ENS - Carta Mensal 421 - Outubro/2007

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CARTA MENSAL n°421

Outubro

2007

Equipes de Nossa Senhora

EDITORIAL Da Carta Mensal ........ ..... ... ........... . 01 SUPER-REGIÃO O rosário na minha vida ... ........ ..... 0 2 Florianópolis 2009 ..... ....... ... .. ... .. ... 03 A espiritualidade conjugal e as orienta ções de vida ..... ........... 04 VIDA NO MOVIMENTO Emprestemos nosso voto a Deus! .. ... .. ................ ... ........ 06 Deus capacita os escolhidos ... ...... 08 Um grande e harmonioso encontro ........ ... ..... ... . 09 Reavivamento ..................... ......... .. 1O Seção de formação Nível 11 ... ..... .... 11 Sessão de formação Nível III ....... .. 12 TEMA DE ESTUDO Espiritualidade conjugal ........ ...... .. 13 A espiritualidade conjugal e os pontos concretos de esforço .. .. .... . 14 Para refletir .. .......... ......... ...... ..... .... 1 5 FORMAÇÃO Um elo perdido ........ ... .... ...... ... .... . 16 A experiência da eucaristia .... ..... .. 17 Ajuda Mútua .. .... ...... ... ......... ....... ... 19 MÊS DAS MISSÕES Pronunciamento do Papa ..... .. .... .. . 20 Ca rta Mensal é uma publicaçlio mensal das Equipes de Nossa Senhora

Avani e Carlos C/élia e Domingos

Registro 'L ei de Imprensa" n• 219.336 liw-o 8 de 09. 10.2002

Sola e Sergio Pe. Geraldo Lu i: 8. Hackmann

Edição: Equipe da Carta Mensal

}omalista Responsável: Catherine E. Nada< tm•b t9RJJJ

Graciete e Gambim (responsáveis)

Projeto Gráfico: Alessandra Carignani

Luciane e Marcelo

Nas redes da missão ... .. ..... ..... ...... . 24 Missionários da espiritualidade conjugal .. .. ... ...... ... 2 5

DIA DA CRIANÇA O bem maior ............ .......... ........ ... 26 As crianças e os meios de comunicação social ....... ... .. .... .. 28 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES . ... .... ... .... ...... .... 31 PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Ora ção conjugal ............. .......... ... .. 34 A alteridade e o dever de sentar-se ................. ... ..... 3 5 Regra de Vida ..... .... ............. .. ..... ... 36 Vida de equipe .. ......... ..... ...... ...... .. 37 Testemunhar é preciso .. ... ... ... ... .... 38 TESTEMUNHOS A mãe escutou o pedido .. .. .... ... .... 39 Amar é perseverar no amor ..... .. ........ .. ............ .. .......... 40 Ora ção de uma camponesa ... ...... ... ..... ..... ... ... .. ....... 41 Nossos novos velhos pais ..... .. ...... . 42 REFLEXÃO Casamento e catedral ..... ..... ........ .. 43 Demonstrar amor ........ ... .... ... ..... ... 44 Editoração Eletrônica e Produ ção Gráfica: Nol'a Bandeira Prod. Ed. R. Turiassu, 390- fi " andar. cj. 115 - Perdizes - São Paulo Fone: (Oxxfl) 3473. 1282 Fotomontagem da capa: Roberta S. Gambim Impressão: Cly Tiragem desta edição: 19.800 exemplares

Cartas, colaborações, 110tfcias, testemunltos e imagens devem ser em•iadas {XIra: Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 5° andar. conj. 53 O1309-902 • Seio Paulo - SP Fone: (Oxx /1 ) 3256. 12 12 Fax: (Oxx /1 ) 3257.3599 ca rtamensa f @ens.org.b r

A/C Graciete e Gambim


Queridos irmãos equipistas: Ninguém, hoje, quer perder tempo. Busca-se a todo custo o sucesso profissional, objetivando, acima de tudo, o bem estar, a comodidade e o prazer que o dinheiro proporciona. E criança atrapalha uma e outra coisa! Há dois mil anos, os discípulos de Jesus também pensavam que as crianças iriam perturbar o Mestre na missão de anunciar o Reino ... Mas a Palavra de Jesus, ontem e hoje, é enfática: "Não impeçais de as crianças virem a mim, porque delas é o Reino dos Céus" (Mt 19,14). O Papa, na mensagem As Crianças e os Meios de Comunicação Social, diz que os pais não só devem orientar as crianças sobre os programas a que assistem, mas darlhes o exemplo. Refletindo sobre a mística das ENS, percebemos que o testemunho da nossa conjugalidade, antes de atingir os irmãos de equipe e a comunidade, impregna a vida de nossos filhos. Eles são os primeiros a experimentar nosso esforço na busca da santidade em casal. A nossa espiritualidade conjugal se expressa neles em amor paternal. Que o "Dia da Criança" seja oportunidade para nos darmos conta de que nós, pais, somos o Cristo para nossos filhos (não importa a idade!), e de que eles precisam do nosso tempo para chegar ao Reino. A essa compreensão também nos levam as reflexões de Glacy e Silvino, em A Palavra do Provincial: "pelo sacraCM 421

mento do Matrimônio, os casais se tomam participantes da construção do Corpo de Cristo, no próprio coração da farru1ia e da sociedade humana em que estão inseridos." A missão do casal começa no lar, mas o mesmo amor nos anima ao anúncio do Reino, no Movimento ou fora dele, "até os confins do mundo", pela ação e pela oração, como nos pede Bento XVI. Frei Avelino lembra o mês do Rosário e anima-nos a meditar os mistérios da ação salvadora de Jesus Cristo e da ação do Espírito Santo na Igreja, unindo-no à fidelidade de Maria, que meditou e vi- L-..;=!11 veu estes mistérios. Outubro é também tempo de emprestar nosso voto a Deus, e eleger o CRE da nossa equipe para 2008. É ato de muita responsabilidade. Nesta edição, vamos ler ricos testemunhos de vida conjugal e equipista e de missionariedade, palavras de formação, reflexões, notícias etc. Graça e Roberto, com entusiasmo, anunciam a abertura das inscrições para o II Encontro Nacional das ENS, a realizar-se em Florianópolis/ SC, em 2009. A sua ficha de inscrição, com as instruções, está anexa a esta Carta. Leia, planeje, faça a sua inscrição ... e unamo-nos em oração pelo Encontro!

Graciete e Avelino Gambim CR Equipe da Carta Mensal


OROSÁRlO

NA MlNHA VlDA Caríssimos casais e conselheiros: Outubro nos reporta ao Rosário de Nossa Senhora, oração predileta de João Paulo II. Rezar é dialogar com os moradores do céu. O Rosário sempre foi um instrumento de oração, apreciado pelos simples de coração e por grandes santos. Por meio dele, muitos se tornaram pessoas de oração e encontraram o caminho para evangelizar e santificar a fanu1ia. O Rosário nos coloca dentro dos principais mistérios da vida do Filho de Maria. Os mistérios do Rosário sintetizam belissimamente todos os grandes momentos da história da salvação, operada pelo Homem-Deus gerado no seio de Maria. A humanidade foi redimida pelo Filho de Maria. Quem não experimentou momentos de acolhimento afetuoso, de paz e felicidade profunda? São os mistérios gozosos, luminosos e gloriosos refletindo-se em nossa vida. Quem não experimentou momentos de desilusão e sofrimento? O caminho da vida tem um início feliz e caminha para um desfecho feliz. O semeador é feliz quando lança a semente na terra e na colheita dos frutos. Mas da semeadura à colheita há um tempo e um caminho a ser percorrido, quando e onde não faltam os imprevistos. São os mistérios dolorosos que sinalizam o caminho que leva a Jerusalém. Do momento feliz da Anunciação até o Calvário aconteceu a história da 2

salvação, o trabalho do resgate, o pagamento do elevado preço pelo qual o homem foi avaliado. Jesus não hesitou em "vender o que tinha", o "ser igual a Deus", e fazer-se homem. Não hesitou em despojar-se da sua dignidade humana, ao ser flagelado, desprezado ... crucificado, para assim "comprar" novamente o tesouro da humanidade que se perdera. O Anjo Gabriel saúda Maria, exclamando: "Ave, cheia de graça", e Isabel acrescenta, revelando o segredo da sua felicidade: "Bendita és Tu entre as mulheres", "Feliz és Tu porque acreditaste". Porém, pouco tempo depois, vemos Maria rejeitada, dando à luz o Salvador num estábulo. Sua fidelidade à lei fez com que acolhesse o maior presente do Céu para a humanidade, naquele lugar, entre animais e em companhia de José. Maria deu à luz Aquele que disse: "Eu sou a Vida" e que um dia acrescentou: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida". Dar a vida para que surja a vida. Os mistérios do Rosário lembram os momentos da "operação resgate" da humanidade. Jesus percorreu o caminho da ação salvadora, sem queimar etapas. Que grande é o casal de rosário nas mãos! Percorra o caminho da salvação, rezando o Rosário!

Pe. Frei Avelino Pertile, SCE SR CM 421


FlORlANÓPOllS Amados irmãos equipistas: No Colegiado Nacional de agosto último, lançamos o 2° Encontro Nacional. A decisão fundou-se no trabalho da Equipe da Super-Região que, em 2003, avaliou os anseios e aspirações dos participantes do Encontro de Brasília. Há muitas motivações que levam ao encontro. Elas vão da oportunidade de reencontrar velhos amigos ou de fazer novas amizades com pessoas que possuem os mesmos valores; passam pela necessidade de revigorar a espiritualidade ou de buscar e oferecer ajuda material e espiritual; e chegam ao caminhar em casal ao encontro do Senhor. Compartilhar o tempo e momentos da vida é da essência da alma humana. Há nisso prenúncios de uma perspectiva que conduz ao encontro verdadeiro. José Antônio da Silva ((Via Sacra para a Igreja N" s• do Sagrado Coração- S. J. do Rio Preto) resume a sua tela sobre a Santa Ceia asssim: "Reunir amigos para partilhar uma refeição sempre foi e sempre será uma alegria. Quando os amigos são especiais, o momento toma-se único. Quando o local escolhido é perfeito, as horas são inesquecíveis." Depois de mostrar a importância de um encontro fraterno entre amigos, o autor conclui numa pequena frase o privilegiado encontro de Cristo com os discípulos, no qual o próprio Cristo se entrega como dom: "Porém, um desses momentos só Jesus viveu: repartiu seu próprio CM 421

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sangue com seus discípulos." Acolher e celebrar Cristo como dom presente no amor conjugal já é bom mo ti v o para nos reunirmos. Renovar nos corações o carisma e a mística das ENS também o é. A vida do Movimento necessita de encontros para revigorar-se. Onde reunir esses milhares de amigos? Respondemos com os dizeres do "poeta-compositor" Zininho, que assim define Florianópolis, no seu hino de amor à Ilha: Um pedacinho de terra, perdido no mar! Vamos a "Floripa"! Lá os irmãos florianopolitanos nos aguardam de 16 a 19 de julho de 2009, para celebrarmos e testemunharmos juntos o Amor "presente" em nossas vidas. A força divina que irradia do Cristo ressuscitado reafirme a nossa fé e una as vozes e os "corações" equipistas do Brasil-Continente, para que cheguemos à Ilha em 2009, cantando em uníssono a alegria do verdadeiro encontro: Eu venho do sul e do norte, do oeste, do leste, de todo lugar. Estradas da vida eu percorro, levando socorro a quem precisar. Assunto de paz é meuforte, eu cruzo montanhas, mas vou aprender O mundo não me satisfaz, o que eu quero é a paz, o que eu quero é viver. No peito eu levo uma cruz, no meu coração o que disse Jesus.

Graça e Roberto- CRSR 3


Palavra do Provincial

A ESPlRlTUAllDAQE CONJUGAL E AS ORlENTAÇOES DE VlDA Progredir no amor em prol do futuro Caros Equipistas: Nossa prioridade de reflexão e estudo deste ano nos propõe mergulharmos profundamente, para compreender melhor o significado da "Espiritualidade Conjugal" e como pode ela ser plenamente vivenciada. Dizia Padre Caffarel: "a Espiritualidade Conjugal se desenvolve e se afirma por meio da participação na Igreja. O casal e a família formam uma célula de base da Igreja, não apenas como uma pedra inerte no edifício, mas como pedra viva e ativa". Pelo sacramento do Matrimónio, os casais se tomam participantes da construção do Corpo de Cristo, no próprio coração da família e da sociedade humana em que estão inseridos. A primeira pedra viva e ativa deve alicerçar a comunidade "família", onde devemos transmitir e testemunhar o Evangelho aos nossos filhos. O mais forte dos testemunhos é quando o casal age dentro da liberdade que Deus concedeu, na coerência entre fé e vida. Os jovens são seduzidos por inovações no mundo de falsos valores, que vão desde as roupas até a banalização e relativização de valores espirituais e morais, a corrupção, 4

a busca desenfreada pelo ter, o egoísmo e a competitividade. Nossos jovens, fragilizados na angústia da realização profissional, correm sério risco da inversão de valores, acreditando que os empresários e políticos que agem sorrateiramente no interesse individual é que são inteligentes ou espertos. Diante destas tristes realidades, como orientar nossos filhos? Paulo, em sua Carta os Romanos, recomendava: "não vos conformeis com este século", ou seja, não se amoldem aos costumes do mundo. Reafirmamos: a mudança está no testemunho da vivência do Evangelho. É necessário criar hábitos na farni1ia, como a oração familiar, a leitura e meditação da palavra e, em especial, o diálogo paciente e amoroso com nossos filhos. Muitos pais temem e se envergonham de convidar os próprios filhos à participaCM 421


ção na vida espiritual. Afirmamos, não tenham medo. Com nossos filhos, sentíamo-nos acanhados em convidá-los para a oração do terço e a oração familiar, até que juntos iniciamos esta prática há alguns anos e pudemos sentir que eles tem prazer em participar, tomando-se aqueles momentos em frutuosa partilha. Os filhos são páginas em branco e quem gravará nestas páginas sãos os próprios pais. Os Pontos Concretos de Esforço são um caminho que nos leva à vivência prática da Espiritualidade Conjugal e esta, com certeza, evidenciará aos nossos filhos e à sociedade que é muito bom ser casado e que juntos podemos buscar, sim, a santidade a dois. Também devemos ser pedras vivas e ativas em todos os ambientes onde convivemos, sempre com o espírito de servir e partilhar. O ser humano está muito frio , robotizado e indiferente em relação ao próximo. É aí que devemos agir com a mais ampla hospitalidade, no sentido de acolhimento. Parar para ouvir e se necessário aconselhar, acolher os necessitados com fraternidade e calor humano. Encontramos muita dificuldade quando queremos promover a justiça, ser acolhedores, hospitaleiros e fraternos, parece que o mundo desconhece estes procedimentos. Evidencia-se somente o interesse individualista por bens materiais. Entregar-se à hospitalidade como Abraão (Gn 18,1-1 0), dando amizade e partilhando seus bens e alimentos. O Senhor recompensará! CM 421

Como cristãos e equipistas temos que ser pedras vivas e ativas nacomunidade Igreja. Não podemos viver como os eremitas, que se escondiam nas cavernas. Enquanto estivermos neste mundo, nosso papel é de transformar vidas, empunhando a bandeira da beleza do amor de Deus. Às vezes, critica-se que as ENS cultivam uma vida espiritual que isola os seus membros. Precisamos descobrir que a Espiritualidade Conjugal não é apenas oração e ascese, mas também o serviço de Deus, na fanu1ia, no trabalho e na Igreja. Recebemos do Movimento das ENS chuvas de espiritualidade e orientações. Toda essa luz, somada aos dons que o Senhor nos concedeu, não deve ser escondida debaixo da mesa. O verdadeiro campo da nossa competência na Igreja é a promoção da Espiritualidade Conjugal. Casais a serviço dos Casais. Temos, portando, que partilhar nossos dons e iluminar com nosso serviço missionário, em especial, a Pastoral dos Namorados, os Encontros de Noivos, de Recém Casados, entre outros. Devemos sim, vigiar, orar e agir. A pedra de cada um, por pequena que seja, fará parte do alicerce da casa construída sobre a rocha. "Apresentar o espetáculo de uma vida conjugal feliz e santa e proclamar, de forma mais convincente a salvação que Cristo oferece ao mundo". (P. Caffarel) Verba volant, exempla trahunt (As palavras voam os exemplos atraem).

