ENS - Carta Mensal 473 - Agosto/2013

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Ano LIII•ago 2013 • nº 473

C A R TA Equipes de Nossa Senhora

IGREJA CATÓLICA As vocações, dom do amor de Deus! p. 06

MARIA Assunção de Nossa Senhora p. 08

Mensal

PASTORAL FAMILIAR A semana Nacional da Família p. 11


CARTA MENSAL nº 473 • ago 2013

edItOrIal da Carta Mensal ................................... 01 super-reGIãO palavra do sCe...................................... 02 "...e os criou homem e mulher" ............ 03 espiritualidade é vida .............................. 04 IGreJa CatÓlICa as vocações, dom do amor de deus! ... 06 Oração pelas vocações ......................... 07 MarIa assunção de Nossa senhora ................. 08 Maria e a eucaristia .............................. 10 pastOral FaMIlIar semana Nacional da Família ................. 11 estatuto do nascituro ........................... 12 O teor do estatuto .............................. 13 FOrMaçãO Como se preparar para uma reunião mensal..................... 14 dIa dO padre - dIa dOs paIs dia do padre, dia dos pais .................... 16 VIda NO MOVIMeNtO peregrinação em pentecostes ............... 18 Missa 63 anos das eNs ......................... 19 equipes de Nossa senhora - 63 anos .... 19 recompletamento: abrir o coração para acolher ......................... 20 uma nova equipe: setor C e setor H .... 22

equipe 04 de Brasília-dF continua viva.... 23 sessão de formação ............................. 24 eeN - encontro de equipes novas ......... 28 raÍZes dO MOVIMeNtO Os padres, ministros da palavra ........... 32 testeMuNHO aprofundamento ................................ 33 Convite para amar mais ...................... 34 ser jovens casais nas eNs: um testemunho em equipe ................. 34 Momento de formação ....................... 36 tapete de Corpus Christi ...................... 36 partIlHa e pONtOs CONCretOs de esFOrçO a mística dos pCes e partilha ............... 38 retiro, ponto concreto de esforço ........ 39 retiro - O caminho da vida espiritual em casal ................................ 40 reavivando a nossa fé .......................... 41 pe. CaFFarel somos responsáveis também pela beatificação de pe. Caffarel .......... 42 NOtÍCIas ............................................. 43 CNse "O amor mais forte que a morte".......... 46 reFleXãO partir... caminhar ... ............................. 48

Carta Mensal é uma publicação periódica das equipes de Nossa senhora, com registro “lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: super-região Brasil - Cida e raimundo N. araújo - Equipe Editorial: responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. Espiritual: Frei Geraldo de araújo lima O. Carm - Membros: Fatima e Joel - Glasfira e resende - paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira produções editoriais - r. turiaçu, 390 Cj. 115 perdizes - 05005-000 - são paulo sp - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - responsável: Ivahy Barcellos - diagramação: samuel lincon silvério - Imagens: Canstockphoto: capa, pp. 8,16,17 e 48 - tiragem desta edição: 23.300 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para eNs - Carta Mensal, rua luís Coelho, 308 Cj. 53 11º andar - 01309-902 são paulo - sp, ou através de email: cartamensal@ens.org.br a/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site eNs (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


(Familiaris Consortio – Papa João Paulo II – 1981)

Nesta edição, a CM lembra, com muito carinho, a SNF - Semana Nacional da Família que se repete desde 1992. Pe. Miguel informa-nos sobre a presença das ENS na Reunião da CNBB, nos alerta para uma Formação mais inteira e fala da proposta principal desse Encontro: identificar e compartilhar ações evangelizadoras em favor da família, valorizar a sua atuação na Igreja e na sociedade, em especial na Semana Nacional da Família e suscitar uma maior integração do ECC, das ENS e da PF, em todas as comunidades paroquiais. Cida e Raimundo reverenciam a família maior: “Deus também quis a família! Quis que seu Filho nascesse e crescesse numa família... Quis que Ele tivesse uma mãe e um pai. E complementam: Ousando o Evangelho, os esposos e a família devem ser luz, conquistar espaço e garantir “que o Reino de Deus possa instalar-se com urgência no seio da sociedade”. Sílvia e Glauco colocam a Conjugalidade e a Espiritualidade num paralelo que, no infinito, se encontram na formação da família: Em nossa caminhada, a espiritualidade se desenvolveu num processo de conversão, a partir da descoberta das ENS... foi crescendo... se tornando vida, graças à ação do Espírito Santo e ao esforço pela fidelidade ao carisma e à mística das

ENS em nossa realidade conjugal. Mons. Albano Cavallin nos leva a entender melhor o tema da SNF: É preciso que a SNF realize todos os ideais educacionais, sociais, pastorais e espirituais... É a hora da defesa da fé cristã na família tão ameaçada no Congresso Nacional com tantos projetos contra a vida. Num manifesto em favor do direito à vida o casal Letícia e Paulo se coloca contra alguns pontos do Estatuto do Nascituro: A definição da gravidez, a sua evolução balizada na divisão embrionária paulatina e progressiva confere, ao ser em desenvolvimento, oportunidade única de integrar a gama de bilhões de seres humanos que puderam adquirir a beleza singular do nascer. Agosto é também mês dos Pais e dos Padres, e Pe. Valdir Prim fala das Vocações com rara singeleza. Leva-nos a pensá-la que, nada mais é que o amor à verdade, e resume assim: O elemento central do itinerário vocacional será sempre o amor à Palavra de Deus, cultivando uma familiaridade crescente com a Sagrada Escritura e uma oração pessoal... De Brasília, nos vêm dois emocionantes e animadores testemunhos de recompletamento de Equipes, entre outros tantos bons artigos que o espaço não nos permite comentar e estão prontos para uma leitura devagar, silenciosamente com Deus! Parabéns aos Pais e aos nossos Conselheiros, nossos pais espirituais!  Zezinha e Jailson CR Equipe da Carta Mensal

tema: “Caminho da vida espiritual em casal” CM 473

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Editorial

“O futuro da humanidade passa pela família”


Super-Região

“Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho!” (SL 89, 17)

No dia 09 de junho próximo passado, as Equipes de Nossa Senhora foram convocadas pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, através da Super-Região Brasil, para uma reunião na sede da CNBB, em Brasília. Também participaram da reunião representantes nacionais do ECC – Encontro de Casais com Cristo – e da Pastoral Familiar. A proposta principal da CNBB nesse encontro foi identificar e compartilhar ações evangelizadoras em favor da família. Na reunião, foi discutida a proposta de valorizar a atuação da família na Igreja e na sociedade, em especial na Semana Nacional da Família (SNF). A ideia fundamental diz respeito ao desejo de que a elaboração, organização e participação na SNF possa acontecer com maior integração do ECC, das ENS e da PF, em todas as comunidades paroquiais. A Semana Nacional da Família é um tempo forte de evangelização e formação. O tema central desse ano é: “A Educação e Transmissão da Fé Cristã na Família”, e acontecerá nos dias 10 a 17 de agosto de 2013. Outro tema discutido, e acolhido entre os presentes, foi a proposta de elaborar, em conjunto, ações e eventos que se propõem a contribuir com a visibilidade da famí2

lia no espaço público, bem como incentivar e promover as comemorações do dia dos pais, das mães, dos avós e as datas festivas e civis. “Os casais precisam estar atentos às necessidades da Igreja, em particular, no campo da Pastoral Familiar: na preparação dos noivos ao matrimônio cristão, no acompanhamento de recém-casados, na ajuda a casais em dificuldade e divorciados recasados, e preocupação com jovens que coabitam. Para realizar com eficácia esta missão, precisa que continuemos o processo de formação, estudando os documentos do Magistério da Igreja em matéria de Pastoral Familiar. A espiritualidade conjugal tem seu centro no casal, mas não deixa de lado a dimensão familiar” (Cida e Raimundo, CM, nov/2011). Dentre os muitos ministérios exercidos pelos equipistas na Igreja, a Pastoral Familiar sempre foi e é o campo privilegiado e prioritário do trabalho eclesial dos equipistas. Desejamos e incentivamos que os frutos do “caminho da vida espiritual em casal” sejam o empenho atuante e eficaz de cada casal equipista nas suas comunidades paroquiais em favor da Família, já que essa é a nossa VOCAÇÃO.  Um abraço com carinho. No Coração de Jesus, Pe. Miguel Batista, SCJ. SCE da Super-Região Brasil CM 473


“... e Os CrIOu HOMeM e MulHer” (GN 1, 27) Amados irmãos: Neste versículo do Gênesis temse o que Péguy denomina “a mais bela invenção de Deus”: o casal humano. E Deus os abençoou e disse a ambos: “Sejam fecundos, multipliquem-se e encham a terra” (Gn 1,28). Compreende-se, desse modo, a natureza humana: o homem e a mulher buscam um no outro sua reciprocidade e complementaridade (Aparecida). Deus quis o casal, criaturas muito amadas, em quem Ele deposita, ainda hoje, sua imensa esperança. A esperança de que, vivendo seu amor conjugal, homem e mulher sejam testemunhas do Deus que é Amor. Essa condição leva o casal cristão a ser uma estalagem no caminho da grande Igreja. Um ´sacramento` da Igreja. E um sacramento tão humano: “O rosto sorridente e meigo da Igreja”. Uma pregação sem palavras, mas espantosamente persuasiva, no dizer do Pe. Caffarel. Eis a nossa vocação de esposos! Uma vocação a ser, ao mesmo tempo, proclamada ou pregada sem palavras, e vivida com ardor e expressão criativos. Deus também quis a família! Quis que seu Filho nascesse e crescesse numa família em meio a nós. Quis que Ele tivesse uma mãe e um pai. Por isso, como projeto divino, “a família representa de maneira eficaz aquela ´Igreja doméstica` que testemunha o sinal autêntico do amor universal de Deus, no qual, como afirmou João Paulo II: ´o amor conjugal, o amor paterno e materno, o amor filial, imersos na graça do maCM 473

trimônio, formam um verdadeiro reflexo da glória de Deus, do amor da Santíssima Trindade`” (Bento XVI). Neste mês, em que comemoramos a Semana Nacional da Família, iniciada com a celebração do “dia dos pais”, a Pastoral Familiar deseja que todos redescubram o caminho da fé, para que os membros das famílias assumam no ambiente doméstico a missão da transmissão da fé (Hora da Família 2013). Aos “pais equipistas”, uma verdade: O pai de família é a melhor referência que Cristo encontrou para nos fazer entender o que Deus é para nós, e o que é sua misericórdia (Caffarel). Ousando o Evangelho, os esposos e a família devem ser luz, conquistar espaço e garantir “que o Reino de Deus possa instalar-se com urgência no seio da sociedade”. Que nos coloquemos sob a amorosa proteção da Sagrada Família de Jesus, Maria e José!  Unidos em oração, Cida e Raimundo CR Super-Região 3


espIrItualIdade É VIda

“Aos vinte anos, Jesus Cristo, em

um instante, tornou-se Alguém para mim. Oh! Nada de espetacular, não. Naquele longínquo dia de março, eu soube que era amado e que eu amava e que, doravante, entre mim e ele isso seria por toda a vida”. (Pe. Caffarel)

Naquele momento tem início um projeto que transformaria a vida do Pe. Caffarel para sempre, aproximando-o da pessoa de Jesus Cristo numa intimidade e intensidade tais que ele nunca mais seria o mesmo. Começou ali a concretização do plano de amor que Deus havia reservado para o Pe. Caffarel e que mudaria a vida de milhares de casais. Plano que nasceu do clamor de uma realidade duríssima que, de um lado, testava a capacidade dos casais de resistirem juntos aos sofrimentos da guerra e, de outro, exigia que se tornassem anunciadores da boa nova do amor. Dessa associação de fatores surge uma grande, impactante e desafiadora novidade: o chamado 4

à santidade é feito ao casal. Nosso encontro aconteceu na Universidade, em Florianópolis. Primeiro, alguns olhares que se cruzavam “distraídos”, mas frequentes. Depois, no movimento da Juventude Universitária Católica (JUC), os olhares se tornaram insistentes e diferentes. Formava-se, devagarinho, a semente do encantamento. Passamos a ir diariamente às missas, para nos encontrar e encontrar a Jesus. Crescíamos em espiritualidade. Casados e felizes, fomos morar em Tubarão (SC) e logo em seguida no Rio, onde nasceram nossos dois primeiros filhos (Luciana e Glauco José). A conjugalidade ia bem. A espiritualidade, nem tanto. Participávamos das missas dominicais. E só! Num certo domingo, após a missa, um casal, que não conhecíamos, nos convidou para participar do Encontro de Casais com Cristo. Curiosos, entramos no movimento e nele trabalhamos enquanto moramos no Rio. De volta à Floripa, continuamos a trabalhar com casais e logo nos engajamos em nossa Paróquia. A conjugalidade continuava bem, mas a espiritualidade ainda era de principiantes. Alguns anos depois do nascimento de nosso terceiro filho (Gustavo José), conhecemos as Equipes de Nossa Senhora. Ficamos atraídos por sua mística, seu carisma e pelos textos de seu fundador. Iniciamos, então, uma nova e fascinante experiência de vivência da espiritualidade em casal. “Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era CM 473


próprio de criança” (ICor 13, 11). Na medida em que a espiritualidade vai amadurecendo e vai ganhando “musculatura”, o casal troca a espiritualidade infantil pela prática da oração constante, disciplina e esforço, que asseguram o crescimento da espiritualidade conjugal adulta. A abertura ao Espírito suscita o desejo de servir, dom próprio conferido ao casal pelo Sacramento do Matrimônio. Serviço que desacomoda e impulsiona ao seguimento das propostas de Jesus. É a ele que o casal deve seguir e servir com abnegação. O serviço suscita o desejo de aprender, reaprender e atualizar-se para melhor servir. Os discípulos queriam aprender. Jesus queria prepará-los para a missão do serviço. Os discípulos aprenderam que a oração sempre precedia à ação. “Senhor, ensina-nos a rezar”. Jesus, então, ensina-lhes a mais bela e completa oração de todos os tempos: Pai Nosso ... (Lc 11, 1-2). Os casais são acolhidos como filhos na intimidade do Pai. “Quando dizemos santificado seja o vosso nome, pedimos que ele seja santificado em nós que estamos nele, mas também nos outros que a graça de Deus ainda aguarda, a fim de conformar-nos ao preceito que nos obriga a rezar por todos, mesmo por nossos inimigos” (CIC 2814). A formação suscita o reconhecimento. Enquanto os discípulos de Emaús caminhavam com Jesus, que foi ao seu encontro, não o reconheceram. Somente depois que CM 473

o acolheram em sua casa, reconheceram Jesus na partilha do pão para a refeição que fizeram juntos. Na Eucaristia, Jesus vem até nós e nós o recebemos em nossa casa (coração) e o reconhecemos como o único e verdadeiro Deus. O reconhecimento suscita o anúncio. Os discípulos não se contiveram com o reconhecimento do Ressuscitado e voltaram depressa para anunciar o que lhes havia acontecido. O casal que tem Jesus no coração também é impelido para a missão e para o serviço. Em nossa caminhada, a espiritualidade se desenvolveu num processo de conversão, a partir da descoberta das ENS. Como a semente plantada que germina no interior da terra em preparação para o desabrochar na superfície, onde cresce e se fortalece para florir e dar frutos, a nossa espiritualidade foi crescendo, se fortalecendo e se tornando vida, graças à ação do Espirito Santo e ao esforço pela fidelidade ao carisma e à mística das ENS em nossa realidade conjugal. O tempo não a aposenta e isso é muito bom para nos manter vigilantes e ativos na multiplicação e partilha dos dons que nos são confiados. Pertencer às ENS amadurece a consciência do “Ser Igreja” e constrói o “Ser Casal” missionário. Desenvolve continuamente nos casais um zelo evangélico para a compreensão, entendimento e atendimento das pessoas e das famílias de hoje.  Sílvia e Glauco CR Província Sul III 5


igreja Católica

as VOCações, dOM dO aMOr de deus! A fonte de todo dom perfeito é Deus amor. “Aquele que permanece no amor, permanece em Deus e Deus permanece nele”. (IJo 4, 16)

