ENS - Carta Mensal - 467 - Novembro/2012

Page 1

Ano LII • nov 2012 • nº 467

C A R TA Equipes de Nossa Senhora

CORREIO DA ERI O dia seguinte pp. 7, 8

VIDA NO MOVIMENTO Colegiado Nacional 2012 pp. 15-29

Mensal

FORMAÇÃO Balanço pp. 13,14


CARTA MENSAL nº 467 • nov 2012 Eq u i p e s d e N o s s a S e n h o r a

EDItORIAl Da Carta Mensal ................................... 01 SUPER-REgIÃO Sinodo dos bispos ............................... 02 Uma comunidade de amor ................... 03 A missão das Equipes ................................ 04 CORREIO DA ERI Palavra do SCE da ERI .......................... 06 O dia seguinte ....................................... 07 Ecos do XI Encontro Internacional ............ 09 IgREjA CAtÓlICA todos os Santos ..................................... 11 MARIA Maria modelo da Igreja .......................... 12 FORMAÇÃO Ortotanasia! um verdadeiro testamento vital ..................................... 13 Balanço ................................................. 14 VIDA NO MOVIMENtO Colegiado Nacional 2012........................ 15 I Encontro de Eq. Novas da Província Sul I ...................................... 30

ENCARTE Carta de Brasília da Equipe Responsável Internacional

RAÍZES DO MOVIMENtO A grande exigência ............................... 31 tEStEMUNHO O mesmo Cordeiro em todo o mundo.... 32 Por que jesus chama? .......................... 33 Ser equipista no início do matrimônio .................................... 34 Amor e rotina ....................................... 35 PE. CAFFAREl Caffarel intimista, um depoimento ........ 37 NOtÍCIAS ........................................... 39 REFlEXÃO O enterro da Igreja ............................... 42 EjNS Encontro Nacional das EjNS ................. 43

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Cida e Raimundo N. Araújo - Equipe Editorial: Responsáveis: Zezinha e jailson Barbosa - Cons. Espiritual: Frei geraldo de Araújo lima O. Carm - Membros: Fatima e joel - glasfira e Resende - Paula e genildo - Zélia e justino - Jornalista Responsável: Vanderlei testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos Diagramação: Samuel lincon Silvério - Impressão: Pancrom - tiragem desta Edição: 23.000 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Rua luís Coelho, 308 Cj. 53 11º andar - 01309-902 São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Zezinha e jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


Novembro, mês de balanço nas nossas equipes. Tempo de voltar o olhar para dentro de nós mesmos com humildade e esperança: humildade para descermos até o fundo de nossos corações e rever a caminhada, os esforços, as quedas, as fraquezas e omissões; esperança para recomeçarmos, para renovar nossa fé e confiança n’Aquele que nos criou sem nós, mas que não nos salvará sem nós. Este ano do XI Encontro Internacional em nossa Pátria, muito nos foi dado e certamente muito nos será pedido... é preciso pois, estarmos fortalecidos e preparados para irmos e também fazer o mesmo como o Bom Samaritano. Ainda ressoa em nós tudo que vivemos também no Colegiado Nacional, onde nos foram apresentadas as Orientações para 2013, (p.23 desta edição) que seguirão num desdobrar-se nos Encontros Provinciais e em seguida nos EACREs, dando-nos uma direção segura para nossa caminhada cristã e equipista. Trazemos para vocês, um resumo do que foi o Colegiado Nacional, donde saímos abastecidos para planejarmos nossa caminhada no ano que vem. Procuramos registrar o máximo que o espaço nos permitiu para dividir com vocês tudo que lá vivemos. Em seu artigo “Uma comunidade de amor”, Cida e Raimundo com muito entusiasmo nos inse-

rem no espírito de responsabilidade e amor que deve permear nossos Setores e lembram vários trechos do documento “OCRS”, que por inspiração do Espírito Santo foram escritos. Lucita e Marialvo nos brindam com um belo texto sobre A Missão das Equipes. Referindo o texto do Bom Samaritano, contam-nos um belo testemunho que nos dá bem a dimensão da nossa missão: “Vai, e também tu, faze o mesmo”! Em suas palavras, Pe. José Jacinto, novo SCE da ERI, atesta que de acordo com os testemunhos, o grande segredo das ENS se encontra na vivência dos PCE, e, particularmente na Oração Conjugal e no Dever de Sentar-se, e, convida-nos a sermos fiéis a estes pontos que são os grandes fortalecedores da Espiritualidade Conjugal. O novo Casal Responsável da ERI, Tó e Zé do seu jeito convidam-nos a descer do Tabor (XI EI): “... a festa não pode esbater o resto. Com responsabilidade temos de nos ocupar do Dia Seguinte. Mais do que discursos teóricos e vazios, a sociedade plural em que vivemos, precisa do nosso testemunho de casais cristãos que caminham para a santidade”. Nosso Encarte traz a “Carta de Brasília”, para que ela seja um norte na nossa caminhada dos próximos seis anos e possamos com coragem “Ousar o Evangelho”!  Zezinha e Jailson CR Equipe da Carta Mensal

Tema: “ Vai, e também tu, faze o mesmo” (Lc 10,37) CM 467

1

Editorial

Queridos irmãos


Super-Região

SÍNODO DOS BISPOS Aconteceu do dia 07 ao dia 28 de outubro de 2012 a 13ª Assembleia Geral ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano. O Sínodo teve como tema “Nova Evangelização para transmissão da fé Cristã”. A Assembleia Sinodal dos Bispos, convocada pelo Papa, pode ser definida em termos gerais como uma assembleia consultiva de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo. O Sínodo dos Bispos aconteceu no momento em que se comemora 50 anos da convocação do Concílio Vaticano II, os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica e a necessidade de um novo sopro de fé na Igreja. Durante o Sínodo, foi celebrada a abertura do Ano da Fé. “A fé implica um testemunho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este «estar com Ele» introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um ato da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita” (Porta Fidei, 10). A assembleia sinodal foi marcada pela diversidade de temas e preocupações apresentadas, da secularização e relativismo na sociedade à imagem que as mídias transmitem da Igreja, passando por questões ligadas à liturgia e sacramentos, formação do clero, organização territorial, imigração, família, arte, cultura, direitos humanos, entre outros. A Igreja é chamada a estar em estado permanente de missão. Testemunhar a fé diante do indiferentismo religioso é funda2

mental para a ação evangelizadora e os movimentos da Igreja tem papel relevante nessa missão. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora é um espaço privilegiado para a ação evangelizadora e o testemunho da fé. Essa ação e esse testemunho compreendem um compromisso eclesial de cada equipista na sua comunidade paroquial e nas várias ações e iniciativas da Igreja local. É lamentável constatar que muitos equipistas resumem sua vida eclesial em participar apenas das reuniões e de outros encontros das suas equipes. O Movimento trabalha especificamente a espiritualidade conjugal e a busca da santidade, a partir desta. Porém numa atitude generosa e coerente de agradecimento a Deus por nos proporcionar um movimento que busca a santificação do casal e consequentemente do lar, somos chamados a sair dos nossos lares e assumirmos o protagonismo da ação evangelizadora da Igreja, como verdadeiros discípulos missionários; isso deveria acontecer como algo óbvio e natural. Por outro lado, também constatamos que o compromisso com movimentos e pastorais da Igreja, por parte da maioria dos equipistas tem aumentado cada vez mais e que normalmente o trabalho que assumem o exercem com grande amor e eficácia. Ousemos, pois, o Evangelho. Um abraço com carinho. No coração de Jesus,  Pe. Miguel Batista, SCJ SCE Super-Região CM 467


UMA COMUNIDADE DE AMOR Queridos irmãos: Estudando “mais uma vez” o documento “O Casal Responsável de Setor” (CRS), em vista de nossa participação na formação específica para essa missão, dirigida a casais das Regiões PE I e II, sentimos o impulso de partilhar com vocês a relevância e necessidade desse nível de responsabilidade nas ENS. Imaginemos um majestoso prédio de muitos andares: apesar de a beleza ser um requisito a ser considerado, não é ela, porém, que garantirá a estabilidade do edifício. Se os responsáveis pela sua construção não tiveram o cuidado com a qualidade do alicerce, não demorará a ruir. Houve a preocupação com sua imagem, mas não com a sua base, o sustentáculo. Ousando trazer esta imagem para as Equipes, gostaríamos que refletissem conosco quanto é essencial conhecermos como funciona o “Setor” na estrutura do Movimento: • O Setor é o coração da organização e da animação do Movimento (Guia das ENS, p.7). • Sem o Setor, nenhuma vida flui aos membros da Equipe (Idem). • A responsabilidade assumida em um Setor é de ordem humana e espiritual (Idem, 51). • Trata-se da comunidade mais importante para a vida das equipes (Responsabilidade nas ENS, p.20). A fecundidade das ENS passa necessariamente pelos Setores. É este o primeiro nível de inserção da equipe, garantindo seu vigor, mediante o papel do CRS, “encarregado de fazer CM 467

circular a vida do Movimento nas equipes do Setor”. Para os CRS se dirigem todas as notícias, e deles saem para as Equipes de Base. É preciso cuidar do alicerce das ENS, por isso devem ser bem alimentadas, em relação ao conhecimento do Movimento (carisma, mística, pedagogia...) e à prática da espiritualidade conjugal. Há muito para conhecermos e sabermos sobre esse nível de responsabilidade nas ENS. Em virtude de sua importância para a vitalidade do Movimento, propomos que estudemos os documentos que tratam do assunto (tarefa obrigatória para os CRS) e, juntos, tornemos nossos Setores fortes, como pedia Pe. Caffarel, entendendo que, “frequentemente, no mundo, o termo ´responsabilidade` é sinônimo de força e poder. Cristo, porém, mostrou-nos uma maneira diferente de exercer nossa responsabilidade nas ENS, colocando-nos a serviço de nossos irmãos e irmãs”(O CRS,41). Sempre unidos em oração,  Cida e Raimundo CR Super-Região 3


A MISSÃO DAS EQUIPES No Guia das Equipes de Nossa Senhora encontramos a definição da missão das ENS: ajudar os casais a viverem plenamente seu sacramento do Matrimônio. Mas, em outras palavras, como podemos entender esta missão? Ao receber o sacramento do Matrimônio, assumimos a missão de casal cristão na Igreja e no mundo. É uma missão permanente que devemos exercê-la até chegarmos à glória de Deus. Por sua vez, as ENS nos auxiliam nesta peregrinação. Na verdade, o Movimento nos oferece meios para ajudar a nossa conversão e espera que, através de nossas atitudes, possamos mostrar ao mundo a riqueza do sacramento do Matrimônio. Quando o amor conjugal está presente no Matrimônio, esta união se deixa levar por um sentimento “altruísta”, sente-se a necessidade fraterna de servir, de ajudar, de se solidarizar com outros irmãos. Este deve ser o nosso maior desafio: tornarmo-nos cada dia mais fortes para fazermos algum progresso no bem. Neste sentido, Pe. Caffarel faz a seguinte afirmação: “Se as Equipes de Nossa Senhora não são um viveiro de homens e de mulheres prontos a assumir, corajosamente, todas as responsabilidades na Igreja e no mundo, elas perdem sua razão de ser”. Portanto, no Movimento fortalecemos a nossa fé, a nossa conjugalidade, o nosso sentimento de partilha, de justiça, de solidariedade e fraternidade para colocarmos em prática no nosso dia a dia. Na verdade, isto é uma das prioridades do Movimento: 4

a presença no mundo. Durante este ano, tivemos a oportunidade de saborear a parábola do Bom Samaritano, através do Tema de Estudo e no XI Encontro Internacional realizado em Brasília. Nesta parábola pudemos refletir sobre o verdadeiro sentido da compaixão e quem é o nosso próximo. Jesus nos ensina, com muita propriedade, qual é a nossa missão: “Vai, e também tu, faze o mesmo”. Jesus habita nos necessitados. Portanto, tudo o que fazemos aos necessitados é a Ele que fazemos, tudo o que deixamos de fazer é a Ele que deixamos de fazer. Durante a nossa vida, poderemos nos encaixar em cada personagem desta parábola, mas esta reflexão nos lembrou um fato que aconteceu com um casal amigo, Helena e Mário, ela estudante e ele engenheiro. Helena estava grávida do primeiro filho e estudava à noite na Universidade Federal em João Pessoa. Toda noite, Mário ia levá-la para faculdade e depois ia buscá-la. Em uma certa noite chuvosa, quando CM 467


Mário retornava da universidade para aguardar o término da aula de Helena em casa, se deparou com um acidente automobilístico. Na verdade, tinha apenas um veículo porque o outro “fugira” do local do acidente. Não tinha mais ninguém no local, apenas alguns veículos que passavam e olhavam, mas não paravam. Mário parou o seu carro e se dirigiu ao veículo acidentado. Encontrou duas jovens garotas chorando, com os rostos totalmente embebidos de sangue porque o para­-brisa tinha quebrado com o choque de suas cabeças, inclusive, em uma delas tinha um verdadeiro escalpo. Elas estavam imóveis e pedindo ajuda. Mário, nervoso porque tem pavor a sangue, colocou as duas garotas em seu carro e levou-as ao hospital. Por coincidência o hospital chama-se “Hospital Samaritano”. Ao chegar no hospital, chamou o serviço de urgência, conversou com os médicos e apelou calorosamente que salvassem as meninas. Quando chegou a hora de buscar Helena, falou com o médico plantonista que precisaria se ausentar para pegar sua esposa na universidade, mas retornaria em seguida. Ao retornar com Helena, o médico plantonista disse que eles poderiam se despreocupar porque os pais das garotas já estavam no hospital dando o devido apoio. Eles agradeceram ao médico e foram para casa. Nove anos se passaram e Helena e Mário foram convidados para participar de uma Experiência Comunitária com outros casais que não conheciam. Um ano depois, com a conclusão da EC, eles entraram no Movimento. Após cinco anos, em uma reuCM 467

nião da equipe na casa de Helena e Mário, o casal Maria e Antônio partilhou que rezava sempre em intenção de um engenheiro que socorreu a sua filha única em um acidente automobilístico uns 15 anos atrás, mas que não sabia o seu nome. Ressaltou que o pai da amiga que estava com sua filha no carro no momento do acidente, passou por elas, mas não as reconheceu e não parou para socorrê-las. Neste instante, Helena e Mário lembraram-se do fato ocorrido e partilharam sua participação efetiva no socorro às duas garotas. Foram momentos de fortes emoções. Este fato é verídico e pode ser apenas uma mera coincidência, mas nos deixa vigilantes para ficarmos atentos e disponíveis ao próximo que Jesus nos envia. Podemos melhorar o nosso entendimento sobre a missão das equipes e consequentemente a missão do casal cristão refletindo este versículo da Carta de São Tiago: Assim também a fé, se não se traduz em obras, por si só está morta (Tg 2,17). Portanto, é necessário sairmos do nosso conforto, trabalhar pela dignidade do ser humano, ajudar a construir uma sociedade fundamentada na verdade e na justiça e vivificada pelo amor de Deus, levando às pessoas alegria e esperança. Enfim, convidamos todos equipistas para aderirem ao tema do XI Encontro Internacional: “Ousar o Evangelho”. “Ousar o evangelho é ir além do programado! Ousar o evangelho é acolher o inesperado!  Fraterno abraço Lucita e Marialvo Casal Secretaria/Tesouraria 5


