ENS - Carta Mensal 439 - Outubro/2009

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Eq u i pes de Nossa Se n hora

Reconstruir o casal ..... ... ..... ......... .. 28 Da Carta Mensal .. .. .. .. .... ..... .. ... .. .... 01 Podemos ser missionários .... .. ... .... 29

)

Novo SCE-SR .. .. .... .. ... .... ... .... .. .... .. .. 02

Dia da criança .. ...... ... .. .. .. .... .. .... .. ... 30

Que queres que eu faça, Senhor? .. .. 03 Viver o quotidiano ...... .. .. .... ..... ... .. . 04

NOTIC AS E. INFORMAÇÕES ... . 31

Sim! Ao serviço do amor ... .. .. .. .. .... 06

O rosário da Virgem Maria .... .. ..... 39

Anúncio ...... ... ... .... ...... .. .. .. .. ... ... .. .. .. 09

PAR' ILHA

Equipes de Trinidad : comemoração de 25 anos .... .... ... .. 12

I'U

10S

Demora r-se diante do mistério ..... 41 Escola de compa ixão ..... .. ..... ... .... .. 43

Mti".IU

Ainda sobre o 2° Encontro Nacional .. .. .... ... .. .. ..... 1 4

Por que amar as ENS ? .. ... .. .......... .. 42

Deus no meio de nós ! .. .. .... .. .. .. .. .. . 16 Ato público .. ........ .... .. .. ......... ... .. .. .. 20 "Ao senhor eternamente cantarei os seus louvores! " .. .... .... . 21

Eram trevas e se fez luz ..... .. .. ........ 44

Encontro: uma reunião eclesial .. ... 23

Felizes e acolhidos .... .... ... .. .. ....... .. . 45

Basta-te a minha graça .. .... .... .... ... 44

Casal Volpini agradece .. ... .... .. .. .... . 24

P Sessão de Formação nacional. .. 25

Grupos humanos e fraternidade .. ... 46 Seguir Jesus, hoje e sempre .. ... .. ... 47

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Aos equipistas das Equipes de Nossa Senhora .. ... ... .. .. 48

Aliança conjugal .. .... .. ... .. .. ...... .. .. ... 26 Construindo o casal .. .. .. .. ... .. .. .... ... . 27

Editoração Eletrônica e Produção Gráfica : Nova Bandeira Prod . Ed. R. Turiassu, 390 - 1 1° andar, cj. 1 15 - Perdizes - São Paulo Fone: (Oxx1 1) 3473.1282

Carta Mensal é uma publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Registro " Lei de Imprensa" n• 219.336 livro B de 09. 10 .2002

Glasf ira e Resende

Edição: Equipe da Carta Mensal Zezinha e Jailson (responsáveis)

Jornalista Respo nsável: Catherine E. Nadas (mtb 19835)

Capa: Foto-montagem de Robe rta S. Gam bim

Projeto Gráfico: Alessand ra Carignani

Tiragem desta ed ição: 22.400 exemplares

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Fátima e Joel

Pa ula e Genildo Zé lia e Justino Pe. Frei Geraldo de Araújo Lima, O.C.

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Impressão: Prol

Cartas, col aborações, notí-

ci as, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:

Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 5° andar • conj . 53 01309-902 • São Paulo- SP Fone: (Oxx1 1) 3256.1212 Fax: (Oxx1 1) 3257.3599 cartamensal@ens.org.br NC Graciete e Gambim


Este lema nos acompanha desde nossa juventude, assimilado por Zezinha ainda no curso de magistério, num colégio religioso onde estudou. Desde então, principalmente após o nosso ingresso nas Equipes de Nossa Senhora, onde entendemos que todo serviço deve ser para a honra e glória de nosso Senhor, procuramos pautar todo trabalho a nós solicitado com essa certeza. Por isso, quando os irmãos Cida e Raimundo nos convidaram para ajudálos no serviço da Carta Mensal, ficamos uns dias em reflexão sob o medo da responsabilidade e naturalmente embalados pelo inevitável questionamento: "Por que nós? Tem tanta gente boa por aí! " Fizemos um dever de sentar-se sobre nossa resposta e nele confirmamos o nosso entendimento de que todo serviço para o Senhor é sempre um ato de misericórdia d ' Ele, nos dando uma chance de crescimento como pessoa e como casal. É um chamado de amor e , desde que atendamos , estaremos amando mais a Deus e aos irmãos. Do nosso sim derivou o sim de outros irmãos de caminhada que, com muita alegria e entusiasmo, se dispuCM 419

seram a nos ajudar nesta jornada: Frei Geraldo Araújo, Fátima e Joel , Glasfira e Resende, Paula e Genildo e Zélia e Justino. Queremos agradecer aos irmãos que nos antecederam e de modo especial a Graciete e Gambim pelo apoio e atenção, vindos do Sul ao Nordeste para nos orientar sobre a missão. Nesta última edição sob os cuidados da Equipe que iremos substituir, temos as primeiras mensagens do novo Casal Responsável e SCE da Super-Região. Em Palavra do Provincial refletiremos sobre o viver o matrimónio no dia a dia. Lendo Correio da ERI, estaremos atentos às orientações internacionais das ENS. Além de muitas outras matérias traduzindo a vida equipista no Brasil, temos ainda comentários sobre Florianópolis 2009. Contamos então com os artigos de todos vocês deste imenso Brasil, que são os reais construtores da Carta Mensal, na certeza de que será "Tudo pela maior glória de Deus". Fiquem com Deus! Z n Bar0osa Casa/ Responsa!Jel da Carta Mensal zEzinhaeJai /son.cartamer a/

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Caros Casais e Conselheiros Espirituais equipistas: "O amor de Cristo nos impulsiona." 2Cor 5,14 Neste mês missionário, somos chamados a refletir sobre o nosso empenho e dedicação à missão que Cristo confiou a cada um de nós . Nesse espírito de querer corresponder a mais um chamado de Deus para exercer mais um serviço na Igreja , dentro das Equipes de Nossa Senhora, como Sacerdote Conselheiro Espiritual da Super-Região Brasil, aceitei esta missão, embora me sentin.....:'"'""'·-·• do limitado para exercê-la. Porém , confio na Providência de Deus e na materna intercessão de Nossa Senhora, com o propósito pessoal de me esforçar para corresponder a esse ministério tão sublime . Sou religioso-sacerdote e faço parte da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus- Dehonianos. Atualmente exerço a função de ecônomo provincial da Província Brasileira Setentrional, com sede no Recife!PE. Faço parte do Movimento desde 1999. Fui SCE de equipes e setores de João Pessoa/PB, Olinda/PE, Fortaleza/CE e da Região Paraíba. Atualmente participo da Equipe 18, do Setor F, Recife. Participar das Equipes de Nossa Senhora me ajuda a exercer melhor e mais plenamente o meu ministério presbiteral ; as ENS nos mostram um caminho 2

concreto na busca de uma espiritualidade verdadeiramente arraigada no amor do Coração de Jesus , que reflete na vida dos cônjuges , partilhada com seus conselheiros espirituais . Peço a Deus que me acompanhe nesta missão; conto com as suas orações, irmão (ã) equipista; que as virtudes e intuições do querido Pe. Caffarel me inspirem para bem exercer a função. Nesse primeiro contato através da Carta Mensal, transmito a todos os equipistas e a cada um em particular a minha saudação e o meu abraço fraterno. Que aprendamos a amar sempre mais na escola por excelência, a do Coração de Jesus : "Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração" Mt 11 ,29. No Coração de Jesus,• Pe. Miguel Batista, SCJ SCE Super-Região Brasil CM 439


QUE QUERES QUE EU FAÇA, SENHOR? Amados irmãos: Este é o nosso primeiro contato com vocês como casal responsável pela unidade das Equipes de Nossa Senhora no Brasil e fidelidade ao seu carisma. Durante os próximos cinco anos, nós estaremos bem próximos de todos, numa relação que, queira Deus, seja fecunda. D. Hélder Câmara dizia: "Deus pede mais a quem deu mais. Quem recebe mais, recebe para os outros. Não é maior, nem pior; é mais responsável. Deve servir mais. Viver para servir". Esse será nosso propósito: servir às ENS, retribuindo o tanto que o Pai já nos deu. Foram muitas sementes recebidas, que deverão ser enterradas para produzirem frutos . Apesar de não compreender os mistérios de Deus, de uma coisa temos consciência: quando Ele chama, fica à espera de uma resposta de amor. Não podíamos, por isso, decepcionar a quem contava com o nosso "sim", mesmo sendo um "sim" medroso. Sabemos que os desafios serão de toda ordem, e por isso precisaremos de um "coração que escuta". Em uma de suas profundas homilias, Pe. Avelino afirmou que 'o êxito não exclui dificuldades e trabalhos, nem mesmo exclui derrotas", porque "até mesmo os insucessos e fracassos fazem parte dos que caminham, enviados pelo Senhor". CM 439

É verdade que há o medo do desconhecido; mas também é verdade que Jesus estende sua mão, principalmente, nos momentos difíceis, e, sobretudo, quando falha nossa fé. O que nos conforta é que, além de contar com a ajuda divina, contaremos com a de todos vocês na oração de cada dia. Ao missionário impõe-se a abnegação. Certo dia , pediram a Ghandi que, em poucas palavras, definisse "missão". Ele respondeu que bastariam apenas duas palavras: "renuncie e usufrua". É o que nós almejamos com essa missão: renunciar livremente e por amor ao que é mais caro a nós, a nossa razão de ser: Deus; e usufruir as graças que recebem os que se colocam sob a proteção de Maria e são herdeiros do Pai. Talvez, assim, possamos descobrir a resposta para a pergunta inicial: Que queres que eu faça, Senhor?• Cida e Raimundo - CRSR 3


PALAVRA DO PROVINCIAL

VIVER O QUOTIDIANO Caros Equipistas: A paz de Jesus Cristo e a ternura da Mãe Maria estejam com todos nós . Grande era o desejo do Pe. Caffarel para que todos praticassem os ensinamentos das Equipes em nosso dia a dia. Tanto era esse ardor que, num ato de amor constante , nos deixou uma série de escritos , uma verdadeira catequese para o casal , se assim podemos chamar, onde ele nos chama a sermos exemplos no meio da sociedade em que vivemos, especificamente na educação dos filhos , no trabalho e no lazer. Sermos equipistas ou participantes de qualquer movimento da Igreja não faz com que nossos lares se tornem livres das ameaças sem fim que o mundo oferece hoje contra as famílias: muitas vezes somos cruelmente provados em nossos filhos , seja por praticarem atos que não são corretos ao cristão ou mesmo a amargura em seus corações, sem qualquer explicação ou causa justificável ou conhecida. Buscando viver como cristãos autênticos, lutamos pelo progresso espiritual nosso e de nossas famílias . Na caminhada lenta e constante do dia a dia, parece-nos até que somos testados por Deus em 4

nossa fidelidade a Ele, tantas as tribulações que nos acometem. Entretanto, devemos procurar conhecer nossos filhos , em especial suas personalidades , diariamente , e não de uma só vez, pois a personalidade deles se renova a cada dia. Daí a importância do diálogo não apenas de vozes, mas de inteligências e corações. A educação dos filhos exige, de nossa parte, tempo e imaginação, caráter e coração, humildade e abnegação, uma intimidade tal que torne possível abertura mútua e confiança recíproca. A presença firme e carinhosa dos pais na vida dos filhos , em todos os aspectos, é fator fundamental. Dizia Pe . Caffarel: Há muitos pais que conhecem menos os seus filhos do que os colegas de escola. Na maioria das vezes, nós não conseguimos ajudar ou "arrancar" de nossos filhos , em especial os adolescentes, os dramas CM 439


e amarguras que torturam seus corações e consciências, por não termos dedicado a eles tempo, tempo de qualidade mais do que em quantidade. É um apostolado, uma dádiva de Deus Pai. Que ele não permita que sejamos estranhos em nossa própria casa. Deus não promete um jardim de flores quando nascemos, mas forças para poder plantar e cultivar esse jardim, assim, depois da educação, a competência é uma das bases humanas. Competência não quer dizer sermos melhores, destemidos, espertos, mas sim, sermos melhores e humildes no que fazemos para ajudar a criatura humana. A competência deve ser inspirada pela fé e pela oração, portanto merece uma profunda reflexão sobre se estou realmente usando os dons concedidos pelo Espírito Santo para o bem comum ou simplesmente os guardo egoisticamente. Ser competente é uma forma de caridade , uma das virtudes teologais escritas por São Paulo Apóstolo, e, acima de tudo, é amar os seus irmãos. A competência é amor fraterno, é usar a inteligência para criar coisas novas que ajudem as pessoas em suas aflições materiais e espirituais, é causar o bem estar aos que precisam , é amar a Deus, não com brados, mas colaborando com sua obra criadora. Outro aspecto muito importante de nosso artigo: o nosso descanso, lazer e as férias em especial. Homem inspirado por Deus, Pe. CM 439

Caffarel em um de seus escritos questiona: "Logo percebemos que os escolares e maridos gozam de férias , o que nem sempre é o caso das mães de família", essa frase foi escrita em 1955, há mais de 50 anos, e é atual como nunca. Geralmente as mulheres trabalham fora por uma série de fatores que bem sabemos, dessa forma , mesmo que tenham outras pessoas auxiliado-as nos afazeres domésticos e com os filhos , sempre têm uma segunda jornada de trabalho em seu lar. O período de férias , muitas vezes, torna-se um período de "relaxo" de nossa parte, em especial para com as coisas de Deus. Por que com as tarefas quotidianas e diárias sempre procuramos ter tempo para Deus, mas nos períodos de férias nos distanciamos d ' Ele, mesmo que em pouca proporção? É possível imaginar o amor de Deus de férias para a humanidade? Jamais conseguiríamos sobreviver, pois o amor entre nós humanos e o Amor Divino é a respiração da alma, por isso deve permanecer desperto, alerta, vigilante e solícito. O tempo de férias é o tempo em que o corpo e a alma precisam refazer-se , é o tempo em que o amor recria a alma, é o tempo de fazer o exercício de amar mais e melhor, de fortalecer os laços que unem nossas almas com a alma de Deus. Férias é um tempo para amar. Na alegria de amar e servir, com carinho! • G/acy e S1/uno CR Provínc10 Sul II

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SIM! AO SERVIÇO DO AMOR "Proponho às famílias invocar Maria como Nossa Senhora do Sim". (Pe. Caffarel)