A história de amor entre Deus e a humanidade que a Sagrada Escritura narra precede a própria criação. São Paulo na Carta aos Efésios escreve que Deus dispôs ao longo dos séculos a atuar com o desejo universal de salvação, que é um desejo amoroso. O apóstolo afirma que no Filho Jesus, Deus “nos escolheu antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele no amor” (Ef 1, 4). Portanto, somos amados por Deus “antes” de existirmos! Ele nos criou para nos conduzir à plena comunhão com Ele. Diante da maravilha da obra da criação de Deus o salmista exclama: “Senhor, que é o homem, para dele assim lembrardes e o tratardes com tanto carinho?” (Sl 8, 5). A verdade profunda de nossa existência está presente neste mistério: cada criatura, em especial cada pessoa humana, é fruto de um pensamento e de um ato de amor de Deus, imenso amor, fiel, eterno (cf. Jr 31, 3). Santo Agostinho exprime esta descoberta de Deus: “Tarde te amei, beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! E eis que estavas dentro de mim e eu fora, e aí te procurava”. Trata-se de amor sem reservas, que nos precede, sustenta-nos e nos chama ao longo do caminho da vida. Tem sua raiz na total gratuida6

de de Deus. Toda vocação especial seja sacerdotal, conjugal ou outra, nasce, de fato, da iniciativa de Deus, é dom da Caridade de Deus! É Ele quem dá o primeiro passo, e não por causa de uma particular bondade encontrada em nós, mas em virtude da presença do seu próprio amor “derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5, 5). O chamado divino está na iniciativa do amor infinito de Deus, que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. Na história de amor que a Bíblia nos narra, Deus vem ao nosso encontro e procura nos conquistar. Precisamos, portanto, voltar a anunciar, especialmente às novas gerações, a beleza convidativa deste amor divino que é a motivação que não falha, inclusive nas circunstâncias mais difíceis. Caros, irmãos e irmãs equipistas, é a este amor que devemos abrir a nossa vida, e é à perfeição do amor do Pai (cf. Mt 5, 48) que nos chama Jesus Cristo todo dia! A medida perfeita da vida cristã consiste, de fato, no amar “como” Deus; trata-se de um amor que se manifesta no dom total de si, fiel e fecundo. São João da Cruz, o grande místico, convidanos a agir segundo a vontade de Deus: “Não pense em nada a não ser que tudo é disposto por Deus; e onde tem amor, coloque amor e CM 473


recolherá amor” (epistolário,26). Na abertura ao amor divino e como fruto deste amor, nascem e crescem todas as vocações. O elemento central do itinerário vocacional será sempre o amor à Palavra de Deus, cultivando uma familiaridade crescente com a Sagrada Escritura e uma oração pessoal e comunitária atenta e constante, para ser capaz de sentir o chamado divino em meio a tantas vozes que preenchem a vida cotidiana. Palavra, Oração e Eucaristia é o tesouro precioso para compreender a beleza de uma vida totalmente dedicada ao Reino. Nas famílias, “comunidades de vida e amor” (GS, 48), as novas gerações podem fazer uma maravi-

lhosa experiência do amor oblativo. As famílias podem representar “o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada ao Reino de Deus” (Exortação Apostólica Familiaris Consortio, 53), fazendo redescobrir no seio familiar, a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada como também da vida conjugal e familiar. Como cristãos equipistas e fiéis a Cristo, rezemos pelos jovens e pelas jovens, para que com o coração dócil coloquem-se na escuta de Deus, prontos a acolher seu chamado com adesão fiel e generosa.  Pe. Valdir Bernardo Prim SCE da Província Sul III Florianópolis-SC

Oração pelas Vocações Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos o teu forte e suave convite:“Vem e segue-Me”! Derrama sobre nós o teu Espírito: que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir a tua voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta as nossas comunidades para a missão. Ensina a nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa. Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores. Sustenta a fidelidade dos nossos bispos, padres e ministros. Dá perseverança aos nossos seminaristas. Desperta o coração dos nossos jovens para o ministério pastoral na tua Igreja. Senhor da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço do teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder “sim”. Amém CM 473

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Maria

assuNçãO de NOssa seNHOra Tivemos a graça de vivenciarmos mais um mês de maio dedicado a Nossa Senhora. Certamente, muitos de nós, durante o mês de maio, tivemos a graça de nos dedicarmos um pouco mais à oração, bem como a nos aprofundarmos na espiritualidade mariana. Nós, cristãos católicos, equipistas, devemos adorar somente a Deus e a Ele prestar culto (Lc 4, 8; Dt 6, 13), reconhecemos que só Jesus é o nosso salvador, o Senhor, o “autor e realizador de nossa fé” (Hb 12, 2). Mas respeitamos os santos, procuramos seguir seus exemplos, pedimos a intercessão, cuidando para que eles não ocupem o lugar de Jesus. Ficamos contentes quando experimentamos que não estamos sozinhos na travessia dessa vida. Não somente os nossos companheiros de comunidade estão conosco, mas também os santos, os “vivos em Deus”. Maria tem um posto especial na comunhão dos santos. Como diz o Concílio Vaticano II, ela ocupa o lugar único, mais alto depois de Cristo e mais perto de nós (Lumen Gentium, n. 54). Por isso, podemos rezar a ela, contar com a sua intercessão, pedir sua proteção e auxílio e entregarmonos nas suas mãos. Maria é o mais límpido e belo riacho dos santos, em cujas águas podemos nos banhar. A graça, comunicada por Maria, não surge dela e ela nada retém para si. Tudo vem 8

de Deus e para Deus retorna. A oração a Maria deve nos colocar em sintonia com Deus Trindade. Maria, na comunhão dos santos, vive em relação a Deus e a nós. Ela aprendeu de Jesus a ser serva, a prestar serviço a toda humanidade (Mt 20,28). Maria, como um espelho ou um prisma, reflete e transmite a graça de Deus. Nos primeiros séculos moldou-se uma bela analogia: Jesus é o sol, Maria é a lua, que recebe dele toda luz e a irradia para nós. CM 473


A Bíblia não fala nada a respeito do final da vida de Maria, não conta detalhes a respeito de onde viveu seus últimos dias aqui na terra, quando ela morreu e com que idade. Nos primeiros séculos, os cristãos tinham muito cuidado em guardar os restos mortais dos santos, especialmente dos apóstolos e dos mártires. Não há, no entanto, nenhuma notícia sobre o corpo de Maria. No século IV já se encontram notícias da festa devocional da “Dormição de Nossa Senhora” e do túmulo vazio, em uma capelinha em Jerusalém. Segundo Efrem (séc. IV-V), o corpo virginal de Maria não sofreu corrupção depois da morte. No século VI começa a difundirse no Oriente a festa litúrgica do trânsito ou dormição de Maria, fixada para 15 de agosto pelo imperador Maurício. Passa para Roma no século VII, com o papa Sérgio I. Pouco a pouco o tema da Dormição (Koímesis) vai sendo substituído pelo da Assunção (análempsis). Assim, no século VIII, surge a festa da Assunção de Maria. Depois da definição do dogma da Imaculada Conceição, houve um outro forte movimento mariano para que a Assunção de Maria também fosse elevada à condição de dogma. Isso aconteceu em 1950, com o Papa Pio XII. “Definimos ser dogma divinamente revelado: que a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, cumprido o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. CM 473

(Bula papal Munificentissimus Deus). A grande razão teológica é que Maria, a mãe de Deus, está estreitamente unida a seu filho e participa de seu destino. União física e moral, a ponto de ser coparticipante da obra redentora de Cristo.

A presença de Maria em nossas vidas é semelhante à sua postura na festa de casamento narrada por João no capítulo segundo. A presença de Maria no Movimento das ENS é providencial, já que o casamento é uma festa que não pode acabar. Maria é caminho que leva a Jesus, como serviu de caminho para Jesus chegar ao mundo. Na vida conjugal, na vida familiar e na equipe, a presença de Maria será a garantia de que o essencial nunca faltará. Que Deus nos dê a fé, a esperança e a coragem ardorosa de Maria assunta aos céus.  Pe. Antônio Junior SCE Região SC I Criciúma-SC 9


MarIa e a euCarIstIa Maria e a Eucaristia, guarda e proteção. Dom Bosco, o santo dos jovens, fundador da Família Salesiana, recebia, com frequência, revelações de Deus por meio de sonhos. Eram verdadeiros sonhos proféticos! Certa noite sonhou com um mar tremendamente tempestuoso, no qual um barco era agitado pelas ondas e cercado de inimigos que o atacavam por todos os lados. Aproximando a visão, ele pôde ver que, naquele barco, além dos tripulantes que lutavam para mantêlo no meio da borrasca, havia bispos e cardeais, e bem na proa do barco estava o Papa de pé e braços abertos. Em seguida, Dom Bosco percebeu que, de repente, surgiu um vento soprando sobre as velas, que a tripulação procura manter estendidas, e conduzindo aquele grande barco numa determinada direção. Dom Bosco não teve mais dúvidas: aquele barco era a Igreja. Daí, ele entendeu também o porquê daquela tempestade e dos inimigos que o atacavam. Pouco tempo depois, percebeu que o barco, conduzido por aquele vento (que ele logo entendeu ser o Espírito Santo), aportou no meio de duas grandes e fortes colunas. Em cima de uma está uma linda imagem de Nossa Senhora, a Auxiliadora dos cristãos, e sobre a outra um enorme ostensório com Jesus presente na Eucaristia. “Maria e a Eucaristia são porto seguro para onde o Espírito Santo 10

conduz a Igreja”, ensina Monsenhor Jonas. No momento em que o barco se posiciona entre Maria e a Eucaristia, a tempestade, num instante, se dissipa e os inimigos, que atacavam ferozmente o barco da Igreja, fogem espavoridos e faz-se uma grande calmaria.

Maria e a Eucaristia são porto seguro para onde o Espírito Santo conduz a sua Igreja. Aí, e somente aí, ela terá vitória, segurança e paz. É para este porto que o Espírito conduz a Igreja do Brasil. É para aí que o Espírito de Deus quer conduzir também a Igreja doméstica, sua casa e sua família. É aí, e somente aí, que, nestes tempos tumultuosos de ataque cerrado sobre a família, nós teremos a vitória, a segurança e a paz de que tanto necessitamos. São duas colunas de guarda e proteção para a igreja doméstica, na qual você é responsável e porto de salvação para onde estamos sendo todos conduzidos. Aí, e somente aí, teremos a vitória, a segurança e a paz. Paz para nossas casas, vitória certa para as nossas famílias.  (Monsenhor Jonas Abib) Colaboração de Donizeti (da Sílvia) Eq. 09B - N. S. Madre de Deus Mogi das Cruzes-SP CM 473


No calendário encontramos vários tipos de semanas para celebrar datas históricas, eventos, que tanto marcam a vida da sociedade. Algumas dessas semanas chegam a mudar a história de um povo, como aconteceu com a semana da Arte Moderna no Brasil. As semanas são um instrumento educativo muito valioso para a educação de um povo. Quantas mensagens elas trazem embutidas em seu seio. É a ocasião de fazer alertas, fornecer estatísticas sobre as situações mais variadas na educação, na política, na agricultura, na saúde, na religião. Elas favorecem a realização de congressos trazendo novidades que fazem progredir a ciência, as técnicas e o desenvolvimento de movimentos religiosos e sociais. Em alguns casos, as semanas favorecem passeatas, pronunciamentos que arrancam soluções longamente adormecidas. Com a graça de Deus, no meio de tantas semanas, a Igreja lançou a Semana da Família. É preciso que a Semana da Família realize todos os ideais educacionais, sociais, pastorais e espirituais que estão na mística das semanas. Neste ano, ano da fé, A Semana da Família focaliza a Transmissão e educação da Fé Cristã na Família. É a hora da defesa da fé cristã na família tão ameaçada no Congresso Nacional com tantos projetos contra a vida. CM 473

Que apareçam estatísticas denunciando que o grande Tsunami da Ásia matou 200.000 pessoas e que, no Brasil, nós temos 10 Tsunamis anuais, com a realização de 2.000.000 de abortos por ano. É preciso que se façam passeatas, dizendo que desde a implantação do divórcio no Brasil ele cresceu 200%. É preciso que as famílias vão para o campo de batalha na defesa da unidade, indissolubilidade e santidade da família e não esperar que a defesa da família seja feita só por Bispos e Padres. É necessário que se diga, em alto e bom tom, que é preciso parar com esta guerra branca e clandestina que as famílias católicas travam contra o Magistério da Igreja em relação ao uso indiscriminado de limitação de filhos. É preciso que a Semana da Família faça que as famílias escutem o Evangelho da santidade, tão bem traduzido pelo Padre Caffarel quando afirmava: “Santidade Conjugal, nem mais nem menos”. Famílias cristãs, aproveitem a Semana da Família para aprofundar a nossa fé na família, pois a salvação do mundo passa pela família, segundo a corajosa afirmação do saudoso Papa João Paulo II.  Dom Albano Cavallin Arcebispo Emérito de Londrina Eq.05A - N. S. Aparecida Londrina-PR 11

