom e graça dEle recebidas e convida cada um a buscar novas maneiras de suportar as provações e momentos difíceis, até mesmo de solidão, abandono e depressão. As pessoas sós, solteiras, separadas ou viúvas, pela força das circunstâncias, habituam-se a uma vida com pouca exposição de sentimentos, embora convivam com a família. São Paulo descreve a viúva como “aquela que pôs a sua esperança em Deus e que persevera, noite e dia, nas súplicas e nas preces” (1 Tim 5, 5). Como acontece nas ENS cujo modelo geral de pedagogia é seguido pela CNSE - é na coparticipação, no auxílio mútuo e na troca de impressões sobre o cotidiano que se firmam a convi40

vência, o respeito e a confiança entre os membros, ao mesmo tempo em que, paulatinamente, vai-se exercitando o desenvolvimento da espiritualidade. O Carisma especial desse Movimento é a Espiritualidade das Pessoas Sós, que somente será percebido e bem vivenciado com o passar do tempo. Dentre as exigências cristãs podem ser enumeradas a oração, a abnegação, a acolhida, o testemunho, a caridade, a castidade, a ascese, a Leitura da Palavra e Meditação e frequência aos sacramentos. Os Meios de aperfeiçoamento são introduzidos aos poucos: a Regra de Vida, Oração diária, Retiro anual. Essa caminhada propicia o Encontro: conhecer o outro e dar-se a conhecer; estabelecer laços fraternos; fazer novos amigos; reconhecer o rumo da caminhada e almejar os mesmos objetivos: os ensinamentos de Jesus, Caminho, Verdade e Vida. Há temas de estudo, divididos em reuniões e em várias fases, todos voltados à meta proposta: o Encontro. Iniciamos agora o estudo de “Nossas Perdas” (2º tema), sempre com enriquecimento de material, até com aproveitamento dos textos das últimas Noites de Oração que, além de belíssimas, têm primado pela catequese. CM 477


O nosso grupo, que já está formalmente estabelecido (já vamos para a décima reunião), denomina-se “Caminhando com a Esperança”, sugerido por Ana Lúcia e acolhido pela maioria. Temos também sugestões de nomes de pessoas interessadas e pedidos para a participação nas CNSE, que devem ser dirigidos ao casal coordenador geral, Silvana e Paulo , ENS 1. ou à Edna, que está empenhada na formação do novo grupo. Somos 11 Meninas, com idade entre 65 a 79 anos. Mais a coor-

denadora (eu) e a Ana Carolina. O Mauro não participa, pois as reuniões são à tarde e quinzenais. Estamos, portanto, com o grupo completo. Nem sempre há 13 cadeiras nas casas... Nosso desejo e estímulo: que cada membro, a começar de mim, possa vislumbrar um novo sentido para sua vida (mesmo que já esteja bem), numa trajetória que será iluminada, sem dúvida, pelos méritos e virtudes de Nossa Mãe.  Maria Inês, viúva Eq.04 - N. S. Aparecida Limeira-SP

“Será o trabalho uma oração?” Trabalhar é orar, dizem. Se é verdade, é bem reconfortante pensar que todo o seu trabalho de viúva, sobrecarregada de ocupações, é uma verdadeira oração. Fazer compras, cuidar da casa, preparar as refeições e servi-las às crianças, deitar e levantar os pequeninos, trabalhar em casa e fora de casa, terá realmente valor de oração aos olhos de Deus? Não; não se pode dizer que essas diversas tarefas sejam sempre oração. Do mesmo modo que um aperto de mão só é um gesto de amor se por ele damos nosso coração, o trabalho só é oração na medida em que a vontade o orienta para Deus como uma oferenda. Cristo dizia aos judeus. “Esse povo me honra com a ponta dos lábios, mas seu coração está longe de mim”. Se, quando trabalhamos, nosso coração está longe de Deus, nosso trabalho não será uma oração. Mas se nosso coração

estiver perto dele, se, de manhã à noite, nos esforçamos em fazer sua vontade e não a nossa, então sim, o trabalho é uma oração. Dirão, no entanto, que não podem estar incessantemente atentas a Deus. É verdade, como também não pensam a todo momento em seus filhos, embora seja o seu amor por eles que estimula todas as suas atividades. Por isso, não é tanto questão de atenção do espírito, mas, como lhes havia dito, de presença do coração. O que absorve o espírito não distrai necessariamente o coração. Penso nessa viúva encontrada num pequeno vilarejo que me dizia: “meu coração está todo tempo ocupado em Deus”. Era bem necessário que seu espírito estivesse em suas ocupações diárias, mas nem por isso seu coração se deixava monopolizar: ele ficava com Deus. Pe. Henri Caffarel