"Devemos tomar todas as iniciativas necessárias para ajudar os equipistas e o Movimento a porem-se à escuta das necessidades do nosso tempo, a aprenderem a comunicar e a dialogar acerca da espiritualidade conjugal e familiar". (Carta de Lourdes/2006)

Seguindo as orientações de Lourdes , nossa reflexão acolhe mais uma vez a recomendação de colocarse à escuta dos sinais dos tempos, a se comunicar e a dialogar sobre a espiritualidade conjugal. Podemos aqui perceber a atitude de Maria, a mulher da escuta e do diálogo fecundo com Deus (Lc 1,26-38) . Pe . Caffarel a chama "Nossa Senhora do Sim" e convida as famílias a invocá-la com este título. "É Maria, a humilde serva do 'sim', que ensina à alma como repetir e viver no quotidiano o 'sim' do primeiro dia; como, no silêncio do amor, manter a chama ardente do primeiro 'sim' sempre viva- pois Maria 'conservava todas estas coisas em seu coração'. " (rAnneau d'or -maio/agosto de 1956) Apresentar a Virgem Maria como aquela que disse 'sim' durante toda a sua vida poderia tornarse contraproducente , particularmente em nossos dias, numa sociedade do 'não' . A nossa é uma época em que a visão da realidade é decididamente pluralística. E, mais, 6

a contestação e a divergência em todos os níveis são como o símbolo do nosso tempo. Em tal contexto, quem tem a coragem de dizer 'sim' pode parecer uma pessoa sem personalidade, sem autonomia e originalidade. Em certo sentido, também o 'sim' do casamento sofre as consequências disso. Por outro lado, avança também outra forma : a da indiferença, da passividade. Sabemos, porém, que a contestação global e sistemática é acrítica e frágil , tanto quanto o consentimento passivo a tudo o que a sociedade propõe e impõe. Tanto a contestação como o consentimento não têm valor em si , mas a partir dos valores que , com essas atitudes, excluímos ou escolhemos. Cristo, que se apresentou como um revolucionário frente a uma vida baseada no egocentrismo, no legalismo, na exploração de uma falsa religiosidade, é, ao mesmo tempo, aquele que sempre fez a vontade do Pai (cf Jo 4,34; 8,29). São Paulo resume assim sua existência: "O Filho de Deus, Jesus Cristo, que CM 439


vos temos anunciado... , não foi um 'sim' e depois um 'não' , mas sempre foi 'sim'. Todas as promessas de Deus são um 'sim' em Jesus" (2Cor 1, 9-20) . Sob esta luz, Maria de Nazaré, a criatura que, dizendo 'sim' a Deus, fez uma escolha cheia de significado para o mundo, torna-se modelo para nós também. Para a liturgia bizantina, a Anunciação é a festa da "Boa Nova", do Euaggelismós, título verdadeiramente significativo, pois se trata do primeiro anúncio evangélico de Cristo, na plenitude dos tempos. Esta mensagem tão alegre é confiada a Maria. É claro que, neste evento, a Virgem não é somente uma figura individual, mas representa toda a humanidade. É o mundo todo que, nela, recebe a proclamação da salvação messiânica em Cristo. Neste mistério celebramos a revelação do Filho de Deus que se faz homem por nós e, ao mesmo tempo, meditamos sobre a figura de Maria que O acolhe em nome de todos. Cristo e Maria testemunham uma obediência total à vontade do Pai. Com o 'sim' do Filho de Deus começa aquela "indissolúvel e esponsal união da natureza divina com a humana na pessoa de Cristo". (Paulo VI -Maria/is Cultus , 6) Estas reflexões nos incentivam a nos considerarmos como perscrutadores dos sinais dos tempos e portadores de um carisma; esta é a difusão do nosso Movimento. Longe de nós a idéia de um movimento que faz proselitismo e se contenta em ver crescer o número dos que aderem a CM 439

ele. Na própria difusão, a nossa proposta faz-se vocação para quem propõe e para quem a recebe. Para entender melhor, são interessantes alguns textos do Pe . Caffarel. Quanto ao sentido da fundação das Equipes: A expansão das ENS além das fronteiras e dos oceanos pôs um problema novo. Deverse-ia fazer surgir em cada país uma direção nacional autônoma ou conceber um grande movimento com direção única? Foi uma questão longamente debatida. Optou-se finalmente pela fórmula do movimento único. "No plano espiritual não há fronteiras" (Vocacion et itinéraire - 1959). Com relação à difusão , Pe . Caffarel reagiu assim à acusação frequentemente feita às equipes de serem como uma elite, um tanto fechada . "Eu os convido, ao mesmo tempo, ao orgulho e à modéstia. Ao orgulho, porque temos uma missão a cumprir, uma missão limitada, com certeza, mas sempre uma missão ... Ao mesmo tempo, quero que tenham muito forte a consciência de nossa pobreza. Somos pecadores. Não devemos, portanto, orgulhar-nos da missão recebida, mas, ao contrário, sentir seu peso. Mas, atenção, a modéstia e a humildade cristã não devem ser algo que irrite, ou que enfraqueça a coragem". Voltando ao texto da Anunciação, a Virgem Maria é apresentada por Lucas como uma jovem simples da Galileia, humilde serva do Senhor. Ela não tem um título honorífico a apresentar. Na sua 7


pobreza refulge a salvação como puro dom de Deus. Sua existência nos recorda que a grandeza não está em obras extraordinárias, nem em privilégios singulares, mas no acolhimento confiante do dom do Senhor. Não se trata, certamente, de uma atitude passiva. A experiência cristã apresenta-se como uma resposta ao Senhor, que toma a iniciativa e chama a uma colaboração na fé . Na Anunciação vem sublinhada a participação da criatura no projeto de Deus. Ela nos revela o "estilo de Deus", que dá confiança à pessoa e estimula sua responsabilidade. O Concílio destaca justamente que Maria "não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação do homem com a fé e a obediência" (LG , 56) . Paulo VI aponta a Virgem como o ideal para a mulher do nosso tem8

po: "desejosa de participar, com poder de decisão, das escolhas da comunidade, com alegria interior ela contempla Maria, que, elevada ao diálogo com Deus, dá o seu consentimento ativo e responsável, não à solução de um problema contingente, mas àquela obra dos séculos .. . a Encarnação do Verbo .. ." (Maria/is Cultus, 37). A figura de Maria, tal como emerge da Anunciação, constitui-se no ideal, não somente da mulher contemporânea, mas também do crente, do cristão como tal. Neste acontecimento fundamental da nossa fé , Ela exprime, da melhor maneira, a atitude da Igreja, chamada a acolher o Senhor e a colaborar com Ele na salvação do mundo. Ela resume também o sentido de nossa presença a serviço do mundo e, no mundo, a serviço do amor. • Pe. Angelo Epis - SCE da ERI CM 439


ANÚNCIO Que futuro extraordinário poderíamos esperar para a Igreja se a mensagem luminosa de Cristo sobre o matrimónio chegasse aos quatro cantos da terra, se ela seduzisse em grande número os jovens casais, e se, em número sempre maior, ela ani masse famílias em que Deus fosse amado por todos e acima de tudo. (Pe . Caffarel - 4/maio/1959) Não resta dúvida de que nosso movimento tem como razão de ser ajudar os casais a descobrir as riquezas do sacramento do Matrimónio e a viver uma espiritualidade conjugal. Isto é o que se extrai do capítulo III do Guia das Equipes de Nossa Senhora. Na síntese apresentada pelo próprio Pe. Caffarel foi dito que as "ENS têm por objetivo essencial ajudar os casais a caminhar para a santidade". E para que não pairasse qualquer dúvida acrescentou : "Nem mais, nem menos". Daí decorre a importância de que os casais tenham cada vez mais a consciência clara do porquê entraram para o Movimento. Trata-se de conhecer o essencial. Muitas coisas boas podemos encontrar e aprender nas ENS: rezar melhor, fazer novas amizades, estudar e discutir temas importantes. Certas pessoas ainda ingressam nas Equipes CM 439

para agradar o outro cônjuge, ou o pároco etc. Dentre todas as razões, algumas são até boas; outras , descartáveis. Mas nenhuma leva ao essencial que é aspirar à santidade como casal, no encontro com a própria santidade de Deus, vivendo a realidade comum do cotidiano. Na extraordinária conferência proferida por ocasião da Peregrinação a Roma em 1959, em que teceu considerações a respeito da vocação e itinerário das ENS, nosso fundador constatava com alegria "que ter convidado maridos e mulheres a amarem-se cada vez mais em seu lar, que tê-los convidado a amarem-se na equipe, não tinha favorecido um isolacionismo, como alguns o temiam". Ele não se tinha enganado ao incentivá-los ao amor. Não a esse amor mal falado e mal amado que o mundo prega, mas aquele que tem sua origem no próprio amor de Deus e que se manifesta como 9


amor-caridade entre esposos, pais e filhos, entre irmãos. Pe. Caffarel teve a prova de que "quando o coração humano comete a imprudência de abrir-se à caridade de Cristo, ela o amplia irresistivelmente até a dimensão da Igreja e do mundo". Aqui estamos nós, casais equipistas, com maior ou menor profundidade, dando passos no caminho de conversão, diante de uma sociedade que se ufana de destruir os valores do amor, da família e da fé. Diante de um mundo que adota o relativismo, uma das maiores pragas da modernidade, no dizer do Papa Bento XVI, pois que à falta de verdades absolutas que possam balizar as ações dos homens, instala-se o vale-tudo, qualquer coisa pode, tudo é certo; ingressa-se no consumismo do descartável, os jovens atraem-se pelo que lhes pode dar prazer mais rápido e imediato, sem quaisquer esforços ou necessidades de conquista. Se cada casal equipista adotar como estilo de vida a prática do mandamento novo - amai-vos uns aos outros como eu vos amei - estaremos afastando o perigo da formação dos indesejáveis "guetos" do bem-estar individualista para um pequeno grupo de privilegiados. Ao contrário, encontrar-se-ão casais e equipes com portas e janelas escancaradas para perceber e acolher os necessitados de todas as horas, fazer seus os problemas que ocorrem ali ao redor e que, por vezes, parecem tão distantes e que jamais os atingirão; tomarão consciência das 10

necessidades dos famintos e sedentos de pão ou de sentido para a vida. No campo do amor conjugal e da família , os equipistas se alinham no grupo das últimas forças da resistência heróica. Acreditamos no amor fiel e duradouro, na grandeza do sacramento do Matrimônio, na força da comunidade onde Cristo é a razão de ser. Poderemos deixar de anunciar ao mundo doente que Jesus salvou o amor? Poderemos ocultar a alegria de sermos discípulos comprometidos com a instauração do Reino de Deus, aqui e agora? Anunciadores das maravilhas das graças de Deus, desse Deus que se faz presente na pobreza do amor conjugal que é o nosso ideal e a nossa felicidade. Anunciadores da dignidade das pessoas, do respeito pelo ser único que cada um é. Anunciadores do dom da fé, da fraternidade, da solidariedade, da entreajuda que nos faz tão próximos uns dos outros, não mais marido e mulher, pais e filhos , amigos ou conhecidos, mas todos filhos do mesmo Pai. Enfim, é urgente anunciar aos homens do nosso tempo o verdadeiro rosto de Deus, e esta é uma tarefa de toda a Igreja e, naquilo que constitui a aliança de vida entre homem e mulher, é uma atribuição específica dos casais cristãos. Para os que julgam que a missão de anunciar está fora de seu alcance, que não têm tempo, nem mesmo competência, ouçamos a CM 439


firmeza do Pe. Caffarel: "vós estais especialmente aptos para o cumprimento dessa missão, porque sois casais". E explicava-se : "é do vosso amor conjugal, é do vosso lar, que o mundo ateu, sem o suspeitar, espera um testemunho essencial". Queremos dizer sim a esse apelo? Iniciemos por viver cada vez mais e melhor o amor conjugal. Sejamos capazes de não estar satisfeitos com o que já conseguimos desenvolver no nosso casal. Há sempre algo novo a descobrir, um novo passo a dar. Anunciemos pelo testemunho de nossa vida a razão da nossa esperança, do Deus que é a fonte do nosso amor. Anunciemos que Ele habita em nossos lares e que sua presença é decisiva, porque ele é um Deus vivo, que interage na realidade dos homens. Se é verdade que as palavras voam e os testemunhos arrastam, que o mundo está mais sedento de

testemunhas do que de mestres, isso não significa que podemos esquecer que Jesus é a Palavra viva de Deus. A Palavra se tornou carne e habitou entre nós! Nossa Senhora, no Magnificat, anunciou por palavras a magnificência do Senhor. Sua alma proclamou a grandeza do seu Deus. Toda a vida junto de Jesus foi a confirmação do que havia sido dito no dia da Anunciação do anjo a Maria: Deus quer se fazer homem e habitar entre nós. Que os casais equipistas anunciem a Deus, que o honrem e o glorifiquem por atitudes, obras e palavras. Com espírito alegre louvem o seu poder; que suas palavras de fé, esperança e amor sejam confirmadas pela verdade, retidão do comportamento cristão, e pelo testemunho da felicidade que souberam encontrar, construir e estão dispostos a partilhar. • Silvia e Chico CR Zona Aménca da E.RI

"Os sacramentos da nova lei, que alimentam a vida e o apostolado dos fiéis, prefiguram o novo céu e a nova terra. (... ) O anúncio de Cristo, pelo testemunho de vida que acompanha a manifestação da palavra, adquire uma eficácia especial e específica, pelo fato de se fazer nas condições comuns da vida. A vida matrimonial e familiar, santificada pelo sacramento, tem um valor particular: é exercício e principal escola do apostolado leigo, enquanto a religião cristã nela praticada penetra a vida e a vai progressivamente transformando . Na família, os cônjuges são especialmente chamados a serem testemunhas da fé e do amor entre si e em relação aos filhos. A família cristã é chamada a proclamar, ao mesmo tempo, a força atual do reino de Deus e a esperança da vida eterna. Pelo seu exemplo, denuncia o pecado do mundo e ilumina os que buscam a verdade." (Lumen Gentium, 35)

