ENS - Carta Mensal 448 - Outubro/2010

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Equipes de Nossa Senhora EDITORIAL Da Carta Mensal. ..... .... .. .... ...... ........... 01

TEMA DE ESTUDOS Aventura familiar .... .... .... ................... 24 Paternidade e maternidade ...... .. ........ 25

SUPER-REGIÃO Palavra do SCE ........ ....... ... .... ... .. ... .. .... 02 Madrid 201 O .. .. .. .. ...... .. ...... .... ...... .. .... 03 Casamento, ponte entre o passado e o futuro .... .... ............. .. ...... 04

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Retiro equipista .............. .. ........ .. ........ 27 Dever de sentar-se .. ...... ...... .. .. .... .. ...... 28 O hábito que faz o equipista ...... .... .... 29

DIA DAS CRIANÇAS Amais OS VOSSOS filhos? .. .. .. .. .............. 06

EJNS EJNS- Encontro Nacional 201 O .... .. .. .. 31

NOTÍCIAS .............. ....... ......... ...... ... ..... 08

MARIA Nossa Sra . da Conceição Aparecida .. .. 33 Ser o porta -joias de Jesus ................... 34

VIDA NO MOVIMENTO Sessão de Formação Nível I- Região RSII .... ........ .. .... .. .. ...... 11 Retiro da ENS 201 O .. ...... .. .................. 12 Carta exortação a uma equipe ...... .... . 13 SOS Nordeste .... ......... .... .... .. .. .... ...... .. 14 30 Anos das ENS em Pernambuco ...... 15 Exemplo a ser seguido ........................ 16 60 ANOS DAS ENS NO BRASIL Histórico do inicio do Movimento no Rio de Janeiro .... ......... Ainda sobre a expansão no Nordeste .. ... .. ........ .. .......... .... ........ 60 Anos das ENS no Brasil. .. .. .... .... ..... ENS : 17 anos em ltabaiana .. .... .. .... .....

RAIZES DO MOVIMENTO O Espírito Santo e o casal .... .... .. ..... .. .. 36 Estamos prontos? .......... .... ........ ... .. .. .. 37 FORMAÇÃO Face a face .. .... .... .. .................... .. .... .. . 38 Silêncio! ............... .. ...... .... ........ .. .... .. . 39 PE . CAFFAREL Como decorre o processo de beatificação? .... .. ........................... 41

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REFLEXÃO O segredo dos joelhos que se dobram! .. .. 43 Deixe secar!! ........ .. .. .. .. .. .. .. .. .... .. .. ...... 44

TESTEMUNHO Anjos da guarda de nossas crianças ... 21 Parceria necessária ...... .. .... .. .. .. ........... 22 Um sonho que se realizou ............ .. .... 23 Carta Mensal é uma pubJicaçio mensal das Equipes de Nossa Senhora

Registro "Lei de Imprensa"

Glasfira e Resende Paula e Genildo Zélia e Justino

ENCARTE : XI Encontro Internacional das ENS

I

Edição e Produção: Nova Bandeira Prod. Ed. R. Turiaçu, 390 11°andar,cj. 115 • Pe<dizes São Paulo Fone: (11) 3473.1282

n• 219.336 livro 8 de 09.10.2002

Frei Geraldo de Araujo Uma - O. Carm.

Edição: Equipe da Carta Mensal Zezinha e Jailson (responsáveis)

Jornalista Responsável: Catherine E. Nadas (mtb 19835)

Impressão: Prol

Projeto Gráfico: Alessandra Carignani

Tiragem desla edição: 21.000 exemplares

Fátima e Joel

Imagem de Capa: Fotomonlagem Photosearch

Cartas, colaborações, notí-

cias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para: Carta Mensal R. Luis Coelho, 308

5° andar • conj. 53 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 Fax: (Oxx11) 3257.3599 cartamensal@ ens.org .br

A/C Zezinha e Jailson


Queridos irmãos: No dia 12 desse mês de outubro comemoramos a aparição de N. S . Aparecida - Padroeira do Brasil. Foi em 1717. E comemoramos também o dia das Crianças. À Nossa Senhora, pedimos intercessão junto a Jesus para proteger a nossa Pátria e de modo especial as nossas crianças. Para o Movimento é um mês muito importante porque elegeremos os Casais que animarão as equipes de base durante 2011. É tempo, portanto, de nos deixarmos iluminar pelo Espírito Santo para que Ele nos ajude a fazermos nossas escolhas, discernindo sobre quem reúne melhores condições, do mesmo modo é tempo, também , de abrirmos nossos corações para o caso de sermos escolhidos. Padre Miguel nos lembra que "estamos no mês missionário e que a missão

aproveitadas pelos casais as reflexões sugeridas, levando-os a testemunhar, através destas , o aprendizado e a vivência. Um belo testemunho de solidariedade para com os nossos irmãos atingidos pelas últimas enchentes no Nordeste, das cidades de Barreiros e Palmares, nos vem de Piraju/SP, uma demonstração de que a ajuda mútua realmente não tem fronteiras . Na bandeira Dia das Crianças, um artigo do Pe. Caffarel nos questiona de forma incisiva: Amais vossos filhos? " ... como quereis que vossos filhos se com-

não nos pertence, ela é de Deus e Ele nos chama a exercê-la no discipulado fiel e humilde".

Não percam esta leitura! Com o tema Jovem, Levanta-te! as EJNS reuniram cerca de 300 Jovens de todo Brasil, em Mariápolis, para o 12° Encontro Nacional, onde segundo eles, puderam "curtir a maravilha de sermos Equipistas, relembrar a força de estarmos juntos, reavivar a busca conjunta pela santidade, agradecer a Nossa Senhora por esse chamado e reforçar o nosso Sim como compromisso de amor pelo Movimento". É urgente que nos comprometamos com a causa de beatificação do Pe. Caffarel. Para que compreendamos melhor como decorre um processo de beatificação, não deixem de ler o artigo que fala do assunto e nos apresenta também as etapas principais desse processo. Fiquem com Deus! •

Cida e Raimundo coparticipam a "experiência desafiadora, rica e fecunda de participar, pela primeira vez, de um Colégio da ERI". Vejamos como foi essa vivência sob os diversos aspectos que eles abordam. Os irmãos Graça e Juarez,CR da Província Leste, nos levam a refletir sobre o Casamento como "... uma ponte que o Pai colocou em nossas vidas, um instrumento para a salvação recíproca .. que o amor que une marido e mulher transfigura o dia a dia .. que esse amor é construído ao longo do tempo, ele vive uma história, vive o presente e a realidade do momento e tem um futuro duradouro..." Os diversos artigos sobre o Tema de Estudos refletem o quanto estão sendo

penetrem desses grandes imperativos evangélicos, que eles admitam que o Reino de Deus deve ser procurado antes de tudo, se vos veem inquietos antes de tudo, por seu triunfo humano: êxito no bacharelato, situação confortável, tratamento feliz, consideração social? ... "

Zezinha e Jailson CR Equipe da Carta Mensal

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"Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês"(Jo 15, 16)

Estamos no mês missionário. Um mês muito significativo para as nossas equipes. Nesse mês, iluminados pela luz do Espírito Santo, escolhemos os novos Casais Responsáveis de Equipes. O Documento de Aparecida nos diz: "A vocação ao discipulado missionário é convocação à comunhão em sua Igreja. Não há discipulado sem comunhão" (DA, 156). Quando chegamos no tempo da indicação do novo CRE, muitos, antecipadamente, já dizem que não podem, ou seja, nem deixam que o Espírito Santo suscite. Como Deus não impõe, mas apenas deseja encontrar corações sensíveis e generosos, sua ação encontra barreiras. Estar em comunhão não é simplesmente participar do Movimento, fazer parte de uma equípe. O serviço é a forma mais sublime de exercer o discipulado missionário, de estar em comunhão. É preciso "vestir a camisa". OCRE tem uma missão especial que "consiste em encorajar e reforçar o compromisso dos membros da equipe em telação a essa pequena comunidade, para que a ajuda mútua seja aí efetiva e cada um se sinta verdadeiramente aceito, reconhecido e amado. O casal responsável cuida para que todos participem ativamente na reunião mensal da equipe e se preparem para ela; Ele traz para a sua equipe as informações sobre a vida do Movimento e encoraja os irmãos a participarem 2

ativamente nas reuniões em todos os níveis da organizaçãd' (Guia das ENS, p. 34). Encontramos algumas experiências nas quais é mais cômodo renovar o serviço de quem já está no exercício do que sair da sua comodidade. A beleza do nosso Movimento também está nessa dinâmica da passagem do serviço. Animar e ser animado. Aqui também fazemos o exercício da liderança e da submissão como vontade de Deus; essa dinâmica nos faz crescer. Há muitos que não querem assumir; há muitos que não querem passar o serviço. Mas a missão não nos pertence; ela é de Deus, e ele nos chama a exercê-la no discipulado fiel e humilde. "Uma responsabilidade espiritual só pode ser recebida do Senhor e ninguém se pode apropriar dela. Isto quer dizer que é preciso manter-se em união com Aquele que nos confiou essa responsabilidade." (Pe. Roger Tandonnet) . Que o "Ecce venio" de Jesus ("Eis que venho, ó Pai, para fazer a tua vontade"(Hb 10,7)) e o "Ecce Ancilla" de Maria ("Eis aqui a serva do Senhor" (Lc 1,38)) nos inspirem para nos tornarmos verdadeiros discípulos missionários do Senhor. Um carinhoso abraço. No Coração de Jesus, • Pe. Miguel Batista, SCJ SCE Super-Região Brasil CM448


MADRID 2010 Amados irmãos: Neste mês queremos coparticipar uma experiência desafiadora, rica e fecunda: participar, pela primeira vez, de um Colégio da ERI. Desafiadora, pelo menos para nós, pela singularidade da comunicação, gerada pela grande variedade de línguas. Éramos casais e conselheiros oriundos de diversos lugares do mundo: Síria, Ubano, França, Portugal, Espanha, Brasil, Itália, Colômbia, Canadá, Estados Unidos, Polônia, África, Austrália, Bélgica, Alemanha. Nos momentos das exposições, sem problema, a técnica: tradução simultânea - alívio e segurança. O desafio real era nos comunicarmos nos momentos das refeições, da convivência, dos encontros nos corredores. Algumas palavras ou expressões francesas, este era o nosso parco acervo. Todavia, sobrevivemos; não por nosso mérito, mas pelo esforço e boa vontade da grande maioria dos participantes em entender a nossa língua portuguesa ou o nosso francês raquítico e com sotaque. Rica, pela acolhida generosa e risonha dos anfitriões, a SR Espanha; pela programação, que foi distribuída, a cada dia, segundo uma orientação temática: família, jovens, trabalho, igreja e mundo. Foi uma mesa farta de alimento espiritual, intelectual e equipista. As Celebrações Eucarísticas se constituíram em verdadeiros encontros com o Senhor! Tão bem preparadas, tão bem cantadas, tão CM448

bem celebradas, tão bem sentidas! Que emoção ver e ouvir todos se dirigirem ao Pai para, imbuídos do mesmo espírito de adoração, louválo em sua própria língua! Momento especial foi a noite da Vigília de Adoração. Com o título "Nenhum homem ... é uma ilha", M. Carla e Cario, CR ERI, apresentaram o fio condutor - Jo 5, 1-18 - que constituirá a nova trilogia de reflexão até o XI Encontro Internacional de 2012, traçando um paralelo entre fatos e lugares do tempo de Jesus e os do nosso tempo. Outros assuntos interessantes, talvez não pela novidade, mas pelo aprofundamento e importância para as ENS, mereceram destaque: "Contribuição", ''Apelo ao serviçd', "Os Conselheiros Espirituais de Setor, de Região e de Super-Região", além de conferências, como a de D. Manuel S. Monge, bispo de Mondofiedo-Ferrol, "A Igreja em Espanha hoje"; do flash, "Padre Caffarel, A Causa da Canonização"; 3


e testemunhos. E os "carrefours" por Zona! Quanta riqueza na convivência alegre e solidária! Fecunda , pelo que produziu no nosso ser casal, no nosso ser equipista: um entusiasmo realista e comprometido com a missão nas ENS e na Igreja. Queridos amigos, para que a árvore das ENS continue manifestando

sua vitalidade no mundo, conclamamos todos para, em nome da Unidade do Movimento e da fidelidade ao seu Carisma Fundador, repetir em palavras e no coração a máxima de Pe. Caffarel: O TEU AMOR EXIGENTE ME ENGRANDECE! ". Com carinho e sempre unidos em oração. • Cida e Raimundo- CR SR Brasil

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Casal Provincial

ASAMENTO, PONTE ENTRE O PASSADO E O FUTURO "Pai santo, tu criaste o homem e a mulher para que eles formassem juntos tua imagem na unidade da carne e do coração, e cumprissem, assim, sua missão no mundo". (Bênção nupcial n° 1 - ritual do casamento)

No começo da vida conjugal a efusão sentimental envolve tudo. Depois, o hábito de viverem juntos dá a impressão ilusória de que os dois já se conhecem. Por mais que se pareçam, os cônjuges são pessoas diferentes, de sexo diferente, provavelmente de formação diferente -tipo de educação, forma de criação - e de famílias também diferentes. Em primeiro lugar, marido e mulher já trazem consigo uma bagagem emocional muito variada. A juventude ainda os pressiona com uma série de estímulos psicológicos muito fortes, como liberdade sexual para uns, repressão para outros, rotinas familiares opressoras, experiências sexuais satisfatórias ou bloqueadoras pré-matrimoniais, inclinação à liberalidade, hedonismo, 4

choque das teorias e conceitos morais, divórcio, aborto, homossexualismo, pornografia etc .. . Além dessas, ainda existem outras tônicas que influenciam na constituição da bagagem de quem vai casarse, como a constatação de união desastrosa de amigos e parentes, ou casamentos problemáticos de conhecidos, onde inexiste o amor, restando apenas alguma tolerância. CM 448