Pastoral Familiar

seMaNa NaCIONal da FaMÍlIa

a transmissão e educação da fé cristã na família


estatutO dO NasCIturO Impelidos por nosso dever pastoral, como responsável pela pastoral hospitalar e pesquisador na área de reprodução humana – prosseguindo a tradição profética da Igreja na Arquidiocese de Belo Horizonte que, nos momentos mais significativos dos debates acalorados que acontecem em todos os rincões do nosso país, sempre se manifestou em favor do direito à vida – nos vemos no dever de manifestar publicamente nossa rejeição e contraposição aos que condenam o estatuto do nascituro. Somos a todo momento em favor da vida, da família e contrários à descriminalização do aborto. A vida é um Dom de Deus, indivisível, inatingível e emoldurada à semelhança do Pai dos Céus. A definição da gravidez, a sua evolução balizada na divisão embrionária paulatina e progressiva confere, ao ser em desenvolvimento, oportunidade única de integrar a gama de bilhões de seres humanos que puderam adquirir a beleza singular do nascer. São nove meses de crescimento e fortalecimento de sistemas corpóreos, integração de células e conexões que hoje nenhum computador conseguiu copiar e duplicar. Até o dia de hoje, a ciência busca compreender ainda mais os critérios de evolução embrionária, seus sinais e formas de associação com o meio e o seu modo de vida. Temos, pois, ainda muito a descobrir. Mas não podemos nos esquecer de que o cerne da vida se estabelece em Deus, nós que 12

somos sua imagem e semelhança. Outro ponto infeliz se estabelece no direito da mulher sobre o seu corpo. Esta ênfase é destoante quando gera pontos de vista individuais, não coletivos. O corpo feminino na beleza do gestar é uma revolução por si, permeada pela responsabilidade de colocar ao mundo um ser que, individualizado, é desprotegido, rejeitado e não sobrevive. O ser em desenvolvimento está indefeso a atos humanos inconsequentes. Não podemos nos curvar a medidas que expurgam valores da vida. Muitas destas propostas hoje apregoadas ferem e banalizam a vida, não comungando com a nossa Igreja sempre católica e firme nos preceitos evangélicos. Não se pode descaracterizar a reprodução humana como algo vulgar e sem respeito. Quanto ao estatuto do nascituro, defende-se o cuidado com o embrião e o feto; deseja-se, acima de tudo, apoiar o uso de tecnologias avançadas para diagnóstico, proposição de tratamentos para o ser humano gestado. Não se trata de uma questão meramente religiosa, mas de promoção e defesa da vida humana, desde a fecundação, em qualquer circunstância em que esta se encontra. Reconhecer que o embrião é um ser humano desde o início do seu ciclo vital significa também constatar a sua extrema vulnerabilidade, que exige o empenho nos confrontos de quem é fraco uma atenção que deve ser CM 473


garantida pela conduta ética dos cientistas e dos médicos, e de uma oportuna legislação nacional e internacional. Sendo uma vida humana, segundo asseguram a embriologia e a biologia, o embrião humano tem direito à proteção do Estado. Reafirmamos que o simples fato de estar na presença de um ser humano exige o pleno res-

peito à sua integridade e dignidade: todo comportamento que possa constituir uma ameaça ou uma ofensa aos direitos fundamentais da pessoa humana, em especial o direito à vida, é considerado gravemente imoral.  Letícia e Paulo Eq.12C - N. S. das Graças Belo Horizonte-MG

o teor do Estatuto É um projeto de lei brasileiro de 2005 que visa garantir proteção integral ao nascituro. O projeto também pode proibir a pesquisa com células tronco embrionárias no país. Foi arquivado em janeiro/2007, no entanto, está tramitando outro projeto de lei semelhante. Tais projetos de lei têm sido alvo de muitas discussões e críticas, principalmente por resultar na proibição do aborto, em qualquer situação, pois considera que a vida humana surge desde a concepção.1 A proposta original defendia a alteração do código penal brasileiro para considerar o aborto como crime hediondo, proibir em todos os casos, além de proibir o congelamento, descarte e comércio de embriões humanos, com a única finalidade de serem suas células transplantadas em adultos doentes. Foi aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família por dezessete votos a favor e sete contra um substitutivo que não altera nenhum trecho do código penal, nem faz qualquer menção a questão de comércio, congelamento e descarte dos embriões humanos. O estatuto foi aprovado em 5 de junho de 2013 pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, e segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça. O Conselho Nacional da Mulher manifestou-se contrário ao estatuto, afirmando que ele “viola os direitos das mulheres”, pois dificulta o acesso das mulheres aos serviços CM 473

de aborto previsto em lei, nos casos de risco de vida à gestante, estupro e gravidez de feto anencéfalo, vale ressaltar que este último citado ainda não se encontra pacificado, portanto, ainda não se deve falar que o aborto no caso de feto anencéfalo é permitido pelo nosso atual código penal. E no caso de estupro o aborto ser ainda criminalizado, cabendo ao Estado acompanhar psicologicamente a gestante e arcar com uma pensão para o sustento do nascituro, caso o pai não seja identificado. Segundo organizações feministas, o estatuto consiste num retrocesso, em vista da retirada da permissão de que nascituros gerados por meio de estupro sejam objeto de aborto. O projeto sofre forte oposição de diferentes grupos. O governo brasileiro também diz não apoiar o projeto por visar proibir o aborto em todos os casos, inclusive os previstos em lei, como em caso de estupro e risco de vida da mulher. A Organização das Nações Unidas pressiona o governo e diz que acompanha o trâmite do projeto. Para a ONU, esse projeto não pode ser aprovado porque reduzirá ainda mais a liberdade da mulher no país além de aumentar o número de abortos ilegais. Durante o Comitê para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres, que aconteceu no início de 2012, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, apresentou a posição formal do governo contra o projeto. 13


Formação

COMO se preparar para uMa reuNIãO MeNsal Em que data todos equipistas devem iniciar a preparação para a próxima reunião mensal de equipe? Qual deve ser o conteúdo desta preparação? São questionamentos que qualquer membro das ENS deve sempre ter em mente para bem participar do Movimento a que pertence a que aderiu consciente e plenamente. A data para começar a preparação para a reunião seguinte é o dia imediatamente após a reunião realizada do mês. Inicia-se com um balanço individual e em casal de tudo que ouvimos, falamos, participamos e a elaboração do planejamento da equipe para o futuro. Também analisamos se a nossa participação (como indivíduo e em casal) foi coerente e adequada à nossa preparação para esta Reunião Mensal. Como me comportei (nos comportamos) em cada momento da reunião? Escutei atentamente o que cada membro falou? Como foi a troca de ideias nos momentos da Partilha, do Tema de Estudo e da Coparticipação? O conteúdo da preparação abrange os seguintes questionamentos e tópicos: • Quais foram as orações, respostas e intenções pessoais de cada membro irmão de equipe para que nós possamos também rezar e pedir a Deus para a sua concretização? 14

• Qual foi a explicação do SCE sobre o texto bíblico escolhido para a reunião? O que dizem os textos bíblicos complementares que existem em cada capítulo do livro tema de 2013? • Quais foram os PCEs mais fortes vividos pelos irmãos de Equipe neste mês? Que ajuda eles nos deram para também nós realizarmos bem esses PCEs nos próximos meses? Como está a realização do PCE em destaque neste ano? • Como podemos manter em alta os PCEs por nós realizados? Como podemos melhorar em intensidade, frequência e qualidade os PCEs não realizados ou pouco realizados por nós? Precisamos de ajuda do SCE, de um casal ou da equipe? Que tipo de auxílio? • Como foi a nossa contribuição para a equipe no momento do Tema de Estudo? Que pontos algum membro ou casal ou o SCE nos ajudaram a entender melhor e pôr em prática os pontos principais do tema? • Como foi a nossa coparticipação? Foi rica? Foi de tal maneira que a equipe pudesse nos conhecer mais um pouco de cada um de nós? E a dos nossos irmãos? Podemos classificar este momento como um conhecimento mútuo entre nós CM 473


como Equipe? Como cada um se manifestou como cristão católico no mundo e como instrumento e discípulo missionário de Deus na sociedade, na paróquia? • Quais os eventos programados da Equipe e do Setor para que possamos participar? • Comecemos logo a ler, estudar e responder os questionamentos do próximo capítulo do tema de estudo e enviar para o CRE, casal animador e SCE as respostas antes da reunião preparatória. É bom reler o capítulo e suas respostas na véspera da reunião mensal. • Diariamente rezar em prol da unidade da Equipe junto com o Magnificat. • Ter uma Regra de Vida para realizar melhor os PCEs fracos e manter na mesma intensidade os fortes. • Ao receber a pauta da próxima reunião, ler e marcar na Bíblia o texto escolhido. Aproveitem para preparar as orações respostas e intenções pessoais. • Preparar a sua par tilha dos PCEs (lembrar as três atitudes de vida cristã) e a Coparticipação. • Ir para a reunião mensal com o seguinte pensamento: “vamos ao encontro de irmãos equipistas na fé em Cristo na vontade e disposição de melhor conhecer a Deus, de melhor amar a Deus e de melhor CM 473

servir a Deus, pois viemos às ENS para Deus e permanecemos nelas para Deus”( Pe Caffarel). • Estar presentes na reunião mensal para ajudar a concretizar a seguinte passagem bíblica: “Se dois de vocês neste mundo se puserem de acordo para pedir alguma coisa, em verdade, ela lhe será concedida por meu Pai que está nos Céus”( Mt 18, 19). • Estar sempre ciente de que a mística das ENS, é o auxilio mútuo e o testemunho cristão entre casais. • Quais são as orientações do Movimento para este ano? Como está a nossa resposta a elas? • Conhecem toda a pedagogia das ENS? É bom sempre se reciclar, rever os pontos principais. • Como está a sua comunicação com os membros da equipe entre duas reuniões mensais? • Caso seja casal responsável ou casal animador, como está desenvolvendo a sua função? Esperamos que cada equipista siga estes e outros tópicos para bem preparar e assim participar das reuniões mensais.  Stella e Paulo Eq.02C - N. S. Aparecida Niterói-RJ Fonte: Pedagogia das ENS e Pe. Caffarel - Centelhas de sua Mensagem 15


dia do Padre - dia doa pais

dIa dO padre, dIa dOs paIs No mês de agosto, a Igreja no Brasil reflete e reza pelas vocações em geral e por algumas de modo particular. As ENS lembram duas dessas vocações, porque elas são como que fontes da sua vitalidade e crescimento: as vocações do padre e do pai. No dia 4 de agosto, a Igreja celebra o dia de São João Maria Vianney e também dia do pároco e, por extensão, também o dia do padre. O padre, a exemplo de Jesus, o Bom Pastor, cuida das ovelhas com maturidade, equilíbrio, firmeza e deve ser uma pessoa feliz por ser o que é. Ele deve relacionar-se com todas as pessoas numa realidade de pluralidade, sabendo acolhêlas, escutá-las, dar-lhes atenção, orientando-as para Jesus Cristo e respeitando-as no seu processo de vivência da fé. “O padre, de fato é tomado do meio do povo e representa o povo

nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Ele sabe ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque ele mesmo está cercado de fraqueza. Portanto, deve oferecer tanto em favor de si mesmo como do povo, sacrifícios pelo pecado” (Heb 5, 1-3). O padre, portanto, é um outro Cristo, porque deve conviver fraternalmente com os homens a exemplo de Jesus Cristo que entre nós quis assemelharse em tudo aos seus irmãos, menos no pecado. É assim que as ENS veem a pessoa do padre e a sua fundamental presença como Conselheiro Espiritual. Neste mês de agosto, as ENS, principalmente no Brasil, agradecem a Deus pelos padres em geral, mas particularmente por aquele que, para as ENS, é o homem da Palavra de Deus, da Eucaristia, do perdão, da bênção, exemplo de humildade, da doação sem medida, da tolerância, aquele que é irmão, amigo e orientador espiritual. No segundo domingo de agosto, celebramos o dia dos pais. Na origem desta celebração está a lembrança de São José, esposo de Maria, pai de Jesus e, assim, faz-se também uma homenagem a todos os pais do mundo. A família é imagem de Deus, que “no mais íntimo do seu mistério não é uma solidão, mas uma família”

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Esses dois pais, o pai na sua família e padre na sua comunidade de fé são aqueles que devem acompanhar, proteger, cuidar, ensinar muitas coisas aos filhos. Rezemos por eles!

(Doc. de Puebla, n. 582). Deus revela seu amor de Pai marcadamente no seio da família de sangue. Por isso, neste mês de agosto queremos lembrar-nos também da linda vocação do ser pai. Sabemos que é forte demais a propaganda comercial em torno deste dia, mas o mais importante é rezarmos por aqueles que são a presença de Deus, único doador da vida. Agradecer a Deus pelos nossos pais é continuarmos recebendo mais graças e favores do verdadeiro Pai.