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EQUIPES DETRINIDAD: COMEMORAÇÃO DE 25 ANOS As equipes de Trinidad celebram um ano jubilar, comemorando o 25° aniversário da primeira reunião de equipe. Com os meios modernos de comunicação, é difícil imaginar o que representava a constituição de uma nova equipe em um novo país, no outro lado do oceano, utilizando somente o correio tradicional por barco, não por avião. Felizmente, ao Pe. Neil Rodriguez não faltava imaginação e determinação para lançar as equipes em Trinidad, mantendo os laços por correspondência. Este comovente retorno ao passado mostra que Pe. Neil era dotado de uma grande paciência, como foi necessária também ao futuro Arcebispo, por mais de um ano, para aceitar seu pedido de autorização para lançar uma equipe . De modo notável, a preocupação do antigo Arcebispo, Dom Pantin , quanto à multiplicação de pequenos grupos, parecia ser premonitória. É, com efeito, a preocupação do Arcebispo atual, Dom Edward Gilbert. As equipes, porém, estão hoje bem integradas na comissão 12

para o casamento e a vida de família. Os casais pertencentes às equipes são hoje conhecidos por sua sensatez e sua experiência, mas, de qualquer forma, concorrem com outros grupos que se ocupam da família e, por isso, sua expansão é mais difícil. Com efeito, certos casais não têm interesse de participar de vários grupos. Logo após a permissão do Arcebispo Dom Pantin , cartas foram enviadas a Paris. Foi pedido à Inglaterra que indicasse um casal piloto e assim Jim e Theresa Pratt assumiram essa função e a desempenharam por correio. Suas primeiras cartas são conservadas ainda hoje (provavelmente não mais foram lidas nestes 25 anos .. .), assim como as de Don e Sheila Gallagher, o casal que os substituiu. Por isso, eles querem partilhar seus anos de experiência com essas equipes por meio de alguns textos. Felizmente, um colaborador anônimo doou o dinheiro para que Jim e Theresa pudessem ir a Trinidad, a fim de reencontrar a equipe que tinham CM 439


pilotado. Sua primeira equipe continua ativa, com 4 casais da primeira hora e Pe. Neil como Conselheiro Espiritual. Um dos primeiros casais é atualmente Responsável de Setor, e um outro, Responsável de Região. Trinidad acolhe agora o primeiro casal de "2a geraçãd': Sheldon e Sally Akai. Os pais de Sally, Franklyn e Vicky Polidore, faziam parte da 1aequipe (foto à dir.). No último verão, no início do ano jubilar, Jim e Theresa foram convidados a ir a Trinidad para juntar-se às celebrações. Foi organizada uma "jornada da família", no estilo "Caraíbas". Infelizmente, Jim e Theresa acharam que o peso dos anos não lhes permitia fazer tal viagem. Todavia, graças aos recursos da tecnologia moderna, eles puderam enviar por OVO seus votos às equipes de Trinidad. Jim e Theresa vivem em Whitely Bay, na costa nordeste da Inglaterra, próximo de onde o venerável Beda escreveu sua história da Igreja anglófona, em 731 DC, narrando a expansão da Cristandade através da Europa após a queda do Império Romano. Jim e Theresa enviaram uma cruz céltica às equipes de Trinidad, símbolo do espírito de missão que caracterizou a Cristandade no nordeste da Inglaterra. Por outro lado, casais da Inglaterra têm acompanhado equipes na Índia, na Irlanda, em Malawi e na Nova Zelândia. Quatro setores se formaram a partir da equipe original e , em 1999 , Trinidad tornou-se uma "Sub-Região". Hoje Trinidad faz parte da Super-Região TransatlânC.M 439

tica, com a Inglaterra, a Irlanda, a África do Sul e Malawi. Trinidad é composta por cerca de 30% de católicos, 30% de hindus, uma importante comunidade anglicana e vários grupos cristãos. Uma das festas nacionais comemora a chegada dos indianos que, em 1845, vieram da Índia para trabalhar sob contrato nas plantações, após a abolição da escravatura. Trinidad atual, com seu carnaval e suas orquestras de metais, é uma mistura de africanos, índios sul-americanos, crioulos franceses , espanhóis , ameríndios, indianos, mas também de chineses, sem esquecer os europeus. A diversidade religiosa e cultural é uma característica da Super-Região Transatlântica em seu conjunto. No seio desta SuperRegião, só a República da Irlanda é um país católico. Nos outros países, os católicos são minoria e convivem com outras religiões e com um número crescente de pessoas sem religião.• Helena e Paul Me Closkey Casal Responsável pela Super-Regrao Transatlântica 13


AINDA SOBRE O 2° ENCONTRO NACIONAL

PARTICIPAMOS DE UM GRANDE ENCONTRO A nossa contagem regressiva para o 2° Encontro Nacional das ENS do Brasil começou a partir do dia em que tomamos a decisão de participar. A cada dia a expectativa era maior: como será o Encontro, quem vai estar lá, quem falará para nós, onde ficaremos, como iremos? ... Era uma indagação atrás da outra, e a nossa ansiedade nos impossibilitava de esperar pela resposta. Foi-nos solicitado que acompanhássemos as inscrições de nossa Região e, a cada novo participante, mais emoção, expectativas, contudo, outra inquietação: o que estamos buscando ao participar desse evento? Estamos indo de coração aberto para acolher cada palavra que ouviremos? Passamos a pedir ao nosso Colegiada que, em todos os eventos, fizéssemos uma oração pelo Encontro, ... E, à medida que a data se aproximava, o coração pulsava mais forte . Criamos o hábito de ler o blog diariamente , entretanto, como o nosso tempo é bem limitado, sempre líamos depois da meia-noite. A grande preocupação que trazíamos era de que precisávamos ter como primeiro plano o espírito de peregrinos, isto é, aquele que vai como obreiro, como apóstolo, que caminha com uma meta. O tempo passou voando e ... quando faltavam 21 dias para o Encontro, encaminhamos uma car14

ta para cada casal da nossa Região para lembrar tudo que precisaria ser colocado na bagagem e, nesse instante, o "frio na barriga" se instalou: nos demos conta de que não havíamos comprado a passagem , nessa altura já difícil até de consegui-la, afinal, já eram mais de 4500 inscritos. Assustador? Não, providência divina! Só um Movimento maravilhoso como este é capaz de mobilizar tantas pessoas, de tantas localidades tão distintas, para um evento desse porte! O dia 11 de julho foi maravilhoso: tivemos a missa de envio dos participantes do Encontro e, todas as equipes ofertaram mensagens que seriam entregues a cada participante lá em Florianópolis. O Pe. Evton falou-nos da importância de sermos enviados dois a dois e da missão de cada um . Ao final da celebração, abençoou os nossos cachecóis laranja, peça que nos identificava como Província Leste. Chegou o dia da nossa viagem e, para a nossa surpresa, não íamos sozinhos, vários casais equipistas estavam em nosso voo. Ao desembarcar em Florianópolis, fomos calorosamente recebidos por casais que há meses esperavam, de braços abertos, a cada um de nós inscritos. Já instalados no hotel, recebemos um telefonema da nossa arquidiocese , perguntando o que buscávamos num encontro como esse e, nesse exato instante , nos CM 439


deparamos com uma de nossas dúvidas iniciais, mas , como em tudo, tem um "dedinho de Deus", a resposta estava na ponta da língua: queremos beber novamente da fonte , queremos conhecer cada vez mais o nosso Movimento. A grandiosidade da abertura do Encontro nos dava mostras do que nos aguardava: cada detalhe foi minuciosamente planejado - era uma equipe para recepção, outra para transporte, outra para alimentação, outra para liturgia, outra para imprensa, outra de coordenação, enfim, cada grupo cuidava de uma parte e, no conjunto, o que se via era uma harmoniosa equipe preocupada com o bem-estar de todos os participantes. Após a abertura cívica, vivenciamos a chegada da Sagrada Família, aquela que estaria presente norteando todo trabalho. A simplicidade da vinda num pequeno barco e a entrada no local de maneira tão delicada marcaram-nos profundamente . Tivemos oito momentos litúrgicos, tudo preparado com todo o ardor, tanto da equipe como dos padres e bispos que presidiram. Não CM 439

podemos deixar de destacar, na fala de Dom Tarcísio, o quanto ele salientou de o casal cristão ser dom de Deus para os filhos; já Frei Avelino levou-nos ao propósito de fazermos da nossa vida uma Eucaristia; Pe. Epis nos recorda que devemos buscar Deus no matrimônio cristão. Nunca paramos para comparar a nossa vida com uma casa composta de vários cômodos, e o casal Carla e Cario Volpini nos fez percorrer cada cômodo com muito amor e, principalmente, com bastante reflexão. Nós, que temos grande dificuldade de falar em público, tivemos um certo alento ao ouvir Sílvia e Chico falarem que Pe. Caffarel dizia que quem não tivesse medo deveria recolher suas coisas e ir embora, e, quando nos deparamos com equipistas como Maristela e Márcio que, com palavras tão singelas , postura tão delicada , nos trou xeram um testemunho tão marcante, percebemos que Maria se faz presente nesse lar. Quanto foi precioso cada mo15


menta vivido no 2° Encontro Nacional que, com toda certeza, ficará para sempre registrado em nosso coração. Amamos demais o Movimento e, cada vez mais, ficamos encantados com sua estrutura e organização. Este é um Movimento vivo e que se constrói a cada dia. Percebemos o esforço que cada equipista faz para participar e se comprometer com o carisma e a mística das Equipes de Nossa Senhora. Acreditamos muito na santidade, não só dos casais, mas principalmente do Pe. Caffarel, pois,

somente sob a ação do Espírito Santo ele pôde ser tocado pelo amor do Senhor. Para finalizar, reportamo-nos ao Pe . Caffarel, no livro Centelhas de sua Mensagem : "Um movimento vivo é um movimento que está em construção a cada dia, graças à ação de cada um de seus membros. Cada um, na obra, assume a responsabilidade que lhe é própria, segundo suas atitudes particulares, seus recursos , seu tempo, sua generosidade ... " • Gláucia e José Carlos CR Região Minas I

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DEUS NO MEIO DE NÓS! Estar junto à mesa do Senhor com mais de 5 mil corações voltados para Deus, agradecidos pelas

bênçãos derramadas sobre as ENS do Brasil foi algo inesquecível! Fomos solicitados a tecer considera-


ções sobre as celebrações litúrgicas do Encontro, o que tentamos fazer resumidamente. Após a solenidade cívica de abertura, uma celebração litúrgica. Casais, um de cada Província, representando a totalidade dos equipistas do Brasil, depositam aos pés do altar as pedras que trouxeram de suas casas , simbolizando, a exemplo de Josué, que o serviço missionário inicia pela própria casa. Em procissão, entram os sacerdotes conselheiros espirituais, motivados pela frase "os nossos pés nos levarão aonde o coração deseja estar", guiados pela imagem de Nossa Senhora Aparecida. Coroando a procissão, a "Sagrada Família" chega e é recebida pela assembleia com um canto enaltecedor da família. A seguir, são acesas as velas do Casal Responsável e do SCE da ERI, que acendem as velas dos casais e SCE das províncias, os

quais levaram a luz adiante, até que todos tivessem suas velas acesas. Enquanto isso, preces eram elevadas na intenção de que a Luz de Deus chegue a todas as famílias equipistas. Na homilia, o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, afirmou que o tema: "Casal Cristão, fecundidade evangélica" e o lema: "Eu e minha casa serviremos ao Senhor" refletiam muito bem o que seria tratado no Encontro! Lembrou-nos do reconhecimento do Movimento pela Santa Sé; parabenizou os dirigentes das ENS no Brasil pela iniciativa e abençoou o evento. Externou a satisfação de trazer a Bênção Apostólica do Santo Padre, assegurando que o Papa via com grande interesse o II Encontro Nacional das ENS. Leu, então, a mensagem de Sua Santidade, desejando exprimir-nos seu vivo apreço pelo braseiro de luz divina e calor humano que o Movimento conseguiu em inúmeros casais, reforçando sua convicção nos valores da família cristã. No final da celebração, fizemos a oração pela beatificação do Pe. Caffarel. Iniciamos o dia 17 com uma celebração Eucarística, cujo tema foi "Casal Cristão, célula de evangelização". Na procissão de entrada, um casal da Equipe mais antiga de São Paulo e outro da 1a Equipe de Florianópolis entraram com as fotos de Nancy e Pedro Moncau, manifestando nossa gratidão aos "pais do Movimento" no Brasil. O livro da Palavra foi trazido pelos membros da Equipe Nossa Senhora do Silêncio, de Manaus, toda in17


tegrada por casais surdos-mudos. Um momento de silêncio externo profundo, mas de uma sonoridade interna vibrante . Na homilia, Pe . Epis, SCE da ERI, disse da alegria de estar conosco, no Brasil, "país amado pelo Pe. Caffarel", e da gratidão das equipes do mundo por aceitarmos ser o país de acolhimento do próximo Encontro Internacional. No ofertório, casais com mais de 50 anos de casados trouxeram cachos de boiões azuis e brancos de todos os tamanhos, suspendendo seis faixas com os nomes dos Pontos Concretos de Esforço. Também trouxeram alianças, colocadas junto à cruz de Cristo, sinal de que os esposos são para a Igreja o chamado permanente do que aconteceu sobre a cruz. Após o Pai Nosso, foi ministrada bênção especial sobre os casais que já haviam festejado bodas de ouro. A oração da tarde dos dias 17 e 18 e do domingo de manhã, seguindo a Liturgia das Horas, uniu nossos corações na certeza de que o Poderoso faz em nós ma18

ravilhas e que Santo é o seu nome. O dia 18 também foi iniciado com uma Eucaristia. "Casal, dom de Deus para os filhos" foi o tema, ressaltando a sublime missão dos pais e o papel dos pais e filhos cristãos. Houve participação especial dos filhos . A Palavra de Deus foi trazida por crianças e adolescentes, homenageando os fiéis seguidores edefensores do Evangelho que se tornaram santos ainda crianças ou jovens. A homilia nos fez refletir sobre o dom de ser casal, orgulho-esperança e testemunha privilegiada do amor de Deus! Fomos advertidos para que abracemos e pratiquemos a mística das ENS sem reticências e, animados para a realidade de que sendo o maior contingente mundial de equipistas, sejamos fermento e revolução espiritual de renovação na Igreja! O Senhor nos confiou a tarefa de exercer a autoridade e a providência de Deus, que se difunde através de nossa dedicação aos filhos. No ofertório, pais levaram "baús" até o altar, contendo as fotos dos filhos dos participantes, símbolo do tesouro que o Senhor nos confiou, pedras preciosas que precisam ser lapidadas no amor. Na Ação de Graças, crianças entoaram o canto Anjos de Deus, evocando a ternura de Deus ao criar anjos, cheios de bênçãos divinas: os filhos! CM 439