Tudo isso cria nas pessoas uma insegurança, uma incerteza quanto ao futuro, incerteza relativa à sobrevivência, à segurança social e à manutenção dos padrões de uma família. E preciso muita entrega para dois jovens buscarem uma união sob as bênçãos de Deus, propondo amarem-se e respeitarem-se até que a morte os separe. Fundar e construir um casal não é adicionar duas pessoas uma a outra. O casal é uma nova realidade, uma composição de dois indivíduos diferentes que vão selar uma aliança, um compromisso, viver uma intimidade. Falando-se em intimidade , é oportuno citar as palavras de Jack Dominian quando de sua conferência, cujo título: "Fidelidade e Perdão", proferida durante o IX Encontro Internacional das ENS, em Santiago de Compostela: "Não há verdadeira intimidade sem algumas discussões. A discussão é o reverso da medalha da intimidade. É preciso que olhemos cada discussão, não como um trampolim para ganhar uma batalha, não como uma luta pelo poder, mas como uma crise, de modo a compreender até que ponto se ofendeu aquele ou aquela que se ama, a fim de evitar repetir esse erro no futuro". Assim, as crises decorrentes do estranhamento das diferenças, da fraqueza humana, não são raras de acontecer, mas serão contornadas e superadas, pois onde há amor existe tolerância; a tolerância gera boa vontade e perdão, e o perdão é a pedra fundamental para se recomeçar CM 448

sempre. E mais importante: um casal que efetivamente se ama, sempre sai de uma crise fortalecido, com a certeza de que cresceu e de que sua relação está mais madura, a ponto de não repetir as falhas anteriores geradas pela crise. Também os problemas, as doenças, a falta de recursos materiais e até a morte, se assimilidas com o coração, fazem-nos crescer. É através do tempo que perceberemos, não somente todas as riquezas, mas também todas as limitações do outro, no sentido do lado fraco que todos nós possuímos. Aprenderemos a amar o outro, não somente apesar de seus defeiÍÕS, mas com eles, como marcas de sua vulnerabilidade, provas de sua i.imctdade e, no fi7ndo-l... daquilo que o torna tão emocionante. Finalmente, num casamento, ambos crescem quando aprendem a ver no outro o destinatário de seu amor e de seu estar a serviço, quando, numa visão de fé, vemos na mulher e no marido um Cristo, uma ponte que o Pai colocou em nossas vidas, um instrumento para a salvação recíproca. Deus nos tirou a solidão para nos realizarmos no paraíso do aconchego, onde a Trindade aparece como modelo para todo convívio conjugal, unitário, respeitoso nas diferenças. Então, podemos afirmar que o amor que une marido e mulher transfigura o dia a dia; esse amor é construído ao longo do tempo; ele vive uma história, vive o presente e a realidade do momento e tem um futuro duradouro, um futuro de felicidade! • Graça e Juarez - CRP Leste 5

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AMAIS OS VOSSOS FILHOS? Esses casais que descobriram com entusiasmo as grandezas cristãs do amor conjugal e se esforçam de as viver, irão fracassar em matéria de educação? Deus me Livre de me arvorar em profeta de infortúnios . Entretanto, não estou sem alguma inquietude. Uma após outra me foram chegando as notícias de um rapaz de quinze anos que tentou suicidar-se de um estudante de quase mesma idade que renegou a sua fé para aderir a uma seita das menos recomendáveis; de uma moça que se casou com um divorciado. E todos os três, de famílias profundamente cristãs. Alertado por esses dolorosos casos, venho perguntar-vos: Amais verdadeiramente os vossos filhos? Surpreendo-vos! Escandalizovos ! Essa pergunta vos parece uma blasfêmia? Não é justamente o amor paterno, mais ainda o amor materno, o sentimento mais natural , mais espontâneo, mais universal e o menos atingido pelo pecado original? Vemos isso até nos animais ... Sim, e isso servirá até o fim do mundo de tema de discursos para premiar a virtude . E serão os pais dispensados de se fazer esta pequena pergunta: amo verdadeiramente os meus filhos? Jamais o sacerdote ouvirá um pai ou uma mãe acusar-se em confissão de não amar ou de amar mal os seus filhos . Os pais estão convencidos de 6

amar os seus filhos. Mas não consigo participar dessa bela convicção. O seu amor, por vezes entre os melhores, parece-me terrivelmente simplista, ilusório, instintivo. Quando se examinam, ele se fazem perguntas tão sumárias: "tenho-me impacientado, tenho sido bom para com eles? Nada lhes falta?- O que quer dizer: têm roupa suficiente e alimento adequado? Recebem uma boa instrução? ... " Embora nada falte de tudo isso à criança, muitas vezes cresce em seu coração a decepção, decepção, aliás, é uma palavra bem fraca para exprimir esse sentimento desesperado de frustração íntima. Porque ela percebe - não necessariamente em sua consciência clara - que seus pais não a amam por ela mesma, mas por si mesmos, não como uma pessoa autônoma, mas como o prolongamento deles, mais ou menos como o elegante ama a sua mão, da qual cuida desveladamente. Não estranhe, portanto, que um belo dia ela se canse e se revolte . Os pais , surpreendidos , gemerão, acusarão de ingratos os filhos; ou, talvez, compreenderão, mas demasiado tarde. Seus filhos tinham tudo ... menos o essencial: um amor verdadeiro. Porque amar o filho não é antes de tudo mimálo, satisfazer-lhe os desejos, mas compreendê-lo, fazer expandir sua personalidade. Vós sois cristãos. O que importa não é somente amar os vossos CM448


filhos, mas amá-los cristãmente. E isto é algo mais que ensinar-lhes algumas virtudes, algumas práticas religiosas, uma doce piedade precoce. É preciso compreender e ajudálos a compreender o apelo de Cristo. Ajudá-los a se tornarem cristãos adultos, para que respondam a esse apelo pelo dom alegre de sua jovem liberdade conquistada, e se atirem à grande aventura da vida bem decididos a não inverter a ordem de valores de seu Mestre. Essa ordem de valores, que contradiz tão manifestamente a do mundo em que vivem, deve ser-lhe inculcada desde a sua mais jovem idade: "Quem quer ser meu discípulo, tome a sua cruz cada dia e me siga" - " Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais que a mim, não é digno de mim"- "Cuidai de não praticar vossas boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por ele" - ':4mai os vossos inimigos, para que sejais verdadeiros filhos de vosso Pai"-" Buscais antes de tudo o Reino de Deus, e o resto vos será dado em acréscimo". Mas, como quereis que vossos filhos se compenetrem desses grandes imperativos evangélicos, que eles admitam que o Reino de Deus deve ser procurado antes de tudo, se vos veem inquietos antes de tudo, por seu triunfo humano: êxito no bacharelato, situação confortável, tratamento feliz, consideração social? ... Os adolescentes são singularmente lúcidos! Só podereis ajudá-los eficazCM448

mente a se tornarem verdadeiros discípulos de Cristo, se os amardes à maneira de Cristo. Antes de escolher seus discípulos, antes de lhes confiar uma missão, em todas as horas graves, a Escritura diz-nos que Cristo se retirava para a montanha, onde passava toda a noite em intimidade com o Pai. E vós? ... Orais verdadeiramente por vossos filhos? Quando falham todos os meios humanos, torna-se porventura mais premente, mais instante e fervorosa a vossa prece, um combate com Deus, como Jacó, para lhe arrancar pela luta os socorros necessários? E em nossa vida cotidiana, orais por eles com essa prece que consiste em colocá-los, se posso exprimir-me assim, sob o foco luminoso do olhar de Deus, a fim de compreendê-los bem, para ajudá-los melhor, para amá-los melhor? A oração gera o amor, e o amor o sacrifício. "Não há maior amor do que dar a sua vida por aqueles a quem se ama". Ide até esse maior amor para fazer-lhes crescer na graça aqueles que gerastes para a vida? Tão poucos cristãos amam os seus filhos até fazer penitência por eles! E, no entanto, como pretender ter feito tudo, enquanto não se puder dizer em toda a verdade com São Paulo: "Completo em minha carne o que falta à Paixão de Cristo por seu Corpo que é a Igreja ... " pelos membros de seu Corpo que são meus filhos? • Padre Henri Caffarel do livro "O Amor e a Graça", p .. 84 7


CAPELÃO DA SOBERANA ORDEM EQUESTRE DOS CAVALEIROS DE MALTA

No dia 3 de julho de 2010, na Capela do Hospital Divina Providência, totalmente lotada de equipistas e amigos, o Pe. Antônio Lorenzatto, SCE do Setor C, Região RSI, recebeu a investidura e as insígnias de Capelão da Soberana Ordem Equestre dos Cavaleiros de Malta. Um breve resumo para entender a origem da Ordem: No século VII, os muçulmanos se apossaram de boa parte do Império Romano do Oriente, conquistando a Terra Santa, impedindo, molestando e maltratando os peregrinos cristãos. No século XII, os católicos da Europa se organizaram em cruzadas para reconquistar a Palestina. Em posse da Terra Santa, organizaram-se em diversas frentes para tornar Canaã um ponto de peregrinações. Então surgiu a Ordem do Santo Sepulcro, que se dispunha a manter o Sepulcro de Jesus e outros lugares sagrados. Também se formou a Ordem dos Templários, para cuidar dos templos. E, finalmente, a Soberana Ordem Equestre dos Cavaleiros de Malta, que ainda hoje existe em diversos países. No tempo em que foi fundada, na Terra Santa, ela zelava pelos romeiros, dando-lhes orientações e hospedagem, por isso foi fundada com o nome de Ordem Hospitalar. Depois, foi perseguida e refugiou-se nas ilhas de Chipre, Rhodes e Malta, 8

de onde conservou o atual nome. Assim como existem na Igreja as ordens religiosas, existem também as ordens dos católicos leigos. Hoje, essas ordens não atuam mais na Terra Santa, mas em outros lugares e , mensalmente, contribuem para manter os lugares sagrados e também socorrer em grandes calamidades. Como nas ENS existe o Conselheiro Espiritual, nesta Ordem existe o Capelão para representar a Igreja e impedir danos na fé e na moral. (Dirlene e Valentin , Casal Responsável do Setor - C -Região RSl)

••• BODAS OURO Dina e Beno da Eq . 22 - N. S . das Mercês - Curitiba/PR, completaram 50 anos de casados , no dia 18/07/2010. Filhos , netos, noras, genros, equipistas e amigos prestigiaram a celebração da Santa Missa presidida pelo Padre Jair Jacon- SCE da equipe do casal. Dina e Beno são equipistas há mais de 15 anos. O casal é um belo testemunho de vida, fé , esperança e grande amor.

• Nyza e José · Celebrar a alegria de fazer 50 anos de vida matrimonial, hoje em dia, é para poucos! Comemoraram e celebraram no dia 2 de julho, juntos com os CM448


familiares, amigos e irmãos de equipe, uma linda missa na Capela do Clube Circulo Militar, em São Paulo, celebrada pelo Frei José Carlos Pedroso, SCE da equipe 04 D- N. S. do Carmo, que acompanha o casal também há 50 anos. Parabéns, que Deus abençoe esta árvore chamada "NyZeira", porque deu bons frutos! (Márcia e José Antonio - Eq. 04D N.S.Carmo, São Paulo/SP)

• Cícera e Francisco -No dia 13 de dezembro de 2009, comemoraram 50 anos de vida matrimonial. Pertencem à Eq. N. S. da Conceição, do Setor C- Natal/RN.

• Valda e Valmir- Da Eq. N. S. da Conceição - Setor C - NataV RN, completaram 50 anos de vida

matrimonial, no dia 27 de dezembro de 2009. Familiares, amigos e casais da equipe comemoraram esta data em uma Celebração Eucarística, presidida por Pe. Gilmar na Capela Nossa Senhora de Fátima. (Lúcia e Bastinho - CRS Setor C, Natal/RN}

• Lourdes e Paulo Comemoraram 50 anos de casados em 20/02/2010. Pertencem à Eq. 64 D N. S. do Carmo- Região Rio III.

• Odete e Albertino - No dia 20/02/2010, comemoraram suas Bodas de Ouro. O casal pertence à Eq. 65 D- N. S. do Rosário Região Rio III.

VOLTA AO PAI Adaugisa (de Soares) ocorrido no C- N. S. Mãe da Consolação- S. José dia 06/08/2009. Integrava a Eq. N. do Rio PretQ'SP. No dia 15.08.2010. S. da Conceição, Setor "C", Natal, Paulo (da Maria) em 06 /01/ 2010. Região Rio Grande do Norte. Pertencia à Eq. 05- N. S. da AnunPe. Gilmar - Voltou para os braços do ciação em Minas Gerais/BH. Senhor o nosso querido padre Gil- Pe. Castilho - faleceu no último dia mar, Conselheiro da Eq. 17- N. S, do 26 de julho e nossa Equipe fica Amor DMno, Teresópolis/RJ, no dia com o ensinamento na busca da 26/07/2010. Sabemos que ganhasantidade e feliz por ganhar junto mos um grande intercessor que tinha de Deus um intercessor. como mensagem a humildade. Agradecemos ao Movimento das Alzira (do Walter) ocorrido no dia 09Equipes de Nossa Senhora, que 08-2010. Pertencia à Eq. 05 B - N. nos propiciou conhecer e conviver S. da Consolação em Jau/SP. com um homem que nos ensinou José Claro (da8za)-Nodia30.07.2010. o que é viver coerentemente os Fertenda à Eq.N. S. do Bom Conselho ensinamentos de Deus em nos- São José do Rio Preto-SP. sas vidas. (Equipe 07 - N. S. das Adalberto Semedo (da Rax~) - Eq. 03 Graças, Setor /tu -Salto) CM448

