ENS - Carta Mensal 409 - Junho e Julho/2006

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EQUlPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°409 • Junho-Julho 2oo6 EDITORIAL Da Carta Mensal .. ......... ........... .... .. 01

NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES . .... ....................... 29

SUPER-REGIÃO

ENCONTRO DE LOURDES

Meditação! .... ..... .... ... ........... .... ..... 02 Visita Pastoral à Província Sul 11 .............. .. .. ............ . 03 A Vocação Pessoal: "Meu Nome Está nos Céus" .......... 06

Vamos a Lourdes ! ..... ....... .. ............ 31 Vigília por Lourdes ........................ 32 Estandarte da SR Brasil para o Encontro de Lourdes .......... 32

CORREIO DA ERI Reunir-nos em Comunhão ............. 08 Em Equipe, chamados à Santidade ............................ ........ 09 Notícias Internacionais .. .. ......... .. ... 12

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Estou à Porta e Bato .................. .... 33 Meditação ........ ....... ............. .......... 34 Escuta da Palavra .... ... .. ............ ...... 37 Passo Certo do Equipista ........ ...... . 39

VIDA NO MOVIMENTO

TESTEMUNHOS

Super-Reg ião Visita a Província Sul 11 .................... .. ...... 14 Demonstrações Financeiras 2005 .... ........ .. ...... .... .. . 18

Expansão .... .. ....... .. ....... ... ............... 40 Nossa Oração Conjugal ...... .. .. .. .... . 40 Retiro Anual ...... .. .. ......... ....... ......... 41 Um retiro no Vale da Floresta ....... 42

FORMAÇÃO

ATUALIDADE

Retrato de Jesus ................ .. .......... 20

Unidade Cristã ......... .... .................. 43 Sessão de Formação III .......... .... .... 43

CONJUGALIDADE O Presente que Mudou a Minha Vida .... .. .. .. ........ .. ............. 24 A Linguagem do Amor .. ...... .......... 26

TEMPO DA IGREJA O Sagrado Cora ção .... ...... .. ............ 27

Carta Mensal é wna publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Registro "Lei de Imprensa " n• 219.336 livro 8 de 09.10.2002

Avani e Carlos Clélia e Domingos Luciane e Marcelo Sola e Sergio Pe. Geraldo Luiz B. Hackmann

Edição: Equipe da Carta Mensal

Jornalista Responsável: Catherine E. Nadas (m•b t9835)

Graciete e Gambim (responsáveis)

Projeto Gráfico: Alessandra Carignani

REFLEXÃO Tempo do Equipista ....................... Na Saúde e na Doença .... .............. A Lição do Jardineiro .............. ... .... Eternos Namorados .... .. .......... .. ..... Vem para o Meio! ...... ...................

Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeira Prod. Ed. R. Turiassu, 390- 11 ' andar, cj. 1/5 - Perdizes - São Paulo Fone: (Oxx 11) 3677.3388 Foto capa: Avelino Gambim Copaibeira, árvore símbolo da cidade de Bauru Impressão: Cly Tiragem desta edição: 18.700 exemplares

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Canas, colaborações, not(cias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para: Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 5° andar · conj. 53 01309-902 • Stio Paulo- SP Fone: (Oxx /1) 3256.1 2 12 Fax: (Oxx /1) 3 257.3599 ca rtamensal @ens.org. br A/C Graciete e Gambim


Queridos Irmãos: O ano de 2006 já vai pela metade. A marcha do tempo nos atesta que estamos a caminho. O ponto de chegada é a casa do Pai, onde "há muitas moradas" (Jo 14,2). E qual é o caminho? O Filho de Deus, ao se fazer homem, tomou-se a estrada para chegar ao Pai: "Eu sou o Caminho ... " (Jo 14,6). O Movimento neste ano propõe que nós conheçamos melhor a Pessoa de Jesus Cristo, para que, "contemplando a sua face", o nosso próprio "rosto" possa refletir Cristo para tantas outras pessoas, a fim de que também elas conheçam o Caminho para o Pai. Mesmo de credos diferentes, devemos acolhê-las e amá-las, como Cristo as acolhe e ama, pois Ele se encarnou, deu a vida e ressuscitou para salvar cada pessoa humana. O Filho de Deus, sabendo das limitações humanas, quis trilhar o nosso caminho de dificuldades e alegrias, para que, no seu exemplo, aprendêssemos, continuadamente, a conhecê-Lo - o Cristo, Caminho, Verdade e Vida- escutando-O através das Escrituras e transformando a oração em atos de amor a Deus e aos irmãos, para sermos perfeitos como o Pai (cf. Mt 5,48). Quando Pe. Caffarel diz que o objetivo das Equipes é levar os casais a tender à santidade, propõelhes que vivam o ideal de todo cristão. A pedagogia do Movimento quer ajudar-nos a percorrer este

caminho, na unidade com Cristo, pela força do Espírito Santo que celebramos no Pentecostes. Esta edição nos fala de busca da santidade. Diz da comunhão com Cristo Eucarístico e da comunhão entre nós, vivida em todos os níveis, da equipe de base até a união internacional. A Santidade de Deus se manifesta na unidade da Santíssima Trindade. Por isso o grande desejo de Cristo: " ... que sejam perfeitos na unidade ... " (Jo 17,23). Nesta compreensão de unidade e santidade, Graça e Roberto falam sobre a Visita Pastoral da Equipe da SuperRegião à Província Sul II. Na mesma dimensão, a ERI se refere ao Encontro Internacional de Lourdes. Artigos, reflexões e testemunhos nos falam de meditação, escuta do Senhor, oração, que vão nos ajudar a tender à santidade, à descoberta diária da Face de Cristo. E porque Deus nos chama a sermos santos, no e através do sacramento do Matrimônio, vivendo a conjugalidade com abnegação e amor sempre novos, é que desejamos a todos um feliz Dia dos Namorados, celebrando-o no exemplo de Cristo, que a cada dia, especialmente na Eucaristia, torna presente o seu amor novo pela sua noiva, a Igreja, "para torná-la santa e irrepreensível" (Ef. 5,27).

Graciete e Avelino Gambim CR Eq. da Carta Mensal


MEDITAÇÃO! Caríssimos Casais e Conselheiros! "Minha alegria é estar com o Senhor!" A família ENS deseja que o ano de 2006 seja marcado por um esforço no aprofundamento sobre Escuta da Palavra, Meditação e Retiro. A oração é uma forma de estar com o Senhor. Não podemos falar de meditação sem falar de oração. "A meditação é uma reflexão amorosa sobre verdades reveladas, tendo como motivo, viver com mais perfeição". "É uma atenta reflexão sobre qualquer coisa". Meditar sobre verdades reveladas implica esforço mental. A mente pesquisa e o coração guarda. A Meditação está no "cardápio" diário da vida equipista! Cada dia meditamos a Palavra de Deus. Meditar é como abrir um pacote de presentes: contém novidades! Meditar é, pois, deter-se por algum tempo sobre verdades, passos da vida de Jesus, de Maria. Mas, para que a Meditação seja oração não pode ficar só na reflexão. "Orar não consiste em muito pensar, mas, em amar muito" (Sta. Teresa). Não são as muitas idéias que tomam a oração melhor, mas os atos de amor que brotam das idéias. Posso refletir sobre tudo o que a ciência ensina sobre uma folha de árvore, sem contudo me encontrar com Deus. Se, porém, numa breve reflexão, contemplo a folha em sua beleza misteriosa e me encontro com Deus, essa é uma verdadeira oração. 2

Por isso, meditar é refletir brevemente sobre um tema, deixando que as verdades impregnem a mente e o coração; depois, deixar o tempo para os afetos, para o amor, para sentir a presença de Deus. Meditar é refletir até sentir Deus presente. Uma vez embebidos de bons pensamentos colhidos na reflexão, basta escutar a misteriosa voz escondida nas palavras. A passagem de Jesus na casa de Lázaro, mostra os passos da Meditação: 1. Jesus esperado pelos amigos. 2. Jesus em casa de amigos. 3. Jesus acolhido pelo amigos. Pensamos no Amigo (meditar) com quem queremos nos encontrar. Refletir sua Palavra é ir ao encontro dele e preparar-se para acolhê-lo. Refletimos até ele chegar. Quando o sentimos conosco, sentamos aos seus pés para escutá-lo. Se eu sinto que ele está em casa, posso até estar no serviço, como Marta, sem vê-lo, nem escutar sua voz; o essencial é saber que está em casa. Aquele que ama está sempre vendo e sempre escutando o amado. Escutar para deixarse guiar. Não medito para escutar-me, mas para escutar o Senhor. Escutamos para conhecer sua vontade e atender a seus apelos. Deus é o tesouro. Descubra-o, meditando. "Este é meu Filho amado, escutai-o!"

Pe. Frei Avelino Pertile , SCE/SR CM 409


VlSlTA PASTORAL À PROVÍNClA SUlll Eu estou no meio de vós como aquele que serve (Lc 22,27). Amados irmãos: Saudamos a todos afetuosamente e manifestamos a nossa gratidão aos casais e sacerdotes da Província Sul TI pelo carinhoso convívio que nos ofereceram na recente Visita Pastoral. Como em anos anteriores, aproveitamos a primeira reunião da Equipe da Super-Região para visitar uma das nossas Províncias. Ao visitarmos a Província Sul TI, concluímos o projeto iniciado no ano 2.000, cujo objetivo era aprofundar o processo de comunicação no âmbito do Movimento. De um lado, a Equipe da SuperRegião desejava manter-se mais próxima do cerne da vida equipista que, como sabemos, se concretiza nas equipes de base. De outro, a necessidade permanente de minimizar as possibilidades de desvios na vivência do carisma e da mística do Movimento. Por fim, há a vontade de testemunhar que a presença viva de Cristo entre nós (cf. Mt 18,20) possui o mesmo encantamento e alegria que animou, outrora, as primeiras comunidades cristãs. A Visita Pastoral realizada em Bauru, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto foi gratificante. Experimentamos o vigor, o dinamismo e a esperança que a espiritualidade conjugal semeia nos corações que anseiam santificar-se na vida conjugal e querem conformar-se às exigências de Cristo. CM 409

No museu da Igreja Nossa Senhora do Sagrado Coração, em São José do Rio Preto, apreciamos as telas do pintor prirnitivista José Antonio da Silva. Elas marcaram-nos profundamente. Ao ler o texto que apresenta cada uma delas, na revista Via Sacra, nos detivemos na Santa Ceia. Ele diz assim: "Reunir amigos para partilhar uma refeição sempre será um motivo de alegria. Quando os amigos são especiais, o momento torna-se único. Quando o local escolhido é perfeito, as horas são inesquecíveis." Essas palavras tocaram na essência do nosso ser, pois expressam com exuberante clareza o contentamento que sentimos ao experimentar as riquezas do encontro na Província Sul II. Alegria contagiante! Igrejas repletas! Celebrações carinhosamente preparadas para atender o nosso desejo ardente de co3


munhão em torno da pessoa de Jesus. Assim, fazemos memória da entrega que Ele faz do seu próprio corpo e do seu próprio sangue, por amor. É o mistério da Eucaristia consolidando os vínculos de unidade entre os fiéis. É Cristo vindo ao nosso encontro para reatar os laços visíveis de comunhão eclesial. Aí temos uma razão relevante para a expressiva participação, disponibilidade e espontaneidade irradiante que toma conta dos equipistas em ocasiões como esta. Afinal, o encontro foi o meio usado por Jesus para agregar os apóstolos e as multidões de fiéis em torno de si, para conduzi-los ao Pai. E, milenarmente, a Igreja ensina que ele é meio eficaz para estabelecer vínculos fraternos de convivência, para estreitar laços de amizade e formar comunidade. A Visita Pastoral à Província Sul ll abriu-nos um pouco mais à perspectiva do dom precioso da unidade que deve reinar entre os cristãos. Jesus eleva ao Pai esse anseio, momentos antes de sua Paixão e Res-

