ENS - Carta Mensal 461 - Abril/2012

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Eq u ipe s d e No ssa Senhora EDITORIAL

FORMAÇÃO

Da Carta Mensal. ............................... . 01

Operários de Deus ..... ... ....... .. ...... ....... 22

SUPER-REGIÃO

TEMA DE ESTUDO

Palavra do SCE.. ........................ .. ........ 02

Fazer o mesmo como Jesus ................ 23

Fé Firme e Doutrina Segura ... .... ....... 03

Administradores da obra de Deus .. .. .. 24

O Plano de Deus para o casal .. .......... 04

Um só coração e uma só alma ........ .. . 25

CORREIO DA ERI

VIDA NO MOVIMENTO

Notícias Internacionais .... .. ................. 06

Formação para CRS .. .... ........ .... .......... 27

Juntos rumo a Brasília ........ ............. ... 1O

EACRE/ 2012 ............ .... .. ..... .. ............. 28

XI ENCONTRO INTERNACIONAL

RAÍZES DO MOVIMENTO

Padre Caffarel e Brasília 2012 ...... .... ... 13

Espiritualidade interesseira .............. ... 30

Brasília e as profecias .... ........ .. ... .. ..... 14

O compromisso ........ .... .. .. .. .. ............. 31

IGREJA CATÓLICA

TESTEMUNHO

Campanha da Fraternidade 2012

"Millenium" ............... .. ........ .. .............. 32

fraternidade e saúde pública .............. 16

"Fomos conduzidos ao serviço" ........... 33

Páscoa .......... .. ................ .. .......... .... ... 17

A dádiva de ser casal

Casal, Luís e Zélia protótipo do

responsável de equipe ...... .. ............... .. 34

casal equipista ............ .. .. .. .. .. ............. 19 A Celebração da Páscoa .............. .... .. 20

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO

MARIA Um sim renovado ...... .. .. .. ...... .. ........... 21 y

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Carta Mensal

Edição: Equipe da Carta Mensal Zezinha e Jailson (responsáveis) Fátima eJoel

NOTÍCIAS ..... .. .......... .. ............... .. ...... . 36 REFLEXÃO O abraço .... .... ... .... .. ......... .... .. .. ......... 40

_,

é uma~ mensal das Equipes de Nossa Senhora Registro "Lei de Imprensa" n• 219.3361ivro B de 09.10.2002

Marta, Maria e os PCEs ..................... .. 35

Glasfira e Resende Paula e Genildo Zélia e Justino Frei Geraldo de Araujo Uma - O. Carm. Jornalista Responsável: Catherine E. Nadas (mtb 19835) Diagramação Samuel Uncon Silvério

Edição e Produção: Nova Bandeira Prod. Editoriais R. Turiaçu, 39(l<j. 115 l'l!rdizes 05005-000 - São Pau~P Fone: 11 3473.1282 Imagem de Capa: istockphoto lmpressáo: Prol Tiragem desta edição: 22.000 exemplares

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:

Carta Mensal R. Luís Coelho, 308 5° andar - co nj . 53 01309-902 - São Paulo - SP Fone: (Oxx 11 ) 3256. 1212 Fax: (Oxx11) 3257.3599

cartamensal@ens.org .br NC Zezinha e Jailson


Queridos irmãos: Parece que foi ontem, estávamos a escrever-lhes o editorial da carta mensal de abriV2011! Mais uma quaresma estamos vivendo, mais um tempo de refletirmos no mistério da paixão de Jesus Cristo e trabalhar nossa conversão, para com Ele ressuscitar no domingo pascal, mais fortalecidos na fé e com novo ardor missionário. Para nos ajudar, Pe. Miguel fala do objetivo e importância das Visitas da Super-Região realizadas a cada ano, lembra-nos as orientações propostas para este ano e sintoniza tudo com a provocação do Tema de Estudo 2012: Vai, e também tu, faze o mesmd' (Lc 10,37) . Em conformidade com as Orientações de Vida para o ano equipista, Cida e Raimundo refletem conosco um assunto tão antigo e tão atual: a mística dos Pontos Concretos de Esforço na busca das 3 atitudes, que precisamos despertar para sermos cristãos verdadeiros. Graça e Juarez, com uma linguagem até certo ponto poética, embasada na Sagrada Escritura, falamnos do Plano de Deus para o casal. Do Correio da ERI, via Tó e Zé, nos chega um relato detalhado do trabalho que as Equipes Satélites fazem e o valor que têm para a internacionalidade do Movimento. Nele, encontraremos também um importante testemunho do Sacerdote Conselheiro Espiritual dessas Equipes. Ainda nesta Bandeira é

Tema: "'Vai, e

concluída a viagem pelo tempo para recordar todos os Encontros Internacionais que o Movimento viveu. Sobre o Encontro Internacional, dois interessantes artigos falam do cunho profético de que se reveste a realização deste Encontro em terras brasileiras. Muito rica a bandeira Igreja Católica, com artigos de conselheiros e casais, recheados de conteúdos pertinentes ao tempo e também atemporais, como o são os assuntos da nossa fé. Para nós, casais, um belíssimo testemunho do Marcello da Esther, que nos fala da necessidade de alimentarmos nosso amor conjugal, e de como o Dever de Sentar-se pode ajudar-nos a encontrarmos a forma de fazê-lo. Não temos espaço para destacar todos os artigos que, sob a luz do Espírito Santo, foram selecionados para compor esta nossa carta mensal. Portanto, pedimos que leiam com o dom do entendimento e com o coração os artigos das demais Bandeiras e sintam se não há uma sintonia especial, como se um irmão completasse o que o outro quis dizer, incluindo nossos SCEs, que foram pródigos em colaboração com nossa

carta. Agradecidos, rogamos ao Pai que nos permita viver em plenitude a riqueza da quaresma, para festejarmos com fecundidade uma Feliz Páscoa! • Zezinha e Jailson CR Equipe da Carta Mensal

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CM 461

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"O convido a reavivar o dom de Deus que está em você" (2Tm 1,6) , nesta visita muito especial.

Nos últimos anos, a Equipe da Super-Região Brasil tem feito visitas fraternas de unidade às suas Províncias. A cada ano, uma Província diferente é visitada. Nesse mês a Província irmã visitada é a SUL III. É um momento forte , da graça do Senhor; momento que expressa, de modo especial, a unidade do Movimento, no desejo do cumprimento fiel das orientações desse ano, respondendo de forma profética, em sintonia com o carisma fundador, aos desafios atuais do Movimento no Brasil: o resgate da "Mística dos PCEs e da Partilha", o "Encontro de Equipes Novas", o trabalho com a "Pastoral Familiar", a nova proposta para os "Casais Idosos e Equipes Antigas", a ênfase do valor da "Ligação em nível de Setor" e a alegre e orante preparação para o nosso XI Encontro Internacional de Brasília . A visita nos mostra que , embora vivamos em diferentes regiões geográficas, formamos uma só Equipe , em Cristo. A visita fraterna de unidade da Equipe da Super-Região é uma confirmação da unidade e uma afirmação de "que o espírito que dá sentido à proposta do Movimento das ENS, a orientação que leva os casais a se transformarem em uma procura de comunhão com Deus, 2

isto é, a sua Mística, está baseada na presença do Cristo na comunidade (equipe) , no auxílio mútuo praticado pelos casais, cuja vivência tornar-se-á testemunho no lar, na equipe, no trabalho, na sociedade , enfim , no mundo" (Vem e segue-me, fascículo 1) . Em sintonia com o Tema de Estudo do ano, - muito provocativo - "Vai, e também tu, faze o mesmo" (Lc 10,37) , as ENS são chamadas a voltarem o olhar para o próximo e a "OUSAR O EVANGELHO". Afinal as ENS não são "um fim em si mesmas, mas um meio a serviço de seus membros e de todo o Reino. Elas permitem aos casais viverem, em comum , tempos fortes de oração, de coparticipação e de partilha, com o acolhimento do amor do Pai e o compromisso missionário, assumido por todos, de revelar este amor ao mundo, para transformá-lo." (Vem e segue-me , pilotagem , unid. 1). Portanto, somos todos convidados a orarmos pelo bom êxito da Visita à Província SUL III , pois todo o Brasil estará lá, representado pela Equipe da Super-Região Brasil. Um carinhoso abraço. No Coração de Jesus, • Pe. Miguel Batista, SCJ. SCE da Super-Região Brasil CM 461


FÉ FIRME E DOUTRINA SEGURA Amados irmãos: Entre os monges, a humildade é o que os anima a buscar a verdade e a fazê-los abraçar sua própria terrenidade e humanidade (Griin). Nesta afirmação há duas palavras chave: "humildade" e "humanidade". Nelas está a essência dos valores e atitudes que identificam o verdadeiro cristão.

Nas equipes, lugar que escolhemos, voluntariamente, para progredir espiritualmente, como pessoa e em casal, somos orientados a ir despertando atitudes que levam a um modo de viver mais cristão. As ENS põem à disposição dos casais que querem "investir" no seu matrimónio "meios concretos de ajuda". Meios que devem ser compreendidos como um processo de interiorização. E, vivenciados com amor, seriedade e criatividade, eles nos proporcionarão revestir-nos de mulheres e homens novos. Eis a nossa esperança! Contudo, é preciso muito trabalho, muito treinamento da liberdade interior, o que conhecemos pelo nome de ascese, sem a qual torna-se difícil possuir a Deus. Aí está a mística dos Pontos Concretos de Esforço. Entendidos como caminhos, eles nos ajudam a determinar a medida de nossa vida, tomando-a nas mãos, em vez de permitir uma imposição de fora. São Paulo fala dos atletas que se abstêm de tudo para ganhar uma coroa perecível. Com base neste modelo, ele nos exorta a "correr" para conseguir um prêmio melhor, CM 461

uma coroa imperecível (I Cor 9, 25).

A nossa "corrida" equipista é exclusiva. Ela visa a uma meta (noia) . Como? 1. Escutando a Fblavra Deus, não quando temos vontade, mas diariamente. Reservando cada dia um momento para um encontro a sós com o Fbi. Com a mesma assiduidade, dirigindose os cônjuges a Deus na Oração Conjugal. Compreendendo o plano de Deus para o casal no Dever de Sentar-se e apresentando a nossa vida sob o olhar de Deus no Retiro anual. Esta é a vontade de Deus para nós. 2. Tomando consciência de nós mesmos, assumindo nossas verdades, construindo e trabalhando a partir delas, com a ajuda de Regras de Vida. Vivenciando um sincero diálogo com o cônjuge no Dever de Sentar-se. Isto é buscar viver a e na verdade. 3 . Encontrando-se com o Senhor na Escuta de sua Palavra, na 3


Oração Pessoal, no Retiro. Encontrando-se marido e mulher, para, juntos, acolherem Cristo na Oração Conjugal e no Dever de Sentar-se. Assim agindo, teremos experimentado a beleza do encontro e comunhão.

Esses são meios muito especiais que as Equipes nos dão de

presente para sa borearmos a "comunhão" com o Pai, o cônjuge, os filhos , com a Igreja e o mundo. Que a humanidade de Cristo e a humildade de sua Mãe nos ajudem a fazer a passagem! Feliz Páscoa! • Cida e Raimundo CR Super-Região

O PLANO DE DEUS PARA O CASAL O Senhor Deus disse: "Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer uma auxiliar que lhe corresponda". (Gn 2, 18) Sabemos que Deus estabeleceu um plano de amor para nós, homens e mulheres, conduzindo-nos a uma felicidade plena ao seu encontro. Este plano de Deus visa contemplarnos com uma vida posterior a esta, mas idealiza desde já nossa felicidade a partir desse mundo. Assim sendo, Deus criou homem e mulher para serem felizes. Nossa vida deve ser uma preparação para outra maior, para a plenitude junto dele. Ao constatar a solidão do homem no Paraíso, Deus começou a preocupar-se com a sua felicidade . O "não é bom que o homem esteja só" denota a preocupação de Deus pelo seu bem-estar. Fala-se de solidão. A solidão indica a falta de acabamento do homem. Ele tem uma relação com Deus, mas é insuficiente, não basta; tem também uma relação com 4

as demais criaturas: os animais e a natureza, mas não lhe bastam; há tristeza e insatisfação. Para superar tal deficiência, Deus, em sua infinita bondade, se manifesta ao fazer "uma auxiliar", uma companheira, uma parceira igual ao homem, completando-o. Quando Deus apresenta a mulher ao homem, este é tomado de uma profunda alegria, exclamando: "Esta, sim, é osso de meus ossos, carne de minha carne! Ela será chamada mulher, porque foi tirada do homem! " (Gn 2, 23) . Este trecho da história da salvp.ção é a mais CM 461