Glacy e Silvino Casal Provincial Sul II 5


EMPRESTEMOS NOSSO VOTO A DEUS! O Estatutos Canônicos das de Equipe, Cap. II, item 2, estabelece Equipes de Nossa Senhora, no seu de maneira muito clara os "Critérios artigo 5°, dizem: "Composta de cin- de Escolha". Textualmente, lá está: co a sete casais, a cada ano a equipe a) Todo ano escolhe-se um casal que escolhe o seu casal responsável". será responsável pela equipe, É tradição nas Equipes de Nossa podendo um mesmo casal permaSenhora no Brasil que cada equipe necer no serviço dois anos conescolha no mês de outubro o seu Casecutivos, no máximo. Uma cosal Responsável de Equipe para o ano ordenação nova traz à equipe seguinte, isto porque, em novembro, uma animação nova, evitando a fazemos a reunião de balanço e, enrotina e o envelhecimento. Além tão, o novo CRE já levará em conta disso, o serviço de Responsável as conclusões das avaliações da caé, para aquele que o exerce, ocaminhada no ano que chega ao fim, sião de um considerável enriquetendo em vista a animação da sua cimento. Teoricamente, é desejáequipe no ano vindouro. vel que cada casal dele se beneTodos somos equipistas de base. ficie. No entanto, nem todo casal É ali, na base, que alimentamos a está apto a exercer esta função nossa espiritualidade. O exercer uma em todos os momentos de sua responsabilidade na equipe ou no vida. Deve-se, pois, procurar Movimento é sempre serviço, não é sempre o bem da equipe e escocargo. É um serviço feito não em lher o casal que naquele ano tem nome pessoal, mas em nome do Semelhores condições de exercer nhor, portanto com toda dedicação esse serv1ço. e amor. E é um serviço temporário. b) São os casais da equipe que esA equipe é uma pequena Igreja, colhem o CRE. Procede-se à esportanto, uma comunidade viva, colha ao final do ano equipista, "santa e pecadora", que busca estar de preferência antes da reunião a caminho da santificação. O CRE de balanço, para permitir ao novo é aquele casal que está dentro da sua CRE anotar as resoluções então comunidade equipe para ser o anitomadas pela equipe. É uma esmador da caminhada de seus irmãos. colha séria, que se prepara com E age com a segurança que lhe vem orações ao Espírito Santo, e da da unção do Espírito Santo, recebiqual se devem abstrair preferênda para o exercício desta missão. cias meramente pessoais. Como proceder à escolha de um c) Não são critérios de escolha nem Casal Responsável de uma Equipe o simples sorteio nem a rotativide Nossa Senhora? dade entre os membros da equipe. O Manual O Casal Responsável d) É preciso, acima de tudo, esco6

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lher o casal mais apto, do ponto de vista espiritual e humano. O voto é secreto e individual, não do casal. A apuração é confiada ao Conselheiro Espiritual, que anuncia como escolhido o casal que perfizer mais da metade dos votos. Se isto não for conseguido da primeira vez, vota-se novamente; se houver novo empate, o Conselheiro Espiritual dará seu voto de Minerva (voto de desempate), sem dar esse fato a conhecer. O Conselheiro Espiritual anuncia o casal escolhido sem divulgar o número de votos que obteve ou obtiveram outros casais, para o que deve destruir de imediato as papeletas dos votos. e) Cada membro da equipe precisa discernir que casal está mais disponível naquele momento da caminhada, de modo a contribuir para o crescimento comunitário da equipe, devendo acolher-se com alegria o voluntariado daqueles que se julgarem em boas condições. f) Nesse discernimento é preciso considerar valores como: coe-

rência entre fé e vida, formação cristã e equipista, apostolado, boa comunicação, amor e entusiasmo pelo Movimento. Por outro lado, deve-se evitar a indicação de casais que atravessam qualquer tipo de crise (conjugal, emocional etc.). Portanto, na eleição, evitar-se-á o "rodízio", afetos pessoais, o querer premiar alguém ou querer dar oportunidade para alguém se corrigir. Ao decidirmos quem eleger, tentemos intimamente dizer, como os Apóstolos: "Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós" (At 15,28). Ao casal eleito resta confiar-se ao Senhor, que o escolheu para servir mais e amar mais. Ele terá um coração capaz de dizer como São Pedro: "Sim, Senhor, eu te amo mais do que os outros", e também amo a minha equipe mais do que os demais membros. Ainda: terá a humildade de reconhecer que por ele mesmo será capaz de pouca coisa, mas o Espírito Santo estará nele para realizar muito.

Equipe da Carta Mensal

Uma fórmula simples define o papel do Casal Responsável e assinala a sua importância capital: é o responsável pelo amor fraterno. Dele depende que a equipe seja uma vitória da caridade evangélica e que cada casal nela encontre o auxílio de que tem necessidade. (. . .) É o Casal Responsável que assegura a ligação com a Equipe Responsável e, por intermédio desta, com o conjunto das Equipes de Nossa Senhora. (Carta das ENS, 1947-2007)

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DEUS CAPACITA OS ESCOLHIDOS Pe. Chico, nosso SCE, na missa da solenidade de São Pedro, iniciou a homilia com esta frase: "Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos". Fazia alusão ao Apóstolo Pedro que, sendo um simples pescador, foi escolhido por Cristo para ser a pedra sobre a qual assentou a Igreja (Mt 16,18). Um simples pescador, certamente com muito pouca instrução, mas foi o escolhido por Cristo. Lembramos, então, das nossas equipes, da escolha dos novos CRE. E esta afirmativa de que "Deus não escolhe os capacitados" nos conduziu a duas reflexões: - Primeira: Deus escolhe. - Segunda: quem Deus escolhe. Quando ocorrem as nossas reuniões de equipe, estamos vários casais juntos, e sempre começamos a nossa oração "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". Ora, no Evangelho está dito que "Se dois ou mais se reunirem em meu nome, eu estarei no meio deles" (Mt 18,20). Reunidos em seu nome, Deus está conosco em nossas reuniões de equipe. Assim também estará na reunião em que nós escolheremos o nosso novo CRE. Na verdade, não seremos nós a escolher, seremos, sim, apenas ins8

trumentos para mostrar a vontade de Deus. Semelhante ao sacramentos, nosso voto será o sinal visível que Deus usa para indicar a sua escolha. Então é Deus quem escolhe ocasal a quem quer confiar os destinos da equipe para o próximo ano. É, portanto, uma escolha de Deus. Continuando, na segunda reflexão: Deus capacita ao cumprimento da missão aquele a quem Ele escolhe. Mesmo sendo um casal novo, eleito CRE pela primeira vez, não poderá se afligir, pensando que não terá condições para desenvolver o trabalho que lhe está sendo confiado. Deve, isto sim, lembrar de que, a exemplo de "pegadas na areia", nos momentos difíceis, certamente estará sendo carregado por Deus para vencer as dificuldades que aparecerem. Com muita confiança, o casal se colocará a serviço de Deus, que também escolheu e capacitou Maria, uma jovem virgem, simples, uma menina do povo, para ser a mãe do Salvador. Digamos nós também, como disse ela: " ... faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38). Gladis e Fernando Eq. N. S. de Monte Claro- Setor A Porto Alegre!RS CM 421


UM GRANDE E HARMONlOSO ENCONTRO Realizou-se no dia 20/08/2007, na cidade de Marília, o 1o Encontro de Sacerdotes Conselheiros e Conselheiras Espirituais de Equipe da Província Sul II. O Encontro teve a coordenação do Casal Regional Terezinha e Nero e a participação do Frei Emane, SCE da Província Sul II, do Casal Provincial, Glacy e Silvino, assessorados por Frei Avelino, SCE SR, como palestrante. Foram abordados os temas seguintes: Objetivos do Movimento, Carisma e Mística, e Missão dos Sacerdotes Conselheiros Espirituais e dos Acompanhadores e Acompanhadoras Espirituais de equipes. Participaram as cidades de Araçatuba, Assis, Batatais, Bauru, Brotas, Catanduva, Dois Córregos, Garça, Guapiaçu, Jaú, José Bonifácio, Paraguaçu Paulista, Pedernei-

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ras, Ribeirão Preto, Três Lagoas, Valparaíso e Votuporanga, totalizando 106 pessoas. Frei Avelino iniciou sua palestra "Carisma e Mística" com a afirmação: O carisma sem mística é como uma caixa vazia. É a mística que vivifica o carisma. O carisma sem a vivência é como a palavra sem testemunho, é como um boneco vestido de gente, mas que não é gente. Para que serve estar vestido de equipista, pertencer à equipe, que tem um carisma definido, se não há vida? É como ser cristão pelo batismo e não viver a graça batismal. A mística é tudo. As equipes são chamadas a ser verdadeiras escolas de vida cristã, onde o sacerdote deve ser mestre para os casais, pelo exemplo e pela doutrina. Os sacerdotes conselheiros espirituais, nas equipes, como pequenas Igrejas, representam o Cristo Cabeça. Nelas eles exercem a função sacerdotal de ministros ordenados. A equipe é uma porção da Igreja, Povo de Deus e como tal o sacerdote deve acolhêla, mostrar a dedicação de Bom Pastor desta porção do rebanho de Cristo. O casal é chamado a ser luz para os ou9


tros, especialmente para os casais, ser testemunho do amor de Cristo, testemunha de vida Eucarística, da qual deve se aproximar com freqüência e não apenas aos domingos. Enfim, por tudo que nos foi passado, e que, infelizmente não é possível transcrever em mais detalhes, a mensagem é esta: Os sacerdotes conselheiros espirituais e os/as

conselheiros( as) não sacerdotes têm como missão ajudar os casais a caminhar pela estrada que conduz à santidade, "nada mais e nada menos", seguindo o exemplo de Jesus e caminhando sob a proteção e exemplo de Maria.

Célia e Fernando- Setor A Roseli e Jose Carlos -Setor B Marília- SP

REAVlVAMENTO É com emoção que dividimos com os irmãos equipistas a alegria do Mutirão, realizado no dia 21 de abril último, reunindo 140 casais e conselheiros dos Setores A (Piracicaba/Santa Bárbara D'Oeste) e B (Piracicaba). O evento teve como finalidade reavivar em nossa memória o compromisso e a responsabilidade de equipistas, oportunizando também um encontro com todos os nossos amigos, para nos reciclarmos como membros das Equipes de Nossa Senhora. Fomos iluminados pelo Espírito Santo desde a aceitação do convite, para a troca de experiências, convívio fraterno e reflexão. As equipes se prepararam para este evento com muito carinho e entusiasmo, desde o início, resultando em ótimas palestras, colocações das equipes, painéis, teatros, jogral, pa10

ródias e outras criatividades. Pe. Mário José Filho discorreu sobre a Partilha, as Três Atitudes e os Pontos Concretos de Esforço, mostrando-nos a real importância deles em nossas vidas. Vida de Equipe mereceu uma demonstração em forma de teatro. Os temas Casal Animador, Casal Ligação e Conselheiro Espiritual foram explanados como forma de nos relembrar as importantes funções que estes exercem na vida de equipe. Foi enfatizado, principalmente, que animar é dar vida e que ligar é promover a unidade. Outro assunto abordado com propriedade foi a contribuição, sua necessidade e seus frutos.