Correio da ERI

Caríssimos Casais de Nossa Senhora O Encontro Internacional realizado recentemente em Brasília foi um momento de graça, pois mostrou a enorme vitalidade do nosso Movimento, que não é uma grandeza fechada em si mesma, mas uma parte integrante da Igreja, movida pela força do Espírito Santo para anunciar o Evangelho hoje a todos os homens e indicar-lhes o caminho da salvação, da qual a Igreja é “como um sinal ou sacramento” (LG 1). Um dado constante nos testemunhos mostrou que o segredo das Equipes de Casais se encontra no cumprimento dos Pontos Concretos de Esforço, e muito particularmente, a Oração conjugal e o Dever de Sentar-se. Por isso, convido todos os casais para que sejam fiéis a estes dois pontos de esforço, que são o segredo da espiritualidade conjugal. Os casais cristãos, unidos pelo sacramento do Matrimônio, são uma imagem viva de Cristo e da Igreja, realizam o grande mistério de que fala São Paulo (Ef 5,32). Num mundo dividido como o nosso, é missão dos casais cristãos serem sinal de que é possível viver o amor fiel, fecundo e indissolúvel, desde que sejam fiéis e estejam disponíveis para receberem e viverem a graça do sacramento do Matrimônio. O que distingue e marca a diferença dos casais cristãos é precisamente isto: os esposos cristãos são dois discípulos, um homem e uma mulher, que vivem o seu amor no Senhor 6

(1Cor 7,39). Não é isto que se pretende com o Dever de Sentar-se, quando o casal reflete sobre a sua vida na presença do Senhor? O Santo Padre Bento XVI declarou este ano o Ano da fé, de Outubro de 2012 a Novembro de 2013. Bento XVI está perfeitamente consciente de que a crise atual na Igreja e no mundo é essencialmente uma crise de fé, sob todos os pontos de vista em que consideremos a questão, tanto do ponto de vista das relações humanas como do ponto de vista teológico e cristão. De fato, a fé, como ato, pressupõe a confiança e o amor, pois só acreditamos naqueles nos quais confiamos e só confiamos naqueles que merecem a nossa amizade e o nosso amor. Na Carta Apostólica «Porta da fé», Bento XVI convida toda a Igreja e cada um de nós, mesmo como Movimento, a refletir sobre a fé, como conteúdo, ou seja, as verdades nas quais acreditamos e que são objeto da fé e como ato, ou seja, como adesão, como assentimento cordial à Palavra de Deus e ao seu mistério que nos é anunciado na Igreja. Para tudo isto, é muito importante o Concílio Vaticano II, cujo cinquentenário do seu início acabamos de celebrar, e o Catecismo da Igreja Católica, publicado há 20 anos, enquanto instrumentos fundamentais para a compreensão da fé, nas duas dimensões referidas. Ora, aqui está um programa para o nosso Movimento, que quer caminhar ao ritmo do sentire cum CM 467


Ecclesia. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora deverá ser sempre mais uma expressão viva da fé tão necessária e urgente hoje, pelas razões que o Papa enuncia em Porta da Fé e que todos nós reconhecemos na nossa vida e no nosso mundo atual. Mas, segundo o Espírito do Evangelho, que devemos ousar viver, o nosso Movimento e cada uma das Equipes deve estar no mundo, mas não ser do mundo (Jo 17,16). Bento XVI convida expressamente os Movimentos a preverem um momento, uma data precisa na qual possam professar a fé em comunhão com toda a Igreja. Por isso convido os Casais

Responsáveis e os Conselheiros Espirituais a estarem especialmente atentos a este desejo do Papa, de tal modo que seja possível realizá-lo em todos os níveis do nosso Movimento. Que a Virgem Maria, a padroeira do nosso Movimento, abençoe e proteja as nossas atividades e projetos e nos conduza ao seu Filho, ensinando-nos a fazer tudo o que Ele nos disser (Jo 2,5). Saúdo-vos a todos com amizade no Senhor.  Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scj Conselheiro Espiritual da ERI

o dia seguinte Acabamos de celebrar o XI Encontro Internacional das ENS em Brasília, o primeiro a ser realizado fora da Europa, numa vivência do espírito de internacionalidade do nosso Movimento. Jamais esqueceremos como o estádio Nilson Nelson, local onde decorreram as cerimônias do Encontro, era inundado todas as manhãs por milhares de vozes cantando “Ousar o Evangelho”. Depois, seguiam-se os cânticos ao Espírito Santo, pedindo-Lhe que nos ajudasse nesta ousadia de irmos e fazermos o mesmo. Já foram várias as vezes que nos juntamos para celebrar. Com tonalidades diferentes, com ideias diversas de acordo com o espírito do tempo, mas sempre com a alegria de pertencermos a um MoviCM 467

mento que cresce cada vez mais na internacionalidade e na vitalidade da fidelidade ao seu Carisma. Comemora-se para criar ou reforçar a unidade. Comemora-se para afirmar a continuidade. Comemora-se para utilizar a História a favor do presente e poder dar continuidade ao que nos 7


foi legado no passado. Comemora-se para passado e presente fazerem parte do Dia Seguinte. Por isso a festa não pode esbater o resto. Com responsabilidade temos de nos ocupar do Dia Seguinte. Não é possível passar ao dia de hoje sem olharmos para nós próprios. Façamo-lo com humildade e simplicidade para sabermos o que fizemos de bem ou de menos bem e podermos dar às novas gerações o melhor que liga o passado com o futuro. Todas as transformações que aconteceram são motivo de regozijo, mas não nos iludamos, temos de discernir o que ainda precisa de mudança. A urgência do hoje obriga-nos a tratar do que é nosso, sem esperar que sejam outros a fazê-lo. Mais do que discursos teóricos e vazios, a sociedade plural em que vivemos precisa do nosso testemunho de casais cristãos que caminham para a santidade. A missão que nos foi confiada será sustentada pelo sacramento do Matrimônio, sacramento que nos fornece a força e a luz para mostrarmos com ousadia ao Mundo que nós, casais das ENS, faremos com o nosso testemunho um convite à mudança e à esperança . Temos de redescobrir o fundamento da esperança para poder dá-la aos outros. “A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar”. E porque hoje é o… Dia Seguinte, é o dia do despertar, e despertar 8

é descobrir o caminho que devemos seguir para irmos ao encontro do Senhor. Em Brasília, escutamos uma parábola muito forte, que nos interpelou e talvez nos tenha mudado o sentido da vida. Fomos convidados a fazer a viagem mais radical da nossa vida, virando-a do avesso. Cabe a cada casal, consciente das suas dificuldades, seguir firme no Caminho que encetou, deixando a marca da aliança que fez com o Senhor. O caminho que escolhermos levar-nos-á não apenas de Jerusalém a Jericó, mas ao reino onde descobriremos quem somos… “A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com ELE”. Cada casal tomou no dia do seu casamento a opção mais importante e a mais profunda da sua vida para seguir o plano de Deus. Não tenhamos medo da viagem. Deus está conosco, misericordioso e fiel à sua promessa… Com Ele seremos fortes e por Ele seremos fiéis… Ir e fazer o mesmo é o convite a construir uma sociedade que ainda não existe e fazer a viagem é libertar-nos desta identidade amorfa. Sempre que o cansaço chegar, saibamos beber a água que nos vai retemperar as forças e matar a sede. “Vós recebereis a força do alto, quando o Espírito Santo descer sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém , em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”. (Atos 1,8) Abraçamo-vos a todos, confiantes de que seremos companheiros da mesma viagem!  Tó e Zé CR ERI CM 467


ECOS DO XI ENCONtRO INtERNACIONAl FOI FANTÁSTICO!!! Tudo excepcionalmente bem preparado e organizado. Com certeza, realizado com sucesso, de 21 a 26 de julho de 2012. Enquanto a Equipe Responsável pela organização do Encontro Internacional trabalhava na organização do XI EI, nós, Lourdes e Antonio, casal equipista de Nossa Senhora, sonhávamos em receber um presente de Deus: participar desse Encontro. Recebemos o presente! E chegamos em Brasília às 18:30 horas do dia 21 de julho; iniciava o Encontro. Grande era a nossa expectativa! Como seria o tão sonhado Encontro? Por termos acompanhado a preparação através da carta mensal e inúmeros e-mails, sabíamos que tudo estava sendo cuidadosamente organizado. Portanto, no decorrer dos cinco dias, até o seu término, concluímos que esse maravilhoso Encontro superou todas as nossas expectativas, que não eram poucas: Conferências, Testemunhos, CM 467

Palestras, Celebrações Eucarísticas, as Equipes Mistas, o Ato Público, Transportes, acolhimento, os locais (espaços) escolhidos, a equipe de apoio, enfim, tudo muito bem sincronizado. O mais importante foi o que recebemos no decorrer daqueles cinco dias. Com certeza, saímos com uma imensa bagagem de conhecimentos além-fronteiras, para aplicarmos em nossa equipe de base e a quem mais se fizer necessário. A escolha do Tema do Encontro, não podia ter sido melhor, “Ousar o Evangelho”! Que é Ousar o Evangelho? É nos colocarmos sob o olhar de nosso Deus. É estarmos em comunhão com Jesus. É receber a força do Espírito Santo. Foi isso que aconteceu nesse Encontro. O clima mostrava em todo momento que o Espírito Santo estava presente. Sentíamos isso até nos jantares no hotel. “Vai, e também tu, faze o mesmo”! Gostaríamos de destacar e parabenizar os voluntários equipis9


tas da equipe de trabalho e apoio; aonde chegávamos, em qualquer local, a qualquer hora, a começar pelo Aeroporto, lá estavam eles, alegres e sorridentes, saudando cada participante, sem demonstrar cansaço e sempre bem-humorados, transmitindo a cada um que lá estava, longe dos seus, a vontade e o entusiasmo para prosseguir. Muitos deles não participaram do encontro na sua íntegra. Foram verdadeiros anjos da guarda dos que lá estavam. Com duas palavras apenas, definimos tudo sobre o encontro, para cada item descrito a seguir: FOI LOUVÁVEL! LOUVÁVEL - Louvar a Deus acima de tudo com entusiasmo, amor e dedicação. INTERESSANTE - Por conseguir reunir equipistas, quase que do mundo inteiro e fazer aquela integração. MAGNÍFICO - Por transmitir nas diversas línguas, como em Pentecostes, o entendimento das conferências, testemunhos, palestras, etc. BELO - A beleza transparecia no palco concluído no evento da abertura do dia 21 de julho; A imagem de nossa Senhora Aparecida lá no barco olhando a todos com um olhar envolvente de Mãe. Nas cores usadas para distinguir as ilhas e países, nas idas e vindas, os casais de apoio com suas bandeirolas coloridas e sorriso nos lábios, fazendo entender a todos, o caminho a seguir. PONTUAL - Toda a programação foi realizada com eficiência, e sucesso dentro dos horários previstos. SIMPÁTICO - No semblante de 10

cada participante, oriundos de diversos lugares do planeta, dos casais indicadores com suas jaquetas amarelas, dos conferencistas, palestrantes e sacerdotes, todos imbuídos de um só ideal: Sucesso na realização do XI Encontro Internacional em Brasília, o primeiro realizado fora da Europa. AMÁVEL - A amabilidade existente nos participantes facilitava a relação entre eles; nas filas dos ônibus, do almoço e até nos banheiros. SOLIDÁRIO - Onde víamos um participante que tinha uma pequena deficiência, a regra era dar a vez a outro que tivesse uma deficiência maior. CUIDADOSO - Um Departamento Médico disponível e atuante para atender aos participantes, com possíveis problemas de saúde. FELIZ – Percebia-se no semblante de todos os presentes, a felicidade de poder estar ali. GRANDE - Pelo número de participantes de quase todos os países do mundo. SURPREENDENTE – Por tudo o que relatamos neste artigo realmente surpreendeu a todos que participaram de um Encontro de tão grande porte. Se tivéssemos que dar nota, daríamos 10 com louvor. Parabéns a toda Equipe de Coordenação desse Fantástico Encontro! E que Deus abençoe a todos. Vamos à Aparecida em 2015, se Deus assim, nos permitir!  Lourdes e Antonio Eq.06 - N. S. do Perpétuo Socorro Olinda-PE CM 467


