ENS - Carta Mensal 422 - Novembro/2007

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~es de

Nossa Senhora


CARTA MENSAL n°422

Novembro

2007

Equipes d e Nos sa Senhora

EDITORIAL Da Carta Mensal ....... ...... ... .. ....... ... 01

FLORIANÓPOLIS 2009 11 Encontro Nacional das ENS Nós vamos, e você? .... ...... .. ........ ... 35

SUPER-REGIÃO Conheça a força do amor! ...... ...... 02 Orientaçoes para 2008 .......... .. ...... 03

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO

Espiritualidade Conjugal

Coragem para rezar ...... ............ ... .. 36

e a Santidade ......... .. ................ ..... . 09

Um presente de Deus em nossa vida ......... ...... ... ..... ......... 37 A fidelidade aos PCE .... .. ...... .. ... ..... 38

CORREIO DA ERI Equipe de Nossa Senhora comunidade de Igreja .... ...... ... ...... 11

TESTEMUNHOS

"Se conhecesses o dom

Continuar a caminhada .... ............ . 39

de Deus ... " (Jo 4, 1 O) ........ .. .... ........ 14

Maravilhas do

A vida das zonas ............ ... .. .... ...... . 16

Dever de Sentar-se ......... ........ ... .. .. 40 Uma experiência de vida ...... .... ... .. 42

VIDA NO MOVIMENTO

Dor e confiança .. .......... ........... .... .. 44

Encontro do Colegiada Nacional 2007 ...... ......... ....... ...... .. . 19 Avaliando a caminhada ................. 33 Um tempo para a verdade .. ... .. ..... 34

Carta Mensal é uma publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Regisrro "Lei de lmpreiiSa" 219.336 livro 8 de 09.10.2002

Avani e Ca rlos C/élia e Domingos Luciane e Marcelo Sola e Sergio Pe. Geraldo Lui: 8. Hackmann

Edição: Equipe da Carta Mensal

Jornalista Responsável: Carherine E. Nadas (mtl> 19835)

Grociete e Gambim (responsáve is)

Projeto Gráfico: Alessandra Carignani

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Encarte: 11 Encontro Nacional Florianópolis 2009 Instruções para Inscrições

Editoração Eletrônica e Produção Gráfica: Nova Bandeira Prod. Ed. R. Turiassu, 390- 11 " andar. <). 1/5 - Perdizes - São Paulo Fone: (Oxxll ) 3473. 1282 Fotomontagem da capa: Roberra S. Gambim Impressão: Cly Tiragem desta edição: 19.800 exemplares

Cartas, colaborações, 110 tí· cias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:

Carta Mensal

R. Luis Coelho, 308 5° andar· conj. 53

01309-902 • São Paulo- SP Fon e: (Oxx/1) 3256.1212 Fax: (Oxx 11) 3257.3599 cartamensal @ens.org.br

NC Graciete e Gambim


Queridos irmãos equipistas: Nos dias 17 a 19 de agosto foi realizado o Encontro do Colegiado Nacional da Super-Região Brasil das Equipes de Nossa Senhora, tendo em vista a unidade e a continuidade viva do Movimento, mormente preparando a animação das equipes para o ano de 2008. Esta edição da Carta Mensal tenta retratar, de maneira sintética, o que foi o Encontro, cujo eixo das orientações e reflexões se insere na prioridade de reflexão contida na Carta de Lourdes para o período de 2006 a 2012: "Equipes de Nossa Senhora, comunidades vivas de casais, reflexos do amor de Cristo". Esta proposição é inspirada na palavra de Jesus Cristo: Como eu vos amei, amai-vos também vós uns aos outros (Jo 13,34). Amar é a marca do cristão. Viver a espiritualidade é crescer no amor. Tem espiritualidade conjugal e cresce em santidade o casal que ama, reflete Frei Avelino. Expondo as linhas gerais para o nosso caminhar equipista no ano de 2008, Graça e Roberto nos apresentam as Orientações para 2007. Anunciam o Tema: "testemunhas a serviço dos casais" e o Lema: "Casal, apóstolo do sacramento do Matrimônio", como conseqüência da obediência ao Mandamento novo do Senhor. Também esclarecem os objetivos e ações específicas a realizar no ano de 2008, enfatizando que nos esforçaremos para tornar o diálogo CM 422

conjugal uma alegre e feliz ousadia para amar mais e nos empenharemos para que a partilha em nossas reuniões de equipe seja verdadeira ajuda mútua sobre a experiência de Cristo vivida através dos PCE. Concluindo o ternário de estudo e reflexões de 2007, Nilza e Nivaldo nos ensinam que espiritualidade conjugal é busca da santidade, na fiel ajuda mútua, em fidelidade ao chamado a sermos santos como Deus é santo. O caminhar para a santidade não tem descanso. O casal santifica-se na comunidade equipe, na Igreja, no mundo, por isso é impelido a levar a espiritualidade conjugal também a outros casais, enfrentando a corrente das águas violentas do mundo. Como a Samaritana, ele encontra força nas fontes de água viva que Jesus Cristo oferece, para anunciar a boa nova do casamento cristão. Novembro é tempo de avaliarmos os progressos da nossa equipe, principalmente quanto ao auxílio mútuo e ao testemunho, para que todos "tendam" à santificação. Esta edição repete o encarte com as instruções e a ficha de inscrição ao Encontro Nacional de Florianópolis/2009. Inscrevendo-se logo, as prestações serão mais suaves. Desejamos a todos uma leitura proveitosa. Com carinho!

Graciete e Gambim CR Equipe Carta Mensal


CONHEÇA A FORÇA DO AMOR! Caríssimos casais e conselheiros: Novembro. Advento e Balanço. O balanço é coisa de sábios e prudentes! Advento, tempo de esperança! Essa coisa de sábios e esperança interessa à vida espiritual. Vida espiritual. São João da Cruz fala da vida espiritual num processo cujo foco central é o amor. Falar de vida espiritual é falar de amor. A vida é uma corrida em busca de alguém para amar, para exercitar o amor. O amor é uma força incontida que leva a Deus, este mesmo definido por João com uma única palavra: Amor. O homem, criado para amar, não encontra razão de existir se não encontra a quem amar. Nada tem sentido na vida quando falta o amor! A sede de amor é tão natural ao homem que poderíamos defini-lo assim: O homem é um ser com sede de amor. No mundo tudo fala do amor. As criaturas são centelhas de amor, sinais dos passos de Deus, migalhas caídas da mesa de Deus-Amor. Não nascemos perfeitos no amor, embora nascidos da fonte do amor e gerados no seio da família, berço de amor. Não nascemos perfeitos, mas com sede e fome deste amor. Buscar a perfeição é procurar satisfazer esta fome e esta sede. O amor é bebida e comida insubstituíveis para um sadio crescimento espiritual e humano. A verdadeira pobreza é a falta de amor. Se outras existem, elas têm aqui sua raiz. A maturidade espiritual e humana 2

se revela a partir do amor. Sejamos gratos às ENS , verdadeira escola e laboratório onde se aprende a sublime e apaixonante arte de amar e onde se faz a experiência do amor. O amor, ao redor do qual gira a espiritualidade, cria a amizade e esta se torna o amor em ação. A amizade é fruto do amor e coloca o amor em ação. Junto aos amigos experimentamos a força do amor e descobrimos o que é o amor. O exercício do amor e da amizade tem um lugar privilegiado para acontecer: na oração. Oração é tratar de amizade ... , estar muitas vezes com quem se ama (cf. S. Tereza). Não é esta a mística das ENS, família dos que se amam? A espiritualidade é ciência prática: ensina como tornar vivo o sentimento do amor com a prática da oração e como fazer experiência deste amor na vida de Equipe. Não é verdadeiro o amor a Deus sem o amor ao próximo. O homem novo é aquele que vi ve do amor do Deus invisível, mas visibilizado naqueles que ama. Deixe que Deus te ame e retribua este amor, fazendo-te membro vivo da Equipe! Prove o quanto podes amar Deus, amando o teu cônjuge! Esposos: amai-vos e isto basta! Espiritualidade é isto e nada mais!

Pe Avelino Pertile, SCE/SR CM 422


ORlENTAÇOES PARA Amados irmãos equipistas: Um novo ano aproxima-se e, como é praxe, lançamos no Encontro do Colegiado Nacional as "orientações" que irão balizar os nossos esforços em busca de uma caminhada comum em 2008. As Orientações propostas para 2008 têm como base a prioridade de reflexão para 2006- 2012, passam pelo Lema e tema para 2008 e se concretizam nas ações a realizar. É o que trataremos a seguir.

Prioridade de Reflexão 2oo6

I

2012

Ainda vivemos o impacto do Encontro de Lourdes. Isto é salutar para nós e para o Movimento. Mais do que uma sucessão de eventos esteticamente belos, que nos tocaram profundamente, o Encontro de Lourdes foi, é e será uma linda mensagem de amor endereçada a cada um de nós. Uma mensagem do amor infinito de Deus pelas suas criaturas, pelo ser humano, pelas farm1ias, pelos casais e pelo Movimento. Como diz o Padre Angelo Épis, SCE da ERI, Lourdes foi um tempo e um lugar em que Deus falou às ENS do mundo inteiro e elas escutaram. 1 "Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros." (Jo 13,34) Este mandamento foi o fio condutor do Encontro e servirá de pano de fundo para o grande esforço missionário que nos guiará até 2012. Jesus convida-nos a amar. ConCM 422

2008

vida-nos a amar o outro e os outros como Ele nos ama. Amar é o grande sinal e, amar como ele nos ama é o horizonte. Para amar assim, para manter viva a nossa adesão amorosa a Cristo, é preciso reinventar continuamente o amor, diz o Padre Caffarel, referindo-se ao amor conjugaJ.2 Essa mesma receita aplica-se às ENS e aos movimentos da Igreja. Um movimento, assim como uma comunidade conjugal, justamente por ser constituído de pessoas, não é hoje o que era ontem. Ele também precisa revigorar-se no amor de cada dia. Ele também necessita que seus membros partam ao encontro do outro, como na vida conjugal. Seus caminhos nem sempre serão iluminados e floridos. Por vezes, para despertar a atenção ou a ternura de alguém, percorreremos trilhas inseguras, experimentaremos dissabores, necessitaremos enfrentar incômodos que não gostaríamos de enfrentar. Como diz São Paulo, "o amor é paciente, o amor é prestativo, ... " (lCor 13,4 ss) A Carta de Lourdes expressa esse mandamento na prioridade de reflexão dirigida a todos os equipistas: 3


Equipes de Nossa Senhora, comunidades vivas de casais, reflexos do amor de Cristo 3 Para sermos comunidades vivas, comunidades de amor, não basta colocarmo-nos diante do "espelho da vida" para nos admirarmos, olhando a nossa própria imagem. Deus não é imagem do homem, mas, ao contrário, o homem é imagem de Deus. A adesão a Jesus deve traduzir-se em atitudes interiores que levem a viver a mensagem de amor. Voltemo-nos permanentemente para a Fonte! Somente Ela dará transparência ao nosso olhar e abrirá o nosso coração para os anseios e necessidades dos outros, permitindo servi-los no que for necessário para o seu bem. O casal Volpini, no discurso de posse em Lourdes, ao falar da responsabilidade que assumia, destaca o valor do olhar de amor: "Servir ao Movimento na pessoa de todos os que dele fazem parte, estabelecendo uma rede de relações feitas de palavras e olhares que nos permitam ser fecundos na marcha de amor que Deus quer para a nossa salvação". 4

Tema e lema 2008 O Tema e Lema para 2008 permitem-nos trazer à baila uma proposição do padre Caffarel apresentada à Comissão Conciliar para o Apostolado dos Leigos, em maio de 1961, intitulada "A missão apostólica do casal e da família". Esse documento foi publicado na íntegra, como anexo, no livro A missão do casal cristão. Percebe-se nele o anseio que expressa a dignidade atribuída pelo autor ao apostolado dos casais. 4

"Se a Igreja desenvolvesse um esforço de grande envergadura para levar os casais cristãos do mundo inteiro (aproximadamente 120 milhões) a compreender a sua missão apostólica, para prepará-los para esta missão e para ajudá-los a desempenhá-la, ver-se-ia um fato sem precedente na história do apostolado: um afluxo impressionante de casais, vindo por a disposição da Igreja as poderosas energias humanas e sobrenaturais do sacramento do matrimónio. " 5 Será que avançamos nesse campo nos últimos quarenta e seis anos? É oportuna, hoje, essa forma de apostolado? Que contribuição, nós, casais equipistas, poderíamos dar? Há algo que possamos fazer, além da contribuição comum a que são chamados os batizados? A ERI desafia-nos a responder a essas perguntas, propondo-nos uma reflexão acerca da missão dos casais das ENS como testemunhas do casamento cristão. Na origem dessas questões está o caráter missionário da Igreja, que recebeu a missão de anunciar a verdade da salvação até os confins da terra desde os tempos dos apóstolos. (LG no 17) Em decorrência, todos os fiéis, pelo compromisso batismal, são chamados a reviver a mesma comunhão com Deus e a manifestá-la ao mundo. O tema de 2008 "Testemunhas a serviço dos casais" pretende analisar a realidade cultural do mundo atual tendo como parâmetro o EvanCM 422


gelho de Jesus Cristo. A ruptura entre o Evangelho e a cultura será o problema com que nos defrontaremos para descobrir novas formas de inculturação da fé, nos diferentes âmbitos da vida humana. A franca oposição das atuais correntes de pensamento ao Evangelho afeta diretamente a estabilidade das nossas famílias, define a forma como ocorrem as relações interpessoais entre os esposos e dificulta a preparação dos casais para o matrimónio. Por isso, todos somos chamados a compreender os desafios que a cultura pós-moderna apresenta à evangelização. Desse contexto brotarão novas oportunidades de sermos fermento na massa (cf. Mt 13,33), de impregnarmos a ordem temporal com o espírito evangélico (LG n° 31) e de nos engajarmos a serviço do mandamento novo. Tendo o tema de estudo como ponto de partida, a Equipe da SuperRegião definiu o lema que animará o ano equipista de 2008. Uma sentença forte, sintética, clara, apontando, como propõe a Carta de Lourdes, o protagonismo na difusão do Matrimónio e da espiritualidade conjugal. Ei-lo: CASAL, APÓSTOLO DO SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO. A comemoração dos "60 anos dos Estatutos das ENS'' em 2007, facilita-nos apresentar o Lema como resposta às "razões de ser" do Movimento, publicadas na Carta fundacional (Estatutos de 1947). Eis os principais anseios dos nossos fundadores: • Eles querem que o seu amor, sanCM 422