Lembramo-nos também, com saudades e gratidão, daqueles que marcaram nossas vidas: nossos pais de sangue e nossos pais espirituais e que já voltaram para a casa do Pai. Eles estão intercedendo, junto ao Pai de todos, por nós filhos e equipistas. Obrigado, queridos pais! Vocês colaboraram com Deus para nossa a existência e crescimentos físico, humano e espiritual.  Pe. Nivaldo Alves de Souza, scj SCE - Setor III Brusque/Itajai-SC

Acesse nosso site conheça, veja como está rico em informações e dinâmico!

www.ens.org.br CM 473

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Vida no Movimento

pereGrINaçãO eM peNteCOstes Sempre nos emocionamos ao ver tantos equipistas presentes na casa da Mãe. Éramos aproximadamente 1.200 equipistas, vindos das 08 Regiões da Prov. Sul I e estávamos todos com a camiseta azul, e agitando as bandeirolas azuis (com a cor da Província). Acompanhavam-nos os filhos adolescentes, as crianças, familiares e amigos. Uma verdadeira festa azul, da cor do manto de Nossa Senhora. E esta presença e verdadeiro testemunho de pertença ao Movimento se deve ao empenho e motivação de todo o Colegiado Provincial, que pela primeira vez organizou um terço com todos os participantes no pátio, no lado de fora da Basílica. Um ato público demonstrando nossa alegria e fé por estarmos reunidos em casal, e em família rezando por todos os equipistas do Brasil. Finalizamos o terço com a oração do Magnificat, que ressoou por todo o pátio... Mo18

mento forte da presença do Santo Espírito entre nós. Após, adentramos a Basílica, em procissão, agitando as bandeirinhas, para comemorar os 63 anos do Movimento no Brasil com uma Santa Missa que foi presidida por Padre Flávio Cavalca, e concelebrada por 14 Conselheiros que lá estavam também, vindos das diferentes Regiões. Após a bênção de Nossa Senhora Aparecida, para todos que lá estavam, fomos partilhar nossos alimentos e nossa alegria com todos os irmãos unidos pela mesma fé e emoção, assim como os primeiros cristãos. Ficamos então imaginando como será o III Encontro Nacional, pois este lugar é santo! Que Nossa Senhora Aparecida nos abençoe a todos.  Hermelinda e Arturo Eq.04D - N. S. de Fátima São Paulo-SP CM 473


MIssa 63 aNOs das eNs No dia 11.05.2013, tivemos a honra de receber o Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, que veio presidir a Missa, que concelebrou com vários SCEs, em comemoração dos 63 anos da chegada das Equipes de Nossa Senhora em São Paulo, primeiro lugar a formar equipes no Brasil. Foi um momento de muita unção e alegria que congregou muitos equipistas.  Rachel e Fernando CR Região SP Capital I São Paulo-SP

eQuIpes de NOssa seNHOra - 63 aNOs AS ENS SÃO UM MOVIMENTO DE ESPIRITUALIDADE NO BRASIL JÁ COMEMORAM 63 ANOS DE IDADE AJUDANDO A MUITOS CASAIS É UMA GRANDE VERDADE QUANDO DEUS PAI NOS CRIOU E NOS MANDOU PROCRIAR HOMEM E MULHER ELE NOS FEZ PARA ENTÃO OS DOIS CASAR DEPOIS SURGIRAM AS EQUIPES PARA O CASAL AJUDAR LÁ PELOS ANOS 50 NANCY E PEDRO MONCAU TROUXERAM PARA O BRASIL UM MOVIMENTO LEGAL ERA UMA TAL DE EQUIPE QUE SERVIRIA AO CASAL CM 473

DISSERAM VIR LÁ DA FRANÇA UM PAÍS DESENVOLVIDO E QUE LÁ MUITOS CASAIS JÁ SE SENTIAM ENVOLVIDOS E CHEGANDO AO BRASIL FOI SUCESSO REPETIDO PRIMEIRO TROCARAM CARTAS PARA MELHOR SE ENTENDER DEPOIS PARA LÁ VIAJARAM FORAM A FIM DE CONHECER UM CERTO PADRE CAFFAREL HOMEM DE GRANDE SABER AO RETORNAR AO BRASIL FUNDARAM UMA EQUIPE PRIMEIRA QUE PARA AS OUTRAS SERIA A EQUIPE PIONEIRA DEIXARIAM SEU EXEMPLO PARA AS EQUIPES BRASILEIRAS 19


POR AQUI O MOVIMENTO FOI ACEITO POR DEMAIS EM POUCOS ANOS HAVIA GRANDE NÚMERO DE CASAIS QUE QUERIAM AO SENHOR DEUS SEREM FIÉIS E LEAIS JESUS CRISTO É O EXEMPLO NOSSA SENHORA A MADRINHA A FAMÍLIA É O CAMPO ONDE SE CULTIVA A VINHA O CASAL QUE ASSIM PROCEDE NUNCA VAI SAIR DA LINHA A EQUIPE NOS AJUDA A TENDER A SANTIDADE O MAGNIFICAT REZADO NOS COLOCA EM UNIDADE A ORAÇÃO EM CASAL

NOS LEVA A ETERNIDADE VAMOS PEDIR AO SENHOR PARA ELE NOS AJUDAR QUE OUTROS 63 ANOS AS EQUIPES POSSAM COMPLETAR ASSIM NOSSOS DECENDENTES PODERÃO COMEMORAR PARABÉNS AOS EQUIPISTAS QUE CONFIAM NO SENHOR CAMINHANDO SEMPRE EM FRENTE PARA MOSTRAR SEU AMOR VIVENDO A FIDELIDADE COMO SEU GRANDE PENHOR 

Antonio (da Socorro) Eq.04A - N. S. de Lourdes João Pessoa-PB

reCOMpletaMeNtO: aBrIr O COraçãO para aCOlHer “Se a união com Cristo é para vocês o essencial, e se as Equipes de Nossa Senhora lhe parecem o meio providencial para alcançá-lo, então eu lhes digo que as Equipes devem ocupar um lugar essencial nas suas vidas”. (Pe. Henri Caffarel)

Com o passar dos anos, muitas Equipes correm o risco de entrarem na rotina de reuniões sempre iguais, rotuladas, e vão se enfraquecendo, ficando incompletas com 03 ou 04 casais o que dificulta o seu crescimento e a caminhada no Movimento. O tema de estudos de 2009: Textos escolhidos do Pe. Caffarel, já no primeiro capítulo nos pedia para que analisássemos a nossa 20

pertença ao Movimento, que era preciso visar o essencial. Que a troca de ideias, amizades sólidas, auxílio mútuo material e moral tudo isso é ótimo, mas não é o objetivo essencial; que o essencial é procurar Cristo, melhor conhecê-Lo, amá-Lo e melhor servi-Lo. Parece que estamos cansados de ouvir isso... Porém, não é um objetivo fácil... seguir Jesus, e bem sabemos o quanto Jesus é firme em suas Palavras... “Quem quiser seguir-me negue-se a si mesmo... tome a sua cruz e siga-me”... E querendo seguir Jesus procuramos ajuda nas Equipes de Nossa Senhora, esse Movimento inspirado pelo Espírito Santo, que nos auxilia, através da vivência do CM 473


Sacramento do Matrimônio, a nossa conversão dia a dia. Fácil não é. Porém, Pe. Caffarel nos fala: “se e a união com Cristo é para vocês essencial, e se as ENS são o meio providencial para alcançá-lo, digolhes que as Equipes devem ocupar um lugar essencial, prioritário em suas vidas.”. Por isso precisamos ter clara a necessidade dessas exigências, dessa disciplina: ser fiéis e constantemente alimentar nossa vida em Cristo, com a Palavra, a Eucaristia, a Oração interior, alimentar nossa fé, viver a caridade, crescer, com entusiasmo e maturidade, buscar uma fé adulta, e assim poder contribuir com a nossa equipe. Não podemos nos isolar no conforto de nossas reuniões; temos muito que agir e testemunhar nesse mundo tão carente do amor de Deus e do Testemunho do Matrimônio. Quando vivenciamos nossa pertença e nossa comunhão, entendemos que o Movimento não nos impõe, ele sugere; não nos força; simplesmente nos atrai; e também não decide, propõe. Nesse sentido, refletindo sobre estas colocações e nossa pertença às ENS, lembrando também que a responsabilidade em manter a equipe completa e forte é de todos os casais da equipe, proporcionamos em nossa Região alguns encontros com as equipes incompletas, a fim de discutirmos o assunto, encontrarmos soluções e caminhos e, assim, procurar aumentar a vitalidade das equipes que vivem esta realidade. “Antes de tudo uma equipe deve ser uma escola de caridade. Quando os casais se exercitam CM 473

no auxílio mútuo e no amor fraterno, o seu coração aos poucos se dilata. E, gradativamente, o seu amor atinge a casa, o bairro, o país...” (Pe.Caffarel).

Todos os casais destas Equipes foram convidados a participarem destes encontros e então lhes perguntamos: Quais as verdadeiras motivações que levam vocês a participar das ENS? Percebemos que uma equipe incompleta vai enfraquecendo? Dentro deste espírito realizamos estes encontros, quebrando barreiras, sacudindo poeiras, encontrando corações acolhedores empenhados na busca do essencial, que resultou no compromisso assumido por todos, de irem atrás de novos casais e fazerem todo possível para que até novembro de 2013 estejam com suas equipes completas, ou seja, com 6 ou 7 casais. O Eco deste encontro foi muito positivo, pois quase todas as equipes incompletas despertaram para esta necessidade, para a sua responsabilidade, e saíram da comodidade. Hoje, com a graça de Deus, já estão com casais sendo preparados em pilotagem específica para o recompletamento. Temos também boas experiências em nossa Região com a junção de equipes com 03 casais. Elas estão caminhando muito bem, superaram dificuldades e procuram viver o verdadeiro amor mútuo. Porém, com tristeza, ainda vemos em algumas equipes ou casais que se fecham a essa abertura, dificultando esse processo. São apegos que precisam ser trabalhados a fim de libertar casais e equipes de certas 21


amarras que os impedem de alcançar uma maturidade espiritual e de, com amor, abrirem seus corações para acolher o irmão que também busca a santidade conjugal. Se realmente tomarmos consciência da nossa missão na equipe, no Movimento e no mundo, não teremos nenhuma dificuldade em aceitar novos irmãos, ou em juntar nossas forças com outros para que, mais fortalecidos, possamos atingir nosso verdadeiro objetivo: “O crescimento

na espiritualidade conjugal”.  “Nem sempre é necessário que mudemos de rumo para descobrir todas as belezas do caminho, basta que ajustemos nossos passos e mudemos apenas a maneira de olhar o que antes passou despercebido.” (Leandro Fagundes)

Dirlene e Henrique CR Região Paraná Sul Curitiba-PR

uMa NOVa eQuIpe: setOr C e setOr H Na Região Centro-Oeste (RCO I) duas equipes de Setores diferentes viram diminuir, pouco a pouco, a quantidade de seus membros. Um casal da ENS 15-C encontrou outro casal da ENS 30-H e comentaram suas realidades. Dias depois tiveram uma santa ideia: seria possível unir os membros restantes numa só equipe, já que as duas tendiam a desaparecer? Após alguns dias, marcaram uma reunião dos membros efetivos das duas equipes para descobrirem o que fazer. Todos os casais comparecerem na hora certa, inclusive nós (CRR). No caminho para o local da reunião, pensávamos: como isso vai acontecer, pois são duas equipes antigas, cujos casais têm mais de 65 anos? Qual a equipe que vai impor seu número, qual a equipe que vai querer permanecer com seu SCE? Prevíamos um momento muito confuso. 22

A reunião começou com uma bela oração inicial, seguida de uma explanação do objetivo e alguém falou: “Vamos formar uma única equipe e vamos logo definir o número e o Setor”: Sem confusão, um casal opinou por 30-H e todos concordaram. E agora qual a padroeira? Um casal da Eq.15C opinou que poderia ser a sua, mas acabaram definindo a padroeira da Eq.30H, Nossa Senhora da Guia. Ponderando um pouco, definiram pelo SCE da ENS 15, Pe. José Wilson Portilho, enquanto o CRE da Eq.15-C, permaneceria nesta função. Nada de estresse, nada de egoísmo nem apego à letra ao seu Setor ou ao número de cada equipe. Eram equipistas em busca de uma solução para a caminhada cristã que escolheram, conscientes da seriedade do Movimento e ansiosos por continuar inseridos em uma equipe. CM 473


Ficamos encantados com a grandeza desses casais, com sua jovialidade expressa no dinamismo do diálogo atento. Realmente o clima do encontro foi tão bom que, durante o lanche, os casais se esqueceram do horário de ir para casa e permaneceram conversando, interessados em conhecer a realidade um do outro. Assim, as duas equipes não morreram, mas se revigoraram e continuam vivas

no caminho da santidade, delineado pelo Pe. Caffarel. Exemplo maravilhoso para tantos casais que se apegam a detalhes e esquecem que o essencial é a busca da santidade, a boa convivência com o irmão que, em equipe, nos ajudará a vencer nesta batalha da vida.  Elza e Edilson CR Região Centro Oeste I Brasília-DF

a eQuIpe 04 de BrasÍlIa-dF CONtINua VIVa Vimos compartilhar a experiência que tivemos hoje com a Equipe 4, que nos inunda do “Amor de Deus” de alegria, de emoção e esperança. A Equipe 4 é composta por casais idosos, muitos já octogenárias que têm 40 anos de caminhada equipista. No início de 2012, um dos 6 casais (o marido sofrendo muitas dores) resolveu desistir e licenciou-se da equipe. Os cinco demais prosseguiram na caminhada. Porém, adoentados, com graves problemas de locomoção e todos com dificuldade de assumir a responsabilidade da equipe, também eles decidiram no final do ano passado, extinguir a equipe e... PARAR. Fomos chamados por eles, nós e o Casal Ligação a uma reunião em que anunciariam isso. Nesse encontro, pudemos sentir de perto a situação da Equipe. Um dos maridos tem uma doença chamada E.L.A. (consultem no google e vocês entenderão), uma das esposas tem CM 473

Alzheimer. TODOS (todos mesmo) são surdos parcial ou totalmente; e há aqueles velhinhos mais resistentes, mas todos muito cansados. Nessa reunião eles confirmaram o fim da Equipe dizendo ser impossível cumprir os deveres equipistas, embora amassem o Movimento e que, portanto, não continuariam. Nós os ouvimos, longamente, suas queixas e limitações. E, quando eles acabaram de falar, perguntamos: E como vocês se sentem com o fim da Equipe ? E eles todos começaram a chorar... uns responderam apenas com uma palavra: ÓRFÃOS. Orientados pelo Casal Regional, pedimos a eles que pensassem mais, que não excluiríamos a Equipe e que, quando eles quisessem, nos procurassem. Dissemos que nós os tínhamos como exemplos e que vê-los todos juntos, de mãos dadas, ajudando-se mutuamente, tanto entre os cônjuges como entre eles, 23


casais, nos animava (a nós que caminhamos para a terceira idade) a prosseguir nesse caminho. Dissemos, também seguindo a tendência do Movimento, que as regras poderiam ser flexibilizadas para eles e, enfim, que pensassem mais. Entramos em oração. Eles não participaram do Pré EACRE e nem do EACRE. Passados 6 meses, eles nos chamaram para uma missa e nós éramos convidados. E lá na igreja não pudemos deixar de pensar em nós mesmos e, principalmente, nos jovens equipistas. Após a missa, eles anunciaram que a Equipe 4 vai perseverar, do jeito que Deus permitir. O casal que havia deixado a Equipe em 2012 estava lá, também pronto para voltar. Ele, o marido, continua sem andar, continua com dor, e disse: “as dores continuam, intensas, e eu as consigo suportar. Mas, definitivamente, é insuportável, viver sem a Equipe”.