Ser Santo é permitir que Deus reine em nós. Ser Santo é estar próximo da perfeição. É o próprio Jesus que exorta a imitarmos a Santidade de Deus; “Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5.48). Em novembro, concluímos o ano litúrgico com a grande solenidade de todos os Santos e de Jesus Cristo, Rei do universo. A liturgia de todos os Santos indica que somos eleitos para o céu, estamos a caminho da Pátria definitiva, a Jerusalém Celeste, onde nos encontraremos diante do trono e do cordeiro. Os Santos apresentados oficialmente pela Igreja servem-nos de modelo, de exemplo, de intercessão, de motivação, eles e elas nos asseguram que com a Graça de Deus é possível chegar lá. Os Bem-Aventurados, os Santos e Santas, não são um “Pequeno Resto”, mas, sim, uma multidão imensa de todas as raças, nações, línguas e povos, são aqueles que lavaram e branquearam suas vestes no sangue do cordeiro e estão em íntima comunhão com Jesus Cristo, o filho de Deus (Ap.7,13-17). Ter o ideal de Santidade não significa fuga do mundo, ou se esconder dos grandes problemas econômicos, sociais, políticos..., não é também fuga do mundo material para se viver uma realidade puramente espiritual. Santidade se conquista nesta terra, com todas as dificuldades desta vida. Ser Santo é sinônimo de luta. E nunca desistir. Somos vocacionados à Santidade como pessoas que levam uma vida normal: vestimos roupas normais, casamos, temos filhos, conviCM 467

vemos numa sociedade com toda sua problemática vigente, trabalhamos, nos divertimos, nos alegramos, nos angustiamos..., mas, buscamos dar testemunho da Fé, numa vida pautada pelo amor e fidelidade a Cristo. Ser Santo é ter o ardente desejo de construir uma nova sociedade, é se tornar discípulo do reino. Ser Santo é romper com o mundo egoísta da busca de si mesmo; é o converter-se à pobreza evangélica, é renúncia à cobiça e o desapego das riquezas; é ser solidário com os excluídos, ser manso diante de tanta violência, diante de uma sociedade injusta; é termos fome e sede de justiça, num mundo de apelos aos prazeres pecaminosos; é nos mantermos puros de coração; é procurar a paz como um Dom e sermos pacificadores. O Compromisso do Matrimônio, a vida conjugal e familiar, a Espiritualidade das Equipes de Nossa Senhora, inspirada pelo Espírito Santo e indicada pelo Padre Henri Caffarel, são caminhos para uma vida de Santidade. Ser Santo é a plena realização de uma vida humana e cristã. Ver a Deus é desejo e esperança suprema do ser humano. No céu celebraremos em plenitude o que aqui temos sacramentalmente. A plenitude da Santidade está reservada para a eternidade, quando nos encontraremos diante do trono do cordeiro e proclamaremos então: “A salvação pertence ao nosso Deus que está sentado no trono e ao cordeiro” (Ap. 7,10 ).  Diácono Adonis Souza Pinto Eq. 07 - N. S. Rosa Mística Caçapava-SP 11

Igreja Católica

TODOS OS SANTOS


Maria

maria modelo da igreja (Ap 12, 1-7; Lc 1, 26-37) Maria é a perfeita realização da Igreja na interpretação do capítulo 12 do Apocalipse. A interpretação bíblica de quem seja essa mulher vestida de sol, com a lua debaixo dos pés e com uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça depende da interpretação do filho da mesma mulher, cujo filho é apresentado como aquele que deve governar as nações com cetro de ferro. Ora, esse filho da mulher é o Filho de Deus encarnado e nascido da mulher (Gl 4, 4), que é Maria de Nazaré. Portanto, tendo gerado o Messias, o Ungido de Deus feito homem, Cabeça do Corpo da Igreja, Maria é modelo da maternidade da mesma Igreja, Corpo de Cristo, que gera seus filhos da água e do Espírito no Batismo. Maria, Mãe de Deus feito Homem, é modelo para a Igreja, a mãe sacramental dos resgatados pelo Grande Sacramento da salvação que é seu Jesus Morto e Ressuscitado. Por sua incondicional aceitação da vontade de Deus, tornou-se Mãe do Redentor, tendo assim uma participação especial na história da salvação humana, quando, de pé junto à sua cruz, ela o oferece a Deus com a mesma profunda fé que também a salvou. Ao pronunciar o seu SIM, acolhendo em seu coração e em seu seio o Cristo Redentor, Maria não foi instrumento apenas passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação da humanidade com fé li12

vre que se fez obediência amorosa. Maria, em sua caminhada de Servidora do Senhor, nos encaminha para Cristo Salvador, como primeira Catequista que conduz a Jesus Cristo. Assim sendo, o Concilio Ecumênico Vaticano II (19621965), há cinquenta anos nos ensina: “A função maternal de Maria de modo algum diminui a única mediação do Cristo entre Deus e a humanidade”. Fonte: LUMEN GENTIUM, Capítulo 08 – Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965)  Mons. João Olímpio Castello Branco SCE Setor Vale do Jaguaribe Russas-CE CM 467


Na edição de uma das revistas de maior circulação no Brasil, apareceu, nesta semana, uma edição especial com o título: “Eu decido meu fim”. Não pretendo nem provocar, nem muito menos agredir ninguém. Quero ser uma espécie de voz, de tantos que em seus leitos ou desde os seus futuros leitos terminais pensamos diferente. Com o passar do tempo, algumas pesquisas, levantamentos e análises são feitas de tal forma, que os resultados aparecem como algo definitivo, como se toda a população estivesse pensando da mesma forma. O direito à objeção é válido. Dissentir não é produto de ingenuidade ou mau caráter. Como seres éticos e morais, temos o direito de afirmar mais uma vez que o consenso não é sinônimo da verdade moral. Por isso mesmo decidi escrever o meu testamento vital. Pode ajudar você a pensar e refletir sobre este fato. Eu, José Rafael Solano, diante de uma situação de doença grave em progressão e fora de possibilidade de reversão, apresento minhas diretrizes antecipadas de cuidados à vida. Se chegar a padecer de alguma enfermidade manifestamente incurável e o sofrimento chegar a ser insuportável, quero oferecê-lo por todos aqueles que, por diversas razões, me amaram nesta vida e me continuam amando no estado em que me possa encontrar. Mesmo que esta dor me torne irracional e incapaz, quero pedir CM 467

que aqueles que sempre se mostraram meus amigos e amigas, não me abandonem; não se afastem de mim. Ainda que não possa possivelmente compreender, gostaria que cantassem, que chorassem e que tivessem tempo para brincar comigo. Minha autonomia não reside na minha razão; minha autonomia se encontra no coração que também é racional. Faço constar com base no princípio da dignidade da pessoa humana e da vontade; que aceito a contingência da minha vida como um dom; aceito as intervenções de médicos e pessoas humanas, que, mesmo sabendo que a ciência não tem mais a dizer ou que as terapias em nada possam ajudar, eles decidem continuar ao meu lado. Estou disposto a receber cuidados paliativos que não são outra coisa que a viva expressão de um gesto humanitário. Sou completamente ciente de que não posso fugir da dor, pois faz parte da minha condição humana, mesmo que tente amenizá-la. Mesmo que possa superá-la acredito que a dor produz esperança e sempre traz benefícios. Se por algum motivo tivesse que ir para a UTI, quero ali receber atenção e ternura, pois admiro o pessoal que desde a medicina ou a enfermagem reconhecem que este lugar é um espaço para intensificar todo tipo de ajuda com quem se encontra necessitado. Não quero ser eu quem determine o tempo da minha doença. Seja lá o tempo que for, seja uma 13

Formação

ORTOTANASIA! UM VERDADEIRO TESTAMENTO VITAL


doença difícil longa ou rápida, quero ser respeitado como pessoa, pois o paciente é pessoa. Quero receber todo tipo de reanimação, alegria conforto. Quero que, quando chegue a hora de partir deste mundo, seja respeitada minha condição, minha decisão e especialmente seja feito de tudo para que, ao partir, possa levar comigo a melhor das

lembranças de todos aqueles que comigo fizeram parte deste mundo. A ortotanasia é o respeito e o correto uso das terapias que me preparam para um dos momentos mais cruciais da minha vida.  Pe. José Rafael Solano Durán (Profº de bioética da PUC-PR) SCE da Eq.08B - N. S. de Lourdes Londrina-PR

BALANÇO Novembro, mês do Balanço nas Equipes de Nossa Senhora! Oportunidade de rever a vida da Equipe, de forma amadurecida e fraterna, como disse Pe. Caffarel, isto é, de forma exigente, porém com o objetivo de engrandecer. Por isso, anualmente todas as Equipes realizam a esperada Reunião de Balanço, momento marcante para que as Equipes possam caminhar sob a luz do Espírito Santo, após uma avaliação, mediante a qual se verificam falhas e omissões cometidas durante o ano. Deve- se neste momento realçar as buscas atingidas no tocante à santidade, e pedir perdão pelos erros e faltas de todos. Nesta reunião, destaca-se a partilha dos casais com os demais, sobre as dificuldades e os sucessos alcançados na caminhada do Movimento, na vida conjugal e pessoal, além de reconhecer o que é preciso fazer para proporcionar o crescimento de cada um e de todos da Equipe de base. Há necessidade, nesta ocasião, de reflexão, humildade e capacidade de perdão. Portanto, é esperado de Deus a Sua misericórdia em relação às atitudes no relacionamen14

to com os amigos-irmãos, para depois renovar os compromissos de serem fiéis aos princípios do Movimento das ENS criado por Pe. Caffarel, nosso fundador. Desta forma, é indispensável fazer uma avaliação, não só individual, mas também em casal e em Equipe. Partilhar, reconhecer os progressos e retrocessos no transcorrer do ano, em relação aos PCEs e esforçaremse para se tornarem melhores na espiritualidade e santidade. Enfim, o Balanço, nas Equipes de Nossa Senhora oferece a análise da dimensão da descoberta de si próprio, a partir da seguinte reflexão: Fomos capazes neste ano de atingirmos um crescimento espiritual, seja individual, familiar, pessoal e em Equipe? Baseando–se nestas questões desejamos que todos façam um ótimo Balanço, com sabedoria e prudência, sob a Luz do Espírito Santo, a proteção de Maria e de seu Filho Jesus Cristo, em busca do objetivo único e maior, que é a Santidade.  Maria José e Wilmar Eq.02C - N. S. da Anunciação Juiz de Fora-MG CM 467


No período de 24 a 26 de agosto próximo passado, foi realizado o Encontro do Colegiado Nacional 2012 da Super-Região Brasil, na Vila Kostka em Itaici, São Paulo. O Colegiado Nacional é composto pela Equipe da Super-Região: SCE - Sacerdote Conselheiro Espiritual, CRSR - Casal Responsável Super-Região, CCE - Casal Comunicação Externa, CST - Casal Secretaria e Tesouraria, CCM - Casal Responsável Equipe Carta Mensal, CP - Casais Provinciais e CRR - Casais Responsáveis Regionais e os respectivos SCE. Ao todo, fomos 65 casais e 43 Sacerdotes Conselheiros Espirituais com o objetivo de vivenciar momentos de celebração, formação e convivência fraterna, para fortalecer a unidade do Movimento na fidelidade ao carisma fundador e discernir sobre a caminhada das Equipes de Nossa Senhora no Brasil para o ano de 2013. O Encontro iniciou com uma merecida e singela homenagem ao Pe. Mário José Filho. Ao ser apresentada no telão a sua foto, em que pesasse a saudade que sentíamos, aplaudimos, agradecendo ao Pai por nos ter presenteado com tão importante Conselheiro para nosso Movimento. Após as boas vindas do Casal Animador, Jussara e Daniel, foi iniciada a cerimônia de abertura com a entrada, de sete casais, representando as sete Províncias. O plenário que estava na penumbra, apenas com o Círio Pascal aceso, CM 467 462

15

Vida no Movimento

cOLEGIADO NACIONAL 2012


foi aos poucos sendo iluminado por casais que portavam lanternas, e, em seguida, entraram outros casais com cartazes onde se liam nomes de alguns instrumentos da caminhada espiritual: a Bíblia Sagrada, Eucaristia, Tema de Estudos e ao final, a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Ao som do canto de acolhida, os casais representantes das Províncias, acenderam as velas que haviam sido distribuídas com todos os participantes, iluminando todo plenário. O Casal Cida e Raimundo apresentou a Equipe da Super-Região e em seguida, os Casais Provinciais solicitavam aos casais de suas Províncias que levantassem, ao tempo em que eram acolhidos com cantos de boas vindas. O Casal Provincial da Sul II Inez e Natal e o SCE - Pe. Leonildo, fizeram a acolhida aos casais que iriam tomar posse no Colegiado, tendo sido preparado um caminho com vasos de flores e cartazes com palavras animadoras, por onde os mesmos passariam; saudaram a todos com um vídeo e uma canção. No palco, os casais foram cobertos por um manto, significando o acolhimento a todos por Deus e por todo colégio da SRB! Após a acolhida, Cida e Raimundo encerrando a cerimônia de abertura, lembraram os Objetivos do Colegiado Nacional: • Animar os membros do Colegiado da Super-Região para o exercício da responsabilidade. 16

• Oferecer meios que auxiliem na reflexão e discernimento sobre a caminhada do Movimento. • Proporcionar momentos de Evangelização, de Formação e de troca de experiências. • Realizar e celebrar a unidade do Movimento. PROVÍNCIAS

Província Norte

Província Nordeste

Província Centro-Oeste CM 467


Província Leste

Província Sul II

Província Sul I

Província Sul III

Palestras

2013: “O caminho da Vida Espiritual em casal”, animando-nos a fortalecer nossa espiritualidade conjugal utilizando com firmeza os meios oferecidos pelo Movimento.