Próximo ao meio de domingo, 19, a Missa de Encerramento e Cerimônia de Envio. Assumimos o propósito de Josué : "Eu e minha casa serviremos ao Senhor" (Js 24,15). Meditamos sobre a missão Evangelizadora do casal, reafirmamos a opção preferencial pelos filhos e acolhemos o preceito do Senhor: "Ide e evangelizai"! Na procissão de entrada, todas essas intenções se resumiram na placa com o escrito : "Pastorais da Igreja", mostrando que o mundo é o campo onde devemos semear. Na acolhida, uma grande declaração de amor: "Nós, SCE, amamos as equipes e pedimos perdão aos equipistas se não damos o exemplo de Cristo e prometemos rezar sempre para que vocês deem exemplo de santidade, nem mais nem menos"! Pelas mãos de um casal, em nome de todos, a Palavra de Deus foi conduzida ao altar, ladeada por "anjos de Deus" (filhos) vestidos com as cores das Províncias. A assembléia acompanhou o cortejo, agitando o lenço, saudando a Palavra com alegria e entusiasmo. Em sua homilia, Frei Avelino disse que todos os momentos vividos no Encontro foram momentos de céu antecipado. Lembrou que, ao fazer o chamado, Jesus não disse "para que", mas simplesmente: "Segue-me", e ao ser indagado onde morava não deu endereço escrito mas respondeu: "Vinde e vede"! Concluiu deixando-nos o imperativo: "Casal cristão, ide e evangelizai! Sejam a alegria e não a decepção de Jesus"! ExorCM 439

tou-nos a voltar para "casa" e partilhar o que vimos e ouvimos! Seguiu-se a bênção das pedras que servirão de alicerce da casa a ser construída e ofertada a uma família pobre de Florianópolis. No ofertório, foram levados para o altar documentos do Movimento, representando a vida equipista e, ainda, sal, fermento e luz, sinais de nossa presença no mundo, e uma casa (maquete), simbolizando todos os nossos sonhos. Também foi realizada uma coleta para a construção da casa ofertada. No Envio, houve a bênção do óleo, com o qual, dois a dois, todos ungiram as frontes , sinal de força e coragem para a missão, nascida do coração transformado pelo amor de Deus (Bento XVI). Em seguida, o casal Carla e Cario Volpini recebeu de presente a "casa" sob o olhar da "Sagrada Família" . Graça e Roberto, ao final da mensagem de envio, cheios de emoção, recitaram o poema "Vão, eu estarei com vocês", de uma equipista, e como despedida, ouvimos dos lábios de "Maria e José" o pedido para que realizássemos um sonho: descobrir "que foi o Senhor quem nos aproximou um do outro .. . que somos oleiros um do outro... que já não saberemos fazer outra coisa que semear.. . seremos sal da terra e luz do mundo .. . que não encontremos alimento melhor que a Eucaristia ... e que já viveremos o céu aqui e agora! " E nos despedimos com a Bênção de Deus! • Delanie e Augusto CR Região Ceará 19


ATO PÚBLICO: VIVÊNCIA DA ORAÇÃO CONJUGAL E A CONSTRUÇÃO DA CASA QUE SERVE O SENHOR. Um momento especial, realizado no sábado à tarde (18-72009) , durante o 2° Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora, nos levou a uma reflexão: qual é a casa que deve servir ao Senhor? A minha casa são as quatro paredes de meu lar? É o lugar em que eu trabalho? É a minha Igreja? É a minha comunidade? "Eu e minha casa serviremos ao Senhor." (Js 24,15) Caminhando pelas ruas de Florianópolis, rezando e cantando ao som de buzinas de carro que nos saudavam, harmonizando nossos passos com a melodia da banda de música, emerge a resposta a essas indagações: a minha casa se estende ao mundo criado por Deus e é onde Ele espera que o seu Plano de Amor aconteça. Com esse espírito, levamos a pedra abençoada pelo Papa Bento XVI , para essa ocasião, simbolizando a estrutura não de uma simples casa, mas das casas de cada equipista, que nessa pedra estavam representadas , e também a solidez do sacramento do Matrimônio, edificado sobre a rocha, Jesus Cristo. Esta pedra também simbolizou a estrutura das Equipes de Nossa 20

Senhora, fundada sobre o carisma da espiritualidade conjugal, que têm nos Pontos Concretos de Esforço as colunas de sustentação do crescimento no amor, em busca da santificação. Durante o ato público, nós, casais cristãos , fomos motivados pelo testemunho de um casal equipista para fazermos a nossa Oração Conjugal. Ajoelhados um diante do outro, olhando-nos nos olhos , sentimo-nos iluminados pelos raios do sol e agraciados pela possibilidade de mais uma vez unirmos nossas almas . No silêncio do mundo urbano e de nossos corações ouvimos Deus nos dizer: "Casal cristão, fecundidade evangélica , vós sois a célula de evangelização, Deus e o mundo contam com você ." • Região Paraná Sul CM 439


"AO SENHOR ETERNAMENTE CANTAREI OS SEUS LOUVORES!" Diante daquilo que nos assegura a palavra de Deus, ao afirmar que quando dois ou mais estiverem reunidos em seu nome Ele estará ali no meio, é que venho, com a certeza da presença divina, testemunhar um acontecimento magnânimo ocorrido em Florianópolis. Posso assegurar que o Senhor esteve conosco o tempo inteiro, pois não sendo simplesmente dois, mas milhares, sua manifestação foi perceptível em cada momento, em cada circunstância: na calorosa acolhida de Floripa, no abraço de boas vindas, no desejar de um bom-dia, no partilhar das experiências, no escutar as boas novas ali presentes nas palestras, testemunhos , orações , enfim, tudo foi reflexo desse Deus que se esvazia e se autocomunica como amor, bondade e compaixão. Refiro-me ao 2° Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora, quando, sob o tema : "Casal Cristão, fecundidade evangélica", pude vislumbrar quão fecundo poderá se tornar este mundo, através da igreja doméstica que um casal equipista é chamado a testemunhar. A fecundidade e a potencialidade do gerar frutos em todos os níveis e sentidos estão na capacidade de servir ao Senhor; daí o lema providencial: "Eu e minha casa serviremos ao Senhor". Penso que o serviço é a grande convocação que fica neste pós-encontro, pois não foi à toa que nos falava CM 439

Pe. Flávio Cavalca sobre as Equipes de Nossa Senhora enquanto apostolado, pequenas-comunidades, ou ainda, movimento missionário. Isso nos mostra a seriedade do Movimento, o que nos impele a avançarmos no testemunho, na ousadia da santidade e na fidelidade a Cristo Jesus. Vale ressaltar que a palestra do Pe. Aávio Cavalca assegurou para mim a importância deste movimento de espiritualidade conjugal intitulado por ENS; aqui menciono isso porque uma coisa bonita que tem ficado em minha vida ao participar destes encontros, seja este nacional, sejam os provinciais (aqui do Nordeste) , é a seriedade do Movimento e a unidade que percebemos nele. Uma expressão disso foi perceptível na presença da Igreja ministerial, quando, nestes dias, em Florianópolis, foi possível reunir um número significativo de sacerdotes, de bispos, inclusive com a participação do representante do papa, o Núncio Apostólico. Não poderia deixar de mencionar o rico testemunho de Maristela e Márcio França. Lembro que até comentei com um sacerdote, ao meu lado na ocasião, que aquelas palavras serviam inclusive para nós padres . Vi que posso ser pai de outras formas; vi que sou pai noutro sentido; com o testemunho me senti verdadeiramente pai, pai do povo de Deus a mim confiado. 21


Naquele momento fiquei emocionado ... Louvado seja Deus! Aprendi que nem tudo é fim; Quando tudo parece perdido, Deus manifesta o seu amor e a sua misericórdia. Aquele casal, no seu testemunho, foi uma prova clara da bondade e da compaixão de Deus por eles e por todos nós. As palavras se tornam limitadas para expressar a beleza, a riqueza e a importância do Encontro em Florianópolis: muita coisa boa, e o discurso se esgota ao querer definir e falar, mas, diante do mistério e do encanto é preferível calar, pois o essencial é fazer a experiência; foi graça de Deus para quem esteve lá e pôde experimentar esse Deus que, através do movimento das ENS, acredita nos casais, no sacerdócio, na Igreja. Ele continua nos dando uma nova chance e uma nova oportunidade de recomeçar e encontramos nas ENS um caminho favorável e propício para a santidade, seja ela na vida conjugal, seja ela na vida sacerdotal. Também será graça de Deus para quem não esteve, pois fica o desafio de beberem da experiência vivida no encontro nacional, e para nós participantes, de sermos canais e instrumentos do Senhor, sendo sinal e luz do Mestre como a vela que iluminou a noite da abertura do referido evento. Aquilo não foi algo meramente simbólico; deve ter nos ensinado a manter nossa luz acesa, mesmo com as ventanias das circunstâncias e contingências de nossa caminhada; e com a luz acesa precisamos repassar essa luz para que constituamos uma grande tocha, a fim de que não seja extin22

guido o Espírito Santo, movedor do carisma no coração do Pe. Caffarel. Voltando a minha terra natal, retomando as atividades e assumindo meus afazeres, uma indagação tem sido muito pertinente no meu interior: o que Deus espera de nós? O Encontro Nacional não pode se reduzir a um lazer, um passeio ou uma festa realizada, mas deve deixar comprometimentos em nossas vidas. E aqui tem ficado uma inquietação: o que seremos daqui para frente? Com certeza não mais os mesmos , porém , precisamos avançar, crescer, precisamos nos comprometer; creio que não podemos brincar de sermos equipistas; até porque é impossível experimentar Deus e continuar do mesmo jeito. As pessoas que vivenciaram , experimentaram e aquelas que beberão do referido encontro nacional se esforçarão para ser pessoas novas, equipistas com fecundidade evangélica, pois a fraternidade, os conselhos, as palestras, os testemunhos, as vivências, as eucaristias, as orações, o ato público, as cerimônias cívicas e litúrgicas etc. devem gerar mudanças qualitativas em nossas vidas e em nosso jeito de ser equipista, para que o "eu e minha casa serviremos ao Senhor" não seja utopia, não fique apenas no hino; mas seja algo concreto, real, legítimo e plausível; do contrário estaremos sendo ingratos com Deus, que nos permitiu e favoreceu este importante acontecimento em nossas vidas, em nossas equipes, em nossa Super-Região Brasil. Nisso, precisamos fazer vaCM 439


ler a pena aquilo que foi vivenciado nesses dias em Florianópolis; creio que não foi algo em vão, mas entenderemos o que a ordem e o imperativo que vêm do alto são para ser casal cristão - célula de evangelização e dom de Deus para os filhos - Ide e Evangelizai. O certo é que ficou para mim a confirmação da minha vocação. Através do sacerdócio poderei contribuir com este Movimento que, no 2° Encontro Nacional, mostrou ao Brasil e também para o mundo, a sua beleza, seriedade e importância para as famílias, para os casais. Vendo a integração, o envolvimento, a organização e condução do Encontro e tudo o que nele se realizou, compreendo que, como os casais se esforçam, devo também, como padre, me esforçar para ser verdadeiramente um Sacerdote Conselheiro Espiritual que, a riqueza da vocação equipista ajuda a preservar, a valorizar e a reconhecer isso em cada cônjuge, em cada casal, em

cada equipe de base. Quero empenhar esforços para que os casais entendam que não podemos jogar fora este chamado de Deus; que é sublime e divino esse convite a servi-lo através das Equipes de Nossa Senhora e, junto disso, devo ser incansável no zelo, no cuidado e na fidelidade ao carisma inicial, para que não percamos o diferencial de nossas vidas, que é o de sermos pessoas que testemunham alegremente a beleza da vocação escolhida. Aproveitando o ano sacerdotal que nos coloca sob a ótica: fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote, amplio isso, concluindo, fidelidade de Cristo, fidelidade do casal, fidelidade do equipista, pois descobrimos um tesouro: Cristo Jesus escondido na vocação sacerdotal e conjugal. Por isso gritamos e ecoamos nossa voz que diz: 'Eu e minha casa serviremos ao Senhor' . Pe. Glailson J..\.11/iam Ribeiro do Nascimento SCE do Setor B de Fortaleza CE

. .. . . .. .. . . . . . . . .... .. ... . . . . . . . ENCONTRO: UMA REUNIÃO ECLESIAL Nos dias 16 a 19 de julho passado, estivemos participando do 2° Encontro Nacional das ENS em Florianópolis/SC. Já havíamos participado do 1° Encontro, em Brasília/DF, no ano de 2.003. E, se Deus nos permitir, a exemplo de Dona Nancy que, ao final do Encontro em Brasília, afirmava que, se viva estiCM 439

vesse, seria a primeira a inscreverse num possível próximo encontro nacional, também dizemos que estaremos presentes em tantos encontros quantos a nós fisicamente for possível deles participar. Neste encontro, estávamos em aproximadamente cinco mil pessoas, entre casais, sacerdotes con23


selheiros espirituais, acompanhadoras e acompanhadores temporários de equipes, viúvos, viúvas e outras pessoas , aproximadamente 25% do total de equipistas doBrasil. Entretanto, de alguma forma, todos os equipistas brasileiros estiveram presentes com o coração. Se a reunião mensal se constitui no ápice da vivência equipista, onde, com Jesus Cristo no meio de nós, buscamos mutuamente nos ajudar a progredir em santidade pela prática da espiritualidade conjugal, nosso carisma, e nela nos reunimos como "pequena igreja", o Encontro Nacional para nós se apresentou como uma "grande Ecc/esia", a união da grande fa mília equipista do Brasil, oportu-

nizando a todos vivenciar o amor fraterno, no congraçamento, na troca de ideias e na avaliação da caminhada, fortalecendo, assim, a unidade do Movimento. Foi muito agradável e proveitoso manter cantatas com equipistas novos e com a experiência daqueles cuja caminhada nas Equipes já é de longos anos. O que valeu mesmo foi participar da grande assembleia de irmãos reunidos. A partir do Encontro cabe a todos cultivar as sementes nele semeadas , a começar pela casa conjugal , para que o Senhor da seara faça grande colheita de amor entre os casais e suas famílias. • Angela e Amarante Equipe 9 - Setor A - Catanduva/SP

CASAL VOLPINI AGRADECE Queridos Graça e Roberto: Desejamos agradecer mais uma vez a vocês pelo maravilhoso encontro que compartilhamos em Rorianópolis: tudo estava perfeito! Ficamos verdadeiramente surpresos com o entusiasmo que os equipistas do Brasil demonstraram em relação ao Movimento: a participação no Encontro foi muito grande, mas, além dela, também a participação do coração. E também a organização tanto da liturgia quanto das conferências e da logística ... impecável... Parabéns, de verdade, a vocês e a todos os amigos que trabalharam para esse encontro. 24