Acreditem: INDIVIDUALMENTE, cada um, firmou novamente o compromisso equipista. Eu e Faé ficamos muito emocionados de ver aqueles senhores e senhoras, num esforço impressionante, um por um, manifestar solenemente, em voz alta, o propósito de ser fiel ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, e a se esforçar para cumprir com esmero os seus Estatutos e Orientações. Com os olhinhos cheios de lágrimas declararam aceitar e acatar as decisões da equipe tomadas em função do que propõe o Movimento, renunciando a qualquer outro propósito contrário a esse fim. Choramos ao vê-los caminhar com dificuldades para tomar a comunhão com o Padre que, também velhinho, acompanha a Equipe há 40 anos.  Ana e Faé CR do Setor D Brasília-DF

sessãO de FOrMaçãO PROVÍNCIA NORDESTE Nível III - Sobral-CE Que o movimento das ENS é um movimento de formação todos nós já sabemos, e se não nos demos conta desta tendência é porque estamos à margem, isto é, não nos lançamos para águas mais profundas e mais ainda não lançamos nossas redes onde o mestre nos indicou. Esta é uma das grandes missões das ENS, a capacitação dos seus quadros nos mais diferentes níveis: Primeiro no exercício da fé, nosso testemunho de vida cristã ( ser cristão); depois vem 24

o chamado: vocação, o equipista é levado a transbordar (missão), engajando-se nos movimentos da Igreja: Ser Igreja. O Movimento nos pede principalmente que nos engajemos na Pastoral Familiar, nos seus diferentes momentos: Pré-matrimonial, matrimonial e pós-matrimonial, mas para que desempenhemos estes dois níveis anteriores, temos que investir na formação de novos quadros (movimento missionário), levando ao aprofundamento do conhecimento das ENS CM 473


a fim de formar casais para a missão tanto no movimento como na Igreja. É de fundamental importância o conhecimento do Movimento, porque “só se ama aquilo que se conhece” e se conhecemos passamos a amar mais, por isso temos que ter uma visão histórica, conhecer profundamente seu carisma, mística e ter espírito de responsabilidade. Temos também que ter uma visão da estrutura do movimento e vivência na experiência comunitária e pilotagem, viver a Ecclésia e ter uma visão profunda da função do casal ligação e da vida do movimento. Mas é preciso ir mais além, a missão do movimento é abrir caminhos, arrastar os que estão à margem, integrá-los e facilitar sua passagem nas diversas etapas de suas vidas, aplainar arestas e sobretudo levar o amor na sua intimidade, no âmago do movimenCM 473

to, que é a equipe de base, razão de todo o movimento. Parabéns à equipe formadora, nosso Casal Provincial Conceição e Macêdo, ao Casal Regional Vanessa e Rômulo, ao Frei Glauber, pela linda homilia, que nos brindou com o profundo conhecimento das ENS e pelo seu amor e dedicação ao movimento, aos casais que se doaram no serviço, que acolheram em seus lares casais vindos de outras cidades, enfim se doaram para que a realização do evento fosse possível e principalmente aos 33 casais participantes, que atenderam ao chamado de Cristo. Essa formação aconteceu em Sobral-Ce, nos dias 04 e 05 de maio de 2013, contemplou o setor Ceará Norte I e II.  Toni e Vicente Eq.01- N. S. da Conceição Sobral-Ce 25


Nível III - Região Paraíba

Nos dias 25 e 26 de maio de 2013, casais vindos dos diversos Setores da Região Paraíba reuniram-se no Convento Ipuarana (localizado no interior paraibano), para participar da Sessão de Formação Nível III, promovida pela nossa Região. Sob a condução do CR da Super-Região Brasil, Cida e Raimundo, e do CRP Nordeste, Conceição e Macêdo, nos debruçamos sobre o tema “Ser Movimento Missionário”, objetivando a Formação de Quadros, ou seja, a formação de casais para a missão tanto no Movimento quanto na Igreja. Foram dois dias de muita dedicação, tanto da parte dos pregadores, quanto da parte dos casais participantes, em que vivemos momentos fortes de oração, formação e troca de ideias, ambos voltados para o aprofundamento do conhecimento do nosso Movimento e das funções de responsabilidade na sua estrutura. Fomos conduzidos, desde o início, a escutar o chamado do Senhor, que nos 26

convida para missão e espera a nossa resposta de amor e doação. Ao final desses dias, retornamos revigorados e renovados para nossas casas, para nossas equipes e para os nossos Setores, pois voltamos à fonte e bebemos a água pura que dela emana: o carisma fundador das ENS. Como casal, reavivamos em nós o sentido essencial da nossa missão: ajudar os casais a encontrar, conhecer e crescer no amor de Cristo, Aquele que opera maravilhas em nossas vidas. Louvamos ao Senhor por todas as graças que Ele derramou sobre nós ao longo desses dias e agradecemos a todos os casais que, com amor e disponibilidade ao serviço, prepararam essa formação, cuidando para que cada detalhe da mesma fosse instrumento oportuno para que escutássemos o chamado do Senhor.  Aracelli e Bruno CR - Setor Campina Grande Campina Grande-PB CM 473


PROVÍNCIA LESTE Nível III - Belo Horizonte Foi com grande alegria e disponibilidade que dissemos sim ao chamado de Deus para participarmos da Sessão de Formação Nível III da Província Leste, que aconteceu nos dias 24 e 26/05/13, na aconchegante Casa de Retiro Coqueiro D’Água, em Belo Horizonte, reunindo casais de Minas Gerais e do Espírito Santo. Todos com o objetivo de conhecer mais o Movimento das ENS para amar e servir. Fizemos um percurso que teve como ponto de partida a origem, as raízes e estrutura do Movimento das ENS. Como nos disse Pedro Moncau Jr. “É bom olhar para as origens a fim de meditar sobre as lições que a encerram e novamente partir com passo decidido para a missão que ai está a nossa frente”. Após cada reflexão nos dirigimos aos grupos (5) e todos os casais tiveram a oportunidade de aprofundar no tema proposto para posteriormente levar as conclusões à plenária. As apresentações na plenária deram verdadeira demonstração da dedicação de cada grupo para elaborar as respostas de cada questão. Além do estudo, nos grupos tivemos momento rico de troca de experiência, de ajuda mútua e de crescimento no amor que temos pelas ENS. Percebemos como é forte o elo que existe entre as equipes de Nossa Senhora, não importa de qual região a equipe seja. Daí a importância da Pilotagem e do Casal Ligação, para zelar pela unidade, estes que vão semear e ajudar a cultivar a semente para que a seiva do Movimento chegue a todos os casais. Existe uma sustentação no Movimento que só é possível pela ação do Espírito Santo, pela Oração e pela Formação. Esta é imprescindível e contínua, nunca chegando ao término, sendo necessária, para se manter a unidade do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Percebemos a ação do Espírito Santo quando vemos a Unidade do Movimento das ENS, que segue fiel ao seu carisma e mística. Reunimo-nos em equipe buscando crescer na Espiritualidade Conjugal e no amor de Cristo. O encerramento da SF III se deu com a celebração Eucarística, com a solenidade da Santíssima Trindade, presidida pelo Padre Edson e, em seguida, o envio. Seguimos em missão, acreditando que qualquer serviço para o Reino de Deus feito com alegria de coração é um ato de amor realizado em Cristo, pela força do Espírito Santo, para a glória de Deus Pai. Ao Movimento, obrigado por esta Sessão de Formação III. Que nossa querida Mãe Maria ilumine e proteja todos os casais das ENS!  Maria Inez e Meurer Eq.50A – N. S. do Amparo Juiz de Fora-MG CM 473

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eeN – eNCONtrO de eQuIpes NOVas PROVÍNCIA NORDESTE Região Ceará II

Com missa celebrada por D. José Haring, bispo da Diocese de Limoeiro do Norte, SCE da Eq.03 do Setor Vale do Jaguaribe, da Região CE II, realizou-se o EEN, com a celebração do Compromisso dos casais nos dias 27 e 28 de abril de 2013. A dinâmica empregada para a apresentação dos módulos, reflexões e estudos em grupos mistos foi o grande diferencial. Todos os casais participantes expressavam suas opiniões, abriam o coração e partilhavam sua caminhada até então vivida em casal e em família. Quais as dificuldades em vivenciar os PCEs? Que dificuldades em cumprir o que o Movimento suscita? Quase sempre a tônica dos empecilhos é a jornada de trabalho dos cônjuges. Observa-se, no entanto, que há um grande desejo e esperança em crescer na espiritualidade conjugal. Querem perseverar. Sentem que estão no caminho e vão fazer a caminhada. Desejam desabrochar o 28

coração para esse caminho de amor ao Cristo, à família e à Igreja. Essa realidade vivenciada pelos casais do Setor foi possível em face da abnegação, da missão e compromisso de tantos que abriram o coração e puseram-se a caminho. A Equipe Formadora das Regiões CE I e II e MA/PI composta por 04 casais e Pe. Fernando, com a participação do Pe. Hugo levou a sério o “ousar o Evangelho” e lançaram as redes em “águas mais profundas”. Querem rasgar as redes com tantos peixes, por amor ao Cristo, que propõe “sejam santos como vosso Pai celestial é santo”. Essa é a proposta, “nem mais nem menos”! O Encontro de Equipes Novas traz esperanças; apresenta o Movimento e apaixona os casais. Isso é amor a Deus; isso é paixão demais, o Espírito presente com pouco, muito se faz. Maury da Elena Eq.01- N. S. do Perpétuo Socorro Limoeiro do Norte-CE CM 473


PROVÍNCIA LESTE

Confirmando nosso compromisso de Equipistas Pouso Alegre-MG

Casais da Região Minas III e a Equipe de Formadores da Província Leste, fizeram do Encontro de Equipes Novas, em Pouso Alegre-MG, no CAIC Dr. Carlos Ferreira Brandão, de 17 a 19 de maio, um fim de semana abençoado de encontro e comunhão, com casais de outras equipes, cidades e setores, para rever a metodologia, celebrar e fortalecer a unidade do Movimento. Pudemos trocar experiências e partilhar nossa Vida de Equipe. O planejamento abrangia temas referentes à nossa pertença e fidelidade ao carisma fundador: O Que nos guia? Para onde vamos? O que levamos conosco? O Que vai conosco? Sobretudo agora, estamos certos de que o Movimento só acontece e dá certo, no mundo inteiro, justamente, porque é sério e exiCM 473

gente na fidelidade à MÍSTICA do Cristo Comunitário e ao CARISMA: Espiritualidade Conjugal. Estamos certos que, ao ingressarmos nas Equipes de Nossa Senhora, aceitamos mais um chamado de Deus e fizemos uma escolha para uma caminhada junto com Ele. Compreendemos que só buscamos a santidade do casal, se percorremos um caminho direcionado para Deus, aparando arestas e lapidando nosso amor, através do aprofundamento de nossa Espiritualidade Conjugal na ajuda mútua. Ficou bem clara a diferença dos casais que seguem o caminho reto e os que seguem o caminho de curvas. Os casais do caminho cheio de curvas vivem contornando sua trajetória de responsabilidades e compromissos com o Movimento. Participam apenas da Reunião Mensal e acreditam já ter feito muito bem seu papel naquele mês. Dei29


xam de comungar com sua equipe e Movimento, os outros momentos propostos: noites de oração, reuniões informais, mutirão, momentos de formação. São casais que estão no Movimento apenas para receber e nunca para dar. Deixam de partilhar sua vida com os irmãos, assumir responsabilidades com outros casais, ser luz para sua equipe, perdendo a fecundidade do sim. A proposta do Movimento é progredir no amor de Deus, atra-

vés dos Pontos Concretos de Esforço. Os PCEs são atitudes a nos despertar para o amor de Deus e não coisas a cumprir. São meios para transformar nossas vidas pela ação do Espírito Santo. Como é bom participar de um Movimento cristocêntrico, sustento para a vida conjugal, nossa vocação!  Juliana e Ricardo Eq.08 - N. S. de Lourdes Santa Rita do Sapucaí-MG

PROVÍNCIA CENTRO-OESTE EEN - Região Goiás Centro

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6) Aconteceu nos dias 13 e 14 de abril, o I Encontro de Equipes Novas, da Província Centro-Oeste, Região Goiás Centro. Participaram desse momento 21 casais das cidades de Goiânia, Anápolis e Uruaçu. A partir do tema: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6), os presentes foram convidados a refletir, pautando-se nos seguintes questionamentos: Quem nos guia? Para onde vamos? O que levamos? Quem vai conosco? Foi sem dúvida 30

um momento forte de formação e crescimento espiritual. A equipe de formadores conduziu de forma maestral cada uma das situações propostas. Poesia, teatro, rimas e muita seriedade possibilitou a ampliação do conhecimento em relação ao Carisma, à Mística e à vivência dos PCEs. Após dois dias de reflexão e estudo, e cientes de que “crescemos em santidade na medida em que, amados por Deus, crescemos em seu amor e, crescendo em seu amor, crescemos no amor fraterno”, os casais foram convidados a firCM 473


mar, diante de Deus, o compromisso de seguir as orientações de vida propostas pelo Movimento. O que ficou foi a certeza de que Ser um Casal Equipista é fazer parte de um grupo que tem como guia o próprio Cristo, que escolhe percorrer um caminho com orienta-

ções seguras de vida que levam ao Pai fazendo com que possamos repetir diariamente com voz cada vez mais firme: “O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome!”  Any e Carlos Eq.14B - N. S. do Carmo Goiânia-GO