(Extraido do livro “O Amor mais forte que a Morte” – pg. 121 / 122)

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BODAS DE OURO Therezinha e Edvaldo Comemoramos os 50 anos de Matrimônio no dia 04.05.2013 com a celebração da santa Missa na Igreja de N. Senhora das Dores em Jacarepaguá. Após a Missa oferecemos um café da manhã à comunidade que nos acompanha por muitos anos na caminhada a dois, e a quase todos os casais do Setor e da Região, aos quais agradecemos o carinho e a presença que muito nos agradou e nos fez ver o quanto as ENS são importantes em nossa vida conjugal. (Eq.04B - N. S. de Fátima - Rio de Janeiro-RJ)

monial com uma Missa em ação de Graças celebrada pelo Mons. Edmilson Macedo, SCE de sua Equipe, com a participação dos familiares e equipistas, momento em que louvaram a Deus pela vida e pelo sacramento do Matrimônio. Cinquenta anos bem vividos, dos quais 15 caminhando nas ENS, sendo exemplo de amor, carinho, companheirismo, alegria, demonstrando sempre o querer o bem um do outro. Após a santa Missa houve uma recepção para os presentes. Pertencem à Eq.07B - N. S. Brotas em Salvador-BA. Ana e Valdemar

Margarida e Raimundo

No dia 02.09.2013, comemoraram os 50 anos de vida matri42

Integrantes da Eq.11 - N. S. da Conceição, em Gravataí-RS, o casal comemorou 50 anos de Matrimônio no dia 25.05.2013. Que Deus continue derramando suas bênçãos sobre o casal e toda a sua família. CM 477


Vanda e João Gualberto

No dia 20.09.2013, o casal integrante da Eq.01A - N. S. do Perpétuo Socorro, em Bauru-SP, comemorou suas Bodas de Ouro com uma Missa celebrada pelo Pe. Júnior, seguida de recepção com a presença de familiares e equipistas. Que Deus continue abençoando o casal e toda a sua família!

e integrantes da Eq.03A - N. S. Rainha da Paz, e outros equipistas. Em seguida foi oferecida uma alegre recepção. Que Deus continue a iluminá-los nessa caminhada espiritual dando testemunho de cristãos, contando sempre com a intercessão de Maria Santíssima em sua abençoada união.

JUBILEU DE PRATA DE EQUIPE Eq.04 - N. S. do Carmo

Lúcia e Francisco

No dia 28.05.2013,comemoraram 50 anos de Matrimônio com uma bela Celebração Eucarística na Igreja da Sagrada Família em Salvador-BA, celebrada por Pe. Ângelo, que em sua homilia enfatizou o valor da família, renovando também os votos matrimoniais do casal. Foi uma festa de várias gerações: filhos, noras, netos, também presentes amigos CM 477

Comemoraram, com uma linda celebração Eucarística, o Jubileu de Prata da Eq.04 - N. S. do Carmo, no dia 31.08.2013. Há 25 anos um grupo de sete casais juntamente com um sacerdote, Pe. Wagner Fernandes e o Casal Piloto reuniram-se pela primeira vez para experimentar, vivenciar e descobrir juntos a verdadeira face do sacramento do Matrimônio. Os casais eram na maioria recém-casados e sem filhos; estavam começando a vida conjugal; com projetos e sonhos sendo os combustíveis e motivadores para uma longa 43


viagem de cumplicidade, ajuda mútua, partilha e comunhão. “A obediência e a fidelidade aos estatutos do Movimento nos fizeram chegar a estes 25 anos” - disse o primeiro Casal Responsável da Equipe. Em sua homilia, na Missa celebrada na capela do Tabor, o Pe. Ivan ressaltou a importância do testemunho de fé que os casais do Movimento devem assumir na sociedade. Após a Missa, as 12 Equipes do Setor Castanhal foram recepcionadas com um delicioso jantar. Eq.06A - N. S. Mãe do Redentor - 25 anos!

