ENS - Carta Mensal 431 - Novembro/2008

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Equipes d e Nossa Senhora

EDITORIAL Da Carta Mensal ... .... .. .. .. .... .. .. ....... 01 SUPER-REGIÃO É feliz quem tem esperança! ...... .. 02 Encontro do Colegiada Nacional de 2008 .. .. .. .... .... ... .. .. ..... 03 Partilha, ajuda mútua , vida de equipe ...... .. ............ .... ....... 1O VI DA NO MOVIMENTO Resenha do Encontro do Colegiada Nacional .. ...... .. .... .... 12 Paulo e a ligação .. .... .. ....... .... .. .. .. .. . 25

NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES ..... 34 PARTI LHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Retiros .. .... .. .. .... .... .... .. .. .... .. .... ...... .. 37 TESTEMUNHOS É bom t estemunhar o Senhor ...... . 38 Dúvida, fé e perseverança ............. 39 Caroneira .. .... .... ........ .. .. .. .. .......... ... 40 Satisfação de participar das ENS .. .. 41 O amor nos une ........ .. .. .. .. .. .. ......... 42 Em busca da santidade ..... .. .... ...... 43 Características das relações entre cônjuges ..... .... .. .. .... ............ .. 44

FLORIANÓPOLIS 2009

O Senhor nos espera em Florianópolis ! ....... ......... .. ...... . 26 FORMAÇÃO Se teu irmão chegar a pecar.. . .. .... 27

ATUALI DADE Pastora l familiar ..... ........ .. .. .... ........ 45 A Verdade vos libertará .. .. .. ...... ..... 46 REFLEXÃO Vendo a multidão .. .. .. .... .. ............ .. 48

FAMÍLIA Família - santuário da vida .... .. .. ... 30 Correção:

TEMPO DA IGREJA O sentido da vida .. .. .. .... .. .... ... ....... 31 Ação de graças ...... .. .. .. ... .. .. ........ ... 33

Carta Mensal é uma publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora

Registro "Lei de Imprensa" n' 219.336 livro 8 de 09.10.2002 Edição: Equipe da Carta Mensal

Graciete e Gambim (responsáveis)

Avani e Ca rl os Clélia e Domingos Sola e Sergio Pe. Geraldo Luiz 8.

Hackmann

Expedi ente: A foto da capa da Carta Men sal N°

430 é de Jim Frech - Gal esburg , KS, Unit ed States (arqui vo de fotos).

Editoração EletrôniCa e Produção Gráfica: Nova Bandeira Prod . Ed . R. Turiassu, 390- 11 ° andar, cj. 115 - Perdizes - São Paulo Fone: (Oxx11) 3473 .1282

Jornalista Responsável : Catherine E. Nadas (mtb 19835)

Foto de capa: Avelino Gambim

Projeto Gráfico: Alessandra Carignani

Tiragem desta edição: 21.300 exemplares

Impressão: Prol

Cartas, co laborações, noti-

cias, testemun hos e imagens devem ser enviadas para :

Carta Mensal R. Luis Coelho, 308

5° anda r • conj . 53 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 Fa x: (Oxx 11) 3257 .3599 cartamensal@e ns.org .br

NC

Grae~ete

e Gambim


Queridos Irmãos Equipistas: Temos a alegria de lhes apresentar a Carta Mensal de novembro de 2008. Esta edição é muito significativa, trazendo as orientações para a nossa vida equipista no ano de 2009, cujo lema nos abre para um dinamismo cristão: "Casal, procura Cristo e viverás". Todos recebemos um chamado à santidade, mas somente seremos santos se unidos à santidade de Jesus Cristo, o Caminho, a Verdade e a Vida, o Santo de Deus. O Santo que se uniu à pecadora humanidade para purificá-la e fazer dela a sua Esposa santa. O casal, sinal do amor de Cristo pela Igreja, marido e mulher mutuamente se ajudando a crescer no amor, trilhará um caminho de santificação se estiver unido ao mesmo Cristo e à sua Igreja. A mística e o carisma do nosso movimento, com sua peculiar pedagogia, não são um fim, mas meios - que o tempo demonstrou serem eficazes - para ajudar o casal cristão a encontrar Jesus Cristo, ou seja, a buscar a santidade. Visando a que os esposos sejam cada vez mais dóceis à ação do Espírito Santo, o Movimento em 2009 quer re-estudar os escritos mais importantes do Padre Caffarel, para "sentir" a inspiração presente na sua origem e, fiel a esse sopro do Espírito, fazer um aggiornamento, a fim de revitalizar em nós o anseio dos primeiros casais por conhecer e viCM 431

ver o sacramento do Matrimónio como caminho de santidade, para que possamos nos tornar participes do "esponsal do Cordeird' . Porque o Movimento nos proporciona tudo isso, nós nos entusiasmamos pelas Equipes de Nossa Senhora, esforçando-nos por seguir a sua pedagogia , ajudando-nos mutuamente, como casal e como equipe, experimentando a caridade na vida de equipe, uma pequena igreja onde Cristo está presente , amando-nos esponsalmente. Como no mistério da Igreja, ao mesmo tempo, nós somos parte dela, ajudamo-la a crescer, seguimos seus ensinamentos e oramos para que ela seja fiel a Cristo, também na realidade do nosso movimento: somos seus membros, seguimos suas normas, queremos que ele seja fiel ao carisma fundador e cumpra a função que recebeu do Espírito Santo a favor dos casais cristãos, missão que a Igreja confirma. Esforçamo-nos por seguir as orientações que a cada ano as Equipes de Nossa Senhora nos propõem, pois que são decisões sustentadas pela oração, buscadas no discernimento e emitidas com espírito de serviço. Animam ainda a nossa caminhada equipista, outros artigos, testemunhos e também notícias. Boa leitura a todos. Com carinho! • Graciete e Avelino Gambim CR Equipe da Carta Mensal


É FELIZ QUEM TEM ESPERANÇA! Caríssimos casais e conselheiros! Um novo tempo de graça se aproxima: O Advento, começo do ano litúrgico. Neste novo ano, colocar-nosemos à escuta do Evangelho escrito por São Marcos, que se dirige às primeiras comunidades cristãs, em suas primeiras experiências de fé . O evangelista pretende conduzir seus leitores à maturidade da fé ainda em botão. É um Evangelho escrito para convertidos do paganismo ao cristianismo. Parte do princípio de que todos, espiritualmente, somos crianças, mas, lenta e decididamente, ele nos quer conduzir ao conhecimento pleno de Jesus Cristo. Os evangelistas, credenciados pelo Espírito Santo, são mestres da Escola cuja mensagem é Jesus Cristo. São Marcos convida à vigilância. A fé é uma pequena chama que precisa de proteção. A vida é um caminho para o encontro com Cristo. Ele, antes de nós partirmos ao seu encontro, já se colocou a caminho. Daí o convite: Vigiai, para que, quando Ele chegar, não vos encontre dormindo. A escuta perseverante da Palavra nos manterá despertos! Advento é tempo de acender a chama da vigilância. Há quantos anos estamos na Escola do Cristianismo? Há quantos anos abraçamos a fé? Há quantos anos decidimos ser cristãos de fato? Há quantos anos estamos nas ENS, verdadeira escola de vida evangélica? Nascemos 2

com direito à coroa sem termos lutado: Viemos de uma família já iluminada pela fé e encontramos a melhor escola de vida cristã matrimonial, as ENS! A fé é dom de Deus, mas também é herança recebida de pais cristãos. É também dom de Deus estarmos nas ENS, pois nelas encontramos um clima altamente favorável à vida da fé! Seremos nós suficientemente gratos a Deus, à família e às ENS? O Advento nos ajudará a fazer esta reflexão. Estamos, porém, também convencidos de outra coisa: O que de graça e sem esforço recebemos, muitas vezes não valorizamos e, às vezes, jogamos fora com facilidade . Caímos facilmente numa espécie de rotina nas práticas que alimentam a nossa fé . Praticamos ritos, até os mais sagrados, sem alma, sem coração e sem amor. São estes atos sem alma, sem coração e sem amor que nos levam à vida rotineira ou vazia de sentido. Os anjos e os santos do céu não cansam de cantar: "Santo, Santo, Santo é o Senhor!" Para eles não é rotina. Só há rotina o que fazemos sem amor. Só o que fazemos sem amor cansa e enjoa. Inicie este Advento, decidido a percorrer com amor o caminho de Jesus! Parta com alegria! Siga com coragem! Sê perseverante! • Pe. Frei Avelino - SCE!SR CM 431


ENCONTRO DO COLEGIADO NACIONAL DE 2008 ORIENTAÇÕES PARA 2009 As Orientações anuais, lançadas a cada Colegiada Nacional, já fazem parte das atividades formativas realizadas no Brasil. Elas proporcionam aos equipistas em geral e, especialmente, aos membros dos quadros uma contextualização da temática e dos principais esforços a serem realizados pela SR Brasil no próximo ano equipista. Sua principal finalidade é facilitar a compreensão da caminhada que está sendo realizada pelo Movimento.

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇAO O esforço realizado na formação dos seus membros tem sido um traço característico das ENS no Brasil. Nesses 70 anos de existência das Equipes (a completar em fevereiro de 2009), a formação tornou-se uma das atividades mais importantes na vida dos casais que exercem responsabilidade. E também dos equipistas em geral. A fraternidade experimentada no seio do Movimento é vista por todos como um dos frutos da formação. Alicerçada na espiritualidade conjugal, a vida de equipista é sinal da vocação ao amor, da comunhão eclesial e do chamado dirigido aos casais para formar com a humanidade inteira um único Corpo em Cristo. Nesses quase 70 anos, tomamos consciência de que "formar" significa "ajudar os casais a descobrir e a CM 4::Sl

viver a sua vocação de fiéis leigos casados". Deus mantém vivo em nossos corações o desejo de vivermos a nossa vocação, de nos santificarmos no e através do sacramento do Matrimônio e de caminharmos continuamente para Ele. Há nisso tudo uma grande influência do padre Caffarel. Sua preocupação com a vocação de cada pessoa, o seu empenho em conduzi-la à Verdade, em tornar a humanidade de Deus presente na vida de cada casal sempre fez parte do seu ministério, tanto que um dos versículos da oração pela sua beatificação sintetiza de forma magnífica esse traço da sua vida: • Ele mostrou a dignidade e a beleza da vocação de cada um conforme a palavra de Jesus dirigida a todos: "Vem e segue-me!"

Este trecho do Evangelho de Mateus (Vem e segue-me) é o desfecho do diálogo de Jesus com o jovem rico. Este, desejando ganhar 3


a vida eterna, pergunta-Lhe o que deveria fazer: "Vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres, depois, vem e segue-me" (Mt 19,21) , responde-lhe Jesus. Com estas palavras , Jesus oferece ao jovem a oportunidade de arrependimento, a oportunidade de mudar de vida, mas ele parte contristado. Não deseja ou não consegue mudar. A riqueza governa o seu coração. Ele ouve a palavra, mas o egoísmo o sufoca de tal modo que prefere perder o direito à vida nova do que definir-se por Jesus. Nas Equipes de Nossa Senhora usamos este texto bíblico "Vem e segue-me" para denominar o nosso kit de pilotagem (os dez cadernos do casal equipista e o caderno do casal piloto). Este material bem simboliza o desejo de mudança pretendido pelos casais que se iniciam no Movimento. Eles vêm buscar novos horizontes para sua vida conjugal, familiar e profissional. Eles querem viver nas equipes relações comunitárias que não decorram da origem social, dos papéis que desempenham no cotidiano, das riquezas adquiridas, da hierarquia ou da dominação econômica ou social. Aspiram acolher o mistério de Deus, que amplia os horizontes e dá sentido à vida.

PRIORIDADE DE REFLEXÃO DE LOURDES E O TEMA DE 2009 No Brasil, temos a tradição de animar a vida do Movimento a partir da prioridade de reflexão lançada pela ERI a cada encontro internado4

nal. Em Lourdes, acolhemos a prioridade de reflexão que animará a vida do Movimento de 2006 a 2012: Equipes de Nossa Senhora, comunidades vivas de casais, reflexos do amor de Cristo. Para implementar e favorecer o discernimento acerca dessa prioridade, a ERI normalmente edita e sugere temas específicos nos três primeiros anos subseqüentes ao encontro internacional. Deixa ao encargo das SR e Regiões a ela ligadas os outros três anos. Assim, tivemos em 2007 e 2008 os dois primeiros temas do período pósLourdes, respectivamente: • A espiritualidade conjugal e os compromissos nas Equipes de Nossa Senhora; • Testemunhas a serviço dos casais. A ênfase do primeiro tema foi o carisma do Movimento e as relações e compromissos que os equipistas assumem a partir do momento que desejam experimentar a ajuda que lhes é oferecida para viver mais plenamente a espiritualidade conjugal. Já em 2008, o tema lançou o desafio ao apostolado dos casais, convidando-nos a sermos testemunhas do amor de Cristo, como casal, na Igreja e no mundo. Para completar o discernimento acerca da prioridade de reflexão, restava para 2009 abordar a temática das ENS como comunidades vivas de casais. Para irmos aos fundamentos desse tema, elegemos o livro Henri Caffarel , 1903-1996, textos escolhidos, editado pela SR CM 431


França em 2003, por ocasião dos cem anos de nascimento do nosso fundador. Foi decisivo na escolha desse livro encontrarmos nele uma conhecida assertiva do Padre Caffarel (nem sempre usada com propriedade por nós, casais) , que diz: "A equipe está a serviço dos casais. Mas a equipe só estará a serviço se for uma verdadeira comunidade cristã". Vimos que, com este tema, poderíamos alcançar alguns objetivos complementares . Em 2009 teremos um ano equipista especial. Ocorrerá a substituição do Casal Responsável pela Super-Região e de grande parte da sua Equipe . Também teremos o 2° Encontro Nacional , em Florianópolis. Um aggiornamento é sempre bem visto em momentos de transição e de encontros, com pretensão de retomar e revigorar a animação da vida do Movimento. Vimos também que este tema poderia ajudar-nos a atender um outro objetivo já proposto pela ERI no Colégio de Durham, em 2007: "colaborar com o processo de beatificação do Padre Caffarel, dando a conhecer a sua obra, propondo temas de estudo com base em seus textos e traduzindo as suas publicações".