maravilhosa e singular descrição do amor. É o amor de Deus revelado no amor do homem e mulher. Concluindo sua obra da criação, Deus institui o casamento entre homem e mulher, conclamando: "Por isso um homem deixa seu pai e sua mãe, se une à sua mulher, e eles se tornam uma só carne" (Gn 2, 24) . Homem e mulher vivendo a unidade no amor, realizam a comunhão de suas qualidades "numa só carne". Chamado e preparado para isso pelo próprio Deus: "Crescei e multiplicai-vos" (Gn 1, 28), esta vocação, como nas outras, homem e mulher se completam de uma forma admirável. A complementaridade dos órgãos sexuais só é compreensível na revelação do carinho com que Deus se debruçou sobre o ser humano, dignando-se a elevá-lo a participar de um poder que é só dele: a criação. Deus dá a vida; homem e mulher, numa cooperação mútua e complementar, são também transmissores de vida. Ato de uma sublimidade insuspeitável, em que o humano "esbarra" no divino e o divino invade o humano. O casal, exercendo um ato que é próprio de Deus: a transmissão da vida, e Deus "colaborando" com o humano, infundindo no novo ser gerado uma centelha de Si próprio, que é a alma espiritual e imortal. Tornar-se uma só carne significa mais que o ato sexual. Significa que o casal compartilha de tudo que possui, não apenas os corpos, os bens materiais, mas também os sentimentos, alegrias e tristezas, esperanças e temores, sucessos e fracassos. Tornar-se uma só carne significa, CM 461

também, que duas pessoas fundiramse numa só (corpo e alma), embora permaneçam duas pessoas distintas. Este é um grande mistério do casamento, assim como é grande o mistério da Santíssima Trindade: o casal, então, é imagem trinitária de Deus. O casamento é a base, o caminho que nos leva à santidade. É no casamento onde se realiza, de uma forma privilegiada, o Plano de Deus para o casal. Criado à imagem e semelhança de Deus é no casamento que, no plano humano, o casal vai realizar em plenitude esta sua razão de ser. Só Deus pode nos colocar no caminho do verdadeiro amor. Nosso encontro como casal não foi casual. Havia por trás de tudo o que os céticos chamam de "destind', mas nós que temos fé chamamos "Plano de Deus", um projeto carinhoso e individualmente traçado para nos fazer felizes e rea-lizados nesta e na outra vida. O casal, que busca vivenciar o amor, reconhece no outro, marido e mulher, um instrumento que Deus colocou no caminho para sua salvação. "Abençoa-nos, Senhor. Abençoa nosso amor.. . Somos muito fracos, mas queremos que nosso Matrimónio Te glorifique tanto quanto Tu esperas... Oh, Deus, que resides realmente em nossas almas, faz-nos inteiramente um para o outro, e para aqueles que nos tens confiado. Que sejamos um só coração, totalmente para Ti." (Pe. Caffarel - Centelhas de sua Mensagem, p . 14) •

Graça e Juarez CR Província Leste 5


NOTÍCIAS INTERNACIONAIS "E fazei tudo o que Ele vos disser" (Jo, 2 ,5)

É verdade, chegamos ao fim! Foram quase cinco anos de intenso trabalho para que se pudessem satisfazer os pedidos feitos pelas SRIRR à ERI, no Colégio de Lourdes, em 2006. Que excelente serviço prestaram os casais que formaram estas Equipes Satélites às Equipes de Nossa Senhora! Tivemos a graça de o poder testemunhar, acompanhando e coordenando os seus trabalhos. Presenciamos desde o princípio a disponibilidade e o entusiasmo que todos os casais das diferentes Zonas que integraram as ES puseram no seu trabalho para que a missão que lhes foi pedida fosse cumprida. O discernimento, feito em perfeita colegialidade para que a internacionalidade experimentada fosse um caminho de unidade, foi, podemos hoje afirmá-lo, porque o sentimos, obra do Espírito Santo. Conseguir ultrapassar as dificuldades, causadas pela existência de culturas e línguas tão diferentes, só foi possível pelo Amor que o Senhor derramou sobre todos estes casais, que iluminados e animados pelo sopro do Espírito, souberam construir verdadeiras equipes. Hoje, com estes casais, provenientes dos diferentes cantos do mundo, fazemos integralmente parte da vida uns dos outros. Como poderão observar, os assuntos abordados pelas ES são muito variados e tentaram responder às necessidades sentidas pelas SR!RR, 6

tentando ir ao encontro dos anseios e perspectivas dos casais das Equipes de Nossa Senhora. Conteúdos tão diversos, mas tão prementes e importantes, relacionados com o carisma do Movimento (Espiritualidade Conjugal} , a Missão, a Formação, a Reunião de Equipe, a Mística dos Pontos Concretos de Esforço e da Partilha, a situação dos Casais Jovens, a problemática das Equipes mais Antigas, foram refietidos e desenvolvidos pelas ES, estando hoje à disposição de todos os casais e conselheiros espirituais. Foi também elaborado um livreto sobre o fundador do nosso Movimento- Henri Caffarel: profeta do sacramento do Matrimônio - para que todos os equipistas possam conhecer o essencial da sua vida e obra, mas também do seu pensamento. A seguir apresentaremos a lista de documentos elaborados, que os casais poderão consultar no site internacional, a partir de julho já que os últimos documentos serão distribuídos às SR!RR no próximo Colégio de Brasília. Foram formadas seis ES, duas de caráter permanente (Pedagogia e Formação) e outras quatro de caráter temporário (Equipes Antigas, Casais Jovens, Padre Caffarel e Espiritualidade Conjugal) , que trataram somente dum assunto específico. E como os casais destas Equipes têm acima de tudo nome e rosto, vamos apresentá-los em seguida. CM 461


1. ES Pedagogia

Esta equipe é formada pelos casais Regina e Cleber Marin, da SR Brasil (coordenadores), Sylvia e Andres Merizalde, da SR Hispano-América; Anne e Edward Franco, da SR E.U.A; Lourdes e Carlos Sobral, da SR Brasil. Trabalhos produzidos: - "A Formação nas ENS: Um caminho" - As Fichas de Formação: • Inicial • Permanente Trabalhos produzidos: - Documento oficial: "A Reunião de Equipe" - Temas de Estudo

• Específica Léxico de termos das ENS Tempo de atividade : quatro anos e meio

• "A Reunião de Equipe" • "A Mística dos PCE e da Partilha"

3. ES Equipes Antigas

• "O Casal das ENS em Missão"

Esta equipe é formada pelos casais Mary e Peter Hayes , da SR Transatlântica (coordenadores) ; Marie-Armande e Xavier de Thieulloy, da SR França; Myriam e Bernard Dautricourt, da SR Bélgica.

Tempo de atividade: quatro anos e meio 2. ES Formação

Esta equipe é formada pelos casais Rosa Bejarano e Ramon Acosta, da SR Espanha (coordenadores) ; Livia Gregorietti e Silvio Valdes, da SR Itália, Paula Mauricio e António Pimentel, da SR Portugal; Astrid Reitsperger e José Javier Gil Gomez, da SR Espanha. CM 461

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Trabalho produzido: - "As Equipes de Nossa Senhora e os seus idosos. " Tempo de atividade: dois anos 4. ES Casais Jovens Esta equipe é Jormada pelos casais Eduarda e Alvaro Gouveia e Melo, da SR Portugal (coordenadores) ; Gaia e Vito Lipari, da SR Itália; Angela e Ron Waanders, da SR Oceânia. Trabalho produzido:

- "Os Casais Jovens nas ENS, hoje . Que realidade?" Tempo de atividade: dois anos e meio.

Trabalho produzido: - "Henri Caffarel: Profeta do Sacramento do Matrimônio"

5. ES Padre Caffarel

Tempo de atividade: dois anos.

Esta equipe é formada pelos casais Nicole e Bruno Coevoet da _SR_ França (coordenadores) ~ Joseph1pe e Ghislain Kisamba, da SR Africa Francófona; Maria e Agustin Fragueiro, da SR Hispano- América.

6. ES Espiritualidade Conjugal

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Esta equipe é formada pelos casais Constanza e Alberto Alvarado da SR Hispano-América (coorde~ nadares) , Mariola e Elizeu Calsing, da SR Brasil; Teresa e Duarte da Cunha, da SR Portugal; Marie e Gabriel Peeters, da SR Bélgica. CM 461


Trabalhos produzidos: - Documento "A Espiritualidade Conjugal" -Tema de Estudo "O Caminho da vida espiritual em casal" Tempo de atividade: três anos. Todos os documentos das Equipes de Nossa Senhora, desde os documentos oficiais aos temas de estudo, vivem da dinâmica e amor que as equipes de base lhe imprimem. Contamos, por isso, com as estruturas do Movimento para ajudar a pôr em marcha toda esta riqueza, fazendo chegar os documentos aos equipistas, de modo a que estes possam também usufruir dos conhecimentos e experiências transmitidas, fruto de um discernimento profundo, generoso e fiel ao espírito do Movimento. Queremos deixar um público agradecimento a todos os casais que participaram neste importante trabalho, bem como ao padre Ricardo Londõno, Conselheiro Espiritual de todas as ENS e nosso suporte, que conseguiu sempre dar o apoio espiritual e teológico de que necessitávamos. Também ele vos quer dizer o que foi trabalhar por todo o mundo, como Conselheiro Espiritual das ES. CM 461

"Há seis anos, recebi uma chamada telefónica do outro lado do oceano. Era a Maria Carla e o Carla a convidarem-me a partilhar uma experiência maravilhosa. Não sem medo, aceitei o apelo, baseado na responsabilidade que são assumidos em face da minha fragilidade. E no decorrer destes últimos cinco anos vivi a bela experiência de acompanhar as Equipes Satélites e os seus trabalhos, como padre Conselheiro Espiritual. Este acompanhamento não foi como é o habitual nos Conselheiros Espirituais duma Equipe de base ou de serviço. Tem as suas próprias características e modalidades diversas. Mas, foi uma ocasião de realizar, de viver e de exprimir o sentido profundo que no Movimento têm a Fraternidade, a Colegialidade e a Internacionalidade.

Casais das ENS que, a partir das diferentes Super-Regiões e Regiões ligadas diretamente à ERI, com a sua diversidade de culturas, de costumes, de línguas, numa palavra, de História, uniram-se para uma reflexão comum, um discernimento colegial e uma permuta de ideias animada para produzir documentos de interesse comum. Poucas reuniões presenciais, mas numerosos emails, cantatas via Skype, Facebook, telefone, mensagens instantâneas, etc. Foi uma chegada contínua de emails à minha caixa 9


de e-mails, fruto do muito trabalho realizado pelas Equipes Satélites, que foram tomando forma , que precisavam de ser corrigidos, clarificados... até se conseguir o consenso: frutos que, pouco a pouco, fomos recebendo.

Como padre Conselheiro Espiritual, a minha presença foi simples e discreta, mas definitivamente unidos na oração e na Eucaristia. Algumas palavras, mas muita disponibilidade e afeição; alguns contatos, mas atenção às exigências precisas. Em resumo, um presente precioso que o Bom Deus me deu no decorrer destes anos, nas pessoas da Tó e do Zé,

Casal Responsável das ENS no seio da ERI e de tantos casais das ENS, com os quais vivi esta experiência inesquecível. A Deus, glória eterna ." Apesar de as palavras não transmitirem a riqueza do serviço que se viveu, agradecemos a Deus o caminho percorrido. As dificuldades fizeram-nos crescer em humildade. Na diversidade das culturas , vivemos a colegialidade e a internacionalidade. Na união das orações e na partilha da nossa vida verificamos uma vez mais como é grande o Amor de Deus. • Tó e Zé

JUNTOS RUMO A BRASÍLIA Com este artigo concluímos a nossa viagem pelo tempo para recordar todos os Encontros Internacionais que o Movimento viveu. O último Encontro, o décimo, foi o de Lourdes , que se realizou de 16 a 21 de setembro de 2006, com cerca de 8 .000 participantes. Pode ver-se que o tema deste Encontro - "ENS - Comunidades vivas de casais, reflexo do amor de Cristo" - retomou a mesma linha de compromisso missionário de que decorre a vocação do nosso Movimento. Este é um aspecto que nunca podemos perder de vista: as equipes são verdadeiras e autênticas células da Igreja 10

de Deus. A pequena comunidade que cada equipe constitui contém elementos capazes de transformar os limites e os problemas de cada pessoa e de cada casal em novas oportunidades , inéditas e desconhecidas, numa caminhada harmoniosa que vai do ideal à realidade concreta, porque se trata de uma comunidade de fé reunida, como Igreja, em torno de Jesus. Equipes que vivem a sua fé na pequena história de cada membro e na grande História da humanidade . Mas também uma comunidade que ama, que está atenta às necessidades dos outros. Um amor que não ignora os CM 461


erros e as fraquezas, mas que está sempre pronto a perdoar, a compreender. Um amor à procura do indefinido e do infinito. Um amor que procura a verdade do coração. Um amor que se entrega com confiança aos desígnios de Deus Pai. Só assim poderemos ser reflexo do amor de Deus. E eis que chega o próximo Encontro Internacional, entregue à responsabilidade das equipes do Brasil, em julho de 2012 . Não sabemos em qual das três etapas de que falamos podemos colocar este próximo Encontro. Muito provavelmente, vai inaugurar uma etapa nova! Podemos concluir o nosso percurso lembrando que: • Pela primeira vez, após 10 encontros, o Movimento vai sair da Europa para se encontrar no Brasil, país muito amado pelo Pe . Caffarel e que foi o primeiro a acolher a sua mensagem. Esta escolha querida por todos os responsáveis das Regiões e Super-Regiões, durante o Encontro de Roma 2009, e plenamente partilhado pela ERI, é uma escolha forte que , apesar de todas as dificuldades que implica, exprime o sentimento geral de que o Movimento das Equipes de Nossa Senhora só será verdadeiramente internacional a partir do momento em que tiver havido um encontro fora da Europa. A mudança de continente será radical: significará uma mudança de hábitos, um desenraizamento, um CM 461