quando estamos unidos, que somos unidos quando partilhamos a vida com os irmãos. Os PCEs são nossa estrada, bem sinalizada, conservada com carinho, na qual nos sentimos seguros com a entre ajuda dos irmãos de caminhada. Reunidos com todos que fazem parte desta história, família e inesquecíveis amigos, celebramos nossa fé, na festa maior, a Eucaristia. Depois, festejamos com uma maravilhosa e calorosa confraternização. Desde o início, esteve à nossa frente, nos guiando, nos fortalecendo, nos dando a conhecer seu Filho, a nossa Mãe do Redentor, companheira constante, dos momentos felizes e nos difíceis, nos dando seu exemplo de humildade, obediência e serviço. O Poderoso fez em nós maravilhas! (Cláudia e Edson - Eq. 06A - N. S. Mãe do Redentor - Brasília-DF)

40 ANOS DE EQUIPE

É uma longa caminhada, mas ao mesmo tempo, parece tão pouco, talvez pelo desejo e intenção de continuar por tempo ainda maior. Não foi o tempo que nos fez outros, mas a intensidade e a riqueza do que vivemos. Não temos dúvidas de que o Movimento das ENS nos moldou, lapidou e nos fez muito melhores. Hoje somos seis casais e nosso SCE, Pe. Godwin. Desses seis, quatro continuam desde a fundação e dois se juntaram a nós ao longo da caminhada. Tantos outros estiveram conosco, e permanecem até hoje em nossas amizades, que nem o tempo e às vezes a distância são capazes de separar. Descobrimos que somos fortes 44

Eq.39A - N. S. do Loreto

Este ano de 2013, comemoramos 40 anos de lançamento da Equipe 39 – Setor A – Região Rio V, localizada no bairro Ilha do Governador, Rio de Janeiro, tendo como Padroeira Nossa Senhora de Loreto. A Equipe 39 foi criada em 22 de novembro de 1973, com incentivo do casal Cida e Luiz Mário, iniciando com oito CM 477


casais componentes e, dentre esses oito, estava o casal Dôra e Luiz que permanece até hoje na Equipe, com seus bem vividos 58 anos de matrimônio, cuja presença nos impulsiona cada vez mais a prosseguirmos nesta caminhada. Parabéns à Equipe 39, hoje composta de seis casais e um viúvo, tendo como SCE Padre Alex, Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Loreto e Vigário Episcopal do Vicariato Leopoldina no Rio de Janeiro. Que Deus nos ilumine cada vez mais para que a Equipe 39 continue a dar frutos nas presenças dos casais que a compõe e aos que vierem fazer parte dela futuramente. (Equipe 39 – Nossa Senhora de Loreto - Região Rio V – Província Leste – Setor A)

da Irmã Elisa Fortuna, Acompanhante Espiritual de 04 equipes do Setor “A” Votuporanga. A Irmã Elisa pertence à Congregação das Irmãs Franciscanas do Coração de Maria. Louvamos e agradecemos a Deus pela sua dedicação e amor para com as equipes. (Wanda e David - CRR SP Norte I)

JUBILEU DE OURO SACERDOTAL Pe. Reginaldo Dutra Pessanha

JUBILEU DE OURO DE ORDENAÇÃO RELIGIOSA Irmã Elisa

Foi com muita alegria que os setores A e B de Votuporanga, comemoraram na Igreja Matriz N. S. Aparecida - Votuporanga-SP, no dia 18.08.2013, o Jubileu de Ouro de Ordenação Religiosa CM 477

Foi com muita alegria e emoção que participamos em 29.06.2013 das solenidades comemorativas dos 50 anos de sacerdócio, em Belo Horizonte-MG, onde Pe. Reginaldo iniciou sua vida sacerdotal. Residindo hoje em Salvador onde é o SCE da Eq.02B - N. S. das Graças, que fez questão de acompanhá-lo para participar desse momento. Com a presença do Arcebispo de Belo Horizonte Dom Valmor, houve pela manhã a Celebração Eucarística na Abadia N. S. das Graças das Monjas Beneditinas, onde ele celebrou sua primeira Missa. Às 17h, mais uma Celebração Eucarística, desta vez na Basílica do 45