Foram realizadas 03 Palestras durante o Encontro. Orientações 2013 Cida e Raimundo apresentaram as Orientações para o ano de 2013, bem como as ações propostas, que terá como pa no de fundo: OUSAR O EVANGELHO, retomando o caminho de santidade proposto pelo Movimento. Está publicada na p. 23 desta edição. Tema de estudo 2013 Pe. Miguel Batista, SCE da SRB apresentou o tema de estudo para CM 467

Tema de Estudos para Casais Idosos Pe. Flávio Cavalca apresentounos uma belíssima e profunda exposição sobre os capítulos do livro do tema de estudos para casais idosos, levando-nos a imaginar desde já, os frutos que serão colhidos pelos casais que vão estudá-lo. 17


Flashs

Casal Ligação da Zona América com a ERI Graça e Roberto agradeceram à Super-Região Brasil pelos trabalhos realizados na organização e apoio do XI Encontro Internacional em Brasília. Falaram de como estavam felizes com o sucesso do Encontro, e finalizaram pedindo as orações de todos pela sua nova missão como Casal Ligação da Zona América. Carta Mensal Eletrônica O casal Zezinha e Jailson fez uma breve apresentação sobre o lançamento da Carta Mensal eletrônica, como uma opção de acesso mais rápido do nosso veículo de comunicação, além dos já existentes: no site e em impressão gráfica. III Encontro Nacional das ENS O casal responsável pela organização do III Encontro Nacional das ENS, Vera e Zé Renato, apresentou-nos oficialmente o início dos trabalhos para sua realização. Será em Aparecida-SP, 18

no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, no período de 01 a 04 de julho de 2015. Apresentaram as primeiras informações da logística do Encontro, e, finalizaram pedindo as bênçãos de Nossa Senhora Aparecida para o êxito de tão significativo evento. Testemunho

Recém-Casados O casal Eneida e Álvaro apresentou o relato da experiência de um trabalho de evangelização e acompanhamento com c a s a i s re c é m casados. Ref e riram ser este um trabalho muito gratificante e que rendeu bons frutos, uma vez que alguns casais ingressaram nas Equipes de Nossa Senhora. VII Encontro Mundial das Famílias Jussara e Daniel, casal Comunicação Externa da SRB, deram um testemunho sobre o Encontro realizado em Milão, em maio/ junho deste ano, representando a SuperRegião Brasil e lembraram o propósito de zelar pela prioridade “Pastoral Familiar”. CM 467


Celebrações Litúrgicas

Como sempre acontece nos Encontros do Colegiado Nacional, os momentos das Celebrações Litúrgicas, são momentos muito especiais, pois têm o objetivo de levar os participantes a absorverem o espírito da missão como serviço e doação apoiados sempre na Palavra de Deus e na Eucaristia.

Nesta missa tivemos também a cerimônia de posse dos novos casais que estavam assumindo as Províncias Nordeste e Leste e mais outros casais assumindo Regiões das várias Províncias, bem como seus SCEs, como verão nas fotos legendadas. Casais e SCE que assumiram responsabilidade neste Colegiado

Frei Arthur, Bete e Carlos CR e SCE da Província Leste

Missa de Posse - Na sexta-feira após o final da cerimônia de abertura, sob a organização da Província Sul I com o tema: “Vem e vê”, tivemos a 1ª Celebração Eucarística presidida pelo Pe. Miguel Batista, SCE da Equipe da Super-Região, que refletiu conosco sobre a importância de reconhecermos Jesus como nosso Senhor e Salvador e a nos apoiarmos nesta certeza para realizarmos nossa missão de cristãos equipistas.

Pe. Neto, Conceição e Macedo CR e SCE da Província Nordeste

Responsáveis Regionais

Província Nordeste - Região Rio Grande do Norte I - Gorete e Adelmo CM 467

19


Província Nordeste - Região Rio Grande do Norte II - Sonia e Aldo

Província Centro-Oeste - Região CentroOeste II - Afra e Beto

Província Nordeste - Região Piauí Maranhão - Lourdes e Antonio

Província Centro-Oeste - Região CentroOeste III - Socorro e Juracy

Província Nordeste - Região Ceará I Vanessa e Rômulo

Província Leste - Região Espírito Santo Elzira e Paulo

Província Centro-Oeste - Região Mato Grosso do Sul - Marta e Dirson

Província Leste - Minas II Cláudia e Paulo

20

CM 467


Província Leste - Minas III Marisa e Antonio

Província Sul II - Região Oeste I Andréa e Silvio

Província Leste - Região Rio II Leila e Fernando

Província Sul III - Região Sul I Doris e Alfredo

Província Sul I - Região Centro I Márcia e Rubens

Província Sul III - Região Santa Catarina II Gercy e Zanata

Província Sul I - Região Sul II Kátia e Alexandre

Província Sul III - Região Paraná Norte Célia e Alfonso

CM 467

21


ORAçÃO DA MANhÃ

sábado

tantes. Dizem tudo certo, mas não agem como dizem. Lembrou finalmente que “o maior dentre vós será aquele que vos serve”. ORAçÃO DA MANhÃ

Iniciamos com a Oração da Manhã, com o Ofício do Amanhecer (Ofício da Mãe do Senhor), organizada pela Província Centro-Oeste. Foi uma oração diferente e nos preparou para iniciarmos o dia de trabalho.

domingo Sob a orientação da Província Sul III, vivenciamos a oração da manhã do domingo. Uma oração alegre, recheada de salmos, cânticos, hinos e preces ao nosso bom Deus. Começamos o dia, alimentados pela alegria do louvor, na certeza de que “no meio dos louvores Deus habita”, como nos fala um dos hinos do nosso cancioneiro religioso.

MISSA

sábado Ao final da tarde do sábado, tivemos uma Celebração Eucarística, conduzida pela Província Norte, com a motivação: “Não façais como eles, pois dizem e não fazem”. Mons. Marcelino levou-nos a reflexão de Mt 23 1-12. Que devemos ter cuidado para não fazermos como os fariseus que se preocupam com detalhes e aparências, mas omitem as coisas mais impor-

22

CELEBRAçÃO DO ENVIO

Finalizando o evento, tivemos a Missa animada pela Província Leste, presidida por Pe. Miguel e como sempre, concelebrada pelos demais SCEs das Províncias e Regiões. Com o tema “A quem iremos?”, refletimos que, como o apóstolo Pedro, também “nós devemos crer e reconhecer que Jesus é o Santo de Deus” e que fomos escolhidos por Deus para cumprir nossa missão nas ENS e assim ser “presença no mundo”. Ao término da missa, o SCESRB - Pe. Miguel Batista presidiu a CM 467


Queridos equipistas e conselheiros espirituais: Depois do Encontro de Brasília, o primeiro a ser feito fora da Europa, numa vivência do espírito de internacionalidade do nosso Movimento, dirigimos esta Carta a todos vós, membros das Equipes de Nossa Senhora. Para aqueles que estiveram em Brasília e tiveram a graça de participar e viver a grande Festa do nosso Movimento, temos a certeza que a profunda experiência de que participaram os levará a “OUSAR O EVANGELHO”. Para todos os que não puderam estar presentes, a Equipe Responsável Internacional gostaria de que ouvissem esta voz que ressoa no coração de todos, e com a força do Amor façam “jorrar rios de água viva” neste mundo que pede com ousadia que “Partamos e façamos o mesmo que Ele fez”. Estas considerações que nos ocorrem no final do Encontro Internacional de Brasília, que foi um momento de imensa felicidade, queremos partilhálas com todos vós, no sentido de serem inspiradoras para os próximos tempos, nos quais, ao ritmo e no sentir com o coração da Igreja, desejamos caminhar, na obediência e na fidelidade ao Senhor. Sabemos que é na obediência que se vive a liberdade, e na fidelidade que se vive o amor, porque a fidelidade é a vitória do amor sobre o tempo, transformando-nos em anunciadores da liberdade. “No último dia de festa, que é o mais solene, Jesus ficou de pé e gritou: “Se alguém tem sede, venha a mim, e aquele que acredita em Mim, beba”. É como diz a Escritura: “Do seu seio jorrarão rios de água viva”. Jesus disse isto, referindo-se ao Espírito que deveriam receber os que acreditassem n’Ele (Jo 7, 37-39a). Este texto do Evangelho convida-nos a contemplar o mistério de Cristo, como a fonte onde temos sempre de ir beber a água que mata a sede de paz e de felicidade que todos desejamos, mas que pelas nossas forças não podemos alcançar. A orientação geral “OUSAR O EVANGELhO” é um desafio que nos conduzirá a ser:

I. Casais: Ousar ter um coração pleno do Amor de Cristo “ Se alguém tem sede, venha a Mim, e aquele que acredita em Mim, beba”. ( Jo 7, 37b, 38a)

1. Voltar à Fonte Como Casais das Equipes de Nossa Senhora, somos convidados nos próximos anos a renovar este esforço de voltar às origens, ao mistério de Cristo

I


e da Igreja, pois é neste grande amor que encontramos a nossa razão de ser. Este convite a que os casais das Equipes de Nossa Senhora regressem à fonte deverá concretizar-se na fidelidade à Carta Fundadora (1947), revisitando os textos inspiradores do carisma, mística e pedagogia do nosso Movimento - assentes em três pilares fundamentais: Orientações de Vida; Pontos Concretos de Esforço e Vida de Equipe - e, mais recentemente, num desejo de fidelidade criativa, bem expressa na Segunda Inspiração. Todos somos mobilizados para este percurso de retorno às origens, para que a vivência da espiritualidade conjugal, eixo da nossa vida, seja cada vez mais fecunda nestes tempos de grandes mudanças no mundo, mudanças que representam um desafio. Ousemos, pois, o Evangelho na fidelidade e na coerência da Fé “acolhendo os valores e as necessidades na medida em que sejam assimiláveis e em união ao Carisma Fundador” (padre Caffarel – discurso de Chantilly; Maio1987). Na base de uma espiritualidade conjugal e familiar, podemos caminhar no sentido da redescoberta sempre mais profunda do sentido da fé, aqui entendida, como nos convida Bento XVI, como adesão a Deus, cujo amor reconhecemos na história e nas nossas vidas, como pessoas e como casais. 2. A relação do homem e da mulher, que nas Equipes de Nossa Senhora é iluminada e fortalecida pela graça do sacramento, é vivida no e com o Senhor. É importante aceitar as diferenças entre os cônjuges, não só na sua complementaridade psicológica e afetiva, mas também tendo em conta a diferenciação pessoal (sexual) inscrita no pensamento de Deus, que assim criou o homem à sua imagem e semelhança, e homem e mulher os criou (Gn 1,27), como se lê nas Sagradas Escrituras: “E Deus viu que era tudo muito bom” (Gn 1,31). No matrimônio cristão celebramos a redenção do homem e da mulher no que diz respeito também à dinâmica dos afetos e das paixões. Pelo dom do Espírito Santo e com o auxílio da graça, é possível passar de um amor passional para a dinâmica de um amor oblativo. Para o casal cristão, o próximo mais próximo e prioritário é o próprio cônjuge. Este é chamado a ser constantemente um “bom samaritano” para o outro, vivendo a partir do outro e ao serviço das necessidades dele, em vez de seguir espontaneamente os desejos e projetos pessoais e a própria satisfação. Só é possível viver a santidade em qualquer estado de vida cristã, mas muito particularmente no matrimônio, seguindo a lógica da Cruz, ou seja, o amor oblativo, de dar a vida um pelo outro. A nossa maior ousadia será a vivência da nossa relação conjugal movida sempre pelo amor e pela abnegação – que deve ser testemunho de vida do casal e da família. Em Chantilly, o Padre Caffarel afirmava a este respeito: “Não existe amor sem abnegação, e não se pode praticar uma abnegação que não venha do amor”, pois só um amor abnegado e fiel é verdadeiro. E continuava: “A vida conjugal comporta grandes riquezas, mas também grandes exigências”.

II


II . Casais: Ousar acolher e tomar conta dos Homens

“Do seu seio jorrarão rios de água viva”. (Jo 7, 38b)

3. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora, sendo e devendo permanecer um Movimento de espiritualidade, deve não só aprofundar para dentro a espiritualidade conjugal, mas também irradiála para fora, para aquelas situações problemáticas que muitos homens e mulheres hoje vivem e que não conseguem resolver. Todos os seus dons e carismas são suscitados e dados pelo Espírito Santo para o bem comum, para a promoção da unidade, da caridade e da santidade, para que irradie, como sinal visível, para o mundo. Como afirmava o Padre Caffarel, dirigindo-se aos casais das Equipes de Nossa Senhora e lembrando o encontro com Paulo VI (1968): “Estou plenamente convencido de que vocês compreenderam de imediato que não são apenas os destinatários, mas sim os mensageiros diante desses milhares de casais …a respeito dos quais nos pedia o Papa que tivéssemos presentes em nosso pensamento”. 4. As Equipes de Nossa Senhora devem ser um Movimento, comunidades a caminho, dando razões de esperança às novas gerações, para que não tenham medo de correr o risco de celebrar o seu amor no Senhor (1Cor 7). O matrimônio é uma graça e uma missão. Como nos dizia o Padre Caffarel, no editorial da carta mensal nº1, intitulado “O Êxito da Caridade”: “O amor fraterno é extraordinariamente fecundo. Ao seu redor e com seu influxo o mal retrocede e o deserto torna-se fértil”. É urgente ajudar, até onde a caridade fraterna nos possa levar, os casais em dificuldade, bem como aqueles que fracassaram no amor e tentaram uma segunda oportunidade. (cf. Familiaris Consortio, 80 a 85). É urgente testemunhar a todos que a única palavra que faz sentido é a do perdão; por mais complexa que seja a situação do homem, por mais duro que seja o coração humano, o coração de Deus é diferente, é maior do que o nosso (cf 1 Jo 3, 20). Outra questão importante para todas as Equipes, embora em momentos diferentes, é o envelhecimento dos casais. A espiritualidade do Movimento deverá ser uma preciosa ajuda para que as pessoas e os casais possam envelhecer com dignidade e viver a graça e o carisma próprios de cada fase da vida. É importante que os Casais das Equipes de Nossa Senhora sejam fecundos na irradiação de uma cultura de presença e de solidariedade com todos aqueles que passam por grandes dificuldades. Ser óleo da consolação, procurando viver a caridade de uma forma inventiva, ao ajudar todos os que estão em dificuldade a viver o melhor possível as suas vidas com o espírito do Evangelho e o sentir da Igreja.

III


III. Casais: Ousar partir para o Mundo ao serviço da Igreja

“Jesus disse isto, referindo-se ao Espírito que deveriam receber os que acreditassem n’Ele”. (Jo 7, 39) 5. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora deverá nos tempos atuais dar sinais de esperança, aquele olhar confiante no presente e no futuro, porque sabemos em quem confiamos, as nossas vidas estão nas mãos de Deus; os nossos nomes, desde o Batismo, inscritos no Livro da Vida. O apelo à santidade em casal, como específico da graça e do Carisma das Equipes de Nossa Senhora, deve ser vivido também como missão, que pressupõe a fidelidade aos Pontos Concretos de Esforço, sobretudo à Oração Conjugal e ao Dever de Sentar-se. A Missão traduzir-se-á na disponibilidade e abertura ao sentir da Igreja e às suas urgências pastorais mais imediatas, como seja a tarefa da nova evangelização dos casais e das famílias, do evangelho da santidade vivida na vocação e na missão do Sacramento do Matrimônio. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora deve formar e preparar os seus casais para partirem em missão para o mundo, dando testemunho da sua vocação de casal cristão. Assim, os casais das Equipes de Nossa Senhora sentir-se-ão membros vivos e ativos de uma grande comunidade, a Igreja, que ultrapassa todas as fronteiras, porque constituída por casais cristãos de todos os continentes, de todas as raças e culturas, nas quais se compõe e se executa a divina sinfonia do amor.