contato com realidades que não são conhecidas, sobretudo dos europeus e dos de outras partes do mundo, senão por ouvir dizer. Temos aqui uma grande expectativa que nos implica a todos e que compete ao Brasil transformar em realidade . O Brasil é hoje a maior Super-Região do mundo, tanto em número de casais como em número de equipes. O dinamismo, a fidelidade aos ensinamentos do Pe . Caffarel, a maneira de estar alegre e descontraída dos nossos irmãos brasileiros são para todos nós um presente precioso. No momento atual em que só se ouve falar de problemas, de dificuldades, de dúvidas, de cansaços, todos nós queremos ser contagiados por essa alegria, todos nós desejamos ir, ver e viver, porque o Brasil tem esse poder de atração. Estamos a crer que se espera que o Brasil renove o fogo do entusiasmo dos equipistas do mundo inteiro para a vida do Movimento. O tema escolhido, o verbo escolhido - ousar- exprime esse desejo de voltarmos a pôr-nos em ação fazendo da escolha das Equipes de Nossa Senhora uma escolha forte e significativa, um leitmotiv capaz de acompanhar a nossa vida. • Em Brasília não haverá uma catedral que nos possa acolher a todos; de fato, a catedral tem capacidade para cerca de mil pessoas, e nós 11


seremos muitos mais . Mas um encontro não tem necessariamente de se realizar num lugar sagrado, porque o lugar sagrado é aquele em que os equipistas se encontram reunidos em nome de Jesus . Estamos certos de que em Brasília, ainda que não estejamos num santuário, como de costume , seremos capazes de viver este Encontro com o mesmo espírito de peregrinação, de fé e de espiritualidade que até agora tem caracterizado cada Encontro Internacional das Equipes. • Antes de terminar, queremos manifestar os nossos agradecimentos à Cida e ao Raimundo Araújo, casal Super-Região Brasil, que nos acolherão, e ao casal Graça e Roberto Rocha, que , com grande generosidade e espírito de serviço, aceitou e tomou

sobre si a importância fundamental de ser o coordenador geral deste 11° Encontro. E não podemos esquecer todos os casais brasileiros - e são muitos- que , ao longo destes últimos três anos, se dedicaram inteiramente à realização deste acontecimento. • Gostaríamos de terminar consagrando este proxtmo Encontro e colocando-o nos braços maternais de Maria, Nossa Senhora. Fazemo-lo através desta oração, composta por um Conselheiro Espiritual , Mons. Ricardo Dias Neto, já falecido. Este padre não participou em nenhum dos 1 O Encontros Internacionais, mas pareceu-nos que esta oração exprime tudo o que temos no coração enquanto esperamos este Encontro. • ERI

AVE MARIA DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA Ave Maria, Mãe de bondade, vela pelas famílias Dá-lhes graça e proteção, a tua caridade, a paz e a esperança Que elas sejam neste mundo exemplos de humildade. Mãe, nós amamos-te, tu és o nosso modelo Mãe, as equipes só querem imitar-te Faz com que cada uma seja perfeita na unidade . Protege o Movimento que todos os dias cresce Que ele não conheça as trevas, pois é o teu olhar que o guia Que ele saiba ser Igreja e luz no mundo E forme a imensa multidão de todos os que caminham para Deus Pai.

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CM 461


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X I Encontro Internacional

Equipes de Nossa Senhora

PADRE CAFFAREL E BRASÍLIA 2012 Em 2003 , estiveram no I Encontro Nacional das ENS do Brasil, o CR pela ERI, Gérard e Marie-Christine de Roberty e o SCE do Movimento, Monsenhor François Fleischmann. Foi sua percepção de que, no Brasil, o Pe. Caffarel continuava vivo, que deu origem à abertura do processo de beatificação de nosso fundador. No ano passado, falamos da internacionalidade das ENS em Colóquio organizado em Paris com o objetivo de aprofundar o conhecimento da pessoa e da obra do Pe. Caffarel. Para dar um testemunho que não fosse só nosso, promovemos uma pesquisa em todo o país, buscando conhecer a visão que os equipistas brasileiros têm do Pe . Caffarel. E CM 461

a constatação foi a mesma. Entre nós,

Henri Caffarel está vivo e continua inspirando as nossas equipes na busca da espiritualidade conjugal. Acreditamos que no Brasil, a pessoa do Pe . Caffarel está viva por obra e graça do casal que trouxe o Movimento para o país, Nancy e Pedro Moncau. A correspondência que mantiveram com o Padre, o seu esforço para trazê-lo para cá em várias oportunidades, as suas permanentes referências a ele foram decisivas para que seu espírito permanecesse entre nós. As palestras de 13


Nancy Moncau em particular, nos últimos anos de sua vida, que tanto emocionaram a todos nós, sempre nos remetia à pessoa ou às palavras do Pe .Caffarel. Demonstrando sua visão internacional, foi a Pedro Moncau que, numa carta datada de janeiro de 1950, Caffarel confiava: "Uma de minhas principais preocupações é de estabelecer comunicação com todos aqueles que, nos quatro cantos do mundo, trabalham no mesmo sentido", isto é, com grupos de casais que "buscam a santidade, . nem menos " . nem mazs A preocupação do Pe . Caffarel com a internacionalidade se traduziu, ao longo dos anos, na realização dos grandes En-

contras Internacionais. Tivemos a graça de estar em todos os que foram realizados desde 1976 (duas vezes em Roma , duas vezes em Lourdes , uma vez em Fátima e uma vez em Santiago de Compostela) e podemos dizer que mesmo naqueles realizados sem a sua participação e depois de seu falecimento, sua presença era sensível para todos os participantes. O nosso próximo Encontro Internacional será em Brasília. Temos a certeza de que , de perto de Deus onde está , o Servo de Deus Henri Caffarel acompanha essa nova reunião de seus filhos equipistas que continuam perseguindo aquele mesmo objetivo: no e pelo sacramento do Matrimônio, a santidade "nem mais

nem menos". • Hélene e Peter Eq.03D - N. S . do Desterro São Paulo-SP

BRASÍLIA E AS PROFECIAS Brasília tem como padroeira Nossa Senhora Aparecida e como copadroeiro São João Bosco, que em 1883, teve um sonho, cuja interpretação levou os entendidos a verem nele a profecia da criação de Brasília, inaugurada em 1960. O surgimento das ENS em Brasília é fruto de duas tentativas . A primeira ocorreu na dé14

cada de 1960. Os casais que levavam a empreitada regressaram para São Paulo, devido a uma mudança de governo que ocasionou a perda de seus empregos . Já a segunda, ocorrida em 1972, teve como incentivador o Frei Jamaria La Pilla de Sortino, capuchinho italiano que viera do RJ para trabalhar na Nunciatura Apostólica. Ele era SCE das ENS CM 461


no Rio e trouxe de lá casais equipistas para implantar o Movimento. Em outubro de 1974 iniciou a nossa equipe , a de n°. 6. Naquele tempo Brasília participava dos EACREs no Rio, e lá fomos nós para o nosso primeiro EACRE, no Colégio São Bento. Ao retornarmos do EACRE nos reunimos para "arredondar" os ensinamentos trazidos. Terminada a reunião fomos no carro do Felippe (da Sofia) , com o Frei Jamaria, para a festa de aniversário da Sueli (do Israel) . Ao passarmos da Asa Sul para a Asa Norte , no Eixo Monumental, o Frei olhou para o lado do Congresso Nacional e profetizou: "um dia os equipistas do mundo inteiro se reunirão nesta cidade e vocês estarão na organização do Encontro". A nossa reação foi de riso e perguntamos se ele estava dormindo, pois aquilo parecia sonho (como o de Dom Bosco) , e ele respondeu : "não estou dormindo não! Vocês verão! " No I Encontro Nacional, durante o Ato Público, na Esplanada dos Ministérios, nos lembramos de que o Frei Jamaria quase acertara. Tínhamos ali gente de todo o Brasil, um casal e um sacerdote franceses , representantes da ERI, e um casal colombiano da Zona América. Se a "profecia" não estava totalmente confirmaCM 461

da pelo menos tinha "batido na trave". Agora que o XI Encontro Internacional realiza-se em Brasília, chegamos a nos emocionar. O que foi profetizado há 37 anos está prestes a se realizar, contra todas as expectativas humanas, pois os dez encontros anteriores ocorreram em cidades santuários da Europa. Em breve poderemos dizer que a "profecia" do Frei Jamaria realizou-se de verdade, pois "o mundo das Equipes se reuniu em Brasília". É preciso escutar o que Deus nos quer falar. Contamos com as orações de todos para que tudo aconteça de acordo com a vontade d'Ele . Até julho! Brasília espera-os de braços abertos e coração em festa . •

Elsa e Renato CR p/ Logística do XI E! ENS Brasília-DF 15


CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012 FRATERNIDADE E SAÚDE PÚBLICA Desde 1964 que a Igreja no Brasil promove a Campanha da Fraternidade. Em 1981 o lema dessa Campanha era: Saúde para todos. Na época, o Papa João Paulo II abria a CF com a seguinte mensagem: boa saúde não é apenas ausência de doenças: é vida plenamente vivida em todas as suas dimensões pessoais e sociais. Entre as 8 Metas do Mi/ênio que a ONU se propôs no início da década de 1990 com referência às ações sociais a serem alcançadas até 2015, estão: Redução da mortalidade infantil, Melhoria da saúde materna, Combate a epidemias e doenças, Garantia da sustentabilidade ambiental. Desde o Primeiro Testamento - vejam os livros do Deuteronômio, 2 Crónicas, 2 Samuel, Eclesiástico- encontramos a doença ligada ao pecado e a saúde ligada ao bem-estar, à prosperidade, à cura e ao perdão como faces da mesma moeda. O Segundo Testamento traz dezenas e dezenas de passagens - diversas parábolas - mostrando os cuidados de Jesus e seus Apóstolos com os doentes de todo tipo: Eu vim para que tenham vida, uma grande vitalidade (Jo 10,10). A Quaresma é o tempo em que as reflexões (o Ver e o Julgar) e as práticas (o Agir) ocupam de modo especial os propósitos de conversão dos fiéis: a Quaresma é o caminho que nos leva ao encontro do Crucificado-Ressuscitado.. . 16

A oração, o jejum e a esmola indicam o processo de abertura necessária para sermos tocados pela grandeza da vida nova que nasce da cruz e da ressurreição (Texto Base) . A CF 2012 tem por tema Fraternidade e Saúde Pública e por lema Que a saúde se difunda sobre a terra (Eclo 38,8). A conversão, desta vez, clama pelo empenho de todos e todas na luta por uma saúde pública que priorize as necessidades dos milhões de brasileiros que só têm o SUS como recurso. O Objetivo Geral da CF 2012 resume estes apelos quando diz: Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de CM 461


uma vida saudável, suscitando espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde. No vídeo que a CF 2012 produziu para divulgar a campanha, Pe. Leo Pessini lembra uma frase de João Paulo II: O sofrimento no mundo existe para provocar o homem. Nesta quaresma ele vem, com certeza, para provocar em nós uma conversão de visão, de sentimentos, de atitudes em relação ao irmão com a mesma misericórdia com que o samaritano cuidou de seu próximo caído no caminho de Jerusalém para Jericó. Esta parábola (Lc 10,30) mostra em sete verbos (n. 190 TextoBase) como e com que espírito o cristão deve cuidar do outro: Ver; Compadecer-se; Aproximar-se; Curar; Colocar no próprio animal; Levar à hospedaria; Cuidar. É este

espírito de samaritano que deve tomar os cristãos nessa Campanha da Fraternidade! Nós não cuidamos do outro por simples ideal cidadão, por simples identidade étnica ou partidária, muito menos por autossatisfação, mas por misericórdia, que é o amor próprio de Deus para com seu Filho e para conosco. Esta postura nos lembra a opção evangélica preferencial pelos pobres, tantas vezes lembrada nos documentos da Igreja e, recentemente, confirmada por Aparecida em 2007. Como neste caso, a atitude do cristão diante do próximo deve ser motivada pelo exemplo de Jesus Misericordioso Crucificadoressuscitado. Uma Santa Páscoa! • Pe. Jarbas Brandini Outra Eq.OlA - N. S . Mãe Imaculada São José do Rio Preto-SP

PÁSCOA O comércio, na sua propaganda consumista, sempre diz: "Natal, a festa máxima da cristandade". Porém, quando olhamos sob o ponto-de-vista da fé , a festa máxima da cristandade é a Páscoa, Ressurreição do Senhor. No Natal, nasce o Homem Jesus, Salvador, mas indefeso. Na Páscoa, é o Cristo Redivivo, vencedor da morte, para que tenhamos vida e a tenhamos em plenitude (Cf. Jo 10, 10). CM 461

O nosso povo criou a tradição de encher as Igrejas na Sexta-Feira Santa, acompanhar a procissão do enterro.. . Mas o "Cristão Pascal" olha sob uma nova ética: não é apenas acreditar que Cristo ressuscitou na história, mas fazer com que Cristo ressuscite na própria história. A procura da sexta-feira santa, isolada de todo o contexto do Tríduo Pascal retrata um cristianismo sem compromisso. 17