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surreição, na oração que faz pela Unidade dos crentes: "Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que me enviaste" (Jo 17,21). Este ensinamento de Jesus guiará os passos da atual Equipe da Super-Região até 2009 na busca da Unidade. Ele ilumina também a vida de cada casal das ENS, em virtude da graça recebida no sacramento do Matrimônio, que permite viver a conjugalidade na caridade e na comunhão do Amor. Há muitos outros motivos que nos levam a manifestar a nossa gratidão a Deus pela Visita Pastoral. Ela revigora o desejo de revelarmos a nossa interioridade aos irmãos. Ela nos permite revalorizar a pureza dos recursos que a inspiração divina colocou em nossos corações para vivermos a essencialidade das relações comunitárias: o olhar amoroso, o abraço fraterno, o sorriso, o carinho, a acolhida, a palavra amiga, a hospitalidade... Na singeleza

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desses recursos, a ação do Espírito nos ensina gradativamente a expressar e a nutrir o amor... e, a cada experiência, nos leva a reconhecer a manifestação da graça em nossa história, impulsionando-nos para uma vida que deve ser dom para os outros, a exemplo da vida do próprio Cristo, que entrega e parte o seu corpo para que tenhamos vida. Alicerçados no valor da Eucaristia, desejamos que as visitas pastorais continuem a gerar um ambiente de comunhão fraterna capaz de animar os esposos na busca de alimento espiritual que

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os auxilie a tender para a "medida alta de vida cristã" pretendida pelo Pe. Caffarel, a santidade. Por fim, pedimos que o temo coração da nossa Santa Mãe, Maria, ajude-nos a cuidar carinhosamente dos frutos do acolhimento, da hospitalidade e da amizade gerados nas visitas pastorais, para que todos os casais saibam que não estão sós na missão de difundir a espiritualidade conjugal e de mostrar às novas gerações as perspectivas do sacramento do Matrimónio.

Graça e Roberto - CRSR

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Palavra do Provincial

A VOCAÇÃO ~ESSOAl; "MEU NOME ESTA NOS CEUS" Cada cristão é chamado a dar a sua parte na construção do Reino de Deus. É Deus que chama, e a pessoa, ouvindo seu apelo, procura dar uma resposta. Por outro lado, Deus não obriga ninguém a responder um sim ou dizer um não. A pessoa escolhida e chamada para determinada missão tem toda liberdade para responder ao que o Senhor está pedindo. E nós fomos chamados a compartilhar com vocês um pouquinho do que entendemos da Vocação Pessoal: "Meu Nome Está nos Céus", referente à 4" reunião do livro tema deste ano. Inicialmente, cremos que é em Igreja, em comunhão com todos os batizados, que realizamos nossa vocação. É da Igreja que recebemos a Palavra de Deus que contém os ensinamentos e é da Igreja querecebemos a graça dos sacramentos que nos sustentam durante nossa caminhada terrena. Deus criou cada homem e cada mulher à sua imagem e semelhança para Ele mesmo, pois o homem e a mulher existem porque Deus os criou por amor. Basta que nos abramos ao seu amor e sigamos seus ensinamentos para encontrar a felicidade e a plenitude para as quais fomos criados. Deus se revela e se doa através daqueles 6

que nos cercam, Deus é amor. Todo cristão, pelo Batismo e pelo Crisma, está comprometido com Deus, inicia o caminho que leva a tomar consciência da pergunta que o Senhor faz: "E vós quem dizeis que eu sou?". Agora, aqueles que, além dessa tomada de consciência, procuram viver os ensinamentos de Jesus estão trilhando o caminho que leva a se tornarem verdadeiramente "filhos de Deus". Cada ser humano é dotado da virtude da esperança, colocada por Deus no coração de cada um de nós, e é por isso que cada homem e cada mulher deseja a felicidade aqui e na eternidade, pois é a promessa de Deus aos que o amam e fazem a sua vontade. Desde o nascimento, o ser humano é chamado ao mesmo fim, que é o próprio Deus, e isso implica numa dimensão pessoal, pois cada CM409


um é chamado a entrar nesse Projeto. No entanto, é com o passar dos anos e dos acontecimentos que vamos construindo nossa identidade. Então poderemos responder a nós mesmos: "Quem sou eu? O que procuro? O que quero?". Todos os homens e mulheres são chamados ao mesmo fim, mas cada um é único, cada um com sua natureza, com suas necessidades, e é no intercambio com os irmãos que cada qual vai se desenvolvendo e assim responde à sua vocação. É na convivência que a pessoa vai se formando, desenvolvendo seus talentos, se enriquecendo, produzindo frutos e aprendendo a respeitar o próximo, para que este também cresça. Nossa história inicia-se com o nascimento e com as pessoas que nos cercam, pais, padrinhos, avós, irmãos, daí a importância do amor, desde os primeiros instantes da vida, pois é por intermédio das pessoas que nos acolhem, nos educam, nos amparam, nos escutam que escrevemos a nossa própria história. Deus se faz presente através das pessoas que nos cercam, isso em nossa infância, adolescência, juventude e em nosso cônjuge, que é a pessoa que escolhemos para sermos santos a dois. No sacramento do Matrimônio, cada um de nós tem a oportunidade de deixar aflorar os dons com que Deus nos presenteou. É preciso reparti-los com o cônjuge e também permitir que o outro expresse os dons por ele recebidos. No e pelo sacramento do Matrimônio, somos chamados a sermos dons para o CM409

outro, assim como o outro é chamado a ser dom para nós. Então acontece o lava-pés. Tudo nos reporta à Quinta-Feira Santa, quando Pedro disse a Jesus: "Jamais me lavarás os pés!", e Jesus responde: "Se eu não te lavar, não terás parte comigo" (Jo 1,8). Muitas vezes, egoisticamente, nos achamos auto-suficientes, declaramos e demonstramos que não precisamos de ninguém (grande engano!), nos recusamos a enxergar os gestos de amor de nosso próximo mais próximo, o nosso cônjuge. Se analisarmos nossa vida conjugal, concluiremos que realmente fomos mais felizes quando recebemos os dons de amor de Deus através de nosso companheiro ou companheira e formamos uma roda viva, onde não concentramos os dons em nós, mas os distribuímos aos outros. Os casais equipistas contam com um instrumento poderoso a ajudálos, os Pontos Concretos de Esforço, principalmente o Dever de Sentar-se, pois através do diálogo podemos afastar tudo aquilo que não é útil e verdadeiro, tudo quanto nos impede de ir ao encontro de Deus e assim nos aproximar cada vez mais de conseguir a identidade dos redimidos por Cristo, sonho de todo homem e de toda mulher de receber o nome de "filho de Deus". Senhor Jesus, ajuda-nos, coloca sobre nós a tua mão, pois só tu penetras nossos pensamentos e conheces nosso coração.

Teresinha e Agostinho Casal Provincial Sul II 7


REUNlR-NOS EM COMUNHAO Ao aproximar-se o Encontro Internacional de Lourdes, qual será o centro de nossa experiência? Nós sabemos, por já termos vivido encontros semelhantes, que encontraremos lá um ambiente caloroso; ou, então, aspiramos descobrir a alegria do encontro de equipistas de numerosos países que se reúnem no mesmo espírito. Superando as diferenças de língua e de cultura, há um fundamento comum, tão profundamente enraizado na vida dos casais e das equipes, que o intercâmbio não poderá ficar na superficialidade. Ao dirigir-me tanto aos participantes do Encontro de Lourdes quanto a todos os que não podem vir, eu vos convido a aprofundar um pouco mais o que realmente fundamenta a no sa unidade, especialmente por ocasião deste Encontro que diz respeito a todo o Movimento. Nós temos em comum a mesma procura, a que a Carta nos propõe, a fim de tentarmos responder a uma verdadeira exigência espiritual para a nossa vida de casais, das nossas equipes e da nossa vida de fiéis na Igreja. Somos todos chamados a celebrar a beleza do matrimônio e a testemunhá-lo na sociedade, onde ele é tão fragilizado e desvalorizado. Mas, o que é que nos permite sermos fiéis a este "caminho de santidade", o que é o casamento? Esperamos que o Encontro de Lourdes nos tome mais atentos à fonte viva, ao amor que vem de Deus. As reflexões propostas pelos palestrantes e as par8

tilhas nas equipes inspirarão nossas orientações, mas o ponto alto de cada dia será sempre a Eucaristia. Vindo ou não a Lourdes, nós nos recordaremos sempre das palavras de São Paulo: "O pão que partimos não é comunhão com o Corpo de Cristo? Já que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, porque todos participamos desse único pão" (lCor 10,16-17). Para os casais, a Eucaristia "aperfeiçoa a união que o sacramento do Matrimônio estabeleceu", disse Pe. Caffarel. Para as Equipes e para todo o Movimento, a Eucaristia é o primeiro lugar do nosso enraizamento na Igreja de Cristo. Ao recebermos o Corpo de Cristo, recordemo-nos destas palavras de Sto. Agostinho: "Tu ouves dizer- 'o Corpo de Cristo'- e tu respondes'Amém'. Sê realmente um membro de Cristo para que teu Amém seja verdadeiro" (Sermão 272). Por outras palavras, diz também que cada um, onde quer que esteja, confesse, no ato de fé da comunhão, sua perCM409


tença ao Corpo único, "sob uma só Cabeça, Cristo" . Que nós saibamos não separar o Corpo eucarístico do Corpo místico, porque pela fé reconhecemos que é o mesmo Corpo do Senhor. Nesta perspectiva, as distâncias geográficas ou culturais têm pouca importância. O Encontro será uma experiên-

cia de comunhão de todo o Movimento. Nutridos pelo Pão da vida, uns e outros teremos razões de sobra para sermos generosamente solidários com toda a humanidade, a qual Deus ama com o mesmo infinito amor em seu Filho Jesus Cristo. François Fleischmann, SCE/ERI

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EM EQUIPE, CHAMADOS À SANTIDADE Lourcles Caros amigos: "À descoberta do Cristo" é o tema que estamos estudando em equipe, em preparação ao nosso grande Encontro Internacional de Lourdes. Por que esta procura? Que sentido tem esta busca? E, ao mesmo tempo, que sentido dar ao nosso Encontro? Pessoalmente, para cada um de nós? Estas são as questões que nós vos propomos refletir um instante na presente mensagem da ERI.

A vontade ào Pai "A vontade de meu Pai é vos ameis uns aos outros 13,34) ... que sejais um como e Eu somos um (Jo 10,30) ... CM 409

que (J o

Ele que

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sejais santos e irrepreensíveis diante dele, no amor (Ef 1,4). Ser santos? Que isto quer dizer? Ousaríamos nós hoje aspirar à santidade, sem o risco de sermos tachados de angelismo ingénuo? Que fizeram de particular nossos santos padroeiros, senão buscar a vontade do Pai, imitando o Filho, "porque 9


ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11,27). "Porque a vontade do meu Pai é que todo o homem que vê o Filho e nele crê, tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6,40). Esta é a vontade do Pai em relação a cada um de nós e a cada batizado. A Carta das ENS nos recorda:

Eles ambicionam levar até o fim o compromisso do seu Batismo. "Mas a santidade", escreve Pe. Caffarel, no seu editorial da Lettre Mensuelle de outubro/novembro de 1970, "é precisamente no e pelo matrimônio, e não à margem da vida conjugal, que os casais das equipes pretendem persegui-la". Para nós, casados, esta vontade passa portanto por nosso cônjuge. Não é a santificação recíproca dos esposos um dos fins do casamento, senão o principal? Nossa caminhada para Lourdes, quer lá possamos ir ou quer permaneçamos em nossas casas, nos chama, nos encoraja em primeiro lugar, portanto, a nos pormos a caminho, individualmente e em casal, "à descoberta do Cristo" que nos revela o Pai.