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JUBILEU DE PRATA DA EQ. N. S. DA CONSOLAÇÃO E CORREIA No dia 31 de Julho de 2010, nossa Equipe se reuniu com os amigos para celebrar os 25 anos de sua existência. A Celebração Eucarística realizada na Paróquia de Santa Rita dos Impossíveis (que sempre nos acolheu e que pertence à Ordem dos Agostinianos Descalços e disponibiliza Conselheiros Espirituais para nossa Equipe e também para outras Equipes do setor A), foi presidida pelo Frei Ayrton Mainard (Conselheiro da Equipe) . Aos convidados foi solicitado que ofertassem leite e suco que, posteriormente, foram doados à Creche Recanto da Criança Feliz. Após a Celebração todos foram convidados a participar de um alegre jantar com música ao vivo. Pode parecer exagero tanta alegria! Mas, quando Frei Calógero Carruba (Agostiniano Descalço) convidou dez casais para dar início a uma Equipe de Nossa Senhora não podíamos avaliar a importância que esse convite e o nosso sim iriam ter em nossa vida. No início foi difícil, pois o Setor ao qual estávamos vinculados ficava distante e a participação aos eventos dependia de deslocamento e nem sempre tínhamos transporte. Porém a união e a ajuda mútua foram vencendo as dificuldades. Quando a Equipe foi lançada, éramos sete casais. Ao longo destes vinte e cinco anos, dos casais fundadores, há somente três. Os outros que passaram pela equipe perceberam que não tinham vocação para ser equipistas e deixaram o Movimento. Estes exemplos ajudaram os casais 10

remanescentes a compreender melhor o sentimento de pertença ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Ao longo da caminhada, tivemos a perda do Nelson (da Cristina), que foi assassinado em um assalto. Foram momentos difíceis ...... A Equipe 50 sempre esteve disponível e atuante com o Movimento, uma equipe fecunda, de onde saíram CL, CRS, CRR, Casal Coordenador de Experiência Comunitária e e casais envolvidos na Paróquia (Pastoral da Família, Conselho Pastoral Paroquial). Neste momento, agradecemos a Deus pelos 25 anos de vida da Equipe 50, pelos Sacerdotes Conselheiros Espirituais que por ela passaram e deram sua contribuição e, em especial, ao Frei Calógero Carruba, que tomou a iniciativa de reunir os casais para fundar a nossa Equipe; agradecemos pelos casais que perseveraram e, ao longo dos anos, dedicaram sua vida à equipe, ao Movimento e também ao trabalho Paroquial. Por fim , pedimos a Deus que continue nos abençoando para que, com apoio nos Pontos Concretos de Esforço possamos parafrasear São Paulo, dizendo: combatemos o bom combate e guardamos a fé . (Janete e Jorge, Eq. 50 A- N. S. da Consolação e Correia, Região Rio III) CM 448


SESSÃO DE FORMAÇÃO NÍVEL I REGIÃO RSII A Sessão de Formação Nível I, realizada nos dias 22 e 23 de maio de 2010, na cidade de Alvorada, RS, iniciou com a acolhida pelos casais responsáveis. O casal Regional nos mostrou os objetivos desta Sessão de Formação. Em seguida foi celebrada a Santa Missa presidida pelo Pe. Ozeias. O evento contou com a participação de 50 casais, 3 Sacerdotes Conselheiros Espirituais, 1 Diácono e 1 Seminarista. Na palestra sobre "O plano de Deus na História da Salvação", Pe. Ozeias Vieira dos Santos nos fez sentir realmente a presença de Deus na caminhada da Igreja. Também falou sobre "Vida em Comunidade" ," O Sacramento do Matrimônio-Espiritualidade Conjugal". O seminarista Carlos Alberto da Rosa, falou sobre" Exigências da fé Cristã". Pe. Luis Inácio Flach presidiu a Santa Missa no domingo pela manhã. O Diácono Cristiano

da Rosa nos falou sobre "Espiritualidade Cristã" , bem como a importância dos Sacramentos na nossa vida. Formamos vários grupos para trabalhos, onde todos participaram com troca de ideias e com um grande crescimento espiritual. Na cerimônia de Envio, Pe. Cirineu Furlanatto enfatizou que todos somos chamados para servir, através de uma ação, cuja inspiração, tem em Cristo o seu fundamento. Enfim , foram momentos de aprendizado, oração, descontração e muito mais. Por isso é que não nos cansamos de agradecer a Deus e a Maria por pertencermos ao Movimento das ENS, que nos proporciona momentos tão fortes e profundos para nosso crescimento espiritual. • Tatiane e Luciano Eq. N. S . das Graças Setor Serra-Mar, Região RS II


RETIRO DA ENS 201 O Com o tema "misericórdia é o que eu quero .. ." (Mt 12, 7) aconteceu nos dias 22 e 23 de maio o nosso retiro na colônia dos padres salesianos em Jaboatão dos Guararapes. Grande alegria sentimos em partilharmos com a nossa equipe e o Setor desse momento tão abençoado, em que festejamos a festa de Pentecostes Fomos muito agraciados com a presença do querido Frei Denis que, inspirado pelo Espírito Santo, fez uma belíssima palestra sobre a importância da misericórdia na vida do Cristão. Não tem sentido dizermos que somos cristãos se não temos misericórdia para com o próximo, se não olhamos o outro com os olhos de Cristo e se não o escutamos ou enfrentamos os conflitos com ma is amor e discern imento. O Movimento de que participamos é Cristocê ntrico, porém , muitas 12

v ezes , nós nos colocamos no centro e com isso faltamos com o verdadeiro sentido das Equipes de Nossa Senhora. Usar de misericórdia dentro do Movimento das ENS é acima de tudo caminhar juntos, sendo suportes, colocar a ajuda mútua em prática, fazer a correção fraterna quando necessário, mas com ternura e maturidade. Se assim não for, seremos só legalistas e funcionários de Cristo e da sua Igreja. E, para finalizar, lembro a frase do casal Maria Carla e Cario Volpini: "Procurar Deus, fingindo não ver o homem , é uma falsidade histórica, religiosa e espiritual. Não se chega a Deus fechando os olhos às necessidades dos irmãos" (CM Agosto/2009). • Verônica do Juarez Equipe N.S . da Guia - Setor B Jaboatão dos Guararapes CM 448


CARTA EXORTAÇAO A UMA EQUIPE COM DIFICULDADE EM ESCOLHER SER MARTA OU MARIA Caríssimos Irmãos em Cristo, Quando fomos convidados pelo CRR para exercer a função de Casal Responsável do Setor a fim de servir ao Movimento, sentimos aquele friozinho na barriga, apesar de algum tempo nas ENS. Era o sintoma que indicava nossa grande responsabilidade em nos formar, informar, animar e ligá-los à Região Minas I e ao Movimento. Ora, ligar várias equipes é uma bênção, uma tarefa enriquecedora, uma graça de Deus e também uma grande responsabilidade. Todavia, como Deus põe o seu olhar sobre aqueles que necessitam de maior amor, rezamos muito e discernimos que essa era a vontade do Pai e dissemos "sim" ao desafio. Certamente, muito deixamos a desejar nestes anos de 2009 e 2010 na função, mas dizemos a vocês, com pureza d'alma e alegria no coração, que, graças a Deus, só pudemos contabilizar amigos em todos vocês. Somos testemunhas do grande esforço de crescimento espiritual e formativo que cada um tem experimentado nesse tempo. Mais ainda, também percebemos que estão lutando bravamente por seu Sacramento do Matrimônio, através do compromisso com a Estrutura e os Estatutos do Movimento e por estarem lutando pela SANTIDADE, procurando testemunhar isso ao mundo que nos cerca. CM448

Pudemos ainda intuir como estão se voltando para a razão absoluta de ser equipista: SEGUIR JESUS! Vocês, mesmo sem se darem conta, encarnam o ser discípulosmissionários de que nos fala a Conferência do CELAM, realizada recentemente em Aparecida. Nesse sentido, nós os exortamos a dar mais passos nessa direção. Mormente agora, que sua missionaridade levou-os a consolidar sua equipe com o Setor através do Casal Ligação tão bem acolhido e respeitado como mais um componente da equipe. Só muita disponibilidade, oração, serviço e Eucaristia haverão de fortalecer-lhes o dom maior que é o AMOR. Também os exortamos a continuar cuidando com muito carinho de seu SCE, ajudando-o nas questões relativas ao nosso Movimento. De todo modo fica o nosso até breve, em próximos encontros. Agradecemos o acolhimento, a amizade, o respeito e que possamos seguir juntos nesta peregrinação terrestre rumo ao encontro d 'Aquele que é o NOSSO PAI! Que Nossa Senhora Aparecida e o Padre Caffarel estejam intercedendo por nós todos. AMÉM! Um abraço carinhoso e muita paz nos seus corações. • Maria Julieta e José Carlos Eq. N. S. da Anunciação CRS C -Juiz de Fora I MG 13


SOS NORDESTE As Equipes de Nossa Senhora da cidade de Piraju/SP prestam conta e agradecem a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a Campanha SOS Nordeste. Agradecemos primeiramente aos padres de nossa cidade, que contribuíram e apoiaram a Campanha, incentivando a prática do gesto concreto de amor a tantos. Agradecemos imensamente à imprensa escrita e falada de Piraju e ao Secretário de Cultura, que esclareceram, informaram e sensibilizaram a causa tão eminente e emergente dos nossos irmãos nordestinos. Somos gratos também ao comércio local que, apesar da pequena representação, não mediram esforços para ajudar a Campanha com a doação de materiais, veículos e espaços. Agradecemos a todos que separaram suas roupas, materiais e objetos pessoais, despojando-se pelo benefício de outros. Agradecemos àquela senhora de origem humilde, que fez questão de pagar um valor maior pela cama que comprara, negando-se a receber desconto, pois sabia que o dinheiro tinha um fim maior. Ao senhor de aparência muito simples, que foi ao Bazar comprar uma concha, porque queria dar sua ajuda. São gestos pequenos como esses que nos fizeram perceber a presença marcante de Deus no nosso meio. Agradecemos imensamente a todos os irmãos equipistas e voluntários, 14

que fizeram toda diferença, doando seu tempo, esforços e dons. Agradecemos, em especial, ao casal que nos disponibilizou as imagens com o vídeo da Campanha, para que pudéssemos estar mais pertos da realidade dos nossos irmãos nordestinos e seus sofrimentos. Finalmente , agradecemos a Deus, que nos inspirou e motivou a vivermos experiências tão marcantes de solidariedade presenteadas a todos que se engajaram nesta luta.

Comunicamos que o fruto de todos esses esforços resultounovalordeR$15.487,57. O valor será encaminhado na íntegra ao casal responsável das Equipes de Nossa Senhora no Setor de Palmares e Barreiros, região mais atingida com as enchentes, que já estão fazendo um trabalho transparente e eficaz, junto às inúmeras famílias necessitadas daquela região. Sendo o que tínhamos a divulgar, colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos. • Vivian e Ângelo Rinaldi Casal Responsável pela Campanha SOS Nordeste ENS - Piraju/SP CM 448


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30 ANOS DAS ENS EM PERNAMBUCO As Regiões "Pernambuco I e II" comemoraram os 30 anos das ENS em Pernambuco, com uma Missa de Ação de Graças, no dia 24 de julho, celebrada pelo Pe. Pedro Vicente, SCEP, e concelebrada por Mons. João Bosco, SCER PE I, e ainda Pe. Francisco Jerônimo, SCER PE II, Pe. Valdomiro José, SCES B Recife e Pe. Jacques Trudel, SCE da Equipe da primeira hora. A Igreja da CNBB ficou lotada de equipistas que foram participar, agradecer e glorificar a Deus. A Equipe Provincial, composta de todos os Casais Responsáveis Regionais do Nordeste, que se encontrava em reunião de trabalho no nosso Estado, também participou conosco da celebração. O CRR PE I, Josélia e Fortunato, juntamente com o Casal Provincial do Nordeste , Eneida e Álvaro, CM448

homenagearam com uma bonita placa o casal Maria Lúcia e Plínio (foto) , que iniciaram o Movimento em Pernambuco. Também foram homenageados outros casais que prestaram serviços no Movimento ao longo destes 30 anos. Muitas graças foram concedidas, pelo Senhor, aos casais das ENS, nesta caminhada. O Casal Provincial, Eneida e Álvaro, dirigiu belas e profundas palavras aos presentes. O casal Josélia e Fortunato agradeceu a Deus, aos queridos Conselheiros e Acompanhantes Espirituais, que tanto colaboram com as ENS e a todos os presentes. Ao final da Missa, teve a confraternização com os tradicionais "bolo e parabéns". Bonita Festa! • Márcia e Luiz Carlos Eq.OlB - N.S. da Conceição Jaboatão dos Guararapes/PE 15


EXEMPLO A SER SEGUIDO Algumas de nossas equipes, pelo longo período de caminhada - algumas com mais de 40 anos - vêm solicitando adaptações do Movimento às suas situações particulares, ora alegando que os temas de estudo não lhes têm despertado nenhum interesse; em outros momentos que já vivenciaram tudo que podiam ou que se acham velhos e cansados, e, em outras ocasiões, que o papel de intercessores é muito pouco para preencher suas necessidades etc, etc, etc .... Essa situação nos fez recordar de nossa querida e saudosa Nancy Moncau que , infelizmente , não tivemos a oportunidade de conhecer pessoalmente, nem partilhar de alguns de seus ricos momentos, nos deixou, como herança, uma bonita lição de vida e amor ao Movimento. Como exemplo, podemos citar sua participação no 1° Encontro Nacional de Brasília, realizado em 2003, quando aos 94 anos de idade e vindo de um período de convalescença, deu um longo testemunho da influência do Pe. Caffarel em sua vida pessoal e conjugal, com riqueza de detalhes, muitas vezes sem ler na folha e em pé. Sua figura, embora pequenina, era de uma pessoa forte , determinada, disponível e profundamente amorosa, pois estava ali para nos ensinar os caminhos da busca da santidade através da espiritualidade conjugal (Encarte 16

Especial CM413). Consta também de sua história, que ela teria dito que, se viva estivesse , se faria presente no 2° Encontro Nacional marcado para 2009 em Florianópolis. Vimos que , em nenhum momento, ela pleiteou mudanças no Movimento sob quaisquer alegações. Pelo contrário, ela nos deu até seus 97 anos, quando Deus a chamou, um grande e inestimável testemunho de perseverança na luta para levar a nós , casais equipistas, o aprendizado do amor conjugal, por intermédio de uma espiritualidade própria àqueles que buscam unir-se ao Cristo por e através do Sacramento do Matrimónio. Portanto, dobremos nossos joelhos, pedindo a intercessão de Maria, nossa Padroeira e Guia, para que nos dê coragem, força e sabedoria, a fim de que saibamos vencer o cansaço da idade e o desânimo do longo período de caminhada e seguir os passos de Dona Nancy, contribuindo para que, cada vez mais, mais casais possam descobrir as riquezas da proposta de nosso Movimento. • Sandra e Bento CRR - Rio li CM 448


HISTÓRICO DO INICIO DO MOVIMENTO NO RIO DE JANEIRO O Movimento surgiu no Rio de Janeiro em junho de 1959. A semente lançada pelo Padre Melanson encontrou um terreno fértil num grupo de casais da Congregação Mariana de Nossa Senhora das Vitórias . Essa congregação, sob a orientação espiritual do Padre Caetano de Vasconcelos s.j, foi a primeira a admitir a participação das esposas nas atividades antes exclusivas dos congregados. Ávidos por uma espiritualidade mais perfeita, esses casais se reuniam na Congregação todas as terças-feiras à noite para se aprofundarem e crescerem espiritualmente. Aconteceu que um dos casais foi morar em SP; um outro, indo visitá-los, chegou com a novidade:tinham encontrado um movimento de casais que correspondia ao desejo despertado em nossos corações pelo Pe. Vasconcelos:- "crescer cada vez mais na espiritualidade conjugal". Entusiasmado com a novidade, ele ofereceu a sala da congregação para que fosse realizada uma reunião de informação que deveríamos ter com a participação do Padre Melanson, o qual viria de São Paulo, especialmente para nos conhecer e falar sobre as ENS.