Conclusão

Iluminados pela luz deste Encontro de Brasília, esperamos que o Movimento cresça cada vez mais em riquezas espirituais, recebendo a força das vossas energias e a ousadia do vosso serviço. As ENS permanecerão firmes na unidade e na fidelidade ao seu Carisma, mas também estarão abertas ao mundo e aos sinais dos tempos, com um novo ardor, um novo vigor, um novo fôlego. Casais das Equipes de Nossa Senhora, sejamos na Igreja e no mundo de hoje, sinais de esperança e fermento de novas gerações que acreditam na Vida, dando testemunho de que o Sacramento do Matrimônio é caminho de Amor, Felicidade e Santidade. Confiemos em Maria, nossa Mãe, que nos guiará para irmos e fazermos o mesmo que ELE fez. Paris, 1 de setembro de 2012. A Equipe Responsável Internacional


MOMENTOS ESPECIAIS

Foram vivenciados dois momentos especiais com o objetivo de permitir um melhor conhecimento dos novos casais e SCE, bem como aprofundar laços de amizade e realizar a ligação horizontal com as Regiões: Celebração do Envio sob o tema: “Ide por todo mundo, e pregai o Evangelho a toda criatura”. (Mc. 16,15). Fomos todos convocados a: nutridos pelas meditações, orações e estudos e revigorados pelo convívio fraterno, descermos do Tabor e sairmos para a planície em missão nas nossas funções no Movimento e na vida por onde passarmos.

-

O SCE da Super-Região com os demais SCE das Regiões e Províncias;

-

O CR da Super-Região com os Casais Provinciais e Regionais. CONVIVÊNCIA

GRUPOS DE ESTUDO

Visando a troca de experiências, uma melhor assimilação dos conteúdos, fortalecer os laços de amizade entre os irmãos equipistas e, de maneira especial, possibilitar chegar às equipes de base as orientações emanadas do Colegiado Nacional, foram realizados 02 grupos: -

Grupo misto: composto por casais e SCEs de diferentes Provínc i a s p a r a re f l e t i re m sobre o tema de estudo p a r a o a n o d e 2013;

-

Grupo por Província: reunindo os SCE e CRR, coordenado pelos Casais Provinciais para apresentarem e refletirem assuntos relativos à sua Província e planejarem o Encontro Provincial.

CM 467

Organizada e animada pelos casais apoio da Super-Região, tivemos no sábado à noite após o encerramento dos trabalhos do dia, a nossa Confraternização. Após os agradecimentos e despedidas aos casais que estariam participando pela última vez do Colegiado Nacional, iniciamos o “baile brega”, com apresentações de grupos de danças e musicais das Províncias. Foram momentos de alegre convivência e “descobertas de talentos artísticos”, tudo isto regado por “iguarias e petiscos deliciosos”, 23


trazidos pelos participantes, dos mais diferentes recantos do nosso País. ORIENTAÇÕES DA SUPER-REGIÃO BRASIL

“Ó tu que habitas no fundo do meu coração, permite-me chegar a ti, no fundo do meu coração” (Pe. Caffarel) Introdução Queridos casais e SCE, membros do Colegiado da SRB, queremos agradecer-lhes por estarem aqui. A presença de vocês é sempre um motivo de alegria e nos enche de esperança. Esse Encontro anual, como é do conhecimento da maioria, tem os seguintes objetivos: • Animar os membros do Colegiado da Super-Região para o exercício da responsabilidade. • Oferecer meios que auxiliem na reflexão e discernimento sobre a caminhada do Movimento. • Proporcionar momentos de evangelização, de formação e de troca de experiências. • Realizar e celebrar a Unidade do Movimento. É missão do CR de Super-Região observar a fidelidade ao carisma fundador, à vocação e missão das Equipes de Nossa Senhora; velar pelo cumprimento de sua pedagogia e seus métodos; ser responsável pela unidade e comunhão, e pela forma24

ção dos quadros e dos equipistas da Super-Região, e, em especial, tem a responsabilidade de transmitir às equipes as grandes orientações do Movimento. (Guia das ENS, 36). A fim de assegurar a unidade do Movimento, no mundo, realizam-se os Encontros Internacionais, de onde saem as grandes orientações. Do Encontro de Lourdes (2006 – 2012), vivemos e meditamos a prioridade de reflexão “EQUIPES DE NOSSA SENHORA, COMUNIDADES VIVAS DE CASAIS, REFLEXOS DO AMOR DE CRISTO”, a partir dos seguintes temas: À descoberta do Cristo (2006). A espiritualidade conjugal e os compromissos nas Equipes de Nossa Senhora (2007). Testemunhas a serviço dos casais (2008). Textos escolhidos: Padre Caffarel (2009). Casamento, Sacramento do dia a dia (2010). Formação, para amar e servir como Jesus (2011). Nosso olhar agora é para os próximos seis anos. E, ainda ouvindo o som forte e entusiasmado de que “Ousar o Evangelho é ir além do programado! / Ousar o Evangelho é acolher o inesperado!”, damos graças ao Pai pelo XI Encontro Internacional de Brasília e pelas orientações dele advindas. OUSAR O EVANGELHO! Será sobre esse trilho que as ENS andarão nos próximos seis anos. Rogamos a Deus que nossos passos sejam firmes e o nosso olhar como o de Jesus: sereno, atento, amoroso, a fim de que, dignamente, sejamos CM 467


para quem necessita o samaritano de cada dia. Tema de estudo 2013 A vida do casal, pelo casamento cristão, é marcado pelo sacramento, sinal profundo de engajamento recíproco dos esposos e sinal da Graça de Deus. O amor conjugal e o amor de Deus se completam. É, pois no cerne da união entre esses dois amores que nasce a espiritualidade conjugal (Guia das ENS, 14). Em 2013 as equipes de todo o mundo são chamadas a percorrer um caminho preparado com exclusividade para aqueles que querem se abrir ao amor, ao mesmo tempo mais intenso e de outra qualidade, isto é, amar-se mais e amar-se em Cristo em direção a O caminho da vida espiritual em casal Este Tema de Estudo retoma a vocação do Movimento: o caminho para a santidade em casal. Eis, novamente, a intuição do início (P. Caffarel). Lema 2013 “Vem e segue-me” é o apelo que Jesus faz a cada batizado. A nós, casais cristãos batizados, ele também nos chama para encontrar Deus no coração de nosso amor conjugal, dizendo: “SE ALGUÉM TEM SEDE, VENHA A MIM, E BEBA” (Jo 7,37). São João Evangelista nos diz que Deus é amor, luz e vida. Somente comunicando-nos com ele e CM 467

deixando-nos amar por ele, sentimos uma profunda transformação interior. Cabe ao casal, sedento de paz e alegria, procurar a “fonte cristalina” onde vai encontrar a água viva. Principalmente, tendo a certeza de que “Se a alma procura a Deus, muito mais o seu Amado a procura” (São João da Cruz). O passado prepara o futuro (Pedro Moncau) Lançamos a âncora no passado, para ver, num futuro próximo, em cada casal, o mesmo rosto primaveril dos quatro primeiros jovens, que irradiavam dinamismo e boa vontade. E, recordando o que se falou na primeira reunião, em 25 de fevereiro de 1939 - o amor no matrimônio: santificado por um sacramento, imagem do amor trinitário, fonte de santidade e de fecundidade, trazemos à superfície um dos elementos fundamentais do Carisma Fundador: descobrir o pensamento de Deus sobre o casal e sobre todas suas realidades. Que fazer para crescer e desenvolver esse germe inicial? O próprio Pe. Caffarel responde: Observar “um conjunto de meios concretos, para encarnar no cotidiano da vida”. Com base nesta resposta, e na proposta do Tema “O caminho da vida espiritual do casal” e do Lema para 2013 “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”, bem como nas necessidades da Super-Região e da grande orientação da ERI, OUSAR O EVANGELHO, a SRB dirigirá suas Orientações e Ações em duas direções: para a “Vida do Casal” e para a “Vida do Movimento”. 25


Orientações e ações para 2013 Na vida do casal ⇒⇒ A participação na Eucaristia A vida em Cristo exige ser constantemente alimentada. O matrimônio, alimentado pela Eucaristia, produzirá frutos de fidelidade, pureza, santidade conjugal. Pe. Caffarel afirma que os cristãos pedem diariamente ao Pai o pão de cada dia, no entanto, descuidam-se de procurá-lo. E, por isso, faz um apelo: “Se a fé e a fome demasiado fracas não bastam para levá-los à Eucaristia, deveriam pelo menos ir a ela por uma simples docilidade ao chamado de Cristo”. Com a abertura do Ano da Fé, em 11 de outubro p.p., todos os cristãos e, em especial, os equipistas são convidados para, em 2013, “intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia, que é ´a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força´” (A porta da fé, 12). ⇒⇒ A leitura, em casal, das obras do Pe. Caffarel Muitos equipistas (casais e conselheiros espirituais) desconhecem o espírito sobre o qual estão fundados o ideal, o carisma, a mística, a pedagogia das ENS por falta de leitura das obras do Pe. Caffarel. Tomem em suas mãos algumas de suas obras (O carisma fundador, discurso de Chantilly, Orar 15 dias com Henri Caffarel, Padre Caffarel: profeta do Matrimônio, Padre Caffarel, cente26

lhas de sua mensagem, A missão do casal cristão etc.), leiamnas com atenção, e descobrirão toda a profundidade do que vem a ser “espiritualidade conjugal”, e seus frutos no dia a dia do casal que vivencia, com fidelidade, a pedagogia proposta. Esta orientação tem duplo objetivo: além de nos orientar a experimentar o encontro com o Cristo, da mesma forma que o fez Pe. Caffarel, tornando-o um “sedento de Deus”, levar-nos-á a conhecer o pensamento do fundador das ENS acerca do matrimônio cristão, como caminho de santidade. “Simultaneamente, ele (Pe. Caffarel) propunha a alguns casais não somente empenhar-se nessa descoberta exigente da dimensão espiritual e sacramental do casamento, mas também responder a Deus que os chamava à santidade” (J. Allemand). ⇒⇒ A Regra de Vida Os Pontos Concretos de Esforço são “meios espirituais” que orientam a vida dos casais, progressivamente, numa direção determinada: a da vontade do Senhor. Considerando que, para os casados, não há outro caminho para a santificação que não o seu amor penetrado e transfigurado pelo amor divino, Pe. Caffarel chama a atenção para o papel que deveria ter a Regra de Vida: Ela deveria “permitir a cada qual adotar, progressivamente, práticas que incluíssem exercícios religiosos e, com isto, favorecer o acesso a uma vida espiritual de cristãos adultos” (CM jun/jul 2012,25). Preocupado com os cristãos caCM 467


sados, São João Crisóstomo faz uma súplica: “Eu vos suplico, vinde muitas vezes à Igreja, para ouvir a Sagrada Escritura; mas que não seja somente na Igreja; nas vossas casas, tomai em mãos os Livros divinos, de modo a recolher com grande cuidado o que de útil eles encerram... do mesmo modo que o alimento material aumenta as forças do corpo, a sua leitura aumenta as forças da alma. É um alimento espiritual que fortalece a alma, tornando-a mais enérgica e mais sábia...” (idem). Então, diferentemente das regras que vimos realizando em nome de pequenas obrigações, vamos adotar, a partir de agora, com ênfase em 2013, o cuidado de fazer da Regra de Vida o instrumento de nosso progresso espiritual. Na vida do Movimento ⇒⇒ A formação de Casal Piloto A formação é uma das prioridades das ENS. A formação, além de interpelar e ajudar cada um a discernir a vontade de Deus sobre o casal, leva a praticar o discernimento humano e cristão, que move tanto a razão quanto o coração, na busca de uma estreita relação entre a fé e a vida. Em se tratando da importante função do Casal Piloto na formação e informação de casais que não conhecem o Movimento, precisa que ele seja muito bem preparado, tanto no sentido espiritual, como no conhecimento do método e pedagogia das ENS. Dentre as várias causas que podem levar uma ou mais equipes a CM 467

sintomas de fadiga e apatia, está o mau lançamento de equipes, tanto do ponto de vista da ausência de espiritualidade dos casais admitidos, como da precária formação dos Casais Pilotos. Em todas as províncias há registro de falta de compromisso de casais equipistas em relação à participação nos eventos, à resposta do Tema de Estudo, às reuniões mensais, à aceitação para assumir serviços no Movimento e, o mais grave, a não participação nas Missas dominicais. Portanto, para termos uma Equipe forte, um Setor forte, um Movimento forte, impõe-se que seus membros conheçam muito bem o que reza o Estatuto das ENS (a Carta). Por isso a Super-Região orienta que, em nome do zelo do Carisma Fundador, a partir de 2013, os Setores, na pessoa dos Casais Pilotos, cuidem de estudar o Estatuto das equipes (Guia das ENS, 51), “explicado ponto por ponto”, em, pelo menos, três reuniões, antes de iniciar o estudo do “Vem e Segue-me”. É fundamental que os casais tenham a consciência de que não devem aderir ao Estatuto de má vontade, pois “Não há desonra para um casal ou um grupo em retirar-se. Mas aqueles que os adotam, que o façam sem reticências, de maneira resoluta” (Pe. Caffarel). Cuidem, ainda, os CP de, ao longo da Pilotagem, ir preparando os casais para o Compromisso, a ser firmado no Encontro de Equipes Novas (EEN), no fim da Pilotagem, em um fim de semana de formação. Vale ressaltar que o “fim da Pilotagem” acontecerá, quando os casais 27