Em eCfuipe A Carta das Equipes nos encoraja, superando o limite estrito de cada casal, a nos ajudarmos uns aos outros, através de nossa vida de equipe: Porque conhecem a

própria fraqueza e a limitação das próprias forças, como também a boa vontade que os ani10

ma, [... ]e porque depositam uma fé indefectível no poder do auxílio mútuo fraternal, decidiram unir-se em equipe. Assistíamos, há pouco tempo, à reunião mensal de uma equipe nova do setor Beirut-Metm, por ocasião de uma visita de ligação ao Líbano, em março passado. Eles estavam no capítulo 4° do tema "À descoberta do Cristo". Eles haviam modificado um pouco a pergunta a ser debatida em equipe: "que tipo de apoio me vem de cada um dos membros da equipe, para fortalecer minha caminhada espiritual?" E cada um, à sua vez, com toda simplicidade e verdade, manifestou em que âmbito pessoal e concreto cada membro da equipe o ajudava na sua vida espiritual: a fidelidade inabalável à Oração Conjugal, por Georges e Anna, mesmo naqueles dias em que voltam tarde da noite; a participação cotidiana na Eucaristia por Mona; para Sarnia, a presença de sua equipe por ocasião das numerosas viagens profissionais de Antoine; ... Anna nos disse ter descoberto "a inveja positiva", isto é, "a que me impele a pôrme a caminho e a imitar o bom exemplo deste ou daquele membro da equipe". E nós, cada um por sua vez, poderíamos alongar a lista dos benefícios da ajuda mútua espiritual no seio de nossa equipe. Poderíamos também (re)descobrir como nossos irmãos de equipe nos ajudam a conformar nossa vida ao exemplo de Cristo, a responder a seu apelo pessoal. "Onde dois ou três esti-

verem reunidos em meu nome, ali estarei eu no meio deles" (Mt CM409


Tocamos com

os dedos o sentido profundo da nossa pertença à equipe: a presença do Senhor no meio de nós.

18,20). Tocamos, assim, com os dedos o sentido profundo de nossa pertença à equipe, a presença do Senhor no meio de nós. Demos-Lhe, pois, todo o espaço para que Ele possa operar em nós a sua obra de santificação. Em outro de seus editoriais (Lettre Mensuelle, março/abril 1973)*, ao falar da equipe como ecclesiola (pequena igreja), o Pe. Caffarel acrescenta, com persuasão: "Se me perguntassem o que me autoriza a designar com o mesmo termo - ecclesia - seja a grande Igreja de Jesus Cristo, seja uma pequena reunião de fiéis, responderia, [... ]: o pequeno grupo cristão é verdadeiramente uma célula da Igreja. Ora, a célula vive da vida do corpo: em cada célula de meu corpo, minha alma está toda ela presente e viva. Da mesma forma, em cada célula da Igreja, em cada ecclesia, a alma da grande Igreja está presente, viva, * Carta CM409

impaciente por dispensar e desdobrar todas as suas virtualidades de santificação".

Em direção a lourdes Nós estendemos nossa reflexão ao nosso grande Encontro de Lourdes. São esperadas mais de 10.000 pessoas. Mas não há motivo para alguém temer sentir-se só, entre nós, nessa imensa aglomeração. Nesta dimensão universal, representando cerca de 60 países dos cinco continentes, equipistas como nós, de raças, expressões e culturas diversas, vão enriquecerse mutuamente, através da experiência da busca da mesma perfeição em Cristo, sob o olhar cheio de ternura de Maria, a primeira entre todos os santos. Todos à busca do mesmo Pai. Uma ecclesia mais ampla que a equipe, composta de um grande número de ecclesiolae, universal à imagem da grande Igreja. É, portanto, um modo de também fazer Igreja, de a tornar visível para tantos outros casais isolados, que estão na busca, se não de perfeição, ao menos de aperfeiçoamento. Que renovação, que encorajamento para nossa própria santificação! Na alegre expectativa de (re)vêlos em Lourdes, nós os abraçamos calorosamente.

Priscilla e Jean-Louis Simonis Casal Membro da ERI

Mensal de junho/1973. Editorial -Nota Eq. CM)

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NOlÍCJAS JNTERNACJONAJS Entre os dias 9 e 12 de março passado, tivemos a realização do I Encontro dos Movimentos Eclesiais e das Novas Comunidades na América Latina, na cidade de Bogotá (Colômbia). Este Encontro, que teve por lema "Discípulos e Missionários de Jesus Cristo hoje", foi promovido pelo Conselho Pontifício para os Leigos e pelo Conselho Episcopal Latino-Americano - CELAM. Marcaram presença cerca de 32 bispos, diversos sacerdotes e leigos (8 casais), num total acima de 160 participantes. Estavam representados cerca de 45 movimentos e novas comunidades. Coube a nós, Maria Regina e Carlos Eduardo Heise (ERI) e Padre Ricardo Londofío (Sacerdote Conselheiro Espiritual da Província Centro da Super-Região Hispano-América), representar o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. O Encontro foi aberto com a leitura de uma mensagem de sua Santidade o Papa Bento XVI, seguida de uma saudação feita pelo Cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Pontifício Conselho para os Leigos. Em seguida, falou o Cardeal Francisco Javier Errázuriz, presidente do CELAM, que colocou este 12

evento como um Encontro em preparação à V Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, que será realizado em maio do próximo ano, em Aparecida do Norte (Brasil). Apenas com o intuito de registrar alguns aspectos deste encontro, gostaríamos de mencionar certos pontos que nos chamaram a atenção. Em primeiro lugar, pudemos sentir uma abertura da hierarquia para com os Movimentos Eclesiais e Novas Comunidades como nunca antes havíamos visto. Um bispo brasileiro comentava conosco que, no seu entender, este encontro marcava um "virar de página" na história da nossa Igreja. Já na leitura da mensagem do Papa pudemos sentir seu apreço, carinho e respeito por esta porCM 409


ção do povo de Deus ungido por um determinado carisma. Ao final do Encontro, nas palavras conclusivas de Mons. Stanislaw Rylko e Mons. Carlos Aguiar Retes (VicePresidente do CELAM), tivemos praticamente um "fecho de ouro" neste sentido. Um outro aspecto que também nos marcou foi que os senhores bispos não estavam ali presentes no sentido de dizer aos leigos o que fazer, mas sim solicitando deles a pura e simples colaboração. Deixaram claro que os subsídios que estávamos proporcionando, através dos nossos diferentes grupos de trabalho, eram esperados como elementos para enriquecimento da próxima Conferência Episcopal acima mencionada. A dinâmica do encontro foi a de se fazer apresentações (palestras) ou mesas redondas, seguidas de um momento de debate, e grupos de trabalho temáticos, com a apresentação de síntese dos grupos. Como primeiro encontro desta natureza, pode-se perceber que este foi um início de uma longa caminhada. Verificou-se que muitos dos participantes, talvez pela menor experiência de caminhada de Igreja, estavam mais preocupados em "promover" seus movimentos do que escutar e aprender com os outros. Em contrapartida, diversos participantes, talvez em função de uma maior vivência cristã, esforçavam-se para dar sua efetiva contribuição nos grupos de trabalho. Ao final do Encontro, relemCM409

...que os Movimentos e Novas Comunidades contribuam para dar um renovado impulso à evanqelização de todos os setores da sociedade, ...em todos aqueles campos em que se desenvolve a vida dos homens de hoje. brando a mensagem de sua Santidade o Papa, em que afirmava "que os Movimentos e Novas Comunidades contribuam para dar um renovado impulso à evangelização de todos os setores da sociedade, do mundo do trabalho e da família, da cultura e da educação, enfim, em todos aqueles campos em que se desenvolve a vida dos homens de hoje", foi redigida e enviada uma carta ao Papa, onde se ressaltam três prioridades: a) a formação cristã; b) o anúncio forte do Evangelho; c) a atenção especial aos que sofrem, pobres e marginalizados.

Maria Regina e Carlos Eduardo Heise Casal Membro da ERI 13


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SUPER-REGlAO VlSlTA A PROVÍNCIA SUL 11 Teresinha e Agostinho, Casal Responsável pela Província Sul II, escrevem: "Ainda estamos vivendo sob os reflexos da Visita Pastoral à Província Sul II, onde os frutos desse maravilhoso acontecimento estão sendo colhidos, pois o velho ditado é verdadeiro: 'Adubando, tudo se dá'. E essa visita, com o testemunho dos casais de Norte a Sul do Brasil, foi o incentivo que o solo das ENS da Província Sul II estava precisando". Como Graça e Roberto já disseram, as visitas pastorais são vivenciadas no espírito equipista, onde sempre acontece a ajuda mútua. Se foi bom para os equipistas das cidades visitadas conhecer mais de perto os membros da Equipe da Super-Região e ouvir a mensagem de Graça e Roberto e Frei Avelino, para os também equipistas ungidos para responsabilidades na SR foi muito importante sentir o calor dos corações dos casais, que, aju dados pela pedagogia do Movimento, buscam viver e testemunhar o sacramento do Matrimônio. Foi importante a experiên14

cia de conviver, embora muito rapidamente, com equipistas de regiões próximas, de costumes a um só tempo tão parecidos e tão diferentes, mas portadores todos da mesma alegria do acolhimento e do mesmo entusiasmo pelo Movimento. Depois de uma noite celebrativa e de confraternização com os Casais e Sacerdotes de Ribeirão Preto e arredores, onde, além dos contatos pessoais, vimos tantas coisas bonitas, na manhã de quarta feira cedo, quando nos despedíamos de nosso

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querido Casal Hospedeiro, aquele Magnificat rezado no saguão do Aeroporto com outros casais, marcou significativamente um grande motivo para louvar e agradecer a Deus, que dá a uns e a outros os seus dons, com multiforme generosidade, e pelo seu Espírito Santo dá vida ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Graciete e Gambim CR Eq. Carta Mensal

••• Região São Paulo Oeste 1 Nós da Região São Paulo Oeste I sentimo-nos muito orgulhosos de poder acolher os casais da Super-Região Brasil em Bauru, nas dependências do CTV para suas reuniões de trabalho, quando da sua visita pastoral à Província Sul II. Os nossos irmãos Frei Avelino (SCESR), Graça e Roberto (SRB), Eunice e Milton (Tesouraria/Secretaria), Graciete e Gambim (Carta Mensal), Rosa e Paulo (Comunicação Externa), Nazira e João Paulo (Província Norte), Nilza e Nivaldo (Província Centro Oeste), Cida e Raimundo (Província Nordeste), Josefina e Roque (Província Leste), Sheila e Francisco (Província Sul 1), Terezinha e Agostinho (Província Sul II), Ângela e Luiz (Província Sul li). Casais que têm a responsabilidade de animar o Movimento das Equipes de Nossa Senhora neste imenso Brasil. Com toda a certeza, foram escolhidos pelo poder do Espírito SanCM409

to, como Jesus disse: "Não foram vocês que me escolheram, fui eu que vos escolhi" (Jo 15,16). Casais abnegados que prestam serviços, na simplicidade e na humildade, em favor das equipes de base, razão da missão e responsabilidade que o Movimento lhes confia. A expectativa era muito grande quando dos preparativos para acolhermos os nossos irmãos, desde as confecções das lembranças a serem distribuídas, a organização para a Missa, os convites aos casais de nossa Região e outras atividades, envolvendo muitos casais que, com muita dedicação e amor, cuidavam de suas tarefas para que tudo saísse a contento de todos. O evento que reuniu, na tardenoite de sábado de 8 de abril, a Equipe da Super-Região com os casais da Província Sul II foi uma demonstração de grande dinamismo e interesse dos equipistas, que se fizeram presentes em número acima do esperado, não só os de Bauru, como também os de outras cidades. Foram momentos fortes, proporcionando satisfação imensa a todos os equipistas, os quais puderam desfrutar de um contato 15


mais de perto com os casais que formam a Equipe da Super-Região Brasil, em especial por ocasião da celebração da Eucaristia, presidida pelo nosso Bispo Dom Luiz Antônio Guedes e concelebrada por vários SCE presentes, e também durante a confraternização no pátio da faculdade. Sentimos que houve reciprocidade dos nossos hóspedes, em uma troca de gentilezas pelo nosso acolhimento, onde o amor e a amizade fluíram espontaneamente, característica esta marcante entre os irmãos equipistas, característica vinda de Jesus, que sempre nos ensinou: "Amai-vos uns aos outros, como eu voz amei" (Jo 15,12). Queridos irmãos: a presença de vocês veio sobremaneira enriquecernos em nossas trocas de experiência dos dons de cada um, pela amizade, pelo carinho, dando-nos exemplo de unidade e compromisso. Que a Virgem Maria, nossa intercessora, nos dê a sua proteção e que seu Filho nos conceda a paz .. Terezinha e Nero CR Região São Paulo Oeste I