tificado pelo sacramento do Matrimônio, seja um testemunho a todos os homens de que Cristo salvou o amor. • Querem ser missionários de Cristo por toda parte. • Querem fazer de suas ati vidades uma colaboração à obra de Deus e um serviço prestado aos homens. 6 O Lema sintetiza também as motivações que levaram a Igreja a reconhecer o Movimento, definitivamente, em 2002. O Decreto do Pontifício Concílio para os Leigos reconhece o Movimento pela sua irradiação apostólica, pelo esforço em formar os seus membros, pelo seu agir a serviço da família e da sociedade e pela ajuda que dá aos casais para viver de forma cristã sua vida matrimoniaP Na Carta Mensal de agosto último, em artigo alusivo aos "60 anos dos nossos Estatutos", o Padre Epis retoma o desejo do Padre Caffarel de proporcionar um caminho que guie os casais rumo à santidade, para dizer-nos que esses objetivos não podem permanecer na privacidade. Eles devem ser oferecidos à humanidade inteira. 8 Tal colocação recorda-nos a perspectiva missionária dos apóstolos no episódio da Ascensão, quando ainda vislumbravam o Reino messiânico identificado com Israel. Senhor, é porventura agora que ireis restaurar o Reino de Israel?" (At 1,6) A resposta de Jesus amplia o horizonte dos apóstolos, colocando-o na perspectiva de todas as nações da terra: "Sereis minhas testemunhas 5


em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra." (At 1,8b) Assim como os apóstolos, nós também necessitamos romper "fronteiras". As nossas ambições de evangelização devem ultrapassar os limites da nossa vida conjugal. Devemos ir além dos umbrais da nossa casa, da nossa equipe e do Movimento. O mundo necessita de casais dispostos a testemunhar o seu compromisso na busca da perfeição cristã, o seu compromisso com o matrimônio e com a vivência do amor conjugal. O Senhor confia a nós, casais, pelo sacramento do Matrimonio, uma missão que transcende à responsabilidade apostólica que podemos assumir, individualmente, em função do batismo. O próprio Matrimônio fornecerá a graça de que necessitamos para nos santificar no estado de vida de casados e também para desempenharmos a nossa função na Igreja e no mundo. Confiando que a nossa capacidade para a missão decorre da espiritualidade conjugal, vamos assumir na fé e na alegria o nosso papel de casal apóstolo do sacramento do Matrimônio.

Objetivos e ações a realizar Objetivos: • Promover uma tomada de consciência quanto à função e responsabilidade próprias dos esposos cristãos, em decorrência do sacramento do Matrimônio. • Estimular os esposos à sua missão evangelizadora na Igreja e no 6

mundo pelo testemunho do seu amor conjugal. Ações a realizar: 1. Ênfases A temática para 2008 abre a perspectiva de testemunharmos que o matrimônio é verdadeiramente um caminho de felicidade e de santidade. Por isso, elegemos dois meios propostos pela pedagogia das ENS para nos ajudar a renovar o nosso amor conjugal.

O Dever de Sentar-se Uma vez mais o Dever de Sentar-se será o PCE a ser enfatizado. Desta vez, o motivo não será a dificuldade em vivenciá-lo. Ao contrário, o motivo será a alegria e a felicidade presentes no coração dos casais que têm a ousadia de amar. E, em decorrência, abrem-se para acolher o mistério e o dom um do outro, pois sabem que são amados por Deus. 9 A necessidade de revisarmos e reeditarmos o livro O Dever de Sentar-se foi influenciada pelas orientações de Lourdes e pela temática para 2008. O resultado acabou sendo o livro: Casal em Diálogo. Um livro capaz de atender as necessidades do "dever de sentar-se" dos equipistas e, ao mesmo tempo, ajudar a todos os casais que, como nós, querem que o diálogo conjugal na presença de Cristo transforme a sua vida conjugal em sinal de salvação. Assim, em 2008, aqueles que o desejarem poderão enriquecer a vivência desse importante PCE sob o influxo de novas luzes e poderemos partilhar de forma mais enfática o CM 422


valor e os cuidados que dedicamos ao nosso principal projeto de vida.

Vivência da Partilha na reunião mensal Ser testemunha a serviço dos casais implica compartilhar com outras pessoas a própria experiência cristã. A partilha na reunião de equipe torna realidade a ajuda mútua espiritual e permite comunicar a experiência de Cristo vivida no engajamento dos PCE. O Guia das ENS propõe esses engajamentos como meios de desenvolver atitudes de vida que favoreçam uma espiritualidade que nos aproxime de Deus, do cônjuge e dos outros. Desejamos que todas as Províncias, Regiões e Setores, em 2008, dinamizem a partilha em suas equipes, alicerçada na vivência dos PCE ao longo do mês.

2. Presença à Eucaristia A Igreja no Brasil está realizando um esforço para que cada batizado faça da Eucaristia o coração do domingo. Ela também procura valorizar a celebração eucarística nos dias de semana. 10 Desde que entramos nas ENS, há 24 anos, percebemos o empenho dos responsáveis pelo Movimento em estimular a participação na Eucaristia. Nós mesmos começamos a ir a missa dominical a partir da entrada nas ENS. Em particular, aos casais que exercem responsabilidade na equipe de base ou nos quadros do Movimento é solicitado participar de uma missa extra, semanal, na intenção da sua equipe (setor, região etc.). A CM 422

prática da missa-extra, a vivência dos PCE e o tema de estudo estimulam a valorização da Eucaristia diária como fonte de santidade e de comunhão eclesial. Essa vivência transformou o sentido que dávamos à nossa vida, modificou a maneira de viver as nossas relações e também a compreensão do nosso papel de casal na Igreja e no mundo. Ficou muito claro para nós o sentido que Pe. Tandonnet queria dar à responsabilidade no Movimento. "Uma responsabilidade espiritual só pode ser recebida do Senhor e ninguém pode apropriar-se dela. Isto quer dizer que é preciso manter-se em união com Aquele que nos confiou essa responsabilidade. " Pe. Tandonnet- (Guia das ENS, p. 40) Por isso, os convidamos a participar e a animar a participação na: • missa-extra, semanal, pelos CRP, CRR, CRS e CRE. • missa dominical por parte de todos os equipistas.

3. Formação no Setor A expansão do Movimento exige um esforço permanente de formação no âmbito do Setor. Desejamos em 2008 revitalizar a ação do Ca-

sal Ligação. A Carta de 1947 evidencia que os Casais Ligação foram instituídos para tornar mais fecundos e estreitos os laços entre a Equipe Dirigente e as demais equipes 11 • Com a instituição dos casais ligação mantevese o mesmo tom de cordialidade fraterna que se possuía quando o número de equipes era menor e ligavam-se diretamente à Equipe Diri7


gente. O Setor e a Região surgiram mais tarde. O Setor e a Região assumiram algumas atribuições da Equipe Dirigente e os casais ligação continuaram exercendo as mesmas atribuições anteriores, passando apenas a ligar setores e equipes de base, como ocorre até hoje. O Guia das ENS (p. 41) afirma que: "A ligação é indispensável para a construção de um espírito de comunidade e de unidade, para dar sentido de pertença ao Movimento e de fidelidade aos seus objetivos e ao carisma fundador." Diz mais: a ligação deve, sempre que possível, ser pessoal e deve ser realizada num espírito de oração e de amizade.

lada para que os nossos propósitos sejam iluminados e nos seja concedida força para nos engajarmos a fundo nas Equipes e na missão de testemunhas de Deus ao serviço dos casais. Que a Sua graça sustente os nossos esforços em 2008 e abra-nos à perspectiva de uma espiritualidade conjugal fecunda e de uma longa história de amor a serviço da Igreja e do mundo.

Graça e Roberto - CRSR

••• NOTAS BIDLIOGRÁFICAS l.

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4. Adesão à Causa de Beatificação do Pe. Caffarel Continuaremos em 2008 estimulando a adesão dos equipistas brasileiros à causa de Beatificação do Pe. Caffarel. Para tal, todos estamos convidados e seremos animados a nos engajarmos: • rezando diariamente, em casal, a Oração pela Beatificação do Pe. Caffarel. • aderindo (inscrevendo-nos) na Associação de Amigos do Pe. Caffarel. Essas são as Orientações para 2008. Elas enchem-nos de esperança, pois são fundadas no mandamento do amor que Jesus fez chegar até nós, para que manifestemos ao mundo a beleza do amor conjugal vivido no matrimónio. Por isso, pedimos a intercessão de Jesus Cristo e da sua Mãe Imacu8

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I O. 11.

ÉPIS, padre Angelo. Jesus estava sentado na beira do poço. ln: ENS -BRASIL. Carta Mensal n° 417, maio de 2007. São Paulo: Nova Bandeira. p. 8. CAFFAREL, padre Henri. Carta de oração n• 7. ln : Presença de Deus: cem cartas de oração. São Paulo: 2• ed., Loyola, 1980. p. 7. ENS - ERI. Carta de Lourdes. Lourdes: 2006. p. I . VOLPINI, Cario e M• Carla. Refletir o amor de Cristo. In:ENS - BRASIL. Carta Mensal no 414, dezembro de 2006. São Paulo: Nova Bandeira. p. 6. CAFFAREL, padre Henri. A mi ssão apostólica do casal e da família . ln: A missão do casal cristão: surgimento e caminhada das ENS. São Paulo: Loyola, 1990. p. 168- 169. CAFFAREL, padre Henri. A missão do casal cristão: surgimento e caminhada das ENS. São Paulo: Loyola, 1990. p. 27-28. PONTIFICIUM CONSILIUM PRO LAICIS. Decreto de reconhecimento das ENS. Encarte, p. III. In: Carta Mensal n° 381, maio de 2003. São Paulo: Nova Bandeira. ÉPIS, padre Angelo. A Carta das ENS faz 60 anos. ln: ENS - BRASIL. Carta Mensal n° 419, agosto de 2007. São Paulo: Nova Bandeira. p. 7. CASTRO, padre Flávio Cavalca de. Apresentação do livro Diálogo em Casal. São Paulo: Santuário, 2007. p. 2. CNBB. Diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil- 2003/2006. (n• 29). São Paulo: Paulinas, 2003 . p. 25 . CAFFAREL, padre Henri. A missão do casal cristão: surgimento e caminhada das ENS . São Paulo: Loyola, 1990. p. 38.

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ESP1R1TUAL1DADE CONJUGAL E A SANTIDADE Para começarmos a falar de "espiritualidade conjugal e santidade", não podemos deixar de relembrar as palavras do Pe. Caffarel em sua carta a Pedro Moncau: " .. . os grupos de casais ... têm o objetivo essencial de ajudar os casais a tender para a santidade nem mais, nem menos". (Henry Caffarel, um homem arrebatado por Deus, p. 81) Temos então aí uma meta dentro deste Movimento que abraçamos em nossa vida: tender para a santidade. Santidade que não se constrói num piscar de olhos, mas num caminho longo a ser percorrido a dois, buscando sempre a felicidade. Pe. Manoel Iceta, em palestra proferida no Encontro Internacional de Fátima, dizia: "Os esposos são uma presença específica de Cristo no meio de homens e mulheres de cada época da história. Esta presença específica dos esposos vive-se na espiritualidade conjugal". A palavra espiritualidade vem de "espírito", mais especificamente, de "Espírito Santo". Quer dizer, o homem e a mulher espirituais são pessoas que vivem do e no Espírito de Deus, mergulhados no Dom maior do Amor divino. Homem e mulher casados significa que ambos vivem CM 422

de acordo com o Espírito Santo, que é o amor existente entre o Pai e o Filho. No matrimônio cristão, o casal sela seu compromisso de vida a dois no amor, buscando a santidade, fundamentado no Amor de Deus, na rocha que é Jesus Cristo para a glória do Pai. O casal cristão começa a formarse no momento em que recebe o sacramento do Matrimônio, e continua a sua formação cotidianamente. Na medida em que responde positivamente a Deus, todo casamento é um sacramento. O lugar sacramental não é somente o altar da Igreja, mas também a casa, a mesa, a cama. Eis os meios habituais de que nós casais dispomos para nos santificar. Estes meios tornam-se caminho de santidade, se soubermos utilizá-los. Alguém, percorrendo o catálogo dos santos, colheu a impressão de que 9


nele só existem padres e freiras e que a santidade não seria possível senão nos conventos ou nas fileiras clericais. Ledo engano quem pensa assim. Convém citar que o Catecismo da Igreja Católica, em seu n° 2360, diz: "No casamento, a intimidade corporal dos esposos se toma um sinal e um penhor da comunhão espiritual. Entre os batizados os vínculos do matrimônio são santificados pelo sacramento". Donde se vê que o matrimônio abençoado por Deus é um estado de vida que santifica os cônjuges. Deus concede aos esposos a graça necessária para que, atendendo aos afazeres e compromissos respectivos, mais e mais se unam ao Senhor e cheguem à perfeição cristã. E a própria história atesta que existem casais santos. Em 2001 a Igreja Católica Romana beatificou o primeiro casal, em toda a sua história. A Igreja concluiu que o casal Quattrocchi é uma extraordinária testemunha do profundo mistério que é o sacramento do Matrimônio. E assim este casal dos nossos tempos foi declarado "beato", depois de ter sido julgado modelo de espiritualidade cristã, vivendo heroicamente o matrimônio e a família. O Papa João Paulo II declarou, quando da sua beatificação em 2001: "Queridas fanu1ias, hoje temos a singular confirmação de que o caminho da santidade, seguido juntos como casal, é possível, é lindo, é extraordinariamente frutuoso e é fundamental para o bem da farru1ia, da Igreja e da sociedade". O matrimônio, mergulhado no 10

Espírito de Deus na normalidade do dia-a-dia, toma-se um sacramento de celebração contínua. E celebrar é fazer da nossa vida uma grande e perfeita liturgia. (Pe. Tarcísio, um dos quatro filhos do casal, numa entrevista disse: "A nossa fanu1ia era uma farru1ia normal, que tentava viver os diversos relacionamentos num plano de alta espiritualidade"). Enfim, eu e você, marido e mulher, somos sacramento para os nossos filhos. É o primeiro lugar onde Deus se faz próximo e se torna presente. E a nossa casa deverá ser para todos os que a visitam lugar de encontro com Deus. Lugar onde se sintam acolhidos, escutados, compreendidos. Para isso precisamos descobrir no Evangelho como Cristo acolhia, escutava e compreendia os que se aproximavam dele. É preciso que assumamos em casal este caminho de santidade. Embora, em vista da maternidade divina, Maria tenha sido concebida imaculada, ela teve o apoio do seu fiel esposo para viver a fidelidade a Deus e, igualmente, José encontrou em Maria o grande apoio para ser "justo", como esposo e como pai "legal" do Filho de Deus. Pela sua fidelidade mútua e fidelidade a Deus, eles são modelo de santidade para os esposos. Peçamos juntos à Rainha de todos os santos que nos ajude a responder, com generosa fidelidade, ao chamado de Deus a sermos santos como Ele é Santo.