tiverem compreendido a razão de ser das Equipes de Nossa Senhora, mesmo que prolongue o tempo previsto. ⇒⇒ Tema de Estudo “Reunião de Equipe” Dentre o conjunto de meios concretos capazes de fazer crescer e desenvolver a intuição inicial do Pe. Caffarel está a “troca de ideias”, ou melhor, o Tema de Estudo. Normalmente os assuntos são indicados pela Equipe Responsável Internacional, como é o caso do Tema de Estudo 2013, ou pelas Super-Regiões, como o foi nos dois últimos anos. Isto “não em nome de um autoritarismo arbitrário, mas com o fim de auxiliar os casais a adquirir uma visão tão completa quanto possível do pensamento cristão e a iniciar-se em uma autêntica espiritualidade conjugal e familiar” (Guia das ENS, 56). Para que a inclusão do Tema de Estudo “Reunião de Equipe”? Reza o Estatuto que os três primeiros anos são consagrados aos temas fundamentais, referentes ao amor, ao casamento, à espiritualidade conjugal. Atualmente, na SRB, os casais equipistas iniciam com o Tema da Pilotagem “Vem e Segue-me”. E, no segundo ano, estudam o Tema “Amor, Felicidade, Santidade”. A partir do terceiro ano, essas equipes passam a trabalhar com o Tema do ano, juntamente com os outros equipistas. Observemos que há uma lacuna. Esta pode ser preenchida com mais um Tema: “Reunião de Equipe”. Essa obra foi produzida pela Equipe Satélite Pedagogia (ESP). É um excelente trabalho que será de 28

grande utilidade na formação dos casais que ingressam no Movimento, visto que, praticando e vivendo mês a mês saberão o que significa a Reunião de Equipe e seu valor dentro do “conjunto de meios concretos, para encarnar no cotidiano da vida”. Importa que os equipistas tenham a convicção de que é na “reunião de equipe” mensal que o Movimento acontece, em sua forma mais genuína e simples, sem, contudo, deixar de reconhecer sua substância sobrenatural e seu mistério: o pequeno grupo cristão é verdadeiramente uma célula da Igreja (Pe. Caffarel). Diante disso, a partir de 2013, os temas fundamentais dos três primeiros anos, obedecendo à seguinte ordem, serão: “Vem e Segue-me”, “Reunião de Equipe” e “Amor, Felicidade, Santidade”. ⇒⇒ Os casais jovens nas ENS A Equipe Satélite (ES) Casais Jovens elaborou um documento de reflexão sobre a experiência religiosa dos casais jovens das ENS e a necessidade da sua formação catequética. Para tanto, trabalhou o tema a partir de dados fornecidos por jovens casais equipistas do Movimento em cinco idiomas (Francês, Inglês, Italiano, Português e Espanhol). De todos os aspectos que mais preocupam e constrangem os casais no seu dia a dia, de forma unânime a todas as SR e RR, é a falta de tempo para o casal e a falta de tempo para a oração! “Esta falta de tempo está, na maioria dos casos, relacionada com CM 467


os compromissos e horários laborais, nomeadamente: distância ao local de trabalho; acumulação de empregos; situação de trabalhadores-estudantes; desencontro dos cônjuges por desencontro dos horários de trabalho etc.” A vida e educação dos filhos são o outro grande consumidor do tempo dos cônjuges. Dedicam grande parte do tempo “livre” a tratar dos filhos (transportes, atividades, higiene e alimentação), que por seu turno têm cada vez mais atividades dentro e fora da escola. A preocupação com a educação, formação e segurança dos filhos condiciona de uma forma geral toda a dinâmica do quotidiano das famílias. A educação dos filhos, além de ser considerada como um dos principais fatores de falta de tempo para o casal e para a oração, é, por si só, um dos principais motivos de preocupação e constrangimento do quotidiano dos casais jovens. Diante dessa realidade, o Movimento, ajustando a sua metodologia, sem perder seu carisma e mística, deve se preparar “para acolher e dar uma resposta concreta aos casais jovens que os faça descobrir e viver a espiritualidade conjugal no seio do mundo em que vivem”. Conclusão Se observarmos as orientações que desenvolvemos, elas convergem para um único caminho: o da espiritualidade conjugal. Com esse objetivo, esclarecemos que elas não são para ser vividas apenas em 2013, mas durante a vida de equipe. As Orientações referentes à Vida CM 467

do Casal devem fazer parte do cotidiano de todo cristão e, principalmente, do equipista. As referentes à Vida do Movimento (Formação do CP e Os casais jovens nas ENS) requerem, em 2013, uma ação dos CRS em virtude de uma necessidade circunstancial. Quanto ao Tema de Estudo “Reunião de Equipe”, tendo em vista melhor preparar os casais equipistas na compreensão das Orientações de Vida, PCEs e Vida de Equipe, passa a integrar a Estrutura dos temas iniciais e a “formação de quadros”. A orientação geral da ERI é “OUSAR O EVANGELHO” para os próximos anos. Em 2013, esse “ousar o Evangelho” será o desafio que fará parte de nosso caminho da vida espiritual em casal. E que só venceremos se, radiantes e cheios de um amor alegre, formos juntos, o casal, beber da fonte de água viva: o Cristo. No seu primeiro Editorial, datado de dezembro de 1945, Pe. Caffarel assim expressou seu pensamento quanto ao êxito do Carisma Fundador, marcando, claramente, a orientação essencial do Movimento: “Que Deus seja em vossas casas o primeiro a ser buscado, o primeiro a ser amado, o primeiro a ser servido”. E a condição? Ele a afirma: “´Amai-vos`: quando a caridade cresce em seu lar, cresce também na Igreja, da qual é célula viva”. À Virgem Maria, Mãe de Deus, proclamada “feliz porque acreditou” (cf. Lc 1,45), confiamos este tempo de graça.  Cida e Raimundo CR Super-Região Brasil 29


I ENCONTRO dE EquIPES NOVAS dA PROVÍNCIA SuL I Após alguns meses de preparação, o momento do I Encontro de Equipes Novas da Província Sul I, chegou. O friozinho no estômago, a ansiedade e a espera dos novos casais era uma realidade para toda equipe de formadores, mas sabíamos e estávamos confiantes que Deus não nos dá fardo que não podemos carregar. Hermelinda e Arturo, CRP, depositaram em nós, Sônia e Antonio Carlos de Guaratinguetá, Carmo e Renato da Capital, Dô e Chico de Vinhedo e Nena e Ronaldo de São José dos Campos, toda confiança e tranquilidade de que precisávamos. O SCE do EEN, Dom João, com seu carinho, foi o bálsamo para nossas dúvidas. Os casais foram chegando e logo percebemos que todos estavam ali em busca da formação e complementação do que viram na Pilotagem. Todo o Encontro transcorreu em um clima de fraternidade, alegria e abertura, dado as perguntas feitas pelos participantes durante os plenários. Ficamos muito contentes com alguns testemunhos enviados para nós, de maneira carinho30

sa e espontânea, por alguns casais participantes, que gostaríamos de compartilhar com todos os equipistas do Brasil: “ter Dom João como um dos palestrantes foi uma bênção; O Encontro foi perfeito; Pedimos a Deus que nos dê a graça de permanecer no Movimento com a força, a dedicação, o amor que vocês têm; Quanto aprendemos! Viemos para casa renovados e mais apaixonados pelas ENS; O conhecimento, a experiência e a dedicação de vocês, são para nós, exemplos a serem seguidos; O entusiasmo e o sentido de pertença ao Movimento, que sentimos em todos os casais formadores, dando-nos ainda mais a certeza de ser este, um Movimento abençoado; Os PCEs ficaram bem mais claros na certeza de os vivenciarmos melhor”. O entusiasmo e o sentido de pertença ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, que os casais demonstraram, foram para nós contagiantes e gratificantes e nos darão forças para continuar nossa missão. Deus seja louvado!  Sônia e Antonio Carlos Casal Formador - Província Sul I CM 467


AUXILIARMO-NOS uns aos outros em disc ernir os apelos e os desejos de Deus. AUXILIARMO-NOS uns aos outros em responder com lealdade, coragem e presteza a estes apelos e desejos, é a grande lei do nosso Movimento. Porque é a mais alta exigência da caridade fraterna. A nossa ambição é fazer de cada uma de nossas equipes uma vitória da caridade fraterna. No início de cada ano, precisamos colocar-nos em face desta grande ideia diretriz, nossa própria razão de ser. Por isso mesmo eu vos peço: 1º Dedicar um momento da oração, no decurso da vossa próxima reunião, em meditar esta grande lei das Equipes de Nossa Senhora; 2º Procurar juntos, numa troca de ideias sincera, de que modo progredir neste auxílio mútuo espiritual. Procuremos ver se a “partilha” sobre as obrigações2 dos Estatutos3 não precisa ser levada mais a fundo... Se a “abertura” de cada um de nós, ao confiar as próprias dificuldades e esforços, não deve orientar-se para uma simplicidade e uma franqueza maiores... Se

o estudo do tema não deve ser mais “sério” – quero dizer, procurar com mais realismo aquilo que as verdades descobertas irão transformar nos nossos pensamentos e nas nossas vidas... Não seria o caso de verificar ainda, se não poderia ser melhorada a nossa maneira de acolher - ou de solicitar - os conselhos dos nossos companheiros de equipe? Ou então, de ter a coragem de fazer aos outros as observações que lhes podem ser de utilidade? O que é verdade em relação à equipe de casais, é ainda mais verdade em relação à equipe conjugal: Auxiliar-se um ao outro em discernir os apelos e os desejos de Deus; auxiliar-se em responder com lealdade, coragem e presteza a estes apelos e a estes desejos: é a mais alta exigência do amor conjugal. Por ocasião da realização de vosso próximo “dever de sentar-se”, perguntai a vós mesmos, em presença do Cristo, de vosso casamento – e perguntai também a Ele – em que ponto vos encontrais a este respeito, e de que modo podereis daqui por diante praticar melhor esta lei fundamental do amor cristão.  Henri Caffarel

1 Editorial do Pe. Henri Caffarel publicado na Carta Mensal nº 1, de fevereiro de 1953. 2 Atualmente denominados Pontos Concretos de Esforço 3 Atualmente no Guia das Equipes de Nossa Senhora

CM 467

31

Raízes do Movimento

A gRANDE EXIgÊNCIA 1


Testemunho

O MESMO CORDEIRO EM TODO O MUNDO Em abril passado eu e minha esposa fomos fazer uma viagem para fugirmos um pouco da rotina e da correria diária. Deixamos nossa filha pequena com os meus sogros e seguimos para Cancun, para uma semana em busca de muito sol, diversão e descanso, mas uma surpresa especial estava reservada. Era domingo, véspera de retornarmos para casa, a saudade da Maria Luiza, nossa pequena, já apertava nossos corações. Nosso hotel tinha como característica proporcionar o relaxamento dos seus hóspedes, o ambiente era bem Zen, com aromaterapia e outros elementos do esoterismo. Porém, durante a semana, ficamos sabendo que aos domingos, no centro de convenções do hotel, eram celebradas missas a partir das 13h. Recebi essa informação do meu cunhado e fiquei meio cético no início pela característica do hotel e da própria cidade, mas, questionando um dos funcionários recebi a confirmação de que se tratava de uma missa católica. Nós nos programamos em sair da piscina mais cedo para participarmos da Celebração. Quando cheguei lá senti uma coisa diferente, uma paz, uma ardência no coração que só poderia vir de Nosso Senhor. Como o Senhor se revela na simplicidade, um altar acanhado com um crucifixo de metal singelo, mas que transfigurava o Cristo Crucificado, como vi em poucos. Havia lugares para umas 300 pessoas 32

sentadas, mas presentes ali estavam pouco mais de 15. Aqueles lugares vazios pareciam não cansar de perguntar: “Não eram 10 os curados”? As músicas eram puxadas por duas mulheres no canto direito dos bancos da frente, sem microfones ou instrumentos, somente as duas, com grande desprendimento. As melodias eram cantadas por elas carregadas de amor, com suas vozes suaves que me emocionaram bastante a cada canto. Na hora do Evangelho outro momento especial, Lucas capítulo 24, versículos de 35-48, falava dos discípulos de Emaús que corriam para avisar os outros sobre a experiência que haviam tido com Cristo, quando Ele mesmo havia caminhado ao lado deles, fazendo crerem na ressurreição. Como não crer? Eu me dei conta de que aquele momento de Cristo com os discípulos que precedia o Pentecostes, foi que me proporcionou estar ali, em outro país, confirmando a mesma fé no ressuscitado. Saí dali renovado, feliz, emocionado, com uma celebração tão simples diante de tantas que já vi, mas, sem dúvida, a que mais me mostrou que nossa fé é realmente universal, não tem fronteiras, para o mesmo Cristo, que num mesmo partir do pão reconhecemos “Aquele Que Quita El pecado del mundo”.  Rafaella e Nilo Eq.09E - N. S. Mãe da Divina Graça Florianópolis-SC CM 467


POR QUE JESUS CHAMA? Em 2004, fomos chamados pela primeira vez para servir ao Movimento e, desde então, não paramos mais. Fomos chamados para Casal Piloto e não nos negamos. Mas só quem já prestou esse serviço ao Movimento, sabe o quanto é gratificante a missão de caminhar com casais desejosos em conhecer um novo caminho em busca do crescimento da espiritualidade conjugal. Durante o cumprimento dessa missão, participamos da Hora Santa para discernimento de escolha do novo Casal Responsável de Setor. Lá, rezamos muito, conversamos bastante com Jesus e, após o Dever de Sentar-se, fizemos a nossa lista tríplice de possíveis casais que poderiam, perfeitamente, ser chamados para essa missão. É claro, que elencamos uma enorme lista de razões pelas quais jamais poderíamos ser chamados. Saímos de lá aliviados, pois afinal estava tudo bem explicadinho para Jesus. Mas para a nossa surpresa, quando preparávamos a reunião de pilotagem, recebemos um telefonema que nos deixou atordoados: era do Casal Regional dizendo que gostaria de nos fazer uma visita. Esse telefonema nos tirou o sono e a tranquilidade. Começamos a questionar Jesus. Senhor, nós Te explicamos naquela noite todas as nossas razões pelas quais não poderíamos aceitar esse convite. Nossa resposta, sem sombra de dúvidas, seria NÃO. CM 467