Equipe Reportagem do Mutirão Eq. N. S. do Rosário de Pompéia Setor A - Piracicaba/SP CM 421


SEÇÃO D~ FORMAÇÃO NlVElll Num clima de muita fraternidade, paz e alegria, nos dias 04 e 05/08/ 2007, aconteceu a Sessão de Formação Nível II, na Região Rio I, com abordagem de diversos documentos da Igreja. O palestrante, Pe. Nelson Dendena, discorreu sobre os documentos: Redemptor Hominis, Dives in Misericordia, Dominum et Vivificanten, Deus Caritas est, Evangelii Nuntiandi, Sacramentum Caritatis e V Conferência da CELAM. Pe. Nelson nos chamou à consciência de que somos Igreja e como tal devemos agir. Assim, aquilo que nós acreditamos, oramos e proclamamos nas liturgias devemos viver em nosso dia-a-dia. Trazendo este CM 421

modo de ser para as ENS, fez-nos ver que devemos procurar aqueles que se afastam do nosso convívio, não importando o motivo, a fim de mostrar a essas pessoas o quanto são importantes para nós, para a equipe e para o Movimento. Chamou a atenção para o fato de que, no corre-corre da vida no mundo de hoje, esquecemos de dizer para aqueles que estão próximos o quanto os amamos. Também nos alertou para o cumprimento dos compromissos assumidos ao entrarmos para as ENS, como os Pontos Concretos de Esforço e a Vida de Equipe, meios que nos ajudam a ser mais Igreja. 11


Falando sobre a justiça, alertou que todos sabem o que é a Justiça, mas não se tem a cultura de atuar com essa Justiça. Na conferência da CELAM, em Aparecida/2007, foi analisada a vida de nosso povo, constatando-se que está havendo uma volta para a Igreja. Se quisermos que nossa Igreja continue a crescer, devemos não só ser discípulos, mas também missionários. No

Batismo recebemos três múnus, o de sermos reis, sacerdotes e profetas. Assim, se eu conheço Jesus, se eu tive um encontro pessoal com Ele, tenho que fazer com que outras pessoas também tenham este encontro com Cristo. Esta seção de Formação Nível II foi uma experiência muito marcante. Beth e Ávila Eq. 18C, N. S. Medianeira- Rio I

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SESSAO QE FORMAÇAO

NlVEllll Compartilhamos a alegria de termos participado da Sessão de Formação Nível III, organizada pela Província Leste, da qual participaram casais das Regiões Minas I, II, III e IV, nos dias 28 e 29 de julho, em Cachoeira do Campo/MG. Ficamos muito felizes com esta oportunidade para estreitarmos nosso relacionamento conjugal, e o relacionamento com Deus e com nossos irmãos equipistas. Sentimo-nos entusiasmados por esta pedagogia, que consegue, de forma simples e objetiva, sensibilizar-nos para a importância de conhecermos melhor o nosso Movimento, levando-nos a refletir sobre o nosso papel e responsabilidade como casal que aprende com a alegria do serviço. 12

A coordenação dos trabalhos foi de Josefina e Roque, que dissertaram sobre o Carisma, a Mística, a Missão e a Unidade do Movimento, juntamente com Padre Mundinho, que nos indica Jesus Cristo como modelo de liderança e serviço, despertando-nos para a realidade de que "a vinha é aqui", e que somos todos chamados para sermos semeadores nesta messe do Senhor. Nos trabalhos de grupo, pudemos trocar experiências com diversos casais, os quais tivemos o prazer de conhecer e com eles nos relacionar durante o evento. Virgínia e Antônio Alcides Eq. N. S. das Graças - Setor A Varginha/MG CM 421


ESP1R1TUAL1DADE CONJUGAL Caminho de Santidade A espiritualidade conjugal é o carisma das Equipes de Nossa Senhora. É um apelo a um amor maior, como meio de santificação. Naturalmente, cada ser humano tem seu projeto de vida, mas, ao casar, precisa ultrapassar esse projeto individual, renunciar a si mesmo e abnegar-se para o bem e santificação do cônjuge. E os dois unidos dão um novo sentido a suas vidas, construindo juntos um projeto de vida conjugal, fazendo a vontade de Deus. Através da oração e do diálogo conjugal e com Deus, buscam orientar suas vidas segundo os planos de Deus. Conhecendo a vontade de Deus, o casal se esforça por adequar sua vida conjugal e familiar ao projeto de Deus. E esse projeto, aos poucos, implica em mudança de atitudes, em conversão, o que requer esforço, persistência e uma busca contínua. Por isso, é preciso cultivar a espiritualidade conjugal, que é viver no matrimónio toda uma vida cristã conforme os desígnios de Deus. A arte de santificar o sacerdócio é espiritualidade sacerdotal e a arte de santificar o matrimónio é espiritualidade conjugal. O casal, santificando-se, santifica também a sua farru1ia, visto ser o casal o fundamento da farm1ia. Cresce-se em santidade à medida que, amados por Deus, se cresce em seu amor e no amor fraterno. A medida do amor é a medida da participação no servir. A caridade fraterna e conjugal é CM 421

o primeiro caminho para se alcançar a perfeição. Quanto mais o casal ama, mais está sendo amado, mais se aproxima de Deus. No amor conjugal, um devesaber aceitar sofrer pelo outro. Isto significa saber amar, saber doar-se. É o "viver para ti", na superação do "para mim"! É fazer o outro feliz. Não há amor sem abnegação. Lemos em A. Saint Exupéry: "Amor não é olhar um nos olhos do outro, mas olharem juntos na mesma direção". Sendo assim, o amor conjugal é realizar juntos a caminhada de um ideal comum, a santidade, o que supõe um compromisso assumido pelos dois. Pode-se lembrar a aliança feita no dia da aliança conjugal: "Eu te recebo como meu e"-


poso (a) e te prometo ser fiel, na alegria, na tristeza, na saúde, na doença, amando-te e respeitando-te todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe". Esse caminho de renúncia passa por um perdão sempre renovado. Sem amor, perde sentido qualquer gesto, palavra ou atitude na vida conjugal. O casal cristão que vive a espiritualidade conjugal é um testemunho na família (igreja doméstica) e nacomunidade. Ele irradia sua espiritualidade para os que lhe são próximos e ilumina o caminho de outros. É alguém que, numa contínua morte ao pecado, busca, em Cristo, ressuscitar para uma vida nova .

Jesus Cristo convida a seguir seu caminho: "Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estiver, estará ali também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará" (Jo 12,26). Para isto é necessária a atitude de servos: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38). Espiritualidade Conjugal é os cônjuges serem canal de santificação um para o outro. Vivendo-a, eles serão reflexo do amor de Cristo. Vânia e Edson Eq. N. S. Auxiliadora - Setor A Santa Luzia!PB

................................................... A ESPlRlTUAllDADE CONJUGAl E OS PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Este estudo do tema foi uma surpresa para nós. Pensávamos que encontraríamos os conceitos que já conhecemos sobre cada PCE. Não imaginávamos que encontraríamos ali Cristo falando tão claramente conosco. Até esse tema, acreditávamos que os PCE nos ajudavam a nos aproximar de Cristo. No estudo, percebemos que é mais que isso: Durante a prática dos PCE Deus está conosco e se revela. O esforço exigente de fazer os PCE é o mesmo feito pelos discípulos que seguiram Jesus. Para estar com Deus nos PCE é preciso abrir 14

mão de muitas coisas, todos nas Equipes sabem disso. Por isso, acreditamos que as vezes que não fazemos os PCE, ou que os fazemos mal, estamos imitando os discípulos quando cochilaram e não fizeram a vigília. Este tema também nos ensinou que os PCE nos pedem, ao mesmo tempo que também proporcionam uma mudança de comportamento do casal. Mudança que, igualmente, o seguir a Cristo também exige. Contudo, às vezes, todo esse compromisso nos parece pesado demais, e parece também que somos tão pequenos e ignorantes para serCM 421


vir a Deus e seguir Jesus como um dos doze. Aí o Espírito Santo sopra: "O Senhor nos toma no ponto em que estamos." Deus age em nós do jeito que somos, com as nossas limitações e fraquezas . Ele não precisa esperar que fiquemos prontos se é que um dia ficaremos. Precisa-

mos apenas estar ao seu dispor e "ficar atentos" durante a nossa oração pessoal e conjugal, como bem ensinou o tema.

Maria e Leandro Eq. N. S. Mãe de Deus - Setor A Florianópolis/SC

................................................... PARA REFLETIR Estudando o 4° capítulo do livro Espiritualidade Conjugal, que serefere aos Pontos Concretos de Esforço, lembrei-me dos casais que estão em pilotagem, empolgados com a nova descoberta e, também, de outros casais que estão há algum tempo nas Equipes, que têm em mãos um grande tesouro, do qual nem sempre sabem usufruir, e me veio o seguinte pensamento: a presença real de Cristo em nossa vida de casal. Os Pontos Concretos de Esforço que o Movimento nos oferece são os instrumentos que favorecem a nossa caminhada em busca da santificação. É na reunião de equipe que colocamos em comum o nosso progresso nesta busca. A riqueza desse momento reside na certeza da presença de Deus em nosso meio, pois nos reunimos em nome de Cristo. Quando o Pe Caffarel foi indagado sobre o que deixaria como maior legado ao Movimento, ao se afastar de sua direção, respondeu sem pestanejar: A reunião de equipe. Não a reunião como ato social, mas como celebração presidida por Cristo, maCM 421

nifestada no esforço e no amor de cada casal ali presente. Essa certeza nos deve levar à vigilância contínua durante o mês, para que tenhamos consciência da presença de Deus em todos os momentos de nossa vida, em nossos pensamentos, palavras e ações, enfim, em tudo o que fazemos e somos. Não podemos desligar o momento da Partilha da reunião, de nossa vida diária. Seria um ligar e desligar, um agir e um parar e recomeçar. Precisamos estar sintonizados com Deus e vigilantes, seguindo seu conselho "vigiai e orai para não cairdes em tentação". Ele nos pede: "ficai comigo um instante", e reforça, lembrando: "sem mim nada podeis fazer". Tomemos consciência disso, sem Deus não iremos a lugar algum. Ligados a Ele poderemos ser sinal para aqueles que ainda não tiveram a felicidade de conhecê-lo e amá-lo no seu cônjuge.

lvanilde do Brandão Eq. N. S. de Guadalupe - Setor A Fortaleza/CE 15


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UM ElO PERDIDO Imaginem um círculo fonnado por elos que se entrelaçam, formando uma corrente que não tem começo nem fim. Cada elo transmite ao outro o seu poder; cada elo assegura o contato para que circule entre eles, sem interrupções, o vigor que lhes é próprio, mas que constrói a unidade. Na união e no contato perfeito desses elos decorre a força da corrente. Quando o Movimento, do alto dos seus 68 anos de experiência, propõe a seus membros meios que lhes permitam progredir no amor conjugal e no caminho da santidade, apresentanos seis Pontos Concretos de Esforço, entre os quais há uma coerência interior que une um ao outro, tal como a corrente acima imaginada. Quando um elo se abre e deixa de cumprir seu papel na formação dessa corrente, quebra-se uma harmonia, rompe-se uma estrutura, perde-se uma considerável parcela na transmissão da sua potência. Isto quer significar que um Ponto Concreto está intimamente ligado e dependente do outro, um vive do outro, um ajuda o outro, um explica o sentido do outro. Dificilmente poderá alguém vivenciar em profundidade sua oração conjugal, se não compreender pela Escuta da Palavra que o amor que une marido e mulher é um dom e graça do próprio Deus. Igualmente, não poderemos escutar verdadeiramente o que Deus nos fala, se no Dever de Sentar-se não conseguimos falar ao nosso cônjuge sobre o amor que nos uniu. 16

Temos ficado preocupados, no entanto, com a necessidade de constantes apelos, campanhas, convites e insistências para a participação nos Retiros. Não podemos acreditar que o motivo seja falta de tempo! Uma vez por ano apenas dispor um fim de semana não parece ser um sacrifício fora de propósito para um casal cristão. Não podemos acreditar que seja falta de dinheiro: uma equipe que não saiba se preocupar com as necessidades materiais de algum de seus membros, certamente não aprendeu ainda o sentido do que é ser equipe. Mas se a equipe falha, o Setor aí está para ajeitar as coisas. É preciso aprender a pedir ajuda, é uma das regras da caridade cristã. Não podemos acreditar que seja desinteresse! Se, no entanto, for esse o motivo, é necessário repensar com honestidade o que se está buscando numa Equipe de Nossa Senhora. Não podemos acreditar que o motivo seja a opção pelo pregador: afinal, quem efetivamente prega o retiro não é o padre, mas é o Espírito Santo, e este é sempre o melhor pregador. Não podemos acreditar em umas outras tantas justificativas, mas podemos acreditar que o Retiro é um encontro marcado com o nosso Deus. Mas podemos acreditar que Retiro é um encontro de nós mesmos, perdidos que estamos no emaranhado da vida, que não nos permite parar sequer para pensar. E Jesus nos convida para nos sentarmos a seu CM 421


lado, para falarmos ao seu coração, para nos envolvermos no seu amor, na paz do silêncio consentido. Podemos acreditar que, por ser um compromisso realizado apenas a cada ano, ele representa a coroação dos esforços de nossas orações cotidianas, das nossas inúmeras regras de vida, dos nossos deveres de sentar-se mensais, das escutas e das meditações, que, como elos da nossa corrente de fé, de compromisso e de amor a Deus, nos lançam através do Retiro nos braços acolhedores do Pai, e assim renovamos nossa vida, retomamos

com vigor o rumo da caminhada. O mais bonito de toda esta história é que Deus continua confiando na nossa vontade e disposição em seguilo e nos coloca nas mãos a oportunidade de sempre religar a corrente. Querido irmão equipista, não deixe que o Retiro seja um elo perdido no seu caminho de santidade.

Silvia e Chico Eq. N. S. de Fátima- Setor A Sorocaba/SP Extraído de Jornal das ENS/ Setores de Sorocaba/ agosto/2007

..................... .. ............................ A EXPERlÊNClA DA EUCARlSTIA Quando pensamos em Eucaristia, basicamente a relacionamos com o ato celebrativo, ou seja, a Missa. Parece-nos que Eucaristia consiste apenas no ato de comungar. Seria a Eucaristia somente o ato de comungar? O primeiro elemento que gostaria de refletir é a própria evolução do nome. Recordando o gesto de Jesus Cristo na última ceia, ele tomou o pão e partiu e deu a seus discípulos. Assim o primeiro nome que temos para denominar a Eucaristia é "Fração do Pão". Daí brota o sentido da partilha, da entrega, da ablação, do oferecimento, da ação de graças. Jesus Cristo se utiliza do sinal sensível do Pão e do Vinho para transmitir o gesto de entrega da sua vida. CM 421

Mais tarde, temos o nome propriamente de Eucaristia, que vai dar a dimensão de ação de graças: Jesus Cristo faz de todo o seu gesto redentor uma grande prece de ação de graças (no grego, eucharisthia). Basta observar que, durante a celebração da Missa, o padre normalmente diz no início da Oração Eucarística: "Na verdade é justo e necessário, é nosso dever e salvação, dar-vos graças sempre e em todo lugar, Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo poderoso, por Cristo, Senhor nosso". Falar de Eucaristia é ainda falar da Ceia do Senhor. Vamos à celebração para comer e beber. Por isso Cristo disse: "Tomai e Comei. Tomai e Bebei". Por isso, cada vez que participamos de uma Missa, devemos 17


sentir-nos membros deste banquete eucarístico. Por isso a Mesa é preparada com a apresentação das Oferendas e apresentamos para o banquete o pão e o vinho que pela ação do Espírito Santo se transformam no Corpo e Sangue de Cristo. O pão e o vinho oferecidos pela comunidade é santificado. Por fim, podemos entender a Eucarística como Memorial do Sacrifício. Quando falamos de memorial, no contexto litúrgico, queremos dizer que fazemos uma recordação atualizada. Trazemos presente para o "hoje" o gesto sacrifical de Cristo em nosso favor. Por isso, participar da Eucaristia é tentar atualizar na vida, com o auxilio da Palavra (por isso, temos a Liturgia da Palavra) os ensinamentos de Jesus: seus valores, suas atiludes, suas palavras. Como podemos relacionar isto com o Movimento das Equipes de Nossa Senhora? Acredito que o primeiro gesto é lembrar a experiência da Geradora do corpo e do sangue que foi entregue: Maria. Ela fez de sua vida um sacrifício, uma ação de graças, uma partilha, um memorial. Assim também, todo esforço da pessoa em compreender o outro, em agradecer pelo que tem, pelo que é, em ser solidário não só nos bens materiais, mas também nas palavras, na valorização dos dons da pessoa, em recordar com o cônjuge como construíram a vida "unidos numa só carne", pode ser um meio pelo qual tenta fazer da sua vida uma atitude eucarística, a exemplo de Maria. Outro elemento do Movimento 18

que podemos tentar relacionar com a Eucaristia: o sustento da fé e da vocação matrimonial e familiar. A Eucaristia é o sacramento dos sacramentos. O ponto de partida e o ponto de chegada. O sustento da vida cristã. Assim, as ENS, ao incentivar a participação dos seus membros no encontro dominical com o Cristo e a Comunidade na Eucaristia, proporcionam-lhes um sustento para a fé e para a vocação Matrimonial. A Eucaristia é a vida da Igreja e, conseqüentemente, o será da vocação Matrimonial de cada casal. Por isso, vamos para a celebração da Eucaristia não apenas com o desejo de "cumprir um preceito", mas para alimentar a vocação que Deus nos concedeu e também alimentar a nossa fé no Cristo vivo, presença real naquele pão consagrado e partilhado. O Movimento relaciona-se ainda com a Eucaristia quando compreende a dimensão do sacrifício, da oblação, da entrega, do despojamento. Quantos, às vezes, sentemse abatidos no exercício de uma função dentro da equipe ou do Movimento. Quando sentires este desânimo, recorre à Eucaristia e vê que Cristo até pediu ao Pai que afastasse dele "aquele Cálice", mas também pediu que fosse "feita a vontade do Pai e não a dele". E isso nós pedimos todas as vezes que rezamos o Pai-Nosso, não é? Por isso, fazer de cada função uma possibilidade de amadurecimento da fé; de despojamento, de solidariedade com Deus no projeto de educar as pessoas para uma experiência CM 421


autêntica daquilo que professam. ( ... ) Podemos suplicar de Deus a graça de que cada equipista possa fazer uma autêntica experiência eucarística e assim tornar-se, como Ma-

ria, um grande comunicador do Cristo Eucarístico.