Na terça-feira seguinte, quando chegamos para a reunião, percebemos a presença de um casal desconhecido de todos nós, que caminhava de um lado para o outro, como se estivessem indecisos se entravam ou não. Com a chegada do Pe. Vasconcelos tudo foi esclarecido. Eles tinham acabado de perder um filho pequeno e vinham buscar conforto com o Pe. Vasconcelos, por indicação de uma colega de trabalho. Só mais tarde compreendemos que eles estavam ali por indicação de Deus, que reservava para o casal um papel importantíssimo na divulgação das ENS pelo norte e nordeste do Brasil. Depois de informados sobre o Movimento, a dinâmica das reuniões, os compromissos exigidos e as vantagens espirituais que viriam pela Graça de Deus e as bênçãos de Nossa Senhora, ficamos entusiasmados quando Pe. Melanson declarou:- "É a terceira vez que venho lançar as ENS no Rio de Janeiro. Mas desta vez sinto que vai"! De fato, aqueles casais vieram a constituir a Equipe de Nossa Senhora das Vitórias, a primeira equipe do Rio de Janeiro. A primeira reunião foi em 30 de junho de 1959, e a informação foi


dada por um casal que veio de SP para esse fim. Em 1961 a equipe 2 foi lançada. Com o objetivo de atrair casais jovens para as ENS, a Eq.1 do Rio deu início aos Cursos de Noivos. A decisão teve como fruto inicial a Equipe 3, fundada em 1962. Era composta pelos noivos que, tendo feito o 1° Curso, depois do casamento se filiaram ao Movimento e nele permanecem até hoje. Tendo começado em colégios e paróquias, depois de algum tempo os cursos também foram dirigidos para alunos da Universidade Santa Úrsula, para a PUC onde atuava o Padre Leme Lopes. O sucesso dos cursos de noivos promovidos pelos casais equipistas contribuiu muito para o crescimento das ENS, tanto na zona sul, como na zona norte do Rio. Em princípios de 1964, teve início então a formação da Equipe 1 de Petrópolis, que se efetivou em 25 de abril de 1964, quando houve a sua reunião de informação. As primeiras equipes do Rio e de Petrópolis se relacionavam muito bem, pois participaram juntas de retiros organizados pelas respectivas equipes 1 no Centro de Formação Intercultural de Petrópolis. Nos primeiros anos, as equipes do Rio de Janeiro se restringiram à zona sul. Mais tarde , porém , através de casais que moravam na zona norte, para lá levaram o Movimento. Era o início da opção pelas classes de menor poder aquisitivo; essa expansão resultou do convite de alguns sacerdotes para que os equipistas da Zona Sul fossem fazer 18

palestras para os moradores daqueles bairros. A aceitação foi muito positiva, e começaram a surgir novas equipes em Acari, Padre Mi~el , Marechal Hermes, Realengo, Agua Santa e Nova lguaçu. No ano de 1968 foi fundada no Rio a Equipe 20. No ano de 1970, surgiu a Equipe 1 de Niterói e nos anos seguintes mais duas equipes. Aos poucos as ENS foram se expandindo para Valença, Brasília, Manaus, Belém etc. graças a um casal (ele, funcionário do BB) que fazia frequentes viagens ao norte e nordeste, o Movimento experimentou a expansão. Em agosto de 1972, por solicitação da Pastoral Familiar, foi feito um levantamento cadastral envolvendo a zona sul do Rio de Janeiro e Niterói, tendo constatado a existência de 15 equipes, envolvendo 103 casais, no Estado da Guanabara e 3 equipes, envolvendo 24 casais, em Niterói. Quando a Equipe 1 completou 40 anos de existência, no ano de 1999, dos participantes das primeiras horas restavam apenas dois casais e duas viúvas. Em virtude de sérios problemas de saúde, um casal e da mesma forma duas viúvas se afastaram, de modo que, na comemoração dos 50 anos da Equipe1, no ano de 2009, só estavam presentes uma das viúv (que faleceu poucos dias depois) e nós, único casal remanescente. Por sugestão da direção das ENS do Rio, continuamos a participar do EACRE, das Noites de Oração e dos retiros e estamos à disposição, quando convidados, para dar testemunho CM 448


comparecendo às reuniões das equipes da nossa região. O importante é que, apesar da idade, temos ainda pelas ENS o mesmo entusiasmo das primeiras horas e a alegria de saber

que a semente lançada no Rio de Janeiro continua e continuará a crescer e dar frutos. • Maria Célia e Ivan Bustamant Eq. N. S. das Vitórias. Setor A - Rio I

AINDA SOBRE A EXPANSÃO NO NORDESTE ... Quando escrevemos sobre a expansão no Nordeste na CM de Maio deste ano, foi dito que duas cidades contribuiram para a expansão das ENS nesta região: Fortaleza-CE e Recife-PE. No caso de Recife, que igualmente atingiu outros Estados, não foi bem explicitada a primeira expansão ocorrida em 1987, na cidade de Parelhas-RN. Mais adiante, com a criação de uma Coordenação, contou com a responsabilidade e o empenho de alguns casais, tornando-se um caminho fértil para se expandir pelas cidades vizinhas: Equador, Santana do Seridó, Jardim de Piranhas, Ouro Branco, Lagoa Nova, Acari, Caicó, Timbaúba dos Batistas e Jucurutu. Ainda de Recife, a expansão aconteceu em várias cidades de Pernambuco, dentre elas: Olinda, (onde recordamos a dedicação do Padre Geraldo Moura-SCE de 5 equipes, o qual. apesar de cirurgiado 41 vezes, nunca perdia a alegria de servir ao Movimento até voltar para a morada eterna), Barreiros, Pesqueira, Belo Jardim, Caruaru, Palmares, Chã Grande, Surubim, e outras mais. CM 44&

Além disso, a expansão chegou também ao Estado de Alagoas. E a missão continua com outros abnegados, gerando novos frutos, como são as coisas de Deus. Recebemos várias indagações sobre quem eram os três casais ocupantes daquela caminhonete que percorria 1200 km, por 11 meses, para a pilotagem em Itabaiana/SE. Respondemos: eram seis servidores do Reino, a serviço dos irmãos. Além da viagem na caminhonete, havia ainda uma travessia de balsa que tínhamos de fazer pelo rio São Francisco, entre as cidades de Penedo-Ai e Neópolis-SE para então chegarmos a Itabaiana. E tudo isso dando sempre graças a Deus por essas viagens tão abençoadas. Que a inspiração do Pe. Caffarel na fundação das ENS, permaneça nos tocando e nos dando oportunidade de "contabilizar" a espiritualidade do amor conjugal. E que sejamos cada vez mais evangelizadores num mundo tão conturbado e carente de conversão. • Zélia e Justino Eq. N. S. da Boa Vontade Setor C Recife·PE 19


60 ANOS DAS ENS NO BRASIL A Equipe 03 - Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, Setor A, Florianópolis, sente-se feliz em poder comunicar que também teve sua parcela de contribuição no crescimento do Movimento no Brasil nesses 60 anos de vida. Em 1974, o casal Mônica e Plínio foi transferido para Santarém - PA. Sentindo a necessidade de sua Equipe de base, entraram em contato com um Padre da Diocese, em Belém do Pará, e explicaram como o Movimento funcionava. Através deles foi formada a la. Equipe de Nossa Senhora no Norte do Brasil.

A semente, lançada em terra fértil , deu muitos frutos , através da Equipe de Nossa Senhora de Nazaré, la. Equipe em Belém. Pelas graças de Nossa Senhora Medianeira, Mônica e Plínio tiveram a felicidade de, no Encontro Nacional, rever o Padre e dois casais remanescentes fundadores daquela Equipe. A nossa Equipe felicita o casal pelo muito que fizeram em benefício de nossos irmãos. Deus seja louvado! • Dalva e Sebastião CR Eq 03 - N. S . Medianeira de Todas as Graças Setor A - Florianópolis.SC

ENS: 17 ANOS EM ITABAIANA No último dia 13/05/2010, tivemos a graça de comemorar os 60 anos das ENS no Brasil e 17 anos, em Jtabaiana/ SE. Foi uma alegria imensa! Na Missa de Ação de Graças, celebrada na Igreja de Nossa Senhora do Bom Parto, o clima estava sublime, tudo foi preparado com tanto carinho. Ver tantas imagens de Nossas Senhoras, protetora das nossas treze Equipes de Itabaiana e outras três de Carira/SE nos fizeram perceber que estávamos todos juntos para agradecer a Deus por fazermos parte de um Movimento tão rico como as Equipes de Nossa Senhora. Com os nossos corações renovados pelo sacramento da Eucaristia, ficamos atentos a um relato de uma mãe que venceu dificuldades familiares e teve a 20

graça de continuar alicerçando sua vida na Palavra, recebendo como presente de Deus: uma de suas filhas fazer parte do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Depois de a emoção ter tomado conta de todos, ao som de Padre Zezinho, compreendemos que a família é o "santuário da vida", e nós equipistas temos que cultivá-la com muito amor. Por fim, fomos todos convidados a fazer um brinde e construirmos mais um pedacinho da história desse Movimento de luz, amor e fé. Nessa hora, cantando parabéns para as equipes, restou-nos agradecer ao bom Deus. • Cleidiane e Péricles Eq. 06 N. S. do Rosário Setor Itabaiana/SE CM 448


ANJOS DA GUARDA DE NOSSAS CRIANÇAS Uma dificuldade comum nas Equipes de Nossa Senhora com casais jovens é conciliar a participação na reunião de equipe com o cuidar dos filhos. Nem sempre há com quem deixá-los. Quando são muitos e pequenos, como é o caso de nossa equipe, se levados para a reunião mensal, perdemos boa parte desse momento especial com a atenção a elas dedicada. Acostumados a servir e atentos às nossas necessidades, lgnêz e Mafra, casal que havia sido piloto de nossa Equipe, se ofereceu para cuidar das nossas crianças, em sua casa, enquanto nos reunimos

mensalmente. Transformados em vovô e vovó da "creche equipinha", brincam, contam histórias e ensinam algumas orações. Desde então, nossas crianças esperam ansiosas pelo dia da reunião de equipe que também se transformou no "Encontro da Equipinha 93-N . O testemunho de amor e abnegação desse casal nos envolveu imensamente. Seu amor às crianças é o mesmo que têm dedicado aos netos legítimos, a seus filhos e aos casais das ENS. Este amor nos surpreendeu , tomou-nos pelas mãos e nos indicou o caminho de Cristo. Sentimo-nos como filhos adotados em seus corações. Sem pedir nada em troca, doam tudo, gratuitamente, com alegria e espírito de serviço. Este amor sem limites se expande e se projeta, nos transforma, gerando muitas bênçãos do Espírito Santo. Agora compreendemos, na teoria e na prática, o sentido do amor. Sem dizer muito, doando-se, nos ensinam o sentido da Ajuda Mútua e partilha do abraço e do pão. • Aline e Jaison Eq. 93A - N.S. Aparecida 8/umenau-Gaspar/SC

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PARCERIA NECESSÁRIA

No dia 28/05/2010 completamos 27 anos de vida conjugal, e isso para nós é motivo para celebrar. Jesus escolheu uma festa de casamento para realizar o seu primeiro milagre, daí a importância desse sacramento, por isso a cada aniversário nosso agradecemos a Deus por um dia nos termos conhecemos e por todos os milagres que Ele realiza no nosso dia a dia. Então gostaríamos de deixar para os nossos irmãos uma pequena reflexão. Queridos, nenhum casamento pode dar certo se apenas um dos cônjuges estiver no comando. O casamento será deste ou daquele jeito se ambos, com a ajuda do Deus altíssimo, estiverem dispostos a caminhar na mesma direção. De nada adianta cada um querer seguir uma rota diferente, pois lá na frente não chegarão a lugar algum e há a

possibilidade de se distanciarem em função disso. Viver o matrimônio é exercitar no nosso dia a dia o diálogo, a partilha de ideias, aspirações e sentimentos. Comparamos a vida conjugal como uma longa viagem, onde piloto e co-piloto somos nós, e os passageiros são nossos filhos. Num determinado momento da viagem (vida) os passageiros (filhos) desembarcam , cada um segue o seu caminho e quem é que resta? Nós, piloto e co-piloto(casal) daí a importância de estarmos sempre em sintonia. Nesses 27 anos de matrimônio enfrentamos muitas turbulências, mas, com a graça de Deus e a nossa parceria, conseguimos manter a rota necessária para uma viagem feliz. E quando nós casais fizermos dessa comunhão e dessa união o ponto de partida é que conseguiremos que o nosso casamento evolua e caminhe na direção desejada por ambos. Para finalizar, destacamos aqui alguns trechos do livro de Eclesiastes, 4 que diz assim: "É melhor que sejamos dois do que um, pois se um tiver frio o outro o aquecerá e se um cair o outro o levantará." Um abraço fraterno a todos e uma boa reflexão. • Rose e Cido Eq. 07- N.S. Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt Setor Votorantim Região São Paulo Sul li