PROVÍNCIA SUL I

Nos dias 04 e 05 de maio, realizou-se o III EEN da Província Sul I, na Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP) em São José dos Campos, com a presença de 43 casais das Regiões SP Leste I e II. Uma vez mais louvamos o Senhor pelos frutos colhidos. De um lado, os casais multiplicadores, por aceitarem servir a Cristo através das ENS, caminho de crescimento da espiritualidade conjugal. De outro lado, os casais participantes, que atendendo ao apelo de Cristo: “Vem e Segue-me” trouxeram para o Encontro, sua vivência, anseios, questionamentos e dúvidas a serem sanadas para se tornarem fiéis testemunhas de casal cristão equipista. Diante desta sintonia da busCM 473

ca e presença de Cristo em nossas vidas, o conteúdo das palestras; as dinâmicas utilizadas nos grupos; os momentos de reflexão em casal; o exercício do “Dever de Sentar-se” tão bem preparado sob orientação de Pe. Cavalca, fizeram, uma vez mais, ser o EEN uma formação necessária para o aprofundamento e consolidação dos conhecimentos adquiridos, conscientizando a todos, de que não podemos ser infantis na fé. A maturidade espiritual se alcança no esforço contínuo de fazermos do sacramento do Matrimônio “um lugar de amor, um projeto de felicidade, um caminho de santidade.”  Maria do Carmo e José Renato Eq.09A - N. S. da União São Paulo-SP 31


Raízes do Movimento

Os padres, MINIstrOs da palaVra1 Talvez nunca, como hoje em dia, a literatura, o teatro, o cinema tenham manifestado um interesse tão grande pelo sacerdote. Precisamos, entretanto, reconhecer que os tipos de padre que apresentam, oferecem apenas aspectos anedóticos ou excepcionais da sua missão e da sua vida. Deixam escapar o essencial: o mistério do padre. Aconteceria por acaso o mesmo por parte de alguns dentre vós? Fiz a mim mesmo esta indagação no decorrer de impressões trocadas a respeito de uma frase do último editorial2. Seria muito lamentável que nas nossas Equipes, onde se tem em grande conta a dignidade do casamento, onde se aprofunda este “grande mistério”, se tivesse uma estima menos esclarecida para com o sacramento da Ordem. Não se trata de falar, nestas duas páginas apenas, da missão do padre em toda a sua amplitude. Quero apenas chamar a vossa atenção para a frase em questão, da última Carta Mensal: “O padre não é somente o dispenseiro dos sacramentos do Cristo, mas também da Palavra de Deus. Recorreis a ele nas reuniões tanto quanto seria de desejar?” Santificar, eis a missão do Cristo. É também, graças aos poderes que lhe foram conferidos, a missão da sua Igreja. E, portanto, dos ministros da Igreja. Dois meios privilegiados estão à disposição do padre para o cumprimento da missão que lhe cabe: os sacramentos e a palavra. Esta pala-

Henri Caffarel vra, a palavra dele, como a Palavra de Cristo, e na medida em que é fiel à Palavra de Cristo, tem uma eficácia sobrenatural: “Quem vos ouve, a mim ouve”. É preciso, no entanto, que seja recebida com espírito de fé. O mesmo espírito de fé com que recebemos os sacramentos. Então ela opera, torna-se vida, faz surgir a fé viva. Não são as qualidades humanas da palavra do sacerdote que lhe dão o poder que tem, mas o Espírito Santo que a anima e a faz penetrar e frutificar dentro dos corações. Por isso faltaríamos ao senso sobrenatural se a apreciássemos como qualquer outra palavra humana. Eu quisera que na reunião mensal das Equipes se tivesse em alta conta a palavra sacerdotal e que fosse ela solicitada com toda a convicção para a renovação da própria fé. Significaria isto que se deva renunciar ao nosso método de troca de ideias, e pedir ao assistente uma conferência? Longe disto. Nossos métodos são eficientes. É de grande utilidade que o assunto na ordem do dia seja estudado com antecedência, que nos apresentemos com as nossas descobertas e problemas, que troquemos ideias entre nós, permitindo, assim, que o sacerdote dê o seu ensinamento, à medida que o assunto for desenvolvido, aos espíritos já preparados, alertados, ávidos de luz. Os métodos ativos, mais ainda para os adultos que para as crianças, já deram provas de sua eficiência. Tendes fome! Solicitai então a quem possui o Pão! Que vo-lo dê! 

1 Editorial do Padre Henri Caffarel na Carta Mensal no 2 de maio de 1955. 2 Carta Mensal no 1 de abril de 1955 32

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Assumimos a responsabilidade pela nossa Equipe Nossa Senhora Desatadora dos Nós em 2012, após dois anos e meio de caminhada. Como ainda éramos novos no Movimento nos sentimos impelidos a conhecer os documentos, base para essa missão. Assim sendo, adquirimos e estudamos os livros: Guias das Equipes de Nossa Senhora, Estatutos das Equipes de Nossa Senhora, A responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora, O Casal Responsável de Equipe e o roteiro Reunião de Equipe. Dessa forma, conhecemos algumas coisas que para nós eram inovadoras como, por exemplo, que “a ordem das partes da reunião pode mudar, de acordo com a vontade da Equipe” (Livro Reunião de Equipe – p. 04); ou que “a coparticipação pode começar durante a refeição” (Guia das Equipes de Nossa Senhora – p. 09). Procuramos então dar um novo “rosto” ao roteiro de reunião pré-formatado ao qual estávamos acostumados. Não porque o mesmo não fosse apropriado, mas para buscar uma renovação e um modelo mais dinâmico à reunião formal. Assim, em algumas reuniões excluímos algumas orações constantes do roteiro e sugeridas como textos de apoio no livro Reunião de Equipe. Buscamos alguns textos de meditação que tivessem relação com o tema estudado e, seguindo uma CM 473

ideia que surgiu durante a animação de reuniões no ano anterior, inserimos alguns trechos curtos constantes dos documentos citados, especialmente, o “Guia das ENS” e o livro “Reunião de Equipe” para introduzir e explicar os momentos da reunião: refeição, oração, partilha sobre os PCEs, coparticipação e a troca de ideias sobre o Tema de Estudo. A cada reunião, o casal animador era estimulado a pesquisar um tema e apresentar um resumo para ser compartilhado, fazendo assim um aprendizado comum do conteúdo desses livros a toda a Equipe, reforçando suas definições e refletindo sobre seus propósitos. Esta experiência foi muito bem avaliada por todos os casais da equipe, e possibilitou mais conhecimento e evolução de todos, pois quanto mais conhecemos, mais amamos o Movimento. Acreditamos ser importante que o Casal Responsável de Equipe, durante sua missão, e com a criatividade inerente que o Espírito Santo nos conduz, use suas energias para sacudir a Equipe, tirá-la de um certo comodismo que pode ir se instaurando e busque renovação, mas com o cuidado de se manterem fiéis à essência e às diretrizes do Movimento, atendendo integralmente as cinco partes da reunião.  Luciene e José Carlos Eq.12A - N. S. Desatadora dos Nos Goiânia-GO 33

testemunho

aprOFuNdaMeNtO


CONVIte para aMar MaIs Foi com alegria que demos o nosso SIM, há dois anos, para estar a serviço da Região Rio Grande do Sul II. Com a certeza da incapacidade e das limitações para tanto compromisso, sabemos que este convite veio do Senhor e que Ele nos capacita. Aos poucos, fomos nos apropriando da grandeza que é o “amar mais”. Nossa caminhada no serviço ao Movimento foi e vem sendo baseada na oração, na Escuta da Palavra, na compreensão de um com o outro, marido e mulher juntos, honrando o SIM que dissemos diante de Deus e dos homens. E, com isso, temos a missão de evangelizar onde estivermos. É nessa entrega a Deus que apoiamos nosso serviço. Temos certeza de que, por meios humanos, não seríamos capazes de nos doarmos; primeiramente, ao serviço de CRS e, agora, de CRR. Sabemos que o Senhor faz maravilhas em nós, todos os dias e por isso estamos aqui! Neste período recebemos infinitas graças e alegrias: amigos que passaram e deixaram marcas e ensinamentos. Outros que permanecem conosco e nos fazem crescer mesmo estando longe. Mostram-nos que,

entre tantas diferenças, de norte ao sul do país, o espírito é o mesmo. Sacerdotes que, com a sua missão, nos mostram o quanto os sacramentos do Matrimônio e da Ordem estão unidos e precisam realmente estar. Conhecemos histórias de vida que são verdadeiras bênçãos e, com as quais, nos orgulhamos em fazer parte. Esta grande família, que é o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, nos traz, cada vez mais claro, que servir ao próximo é próprio do cristão e ser cristão é dispor-se ao serviço. Cristo sempre esteve a serviço de todos, mesmo nos momentos mais cruéis de Sua vida, Ele esteve a serviço: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 33, 18). Enfim, temos uma única certeza: essa foi a vontade de Deus sobre as nossas vidas e louvamos e agradecemos, pois Ele nos escolheu. Por isso, somos gratos, pela imensa misericórdia d´Ele para conosco e por sermos tão pequenos e mesmo assim, servirmos a Ele!  Kátia e Adriano CR Região Rio Grande do Sul II Alvorada-RS

ser JOVeNs CasaIs Nas eNs: uM testeMuNHO eM eQuIpe O jovem na Igreja é um tema em evidência há alguns anos. Com alegria, vemos, hoje, a presença significativa de casais jovens nas Equipes de Nossa Senhora. Somos sete casais em nossa Equi34

pe (N. S. de Guadalupe), com faixa etária que varia de 30 a 36 anos de idade. Todos exercem alguma atividade profissional e temos em média dois filhos por casal, variando entre 1 ano e 8 anos de idade. Temos entre 4 CM 473


e 9 anos de casados. Nossa agenda, nossa logística, nossas limitações frente às doenças das crianças, nossas realidades profissionais e o barulho nas nossas reuniões são alguns dos desafios que enfrentamos desde o início da nossa Equipe, há quatro anos. Viemos de uma experiência religiosa anterior ao Movimento. Em geral, somos atuantes assíduos de grupos de jovens, e um dos nossos casais vem de uma formação intensa do Neocatecumenato. Estas experiências são todas desde antes do casamento. Ingressamos nas Equipes de Nossa Senhora em função da proposta de uma maior espiritualidade conjugal e temos encontrado alternativas contributivas ao aprofundamento espiritual do casal. Nossa Equipe é uma grande alegria. Além do espírito jovem que nos consome, temos o brilho das nossas onze crianças, que normalmente participam das nossas reuniões. Aqui, quero testemunhar sobre nossa ENS Guadalupe kids. Nossas crianças entendem nosso envolvimento no Movimento, gostam de estar conosco nas reuniões, amam-se e costumam se tratar como: “meus amigos da Equipe”. Sempre buscamos propor algumas atividades em prol da evangelização dos pequenos, por meio de histórias bíblicas, explicações sobre as datas festivas, filmes, desenhos etc. É CM 473

interessante vê-los aprendendo a rezar com os maiores. Durante esses anos de Equipe, nunca tivemos nenhuma briga que fugisse da normalidade entre as crianças, nenhuma mordida ou tapa ou qualquer comportamento inadequado. Em geral, eles brincam mais do que brigam. E não temos o hábito de deixá-los com outros adultos. A reunião acontece na sala e eles ficam no quarto. Os problemas são facilmente administrados sem atrapalhar o andamento da reunião. Vemos que o Senhor cuida das nossas demandas. Acreditamos que Ele escolheu a Irmã Iraneide para nos acompanhar em função da sua alma alegre e jovem; ela sempre olha com muita compaixão para nossa realidade e cria propostas boas e viáveis. Mesmo com a dificuldade em participar de todos os eventos propostos pelo Movimento, missas e adorações, devido às crianças, ou aos nossos horários de trabalho, e a dedicação aos PCEs, dentre tantas outras que não acreditamos ser exclusividade dos casais jovens, percebemos que ser Equipe de Nossa Senhora tem nos ensinado a sermos famílias efetivamente cristãs. I sso n o s l e v a a um t e s t e munho diário e vivo de jovens cristãos no mundo de hoje e, 35


sobretudo, remete-nos à nossa expectativa inicial quanto à busca de uma maior espiritualidade conjugal. Somos muito felizes de sermos Casais Jovens nas Equipes de Nossa Senhora. Acreditamos na passagem de

Eclesiástico 6, 18: “Meu filho, aceita a instrução desde teus jovens anos; ganharás uma sabedoria que durará até a velhice”. Amém!  Carla e Ricardo Eq.08D - N. S. de Guadalupe Brasília-DF

MOMeNtO de FOrMaçãO Nos dias 24 a 26 de maio, participamos da Sessão de Formação Nível III realizada em Retiro Coqueiro D’Água, em Belo Horizonte. Nesta formação aprendemos a força da expressão “Vem e Segueme”. Cristo nos chama e nos capacita proporcionando um grande crescimento espiritual, fortalecendo cada casal para levar às suas equipes de base estes aprendizados e, juntos, conseguirem enfrentar as investidas do mundo que cada dia nos oferece facilidades para enfraquecer o Matrimônio. Conseguimos sentir que, quando fazemos parte do Movimento das ENS, pessoas com quem nunca tivemos contato parecem amigos de longas datas. Muito foi falado na formação que só amamos aquilo que conhecemos. E é a pura verdade. Quando conhecemos as atitudes de Maria, sempre

disponível a fazer as vontades de Deus, ela mostra a importância de colocar o amor em primeiro lugar dentro da família e andar de mãos dadas com o Pai. Quando abrimos o coração para o Espírito Santo agir, conseguimos viver o amor de Cristo a serviço dos irmãos em uma pura felicidade fraterna. Agradecemos a Deus por ter iluminado o nosso querido Pe. Henri Caffarel que, em 25 de fevereiro de 1939, junto com quatro casais, fez surgir a primeira equipe. Esta equipe recebeu o nome de Grupo Nossa Senhora de Todas as Alegrias. Mais tarde os grupos de casais passam a ser chamados Equipes de Nossa Senhora, que até hoje protege e faz crescer o amor entre casais.  Andressa e Cláudio Eq.04 - N. S. de Guadalupe Vila Velha-ES

tapete de COrpus CHrIstI Mãos que se ajudavam. Os dedos rebocados com tinta davam significado aos desenhos no chão. A serragem, a casca de ovo, o pó de café e os diversos grãos - sobras do nosso cotidiano - guardados há meses à espera daquele momen36