Nilza e Nivaldo CR Província Centro-Oeste CM 422


EQUlPE DE NOSSA SENHORACOMUNlDADE DE lGREJA O tempo em que vivemos não é como um pano de fundo sobre o qual se desenrola a vida do cristão: os cristãos não vivem numa realidade ou numa sociedade à parte. Sua história pessoal os coloca inteiramente dentro da sociedade humana e eles são chamados a viver na história, guardando critérios precisos, a fim de discernir os valores negativos e aquilo que é bom para o ser humano. A fé cristã, hoje, deve ter em conta o contexto e a confusão de numerosos homens e mulheres que vivem na sociedade atual, caracterizada por uma cultura fortemente pluralista e ao mesmo tempo individualista. Nossa época é marcada pelo fim das ideologias fortes e deixa o indivíduo só e em dificuldade: é necessário elaborar uma nova cultura de acolhida, de respeito mútuo e de diálogo entre as civilizações e as religiões, sem esquecer as raízes cristãs da maior parte do mundo. As primeiras convocadas são as Igrejas, para que, por meio do ecumenismo, possam desenvolver um sentido maior de respeito e de fraternidade. Além disso, é importante fazer um discernimento da época em que vivemos, para poder ler com atenção as transformações culturais e as implicações antropológicas que ali tomam forma. Este desafio foi acolhido pelas Equipes em Lourdes, em 2006. Fazemos parte das Equipes para esclarecer e fortalecer nossa vivência crisCM 422

tã, dentro de uma comunidade de fé, de esperança e de amor. Fazer parte da história e da Igreja nos coloca, a cada instante, diante de novos questionamentos, porque não vivemos fora delas, mas respondemos a um apelo do Espírito Santo. Não somos equipistas por acaso ou simplesmente porque desejamos uma santificação solitária e individual. Tornarmo-nos reflexo de Cristo implica em visibilidade, compreensão, valorização de nossa pertença à equipe. Significa responder, hoje como ontem, às carências do ser humano, que quer amar e ser amado. A redescoberta do Padre Caffarel e o carisma que ele trouxe para a Igreja tornam-se cada vez mais importantes. À pergunta que lhe dirigiu um religioso: "Que sinal lhe permite reconhecer, nos casais, que está começando o declínio do amor?", após um momento de reflexão, ele respondeu: "decidir não fazer mais pela pessoa que se ama, aí está, tenho certeza, não apenas o sinal, mas, 11


em primeiro lugar, a causa do declínio do amor. Entenda-se bem: 'fazer mais' pelo bem e pela felicidade de um ser consiste, às vezes, em incitá-lo a fazer mais, ele também, pelo nosso bem e pela nossa felicidade" ... "Para o amor verdadeiro, não existe jamais o repouso. No dia em que se decide não fazer mais pela felicidade do outro, achando que já se fez o suficiente, nesse dia o amor está condenado, talvez se deva mesmo dizer que morreu ... Sobra um devotamento, uma simpatia, uma atração sensível, 'certo amor', mas já não é o amor" (Henri Caffarel, Nas encruzilhadas do amor, Os aposentados do amor, ed. Santuário, páginas 112-113). Como se pode deduzir deste texto, entre outros, o Padre Caffarel nos remete constantemente ao amor, ao amor que compreende "que há mais alegria em dar do que em receber". Ao amor que sabe enumerar todas as suas características: relação, fecundidade, prazer... Um amor que, com freqüência, hoje, parece estar doente, por se limitar justamente à simpatia ou ao prazer ou ao diálogo. O que me leva a dizer: "devemos curar nosso amor doente". Devemos redescobrir, com vigor e coragem, todas as cordas da sinfonia amorosa. Na realidade da vida conjugal, fala-se muito de farru1ia, de fecundidade, de problemas do casal, mas é preciso ter a coragem de ir mais além: à fonte do amor, fruto do Espírito, que é "alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio" (Gl 5, 22). Está na hora de um dever de 12

sentar-se para nos questionarmos sobre o nosso amor. A sociedade precisa disso, a Igreja precisa disso. O nosso amor ainda manifesta e segue a Cristo como modelo? Tem sua fonte no amor do Pai? É obra do Espírito? Ele lembra que "Deus é amor"? O grito de amor da humanidade nos mostra rostos e imagens muitas vezes deformados, para não dizer aberrantes. É nossa missão na Igreja- e para sermos comunidades de Igreja redescobrir e voltar a oferecer um amor purificado de todas as suas deformações e de suas imagens falsas e desviadas. O ser uma comunidade de Igreja nos convida a viver uma vida correta e madura no plano pessoal, por meio da educação dos sentimentos, da maternidade e da paternidade, da farru1ia e, finalmente, uma capacidade de relações sociais com os outros, para permitir a geração de um tecido social aberto à esperança. É um convite a encontrar maneiras de as comunidades cristãs, que se situam no interior da história, serem locais significativos e pontos de referência nas regiões muitas vezes anônimas em que vivem. As equipes podem ser tecelãs de vínculos verdadeiros entre pessoas, entre gerações e entre as instituições da região, estimulando a existência de um critério lógico de concórdia e colaboração. Qual é o sentido de nossa vida de homens e mulheres? É urgente debruçar-se sobre essa lógica, que parece escapar de todo controle e que dilacera diariamente o tecido familiar e social, obrigando a estilos e CM 422


ritmos de vida que não favorecem a vida em comum e a dignidade do ser humano. Uma sociedade dominada pela técnica e pela racionalidade científica não anula a vivência da fragilidade que desponta continuamente na fraqueza do ser humano que, diante dos fracassos, das desilusões, dos sucessos e das alegrias, faz a experiência de seus limites e de suas maravilhosas potencialidades. A esperança cristã manifesta-se na maneira de viver com dignidade essas experiências e na atenção às situações de grande fragilidade: a acolhida às crianças, os cuidados com os doentes, o auxílio aos pobres, a hospitalidade para com o abandonado e o estrangeiro, a visita aos presos, a assistência aos doentes terminais e a proteção às pessoas idosas são formas de solidariedade completa. Trata-se de imaginar um estilo de vida que leve em conta a natureza do homem e a sua verdade. O que se deve transmitir hoje e como garantir um amor que tenha sua fonte em Cristo e dê um sentido à vida? Como transmiti-lo às novas gerações? O problema da transmissão diz respeito a todos os níveis da sociedade. Infelizmente, em Igreja, falta-nos muitas vezes denunciar o esgotamento da comunicação, não tanto por falta de crítica em relação à sociedade atual, mas sobretudo pela incapacidade de discernir os verdadeiros mecanismos políticoculturais e denunciar um sistema de informação, que veicula com demasiada freqüência modelos banais e superficiais, fomentando uma cultura individualista e consumista. AsCM 422

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No dia em que se decide não fazer mais pela felicidade do outro, achando que já se fez o suficiente, nesse dia o amor está condenado ... I

sim também, em Igreja, corre-se o risco de ficar apenas imaginando um uso mais cuidadoso dos sistemas de informação e uma maior presença do sentido religioso nessas áreas, sem discutir, porém, os modelos de vida que são veiculados e desistindo de dar uma formação cultural à altura das questões atuais. Ao nível das escolhas dos equipistas, dever-se-ia sublinhar a necessidade de uma formação cristã mais enraizada no Evangelho e uma presença visível e enriquecedora na sociedade. É preciso, por fim, não banalizar o fato de sermos equipistas, mas vivenciar toda a força criadora dessa realidade, para comunicá-la ao mundo que invoca o amor para a cura das feridas individuais e sociais. Padre Angelo Epis Conselheiro Espiritual da ERI 13


"SE CONHECESSES O DOM DE DEUS ... " <Jo 4,1 o)

Por que meditarmos sobre este versículo do Evangelho de João? Porque este foi o texto sobre o qual refletiram os casais da ERI, juntamente com os casais responsáveis de Região e Super-região, durante os trabalhos do Colégio que se desenrolou no mês de julho, em Durhan, Inglaterra. Como não nos é possível partilhar com todos os casais do Movimento esses dias de reflexão e de trabalho, desejamos partilhar ao menos alguns pensamentos, para nos sentirmos unidos espiritualmente, embora estejamos fisicamente distantes uns dos outros. Antes de mais nada, releiam esta passagem do Evangelho e imaginemse lá, à beira do poço, tendo ido procurar água, sem estar preparados para o encontro com o Senhor: vocês podem ser simples espectadores ou imaginar-se no lugar da samaritana. A passagem do encontro de Jesus com a samaritana no poço de Jacó, no Evangelho de João, se desenvolve sobre a metáfora de uma necessidade: a sede. De um lado está Jesus, que tem sede e não tem com que tirar água do poço: ele tem uma necessidade evidente. Do outro, a samaritana, que traz dentro de si, mesmo sem perceber, uma necessidade mais profunda, pois é pecadora. A palavra de Jesus inverte a situação inicial: "Se conhecesses o dom de Deus e quem é que te diz: dá-me 14

de beber, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria água viva". Como a samaritana, nós também não temos a capacidade de identificar nossas necessidades e o que nos é realmente essencial à vida, como a água. As palavras de Jesus, "se tu conhecesses ... ", nos levam, como à samaritana, a nos perguntarmos como podemos tomar consciência de nossa carência e a compreendermos em qual fonte nossa vida ganha significação e beleza. O dom de Deus já está disponível. É necessário reconhecê-lo e anunciálo, como Jesus o anuncia. É uma grande empreitada este anúncio, para que o mundo tome consciência de que é amado por Deus e destinatário do maior dom que se pode obter: o da vida de Deus, de sua energia, de sua alegria, de sua criatividade. As necessidades humanas, a sede das pessoas e os sofrimentos da história humana chegam até nós cada dia, cada vez mais e de todas as parCM 422


tes do mundo: grandes tragédias de violência e de guerra, grandes multidões de pobres marginalizados, em confronto com a opulência e o egoísmo de minorias ricas da terra. Devemos, antes de mais nada, reconhecê-las e identificá-las. Somente quem olha com os olhos de Deus pode perceber o sofrimento e as necessidades da humanidade sofredora, a tragédia de muitas famnias, a solidão, o abandono, e compadecer-se. Quem não acolhe o dom de Deus olha para .a vida sem ver, vive na superfície da realidade. Acolher o dom de Deus e o seu amor por nós é, então, a condição indispensável para que se abram nossos olhos e consigamos perceber a sede de Vida que há ao nosso redor, a começar por nossas fanu1ias, da necessidade de ternura e perdão em nossa vida conjugal e na relação com nossos filhos, até a necessidade de amor que sentem os pobres, que é mais forte que a necessidade de pão, como dizia Madre Tereza de Calcutá. "Quem beber da água que eu lhe der jamais terá sede. Mas a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água que mana para a vida eterna" (Jo 4,14). Conhecendo assim em profundidade o amor de Deus por nós, podemos dar um significado novo à nossa vida e, enfim, ver e perceber quanta necessidade de Deus há em nós e ao redor de nós, quanta procura por água viva, muitas vezes reprimida. Quanta procura de amor chega até nós .. . Precisamos examinar-nos para identificar nossas necessidades, olhar ao redor de nós para conhecer melhor CM 422

os que nos são próximos, procurar e descobrir as necessidades do homem de hoje, olhar com os olhos de Deus e ser os primeiros a acolher seus dons, permanecer em relação com Ele, ter a alegria de transmitir ao outro o seu dom (o amor do cônjuge por nós, reflexo do seu amor), sentir-se parte de uma comunidade eclesial destinada à humanidade inteira. Poderemos também transformarnos em fontes de água viva, ser instrumentos dóceis nas mãos de Deus, para que seu sorriso chegue a quem se sente só, desesperado, abandonado. É o que o Pai espera de nós, que nos tomemos portadores de sua ternura, de seu perdão, de sua graça. Que continuemos sua obra criadora, para que toda realidade seja envolvida por sua graça e seu amor. Em resumo, os elementos fundamentais deste quadro são três: • A água, como metáfora de uma sede não satisfeita. Quais são realmente nossas necessidades? Que água pode saciar nossa sede? • O poço, como fonte da qual tirar a água. E de qual poço nós vamos beber? • O encontro com Cristo que pode revolucionar nossa vida. O que estamos dispostos a mudar, após o nosso encontro com o Senhor? Um bom dever de sentar-se, uma profunda reflexão em oração, uma troca de idéias com os irmãos de nossa equipe podem ser uma boa ajuda para encontrarmos nossas respostas.