Mas sentimos nossa incoerência: pois queremos que outro casal assuma uma missão que julgamos muito pesada para nós, mas a julgamos leve para o outro! Tivemos coragem de votar em casais que tinham crianças pequenas, enquanto que nós, com os filhos já adultos, não tivemos a coragem de nos colocar à disposição do Movimento. Refletimos, ainda, sobre as maravilhas que Deus tem feito em nossas vidas. Após nosso não, o CRR nos ouviu muito calmamente e nos deixou bastante à vontade para decidirmos. Mas nos fez um questionamento: onde está o casal perfeito para assumir uma missão? A docilidade do então Casal Regional nos desmontou e nos encorajou a dizer “sim” ao chamado de Jesus para a missão. Toda inquietação se acabou no II Encontro Nacional, onde ouvimos a homilia do Frei Avelino – “CASAIS, IDE E EVANGELIZAI!”. Guardamos esse trecho: “Eu, casal, sou o importante para Ele e não a minha ação, pois esta é d’Ele, mais do que minha”. De fato, a missão é de Deus. Somos apenas instrumentos em suas mãos. Deus tem nos concedido todos os meios para facilitar o cumprimento da missão que nos foi confiada, a começar, colocando pessoas maravilhosas para nos ajudar. Outro grande ensinamento que aprendemos com o Frei Avelino foi: “Por que Jesus chama? Será 33


para dar uma tarefa que deve ser cumprida com urgência? Certamente não é esta a finalidade primeira do chamado. Deus chama primeiro para que fiquemos com Ele, para que nos tornemos seus amigos, para fazer-nos sentir que somos amados”. Esse ensinamento se confirmou quando passamos por uma grande tribulação e Jesus não nos abandonou. A nossa primeira netinha, a Olívia, que é portadora de síndrome de down, com apenas 03 meses de idade, teve que se submeter a uma delicadíssima cirurgia do coração e outra do intestino. A Olívia permaneceu por mais de dois meses internada numa Unidade de Tera-

pia Intensiva e durante todo esse momento de tribulação, sentimo-nos muito amados por Deus e por nossa comunidade equipista, que esteve em constante oração pela recuperação da Olívia e nos cercou de carinho e atenção. Querido casal equipista, “Deus, certamente quis e quer precisar da colaboração humana, da ação dos casais. Mas, mais do que da tua ação, Ele quer o teu coração”. Ao ser chamado para uma missão, não tenha medo. Diga sim a Deus!.  Tiana e Luiz Eq. 36B - N. S. Rosa Mística Brasília-DF

SER EQUIPISTA NO INÍCIO DO MATRIMÔNIO Faz quatro anos que estamos nas Equipes de Nossa Senhora e queremos contar, agora, as graças de mergulhar neste Movimento, ao mesmo tempo em que aprendíamos a ser casal. Fomos convidados, com apenas seis meses de casados, a entrar em uma equipe já formada há anos. Não tivemos dúvidas. Conhecíamos um pouco do Movimento e desejávamos participar mais da vida da Igreja. Queríamos voltar a servir a Deus, pois estávamos em uma cidade nova e afastados daquilo que vivemos quando éramos solteiros, envolvidos em grupos de jovens e universitários. Tanta organização e tantas “regras”! Como recém-casados e 34

detentores do status de “pessoas modernas e sem tempo”, nem de longe nossa vida era tão organizada. Como católicos envolvidos em outros movimentos, as regras não eram novidades - ler e meditar a Bíblia, por exemplo - mas viver tudo isso em casal seria uma inovação. Os outros casais, mais experientes em vida e convivência, com certeza riram de muitas de nossas opiniões jovens, cheias de autoridade e vazias de experimentação. Tínhamos, sim, muito conhecimento sobre ser Igreja, mas pouca vivência disso em casal. Ainda éramos independentes demais como pessoas para perceber que o matrimônio deve ser caminho para o céu. CM 467


Hoje, cremos que isso já mudou um pouco. Mas o que mais nos atingiu no Movimento das Equipes de Nossa Senhora não foi saber que os PCEs nos levam mais próximos a Deus, ou aprender que doar-se ao cônjuge e à família são caminhos de Santidade. O que mais nos toca é a capacidade de uma equipe se transformar em família. Envolver-se com o outro e significar algo, é difícil quando não existem laços sanguíneos. Percebemos que uma boa equipe consegue fazer isso e mais, como ter carinho e se sentir responsável

mesmo quando não concordamos com o pensamento e algumas atitudes uns dos outros. Sabe, ainda estamos longe de conseguirmos demonstrar nosso carinho por nossa equipe. A doação de nossa parte ainda é ínfima perto do que eles nos dão. Mas estamos crescendo como indivíduos, como casal, como Igreja. E agradecemos a Deus por nos mostrar um caminho tão belo.  Joseane e Fabiano Eq.04- N. S. Aparecida Santa Rita do Sapucaí-MG

amor e rotina Como todos vocês sabem, um dos grandes desafios do amor, qualquer que seja ele, é cuidar para que não caia na rotina. Infelizmente, entre muitos casais não é raro que isso aconteça, e com uma velocidade bastante rápida. Depois de alguns meses, aquele sabor de novidade vai passando, o entusiasmo vai diminuindo, e o que fica é o peso da vida: o trabalho, as responsabilidades, as diferenças de temperamento, os assuntos recorrentes etc. O que muitas pessoas esquecem é que o amor não pode parar! Nesse sentido, é muito importante termos presente esta verdade fundamental para o amor: “o fogo do amor mantém-se vivo quando se queimam coisas novas”. Essa imagem do amor comparado ao fogo me parece muito feliz. De fato, o amor é um fogo que pode CM 467

se alastrar cada vez mais, sem limites. No entanto, assim como o fogo, ele precisa ser alimentado. Da mesma maneira que precisamos alimentar continuamente o fogo, com carvão ou ar, para que ele não se apague, o amor precisa ser alimentado sempre. E como se alimenta o amor? Eu diria que de duas formas:

a) continuando a praticar os gestos de amor que existiam quando namorados: Muitos casais se esquecem de que aquilo que faziam quando eram namorados não pode parar quando se casam. O que faziam? - vestiam-se com a melhor roupa para o outro; - elogiavam continuamente o 35


outro: “você é a criatura mais bonita que eu já vi”, “você é demais”, “tudo o que você faz é maravilhoso” etc; - iam sempre a um restaurante, a um cinema; - davam-se presentes frequentemente; - comemoravam festas importantes: dia do início do namoro, dia do noivado, etc; - estavam sempre se abraçando e se acariciando; - ligavam um para o outro várias vezes por dia etc, etc. Será que essas coisas continuam acontecendo? Será que fui deixando de lado e s s es ges tos po r q ue me acomodei, porque a vida foi se tornando difícil, porque fui me decepcionando com o outro cônjuge? Nada disso deve ser obstáculo para o amor. O amor não pode parar! Se para, o fogo se apaga. b) tendo novos gestos e iniciativas de amor: A rotina não é própria do amor. Quem ama quer surpreender sempre a pessoa amada. Não é verdade? Nesse sentido, que iniciativas tenho tido? Que novidades? Que surpresas? Por exemplo: - vou hoje levar um buquê de rosas para a minha esposa; - vou hoje levar uma Nhá 36

Benta especial para o meu marido; - vou quebrar o esquema: é terça-feira e vou levar minha esposa ao cinema; - vou alugar um filme que meu marido adora e vou deixar tudo pronto para quando ele chegar em casa; - faz anos que não escrevo uma carta: vou escrever uma para a minha esposa e dizer que está num lugar escondido; - meu marido adora aquele jogador de futebol: vou comprar um DVD com os seus melhores gols, etc, etc. Será que estou pensando continuamente em ter essas novidades? Quando foi a última vez que tive uma iniciativa como essa? Como está o “fogo do meu amor”? Seja ele o amor a Deus, o amor ao próximo, o amor ao outro cônjuge. Tenho alimentado esse amor? Façamos o propósito de não esquecer esta frase valiosíssima para a nossa vida: “o fogo do amor mantém-se vivo quando se queimam coisas novas”! Coloquemos em prática essa verdade e nosso amor nunca deixará de ser uma brasa e uma brasa que cresce a cada dia.  Pe. Paulo M. Ramalho Contribuição de Nyza e José Eq.04D - N. S. do Carmo São Paulo-SP CM 467


Ficamos a imaginar o florilégio que as ENS poderiam formar, se cada equipista do mundo inteiro desse a conhecer a sua impressão pessoal e extravasasse o seu reconhecimento em referência ao nosso amado Servo de Deus, o nunca bastante louvado Padre Henri Caffarel. Aqui trazemos, por um imperativo de justiça e afeição, o nosso particular depoimento a respeito do nosso Fundador, desvelandolhe um aspecto mais intimista, ainda que nele, com seu grande coração, refulgisse sempre algo universal, proveitoso para todos. Referimo-nos a uma carta que dele recebemos nos idos de 1983, em resposta a uma mensagem que lhe havíamos enviado, quando lhe dávamos notícia dos laços de gratidão que a ele nos uniam bem antes de ingressarmos nas ENS, o que ocorreu em1980. Relatávamos-lhe, então, que já em 1968 nós dele nos valíamos, com seu prestimoso “O amor e a graça”, para a palestra sobre “O sentido do amor”, que abria o incipiente “Curso de Noivos” promovido pela Arquidiocese de Brasília. Comunicávamos-lhe, também, o gosto e o proveito de termos participado, na condição de “casal convidado”, do Primeiro Retiro das ENS realizado em nossa Cidade, no ano de 1974. Enfatizávamos-lhe ainda a forte emoção que representou o nosso ingresso nas ENS, quando desde logo assumimos (em 1983) a CM 467

responsabilidade de organizar o recém-criado Setor “D”. Cientes, à época, de que o Pe. Caffarel já se afastara do Movimento, não perdemos a oportunidade para observar-lhe o quanto a sua oração era, ela própria, um prestimoso serviço à causa equipista, com alcance já então bem ampliado. Externávamos-lhe, por outro lado, o nosso apreço por sua excepcional vocação de escritor, razão bastante para encarecer-lhe que continuasse infatigavelmente neste relevante ofício. Em sua car ta-resposta, Pe. Caffarel evidenciava toda a sua humildade ao afir mar que “l’encouragement est nécessaire, surtout pour ceux qui, comme moi, peinent beaucoup pour écrire” (o encorajamento é necessário, sobretudo para aqueles que, como eu, penamos para escrever). A razão maior deste depoimento concentra-se, todavia, no fecho de ouro daquela carta, em que Caffarel expressa, de modo inefável, um voto que, endereçado a nós, tem alcance que extrapola os limites da privacidade, alcançando todos os casais equipistas. Eis o que o nosso benemérito Fundador espera de cada família equipista: “Que seu lar seja uma ‘pequena Igreja’, onde o Cristo, no meio de vocês e por vocês, não cesse de adorar o Pai de imensa majestade e infinita ternura, e de interceder por nosso mundo enlouquecido”. Pelos benefícios incontáveis que 37

Pe. Caffarel

CAFFAREL INTIMISTA, UM DEPOIMENTO


nós, equipistas, haurimos da obra que nos legou Pe. Caffarel, “Profeta para o nosso tempo” e inspirado motivador do Sacramento do Matrimônio, não podemos deixar de revelar-lhe nossa gratidão, por palavras e atitudes, inclusive tornando-nos membros da “Associação dos Amigos do Padre Caffarel”, em adesão à causa de sua Canonização. Por oportuno, fazemos eco à conclamação feita por Cida e Raimundo–CRSR, na “Carta Mensal”

nº465. Justa é a aspiração de ver proclamados, pela Autoridade maior da Igreja, os méritos invulgares daquele a quem todos somos devedores em nossa vocação equipista. Do Céu, o nosso Padre Caffarel decerto saberá retribuir toda manifestação de carinho, gratidão e justiça, da parte daqueles que somos seus beneficiários.  Marly e Francisco Eq.23D - N. S. do Bom Conselho Brasília-DF

BODAS DE DIAMANTE

ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO PADRE CAFFAREL INSCRIÇÃO OU RENOVAÇÃO 1. Pagar no Banco do Brasil a Contribuição Anual Conforme valores a seguir: • Membro associado ...........R$ 33,00 • Casal associado .............. R$ 50,00 • Membro benfeitor ........... R$ 83,00 (ou mais) Banco do Brasil 001 - Agência no 1636-5 Conta corrente 44747-1 - Equipes de Nossa Senhora 2. Escrever, em letra de forma, no verso do recibo do banco o nome completo de cada um dos cônjuges (no caso de casal) ou da pessoa que está associado, ou preencher a ficha abaixo. Obs. No caso de tratar-se de uma Equipe, além de ser o nome da Equipe deve ser acrescentado o nome do Setor, da Região e da Província. 3. Enviar o recibo do depósito bancário e ficha de inscrição para o Secretariado Nacional: Rua Luís Coelho, 308, 5o andar cj. 53 – 01309-902 – São Paulo FICHA DE INSCRIÇÃO Novos Associados Sobrenome _____________________________________________________________ Nome ______________________________ CPF ______________________________ Código Postal _______________ Cidade ___________________________________ E-Mail _________________________________________________________________ Data: _______/_______/________

38

Assinatura____________________________

CM 467


Notícias

Janette e Wanderlei Comemoraram, no dia 30.05.2012, 60 anos de casados com uma Mis-

sa celebrada pelo SCE da equipe Pe. Cristiano, na Paróquia Santa Teresa de Jesus. Estiveram presentes seus 09 filhos, 19 netos, 03 bisnetos, além de muitos amigos e os casais da Eq.05C - N. S. Aparecida em Porto Alegre-RS a qual pertencem. Louvamos e agradecemos a Deus e a Mãe Maria Santíssima pela vida deste casal. BODAS

Neusa e Orlando Integrantes da Eq.12B - N. S. de Guadalupe em Bauru-SP, celebraram no dia 08.07.2012, seus

DE OURO

Aparecida e Manoel Integrantes da Eq.01A - N. S. Aparecida em Mogi das Cruzes-SP, comemoraram suas memoráveis Bo-

das de Ouro Matrimoniais no dia 07.07.2012. São 50 anos de união e testemunho de casal cristão junto CM 467

à família e Equipe. O Senhor opera maravilhas na vida desse casal!