Outros ainda, sem entender o verdadeiro sentido da conversão quaresmal, se propõem a uma penitência unicamente para a quaresma, mas não para a vida: faz-se o sacrifício de deixar de fumar ou beber, alguma abstinência alimentar, mas, na Páscoa, em vez de ressuscitar com Cristo, volta ao velho defeito, aos velhos vícios. E o próprio Jesus é enfático, ao recordar: "Quero a misericórdia e não o sacrifício" (Mt 9, 13) . Uma das passagens mais lindas que o Evangelho de Lucas nos traz é o episódio dos discípulos de Emaús: - Naquela época, somente viagens a pé, uma distância de 11 km percorridos, na tristeza da lembrança da morte de Jesus, quando este, ressuscitado, lhes aparece. Não é reconhecido, mas vai lhes abrindo a mente para a compreensão das Escrituras até se dar a conhecer ao partir o pão, isto é, na partilha. Qualquer pessoa, após uma longa caminhada de 11 km, principalmente ao anoitecer, teria direito ao justo descanso, mas a experiência de Jesus ressuscitado provocou neles o contrário: retornaram os mesmos 11 km para testemunharem a ressurreição de Jesus junto aos Apóstolos. Vamos trazer isso para o nosso hoje : tivemos nós a oportunidade de fazer a profunda experiência do Ressuscitado em nossa vida? E quais as consequências? O que significaria hoje para nós voltar aqueles 11 km? Poderia ser: 18

• a reconciliação com um algum desafeto; • o envolvimento com a verdadeira vida pastoral da Igreja, sem alienações; • a retomada mais forte dos PCEs, em nossa vida de Equipistas; • uma maior atenção aos filhos ; • ao menos um dia no mês, desligar a TV e preencher esse tempo com alguma atividade útil , seja de melhorar a convivência familiar, seja a visita a algum velho amigo que não temos tempo para ver, porque nossas ocupações diárias são "muito importantes". Enfim, cada um poderia descobrir onde deve acontecer a Ressurreição de Jesus em nossa vida. Quando os discípulos de João Batista foram perguntar a Jesus: "És tu o que há de vir ou devemos procurar outro?", Jesus não disse nem que sim , nem que não, mas responde : "Os cegos veem , os surdos ouvem, os coxos andam ... " Traduzindo: "Olhem para o que eu faço e tirem as conclusões". Da mesma forma , se alguém nos perguntar se Jesus ressuscitou dentro de nós, será que poderíamos responder a mesma coisa? • Pe. Antônio José Cordeiro SCEMinas!V Jesuania-MG CM 461


CASAL, LUÍS E ZÉLIA PROTOTIPO DO CASAL EQUIPISTA (PAIS DE SANTA TEREZINHA)

No dia 19 de outubro de 2008, um grande acontecimento se realizou na Igreja católica. Pela segunda vez na história da Igreja, foi beatificado um casal cristão, Zélia e Luís. O papa Bento XVI estava elevando à glória dos altares, os bem-aventurados pais de Santa Terezinha. Eles ascenderam a esta honra por virtudes próprias, porque foi um casal que vivenciou a dignidade matrimonial; praticou a espiritualidade conjugal, saboreando todas as graças advindas do sacramento do Matrimônio. Em 13 de julho de 1858, Luís Martin se casa com Zélia Guérin, na Igreja de Nossa Senhora de Alençon. Nesta cidade francesa, ele exerce a profissão de relojoeiro e ela, a de rendeira das famosas rendas de Alençon. Ele experienciou na sua meninice, um cristianismo aberto, solidário e de amor ao próximo, vivido pelos seus pais. O seu pai, capitão Martin, oficial do exército napoleônico, tinha uma grande devoção ao Santíssimo Sacramento, e nas cidades por onde ele passava, sempre procurava uma Igreja para diante do Sacrário, de joelhos, adorar a Hóstia Consagrada, que para ele era a presença física de Cristo na terra. Esta devoção foi seguida por Luís, durante toda a sua vida. Zélia fora criada em um cristianisCM 461

mo estreito e de rígido moralismo, onde tudo era pecado, por isso, viveu uma infância triste e cheia de escrúpulos. Quando eles se casaram, Zélia solicitou ao marido, muita compreensão, porque eles deveriam viver como irmãos, semelhantes a Maria e José até que ela se acostumasse com a sua situação de esposa. Neste ínterim, o casal procura aconselhamento de um padre, que se tornou seu diretor espiritual. Este padre convenceu Zélia da importância do casamento cristão no plano de Deus para a criação, dizendo-lhe que o casal cristão com filho era o Ícone da Santíssima Trindade . Depois de dez meses, Zélia resolveu coabitar com Luís. Viveram um casamento repleto de amor, pleno de felicidade a caminho da santidade. Ela dizia, em carta a sua irmã: "Continuo muito feliz com Luís, que torna a minha vida mais doce". "Que santo homem é o meu marido! Desejo para todas as mulheres do mundo um marido como ele, meu bom Luís". Tiveram nove filhos , dos quais somente cinco crianças sobreviveram. Eram cinco meninas, que se tornaram religiosas da ordem das "Carmelitas Descalças", sendo a última, Terezinha, futura Santa Terezinha do Menino Jesus e da Divina Face, padroeira das missões e doutora da Igreja. Diz-se que cada filha que Luís entregava ao Carmelo, ele tinha a sensação de desapego semelhantemente a 19


Abraão ao entregar o seu filho Isaac para o sacrifício. Depois de um matrimónio feliz, morreram em santidade, primeiro Zélia e depois Luís. Por tudo isso, podemos considerar esse santo casal, o verdadeiro protótipo dos casais das Equipes de Nossa Senhora. Desperta-nos a atenção para a

importância do Sacerdote Conselheiro Espiritual na orientação dos casais na caminhada para a santidade, como o fez o diretor espiritual de Zélia e Luís. •

Lourdinha e Falcão Eq.02B - N. S. da Saúde Recife-PE

A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA

A palavra "páscoa" vem do hebraico pessach e significa "passagem". A celebração da Páscoa de Jesus começa com a Quaresma. São sete semanas, durante as quais a Igreja prepara os fiéis para uma consciente acolhida da mensagem da cruz de Jesus e da sua gloriosa ressurreição. A seguir vem a Semana Santa como preparação mais intensa do tríduo sacro: quinta, sexta e sábado santos. O domingo da Páscoa é a celebração gloriosa da ressurreição do Senhor. Cumpre lembrar que todos os domingos do ano são a multiplicação do domingo da Páscoa. E o ciclo pascal termina com a festa de Pentecostes. 20

A noite da Páscoa (sábado santo) tem seu significado próprio: é Cristo que ressuscita dos mortos eliminando as trevas do pecado, resplandecendo com a aurora da sua ressurreição. A vigília pascal, a noite de sábado santo é a mãe de todas as vigílias e pertence ao Domingo que o Senhor consagrou com a sua ressurreição. Nós cristãos temos a certeza de que o crucificado, na véspera de um sábado, foi morto e sepultado, mas ao amanhecer do primeiro dia da semana (domingo) apareceu, ressuscitado a Maria Madalena. Este "primeiro dia da semana" - cada domingo lembra aos cristãos a ressurreição de Cristo, une-os a Ele em sua Eucaristia e nos faz viver para a expectativa da 2a vinda de Cristo no fim dos tempos (cf lCor 15,24). O termo "páscoa" não só designa o mistério da morte e da ressurreição de Cristo, nem só o rito eucarístico semanal ou anual: designa também o "Banquete" celeste para o qual todos caminhamos. •

Erenita e Attanazio Eq.02B- N. S . das Vitórias Brasilia-DF CM 461


Internacional XI Encontro

Equipes de Nossa Senhora

0RAÇÃO E REFLEXÃO ENCONTRO III Os roteiros de oração e reflexão foram preparados pelo Pe. Roberto Rossi e pelo casal Annina e Giampaolo Martinelli, respectivamente SCE e CRR da Região Nordeste A da Super-Região Itália, para Carta Mensal Italiana nQ163. Os 8 temas preparados pelos nossos irmãos italianos. Estão sendo públicados desde a Edição da CM 460 (Fev/Mar) até a CM.463 (jun/Jul) de 2012 São 2 temas a cada edição. Tradução: Hermelinda e Arturo - CP Sul I - Brasil


Ousar o Evangelho do Amor Conjugal

Introdução o logotipo de Brasília 2012 , "o casal no barco, de N das, simboliza a experiência da espiritualidade uma espiritualidade encarnada na vida cotidiana que leva os

conltiimlfl.'~~t~~::

posos a caminharem juntos sustentando-se reciprocamente nas alegrias, nas esperanças e nas dificuldades da vida" . Estamos agradecendo ao Senhor ter-nos feito encontrar as ENS e estarmos "embarcados" em um Movimento que ajuda a viver com fé e alegria o sacramento do Matrimônio, para testemunhar que é possível a dois esposos amar "como Cristo ama a Igreja sua esposa". Devemos ousar o evangelho do amor, sobretudo para as jovens gerações frágeis e atemorizadas frente às exigências do amor verdadeiro. Para sua aceitação da felicidade que surge do amor, não devemos temer anunciar também o amor exigente mas verdadeiro de Deus.

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A Palavra de Deus (Efs, 25-32) Vós, maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a Palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria came; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja - porque somos membros de seu corpo. Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher e os dois constituirão uma só came (Gn 2,24). Este mistério é grande, quero dizer, com referência a Cristo e à Igreja.

Reflexão

r··

"A ciência e a arte de santificar-se no e através do Matrimônio é a espiritualidade conjugal. Trata-se de cristianizar toda a vida familiar. Antes de tudo, trata-se de buscar o sentimento cristão de toda a realidade familiar e de perguntar-se: No fundo, qual é o pensamento de Deus sobre o amor, sobre a paternidade e a maternidade, sobre a sexualidade, a educação, sobre todas as grandes realidades do casal? Não se trata, no entanto, de descobrir, mas de querer realizar o ideal de Deus nestes campos. É preciso então buscar aquilo que normalmente é chamado de estilo cristão do casal: o estilo cristão das relações entre as pessoas: entre os esposos, entre os pais e os filhos, entre pais e avós, entre o casal e os amigos; um estilo cristão da moldura: da casa, das refeições, das despesas; um estilo cristão das atividades cotidianas: o trabalho, o tempo livre, o levantar-se, o ir dormir, as vigilias, a hospitalidade. Como fazer para que tudo isso seja cristão, pareça cristão, que tudo isto transpareça a graça do Cristo? Um estilo cristão dos dias: o domingo não é vivido como no sábado, o sábado como na quinta-feira, a quinta-feira como os outros dias da semana; um estilo cristão dos grandes acontecimentos: o nascimento, a doença. as provas, o casamento, a morte ... Viver de maneira cristã estes acontecimentos. E tudo isso para que Deus seja glorificado em cada coisa. como dizem os beneditinos. Por fim, não ficando a família isolada na cidade e na Igreja, esta espiritualidade conjugal e familiar é também uma espiritualidade do empenho do casal nos deveres humanos e nos deveres eclesiásticos". (Padre Henri Caffarel) III


Salmo 133 (132) Oh! Como é bom e como é suave que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião. Porque ali o Senhor ordena a bênção, a vida para sempre ..

ORAÇÃO Ó Deus, que no grande mistério do Teu amor consagrastes o pactO conjugal como símbolo de união de Cristo com a Igreja, permiti aos esposos cristãos expressarem na vida o sacramento que receberam na fé. Por Jesus Cristo, teu Filho Nosso Senhor e nosso Deus que vive e reina com Vós, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Nossa Senhora Aparecida, intercedei pelo XI Encontro Internacional das ENS. IV


Encontro XI Internacional

Equipes de Nossa Senhora

ORAÇÃO E REFLEXÃO ENCONTRO IV


Ousar o Evangelho

Introdução o logotipo de Brasflia 2012, "o barco quer dar um sentido: os cônjuges que "navegam juntos" na vida, na da espiritualidade, na missão e no serviço à Igreja e ao mundo". proposta das ENS não visa apenas ajudar o casal no caminho da espiritualidade, mas a sentir-se parte de um povo no caminho, que são as outras equipes, que é a Igreja toda. O caminho que percorrem juntos ajuda todos a se sentirem parte do "barco de Pedro" e com ele, com seu sucessor, Bento XVI, para acolher o convite que o Senhor dirige agora à sua Igreja: "lança-te ao largo". A decisão de escolher as amarras não pode senão basear-se na confiança na Palavra do Senhor: "Sobre tuas palavras lançarei as redes" . Em um mundo que tem medo do futuro, perde a esperança no amanhã, que vem tentando permanecer no porto das falsas seguranças do bem-estar, devíamos ousar o evangelho, não devíamos temer anunciar esta Palavra que, sozinha, pode ajudar a enfrentar o mar aberto da vida.

N

VI


A Palavra de Deus

(Lc, 5.1-11)

Estando Jesus um dia à margem do lago de Genesaré, o povo se comprimia em redor dele para ouvir a palavra de Deus. Vendo duas barcas estacionadas à beira do lago, - pois os pescadores haviam descido delas para consertar as redes-, subiu a uma das barcas que era de Simão e pediu-lhe que a afastasse um pouco da terra; e sentado, ensinava da barca o povo. Quando acabou de falar, disse a Simão: Fazete ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. Simão respondeu-lhe: Mestre, trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos; mas por causa de tua palavra, lançarei a rede.