Carla e Maria Carla Volpini CR da ERI 15


A VlDA DAS ZONAS A metodologia e a organização das ENS foram sendo criadas pouco a pouco, com a finalidade de ajudar os casais a construir e renovar sua vida conjugal: seguir a Cristo, em casal, cada dia um pouco mais de perto, de tal manerra que nosso amor seja o reflexo e o sinal do amor de Deus. Todas as equipes são constituídas de modo a podermos nos dedicar a isto. Quando o número de equipes aumentou muito, tanto na França, como em outros países da Europa, da América e, depois, em países de outros continentes, as ENS aperfeiçoaram estruturas que favorecem a unidade e a ajuda mútua entre as equipes: • Inicialmente, foram criados os setores e as regiões; • Depois, as super-regiões, os setores e as regiões ligados à ERI; • E, agora, as zonas: elas ligam entre si as super-regiões e os setores ou regiões ligados diretamente à ERI. As zonas foram criadas no Colégio de Houston, em julho de 2001. São tão recentes que nem são mencionadas no Guia das ENS (maio de 2001). Há hoje quatro Zonas: • América: Super-Regiões Brasil, Hispano-América, Estados Unidos e a Região do Canadá; • Centro-Europa: Super-Regiões 16

de França-Luxemburgo-Suíça, da Bélgica, as Regiões Germanófonas , Polônia, Ilha Maurício e Líbano; • Euráfrica: Super-Regiões Espanha, Itália, Portugal e África de fala francesa, e ainda a Região da Síria; • Eurásia: Super-Regiões Oceania e Transatlântica, a Região da Índia e os Setores de Filipinas e Coréia. Graças às Zonas, a ERI está ligada a todas as equipes do Movimento. Dos 6 casais da ERI, 4 se dedicam a acompanhar as Zonas. São chamados "Casais Ligação de Zona".

Uma liqação vertical, ascendente e descendente Em clima de amizade e confiança recíproca com os casais responsáveis das super-regiões e regiões ligadas, os casais membros da ERI devem fazer conhecer, nos países que CM 422


fazem parte da zona, a história e a realidade das equipes. É indispensável conhecer a história e a realidade atual dos povos (economia, cultura, tradições, religiões). É necessário, também, que saibamos comunicar-nos com os responsáveis, através de telefone, email, internet, mas, sobretudo, visitando-os pessoalmente, hospedandonos, na medida do possível, em suas casas, ou sendo acolhidos por outros casais das equipes. É muito importante aproveitar a ocasião para estar com os casais responsáveis e com suas equipes. Poderemos, então, nos conhecer melhor e discernir quais são os objetivos e as necessidades, os sucessos e as dificuldades. Podemos, assim, assumir as equipes e partilhar com elas. Temos, ainda, a obrigação de comunicar aos super-regionais e aos regionais da zona os objetivos e as preocupações da ERI, que devem estimular a unidade e a solidariedade no próprio coração da internacionalidade do Movimento. Após cada reunião da ERI, nós informamos a eles os assuntos tratados e pedimos sua colaboração.

a ERI. Devemos favorecer a amizade e um profundo conhecimento mútuo, de modo que formemos uma pequena comunidade de casais cristãos e para que oremos uns pelos outros, partilhando alegrias e tristezas, ajudando-nos mutuamente.

As reuniões de Zona Há geralmente duas por ano: • Uma, com duração de um dia, acontece no final do Colégio Internacional, reunião anual dos responsáveis pelas super-regiões com a ERI; • A outra, alguns meses mais tarde, durante um fim de semana, que segue o modelo de uma reunião de equipe de base: co-participação, oração, partilha, tema de animação, solidariedade e atividades próprias da zona. Costumamos fazê-las cada ano num país diferente da zona, pois a hospitalidade aproxima os que acolhem e os que são acolhidos. Nessas reuniões, reservamos também tempo para uma confraternização festiva e também para nos encontrarmos com os equipistas de base que nos hospedam em suas casas.

Uma liqaçdo horizontal Eventos significativos acontecem em cada país e é bom que todos possam acompanhá-los. Ao mesmo tempo, as preocupações e as dificuldades de uns podem ser partilhadas por outros, através da oração. Faz bem a todos o pôr em comum, a participação ativa e a prece comum dos responsáveis super-regionais e regionais em ligação com CM 422

Os casais "ligação de zona" devem cuidar para que se crie entre todos um clima de comunhão, onde ninguém se imponha, que sejam favorecidas as relações entre os responsáveis de super-regiões e regiões, dialogando sobre as conclusões de cada reunião da ERI e ajustando uma comunicação fluente entre os responsáveis da ERI, de modo recíproco. 17


As super-regiões e as regiões de cada zona prestam-se mútua ajuda espiritual e material, praticando a solidariedade internacional entre as equipes. Como exemplo, citamos o que aconteceu na Zona Euráfrica: desde 2004, as equipes das SuperRegiões Itália e Espanha, com sua prece e recursos financeiros importantes e contínuos, ajudaram em programas de formação de casais responsáveis de setor e de região e de pilotagem da Super-Região África de fala francesa, de regiões de Angola e Moçambique. Todos os serviços no seio da ERI têm a duração de seis anos. É o tempo de nossa ligação na Zona. É uma tarefa apaixonante, em que devemos fazer esforços, inclusive lingüísticos, para escutar e nos fazer entender. Na Zona E uráfrica, por exemplo, são

utilizadas Slínguas: árabe, espanhol, francês, italiano e português. As atividades de ligação, acolhimento e ajuda mútua realizam-se pela graça de Deus, que pedimos cada dia, a fim de que Ele aumente em nós a Fé, o Amor, a Esperança, e para que Ele renove nossa disponibilidade e nosso entusiasmo neste serviço. Recebemos, em troca, o cêntuplo. Diante desta constatação, queremos agradecer aos casais e aos sacerdotes de Camarões, com quem nos encontramos durante um intenso fim de semana de formação em Douala. Quanto recebemos dessas pessoas! Obrigado a todos!

Maru e Paco Casal Membro da ERI - Casal Ligação da Zona Euráfrica !

" ... lendo sua carta tão amiga, tive a impressão de uma descoberta. E, alguns dias depois, folheando os Estatutos e as Cartas Mensais, minha primeira reação foi francamente de emoção. Porque, segundo meu parecer, é exatamente isto que há muito tempo procurávamos. É exatamente a fórmula que corresponde às nossas necessidades". (da carta de Pedro Moncau Júnior a Pe. Caffarel, de 14 de fevereiro de 1950) " ... descobrir que há, no outro lado do mundo, casais que têm as mesmas ambições, as mesmas aspirações cristãs, que fa zem um esforço análogo, é infinitamente reconfortante . .. .Saibam que lhes estou muito unido na oração e que desejo muito conhecer suas experiências, seus estudos, seus sucessos.·~ (da carta resposta de Pe. Caffarel a Pedro Moncau) (extraído do livro de Nancy C. Moncau, O Sentido de uma Vida, pág .s 115 e 116) 18

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ENCONTRO DO COLEGlADO NAClONAL Abertura Permitiu Deus que, neste ano de 2007, a sua graça se fizesse notadamente presente d~rante todo o Encontro do Colegiada Nacional, acontecido nos dias 17, 18 e 19 de agosto, na Casa Santa Fé, em São Paulo. Passaremos a apresentá-lo, em breves resenhas. Na tarde de sexta-feira, a chegada: A Super-Região acolhe carinhosamente os Casais Regionais e Sacerdotes Conselheiros. Entre os que chegavam, a alegria do reencontro ou o abraço cordial de irmãos dando-se a conhecer no primeiro encontro. À noite, a abertura do Encontro, com a animação de Ângela e Luiz, que, em nome da Super-Região, com muito carinho, dão as boas vindas a todos, em especial acolhendo os casais que seriam empossados na responsabilidade durante o evento. Lembrando o objetivo principal do sermos equipistas, que é buscar a CM 422

2007

santidade através da espiritualidade conjugal, vivendo o sacramento do Matrimônio, colocam o Encontro sob a intercessão do Servo de Deus Padre Caffarel. E de repente, então, um vídeo envolve a todos na mútua acolhida, enlaçando todo o Brasil Equipista num grande abraço de amor e serviço. Em seguida, o Casal Responsável pela Super-Região Brasil, Graça e Roberto, declara oficialmente aberto o Encontro e passa a apresentar os membros da Equipe da Super-Região: cada um dos casais responsáveis pelas sete províncias (que montam o mapa das Equipes no Brasil), os três casais apoio (Tesouraria/Secretaria, Comunicação Externa e Carta Mensal) e o SCE da SR, Frei Avelino. Por fim, em conjunto, os casais e sacerdotes de cada província se apresentam, todos dispostos a muita oração e trabalho no final de semana. 19


SlGNlACADO DO ENCONTRO

Prosseguindo, Graça e Roberto dizem do significado do Encontro do Colegiada Nacional e seus objetivos. O Colegiada Nacional é integrado por: • 7 casais Responsáveis Provinciais. • 45 casais Responsáveis Regionais. • Casal Responsável pela SuperRegião. • SCE da Equipe da SR. • 3 casais Responsáveis, respectivametne, pela Carta Mensal, pela Secretaria!fesouraria e pela Comunicação Externa. • E, como convidados, os SCE das Províncias e das Regiões. O Colegiada, mais do que um método de trabalho, é uma instituição das ENS para favorecer a coparticipação dos dons diversos e complementares que o Espírito Santo concede às pessoas. Através da reflexão, discussão, discernimento e o consenso, o Colegiada deve ajudar na busca comum da verdade e fazer acontecer um encontro mais profundo entre os membros dos quadros, a exemplo do que ocorre na 20

vida do casal e na vida da equipe. Viver a colegialidade implica em aprofundamento da vida espiritual. Destacam que ser casal responsável de setor, região ou província é ser responsável por todo o Movimento das ENS, que é Internacional, é ser os braços e as mãos do Movimento nos locais onde é exercida a responsabilidade. O Brasil inteiro está representado no Encontro do Colegiada Nacional, que pretende ser um momento de reflexão, discernimento e deliberação sobre a caminhada do Movimento e também de formação específica aos CRR. (Cf. Man ual da Formação, ed. 2004, p. 42) O Colegiada Nacional não seresume ao encontro anual. Ele é permanente: tem seus desdobramentos na província e na região e se expande para a vida do Setor, onde as orientações e decisões do Encontro Nacional são colocadas em prática. O Colegiada também é atuante quando seus membros colaboram com sugestões e estudos para decisões nas esferas de maior responsabilidade no Movimento. Especificamente, o Encontro do Colegiada Nacional visa a: • Animar os CRR para o exercício da responsabilidade. • Oferecer meios que auxiliem na reflexão e discernimento sobre a caminhada do Movimento. • Proporcionar momentos de evangelização, de formação e de troca de experiências entre os membros do Colegiada. • Realizar e celebrar a unidade do Movimento. CM 422


TESTEMUNHAS A SERVlÇO DOS CASAlS Frei Avelino, SCE/SR, em seguida às orientações de Graça e Roberto para o próximo ano (cf. pág. 3), expôs o tema de 2008: Testemunhas a serviço dos casais. Após lembrar que Jesus Cristo chamou e enviou os apóstolos para anunciar e testemunhar o Reino de Deus e dizer que a Igreja, pela voz dos papas Paulo VI e João Paulo II, espera muito das Equipes para o bem dos lares, faz breve histórico de como as equipes surgiram e como evoluíram na compreensão cada vez mais clara de que matrimônio é amor e que é amando que se progride na santidade. As Equipes de Nossa Senhora são dom do Espírito Santo derramado sobre a Igreja, para o bem do mundo. Portanto, o equipista é dom concedido para servir, em especial pelo testemunho. Só uma formação sólida e vida plena de verdade sobrevive à crise moral em que se banha o mundo hoje. As ENS têm uma missão para casais conscientes da própria vocação na Igreja, chamados a serem agentes de transformação do mundo, através da vivência do seu carisma fundador. Cristo nos chama a testemunhar, mas só é possível sê-lo se o testemunho brotar do crescimento interior. CM 422

O nosso testemunho deve ser o único atrativo para que casais busquem o Movimento. O casal equipista é chamado a servir pelo testemunho, ser aquele que sobe contra a corrente do achar que seja natural a situação matrimonial atual. Só a vida fala com autoridade. Assim era a Igreja nascente e crescente: "Falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos" (Jo 3,11). O casamento precisa ser sinal sacramental vivo do amor de Cristo pela Igreja, " ... encorajando a testemunhar incessantemente, de maneira explícita, a beleza e a magnitude do amor humano, do matrimônio e da família". (João Paulo II aos CR das Super-Regiões do mundo, reunidos em Roma, 20.01.2003) Ser testemunha para dar aos casais de hoje esperança de que o verdadeiro amor é possível. "Apresentar o espetáculo de uma vida conjugal feliz e santa é a maneira mais eloqüente de proclamar a salvação que Cristo oferece ao mundo, areconciliação entre a carne e o espírito, a união dos corações que Ele realiza aí onde há abertura à lei da caridade e ao acolhimento da graça". (Pe. Caffarel). É preciso testemunhar que marido e mulher tomam-se casal pela vivência do sacramento do Matrimônio, no dia a dia, ao longo dos anos. Nossa vida precisa ser um espe21


lho no qual o mundo veja o rosto de Deus, sem fugir das cruzes, pois Cristo Esposo deu a vida na cruz para testemunhar seu amor pela Igreja Esposa. Testemunhar é crer no que se vive. Não basta estar nas Equipes para ser testemunha. É preciso viver a sua proposta, com perseverante crescimento no exercício do ministério esponsal. Testemunhar é missão e desafio. Não é fácil, mas quem luta com Deus vence. Aliás, Deus vence através da nossa fraqueza (cf. Jz 7) . Frei Avelino conclui a palestra animando-nos a sermos testemunhas da Luz e da Verdade da vida matrimonial, que está em Jesus Cristo.

••• ZONA AMÉRICA

Silvia e Chico, casal membro da ERI, tendo presente a frase "o maior serviço da autoridade é o serviço da unidade que se fa z no amor, na união de corações, na caridade e no auxílio mútuo ", falam sobre a Zona América, da qual são o Casal Ligação da ERI. 22

As Equipes de Nossa Senhora nasceram na França. Como dom recebido do Espírito Santo e que não pode ser retido, as ENS se espalharam pelo mundo. São um movimento internacional presente em 70 países. Diante do crescimento numérico e geográfico das Equipes (49% nos últimos doze anos), uma das preocupações do Movimento é a manutenção da unidade da sua mística, carisma e pedagogia. Com a finalidade de zelar pela unidade na internacionalidade, surgiram as Grandes Zonas de Ligação da ERI: Zona Eurásia, Zona Eurá-

frica, Zona Centro-Europa e Zona América. Destacaram que a grande tarefa da ligação, em qualquer nível, é o zelo pela unidade. Ligar não é só transmitir comunicações, e sim saber discernir, criar laços, evangelizar junto, procurar em colegialidade a vontade de Deus para o Movimento. A Zona América é composta de três super-regiões (Estados Unidos, Hispano-América [12 países] e Brasil, e ainda a Região Canadá, ligada à ERI. É uma Zona com diversidades culturais, econômicas e de idiomas (Inglês, Português, Espanhol e Francês) e marcada por imensas distâncias. Nela se localizam 44% dos equipistas do mundo (47.823 membros), com uma média de 5,17 casais por equipe. • Observaram que há muitos fatores e pontos positivos pelos quais é preciso render graças a Deus, como, entre outros, o esforço para manter a fidelidade às fontes e a unidade, e a liberdade religiosa CM 422


ENCONTRO NAClONAL DAS EQUlPES DE NOSSA SENHORA 2°

Aorianópolis-SC, de

16

a

19

de julho de

2009

1NSTRUÇÕES PARA 1NSCR1ÇÕES 1. Quem pode se inscrever'? Todo equipista , em casal ou individual, Conselheiros Espirituais, viú vos, desde que integrando uma equipe do Movimento das Equipes de Nossa Senhora.