EtAA PA:\A 2009 O ano equipista de 2009 será fecundo. Pelo menos deverá mexer conosco! As nossas três mil equipes serão colocadas, de início, diante de um questionamento decisivo: o que

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vocês vêm fazer nas Equipes? Aresposta do Padre Caffarel é categórica: "o essencial é buscar Cristo". A única intenção verdadeira, diz ele, é aquela que corresponde à finalidade das Equipes: a vontade de melhor conhecer a Deus, de melhor amá-Lo para melhor servi-Lo. Desse questionamento decorre o nosso Lema: Casal, procura Cristo e viverás!

Viver é amar. Viver é crescer em fidelidade , é comprometer-se na construção do Reino. É deixar o espírito de amor ajudar-nos a ultrapassar as "muralhas" que construímos para dar segurança aos nossos projetes pessoais. Aconselhamos a todos que reflitam atentamente sobre as atitudes e as motivações que, em 1938, levaram uma senhora, depois ela e seu marido e, mais tarde, os dois acompanhados de outros casais, a buscar auxílio do Padre Caffarel. Tais fatos geraram a primeira equipe no mundo. Com o mesmo objetivo, pedimos que reflitam porque somente dois anos após formarmos a primeira equipe no Brasil implantamos a segunda. Descobriremos em ambas as situações uma profunda disposição das pessoas em submeter os seus projetes pessoais à vontade de Deus. Descobriremos também a manifestação de uma fé indefectível expressa no seguimento a Jesus. Esse discernimento ajudar-nosá a rever, na fidelidade, algumas atitudes que, às vezes, são adotadas 5


no exercício da responsabilidade e na vida de equipe (iniciar equipes para "aumentar" as estatísticas; iniciar equipes porque o padre quer; completar equipes com pessoas que foram transferidas de cidade e desejam apenas acolhimento social; eliminar a Experiência Comunitária ou encurtar a pilotagem para acelerar a expansão etc.) . Este tema também nos proporcionará a oportunidade de refletir sobre a missionariedade dos fiéis leigos enfatizada desde o Concílio Vaticano II, que está sendo vigorosamente revigorada a partir da . Conferência de Aparecida. Todas as dimensões da nossa vida cristã serão alvo de reflexão. Será que somos "ricos" à moda do jovem que se encontrara com Jesus, ou, pelo contrário, cremos no amor desinteressado e gratuito e nos regozijamos em compartilhar as nossas alegrias, os nossos sentimentos, as nossas dores? O que temos feito com a nossa cultura, com a educação que recebemos, com a nossa família , com a nossa fé? Como temos vivido as nossas relações, as nossas amizades? Como usamos o tempo e os recursos de que dispomos? Só amando como Jesus ama conheceremos o sentido da vida e poderemos oferecê-la. Ele nos ensina, com o dom que fez de si mesmo, que amar é servir e que só unidos profundamente a Ele seremos fecundos. Por isso, entre o desejo de progredir espiritualmente, como pessoa e em casal, e a vocação ao 6

apostolado há uma vida cristã que necessita ser continuamente revitalizada na Eucaristia, na Palavra de Deus e na Oração. Esse cuidado com o revigoramento da vida cristã implica não repetir o equívoco citado pelo Padre Caffarel de subestimar a capacidade do egoísmo em solapar o amor. Para tal, a ascese, particularmente presente na Regra de Vida, deverá ser alvo de profunda reflexão, pois é necessário construir continuamente o casal e a equipe. Necessitamos fazer com que cada uma das nossas equipes seja efetivamente base, locais onde voltamos para nos revigorarmos na oração, na comunhão fraterna e nos assegurarmos, como diz Claudel, de que não dispomos apenas das nossas forças para amar. Essa é a nossa expectativa para o ano equipista de 2009. AÇÕES A REALIZAR Em decorrência do tema do ano e intimamente ligado a ele, a Equipe da Super-Região elegeu algumas ações que deverão ser realizadas em 2009. Elas são consideradas pontos de unidade nacional para o ano equipista de 2009. A essas ações, as províncias, as regiões e os setores poderão agregar outras, para atender a suas necessidades mais específicas. PCE a s erem enfatizados Oração conjugal Tivemos no Encontro uma colocação específica sobre a Oração Conjugal, que irá fazer parte de todos os eventos de formação proCM 431


movidos pelos quadros. Aqui, limitar-nos-emos a dizer que numa relação conjugal o amor de um cônjuge pelo outro, a afeição mútua que os une, o carinho e o amor que eles têm pelos filhos exigem cuidados especiais. Sempre é necessário unir esforços para superar as limitações pessoais e alcançar o encontro de almas que fortalece os vínculos da conjugalidade. A oração conjugal proporciona esses momentos de encontro, de intimidade com Cristo, oferecendo oportunidade para encarar a vida conjugal a partir do centro da vida cristã. Meditação (oração interior)

A oração interior é, para o Padre Caffarel, o alimento fundamental da vida espiritual, pois permite a assimilação dos demais (inclusive a própria Eucaristia). Para ele, a ineficácia dos cristãos no campo temporal e no campo apostólico decorre da falta de vitalidade espiritual que, por sua vez, vem da falta de oração interior. Num dos textos escolhidos presentes no tema deste ano, o Padre Caffarel faz referência à importância da oração para que sejamos presença no mundo. Mostra-nos Moisés rezando no alto da montanha, enquanto os israelitas combatiam na planície. A presença de Moisés orando é tão marcante que, quando seus braços estavam erguidos, os israelitas avançavam; quando eles caíam, os exércitos perdiam o vigor e recuavam. O Padre Caffarel conclui dizendo que, enquanto não for esta a participação dos crisCM 431

tãos, eles serão apenas figurantes e não atares principais nos rumos do mundo. Um outro texto escolhido, importante , sobre a meditação é o antigo editorial "1/96". Um dia tem 96 quartos de hora e apenas um quarto de hora dedicado diariamente à oração é suficiente para nos transformar ao longo da vida. O vigor espiritual virá gradativamente. (Hoje, apenas 10 minutos de oração interior nos é solicitada) . Presença à Eucaristia Nos últimos anos, temos destacado o papel central da Eucaristia na vida cristã. A Igreja reconhece o dom prodigioso do amor divino que emana da missa e da comunhão diárias. Temos relembrado o empenho da Igreja em fazer da Eucaristia o coração do domingo e a prática da missa-extra solicitada pelo Movimento aos casais que exercem responsabilidade. Em 2009 continuaremos com este esforço. Mas o tema deste ano nos levará mais longe. Ele nos recordará a publicação feita em 1958 de uma reflexão do Padre Caffarel sobre as mudanças ocorridas na Igreja, depois de 50 anos da instituição, pelo Papa Pio X, da possibilidade de comunhão diária. A constatação é de que, para muitas pessoas, comungar na missa dominical não passava de rotina e, mesmo que muitas pessoas fossem à missa dominical, poucos iam diariamente à missa e comungavam. Passaram-se outros 50 anos e teremos a oportunidade de realizar 7


Causa de beatificação do Padre Caffarel Dando continuidade a orientações emanadas da ERI, daremos continuidade em 2009 a: • Difusão do pensamento e da obra do Pe Caffarel, através de: momentos específicos de formação em todos os eventos do Movimento; - publicações de artigos na Carta Mensal; - tradução e publicação de livros de autoria do Padre Caffarel. • Rezar diariamente, em casal, a oração pela causa de beatificação do Pe. Caffarel. • Animar a adesão à Associação. • Busca de pessoas que tenham tido suas vidas transformadas pela mensagem do Pe. Caffarel, para relatarem sua experiência à Associação que cuida da Causa de Beatificação.

exercem responsabilidade nos setores, regiões e províncias levem em consideração em suas ações de animação que: • O evento é da SR Brasil e, como tal, pretende animar não só as 5.000 pessoas que lá comparecerão, mas todos os equipistas brasileiros. • Toda a animação à participação cabe à estrutura de responsabilidade do Movimento, em especial aos CRP, CRR e CRS (independentemente de participarem ou não do Encontro) . - A meta da SR Brasil é que cada equipe tenha pelo menos um casal ou o seu CE participando do Encontro. Os participantes do Encontro são membros de uma comunidade cristã e, portanto, representam seus irmãos de equipe e de setor no evento. • Incluir nos momentos de oração de todas as atividades do Movimento uma intenção especial pelo Encontro Nacional de 2009. • Mobilizar as regiões e setores para incluírem em seus planejamentos celebrações de envio dos seus membros que irão participar do Encontro Nacional. • Realizar celebrações, vigílias e momentos de oração durante a realização do Encontro. • Criar oportunidades para a partilha das experiências vividas no Encontro Nacional.

2° Encontro Nacional 2009 Florianópolis Desejamos que os casais que

CONCLUSÃO As Orientações de cada ano têm por objetivo ajudar as equipes e os

a mesma reflexão no Brasil: o que mudou em nossas vidas? Formação no Setor Pretende-se em 2009 renovar a formação no âmbito do Setor a partir de duas atividades: • Cada Região deverá promover em 2009, uma Sessão de Formação envolvendo todos os CRS em exercício. • Revigorar a realização de mutirões como meio de formação permanente.

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casais a encontrar novos motivos de encorajamento para viverem as aspirações das ENS. Elas querem "ajudar os casais cristãos a descobrir e a viver todas as dimensões do sacramento do Matrimônio em fidelidade aos ensinamentos da Igreja" (Art. 3° dos Estatutos Canônicos) . Essa é a pretensão da Equipe da SR ao oferecer em 2009 um tema centrado em Textos Escolhidos do Pe. Caffarel e o lema Casal, procura Cristo e viverás! Que Deus conceda a todos os casais que exercem responsabilida-

de nas equipes, nos setores, nas regiões e províncias a graça da fidelidade, para que animem a caminhada de 2009, focados no encontro com o mistério de Cristo. Por fim , rogamos a Nossa Senhora, sob a invocação de Aparecida, Padroeira do Brasil, para que nos acompanhe e guie ao longo de 2009 , ajude-nos a compreender melhor as ENS e a missão que temos, como casais, na história da família brasileira. • Graça e Roberto CRSR

Bl BLIOGRAFIA

Documentos da Igreja 1. BENTO XVI. Carta encíclica Deus Caritas Est. São Paulo, Paulinas, 2006. 2. CELAM. Documento de Aparecida . 2a Ed. São Paulo, Paulus, 2007. 3 . CNBB. Diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil 2008 I 2010 .. Brasília: Ed. CNBB, 2008. 4 . CONCÍLIO VATICANO II. Lumen Gentfum. ln : Vaticano II: mensagens, discursos e documentos. São Paulo, Paulinas, 1998. 5. CONCÍLIO VATICANO II. Apostollcam Actuosltatem. ln: Vaticano II: mensagens, discursos e documentos. São Paulo, Paulinas, 1998. 6. JOÃO PAULO II. Exortação apostólica Christifideles Laici . 3a Ed. São Paulo: Paulinas, 1990. Outros liuros 1. ALLEMAND, Jean. Henri Caffarel: um homem arrebatado por Deus. São Paulo, Nova Bandeira, 1999. 2. ALLEMAND, Jean . Orar 15 dias com Henri Caffarel. 2a Ed. São Paulo, Santuário, 2002. 3 . CAFFAREL, Henri. A missãoa do casal cristão. São Paulo, Ed. Loyola, São Paulo, 1990. 4. CAFFAREL, Henri. Presença de Deus. 2a Ed. Loyola, São Paulo, 1980. 5. END - SR France - Luxembourg - Suisse. Henri Caffarel: Textes choisis. Paris, lmprimerie END. 2003. 6. MONCAU, Nancy C. ENS no Brasil: ensaio sobre o seu histórico. São Paulo, Nova Bandeira, 2000. 7. CASTRO, Rávio Cavalca de . O casamento resposta de Deus: uma proposta às ENS. São Paulo, Nova Bandeira, 2005. 8. ROCCHETTA, Cario. Os sacramentos da fé: ensaio de teologia bíblica sobre os sacramentos como "maravilha da salvação". São Paulo, Paulinas 1991. CM 431

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PALAVRA DO PROVINCIAL

PARTI LHA, AJUDA MÚTUA, VIDA DE EQUIPE "Incito, pois, os membros das Equipes de Nossa Senhora a procurarem sempre mais a perfeição na sua vida cristã, no e através do sacramento do Matrimônio, e faço votos para que muitos outros esposos cristãos ajam da mesma forma". (João Paulo 11. Discurso ao Conselho Internacional das ENS - 17-09-1979 - CM nov/1979}