Reflexão Duc in a/tum, Faze-te ao largo é o convite poderoso que o Senhor faz através do Papa (João Paulo II) para que enfrentemos corajosamente os desafios da evangelização no terceiro milênio recém-iniciado e façamos assim &utificar os tantos dons derramados em nossos corações durante o Ano santo, na memória viva dos dois mil anos da Encarnação do Filho de Deus. Longe de ser marcado pela nostalgia ou pelo olhar voltado apenas ao passado, o tempo que estamos vivendo está projetado para as grandes responsabilidades que aparecem. para a aventura alegre de lançar agora as redes para a pesca e de experimentar, como e mais que nos dois mil anos transcorridos, o poder da Palavra de Deus. Somos chamados a recomeçar pela Palavra, a brincar sobre toda a nossa vida de solteiros e de Igreja: Sobre a tua palavra lançarei as redes (Lc 5.5). Estamos certos que o Senhor saberá então admirar-se com a sua fidelidade e com as suas surpresas. Pois Deus não cessa de falar à Igreja e à história, o olhar voltado para a estrada percorrida sem que, a partir da Palavra, siga imediatamente para a frente, para uma escuta renovada do Senhor que fala, para um renovado impulso no serviço da causa da Sua Palavra na qual fomos criados (gv1, 1-3) e pela qual fomos enviados como discípulos para a comunidade humana (conf. Mt 10, 16; 29, 19s). O grande sopro que se consegue pela Palavra é também o sopro do Espírito que impulsiona a vela do barco da Igreja ao largo do mar da história, infundindo força e coragem para seguir adiante e sonhar um amanhã preparado por Deus para nós". (Cardeal Cario Maria Martini) VII


Do Salmo 119 (118) Para sempre , ó Senhor, a tua palavra está firmada nos céus. A tua felicidade se estende de geração a geração; tu fundaste a terra, e firme permanece. Por tua ordem, tudo se mantém até hoje, porque todas as coisas estão ao teu serviço. Se a tua lei não fora o meu deleite, teria perecido na minha angústia. Nunca me esquecerei de teus preceitos, pois com eles tu me fazes viver. Eu sou teu: salva-me, pois tenho buscado os teus preceitos. Os ímpios me espreitam para destruir-me; estou atento aos teus ensinamentos. Em toda coisa perfeita vi o limite: mas o teu mandamento é infinito.

Oração Ó Deus, que até hoje mandas a Igreja e os sucessores dos apóstolos a se fazerem ao largo no mar da história e a lançar as redes para conquistar os homens no Evangelho, faz com que saibamos confiar totalmente em Tua Palavra e não em nossas humanas certezas para levar a cada homem a alegria do teu amor misericordioso. Por Cristo Nosso Senhor.

Nossa Senhora Aparecida, intercedei pelo XI Encontro Internacional das ENS. VIU


UM SIM RENOVADO O nascimento de Jesus, o Rlho de Deus, dependeu de um "sim" decidido de Maria que, fiel por excelência, não hesitou em escolher Deus. Se Maria, por algum momento, refletisse se aceitaria ou não a obra que Deus estava lhe confiando, talvez não tivesse sido a Mãe do Redentor. Ela, entretanto, sem preocupação com a obra, ou como ocorreria tão grande mistério, aceitou simplesmente Deus. Tudo o que se faz para Evangelizar é bom, todas as obras são excelentes, são obras de Deus, 'mas elas não são Deus'! Muitos, em diversas ocasiões, ficam assoberbados com as obras de Deus, tantas são as que escolhem para si! Esquecem que se deve simplesmente aceitar Deus, que conduzirá cada um, por sua vez, conforme sua vontade, às obras que Lhe apraz! Partindo da reflexão sobre o "sim" renovado de Maria desde a Anunciação, com simplicidade de pensamento, chega-se à conclusão de que a base da vida cristã está no ato de escolher Deus e não suas obras: "Escolher Deus e não as obras de Deus. Esta é a base da vida cristã, em qualquer época. E é, ao mesmo tempo, a mais autêntica resposta ao mundo de hoje. Sei que minha vida é uma sucessão de opções, a todo instante, entre Deus e as obras de Deus. Uma opção sempre nova, que se transforma em conversão". "Maria escolheu Deus, abandonando os seus projetas, mesmo sem compreender plenamente o CM 461

mistério que se estava realizando em seu corpo e em seu destino. A partir daquele momento, sua vida se tornou um 'sim' sempre renovado: do presépio de Belém ao exílio no Egito; da carpintaria em Nazaré ao Calvário. Atualiza-se sempre na mesma escolha: Deus e não as obras de Deus. E é justamente deste modo que Maria viu realizarem-se todas as promessas". O autor deste pensamento, François X. N. Van Thuan, Cardeal Arcebispo de Saigon, é iluminado em suas revelações, recebidas durante o período em que permaneceu prisioneiro no Vietnan e, com sua simplicidade de estilo e linguagem, passa estas reflexões práticas sobre a vida e atitudes. Elas se identificam muito com o pensamento de Pe. Caffarel que, em muitos dos documentos e editoriais, discorre sobre o servir e o sim ao chamado de Deus, pelo casal cristão. Não é salutar ficar discorrendo ou refletindo sobre o que se deve ou não assumir como missão. Deve-se seguir, com simplicidade, a vontade de Deus que se manifesta, na maioria das vezes, através de nossas intuições. Quando se percebe que Deus deseja algo de nós, sem titubear devemos renovar nosso sim, tal como o fez Maria! Então, o projeto de Deus se realizará através de nós, na vida, na família, no Movimento e na Igreja! • José Rubens, da Ana Marem Eq.OlA - N. S . Aparecida Mogi das Cruzes-SP 21


OPERÁRIOS DE DEUS Certa vez, depois que Jesus alimentou a multidão com muito pão, o povo voltou a procurá-lo. Assim que o encontraram alguns lhe perguntaram: "Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?" (Jo 6,28) . A resposta de Jesus: "A obra de Deus é que acrediteis naquele que Ele enviou" (Jo 6, 29). Hoje, outros interlocutores aparecem, decepcionados, famintos e necessitados do alimento de comunhão para a caminhada. Surgem feridos pela solidão e decepção. Trazem marcas profundas de dor, desolação, numa palavra, fome de amor. Recorrem ao Mestre. Creio que a resposta é a mesma. Jesus daria a mesma dica: ''A obra de Deus é que acrediteis naquele que Ele enviou". Podem talvez perguntar não mais a Jesus, mas aos saciados , aos que se alimentam do pão da vida matrimonial: "O que é necessário para praticar a obra de Deus (no Matrimônio)? A resposta tem um diferencial - agora não é mais Jesus que responde, mas o casal que vive a vocação do amor de Deus no sacramento do Matrimônio. É ele quem dará a resposta aos interessados na edificação da obra de Deus. A obra de Deus na vida matrimonial é a vivência do amor na sua integralidade . Homem e mulher, marido e esposa, chamados à vida a dois, a serem colaboradores da obra da criação e 22

participantes da instauração do Reino novo de Jesus. Criados por amor, homem e mulher, seres livres , conscientes e responsáveis, têm a missão de realizarem-se no serviço, através da história, como participantes da vida social e comunitária. Eles se realizam como seres humanos: homem e mulher. O ser humano total é composto de homem e mulher. É assim que entendemos o relato da criação: "E Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, criou-os homem e mulher" (Gn 1, 27) . Por isso o homem e mulher, que pelo pacto conjugal , já não são dois, mas uma só carne (Mt 19,6), prestam-se mutuamente serviço e auxílio, experimentam e realizam , cada dia mais plenamente, o sentido de sua unidade , pela união íntima das pessoas e atividades" (Gaudium et Spes , 48) . Homem e mulher foram criados com a mesma dignidade , como pessoas humanas , como filhos de Deus , como membros e coparticipantes da criação e do mistério da salvação. Eles darão continuidade ao chamado divino na criação e alcançarão a ' felicidade na vivência do amor, unidos numa só carne , responsáveis na transmissão do dom da vida (Gn 1,26-31 ; 2 ,7-15; 2 ,1825) realizando a obra de Deus. • Pe. Mundinho, sdn SCE - Província Leste CM 461


FAZER O MESMO COMO JESUS O Tema de Estudo recomendado pela ERI às equipes de todo o mundo, para este ano, "Vai, e também tu, faze o mesmd' (Lc 10, 37), é uma sequência daquele estudado no ano passado: Formação, para amar e servir como Jesus. E, além de servir de preparação para o XI Encontro Internacional do Movimento, em BrasOia, nos conclama a vivenciar o seguimento a Cristo. Lembra-nos da nossa missão cristã. Em outras palavras, a ERI está nos mandando fazer o dever de casa. Pois, seguir a Cr~sto é mais do que acompanhá-Lo. E bem mais do que se dizer cristãos. Temos que nos comportar como tais! O ir e fazer o mesmo que Jesus, não é subir o monte Tabor e transfigurar-se (Mt 17, 1-13), mas descer do pedestal, sair do perímetro do próprio umbigo, calçar as "sandálias da humildade", ser simples e ir ao encontro do outro, tornando-se seu próximo para viver o mandamento do serviço. O ir e fazer o mesmo que Jesus não é transformar a água em vinho como em Caná da Galileia (Jo 2, 1-11), mas arrancar o coração de pedra, mudando-o por outro cheio de amor, respeito, perdão e generosidade, fazendo o que Ele mandar. O ir e fazer o mesmo que Jesus não é multiplicar os pães (Jo 6, 1-13), mas lutar para que todos tenham direito ao pão de cada dia e a um mundo justo, honesto e humano. O ir e fazer o mesmo que Jesus CM 461

não é curar os cegos de Jericó (Mt 20, 29-34) , mas abrir os olhos e enxergar o próximo, servindo-o sem interesses e vaidades, sobretudo àqueles "invisíveis" à sociedade. O ir e fazer o mesmo que Jesus não é morrer crucificado (Jo 19, 2830), mas abrir os braços para acolher o irmão, filho do mesmo Pai, apesar das suas falhas e defeitos. O ir e fazer o mesmo que Jesus tem tudo a ver com o amar e servir como Ele. A missão é inerente ao seguimento. Ser cristão é escutar, seguir e, principalmente, fazer o que Ele manda. Antes da ascensão ao céu, Jesus confiou esta missão aos seus seguidores: "Ide, pois, fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei" (Mt 28, 19-20). É essa, a nossa prática? O Documento de Aparecida nos diz: "Para não cairmos na armadilha de nos fechar em nós mesmos devemos formar-nos como discfpulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir ' à outra margem', àquela onde Cristo ainda não é reconhecido como Deus e Senhor e a Igreja não está presente" (DA, 376) . A outra margem parece um lugar distante. No entanto, pode estar perto de nós. No outro lado do muro. No apartamento vizinho. Dentro da nossa casa. Entre os familiares. Na rua onde moramos. No círculo de amizade, na equipe , no setor... O vasto campo 23


da missão começa ao nosso lado. Não é objetivo das ENS se engajar em ações, mas, como Movimento de formação e de realimentação espiritual prepara, estimula e pede que seus membros atuem , assumindo serviços onde possam exercer a missão cristã (A

Segunda Inspiração, 4 ,2). O "Vai , e também tu, faze o mesmo" é dirigido a todos os cristãos, indistintamente. •

Glória e Bartolomeu Eq.l4A- N. S. Desatadora dos Nós Jaboatão dos Guararapes-PE

ADMINISTRADORES DA OBRA DE DEUS Em um dia de sábado, alguém teve que dar a seguinte resposta por uma boa obra realizada: "Meu Pai continua trabalhando até agora e eu também trabalho" (Jo 5, 17) . Foi Jesus seu autor. Através d'Ele , temos a revelação plena do Deus Criador - Trabalhador. É bonito pensar e refletir nestas p·alavras do carpinteiro Jesus de Nazaré, nas suas obras de resgate dos homens, quando estes se afastaram do plano original da Aliança Divina, pacto entre o Eterno e o transitório, caminhada à eternidade, um trabalho custoso e delicado a todos nós . O carpinteiro Jesus é o Filho de Deus feito homem : "Ele tinha condição divina (... ) Esvaziouse a si mesmo (... ) tornando-se semelhante aos homens . Assim , apresentou-se como simples homem ... " (FI 2, 6-7) . Com suas próprias mãos e suor de seu rosto, trabalhou pelo pão de cada dia, Ele que é o "Pão da Vida" (cf. Jo 6,48) . E o Pai estabeleceu uma Nova e Eterna Aliança com seus filhos e filhas através de seu 24