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Amigo Equipista Brasília 2012 terá pelo menos uma característica totalmente peculiar. Será o primeiro Encontro Internacional a realizar-se fora da Europa. Há anos cogitava-se aprofundar a experiência da internacionalidade realizando um Encontro fora do eixo Roma, Lourdes e Fátima, locais que acolheram quase a totalidade dos eventos internacionais (peregrinações) até então realizados. Repentinamente, esse anseio explode no coração de mais de 90% dos participantes do Encontro dos Casais Reponsáveis Regionais (e Provinciais), em Roma/2009. Logo depois, no Correio da ERI que sucedeu o evento, o casal Volpini, responsável pelo Movimento no âmbito internacional, anunciou a primeira palavra escrita na página em branco que em Roma, lhe fora confiada no Espírito: Brasil. Esta indicação trouxe-nos a grata satisfação de recordarmos a fecunda e saudosa presença entre nós de Nancy e Pedro Moncau, escolhidos por Deus para desvendar o caminho de santidade a que os casais haviam sido chamados. Recordamos t ambém a pessoa do Padre Caffarel, em particular destacamos uma das suas apreciações feita no seu Testamento Espiritual, em 1972, na sua 3 3 visita ao Brasil : "Quando um pai de família tem muitos filhos é grande a sua alegria, mas também é grande a sua preocupação. Eu tenho quatro mil filhos. Sou pai de uma família muito numerosa, com muita alegria e muitas preocupações. Mas, quando os pais descobrem que os seus filhos, já crescidos, mantiveram toda a sua confiança para com o pai e mãe, a alegria é excepcionalmente grande. Essa é a minha alegria: de ver que aquele -pequeno número de equipes que encontrei no Brasil há quinze anos tornou-se um número tão grande e manteve a mesma confiança". Por isso, mais do que nos ufanarmos por sermos brasileiros e equipistas, o desafio é renovarmos o ardor e o entusiasmo com que buscamos os fundamentos do Movimento: as suas razões de ser, o seu carisma e a sua mística ... Afinal, há um porvir a ser vivido na fé e na esperança. Se, por um lado não sabemos "os ventos que hão de vir", pois o Espírito sopra onde quer (cf Jo 3, 8), por outro, sabemos que até 2012, iremos viver a gestação do Encontro Internacional, anúncio do futuro nascido no seio da Providência Divina que elegeu os equipistas brasileiros para reavivar as relações nas ENS no contexto da internacionalidade. O XI Encontro Internacional é da responsabilidade da ERI, ainda que realizado no Brasil. A SR Brasil apoia a ERI oferecendo pessoal para as atividades administrativas, animando a participação dos equipistas brasileiros (organizando as inscrições, definindo os planos de pagamentos, arrecadando as parcelas de inscrição ... }, e também apoiando todo o trabalho da Comissão Organizadora do Encontro. Brasília 2012 terá uma outra peculiaridade. O tema que acompanhará todo o evento foi a segunda mensagem escrita na "página em branco". Definido a partir de palavras soltas, ditas ou escritas pelos casais e sacerdotes presentes em Roma, expressando os sentimentos e anseios 11

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que tinham naquela ocasião em relação ao Encontro, que segundo o casal Volpini, a ERI encontrou uma síntese harmoniosa numa frase simples e intensa para expressar este sentimento: Ousar o Evangelho. Lembramos que será deste Encontro Internacional que sairá a Prioridade de Reflexão que irá orientar os nossos passos de 2012 a 2018. Graça e Roberto - Comissão Organizadora

ORGANIZAÇÃO DA SR BRASIL PARA O ENCONTRO INTERNACIONAL

A SR Brasil utilizará a sua estrutura normal para animar as atividades relativas ao Encontro. A Equipe de Inscrições será composta por um casal de cada Província.

Os interessados em inscrever-se deverão se reportar ao Casal Responsável pelas inscrições da sua Província a fim de concretizar a sua inscrição. Para cuidar especificamente dos interesses dos equipistas que pretendam participar do evento, a SR criará uma Equipe de Inscrições e outra de Finanças. A expectativa do Brasil em relação ao número de participantes é de 5.000 pessoas inscritas. PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO ENCONTRO

21 de julho de 2012 a 26 de julho de 2012

Inscrição normal: 01 novembro de 2010 a 21 de abril de 2012 Inscrição por substituição: 22 de abril de 2012 a 30 de maio de 2012 VALOR DA INSCRIÇÃO

Inscrição COM hospedagem, por pessoa: R$ 1,190,00 Taxa de inscrição por pessoa: R$ 70,00 + Valor que poderá ser parcelado: R$ 1.120,00

Inscrição SEM hospedagem, por pessoa: RS 580,00 Taxa de inscrição por pessoa: R$ 70,00 + Valor que poderá ser parcelado: R$ 510,00 III


EXEMPLO DE UM PLANO DE PARCELAMENTO COM 16 PARCELAS Taxa de inscrição Valor a ser parcelado Valor da parcela Vencimento da 1._ parcela Vencimento da 16._ parcela

COM hospedagem

SEM hospedagem

R$ 70,00 R$ 1.120,00

R$ 70,00 R$510,00

R$ 70,00 janeiro I 2011 abril I 2012

R$ 32,00 janeiro I 2011 abril I 2012

A inscrição SEM hospedagem inclui:

A inscrição COM hospedagem inclui:

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Transportes No dia de abertura do Encontro: Traslado do aeroporto (ou rodoviária) para hotéis (ou local do Encontro). Durante o Encontro: Traslado dos hotéis ao local do Encontro e vice-versa. No dia do encerramento do Encontro: Traslado dos hotéis (ou local do encontro) para o aeroporto (ou rodoviária). Hospedagem: 5 diárias de hotel em apartamento duplo Alimentação: 5 almoços e 5 jantares Material do Encontro Participação no Encontro

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Transportes No dia de abertura do Encontro: Traslado do aeroporto(ou rodoviária) para hotéis (ou local de encontro). No dia do encerramento do Encontro: Traslado dos hotéis (ou local do encontro) para aeroporto (ou rodoviária). Alimentação: 5 almoços Material do Encontro Participação no Encontro

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ANULAÇÃO DE INSCRIÇÕES Uma inscrição poderá ser anulada até 30 de junho de 2012 . No mês de julho de 2012 não haverá mais anulação de inscrições. REEMBOLSO EM DECORRÊNCIA DE ANULAÇÃO DE INSCRIÇÕES

Inscrições anuladas até 21 de abril de 2012 O reembolso será feito pela SR, após a confirmação da anulação. O valor da Taxa de Inscrição não será devolvido. Inscrições anuladas de 22 de abril de 2012 até 30 de junho de 2012 O reembolso dos saldos que porventura houver será feito após o fechamento das contas do Encontro. As despesas realizadas em nome do inscrito até a data de anulação, assim como a Taxa de Inscrição não serão devolvidas. A responsabilidade do reembolso será da Comissão Organizadora do Encontro que o fará através da SR Brasil. • IV


UM SONHO QUE SE REALIZOU Maria Mélia e Miguel viviam juntos há 40 anos. Certo dia, foram convidados para fazerem parte de uma Experiência Comunitária. Aceitaram , começaram a participar, cumprindo com todas as obrigações, com muito entusiasmo e alegria, até que chegou o dia de marcarem o início da Pilotagem. Aí o dodói.. . Eles não tinham o "Sacramento do Matrimônio". Como fazer para continuarem? Então resolveram fazer um "Diálogo Conjugal" (Nosso dever de sentarse) e decidiram que não deixariam o Movimento das ENS, mas, para isso, teriam que receber o Sacramento do Matrimônio. Ambos , muito felizes, concordaram. Nestes 40 anos tiveram quatro filhos e sete netos que muito alegram suas vidas. No dia 29 de maio de 2010, este casal, numa linda Celebração Eucarística, realizaram o grande sonho da união sacramental, com a participação

Acesse nosso site, conheça, veja como está rico em informações e dinâmico !

www.ens.org.br

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de seus filhos, noras, genros, netos, amigos, juntamente com os quatro casais e o Pe. Eder que fazem parte desta Equipe, cujo nome é Nossa Senhora de Lourdes. Que a graça de Deus e a proteção de Maria estejam sempre presente na vida deste casal! • Noêmia e Osvaldo Casal Piloto Setor Serra Mar Região RS II


AVENTURA FAMILIAR "Sejam alegres na ESPERANÇA, Pacientes na TRIBULAÇÃO, Perseverantes na ORAÇÃO" (Rm 12, 12)

A história de Maria e Luiz, narrada por Helé ne e Peter Nadas, poderia ser relatada por muitos casais das ENS. Conosco, Dorinha e Júlio, com diferenças bastante nítidas, dada a origem de ambos - ela, do Sul e ele, do interior do Nordeste do Brasil - houve muitos desafios em nossa vida conjugal e familiar. A influência dos costumes, totalmente diferentes, era notória, porém desconhecida e inesperada por nós, jovens inexperientes. As famílias eram desconhecidas. Em função do afastamento de mais de 15 anos de Júlio de sua casa paterna, nosso trabalho foi grande, a tal ponto de, ao retornar para casa, tal o filho pródigo, Júlio teve que passar por um desconhecido em sua primeira noite para não matar a família de susto! Verdadeira aventura familiar! Aos poucos, devido a distância e custos, Dorinha e a prole foram conhecer e visitar os parentes nordestinos. Outra aventura familiar! Certamente, daria para escrever

um belo romance, narrando os desafios de um jovem casal que, por amor, superou muitos obstáculos. Desafios superados graças a muitas orações e prática da nossa milagrosa religião, que nos deu mandamentos e nos deu a grande graça do sacramento do Matrimônio. Quantas bênçãos em nossa vida a dois! Começou com a conversão de Júlio. E, graças ao bom Deus, pudemos nos preparar para constituirmos uma vida, podendo também receber os sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia. "O Senhor Fez em nós maravilhas!" Há 57 anos de vida em comum recebendo as graças divinas, sob a proteção de Nossa Senhora da PAZ, harmonizamos nossas diferenças. Louvamos o Movimento das Equipes de Nossa Senhora com seus Pontos Concretos de Esforço que, desde 1963, fazem parte de nossas vidas, acalentando nossa caminhada ... E viua nossa aw.ntura familiar! • Dorinha e Júlio

Eq. 01 E-N. S. da Paz Região SC I Florianópolis/SC

Podemos dizer que o casamento e a família sejam aventuras? Podemos falar de "aventura familiar''? As circunstâncias todas indicam que se trata de uma grande aventura. Mesmo quando temos noções claras de aonde queremos chegar, surgem, ao longo do caminho muitos eventos e elementos que não haviam sido previstos. Por vezes, são obras dos homens; outras vezes, são atos de Deus. O desafio da aventura consiste justamente em superar esses obstáculos para chegar ao objetivo que se busca. (trecho extraído do Livro-tema 2010 p. 42143- Hélene e Peter) 24

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PATERNIDADE E MATERNIDADE Em uma de nossas reuniões , como o tema de estudo do mês era "paternidade e maternidade ", o casal animador re solveu nos preparar uma grata surpresa: pediu a todos os pais integrantes de nossa equipe que escrevessem uma carta endereçada a seu filho , descrevendo o que quisessem . Não precisamos falar que, na primeira frase lida por um de nós , quase todos já estavam às lágrimas . Que surpresa bonita e especial nos proporcionou aquele casal! Como faz falta escutar de nossos pais coisas que talvez nunca tenhamos escutado, ou ainda saber que os enchemos de orgulho por nos termos tornado pessoas boas . Lá pela quinta carta e nós quase desidratados, vem a surpresa: uma verdadeira declaração de amor e lição de vida que, em pouco mais de uma página, deixou completamente claro o tamanho do afeto que os pais do Jeverson da Andréia {Eq. 9 - N. S . Mãe Peregrina, Setor A, Criciúma- SC) , Agenor e Alaíde , têm por ele . Como tudo o que é bonito, achamos que deva ser compartilhado. Transcrevemos a seguir o texto: CM448

\_ "Olá, Jé. Não sei a tua definição sobre o amor. Para mim "amar é viver". E viver é amar, é investir e ser realista ao construir o destino. É deixar a beleza vibrar no coração. É sorrir para a vida, é caminhar em busca de um ideal. Quem profundamente reflete sobre "o amor" com certeza sente que, por intermédio dele, a presença de Deus se manifesta. Manifestação esta que jamais nos é dada a conhecer de forma definitiva e completa. É preciso buscá-la a cada dia. Quando criança, plantamos em teu coração atitudes desse amor. Procuramos te dar condições para distinguir o que era certo e o que era errado. Cresceste, te tornaste adulto, tomaste o teu caminho. Como todo mundo, tens um ideal, formaste teu conceito sobre o amor e tens consciência do que é ser cristão. Aprendeste por ti mesmo a 25


reconhecer teus erros , a tomar decisões , a valorizar o outro, a lidar com tuas emoções, a resolver teus problemas e os de todos que o cercam. Sei que ainda não és o filho, o pai , o marido, o amigo perfeito, pois o mundo nos oferece mil e uma alternativas para não sermos. Nunca se alcança a perfeição de um dia para o outro. É preciso cultivá-la a cada dia.