••• Visita a São José clo Rio Preto Enfim, chegou o momento aguardado com tanta expectativa e ansiedade pelos casais equipistas das Regiões São Paulo Norte I e II. O ônibus trazendo os casais da Super Região chega a São José do Rio Preto para a "Visita Pastoral", os quais são recebidos entre faixas e bexigas, com alegria estam16

pada no rosto de cada um. É um encontro de pessoas que partilham a mesma luta, a mesma esperança, a mesma fé; enfim, que vestem a mesma camisa. À noite, missa em ação de Graças celebrada na Catedral de São José, com participação de casais da nossa cidade São José do Rio Preto, Bady Bassitt, Guapiaçu, José Bonifácio, Catanduva e Votuporanga, presidida por Dom Paulo, nosso novo Bispo diocesano, empossado, então, há apenas 15 dias, que enfocou na sua homilia a valorização e a importância da família na sociedade. Foi concelebrada por Frei Avelino e Sacerdotes Conselheiros Espirituais da nossa Região, entre eles Pe. Leonildo SCE Região SP II e Pe. Jean (João) SCE Setor de Guapiaçu. Foi uma celebração linda. Na oportunidade, Dom Paulo recebeu das mãos do casal Graça e Roberto um mimo, contendo documentos do Movimento e livros do Pe. Caffarel e Dona Nancy, deixando-o profundamente admirado, encantado e surpreso, pois conforme dissera, ainda não conhecia o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. CM 409


Após a apresentação dos colegiados das Regiões São Paulo Norte I e II, por nós Wilza e Aluisio e pelo casal Maria e Adélcio, o Casal Responsável pela Super-Região, Graça e Roberto, que já havia nos brindado com sua presença no nosso EACRE 2005, apresentou à nossa comunidade os casais que compõem a Equipe da Super-Região Brasil, ocasião em que cada um, de maneira muito simpática, se identificou e disse da felicidade em fazer parte desta grande família. No final, o casal da Super-Região Brasil, com toda ternura, agradeceu a acolhida e finalizou com uma belíssima mensagem dirigida a todos nós. Após o "Magnificat", houve uma recepção, quando todos tiveram a oportunidade de se conhecerem um pouquinho, trocar algumas palavras, um abraço, enfim se aproximarem.

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Infelizmente para nós, a permanência dos casais em nossa cidade foi muito breve (apenas uma noite), pois, no dia seguinte pela manhã, cada casal acolhedor com lágrimas nos olhos acompanhou até a Paróquia do Sagrado Coração (Igreja da Redentora) o irmão acolhido para, após uma visita à capela do Santíssimo, onde estão expostas obras de arte (Via Sacra) do pintor primitivista José Antonio da Silva, fazer a despedida. Eles continuariam a visita pastoral, na região de Ribeirão Preto. Agradecemos por esta visita e pedimos a Deus e a Maria que os abençoe, para que possam continuar com esta mesma alegria e disposição o trabalho a serviço das Equipes de Nossa Senhora. Wilza e Aluisio A Silveira CR Região São Paulo Norte II

17


DEMONSTRAÇÕES ANANCBRAS 2005 Equipes de Nossa Senhora Estimados irmãos: Com as bênçãos de Deus e a contribuição justa e generosa de cada casal equipista comprometido com a vida do Movimento, foi possível, neste ano que passou, assegurar a manutenção, a formação de seus membros e continuar a levar a chama da espiritualidade conjugal a novas localidades de nosso país. Agradecidos, apresentamos as Demonstrações Financeiras de 2005. Elas contêm o Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultado e as Notas Explicativas relativas aos fatos mais relevantes do ano que passou. Ficamos à disposição para esclarecer dúvidas que eventualmente possam existir. À equipe de trabalho do Secretariado Nacional - Thereza, Nilza e Yuri nosso reconhecimento pela dedicação. Fraternalmente, Eunice e Milton, Casal Secretário-Tesoureiro BALANÇO PATRIMONIAL (em R$) 31.12.05

31.12.04

31.12.03

1.133.972

260.993

717.612

18.432 1.152.404

20.058 281.051

17.031 734.643

ATIVO Circulante Permanente

Total Ativo PASSIVO Circulante

5.409

2.533

501

Provisões

4.537

3.451

2.789

275.067 281.051

731.353 734.643

Outras Obrig.-Lourdes-2006

831.560

Património Líquido

310.898

Total Passivo

1.152.404

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (em R$) RECEITAS Contribuições

1.243.531

79,6%

1.117.187

84,2%

Enc.Nacional Brasília Encontro de Roma Receitas Diversas

1.025.091

46,0%

837.642

37,5%

35.978

1,6%

133.659 198.403

6,0%

Receitas Financeiras

203.172 115.229

Total das Receitas

1.561.931

7,4% 100,0%

492.514

32,3%

511 .600

28,7%

367.854

16,0%

9.632

0,6%

4.096 378.584

0,2% 21,2%

1.303.962

56,7%

305.661 109.893

17,1 %

219.920

6,2% 26,5%

94.317 314.032

9,6% 4,1% 13,7%

13,0%

174.197 34.678

13,1%

2,6% 8,9% 1.326.062 100,0% 2.230.773 100,0%

DESPESAS Despesas com Encontros Desp.Enc. Lou rdes-2006 Desp.c/Enc. Na c. Brasília Desp.c/Enc.de Roma Desp.c/Adm.Equipes Despesas com Pessoal Despesas Gerais

Total das Despesas

18

412 .774 127.131

27,0% 8,3%

484.049 1.526.100

31 ,7% 100,0%

472.515 1.782.349 100,0% 2.300.085 100,0%

CM409

.....


....

RESULTADO Resultado do Exercício Fundo Patnmonial

RESULTADO ACUMULADO

35.831

(456.286)

(69.313)

275.067

731.353

800.666

310.898

275.067

731.353

Notas explicativas - Exercido Ativo 1. No Circulante, R$ 866.863,41 se referem à disponibilidade e aplicações de valores recebidos para inscrições ao Encontro Internacional de Lourdes-2006. Receitas 2. Contribuições- as contribuições espontâneas de 2005, R$ 1.243.530,82 representam um aumento de 11,3% em relação a 2004. 3. Receitas Diversas- R$ 203.171,59. Referem-se a: Ressarcimento de livros e documentos do Movimento- R$ 189.406,86 Reembolsos diversos e outras receitas-R$13.764,73. 4. Receitas Financeiras-R$115.228,69 (incluído R$ 87.115,17 de rendimentos de aplicações financeiras de valores recebidos antecipadamente para inscrições ao Encontro Internacional Lo urdes-2006). Despesas 5. Despesas com Encontros - R$ 492.513,93. Estão contemplados os seguintes eventos: os Encontros da Super-Região- R$ 70.230,41; o Encontro do Colegiada Nacional em Itaici- R$ 93.593, 16; as Sessões de Formação - R$ 80.565,49; os Encontros Provinciais e dos ColegiadosProvinciais-R$248.124,87. 6. Despesas com o Encontro Internacional de Lourdes-2006, R$ 9.631 ,81. 7. Despesas com Administração das Equipes-R$ 412.774,19, incluem: As edições da Carta Mensal, sem desCM 409

2005

l

pesas de postagem: R$ 227.350,22; Confecção de livros e impressos doutrinários: R$ 185.423,97. 8. Despesa com Pessoal - R$ 127.131,48, inclui: os salários e ordenados, férias, 13° salário e benefícios dos três funcionários do Secretariado Nacional, no valor deR$ 76.786,07; Serviços de Terceiros no valor de R$ 28.076,22; Encargos Sociais- INSS, SAT, PIS e FGTS em R$ 22.269,19. 9. Despesas Gerais, abrange osgastos gerais administrativos, entre os quais destacamos: Despesas de Correio da Carta Mensal e outros: R$ 112.933,07; contribuições ao Projeto Vocacional e a outras entidades R$ 81.077 ,72; Despesas bancárias, financeiras e tributárias: R$ 95.135,41 (neste valor, já incluídos R$ 51.811,55 relativos a Lourdes 2006). Aluguéis, água, luz, telefone e despesas patrimoniais: R$ 76.075,04; Impressos e materiais de escritório: R$17.763,68; Xérox, material de exped. e outras desp.do Secretariado: R$ 12.216,82; Outras despesas gerais: R$ 88.847,29. Resultado 10. No Resultado deste Exercício, superávit de R$ 35.830,66, estão computadas receitas e despesas relativas a Lourdes-2006, acima especificadas, cuja exclusão demonstram um resultado líquido positivo da Super-Região Brasil novalordeR$10.158,85. 19


RETRATO DE CRlSTO JESUS Quarta parte (última) Jesus, um Taumaturgo

-

Jesus passou fazendo o bem, fez muitos milagres, alguns descritos pelos evangelistas. Os meios para realizá-los eram muito simples. Na maior parte das vezes bastou uma palavra, às vezes pronunciada à distância; outras vezes, com um simples gesto: a imposição das mãos, um pouco de saliva, um toque. Alguns contentavamse em tocar em seu manto e até sua sombra, e o milagre acontecia. Os milagres estão sempre em função da razão principal da sua vinda ao mundo. Cura o corpo para mostrar que outra cura é mais importante, a da alma, e especialmente para revelar quem é Ele. O paralítico, de quem falam os Sinópticos, primeiro recebe o perdão dos pecados e depois a cura do corpo. Os milagres de Jesus pertencem à ordem dos meios, são sinais da bondade e poder divino. Curou muitos, mas não todos. Ele não veio para ser médico do corpo e nem para livrar dos sofrimentos. Ele mesmo passa pelos sofrimentos. "Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!" (Mt 27,40). "A outros salvou, que salve a si mesmo, se é o Messias e Deus" (Lc 23,35). Não promete aos discípulos uma existência sem sofrimento. Anunciou a cruz aos seguidores e proclama felizes os que padecem perseguições. 20

Jesus, um grande Profeta "Um grande profeta surgiu entre nós", diziam os seus conterrâneos. Nós também procuramos profetas. Os que proclamam a verdade e com coragem denunciam os erros são profetas. Deus nunca abandonou o seu povo. Sempre cuidou dele, enviando mensageiros que falavam em seu nome. Jesus mesmo se declara profeta. Rejeitado entre os seus, exclama: Um profeta nunca é bem visto em sua terra (cf. Lc 4,24). Vendo tudo o que fazia, diziam: é um dos profetas que voltou à terra. Os discípulos de Emaús voltam à sua aldeia, desconsolados pela morte daquele "profeta poderoso em obras e palavras" (Lc 24,1921). "Um grande profeta surgiu entre nós", dizia a multidão após a multiplicação dos pães. Profetizou a traição de Judas, a negação de Pedro e a destruição do templo. No entanto declara ignorar o dia e a hora do fim.