Unigênito, criatividade Divina e Amorosa em prol da salvação da humanidade , nem sempre disposta a ser parceira nesta empreitada. Porém, o Autor do Universo quis precisar de colaboração diversificada, mão de obra especializada, de continuadores do "sonho divino", homens e mulheres desejosos de vida e amor, inspirados pelo Criador "a tornarem-se uma só carne" (cf. Gn 2, 24c) . A união natural entre homem e mulher é intrinsecamente divina . É símbolo da Aliança de Javé com o povo eleito, por quem Ele tem ciúmes (cf. Ex 34,14) e foi elevada a dignidade sacramental por Cristo. Quando os seus discípulos decidem à luz da Fé unir-se em casamento, doando-se um ao outro, sinalizam a presença atual do Senhor na Obra da Redenção do mundo, como nos ensina o Apóstolo Paulo: "Maridos , amem suas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela" (Ef 5,25). Na circulação do Amor Trinitário, CM 461


o zelo divino é atual e constante , pura obra da Graça em nosso favor. Casais unidos pelo casamento cristão: há muitas descobertas a serem feitas , cotidianamente na vivência de tão grande chamado, apesar da dureza de alguns corações pela qual "Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e depois repudiar a mulher", e também hoje, o homem . "Mas não foi assim desde o início. Deus os fez homem e mulher. Portanto, o que Deus uniu , o homem não deve separar" (Me 10, 7-9). Uma obra tão bem planejada nos foi entregue . Na liberdade de filhos e filhas de Deus , ousemos

concretizá-la em nosso ser de casal cristão e na sociedade fragilizada e manipulada por situações antigas , com roupagens novas, como o ter cada vez mais acima do ser, gerando exclusão afetiva, econômica e até religiosa. Mediante o suor de nossos rostos e dos calos de nossas mãos, unidos pela Mística do Casamento, compreenderemos que "não basta fazer por fazer, é preciso fazer bem feito, como competentes administradores da obra de Deus" (Nilma e Oleudo -CM 436). • Pe. Marcelo Pi/ler SCE da Região Rio II Nova Friburgo-RJ

UM SÓ CORAÇÃO E UMA SÓ ALMA No meio da multidão que se forma no corredor central da Igreja, para receber a Sagrada Eucaristia, vem um homem, um senhor de idade avançada, conduzindo sua esposa, que é cega, para que ela também receba Jesus na Eucaristia. Essa cena é semelhante a uma outra, só que numa comunidade , em que o esposo, tomando a esposa pela mão, pois é cega, leva-a para participar da missa. O que há de tão semelhante nesses casais? Que testemunho e lição de vida podemos aprender com eles? Ao contrário do que muitos pensam, o amor não acaba quan1

do acabam as condições físicas ou quando a beleza se esvai; até porque o amor jamais acabará. Hoje , a sociedade caminha para essa descaracterização do amor, querendo que ele regrida, deixando de ser um ato de verdadeira doação para se tornar uma mera satisfação de vontades. Por isso fico a imaginar que esses casais, principalmente por parte dos esposos, marcam a nossa existência pela fidelidade do sacramento do Matrimónio que um dia receberam . No casamento, geralmente , a noiva entra de braços dados com o pai, e depois passa para os braços do futuro esposo; depois

Jornal Voz de Nazaré - XCVlll - n° 484 - 11 a 17/11/2011 - p . 5 - www.fundaçãonaar.com.br

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de abençoada a umao, o esposo entrelaça o seu braço no de sua esposa e sai da Igreja, testemunhando esse vínculo sagrado. Depois de casados, a vida segue o seu rumo, com desafios, exigindo do casal a vivência autêntica da doação matrimonial: "na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-se e respeitando-se todos os dias de suas vidas". A promessa de fidelidade dada entre um homem e uma mulher no dia do casamento, tem sua raiz mais fecunda na fidelidade de Deus para com seu povo. Um casal que se ama e procura viver a sacralidade do Matrimônio tornase para a sociedade a manifestação concreta do amor divino já aqui na terra. Não falo isso por falar; faço-o a partir das relações que experimento junto aos casais, entre os quais sobressaem os meus pais, que no ano vindouro completarão as bodas de ouro de um abençoado e fecundo casamento, do qual eu sou um de seus rebentos; e também de casais que assisto com minhas orações e acompanhamento espiritual. As duas senhoras cegas e debilitadas pela fragilidade da saúde, mas que estão sempre participando da vida sacramental da Igreja experimentam no mais íntimo de seus corações a grandeza do amor verdadeiro de seus esposos; homens que estão a seu lado, sendo um auxílio, e que vêm confirmando, no dia a dia, o compromisso que manifestaram perante a Igreja, de quem receberam a bênção. Esses homens valentes possibilitam para suas esposas o que de melhor 26

um homem pode dar a uma mulher, a graça de viver; sim, eles não as aprisionam em seus condicionamentos, mas levam-nas a viver a vida da Igreja, participar religiosamente da vida dominical; e o melhor de tudo, voltam para suas casas, na alegre certeza de que mais uma vez o amor venceu . Sim, a vitória do amor esponsal está na cumplicidade e na amizade que se forma no coração dos cônjuges. Tomar a esposa pelo braço, não para agredi-la, mas para conduzi-la ao amor verdadeiro, Jesus Cristo, presente na Eucaristia. Vejo, ainda nesses irmãos, a bondade de Deus sendo derramada nesse vínculo nupcial, e que se fortalece a cada dia. Ah, se nos casamentos de hoje os homens tivessem a capacidade e a sensibilidade de tomarem de novo as suas esposas e, por um gesto único de amor, voltassem ao lugar aonde foram abençoados - a Igreja -, tudo seria diferente, pois a bênção do Matrimônio "não foi abolida, nem pelo castigo do pecado original, nem pela condenação do dilúvio". O que esses casais têm de especial não é a cegueira das esposas, mas a beleza da união matrimonial, que contraria a sociedade do "descartável e do efêmero". São sinais de _grande luminosidade para todos. E maravilhoso ver a força do amor resplandecente, de luz, nas trevas daqueles olhos. E benfazejo saber que "ninguém separa o que Deus uniu". • Colaboração de Pe. Agostinho Eq.12C- N. S . da Consolação Belém-PA CM 461


FORMAÇAO PARA CRS

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Região R. G. Norte Nos dias OS e 06 de novembro de 2011 , em Caicó/RN, cidade que tem como Padroeira Sant' Ana, reuniu-se pela ação do Espírito Santo, para o Colegiada da Região Rio Grande do Norte, contando com a presença de 14(quatorze) casais e com o objetivo de organizar o calendário de 2012 , bem como, ministrar Formação para Casal Responsável de Setor-CRS. Nestes dois dias em que vivenciamos a oração, organização, troca de experiências e prioridades do Movimento é importante ressaltar a boa acolhida, disponibilidade, hospitalidade dos casais anCM 461

fitriões e o empenho dos participantes na preparação do calendário de atividades para 2012. Além do mais, foram dados informes atuais do Movimento, o conteúdo da Formação para CRS, realizada visita à Igreja de Sant' Ana, Matriz da Diocese da referida cidade, como também uma Celebração Eucarística presidida pelo Padre Neto, SCE do Setor Caicó. Ao final do evento, os casais alimentados na palavra, fé e amor ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, saíram mais fortalecidos para animar seus Setores. • Rosa e Rui CRR Rio Grande do Norte Natal-RN 27


EACRE/2012 Região SP Norte I "Vai, e também tu, faze o mesmo."

do a lutar e passar as barreiras, ou eu fico frustrado e faço a vida pior e me torno pedra de tropeço". Desta maneira, refletir sobre a missão do CL, CRE e nossa função é só uma questão de discernimento. O tema XI Encontro Internacional das ENS está sendo motivo de

oração e alegria à todos.

Foi com um espírito revigorado que se realizou o EACRE em Votuporanga. Toda Região, reforçada pela presença do Casal Provincial, Inez e Natal, e Super-Região, Cida e Raimundo, estava reunida com o intuito de atingir os objetivos propostos para este ano que se inicia. Todas as palestras foram muito bem preparadas e repassadas devidamente aos CREs. Sendo a oração nosso intuito maior, iniciamos com a missa. Nosso Casal Regional, Lenice e José Carlos, expuseram os Objetivos do Encontro. Em seguida Pe. Joaquim Tadeu nos agraciou com uma bela explanação do Tema de Estudo 2012, citando frases como: "Quando eu leio o evangelho, eu leio de uma maneira que eu quero compartilhar aquilo que eu li?" , ''A vida não é um lago manso. Ou eu apren28

Cida e Raimundo, em suas orientações, reforçaram que "a missão do CRE é espiritual e sendo assim, é a função mais importante dentro das ENS". Sabemos que nada se constrói sem uma base. Quem mantém a base estruturada é o CRE. Eles nos alertam para nos mantermos ligados ao Espírito Santo, que o "sopro que enche o universo, gera a fé, leva à verdade e predispõe a unidade entre os povos" - (Bento XVI) ." Acrescentaram que entender a mística da Partilha e Pontos Concretos de Esforço é prioridade, e que Deus confiou a cada CRE a santificação dos casais de sua equipe. Muitos outros temas foram abordados, não teríamos espaço para descrevê-los. Mas podemos concluir que a presença de Deus (entusiasmo = ter Deus dentro) , de Jesus, Maria e a Luz do Espírito Santo não faltaram para entusiasmar os casais, que, unidos num mesmo ideal, possam "OUSAR O EVANGELHO", ter atitudes cristãs e partilhar as riquezas das ENS. • Márcia e Lafayete CR Setor B José Bonifácio-SP CM 461


Região Minas IV Aconteceu no Cenáculo, em Varginha, sul de Minas Gerais, nos dias 04 e 05 de fevereiro de 2012 , o muito bem organizado EACRE da Região Minas IV. Com a presença de 49 Casais Responsáveis de Equipe recém-eleitos e vários Sacerdotes, além dos Casais Responsáveis de Setor e Região. Este Encontro aconteceu num local sereno, confortável, muito propício à reflexão, além do ótimo alimento para o corpo, preparado com carinho. Foram dois dias preciosos na caminhada de todos nós. Discutimos em plenária a importância dos Casais Ligação e dos Sacerdotes, dando ênfase no cuidado do relacionamento entre eles e a equipe , com atenção para mantermos a UNIDADE do nosso Movimento. CM 461

O Tema de Estudo e as Orientações para este ano de 2012 foram apresentados. O reforço da Mística dos PCEs e da Partilha e a possibilidade de intercâmbio de experiências entre os casais, com maior e menor tempo de equipe , foram os pontos de destaque. Saímos todos com a certeza de muito aprendizado. Saímos encorajados, reabastecidos e otimistas, como todo cristão deve ser. Teremos mais condição e tranquilidade para orientarmos nossas equipes no caminho da santificação dos casais, proposto pelo Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Que possamos nos colocar a serviço da construção do Reino de Deus nesta vida e produzir muitos e bons frutos . • Regina e Ricardo Eq. N. S. da Medalha Milagrosa Alfenas-MG 29


ESPIRITUALIDADE INTERESSEIRA 1 Alguns meses de vida em comum ... decepção. Ninguém se admira a não ser os próprios interessados: casaram-se para RECEBER e não para DAR. Após alguns anos de entusiasmo, este militante abandona o seu grupo de Ação Católica: '~á não encontro mais nada nele". Ainda um preocupado em receber, mais do que em dar. Um jovem casal parte para os Estados Unidos. Eis as suas palavras ao despedir-se: "Não é mais possível levar uma vida mais folgada em nossa terra". Aquele governo decide lançar um novo imposto, tomar medidas de austeridade para o reerguimento do país. Surgem de todos os lados reivindicações. Não se indaga se os interesses da nação o exigem . "Isto me prejudica; eu reclamo". A lista seria interminável. Até mesmo com Deus: vamos procurá-Lo para receber e não para dar: "Que me adianta continuar a comungar e a me confessar? Não me traz benefício algum ... " E a mulher se desinteressa de seu lar, o militante de seu Movimento, o paroquiano de sua paróquia, o cidadão de seu país, o homem de seu Criador. Raça de aproveitadores. A sua dedicação tem por medida o seu interesse. Nem sequer têm a franqueza de o reconhecer; criticam e acusam os outros. Não é minha intenção aqui, 1

propor-lhes um minucioso exame de consciência no meu lar, na minha paróquia, na minha profissão, no meu país, na Igreja, sou o parasita ou o bom operário? Nem seria sensato tratar, neste curto bilhete, problema de tão grande relevância. Mas modestamente, quero convidar cada qual a indagar de si: Por que entrei nas Equipes? Para receber ou para dar? Em seguida, dirigindo-me a cada equipe: por que aderiram ao Movimento? Foi unicamente para nele encontrar temas de estudo já feitos , receber um boletim, valer-se das experiências dos outros? Neste caso vocês não estão no seu lugar. Meditem nesta página de SaintExupery, em "Piloto de guerra": "Não era mais como arquiteto que eu habitava nesta comunidade dos homens. Eu me beneficiava de sua paz, de sua tolerância, de seu bemestar. Nada sabia dela, a não ser que nela morava como sacristão, ou com objetivo interesseiro. Portanto, como um parasita, como um vencido. Assim acontece com os passageiros de um navio; utilizam o navio sem nada lhe dar. Ao abrigo dos salões, que consideram como ambiente normal, passam o tempo em divertimentos. Ignoram o trabalho dos homens da tripulação, sob o peso eterno do mar. Com que direito se irão queixar, se a tempestade vier a desmantelar o navio?"

Editorial Pe. Caffarel - Carta Mensal n° 6- Novembro de 1964.