Vivemos dias que jamais poderemos esquecer; obrigado mais uma vez por nos terem dado a possibilidade de vivê-los. Agradecemos por todos os presentes que nos deram: tomamos o café da manhã nas xícaras com a inscrição ENS .. . que emoção! E a toalha branca já está sobre nossa mesa ... perfeita! Visitamos o site e revivemos as mesmas emoções. Que Nossa Senhora Aparecida os abençoe e ilumine! Recebam toda nossa amizade e agradecimentos. • Maria Carla e Cario Volpini CR ERI CM 439


1A SESSÃO DE FORMAÇÃO NACIONAL Com a proteção de sua Padroeira N. Senhora do Desterro, Florianópolis nos recebeu para entrelaçarmos vivência e espiritualidade, no amor do Pai e na fraternidade dos irmãos Equipistas. Depois dos momentos inesquecíveis no 2° Encontro Nacional, coroado de êxito e de muito calor humano, participamos também, nos dias 19 a 22 de julho, na casa Recanto Champagnat, da 13 Sessão de Formação Nacional, da Super-Região Brasil, que teve como lema "Também vós deveis lavar os pés uns dos outros" (Jo 13,14) e tema: "Cristo, nossa inspiração no serviçd'. Inicialmente, com uma acolhida e boas vindas das mais calorosas, sentimo-nos amados e abraçados, privilegiados e agradecidos a Deus pela nossa presença em mais um grandioso evento da Super-Região. Após a oração de abertura, o Casal Responsável pela ERI, Maria Carla e Cario Volpini, enriqueceunos com a palestra: "Testemunho sobre o Serviço ao Movimento", cuja essência é o pedido de Cristo a Pedro para apascentar as suas ovelhas. Antes, porém, lhe pede para fundamentar o seu serviço no amor. A chamada de Pedro não é apenas um fato isolado. Todos nós, ao longo de nossa vida, somos chamados pelo Senhor para realizar pequenos ou grandes serviços. O Senhor chama a cada um de nós, o Movimento precisa de todos, CM 439

temos que estar preparados para servir. O gesto de humildade de Jesus, lavando os pés dos Apóstolos (Jo 13,14) , deixa-nos um forte exemplo de amor aos irmãos, no sentido de bem servi-los, superando o medo, o comodismo, os preconceitos ... que nos impedem de assumir responsabilidades e, também, de oferecer aquilo que aprendemos, fazendo doação dos nossos dons para que produzam frutos. Esses momentos nos proporcionaram , além de um aprofundamento na fé , uma oportunidade de buscar em comum respostas às interpelações do mundo atual, aprofundando nossos conhecimentos sobre o carisma, a mística e a pedagogia das ENS, fortalecendo a unidade de nosso movimento. Temos certeza de que todos os que participaram da Sessão de Formação saíram renovados e estimulados a compreender melhor a nossa missão de casais cristãos no mundo de hoje. Somos chamados a ser instrumentos de transformação deste mundo, abraçando com um sim generoso a responsabilidade que o Senhor Jesus nos confia. Reafirmando o que vivenciamos nessa Sessão de Formação, lembramos o refrão do canto "Quero ouvir teu apeld': E pelo Mundo eu vou I cantando o Teu amor I pois disponível eu estou I para servir-te Senhor. CR Setor B - Sao Gonçalo RJ 25


ALIANÇA CONJUGAL Após mais de vinte anos de caminhada nas ENS, não temos dúvidas de que não estamos sós nesta caminhada. Somente em uma relação onde houver lugar para uma terceira Pessoa, se fará possível caminhar celebrando o amor, recordando sempre que a aliança precisa ser confirmada com maturidade, sem deixar envelhecer o amor. Ao fazer nossa aliança de amor, fizemo-la também com Deus, na sacramentalidade, uma aliança de amor e fidelidade , seriedade e compromisso. Ao estudarmos o quinto capítulo: "Construir o Casal", percebemos mais uma vez a importância das ENS em nossas vidas. Padre Caffarel nos adverte a não aceitarmos o declínio do nosso amor, que não digamos ser "maturidade " o enfraquecimento do amor. Com certeza, com o passar dos anos, nosso amor se torna diferente e mais maduro ... Que essa diferença e essa maturidade, porém , não sejam maneiras de justificar o injustificável da acomodação e da indiferença, da falta de esforço de tornar o amor sempre novo. Nosso Padre Caffarel tem toda razão: o amor não envelhece. Se nos encontramos para amar e ser amados é justo que não aceitemos que isto aconteça. Fácil sabemos que não é. Porém, a vigilância contínua, o cuidado, o zelo, a escuta, o olhar, farão de nós pessoas capazes de voltar atrás quando neces26

sário, para revigorar e fortalecer o amor. Isto é necessário a todos os casais, mas pertencer às ENS nos dá coragem para mudança de rumos ... E a isto somos provocados a cada tema que estudamos, sempre estimulando-nos a trazer nova a nossa aliança conjugal. Durante o retiro que fizemos , cujo tema foi aliança conjugal, fomos provocados a avaliar nossa caminhada mais uma vez, e alertados a não esquecermos que a vida tem ritos e que não podemos perdê-los. Temos tendências a simplificar, deixando de lado a riqueza da ritualidade na vivência humana. Quantas vezes perdemos a oportunidade de fazer o melhor, tentando simplificar, por comodismo e omissão! É preciso ter em mente que o nosso casamento é para sempre, e só o amor com ternura nos dará as ferramentas necessárias para que, entre todas as nossas missões, coloquemos a santificação do nós, casal, em primeiro lugar. Por isso, louvamos e agradecemos a Deus pela nossa pertença às ENS, livremente assumida, através da qual Ele nos torna prontos para as mudanças. Sabemos que podemos estar totalmente envolvidos pela força de nossos sentimentos, mas, se nos faltar a humildade, jamais viveremos em essência o verdadeiro amor.• dor Equipe 4 l

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CONSTRUINDO O CASAL O tempo de namoro e noivado poderia ser considerado a primavera de nossas vidas. Sonhos, flores, ilusões .. . que seriam vividos após o enlace matrimonial. (Bons tempos os nossos, quando havia respeito à pessoa humana!) A vocação ao amor, presente já em nossos corações, torna-se realidade íntima e valorizada quando administramos o sacramento do Matrimónio. Chega o verão de nossas vidas. Como é lindo redescobrir os valores de cada um, com o passar dos anos, e perceber o crescimento do casal e da família, alimentados pelo amor humano e pelo amor divino. Chega o outono: O "dois numa só carne" agora se preocupa com os frutos do amor, os filhos . O casal precisa fazer nova unidade, o casal e os filhos: a família. É uma época em que o amor entre os esposos pode sofrer fragilidades , tempo de maior esforço e carinho para superar os obstáculos, principalmente os apresentados pelo mundo em que estamos inseridos. E também um inverno espera o casal: Os filhos casam , os netos chegam, a idade avança, mas a vocação matrimonial faz crescer ainda mais o amor. Assim como as quatro estações do ano têm suas belezas, também em cada fase da vida do casal há clima para florescer o amor. "O amor conjugal estará sempre florido, porque o que gerou seu princípio vital não sofre as conseqüências do tempo. " CM 439

(Nazira e João Paulo - CM 437) Para o casal e a família , cada dia é um novo dia. Novas descobertas trazem muita alegria e sempre a oportunidade para muito amor. O tempo passa, o colorido do jardim do amor vai mudando, e o amor é acrisolado no recolhimento a dois, em momentos sublimes de recordação. Fortifica-se a sinceridade, a compreensão, o perdão. Contudo, ainda é preciso fazer esforços concretos para Escutar a Palavra, para orar, juntos, o dom do mútuo amor, para dialogar, fazer o retiro e ainda mudar o que precisa ser mudado, e, com a graça do Senhor, preparar a partida para participar do banquete das núpcias eternas. D Eq. N. S. Medianeira de Todas as Graças Setor A Florianopo/i SC

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RECONSTRUIR O CASAL O tema "Construir o casal" nos fez voltar há alguns anos; um tempo onde o amor estava adormecido devido a sérios fatores que nos conduziram por esse tempo de casamento. Tempos quando achávamos que bastava acreditar em Deus. Sobre casamento, tínhamos a concepção de que, se não desse certo, a separação resolveria. Voltando aos tempos atuais, experimentamos deixar nas mãos do mistério o porquê de não ter acontecido a tal separação. Hoje, usamos o nosso tempo para agradecer ao mesmo Deus , em quem, antes, só nos bastava acreditar, e que agora buscamos conhecer. Construir o casal, para nós, retrata a nossa vida conjugal após nosso ingresso no Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Podemos afirmar, como diz no livrotema , que Cristo salvou nosso amor, nos devolveu a esperança, restabeleceu a alegria e nos ensi-

nou, através de nossos irmãos equipistas, a graça de nos "ajoujarmos", de adorarmos, de redermos graças e juntos nos oferecermos a Deus e nos colocarmos ao seu serviço. Diante da reflexão, podemos rezar, dizendo: Obrigado, Senhor, por nos fazer um para o outro. Obrigado por nos constituir uma família, com filhos e neto e com eles te adorar, através da nossa oração familiar. Agradecemos ao Senhor por nos orientar através da escuta e meditação da Palavra; por nos fortalecer no diálogo e na oração conjugal; por nos dar discernimento em nossas atitudes, através de nossa regra de vida; por nos alimentar da Eucaristia, quando, retirando-nos para o nosso íntimo, fazemos comunhão com Ele. Agradecemos ao Senhor por se ter dado o trabalho de nos reconstruir como casal e, também, como casal equipista.• Kátia e João Carlos

Eq. N. S. da Paz - Arujá!SP

"O matrimônio é um sacramento quando os dois cônjuges pronunciam o seu 'sim' e permanece enquanto viverem os esposos. (. .. ) O lar cristão é, pois, como uma igreja, a morada de um sacramento. A maioria dos cristãos o ignora. Só conhecem o caminho da igreja para ir buscar a graça. É verdade que Jesus Cristo, substancialmente presente sob as aparências do pão, ali os espera e que a Eucaristia é o grande sacramento para o qual convergem todos os outros. Mas não é menos verdade que os esposos deveriam buscar a graça lá no mais profundo da sua união, onde Jesus Cristo está presente para se dar a eles e ajudá-los em sua vida comum. Onde o amor é vivido (.. .), a graça lhe está estreitamente vinculada ." (Pe. Caffarel. O Amor e a Graça)

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PODEMOS SER MISSIONÁRIOS Para ser missionário, é preciso coragem e perseverança para dividir o tempo com os outros, levandolhes a paz e pregando-lhes o amor do Cristo Ressuscitado, nos mais diferentes lugares, nas mais diferentes culturas, sem medo de anunciar a Boa Nova, a exemplo de Jesus Cristo, que deu sua vida na cruz pela salvação de todas as pessoas. O missionário se dispõe a ir aonde haja alguém necessitando de ajuda, oferece seu tempo, seus dons e sua vida ao serviço dos mais necessitados, se coloca à disposição principalmente dos doentes, pobres e marginalizados, pela simples razão de que o que se faz aos irmãos de Jesus mais pequeninos é a Ele próprio que é feito. (cf. Mt 25,40) O missionário faz o reino de amor acontecer. O mundo está cheio de conflitos, violências, guerras . Nele falta amor, mais diálogo, mais caridade. O mundo necessita de pes-

soas corajosas, de missionários que semeiem a semente da fraternidade e da paz! O missionário tem o coração aberto a todos, e testemunha o Evangelho com a própria vida, procurando ter em si as mesmas atitudes de Jesus Cristo. O missionário reza com o coração, por isso não tem medo de dizer sim ao projeto de Deus, a exemplo de Maria. Fortalecido no Espírito, não se deixará abater pelas tribulações. Participar da Sessão de Formação Nível II foi muito importante para nós, para abrirmos os olhos e, vendo além das aparências, não ficarmos acomodados e, saindo do nosso quadrado, nos decidamos partir para o serviço do Senhor, que nos diz: "Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda criatura". (Me 16,15) • Elisabete e Wagner Eq. N. S . Aparecida - Setor B Região Rio III

"A primeira forma de testemunho é a própria vida do missionário, da família cristã e da comunidade eclesial, que torna visível um novo modo de se comportar. ( ... ) O anúncio tem p ri oridade permanente na missão: A Igreja não pode esquivar-se ao mandato exp lícito de Cristo, não pode privar os homens da "Boa-Nova " de que Deus os ama e salva. 'A evangel ização conterá sempre ( .. .) uma proclamação clara de que, em Jesus Cristo a salva ção é oferecida a cada homem, como dom de graça e de m isericórd ia do próprio Deus.' ( .. .) O anúncio tem por objeto Cristo crucificado, morto e ressuscitado : po r meio dele realiza-se a plena e autêntica libertação do mal, do pecado e da morte; nele Deus dá vida nova , d ivin a e eterna . É esta a "Boa -Nova " que muda o homem e a histó ria .. ." (Redemptoris Missio, 42; 44)

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DIA DA CRIANÇA Lembrar-se da criança num dia especial pode ser um momento oportuno para que a sociedade civil e também a Igreja reflitam e tomem iniciativas no sentido de apontar d irecionamentos , buscando amenizar a amargura por que passam as crianças de famílias carentes, em especial nos grandes centros urbanos. Esses seres humanos necessitam de um olhar solidário que lhes aponte uma direção e as ajude no seu despertar para a vida. É preciso fazer algo no sentido de propiciarlhes uma vida com o mínimo de dignidade, para que seus sonhos de realização como pessoas não sejam frustrados. É necessário lhes oferecer condições de moradia digna, possibilidade para frequentar uma escola, que a elas seja proporcionado ter educação, esporte e lazer, e encaminhamento para, no futuro, terem condições de exercer trabalhos dignos e honestos. É preciso que às crianças e adolescentes seja possibilitado ter uma residência , e não lhe seja reservado apenas uma função de malabarista junto ao sinal verme30

lho de um semáforo, para receber moedas nem sempre dadas com o coração e, poucas vezes, destinadas à aquisição de gêneros alimentícios para toda a sua família. É um fato constatado e que se arrasta e se agrava a cada dia. É um desafio urgente para a caridade cristã. Antonina e Antônio Eq. N. S . da Piedade Barbacena/MG