Dê a tua vida e a todos os que te cercam doses diárias de amor, gestos de ternura, palavras de conforto, distribua muitos beijos e abraços; seja amigo; sirva e não queira ser servido; não mande, peça; não reclame, dialogue; não grite, mantenha a calma. Eu sei que é difícil, mas quando se tem Deus no coração, quando se vive em grupo onde possamos dividir nossos anseios, nossas dificuldades, o fardo se torna mais leve e tudo se resolve com mais facilidade . Faça a experiência e veja como a vida se torna muito mais emocionante quando se é ator e não expectador, quando se é piloto e não o passageiro. 26

Ela parece , às vezes , andar muito devagar, mas o importante é não parar. Um pequeno avanço na direção certa já é um progresso e qualquer um pode alcançá-lo. Se tu não conseguires fazer uma coisa grandiosa hoje, faça uma pequena. O importante é continuar andando e se aperfeiçoando. O que parece difícil hoje, amanhã poderá estar bem perto do teu objetivo. Vá rápido, quando puder. Vá devagar, quando for obrigado, mas seja lá o que for, continue. O importante é não parar. Filho, a vida é linda ... Tu tens um pequeno intervalo nela. Então viva a cada momento... aproveita cada instante ... viva suas fantasias ... só não esqueça que tuas atitudes vão demonstrar quem você é. mude pelos outros. Tenha sempre Deus no coração. Ame profundamente a todos e seja muito feliz. O que mais os pais desejam para os filhos , senão que sejam felizes?!! Nós te amamos muito, apesar de, às vezes, não expressarmos com gestos este Seja o mais simples e verdadeiro que puder. Não tente ser aquilo que não pode. Não sentimento. Esta é uma das coisas que ainda temos que aprender. Demonstrar todo o amor que sentimos por ti. É preciso cultivá-lo, Vamos tentar!!! Obrigado por você existir!!! Obrigado pela nora que nos deste, e pelas duas lindas netas que nos trazem tanta alegria. Muitos beijos e abraços de teus pais." (Sic) • Alessandra e Clayton Eq. 09 A - N. S. Mãe Peregrina Criciúma - SC CM448


RETIRO EQUIPISTA Nos dias 29 e 30/05/2010, os casais do Setor B de Varginha participaram do Retiro anual, tendo como pregador Pe. Jean Poul Hansen, que abordou o tema: "MATRIMÔN/0 - SACRAMENTO DA ALIANÇA VlVIDA NO DIA A DJP:'. A presença de, aproximadamente, 50 casais mostrou como é grande a sede de Deus e o seguimento de sua Palavra. Sob a orientação do pregador do retiro, os casais foram conduzidos a refletir que: • Deus nos criou para sermos amados por ELE e, como seus filhos queridos, sermos receptáculos do seu AMOR; • somente DEUS preenche o AMOR que procuramos no OliTRO; • a promessa da ALIANÇA é única e que Deus nunca se tornou infiel para com o seu povo; • não existe promessa sem a fidelidade da ALIANÇA; • nunca se realiza a nova ALIANÇA sem a PALAVRA, que é o próprio CRISTO; • precisamos urgentemente conhecer a PALAVRA; • a Al.lANÇA acontece no dia a dia; • a ALIANÇA nunca pode ser vista como escravidão do outro, e sim, como libertação; • o Matrimônio é sinal do AMOR de Deus pela sua Igreja e que a ALIANÇA está sacramentada no AMOR de CRISTO; • escolhemos livremente o matrimônio e temos o dever de fazer CM448

nos separe. • fizemos uma ALIANÇA com o CRISTO ao aceitarmos ser equipistas; • somos chamados a viver intensamente os Pontos Concretos que, como uma ALIANÇA assumida com o CRISTO, nos levam a caminho da santidade. O retiro foi marcado por momentos profundos de celebrações, adoração, silêncio, partilha conjugal e em equipe, como também, oração contemplativa individual. Parabenizamos o pregador do retiro que conduziu com clareza e conhecimento as escrituras e demonstrou a todo instante fervor de Espírito na condução da PALAVRA. Todos os que tiveram a oportunidade de participar desse encontro com o CRISTO, certamente saíram fortalecidos e felizes por terem realizado tão importante PONTO CONCRETO DE ESFORÇO. • Solange e Alessandro Eq. 08 B - N. S . da Eucaristia Região Minas IV Varginha/MG 27


DEVER DE SENTAR-SE As Equipes de Nossa Senhora, ao proporem como um dos Pontos Concretos de Esforço o Dever de Sentar-se, também chamado de Diálogo Conjugal, quer que cresçamos como pessoa, como casal, como Cristão e como Equipista, vivendo o nosso sacramento do matrimônio com harmonia, equilíbrio e espiritualidade em busca da santidade. Segundo definição do Novo Dicionário do Aurélio Buarque de Holanda, diálogo é a "troca ou discussão de ideias, de opiniões, de conceitos, com vista à solução de problemas, ao entendimento ou à harmonia". Padre Caffarel, iluminado por Deus, diz com muita propriedade que "é preciso cada dia partir ao encontro um do outro, por caminhos desconhecidos, tentando adivinhar a vida profunda do cônjuge, procurando o que pode despertar sua atenção, seu interesse, sua ternura, evitando o que no momento o incomoda ou perturba, descobrindo aquilo que pode estabelecer a comunhão." Saber dialogar, portanto, significa estar atento para um verdadeiro relacionamento, onde impere a liberdade, abertura e transparência. Não existe diálogo se o casal está fechado para o novo, para as ideias do outro e sua própria transformação. Em outras palavras, o verdadeiro diálogo só acontece quando, apesar 28

de todas as diferenças, aceitamos o outro com seriedade, respeito, como alguém que possui o direito de pensar diferente. Diálogo conjugal não é como se costuma dizer, um simples aparar de arestas ou acerto de contas. É muito mais que isso. Contando com a presença de Cristo, a exemplo da oração conjugal, leva o casal a um profundo conhecimento recíproco. Através dele , o casal procura conhecer e deixar-se conhecer em sua essência pelo outro. Há a abertura do coração para os anseios, sonhos, necessidades e dificuldades do outro. Daí a necessidade de nada esconder do outro e falar francamente, mesmo as experiências negativas, pois elas devem ensinar a viver, e não se transformar em companheiras desagradáveis de nossa existência, sendo revividas e lembradas a todo instante. O casal deve aprender a falar e também a ouvir. O diálogo não acontece através de um simples "falar com alguém", mas na disposição de criar um verdadeiro espaço para a troca de ideias e ajuda mútua, levando a um rico e profundo aprendizado ao amor. Não é meio de dominação, muito menos de submissão, pois, embora não visível aos olhos, Cristo está presente nele. O texto da primeira carta de São João é bastante claro ao afirmar que "quem não ama o seu irmão a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê" (1 João, 4, 20) . CM 448


Que o nosso Dever de Sentar-se ou diálogo conjugal torne-se uma experiência de amar e ser amado, onde se torne visível o amor de Deus, transformando o nosso matrimônio

em caminho da santidade e reflexo do amor de Cristo. • Dóris e Adalberto Bega Equipe 01 A - N.S. de Fátima Jaú - São Paulo

O HÁBITO QUE FAZ O EQUIPISTA O hábito não faz o Monge. Todos conhecemos este ditado. Em geral nos referimos a alguém que parece, mas não é ... Epossível extrair dele alguma reflexão ou ensinamento como casal equipista? Quanto a Monge o conceito é objetivo. Em geral nos referimos a uma pessoa que entendemos ser um homem de Deus. É uma pessoa que escolheu o caminho da santidade retirando-se da vida em sociedade e muitas vezes da vida em comunidade. Prefere a meditação e o silencio e vive retirado, numa forma de vida drasticamente diferente da nossa vida matrimonial. Depois, vamos analisar o significado da palavra hábito: Pode significar a vestimenta do Monge. A imagem identifica o Monge e pode até revelar sua ordem. Pode significar as práticas recorrentes a que está submetido por obrigação de sua Regra. São as práticas que vão ajudá-lo a alcançar as "Orientações de Vida" que escolheu para si e que têm a finalidade de ajudá-lo na sua caminhada de santidade. Neste sentido nos referimos à forma de como essas obrigações são cumpridas: com piedade? Com CM 448

concentração e dedicação? Qual assiduidade? Executa-se com prazer renovado ou com displicência? De forma desatenta? É somente uma obrigação? Uma conveniência? Com estes conceitos podemos formar o seguinte entendimento: um Monge vestido de Monge mesmo que pratique a sua regra pode não ser um Monge. Por quê? Porque nem a aparência externa e nem a prática displicente de sua regra vão ajudá-lo no caminho de santidade. 29


Ser equipista nos coloca numa situação de responsabilidade com relação a oportunidades de vivenciar as Orientações de Vida, nós estamos inseridos na comunidade. Isto pode acontecer em casa, na nossa equipe de base praticando a partilha e a ajuda mútua, nas pastorais e serviços da igreja, dando testemunho pela vivência e pela palavra. Se aplicássemos o ditado à vida equipista poderia afirmar que: "Os PCEs não faz o equipista?" Para complementar tomo emprestado do Pe .. Caffarel que escreve com contundência a certa altura 1 "o homem moral observa prescrições e acha que está em regra!" Ser equipista significa aceitar as Orientações de Vida como meta para nossa vida de casal. Reconhecer que elas podem nos tornar pessoas melhores, cristãos melhores. As orientações de vida por si só não conduzem para esta meta. É preciso um conjunto de ações e exercícios para conseguir isso. Nós conhecemos bem estas

ações e estes exercícios: são os PCE. A prática constante e assídua dos PCE nos levará a alcançar cada vez maior grau de vivência em relação as Orientações de Vida. O PCE é nosso caminho de santidade, não é obrigação, é ponto de esforço. Ser equipista nos coloca numa situação de responsabilidade com relação a oportunidades de vivenciar as Orientações de Vida, nós estamos inseridos na comunidade. Isto pode acontecer em casa, na nossa equipe de base praticando a partilha e a ajuda mútua, nas pastorais e serviços da igreja, dando testemunho pela vivência e pela palavra. A prática dos PCE possibilita ter contato com o sopro espiritual a que se refere o Pe. CaffareJ2: 'Para os equipistas que o vivenciam e recebem este sopro estimulados pela caridade nunca se consideram desobrigados. Ou seja, vão além ... " Queríamos chegar até aqui e opinar que o equipista é o que presta serviço a sua comunidade - aparência externa - e é também o que tem por hábito a prática cuidada, atenciosa e assídua dos PCE donde lhe vem o fortalecimento espiritual para que as Orientações de Vida não sejam letra morta, mas realidade na vida do casal. O equipista não se retira da comunidade, busca a Deus em casal através dela, partilhando generosamente. • Dirlene e Magno Safes Eq. 141 - N.S. Schoenstatt Setor F - Rio V

1. A missão do Casal Cristão, A responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora, pag.l18

2. Idem. 30

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EJNS - ENCONTRO NACIONAL 201 O Olá, queridos Casais, Neste mês de Julho tivemos um momento maravilhoso na vida das EJNS, o nosso 12° Encontro Nacional, que de maneira especial comemorou os 20 anos do Movimento no Brasil. Encontrar-se! Ir ao encontro do outro para partilhar e servir. Existe alguma coisa mais importante na vida do equipista? Foi com esse pensamento que cerca de 300 Jovens de todo Brasil reuniram-se em Mariápolis, onde pudemos curtir a maravilha de sermos Equipistas, relembrar a força de estarmos juntos, reavivar a busca conjunta pela santidade, agradecer a Nossa Senhora por esse chamado e reforçar o nosso Sim como compromisso de amor pelo Movimento.

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O tema do nosso Encontro foi: Jovem, Levanta-te! (Lc 7,15). Uma exclamação que permeou todas as nossas atividades. Nossos Conselheiros, Dom Filipe (Nacional), Pe. Sávio (Assessor da Juventude da CNBBBrasília) e nosso querido convidado, Pe. Márcio (Rio Preto-SP) com suas palestras reflexivas e participativas, nos inspiraram, tiraram lágrimas e gargalhadas e foram plantando um pouquinho mais fundo a mensagem de Deus em nós. As reflexões em grupo nas Interequipes encontraram na diversidade de sotaques e experiências um ponto comum de unidade, na certeza de se querer viver em Equipe. Como é bom perceber a riqueza de nosso Movimento no Brasil! Em comemoração aos 20 anos o

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nosso querido Casal Acompanhador Nacional, Cláudia e Paulo nos presentearam com um momento memorável e emocionante conseguindo trazer quase todos os ex-Responsáveis Nacionais, inclusive a Cathy, que foi a pioneira no Brasil. Eles puderam relatar as suas dificuldades e conquistas, deixando claro o amor pelo Movimento, que ainda permanece vivo em seus corações. Alguns deles casados e membros das ENS deram lindos testemunhos da transformação que tiveram em suas vidas graças à passagem pelas EJNS. Para legitimar a alegria de sermos Jovens, na noite de sábado tivemos uma grande festa celebrando nossos 20 anos de Brasil. Uma festa de gala. Todos de branco representando nesta junção de todas as cores um só símbolo de Paz, Amor e União, a base da nossa busca da santidade no exemplo de Maria. Foi um momento de muita alegria e diversão, mas também de agradecimento em oração por esse importante marco de nossa história. No final, o apogeu, com o canto de nosso hino e o desfile das bandeiras dos Setores preparadas no dia anterior. A Unidade foi o grande destaque durante o Encontro. Nossa união já

havia se fortalecido muito nesses últimos meses, desde que nossos irmãos equipistas do nordeste sofreram o trauma das grandes inundações. Essa tragédia encheu os jovens de solidariedade em orações e doações, e encontrou no final da partilha do Setor BarreirosPE, todos num grande abraço entre emoção e lágrimas com o desejo e compromisso de Sermos Um. Mas é claro que nesse grande Encontro não poderia faltar uma homenagem especial aos nossos "Papais e Mamães" de coração que, além de estarem sempre nos apoiando e acompanhando bem de perto, nos inspiram no carisma mariano de vivermos em Equipes. Assim, representando as ENS tivemos a honra de receber Hermelinda e Arturo (CRP Sul 1), que trouxeram uma mensagem edificante de Cida e Raimundo (CRSR) , Fátima e Gil (CRR-SP 1) , empenhados em levar o Movimento para a SP-capital e Doracy e Chico (CRS-Vinhedo/SP) , que são um símbolo da dedicação das ENS aos jovens. Por fim, este Encontro teve claramente um toque especial Daquela que faz de todos nós equipistas, Jovens Unidos no Amor, Jovens de Nossa Senhora. A renovação do Sim, feita por todos no encerramento do evento, sem dúvida dará início a tantos outros importantes momentos que virão na resposta deste eterno chamado: Jovem, Levanta-te! • Renato Rocha Responsável Nacional - EJNS cantata@ejnsbrasi/.com.br www.ejnsbrasil.com. br

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DA CONCEIÇAO APARECIDA Padroeira Principal do Brasil

Nossa Senhora da Conceição Aparecida é a Padroeira do Brasil. A imagem foi encontrada em 1717 por uns pescadores, no rio Paratba, e a devoção popular surgiu espontaneamente, em função dos favores alcançados por inten:essão de Maria Santíssima. A primeira capela é de 1745. Em 1904 a imagem foi coroada solenemente. Recebeu a "Rosa de Ourd' do Papa Paulo VI em 1967, e a nova Basílica foi dedicada por João Paulo II em 4 de julho de 1980. Contam as crônicas que, em 1717, três pescadores, chamados João, Filipe e Domingos trabalhavam com as suas redes no rio, sem obter nenhum resultado. O governador de Minas Gerais e de São Paulo ia passar por aquelas terras e os pescadores haviam recebido ordem de levar tudo o que lhes caísse nas redes para o banquete que se ia oferecer àquela autoridade. As horas passavam e a rede ia e vinha nas águas do rio sem apanhar um só peixe. Ao chegarem ao porto de ltaguaçu, cansados e derrotados, João lançou novamente as redes, e para sua surpresa, recolheu o corpo sem cabeça de uma pequena imagem CM 448

de Nossa Senhora. Tomou a lançar a rede e dessa feita surgiu a cabeça, que se ajustava perfeitamente ao corpo. Guardaram piedosamente a imagem recém-aparecida entre os seus pertences e, confiando em Nossa Senhora, lançaram outra vez as redes à água. Conta o cronista que, a partir deste momento, a pesca foi tão abundante que tiveram receio de naufragar pelo muito peixe que havia nas canoas. Começou então a veneração a essa imagem, guardada na casa de Filipe. Posta num oratório, "ajuntavase a vizinhança a cantar o terço e mais devoções". Era o início de um fervor popular que cresceria mais e mais com o passar do tempo, até dar origem ao Santuário Nacional de Aparecida. Incontáveis peregrinos dirigem-se diariamente aos santuários dedicados a Nossa Senhora, para encontrarem ali os caminhos de Deus ou neles se reafirmarem, para acharem a paz de suas almas e consolo em suas aflições. Nesses lugares de oração, a VIrgem toma mais fácil e acessível o encontro com o seu Rlho. Todo o santuário converte-se em "uma antena permanente da Boa-Nova da Salvaçãd'. 33