Jesus, um lrmão universal O sonho do mundo é poder experimentar a fraternidade uni versai, onde haja paz e fraternidade. Jesus mostrou que é possível, fez-se irmão de todos. As misturas dos povos mostram hoje que as fronteiras quase não existem. Foi Jesus quem começou a romper as barreiras, visitando e CM 409


reunindo-se com toda classe de pessoas. sentando à mesa com os samaritanos, com os pecadores públicos. Falou ao oficial estrangeiro que "muitos virão do Oriente e do Ocidente e sentarão à mesa com Abraão, Isaac e Jacó" (Mt 8,11), como se as fronteiras de Israel já não mais contassem. A salvação teve início com o povo judeu, mas não parou aí. Jesus passou a fronteira, dirigiu-se aos pecadores e excluídos da sociedade. Aceita os convites dos pecadores, come na casa dos publicanos: "Zaqueu, desce depressa, hoje devo ficar em tua casa!" (Lc 19,5).

Jesus, o libertador Continentes inteiros encontraram em Jesus um forte estímulo à luta pelos direitos do homem. A mensagem de Jesus é verdadeiramente libertadora. O homem será verdadeiramente livre, quando direitos e deveres forem iguais para todos, quando os direitos de Deus sobre a pessoa humana forem vividos e respeitados. Quando há usurpação por parte do homem dos direitos de Deus e dos outros homens, não há liberdade. "Importa obedecer a Deus antes que aos homens" (At 5,29). "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" (Mt 22,21). Jesus vai além, ensinando que diante da verdade nem a vida deve ser poupada. Relativiza as instituições humanas e cura em dia de sábado. Embora sendo um arauto da libertação e dos direitos, recusa-se a reivindicá-los para si. Conta para CM 409

si o exemplo do Servo de Iahweh: "como uma ovelha que permanece muda na presença de seus tosquiadores, ele não abriu a boca" (Is 53,7). Recusa a violência, manda Pedro colocar a espada na bainha (cf. Mt 26, 52-53).

Jesus, o Messias Jesus é líder por natureza. Milhares o seguiram da Galiléia até Jerusalém. Formou discípulos, fascinava as multidões. Seu ensinamento é claro e para os que o seguem tem um programa bem definido. Diante de situações difíceis, todos procuram um líder. Durante a ocupação romana os judeus procuravam um líder. Esperavam um homem forte, um político capaz de reunir multidões ao seu redor para reconstruir um novo Israel. Muitos, vendo a autoridade com que Jesus falava, sua influência e sucesso, esperavam que fosse ele o messias das suas esperanças. Ele é realmente um líder, mas não grita, não levanta a voz, não organiza exércitos. Conquista seguidores pela bondade. "Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso" (Mt 11,29). Jesus irá instaurar o Reino, porém, através de muito sofrimento. "A partir de então Jesus começava a mostrar aos seus discípulos que era necessário que fosse a Jerusalém e sofresse muito por parte dos anciãos, dos chefes dos sacerdotes e dos escribas, e que fosse morto e ressurgisse ao terceiro dia". "Deus não o permita, Senhor", disse-lhe 21


Pedro: 'Isto jamais te acontecerá.' Ele, voltando-se para Pedro, disse: 'Afasta-te de mim, Satanás! tu me serves de pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas as dos homens" (Mt 16,21-23). Como é verdade ainda hoje tudo isso! Pensamos que, por Deus estar conosco e nós com Ele, ao seu serviço, não pode acontecer nada, que tudo deve ter sabor de glória e sucesso. O sucesso veio, mas, pelo caminho do sofrimento! O Messias aparece nos limites extremos de pequenez e impotência: a manjedoura foi o berço do nascimento e a cruz, o leito de morte. A ressurreição vem da morte como a espiga vem do grão que morre na terra. O caminho pascal começa na cruz. Jesus, mesmo com este programa de vida, tem seguidores. Quantos se colocaram ao seu lado ao longo da história! Paulo não queria saber senão de Cristo Crucificado. "Longe de mim gloriar-me senão na cruz de Cristo!" (Gl 6,14). "Sofrer ou morrer" dizia Teresa, a apaixonada por Cristo. Mas, se parássemos aqui, seria sinal de que não entendemos Jesus. Por mais justo e sedutor que ele possa ser, seria difícil renunciar a tudo para segui-lo. Se ele fosse só isto, seria um dos grandes homens e já seria muito, mas não o suficiente para que houvesse quem se entregasse de corpo e alma para segui-lo. Mais: nin22

guém chegaria a uma fé tão grande a ponto de adorá-lo.

Jesus Cristo, Deus para ser

adorado Passar do Jesus ao Cristo, do homem ao Filho de Deus a quem devemos adorar. Este é o passo que precisamos fazer. Muitos o admiram, mas só quem crê pode adorar o Cristo. "Quem é o mentiroso senão o que nega que Jesus é o Cristo?" (lJo 2,22). Depois de tudo isto, resta fazer a pergunta de Pilatos a Jesus: "De onde és Tu?" (Jo 19,9). O mistério sobre sua vida continua. Ele declara às multidões que querem descobrir sua origem: "Jesus ensinava no templo, dizendo: Vós me conheceis e sabeis de onde eu sou; no entanto, não vim por minha própria vontade, mas é verdadeiro Aquele que me enviou e que não conheceis. Eu, porém O conheço, porque dele procedo e foi Ele que Me enviou" (Jo 7, 8-29). A origem de Jesus ultrapassa a fronteira de Nazaré. Lucas e Mateus descrevem também a origem humana de Jesus. Mas Jesus vem de Deus. Sua Mãe, uma menina "que não conhecia homem" (cf. Lc 1,34). Jesus vem da forçada promessa, vem de Deus. "Ele não foi gerado nem do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (Jo 1,13). "O Verbo se fez carne" (Jo 1,14). Ó Cristo, apesar do que disseste CM 409


e fizeste, a pergunta persiste: Donde vieste? Já tinha exclamado Maria: "Como pode ser isso?". Seus contemporâneos já diziam: "Como é possível isso"? Conhecemos sua farru1ia: é o filho do carpinteiro. Conheciam tudo dele, mas, do mistério e da origem divina, nada sabiam. Que Cristo mantenha viva em cada coração esta pergunta: Donde vens? Essa é a primeira etapa da escalada da fé. Na vida de Jesus, alguém está escondido, nunca aparece: é a figura do Pai. O Pai é a origem de tudo. "Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas do meu Pai!" (Lc 2,49). Sua oração é uma contínua conversa com Ele. O pensamento do Pai é o seu pensamento. O que o Pai sente ele sente também e o que o Pai quer, Jesus quer e faz. Junto ao túmulo de Lázaro Jesus mostra o quanto está perto do Pai, e como tudo o que Ele faz é obra do Pai (cf. Jo 11 ,41-42). Fazer sua vontade é o seu alimento (cf. Jo 4,34). Expulsa os vendilhões do templo porque estão profanando a casa do Pai. Seu diálogo com o Pai intensifica-se e sua vida transforma-se em pura obediência e submissão ao Pai (cf. Mt 26, 39). 6 Cristo, Vós orastes por noites inteiras! O que dissestes ao Pai em tanto tempo? Queremos aprender a orar como Tu oravas!

Jesus, o Salvador Jesus é Mestre, Profeta, Pregador, Guia indispensável, a Luz do mundo. "O Verbo é a luz verdadeira" (Jo 1,9). Verdadeiramente, sua palavra iluCM409

minou o mundo. Mas será que é ó isto que podemos dizer dele? Isto será o mais importante? Será ele apenas uma lâmpada, um bom guia? Não será também força e graça salvadora? Não será ele o Redentor? Ninguém pode salvar-se com suas próprias forças. O nome de Jesus não significa, "Aquele que ilumina", mas "Aquele que salva" (Mt 1,21). A morte de Jesus é morte redentora. O mesmo Jesus, na Ultima Ceia, disse que o cálice que passava aos seus era o seu Sangue, derramado por todos para a remissão dos pecados. Só Deus pode perdoar pecados. Vendo a fé do paralítico, Jesus disse: "filho, os teus pecados te são perdoados". Jesus é mais do que Luz. É Salvador! Jesus é o Cristo, o Filho de Deus vivo, o Filho do Homem que sofre e é exaltado, o predileto do Pai, constituído Juiz no último dia. Nenhum estudo e pesquisa podem chegar ao fundo do mistério. Onde termina a reflexão teológica começa o caminho onde só o coração entra. Só o amor penetra o coração da Trindade. O pensamento não chega à metade do caminho. A via do amor é agora a única possível. Através de Jesus Cristo que se tornou visível com o seu nascimento somos levados a amar o que fica invisível (Prefácio do Natal). O caminho da adoração amorosa chega à divindade. Senhor! Conduzi por este caminho os casais das Equipes de Nossa Senhora!

Frei Avelino Pertile - SCEISR 23


O PRESENTE QUE

MUDOU A MlNHA VIDA Estamos nas Equipes de Nossa Senhora desde 1995 e, dessa época para cá, o nosso relacionamento mudou e melhorou muito. Viemos de pais com casamentos desestruturados. Eu era convicto de que não existia uma fanu1ia feliz e que pudesse ser estruturada em todos os seus aspectos. Acredito que ela pensava diferente e queria fazer da nossa união o sonho de toda a mulher, uma fanu1ia de verdade. Lutei com todas as minhas forças para mudar comportamentos e pensamentos e, aos poucos, acredito que consegui mudar minhas ati24

tudes e conceitos sobre a família, todavia teve um fato relevante que determinou tudo isto, a carta que segue abaixo: "De Wilian para Luiza Entre o dia 20 ou 21 de agosto do mês passado eu lembrei que no mês seguinte seria o seu aniversário. Assim, agendei o dia 3 de setembro para lhe comprar um presente. Agendei com esta antecedência Gá que seu aniversário era no dia 19), para poder comprar um presente especial, algo que marcasse, algo que CM 409


ficasse na lembrança para sempre, ou algo com o que você fosse realmente ficar satisfeita e feliz, enfim, algo que o dinheiro pudesse pagar e a satisfação pudesse ser geral (tanto sua quanto minha). Mas, do dia 20 de agosto até o dia 15 de setembro, passando pelo dia 3, o dia marcado, algo da grandeza que eu imaginei - e da sua grandeza - ainda não me tinha vindo à mente. Mas hoje me veio um estalo. Já sei o que vou clar a Você: Uma reforma! Isso mesmo, uma reforma. Não pense que é uma reforma na casa ou uma cirurgia plástica. Trata-se da reforma em alguém, e este alguém é justamente eu. Isto mesmo, eu. E que reforma seria esta? Seria uma cirurgia plástica para corrigir a parte exterior, ou algo que corrigiria a parte interior? Seria uma reforma de inteligência ou uma reforma de sabedoria? A bem da verdade nem eu mesmo sabia que tipo de reforma eu queria fazer. Apenas sabia que não era uma reforma de fachada ou de aparência, mas algo que viesse de dentro de mim, da parte espiritual do meu ser. Para tal empreitada, que eu devia começar por não sei onde e fazendo o mais rápido possível, eu não sei o quê, eu pedi a ajuda de um amigo. Pedi a ajuda de Deus e de seus santos. Esclareci a Ele que queria mudar algumas atitudes. Queria ser mais humano com você, queria ser mais compreensivo, mais belo (no sentido interior), ter mais paciência, saber mais ouvir e poder sempre CM 409

ouvir (fazer o tempo para ouvir), ter mais carinho com você, ajudála a conquistar o seu espaço e realizar os seus sonhos, sempre fazendo parte de seus sonhos, ter segurança própria, para também dar segurança a você. Queria valorizar, junto com você, as coisas mais simples e também contemplar as demais. Queria ajudar você a crescer espiritualmente e interiormente. Queria ajudar você a ter brilho e sentido para a vida, queria ver você sempre iluminando a mim, ao Victor e ao Arthur, como sempre você fez. Queria ajudá-la a ter uma grande e imensa paz interior, coisa que já é de seu feitio. Sabia que para tudo isto acontecer eu teria que pedir realmente a Deus, pois para tanto eu teria de mudar (fazer a tal reforma), porque no fundo eu sabia que eu não era assim. Pedi para Deus me dar a fórmula mágica, disse a Ele que iria rezar muito para conseguir o meu intento, e, no meio de tudo isto, escutei a voz de Deus dando uma solução para o meu dilema, dizendo-me: - É só começar a mudar, Sr. Wilian. Eu amo muito você. Falo por mim e pelos nossos filhos, que ainda não sabem dizer isto. Mas um dia, tenho certeza, você escutará isto deles mesmos. Um grande abraço e feliz aniversário! Londrina, 15 setembro de 1998."