50 anos de união conjugal junto com seus 04 filhos, 06 netos, parentes e equipe. O ponto alto da comemoração foi a missa celebrada na Paróquia Universitária do Sagrado Coração de Jesus pelo Pe. Enedir. Foi um momento muito importante para o Casal, que agradeceu tantas graças recebidas, principalmente nas funções que exerceram dentro da Igreja e do Movimento.

JUBILEU DE PRATA DE EQUIPE

39


Eq.05A - N. S. da Paz No dia 08.08.2012 comemorou seus 25 anos de fundação com

uma Celebração Eucarística em ação de graças na Capela de N. S. dos Aflitos, local do lançamento da equipe na missão evangelizadora das ENS. A celebração contou com a participação do atual SCE Pe. Samuel Briano e do Frei Paulo Amâncio, (ex-conselheiro da Eq.05). Após a celebração da Santa Missa, houve um jantar com todos os casais e SCE.

JUBILEU DE OURO SACERDOTAL Pe. Arlindo Armando de Gaspari No dia 25.01.2012, a Eq.03 N. S do Rosário em Limeira-SP com muita alegria participou das solenidades comemorativas d o s 5 0 a no s de sacerdócio do seu SCE, também pároco da Igreja de Santa Terezinha da nossa cidade. Sempre presente na vida de todos os paroquianos. Quantos batizados! Quantos ca40

samentos! Quantas famílias receberam orientações para viver uma vida cristã! Destacou-se como “pescador de homens”, na busca incessante por vocações sacerdotais e acompanhamento dos jovens do seminário, praticamente trilhando com eles o caminho até a ordenação. Sempre como um verdadeiro pai assistindo os seus filhos. Há 44 anos, ele é SCE da nossa Equipe, fazendo parte das nossas famílias, aceitando-nos com as nossas limitações e sempre nos fazendo crescer. Estamos cheios de orgulho e emoção. Parabéns, Padre Arlindo, e que Deus, que nos abençoou com a sua presença, lhe dê saúde e mantenha o seu entusiasmo por muitos anos!

ORDENAÇÃO SACERDOTAL Pe. Eufrazio Morais Sacerdote no dia 14.04.2012 pela imposição das mãos do Arcebis-

po Dom Orani Tempesta na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro. Frei Wagner Gleyson Theodoro, ofm CM 467


No dia 10.08.2012, na Paróquia Santuário N. S. de Lourdes, na cidade de Garça-SP, pela imposição das mãos e Prece de Ordenação de Dom Frei Irineu Andreassa, ofm, Bispo Diocesano de Lages (SC). Frei Wagner é SCE das Equipes 03 - N. S. das Graças e 14 - N. S. das Famílias.

VOLTA AO PAI

CATHERINE NADAS Jornalista Responsável pela Carta Mensal Durante longos anos, Catherine (filha do Casal Hélène e Peter Nadas, da Eq.04D - N. S. do Desterro em São Paulo-SP) foi a Jornalista Responsável da nossa Carta Mensal. Cathy, como era mais conhecida por todos, faleceu no último dia 10.09.2012 e seu nome agora será substituído por outro. Mas como constou à p. 40 da Carta Mensal de setembro/2012, esse não foi o único serviço prestado por ela à Igreja e ao Movimento. Ela lançou, nos anos 90, as Equipes Jovens de Nossa Senhora no Brasil. Nessa tarefa, ela percorreu incansavelmente o Brasil de norte a sul e de leste a oeste, viajando em ônibus, visitando todos os lugares onde existia algum movimento ligado às Equipes e voltado para jovens. Conseguiu engajar o primeiro casal acompanhador, Therezinha e Ronaldo Wimmer, que trabalharam com ela durante aqueles primeiros anos pioneiros, realizando inclusive o primeiro Encontro Nacional das EJNS em Aparecida. Para Cathy, o reconhecimento e os agradecimentos pela valiosa colaboração para com o nosso CM 467

Movimento e as Equipes Jovens de Nossa Senhora, confiantes de que ela foi recebida pelo nosso Bom Deus na sua nova morada. Mila (do Osmar) No dia 27.06.2012 Integrava a Eq.03D N. S. das Graças Infinitas São Paulo-SP Adeilza (do Cícero) No dia 28.07.2012 Integrava a Eq.01 N. S. das Graças Maceió-AL Calil (da Zezé) No dia 12.08.2012 Integrava a Eq.01B N. S. Aparecida Catanduva-SP Maria José (do Laerte) No dia 09.09.2012 Integrava a Eq.02 N. S. do Sagrado Coração Americana-SP José Fabri (da Adalgisa) No dia 13.09.2012 Integrava a Eq.01 N. S. Auxiliadora Valinhos-SP

Um padre muito experien41


Reflexão

o enterro da igreja te foi nomeado pároco de uma Igreja no interior. Lá chegando, percebeu que o seu apostolado seria difícil, pois, de fato, aquele povo não queria nada com a Igreja. O padre convidava para a missa e não aparecia ninguém, convidava para um encontro e não vinha ninguém, nem para o terço o povo aparecia. Fez até convites para uma festa, mas não apareceu ninguém. O padre ia ficando cada vez mais desanimado. Um dia resolveu visitar as casas da cidade, para falar sobre as necessidades da comunidade e orientar sobre a importância do dízimo. Em todas as casas que entrava, ouvia a mesma coisa: “Que é isso, seu vigário? Esse negócio de dízimo já era. A igreja aqui já morreu há muito tempo”. Foi aí que o padre teve uma ideia: já que a igreja morreu, vamos enterrá-la. E anunciou pelos quatro cantos da cidade que no dia e hora tal, que haveria o enterro da Igreja. O povo lotou a igreja para ver o enterro. O padre havia preparado um enorme caixão de defunto. O povo cantou e rezou mais do que nunca. Foi a missa mais bonita e animada que já se viu naquela cidade! No final da missa, antes de levar o caixão para o cemitério, o pa42

dre convidou todo o povo para dar um adeus ao defunto, aliás, a defunta igreja. Um a um e em fila, combinou, também, o seguinte: quem beijar a defunta e achar que está morta e que deve mesmo ser enterrada, fique de pé; quem a beijar e mudar de ideia, achando que não devemos enterrá-la, fique sentado. Aconteceu uma coisa engraçada. Todos os que passavam pelo caixão, e olhavam lá dentro, saiam assustados e corriam para sentar. Uns ficavam vermelhos, outros sérios, mas todos queriam sentar bem depressa. Ninguém queria enterrar a igreja. Alguns sentaram até no chão, em qualquer canto, mas ninguém ficou de pé. Havia um profundo silêncio. O padre colocara um enorme espelho dentro do caixão. O povo, ao olhar o caixão, via a própria imagem e percebia que o defunto era quem estivesse olhando. Foi assim que aquela cidade compreendeu que a Igreja é o povo. Não participar da comunidade, não dar o dízimo seria enterrar a Igreja, seria enterrar cada um deles.  Pe. José de Anchieta Romão Bezerra (Colaboração da Eq. da CM) CM 467


EJNS

ENCONtRO NACIONAl DAS EjNS Entre os dias 7 a 9 de setembro aconteceu no Centro Marista São José das Paineiras, em Mendes, interior do Rio de Janeiro, o décimo terceiro Encontro Nacional das Equipes de Jovens de Nossa Senhora (EJNS). Sob o tema “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5), o Encontro reuniu mais de 300 equipistas de todo o Brasil, entre jovens, casais acompanhadores e conselheiros espirituais. Missas, adorações ao Santíssimo Sacramento, palestras, reza de terços, interequipes e festas, contribuíram com momentos únicos de partilha e vivência em comunidade: as missas foram presididas pelo Conselheiro Espiritual do Secretariado Nacional, Padre Demétrio Gomes – missas de sexta e domingo –, e pelo Padre Leandro Lenin, diretor-executivo da Jornada Mundial da Juventude e reitor do Seminário Menor do Rio de Janeiro, no sábado. Nas adorações foram experimentadas as maravilhas que CM 467 462

Deus pode fazer em nossas vidas quando nos entregamos a Ele de coração aberto. As palestras, por sua vez, deram ao Encontro Nacional um toque de formação. Vida de Oração, Sexualidade, Jornada Mundial da Juventude (JMJ), além do tema central do encontro, foram alguns dos assuntos abordados pelos palestrantes Denis Duarte, Adriano Gonçalves – ambos da Comunidade Católica Canção Nova – e pelos Padres Demétrio e Leandro. As interequipes foram pensadas para que os participantes pudessem trocar experiências, bem como discutir sobre os tópicos abordados em cada uma das palestras. E como a JMJ está prestes a acontecer no Brasil, cada uma das interequipes foi “batizada” com os nomes e as histórias dos patronos e intercessores da Jornada. Os participantes puderam também conhecer um pouco mais sobre as vocações cristãs no Fórum de Vocações: em meio aqueles 43


que partilharam suas experiências estavam o casal Graça e Deo (Setor Brasília); o Padre Demétrio Gomes; o seminarista Robson (conselheiro espiritual no Setor Rio de Janeiro); a irmã Franceli (Conselheira Espiritual no Setor Barreiros); e a equipista Sílvia (Setor Rio de Janeiro), que falou sobre suas expectativas em se tornar leiga consagrada. Além disso, duas festas animaram as noites dos que estiveram presente no Centro Marista: na sexta-feira, um Luau onde os jovens puderam conversar e se conhecer um pouco mais. Já no sábado, a festa EN Samba Social Clube foi invadida por “malandros e damas” com diferentes sotaques que mostraram todo o seu suingue e alegria. Foram momentos de muitas risadas, bate-papo descontraído e diversão. Cabe destacar a participação dos casais acompanhadores, que foi algo realmente emocionante. Pela primeira vez um Encontro Nacional contou com a presença recorde dessas figuras que são fundamentais na caminhada dos jovens nas EJNS; afinal, eles são o exemplo de família e matrimônio. Vieram para Mendes, de diferentes partes do país, 14 casais integrantes das Equipes de Nossa Senhora (ENS), Movimento que foi peça-chave para a participação de alguns jovens no evento, já que alguns deles só puderam estar presentes no Encontro Nacional devi44

do ao apadrinhamento dos casais equipistas. Palavras não seriam capazes de expressar a gratidão pela ajuda e pelo apoio recebidos por cada casal das ENS. Se as EJNS existem foi porque os jovens se inspiraram em vocês. Vocês são parte de nós! O Encontro Nacional das EJNS proporcionou aos equipistas três dias de muitas bênçãos. De Norte a Sul do Brasil, aqueles que lá estiveram afirmaram terem saído renovados e motivados a dividir todo o aprendizado e as experiências vividas com os demais jovens de seus setores. A semente foi plantada e, certamente, ela caiu em terreno fértil. Não há dúvidas de que muitos frutos brotarão Brasil afora a partir desse importante evento. Apesar de sabermos que não é fácil, temos a certeza de que se estamos juntos, Maria olha por nós. Que continuemos assim, unidos no amor, por Cristo através de Maria. Se você ainda não conhece as EJNS, acesse o site www.ejnsbrasil.com.br e procure pelos equipistas do movimento em seu Estado. Incentive seus filhos, sobrinhos, afilhados e todos os jovens que conhecerem a fazer parte das EJNS. Seja um casal acompanhador também. Lembre-se: sua experiência de vida pode ser a diferença na vida de um jovem. Pense com carinho nesse convite e até o próximo Encontro Nacional!  Nathalia Vianna e Diogo Diniz Coordenação de Comunicação EJNS Brasil CM 467


Meditando em Equipe Cristo Rei! – expressão tão fácil de se pronunciar e propalar, e tão lógica para todos nós, cristãos! Afinal, Ele é “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (1Tm 6,15; Ap 17,14; 19,16). Porém, ao mesmo tempo, tão difícil de se encaixar nas nossas molduras culturais. Reza a sabedoria popular: “Quem foi rei nunca perde a majestade”. Mas Ele perdeu: seu retrato oficial nada tem de régio; é um condenado, contorcendo-se de dor numa cruz! O problema é que o seu reino não é deste mundo (Jo 18,36); e nós só conhecemos reinos deste mundo. Talvez, neste ponto, possa trazer-nos alguma luz Napoleão Bonaparte, mesmo arrotando arrogância: “Alexandre, Júlio César, Carlos Magno e eu construímos grandes impérios; mas todos na base da força. Somente um conseguiu construir um império imenso na base do amor: Jesus Cristo"!

Escuta da Palavra em Ap 1, 4-16 Sugestões para a meditação: 1. Quem é o João que aparece nos vv. 4 e 9? 2. Conte quantas vezes aparece o número 7 neste texto. Qual o seu significado bíblico? 3. Comente esta frase (na tradução da Bíblia de Jerusalém): “Ele fez de nós uma Realeza e Sacerdotes para Deus, seu Pai” (v.6). 4. Por que esta expressão: “no dia do Senhor” (v.10)? Frei Geraldo de Araújo Lima, O.Carm.

Oração Litúrgica “Digno és tu de receber o livro e de abrir seus selos, pois foste imolado e, por teu sangue, resgataste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. Deles fizeste, para nosso Deus, uma Realeza e Sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra. Em minha visão ouvi ainda o clamor de uma multidão de anjos que circundavam o trono, os Seres vivos e os Anciãos - seu número era de milhões de milhões e milhares de milhares - proclamando em alta voz: Digno é o Cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor! E ouvi toda criatura no céu, na terra, sob a terra, no mar, e todos os seres que neles vivem proclamarem: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro pertencem o louvor, a honra, a glória e o domínio pelos séculos dos séculos! Os quatro Seres vivos diziam: “Amém!”, e os Anciãos se prostraram e adoraram” (Ap 5,9-14)!


Passagem de Responsabilidade

Província Leste

Província Nordeste

Equipes de Nossa Senhora Movimento de Espiritualidade Conjugal R. Luís Coelho, 308 • 5º andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (0xx11) 3256.1212 • Fax: (0xx11) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.