Hoje celebramos a festa de Nossa Senhora Aparecida, a que tantos cristãos recorreram e recorrem para buscar auxílio, a fim de seguirem adiante no caminho da vida, que nem sempre é fácil. Quantos encontraram ali a paz da alma, o chamado de Deus a uma maior entrega, a cura, o consolo no meio de uma tribulação... ! "O que buscavam os antigos romeiros? O que buscam os peregrinos de hoje? Aquilo mesmo que buscavam no dia, mais ou menos remoto, do seu Batismo: a fé e os meios para alimentá-la. Buscam os sacramentos da Igreja, sobretudo a reconciliação com Deus e o alimento eucarístico. E voltam revigorados e agradecidos à Senhora, Mãe de Deus e nossa". Não podemos esquecer que peregrinamos em direção a uma meta bem concreta: o Céu. O fim de uma viagem determina em boa parte o ll)odo de viajar, os objetos que se levam, os alimentos para o caminho... A Virgem Maria diz-nos a cada um de nós que não devemos levar excessivos

apetrechos nesta peregrinação da vida, nem vestes demasiado pesadas, pois dificultariam a caminhada, e que devemos caminhar para a casa do Pai em grandes passadas. Recorda-nos que não existem metas definitivas aqui na terra e que tudo deve estar orientado para o fim desse caminho, do qual talvez já tenhamos percorrido uma boa parte. A virtude do peregrino é a esperança; sem ela, deixaria de caminhar ou o faria com passo cansado. A Virgem é a nossa esperança, pois alentanos a continuar adiante, ajuda-nos a superar os momentos de desalento, acompanha-nos maternalmente nas circunstâncias mais difíceis sempre que recorremos a Ela. Ainda que seja com a brevidade de uma jaculatória, ou com um olhar a uma imagem, saímos reconfortados. • Pe. Francisco F. Caruajal Trecho extraído da Coleção Falar com Deus, liuro 6/7 Ed. Quadrante

SER O PORTA-JOIAS DE JESUS É na figura e na disponibilidade de Maria que aprendemos a ser porta-joias de Jesus, engravidandonos d'Ele. Deus nos dribla em todo o seu projeto salvífico: escolhe no seio de uma insignificante e desconhecida pela sociedade elitizada de sua época, uma menina, de uma também desinteressante cidadezinha, chamada Nazaré. Ainda hoje, quando a filha da 34

vizinha engravida antes do casamento, nossa cultura ocidental critica e fala mal. Nunca, como em nossa época, crianças nasceram tanto de sete meses. Será? Infelizmente, somos, ainda, uma sociedade hipócrita e medíocre . Posso muito bem imaginar a situação de Maria em Nazaré: noiva de José, grávida do Espírito Santo; era realmente demais a ser compreendido assim, CM448


num toque de mágica, até mesmo porque Deus não é mágico. Qualquer moça no lugar de Maria ficaria esperando as reverências da mulher mais importante do mundo: afinal seria a mãe do próprio Deus! Mas não foi isso que nos quis ensinar a História da Salvação. Maria, sabendo através do Anjo Gabriel que da esterilidade e da velhice nasceria uma vida: a de João Batista, dirigiu-se apressadamente às montanhas de Judá, para servir sua prima Isabel, grávida de seis meses. O encontro dessas duas mulheres e a saudação das duas crianças, ainda no útero de cada mãe, simplesmente me encantam e incentivam-me a querer ser o portajoias de Jesus! Este encontro e a saudação de ambas nos garantem valores que brotam da pequenez e do insignificante aos olhos da sociedade. Mostra-nos que é a solidariedade verdadeira que leva alegria e esperança aos preferidos de Deus, os mais necessitados. Uno-me à ação de graças pelo 60° Aniversário da chegada das Equipes de Nossa Senhora ao Brasil. Na minha juventude sacerdotal tive o privilégio de acompanhar uma Equipe de Casais Jovens a qual, por motivos de estudo no exterior, precisei confiar a uma Religiosa muito querida entre nós, que cuida da mesma com grande ternura mariana. Hoje, com mais de 20 anos de Ministério, sintome agraciado por acompanhar uma Equipe muito especial e para mim, sem subestimar as demais, a mais querida de nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto. CM 448

A Equipe A 1 - Nossa Senhora da Esperança, da Província Sul 2 da Região SP-Nordeste 0613 , cujo casal Regional é a Thereza e o Antônio Moro, foi um dos mais preciosos presentes para mim, neste Ano Sacerdotal. Esta Equipe de Nossa Senhora nasceu em 1957, ano de meu nascimento e é formada por seis casais e uma viúva de profunda riqueza e espiritualidade mariana. Embora me tratem como seu Conselheiro Espiritual, é o Sacerdócio da Equipe que edifica meu ministério, tornando-me o Presbítero mais feliz e privilegiado de nossa Igreja. Conviver com a Equipe N. S. da Esperança não só confirma meu amor à Mãe dos Sacerdotes, como edifica minha missionaridade e discipulado, porque cada membro transpira os aromas de Maria Santíssima, ajudando-me a ter o rosto de Deus, o coração de Jesus e o colo de Nossa Senhora junto ao povo que me é confiado no exercício do meu sacerdócio! Passo as horas de meus dias, agradecendo o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, que não só zela pela santificação dos casais vocacionados ao Matrimônio, como também edifica nossas Famílias e robustece a fidelidade de nosso Sacerdócio Ministerial. Como é bom sentir o amor de Maria no colo de uma Equipe que acaricia com sua acolhida um sacerdote! Com profunda ternura mariana, meu abraço agradecido e terno! • Pe.Gilberto Kasper SCE Eq. N. S . da Esperança Ribeirão Preto/SP 35


O ESPÍRITO SANTO E O CASAL No casal cristão, o Espírito Santo trabalha primeiramente um dos cônjuges, para transformá-lo - é a sua função - à imagem do Filho de Deus. Se, por um lado, o Espírito deseja fazer de cada cônjuge uma imagem do Cristo; por outro, trabalha para fazer do casal uma imagem da união de Cristo e da Igreja. O casal é uma pequena Igreja onde Cristo está presente; e o Espírito Santo nela trabalha para realizar esta união do Cristo e da Igreja. Contudo, Ele só será o artífice desfa unidade e desta comunhão se encontrar no casal uma generosa cooperação. Ao mesmo tempo, o Espírito Santo faz do casal um colaborador de Deus. Do Deus Criador e do Deus Redentor. Sempre encontrei muita luz na seguinte fórmula (ela me ajudou a compreender um pouco mais o mistério da SS. Trindade) aplicada à vida do casal. Amar é dar-se um ao outro para se darem juntos. Se nos detivéssemos na doação de um ao outro, as duas correntes formariam um lago de águas paradas. Num lago assim, a água torna-se rapidamente estagnada. Ao contrário, se os cônjuges se doam juntos, então essa água se transforma num rio de água corrente. Penso hoje, mais do que nunca, que o casal cristão tem uma função extremamente importante a exercer na Igreja e na sociedade. 36

No lar, a ação do Espíri o San1o corresponde ao que chamo a estrutura dinâmica do casal, que defino por essas três expressões, que me parecem ser a lei fundamental do casal: vida pessoal, vida partilhada, obra comum. A ação do Espírito Santo consiste precisamente no que acabo de apresentar, suscitando a vida pessoal, humana e espiritual dos esposos, unindo homem e mulher numa vida partilhada e favorecendo a obra comum do casal. Quando vocês se interrogarem, procurando saber qual o lugar de Cristo e do Espírito Santo no lar, olhem para a Igreja. Sendo que o casal é a imagem da união do Cristo e da Igreja, olhem para a Igreja e, principalmente, para a Igreja primitiva. Isso lhes dará uma enorme confiança. Vejam essas pessoas que eram simples - pescadores do lago, aos quais Cristo muitas vezes chamou de "homens de pouca fé" - e que, depois de Pentecostes, com uma extraordinária intrepidez, afirmam sua Fé, obra do Espírito Santo. Vejam essas pessoas sem grande coragem - que abandonaram Cristo na hora da Paixão e se entrincheiraram em suas casas - se lançaram pelo mundo afora pela força do Espírito. Vejam essas pessoas, tão primárias - que discutiam por questões de precedência - não terem mais que um só coração e uma só alma. CM 448


Havia certamente desentendimentos entre eles, mesmo entre São Pedro e São Paulo (não tenhamos uma visão por demais idílica desses começos) , mas o Espírito Santo trabalhava profundamente para uni-los. Antes de Pentecostes, esses homens e essas mulheres amavam o Cristo, mas com um amor pobre e fraco, e o

Espírito Santo fez deles mártires. Vocês podem e devem esperar esta atuação do Espírito Santo em seus lares. Mas conservem disponível esse coração que é o órgão através do qual o Espírito Santo age. • Editorial da Carta Mensal n° 3 Maio de 1983 Pe. Henri Caffarel

ESTAMOS PRONTOS? Em seu livro ''A Missão do Casal Cristão", Pe. Caffarel, abordando a Responsabilidade das Equipes de Nossa Senhora (p. 117), questiona se os equipistas estão prontos para essa missão de forma contundente: "Em face dessa missão, os casais do Movimento estão prontos? O Movimento está pronto? Permitir-me-eis, penso eu, que, como pai espiritual do Movimento, me abstenha de vos lisonjear, mas vos fale não só com amor, mas também com exigente franqueza. Eis, em primeiro lugar, o que, a meu ver, pode ser levado a crédito no Movimento: - Uma busca sincera do pensamento de Deus sobre o casamento e a vontade de viver em conformidade com este pensamento. - A convicção de que todo cristão é chamado à santidade e que o casamento é um caminho de santidade. - O empenho em se entreajudarem, marido e mulher, neste caminho e de levar por ele os filhos . - O empenho, não menos certo, de ajudar os casais da equipe e de recorrer também ao seu auxílio. Uma amizade, no seio da equipe, que ultrapassa, na maioria das vezes, a simples amizade humana. O desejo de comunicar aos outros casais o que compreendemos e o que procuramos viver das riquezas do casamento cristãd'. •

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FACE A FACE O progresso na vida espiritual acontece no tempo certo para cada um e de diferentes formas , através de sinais, de maneira suave ou brusca, de acordo com os próprios acontecimentos da vida real. E se este sinal for devidamente compreendido se transforma para cada ser humano, em prêmio intransferível de ascensão ao nível mais elevado de espiritualidade. Quando ocorre essa transformação, passa-se a valorizar o amor e o conhecimento, deixando-se para um segundo plano outras preocupações da vida temporal. São eliminados, dentre outros elementos prejudiciais, o medo da morte. Começa-se a sentir a sensação de que todo o Universo é interligado por uma mesma origem. Assumese o controle pelo rumo da vida, utilizando-se , verdadeiramente , do livre arbítrio. A vida retoma seu valor absoluto. A alegria consistirá em se fazer tudo por amor, transformando cada dia numa etapa pela busca incansável e insaciável da Espiritualidade maior. Descobre-se um mistério cósmico por trás de toda a existência e que através deste enigma, se revela o Divino. Vislumbrar que existe a Essência maior do que o próprio eu, unifica, ampara e nutre a vida. Cura sua sensação de abandono, de separação e isolamento devolvendo ao ser humano a verdadeira identidade agregando-lhe a alma. Trata-se de um processo res38

taurador e auto-organizador, tal como ocorreu com Saulo, que viu sua vida toda ser reestruturada quando foi arrebatado até o terceiro céu. Este episódio está em 1Cor 15,35-55 e 2Cor 12,1-4. Ele não precisou morrer na carne para subir e conhecer outro céu, outra morada. A vida é alimentada por uma espiritualidade irreal. Concebe-se Deus como Pai, Jesus como irmão, todavia, tal como personagens distantes. Esta distância frustra. Ao que não supera estas limitações de entendimento espiritual, sobram sentimentos pequenos de impotência, de infelicidade , de tristeza, de solidão. A fragilidade do ser humano atrasa sua posse como herdeiro da condição de filho de Deus. Consegue-se ascender a um plano espiritual mais elevado. Em casal, é preciso um esforço redobrado e uma prática constante de oração conjugal e meditação. Através de união em um grupo, tal como no Movimento, é possível fortalecer essa capacidade de energia espiritual. O simples fato de permanecer em estado de união e oração garante a presença Divina porque onde dois ou mais estiverem reunidos, o Senhor estará no meio deles. Todos fazem parte de um plano grandioso, muito maior do que a existência individual, em si e por si: tomar posse do Reino de Deus, CM 448


como herança dada ao seu povo. É preciso um alto grau de motivação e alegria pela existência. Isso o Movimento oferece aos casais que, pelo seu carisma, fixam como

objetivo principal a busca de Cristo e a posse desse Reino. • J. Rubens Alves, da Ana Marem Eq. N. Sra. Aparecida, Setor A Mogi das Cruzes - SP

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SILÊNCIO! Há silêncios eloquentes e falas inúteis ...