Queridos irmãos em Cristo! Paz e Bem! As palavras do saudoso Papa João Paulo II nos conduzem a uma reflexão: somos membros de um movimento de espiritualidade conjugal que nos oferece "meios de aperfeiçoamento" para vivermos uma vida a dois, dentro dos planos que o Senhor traçou para o casal, desde toda a eternidade . Portanto, faz-se necessário ressaltar que toda a pedagogia das Equipes de Nossa Senhora está assentada sobre três pontos fundamentais ou meios que devem ser vividos pelo casal: • Vida de Equipe; • Pontos Concretos de Esforço; • Orientações de Vida. Pautaremos nossa reflexão sobre os dois primeiros pontos, porque neles se inspira o desenvolvimento mais profundo da Reunião Mensal, ápice da Vida de Equipe . Sendo a Reunião uma verdadeira celebração da Vida de Equipe e , a exemplo da celebração 10

eucarística, em que se recorda a vida, morte e ressurreição de Cristo, ela também possui essa dimensão, contendo partes que objetivam a rememoração de tudo que se viveu entre uma reunião e outra. Dessa forma , ao mesmo tempo em que se rememora, celebrase a Vida de Equipe. Uma verdadeira celebração da Vida de Equipe só se torna valorizada e tem sentido como celebração quando as pessoas se unem em nome do Senhor, em torno do evento celebrado, intensificando e cultivando a vivência comunitária; portanto, a Vida de Equipe conduz cada casal a uma integração entre si e com os demais membros da CM 431


comunidade-equipe, contribuindo com sua parcela de experiência para o crescimento de todos. É no momento da Partilha que essa verdade se consolida, pois, sendo ela uma entreajuda espiritual comunitária, passamos em revista o nosso relacionamento com Deus, através dos Pontos Concretos de Esforço. Não podemos perder esse precioso momento, fazendo dele uma prestação de contas de como se passou a vida espiritual do casal, somente por monossílabos: "fiz" e "não fiz"; "sim" e "nãd'. A afirmação ou negação na realização dos Pontos Concretos de Esforço não ajuda, em absoluto, o crescimento espiritual na caminhada dos irmãos de equipe. Na partilha, devemos exprimir a forma como nos alimentamos da Palavra de Deus; como respondemos a Ele em nossa Meditação; que benefícios conseguimos extrair durante o Dever de Sentar-se; assumindo o esforço de sermos melhores, através da Regra de Vida; quais as graças que recebemos, anualmente, recolhidos num Retiro, diante do Senhor, para refletir e reorganizar nossa vida conjugal, e os frutos que colhemos diariamente quando, de mãos dadas, fazemos nossa Oração Conjugal. O essencial não é o que dizemos, mas o que Deus nos diz e o que diz através de nós. Todas as palavras que dissermos serão vãs se não vierem do mais íntimo de nosso coração; as palavras que não transmitem a luz de Cristo aumentam as trevas. Muitas vezes temos medo ou vergonha de ser "luz para o mundo". CM 431

É necessário, também, tomarmos consciência de que a Partilha não é um simples ato formal que precisamos cumprir, ela é um exercício de ajuda mútua dentro da equipe, que deve ser feito em forma de oração, com o respeito de quem participa de uma celebração sacramental, pela certeza da presença do Senhor no meio de nós. Como já vimos, falando-se de Partilha, fala-se de ajuda mútua e, essa entreajuda espiritual não se extingue ao final da Reunião de Equipe . Assim, a celebração da Vida de Equipe tem uma dimensão de prospecção, ou seja, colocamos em perspectiva de futuro a vida da equipe, orando uns pelos outros, lembrando-nos, em nossas orações diárias, das intenções formuladas pelos irmãos durante a Reunião Mensal, enfim , procurando uma forma de interação que constrói e dá sentido à comunidade. Queridos irmãos, os nossos progressos na santidade dependem de Deus e de nós próprios, das graças de Deus e da própria vontade de sermos santos. Temos que assumir o compromisso vital de atingirmos a santidade. E, assim, respondermos ao desafio que nos deixou o Pe. Caffarel, quando de sua primeira visita ao Brasil, em 1957: "Às Equipes do Brasil cabe o esforço supremo de levar adiante uma grande aventura: o esforço conjugado para conseguir a vitória em conquistar a Glória de Deus".• Com carinho Graça e Juarez CR Província Leste 11


No tempo da ECIR, os que têm mais tempo de Movimento lembram, era o Encontro Nacional. Reunia na casa de retiros de Itaici os membros da ECIR, os casais regionais e todos os casais responsáveis de setor e muitos sacerdotes. Devido ao crescimento numérico das equipes no Brasil, foram criadas as províncias e , em vez de ECIR, Equipe da Super-Região. No lugar de um Encontro Nacional de Responsáveis -já inviabilizado pelo grande número de CRS- passamos a ter um Encontro do Colegiada Nacional, reunindo o Casal Responsável pela Super-Região, o SCE da SR, os sete casais provinciais, os três casais apoio do CRSR (Tesouraria/Secretaria, Comunicação Externa e Carta Mensal) e os 46 casais responsáveis regionais, contando com a presença também de muitos SCE convidados. As orientações nascidas no Encontro Internacional e amadurecidas na ERI e no Colégio Internacional, após discernimento na Equipe da SuperRegião, são debatidas e assimila12

das no Encontro do Colegiada Nacional. Deste partem as orientações e decisões para a vida do Movimento no ano seguinte. Depois , nos Encontros Provinciais, que reúnem o CRP e seu SCE, os CRR e os CRS da respectiva província, as mesmas orientações são adequadas para a realidade provincial, o que depois também os EACRE farão para cada região e, através dos CRE, todos os equipistas serão animados a seguir essas orientações. É uma tarefa que certamente só é possível de ser desenvolvida com a assistência do Espírito Santo. Nos dias 19 a 21 de agosto de 2008, no Centro Pastoral Santa Fé - Perus/SP, aconteceu o Encontro do Colegiada Nacional, visando a preparar o ano equipista de 2009. Dele segue breve resenha.

SESSÃO DE ABERTURA Estando presentes na casa os casais e sacerdotes participantes, já entreabraçados e instalados, à noite fez-se a abertura do Encontro. Eneida e Álvaro, Casal AnimaCM 431


dor do evento, depois de acentuar o significado e importância de um encontro de cristãos, dão as boas vindas a todos, com uma acolhida carinhosa aos casais regionais que tomariam posse no dia seguinte e que participavam pela primeira vez da reunião do Colegiada. Através de bela dinâmica que identificava cada casal, eles foram apresentados um a um , seguindo-se nova dinâmica, conduzida por Rosa e Paulo, que envolveu todos os participantes numa bonita integração. Graça e Roberto declaram oficialmente aberto o Encontro e apresentam o conjunto dos encarregados da organização do Encontro, a Equipe da Super-Região, os quais também individualmente se apresentam . Graça e Roberto, CRSR, passam a dizer dos objetivos do Encontro, que é traçar as orientações para a caminhada das ENS no Brasil no ano de 2009. Utilizando-se de dados estatísticos, lembraram que as ENS são um movimento de espiritualidade, por isso moCM 431

vimento de formação, que basicamente se estabelece a nível de equipe, mas que para isso são necessários também eventos de formação (sessões de formação, mutirões, tardes/noite de estudos etc.) como sustentação da formação nas bases. Em breves palavras sobre a Associação Amigos do Pe. Caffarel, falaram da importância de todo casal equipista fazer a Oração pela Beatificação do servo de Deus Henri Caffarel, pois o reconhecimento da sua santidade pela Igreja importa na valorização da sua obra, entre elas o discernimento sobre a espiritualidade própria dos casais, que brota da vivência do sacramento do Matrimónio. CASAL, PROCURA CRISTO E VIVERÁS! No sábado pela manhã, em clima de fraternidade, as atividades se fizeram intensas. Uma palestra de Graça e Roberto traça as orientações gerais das ENS para 2009 (ver nas páginas 3 e seguintes desta edição). A seguir, Pe . Frei Avelino Pertile , OCO - SCE/SR - profere a palestra Casal, procu-

ra Cristo e viverás!, animando os presentes sobre os motivos do tema a ser estudado e refletido pelos casais e equipes no 13


ano de 2009. Trata-se de uma volta às fontes. As ENS tiveram uma inspiração inicial, à qual se mantiveram fiéis os primeiros casais ao longo dos anos, a partir da resposta que lhes deu Pe. Caffarel na primeira reunião, em 1939: "Vamos estudar juntos". E o que os casais queriam? Desejavam um caminho que os levasse à santidade, como casal, marido e mulher caminhando juntos rumo à santificação. E este caminho não poderia ser outro senão aquele que diz "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida". O caminho que eles buscavam era uma espiritualidade própria a quem está unido pelo sacramento do Matrimónio, união realizada pelo próprio Cristo. Para o equipista, voltar às fontes é fortalecer a consciência de que o essencial é ser santo, que o espírito equipista é a busca da santidade, é seguir Jesus Cristo. O pensamento do Pe. Caffarel girava em torno de Jesus Cristo. Somente em Jesus Cristo pode haver verdadeira transformação. Voltar às fontes é descobrir com Pe. Caffarel que o casamento é um caminho de santidade, onde podemos encontrar Deus, fonte da vida. Voltar às fontes é fazer de Deus a razão do viver. Voltar às fontes nas ENS é buscar viver o Evangelho através da espiritualidade conjugal. O Espírito Santo foi suscitando nos primeiros casais equipistas uma pedagogia própria, adequada e exigente para a compreensão e vivência do sacramento do Matri14

monto, a qual ainda hoje se vai aprimorando. É preciso, no entanto, permanecer fiel ao carisma fundador (este é imutável) e ao espírito da pedagogia das Equipes, que se tem revelado eficaz para o crescimento do casal. Ser fiel às fontes , porém, não significa ficar amarrado ao passado, mas caminhar renovados no presente e voltados para o futuro, sem nos desviarmos da inspiração do Espírito Santo sobre as iniciativas dos primeiros casais. Em nosso aggiornamento , porém , é preciso sempre buscar as "razões" de Deus e não as nossas razões. É preciso estarmos vigilantes em nosso estudo e reflexões, para que o intuito de "modernizar" seja um desejo sincero de fazer melhor, nunca a procura de facilidades que venham ensejar um afrouxamento do esforço em buscar a santidade. Acima de tudo, é preciso a oração, a coluna forte de sustentação a qualquer vocação cristã. Além de Pe. Caffarel, também a vivência do casal Nancy e Pedro Moncau são fontes, na compreensão de que eles são exemplo de fidelidade ao carisma das ENS, o qual sempre buscaram compreender e viver. TESOURARIA E SECRETARIA

Eunice e Milton, Casal Secretário{fesoureiro, prestaram informações gerais sobre o trabalho do Secretariado Nacional e sobre a situação das finanças. Informaram que a funcionária Thereza Seabra CM 431


solicitou sua saída do Secretariado das ENS e que para seu lugar foi admitida Cristiane Bezzutti, que soma-se a Nilza e Iuri, funcionários há mais tempo. Noticiaram que o novo sistema de informatização do Secretariado já está quase todo implantado, o que possibilitará maior agilidade nos trabalhos de documentação, bem como permitirá que os casais regionais, mediante senha, acessem o sistema para fazerem eles mesmos consultas e atualizações cadastrais dos membros da sua região, o que, numa próxima etapa, será também estendido os CRS. Nesse sistema já há possibilidade de conhecer dados relativos às inscrições ao 2° Encontro Nacional: o CRR sobre sua região e cada inscrito sobre a sua própria inscrição: Procedimento Entrar em www.ens.org.br > clicar em acompanhe sua inscrição ... > digitar campos usuário e senha com os dados que estão na primeira página do carnê de pagamentos > confirmar > na página seguinte, clicar sobre a linha aprovado > aparecerá a situação do pagamento das prestações.

Insistiram na necessidade de todos se empenharem para manter atualizado o cadastro dos membros das equipes, informando com presteza ao Secretariado - por enquanto ainda através dos formulários impressos - os ingressos e as saídas de casais da equipe , bem como as equipes novas e as extinCM 431

tas. Também disseram da necessidade e significado do compromisso assumido por todo casal ao ingressar no Movimento de contribuir com o valor correspondente aos ganhos do casal de um dia por ano. Por fim agradeceram o empenho dos CRR pela cc-responsabilidade na manutenção do Movimento. INTERNACIONALIDADE Silvia e Chico, Casal membro da ERI e Casal Ligação da Zona América, estiveram todo o tempo no Encontro e falaram sobre a internacionalidade do movimento das Equipes de Nossa Senhora. A internacionalidade do Movimento está definida nos Estatutos Canônicos das ENS, quando diz que elas "constituem uma associação internacional católica privada". .. "Este Movimento forma na Igreja uma comunidade espiritual de caráter universal" (Art. 1 °). O caráter internacional das Equipes já se manifestou no seu surgimento: Os casais que procuraram o aconselhamento do Pe. Caffarel não buscavam formar um grupo 15


fechado de casais, mas desejavam compreender (para vivê-lo) o sacramento do Matrimônio, um dom de Cristo para a Igreja. Foi assim que a expansão logo ultrapassou limites de cidades, fronteiras e oceanos. Em 1960, o Cardeal Feltin, Arcebispo de Paris, ao aprovar a Carta Fundacional das ENS, acentua: "Não existem fronte iras para a vida espiritual e essa grande fraternidade espiritual e supranacional dos casais em um Movimento único ... é um testemunho precioso na cristandade ..." Silvia e Chico citaram o exemplo das equipes da Bélgica, que em 1962 foram desligadas do Movimento porque havia insistência em que elas se tornassem um movimento diocesano, situação que foi resolvida dois anos após, já em pleno andamento do Concílio Vaticano II, cujas luzes fizeram compreender a razão de um movimento internacional. Também da parte das Equipes do Brasil foi proposta uma certa independência em relação ao "Centro Diretor", o que com caridade e explicações não foi aceito.

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Era preciso manter a unidade internacional do Movimento. Hoje as ENS estão em todos os continentes . Deixaram bem claro que as ENS não são uma federação de movimentos nacionais, mas um único movimento no mundo inteiro. Na diversidade de culturas, um movimento que se complementa pela solidariedade internacional. Devido à sua grande expansão, foram criadas quatro zonas de Ligação da ERI: Zona Centro-Europa, Zona Eurásia, Zona Euráfrica e Zona América. A Zona América engloba 43 % das equipes do mundo, abrangendo as Super-Regiões Hispano-América, Estados Unidos e Brasil e ainda a Região isolada Canadá, compreendendo 12 países e a perspectiva de se iniciar o Movimento em Cuba. No território dessa Zona são falados quatro idiomas oficiais e seus povos são de situação cultural e econômica muito diversificada. Por todos esses desafios, a graça de Deus torna o serviço de ligação muito gratificante. Sua ação primordial, como Ligação, consiste em, na comunhão de Cristo, buscar manter a unidade na fidelidade ao carisma e aos princípios do Movimento. O trabalho de Ligação na Zona envolve comunicação com os casais responsáveis, quer fazendo reuniões conjuntas com todos eles, quer em cantatas pessoais, e também participando de eventos, como a sua presença nesse Encontro do Colegiada da SR Brasil. Por fim, pedem orações para a CM 431


manutenção da unidade na Zona América e pela superação de dificuldades que eventualmente surgem.