Wilian Ap. Gimenez Equipe 8-B, Londrina!PR 25


A llNGUAGEM DO AMOR Em 1• Coríntios 13,1lemos: "Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa, ou como o címbalo que retine". A falta da linguagem do amor não só é prejudicial dentro da faml1ia, mas tem também causado a destruição de muitos matrimônios. Quando o marido não declara à esposa o seu amor por ela, deixa de regar o seu relacionamento e rapidamente vai ver sua flor murchar. O mesmo se diga da mulher em relação ao marido. Segundo Gary Chapman, em seu livro As Cinco Linguagens do Amor, a linguagem do amor deve ser "falada" de diversas formas:

I. Qualidade de Tempo: Dar tempo para a comunhão e para fortalecer o relacionamento é uma forma muito importante de expressar o amor ao cônjuge. Quantas vezes cônjuges muito atarefados têm tempo para tudo, mas não se dão um para o outro um tempo com qualidade! Ter tempo é uma forma clara de amar. II. Toque Físico: O contato físico é importante. Não limitá-lo aos momentos de intimidade, mas cultivá-lo de diferentes formas: andar de mãos dadas, dar um abraço prolongado, juntos observar o lindo luar... III.Formas de Servir: Estar pronto para servir. Ajudar o cônjuge de boa vontade, quando solicitado. Assumir voluntariamente tarefas que normalmente o cônjuge teria de fazê-las. IV.Receber Presentes: Lembrar-se de trazer um presente, oportunamente. Um presentinho diz: "ele se lembrou de mim", "ela me ama". V. Palavras de Afirmação: Usar palavras de afirmação. Isto significa dizer palavras bondosas, de encorajamento, elogios verbais sinceros (não bajulação). Em I Coríntios lemos: "O amor é paciente, é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (lCor 13,4-5.7). Peçamos a DEUS que renove o nosso amor! O amor que Deus quer derramar (cf. Rm 5,5) em nosso coração pelo Espírito Santo nos capacitará a amar. Cultivemos as diferentes línguas do amor!

Extraído e adaptado de "O Mensageiro AMB" Dirlene e Henrique Musiat Equipe N. S. de Nazaré - Setor A Curitiba/PR 26

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O SAGRADO CORAÇÃO: A NOSSA PAlAVRA DJRJGJDA A DEUS Tudo o que gostaríamos de dizer a Deus já foi dito, e é dito contínua e eternamente pelos "lábios" do glorioso trespassado Coração de Cristo no paraíso. É através do Sagrado Coração que o sangue de Cristo "fala melhor que o sangue de Abel" (Hb 12,24). A Carta aos Hebreus diz assim: "Ele pode salvar de um modo definitivo os que por meio dele se aproximam de Deus, pois Ele está vivo para sempre, a fim de interceder por eles" (Hb 7 ,25). Cristo exerce o seu sacerdócio de intercessão no "santo dos santos no interior do véu" (cf. Hb 6,19), apresentando ao Pai as gloriosas feridas das suas mãos, dos seus pés e do seu lado. A ferida no lado de Cristo: "o sumo sacerdote da casa de Deus (Hb 10,21) intercede junto do Pai em nosso favor. É a nossa palavra dirigida a Deus. No centro da devoção ao Sagrado Coração está a chave da oração de Cristo ao Pai, um longo aprendizado no silêncio, através do qual começamos a permitir que o Coração de Cristo nos fale e por nós fale ao Pai. A mística do Sagrado Coração, em particular em Santa Gertrudes e Santa Matilde, fala da oferenda do Coração de Jesus ao Pai. Isto significa permitir que o Sagrado Coração fale por nós, reze por nós, reze através de nós, encontrando conforto no que diz a Sagrada Escritura, "não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se de nosCM 409

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Ó Senhor Jesus, venho silenciosamente à tua presença, esperando que o teu Coração me fale, sabendo tudo o que eu possa querer dizer-te, pois tudo o que eu preciso te dizer tu o dizes eternamente ao Pai com o teu Sagrado Coração. 27


sas fraquezas, pois Ele foi provado em tudo como nós, exceto no pecado" (Hb 4,15). Isto sugere um caminho simples de oração, acessível a todos: "Ó Senhor Jesus, venho silenciosamente à tua presença, esperando que o teu coração me fale, sabendo tudo o que eu possa querer dizer-te, pois tudo o que eu preciso te dizer tu o dizes eternamente ao Pai com o teu Sagrado Coração". Deste modo, tudo o que a oração deveria exprimir - adoração, louvor, agradecimento, súplica e reparação - encontra a sua expressão mais perfeita. A devoção ao Sagrado Coração, assim compreendida, é uma manifestação do Espírito Santo na Igreja, "que vem em auxílio da nossa fraqueza, pois não sabemos o que havemos de pedir" (Rm 8,26). No mesmo trecho, São Paulo diz que o Pai "que examina os corações conhece as intenções do Espírito, porque é de acordo com Deus que o Espírito intercede pelos santos" (Rm 8,27). O Pai, que procura o coração de todos os homens, procurou no coração de Jesus, "formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe" desde o momento da Encarnação, e encontrou no pulsar daquele coração a expressão perfeita em relação ao que o Espírito quer. O Sagrado coração é, na vida da Igreja, o órgão com o qual o Espírito intercede pelos santos segundo a vontade de Deus (cf. Rm 8,27). O Cardeal Ratzinger escreveu: "nós vemos quem é Jesus e vemo-lo rezando. A confissão de fé do cristão pro28

vém da sua participação na oração de Jesus, em ser arrebatado na sua oração e em ser privilegiado em ampará-la; ela interpreta a experiência de oração de Jesus e a sua interpretação de Jesus é correta, porque provém da opção do que é mais pessoal e íntimo dele". Esta é a oração que brotou do seu sofrimento e culminou com a sua morte na cruz, que continua na sua descida ao inferno. A oração que continua ininterruptamente na glória da sua ressurreição e ascensão, a oração incessante no Santíssimo Sacramento do altar. O Cardeal Ratzinger escreveu que, "ao entrar na solidão de Jesus" e "só ao participar no que lhe é mais pessoal, a sua comunicação com o Pai, pode-se ver a realidade, para poder conhecer, as im, a própria identidade". O Sagrado Coração representa-nos e convidanos a aproximarmo-nos do que é mais pessoal de Jesus: o seu comunicar com o Pai. Com palavras que hoje parecem proféticas, o Cardeal Ratzinger conclui que "Aquele que conheceu a intimidade de Jesus com o seu Pai e o 'compreendeu' profundamente está chamado a ser uma rocha na Igreja. A Igreja ressurge na participação da oração de Jesus (cf. Lc 9,18-20; Mt 16,13-20)". (Ratzinger, Behold the pierced one, p 19).

Mark D. Barbato Kirby Em "Por uma Teologia do Sagrado Coração de Jesus L'Osservatore Romano, 12-06-2005, p.6(318) CM 409


Bodas de Ouro

De Ita e José No dia 05 de maio de 2006 completamos 50 anos de matrimónio. Temos 7 filhos , 5 netas e 6 netos. Deus nos deu a graça de vários filhos, que exercem com empenho várias atividades e responsabilidades. Também nos deu o privilégio de ver nosso ftlho Rogério dedicar-se ao serviço da Igreja, no seguimento de Jesus Cristo através da vida consagrada. Ele foi ordenado presbítero há cinco anos e pertence à Companhia de Jesus. Sempre nos guiou o desejo de santificação no e pelo matrimónio. Há 47 anos entramos nas Equipes de Nossa Senhora. Fomos CP, CRE, CL, trabalhamos com a Experiência Comunitária e na Pastoral da Família da Regional Sul II. Dizer o que nós sentimos e vivemos é difícil. Somos felizes. Não nos faltaram desafios, conflitos etc .. Sabíamos que grandes conflitos são gerados pelos pequenos conflitos mal resolvidos, por isso, procuramos pôr em prática a oração e o diálogo propostos pelo Movimento, o que muito nos ajudou. É com muita humildade que agradecemos a Deus por termos chegado até aqui, graças à sua presença constante em nossa vida. Somos gratos aos nossos irmãos equipistas, ao Movimento e a todos que a ele se dedicam, de maneira especial ao nosso SCE. Agradecemos aos que nos são caros. O Senhor fez em nós maravilhas! /ta e José - Equipe 4B N. S. de Guadalupe - Curitiba/PR

... De Margarida (Dorinha) e Anizio Morais de Oliveira Somos equipistas há sete anos, na Equipe Nossa Senhora da Luz. No dia 1o de abril de 2006 comemoramos 50 anos de casados. Vivenciamos um dia maravilhoso, com missa em ação de graças concelebrada pelos Padres Rivaldo, nosso Pároco, Alcivan, Pároco da Paróquia São Sebastião de Parelhas e Jaime, da cidade de Equador, na ' Igreja Matriz de Santana do Siridó/RN. Dorinha e Anfzio CM 409

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Jubi1eu de Prata de Equipe Na data de 06 de maio de 2006, a Equipe 8, Nossa Senhora de Lourdes, de Belém/PA completou 25 anos de existência: Iniciou sua caminhada com sete casais, dois dos quais permanecem até hoje. Atualmente está constituída por cinco casais e o SCE, Pe. Frei Gilson. A equipe sempre se manteve viva e atuante, mesmo com poucos .casais, motivada pela fé, determmação e disponibilidade dos seus membros. Os casais agradecem ao Movimento a sua pedagogia e o seu carisma. A vivência dos PCE, principalmente, nos abastece no rumo da santificação. A maneira como o Movimento conduz o casal, animando marido e mulher a estarem juntos em tudo proporciona a harmonia plen~ do casal e a unidade da família ' conseqüentemente, tornando o casal exemplo para seus filhos, parentes e amigos.