Santo Cura D’Ars, sua primeira Paróquia. No dia 30 seguimos todos em direção à Serra da Piedade onde foi celebrada uma Missa no Santuário de N. S. da Piedade, local de suas muitas peregrinações. À tarde desse mesmo dia foi celebrada mais uma missa na Matriz de N. S. Mãe de Deus, em Roças Novas, sua segunda Paróquia, seguida de uma alegre confraternização com a comunidade local. Foram momentos de muita emoção para a nossa equipe que tem pelo nosso SCE uma grande admiração. (Conceição e Humberto - CRE Eq.02B - N. S. das Graças Salvador-BA)

No dia 25.08.2013 na Catedral Metropolitana de Sorocaba - N. S. da Ponte, foi ordenado Diácono. Com o tema:“Então irei ao altar de meu Deus, do Deus que me alegra.” Sl. 424. Felipe é Acompanhante Espiritual da Eq.13 - N. S. do Silêncio do Setor Votorantim-SP

ORDENAÇÃO DIACONAL

Marina (do Geraldo) No dia 22.10.2013 Integrava a Eq.01 – N. S. Auxiliadora Valinhos-SP

Felipe Augusto Bracher Pasquini

VOLTA AO PAI Pe. José Debortoli No dia 03.10.2013 Era SCE da Eqs. N. S. Rainha do Amor e N. S. das Neves Brasília-DF

CORREÇÃO Carta Mensal 476/nov Luiz Carlos (da Irany) local: Santana do Parnaíba-SP

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Quando eu era pequena, minha mãe costurava muito. Eu me sentava no chão, brincando perto dela e sempre lhe perguntava o que estava fazendo. Ela respondia que estava bordando. Todo dia era a mesma pergunta e a mesma resposta. Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava ... sentado e repetia: Mãe, o que a senhora está fazendo? Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes, compridos, curtos, uns grossos, outros finos. Eu não entendia nada. Ela sorria, olhava para baixo e g e n t i l m e n t e m e ex p l i c a v a : filho, saia um pouco para brincar e quando terminar meu trabalho, eu chamo você, coloco-o no meu colo e deixarei que veja o trabalho da minha posição, está bem? Mas, com toda aquela curiosidade infantil, eu continuava a me perguntar lá de baixo: Por que ela usa alguns fios de cores escuras e outros claros? Por que eles me parecem tão desordenados e embaraçados? Por que estavam cheios de pontas e nós? Por que não tinham ainda uma forma definida? Por que demorava tanto para fazer aquilo? Bem mais tarde, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou: filho, venha aqui e sente-se em meu colo; quero lhe mostrar uma coisa. É claro que fui correndo, louco para ver a sua obra acabada. Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao CM 477

ver o bordado. Não podia acreditar! Lá de baixo parecia tão confuso e, agora, vendo de cima, vi uma paisagem maravilhosa! Como podia ser? Então, minha mãe me disse: filho, vendo de baixo, tudo parece tão confuso e desordenado porque você não via que na parte de cima havia um belo desenho. Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo... Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito: Pai, o que estás fazendo? Ele parece responder: estou bordando sua vida, filho. E eu continuo perguntando: mas está tudo tão confuso, Pai, tudo em desordem... Há muitos nós, fatos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros... Por que não são mais brilhantes? O Pai parece me dizer: meu filho, ocupa-te, descontrai-se, confie em Mim e Eu farei bem o meu trabalho. Um dia colocarei você no meu colo e, então, você vai ver o plano da sua vida da minha posição! Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas. As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo. É que estamos vendo o avesso da vida. Do outro lado, Deus está “bordando”... Autor desconhecido  Colaboração de: Flávia e Luis Alberto Eq. 11 - N. S. Perpétuo Socorro Pindamonhangaba-SP 47