OS MOVIMENTOS LEIGOS NO CONTEXTO DO DOCUMENTO DE APARECI DA O Cardeal Dom Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo, sempre disponível às solicitações das ENS, falou sobre como a sa Conferência dos Bispos da América Latina e Caribe, no seu documento conclusivo, percebe a participação dos movimentos leigos na Igreja. Disse que é preciso apreender o espírito de todo o documento para entender o que os bispos, a partir da Conferência de Aparecida, esperam dos movimentos. Ressalta que o Documento parte da percepção de uma realidade continental latino-americana, havendo necessidade de as Conferências Nacionais de Bispos adaptarem aquelas diretrizes à realidade própria do seu país, esclarecendo que a CNBB já fez a adequação em Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil2008-2010. A marca da exigência pastoral que perpassa o Documento de Aparecida é ser "discípulo missionário". Ser discípulo é uma resposta ao chamado de Jesus Cristo, é o seguimento a Ele e ser discípulo de CM 431

Jesus Cristo significa ao mesmo tempo ser missionário. Ser discípulo é aceitar o chamado de Cristo para a conversão, ou seja, mudança de rumo e este é o pedido feito ao discípulo missionário: mudar de rumo, após avaliar a realidade presente. Nesse espírito de mudança de rumo para fazer discípulos missionários, as dioceses e também as paróquias aspiram a mudar suas metas, as maneiras de agir. Também os movimentos são convidados a fazer conversões, para que seus membros sejam discípulos missionários. Faz então a pergunta: Qual o papel dos movimentos e associações na estrutura da Igreja? E responde: 1. Intensificar a formação de seus membros, para que eles se tornem verdadeiros discípulos missionários; 2. Buscar maneiras novas, formas novas de expressar a fé; 3 . Animá-los a levar aos outros o que crêem (discípulo/missão) ; 4 . E de suma importância apresença dos membros dos movimentos e associações laicais para comunicar ao mundo os valores da fé nos lugares onde só eles podem chegar - no lar, no trabalho, no lazer - sendo ali fermento na massa. Atuar de maneira cristã, testemunhar a fé com novo ardor, estando presentes nas estruturas do mundo é a sua primeira missão. Todo cristão, clérigo, leigo ou religioso, à sua maneira, deve tornar-se discípulo missionário. 17


ORAÇÃO CONJUGAL Glacy e Silvino deram um testemunho sobre Oração Conjugal, um PCE a ser revigorado em 2009. Não trouxeram fórmulas de oração conjugal, porque não as há. Mas refletiram sobre a sua importância na Espiritualidade Conjugal e sua relação com o sacramento do Matrimônio. A base da Oração Conjugal está na própria criação, como reza a Bênção Nupcial n° 1 do rito do Matrimônio: "Pai santo, tu criaste o homem e a mulher para que eles formassem juntos tua imagem na unidade da carne e do coração e cumprissem, assim, sua missão no mundo". Deus não nos apresenta tudo pronto: compete a nós, num ato de amor livre, fazer crescer esse amor em nós, para que nos tornemos a cada dia uma imagem melhor da Santíssima Trindade. Os cristãos casados são chamados a percorrer, em casal, o caminho da santidade, como disse Pe. Caffarel: dois que juntos procuram encontrar Deus. Um momento rico de buscar a intimidade de Deus é a Oração Conjugal. "Nada estabelece laços mais íntimos do que procurar Deus juntos". (Pe . Caffarel) Quando os esposos oram juntos, entram na mais profunda das partilhas. A Oração Conjugal é uma verdadeira festa na Igreja doméstica. A vida e o amor vão penetrando na oração e já não se sabe mais o que é vida, o que é o amor ou o que é oração. Na Oração Conjugal o casal abre-se à ação do Espírito Santo, 18

atualiza a celebração do seu Matrimônio, momentos em que marido e mulher se unem para fazer do seu casamento uma oferta a Deus. A Oração Conjugal não é fácil , por isso ponto de esforço concreto. E quanto maiores as dificuldades pelas quais passa o casal, mais ela se faz necessária. É na Oração Conjugal que partilhamos nossas luzes e nossas cruzes. "Não se tem uma maneira correta para orar, o importante é que você fale com Deus, com suas palavras, exponha os sentimentos que traz em sua alma .... A Oração Conjugal aproxima o casal de Deus." (D. Nancy) . Ao finalizar, afirmam que a prática diária da Oração Conjugal alimenta nossa espiritualidade conjugal, facilita nosso caminho em busca da santidade a dois e permite que estejamos sempre inseridos na Santíssima Trindade .

CARTA MENSAL A Carta Mensal foi instituída em 194 7 pela Carta Fundacional, e estabelece uma ligação entre o Movimento e seus membros e desCM 431


Graciete e Gambim

tes entre si e visa a ser um instrumento de apoio para que as ENS atinjam seus fins. Graciete e Gambim expuseram a estrutura da Carta Mensal. As "bandeiras" - impressas na vertical no lado de fora da página indicam uma seção de assuntos. O Editorial faz uma abertura, uma apresentação da edição. Na bandeira Super-Região estão as orientações do Movimento, que também vêm no Correio da ERI (este, cinco por ano). Estas três bandeiras e o Meditando em Equipe, na capa 3, fazem ligação vertical, ou seja, do Movimento para os equipistas. As demais bandeiras fazem ligação horizontal, numa verdadeira entreajuda de equipista para equipista. São mais dez seções que podemos conferir nos impressos verticais das páginas da Carta. Para cada um delas são esperados artigos todo o mês, lembrando que as matérias a serem publicadas devem ser enviadas até 45 dias antes do mês da edição. O Casal da Carta Mensal alertou que sobram artigos para as seções Atualidade e Reflexão, cujos autores, quase sempre, não são equiCM 431

pistas e cujos assuntos, em geral, não têm relação direta com a vida equipista, além de envolverem direitos autorais. Como já dizia Pe . Caffarel, artigos de revistas poderão ser encontrados nelas próprias, deixando a Carta Mensal para seus objetivos específicos. Entretanto, há carência de artigos para outras seções, especialmente sobre os PCE, sobre Partilha, testemunhos de vida de equipe , formação etc. É interessante que mais casais se animem a escrever sobre assuntos próprios do Movimento, mediante pesquisa, estudo e testemunhos. As publicações na Carta Mensal devem ser, preferencialmente, trabalho de equipistas ou SCE, e versar sobre assuntos relacionados aos casais equipistas, como discípulos (vivência da espiritualidade conjugal) missionários (apóstolos do sacramento do Matrimônio) . Esclareceram que a responsabilidade pelas publicações na Carta Mensal recai sobre o CR da Equipe da Carta Mensal e sobre o Casal da Super-Região e, ainda, que a Carta, como um meio de comunicação formadora do movimento Equipes de Nossa Senhora, tem a obrigação de fazer publicações corretas em relação à nomenclatura e aos conceitos, quer estes se refiram ao Movimento ou à Doutrina Católica.

COMUNICAÇÃO

EXTERNA Rosa e Paulo, Casal Comunicação Externa, deram notícias sobre suas atividades de representar as 19


se, de 16 a

ENS junto a outros organismos da Igreja. Especialmente disseram da sua participação em Assembléia do Conselho Nacional de Leigos CNL. Afirmaram que as assembléias do CNL estão participativas e que as celebrações litúrgicas durante o evento estão sendo bem preparadas. A participação das ENS como membro do CNL tem sido interessante, possibilitando levar às assembléias as posições das ENS sobre o ser leigo na Igreja. Estiveram também presentes, juntamente com Frei Avelino, no 3° Encontro Nacional dos Movimentos e Associações Leigas - ENMEAL, onde a participação das ENS é muito bem aceita e respeitada. Deram, ainda explicações sobre o funcionamento do site das ENS e sobre os conteúdos que nele podem ser a cessados. SEGUNDO ENCONTRO NACIONAL Um painel, formado por Graça e Roberto, Silvia e Glauco e Eunice e Milton, fez uma explanação sobre o 2° Encontro Nacional das ENS, a se realizar em Florianópolis/ 20

19 de julho de 2009. Foram apresentados números gerais das inscrições e feito um apelo a quem deseja estar presente ao evento a não deixar para fazer a inscrição na última hora. Graça e Roberto, CRSR, esclareceram que apenas a organização do evento está confiada à Região Santa Catarina I, mas quem realiza o Encontro é a Super-Região Brasil, portanto, todos os que exercem responsabilidade no Movimento, no âmbito da sua instância, devem animar os equipistas à participação no Encontro Nacional, direta ou indiretamente. Silvia e Glauco, Casal Coordenador do Evento, disseram do entusiasmo de que estão imbuídos os equipistas no trabalho de preparação e organização do evento, distribuídos em várias comissões organizadoras, algumas já realizando as suas atribuições, outras se preparando para atuar mais pontualmente durante o Encontro. Neles já está presente o espírito de ajuda mútua, de acolhida e, principalmente, de oração. Eunice e Milton, Casal Secretário!fesoureiro, falaram sobre o andamento das inscrições e fizeram um apelo aos inscritos para o Encontro a que realizem os pagamentos das mensalidades, porque o planejamento dos empenhos financeiros estão sendo fe itos sobre o número das inscrições e os valores das mensalidades são necessários para honrar esses compromissos. Também solicitaram que os pagamentos das prestações sejam feitos soCM 431


mente através dos carnês, para evitar que o dinheiro entre na conta das ENS, sem saber-se sua origem e finalidade. Foi enfatizado que o encontro pretende ser um testemunho vivo da fraternidade cristã nas Equipes. Todos estão convidados a participar do Encontro, presentes ou não em Florianópolis. Os que se fizerem presentes serão representantes dos que não poderão viajar e toda equipe deveria se fazer representar pelo menos por um casal ou conselheiro.

A RESPONSABILIDADE NAS ENS Graça e Roberto, CRSR, discorreram sobre a missão e os objetivos da Responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora. Frisaram que os dois objetivos principais da responsabilidade são a animação e a unidade. Exemplificando com a canção "Quando tu nos envias", do Pe. Zezinho, acentuaram que o exercício da responsabilidade é, antes de tudo, um chamado e um envio feito pelo Senhor, ao qual o casal dá um "sim" generoso. E se é Deus quem chama e envia, a missão da responsabilidade não pertence a quem a exerce, mas é missão do próprio Deus, por isso maior o compromisso da fidelidade e do esforço no exercício do serviço. Por outro lado, se é Deus quem chama e envia, é preciso confiar-se a Ele e, CM 431

... ' pela oração, nele buscar força , coragem e as luzes para o melhor desempenho da missão. A responsabilidade nas Equipes está presente no Casal Responsável de Equipe e nos vários níveis de responsáveis pelo Movimento: no CR de Setor, de Região, Província, Super-Região e na ERI. Em diferentes níveis, todos servem o Movimento, não em nome próprio, mas como missão recebida de Deus. E todos são responsáveis pela animação e pela unidade do Movimento. Exercer a responsabilidade não é dar ordens, mas animar, cujo sentido é preparar e motivar os casais da sua instância para a docilidade à ação do Espírito Santo neles. É ajudar os casais a buscar compreender e viver a espiritualidade conjugal, em fidelidade ao carisma e à mística das ENS. Animar é exercer um serviço de pastoreio, um serviço de amor misericordioso, tendo em vista a caminhada do casal em busca da santidade. Cabe ao serviço da responsabilidade, também, zelar pela unidade das Equipes de Nossa Senhora, que é seguir com fidelidade, como movimento internacional, o disposto na Carta fundacional e nos Estatutos Canónicos. É manter cada 21


equipe, cada setor, região, província e super-região e a própria ERI fiéis aos princípios das ENS.

nhora, falou ao Colegiada Nacional sobre esse Movimento, cuja resenha está publicada na edição 430 da Carta Mensal.

REFLEXÕES EMGRUPOS Aconteceram dois trabalhos em grupos mistos e um por província. No primeiro se refletiu sobre o significado de voltar às fontes e como conciliar a fidelidade às origens, ao carisma fundador, renovando o Movimento, sem ficar atrelado ao passado. Neste sentido, se buscou "sentir" melhor a necessidade da oração para que as "razões humanas" não suplantem as "razões do Espírito Santo", quando se for discernir sobre o aggiornamento da caminhada do Movimento. Em outra reunião foi refletido o sentido e a vivência da responsabilidade colegiada.