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to, agora se uniam para expressar publicamente a nossa fé. Nas ruas da pequena cidade, sentíamonos por um instante como o povo que outrora caminhava em busca da terra prometida, mas que agora peregrinava em busca de Jesus Cristo, revelando um grande amor pelo Seu corpo e sangue, revelado na Eucaristia. Os joelhos no chão, que num gesto de humildade se machucavam debaixo de um sol escaldante, pareciam redimir-nos pouco a pouco dos nossos pecados e fraquezas. Os mais idosos, que não tinham mais forças para realizar o trabalho, vez ou outra vinham oferecer um copo de água ou um delicioso pedaço de bolo preparado com muito carinho. As crianças, mesmo sem entender o significado do que faziam se tornavam eucarísticas ao servir com tanta alegria e pureza. Quando a matéria-prima para a confecção do tapete acabava, era possível perceber os grupos se entreajudando, partilhando os ingredientes uns com os outros, assim como Jesus partilhou o pão e CM 473

o vinho durante a Santa Ceia. Mas também havia os que recusavam a partilhar, fechando-se no seu egoísmo e revelando seu lado humano e pecador. O relato acima é uma das experiências vividas por nossa Equipe na confecção dos tapetes no dia em que a Igreja celebra a festa de Corpus Christi. Foram momentos emocionantes em que louvamos a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio para a nossa alma. Jesus disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá fome, e quem acredita em mim nunca mais terá sede” (Jo, 6, 35). Somos privilegiados por ter a oportunidade de participar da Eucaristia. Que possamos nos saciar espiritualmente através da Santa Eucaristia, e com ela, transformarmo-nos no Cristo irradiando amor e alegria aos nossos irmãos.  Regiane e José Roberto Eq.01B - N. S. de Fátima Itumbiara/Quirinópolis-GO 37


Partilha e Pontos Concretos de Esforço

a MÍstICa dOs pCes e partIlHa Em busca de mais aprofundarmos sobre os PCEs e o sentido de ser equipe programamos uma manhã de reflexão para a nossa equipe. Cada casal ficou responsável por uma parte do Livro e em resumo descobrimos: - Vivenciar em casal os PCEs muda nossa vida conjugal, porque nos aproximamos do amor de Deus e de forma natural; colocando nosso dia em oração, vamos ajudando um ao outro e aos membros da Equipe; - Realizar os PCEs é usar ferramentas para se chegar à plenitude como casal cristão, com atitudes que constantemente fortalecem a espiritualidade, na dedicação de um para o outro e de ambos para Deus; - Fortalecer o encontro e comunhão do casal e da equipe, nessa caminhada, um ao lado do outro, não querendo mudar a pessoa do outro, mas sim, fazê-la crescer na busca da santidade; - A importância da Partilha na reunião mensal se ela é feita pelos casais de forma transparente, com sinceridade, e para expor aos irmãos com confiança e tranquilidade, alegrias ou dificuldades trazidas pela persistente prática dos PCEs, na escalada conjugal e familiar; - Com a procura assídua da vontade de Deus, não se deve julgar o outro casal, nem perder 38

a esperança nele, mas se deve fazer a exigência fraterna e expor a verdade, para que assim possa se realizar o amor de Deus; - A busca do autoconhecimento, da aceitação das diferenças, da escuta do outro e da equipe, acolhendo todos na alegria do amor de Deus que é sempre solidário; - Cativar o outro com paciência e procurar lhe fazer somente o bem, pois o cônjuge é único no mundo, e gastar tempo com ele é o que o torna importante na minha vida; - A Partilha é um momento de reconciliação, de receber com humildade a palavra do outro para percebê-lo por dentro de si mesmo e ajudá-lo a crescer na espiritualidade; - A vivência dos PCEs para uma boa partilha é uma graça que movimenta o coração dos peregrinos das ENS na busca de harmonia conjugal e da equipe. O estudo e a partilha do documento nos motivaram a estas descobertas, através desta maravilhosa manhã de reflexão. Além de nos aproximarmos mais do amor de Deus e da Mística das ENS, conseguimos entender o que é ser equipe, relembrando o fundamento das ENS: a ajuda mútua de um casal ao outro em uma sólida união com Deus.  Flávia e Daniel Eq.12C - N. S. da Natividade Pouso Alegre-MG CM 473


retIrO, pONtO CONCretO de esFOrçO No final de semana de 17 a 19 de maio de 2013 participamos do Retiro Espiritual proporcionado pelo nosso Movimento e, ao chegarmos em casa, ainda com os corações emocionados, resolvemos escrever esta mensagem à Carta Mensal. Gostaríamos de compartilhar com outros equipistas o quanto nos sentimos tocados pelo Espírito Santo. O pregador, para a nossa felicidade, era o SCE da nossa Equipe, que estava iluminado (como sempre) nas suas palavras e testemunhos de vida. Um Retiro simples, mas muito próximo das nossas realidades de casal, de família cristã. Agradecemos a Deus por estarmos no lugar, momento e hora certos. Sentíamos com sinceridade que o silêncio não era um sacrifício, pois o oferecemos à Nossa Mãezinha do Céu. Cada motivação com nosso amado Pe. Vanderci era um momento que esperávamos com ansiedade. As horas “voavam”. O padre com sua inteligência, seu carinho e delicadeza de sempre, nos envolvia com orações originais e profundas. Através do verdadeiro encontro com Deus vivenciado neste Retiro conseguimos enxergar a grandiosidade do nosso Movimento e a sua espiritualidade inspiradora. Foi-nos revelado que nós equipistas juntos somos muito mais fortes. A cumCM 473

plicidade das emoções vividas, os corações abertos em clima de oração, silêncio e de encontro com o Pai, nos proporcionaram a unidade, fortaleza e proteção. Agradecemos a todos os irmãos equipistas presentes neste Retiro, e esperamos sinceramente que tenham sentido esta mesma emoção e comprometimento que nós sentimos. Afirmamos que, retirar-se para realizar este PCE, e esquecer-se de nós mesmos vale a pena, e fazê-lo com amor e entrega total, agrada ainda muito mais a Deus e a Nossa Mãezinha Maria, além de nos fortalecermos para vivenciar todos os outros PCEs. Gratidão é o sentimento que no momento nos invade. Agradecemos ao Pai, e dizemos um muito obrigado carinhoso ao Pe. Vanderci e ao nosso Movimento, sem esquecer jamais de Nossa Senhora que tocou o coração de nossos “tios equipistas” que, com carinho, há 15 anos nos fizeram o convite para ingressarmos neste abençoado Movimento. É com alegria que testemunhamos as bênçãos que recebemos neste Retiro, renovados pela fé e fortalecidos pelo compromisso com o nosso Movimento.  Daniela e Marcelo Eq.27C - N. S. das Graças Curitiba-PR 39


retIrO - O CaMINHO da VIda espIrItual eM Casal Deus quis nos levar ao deserto, subir a montanha com Ele para mergulharmos no seu coração. Digo, quis nos levar, porque eu estava com menos de dois meses de operada de um meningioma cerebral e na última semana que antecedeu ao Retiro fui liberada pelo médico para participar. Ainda meio fragilizada cheguei à casa de repouso, mas Deus fez desta fragilidade, força. O nosso SCE, Padre Macerlândio, abriu o Retiro com uma Celebração Eucarística e uma adoração que Deus providenciou fosse à luz de vela, pois nesta noite faltou energia. Foi um momento de muita unção. No sábado, na oração da manhã, fomos convidados a nos colocarmos aos pés de Maria e junto a ela cantarmos o Oficio. A primeira pregação do Retiro teve como tema “a Via do encontro” motivado pelo Evangelho de S. Lucas “Os discípulos de Emaús”. Fomos convidados a caminhar com os discípulos de Emaús por todos os dias do Retiro. Após esta pregação cada cônjuge saiu para seu momento de oração pessoal e meditação. Na minha oração pessoal retomei todo o texto do Evangelho de Lucas 24,13-25 e fui rezando com a verdade, pois Jesus sabe tudo acerca de nós. O Espírito Santo foi me conduzindo de uma forma toda amorosa, levando-me a percorrer com os discípulos a via da minha vida conjugal, onde pude perceber o caminho do encontro de dois corações com o coração do Cristo: Um dia um jovem e uma jovem se encontraram numa 40

cidadezinha do interior chamada Madalena. Os dois conversaram sobre suas vidas, anseios, projetos e desejos, descobriram-se apaixonados. Enquanto os dias e os meses iam se passando Deus olhou com amor para estes dois jovens e os uniu pelo Sacramento do Matrimônio, permanecendo junto deles. Mas, ao longo da caminhada de anos, os olhos deste casal pareciam vendados, pois, muitas vezes, não reconhecia a presença de Deus em sua vida e caminhava desanimado. Um dia, porém, Deus o reencontrou, olhou com amor, infundiu-lhe o seu espírito como fogo abrasador despertando-o e tirando-lhe a venda dos olhos. Deus se fez presença mais uma vez em sua vida conjugal, alimentando-os pela sua palavra, pela Eucaristia e fortalecendo o sacramento matrimonial. Deus restaurou o que estava quase perdido e hoje o casal clama todos os dias: Fica conosco, Senhor, pois precisamos de Ti. A cada encontro com o Cristo o casal sente o seu coração arder e o impulsiona a seguir com firmeza a sua vocação. Agradeço a Deus pela oportunidade, pelo carinho dos irmãos e pelo nosso SCE Pe. Macerlândio que, sob a unção do Espírito Santo, pregou tão bem este Retiro, nos levando a mergulhar profundamente no mistério do amor conjugal e do amor esponsal. Fica conosco, Senhor!  Estelita, do Carlos Eq.35H - N. S. de Fátima Fortaleza-CE CM 473


reaVIVaNdO a NOssa FÉ Neste Ano da Fé, uma herança o Papa Bento XVI nos deixou ao instituí-lo “ano abençoado”. É neste ano da fé que no Brasil acontecerá um dos principais eventos evangelizadores - a Jornada Mundial da Juventude – por isso, nada mais oportuno do que participar de um Retiro com o tema: O Justo vive da Fé. Foi assim o Retiro da Região PE II: o momento propício para encontrar Deus e reavivar a nossa fé. Estávamos na expectativa deste tema e começamos o nosso Retiro ainda em casa, quando arrumávamos as nossas malas. Durante a viagem rezamos o terço e oferecemos pelo Retiro e seus participantes. Éramos poucos, 24 casais, mas estávamos todos atentos à pregação do Pe. Tadeu que, iluminado pelo Espírito Santo, ia aos poucos envolvendo-nos no mistério do amor e dom de Deus. Com esta alegria e renovado entusiasmo do encontro pessoal com Jesus, pudemos constatar cada vez mais que a fé é dom de Deus e, ao sermos batizados, Ele CM 473

nos envolve em seu amor e nos permite chamá-lo de Pai. Fé e Esperança caminham sempre juntas, para colocarmos em prática a nossa vida de Caridade. Mas sabemos que precisamos cultivar a Palavra de Deus na escuta e na vivência, para que possamos fortalecer esse dom e, assim, Deus seja capaz de agir completamente em nossas vidas. No momento do Dever de Sentar-se pudemos refletir como esse momento foi importante para nós. Voltamos para casa agradecidos a Deus pelo Movimento das ENS, que nos proporcionou estes momentos de reflexão e crescimento espiritual e nos comprometemos de regar cada dia mais a nossa fé para transmiti-la em palavras e testemunhos. Fiquemos sempre atentos à Escuta da Palavra e à Meditação, assim poderemos ouvir o que Deus quer de nós e colocar a nossa disponibilidade em favor dos outros. Obrigado, Senhor, por tudo!  Maria de José Brito Eq.01A - N. S. da Paz Belo Jardim-PE 41


Pe. Caffarel

sOMOs respONsÁVeIs taMBÉM pela BeatIFICaçãO de pe. CaFFarel A edição número 12 (Janeiro de 2013), do Boletim dos Amigos do Pe Caffarel, publica trechos da intervenção do padre Paul-Dominique Marcovits, o.p., postulador da causa de beatificação do fundador das ENS durante o encontro internacional em Brasília 2012. Pe Marcovits nos lembrava que “tudo começou aqui, no Brasil”. Após discorrer sobre o andamento do longo processo da causa pela beatificação do Pe Caffarel e sobre a sua personalidade, o postulador anuncia que “pensamos que este inquérito diocesano estará concluído no fim deste ano de 2012. O conjunto do trabalho será entregue à Congregação para as Causas dos Santos, em Roma. Abrir-se-á então a segunda parte do caminho sob a responsabilidade de um novo postulador, o padre Angelo Paleri, franciscano conventual, postulador geral de sua Ordem e membro das Equipes de Nossa Senhora.” Mas o padre Marcovits alerta para que “compreendam que uma investigação para uma causa exige tempo e trabalho e que o mesmo se realiza segundo regras estritas. Mas, digo-vos tudo isto com a seguinte finalidade: o Pe Caffarel será beatificado se Deus quiser ... mas também se cada um de nós quiser! Se o pedirem ao Senhor! A Igreja reconhece então esta realidade”. 42

E o nosso papel? A nossa responsabilidade, como equipistas e brasileiros? O nosso compromisso com o Carisma fundador? Aí o postulador não deixa dúvidas, pois ele mesmo dá as dicas: “Em primeiro lugar, ler e meditar os escritos do Pe. Caffarel sobre o matrimônio e a oração. Conhecê-lo é amá-lo e entrar na sua escola. Em seguida, viver a graça do matrimônio, ajudados de forma particular pela Carta: o matrimônio é um caminho de santidade. A santidade da vossa vida manifestará também a santidade do Pe Caffarel que vos conduziu. Finalmente, rezar com frequência a oração que pede a canonização do Pe Caffarel. Pedir, pedir ao Senhor graças e um milagre, sinal da presença e da intercessão do Pe Caffarel por nós. Um milagre floresce sempre no meio de um povo que pede todas as graças.” Você já fez sua adesão à Associação dos Amigos do Pe Caffarel? Que tal a gente começar logo a seguir os conselhos do Pe. Marcovits? Como ele bem afirmou, “Não podemos guardar para nós tal tesouro. Falar do Pe. Henri Caffarel é evangelizar os homens e as mulheres que procuram a felicidade.”  Ruth Helena e Nicolau Eq.02A - N. S. Auxiliadora Natal-RN CM 473


Notícias

Lenice e Luiz

BODAS DE OURO Leonice e Geraldo

No dia 03.02.2013, integrantes da Eq.01- N. S. das Dores do Setor Limeira-SP, comemoraram 50 anos de Matrimônio, com uma Missa na Igreja São Sebastião celebrada pelo Pe. Felipe. Estiveram presentes filhos, netos, noras e genros e demais familiares. Que Deus continue derramando suas bênçãos sobre eles! Rita e Carlito

No dia 05.05.2013 o casal comemorou suas Bodas de Ouro, juntamente com os membros da Eq.01 N. S. das Graças. Foi uma bela Celebração Eucarística na Igreja Nosso Senhor do B o n f i m p re s i d i d a pelo Conselheiro Espiritual Frei Luis. Foi uma festa de várias gerações: filhos, genros, noras, e bisnetos. Parabéns e muitas felicidades ao casal! CM 473

No dia 12.01.2013, ao som do “Magnificat” e acompanhados de filhos e netos, participamos da procissão de entrada, na Missa que celebrou nossas Bodas de Ouro. Com familiares e amigos, os irmãos equipistas, e os Conselheiros Espirituais da nossa Eq.01 - N. S. das Graças e do Setor de Araraquara, Pe. Zulian e Pe. Afonso, respectivamente, celebramos a Ação de Graças pelos 50 anos de nosso Sacramento Matrimonial. Foram momentos emocionantes, importantes para a família e também para a comunidade. Anair e Eraldo

Da Eq.02F - N. S. Mãe de Jesus, em Porto Alegre-RS, celebrou juntamente com sua querida família, equipistas e amigos, os cinquenta anos de caminhada conjugal, no dia 17.11.2012. Foi uma linda festa preparada pelos familiares e irmãos do Movimento, que constou de uma Celebração Eucarística e de uma alegre recepção com a presença de um grande número de amigos e admiradores 43


deste querido casal. Todos os anos vividos neste feliz matrimônio foi uma seara de amor onde germinou a família e a disponibilidade ao Reino de Deus ao qual sempre serviram e deram testemunho. Na família, foram presenteados com quatro filhas, quatro genros e seis netos, aos quais dedicam toda a atenção e deles recebem amor incondicional num modelo de família que infelizmente hoje já não está tão comum se ver. Que Deus e Nossa Senhora continuem alimentando e fortalecendo este campo fértil onde o amor de Deus floresce.