Reflexão

o bordado


Atualidade

SÍNODO SOBRE A FAMÍLIA “´O Sínodo sobre a família representa um grande gesto de amor do Papa Francisco para com as famílias cristãs, sobretudo por aqueles que necessitam de ajuda e estão em dificuldades`; e ´constitui também uma indicação para que as outras instituições ponham a família no centro das suas atenções e atividades´. Foi o quanto afirmou o arcebispo Vincenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho para a Família”, durante a conferência para apresentar a plenária do dicastério (23-25 de outubro) e a peregrinação das famílias para o Ano da fé (26-27 de outubro). O fio condutor da intervenção foi a assembleia extraordinária do Sínodo dos bispos sobre o tema ´Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização, programada de 5 a 19 de outubro de 2014”. “O tema deste documento, disse o arcebispo D. Lorenzo Baldisseri, secretário-geral do Sínodo, insere-se num itinerário de trabalho subdividido em duas etapas: a primeira será precisamente a celebração da assembleia extraordinária, que tem como finalidade ´especificar o status quaestionis` e reunir testemunhos e propostas dos bispos, ´para anunciar e viver de maneira credível o Evangelho`; a segunda etapa será, ao contrário, a assembleia geral ordinária, prevista para o ano de 2015, que se propõe ´definir as linhas de ação para a pastoral da pessoa humana e da família`. Além de uma apresentação geral da temática e de algumas citações bíblicas e magisteriais, o Documento contém ´um questionário a propósito dos principais desafios enfrentados pela família`. Para facilitar e acelerar o processo de consulta foi dirigido um convite às dioceses, a fim de ´difundir o Documento de maneira minuciosa nos decanados e nas paróquias, com a finalidade de obter dados concretos e reais sobre a temática sinodal`. Este mesmo pedido foi dirigido também aos demais organismos que participam no Sínodo, solicitando-lhes que enviem à Secretaria geral as respostas até ao fim do mês de janeiro do próximo ano”.  Fonte: L´Osservatore Romano, números 42 e 45, outubro e novembro de 2013, respectivamente. 48

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Meditando em Equipe No dia 14 de dezembro, celebra-se a festa do carmelita espanhol, São João da Cruz, nascido em 1542 e falecido em 1591. Órfão de pai aos dois anos, João da Cruz conheceu a pobreza extrema na infância e na adolescência. Todavia, antes que uma desgraça, ele a considerou uma graça, pois lhe forneceu a chave para a sua grande experiência no caminho de Deus: “Para chegares a possuir tudo, não queiras possuir coisa alguma”! Para ele, o fim último da existência humana é alcançar a união plena com Deus, ainda neste mundo. Por conseguinte, tudo o que impeça ou retarde esse matrimônio espiritual, deve ser posto de lado; e tudo que o favoreça e apresse, deve ser abraçado: “Quando reparas em alguma coisa, deixas de arrojar-te ao Tudo”! João da Cruz nunca mira o nada; só mira o Tudo.

Escuta da Palavra em Mt 5, 38-48 Sugestões para a meditação: 1. O que você acha da lei do talião: olho por olho e dente por dente (v.38)? 2. Você concorda com o v.42? 3. Sinceramente falando, é possível amar um inimigo (v.44)? 4. Com base no Novo Testamento (exemplos: Jo 13, 34-35; 1Cor 13, 4-7; 1Jo 4, 18-21), procure definir o amor-ágape. Frei Geraldo de Araujo Lima, O.Carm.

Oração Litúrgica “Senhor Deus, amado meu! Se ainda te recordas dos meus pecados, para não fazeres o que ando pedindo, faze neles, Deus meu, a tua vontade, pois é o que mais quero, e exerce neles a tua bondade e misericórdia e serás neles conhecido. Mas se esperas por obras minhas para, por esse meio, atenderes os meus rogos, dá-mas tu e opera-as tu em mim, assim como as penas que quiseres aceitar e faça-se. Mas se pelas minhas obras não esperas, por que esperas, clementíssimo Senhor meu? Por que tardas? Já que, enfim, há de ser graça e misericórdia o que em teu Filho te peço, toma as minhas moedinhas, pois as queres, e dá-me esse bem, pois que tu também o queres” (São João da Cruz: Oração da Alma Enamorada).


o

Símbolo do 3 Encontro Nacional das ENS Aparecida 2015,

escolhido entre vários apresentados no último Encontro do Colegiado em Itaici-SP

Casal Dançando: Simboliza a alegria de festejar o Matrimônio. “As Bodas de Caná” O Verde-amarelo representa o Casal Brasileiro.

Aparecida no Coração: Simboliza Nossa Senhora Aparecida no coração dos brasileiros. O Azul-marinho invertido significa o Coração do Brasil O Caminho: Usando como referência à passarela em Aparecida, foi desenhado o número 3, representando Terceiro Encontro Nacional e ao mesmo tempo simbolizando o espírito de peregrinação. O Marron terra representa uma caminhada de humildade (descalço) sobre o chão de terra em busca da santificação conjugal.

Equipes de Nossa Senhora Movimento de Espiritualidade Conjugal R. Luís Coelho, 308 • 5o andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (0xx11) 3256.1212 • Fax: (0xx11) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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