EJNS A Coordenadora Nacional das Equipes de Jovens de Nossa Se-

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CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS, POSSE, ORAÇÕES E ENVIO Em todos os encontros das ENS, o ponto alto está nas celebrações e orações. Nelas, a comunhão entre os participantes se faz mais viva, na união com Cristo, pela ação do Espírito Santo, num grande louvor e ação de graças ao Pai. A Eucaristia de sexta-feira à noite fo i organizada pela Província Sul I, presidida pelo Pe. Flávio Cavalca e teve como tema "Espírito Santo, iluminai nossa caminhada". A oração da manhã de sábado foi uma oração meditada em honra a Maria, Mãe de Deus, com o tema "Maria, iluminada e iluminadora". Foi organizada e dirigida pela Província Leste. À tardinha de sábado, a celebra-

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ção Eucarística, presidida por Pe. Frei Avelino, foi organizada pela Província Sul III, tendo como tema ''A luz do Senhor na missão do casal". Após a homilia, realizou-se a posse de treze novos casais regionais - incluindo o primeiro Casal Regional da recém criada Região Espírito Santo - os quais, perante a assembléia reunida, prestaram compromisso ao Casal Responsável pela Super-Região e ao SCE da SR. A missa do Dia do Senhor foi organizada pela Província CentroOeste, tendo como tema "Com Jesus a luz entrou no mundd', e quem presidiu a celebração foi Pe . Geraldo Grendene. Finalizando o Encontro, com o tema "Eu sou a luz do mundo. Caminha comigo! ", houve a celebração do Envio, organizada pela Província Norte, com homilia proferida pelo Pe. Paulo Pinto e uma oração de compromisso rezada ·por todos os casais. A cerimônia chega ao seu término com a bênção do envio e com o abraço da paz, que foi também um abraço de partida para a missão. • A seguir, fotos dos 13 novos Casais Regionais:

Carmen e Maurílio Região RSI CM 431

Celma e Anselmo Região Espírito Santo

Delanei e Augusto Região Ceará

Girlane e Salú Região Maranhão I Piauí

Helena e Cleuzo Região SP Oeste I

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Joaninha e Chicão Região CO 11

Rita e Vladimir Região Paraná Norte

Mara e João Região 11

Rosa e Rui Região Rio Grande do Norte

Maria Aparecida e Vail Região SP Centro I

Sandra e Bento Região Rio 11

Maria Augusta e Valdir Região MS

Sônia e Luiz Carlos Região Minas III

se

JL

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PAULO E A LIGAÇÃO No dia 28 de Junho, teve início o ano Paulino, em comemoração aos dois mil anos do nascimento do Apóstolo Paulo. Paulo nunca deixou de se preocupar com as comunidades que evangelizava. Comunicava-se com ternura (cf 2Cor 6,11), fazendo questão de saudar as pessoas pelo nome e se preocupando com a vida particular de todos (cf Cl4,1018). Mas ao mesmo tempo era firme e rigoroso em relação ao que ensinava (cf Ro 12,2; Ef 4,26; 1Ts 4,14), não deixando espaço para o relaxamento. Sempre exortava todos a buscar na força de Deus a perseverança na fé (cf Ro 8,31 ; 2Cor 1,4; Ef 6,11). É também na palavra de Deus que Paulo fundamenta a sua pregação, e na oração ele busca discernimento (cf 2Cor 1,8; Ef 3,14; Fl2 ,1; 2,13). O encontro de Paulo com Jesus Cristo foi decisivo para a sua vida e para a pregação do Evangelho. Sua fé forte no Ressuscitado e a sua vida inteiramente unida a Cristo o fazia afirmar: '~á não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim (Gl 2,20) , de tal modo que o seu sofrimento era sofrimento de Cristo: "Cumpro nos meus membros o que falta à Paixão de Cristo" (Cl 1,24), consciente de que estava a serviço do Senhor para formar a Igreja: "Sofro, de novo, as dores do parto, até Cristo ser formado em vós" (Gl 4,19). Assim, Paulo conseguiu evangelizar uma vasta reCM 431

gião e, principalmente, manteve unidos os convertidos em torno da pessoa de Jesus Ressuscitado. No serviço de ligação entre as equipes de base e os setores, nas ENS, temos em Paulo um exemplo: Sermos caridosos e compreensivos com os casais das equipes que ligamos, sem nos afastar do carisma e da mística do Movimento, fiéis aos seus Estatutos. Temos também que imitá-lo na sua fidelidade às Escrituras e incentivar os casais a buscar em Deus a força para serem perseverantes no esforço de buscar a santificação no e através do sacramento do Matrimónio. Assim como Paulo, precisamos nos abastecer da Palavra, estando em sintonia (pensar com, sentir com) com a Igreja e ter na Eucaristia a fonte inesgotável de amor ao próximo.• Cristiane e Brito Eq. N. S . Auxiliadora - Setor D São José dos Campos!SP 25


O SENHOR NOS ESPERA EM FLORIANÓPOLIS! O 2° Encontro Nacional das ENS, que acontecerá de 16 a 19 de julho de 2009, no Centro de Convenções CentroSul, em Florianópolis, já é uma realidade, com a graça de Deus. As equipes de serviço há tempo trabalham nas etapas da parte que lhes coube. Para esses irmãos, esforço, dedicação e envolvimento têm sido palavras chave. Há também a dimensão financeira do Encontro. Aliado ao desejo de participar está o compromisso com a sua realização. Todos nós inscritos estamos unidos numa comunhão de esforços, de solidariedade e respeito ao projeto que temos em comum: o 2°Encontro Nacional. Os organizadores que realizarão nosso projeto assum iram compromissos financeiros , contando com o nosso pagamento em dia das parcelas, através do boleto bancário. Esta é a parte que cabe a cada um de nós inscritos. Para você que ainda não fez sua inscrição e deseja participar, lembramos que a Carta Mensal de outubro/08 publicou novamente a Ficha de Inscrição, com as informações necessárias, como valor da inscrição, o que está incluído, planos de pagamento etc. O site das ENS também traz essas informações, além de fotos do belo local do evento. (Lembramos que o valor da inscrição não inclui as despesas de viagem). Os encontros das ENS têm ain-

da a característica de propiciarem momentos de lazer. No caminho de Florianópolis há beleza natural para ser admirada; cidades para serem conhecidas; familiares para serem visitados; amigos para serem revistos. Tudo isso pode ser considerado, mas o motivo principal é um Deus Trindade que nos espera, para ser adorado pelo seu povo. E o Senhor a cada dia aumenta o número dos participantes. Nosso Encontro receberá com muita alegria representantes da ERI. Está confirmada a vinda do casal Volpini e do Pe. Epis, respectivamente Casal Responsável e SCE da ERI. Entre as inscrições que continuam chegando de todas as províncias, destacamos as inscrições, com a ajuda dos irmãos do Norte , da "Equipe do Silêncio", composta de 5 casais com membros deficientes auditivos e da sua Acompanhante Espiritual. Quando da visita pastoral da Super-Região à Província Norte, em agosto de 2001 , a participação entusiasmada destes irmãos na celebração eucarística , através da linguagem dos sinais, libra, nos marcou profundamente. Asseguramos que receberemos muito calor humano da caravana da Província Norte, afugentando para longe os possíveis ventos frios do Sul. Até lá, e que Deus nos ajude! • Vera e Renato


SE TEU IRMÃO CHEGAR A PECAR ... No Evangelho do 23° domingo/ A, lemos: "Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 'Se teu irmão chegar a pecar, vai e repreende-o, a sós tu e ele. Se te escutar, terás ganhado um irmão". Jesus fala de toda culpa; não restringe ao campo apenas do que se comete contra nós. Neste último caso, de fato, é praticamente impossível distinguir se o que nos move é o zelo pela verdade ou nosso amor próprio ferido. Em todo caso, seria mais uma autodefesa que uma correção fraterna. Quando a falta é contra nós, o primeiro dever não é a correção, mas o perdão. Por que Jesus diz: "repreendeo a sós"? Antes de tudo, por respeito ao bom nome do irmão e à sua dignidade. O pior seria pretender corrigir a um marido na presença da esposa, ou a uma esposa na presença do marido; a um pai diante dos seus filhos ; a um professor na presença dos seus alunos; a um superior diante dos seus subordinados. Isto é , na presença daqueles cujo respeito e estima a pessoa teria necessidade de preservar. O assunto se transforma imediatamente em um assunto de domínio público. Será bem difícil que tal pessoa aceite de bom grado a correção. Ele diz "a sós tu e ele", também para dar à pessoa a possibilidade de defender-se e explicar sua própria ação com toda liberdade. Muitas vezes, com efeito, aquilo que CM 431

para um observador externo parece uma culpa, na intenção de quem a cometeu não o é. Uma explicação sincera dissipa muitos mal-entendidos. Mas isso deixa de ser possível quando o assunto é conhecido por muitos. A correção recíproca, se feita com o espírito do Evangelho, é uma das prerrogativas mais belas da vida do casal. Pode-se dizer com toda liberdade o que nenhum estranho ousaria nos fazer notar: isto é um dom precioso e um fator de crescimento na unidade. Quando por qualquer motivo não é possível corrigir fraternalmente a pessoa que errou, a sós, há algo que deve ser evitado, terminantemente, por parte de quem corrige: divulgar sem necessidade o erro do irmão, falar mal dele e até caluniá-lo, considerando como verdadeiro aquilo que não foi comprovado, ou exagerando o erro. "Não faleis mal uns dos outros", diz a Escritura (Tg 4,11). Isto vale também para quem recebe uma confidência perversa ou má. O mal, as notícias más e escandalosas já são privilegiados hoje por muitos veículos de comunicação (periódicos, telefones, televisão) . E não há necessidade que acrescentemos outros canais. Temos que nos decidir a dar um ponto final para o mal. Isto é, ao ponto onde a calunia, os boatos sem fundamento, as maldades e qualquer outra coisa negativa chegam ao fim , estão como ab27


sorvidas e se fundem no esquecimento. Cada vez que isso acontece é uma vitória do bem sobre o mal. E o mundo, em conseqüência, torna-se um pouco mais limpo. Uma vez uma mulher foi confessar-se com São Felipe Néri, acusando-se de ter falado mal de algumas pessoas. O santo absolveu-a, mas deu-lhe uma estranha penitência. Disse-lhe que fosse para casa, pegasse uma galinha e retornasse até onde ele estava, depenando-a ao longo do caminho. Quando se encontrou novamente diante dele, ele lhe disse: ''Agora volta para casa e recolhe uma por uma todas as penas que deixaste cair enquanto vinhas para cá". A mulher observou a ele que isso era impossível: o vento certamente as havia espalhado por toda parte nesse meio tempo. Mas São Felipe já esperava que ela dissesse isso. "Vês- disse-lhe -como é impossível recolher as penas depois que foram espalhadas pelo vento? Assim também é impossível recolher as murmurações ·e calúnias, quando já saídas da boca." Voltando ao tema da correção fraterna, devemos dizer que nem sempre depende de nós o bom êxito, na hora de fazer uma correção (apesar de nossas melhores disposições, o outro pode não aceitá-la, obstinar-se) ; contudo, depende sempre e exclusivamente de nós o bom resultado.. . em receber uma correção. De fato, a pessoa que "cometeu a culpa" bem poderá ser eu e quem corrige ser o outro: o marido, a mulher, o amigo, o irmão de comunidade ou o padre superior. 28

Em resumo, não existe só a correção ativa, mas também a passiva; não só o dever de corrigir, mas também o dever de deixar-se corrigir. E é aqui que se percebe se alguém tem maturidade suficiente para corrigir os demais. Quem quer corrigir alguém deve estar disposto, por sua vez, a deixar-se corrigir. Quando vires alguém receber uma reprimenda e responder com simplicidade: "Tens razão, obrigado por me teres feito notar! ", tira o chapéu para ele: estás diante de um verdadeiro homem ou de uma verdadeira mulher. O ensinamento de Cristo sobre a correção fraterna deveria ser lido sempre junto ao que Ele disse em outra ocasião: "Como olhas o cisco no olho do teu irmão se não vês a trave que há no teu? Como podes dizer a teu irmão: 'Irmão, deixame tirar o cisco que há em teu olho', se não vês a trave que há no teu?" (Lc 6,41ss) . O que Jesus nos ensinou sobre a correção pode ser também muito útil na educação dos filhos . Não há nada mais educativo para um pai ou uma mãe do que poder encontrar-se com o filho cara a cara e ali, com calma, falar-lhe , se tem alguma observação a fazer sobre sua conduta. A correção é um dos deveres fundamentais do pai; é a verdadeira prova de fogo de sua capacidade educativa: "Que filho há a quem seu pai não corrige?" (Hb 12,7) ; Deus nos corrige precisamente porque nos trata como filhos. E não obstante "Quem não usa a vara CM 431


não quer a seu filho; quem o ama se apressa a corrigi-lo "(Pr 13,24). "Endireita a planta enquanto é tenra, se não queres que ela cresça irremediavelmente torcida". Talvez, hoje, este conselho já não pode ser tomado ao pé da letra (pelo menos no que diz respeito à vara) ; é evidente que a renúncia total a toda forma de correção é um dos piores serviços que se pode fazer aos filhos. Só é necessário evitar que a própria correção se transforme em um ato de acusação ou em uma crítica. Ao corrigir, é necessário limitar a reprovação ao erro cometido e não generalizá-la, reprovando a pessoa e sua conduta. Pelo contrário, aproveitar a correção para pôr em evidência tudo de bom que se reconhece no jovem e como se espera muito dele, de modo que a correção seja vista mais como um

meio de animar do que como um modo de desqualificação. Não é fácil , em cada um dos casos, entender se é melhor corrigir ou deixar passar, falar ou calar. Por isso, é importante levar em conta a regra de ouro, válida para todos os casos, que o Apóstolo nos dá na segunda leitura: "Não devais nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama ... não pratica o mal contra o próximo". É necessário assegurar-se, antes de tudo, que no coração haja uma fundamental disposição de acolhida à pessoa. Depois, qualquer coisa que se decida fazer, seja corrigir ou calar, será boa, porque o amor "nunca faz mal a ninguém". • Extraído de: Raniero Canta/amessa. Echad las redes. Reflexiones sobre los Euangelios. Ciclo A Valencia: EDICEP, 2007, p. 300-304.

f: v~ R.rT'A' VOS f''A [ n Af'.IQU EZA Não ignoro que ela é difícil de praticar. Sei que é preferível às vezes calar. Mas muitas vezes o silêncio não passa de preguiça, respeito humano, covardia. Crede-me: é singularmente tonificante o clima de um lar onde os esposos podem dizer tudo com sinceridade e ouvir tudo de um coração compreensivo. Que vossa franqueza seja humilde, seja o socorro de um pecador que ajuda um pecador e espera ser ajudado por ele. À humildade juntai a discrição, que interdiz toda pressão, toda a falsidade sentimental, que respeita as vias de Deus para esse ser cuja evolução não corresponde talvez aos vossos desejos. Que importa? São os planos de Deus que é preciso querer e não os vossos. Enfim, que vosso amor seja paciente, dessa paciência com que o camponês espera as estações. Então vossas exigências de amor darão seus frutos. "Teu amor sem exigência me diminui; tua exigência sem amor me revolta; tua exigência sem paciência me desanima; teu amor exigente me engrandece". Pe. H. Caffarel - em Amor e Graça