2. Período das inscrições De 5 de outubro de 2007 até 15 de abril de 2009.

3. Valor da Inscrição 3.1. O valor da inscrição com hospedagem, por pessoa, é de R$590,00. Neste valor estão incluídos • Hospedagem em hotel - 3 diárias (tarde do dia 16, dias 17 e 18 e manhã do dia 19). • Alimentação - 3 jantares e 3 almoços. • Translado (aeroporto/rodoviária aos hotéis, hotéis ao local do evento). Material do evento. Participação no evento. 3.2 . O valor da inscrição sem hospedagem, por pessoa, é de R$250,00 . Neste valor estão incluídos: • Alimentação - três almoços. Material do evento. Participação no evento.

4. Taxa de Inscrição No ato da inscrição será cobrada uma Taxa de Inscrição no valor de R$50,00 por pessoa . A Taxa de Inscrição já está incluída no valor total da inscrição, tanto na Inscrição com Hospedagem (R$590,00), quanto na Inscrição sem Hospedagem (R$250,00) .

S. Parcelamento 5.1. Os inscritos poderão optar por parcelar o Valor da Inscrição menos a Taxa de Inscrição, em até 15 parcelas mensais. Neste caso, com a primeira parcela a ser paga em fevereiro-2008 e a última em abril de 2009 . 5.2. O número de parcelas está limitado pelo mês em que se realiza a inscrição, de modo que a última parcela não ultrapasse o mês de abril de 2009. 5.3. Valor da Inscrição com Hospedagem, por pessoa (item 3.1) - Menos, Taxa de Inscrição por pessoa (item 4)

- Valor que poderá ser parcelado em até 15 meses 2Q Encontro Nacional das ENS

R$590,00 R$ 50 00

$ 540,00


5.4. Valor da Inscrição sem Hospedagem, por pessoa (item 3.2) R$250,00 - Menos, Taxa de Inscrição por pessoa (item 4) R$ 50 00 - Valor que poderá ser parcelado em até 15 meses R$ 200,00

6. Rotina das inscrições a) b)

c)

d)

Preencher a "Ficha de Inscrição" e optar por um dos Planos de Pagamento (ver Anexo 1); efetuar pagamento da "Taxa de Inscrição" no valor de R$50,00, por pessoa, no Banco do Brasil S/A, Agência 2375-2, Conta Corrente n°97071, (depósito ou transferência bancária); remeter a "Ficha de Inscrição" e comprovante de pagamento original da "Taxa de Inscrição", via Correios, ao Coordenador das Inscrições de sua Província; aguardar recebimento do carnê de pagamento, onde consta o número da Inscrição e o Plano de Pagamento, o que dará a condição de "Inscrito".

1. Desistências 7 .1. As desistências deverão ser formalizadas por escrito (carta ou E-mail) ao Coordenador das Inscrições em sua Província. 7 .2. Aos desistentes, que comunicarem sua desistência até 31 de março de 2009, será devolvido integralmente o valor das parcelas pagas, no mês subseqüente ao da comunicação. 7 .3. A partir de 01 de abril de 2009, as devoluções por desistência ficarão na dependência dos contratos assumidos para a realização do evento. 7 .4. O valor da Taxa de Inscrição não será devolvida .

8. Outras Instruções 8.1. As Inscrições são intransferíveis. 8.2. Será mantida a inscrição e garantida a participação no Encontro aos inscritos que mantiverem seus pagamentos em dia. 8.3. As eventuais sobras serão devolvidas após o fechamento final da parte financeira do Encontro. 8.4. Se o valor da inscrição for insuficiente para cobrir os custos enumerados no item 3, será emitido um bloqueto bancário complementar (em um único pagamento) com vencimento em junho de 2009. Observação: Sugere-se aos inscritos guardar cópia xerográfica da Ficha de Inscrição, do comprovante da Taxa de Inscrição e das Instruções para Inscrições.

9. Coordenador Nacional das Inscrições Vera Lúcia e José Renato Luciani Rua Belém, 401 • 13301-453 - ITÚ-SP (11) 4022-2212 • renatoluciani@uol.com.br 1 O. Coordenadores das Inscrições nas Províncias: Prov. Norte Maria das Graças e Raimundo Encarnação Rua Mém de Sá, 90- Conj.D.Pedro 11 69040-700 - MANAUS-AM (92) 3238-2360 - graenc@hotmail.com (Contínuanapág.IV) 11

2Q Encontro Nacional das ENS


1. Dados Gerais Província: .. ....... ..... ..... .... ............ Região: .. ............... .. .. ............ . Setor: ...................... .

2.1nscrição:

110505

FERNANDA/ANTONIO M ARTIN! NETO R. OSCAR COELHO LAURIN0 ,109 ESPLANADA DO SOL-SAO JOSE DOS CAMPOS-SP 12244-840 2.1. Identificação do interessado: Casal (

Viúvo ( )

Ela ( )

Viúva ( )

Ele ( )

Conselheiro Espiritual (

RG-ela (*) : ... .............. ... ...... ... CPF-ela (*): ............... .. .. .... ............ Tel : .. .. .... ........ .. ..... .. RG-ele (*) : ..... .... ...... .... .... ... ... CPF-ele (*) : ..... ...... ..... .... ..... ......... Cel: ..... .... .... ........... . End .eletrônico: ... .. .... ...... .. ... ...... ... ... ... ... .. ...... .. .. ....... .... ... ..... ...... .... ... ... ... .... .. ..... .... ... . .

2.2. Opção da Hospedagem e do Plano de Pagamento: Com Hospedagem (

Plano de Pagamento : ....... .. ... .... .. .

Sem Hospedagem (

2.3. Outras Informações: Atualmente o casal exerce responsabilidade no Movimento? ............... ... .. ..... ........ .. . Qual? : .. .... ..... .... ..... ... ... ......... ........ .... .. ..... ..... ...... ....... ...... .... ............... ... ... ... .. .. ... ........ . Outras informações que julgarem necessárias: ......... ... .... ... .. ... ........ .... .. ... ... ..... ...... ... .

···· ····· ··· ············ ··· ······· ·· ··· ··· ······· ···· ······ ··· ·········· ··· ········ ··········· ·············· ··· ··· ····· ····· ········· Obs.: Os itens assinalados com (*) são de preenchimento obrigatório. Declaro estar ciente das condições descritas em Instruções para Inscrições, anexas a esta ficha

local e data: ........................................ Assin. : ...... .... ................................................ . Número da Inscrição:

(numero sequencial fornecido pelo

'=============~ Coordenador NaCional das Inscrições)

Plano de Pagamento:

2Q Encontro Nacional das ENS

(fornecido pelo Coordenador Nacional das Inscrições)

III


Prov. Nordeste

Maria Conceição e Sebastião Macedo R. Aurino Vila, s/n° - Condomínio Padre Monte - casa 72 59148-590 EMAÚS - PARNAMIRIM-RN (84) 3217-5729 - sebastiaomacedo@interjato .com.br

Prov. C-Oeste

Mércia e Aguimar de Freitas Nunes HIGS, 713- Bloco D - casa 35 70380-704- BRASÍLIA-DF (61) 3245-4364 - mercia.aguimar@gmail.com

Província Leste

Maria de Fátima e Jerson Quintella Rua dos Mestres, 7 25953-340 - TERESÓPOLIS-RJ (21) 2643 -2232 - jquintella@altarede.com.br

Prov. Sul I

Lígia e Carlos Alberto Bestetti Av. 9 de Julho, 1450 -a pto 81 13209-011 - JUNDIAÍ-SP (11) 4523-1213- calitita@terra.com .br

Prov.Sul 11

Estela e Paulo César Turetta Rua Dr. João Maria Carneiro Lyra, 60 - Jd.ltamarati 17209-430 - JAÚ-SP (14) 3622-8189 - pcturetta@gmail.com

Prov. Sul III

Dirlene e Henrique Musiat Av.Água Verde, 1919 - apto 54 - Bloco B 80240-070 - CURITIBA-PR (4 i) 3243-3102 - musiat@terra.com.br

1. COM HOSPEDAGEM: R$ 540,00 (Número máximo de parcelas conforme a época da inscrição) Inscrições Valor da máximo de feitas até parcela Plano parcelas 36,00 20/11/07 P15 15 38,57 P14 14 20/12/07 41,54 20/01/08 P13 13 45,00 20/02/08 P12 12 P11 11 20/03/08 49,09 54,00 P10 10 20/04/08 60,00 P9 9 20/05/08 67,50 P8 8 20/06/08 77,14 7 P7 20/07/08 90,00 20/08/08 P6 6 20/09/08 108,00 PS 5 4 20/10/08 135,00 P4 3 20/11/08 180,00 P3 P2 2 20/12/08 270,00 P1 1 20/01/09 540,00 IV

2. SEM HOSPEDAGEM: R$ 200,00 (Número máximo de parcelas conforme a época da inscrição) Inscrições Valor da máximo de feitas até parcela Plano parcelas 13,33 15 20/11/07 PSH15 14,29 14 20/12/07 PSH14 15,38 PSH13 13 20/01/08 16,67 PSH12 12 20/02/08 18,18 PSH11 11 20/03/08 20,00 PSH10 10 20/04/08 22,22 PSH9 9 20/05/08 25,00 PSH8 8 20/06/08 28,57 20/07/08 PSH7 7 33,33 20/08/08 PSH6 6 40,00 20/09/08 PSH5 5 50,00 4 20/10/08 PSH4 66,67 3 20/11/08 PSH3 PSH2 2 20/12/08 100,00 1 20/01/09 200,00 PSH1 2" Encontro Nacional das ENS


existente em todos os países. • Mas há também pontos de fragilidade, que sugerem desafios à superação, como o envelhecimento de muitas equipes, repercussão da banalização do matrimónio e, especialmente no Brasil, motivados pela expansão acelerada, a formação e a unidade em torno do carisma, mística e pedagogia. Anunciaram que a Zona América teria sua primeira reunião colegiada nos dias 4 a 7 de outubro de 2007, em Florianópolis/SC, para conhecimento mútuo, troca de experiências, convivência, formação e Ação de Graças, reunião que já terá acontecido quando da leitura desta Carta.

••• PARTllHA Cida e Ra1mundo

Cida e Raimundo, até então CR da Província Nordeste, dissertaram sobre a importância fundamental da partilha para a vida da equipe. Insistem que os membros de uma equipe se reúnem na presença de Cristo, não como grupo de amizade, e sim como homens e mulheres casados CM 422

que buscam, com a ajuda mútua, a santificação. A partilha visa a levar os casais a dar um passo a mais no caminho de conversão. Lembram que não se deve confundir partilha com co-participação, nem fazer as duas ao mesmo tempo. "A co-participação reflete a vida dos membros da equipe (Guia, 29). Já "a partilha é um tempo forte de ajuda mútua espiritual". (Guia, 30) Uma depende da outra, pois as pessoas precisam se conhecer para se ajudar. A partilha é um momento forte de ajuda mútua, em que cada casal se responsabiliza pelo outro. Quando colocamos para a equipe como vivenciamos os PCE durante o mês, estamos oferecendo e pedindo ajuda em nosso processo de conversão e dos outros. É preciso, em cada reunião, viver as atitudes cristãs de procurar conhecer a vontade de Deus, buscar a verdade, e viver o encontro e a comunhão. É atitude de conversão buscar "compreender qual a vontade de Deus para mim, para querer o que Deus quer" (Pe. Olivier). Às vezes, não somos capazes de encontrar a resposta sozinhos ou em casal, então a partilha é um momento oportuno para buscar ajuda. E esta ajuda deve ser dada com fraternidade e misericórdia, respeitando a caminhada de cada um, auxiliando quem não consegue se abrir, buscando que todos falem. Buscar a verdade é confrontar a própria vida com a vontade de Deus. Na partilha é aceitar revelar-se aos 23


outros, buscar a verdade sobre si mesmo e buscar a verdade sobre os outros, para que se realize a verdadeira ajuda mútua. Então poderá acontecer o encontro e a comunhão, porque haverá um sair de si para ir ao encontro do irmão, ajudando-o a carregar a sua cruz e alegrando-se com seus êxitos na caminhada de santificação. Partilhar é buscar, com a ajuda dos irmãos, a nossa transformação, numa conversão progressiva, construindo o Reino de Amor. Melhorar a vivência da partilha deverá ser preocupação de todas as equipes em 2008.

••• DlSCÍPULOS E MlSSlONÁRlOS Os participantes do Encontro também tiveram a alegria de ouvir palestra de Dom Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida (Há 30 anos é SCE de duas equipes em Brasília). Dom Damasceno falou sobre a V Conferência Geral do CELAM, realizada em Aparecida em maio deste ano, cujo lema foi Discípulos e Missionários de Jesus Cristo para que nele nossos povos tenham vida. Fez uma incursão para dentro do documento conclusivo da Conferência de Aparecida, apontando-o parte por parte, capítulo por capítulo, itens e sub-itens. 24

O Documento apresenta um panorama das ações que a Igreja da América-Latina e Caribe espera que os cristãos destas terras realizem. Que sejam realmente discípulos que busquem serem santos e, como bons discípulos que vivem os ensinamentos de Cristo, levem a mesma fé, esperança e amor a todo o povo, agindo sobre a realidade desse mesmo povo. Os discípulos de Jesus Cristo precisam ser formados e instruídos, progressivamente, para viver o que aprendem e transmitir aos outros o que vivem. O discípulo é missionário do reino de Deus, missionário da vida plena. Um missionário volta seu olhar para o futuro eterno, mas age no presente, promovendo a dignidade humana, o matrimônio e a família, a formação dos jovens ... Ele também a tua na justiça social e em todos os campos onde o Cristo libertador precisa ser levado, como aos dependentes químicos, aos presos e a todos aqueles que o pecado marginalizou, para que, pela ação do Espírito Santo, se realize a comunhão entre as pessoas. Frisou que a maioria das pessoas vi ve nas cidades, daí a necessidade de ser aprimorada a pastoral urbana. Observa, por fim, que a conclusão do documento conclama todos a um grande impulso missionário, com audácia evangelizadora, com CM 422


alegria e amor, num abraço dirigido a todos, em especial aos mais necessitados, e que todos se deixem acompanhar pela compreensão e ternura de Maria.