Pe. Kleber Rodrigues da Silva SCE Eq. N. S. do Carmo Caçapava/SP

................................................... AJUDA MÚTUA A ajuda mútua nas Equipes de Nossa Senhora nasceu da necessidade de os casais se ajudarem materialmente durante a segunda Guerra Mundial. Como os maridos estavam no front de guerra, as mulheres se uniram para partilhar o que tinham com as mais necessitadas. Através da co-participação, os casais expressam os seus anseios e necessidades, para que os demais possam participar de suas alegrias e tristezas, com uma ajuda mútua de orações e de amparo material (caso necessitem). A ajuda mútua só se toma possível quando os casais realmente sentem-se à vontade para co-participar, quando na co-participação os irmãos de equipe estão abertos para acolher o outro em suas limitações e necessidades, quando cada um não olha simplesmente para o seu mundo, mas vê o próximo como um ser que necessita de acolhimento e de todo o carinho. Para que a ajuda mútua possa ser exercida é necessário que cada um tente satisfazer as quatro necessidades do amor fraternal: "dar, receber e (o que é mais difícil) pedir e saber recusar". (Guia das ENS, p 15) Nas ENS a ajuda mútua comCM 421

preende mais do que ajudar os irmãos . Ela manifesta-se na ajuda mútua conjugal, para que cada um possa crescer no casamento, acolhendo o que o outro tem de melhor para lhe oferecer. Na ajuda mútua para a santidade, "os membros das ENS se ajudam mutuamente no caminho que leva ao Reino anunciado pelo Cristo" (Guia das ENS p.l6). Ajuda mútua na oração: rezar com os outros e pelos outros para a união de todos. Ajuda mútua para o aprofundamento da fé: os casais buscam aprofundar seus conhecimentos através da troca de experiências com outros casais. Por fim, a ajuda mútua nas diversas etapas do casamento: o testemunho da vivência dos casais equipistas é suporte mútuo que os ajuda a enfrentar as diferentes etapas do casamento. No seu início, quando o viver a dois ainda é uma novidade, e também durante o amadurecimento do matrimônio, quando, às vezes, as dificuldades podem "esfriar" a relação do casal. Cabe aos irmãos da equipe ajudar a manter acesa, num e noutro caso, a chama do amor.

Extraído do boletim Enfoques Região Rio N- pág. 9 19


PRONUNClAMENTO DO PAPA (OBS.: O Dia Mundial das Missões ocorre no penúltimo domingo de outubro, neste ano, dia 21.) Queridos irmãos e irmãs! Por ocasião do próximo Dia Missionário Mundial, gostaria de convidar todo o povo de Deus, Pastores, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos para uma reflexão comum sobre a urgência e a importância que reveste, também neste nosso tempo, a ação missionária da Igreja. De fato, não cessam de ecoar, como chamada universal e apelo urgente, as palavras com as quais Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado antes de subir ao Céu, confiou aos Apóstolos o mandamento missionário: "Ide, pois, ensinai todas as nações, •-~'"" batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo quanto vos tenho mandado". E acrescentou: "Eu estarei sempre convosco, até o fim do mundo" (Mt 28,19-20). Na empenhativa obra de evangelização, ampara-nos e acompanha-nos a certeza de que Ele, o dono da messe, está conosco e guia incessantemente o seu povo. É Cristo a fonte inexaurível da missão da Igreja. Este ano, além disso, um ulterior motivo nos estimula a um renovado compromisso missionário: de fato, celebra-se o soo aniversário da Encíclica do Servo de Deus Pio XII Fidei donum, com a qual foi promovida e encorajada a cooperação entre as Igrejas para a missão ad gentes. "Todas as Igrejas para o mundo inteiro": é este o tema escolhido 20

para o próximo Dia Missionário Mundial. Ele convida as Igrejas locais de cada Continente a uma partilhada consciência sobre a urgente necessidade de relançar a ação missionária perante os numerosos e graves desafios do nosso tempo. Certamente são diferentes as condições em que vive a humanidade, e nestes decênios foi realizado um grande esforço para a difusão do Evangelho, especialmente a partir do Concílio Vaticano II. Contudo, permanece ainda muito a fazer pararesponder ao apelo missionário que o Senhor nunca se cansa de fazer a cada batizado. Ele continua a convidar, em primeiro lugar, as Igrejas chamadas de antiga tradição, que no passado forneceram às missões, além dos meios materiais, também um número consistente de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, dando vida a uma eficaz cooperação entre comunidades cristãs. Desta cooperação surgiram abundantes frutos apostólicos, quer para as jovens Igrejas em terras de missão, quer para as realidades eclesiais de onde provinham os missionários . Perante o progredir da cultura secularizada, que por vezes parece invadir cada vez mais as sociedades ocidentais, considerando além disso a crise da farru1ia, a diminuição das vocações e o progressivo envelhecimento do clero, estas Igrejas correm o risco de se fecharem em si mesCM 421


mas, de olhar com pouca esperança para o futuro e de diminuir o seu esforço missionário. Mas é precisamente este o momento de se abrir com confiança à Providência de Deus, que jamais abandona o seu povo e que, com o poder do Espírito Santo, o guia para o cumprimento do seu desígnio eterno de salvação. O Bom Pastor convida a dedicarem-se generosamente à missio ad gentes também as Igrejas de recente evangelização. Mesmo encontrando não poucas dificuldades e obstáculos no seu desenvolvimento, estas comunidades estão em crescimento constante. Algumas, felizmente, abundam de sacerdotes e de pessoas consagradas, não poucos dos quais, mesmo sendo tantas as necessidades in loco, são contudo enviados para desempenhar o seu ministério pastoral e o seu serviço apostólico noutras partes, também nas terras de antiga evangelização. Assiste-sedesta forma a um providencial "intercâmbio de dons", que redunda em benefício para todo o corpo místico de Cristo. Desejo fervorosamente que a cooperação missionária se intensifique, valorizando as potencialidades e os carismas de cada um. Além disso, espero que o Dia Missionário Mundial contribua para tornar cada vez mais conscientes todas as comunidades cristãs e cada batizado de que a chamada de Cristo é universal, para propagar o seu Reino até aos extremos confins do planeta. "A Igreja é por sua natureza missionária, escreve João Paulo II na Encíclica Redemptoris missio,n° 61, porque o mandato de Cristo não CM 421

é algo contingente e exterior, mas atinge o próprio coração da Igreja. Segue-se daí que a Igreja toda e cada uma das Igrejas são enviadas aos não-cristãos. Mesmo as Igrejas jovens ... devem participar quanto antes e de fato na missão universal da Igreja, enviando também elas, por todo o mundo, missionários a pregar o Evangelho, mesmo se sofrem escassez de clero". Cinqüenta anos do histórico apelo do meu predecessor Pio XII, com a Encíclica Fidei donum, para uma cooperação entre as Igrejas ao serviço da missão, gostaria de recordar que o anúncio do Evangelho continua a revestir as características da atualidade e da urgência. Na mencionada Encíclica Redemptoris missio, o Papa João Paulo II, por seu lado, reconhecia que "a missão da Igreja é mais vasta que a 'comunhão entre as Igrejas'; ela deve estar orientada também e sobretudo no sentido da missionariedade específica" (n. 65). O compromisso missionário permanece portanto, como foi várias vezes recordado, o primeiro serviço que a Igreja deve à humanidade de hoje, para orientar e evangelizar as transformações culturais, sociais e éticas; para oferecer a salvação de Cristo ao homem do nosso tempo, em tantas partes do mundo humilhado e oprimido por causa de pobrezas endêmicas, de violência e de negação sistemática dos direitos humanos. A esta missão universal a Igreja não se pode subtrair; ela constitui para a Igreja uma força constrangedora. Tendo Cristo confiado em primeiro lugar a Pedro e aos Apósto21


los o mandato missionário, ela compete hoje antes de tudo ao Sucessor de Pedro, que a Providência divina escolheu como fundamento visível da unidade da Igreja, e aos Bispos diretamente responsáveis da evangelização, quer como membros do Colégio Episcopal, quer como Pastores das Igrejas particulares (cf. Redemptoris missio, 63). Portanto, dirijo-me aos Pastores de todas as Igrejas colocados pelo Senhor como guias do seu único rebanho, para que partilhem a preocupação do anúncio e da difusão do Evangelho. Foi precisamente esta preocupação que estimulou, há cinqüenta anos, o Servo de Deus Pio XII a tomar a cooperação missionária mais correspondente às exigências dos tempos. Especialmente, perante as perspectivas da evangelização, ele pediu às comunidades de antiga evangelização que enviassem sacerdotes em apoio das Igrejas de recente formação. Deu assim vida a um novo "sujeito missionário" que, desde as primeiras palavras da Encíclica, tirou precisamente o nome de "Fidei donum". Em relação a isto escreveu: "Considerando por um lado as multidões sem conta de filhos nossos que, sobretudo nos países de antiga tradição cristã, participam do bem da fé, e por outro a multidão ainda mais numerosa dos que ainda aguardam a mensagem da salvação, sentimos o ardente desejo de vos exortar, Veneráveis Irmãos, a amparar com o vosso zelo a causa santa da expansão da Igreja no mundo". E acrescentou: "Queira Deus que após o nosso apelo o espírito missionário 22

penetre mais profundamente no coração de todos os sacerdotes e, através do seu ministério, inflame todos os fiéis" (AAS XLIX 1957, 226). Demos graças ao Senhor pelos frutos abundantes obtidos por esta cooperação missionária em África e noutras regiões da terra. Multidões de sacerdotes, depois de terem deixado as comunidades de origem, dedicaram as suas energias apostólicas ao serviço de comunidades acabadas de surgir, em zonas de pobreza e em vias de desenvolvimento. Entre eles encontram-se não poucos mártires que, ao testemunho da palavra e à dedicação apostólica, uniram o sacrifício da vida. Também não podemos esquecer os numerosos religiosos, religiosas e leigos voluntários que, juntamente com os presbíteros, se prodigalizaram para difundir o Evangelho até aos extremos confins do mundo. O Dia Missionário Mundial seja ocasião para recordar na oração estes nossos irmãos e irmãs na fé e quantos continuam a prodigalizar-se no vasto campo missionário. Peçamos a Deus que o seu exemplo suscite em toda a parte novas vocações e uma renovada consciência missionária no povo cristão. De fato, cada comunidade cristã nasce missionária, e é precisamente com base na coragem de evangelizar que se mede o amor dos crentes para com o Senhor. Poderíamos dizer que, para cada um dos fiéis, não se trata simplesmente de colaborar na ati vidade de evangelização, mas de se sentir eles mesmos protagonistas eco-responsáveis da missão da Igreja. Esta co-responCM 421


ENCONTRO NAClONAl DAS EQUlPES DE NOSSA SENHORA 2°

Aorianópolis-SC, de

16

a

19

de julho de

2009

INSTRUÇÕES PARA INSCRIÇÕES 1. Quem pode se inscrever? Todo equipista, em casal ou individual, Conselheiros Espirituais, viúvos, desde que integrando uma equipe do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. 2. Período das inscrições De 5 de outubro de 2007 até 15 de abril de 2009. 3. Valor da Inscrição 3.1. O valor da inscrição com hospedagem, por pessoa, é de R$590,00. Neste valor estão incluídos Hospedagem em hotel - 3 diárias (tarde do dia 16, dias 17 e 18 e manhã do dia 19). • Alimentação - 3 jantares e 3 almoços. • Translado (aeroporto/rodoviária aos hotéis, hotéis ao local do evento). Material do evento. Participação no evento. 3.2. O valor da inscrição sem hospedagem, por pessoa, é de R$250,00 . Neste valor estão incluídos: • Alimentação - três almoços. Material do evento. Participação no evento. 4. Taxa de Inscrição No ato da inscrição será cobrada uma Taxa de Inscrição no valor de R$50,00 por pessoa . A Taxa de Inscrição já está incluída no valor total da inscrição, tanto na Inscrição com Hospedagem (R$590,00), quanto na Inscrição sem Hospedagem (R$250,00) . 5. Parcelamento 5.1. Os inscritos poderão optar por parcelar o Valor da Inscrição menos a Taxa de Inscrição, em até 15 parcelas mensais. Neste caso, com a primeira parcela a ser paga em fevereiro-2008 e a última em abril de 2009. 5.2. O número de parcelas está limitado pelo mês em que se realiza a inscrição, de modo que a última parcela não ultrapasse o mês de abril de 2009. 5.3. Valor da Inscrição com Hospedagem, por pessoa (item 3.1) - Menos, Taxa de Inscrição por pessoa (item 4) -Valor que poderá ser parcelado em até 15 meses 2o. Encontro Nacional das ENS

R$590,00 R$ 50 00

$ 540,00


5.4. Valor da Inscrição sem Hospedagem, por pessoa (item 3.2) R$250,00 - Menos, Taxa de Inscrição por pessoa (item 4) R$ 50 00 - Valor que poderá ser parcelado em até 15 meses R$ 200,00

6. Rotina das inscrições a) b)

c)

d)

Preencher a "Ficha de Inscrição" e optar por um dos Planos de Pagamento (ver Anexo 1); efetuar pagamento da "Taxa de Inscrição" no valor de R$50,00, por pessoa, no Banco do Brasi l S/A, Agência 2375-2, Conta Corrente n°97071, (depósito ou transferência bancária); remeter a "Ficha de Inscrição" e comprovante de pagamento original da "Taxa de Inscrição", via Correios, ao Coordenador das Inscrições de sua Província; aguardar recebimento do carnê de pagamento, onde consta o nú mero da Inscrição e o Plano de Pagamento, o que dará a condição de "Inscrito".