O mundo moderno sofre de palavras entaladas e falas inoportunas. Porque não silenciar e contemplar? Não é falando que resolvemos desafios e problemas, e sim, silenciando e refletindo para, no tempo oportuno, agir. A percepção do silêncio é semelhante à percepção corporal, ambas acontecem de maneira inconsciente. Percebemos o silêncio quando acaba o barulho externo e interior. O papel do silêncio é evidenciar lacunas, para que possam ou não ser preenchidas. Nosso desafio maior é se entregar ao silêncio sem saber quando acaba o barulho. Façamos uma experiência do silenciar e veremos que passará a vontade de falar. O silêncio favorece a reflexão (para pensar antes de falar e não ter que se arrepender depois). O silêncio faz o corpo se comunicar sem palavras. Passe a usar e abusar do toque, das emoções, faça cantata com os olhos, o toque sublime, o pegar nas mãos, como criaturas - isso é necessário e fascinante . Experimente e verá a diferença no viver. O falar muito CM 448

sempre visa mascarar outras atitudes. Muitas coisas não precisam ser ditas e , às vezes, mal-ditas , mas meditadas. ORAÇÃO GERA HARMONIA E SAÚDE - o silêncio é o amigo que você não ouve de quem não queremos aproximação, porque ele precisa de AUSÊNCIA e de ENTREGA. Isso nos assusta e incomoda. No silêncio, tudo nos impressiona. Nele você está sempre presente e se toma presença para o outro. O silêncio gera expectativas. No silêncio, promovemos a vida, o viver e escutamos o que nunca foi ouvido: mesmo que dito várias vezes. Proporcione a você momentos de estar só, tranquilo, sem falar nada, sem estar com ninguém e para ninguém. Você já viveu a sensação de não pensar em nada? Esteja vigilante, pois o silêncio coloca medo, gera DESCOBERTA E PERPLEXIDADE. Se você não tem o que falar, fique em silêncio: é uma fala e tanto. Silenciar é a forma mais plena de gritar e protestar, o silêncio nos leva à essência das coisas. Viver é se preparar para morrer, é silenciando que nos preparamos 39


para este instante de muito silêncio ... A falta de silêncio pode ser causa de muitas doenças, e silenciar é caminhar para a cura de muitas doenças. Escutar e curar só é possível silenciando, lembrando que o excesso de silêncio causará depressão grave. Meditando, confirmo que estou VIVO e que quero VIVER. Escutar o outro é escutar a si mesmo. E é no silêncio e na escuta atenta e zelosa que a cura acontece. Temos coisas na vida que não colocamos em palavras e sim, no silêncio profundo. As famílias precisam do silêncio do AMOR, estar perto do outro e não ter nada a dizer em palavras e sim, estabelecer a sintonia dos corpos. VIVA O SILÊNCIO, como necessidade, só assim levará alguém por onde já foi e experimentou! Já ouviu falar de EUTONIA (trabalho corporal que serve do silêncio) estar atento e observando a si mesmo, ser capaz de se descobrir, aos poucos , capaz de interferir nas próprias tensões? O silêncio gera um estado próprio de percepção, favorece a qualidade dos cantos internos; é suspender o pensamento e passar a VIVER E SENTIR. Segundo Pescai: "O termo silêncio desses espaços infinitos me assusta". No silêncio, descobrimos e enxergamos coisas que ainda não tínhamos pensado ou percebido. A fala é a transformação dó silêncio em expressão.. O silêncio, segundo o poeta, é o não dito, o não formulado. Pergunte a Deus: o que queres que eu faça? Deus nos comunica, no silêncio 40

profundo, que gera sabedoria e nos leva à Santidade. O silêncio tão necessário e tão temido me desvenda e me revela encanto e desencanto. A grande comunicação se dá no silêncio, aí as palavras significam muitas coisas. A violência não é gerada por questões de comunicação, mas, pela falta de silêncio. Os males são gerados não pela impossibilidade de VIVER a experiência do silêncio, mas, por não ser uma criatura do silêncio. A problemática moderna é o excesso de ruídos, de pensamentos. É raro silenciar e promover o silêncio. No entanto, é no silêncio que nos aproximamos e nos tomamos unidos. O medo de silenciar é o medo de se desvestir, de verificar a desorganização interna, deparar com sentimentos hostis e indesejados e não quer entrar em contato consigo mesmo. É com o silêncio que saberemos quem somos e em que queremos melhorar e TUDO SE REVELA E TUDO SE MANIFESTA.

Reserve um tempo mínimo para silenciar e se esvaziar de muitas coisas ruins e depois se encher de tudo que é bom e prazeroso, e será feliz para a felicidade de muitos. • Pe. Edilson Antônio Manoel SCE de várias equipes em Divinópolis e Paraúna CM 448


COMO DECORRE O PROCESSO DE BEATIFICAÇAO? (Tirado da revista Sources da Diocese de Versalhes de Nov/2009) Na sua encíclica Spe Solvi, o Papa Bento XVI escreve: ("A vida humana é um caminho. Rumo a qual meta? Como achamos o itinerário a seguir? A vida é como uma viagem no mar da história, com frequência enevoada e tempestuosa, urna viagem na qual perscrutamos Os astros que nos indicam a rota. As verdadeiras estrelas da nossa vida são as pessoas que souberam viver com retidão. Elas são luzes de esperança. Certamente, Jesus Cristo é a luz por antonomásia, o sol erguido sobre todas as trevas da história. Mas, para chegar até Ele precisamos também de luzes vizinhas, de pessoas que dão luz recebida da luz d'Ele e oferecem, assim, orientação para a nossa travessia") (n°49) . Os santos e os bem-aventurados são "luzes de Esperança" em que podemos confiar totalmente, visto que a Igreja se pronunciou sobre a sua vida e o seu destino. O processo de canonização permite que o Papa recolha pareceres sobre as pessoas a fim de poder pronunciar-se, não sem ter várias vezes invocado o auxílio divino. Vejamos as suas etapas principais:

A fama de santidade da pessoa Segundo a expressão corrente "morta em odor de santidade", é preciso que um número significativo de pessoas pense de forma espontânea, constante e crescente que ela viveu CM448

uma vida notável quanto ao seu amor a Deus, a Igreja e aos homens.

A causa de canonização Salvo raras exceções, cinco anos após a morte do servo ou da serva de Deus, pode "introduzir-se uma causa" de canonização numa diocese (normalmente a do lugar da morte). Constitui-se, então um conjunto de pessoas que nela trabalharão: O postulador (encarregado de ser o "motor" da causa), o promotor de justiça (correntemente chamado o advogado do diabo, encarregado de ver se há elementos que vão contra o reconhecimento da santidade) , as testemunhas e, se necessário, peritos (em história, psicologia, tradutores ... ). Se a petição é aceite, é o bispo, ou um seu delegado, que é então encarregado de instruir o processo.

A fase diocesana Esta compreende a fase de interrogatório das testemunhas e o estudo dos escritos. Examina-se a forma como a pessoa viveu as virtudes teologais {Fé, Esperança e Caridade) e as virtudes morais (Prudência, Justiça, Temperança, Castidade, Obediência ... ). No termo da sua investigação, se a julgar pertinente, o bispo remete a causa à Congregação para as Causas dos Santos, que leva a cabo a instrução final. 41


A fase romana Constitui-se aquilo a que se chama a positio: documento que compreende Os autos jurídicos do processo diocesano, uma biografia da pessoa, o estudo da sua vida, dos seus escritos e a pertinência de propor a sua vida como exemplo. Um colégio de Consultores estuda-o e apresenta à Congregação para as Causas dos Santos o seu votum positivo, negativo ou suspensivo. Um conjunto de cardeais e de bispos estuda o todo e, por sua vez, dá o seu veredito através de um voto. Tudo é então remetido para o Papa, que decreta ou não o reconhecimento da "heroicidade das virtudes" da pessoa e declara-a "venerável". Se o servo ou a serva de Deus tiver morrido mártir, o papa pode então decretar a "beatificação", que permitirá o culto local, através de um processo designado "processo do mártir". Caso contrário, será necessário também um processo de "presumível milagre". O processo de presumível milagre Seguindo um processo também diocesano e depois romano, este processo compreenderá , entre outros, um exame realizado por médicos dos documentos clínicos e do presumível miraculado para verificar uma cura completa, imediata e duradoura de uma doença grave. Apurar-se-á que essa cura "inexplicável" está associada à oração de intercessão dirigida ao servo ou a serva de Deus. No final deste processo, o Papa poderá' então 42

decretar a beatificação. Após a beatificação, será de novo necessário um milagre e o seu reconhecimento para que o Sumo Pontífice decrete "a canonização" do bem-aventurado. Reconhecendo então a infalibilidade papal, o culto prestado ao novo santo será então universal. Este serviço eclesial fortalece a comunhão dos santos de que fala o Catecismo da Igreja Católica nestes termos que é bom recordar agora que se aproxima a festa de Todos os Santos: "De modo nenhum se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a Terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo[... ]. Os bem-aventurados, estando mais intimamente unidos com Cristo, consolidam mais firmemente a Igreja na santidade(. .. ), não cessam de interceder; por Ele, com Ele e n'Eie, a nosso favor; diante do Pai, apresentando os méritos que na Terra alcançaram, graças ao mediador único entre Deus e os homens, Jesus Cristo (. ..). A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua solicitude de irmãos[. ..]. Não é só por causa do seu exemplo que veneramos a memória dos bemaventurados, mas ainda mais para que a união de toda a Igreja no Espírito aumente como exercício da caridade fraterna. Pois, assim como a comunhão cristã entre os peregrinos nos aproxima mais de Cristo, assim a comunhão com os santos nos une a Cristo, de quem procedem, como de fonte e Cabeça, toda a graça e a própria vida do povo de Deus" (cf. n° 955-957) . • CM448


O SEGREDO DOS JOELHOS QUE SE DOBRAM! e lhes será dado; busquem, encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta" (Mt 7,7-8) . Você já viu um passarinho dormindo num galho ou num fio sem cair? Como é que ele consegue isso? Se nós tentássemos dormir assim, iríamos cair e quebrar o pescoço. O segredo está no cérebro e na estrutura dos dedos e tendões dessas aves. As aves - assim como alguns mamíferos aquáticos - têm o chamado descanso cerebral unilateral. Ou seja, enquanto um lado do cérebro dorme, o outro lado permanece atento. Essa característica evita que as aves relaxem totalmente da árvore durante uma soneca. Além disso, para se empoleirar e permanecer sobre os galhos, elas têm as patas especializadas, com quatro dedos livres e tendões que os 'travam'. Dessa forma, os dedos apertam o galho ou o poleiro apenas pela ação dos tendões, permitindo o relaxamento dos músculos enquanto as aves dormem. Eles são formados de forma que, quando o joelho está dobrado, o pezinho segura firmemente qualquer coisa. Os pés não irão soltar o galho até que ele desdobre o joelho para voar. O joelho dobrado é o que dá ao passarinho a força para CM448

segurar qualquer coisa. É uma maravilha, não é? Essa é mais uma criatura fantástica na criação do nosso Deus. Mas, nós também não somos diferentes deles. Quando nosso "galhd' na vida fica precário, quando precisamos tomar uma decisão difícil e assumir um trabalho para Deus que parece impossível aos nossos olhos, você acha que tudo está ameaçado de não dar certo. A maior segurança, a maior estabilidade nos vem de um joelho dobrado... Dobrado em oração! ''Ao nome de Jesus, se dobre todo joelho no céu, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai" (Fl 2,10-11).

Rezar de joelhos é mais comum nas orações individuais. "Pedro, tendo mandado sair todos, pôs-se de joelhos para orar" (At 9,40) . Está se aproximando o momento de escolhermos o novo CRE para o exercício de 2011. Para uma escolha acertada, é importante que todos os casais dobrem os joelhos e orem ao Espírito Santo, pedindo sua intercessão tanto para decidir qual casal escolher, quanto para colocarse à disposição no caso de ser o casal escolhido pela equipe. • Denise e Wel/ington Eq. 09 - N.S. da Assunção Pindamonhangaba - SP 43


DEIXE SECAR!! Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas. No dia seguinte, Júlia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar. Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã. Júlia então pediu à coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio. Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial. Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada. Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão. Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações. Mas a mãe, com muito carinho ponderou: Filhinha, lembra aquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa? Ao chegar a casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou. Você lembra o que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar. 44

Pois é, minha filha, com a raiva é a mesma coisa. Deixa a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo. Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para a sala ver televisão. Logo depois alguém tocou a campainha. Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando: 'Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente? Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado. Quando eu contei para a mamãe, ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você . Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa. ' 'Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou.' E dando um forte abraço em sua amiga , tomou-a pela mão e levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro. Nunca tome qualquer atitude com raiva. A raiva nos cega e impedem que vejamos as coisas como elas realmente são. Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais pela sua posição ponderada e correta diante de uma situação difícil. Lembre-se sempre , antes de qualquer atitude, reze, enquanto a raiva seca. • Colaboração Equipe da Carta Mensal CM448


MEDITANDO EM EQUIPE Desde que, na segunda quinzena de outubro de 1717, os três pescadores: Filipe Pedroso, Domingos Garcia e João Alves pescaram, no rio Paraíba, a imagem de Nossa Senhora Aparecida, o Santuário de Aparecida, no Estado de São Paulo, tornou-se destino de milhões de peregrinos do Brasil e de muitas partes do globo. O mais ilustre deles, o Papa Bento XVI, que o visitou em maio de 2007, proclamou em alto e bom som : " O Papa veio a Aparecida com viva alegria para lhes dizer em primeiro lugar: Permaneçam na escola de Maria. Inspirem-se em seus ensinamentos. Procurem acolher e guardar dentro do coração as luzes que ela , por mandado divino, envia a vocês a partir do alto"!

Escuta da Palavra em Lc 1,46-55 Sugestões para a meditação: Que ensinamentos podemos colher no Magnificat? Enumere 1O "grandes" coisas que o Todo-Poderoso fez em Maria. Identifique algumas das raízes bíblicas do Cântico de Maria. O pastor luterano Dietrich Bonhoeffer afirma que "o Magnificat é o cântico de Advento mais antigo e, ao mesmo tempo, mais apaixonado, mais selvagem, mais revolucionário que jamais foi cantado". Você concorda com ele? Por quê? Frei Geraldo de Araújo Lima, O. Carm.

Oração Litúrgica (da Liturgia das Horas, Festa de N. S. Aparecida)

Com piedade enternecida e a quem alegres chamamos Aparecida!

Por tantas e tantas graças bem mereces a coroa com que a fronte te cingimos, ó Mãe tão boa!

Quem poderia narrar o teu amor sempre novo e as graças que concedeste ao nosso povo?

As agruras desta vida sofrendo com paciência, possamos gozar no céu tua clemência!

Ó Virgem a quem veneramos


uma vida cristã em conformidade •

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