Jacv e Eduardo Eq.8 - N.S. de Lourd;s, Belém/PA

Jubi1eu de Ouro Presbitera1 No dia 21 de novembro de 2005 , foram comemorados os 50 anos de vida sacerdotal do Padre José Oscar Duque Estrada, SCE da Equipe Nossa Senhora de Fátima Se~or D, Brasília/DF .:._Região COI. F01 celebrada Missa em ação de graças, presidida por Pe. Oscar e concelebrada pelo Arcebispo, Dom João Braz de Aviz, e por dezenas de sacerdotes. Após a Missa, em um telão: foram mostradas passagens de sua v1da, como Batismo, Crisma Primeira Eucaristia, Ordenação Pr~sbi­ teral, além de outros flashes, inclusive os atuais. Seguiu-se um jantar oferecido pelo Seminário aos presentes. Padre Oscar é querido e estimado por muitas pessoas, que se fizeram presentes para cumprimentá-lo e abraçá-lo. Ele é um exemplo de vida consagrada a Deus e aos que o cercam. Parabéns, Pe. Oscar, e que Deus o conserve sempre assim.

Cidinha e Benito Eq. 4D - N. S. de Fátima Brasília/DF'

Partiram para a Casa do Pai Eucaris Maracajá de ~~reu ~ Lima, viúva, no dia 30 de março de 2006, com 91 anos. Eqmptsta e mtercessora, pertencia à Equipe Nossa Senhora das Graças do Setor B de Taubaté/SP. • Hymerena, do Assis, no dia 3 de abril de 2006. Ela pertencia à Equipe 39 do Setor A da Região Rio V. • Elio. Medeiros, da Cícera, no dia 8 de abril de 2006. Pertenceu à Eqmpe 3, Setor-A de Arapiraca/AL

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VAMOS A lOURDES! Queridos casais equipistas, Ficamos felizes por mais esta oportunidade de falar a vocês através desta Carta Mensal de junho/ julho de 2006 sobre os preparativos para o nosso Encontro de Lourdes. Agora que encerraram as inscrições em 1o de junho, só nos resta alertar aos possíveis desistentes que a partir do dia 15 deste mês Uunho) os critérios para devoluções são diferentes, conforme já divulgado anteriormente. Em princípio, só haverá restituição, e assim mesmo parcial, no valor de • 280,00, em casos de alta relevância (falecimento de cônjuge, doença inopinada que impeça a viagem etc.). Fiquem atentos! A partir de 20 de agosto (estamos tentando antecipar) enviaremos pelo correio carta de acolhida do casal René e Marie-José BANNIER para cada inscrito (casal ou pessoa), tendo como anexos um "voucher" para o translado e um "voucher" para a hospedagem. Como vêem, o tempo será curto para enviar cerca de 1000 correspondências a tempo, pois muitos estarão deixando o Brasil no início de setembro. Para os que irão viajar cedo, sugerimos que entrem em cantata conosco na primeira quinzena de agosto, se possível por e-mail, para que possamos enviar essa documentação o mais rápido possível, preferencialmente por e-mail. Mais uma vez relembramos: CM409

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fiquem por dentro das últimas notícias sobre o Encontro, acessando a interne!. Todas as notícias que recebemos da Organização Internacional e da SR Brasil têm sido imediatamente colocadas na internet. Eis o caminho: abra o SITE das ENS (www.ens.org.br) > acesse a

nossa página, clicando em Eventos o logotipo do Encontro de Lourdes > clique em "programação de eventos" > selecione "Enc. lnt. de Lourdes 2006 > Consulta Programação > Aí terão acesso às informações mais recentes sobre o Encontro. Apesar da insistente lembrança, muitos não complementaram seus dados na Internet sobre línguas faladas, tamanho da camisa e informações quanto à sua chegada e saída de Lo urdes. Qualquer dúvida consultem as Cartas Mensais anteriores ou entrem em cantata conosco. Fiquem com Deus. Recebam nosso carinho

Regina e Cleber C. Coordenador para o

Encontro de Lourdes 31


VlGÍllA POR LOURDES O nosso CRE falou-nos sobre sugestão da Super-Região de que as Províncias fizessem uma hora de vigília por mês pelo X Encontro Internacional das ENS, em Lo urdes, e pelos problemas e dificuldades do Movimento. O dia escolhido pela Província Leste foi toda 2" segunda-feira do mês, de 23 às 24 horas. Foram várias as indagações: Que horário difícil! Será que não vamos dormir? Será que vamos lembrar? Foi aí que sugeri, como casal animador do mês, lembrar todos os casais, no dia e horário certos, com um telefonema. No dia e horário marcados para a vigília, estávamos voltando de uma reunião de Pilotagem. Ligamos para todos os casais, lembrando-os da vigília. Alguns já estavam em oração, outros a haviam esquecido ... um fazia o tema de estudo. Ainda na estrada, come-

çamos nossa vigília. Iniciamos pelo terço, oramos pelos casais em dificuldades conjugais e dedicamos orações a Maria Santíssima. Nada interrompeu nossa vigília, que prosseguiu, ao chegarmos em casa, com muita oração, leitura de textos bíblicos e de louvor. Dias depois tivemos nossa reunião formal, quando foran1 coparticipadas por todos as maravilhas da vigília: - Como foi importante o lembrete! Como foi rico o momento da vigília! Como foi gostoso fazer a Vigília! Ninguém sentiu sono ... Quando nos dispomos a cumprir com amor um compromisso, somos incentivados e estamos em sintonia, as graças de Deus vêm em abundância

Vânia e Carlos CR Região Minas II

ESTANDARTE DA SR BRASll PARA O ENCONTRO DE LOURDES Em conformidade com o regulamento publicado na Carta Mensal N° 405, de dezembro de 2005, págs. 23 e 24, foram escolhidos os dois melhores trabalhos entre os 24 apresentados ao concurso para a criação do Estandarte da SR Brasil para o Encontro de Lourdes. O 2° lugar ficou para o trabalho de Raimundo Emando de Carvalho, da Maiza, da Equipe 16 N. S. Mãe de Deus, do Setor ARegião Ceará. Endereço: Rua Nu32

nes Valente, 1201, apto. 602- Fortaleza/CE - CEP 60125-07. O 1o lugar coube ao trabalho do casal Claudete e Vanderley José Testa, da Equipe N. S. de Fátima (050402), do Setor B de Sorocaba - Região São Paulo Sul II. Endereço: Rua Bauru, 53, Sorocaba/SP - CEP: 18085-080, Fone: ( 15) 32281745. A partir desta criação será confeccionado o estandrute, cujo layout, com as explicações justificativas, será opmtunamente publicado no site das ENS. CM 409


ESTOU À PORTA E BATO "Traze sempre na boca (as palavras) deste livro da lei; medita-o dia e noite, cuidando de fazer tudo o que nele está escrito; assim prosperarás em teus caminhos e serás bem sucedido" (Js 1,8}.

O objetivo fundamental da proposta do nosso Movimento, no que diz respeito ao PCE Meditação, é que separemos um período do dia para um encontro íntimo com Deus, para podermos conversar com Ele, viver sua presença, louvando-O, cultuando-0, descobrindo princípios pelos quais devemos viver e dirigir nossas vidas. A Escritura é o sustentáculo de nossa fé, pois Deus nos fala através de Sua Palavra (2Tm 3,16). Ao lermos e meditarmos a Bíblia, obteremos melhor conhecimento de Deus (Jo 5,39) e aumentaremos a nossa fé (Rm 10, 17). A meditação diária da Palavra nos proporciona desfrutar da comunhão com Deus, desenvolvendo perspectivas de vida de acordo com o ponto de vista Dele. Nós somos como uma construção que precisa de sólidos fundamentos para se manter, sem os quais está fadada a desabar a qualquer instante. O ser humano precisa buscar meios que valorizem o seu existir e dignifiquem o Templo confiado a ele por Deus. É em nosso ser que Ele bate à porta e pede morada: "Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo" (Ap 3,20). É necessário que separemos um CM409

tempo permanente e diário para passar com Deus. O melhor horário é quando ainda estamos descansados e com a mente clara. Devemos estar atentos às nossas prioridades, pois se considerarmos que naquele momento escolhido não temos tempo suficiente, é sinal de que estamos mais ocupados do que Deus gostaria que estivéssemos. Iniciaremos a meditação com a leitura, a qual ministra a matéria para se conhecer a verdade, seguindo-se a meditação propriamente dita, em unidade com a Palavra escutada. Acrescentaremos, então, a oração que a eleva. Na meditação freqüente, investigaremos o modo, a causa e a razão de cada coisa. Assim, no modo a meditação deve investigar "o que é", na causa o "porque é" e na razão o "como é". A meditação é, sobretudo, uma procura. O espírito procura compreender o porquê e o como da vida cristã, a fim de aderir e responder ao que o Senhor pede. Para tanto, é indispensável uma atenção difícil de ser disciplinada. Meditando no que lemos, devemos nos apropriar do conteúdo lido, confrontando-o conosco. Portanto, neste particular, outro livro deverá estar aberto: o livro de nossa própria vida. Conduzidos pela humilda33


de e pela fé, descobriremos os movimentos que agitam o nosso coração e poderemos discerni-los. Trata-se de fazer a verdade para se chegar à Luz: -"Senhor, que queres que eu faça?". A meditação deve colocar em ação o pensamento, a imaginação, a emoção e o desejo. Essa mobilização é necessária para se aprofundar as convicções de fé, suscitar a conversão do coração e fortificar a vontade de seguir a Cristo. Para isso, algumas perguntas são aplicáveis para que as verdades possam ser colocadas em prática: • O que o texto me ensina a respeito de Deus e de Jesus Cristo? • Há algum exemplo a ser seguido? • Há algo que foge à minha compreensão e que deve ser estudado? • O texto suscitou a lembrança de

algum pecado que devo evitar ou confessar? • Como posso aplicar à minha vida o que aprendi com este texto? Para que o Senhor abra nossos corações, devemos consagrar um tempo apreciável, sem nenhuma presa, para a nossa meditação diária. A Palavra é viva naquele que a medita. Por isso, devemos acalentála e saboreá-la, aceitando-a com honestidade, humildade e fé, mesmo e principalmente se ela for incômoda. Só assim nos tomaremos vulneráveis a ela, de modo a sermos convertidos, modificando nosso modo de pensar e de agir.

Ma. Elisabeth e João Francisco CR Região São Paulo Nordeste

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MEDlTAÇAO

1. Somos eternos aprendizes na arte da oração. Conhecemos pessoas que se empenham seriamente na busca do Senhor. Há certa luminosidade em seus semblantes. Consagram-lhe parte de seus dias para seu louvor. Procuram derramar seus corações diante dele. Não o incomodam apenas com um peditório insistente e interesseiro. Tais pessoas, leigos, religiosos, sacerdotes estão no encalço do Senhor, que não se deixa buscar com facilidade. Quer nosso empenho. Revela-se aos "teimosos" e não aos apressados. 34