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Mas se me responderem "Queremos participar da grande tarefa empreendida pelas Equipes de Nossa Senhora, instaurar o reino de Cristo nos lares, fazer com que a santidade não seja privilégio de monges, mas se enraíze profundamente em pleno mundo moderno; queremos formar bons operários da Cidade e robustos apóstolos de Cristo", então sim; vocês estão no caminho certo. A sua equipe será útil a todas as demais. Receberá também de todas. Pois é preciso relembrar sempre esta verdade: quem vem para receber, volta de mãos vazias; quem vem para dar, encontra. Tendo compreendido o espírito das Equipes, não lhes será difícil aceitar a sua disciplina. A reação que irão ter, não será: "tal obri-

gação é incômoda, opomo-nos a ela"; mas: esta obrigação é útil à boa marcha do Movimento, portanto aceitamo-la". E agora, caros amigos, compreendem por que não podemos admitir que as equipes escolham o que quiserem nos Estatutos? Não é porque, em si mesma, esta ou aquela infração (não responder por escrito ao tema de estudos, descuidar-se em adotar uma regra de vida, deixar de se inscrever num retiro, esquecer-se de dar a contribuição.. .) seja uma catástrofe. Mas porque é um sintoma: a equipe entrou no jogo, não para dar, mas para receber. E isto é grave. E é por causa disto que pensamos que a equipe não está no seu lugar. Pe. Henri Caffarel

O COMPROMISSO "De tempos em tempos, os equipistas são convidados em renovar o seu compromisso de seguir lealmente o espírito e os métodos do Movimento. Isso pode ser feito em uma cerimônia simples, na própria reunião de equipe, ou num evento do setor ou da região". (Guia das ENS) A mística do compromisso - a sua profunda razão de ser espiritual - é a ajuda mútua e o amor que nos leva a querer e fazer o bem aos outros casais. O momento de fazer o compromisso é um tempo de parada, de reflexão e de balanço para cada um CM 461

dos casais e também para a equipe no seu todo. Nesta perspectiva, tomando consciência das suas insuficiências e das suas fragilidades, os casais podem fixar os pontos sobre os quais devem concentrar os seus esforços rumo a uma nova maneira de ser equipista. O compromisso é uma celebração com uma liturgia em clima muito especial, onde se transmite já o grande amor aos outros membros da equipe e ao Movimento em Geral. Será este amor que levará a equipe a aceitar o que há de fundamental no carisma e no método das Equipes de Nossa Senhora. (Livro: Reunião de Equipe) 31


"MILLENIUM" Preciso confessar, desde logo, que estou velho. Fiz as contas, junto com Esther, para chegar à conclusão de que, hoje, somos os mais antigos da mais velha Equipe existente no Brasil. Ela, em um repente patriótico, corrigiu-me logo: "não do Brasil, mas das Américas. Não se esqueça de que as da Colômbia comemoraram 50 anos no ano passado. E elas foram as primeiras de "habla castellana" cá nas Américas". Somos os mais vetustos em nossa própria equipe porque, em 1954, quando entramos para as ENS começamos em outra, chamada "Equipes das Perdizes". Como éramos bem mais moços que os outros membros, o CE, Frei Domingos Maia Leite - op, nos transferiu para outra, que ia começar, com casais da mesma juventude que nós dois. Se não me equivoco, esta seria a 4 3 ou 5 a fundada em S. Paulo, capital. E a nossa atual é a mais antiga porque todas as anteriores, hoje, estão reunidas na casa de Pedro, lá no Céu! Como logo de início confessei a minha senectude, devo esclarecer que, como um "bom velhd', não gosto de sair de casa. Quando saio é para cumprir alguma obrigação. A minha mulher, contudo, depois de criar toda a ftlharada (para ser preciso esclareço que foram 11) passou a gostar muito de cinema. Para minha sorte fizeram aqui na Granja Viana (uns 30 km longe da Capital) um novo "Shopping Center" com várias salas de cinema. Quatro delas só passam os chamados filmes "cult". Pois é deles que 32

ela gosta. Como eu continuava relutante em sair de casa, o assunto foi parar no "Dever de Sentar-se". Tive que ceder: obriguei-me a levá-la ao cinema todas as quartas-feiras. Foi me assegurado, porém, o direito de escolher entre duas ou três películas, desde que indicadas por madame ... Ontem fomos. Escolhi o de título em latim "Millenium", na esperança de que o filme tivesse alguma relação com a minha formação humanística. Doce ilusão. Além de durar 2:30h, o enredo era complicadíssimo, com um magote de personagens cujas caras não era fácil guardar pois que, ora eram apresentadas na velhice, ora passavam para mocidade com histórias embaralhadas e logo voltavam para um outro tempo ou outro lugar, às vezes lá nos cafundós da Escandinávia para, de repente, a ação mudar-se para Estocolmo, seguir em Londres ou Berna ou pular para um lugarejo ermo da Dinamarca. A verdade é que saímos da sessão sem ter entendido nada do filme. A única verdade é que ele estava a "Millenium" de ser compreensível... À noite, antes de dormir, fiz, como de velho costume, a reflexão sobre o dia que estava por terminar. É claro que a ida ao cinema não podia escapar do exame. Ao recordar a motivação que me levou ao cinema, concluí que foi, sem dúvida, um ato de amor. Foi, portanto, um ato sacramental. Espero que o leitor não se espante com a afirmação: afinal não estávamos na Igreja, mas em lugar bem profano.. . CM 461


É mister recordar qual "o sinal sensível e eficaz" que faz do casamento um sacramento, tal como a água no batismo ou o pão e o vinho na eucaristia, no matrimônio é o amor que une os dois, marido e mulher, e não apenas a declaração formal na celebração. Como a união dos dois é um sacramento permanente e o amor não é algo abstrato, etéreo, impessoal segue-se que toda a palavra amorosa, todo o gesto de carinho, toda a entrega recíproca, toda a ação decorrente do afeto amoroso é sinal sacramental e que, por isso mesmo, confere a graça divina para "amarem naturale perficere", para "aperfeiçoar e fazer crescer o amor natural" e "coniugesque santificare" e, assim "santificar os cônjuges" como ensinou o celebre Concílio de Trento, lá no sé-

culo XVI (d. Denziger 1639-1641). Ainda que Trento desconhecesse completamente o que é um filme cinematográfico, não paira dúvida de que minha ida ao cinema, para agradar minha esposa, foi um gesto de amor e, portanto, um ato sacramental que, ao conferir a graça divina, tomou mais forte o amor que nos une e santificou a nós dois. Isso não é de se estranhar, pois o apóstolo Paulo já havia ensinado: "quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei para a glória de Deus"(1 cor 10,31). Só posso terminar este depoimento dizendo, como na minha longínqua juventude, "Deo Gratias". • Luiz Marcello da Esther Eq.OlA - N. S. do Sim São Paulo-SP

"FOMOS CONDUZIDOS AO SERVIÇO" Temos plena convicção de que "Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos". Nosso Sim foi anunciado não por nossos lábios, mas com certeza, pelo sopro do Espírito Santo que atuou na hora da nossa decisão ao aceitarmos o convite para sermos CRS. Tivemos momentos duvidosos de como conduzir essa missão tão especial, em que o CRS tem como objetivo circular a vida do Movimento nas suas equipes e acompanhá-las para que sejam fiéis ao seu Carisma. Tínhamos apenas quatro anos de Movimento e a única missão nesses anos foi a de CRE. O "medd' talvez tenha sido o sentimento que tivemos CM 461

a princípio, entretanto entregamonos a Jesus e por meio da sua Palavra "Não tenhais medo" (Mt 14,27), partimos para a missão. Durante os três anos fomos agraciados pelos Dons do Espírito Santo: Sabedoria, Entendimento, Ciência, Conselho, Fortaleza, Piedade e Temor de Deus (CIC 1831) que nos ajudaram a cumprir esse tão gratificante compromisso. Agradecemos a Deus a oportunidade que tivemos de aprender através dos desafios e adversidades a confiar plenamente nos seus desígnios. Conseguimos fortalecer a fé por meio da Oração e da Eucaristia e tivemos, em todos os momentos, 33


a graça de ter Nossa Senhora como nossa intercessora. Em nossas mentes ficaram gravadas as imagens de cada casal do Setor B e em nossos corações as saudades dos momentos vivenciados com muito amor e doação. Pedimos

a Deus que ilumine com os dons do Espírito Santo aqueles casais que fizeram parte da nossa missão, conduzindo-os à santificação conjugal. • Fátima e Paiva Eq.08B - N. S . da Mãe Rainha

João Pessoa-PB

A DÁDIVA DE SER CASAL RESPONSÁVEL DE EQUIPE. Todos nós, casais equipistas, temos em nosso coração o desejo de ter o dom de partilhar o amor e a vida em famuia e, de forma bem especial, atender aos anseios do Padre Cafarrel que, em sua grandiosa disponibilidade, fundou o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Nós, como casal das Equipes Distantes de Mossoró- RN, fomos recebidos pela Equipe Nossa Senhora das Graças em 2009, quando, na segunda reunião de pilotagem, fomos agraciados com o convite para participar desta família. "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos um lugar" (Jo 14:2). Deus, nós cremos, preparou esta casa e sua família para nós e os nossos. É nela que temos partilhado, juntos, as maravilhas e o imenso amor de Deus, através da caridade e do amor mútuo de cada um dos membros desta família-Equipe. Em 2011 fomos escolhidos para ser o Casal Responsável da Equipe, ficamos apreensivos em assumir tamanha responsabilidade, entretanto, jamais pensamos em não conseguir, acreditando que: "Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos 34

escolhi."(Jo 15:16). Foi uma experiência gratificante viver as dificuldades de ser equipes distantes, fato que nos deu grande força e determinação para lutar pelo Movimento e testemunhar as maravilhas de Deus em nossas vidas. Através do livro "Formação, para Amar e Servir como Jesus" e com cada equipista de nossa equipe aprendemos valores primorosos. O nosso Sacerdote Conselheiro Espiritual, Padre Ivonzeliton, nos proporcionou momentos de graça e de muito crescimento. Juntos, como equipistas fervorosos em nossos PCEs, temos a dádiva de estarmos unidos pelo amor, para através do Movimento, caminharmos para a santidade. Agradecemos a Maria pela sua intercessão e pela oportunidade dada a cada um dos casais equipistas, que partilharam conosco esta experiência de viver e sentir a graça de Deus agindo em nós. Desejamos a todos muita disponibilidade ao serviço e persistência para abraçar o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. • Isabella e Frederico Eq. Distante - N. S. das Graças

Mossoró-RN CM 461


MARTA, MARIA E OS PCEs Nosso Movimento nos diz que "somos convidados a ir despertando atitudes que devemos assimilar e que vão nos levando a um novo mcxio de viver: um mcxio de viver mais cristãd'. Somos presenteados pelos PCEs que nos proporcionam um verdadeiro encontro com o Senhor, que é o ponto de partida de tcxia conversão. Em 2012 fomos novamente presenteados com um Tema de Estudos que nos convida a ousar o Evangelho e traz como título "Vai, e também tu, faze o mesmd'. E Pe. Caffarel nos lembra que, "para amar como Be é preciso pormo-nos a serviço uns dos outros". Tudo isso nos lembra a passagem de Marta e Maria, que São Lucas, de forma inspirada, nos mostra no capítulo 10, 38-42. Chegando a Betânia, Jesus é recebido na residência de Marta e Maria. Maria logo se põe a seus pés absorvendo os divinos ensinamentos, deixando de lado qualquer outra preocupação, inclusive aquelas referentes ao atendimento do Senhor. Marta demonstra uma generosa hospitalidade, porém tenta tirar Maria de seu lado através de uma pergunta, pedindo sua intervenção. Santo Agostinho observa que Marta "servia bem o Senhor, relativamente à necessidade do corpo.....; entretanto quem ali estava em carne mortal, desde o princípio era o Verbo''. Mas considera que "é uma grande obra, pois está preparando a refeição para o Santo dos santos e para os seus santos". O Senhor vai adverti-la com delicadeza e suavidade: "Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é CM 461

necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta nunca lhe será tirada". Maria está ali nos dando um exemplo de amor a Deus, escutando Sua palavra, vivendo o momento de encontro e intimidade com o Senhor, preferindo as coisas interiores, nos ensinando o que depois São Paulo recomendou: "Orai continuamente. Dai graças em tcxia e qualquer situaçãd'. Nas pessoas de Marta e Maria, Jesus nos mostra que as duas formas de amá-Lo não são excludentes e nos deixa uma lição para tcxia a vida. Os PCEs nos proporcionam concretizar esse equilíbrio entre Marta e Maria, entre oração e ação. Através da Escuta da Palavra, da Oração Conjugal, da Meditação do Retiro, podemos buscar essa intimidade, ouvir Deus falar dentro de nós, descobrir o prcxiigioso amor de Cristo por nós e tomarmos casais mais alegres, harmoniosos e orantes, seremos mais Maria. Exercendo o dever de sentar-se, cumprindo regras de vida, servindo ao Movimento e testemunhando a Palavra de Deus no nosso cotidiano, estaremos sendo mais Marta. No ano de 2011 fomos CRE e vivemos dois momentos "cheios de graça", por sermos Maria, num processo de aprendizado e crescimento espiritual como nunca tivemos antes, e felizes, por sermos Marta e sentir que esse perícxio não foi um serviço, mas um privilégio. Temos certeza de que assim será também este ano como CL •