...

O SACERDOTE CONSElHElRO ESPlRlTUAl Com a participação do Pe. Frei Avelino Pertile e Pe. Geraldo Grendene e mediação de Ângela e Luiz, foi realizado um painel sobre o Sacerdote Conselheiro Espiritual. Pe. Grendene aprofundou o tema do SCE na equipe de base. Citando vários documentos, afirmou com segurança que o Movimento prevê que o Conselheiro Espiritual da equipe de base seja presbítero. Este está na equipe em função do seu ministério, como o "Cristo Cabeça" do corpo da pequena igreja que é a equipe e como tal deve atuar, mantendo a equipe na unidade com a grande Igreja, na fidelidade à verdade. Por isso ele vai ajudar a refletir a Palavra de Deus, orientar espiritualmente os membros da equipe, dirimir dúvidas etc. Na equipe ele exerce o seu múnus de presbítero. Frei Avelino versou sobre o Sacerdote Conselheiro Espiritual nos quadros do Movimento, como SCE

CM 422

da equipe de setor, de região, província ou super-região. Fundamentalmente, sua função é a mesma do SCE de equipe. Embora não exerça função de hierarquia no Movimento, ele pode fraternalmente ajudar e orientar os SCE das equipes a melhor desempenhar a função de conselheiros. Ao SCE de setor cabe também ser presença naquelas equipes que temporariamente não têm Sacerdote Conselheiro. Sobre os "Acompanhantes Espirituais" de equipe, foi explicado que eles exercem uma função temporária e somente junto à equipe de base. O setor ou região não podem ter como conselheiro um acompanhante espiritual, mas um presbítero. O diácono, que tem o primeiro grau do sacramento da Ordem, na equipe também é um Acompanhante Espiritual. Não se trata de discriminação contra ninguém, mas de algo essencial no Movimento e que está na sua origem. O acompanhante espiritual receberá mandato do Movimento por um tempo determinado. Mesmo casado, o mandato de acompanhador espiritual de equipe é conferido a uma pessoa, não ao casal. É recomendado que o acompanhante espiritual de equipe mantenha contato com o SCE do respectivo setor.

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PROCESSO DE BEATIACAÇÃO DO PE. CAFFAREL

Rosa e Paulo, Casal Comunicação Externa da SR, falam um pouco da Associação dos Amigos do Pe. Caffarel e do caminho a ser percorrido para que alguém possa ser considerado santo. Lembram alguns santos conhecidos e já canonizados e outros que permanecem beatos porque o processo está parado por falta de quem dê continuidade a ele, mostrando a longa trajetória a ser percorrida para que um processo de beatificação possa chegar ao seu final, e o processo seguinte para que o beato possa ser proclamado santo. Tecem breve comentário da vida do Pe. Caffarel e do processo de sua canonização, que está sendo conduzido pela Associação Internacional de Apoio à Causa da Beatificação do Padre Henri Caffarel, no qual se inclui a Associação dos Amigos do Pe. Caffarel. Recordam as palavras do Pe. Geraldo Grendene, em artigo publicado na Carta Mensal de fev/março de 2007, dizendo que o reconhecimen26

to da vida de santidade do Pe. Caffarel será um dom de Deus para a Igreja, para o Movimento e para os casais do mundo inteiro. Apresentam, ainda, as etapas pelas quais passa um processo de canonização e falam da necessidade de recursos financeiros para cobrir os custos da causa, principalmente na primeira fase (pesquisas, viagens, estudos, análises de documentos, oitivas de testemunhas etc.). Finalmente, conclamam a todos a aderirem à causa, e a que em todos os eventos do Movimento se incentive os equipistas a se tomarem membros da Associação Internacional de Apoio à Causa da Beatificação do Padre Caffarel.

••• A CARTA MENSAL

O casal da Carta Mensal fala da origem e trajetória da CM ao longo dos anos, iniciando com as perguntas: Por que uma Carta Mensal? Qual o Objetivo da Carta Mensal? E responde a elas, retroagindo ao início do Movimento, quando Pe. Caffarel pensou em encontrar um CM 4 22


meio escrito que pudesse animar a formação dos casais dos grupos e favorecer a unidade entre eles. Por isso, em 1947, a Carta (Estatutos) das ENS cria a Carta Mensal, estabelecendo que nela não deveriam faltar o Editorial (Orientações da Equipe Dirigente)- de leitura obrigatória pelos equipistas - e a proposição da oração litúrgica para a reunião mensal, acrescentando: "Entre a Equipe Responsável e as equipes, por mais afastadas que se en, contrem, um cantata estreito é muito necessário. Nem é menos importante que haja entre as próprias equipes um laço fraternal, feito de conhecimento mútuo, colaboração, ação". "A Carta Mensal, endereçada a cada casal, estabelece esta dupla ligação vertical e horizontal. .. " (Guia, Anexo 1, pág. 62) A Carta Mensal não é uma revista, mas "um veículo de Comunicação da Super-Região. É um instrumento de circulação da seiva do Movimento, que visa ao fortalecimento da unidade. Serve como meio de formação para divulgar notícias de interesse geral do Movimento". (Manual da Formação 11) São também relembradas as orientações que já foram motivo de publicação em outras edições da CM, sendo a de abril/2007 (n. 416, p. 14 e 15) a mais recente, e todos ·são conclamados a enviar ;:,utigos para a Carta Mensal, mormente testemunhos, em especial sobre Partilha e Dever de Sentar-se, enfatizados em 2008, e demais PCE.

••• CM 422

TESOURARlNSECRETARlA Eunice e Milton

As Equipes de Nossa Senhora são um movimento de espiritualidade, instituído como associação de fiéis. Em cada país, são também uma associação civil, sem fins lucrativos. Uma associação necessita de recursos financeiros e administrativos que, nas Equipes, advém da contribuição estatutária e voluntária dos seus membros (um dia dos rendimentos do casal por ano, em dez parcelas e também da doação de serviço de quem exerce responsabilidade na equipe de base e no Movimento). O Casal Secretário/Tesoureiro, Eunice e Milton, apresentou ao Colegiada o balanço financeiro anual desta associação, da qual todos nós somos membros. Através de dados estatísticos, gráficos, planilhas, o casal fez a demonstração do passivo e do ativo, com projeções para os próximos anos. Fez breve demonstrativo das atividades desenvolvidas pelo Secretariado durante o ano, e prestou informações aos membros do Colegiada sobre como acessar o site para comunicação com o Secretariado, ter 27


acesso às Normas Administrativas e se manter informado do que há no Plano de Trabalho Anual do Movimento (Substituição de CRR, de CRS, deSCE, criação de novos setores e regiões etc.). Apresentou, ainda, os formulários existentes, elaborados especialmente para cada situação. Falou, também, da necessidade da conferência de dados para a Relação de Quadros, Cadastro das Equipes etc . Entre outros assuntos práticos, disse do esforço que vem sendo feito, nos limites dos recursos financeiros para aperfeiçoar o sistema de informatização administrativa e também da conservação do acervo histórico do Movimento .

••• CASAL EM DlÁLOGO A última edição do livro "O Dever de Sentar-se" estava esgotada. Era necessário, no entanto, não simplesmente reeditá-lo, mas reformá-lo. Após amadurecimento de idéias na Super-Região de como fazer o novo livro sobre o diálogo conjugal, já reclamado por tantos casais equipistas, um convite do nosso Casal SR - certamente inspirado pelo Espírito Santo - foi aceito pelo Padre Flávio Cavalca de Castro. E Pe. Flávio, com sua longa vivência de Sacerdote Conselheiro Espiritual, escreveu Casal em Diálogo, um livro de nove curtos capítulos cheios de sabedoria e experiência, em linguagem acessível a todos. Este livro foi solenemente lança28

do no Encontro, com a presença do autor, que amavelmente, nas horas seguintes, autografou mais de quinhentos exemplares. É um livro de apoio ao diálogo conjugal não só dos casais equipistas, como também de todo casal que deseja perseverar no matrimônio.

•••

ENCONTRO NAClONAL 2009

Quem participou do I Encontro Nacional das ENS - Brasília/2003 - ainda recorda com emoção daqueles dias de celebração da unidade. Durante o Colegiada Nacional de agosto de 2007, um painel formado por Graça e Roberto (CR da SuperCM 422


Região), Eunice e Milton (Casal Secretárioffesoureiro da SR), Vera e José Renato (Casal Coordenador Nacional das Inscrições) e Sílvia e Glauco (Casal organizador do Encontro) declararam aberta a caminhada rumo a Florianópolis/SC, para o II Encontro Nacional da ENS/ Brasil, nos dias 16 a 19 de julho de 2009. Estabelecem que as inscrições estariam abertas a partir de 7 de outubro de 2007, e instituem as normas de inscrição e pagamentos, esclarecem sobre a ficha de inscrição. Também anunciam os nomes dos coordenadores provinciais das inscrições para o Encontro (Estes devem reportar-se ao Coordenador Nacional) e terminam conclamando a todos para a animação dos equipistas a esse encontro, que se espera seja grande e frutuoso. A Província Sul III, mormente as Regiões I e II de Santa Catarina, não pouparão esforços para acolher os irmãos de todo o Brasil.

UTURG1A E ORAÇÕES Se o Encontro do Colegiada Nacional das ENS objetiva celebrar a unidade, tem esta a sua manifestação maior nas celebrações Eucarísticas. Como nos anos anteriores, as liturgias foram muito bem preparadas, inclusive os cantos. As celebrações primaram pela solene simplicidade. Os temas das liturgias, colocados em consonância com o tema e o lema para o ano de 2008, foram: "O Amor jamais acabará", para a missa de abertura; "Tu me chamaste, eis-me aqui", para a Eucaristia na qual se fez a cerimônia de posse dos novos casais responsáveis; "Maria, serva fiel", para a celebração da solenidade da Assunção de Nossa Senhora, e "Testemunhas a serviço dos casais", na cerimônia do envio. Os símbolos utilizados nas celebrações formaram uma unidade seqüencial e quiseram significar o dom do serviço no exercício da responsabilidade, pois todos 'J fiiiiJ" fUI

CM 422

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participavam do Encontro com o fim de formar-se para melhor servir. Como oração da manhã no sábado, foi feita uma adoração ao Santíssimo, quando todos se colocaram em oração silenciosa e pessoal diante do Senhor.

••• OUTROS Foram realizados dois trabalhos em grupos, quando se refletiu num o tema do ano e no outro a função do Sacerdote Conselheiro Espiritual na equipe e também a tempora-

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riedade do Acompanhante Espiritual. Um terceiro trabalho de grupo aconteceu por colegiados provinciais, obedecendo cada província seu próprio ternário. O Encontro do Colegiada Nacional realizado num fim de semana tem sua pauta de trabalhos muito ajustada, não sobrando quase tempo para um conhecimento mútuo dos participantes das diversas regiões, o que é também objetivo do evento. Por isso um momento de confraternização oportunizou a partilha das culturas regionais e também a conversa fraternal entre todos.

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NOVOS PROV1NC1A1S E REG10NA1S

As Equipes de Nossa Senhora, sabiamente, estabeleceram a transitoriedade no exercício do serviço da responsabilidade nos vários níveis. Neste ano, dois casais provinciais e 13 regionais completaram o respectivo tempo e estão sendo substituídos. A posse dos novos casais aconteceu em cerimônia realizada na missa de sábado.

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Eneida e substituem Cida e Raimundo na Província Nordeste.

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AVAllANDO A CAMlNHADA É possível que nem tenhamos percebido a chegada do mês de novembro, e com ele a oportunidade que o Movimento nos oferece de, a cada final de ano, refletirmos e darmos a nossa opinião, abertamente e com sinceridade e espírito cristão sobre a caminhada e progressos da nossa equipe ao longo do ano que fmda, a fim de melhor preparar o ano vindouro. E isso é feito na última reunião do ano equipista, que foi convencionado chamá-la de Reunião de Balanço. Nesse "balanço" que fazemos sobre a situação da nossa equipe, vale lembrar que o mais importante é "buscar a vontade de Deus para o casal e para a equipe e discernir seu apelo para viver mais autenticamente o amor caridade, alma de toda comunidade cristã". ( cf. Guia das ENS, VI, C,c)) As empresas se preocupam com o crescimento contínuo de suas atividades profissionais, por isso fazem balanços, observam sua situação atual e a situação desejada e trabalham para terem êxito em seus negócios. E nós, cristãos e equipistas, que temos um objetivo muito maior do que obter lucros, com certeza aproveitaremos esta oportunidade para fazer um balanço sincero sobre o nosso crescimento em santidade. O Balanço poderá nos dar a dimensão da descoberta de nós mesmos, ocasião para nos conhecermos melhor como pessoa, como esposo ou esposa, como casal, como pai ou CM 422

Nossa equipe proqrediu neste ano como comunidade de ajuda mútua no caminho da santidade?

mãe, como casal membro da Equipe. Poderemos nos interrogar: Estamos plantando a semente da vinha do Senhor? Estamos dando a oportunidade para que a nossa Equipe seja o solo fértil? Conseguimos, neste ano, alcançar um crescimento conjugal e familiar? Nossa equipe progrediu neste ano como comunidade de ajuda mútua no caminho da santidade? Estamos melhores para fazermos os outros melhores? Como disse Pe. Léo, da Canção Nova: "Temos que ser o melhor! ... Não o melhor do que o outro, mas o melhor para o outro!" Que façamos um bom balanço, para que possamos progredir na "Vida em Equipe", em busca do nosso objetivo, a santificação. Solange e Kleber CR Setor Dourados/MS 33


UM TEMPO PARA A VERDADE O tempo não pára. Devemos, porém, dar uma parada neste mês de novembro para um balanço do nosso ano equipista. Trata-se de uma reflexão e avaliação em casal e em equipe sobre a nossa vida de equipe. Onde crescemos? Onde paramos? Onde estamos com dificuldades? Como está a nossa vida de equipe? Estamos caminhando juntos? Nossa equipe agrega os casais que estão meio à margem? ... Balanço é o momento de examinar como anda a nossa ajuda mútua, a solidariedade, a abertura para as necessidades das pessoas. Verificar os acertos, as falhas e em que concretamente deveremos melhorar no próximo ano, como: partilha, prática dos PCE, reflexão sobre o tema de estudo, leitura da Carta Mensal. Verificar se a nossa Partilha está em sintonia com a vivência das três atitudes e se o esforço para realizar os Pontos Concretos estão voltados para a santificação do nosso matrimônio.