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FAM ÍLIA - SANTUÁR IO DA VIDA Vós, pois, como escolhidos de Deus, santos e amados, revesti-vos de sentimentos de misericórdia, de benignidade , de humildade , de modéstia, de paciência, suportando-vos uns aos outros com amor e perdoando-vos mutuamente, se algum tem razão de queixa contra o outro: assim como o Senhor vos perdoou a vós, assim também fazei vós. Sobretudo, porém, revesti-vos da caridade , que é o vínculo da perfeição; triunfe em vossos corações a paz de Cristo.. . (Cl3,12-15) . No texto acima, o apóstolo Paulo, traça um itinerário para as famílias. Coloca-nos como santos e amados de Deus. Conduz-nos a uma reflexão íntima e comunitária de como andam nossos relacionamentos , principalmente dentro de nossos lares. O eixo condutor: a caridade. Não a caridade da " cesta básica", mas a caridade cristã. Aquela do esquecer-se de si para pensar no outro. Aquela do exercício do ouvir, do dialogar, do respeitar, do educar, do defender, do acolher, do corrigir. Mas, principalmente, da aceitação do outro, da vida divina presente no cônjuge e nos filhos. É o aprendizado do perdão, sabendo cada um suportar as fraquezas e as limitações dos outros, a exemplo de Jesus Cristo. É o exercício contínuo dessas virtudes que faz da família o fundamento da Igreja, da nação e da sociedade. Não há outro lugar mais nobre para o ser humano desenvolver-se integralmente. A fam ília é em si 30

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mesma comunidade de amor. É o amor que regula, no espaço familiar, as relações entre marido e esposa, dos pais para com os filhos e dos filhos para com os pais. A cada um cabe criar as condições para que a vida cresça e se desenvolva em si mesmo e em todos os membros da família . O Papa João Paulo II chama a famllia de "santuário da vida" (Carta às Famílias, 11) . É esse o grande convite às famílias: ser um lugar sagrado, onde a vida possa florescer abundante e transformar a sociedade, como fermento na massa. É ela a grande guardiã da vida. "A tarefa fundamental da família é o serviço à vida" (Fami/iaris Consortio, 28). É na família , Santuário da Vida que encontramos: apoio, segurança, os ensinamentos que levaremos para a vida toda. A maior herança, o maior legado que fica é com certeza o de valores morais e religiosos vivenciados no dia-a-dia da família.• Maria Antonio e Gilberto Eq. N S. Mãe Imaculada Conceição Setor A - Votuporanga!SP CM 431


O SENTI DO DA VI DA Ao iniciarmos o penúltimo mês do ano civil e entrarmos nas últimas semanas do Ano Litúrgico, temos a oportunidade de nos deparar com questionamentos profundos de nossa caminhada e de nossas vidas. Neste mês em que encerraremos o ano Litúrgico na solenidade de Cristo Rei do Universo, que é também o Dia do Cristão Leigo, teremos a oportunidade de celebrar o Dia Nacional de Ação de Graças e algumas Festas Marianas: Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa, a Apresentação de Maria e outras comemorações que marcam a nossa caminhada litúrgica. Porém, iniciamos o mês com duas comemorações marcantes: o dia de Finados e a Solenidade de Todos os Santos. Aqui residem duas verdades importantes para nossas vidas: apesar de toda beleza da vida e da criação, temos as nossas limitações, uma das quais é a grande certeza da morte biológica! Outro anúncio é sobre o nosso destino final : a visão beatífica , a vida em Deus, a Santidade! Muitas vezes calou-se sobre essas verdades últimas da vida, como se isso conduzisse o povo a uma alienação, esquecendo-se da construção de um mundo mais justo. O resultado foi que não se ajudou o CM 431

cristão a viver a sua vocação e nem se construiu esse mundo mais justo, como constatamos com muita clareza, passado esse tempo de história. Somente homens novos conseguem construir esse mundo novo! E para nós estes são os Santos. O ser humano sempre procurou viver para sempre: seja em seus descendentes, seja nos monumentos fúnebres que construiu (as pirâmides são um exemplo disso) e ainda nas tentativas modernas de congelamento de pessoas aguardando um futuro, quando as doenças terão curas. O fato é que todos morrem, porém na fé no Cristo que morreu e ressuscitou temos a resposta de que amorte não é o fim, mas somente a passagem para o nosso destino final , o nosso fim último: Deus! O caminho é o Cristo, Deus e homem verdadeiro, Pontífice que nos conduz ao seio da Trindade! Todos nos deparamos com a experiência da morte e somos questionados a cada dia sobre o sentido último da vida, pois tudo o que construímos, armazenamos , criamos fica aqui , enquanto a nossa vida termina. É em Cristo que a nossa vida tem a resposta da Ressurreição e da alegria de optarmos e caminharmos aqui na Graça de Deus e no futuro para desfrutarmos das alegrias do Céu! 31


Em nossa liberdade , temos a possibilidade de escolher diferentemente, e aí residem as demais possibilidades de não aceitação da vida em Cristo que nos é oferecida, que nos ajuda a vivermos desde já como bemaventurados na fé , até chegarmos à visão: "nossos olhos verão a Deus"! E justamente aí, quando pensamos em nossa limitação humana, é que a revelação nos mostra a transcendência da vida: "fomos criados para Deus e inquieto estará sempre o nosso coração enquanto não repousar n'Ele". E a santidade! A nossa vocação universal à santidade recorda-nos que esse é caminho comum de todo cristão. Não é para algumas pessoas extraordinárias que foram canonizadas ou beatificadas, mas para todos. Se a Igreja investiga a vida de alguns homens e mulheres e os coloca como exemplo de vida cristã é para ajudar-nos a compreender a nossa vocação à santidade. Aliás, São Bernardo, na Liturgia das Horas da Solenidade de Todos os Santos, deixa bem claro isso: "Se veneramos os Santos, sem dúvida alguma o interesse é nosso, não deles". Sim, e esta é a beleza de nossa fé! Temos uma multidão de exemplos de vida cristã, que além do mais intercedem por nós. A Solenidade de Todos os Santos é para recordar a todos que, além daqueles santos canonizados conhecidos, 32

temos uma multidão, com vestes brancas, cantando os louvores de Deus na liturgia celeste! E esta é a nossa vocação! Por isso mesmo é que o início do mês de novembro nos traz esses questionamentos profundos sobre o sentido de nossa vida e sobre a nossa caminhada, exortando-nos a dar passos concretos , para que neste tempo que ainda temos para viver neste mundo nós o aproveitemos para fazer o bem e construirmos fraternidade em Cristo, Nosso Senhor. Nada melhor do que após todas as belas e grandes celebrações de outubro mergulhar na busca de nosso encontro com Deus, conduzidos pelo Espírito Santo, no seguimento de Jesus Cristo que nos transforma e nos conduz para a vida nova, vivendo e construindo verdadeiramente o mundo novo! • Dom Orani João Tempesta Arcebispo de Belém/PA (Site CNBB, 5-11-2007) CM 431


AÇÃO DE GRAÇAS Comemora-se no mês de novembro, o "Dia Nacional de Ação de Graças", oportunidade em que devemos parar, pensar, passar mentalmente os filmes com as histórias das nossas vidas e refletir sobre os desígnios traçados pelo Altíssimo ao longo da nossa existência. Sabedores de que Deus nos criou por amor, como obra prima da Sua criação, nossa presença no contexto da humanidade é para amar durante a peregrinação terrestre, numa trajetória em direção ao infinito. O que seria do universo sem as claridades, as variadas cores e seus matizes? O branco, símbolo da paz, não existiria. Não poderíamos sonhar com ela e nem acreditaríamos, que da noite mais escura surgisse o indício da alvorada de um novo dia, tal qual foi a morte de Jesus de Nazaré, o prenúncio de um novo tempo para a humanidade. Assim é cada uma das nossas vidas, alegres ou tristes, infantis ou maduras. Todas envolvidas em histórias pessoais, conjugais ou familiares. Só o tempo é testemunha de que o caminho do Senhor é perfeito, o que nos conduz ao agradecimento pelas graças alcançadas, como a de sermos equipistas e outras, muitas vezes ocultas por moCM 431

mentâneas dificuldades, como os obstáculos que encontramos na pavimentação das estradas das nossas vidas, mas que só nos fizeram crescer. A atitude que devemos ter diante de tantas dádivas que nos foram outorgadas pela Sua imensurável bondade é procurarmos desenvolver a nossa fé, comunicando-nos com Ele pela escuta assídua da Palavra, libertando-nos do egoísmo e nos lançando a serviço dos mais necessitados, com atos concretos de solidariedade, colaborando para a edificação do Reino definitivo. Acreditamos que , por mais que trabalhemos para a construção de um mundo melhor e agradeçamos ao Criador, nada será suficiente diante da grandeza de Seu amor por nós, a não ser unidos à Ação de Graças perfeita, realizada por Jesus Cristo ao Pai. Por isso, humildes, dizemos: Muito obrigado Pai Nosso que estais no céu, pelo dom da vida. Santificado seja o Vosso nome, por nos ter criado à Sua imagem e semelhança, para vivenciarmos o amor e caminharmos ao Seu encontro decisivo na eternidade, o verdadeiro sentido das nossas vidas. • Sandra e Cc/i/ Eq.N. S. de Fátima - Setor A Juiz de Fora/MG 33


JUBILEU DE OURO DE EQUIPE Há 50 anos, os casais da primeira equipe de Nossa Senhora de Santos tinham certeza de que estavam semeando o movimento das ENS para que ele fosse perene e evangelizador. E no dia 5 de abril de 2008, a Equipe Nossa Senhora do Monte Serrat, do Setor B de Santos/SP, teve · a graça de comemorar uma caminhada de 50 anos de muitas graças. O jubileu de ouro foi celebrado em Eucaristia presidida pelo SCE da Equipe, Frei Lino de Oliveira, sendo acompanhado pelo SCE do Setor, Pe. Valfran dos Santos. Foi a comprovação de que a semente foi lançada em terreno bem trabalhado, alimentado pela

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fé . Dessa semente, além de outras equipes , surgiram outros movimentos e pastorais direcionados a casais e à família. Fazem parte da Equipe: Idalina e Fernando, Cidinha e Vitali, José Alves, Maria Ignes , Marilu e Gerson. Vitali da Cidinha, na ocasião, pronunciou emocionada mensagem, da qual destacam-se passagens que são testemunho de vida de equipe: No dia 05 de abril de 1958 nós não fazíamos idéia e nem podíamos imaginar que aquele primeiro encontro do nosso grupo iria modificar definitivamente o rumo de nossas vidas. Há exatos cinqüenta

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anos, a apresentação das Equipes Notre Dame, do padre Henri Caffarel, apontou-nos um caminho decisivo para a efetivação de nossos ideais de casais católicos. Entregamo-nos seriamente ao estudo e à prática dos Estatutos do Movimento, o que fazemos até hoje , e ao cumprimento de suas obrigações, como a Oração Conjugal, a Escuta da Palavra e a Meditação diárias, fomos percebendo o maravilhoso alcance das Escrituras e aprendendo, como realça Santo Agostinho, que o AT esconde o NT e o NT esclarece o AT. A vivência dos PCE, em especial do Dever de Sentar-se, fortificou o amor nas nossas famílias , deu sustentabilidade aos nossos lares e nos permitiu viver plena-

mente as nossas atividades sociais e profissionais e, principalmente , as nossas vidas espirituais. Sentimo-nos povo de Deus, herdeiros da promessa feita a Abraão, Isaac e Jacó, participantes do reino eterno da casa de Davi, que se consolidou em Jesus Cristo, o filho de Deus feito homem , que nos salvou, nos redimiu e nos restaurou a vida plena e eternamente feliz na glória de Deus. Assim, apesar de nossas limitações, de nossas fraquezas, de nossas fragilidades e de nossos pecados, nós fomos colocados no caminho do Senhor... Parabéns, Equipe Nossa Senhora do Monte Serrat!• Marisa e Neco

CRS Santos B

ORDENAÇÕES DIA.CONAIS Andrés Muííós Go nzáles , da Ordem Praem, nascido no Chile, foi ordenado no dia 31de agosto de 2008, pela imposição das mãos e oração consecratória do Exmo. Rvmo. Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Rlho, Arcebispo Metropolitano de Pouso Alegre/MG, na Igreja Nossa Senhora Rosa Mística, em Montes Claros/MG. O Diácono acompanha a Equipe Nossa Senhora de Lourdes, em Contagem/MG. Parabéns ao Diácono Andrés. Que ele possa bem realizar sua missão com os dons do Espírito Santo nele infundidos.• \1 ra de Lourdes e Darei CR do Setor Contagem!MG

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No dia 23 de agosto de 2008, em Niterói/RJ, foram ordenados trinta e quatro novos diáconos permanentes, pelas mãos de Dom Alano Maria Penna, Arcebispo de Niterói. Entre eles, estavam três equipistas da Região Rio N: Alípio da Valéria, do Setor São Gonçalo A, Edgar da Nazareth, do Setor Niterói A, e Renato da Ester, do Setor Niterói B, atualmente CR da Região. As graças recebidas por Alípio, Edgar e Renato, com certeza, serão partilhadas com todos os equipistas do mundo, tendo em vista que estamos unidos pelo amor a Cristo, em sua Igreja e em nosso Movimento. • 35


PARTIRAM PARA A CASA DO PAI

BODAS DE OURO Wilma Silva Martinez e Alfredo Martinez celebraram bodas de ouro no dia 6 de julho de 2008, para alegria da sua família , amigos e dos irmãos da Equipe Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, do Setor Araçatuba - Região São Paulo Oeste II .•

1. Acir C. Pereira da Silva, da Maria Laura, no dia 1° de setembro de 2008. Era membro da Equipe Nossa Senhora do Carmo do Setor de Barbacena/MG. 2. Domingos Zambon, da Márcia, no dia 8 de agosto de 2008. Integrava a Equipe Nossa Senhora Aparecida do Setor Bandeirantes/PR. 3. Maria do Carmo Gomes Maldonado (Carminha), do Edvard, no dia 29 de agosto de 2008. Fazia parte da Equipe Nossa Senhora do Rosário de Fátima do Setor de Araçatuba/SP •

Cl DADÃO HONORÁRIO No dia 28 de agosto de 2008, em solenidade realizada na Câmara Municipal, Pe. Jairo Dall'Alba, Passionista, Sacerdote Conselheiro Espiritual das Equipes N. S. do Carmo, do Setor A, e N. S. das Dores, do Setor B, e Conselheiro Espiritual do primeiro Grupo das Comunidades N. S. da Esperança nesta cidade, recebeu o título de Cidadão Honorário de São Carlos. Pe. Jairo foi ordenado presbítero no dia 9 de Janeiro de 1977. Mestre em Teologia Espiritual pelo Pontifício Instituto Teresianum, de Roma, é autor de obras como As últimas 24 horas de Jesus Cristo, Luz e sombras, Os grandes momentos da Bíblia, e Salmos em prece.• Erenita e Attanazio, CR do Setor B , São Carlos/SP

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RETIROS -EXCERTOSTivemos a oportunidade, através das meditações, de retomarmos a nossa consciência do "ser equipista", restaurando aquilo que somos enquanto indivíduo criado à imagem e semelhança de Deus e enquanto casal cristão responsável pela transformação do mundo, vivendo e valorizando os valores cristãos e fazendo da família a morada da fé , misterioso projeto de Deus.