Marluce e 0/ber Eq.07A- N. S. Aparecida Itaúna-MG 35


Leila Maria e Paulo

BODAS DE OURO Euzélia e Rubens Integrantes da Eq.05- N. S. do Rosário de Fátima. No dia 21/10/2011 completaram 50 anos de vida ma~ trimonial. Numa cerimônia simples, o Pe. Sílvio abençoou o casal manifestando palavras de incentivo e júbilo pelo significado das Bodas de Ouro. Parabéns ao querido casal! Tereza e José Maria Equipistas há 27 anos, comemoraram suas Bodas de Ouro no dia 30/12/2011. Pertencem à Eq.40B - N. S. da Fraternidade em Curitiba/ PR. Ao casal, os parabéns dos familiares e amigos! 36

Compõem a Eq.OlA - N. S. Aparecida em Mogi das Cruzes/SP. No dia 17 / 02 / 2012 comemoraram suas memoráveis Bodas de Ouro. São 50 anos de casados, dos quais 44 anos como equipistas. São pioneiros e precursores das ENS na Região de Mogi das Cruzes. Uma bênção é saber que esse casal conheceu Pe. Caffarel em suas visitas pelo Brasil e dele extraiu ensinamentos valiosos, devidamente registrados. O Senhor, realmente, opera maravilhas na vida dos casais! (Ana Marem e José Rubens - CRE Eq. N. S. Aparecida)

JUBILEU DE PRATA Equipe N. S. Aparecida Celebramos no dia 09/10/2011, numa missa em ação de graças os 25 anos de fundação da nossa Eq.04 do Setor B de Piracicaba/ SP. Após a missa tivemos uma confraternização. (A 1a reunião foi realizada na Igreja dos Frades em 09/10/86. O 1° CE Foi frei João Dias. Nossa equipe hoje é composta por 06 casais e o SCE Frei Denílson Spironello. (Um agradecimento especial ao Frei Osmar Cavaca que foi nosso CE por 12 anos, de 1990 a 2002). Só temos CM 461


que render graças a nosso Deus que nos proporcionou esta caminhada com seu Filho Jesus e sempre protegidos por Maria nossa Mãe e o Espirita Santo que nos ilumina e nos guia neste caminho em busca da santidade. Que Deus nos ilumine! (Maria Helena e Edwar Nery - CRE Eq. 04- N.S. Aparecida)

cada dia de nossas vidas. (Sandra e Herbênio- Eq.07F- N. S. Santíssimo. Sacramento - Fortaleza/CE)

Equipe N. S. do Santíssimo Sacramento

No dia 03/12/2011 numa missa solene de Ação de Graças concelebrada por vários confrades e sacerdotes amigos, Frei Geraldo SCE da Eq. 018- N. S. da Conceição de Jaboatão dos Guararapes/PE (há 25 anos) e da Equipe da Carta Mensal comemorou com muita alegria seus 50 anos de Sacerdócio. Foi uma bela cerimônia na Igreja de N. S. do Carmo (ele é carmelita), que estava repleta de amigos, paroquianos e equipistas. Ao final da celebração, ele nos presenteou com o canto ungido e vibrante da Ave Maria, que emocionou a todos os presentes. Ao final foi servido um alegre e gostoso jantar no pátio da Igreja. Ao querido Frei Geraldo, nossos parabéns! Agradecemos a Deus por nos ter presenteado com um sacerdote tão especial que está sempre pronto e seguro a nos dar as razões de sua fé e ser um exemplo de fidelidade ao Pai para todos que com ele convivem. (Eq.OlBN. S . da Conceição-Jaboatão dos Guararapes/PE)

Um dia, nos reunimos na Paróquia São Benedito para ouvir explicações a respeito do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Rcamos motivados a conhecê-lo, ficamos maravilhados pelo seu carisma. Seria uma oportunidade de vivenciar o amor conjugal baseado nos valores cristãos. Assim animados, começamos nossa caminhada no dia 27/08/1986. Agradecemos a Deus pelos 25 anos de vida da nossa querida Equipe; pelos Sacerdotes Conselheiros Espirituais que por ela passaram e deram sua contribuição; pelos casais que vieram e não ficaram . Todos foram muito especiais. Por fim, pedimos a Deus que continue nos abençoando para que, com apoio dos PCEs, possamos, um dia, parafrasear São Paulo, dizendo: "Combatemos o bom combate e guardamos a fé! " e que Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento continue a nos orientar CM 461

JUBILEU DE OURO SACERDOTAL Frei Geraldo Araújo, O Carm

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Frei Avelino Pertile

60 ANOS DE SACERDÓCIO Pe. Pedro Lopes

Foi SCE da Equipe da SuperRegião Brasil de 2004 a 2009, atual SCE de duas equipes em Curitiba, Paraná, comemorou no dia 15/01!2012, 50 anos de Vida Religiosa. Frei Avelino pertence à Ordem dos Carmelitas Descalços desde 1969, e está nas Equipe~ de Nossa Senhora há 21 anos. E natural de Bento Gonçalves, do Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha. Atualmente é pároco da Igreja Nossa Senhora das Vitórias, onde realiza um belo trabalho pastoral. A missa em Ação de Graças pelo Jubileu de Ouro foi presidida por Dom Pedro Fedalto, bispo emérito de Curitiba, e concelebrada por demais sacerdotes carmelitas. A comunidade presente prestigiou e o homenageou com um delicioso almoço após a celebração. Ao nosso querido e amado Frei Avelino, nossos parabéns, nossas orações, e nossos agradecimentos por tudo o que tem feito pelo crescimento espiritual dos casais de todo o Brasil! (Angela e Luiz- Eq.07B- N. S . das Graças-Curitiba/PR) 38

Foi com muita alegria que, no dia 09/12/2011 , as ENS da Região SP Leste II, a Paróquia S. José Operário, o Cursilho de Cristandade, a Comunidade N. S. da Esperança e o Retiro de Casais com Cristo, comemoraram os 60 anos de sacerdócio de Padre Pedro Lopes, SCE de 03 equipes de Taubaté e da CNSE. Ter Padre Pedro, "o precursor" das ENS em nossa Região há 50 anos, com sua jovialidade espiritual, seus gestos de amizade, sua presença constante, sua doação e testemunho em favor dos irmãos na fé , sem nada exigir em troca, são motivos de grande admiração e gratidão para nós equipistas. Deus lhe concedeu muitas virtudes e ele as transformou em presentes para aqueles que dele se aproximam. Obrigado, Pe. Pedro, por estar conosco todos estes anos e que Deus intensifique ainda mais a sua fé e abençoe tudo aquilo que for realizar. (Conceição e Nelson - CRR SP Leste II)

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ORDENAÇÃO DIACONAL Paulo Franco Taitson (esposo da Letícia) foi ordenado em 01/10/2011 , Diácono Permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte pela imposição das mãos e Oração Consecratória de S. Exma. Dom Walmor Oliveira de Azevedo. Após quatro anos de preparação, o Diácono Paulo Taitson integra assim, a primeira turma de diáconos permanentes em 90 anos

de existência da Arquidiocese de Belo Horizonte. São membros da Eq.09C- N. S. Aparecida em Belo Horizonte/MG .

VOLTA AO PAI Luis (da Ana) No dia 15/05/2011. Integrava a Equipe 09A N. S. da Rosa Mística- Marília!SP

Pe. Rubens Oliboni No dia 01!01/2012 Era SCE do Setor B - Jaú/SP

Adilson (da Helenice)

Antonio (da Cecília)

No dia 17/09/2011 Integrava a Eq.03A N. S. da Conceição - Belo Horizonte/MG

No dia 06(01!12 Integrava a Eq.01B N. S. de Lourdes- Sorocaba/SP

Moema (do Edgard)

No dia 26/10/2011 Integrava a Eq.OlA N. S. do Bom Parto- Marília/SP

Carlos (da Mari) No dia 14/01/12 Integrava a Eq.08B N. S. de Fátima- Sorocaba/SP

Pe. Gervásio I..abbe No dia 13/11/2011 Era SCE da Eq.08B N. S. das Graças e 09A N. S. da Rosa Mística- Marília/SP

(da Ma Donizete) No dia 22/01/2012 Integrava a Eq.07C N. S. Rainha Admirável de Schoenstatt João Francisco

Paulinho (da Nadir)

Neri (da Denise)

No dia 24112/2011 Integrava a Eq.07B N. S. de Fatima- Belém/PA

No dia 28;{)1.;2012 Integrava a Equipe 02

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N. S. de GuOOalupe- Alvc>rocWRS

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O ABRAÇO "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt 11 ,28). Nestes dias estava conversando com uma pessoa muito querida, e ela me contou uma vivência pessoal que achei tão especial que decidi compartilhar. Esta minha amiga trabalha em um brechó de um hospital como voluntária. Certo dia adentrou na loja certa senhora que estava com excesso de peso e, de cara, a minha amiga pensou que não tinha nada na loja na numeração dela. Sentiu-se apreensiva e constrangida naquela situação, vendo a senhora percorrer as araras em busca de algo que minha amiga sabia que ela não encontraria. Ficou angustiada porque não queria que a senhora se sentisse mal pelo tamanho das peças de roupas, se sentindo excluída e fazendo a questão sobre o seu peso vir à tona de forma implícita. Naquele momento, ela orou a Deus e pediu que lhe desse sabedoria para conduzir a situação, evitando que aquela senhora se sentisse excluída ou humilhada na sua autoestima. Foi quando o esperado aconteceu. A senhora se dirigiu a minha amiga e disse tristinha: É... não tem nada grande, né? E a minha amiga, sem até aquele momento saber o que diria, simplesmente abriu os braços de uma ponta a outra e lhe respondeu: Quem disse? Claro que tem! Olha só o tamanho desse abraço! 40

E a abraçou com muito carinho... A senhora então se entregou àquele abraço acolhedor e deixou-se tomar pelas lágrimas exclamando: Há quanto tempo que ninguém me dava um abraço! E chorando, tal qual uma criança à procura de colo lhe disse: Não encontrei o que vim buscar, mas encontrei muito mais do que procurava. E, naquele momento, através dos braços calorosos de minha amiga, Deus afagou a alma daquela criatura, tão carente de amor e de carinho. Quantas almas não se encontram também .tão necessitada de um simples abraço, de uma palavra de carinho, de um gesto de amor! Será que dentro de nós, se procurarmos no nosso baú, lá nas prateleiras da nossa alma, no estoque do nosso coração, também não acharemos algo "grande" que sirva para alguém? Deus, através de Seu Filho Jesus Cristo, nos espera de braços abertos, é dessa maneira que devemos olhar para Aquele que se deu ao sacrifício para nos salvar. • Donizeti da Sílvia Eq.09B- N. S . Madre de Deus Mogi das Cruzes-SP CM 461


MEDITANDO EM EQUIPE Como tudo na vida, a Páscoa também tem a sua história . E esta começa naquela noite em que Deus passou ("Pessach", em hebraico, significa justamente passagem), protegendo o povo de Israel, libertando-o da escravidão do Egito e fazendo-o passar pelo Mar Vermelho, em busca da Terra prometida (Ex 12, 1-14). Para nós, cristãos, o centro da Páscoa é o próprio Cristo, "pois nossa Páscoa , foi imolado" (1 Cor 5,7} . E imolado exatamente durante a celebração pascal dos judeus (Lc 22, 14-20). Ensina o Catecismo da Igreja Católica: "Ao celebrar a Última Ceia com seus apóstolos durante a refeição pascal, Jesus deu o seu sentido definitivo à Páscoa judaica . Com efeito, a passagem de Jesus a seu Pai pela sua morte e sua ressurreição, a Páscoa nova, é antecipada na Ceia e celebrada na Eucaristia, que realiza a Páscoa judaica e antecipa a Páscoa final da Igreja na glória do Reino" (n. 1340).

Escuta da Palavra em ICor 11,23-34 Sugestões para a meditação: 1. "Fazei isto em memória de mim" (v. 24 e 25). O que é um memorial? 2. Explique esta sentença: " todas as vezes que comeis deste pão ... anunciais a morte do Senhor" (v26). 3. É possível que a nossa comunhão se transforme em condenação (cf.v.29)? Como? 4. Quais as exigências apontadas pelo texto para uma comunhão perfeita? Frei Geraldo de Araujo Lima, O.Carm.

Oração Litúrgica "Alma de Cristo, santificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me. Água do lado de Cristo, lavai-me. Paixão de Cristo, confortai-me. Ó bom Jesus, ouvi-me. Dentro de vossas chagas, escondei-me. Não permitais que me separe de vós. Do espírito maligno, defendei-me. Na hora da morte, chamai-me e mandai-me ir para vós, para que com os vossos Santos vos louve por todos os séculos . Amém. "


Orientações 2012 Encontro de Equipes Novas - EEN

OBJETIVOS Este Encontro de Equipes Novas, destinado a casais que terminam o estudo dos 1Ofascículos da Pilotagem ou concluíram recentemente esta etapa, tem o objetivo de: •

aprofundar os conteúdos da Pilotagem;

levar os novos casais a firmarem, formalmente, o compromisso;

fazê-los perceber que a vida do equipista transcende sua equipe. Carta Mensal 458 nov.2011 - p. 24

Equipes de Nossa Senhora Mov•mento de Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 • Fax: (Oxx11) 3257.3599 secretanado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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