7. Desistências 7 .1. As desistências deverão ser formalizadas por escrito (carta ou E-mail) ao Coordenador das Inscrições em sua Província . 7.2. Aos desistentes, que comunicarem sua desistência até 31 de março de 2009, será devolvido integralmente o valor das parcelas pagas, no mês subseqüente ao da comunicação . 7.3 . A partir de 01 de abril de 2009, as devoluções por desistência ficarão na dependência dos contratos assumidos para a realização do evento. 7 .4. O valor da Taxa de Inscrição não será devolvida .

8. Outras Instruções 8.1. As Inscrições são intransferíveis. 8.2. Será mantida a inscrição e garantida a participação no Encontro aos inscritos que mantiverem seus pagamentos em dia. 8.3. As eventuais sobras serão devolvidas após o fechamento final da parte financeira do Encontro. 8.4. Se o valor da inscrição for insuficiente para cobrir os custos enumerados no item 3, será emitido um bloqueto bancário complementar (em um único pagamento) com vencimento em junho de 2009. Observação : Sugere-se aos inscritos guardar cópia xerográfica da Ficha de Inscrição, do comprovante da Taxa de Inscrição e das Instruções para Inscrições.

9. Coordenador Nacional das Inscrições Vera Lúcia e José Renato Luciani Rua Belém, 401 • 13301 -453 - ITÚ-SP (11) 4022-2212 • renatoluciani@uol.com.br 1 O. Coordenadores das Inscrições nas Províncias: Prov. Norte Maria das Graças e Raimundo Encarnação Rua Mém de Sá, 90 - Conj .D.Pedro 11 69040-700 - MANAUS-AM (92) 3238-2360 - graenc@hotmail.com (Continua na pág. IV) 11

2° Encontro Nacional das ENS


1. Dados Gerais Província: .... .... .. .. ...... .. .... ........... Região: .. ........ .. ...................... Setor: .... .. .. ...... .. .. .. .. .

2.1nscrição:

110505 '-'!:'TO _F.EF:NANDA/ANTDNIO 11finTi'lf . n .. 114. 1-.'1 K. JSCfi~ COELHO LAUR'~" tn9 r::cpiANA' ,,,,Li, ~ ·.· ~~ ~ HDH DO SQL -SAú JOSE D!]C: f'{lMf'QC-Cro

12244-84('

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2.1. Identificação do interessado: Casa l (

Viúvo ( )

El a ( )

Viúva ( )

El e ( )

Consel heiro Espiritual (

RG-ela (*): .. ........................... CPF-el a (*): ...... .. .......................... . Tel : ....................... .. RG-ele (*): ............................. CPF-ele (*): .. ............................ .. .. Cel : ....... .. .......... .. .. .. End .eletrônico: .............................. ... ... ........... ............................. ..... ...... .................... .

2.2. Opção da Hospedagem e do Plano de Pagamento: Com Hospedagem (

Plano de Pagamento: ...... .. .... .... ...

Sem Hospedagem (

2.3. Outras Informações: Atualmente o casal exerce responsabilidade no Movimento? ........................ .......... .. Qual?: ........ ......................... ..... ..... ...... ........ ................ .. ................ ...... ............... .. ....... . Outras informações que julgarem necessárias: ......................................................... ..

Obs.: Os itens assinalados com (*) são de preenchimento obrigatório.

Declaro estar ciente das condições descritas em Instruções para Inscrições, anexas a esta ficha

Local e data: ......................... .. .......... ... Assin .: ............................ .. .. .. .. ...................... . Número da Inscrição:

(número seqüencial fornecido pelo :::-:==========~ Coordenador Nacional das lnscnções)

Plano de Pagamento:

2Q Encontro Nacional das ENS

(fornecido pelo Coordenador Nacional das Inscrições)

III


Prov. Nordeste

Maria Conceição e Sebastião Macedo R. Aurino Vila, s/n° - Condomínio Padre Monte - casa 72 59148-590 EMAÚS - PARNAMIRIM-RN (84) 3217-5729 - sebastiaomacedo@interjato.com.br

Prov. C-Oeste

Mércia e Aguimar de Freitas Nunes HIGS, 713- Bloco D- casa 35 70380-704 - BRASÍLIA-DF (61) 3245-4364- mercia .aguimar@gmail.com

Província Lest e

Maria de Fátima e Jerson Quintella Rua dos Mestres, 7 25953-340 - TERESÓPOLIS-RJ (21) 2643-2232 - jquintella@altarede.com .br

Prov. Sul I

Lígia e Carlos Alberto Bestetti Av. 9 de Julho, 1450 - apto 81 13209-011 - JUNDIAÍ-SP (11) 4523-1213 - calitita@terra.com.br

Prov.Sul 11

Estela e Paulo César Turetta Rua Dr. João Maria Carneiro Lyra, 60 - Jd.ltamarati 17209-430 - JAÚ-SP (14) 3622-8189 - pcturetta@gmail.com

Prov. Sul III

Dirlene e Henrique Musiat Av.Água Verde, 1919 - apto 54- Bloco B 80240-070 - CURITIBA-PR (41) 3243-3102 - musiat@terra .com .br

1. COM HOSPEDAGEM: R$ 540,00 (Número máximo de parcelas conforme a época da inscrição) máximo de Inscrições Valor da Plano parcelas feitas até parcela P15 15 20/11/07 36,00 P14 14 20/12/07 38,57 P13 13 41,54 20/01/08 P12 12 45,00 20/02/08 P11 11 20/03/08 49,09 P10 10 20/04/08 54,00 P9 9 20/05/08 60,00 P8 8 20/06/08 67,50 P7 7 77,14 20/07/08 P6 6 20/08/08 90,00 PS 5 20/09/08 108,00 P4 4 20/10/08 135,00 P3 3 20/11/08 180,00 P2 2 20/12/08 270,00 P1 1 20/01/09 540,00 IV

2. SEM HOSPEDAGEM: R$ 200,00 (Número máximo de parcelas conforme a época da inscrição) máximo de Inscrições Valor da Plano parcelas feitas até parcela PSH15 15 20/11/07 13,33 PSH14 14 14,29 20/12/07 PSH13 13 20/01/08 15,38 PSH12 12 20/02/08 16,67 PSH11 11 20/03/08 18,18 PSH10 10 20/04/08 20,00 PSH9 9 20/05/08 22,22 PSH8 8 25,00 20/06/08 PSH7 7 20/07/08 28,57 PSH6 6 33,33 20/08/08 PSHS 5 40,00 20/09/08 PSH4 4 50,00 20/10/08 PSH3 3 20/11/08 66,67 PSH2 2 20/12/08 100,00 PSH1 1 20/01/09 200,00 2Q Encontro Nacional das ENS


sabilidade exige que cresça a comunhão entre as comunidades e se incremente a ajuda recíproca no que diz respeito quer ao pessoal (sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos voluntários) quer ao uso dos meios hoje necessários para evangelizar. Queridos irmãos e irmãs, o mandato missionário confiado por Cristo aos Apóstolos diz respeito verdadeiramente a todos nós. O Dia Missionário Mundial seja portanto ocasião propícia para tomar mais profunda consciência e para elaborar juntos itinerários espirituais e formativos apropriados que favoreçam a cooperação entre as Igrejas e a preparação de novos missionários para a difusão do Evangelho neste nosso tempo. Contudo não esqueçamos que o primeiro e prioritário contributo, que somos chamados a oferecer à ação missionária da Igreja, é a oração. "A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos diz o Senhor. Pedi, portanto, ao dono da messe para que mande trabalhadores para a sua messe"(Lc 10, 2). "Em primeiro lugar, escrevia há cinqüenta anos o Papa Pio XII de venerada memória, rezai pois, Veneráveis Irmãos, rezai mais. Recordai-vos das imensas necessidades espirituais de tantos povos ainda tão distantes da verdadeira fé ou privados de socorros para perseverar nela" (AAS, cit. p. 240). E exortava a multiplicar as Missas celebradas pelas Missões, observando que "isso responde ao desejo do Senhor, que ama a sua Igreja e a quer extensa e florescente em todos os ângulos da terra" (lbid., p. 239). Queridos irmãos e irmãs, renovo CM 421

também eu este convite sempre muito atual. Propague-se em todas as comunidades a coral invocação ao "Pai nosso que está no céu", para que venha o seu reino à terra. Faço apelo sobretudo às crianças e aos jovens, sempre prontos para generosos impulsos missionários. Dirijo-me aos doentes e aos sofredores, recordando o valor da sua misteriosa e indispensável colaboração na obra da salvação. Peço às pessoas consagradas e especialmente aos mosteiros de clausura que intensifiquem a sua oração pelas missões. Graças ao compromisso de cada crente, alargue-se em toda a Igreja a rede espiritual da oração em favor da evangelização. A Virgem Maria, que acompanhou com solicitude materna o caminho da Igreja nascente, guie os nossos passos também nesta nossa época e nos obtenha um novo Pentecostes de amor. Em particular, tome-nos conscientes de que todos somos missionários, isto é, enviados pelo Senhor a ser suastestemunhas em todos os momentos da nossa existência. Aos sacerdotes "Fidei do num", aos religiosos, às religiosas, aos leigos voluntários comprometidos nas fronteiras da evangelização, assim como a quantos de vários modos se dedicam ao anúncio do Evangelho, garanto uma recordação na minha oração, e concedo com afeto a todos a Bênção Apostólica. Vaticano, 27 de Maio de 2007, Solenidade de Pentecostes. Papa Bento XVI 23


NAS REDES DA MlSSAO Vivemos em uma região abençoada. A natureza nos convida dia-a-dia a nos encontrar com Deus. E as Equipes de Nossa Senhora nos ajudaram a olhar com mais amor e respeito pelas coisas que Deus nos deu de graça. A Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a olhar com carinho pela natureza devastada pelos homens, pela contaminação de nossos rios. ''Fraternidade e Amazônia, Vida e missão neste chão". Nas nossas viagens fluviais, passamos horas admirando a natureza e observando as pessoas que moram nas margens dos rios, com suas dificuldades financeiras, de deslocamento, educacional e tantas outras. Muitos moradores não constam nem nas estatísticas oficiais. Aquelas pessoas na margem dos rios, que nos acenam com simplicidade à nossa passagem, são irmãos que estão à margem de uma sociedade egoísta. Em muitos casos, o contato que eles têm com as pessoas da cidade é com o padre que os visita uma ou duas vezes por ano ou com comerciantes que os visitam para fazer troca com produtos agrícolas produzidos por eles. Em nossas viagens fluviais , ficamos sempre olhando os vôos dos pássaros, no fim da tarde, o luar... A brisa nos aconchega um ao outro ... como é gostoso perder tempo ao lado do cônjuge, que na realidade é ganhar tempo para o crescimento da espiritualidade conjugal. Quando somos convidados para uma missão, encontramos mil desculpas. Não temos tempo, nossos 24

filhos precisavam de nós por perto, trabalho profissional me impede de sair da cidade e, tantas outras desculpas. Muitos profetas também procuraram desculpas para não assumir a missão. Deus, porém, não desiste de nós. Na verdade, não é falta de tempo, é falta de fé. Mas a força para a missão e crescimento na fé nós encontramos na Eucaristia. Não perdemos o medo de viajar, mas, lembrando das palavras de Jesus, "homens de pouca fé", continuamos a missão, pois é preciso acreditar na ordem do Senhor: "Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28,20). E a cada dia perguntamos: "O que queres de mim Senhor? E lhe dizemos: "Fala Senhor, teu servo te escuta". As respostas têm sido de várias maneiras. Aprendemos a ter mais paciência e compreensão, a discernir o que é melhor para o Movimento, para a Igreja ... Aprendemos o dom da meditação, da escuta, não só de Deus, mas também dos irmãos e irmãs. O dom CM 421


da escuta é imprescindível para a missão na "vinha do Senhor". É na escuta e meditação que o missionário encontra forças para "digerir" as críticas e servir sem medir as conseqüências de deixar casa e filhos durante o período de missão. Maria, porém, sempre deles cuida. Somos servos inúteis. E somos agradecidos a Deus por nos encorajar a "lançarmos a rede para águas mais profundas". É um privilégio servir o reino Deus: os maiores beneficiários somos nós mesmos. Como São Paulo, que rendia graças a Deus pelas comunidades que fundava, nós nos alegramos no Senhor por levar para as populações

ribeirinhas um projeto de evangelização para casais, com a ajuda da metodologia e espiritualidade propostas pelas Equipes de Nossa Senhora. Evangelização que os casais locais, novos missionários, vão levando adiante em suas comunidades, mesmo tendo que se locomover em canoas e pequenos barcos pelos rios da região, para levar a boa nova de "fraternidade e vida" digna para as fanu1ias moradoras à margem dos rios e lagos ... e da sociedade. É vida e missão que chega aos abandonados. Registe/a e Claudionor Rocha Eq. 7- N. S. das Graças Santarém/PA

................................................... MlSSlONÁRlOS DA ESPlRlTUAllDADE CONJUGAl Foi com grande alegria que, no decorrer deste semestre, recebemos três convites para fazer palestra sobre o que é o Dever de Sentar-se e para dar testemunho de como praticá-lo. Nossa surpresa foi grande quando nos deparamos com 100 casais em Junqueirópolis, 35 casais em Pompéia e, finalmente, 40 casais em Capela Aparecidinha/Marília. Nós nos sentimos convocados por Nossa Senhora. Temos certeza de que ela intercedeu a todo momento junto ao seu Filho para que esses encontros fossem repletos de muita espiritualidade e que, como foi proposto, pudéssemos mostrar a esses casais a importância da prática do diálogo conjugal. Que este nosso ato, feito com amor, possa CM 421

nos ajudar em nossa maneira de ser e agir no dia a dia de nossas vidas. Em nossa tarefa, contamos com a colaboração dos casais equipistas Ana e João e Roseli e Antonio que, iluminados pelo Espírito Santo, transmitiram com muita humildade e amor seu testemunho de vida. Chegamos à conclusão de que devemos ser um casal missionário, a fim de darmos a conhecer os meios que nos ajudam em nossa caminhada de santificação em casal para muitos outros casais cristãos não equipistas de Nossa Senhora. Roseli e Jose Carlos Eq. Maria Mãe de Deus Setor Marília/SP 25