O nosso retiro espiritual de 2008 foi um forte momento de conversão, tempo de silêncio, graça e discernimento, retomada de ritmo de oração, de encontro com Jesus Cristo, de abertura ao Espírito Santo, de percepção mais profunda dos apelos de Deus. Conceição e Humberto Casal Responsável do Setor Salvador/BA

Tereza e Reizinho Eq. N. S. da Assunção - Setor Lagos Rio IV

••• O que ficou mais significativo neste retiro foi aprender a orar: Olhar. Olhar com os olhos de dentro, olhar o seu íntimo; Retirar-se , escolher um lugar onde se possa fazer silêncio interior, só você e Deus; - Adorar, louvar e agradecer; Renovar-se, assumir nova postura a partir do que foi conversado com Deus. "Estejam sempre alegres , rezem sem cessar, dêem graças em todas as circunstâncias, porque esta é a vontade de Deus a respeito de vocês em Jesus Cristo" (1 Ts 5,16-18) . Maurício da Fernanda ENS do Magnificat - Setor B Florianópolis/SC

••• CM 431

O Pregador nos trazia para a realidade da Vida de Equipe, levando-nos a questionamentos profundos. Que, com a fé fortalecida, possamos ser realmente testemunhas a serviço dos casais. Renata e Arnaldo. Eq. N. S. da Rosa Mística Setor B Três Corações!MG

••• Estivemos em clima de oração e recolhimento, podendo sentir a presença de Jesus e Maria em nosso meio. Fomos levados a ter um encontro muito pessoal com Deus, a abrir nossos corações e nossas almas, a apresentar a Ele os nossos anseios, nossas esperanças e o nosso amor. Setor Paraguaçu Paulista/SP 37


Foi com surpresa e grande emoção que tomamos conhecimento de uma equipe recém formada , com equipistas entusiasmados em repassar o que estavam recebendo para uma comunidade bastante carente de religiosidade, situada num bairro distante do centro da cidade. Ali há uma capela, com cobertura rud imentar, sem paredes laterais , substituídas por um cercado de bambus, piso de pedras britadas, tendo apenas uma parede de tijolos, onde fica o altar. Nesse ambiente, os novos equipistas promoveram pela primeira vez a Semana da Família e nos solicitaram que déssemos palestras nas noites dos dias 27 e 28 de agosto de 2008. Como não acolher tal pedido? Junto com outros irmãos equipistas, demos a nossa contribuição, ministrando palestras alusivas à família. Surpreendeu-nos a quantidade de pessoas de todas as 38

idades presentes ao evento. Para darmos as palestras, tomamos a decisão de: Sermos autênticos equipistas e anunciadores dos valores dosacramento do Matrimônio e de tudo o que ele engloba; Sermos discípulos anunciadores de Jesus Cristo; Darmos apoio aos novos equipistas, para que se sintam integrados num movimento onde acontece uma verdadeira ajuda mútua, numa grande família de equipistas. Damos graças a Deus por pertencermos às Equipes de Nossa Senhora, onde , durante uma seqüência de anos, nos foi dado crescer e amadurecer espiritualmente, o que nos capacitou a prestarmos este serviço a tantas pessoas. • Marilda e Gerson Eq. N. S . do Desterro Casa Branca/SP CM 431


DÚVIDA, FÉ E PERSEVERANÇA Por vários motivos, eu era do tipo católico por estatística. Mas há 13 anos isso mudou. Descobri o verdadeiro significado da fé e principalmente o que o amor de mãe pode faze r. Somos casados há quatorze anos , minha esposa é maravilhosa e está sempre ao meu lado, ambos trabalhamos muito, mas um fato nos uniu mais. Em 1994, estávamos planejando a vinda de nossa filha Carolina, e Deus, presente desde o início, se antecipou à nossa decisão, pois Mariana já estava grávida há dias. Após todas as comemorações e felicitações iniciamos o exame prénatal e tudo corria bem até que por volta do terceiro mês, ao fazermos o exame para identificação do sexo do bebê, fomos surpreendidos com a informação de que talvez nosso primeiro bebê tivesse hidrocefalia. O médico fez vários comentários horríveis e disse que iria levar os exames para uma junta para um melhor diagnóstico. A partir desse dia não dormíamos mais, foram quase seis meses de absoluto stress que desconcertou toda família. Foi nesse período que conheci minha verdadeira companheira que me ensinou a ser forte , reto e fiel a Deus. Logo nós homens, que somos tidos como fortes e protetores da família. Ali, após termos recebido o diagnóstico, foi para mim, homem, pai e chefe de família o momento de desmoronar, afinal era meu primeiro filho, mas ela, Mariana, não tituCM 431

beou. Sempre racional e firme não se deixou abater. Partimos em busca de três outros profissionais dos quais dois se mantiveram neutros e um mais otimista. O que para os pessimistas poderia ser uma derrota para ela foi o sinal de vitória. Toda vez que íamos dormir, ou pelo menos tentar, ela dizia que a nossa fé iria salvar nossa filha. Eu sempre cético quase entreguei os pontos, mas a fé e a perseverança dela me motivaram a me manter firme. Sempre me questionava porque estava acontecendo aquilo com a gente, afinal nunca fizemos nada contra ninguém, sempre procuramos viver em paz e ajudar os outros. Mas parece que Deus quis sacudir a gente, porque estávamos tão voltados para nossos problemas profissionais, nossas carreiras, buscando ter coisas que nos esquecemos de ser, e Ele conseguiu. Foi nesse momento que realmente me tornei temente a Deus e 39


acreditei, acreditei com tanta força e fé, contagiado pela minha esposa, que me arrependi das vezes que perdi tempo, buscando resposta do porquê de aquilo estar acontecendo e do quanto fui fraco em questionar Deus. Apesar de laudos turvos, o obstetra se manteve do nosso lado e no dia 5/7/

1995 nasceu Carolina. Hoje com 13 anos, continua linda e excelente filha. Hoje cumpro feliz a promessa que fiz a Deus na sala de parto, de que enquanto fosse vivo, todos os dias, diria a ela que a amo. • Geraldo Freire da Mariana Região Rio III

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CARONEIRA Quando ingressamos no Movimento, eu não sentia interesse em ler a Carta Mensal, pois não gostava muito de ler e isso me impulsionava a pegar "carona" na leitura do meu esposo, pois ele sempre comentava comigo certos artigos, os quais me chamavam a atenção e ao mesmo tempo me causavam uma certa inquietação, que eu logo deixava p'ra lá. Até que um dia cheguei à conclusão que , indo de "carona", eu iria na mesma direção que ele, enquanto que, se eu tomasse a decisão de ler a Carta Mensal, haveria ali não um monólogo, mas um partilhar de riquezas. Sendo assim, eu estipulei uma regra de vida de sempre lê-la e com isso consegui sair da minha acomodação e me dei conta do quanto eu desperdicei tal tesouro. Mas a minha inquietação não parou por aí. Logo me vieram à mente outros irmãos equipistas que também tinham a mesma dificulda40

de e estavam também perdendo a oportunidade de crescer com a leitura dos artigos enviados por irmãos do mundo todo. Comecei a pensar no que fazer para ajudá-los. Foi aí que o Espírito Santo me iluminou, já que éramos o CRE, com a idéia de incluirmos nas pautas das reuniões mensais de nossa equipe a seguinte pergunta: Qual artigo da Carta Mensal mais lhe chamou a atenção? A experiência foi maravilhosa. Todos puderam cc-participar suas idéias sobre os artigos, principalmente quem antes não lia, já que saltava aos olhos a melhora da participação destes últimos, sem contar os outros irmãos que se sentiram incentivados e passaram a ler com mais dedicação a CM. Maria, a Mãe da Providência, proveu a nós o necessário para a caminhada rumo a seu Filho.• Léa do Esmeraldino Eq. N. S. de Medjugórie - Setor B Belo Horizonte/MG CM 431


SATISFAÇÃO DE PARTICIPAR DAS ENS

Nós realmente somos muito egoístas! Nem sei se esse é o vocábulo mais apropriado para designar o sentimento que nos impede de permitir que outras pessoas possam ter a satisfação de nos ajudar. Nós nos sentimos imensamente gratificados em socorrer nossos irmãos, parentes, amigos e até mesmo desconhecidos que, muitas vezes, surgem em nossas vidas, necessitando de ajuda material ou mesmo espiritual, de uma palavra de conforto, uma palavra de carinho, de um ombro para chorar, buscar apoio e solidariedade, ou simplesmente para proferir lamúrias e lamentos. Exercer o sentimento profundo de ajuda e amor ao próximo nos faz mais próximos de Deus. Nesses momentos agimos como verdadeiros instrumentos do amor de Deus. Mas quando somos nós os necessitados, ficamos acanhados, reprimidos, envergonhados de solicitar amor e atenção. Fugimos ou até usamos de subterfúgios para não demonstrar nossas carências, afetivas ou não. Enclausuramo-nos numa redoma impenetrável, enquanto ao nosso redor existem CM 431

muitas pessoas ávidas por nos socorrer e demonstrar de forma clara e inequívoca a presença de Deus em nossas vidas. Casais e Conselheiros Espirituais que compõem as equipes nem sempre percebem a grandeza que é estarem cumprindo desígnios de Deus, operando transformações significativas e marcantes nos corações daqueles que têm o privilégio de com eles conviver. Fazemos aqu i um reconhecimento da nossa insensibilidade ao tentar impedir que nossos amigos ajam segundo o mandamento maior de amar aos irmãos como Deus, através do Seu Filho, nos ensinou. Como, porém, para Deus nada é impossível, aquela redoma foi violada, e o dedo de Deus agiu nos integrantes da nossa Equipe, atingindo os nossos corações com afeto, bondade, luz, como o carinho silencioso de um pai ao filho que dorme, como a vigília de um filho para com o sofrimento de sua mãe num leito de enfermaria. • Mônica e João Henrique Eq. N. S. da Salete - Setor B Recife/PE 41


O AMOR NOS UNE "Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6,33).

Já estávamos casados há 16 anos e ainda não tínhamos noção real dos valores do sacramento do Matrimônio que nos uniu, quando, diante do Padre , nos recebemos um ao outro e nos prometemos "ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença e em todos os dias de nossas vidas". Foi necessário nos dispormos a seguir o caminho de Cristo para entendermos o verdadeiro significado. Tudo mudou em nossas vidas e em nossa família quando fomos convidados, e aceitamos, a ser um casal equipista. Hoje a nossa essência é Deus; a oração diária é que nos impulsiona no nosso dia-a-dia, guiando-nos pelos caminhos largos e estreitos que a vida oferece. Com certeza, podemos afirmar: é quando mais nos sentimos fracos que Deus nos torna fortes para vencermos as provações que surgem para nós. E assim aconteceu conosco: Após uma consulta de rotina e vários exames, o médico nos deu a notícia de que meu esposo deveria ser submetido a uma grave cirurgia, de alto risco, durante e após. Fizemos a experiência de nos 42

abandonarmos por inteiro nos braços de Cristo e pedir a Ele que nos carregasse, pois como filhos indefesos não tínhamos mais forças e precisávamos da sua graça, a graça de poder lutar pelo dom da vida. E esta graça nos foi concedida. Deus nos abençoou e Nossa Senhora cobriunos com seu manto, os amigos e a família muito nos ajudaram. A solidariedade e a caridade se fizeram presentes através de um sentimento maravilhoso que nos une: o Amor. Como irmãos em Cristo, aprendemos a ver Cristo na pessoa do outro. Como são maravilhosas as riquezas que o Movimento nos oferece nos irmãos de equipe! • Angélica e Lucas

Eq. N. S. Rosa Mística - Setor B Três Corações/MG CM 431


EM BUSCA DA SANTIDADE Quase duas dezenas de anos de uma feliz união. Quantos motivos para agradecer a Deus, que nos manteve juntos sempre, sob sua contínua proteção. Houve momentos onde carregamos juntos as cruzes de cada dia ... Momentos de lágrimas, caminhos de pedras, solidão, tristezas , mas também grandes crescimentos, acertos, sorrisos, momentos felizes, cheios de esperanças e alegrias. Quantas bênçãos recebidas! Em especial, nossos três filhos ... Agradecemos ao Senhor os bons e os difíceis momentos, pois a Sua misericórdia está sempre conosco, encaminhando-nos para a santificação, assim nos exortava o fundador das Equipes de Nossa Senhora. Que privilégio pertencer a esse Movimento há 15 anos ... quanto aprendizado em nossa vocação matrimonial! Agradecemos a Deus pelas alegrias e também pelas preocupações e dificuldades que juntos passamos, pois, quando nos conservamos unidos a Deus, todas as coisas concorrem sempre para nosso maior bem. Para todas as pessoas que passaram e continuam a passar por nossas vidas, familiares, amigos ... pedimos as mais especiais bênçãos. Para este nosso momento, vale CM 431

o conselho de Pe. Caffarel, que se lê em A Missão do Casal Cristão: "Não se limitem somente a si mesmos ou às preocupações do momento. Voltem às fontes do seu amor, reconsiderem os ideais e os planos que fizeram juntos quando, felizes, começaram a caminhar juntos. Renovem seu fervor. É preciso acreditar no que fazemos e fazê-lo com entusiasmo". Que possamos irradiar a felicidade de um casal que verdadeiramente se ama e nos tornemos verdadeiros sinais e testemunhos do amor de Deus no mundo. "Ele amou-a mais do que qualquer outra moça e ela conquistou a simpatia e a admiração dele como nenhuma outra havia feito. Ele colocou sobre sua cabeça a coroa e a fez rainha" (Est 2,17).• Marta e Simão Pedro Manaus!AM 43