EQUIPE CELEBRA 40 ANOS No segundo semestre de 1968, iniciaram-se os contatos para a formação de mais uma equipe em nossa cidade . Após um encontro prévio com casais equipistas, os casais Leninha e Edgard, Andréa e Celso Antonio convidaram outros casais. No dia 9 de agosto de 1969, estes e os casais convidados Maria Inês e Antonio Augusto, Jacy e José, Aldeliza e Adib, Beth e Plínio, Vera e Camargo, formaram a Equipe Nossa Senhora Aparecida, pilotada pelo casal Maria Benedita e Toninha Marques, tendo como SCE o Pe. Luiz Antônio Mathias CSR, ficando ligada ao Setor de Marília. Durante esses 40 anos, a equipe foi sofrendo alterações quanto aos seus integrantes e seus SCE, mas todos contribuíram para o enriquecimento espiritual dos casais. A equipe hoje é integrada pelos fundadores Andréa e Celso Antonio, Maria Inês e Antonio Augusto e pelos casais que ingressaram depois: Branca e Paulo Aguiar Hlho, Maria Célia e Marcelo Otávio Leme da Silva, e Heliana do José e, desde 2006, a Acompanhante Espiritual, Irmã Elza, com 68 anos de vida consagrada. A equipe, com a graça de Deus,

c:gcng .!Apa'tedda- 111° 2 d~rkt cqwu;a~g~

40 QJUJ6I

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t969 I 2009

seguiu as orientações do Movimento. Todos os seus membros são atuantes, quer na catequese, pastorais sociais, liturgia e em outras. Como equipe, atuavam em Encontros de Preparação ao Matrimónio e, atualmente, trabalham em Encontros de Preparação para o Casamento de Legitimação. 'vfaria Ines e An oni• Augusto Eq. Aparecida- Setor de Garça SP

OR-DFNAÇÃO ~I '\CONA' A Equipe Nossa Senhora do Bonsucesso, do Setor Pindamonhangaba/SP, comunica a ordenação diaconal do seu Acompanhador Espiritual, Nilson Helmann - SCJ, ocorrida aos 7 de fevereiro de 2009, em Joinville/SC. A ele nossas orações e nosso carinho. e ..., IL F I· rv. S. ~ yo :Jamonhangaba SP CM 439

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40 ANOS DA EQUIPE 2 A Equipe Nossa Senhora de Fátima, 2a Equipe de Valinhos , comemorou 40 anos de história no dia 1° de agosto de 2009 , com a participação do Casal Piloto Maria lgnes e José Maria que pilotou a Equipe em 1969 e com todos os casais do Setor, numa missa presidida pelo Padre Rafael Capelato. Após 40 anos, podemos dizer que aprendemos a caminhar na estrada de Jesus, pois tivemos períodos difíceis com a entrada e saída de casais, de conselheiros e parecia que não éramos vocacionados para o Movimento. Com isso, aprendemos a superar os obstáculos. Hoje colhemos os frutos da graça pela nossa confiança na oração e na segurança da Palavra de Jesus, vimos que valeu a pena. O Senhor nos fez ver que na

força da oração, aprendemos a valorizar o Movimento e que estávamos realmente seduzidos por Jesus e sustentados pelo braço materno de Nossa Senhora. Nunca nos faltou a esperança. Tudo o que fizemos foi insignificante diante das bênçãos, bens e graças que recebemos . Por isso, agradecemos a Deus que, apesar das falhas e omissões, nos iluminou com seu Santo Espírito para darmos testemunho de fé e de perseverança. Mana Lúcia e Pedro. Eq. N.S.de Fátima Valinhosd!SP

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25 ANOS, GRAÇAS A DEUS A Equipe N. Senhora de Lourdes do Setor C - Região Rio V, que foi pilotada pelo casal Marlene e Ivacyr, está comemorando seu jubileu de prata. A Equipe passou por momentos de grandes alegrias, e por outros de profundo pesar, principalmente quando voltaram para o Pai, no ano de 1990, o nosso ines32

quecível Paulo e, em 1997, o amado SCE, Pe. Raimundo. Outros casais hoje não estão mais conosco, CM 439


mas por aqueles e por estes somos gratos a Deus, pelo que representaram para nós, contribuindo com sua "ajuda mútua" para o crescimento de toda a Equipe, para chegarmos mais amadurecidos espiritualmente aos nosso 25 anos. Hoje somos Ângela e Jaime, Deise e Lúcio, Lucia e Luis, Márcia e Pau-

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lo, Maria do Carmo e Severino, Sandra e Adelino e a Lina (do Paulo) , sendo nosso SCE o Padre Gilvan . Que Nossa Senhora de Lourdes continue intercedendo por todos nós nessa caminhada de pertença as ENS. A Equipe N S. de Louraes Setor C - Regiao R10 V

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EQUIPE CEltBRA)5 ANOS

A equipe Nossa Senhora da Penha, do Setor B de Curitiba, completou jubileu de prata no mês de agosto, celebrando este dia com seus irmãos de caminhada na missa mensal das Equipes . Constituída de cinco casais, Maria Eli e Edison, Cleusa e Otamir, Luis Cesar e Helena, Ana Maria e Luiz Mário e Elizabeth e Heitor, a equipe tem como SCE o Pe. Ivanildo. Quando iniciamos, todos estávamos curiosos na expectativa de entender o Movimento. Reuniões, Oração, Pontos Concretos de Esforço, Carisma, Mística, formação ... Alguns casais saíram , outros chegaram. Cada um com uma característica. Lembramos e temos saudades de todos. Sabemos dos esforços e dedicação. Conhecemos uns dos outros virtudes e até defeitos... Como foi bom a cada reunião sentir o crescimento dos casais. Com a ajuda das ENS, pudemos fortalecer o entenCIIJI 4'39

dimento do valor do matrimonio cristão e , assim , fortalecer nossa caminhada de espiritualidade conjugal em busca da santificação e também nos preparar para enfrentar os desafios do mundo. Acidentes de percurso, perda de entes queridos, as descobertas, ... as aposentadorias .. . sobram ideias e faltam palavras para expressar toda a nossa caminhada de 25 anos, buscando a verdadeira vida cristã no matrimônio. Marili E: Edtson. Eq. N. S da Penha Setor B Curittba PR 33


JUBILEU DE OURO DE EQUIPE

Eram 30 de junho de 1959. Um grupo de casais se reunia pela primeira vez como equipe de Nossa Senhora no Rio de Janeiro. O casal Maria Célia e Ivan, informado da existência das ENS em São Paulo, através de um casal amigo dessa cidade, solicitou a Nancy e Pedro Moncau a implantação das Equipes de Nossa Senhora no Rio de Janeiro, e assim foi feito. Hoje esses casais continuam ativos, testemunhos vivos de perseverança. Eles formam a Equipe 01/ A da Região Rio I. Maria Célia e Ivan, 62 anos de casados, e a viúva Magdalena, apesar da idade ,

participam mensalmente das reuniões da Equipe. Na celebração de ação de graças pelo transcurso do jubileu de ouro da Equipe, o importante evento para as ENS contou com as prestigiosas presenças do Casal Responsável pela Província Leste , o Casal Regional e o Casal Responsável pelo Setor A. Janete e Julio Cesar CR do setor A - Região Rio I

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JUBILEU DE OURO PRESBITERAL

Pe. Armindo Cattelan celebrou 50 anos de ordenação presbiteral no dia 11 de julho de 2009, na Igreja Sagrado Coração de Jesus e da primeira Missa no dia 12, na Igreja N. S. de Fátima, ambas de Canoas/RS, dois momentos especiais de ação de graças, com a presença de familiares, amigos, equipistas e autoridades locais, que lhe tributaram muitas manifestações de carinho. Natural de Garibaldi/RS, transferiu-se , ainda criança, com a família, para Canoas/RS, onde , há poucos dias, a Câmara de Vereadores outorgou-lhe o título de Cidadão Canoense , pelos serviços 34

prestados ao município. Exerceu o ministério em várias paróquias da Região Metropolitana de Porto Alegre . É SCE da Equipe Nossa Senhora das Graças do Setor A de Porto Alegre há 14 anos. Com seu sorriso, simplicidade e humildade acolhe sempre quem dele se aproxima. Orienta com serenidade e com amor os casais, dando seu testemunho de fé , de profunda espiritualidade, retidão e obediência à Igreja. Judith e Helio Eq. N. S. das Graças - Setor A de Porto Alegre/RS CM 439


Maria e ldazil, da Equipe 2 do Setor Caraguatatuba/SP, no dia 25 de julho de 2009, celebraram bodas de ouro, em Eucaristia presidida por D. Altieri, bispo de Guaratatuba e SCE do Setor, com a participação efetiva dos filhos, netos, bisneta, genros e noras, além é claro de vários equipistas. O casal é um verdadeiro testemunho de vida e espiritualidade conjugal, pessoas de muita oração, exemplo para "sua casa" e para todos os equipistas.

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Os casais Ivone e Darei Madalosso, Maria do Rocio e Sebastião Teixeira, da Equipe Nossa Senhora Mãe de Deus, do Setor A de Curitiba/PR, completaram 50 anos de vida matrimonial no dia 18 de julho de 2009. Esse momento importante em suas vidas foi compartilhado por seus familiares , casais equipistas e inúmeros amigos. Receberam a bênção ritual ministrada pelo nosso SCE, Pe . José Leonardo.

Pe. José Maria Loiola celebrou 25 anos de vida presbiteral, no dia 08 de setembro, seguindo intensa programação organizada pelos fiéis da Paróquia de Santa Terezinha, em Quixadá, onde é pároco. Pe. José Maria, com a colaboração do casal Regina e Joaquim, trouxe o Movimento das ENS para nossa terra, em junho de 1991 , quando era vigário da Paróquia Jesus, Maria e José . Antes, ainda seminarista, acompanhara uma equipe em Fortaleza e, em período de estudos, também uma equipe na cidade do Rio de Janeiro. Foi SCE da Coordenação Quixadá de 2000 a 2003. Desde seu início é SCE da Equipe 1, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. 'E CM 439

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NOVOS PRESBÍTEROS Padres Lucas Alves da Silva, Alexander Marques da Silva e Edson Felipe M. Gonzalez, pela imposição das mãos de Dom Jacyr Francisco Braido, Bispo Diocesano de Santos, foram ordenados presbíteros no dia 4 de julho de 2009 . Padre Lucas é SCE da Equipe Nossa Senhora do Carmo, do Setor A de Santos. Estaremos sempre em oração por esses jovens que dão suas vidas ao serviço do povo de Deus. Iluminados pelo Espírito Santo e protegidos por Maria , possam eles realizar ótimo pastoreio junto aos rebanhos que lhes forem confiados. Neli e João, CR do Setor A Santos/SP

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e oração consacratória de Dom Antônio Muniz Fernandes. Pe. Elison é SCE da Equipe Nossa Senhora Virgem dos Pobres, Pe. Manoel SCE da Equipe Nossa Senhora do Bom Parto e Pe. Márcio da Equipe da Equipe Nossa Senhora Aparecida, todas do Setor B de Maceió. Ivoneide e Sandra, CR do Setor B Maceió/AL

••• Pe. Florentino Antônio dos Santos Junior, pela imposição das mãos e oração consacratória de Dom Bruno Gamberini, Arcebispo Metropolitano de Campinas, foi ordenado presbítero no dia 21 de junho de 2009. "Para que todos sejam um" é o seu lema presbiteral. E SCE da Equipe 6, do Setor Indaiatuba. Teresinha e Gerson, CR do Setor Indaiatuba/SP

••• Elison Silva dos Santos , Manoel Francelino da Silva e Márcio Manuel Machado Nunes, no dia 4 de agosto de 2009, foram ordenados presbíteros, na Catedral de Nossa Senhora dos Prazeres, pela imposição das mãos

Pe. Alex Sandro de Oliveira foi ordenado presbítero no dia 18 de junho de 2009, em Arapiraca/ AL. Ele é SCE da Equi"' ' pe 12, do Setor C de Maceió/AL.

ERRATA Na CM 437, pág 17, no artigo Jubileu de Ouro de Equipe, onde se lê Setor A, leia-se Setor B de Curitiba. 36

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65 t\NOS DE DOAÇÃO Irmã Cor-

PROJETO VOCACIONAL No dia 25 de junho, estivemos no Seminário Maior Nossa Senhora de Fátima, com o Arcebispo de Brasília, Dom João Braz de Aviz, e o Padre Eduardo, Ecônomo do Seminário, para fazer-lhes a entrega de um cheque no valor de R$ 7.000,00, referente ao Projeto Vocacional que o Movimento proporciona todos os anos a cada Província e que é utilizado na formação de futuros sacerdotes. É um pequeno sinal da nossa gratidão a Deus pelo muito que recebemos dos nossos Sacerdotes Conselheiros Espirituais. So1 a e

•e/' ~s, CR da Região CO I

DI\RTICI PATIVOS Os membros da primeira equipe de Nossa Senhora de Capinópolis, participaram ativamente dos preparativos e da realização da celebração da solenidade de Corpus Christi na cidade. Todos os casais ajudaram a enfeitar as ruas para a passagem do Santíssimo na procissão pelas vias públicas, para testemunhar a fé na Eucaristia e louvar publicamente Cristo Eucarístico f,