OBEM MAJOR O pai moderno, muitas vezes perplexo, aflito, angustiado, passa a vida inteira correndo atrás do futuro e se esquecendo do agora. Na luta para edificar este futuro, ele renuncia ao presente. Por isso, é um homem ocupado, sem tempo para os filhos, envolvido em mil atividades. Tudo com o objetivo de garantir o seu amanhã. E com que prazer e orgulho, cada ano, ele preenche sua declaração de bens para o Imposto de Renda. Cada nova linha acrescida foi produto de muito esforço, muito trabalho. Lote, casa, apartamento, sítio - tudo isso custou dias, semanas, meses de luta. Mas ele está sedimentando o futuro de sua farru1ia. Se ele parte um dia, por qualquer motivo, já cumpriu sua missão e não vai deixar ninguém desamparado. E para ir escrevendo cada vez mais linhas na sua relação de bens, ele não se contenta com um emprego só - é preciso ter dois ou três; vender parte das férias, em vez de descansar junto à farru1ia; levar serviço para fazer em casa, em vez de ficar com os filhos; e é um tal de viajar, almoçar fora, discutir negócios, marcar reuniões, preencher a agenda- afinal, ele é um executivo dinâmico, faz parte do mundo competitivo, não pode fraquejar. No entanto, esse homem se esquece de que a verdadeira declaração de bens, o valor mais alto, aquele que efetivamente conta, está em outra página do formulário do Impos26

to de Renda, mais precisamente, naquelas modestas linhas, quase escondidas, onde se lê "relação dos dependentes". Aqueles que dependem dele, os filhos que ele colocou no mundo, e a quem deve dedicar o melhor de seu tempo. Os filhos são novos demais, não estão interessados em lotes, casas, salas para alugar, aumento de renda bruta, nada disso. Eles só querem um pai com quem possam conviver, dialogar, brincar. Os anos vão passando, os meninos vão crescendo, e o pai nem percebe, porque se entregou de tal forma ao trabalho - vulgo construção do futuro- que não viveu com eles, não participou de suas pequenas alegrias, não os levou ou buscou no colégio, nunca foi a uma festa infantil, não teve tempo para assistir à coroação da menina - pois um executivo não deve desviar sua atenção para essas bobagens. São coisas de desocupados. Há filhos órfãos de pais vivos, porque estão "entregues" - o pai para um lado, a mãe para o outro, e a farru1ia desintegrada, sem amor, sem diálogo, sem convivência. E é esta convivência que solidifica a fraternidade entre os irmãos, abre seu coração, elimina problemas, resolve as coisas na base do entendimento. Há irmãos crescendo como verdadeiros estranhos, porque correm de um lado para o outro o dia inteiro - ginástica, natação, judô, balé, aula de música, curso de Inglês, teCM 421


rapia, lição de piano etc. - e só se encontram de passagem em casa, um chegando, o outro saindo. Não vivem juntos, não saem juntos, não conversam e, para ver os pais, quase é preciso marcar hora. Depois de uma dramática experiência pessoal e familiar vivida, a única mensagem que tenho para dar- e que tem sido repetida exaustivamente em paróquias, encontros familiares, movimentos e entidades- é esta: não há tempo melhor aplicado do que aquele destinado aos filhos. Dos 18 anos de casado, passei 15 anos correndo e trabalhando, absorvido por muitas tarefas, envolvido em várias ocupações, totalmente entregue a um objetivo único e prioritário: construir o futuro para três filhos e minha mulher. Isso me custou longos afastamentos de casa, viagens, estágios, cursos, plantões no jornal, madrugadas no estúdio da televisão, uma vida sempre agitada, atarefada, tormentosa e apaixonante na dedicação à profissão escolhida -e que foi, na verdade, mais importante do que minha família. E agora, aqui estou eu, de mãos cheias e de coração aberto, diante de todos vocês, que me conhecem muito bem. Aqui está o resultado de tanto esforço: construí o futuro, penosamente, e não sei o que fazer com ele, depois da perda do Luiz Otávio. De que valem casa, carros, sala, lote e tudo o mais que foi possível juntar nesses anos todos de esforço, se ele não está mais aqui para aproveitar isso com a gente? Se o resultado de 30 anos de trabalho fosse consumido agora por um CM 421

incêndio, e desses bens todos não restasse nada mais do que cinzas, isso não teria a menor importância, não ia provocar o menor abalo em nossa vida, porque a escala de valores mudou, o dinheiro passou a ter um peso mínimo e relativo em tudo. Se o dinheiro não foi capaz de comprar a cura e a saúde de um filho amado, para que serve ele? Para ser escravo dele? Eu trocaria- explodindo de felicidade - todas as linhas da declaração de bens por uma única linha que eu tive de retirar, do outro lado da folha: o nome do meu filho na relação dos dependentes. E como me doeu retirar essa linha na declaração de 1983, ano base de 82." Texto atribuído a Hélio Fraga, extraído do site www. velhosamigos.com.br Colaboração de Edílson da Márcia Eq. 36 - Setor B São José do Rio Preto/SP 27


AS CRlANÇAS E 95 MElOS DE COMUNlCAÇAO SOClAL Mensagem do Papa Bento XVl Queridos irmãos e irmãs: 1. O tema do 41 o Dia Mundial das Comunicações Sociais, "As crianças e os meios de comunicação social: um desafio para a educação", convidanos a refletir sobre dois assuntos de imensa importância. A formação das crianças é o primeiro. O segundo, talvez menos óbvio, mas não menos importante, é a formação dos meios de comunicação social. Os complexos desafios que se apresentam para a educação nos dias de hoje estão freqüentemente vinculados à ampla influência dos meios de comunicação social no nosso mundo. Como um dos aspectos do

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fenômeno da globalização, e facilitados pelo rápido desenvolvimento da tecnologia, os meios de comunicação social modelam profundamente o ambiente cultural (cf. Papa João Paulo II, Carta Apostólica O rápido desenvolvimento, 3). Com efeito, algumas pessoas afirmam que a influência formativa dos meios de comunicação social concorre com a da escola, da Igreja e talvez mesmo do lar. "Para muitas pessoas, a realidade corresponde ao que os mass media definem como tal" (Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Aetatis novae, 4). 2. A relação entre crianças, meios

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de comunicação social e educação pode ser considerada a partir de duas perspectivas: a formação das crianças por parte dos mass media; e a formação das crianças para que respondam apropriadamente aos mass media. Sobressai um tipo de reciprocidade que indica as responsabilidades dos meios de comunicação social como indústria e a necessidade de uma participação ativa e crítica dos leitores, dos espectadores e dos ouvintes. Nesta perspectiva, formar-se no uso apropriado dos meios de comunicação social é essencial para o desenvolvimento cultural, moral e espiritual das crianças. Como é que se há de salvaguardar e promover o bem comum? Educar as crianças a serem judiciosas no uso dos mass media é uma responsabilidade que cabe aos pais, à Igreja e à escola. O papel dos pais é de importância primordial. Eles têm o direito e o dever de assegurar o uso prudente dos meios de comunicação social, formando a consciência dos seus filhos , a fim de que expressem juízos sadios e objetivos, que sucessivamente há de orientá-los na escolha ou rejeição dos programas disponíveis (cf. Papa João Paulo II, Exortação Apostólica Familiaris consortio, 76). Ao agir deste modo, os pais deveriam contar com o encorajamento e a assistência das escolas e das paróquias, para garantir que este aspecto difícil, mas estimulante, da educação seja apoiado pela comunidade mais vasta. A educação aos mass media deveria ser positiva. As crianças expostas ao que é estética e moralmente CM 42 1

excelente são ajudadas a desenvolver o apreço, a prudência e as capacidades de discernimento. Aqui é importante reconhecer o valor fundamental do exemplo dos pais e os benefícios da apresentação aos jovens dos clássicos infantis da literatura, das belas-artes e da música edificante. Enquanto a literatura popular terá sempre o seu espaço na cultura, a tentação do sensacionalismo não deveria ser passivamente aceito nos lugares de ensino. A beleza, uma espécie de espelho do divino, inspira e vivifica os corações e as mentes mais jovens, ao passo que a torpeza e a vulgaridade têm um impacto depressivo sobre as atitudes e os comportamentos. Como a educação em geral, a educação aos mass media exige a formação no exercício da liberdade. Trata-se de uma tarefa exigente. Muitas vezes a liberdade é apresentada como uma busca implacável do prazer e de novas experiências. Contudo, isto é uma condenação, não uma libertação! A verdadeira liberdade jamais poderia condenar o indivíduo- especialmente a criançaa uma busca insaciável de novidades. À luz da verdade, a liberdade autêntica é experimentada como uma resposta definitiva ao "sim" de Deus à humanidade, enquanto nos chama a escolher, não indiscriminada, mas deliberadamente, tudo o que é bom, verdadeiro e belo. Os pais são guardiões da liberdade de seus filhos; e promovendo gradualmente esta liberdade, os introduz na profunda alegria da vida. (cf. Discurso no V Encontro Mundial das Famílias, 29


Valência, 8 de Julho de 2006). 3. Esta aspiração sincera dos pais e professores de educar as crianças pelos caminhos da beleza, da verdade e da bondade somente pode ser sustentada pela indústria dos meios de comunicação social, na medida em que ela promover a dignidade humana fundamental, o valor genuíno do matrimônio e da vida familiar, e as conquistas e as finalidades positivas da humanidade. Deste modo, a necessidade que os mass media têm de se comprometerem na formação efetiva e nos padrões éticos é considerada com particular interesse e mesmo urgência, não só pelos pais e professores, mas também por todos aqueles que têm um sentido de responsabilidade cívica. Mesmo quando estamos convencidos de que muitas pessoas comprometidas nos meios de comunicação social desejam realizar o que é justo (cf. Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Ética nas Comunicações, 4), devemos reconhecer também que as que trabalham neste campo enfrentam "pressões psicológicas e dilemas éticos particulares" (Aetatis novae, 19), que por vezes vêem a concorrência comercial pressionar os comunicadores para níveis mais baixos. Qualquer tendência a produzir programas inclusive desenhos animados e videojogos- que, em nome do entretenimento, exaltam a violência e apresentam comportamentos antisociais ou a banalização da sexualidade humana, constitui uma perversão, e é ainda mais repugnante quando tais programas são destinados às 30

crianças e aos adolescentes. Como é que se poderia explicar este "entretenimento" aos numerosos jovens inocentes, que na realidade são vítimas da violência, da exploração e do abuso? A este propósito, todos deveriam refletir sobre o contraste entre Cristo, que "as tomou [as crianças] nos braços e as abençoou, impondo-lhes as mãos" (Me 10,16) e aquele que "escandaliza ... estes pequeninos", a quem "seria melhor... que lhe atassem ao pescoço uma pedra de moinho" (Lc 17,2). Uma vez mais, exorto os responsáveis da indústria dos meios de comunicação social a salvaguardarem o bem comum, a promoverem a verdade, a protegerem a dignidade humana de cada indivíduo e a fomentarem orespeito pelas necessidades da família. 4. A própria Igreja, à luz da mensagem de salvação que lhe foi confiada, é também uma mestra de humanidade e valoriza a oportunidade de oferecer assistência aos pais, aos educadores, aos comunicadores e aos jovens. Os seus programas paroquiais e escolares deveriam ocupar um lugar de vanguarda na educação aos mass media nos dias de hoje. Sobretudo, a Igreja deseja partilhar uma visão da dignidade humana que é central para toda a comunicação digna. "Eu vejo com os olhos de Cristo e posso dar ao outro muito mais do que as coisas externamente necessárias: posso dar-lhe o olhar de amor de que ele precisa". (Deus caritas est, 18) • Vaticano, 24 de janeiro de 2007, festa de São Francisco de Sales CM 421


JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL

Pe. Claudionir Braga do Carmo, há 20 anos Sacerdote Conselheiro Espiritual da Equipe Nossa Senhora da Penha - Setor Mogi, completou 25 anos de ordenação sacerdoJUBILEU DE OURO tal, no dia 29 de Pe Paulo D'Elboux nasceu em junho de 2007. O jubileu foi comemorado no dia Itu/SP, em 1o de setembro de 1937. 1°. de julho, na Catedral de Sant' Ana, Formou-se em Letras, Filosofia, em Mogi das Cruzes, em solene EuTeologia e Ciências Sociais. caristia presidida pelo Exmo. e Sempre ligado à educação, traRevrno. Bispo Diocesano, D. Airton balhou corno professor, coordenador José dos Santos, da qual toda nossa e, depois, diretor dos principais coEquipe teve a honra de participar. légios jesuítas do Rio de Janeiro, São Presentes à cerimônia também o Paulo e Belo Horizonte. Atualrnenbispo ernérito, Dom Paulo Mascate, é Reitor do Colégio Santo Inácio renhas, sacerdotes e numerosos fiéis. do Rio de Janeiro. Nascido em Tanabi/SP, Mons. Há mais de 25 anos, é Sacerdote Claudionir, após ter cursado FilosoConselheiro Espiritual das Equipes de fia e Teologia em São Paulo, tomouNossa Senhora, sendo hoje o SCE da se Mestre em Ciências Bíblicas pela Região Rio I, além de acompanhar Universidade Santo Tomás de Aquiequipes no Rio e em São Paulo. Muito no, em Roma. querido por todos os equipistas, tem Atuou como pároco em diversas uma atenção e uma dedicação enorparóquias da diocese e foi Vigário Geme ao nosso Movimento. ral. Atualmente, além de pároco da Estamos felizes de estarmos ao Paróquia de Sant' Ana, é Reitor do Sanseu lado para comemorarmos juntuário Bom Jesus, professor da Facultos seus 70 anos e seu Jubileu de dade de Filosofia e Teologia Paulo VI. Ouro de Companhia de Jesus. Que Deus o abençoe, Monsenhor Pedimos que o Senhor continue Claudionir, hoje e sempre, e que Nosa iluminar seu ministério e que nos sa Senhora da Penha o ajude a contipermita retribui-lhe com muito canuar perseverante em sua vocação! rinho tanta disponibilidade em serEq. N. Senhora da Penha vir Cristo em nós. Mogi das Cruzes/ SP Marcia & Paulo, CR Região Rio I CM 421

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ORDENAÇÕES SACERDOTAlS Padre Mauro Santos recebeu a ordenação sacerdotal na Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, no dia 24 de junho de 2007, por imposição das mãos do nosso Arcebispo D. Orani João Tempesta. Pe. Mauro é filho dos nossos irmãos Cecília e Mariano Santos, ambos já falecidos, os quais pertenceram à Equipe-2/B, de Belém do Pará. Seu lema: "Eis aqui a escrava do Senhor. Faça-se em mim a sua palavra". Sacerdote religioso do Instituto Missionários da Consolata, Pe. Mauro seguirá em missão para a Costa do Marfim, na África. A Equipe 2 ficou muito feliz com a sua ordenação, assim como com a celebração de sua primeira Missa para as Equipes de Nossa Senhora, na Paróquia à qual ele pertencia, em Belém. O testemunho de vida das fallli1ias pertencentes às ENS foi um estímulo à vocação do jovem ao sacerdócio. Tanto na ordenação como na celebração da primeira Missa, Pe. Mauro relatou sua vida de oração ao lado dos pais equipistas. Numa reunião, a Equipe 2 homenageou o néo-sacerdote, e o Casal Regional, também presente, o fez em nome do Movimento. Pe. Mauro, conte com as nossas orações, somos sua família e, em oração, juntos iremos em missão para a África. Nazareth e José Eq. N. S. da Providência- Setor B - Belém/PA

••• Padre Vanildo, no dia 8 de julho de 2007 foi ordenado presbítero, pela imposição das mãos de Dom José Francisco Rezende Dias, em cerimônia realizada na Catedral de Santo Antônio de Duque de Caxias/RJ. Pruticiparam da celebração pessoas de várias comunidades junto às quais Padre Vanildo vinha trabalhando. Para a nossa Equipe Nossa Senhora da Rosa Mística foi muita alegria viver os emocionantes momentos da ordenação do nosso querido Conselheiro Espiritual. Deus seja louvado. Rogéria e Rogério Eq. 31, N. S. da Rosa Mística- Setor B- Petrópolis/RJ

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ORDENAÇÃO DlACONAl Anderson, Natal, Júlio e Adão receberam o sacramento da ordem no grau do diaconato, no dia 3 de agosto de 2007, na Catedral de São José do Rio Preto/SP, em celebração presidida por Dom Paulo Mendes Peixoto, Bispo desta Diocese. Os Diáconos Anderson e Júlio são Conselheiros Espirituais de equipes de São José do Rio Preto e os outros dois, Natal e Adão, colaboram muito com nosso Movimento e com certeza o casamento com equipes acontecerá em breve.