CARACTERÍSTICAS DAS RELAÇÕES ENTRE CÔNJUGES Em nossa reunião de Estudo de Tema, foi proposta a seguinte pergunta: A fidelidade, tal qual descrito no texto (cap. 7) é "permanecer no amor". Você vive esta fidelidade no seu casamento? Como? RESPOSTA: Vivemos a fidelidade em nosso casamento, pois nossa vida conjugal é alicerçada na "permanência do nosso amor". Este embasamento é fruto da nossa fidelidade e do sentimento de pertença um ao outro, os quais nos levam cada dia ao caminho de um maior comprometimento mútuo, de esperança, de certeza e, automaticamente, de nos sentirmos felizes perto um do outro. Entretanto, estes sentimentos não podem ser estáticos: eles precisam ser dinâmicos, precisam ser exercitados, renovados diariamente, externados, para que sejam percebidos e acreditados. Procuramos no dia-a-dia "permanecer no amor", de tal maneira que perdure tudo o que prometemos no tempo de namoro, de noivado e no próprio casamento, pois cuidamos mutuamente para que sejamos prioridade um do outro. Esta prioridade, muitas vezes, não precisa ser falada, mas com certeza ela precisa ser sentida. Este sentimento é expressado quando na vida a dois não deixamos o egoísmo e o egocentrismo tomarem lugares em nossa relação conjugal. Ao contrário, o que deve pre44

valecer é a solidariedade, é o companheirismo e a compreensão. Enfim , a própria fidelidade em juntos desempenharmos a missão que Deus ofereceu a cada um de nós no Seu precioso projeto divino. • Maria José e Wilmar Eq. N.S.da Anunciação Juiz de Fora/MG CM 431


PASTORAL FAMILIAR Com o Tema "Em defesa da família", realizou-se nos dias 5 a 7 de setembro de 2008, o 12° Congresso Nacional de Pastoral Familiar, no Campus Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Acompanhando o casal Graça e Roberto e o SCFJSR Frei Avelino, tivemos o privilégio de participar desse importante evento, onde encontramos inúmeros equipistas de toda a parte do Brasil, especialmente da Província Leste (Vários casais equipistas do Rio de Janeiro participaram da organização do evento!), sinal de que estamos assumindo, de fato, uma das prioridades propostas pelo nosso Movimento, colocando nossos dons e a formação recebida nas ENS a serviço das famílias de nossa comunidade. Estiveram presentes, aproximadamente, mil pessoas, entre bispos, padres, diáconos, religiosos e religiosas, agentes de pastoral vindos de todos os recantos do Brasil, além de representantes de movimentos ligados à família . Na abertura do Congresso, o Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eusébio Oscar Scheid, saudou a todos os congressistas e fez alusão ao lema: "A família é o berço da vida e de toda a vocação". Estiveram também presentes O. Dimas Lara Barbosa, Secretário Geral da CNBB, O. Orlando Brandes, presidente Nacional da Pastoral Familiar, o bispo auxiliar do Rio, CM 431

O. Antônio Augusto, Coordenador do 12° Congresso, Dom Rafael Llano Cifuentes, bispo de Nova Friburgo, presidente da Regional Leste I da CNBB, entre outros. Além das palestras, foram realizados três painéis sob a coordenação do Monsenhor Paulo Daher, SCE em Petrópolis/RJ, com a participação de sacerdotes e casais, desenvolvendo os temas propostos para cada painel. O primeiro painel discorreu em defesa da família, o segundo sobre seu papel e responsabilidade na formação de seus membros, e o terceiro sobre a relação da família com a sociedade. Todas as palestras foram de grande importância para nós que temos a responsabilidade de animar nossas equipes na busca da espiritualidade conjugal, contribuindo assim, para que as famílias tenham uma perspectiva de dias melhores. No domingo, a celebração da Santa Missa, presidida por Dom Rafael e co-celebrada pelos demais bispos e sacerdotes presentes, finalizou as atividades no Campus da UERJ. O Congresso só foi encerrado com o "Envio", realizado aos pés do Cristo Redentor, símbolo da "Cidade Maravilhosa", que, de braços abertos, acolheu e abençoou todos os participantes, enviando-os a propagar e colocar em prática a missão de lutar em "Defesa das Famílias"! Graça e Juarez CR Proufn la Le te

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A VERDADE VOS LIBERTARÁ "Se permanecerdes na minha palavra sereis verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8,31 b-32).

Tendo em vista a busca de aprofundamento e de coerência entre a fé e a vida e de sermos realmente casais evangelizadores e transformadores, a Região Rio I promoveu uma tarde de estudos sobre o tema "Questões atuais de bioética: embriologia e experimentação com células tronco ", assunto que vem sendo debatido em diversos ambientes e que recentemente suscitou decisão da Suprema Corte, permitindo a experimentação com células tronco embrionárias. O tema foi apresentado por Pe. Aníbal Gil Lopes, SCE da Equipe 12 do Setor A. (É formado em Medicina, membro da Academia Nacional de Medicina, da Comissão de Bioética da CNBB, da Pontifícia Academia Pro Vito do Vaticano e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde) . Em recentes discussões sobre o assunto, foram apresentados argumentos, expostos de forma a convencer a opinião publica, como se tivesse base científica a afirmação de que só existe um ser humano sujeito de direitos segundo as leis dos homens, como o direito à vida - após determinado momento do processo, por exemplo, a partir da formação do sistema neural. Pe . Aníbal esclareceu o caráter pouco científico de tal afirmação, como se a formação completa de um determinado órgão ou função fisiológi46

ca pudesse definir um momento em todo o processo de desenvolvimento de um ser humano, trazendo o exemplo da função renal, cujo pleno desenvolvimento só ocorre muitos meses após o nascimento. Todas as discussões que antecederam a decisão da Suprema Corte, nos meios de comunicação e no Congresso Nacional, foram eivadas de manifestações de caráter emocional. Todos nós nos sensibilizamos com aquelas pessoas que sofrem de doenças de origem genética ou deficiências diversas para as quais os pesquisadores esperam encontrar tratamentos eficazes , através das pesquisas com células tronco. Pe. Aníbal apontou as perspectivas positivas para os tratamentos com as células tronco adultas, já empregadas em alguns casos com razoável sucesso. A questão ética atual diz respeito à utilização de células tronco embrionárias que, necessariamente , são obtidas a partir do sacrifício de um embrião humano, ou seja, da vida de um ser humano em sua fase inicial do processo de desenvolvimento que é o mesmo e único processo de desenvolvimento de todo o ser humano, qualquer que seja a fase em que esteja, desde a concepção até a sua morte natural. Pessoas com doenças degenerativas ou portadoras de deficiências físicas desejariam ser curadas, e a CM 431


impossibilidade atual de cura, com certeza , causa-lhes sofrimento. Quando a Igreja diz que aquelas experiências afrontam a vida humana, ela é acusada de não se apiedar dessas pessoas que passam pelo sofrimento. É que na cultura do mundo de hoje perdeu-se ou esqueceu-se o sentido do sofrimento humano. Meditemos um pequeno trecho da introdução da Carta Apostólica "O sentido cristão do sofrimento humano", do Papa João Paulo II: "Completo na minha carne - diz o apóstolo São Paulo, ao explicar o valor salvífico do sofrimento - o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja". Estas palavras têm o valor de uma como que descoberta definitiva, que é acompanhada pela alegria: ''Alegrome nos sofrimentos suportados por vossa causa" . O apóstolo comunica a sua própria descoberta e alegrase por todos aqueles a quem ela pode servir de ajuda - como ajudou a ele - para penetrar no sentido salvífico do sofrimento. Nas discussões que presenciamos recentemente, muitas vezes a Igreja é acusada de ser não só contrária ao progresso da ciência como, também, de se opor à liberdade do homem. Contrapõe-se a esse pensamento a respeito da Igreja o que João Paulo II, em sua encíclica "O Esplendor da Verdade" , reflexiona: Os problemas humanos mais debatidos e diversamente resolvidos, na reflexão moral contemporânea, estão ligados, mesmo se de várias maneiras, a um problema CM 431

crucial: o da liberdade do homem. "Os homens de hoje tornam-se cada vez mais conscientes da dignidade da pessoa humana". Daí a reivindicação de que os homens possam "agir segundo a própria convicção e com liberdade responsável, não forçados por coação, mas levados pela consciência do dever". "Mestre, que devo fazer de bom para alcançar a vida eterna?" A pergunta moral, à qual responde Cristo, não pode prescindir da questão da liberdade, pelo contrário, coloca-a no centro dela, porque não há moral sem liberdade: "Só na liberdade é que o homem se pode converter ao bem". Neste sentido, afirmava com decisão o Cardeal J. H. Newman: "A consciência tem direitos, porque tem deveres" . Deus nos providenciou a confiança e a segurança para estarmos aptos a conhecer a verdade. O mesmo Deus, que nos criou e nos deu a habilidade de nos comunicarmos, tem também a habilidade de transmitir a sua vontade para conosco, de modo que possamos entendê-la. Devemos humildemente aceitar a responsabilidade de estudar, entender e obedecer à verdade revelada. Finalizamos, ainda repetindo o saudoso Papa João Paulo II: "a verdade ilumina a inteligência e modela a liberdade do homem, que, deste modo, é levado a conhecer e a amar o Senhor. Por isso, reza o salmista: 'Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face" (SI4,7) . • Marlene e Fernando Equipe 97 - Setor B -Rio I 47


VENDO A MULTIDÃO "Vendo a multidão, ficou tomado de compaixão, porque estava enfraquecida e abatida como ovelhas sem pastor." (Mt 9,36)

O texto Construtores ou Inquilinos da Carta Mensal de junho-julho de 2008 em particular, leva-nos a pensar que a comodidade de ter tudo pronto, apenas ir morar na casa, tiranos a visão da nossa morada e do esforço de ir para o céu. Lembramos da passagem do Evangelho em Me 8,22-26: "Chegando eles a Betsaida, trouxeram-lhe um cego e suplicaram que o tocasse. Jesus tomou o cego pela mão e levouo para fora da aldeia. Pôs-lhe saliva nos olhos e, impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: "Vês alguma coisa?" O cego levantou os olhos e respondeu: "Vejo os homens como árvores que andam". Em seguida, Jesus lhe impôs as mãos nos olhos e ele começou a ver e ficou curado, de modo que via distintamente, de longe. E mandou-o para casa, dizendo-lhe: "Não entres nem mesmo na aldeia." Estamos parados no versículo, há uma visão distorcida em nossa vida, em nossa caminhada, parece que estamos como ovelha sem pastor. Estamos mais ou menos fazendo os Pontos Concretos de Esforço, estamos mais ou menos sendo equipistas, moradores de "aluguel". Só que precisamos ir até o fim dessa passagem, pois em seguida Jesus , impõe as 48

mãos sobre nós e nos cura, de forma que começamos a ver distintamente de longe aquilo que Deus quer para a nossa vida. Mas Jesus faz uma ressalva. E manda-nos para casa, e nos diz: "não entres na aldeia". Que aldeia é essa onde estávamos? Estávamos no pecado, na vida que nos distancia da vontade e da visão daquilo que Deus quer para nossa vida de casal. Precisamos mudar o rumo do nosso caminho, isso é conversão! É mudar a direção da nossa vida. É Jesus quem nos dá a direção, mas nem todos querem ver a verdade, preferem a falsa ilusão de estar enxergando a vida. Supliquemos a misericórdia de Deus, para que Be nos dê a visão do Céu, pois lá é o nosso lugar. Busquemos o Céu, busquemos a nossa moradia, própria de filhos e filhas de Deus. • Alexandra e Wellington Eq. N. S. do Perp. Socorro Goiânia/GO


MEDITANDO EM EQUIPE O mês de novembro inicia com duas festas litúrgicas que nos levam a refletir sobre o futuro da vida humana. Iluminados pela fé e apoiados nos ensinamentos de Jesus Cristo, sabemos do nosso destino eterno. Por conseguinte, a vida humana não se explica somente por razões terrenas, mas encontra sua explicação última no mistério salvífico de Deus, que mostra a dimensão divina da vida, pois Deus Pai nos aguarda em sua casa, por meio de seu Filho e no Espírito Santo. E este futuro escatológico é preparado por meio da existência cotidiana de cada um.

ESCUTA DA PALAVRA EM 1COR 15,1-19. Sugestões para a meditação: 1. Em uma sociedade esquecida de Deus, como cultivamos em família a dimensão da eternidade? 2. Que desafios enfrentam os casais cristãos para viver a fé na ressurreição? 3. Como enfrentamos as situações limites da vida, especialmente a morte? Pe. Geraldo

ORAÇÃO LITÚRGICA (SI 123)

A ti eu levanto meus olhos, a ti, que habitas nos céus; sim, como os olhos dos escravos para a mão do seu senhor. Como os olhos da escrava para a mão da sua senhora, assim estão nossos olhos em Javé nosso Deus, até que se compadeça de nós. Piedade, Javé! Tem piedade! Estamos fartos, saciados de desprezo! Nossa vida está farta por demais do sarcasmo dos satisfeitos!


Equipes de Nossa Senhora Movimento de Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (Oxx 11} 3256 .1212 • Fax : (Oxx11} 3257 .3599 secretariado@ens .org .br • cartamensal @ens .org .br • www.ens .org .br


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