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nélia completou 65 anos de consagração à vida religiosa, por cuja comemoração , no dia 13 de ._.Li-__;;. junho de 2009, foi celebrada a missa de ação de graças. Em todos os lugares onde trabalhou ela construiu um forte víncul~ com as pessoas , por seu carisma, disponibilidade e amor ao próximo. Atualmente, além de profícuos trabalhos comunitários ela é Acompanhadora Espiritu~l da Equipe Nossa Senhora Mãe da Igreja, e tem a maior satisfação em declarar publicamente seu amor pelo Movimento, o qual, diz ela , traz sustentabilidade para a sua caminhada. Que Jesus, Maria e José continuem abençoando-a em sua vida e em seus serviços. S1rley e O n J, o C 0 d Setor Mafra-Rio Negro Parana Norte

d, e G 1r1ar Eq N S . das Graças - Capinópo/islMG 37


PARTIRAM PARAACASA DO PAI Paulo Arruda Ferreira, da Maria do Carmo, no dia 1° de maio de 2009. Integrava a Equipe N. Senhora Virgem Poderosa, do Setor A de Recife/PE. José Mário Fognanholi, da Neide. Era integrante da Equipe 8, do Setor B de Marília/SP. Havia sido membro da Equipe 1, do Setor A da Região Rio I. João Ziober Filho, da Tereza, no dia 20 de junho de 2009. Pertencia à Equipe 1 do Setor C de Londrina/PR. Severino Luis Lúcio, da Conceição, no dia 25 de junho de 2009. Integrava a Equipe Nossa Senhora Consolata, do Setor E - Região Rio V. Pe. Robson Bezerra Almeida deixou, em todos os que conviveram com ele, saudades e lágrimas e também a certeza de que ele está participando da páscoa definitiva. Era um amigo de todos e um pastor muito querido. Exercia o seu ministério sacerdotal, fazendo-se servidor, cumprindo verdadeiramente o mandamento novo. Além das importantes responsabilidades que exercia na Diocese de Quixadá, Pe. Robson era SCE da Equipe Nossa Senhora de Fátima e havia aceitado convite para ser SCE do Setor. Ele amou de verdade as Equipes e fazia questão de dizê-lo com muito carinho. Foi um privilégio conviver com uma pessoa que era expressão de amor. Julieta Almeida e Franklin Martins, CR do Setor Ceará Centro Padre Celso Sehn MSF, no dia 8 de julho de 2009, voltou à casa do Pai. Nos últimos meses, havia retornado para o Movimento para ser SCE da Equipe 114 do Setor D da Região Rio V. Anteriormente havia sido SCE de Setor. Faleceu aos 68 anos, em Santo Ângelo/RS, sua cidade natal, onde estava realizando formação na sua congregação. Seu projeto atual era preparar as comemorações dos 300 anos da Paróquia Nossa Senhora da Ajuda. Para todos nós fica a saudade e as alegres lembranças desse servo de Deus, do seu entusiasmo, do seu gosto pela leitura e da sua alegria em servir. I/ma e Jose Carlos de Luna, CR do Setor D - Região Rio V Irmã Maria lgnez Mazzero, no dia 7 de julho de 2009. Estava com 81 anos de idade, dezoito deles em Votuporanga. Durante todo esse período dedicou-se ao Movimento em nossa cidade, tornando-se um grande auxílio para as equipes. Pela falta de padres, tornou-se Acompanhadora de diversas delas. Ela conhecia e amava o Movimento e não deixava de falar nele por onde passava. Estava inscrita para o 2° Encontro Nacional em Florianópolis, de "malas prontas", dizia. Também havia participado do 1° Encontro Nacional de Brasília. Que as quatro equipes que ela acompanhava, com a ajuda do Espírito Santo, possam encontrar sacerdotes ou, então, religiosas abnegadas que as possam acompanhar. Ironilde e Fidelmino Madalozzo, CR do Setor A - Votuporanga/SP 38

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O ROSÁRIO DA VIRGEM MARIA O Rosário da Virgem Maria é oração amada por numerosos santos e estimulada pelo Magistério da Igreja. Na sua simplicidade e profundidade , permanece, mesmo no terceiro Milênio, uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade. O Rosário, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu âmago é oração cristológica. Concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica. Nele ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor. Numerosos sinais demonstram quanto a Virgem Maria, precisamente através desta oração, também hoje deseja exercer aquele cuidado maternal ao qual o Redentor, prestes a morrer, confiou todos os filhos da Igreja, na pessoa do discípulo predileto: "Mulher, eis aí o teu filho" (Jo 19,26). São conhecidas, ao longo dos séculos XIX e XX, várias ocasiões nas quais, de algum modo, a Mãe de Cristo fez sentir a sua presença e a sua voz, CM 439

para exortar o Povo de Deus a esta forma de oração contemplativa. Maria vive com os olhos fixos em Cristo e guarda cada palavra sua: "Conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração" (Lc 2,19; cf. 2,51) . As recordações de Jesus estampadas na sua alma acompanharam-na em cada circunstância e constituíram, de certo modo, o "rosário" que Ela mesma recitou constantemente nos dias da sua vida terrena. E mesmo agora , entre os cânticos de alegria da Jerusalém celestial, Ela continua a desenvolver a composição da sua "narração'' de evangelizadora. Maria propõe continuamente aos crentes os "mistérios" do seu Filho, desejando que sejam contemplados, para que possam irradiar toda a sua força salvífica. Quando recita o Rosário, a comunidade cristã entra em sintonia com a memória e com o olhar de Maria. O Rosário, a partir da experiência de Maria, é uma oração marcadamente contemplativa. Como sublinhava Paulo VI: "Sem contemplação, o Rosário é um corpo sem alma e a sua recitação corre o perigo de se tornar uma repetição mecânica de fórmulas e de estar em contradição com a advertência de Jesus: "Nas vossas orações não 39


useis de vãs repetições, como fazem os gentios, porque entendem que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos" (Mt 6,7). Por sua natureza, a recitação do Rosário requer um ritmo tranquilo e como que um delongar-se pensativo, que favoreçam, naquele que ora, a meditação dos mistérios da vida do Senhor, vistos através do coração daquela que mais de perto esteve em contato com o mesmo Senhor. O cristão, chamado a rezar em comunidade, deve também entrar no seu quarto para rezar a sós ao Pai (cf. Mt 6,6); mas, segundo ensina o Apóstolo, deve "rezar sem cessar" (cf. 1Ts 5,17). O Rosário situase neste cenário diversificado da oração "incessante" . A inserção, de mistério em mistério, na vida do Redentor faz com que tudo aquilo que Ele realizou e a Liturgia atualiza seja profundamente assimilado. Diante de cada mistério do Filho, Maria nos convida a colocar humildemente as perguntas que abrem à luz, para concluir sempre com a obediência da fé : "Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,8) . O Rosário é também um itinerário de anúncio e aprofundamento, no qual o mistério de Cristo é continuamente oferecido aos diversos níveis da experiência cristã . O módulo é o de uma apresentação orante e contemplativa, que visa plasmar o discípulo segundo o coração de Cristo. A estrutura desta oração quer ajudar os fiéis a compreendê-la nos seus aspectos simbólicos, em sintonia com as exigên40

cias da vida quotidiana. Sem isso, o Rosário corre o risco não só de não produzir os efeitos espirituais desejados, mas até mesmo de acabar por ser visto quase como um amuleto ou objeto mágico, com uma adulteração radical do seu sentido e função. Enunciar o mistério é como abrir um cenário sobre o qual se concentra a atenção. As palavras orientam a imaginação e o espírito para aquele episódio ou momento concreto da vida de Cristo. Aliás, é uma metodologia que corresponde à própria lógica da Encarnação: em Jesus, Deus quis tomar feições humanas . É através da sua realidade corpórea que somos levados a tomar contato com o seu mistério divino. A fim de dar fundamentação bíblica e maior profundidade à meditação, é útil que a enunciação do mistério seja acompanhada pela proclamação de uma passagem bíblica alusiva. De fato, as outras palavras não atingem nunca a eficácia própria da palavra inspirada. Esta há de ser escutada com a certeza de que é Palavra de Deus, pronunciada para o dia de hoje e "para mim". Não, não se trata de trazer à memória uma informação, mas de deixar Deus "falar". Esta oração tradicional tem a profundidade teológica de uma oração adaptada a quem sente a exigência de uma contemplação mais madura. • Extratos da CA Rosarium Virginis Mariae de João Paulo II, por Graciete e Gambim Eq. N. S. de Guadalupe Setor D- RS I CM 439


DEMORAR-SE DIANTE DO MISTÉRIO Lendo o livro "Como um místico amarra os seus sapatos: o segredo das coisas simples" escrito por Lorenz Marti e editado pela Editora Vozes em 2008, nos deparamos com o texto "Demorar-se diante do mistério", que julgamos muito apropriado para nos ajudar no PCE Meditação. Ao longo de vinte anos no mosteiro, Santa Teresa de Ávila tentou recolher-se em silêncio. Inutilmente. Ela sempre se distraía um pouco e teve dificuldades em se concentrar. "Não consegui fechar-me dentro de mim, sem fechar junto milhares de coisas inúteis". Quem já tentou um dia realmente ficar em silêncio conhece essa experiência. Todas essas coisinhas que continuamente passam pela nossa cabeça e com seus ruídos nervosos espantam a tranquilidade. Muitas vezes, também a freira , que vivia ocupada, estava cansada demais para meditar. Às vezes, depois de um dia de trabalho árduo na cozinha, ela não conseguia oferecer ao "Senhor das panelas e das frigideiras" nada além do que a "fadiga que me invade diante da visão da louça do café e das panelas queimadas das verduras". Um dia, então, Teresa reconheceu que nem precisaria meditar. Pois para ela o grande mistério também estava presente "entre as panelas". Com muita confiança, ela podia colocar tudo nas mãos CM 439

do "amigo" divino. Junto dele ela podia se demorar, sem ter de fazer alguma coisa. Essa ideia lhe deu aquela paz que por muito tempo lhe faltou. A espiritualidade não é um esporte de desempenho. É perigoso contar os anos que passamos praticando exercícios espirituais, adverte Teresa. Poderíamos nos convencer de que com isso conquistamos determinados direitos e visões espirituais. Com uma postura desse tipo, porém, uma pessoa "nunca alcançará a plenitude da vida". Para Teresa, a visão espiritual não é uma conquista, mas uma dádiva. Ela compara a alma a um jardim que precisa ser regado. Para isso existem quatro maneiras: primeiro, buscar a água de uma fonte, "o que representa realizar um grande esforço" . Segundo, usar uma roda d'água, o que já demandaria "menos esforço" . Terceiro, tirá-la de um regato, o que seria "muito mais eficiente". E finalmente , em quarto lugar: "Não fazer mais nada, porque o Senhor mandaria uma forte chuva" . Essa maneira seria "incomparavelmente melhor do que tudo o que foi mencionado antes". Belo e bom - mas, e se não chover? Então o jardim precisa ser regado, para que as plantas não murchem. E para isso é preciso fazer um esforço. O perigo é que o ego assuma o controle, e queira alcan41


çar algo de qualquer jeito. Por isso Teresa dá preferência à chuva, pois ela cai sem uma ação própria. Ela não pode ser produzida, somente recebida. Ela é uma dádiva. Para o jardim da alma florescer, ambos são necessários: esforço próprio e disponibilidade para a dádiva do momento, para a quente chuva da graça. Teresa ainda nos dá um canse-

lho, no meio do caminho: "Quando ocorrer uma grande distração, é melhor, em todo caso, não se forçar a nada que não se possa alcançar. Então é melhor se fazer alguma coisa boa ou simplesmente ler. Também é bom realizar conversas espirituais ou passear ao ar livre". • Encaminhado por Beatriz e Itamar Eq. N. S . da Medalha Milagrosa Setor B- Porto Alegre!RS

••• REELEXÃO • • •

POR QUE AMAR AS ENS? Um dia demos o sim às Equipes de Nossa Senhora, e algumas vezes achávamos que tínhamos motivo para voltar atrás. Dias atrás, escrevemos um artigo intitulado Perseverança, o que nos levou a darmos atenção ao significado e motivação para permanecermos nas ENS, pelo quanto que o Movimento pode trazer a nós como casal e como família , e o quanto pode proporcionar às nossas vidas. Este movimento inspirado pelo Espírito Santo a Pe. Caffarel, diante de muitos obstáculos que se nos apresentam, tem sido muito importante para a nossa família. O Movimento, estruturado como família de famílias, nos faz ser parte de uma família de seis casais irmãos, unidos numa comunidade fiel e disciplinada. Para nós foi gratificante participarmos de nosso retiro, juntamente como todos os membros da equipe, três deles tendo ingressado há pouco tempo, mas, já radiantes por estarem fazendo o seu retiro anual e o sentirem de grande valia para suas vidas de casal, pensando em viver melhor como casal e família. • Niedja e Junio Eq. N S . de Nazaré - Setor B Natal/RN.

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ESCOLA DE COMPAIXÃO O profeta Jonas, ao receber de Deus a missão de pregar aos habitantes da cidade de Nínive , tentou fugir da responsabilidade , indignado, porque aquele povo infiel poderia escutá-lo e fazer penitência e Deus poderia desistir do castigo anunciado. Jonas achava que aquele povo deveria sofrer as consequências de seus atos de infidelidade aos compromissos para com Deus. Como, após a pregação, os ninivitas fizeram penitência e se converteram, '~onas ... muito irritado, dirigiu ao Senhor esta prece: Ah, Senhor, era bem isto que eu dizia quando estava ainda na minha terra! É por isso que eu tentei esquivar- me , fugindo para Társis, porque sabia que sois um Deus clemente e misericordioso, de coração grande, de muita benignidade e compaixão pelos nossos males. " (Jn 4,1-2) Alguns casais, talvez também entre os que exercem responsabilidade na Equipe ou no Movimento, poderão ser tentados a ter atitudes semelhantes às de Jonas, quando percebem equipistas que não estejam seguindo as orientações do Movimento, ou que não "cumprem" corretamente os Pontos Concretos de Esforço: desejariam aplicar-lhes logo a sanção da exclusão da equipe e do Movimento. O interessante no episódio de Jonas, é que, além de querer a proximidade com aqueles seus filhos CM 439

de Nínive- Ele faria isso com Jonas ou sem Jonas - Deus estava dando uma incumbência a Jonas, porque também Jonas precisava da missão para se aproximar mais de Deus. Jonas acreditava em Deus e o respeitava, mas ainda não o compreendia nem havia mergulhado no mistério do divino amor, chegando a criticar a própria conduta de Deus em relação àquele povo pecador. Não apenas a aceitação da vontade de Deus e a busca da comunhão faltavam ao "velho" Jonas: faltava-lhe também o conhecimento da verdade sobre si mesmo. Lembrando as atitudes com que devemos perseverar no exercício dos PCE, é possível que, como o profeta, às vezes, façamos o anúncio da necessidade de conversão, esquecendo-nos de buscar o mais importante: a experiência do amor de Deus e da Sua compaixão. Quem sabe , como um novo Jonas renovado pela misericórdia de Deus, neste ano de volta às fontes com os textos escolhidos do Padre Caffarel, decidamos fazer da nossa equipe uma escola de compaixão, e que, em nossa vivência cristã de equipistas, coloquemos em destaque o verdadeiro auxílio mútuo, exercendo a caridade da correção fraterna , a qual, antes de tudo, deve ser uma surpreendente manifestação do amor-compaixão do nosso Deus. (tema de estudocapítulo 6) • Reflexão de um casal equipista 43