Partiram para a casa do Pai Luis Carlos Tomadon, da Terezinha. na dia 20 de julho de 2007. Era integrante da Equipe Nossa Senhora da Fraternidade, do Setor A de Campo Grande/MS. João Roberto Vitorino, da Eva, no dia 19 de julho de 2007. Integrava a Equipe Nossa Senhora de Guadalupe. Setor B de Campo Grande/MS. Gerson Di Donato, da Lu, no dia 1° de março de 2007. Integrava a Equipe N. S. do Rosário, do Setor B da Região São Paulo Sul I. Plínio Barata Brandão. da Regina, no dia 7 de agosto de 2007. Era membro da Equipe Nossa Senhora da Piedade. do Setor C de Juiz de Fora/MG. Leopoldina Ribeiro. do Jaime Freitas Ribeiro, na data de 5 de junho de 2007. Era integrante da Equipe Nossa Senhora do Carmo de Guaratinguetá/SP. CM 421

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ORAÇÃO CONJUGAL Estamos participando das Equipes desde outubro de 2004. Temos 15 anos de casados, dois filhos: Eu e meu esposo participamos de nossa comunidade, desde a juventude : Grupo de jovens, Encontros, Retiros, Coral de missas, Grupo de Oração e Equipe de Liturgia. Um dia, fomos convidados para fazer a Experiência Comunitária para ingresso nas ENS. De início nós resistimos um pouco, mas, com o passar dos encontros, fomos cada vez mais nos sentindo em casa! Ainda mais, que o casal coordenador da Experiência era conhecido nosso desde o tempo em que participávamos do Encontro de Jovens. Eles já estavam lá testemunhando sobre a vocação para o casamento e a vida de farru1ia. Entramos para a Equipe Nossa Senhora Mãe de Deus, uma equipe jovem, dinâmica e com casais muito comprometidoscomocarismadasENS. Tudo nos foi passado com imenso carinho! Nossos filhos se tornaram parte desta grande farru1ia. A convivência fraterna mudou a nossa vida, que antes era bastante fechada ... Só com o passar do tempo é que percebemos isso! Fomos, como comentamos numa reunião de Equipe, "entrando na massa" aos poucos, vivendo os PCE. O que mais nos tocou desde o início foi a Oração Conjugal. Sempre fazíamos nossas orações individualmente. Cada um tinha sua vida espiritual. No começo de nossa Oração Conjugal, eu sempre procurava 34

fazer meus pedidos e meu esposo só agradecia. Passados uns dias, intrigada, perguntei a ele por que só eu pedia a Deus pelas necessidades? Ele me respondeu que acreditava que a minha parte era pedir e a dele, agradecer. Demos boas risadas disso. Imensa satisfação este "encontro de almas", que passamos a vi ver com a Oração Conjugal, todas as manhãs. Uma alegria ouvir meu esposo orando, às vezes, usando palavras que eu estava acostumada a usar! Interessante, um vai cada vez mais se misturando no outro ... A oração vai nos tomando um só! Vamos dividindo ansiedades, sonhos, conquistas, enfim, nosso dia a dia. Essa experiência nós nunca tínhamos vivido! Hoje, podemos dizer que somos muito mais um casal. A cada dia, descobrimos mais como viver a maravilha que é a vida de família e o sacramento do Matrimônio, com a ajuda das ENS. Paula do Dau Eq. N. S. Mãe de Deus Casa Branca!SP paulafavaretto @yahoo. com. be CM 421


A ALTERlDADE E O DEVER DE SENTAR-SE "O Rio Negro nasce na região pré-andina da Colômbia e corre ao encontro do Rio Solimões, logo abaixo de Manaus. O Rio Negro tem suas águas escuras, quentes e lentas. O Rio Solimões com nascente na Cordilheira dos Andes, tem águas barrentas, frias e rápidas. Inexplicavelmente, mesmo percorrendo em velocidades diferentes, fazendo o Rio Negro 2km/h e o Rio Solimões, pela grande quantidade de sedimentos que carrega consigo atinge avelocidade de 4 a 6kmlh. Eles se encontram, mostrando ao mundo um espetáculo deslumbrante, incomparável; e não se misturam (podem acreditar). Percorrem lado a lado por volta de 6 km. O cenário apresentado é de rara beleza, pois a diferença das cores das águas pode ser claramente contemplada. E depois de concluírem este percurso notável, acontece o maravilhoso encontro das águas, para juntos formarem o Rio Amazonas." Se refletirmos sobre o texto acima, que é de conhecimento público, associando o fato extraordinário do encontro das águas com a união conjugal, podemos concluir que o Pe. Caffarel, ao partir do texto de S. Lucas (Lc 14,28-34), criando o "dever de sentar-se", deu enorme conCM 421

tribuição para que o casal utilize esse precioso instrumento de crescimento espiritual a dois. Através do diálogo conjugal sob o olhar de Deus, podemos descobrir que "o outro deve ser amado, porque é outro". Reconhecer que devemos amar o outro por aquilo que ele é e não pelo que desejaríamos que ele fosse. O casal cristão, ao se colocar sob o olhar do Senhor, dialogando à luz do Espírito, passará da semelhança ilusória à diferença. Valorizará a alteridade. Entenderá que cada um de nós foi dotado pelo Criador de dons e qualidades individuais, os quais devem ser desenvolvidos para o bem de cada um e da humanidade. Evidentemente, durante o diálogo, há a necessidade de ambas as partes cederem ao entendimento, para chegarem a decisões e adequações que sejam mais apropriadas para o bem do relacionamento do casal e da família. 35


Portanto, se o casal equipista, ao longo da sua trajetória conjugal, edificar sua vida apoiada no diálogo (Dever de Sentar-se) e na valorização da qualidade daquele que é outro (alteridade ), ele criará para si um cenário real, de rara beleza espiritual, onde os cônjuges, juntos, formarão um rio, cujas águas percorrerão lado a lado, porém de forma

eficaz no que se refere à compreensão mútua e à vivência espiritual. Eis aí a força transformadora deste PCE. É como já se chegou a dizer: O "Dever de Sentar-se" deveria constar do Código Civil. Adriana e Jorge Abdanur Eq. N. S. Mãe de Deus, Setor CSão José do Rio Preto/SP

................................................... REGRA DE VlDA Há dez anos, depois de muitos exames e de consultar vários médicos, veio o diagnóstico para o meu marido: Mal de Parkinson, que causa nele rigidez muscular. Começava a luta diária contra a evolução da doença, mas o Espírito Santo abriu-nos um caminho novo: o chamado para ingressar nas ENS. O Movimento nos apresenta os PCE e dentre estes, a Regra de vida. Através da Regra de Vida, assumimos propósitos pessoais que nos levem a progredir na direção de um crescimento espiritual e humano. O compromisso do sim matrimonial mostrou-se mais forte: ser fiel na saúde e na doença. Assim, direcionamos nossa Regra de Vida Conjugal para os esforços que temos que realizar num trabalho perseverante, pois semanalmente, Gilberto tem as sessões de fisioterapia, fono, psicoterapia, tudo isso se traduzindo num esforço diá36

rio e constante gerando cans.aço, dores e desânimo. E eu o acompanho, incentivando, apoiando, procurando ajudá-lo para superar as dificuldades e limitações impostas pela doença com carinho e otimismo. Buscamos a santidade dentro das nossas próprias condições de vida, não nos entregando à tristeza ou nos acomodando. Aceitamos os acontecimentos como a vontade do Senhor e agradecemos a Ele as bênçãos alcançadas. Nossa Regra de Vida não tem como meta principal corrigir defeitos, mas crescer nas virtudes, no amor, na paciência, na abnegação, buscando forças na Eucaristia, na oração, sendo "Cireneu" um para o outro, ajudando-nos mutuamente na caminhada da fé. Sônia Terezinha do Gilberto Eq. 3 B - São Gonçalo/Ri Extraído do jornal Enfoques da Região Rio IV CM 421


VlDA DE EQUlPE Quero compartilhar com os irmãos nossa experiência no início da nossa Equipe: Como já tínhamos uma caminhada de Igreja vivenciada em outros movimentos, achávamos que não tínhamos mais nada a aprender. Por isso quando fomos convidados para participar das Equipes, confesso que meu marido e eu ficamos com um pé atrás, porque ouvíramos dizer que era um movimento elitizado, e achávamos que não nos adaptaríamos a ele, pois somos pessoas simples e sempre gostamos de nos relacionar com todos. Mesmo assim, aceitamos fazer a Experiência Comunitária. Quem nos conduziu foi um casal muito simpático de Assis, até hoje nossos amigos queridos. Quando nos perguntaram se realmente queríamos participar das Equipes, aceitamos imediatamente, porque já estávamos fisgados pelo carisma do Movimento, pela riqueza dos temas e por Padre Caffarel. Posteriormente, fomos pilotados por outro casal de Assis. Ficamos encantados com os temas de estudo da pilotagem. São muito ricos e vieram nos ajudar muito como casal, tanto que às vezes revemos os temas dos cadernos Vem e Segue-me. Queria dizer a vocês, irmãos, o quanto nossa Equipe é especial: Frei Graciano, nosso terceiro SCE, é doce, sempre de bom humor e muito carinhoso conosco, tornou-se para nós pai, conselheiro, amigo, confidente; os casais são assíduos e comCM 421

Somos uma famflia. O que alegra a um alegra a todos,

a dor de um é a dor de todos.

prometidos com o Movimento e todos muito responsáveis. Somos, realmente, uma família. Literalmente, o que alegra a um alegra a todos, a dor de um é a dor de todos, nos amamos tanto, que parece que nascemos do mesmo sangue, jamais poderíamos imaginar que seria assim. Deus colocou estes irmãos na nossa vida para nos mostrar o que é verdadeiramente amar uns aos outros como Cristo amou a sua Igreja. Os temas de estudo apresentados a nós, ao longo desses anos, foram cada vez mais profundos e têm feito aprimorarmo-nos como casal e como cristãos, chamando-nos à responsabilidade com o próximo e nos abrindo os olhos para que cuidemos de nos tornarmos sempre mais humildes e divulgadores do Evangelho. Meu marido e eu nos encontrávamos muito sós, porque temos três filhos, mas todos moram fora de Paraguaçu, e sentíamos muita falta 37


deles. Hoje ainda temos muita saudade deles, mas não estamos mais sós, temos uma linda e querida família, com a qual podemos sempre contar, em qualquer circunstância. Já passamos momentos muito felizes juntos, mas também outros muito amargos, e uns foram o esteio dos outros. Nosso SCE é espanhol, uma vez ao ano vai visitar a sua fanu1ia, e então nós quase morremos de saudade, e sabemos que ele também sente nossa falta.

Ingressar no Movimento para nós foi a devolução da alegria de viver. Que Deus, em sua infinita bondade, proteja e olhe por todas as equipes, para que sejam sempre testemunhas de unidade, fiéis ao carisma do Movimento e que formem uma comunidade perfeita como é a nossa.