Como nos orienta a Carta de Lourdes, é "abrir o coração a uma dimensão espiritual que tem origem no coração de Deus". É nos orientarmos para cumprir o mandamento novo de Jesus Cristo: Como eu vos amei, amai-vos uns aos outros (Jo 13,34). Balanço é tempo de ver se a nossa equipe busca ser uma comunidade de amor, uma pequena igreja, fraterna e acolhedora. Ou, como alerta Pe. Caffarel, seriam nossas equipes meros grupos de amigos bem intencionados? Poderíamos resumir todos os questionamentos num só: Estamos amando mais, assim como Cristo nos amou? Refletir, avaliar, planejar. Buscar a verdade sobre nós e nossa equipe, não para condenar, mas para sempre estar no caminho rumo à santidade.

Jussara e Daniel Chacon Equipe 02- B- João Pessoa/PB

"Que o Senhor os proteja de todo farisaísmo. Não se considerem melhores que os outros, por serem das Equipes de Nossa Senhora. Tenham consciência de serem pobres pecadores, dos quais, porém, Cristo pode se servir para fazer milagres, se tiverem uma grande confiança no seu amor e na sua graça. Que a Virgem Maria, durante todos esses anos, guarde, conduza e abençoe suas equipes". (da carta de Pe. Caffarel às Equipes do Brasil, de 30-12-1957 - extraído do livro O Sentido de Uma Vida, pág. 141)

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11 ENCONTRO NAClONAl DAS ENS - NÓS VAMOS, E VOCÊ? Amizade resiste mal à separação prolongada. Exige encontros. (Carta da ENS)

Caros irmãos equipistas. A orientação acima deve nortear a nossa vida na equipe de base. O que experimentamos quando ampliamos sua abrangência para todo oBrasil e além? Aqueles que participaram dos encontros internacionais ou do nosso I Encontro Nacional testemunham que conviveram com outros equipistas, muitos desconhecidos até então, e receberam a acolhida e o carinho próprios de uma farru1ia que se ama verdadeiramente. Outros vieram em caravanas, cruzando os estados, ao mesmo tempo em que se davam a conhecer. Quantos laços de amizade nasceram nesses eventos e dão frutos ainda hoje! A Carta Mensal de outubro trouxe o lançamento do II Encontro Nacional das ENS do Brasil, agora em terras do sul, em Florianópolis, Santa Catarina, bem como as orientações e a ficha de inscrição. Uma novidade é um casal coordenador das inscrições em cada província. Estivemos todos reunidos com os responsáveis pelo Encontro, acertamos os detalhes da nossa tarefa e estamos ansiosos para começar a trabalhar. Quando você estiver lendo estas linhas, certamente muitos já estarão providenciando o pagamento da taxa, preenchendo a ficha de inscrição e encaminhando ao casal coordenador da sua província. Você é um deles? CM 422

A Equipe da Super-Região, viabilizando a participação no Encontro, elaborou um plano de pagamento em até 15 parcelas. Para desfrutar desse beneficio, é importante que você efetue sua inscrição rapidamente. A formação que receberemos no Encontro por si mesma justifica a nossa participação. Que diremos então da preparação nos meses que o antecederem? Da alegria em sabermos que mais e mais pessoas da nossa equipe, do setor, decidiram participar? E da expectativa em rever os amigos, conhecer outras realidades que certamente reanimarão nossa caminhada, provar da hospitalidade catarinense? A vivência da espiritualidade conjugal, nosso carisma, deve ser colocada a serviço. Um evento de âmbito nacional é uma oportunidade, então, de testemunhar a beleza do matrimônio e de encorajar os que fraquejam, começando pelos que estão próximos de nós. Estes são motivos mais que suficientes para você decidir participar do II Encontro Nacional das ENS. É a sua inscrição que estaremos esperando cada dia que o carteiro chegar à nossa casa. Que Deus nos ajude!

Vera e Renato Casal Coordenador das Inscrições 35


CORAGEM PARA REZAR O primeiro requisito para que haja a oração conjugal é que os cônjuges saibam rezar individualmente. Sem oração pessoal não há oração conjugal. É preciso preparar-se para a oração. Quando Moisés tem uma experiência de Deus que se manifesta a ele na sarça ardente, Deus manda que Moisés retire as sandálias, pois está em lugar sagrado (Ex 3, 1-6). Devemos nos concentrar naquilo que vamos fazer. Muitas vezes dizemos que não temos tempo. Se Deus marcasse um horário conosco (de 6h às 7h da manhã; de llh às 12h ou de 18h às 19h) poderíamos dizer que não coincide com o nosso horário. Mas Deus está 24h por dia à nossa disposição. Realmente, se temos fé, se sabemos do amor que Ele tem por nós e se de fato O amamos e se temos consciência de sua presença sempre e em toda parte, não há desculpa para não termos tempo de rezar. A oração pessoal e conjugal é uma luta contra nós mesmos, contra o nosso comodismo, nossa preguiça, nossa dispersão, nossa indisciplina quanto ao tempo etc. Mas sem oração não há vida cristã. Só os corajosos e determinados conseguem se santificar, e não se santifica quem não reza. Os tipos de nossa oração são vários: de louvor e ação de graças (quantas maravilhas Deus realiza por nós, pelos nossos filhos, temos 36

casa, emprego, saúde, fé, as Equipes etc.). É preciso louvar e agradecer a Deus por tudo isso; de intercessão (pedir o dom da fé para os nossos filhos e demais familiares, pedir saúde para todos, paz na fanu1ia, justiça e fraternidade para a sociedade etc.); de perdão (pedir perdão por humilharmos ou manipularmos o nosso cônjuge, pelas nossas palavras ou atitudes inoportunas com o cônjuge ou os filhos ou os demais, pelas nossas omissões em nosso relacionamento conjugal ou em relação aos filhos etc.). Pedir perdão a Deus na presença do esposo ou da esposa é sinal de humildade e apelo à misericórdia de Deus e do cônjuge. Finalmente, além das orações espontâneas, podemos rezar o terço, os salmos (nas características para os quais são indicados - dor, alegria, penitência, confiança em Deus etc.); livros com sugestões para cada dia do ano; Liturgia das Horas (as horas que forem possíveis) que é recomendada também para os leigos. A oração sacerdotal de Jesus (Jo 17) é modelo de intimidade com Deus, de pedido de unidade, de coresponsabilidade pelos filhos. Estas são algumas pistas e reflexões que podem ajudar na tarefa, tão difícil quanto necessária, da oração conjugal. Pe. José Júlio de Souza SCE do Setor Lagos Região Rio IV CM 422


UM PRESENTE DE DEUS EM NOSSA VlDA "Temos que rezar sem vontade, para termos vontade de rezar." (Pe. Nino)

Este era o convite de Deus a cada um de nós presentes no Retiro do Setor A - Piracicaba, Santa Bárbara D' Oeste, pois desta forma Deus queria nos falar. Nesse retiro tivemos a oportunidade de nos abrir à graça de Deus. Somos buscadores de Deus e esta busca em nossa vida pode terminar na capela, na mesa da refeição e até mesmo em nossa cama, pois fomos chamados à santidade como homem e mulher casados. Este é o início de uma nova descoberta. Nova, não porque nunca escutamos, mas porque Deus nos dá a cada dia uma nova oportunidade, principalmente no retiro. Iniciamos um relacionamento mais profundo com Deus já de manhã, quando ele nos pede que em nosso dia a dia arrumemos um tempo para a oração em nossa vida, basta querermos este tempo. Porque é tão difícil arrumar tempo para Ele? E retiro é parar, é recordar, reviver, reavaliar nossa vida, nossa caminhada. Retiro é eu e Deus e, depois, juntos, eu e meu esposo (minha esposa). Somos chamados a rezar e aguardar Deus, pois Ele vem ao nosso encontro, para amar e ser amado. O retiro é uma terapia de Deus em nossa vida. É a transfiguração de Jesus Cristo, pois subimos a montanha com Ele, para rezar. Em primeiro CM 422

lugar precisamos calar nossa boca. Pensamos, achamos e queremos falar, mas agora é Deus que fala ao nosso coração. É Deus que vai realizar as coisas em nós. Deus é nossa única opção. Podemos dizer que no retiro descobrimos que fé é entregarse a Deus diante das tribulações e ter a certeza de que as graças vêm. Pois, no final de tudo, só nos resta Deus. Crer não é sentir, mas saber; não é emoção, mas é·convicção; não é experiência, mas é certeza. "Deus passa em nossa vida e nem sempre compreendemos, mas ele deixa sempre suas pegadas". É por esta razão que o retiro nos tem que levar a uma fé adulta e comprometida. Deus se cala no sofrimento, Jesus Cristo na Cruz não tem palavras, se entrega nas mãos do Pai. Outra grande experiência de silêncio diante do sofrimento é Maria, que permanece em silêncio e de pé aos pés da Cruz. "Mulher" forte, de fé adulta, ela não sabia tudo, mas amava Deus acima de tudo. Guardava em seu coração, escutava Deus. Precisamos aprender com Maria a sermos "pobres de Deus", não ausência de Deus, mas ser pobre, escutar Deus, ser humilde e saber da grande necessidade que temos D'Ele. Quando nos faltar tudo, podemos escutar Maria a nos dizer: "façam tudo o que Ele vos disser". Maria 37


nos mostra a beleza de Deus e seu infinito amor pelos pequenos. "Sejamos os pequenos de Deus", e nesta reflexão e encontro íntimo com Deus, teremos a graça de viver o perdão, de pedir perdão a Deus pelos nossos pecados na vivência do sacramento do Matrimónio, perdão que brota de um Dever de Sentar-se a três, Deus presente em nosso diálogo. Ele se deixa seduzir e nos seduz, convida-nos a olhar para dentro de nós e de nosso relacionamento em casal. Mas nos perdoa e aco-

lhe e assim Jesus Cristo toma posse de nós, enquanto pessoa e como casal, para podermos descer a montanha, guardando em nosso coração tudo o que vivemos no retiro, para, descidos da montanha, sermos fiéis e santos em nossa missão de casal cristão junto aos nosso filhos, vizinhos, no trabalho ...

Sonia e Claudio Eq. N. S. das Estrelas - Setor A Piracicaba/SBO Região SP Centro II

.................................................. . A ADEllDADE AOS PCE A vida de um casal equipista é buscar o crescimento espiritual e expressar em suas atitudes, no dia a dia, o amor de Cristo infundido em nós. Este processo de busca da santidade deve ser permanente, pois sabemos que a conversão é processual. Nunca podemos afirmar que já estamos prontos em relação à conversão. Ter consciência disto é sabedoria. Investir neste processo de busca é necessário. Os Pontos Concretos de Esforço realizados com freqüência tendem a estabilizar a nossa trajetória de vida, impulsionando-nos a uma vida mais coerente com as propostas do Reino de Deus. Eles nos fortalecem, arejam as nossas mentes e despertamnos a um sentimento de mais valia, justiça, misericórdia e fidelidade . Grandes santos na história da 38

Igreja testemunharam a importância do esforço humano na busca desta tão desejada santidade. Eles nos deixaram grandes testemunhos de vida cristã. Ainda hoje a Igreja acumula muitos exemplos, testemunhos de vidas consagradas ao Senhor. Agradecemos ao Pe. Cafarrel e aos primeiros casais equipistas, que nos legaram os PCE, para que, ao vivenciá-los fielmente, pudéssemos também dar exemplos de vida pessoal e conjugal verdadeiramente cristãs. O casal que se esforça diariamente na realização dos PCE pode ter a certeza de que o manto de Nossa Senhora estende-se sobre a sua casa.