ERAM TREVAS E SE FEZ LUZ "As trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas, Deus disse: Faça-se a luz e a luz foi feita" (Gn 1,2-3) . Nós, casais das Equipes de Nossa Senhora, do Setor Nossa Senhora das Vitórias de Barbacena, tivemos a oportunidade de estarmos reunidos nos dias 3, 4 e 5 de julho para o retiro anual. O retiro é um dos pontos concretos de esforço que formam a base espiritual do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. É a oportunidade de, juntos, marido e mulher se retirarem em oração e reflexão por 48 horas. Com o tema "Maria, nosso modelo de vida no caminhar para Jesus", Frei Anselmo percebeu os anseios dos casais equipistas de seguir o modelo de Maria, a serva do Senhor. Exemplo de obediência, confiança, aceitação e silêncio, não questionou a vontade de Deus. Fomos levados na caminhada com Maria, exemplo no servir, na humildade, ... percorrendo o caminho da

vida motivada pelo amor a Deus. Maria, em Caná da Galileia, diz a nós e a toda a Igreja: "Fazei tudo o que Ele vos disser". E assim, fomos levados até Jesus, com quem é preciso caminhar sempre, em todos os momentos de nossa vida. O Pregador nos fez refletir que, para encontrar Deus no céu, teremos de encontrá-Lo primeiro aqui na terra, e nos mostrou muitos modos de agir para que isto aconteça. Com a palavra do Evangelho "Tudo que fizerdes ao menor dos meus irmãos é a mim que o fareis", fomos incluídos no número dos pequenos, para que nos tornemos fortes espiritualmente . Fomos exortados a contemplar o amor de Jesus Cristo e de Maria, amor testemunhado pela vida do próprio Frei Anselmo, cuja cegueira física dos olhos não o impedem de anunciar a Palavra de Deus e o amor a Nossa Senhora. • Antonina e Antonio Eq . N. S . da Piedade

Setor N. S. das Vrtórias - Barbacena!MG

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BASTA-TE A MINHA GRAÇA Há dois anos e meio, escrevemos para a Carta Mensal, contando para todos nossos amigos equipistas que estávamos passando por uma provação e , por isso, precisávamos muito das orações de todos, pois nossa filha de seis anos estava com câncer e sofria muito, e os médicos 44

não davam muita esperança de cura. Em nossa angústia, que não tínhamos forças humanas para suportar, Deus nos carregava no colo. Nesse tempo, na segunda leitura de uma missa, Jesus dizia a Paula e a nós: "Basta-te a minha graça". Consolados por essa palavra, tentáCM 439


vamos, apesar dos tropeços, entregar a Deus toda a situação, para o que fomos ajudados pela solidariedade dos familiares e amigos e pelas orações de tantos equipistas próximos e distantes, e até de cartas de crianças, filhos de equipistas, que animavam Lara a confiar em Deus. Lara, hoje, está com 9 anos de idade e, superando todas as previsões, não precisa de nenhum remédio, pois não ficou com sequelas. Não temos como contar todas as graças recebidas da bondade de Deus. O que podemos dizer a to-

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dos é que, quando estiverem passando por uma provação, procurem confiar em Deus, peçam orações, tentem entregar-se. Nós sabemos que tudo é muito difícil, mas o nosso Deus é o Deus para quem nada é impossível. Sabemos muito bem que é difícil orar e pedir: "Seja feita a sua vontade", isso já nos apertou muito o peito, mas é preciso acreditar, pois o Salmo 61 diz: "a Deus pertence o poder e a bondade". • Sônia e José Sérgro Eq. N. S. Aparecida - Setor C São José dos Campos!SP

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FELIZES E ACOLHI DOS Há quase dez anos nas Equipes, faz quase dois que tivemos de mudar de cidade. Mesmo um pouco distante, tentamos participar dos encontros das ENS em nossa cidade, mas não conseguíamos estar atuantes como pede o Movimento. Depois de nos despedirmos da nossa Equipe Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus, de Jacareí/SP, vimo-nos tristes, sentíamos que faltava alguma coisa em nossa vida, pois junto aos nossos irmãos havíamos partilhado tantos momentos, alegrias, tristezas, angústias, tribulações, provações, choros, risos e orações. Sempre estivéramos unidos pelo auxílio fraterno. O Movimento nos proporcionou esperança de uma vida em casal melhor, nos levou a crer mais em Deus, a confiar em Maria, a confiar no próximo, em nossos irmãos de equipe. Quando lemos o primeiro capítulo do tema de estudo deste ano, o CM 439

amor de Deus fez brotar em nós um desejo forte de permanecermos no Movimento, pois nele encontramos oportunidade de aperfeiçoamento, de renovação, de mudança e de busca da santidade. Não podemos enfraquecer, antes, precisamos progredir espiritualmente, seja pessoalmente, como casal e em equipe. Procuramos o Pe. Sílvio (SCE) , aqui em Pindamonhangaba, e lhe apresentamos nossa vontade de estar numa equipe, pois isso nos tornaria mais próximos de Cristo, que nos chama à fidelidade, ao amor e ao serviço. Apesar de sentirmos saudades da nossa Equipe de origem, estamos felizes, pois fomos acolhidos pelos irmãos de nossa nova Equipe Nossa Senhora Auxiliadora. • Rosânge/a e Ernani Eq. N . S Auxiliadora Pindamonhangaba/SP 45


GRUPOS HUMANOS E FRATERNIDADE

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Diversos motivos levam os seres humanos a se agruparem e a conviverem. Em primeiro lugar, a sexualidade afetiva une um homem e uma mulher, e nasce a primeira comunidade: o casal. Esta atração é uma força profunda e poderosa que aglutina de tal forma um homem com uma mulher que, de agora em diante, tudo vai ser comum entre eles: projetas, bens, alegrias, fracassos ... O segundo grupo humano é a família , cujo fundamento é a consanguinidade. Os filhos com seus pais formam uma comunidade de amor e interesses. Em terceiro lugar, a afinidade dá origem, na sociedade, aos diferentes círculos de amigos. A afinidade pertence mais à esfera psicológica. A afinidade origina grupos de amigos que, às vezes têm maior solidez e mais calor que alguns grupos familiares. Outra razão, menos comum, para os seres humanos se juntarem e conviverem é a proximidade ou motivos patrióticos. Por exemplo, se dois brasileiros, mesmo que nunca se tenham visto, vierem a se encontrar por acaso em Paris, sentirão uma confiança mútua como se velhos amigos ... E finalmente, um último fundamento que congrega e faz conviverem os seres humanos são os interesses comuns no ambiente de trabalho. Pessoas que se reúnem todos os dias e convivem durante oito horas diárias ou mais. 46

NOVA COMUNIDADE Chega Jesus. Ele se põe acima de todas essas motivações e assenta um novo fundamento, absolutamente diferente, sobre o qual, pelo qual e no qual os homens, daí por diante, poderão juntar-se e conviver até a morte: o Pai. A consanguinidade não serve para nada, diz Jesus. Deus é nosso Pai e, por conseguinte, todos nós somos irmãos e, quando experimentamos que Deus é nosso Pai, experimentaremos também que o próximo que está a meu lado é meu irmão. Já temos um novo fundamento para uma nova comunidade: Deus-Pai. Seduzidos por Deus, homens que nunca se conheceram, provenientes de diversos continentes e raças, eventualmente sem afinidade temperamental, poderão, a partir de agora, reunir-se para amarse, respeitar-se, perdoar-se, compreender-se, abrir-se um para o outro e aceitar-se. Nasceu a comunidade à sombra da Palavra. Esta união nesta comunidade é consumada pela presença viva do Pai no meio de nós. Nasce a fraternidade evangélica, diferente, em sua raiz, de todas as outras comunidades humanas. Portanto, a diferença intrínseca, formal e definitiva entre um grupo humano e uma comunidade evangélica é Jesus. O que nos juntou foi a experiência religiosa, o encontro pessoal com o Senhor Jesus Cristo. Unimo-nos sem nos conhecer, sem consanguinidade e, possivelmente, sem afinidades. Juntamo-nos porque CM 439


cremos em Jesus e o amamos, e convivemos porque ele nos deu o exemplo e o preceito do amor mútuo. Se esquecermos essa raiz original e aglutinante, nossas comunidades (equipes) degenerarão em qualquer coisa. E se, neste momento, o andamento de nossa comunidade (equipe) não estiver presidido pela experiência de Jesus, nossas comunidades (equipes) acabarão como

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escolas de egoísmo e de mediocridade, ao invés de escolas de fé. Que esteja sempre presente entre nós a certeza que nos anima: Reunidos em nome de Cristo! • Zezinha e Jar/son Eq. N. S. da Conceição Jaboatâo dos Guararapes!PE (Resumo e adaptaçao do texto: Grupos Humanos e Fraternidade, do livro Suba Comigo, de Inácio Larranaga)

SEGUIR JESUS, HOJE E SEMPRE A caminhada de cristãos com Jesus não se faz sem dificuldades. Há momentos em que sentimos vontade de avançar cada vez mais para a meta de que nos fala o apóstolo Paulo. "Lanço-me em direção à meta, em vista do prêmio do alto, que Deus nos chama a receber em Jesus Cristd' (A 3,14). Mas em outros, perdemos as forças, nos sentimos derrotados, por acharmos que jamais alcançaremos a meta de sermos verdadeiros seguidores de Jesus Cristo. Conforme as Sagradas Escrituras, "a palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto onde a alma e o espírito se encontram e até onde as juntas e medulas se tocam; ela sonda os sentimentos e pensamentos mais íntimos" (Hb 4, 12). Se muita gente tivesse a felicidade de se aproximar de Jesus, com certeza o mundo seria bem diferente. Deus, contudo, sustenta a sua Igreja com a Esperança. É proviCM 439

dência divina existirem hoje muitos movimentos espalhados pelo mundo que, a exemplo das Equipes de Nossa Senhora, se esforçam para levar o Evangelho para dentro dos lares, pois é na família que tudo começa. "Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem dos que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o projeto dele". (Rm 8,28) É uma felicidade sermos chamados por Ele para pregar o Evangelho por toda parte. O nosso sim não é em vão. Temos consciência de que estamos ainda dando os primeiros passos. Mas em nenhum momento nos afastaremos daquele que "veio para salvar o que estava perdido". Hoje e sempre, queremos seguir os passos de Jesus. "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga". (Mt 16,24) • Rosa e Leni/son Eq. N. S do Silêncio - Setor B João Pessoa/PB 47


AOS EQUI PISTAS DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA Caros amigos: Como vocês sabem , a pedido das Equipes de Nossa Senhora, o arcebispo de Paris iniciou a causa de canonização do Padre Henri Caffarel, cuja primeira fase é a beatificação. O anúncio público disso foi feito em Lourdes, durante o encontro internacional, em 18 de setembro de 2006, dia do décimo aniversário de sua morte, em Troussures. Compreendemos bem essa solicitação. Trata-se de mostrar a santidade da vida de nosso fundador e a fertilidade de sua ação. As Equipes continuam bem vivas em mais de setenta países do mundo e devemos isso àquele que nos deu uma forte e rica espiritualidade, a do sacramento dG Matrimônio. Mas há um desafio ainda maior: dar a conhecer a grandeza do sacramento do Matrimônio a todos os cristãos e a todos os casais. O matrimônio é realmente, como dizia Padre Caffarel, "um caminho de santidade" que ajuda a descobrir, dia após dia, o amor de Deus presente no amor humano. O Pe. Caffarel deve se tornar um "apóstolo do amor" para todos os casais. Essa solicitação de beatificação está a serviço da Igreja e do mundo. Uma pessoa é beatificada e , depois , canonizada porque tem uma "reputação de santidade": o povo cristão acredita que essa pessoa é fonte de vida para ele. A vida, os textos, a ação ... desse servidor 48

de Deus estão presentes na vida do povo. A seu modo, o Padre Caffarel inspira nossa vida. Equipistas, nós experienciamos isso. É preciso, porém, ir mais longe: acreditamos que o Padre Caffarel está vivo para nós: oramos para ele e pedimos que interceda por nós. A reputação de santidade é isso. Tomo então a liberdade de me dirigir diretamente a cada um de vocês para pedir seu depoimento. Vocês poderiam escrever simplesmente algumas palavras sobre o Padre Caffarel? Quem ele é para vocês? Que influência ele tem em sua vida? Quando e como vocês oram para ele? O que ele lhes traz? Talvez o Padre Caffarel continue lhes parecendo um fundador distante! Se ele está bem "vivo" hoje, ele saberá se dar a conhecer... Orem por ele! Ele os ajudará enquanto ilumina a vida a dois de vocês. Agradeço pelo depoimento escrito que vocês me enviarem. Neste "Ano Sacerdotal" podemos dar testemunho àquele que compreendeu tão bem a complementaridade dos sacramentos da Ordem e do Matrimônio. Orarei fraternalmente por vocês.• Padre Pau/-Dominique Marcovits, o.p . Association des Amis du pere Caffarel 49, rue de la G/aciere, 75013 Paris, France Le postulateur postulateur~' henri-Caffare/ org CM 439


MEDITANDO EM FQUIP O mês de outubro é dedicado às Missões. A razão é simples : ele se abre na festa de Santa Terezinha do Menino Jesus, padroeira das Missões ao lado de São Francisco Xavier. Conforme o Documento de Aparecida, "todo discípulo é missionário ... Cumprir essa missão não é uma tarefa opcional, mas integrante da identidade cristã " (n . 144). "A missão consiste em partilhar a experiência do acontecimento do encontro com Jesus Cristo, testemunhá-lo e anunciá-lo de pessoa a pessoa, de comunidade a comunidade e da Igreja a todos os confins do mundo" (n . 145).

f S(ll TA )A PAlAVRA E.M ;(()R 9,16 27 Sugestões para a meditação: 1. Para nós católicos, que significa ser missionário? 2. Como fazer para que as nossas equipes sejam realmente evangelizadoras? 3. Qual a pedagogia empregada por São Paulo na evangelização? 4 . Quais os desafios da evangelização no mundo de hoje? Frei Geraldo de Araujo Lima, O.Carmelita .

O AÇÃO LITlJPGICA (Salmo 145,2-7.10-11) Javé, vou Te bendizer todos os dias e louvar Teu nome para sempre e eternamente. Grande é Javé, e muito louvável, é incalculável a Sua grandeza Uma geração apregoa Tuas obras a outra, proclamando as Tuas façanhas. Tua fama é esplendor de glória: vou cantar o relato das Tuas maravilhas. Falarão do poder dos Teus terrores, e eu cantarei a Tua grandeza . Difundirão a lembrança da Tua bondade imensa e aclamarão a Tua justiça . Que Tuas obras todas Te celebrem, Javé, e Teus fiéis Te bendigam; digam da glória do Teu reino e falem das Tuas façanhas!


Equipes de Nossa Senhora Movimento de Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 o 5° andar, c. 53 o 01309-902 o São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 o Fax: (Oxx11) 3257.3599 secretariado@ens.org .br o cartam ensal @ens .org .br o www.ens .org .br


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