JUBILEU DE OURO SACERDOTAL Frei Dalvino Munaretto

“Uma coisa peço ao Senhor e só esta eu procuro: Habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida”. (Sl 26,4) Natural de Suruvi, interior de Concórdia, Santa Catarina, no dia 01.10.2012 completou 80 anos de vida, dos quais, 50 anos dedicados ao sacerdócio, como religioso franciscano, completados no dia 15.12.2012. É Conselheiro Espiritual da Eq.03 - N. S. do Perpétuo Socorro e acompanhou também a equipe N. S. do Rocio (E. C. em 2011 e Pilotagem em 2012). Sua vida, seus ensinamentos, seu entusiasmo, sua contagiante ale44

gria, seu testemunho, representam muito para a vida de tantos, principalmente dos casais e familiares das equipes que acompanhou no Setor Campo Largo-PR. Que seu exemplo nos ensine ainda mais a rezar e viver, como o Seráfico Pai Francisco: “Senhor, fazei-me instrumento de Vossa Paz!” Toda vocação na Igreja está a serviço da santidade; todavia, algumas, como a vocação ao ministério ordenado o faz, é de modo todo singular. O sacerdote é hoje, o homem da Eucaristia, o homem da oração, que conjuga em modo indivisível, santidade e missão, e escuta uma vez mais, aquelas palavras da Sagrada Escritura: “Antes que te formasse no seio materno, te conhecia; antes que tu viesses à luz, te consagrei; te estabeleci profeta das nações”. Querido Frei Dalvino, em nome do Setor Campo Largo em especial das equipes de que foi Conselheiro Espiritual, queremos parabenizá-lo pela passagem de seu aniversário de 80 anos de vida e em especial pelo seu Jubileu de Ouro Sacerdotal, e muito obrigado por tudo! Que N. S. do Perpétuo Socorro o cubra com seu manto sagrado e que Deus derrame copiosas graças e bênçãos na sua vida, na sua vocação, na sua tão sublime missão. São os nossos mais sinceros votos, com todo o carinho, respeito e gratidão. Pe. Geraldo Maurício da Silva

Louvamos e agradecemos a Deus pelo Jubileu de Ouro Sacerdotal do Pe. Maurício, comemorado em 19.03.2013 com nossa equiCM 473


pe e toda comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Saúde em Rio Claro-SP, na qual ele é o Vigário paroquial. Ele é Padre Orionita e é Conselheiro Espiritual da Eq.02B - N. S. do Bom Conselho há 13 anos. Sua presença torna as reuniões mais produtivas. Leva-nos para águas mais profundas. Dedica a nossa equipe um carinho especial, valoriza a família, esclarece nossas dúvidas e nos mostra através de palavras e exemplos que acima de tudo o que importa é o amor. Parabéns, Pe. Maurício! Rogamos a Nossa Senhora que continue iluminando o seu caminho dando-lhe força na caminhada! Geraldo Dias

Festejamos com muita alegria, no dia 19.04.2013, o Jubileu Sacerdotal do nosso querido Conselheiro Espiritual da Eq.07A - N. S. de Guadalupe, em Belo Horizonte-MG. Que o bom Deus continue iluminando-o e protegendo-o!

ORDENAÇÃO DIACONAL Diácono Leandro Marcelino Santos (da Joyce) Pela imposiç ã o d a s mãos e prece consecratória de Dom Pedro Luiz Stringhini, a Diocese de Mogi das Cruzes passou a contar com mais 5 diáconos permanentes. Entre eles foi ordenado no dia 05.05.2013, Le-

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andro da Eq.11B - N. S. de Guadalupe em Mogi das Cruzes-SP.

VOLTA AO PAI Osvaldo (da Janira) No dia 07.03.2013 Integrava a Eq.43A - N. S. das Neves Brasília-DF Ademar (da Shirley) No dia 21.03.2013. Integrava a Eq. 02B - N. S. da Glória Porto Alegre-RS Zé (da Reizinha) No dia 21.03.2013 Integrava a Eq.08B - N. S. Rainha dos Apóstolos Salvador-BA João (da Helena) No dia 02.04.2013 Integrava a Eq.92 - N. S. Mãe de Deus Carlos Barbosa-RS Davilson (da Ana Paula) No dia 27.04.2013 Integrava a Eq.03H - N. S. Aparecida Sertãozinho-SP Amaury (da Welma) No dia 10.05.2013 Integrava a Eq.03 - N. S. de Fátima Caruaru-PE Glória (do Jésus) No dia 18.05.2013 Integrava a Eq.18C - N. S. Medianeira Rio de Janeiro-RJ Pe. Antônio Gomes de Azevedo No dia 22.05.2013 Era SCE da Eq.03B - N. S. Aparecida Parelhas-RN

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CNSE

“O aMOr MaIs FOrte Que a MOrte”

Um retorno às fontes é fator fundamental para que os ideais dos fundadores de Movimentos ou Congregações Religiosas sejam preservados no tempo como autênticas pedras preciosas. Desde a época da D. Nancy, que detinha um exemplar da edição em Português desse Livro, acalentávamos o sonho de vê-lo reeditado. Isso se tornou realidade em Abril/13, graças a uma gentileza da Equipe da Super-Região Brasil das ENS, que custeou a edição de 5.000 exemplares e a destinou ao Movimento “Comunidades Nossa Senhora da Esperança”. Não se trata propriamente de uma republicação, e sim de uma publicação baseada na edição original, reunindo uma rica coletânea de reflexões do Pe. Caffarel e Pe. Carré sobre o estado de vida das viúvas, que serviu de base para tudo que existe sobre esse assunto no seio da nossa Igreja. Há de se ressaltar que o Papa Pio XII fez uma belíssima alocução quando de uma peregrinação de pessoas 46

viúvas a Roma, em 19/09/1957, num Congresso promovido pela “União Internacional de Organismos Familiares” (ligado ao Movimento Familiar Cristão), que tinha por tema “as crianças órfãs de pai”. Essa alocução ratificou tudo que o Pe. Caffarel, bem como o Pe. Carré, haviam escrito sobre a espiritualidade e a teologia da viuvez. O livro ora editado traz a lume não uma consolação piedosa, muitas vezes vazia e desprovida de sentido, mas sim noções importantes do mistério da morte, sem a frieza dos crepes ou dos lutos ainda existentes em nosso meio devocional cristão/católico. Trata-se de um verdadeiro itinerário de exercitação da nossa fé, não só para as pessoas viúvas, mas sim para os casais em geral, especialmente aos pertencentes às Equipes de Nossa Senhora, pois a morte, como diz São Paulo, passa a ser, para quem fica, sob o ponto de vista da fé, um “caminho de vida e de santidade”. Interessante é destacar que no Brasil, no dia 13/09/1958, foi fundada em São Paulo uma Associação Católica de Viúvas, que já se ressentia de uma espiritualidade própria para o seu estado de vida. Mais tarde (1963) essa Associação engajouse no Movimento Familiar Cristão e recebeu o nome de “equipes de Naim”. Foi iniciativa dessa Entidade, em 1972, de traduzir e editar CM 473


Um livro muito simples e de fácil leitura, que se junta à valiosa e vastíssima biblioteca da nossa doutrina, que sabemos ser uma das mais importantes de que se tem conhecimento.

em Português o Livro O Amor Mais Forte que a Morte, que não se encontra mais no mercado editorial brasileiro. A entidade também não mais existe. As reflexões contidas nesse Livro mostram, sob o ponto de vista teológico e espiritual, que a dor da separação do cônjuge, é reconfortada com a Graça de Deus, que nos dá, a cada nova manhã, a provisão de força para todo o dia. São do Pe. Caffarel essas palavras: “que seu pensamento e seu coração não se fixem demais num pesar obcecante e estéril. Reúnamse novamente no presente àquele que vocês continuam a amar e que também vos ama. Não antecipem o amanhã. Vivam cada novo dia CM 473

com a alegria do Cristo ressuscitado, presente em seu coração”. Eis, pois, um livro muito simples e de fácil leitura, que se junta à valiosa e vastíssima biblioteca da nossa doutrina, que sabemos ser uma das mais importantes de que se tem conhecimento. Estamos à inteira disposição dos equipistas que quiserem adquirir um exemplar dessa obra (enviar solicitação para cnse @ cnse.org.br) que, no nosso modo de ver, deveria ser conhecida por todos os nossos amigos e irmãos de caminhada.  Cleide e Valentim Eq.05A - N. S. da Santa Cruz São Paulo-SP Visite nosso site www.cnse.org.br 47


Reflexão

partIr . . . CaMINHar . . . Partir é, antes de tudo, sair de si. Romper a crosta de egoísmo que tende a aprisionar-nos no próprio eu. Partir é não rodar, permanentemente, em torno de si, numa atitude de quem, na prática, se constitui centro do mundo e da vida. Partir é não rodar apenas em volta dos problemas das instituições a que pertence. Por mais importantes que elas sejam, maior é a humanidade a quem nos cabe servir. Partir, mais do que devorar estradas, cruzar mares ou atingir velocidades supersônicas, é abrir-se aos outros, descobri-los, ir-lhes ao encontro. Abrir-se às ideias, inclusive contrárias às próprias, demonstra fôlego de bom caminheiro. Feliz de quem entende e vive este pensamento: “Se discordas de mim, tu me enriqueces”. Ter ao próprio lado quem só sabe dizer amém, quem concorda sempre, de antemão e incondicionalmente, não é ter um companheiro, mas sim uma sombra de si mesmo. Desde que a discordância não seja sistemática e proposital, que seja fruto de visão diferente, a partir de ângulos novos, importa de fato em enriquecimento. É possível caminhar sozinho. Mas o bom viajante sabe que a grande caminhada é a vida e esta supõe companheiros. Companheiro, etimologicamente, é quem come o mesmo pão. 48

O bom caminheiro preocupa-se com os companheiros desencorajados, sem ânimo, sem esperança, advinha o instante em que se acham a um palmo do desespero. Apanha-os onde se encontram. Deixa que desabafem e, com inteligência, com habilidade, sobretudo, com amor, leva-os a recobrar o ânimo e volta a ter gosto na caminhada. Marchar por marchar não é ainda verdadeiramente caminhar. Para as minorias Abraâmicas, par tir, caminhar significa mover-se e ajudar muitos outros a moverem-se no sentido de tudo fazer por um mundo mais justo e mais humano.  D. Hélder Câmara Foi Arcebispo de Olinda e Recife (Publicado na Lettre des Equipes NottreDame – Edição mai-ago 2013) CM 473


Meditando em Equipe Quatro de agosto tornou-se dia do padre por ser dia de São João Maria Vianey – o humilde sacerdote que foi proclamado “patrono dos vigários”. O Santo Cura D’Ars, como é conhecido, tinha tudo para não ser padre, nem patrono dos padres e, menos ainda, para apadrinhar o dia do padre. Por escassez de inteligência, fora-lhe negada entrada tanto no seminário como numa congregação religiosa. No entanto, graças à bondade e à paciência do seu pároco, João conseguiu ser ordenado, após anos e anos de infinito esforço. E deu no que deu: tornou-se modelo de santidade e de serviço pastoral para toda a Igreja! “O que no mundo é vil e desprezado, o que não é, Deus escolheu para reduzir a nada o que é, a fim de que nenhuma criatura possa vangloriar-se diante de Deus” (ICor 1,28-29).

Escuta da Palavra em ICor 1,17-31 Sugestões para a meditação: 1. Anote quantas vezes aparece neste texto o vocábulo sabedoria. 2. Para Paulo, qual a diferença entre sabedoria de Deus e sabedoria do mundo? 3. Justifique o receio de Paulo de “tornar-se inútil à cruz de Cristo” (v. 17; cf. I Cor 2, 4-5). 4. Explore esta expressão de Paulo: “Cristo é sabedoria de Deus” (vv. 24 e 30). Frei Geraldo de Araujo Lima, O.Carm.

Oração Litúrgica “Aos presbíteros que estão entre vós, exorto eu, que sou presbítero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo e participante da glória que há de ser revelada. Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado, cuidando dele, não por coação, mas de livre vontade, como Deus o quer, nem por torpe ganância, mas por devoção, nem como senhores daqueles que vos couberam por sorte, mas, antes, como modelos do rebanho. Assim, quando aparecer o supremo pastor, recebereis a coroa imarcescível da glória... Humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus, para que na ocasião própria ele vos exalte. Lançai nele toda a vossa preocupação, porque é ele que cuida de vós... “Saudai-vos uns aos outros com o ósculo da caridade. A paz esteja com todos vós, que estais em Cristo” (I Pd 5, 1-4. 6-7. 14).


Equipes de Nossa Senhora

Movimento de espiritualidade Conjugal R. Luís Coelho, 308 • 5º andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (0xx11) 3256.1212 • Fax: (0xx11) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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