Maria Helena do José Carlos Eq. N. S. de Nazaré Paraguaçu Paulista/SP

TESTEMUNHAR É PRECISO Para seguir uma profissão é pre- do outro e de nossos filhos. Nós precisamos nos exercitar tociso preparar-se. A vocação matrimonial, para ser vivida intensamen- dos os dias, valendo-nos dos Pontos te, exige talvez muito mais, mas pa- Concretos de Esforço, pois muitas rece que o jovem não despertou ain- vezes também podemos cair na rotina e deixar esmorecer o amor. É com da para o valor deste sacramento. O mundo precisa de testemu- · esforço que venceremos os desafios. Precisamos reforçar cada vez nhos dos casais de que casar vale a pena! E nós como equipistas pre- mais a nossa vida espiritual, atracisamos, sim, ser exemplo forte na vés da Oração Conjugal, da Meditação, do Dever de Sentar-se, e proIgreja e no mundo. O casamento é um grande e feliz curar buscar Jesus Cristo como fonte desafio, pois precisamos aprender a de toda a vida, assim nosso casamenperdoar e pedir perdão, dialogar, to será construído sobre a rocha e renunciar, a ter força e fé em Jesus nenhuma tempestade destruirá nosCristo, para conseguirmos vencer as sas fanu1ias. Que nós possamos colaborar dificuldades do dia-a-dia e amadurecer, pois não é fácil vivê-lo na so- como casais cristãos para um munciedade em que vivemos, onde são do melhor e imitar o exemplo de desrespeitados os valores da famí- nossa Senhora, sendo servos e serlia, onde Deus fica em segundo pla- vas do Senhor. no. Mas é com a presença de Deus Meiry e Raimundinho no casamento e através dele que nós Eq. N. S. das Graças - Cruz/CE conseguimos forças para cuidar um 38

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A MÃE ESCUTOU O PEDIDO No dia 12 de outubro de 1.999, fomos à missa em honra a Nossa Senhora Aparecida. Ao chegar à igreja, fui convidado a entrar com a imagem da Santa. Na procissão de entrada, tendo as mãos erguidas com a imagem, pedi: "Mãe, a Senhora é mãe e sabe do sofrimento de minha esposa, fomos três vezes ao hospital e sua dilatação não aumentou, então peço que o parto de nosso filho seja perfeito, tanto para ele como para ela". Ao sairmos da igreja, perto da porta ainda, uma senhora nos chamou e disse-me para levar minha esposa ao hospital. Expliquei que nos últimos três dias nós tínhamos estado no hospital, mas os médicos disseram para aguardar, pois ela ainda estava com 39 semanas e estava tudo bem com a gravidez. Mas aquela senhora insistiu e nós fomos ao hospital, afinal não tínhamos nada a perder. Minha esposa foi examinada pelo médico e, para nossa surpresa, ela foi encaminhada para fazer parto de emergência, porque nosso filho estava com o coração batendo muito fraco e entrando em sofrimento, pois estava sendo sufocado por duas circulares do cordão umbilical em seu pescoço, fato que pude comprovar na hora do parto. Por fim, o Gabriel nasceu no dia de Nossa Senhora Aparecida e por um milagre dela - assim o vemos ele ficou vivo, pois temos certeza de que foi através daquela senhora que Nossa Senhora Aparecida se fez preCM 421

sente, evitando assim uma catástrofe em nossas vidas. Após seis anos, em 13 de maio de 2006, numa peregrinação a Aparecida do Norte organizada pelas Equipes de Nossa Senhora, resolvemos entregar uma carta e uma fotografia ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, contando o fato. Para surpresa nossa, neste ano de 2007, a Rede Globo enviou um email, dizendo que selecionara o nosso milagre em Aparecida e gostaria de gravar o que tínhamos a dizer sobre o ocorrido. Aceitamos. Nosso depoimento foi levado ao ar num especial da Rede Globo sobre a visita do Papa Bento XVI a Aparecida. Hoje, temos um milagre em nossas vidas, nosso filho Gabriel com 7 anos, uma criança maravilhosa, ... DEUS seja louvado por tudo.

Carlos da Déborah Eq. N. S. da Defesa -ABC III São Paulo SUL I 39


AMAR É PERSEVERAR

NO AMOR Parece que tudo começou ontem, mas já se passaram mais de 25 anos, e vemos que estamos colhendo das sementes que plantamos. Foram anos de momentos bons e ruins, em que nos bons éramos felizes, e nos ruins víamos como era grande o nosso amor. Um amor capaz de compreender e perdoar, pois nesses momentos sentíamos mais a presença de Deus. Há dez anos, meu marido sofreu um grave acidente, do qual resultaram três vítimas fatais, e ele ficou entre a vida e a morte, com o pé destruído, costelas fraturadas e uma hemorragia muito grave. Os médicos já não tinham esperança. Eu tentava ser forte, mas por dentro meu coração estava desesperado, foi quando um padre passou por mim e me vendo ali, "jogada" num canto do hospital sem ninguém para me dar um abraço de conforto, me perguntou: "Filha, você quer que eu dê a bênção a seu marido?". Enquanto o padre ia dando a bênção, eu ia apelando a Deus, dizendo que não importava como meu marido viesse a ficar, quais as seqüelas ... eu queria apenas que sobrevivesse, que continuasse ao meu lado para criarmos nossos filhos , então com 13 e 8 anos, e para vivermos o amor que prometemos um ao outro no altar. Após um ano de cama, de muito sofrimento, de apelos a Deus e principalmente depois de tanto medo de 40

o perder, foi que percebemos o quanto nos amávamos, o quanto a gente era feliz e não sabia. Nossos amigos sempre ao nosso lado, nos ajudando ... eram a presença de Deus em nossas vidas. Em 2003, fomos convidados a entrar no Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Participar da equipe tem sido uma grande alegria. Somos uma família, quantas coisas boas a gente aprende uns com os outros e com nosso SCE, que nos guia para o caminho de Deus e faz com que aprendamos a ser uma família com muito mais carinho, respeito e amor. Este ano também fomos escolhidos como casal responsável e com isso estamos aprendendo cada vez mais e melhorando nosso relacionamento como marido e mulher e como família. Hoje, nossos filhos já estão criados, o mais velho nos deu um neto lindo. Para completar nossa felicidade, há 8 meses, Deus nos deu a Vitória, a nossa terceira filha, que não veio do nosso sangue, mas nasceu em nossos corações. Assim foram esses anos de vida conjugal: de alegrias, tristezas, erros e acertos, carinho, amor e respeito. Hoje, continuamos felizes e apaixonados, tendo Deus presente em nossas vidas . Por tudo temos apenas que agradecer a Deus. Como lição, aprendemos que não devemos deixar nada para amanhã, nem que CM 421


seja um pedido de desculpas, um abraço, um beijo, um gesto de carinho, pois o amanhã pode não existir, por isso, ame, perdoe e agradeça a Deus por tudo de ma-

ravilhoso que você tem em sua vida hoje. Maria Regina do José Ramiro Eq. 02, Torrinha/SP

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ORAÇAODE UMA CAMPONESA Esse foi um retiro especial, pregado pelo Bispo Dom Sérgio da Diocese de Araçatuba SP, em julho de 2006. Tudo o que foi pregado foi muito bom, mas algo me tocou profundamente, um documentário: "Oração de uma Camponesa", mostrando a miséria de mulheres cozinhando biju em panelas de barro, em buracos cavados no chão. Elas cantavam um canto maravilhoso, alegre e no final, convidavam Jesus para cear com elas. Aquela cena questionou minha conduta: quantas vezes vou para minha cozinha preparar o almoço reclamando, mal humorada e olha

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que minha cozinha agora está do jeito que sempre planejei, com armários novinhos, todos os utensílios e alimentos necessários e em abundância ... E mesmo assim,. quantas vezes fecho o fogão e peço marmita do restaurante! Depois do Retiro, fiz o firme propósito de rever minhas atitudes. Tenho ido para a cozinha com outro estado de espírito ... Dias atrás, enquanto cozinhava, me peguei cantando! Santo Retiro esse! Tereza e Jura Eq. N. S. Auxiliadora da Felicidade Valparaíso/SP

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NOSSOS NOVOS VElHOS PAlS Eu tinha 14 anos de idade e meu irmãozinho 9, quando passamos pela triste experiência de perder os nossos queridos pais em acidente automobilístico. Nós, então, fomos acolhidos pelos nossos avós maternos. Para nós, a nossa avó era uma mistura de mãe, com muita ternura, docilidade e garra. Percebíamos que, apesar de ter um olhar de tristeza, pois haviam perdido a filha e o genro, nossos avós encontravam forças para sorrir e nos repassar alegria, ainda que fosse muito difícil sorrir. Mas nos deram forças para crescermos e voltarmos a sentir o chão novamente. Hoje sou mãe, meu marido e filho são pessoas maravilhosas que me fazem muito feliz, e conto com a presença importantíssima de meus avós, que continuam nossos incentivadores. Apesar do cansaço da idade, ainda nos animam com a vontade de viver, sempre nos direcionando a Deus. Tenho minha avó como exemplo de vida, mulher sofrida, mas batalhadora e sempre disposta a seguir adi-

ante, de mãos dadas com a alegria, apesar da vivência de tantos momentos tristes. Foi difícil para minha avó fazer o papel de mãe e avó, mas ela me fez superar tudo, foi muito especial para mim e continua sendo. Os meus pais foram embora muito cedo, mas Deus me providenciou estes avós que não me deixaram sentir o sabor tão amargo de suas ausências, ainda mais com este avô que procurou ser e é mais que um pai para mim. Casados há 56 anos, eles continuam exemplo de vida conjugal para nós, ainda enfrentando e superando as mais variadas peças que a vida insiste em pregar. No último Dia dos Avós, nós, das Equipes de Nossa Senhora de nossa cidade, preparamos na "Missa das Farm1ias" uma missa especial para os avós e para minha felicidade eles foram chamados a participar do ofertório.

Karine do Ademir Montanhez Eq. N. S da Esperança Setor Valparaíso/SP

As relações entre os membros da comunidade familiar são inspiradas e guiadas pela lei da "gratuidade" que, respeitando e favorecendo em todos e em cada um a dignidade pessoal como único título de valor, torna-se acolhimento cordial, encontro e diálogo, disponibilidade desinteressada, serviço generoso, solidariedade profunda. (Familiaris consortio, 43)

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CASAMENTO E CATEDRAl Recentemente, ao passar por Aparecida, da janela do ônibus pude ver a Basílica e lembrei-me da visita do Papa Bento XVI, lembrei-me também da minha esposa Lucia, que está distante, visitando uma de nossas filhas, e pensei que uma catedral poderia ser comparada com o relacionamento duradouro de um casal, pois ambos são construídos tijolinho por tijolinho. Comecei pelos alicerces, a base de tudo, precisam ser firmes e fortes, pois sustentam a catedral inteira. Na minha comparação, seriam os princípios e valores cristãos dos cônjuges a base de todo o relacionamento conjugal: a liberdade, a solidariedade, a justiça, a ética, a cooperação, o amor fraterno, o perdão, o respeito, a dignidade da vida, a dignidade do trabalho, a farru1ia como célula fundamental da sociedade, a fidelidade ao cônjuge, a si mesmo e a Deus, a vivência dos sacramentos, o testemunho da vida cristã etc. Depois viriam as colunas que sustentam o edifício e definem a sua forma básica: Semelhantemente deverão ser as qualidades dos cônjuges, a forma com que eles encaram os acontecimentos do dia a dia: paciência, generosidade, tolerância, prudência, inteligência, coragem, bondade, otimismo, simplicidade etc. Ligando as colunas, estão os arcos, que completam a forma da catedral. Representariam o dialogo conjugal e o diálogo familiar, tão necessários para o bom relacionaCM 421

mento entre os cônjuges e entre pais e filhos, diálogos apoiados intimamente nas qualidades cultivadas na família. Cobrindo tudo, existe o telhado e a cúpula ou domo (em latim duomo, que significa lar, "o lar de Deus") que protegem o prédio das intempéries. No casal seria o amor, sem o qual o relacionamento conjugal não sobrevive. Completando a catedral, temos os vitrais, que embelezam e deixam passar a luz do sol, conferindo maior imponência e espiritualidade ao ambiente. Neles estaria representado o relacionamento do casal com Deus, a disponibilidade de coração que torna o casal reflexo de Deus na criação. No centro de tudo está o altar, onde Jesus Cristo faz a entrega ao Pai da sua vida por nós. Representa a entrega que os cônjuges fazem de suas vidas um ao outro, na vivência do sacramento do Matrimónio. Arry da Lucia Eq. N. S. de Loreto - Setor B São José dos Campos/SP 43


DEMONSTRAR AMOR Ao pagar uma conta num restaurante, a moça do caixa me deu um pastelzinho açucarado, com uma tirinha de papel, na qual estava escrito: demonstre amor a quem você ama. Chegando em casa, peguei o tal bilhetinho e o li várias vezes, até entender bem a sua mensagem. É uma coisa tão simples, tão fácil, mas de um efeito maravilhoso e imediato. Você pode amar perdidamente uma pessoa, mas, se não o demonstrar, seja por uma carícia, um mimo, uma palavra, um bilhetinho ou um telefonema com ternas palavras, a pessoa talvez não se sentirá amada. Há casais que vivem razoavelmente bem, mas poderiam viver maravilhosamente bem, se, por alguma forma, os cônjuges expressassem mutuamente o amor que um sente pelo outro. A expressão ostensiva, mesmo diminuta, da devoção de amor é como o combustível para o carro; já a sua omissão pode ser entendida pelo outro, como desamor. E o casal apenas convive com companheirismo, numa rotina conjugal sem tempero. Hoje, a vida é corrida: a televisão, o trânsito, os diversos locais que os filhos estudam e praticam esportes, o já tão comum trabalho da mulher fora de casa ... tudo contribui para estressar os esposos e encurtar o tempo para cuidarem de sua vida amorosa. Acho que é justamente pela falta de tempo que a mensagem do bilhe44

tinho do pastel açucarado é muito importante, porque o que é proposto pode ser feito em poucos minutos e com excelentes resultados. Eis algumas formas para demonstrar amor a quem se ama: deixar um bilhetinho sobre a mesa, ao sair para o trabalho, com algumas palavras de carinho; - trazer para o outro uma guloseima, uma lembrancinha; - nunca se esquecer do carinhoso abraço; - telefonar para o outro do, ou para o trabalho, para dizer algo alegre e carinhoso. Certamente que, qualquer demonstração explícita do amor sincero, irá despertar no outro a gratidão, a alegria de se sentir amado e o desejo de retribuir. Isto, em qualquer idade, em qualquer lugar, em qualquer ocasião. Portanto, se você deseja ser amado ou amada, demonstre amor a quem você ama!

Expedito da Nice Eq. 12- Setor F- Brasília/DF CM 421


Meditando em Equipe O mês de outubro é dedicado às Missões e ao Rosário. Há uma relação muito forte entre ambos, pois a oração é uma dimensão imprescindível da evangelização. E a oração do Rosário, além de animar a vocação missionária dos fiéis, dá o espírito necessário para quem se coloca em atitude de anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. A família se constitui em um lugar privilegiado de oração e evangelização.

Escuta cla Palavra em lc 1 o,

21-24

Sugestões para a meditação: 1. Como a nossa família está pondo em prática a sua missão evangelizadora? 2. Como o casal está aproveitando as oportunidades para rezar? 3. O Rosário tem lugar em nossa família? Pe. Geraldo

................................................... Oração litúrgica (Is 26, 1-6)

Naquele dia, cantar-se-á este cântico na terra de Judá : Temos uma cidade forte; para nossa salvação ele nos deu muro e antemuro . Abri as portas da cidade, para que entre uma nação justa, que observa a fidelidade! Está decidido : tu manterás a paz, sim, a paz, porque a ti foi ela confiada . Ponde a vossa confiança em Javé para todo o sempre, porque Javé é uma rocha eterna . Com efeito, ele abateu os habitantes das alturas, a cidade inacessível; Ele fê-la vir abaixo, vir abaixo até o solo, Fê-la lamber o pó. Ela será pisada aos pés: Pisa-la-ão os pés dos pobres e os passos dos fracos .


Aorianópolis nos espera em 2009 no 11 Encontro Nacional das ENS

Equipes de Nossa Senhora

Movimento de Espiritualidade Conjugal R. luis Coelho, 308 • 5° andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 • Fax: (Oxx11) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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