Tânia e Luiz Carlos Eq. N. S. do Perpétuo Socorro Pouso Alegre/MG CM 422


CONTINUAR A CAMlNHADA "É tão bom e agradável para irmãos viverem unidos, é como óleo que escorre na fronte, é também como orvalho que desce pela colina pois ali derrama o Senhor Bênçãos e Vida ... " Essas palavras inspiradas no Salmo 133 resumem o sentimento de participar de uma Equipe de Nossa Senhora. Estamos no Movimento há aproximadamente 4 anos e neste período temos experimentado a alegria dos primeiros cristãos, que," ... perseveravam na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações ... " (Atos 2,42). A Equipe 11 A, Nossa Senhora de Fátima, surgiu da necessidade que um grupo de amigos, oriundos de grupos de jovens, sentia de continuar a caminhada na fé, através de um movimento de casais da Igreja Católica. Viver os PCE, participar das reuniões mensais, dos encontros de aprofundamento, do terço em equipe, das reuniões de estudo, do retiro anual e de tantas outras atividades, não é tarefa fácil, porém, é com certeza uma experiência única no caminho da santidade. Poder partilhar suas dificuldades, alegrias, conquistas, chorar e ter "vários ombros amigos" onde recostar é, sem dúvida, uma dádiva de Deus, entretanto, acredito que para nós, que temos filhos pequenos e vemos a cada dia os valores da família sendo destruídos CM 422

das mais variadas formas, é confortante saber que nossos esforços estão sendo recompensados, que o nosso plantio diário está rendendo frutos. Um exemplo destes frutos percebemos em um de nossos últimos encontros: Estávamos indo embora de uma reunião mensal e nossos filhos Gabriel (9 anos) e Rafael (7 anos), conversavam sobre a "equipinha". Ao perguntarmos do que se tratava, eles nos responderam que falavam sobre uma decisão que eles e as outras crianças do grupo tinham tomado, que a partir daque-

Na família congregam-se as diferentes gerações que reciprocamente se ajudam a alcançar uma sabedoria mais plena, e a conciliar os direitos pessoais com as outras exigências da vida social (C. Vat. 11) 39


la reunião estava instituída a Equipe llA Mirim e que a cada mês as crianças da casa sede da reunião ficariam responsáveis pela organização das brincadeiras e atividades que eles fariam enquanto os pais estivessem participando da reunião. Esta atitude nos surpreendeu e muito nos alegrou. Eles nos vêem sempre conversando, estão sempre participando das nossas orações diárias, já fazem a oração do Magnificat sozinhos, não tínhamos percebido, porém, quanto os valores das Equipes já os tinham conquistado . Diante de um mundo que só nos apresenta atrocidades, violências, corrupção e tudo mais, pensamos

que devemos partilhar com os irmãos de todo o Brasil aquilo de bom que o Senhor nos proporciona, divulgar as maravilhas que podem acontecer em nossas casas, à medida que nos abrirmos à ação do Espírito Santo. Vale a pena nos dedicarmos, sermos perseverantes e não desistirmos desta busca diária da santidade. Louvamos e agradecemos a Deus pelas nossas crianças. Que a exemplo do menino Jesus elas possam crescer em estatura, sabedoria e graça diante de Deus. Daiane e Robson Vieira Cardoso Equipe 11 A- N. S. de Fátima Londrina/PR

MARAVILHAS DO DEVER DE SENTAR-SE Começamos nossa caminhada nas ENS, em Manaus, há 18 anos. Tínhamos apenas três anos de casados e aos quatro tínhamos acumulado muitas decepções e três pequenas bênçãos zanzando pela casa (nossos filhos, que hoje se tornaram homens). O início não foi fácil. Cedo nos deparamos com as duras lições do casamento, mas pela graça de Deus e a intercessão de Nossa Senhora, fomos adotados pela equipe 11- Nossa Senhora do Rosário, e estas li40

ções se transformaram em aulas de matrimônio. Foi muito difícil assimilar, ou melhor, degustar os PCE, principalmente o Dever de Sentar-se, pois na crise que enfrentávamos queríamos "engolir" tudo o mais depressa possível, a fim de darmos um fim às nossas desavenças e, cada vez que tentávamos praticá-lo, íamos com urna ânsia enorme de devorá-lo, de modo que nunca chegávamos a um consenso, porque um queria sobrepor suas razões às do outro, em vez CM 422


de, com calma, buscar um ponto de equilíbrio e ser felizes. Houve muitos momentos em que chegamos a concluir que esse tal de dever de sentar-se estava mais fazendo mal do que bem, já que ao final de todos eles sempre havia uma ameaça de separação (ô trem difícil ... !). Com amor e paciência, nossos irmãos mais experientes nos foram ensinando como nos alimentar corretamente dos PCE, a fim de não termos uma "indigestão". Hoje, depois de muitos erros e acertos, podemos dizer que é maravilhoso degustar os PCE, principalmente o Dever de Sentar-se, que se transformou numa sobremesa saborosa, com sabor de perdão, compreensão e acolhimento- temas esses que foram exercitados por nós em momentos específicos de diversos deveres de sentar-se, inclusive alguns vividos a três, com a participação do SCE (ou melhor, a quatro, pois Cristo também esteve presente). Não foi uma conquista fácil, mas um longo aprendizado na convivência também com os irmãos das Equipes Nossa Senhora do Rosário (coincidência?) e Nossa Senhora do Amor e os irmãos das equipes de Barbacena (sinal de que nossa Mãe Maria está sempre conosco onde quer que estejamos, ajudando a transformar nossa água em vinho). Morando atualmente em Belo Horizonte, continuamos desfrutando das maravilhas do Dever de Sentar-se e dos demais PCE, buscando partilhar essas maravilhas com nossos irmãos da equipe Nossa SenhoCM 4 22

Hoje, depois de muitos erros e acertos, é maravilhoso degustar os PCE, principalmente o Dever de Sentar-se, que se transformou numa sobremesa com sabor de perdão, compreensão e acolhimento. ra (do Rosário) de Mediugorie, nossos atuais companheiros de jornada. Quando alguém nos indaga sobre como obter sucesso no Dever de Sentar-se, respondemos que é preciso amor, paciência, persistência e abnegação. Afinal, nada que valha realmente a pena é conquistado sem esforço. Somos gratos a Deus pelo movimento das ENS e seus PCE, inspiração divina no coração de Pe. Caffarel, para que os casais do mundo todo um dia possam proclamar: "O Senhor fez em mim maravilhas". Léa e Esmeraldino Eq. 5-B- N. S. de Mediugórie Belo Horizonte/MG lesmel@oi.com.br 41


UMA EXPERlÊNClA DE VlDA Há mais ou menos um ano, fui procurado por um casal jovem que estava vivendo uma situação muito difícil. Eles tinham recebido a notícia de que ela estava gestando uma criança anencéfala. Diante de tal situação, sentia-me impotente, mas com a convicção de que o Senhor tinha colocado esse casal à minha frente para que eu pudesse ajudá-lo. Confesso que para mim não foi fácil, pois acredito que, no mundo em que nós vivemos, situações como essas são tratadas com muita frieza ou de forma mui simplista. Com efeito, esse caso não fugiu à regra ... o médico tinha feito o diagnóstico e já tinha aconselhado o aborto, porque "o objeto que estava dentro dela não era uma pessoa, pois não tinha cérebro e não viveria muito tempo". A realidade era complexa, porque eu me perguntava: "o homem é só cérebro? Como um médico pode estar com a consciência tranqüila, aconselhando a tal monstruosidade?" Sentia que o casal tinha tomado a decisão de fazer o aborto, porque os dois estariam impressionados com a explicação e com as fotos mal tiradas que o médico lhes apresentara. Sentia-me impotente, mas com a certeza de que o homem é muito mais que cérebro, que pernas, que braços ... o homem tem uma realidade que lhe transcende, que não morre, que é espiritual! Depois de três horas de conversa e ajudados também por uma médica 42

católica, o casal convenceu-se de que a gravidez deveria ir até o final, para experimentar o poder da vida. Uma das coisas que me impressionou neste tempo foi ver o semblante da mãe: em todos os momentos transmitia felicidade, paz ... E, em alguns momentos, o combate e o medo de como tudo aconteceria, mas sempre ajudados pelo sacramento da Eucaristia e o acompanhamento da médica. Chegou o dia do nascimento de um grande menino. Cheguei cedo ao hospital, pois tinha prometido aos pais batizar a criança assim que viesse ao mundo, porque já sabíamos que o Senhor nos concederia a criança por alguns minutos. Estava um pouco apreensivo, pois nunca tinha vivido uma experiência tão forte assim. Minha surpresa foi novamente encontrar com a mãe da criança antes do parto e notar que ela acariciava sua barriga, transmitindo naquele momento amor pelo seu filho. Lembro-me de ter falado para os pais, nesses quatro meses, que deveriam aproveitar o tempo que o Senhor tinha concedido a eles de estarem com a criança, pois nós, cristãos, somos chamados a viver cada minuto da nossa vida com intensidade, porque a nossa existência aqui é muito breve. Fomos criados por Deus para estarmos com Ele. No momento do parto, ao estar novamente com a mãe da criança, encontrei uma mulher muito jovem CM 422


Acreditamos num Deus de vivos e não de mortos e que para ele cada pessoa, seja como seja, é importante e tem um valor grandfssimo. (mais ou menos 19 anos), de rosto sereno e semblante que transmitia paz. Nesse momento, enchi-me de alegria, pois percebi a presença do Senhor que estava com ela, dandolhe forças para que testemunhasse que nós acreditamos num Deus de vivos e não de mortos e que, para ele, cada pessoa, seja como seja, é importante e tem um valor grandíssimo. Quando nasceu o menino, não podia acreditar no que eu estava vendo! Não tinha nada a ver com o que o médico tinha falado para os pais. O bebê tinha o corpinho perfeito, respirava, movimentava os braços, as pernas .. . pude administrar o sacramento do Batismo e sentir amor por aquela criança que estava com os olhos abertos. No momento em que derramei água na sua cabeça para o Batismo, caíram algumas gotas no seu olho e ele sentiu-se incomodado. Estive com o recém-nascido todo o tempo da sua vida! O Senhor concedeulhe a graça de nascer e de ser amado pelos seus pais e de ser testemunha de Cristo, servo sofredor, que aceitou a vontade de seu Pai naquele hosCM 422

pital. Para as enfermeiras, para os médicos, para os seus pais e, principalmente, para mim, que via naquele neófito a imagem de Cristo! Foram 36 minutos de vida, durante os quais pude falar, rezar e até mesmo pedir a intercessão no céu por mim, pelos seus pais e pela nossa Paróquia. E assim o Senhor lhe chamou: "Vinde, benditos de meu Pai" (Mt 25, 34). Cumpriu-se a promessa de Cristo: "Pai, aqueles que me deste quero que onde eu estou também eles estejam comigo para que contemplem minha glória ... " (Jo 17,24) Nunca mais esquecerei este momento tão precioso para mim, à minha vida e ao amadurecimento da minha fé. Gostaria de que, nesse momento, estivessem ali presentes tantos que são a favor do aborto e que me tentassem explicar como é possível defender tal atitude diante de uma pessoa indefesa, seguindo a lógica de que só os fisicamente perfeitos podem viver. Acredito que tais pessoas nunca experimentaram o amor. A pessoa não é só perna, só braço, só cérebro ... Senhores médicos, senhores políticos e todos aqueles que tem a autoridade de fazer leis, pensem naquilo que vocês estão tentando legalizar, pois aquilo que vocês falam não condiz com a experiência que eu vivi ... não nasceu nenhum monstro, mas um filho de Deus, que foi amado por Ele, pelos seus pais e por mim.

Pe. Alessander Carregari Capalbo Eq. N. S. das Vitórias - Setor B Região CO II 43


DOR E CONAANÇA Manhã de 11 de abril de 2006. Tudo transcorria em normalidade, embora eu já estava a sentir um sinal. Naquele momento, eu não compreendia o porquê de tal sentimento, ... Meu filho mais velho, Alan Társis, chega cedinho à minha residência como de costume, e deixoume na escola em que eu lecionava. Ao descer da moto, perguntei-lhe: -Já vai meu filho? - Sim mamãe, a senhora sabe que eu preciso ir! Tudo bem, falei em voz alta comigo mesma. Ele foi para a Faculdade e eu entrei na escola com lágrimas nos olhos. Uma dor invadia-me inteira. Falei comigo mesma: coragem Julieta, os filhos crescem, eles não nos pertencem. Entrei na sala, ministrei as aulas, mas sempre com o pensamento voltado para aquele filho. Por volta de 1Oh30min. toca o celular. Era minha 2° filha que me dizia que o Alan sofrera um acidente horrível... Fui direto para o hospital... Ali me levaram para uma sala. Médicos, enfermeiros, familiares e amigos me cercavam, pareciam estar esperando ter coragem para me contar o que para mim já era realidade, ... não era preciso ninguém me contar.... Olhei para todos ao meu redor e disse: - Este meu filho amado é uma dádiva, ele foi realmente um presente de Deus e hoje o estamos devolvendo ao Criador, com a certeza do dever cumprido. Nós o educamos con44

forme a nossa fé, fundamentados nos valores do Evangelho. Deus me deu, Deus me tirou. Louvado seja o nome do Senhor! Nós em momento algum perguntamos o porquê de uma morte tão cruel (um caminhão havia passado em cima da cabeça de nosso querido filho). Só perguntamos "o que tu queres de nós, Senhor? Por acaso queres que testemunhemos a nossa fé?" Diante do ocorrido nós só tínhamos duas opções, revoltarmo-nos ou confiarmos e nós resolvemos confiar sempre nas promessas do nosso Deus. Tudo isso aconteceu três dias antes da sexta-feira da paixão. Não foi possível ver mais meu filho, devido à gravidade da causa de sua morte. Fizemos apenas uma exposição de fotos dele em seus momentos mais marcantes tais como: Batismo, Eucaristia, Crisma e vida escolar. Confessamos que, naqueles momentos, estávamos envolvidos por uma força tão grande que só podia vir de Deus .... O que mais me dava força era lembrar de Nossa Senhora das Dores, ... a mãe do silêncio que sofria e guardava tudo no seu coração. Na missa de corpo presente, presidida pelo nosso SCE, eu e meu marido cantamos no coral, nosso filho mais novo foi o coroinha. Graças a Deus, estamos experimentando ser carregados nos braços de Deus. Ele é um pai fiel e de ninguém esquece!

Julieta do Franklin CRS Ceará Centro CM 422


Meditan_ d o em Equipe Novembro é um mês muito característico e interessante, pois é o prelúdio do fim do ano. Nada melhor do que se recordar da festividade de seu primeiro dia: a festa litúrgica de todos os santos. Por ela , cada fiel é convidado a repensar a sua vida em termos de objetivo último, que é configurar-se a Cristo, de acordo com o seu convite à santidade, vocação primeira de todo o batizado. Por ela, cada um é vocacionado a ser santo, a exemplo de Deus.

Escuta da Palavra em 1Ts 4,1-8. Sugestões para a meditação: 1. Como o casal pode fazer do matrimónio um meio de cultivar a vocação à santidade? 2. Que desafios enfrentam os casais cristãos para viver a fé nos dias de hoje? 3. Como a família pode se tornar uma Igreja doméstica? Pe. Geraldo

................................................... Oração litúrqica (Lc 1,68-75)

Bendito seja o senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo, e suscitou-nos uma força de salvação na casa de Davi, seu servo, como prometera desde os tempos remotos pela boca de seus santos profetas, salvação que nos liberta dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam; para fazer misericórdia com nossos pais, lembrado de sua aliança sagrada, do juramento que fez ao nosso pai Abraão, de nos conceder que - sem temor, libertos da mão dos nossos inimigos nós o sirvamos com santidade e justiça, em sua presença, todos os nossos dias.


Equipes de Nossa Senhora

Movimento de Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 • Fax: (Oxx11) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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