2. Rezar, orar é um colóquio constante que buscamos ter, no lusco-fusco da fé, com o Senhor. A oração visa a estabelecer uma ponte entre a nossa fragilidade e a beleza toda poderosa do Deus que nos olha, nos vê e nos anima no existir. Ele é o amor que atrai. É o esposo que leva a amada ao deserto para sussurrar-lhe palavras de afeto. O Senhor é ciumento. Não admite que os seus tenham o coração dividido. Jesus no Evangelho, sem tirar o valor da oração comunitária e litúrgica da qual Ele mesmo sempre particiCM 409


pou, lembra, no Sermão da Monta- oração em que a mente busca persnha, a necessidade de se rezar no crutar a Deus, de maneira especial quarto, com a porta fechada. a partir de um texto da Escritura e 3. Há pessoas, à nossa volta, que com o amu1io das luzes da mente (reabandonaram a oração, vivem um flexão). Supõe que a pessoa ou o ateísmo prático, embora, quem sabe, casal, no caso dos equipistas, se coparticipem de atos religiosos. Nos- loque diante de Deus durante uns sos tempos marcam a redescoberta minutos, preparando o terreno. Deda oração. Há muitos que participam pois os que meditam haverão de tode grupo e oficinas de oração. Há a mar um breve texto da Escritura. Bom oração vocal, a oração litúrgica. Há seria se não fosse um texto longo. O essa delicada reflexão sobre os mis- texto lido é levado ao fundo do coratérios de Cristo no terço de Nossa ção. No santuário de cada um, se penSenhora ou a Via Sacra dos passos sa naquilo que o Senhor pode bem do Senhor. Muitas vezes, também em querer dizer. Depois, haverá uma parnosso caso, pode acontecer que lou- tilha do que um e outro acreditou ter vemos o Senhor com os lábios, mas sido mensagem de Deus. Guarda-se nosso coração está longe do Senhor. mais uns instantes de silêncio e termiCom efeito, somos eternos aprendi- na-se tudo com a leitura de um salmo zes na arte de rezar. ou delicada recitação do Magnificat 4. A base de toda e qualquer ora- de Nossa Senhora. ção é a experiência de pobreza inte6. Na meditação, a primeira preorior, de uma verdadeira indigência. Re- cupação não é fazer pedidos, nem zam os que experimentam fome e sede querer falar de suas coisas. A mende Deus. Rezam os que buscam um te e a vontade, mesmo tentadas por sentido para os seus dias. Não basta distrações, concentram-se em Deus viver, sem atenção ao mistério mais e acolhem aquilo que Ele quer diprofundo de nós mesmos. Orar é sa- zer. Pode ser que durante muito tember-se engolfado por uma presença po, anos mesmo, a meditação seja que envolve e nos perscruta. A oração um martírio e tenhamos uma verdamanifesta urna dependência amorosa deira secura interior. Pouco imporde Deus. É sempre o ta: é na perseverança que seremos "seja feita a vossa fiéis aos desígnios de Deus a nosso vontade assim na respeito e a respeito do casamento terra como no e da vida cristã no meio do mundo. céu". É longo o 7. A meditação, se possível diáaprendizado da ria, vai fazendo com que cada um oração, muito de nós dê importância ao que merelongo, cheio de ce importância. Os que meditam, surpresas. sozinhos, em casal, ou em grupo, 5. Amedita- vão atingindo o fundo do coração. ção é aquela Deixam de ser pessoas superficiais forma de e mergulham no oceano de Deus. 35


8. Pequeno método de meditação: colocar-se na presença de Deus (em casa, em silêncio, no campo, diante do Santíssimo ... ); ler uma breve palavra da Escritura (quem sabe uma parábola, linhas do Sermão da Montanha, alguns trechos mais ousados e místicos de Paulo ... ); deixar que as palavras sejam levadas aos nossos abismos interiores; agradecer a Deus sua visita ou também a provação que Ele nos faz viver com sua aparente ausência. 9. O Pseudo Crisóstomo, autor do século IV, fala assim da oração, que é muito mais do que mero balbuciar de fórmulas: "A oração é venerável mensageira que nos leva à presença de Deus, alegra a alma e tranqüiliza o coração. Não penses que essa oração se reduza a palavras. Ela é desejo de Deus, amor inexprimível que não provém dos homens, mas é efeito da graça divina, como diz o Apóstolo: 'Nós não sabemos o que devemos pedir, é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis' (Rm 8,26)". 10.0 Silêncio na meditação nos permite ouvir, colocarmo-nos em condições de escuta. Assim, pela audição atenta da Palavra em nós, na meditação, colocamo-nos em condições de escuta: não acreditar que se saiba tudo, não selecionar o que nos interessa, não querer que os textos digam o que queiramos que digam. 11. Será importante perseverar na meditação. Só assim os casais das Equipes serão santos e só assim poderão agir no mundo com eficiência. Não podemos ser apenas tocadores de obras na vida e na Igreja. Mas é 36

preciso coragem e perseverança. Thomas Merton escreve: "Quem não permite ao seu espírito que fique abatido ou desanimado pela aridez e impotência, mas deixa Deus conduzi-lo calmamente pelo deserto e não deseja outro amparo ou guia além da fé pura e da confiança só em Deus, alcançará uma profunda e tranqüila união com Ele" (Sementes de Contemplação, Livraria Tavares Martins, Porto, 1956, p. 227). 12. A fmalidade da oração é levar o orante a uma plena união com Deus. A meditação é um exercício para atingir esta meta. Na medida em que o homem vai dando resposta às visitas de Deus e for se simplificando, pode ter certeza de que Deus vem tomar conta dele. Assim também acontece na vida de um casal cristão. Depois do grau de oração chamado meditação, vem a contemplação: "Logo se manifesta qualquer razoável indício de que Deus está chamando o espírito para o caminho da contemplação, devemos ater-nos tranqüilamente a uma oração extremamente simplificada, ( ... )e aguardar em nossa inanidade e com vigilante esperança, que a vontade de Deus se cumpra em nós" (Merton, cit. P. 229). 13.0s que são fiéis à meditação, aos poucos, com a purificação dos sentidos e dos desejos que Deus pode operar, vão se perdendo em Deus e vivem a chama do amor de que falam os místicos. O que se passa nesses corações é segredo entre eles e o Senhor.

Frei Almir Guimarães, OFM SCE Setor B - Petrópolis/RJ CM409


ESCUTA DA PAlAVRA A Escuta da Palavra é um dos Pontos Concretos de Esforço que está tendo ênfase maior neste ano de

2006. Para nós equipistas isso é muito importante e nos faz refletir em nosso dia a dia, porque o que mais escutamos é que o mundo está cheio de más noticias: são catástrofes, tragédias, violência, fome, guerras, misérias, pobrezas, terrorismo, corrupção etc. É neste mundo dividido por discórdias que o Senhor convoca cada um de nós, para sermos sinais de unidade e comunhão, de fraternidade e solidariedade, promotores de uma vida nova fundada nos valores eternos do Evangelho. A Bíblia é Palavra de Deus e a sua Palavra é alimento para a nossa vida. "Não só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que procede da boca de Deus" (Mt 4,4; Dt 8,3). "Meu filho, guarda as minhas palavras, conserva contigo os meus preceitos, observa os meus Mandamentos e viverás" (Pr 7,1). A Palavra de Deus é fonte de vida. Jesus é a Palavra do Pai encamada: "No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, CM 409

e a Palavra era Deus" (Jo 1,1). Nós somos filhos de Deus, criados à sua imagem e semelhança, e nosso Pai deseja que guardemos sua Palavra para que ela produza frutos abundantes em nossa vida e para que tenhamos a vida em nós. Ele não quer que sejamos meros ouvintes, deixando apenas que a Palavra entre por um ouvido e saia pelo outro. Deus deseja que sua Palavra caia em nossos corações e encontre acolhida, seja colocada em prática, para produzir frutos pela perseverança. "Felizes são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática" (Lc 11,28). É tempo de 37


sermos instrumentos de evangelização para cumprir a vontade de Nosso Senhor Jesus, semeando a Palavra em nossas cidades, comunidades, paróquias, nosso ambiente de trabalho, escolas, em nossas Equipes e principalmente em nossas famílias: "Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura" (Me 16,15). Deus fala aos homens porque os ama. Quer estabelecer com cada um deles, uma relação de amor, uma relação de pessoa a pessoa. Ele fala para se fazer conhecer por eles, para lhes revelar o seu grande projeto de amor; para lhes comunicar seus pensamentos, sua vontade em relação a eles; para lhes propor sua Aliança. Deus fala pelas Escrituras, pela Criação, pelas suas intervenções na historia humana, pelos profetas e, sobretudo, pelo seu Filho Jesus. A Escuta regular da Palavra permite aos equipistas não somente conhecer a Deus, mas, acima de tudo, enraizar-se melhor no Evangelho. Essa escuta faz com que cada pessoa do casal entre em contato direto com a pessoa do Cristo. Esse contato pessoal é o pilar de toda a vida espiritual, pois "a ignorância das Escrituras é a ignorância de Cristo" ( João Paulo II). A Palavra criadora de Deus é sempre uma fonte indispensável de motivação e de energia para o nosso crescimento pessoal, para o nosso crescimento como casal e para a construção de um mundo melhor. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora pede a cada um de nós 38

que ouça diariamente a Palavra de Deus, reservando um tempo para ler uma passagem da Bíblia, em particular os Evangelhos, refletindo-a em silêncio, para melhor compreender e conhecer o Deus que nos fala e o que Ele nos pede. A Palavra de Deus e seu sopro estão na origem do ser e da vida de toda a criatura. É a Palavra da salvação que alimenta a fé no coração dos cristãos. É ela que faz nascer e dá crescimento à comunhão dos cristãos. O cristianismo é areligião da Palavra de Deus, não de uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo. Para que as Escrituras não permaneçam letra morta, é preciso que Cristo, Palavra eterna de Deus vivo, pelo Espírito Santo, abra o nosso espírito à compreensão das Escrituras. "O homem não vive apenas de pão, mas de tudo aquilo que procede da boca de Deus" (Mt 4, 4). Os cristãos, principalmente nós equipistas, devem envidar todos os esforços para anunciar o Evangelho. Há uma fome na terra, que não é fome de pão, nem sede de água, mas fome de ouvir a Palavra de Deus. Que o Espírito Santo nos dê constância e fortaleza para vencermos tudo o que dificulta-nos ler as Escrituras e para termos mais amor à vida espiritual. Que entendamos que, como precisamos alimentar e vestir nosso corpo, também nossa fé necessita ser animada pela Palavra.

Maria Helena e Horácio CR do Setor B - São Carlos/SP CM 409


PASSO CERTO DO EQUlPlSTA (cordel) Queridos irmãos em Cristo, Da grande Super-Região, Temos aqui uma pista, Que serve de inspiração. Se querem ser equipistas, Que tenham fé e ação, Vivenciem os PCE Com o corpo e o coração, Seguindo esse conselho, Chegarão á salvação. Comecem pela manhã, Com a Oração Conjugal, Pedindo ao Pai proteção Para a vida matrimonial. Após essa oração santa, Vivam a Meditação, Conversando com o Pai E abrindo o coração, Entregando-se com ardor Totalmente à missão. Reservem um momento certo, Criem um clima de luz, Para sentarem os dois, Na presença de Jesus, Façam um Dever de Sentar-se, Tirando todos os maus traços Da carregada da cruz. Para manter o equilíbrio, Não esqueçam de adotar, CM409

Para si e para o cônjuge, Uma atitude salutar, Que nos retira do erro, E facilita o bem estar: Chama-se Regra de Vida, Prontinha para aliviar. Participem do Retiro,

É sagrado, ele é anual, É lá que acontecerá Transformação espiritual Sem esse ponto concreto, O equipista está mal. Atendam o que o Pai lhes pede Na Escuta da Palavra, Recebendo com humildade As mensagens enviadas. É nesse ponto concreto Que o equipista está certo Do rumo da caminhada. E pra fechar o pensamento, Deixamos nossa mensagem: Se você não escutar Deus, Tropeçará na viagem, Ficará atrapalhado E termina acabrunhado, Perdendo toda bagagem.

Geralda e Gilmar Eq. 04 B N. S. do Desterro Santa Luzia/PB 39


EXPANSAO

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Nosso Setor é ainda criança e, como sabemos, nos primeiros anos, a criança cresce e se desenvolve muito rapidamente ... E é mais ou menos o que vem acontecendo com o nosso Setor. Graças ao carinho e ao amor do Sacerdote Conselheiro Espiritual do nosso Setor, Pe. João Batista, que não tem medido esforços para nos acompanhar, e ao casal Expansão do Setor, estamos com três Experiências Comunitárias em Alfenas e uma em Fama; duas Pilotagens em Paraguaçu e uma em Guaxupé. O sacerdote que acompanha a Experiência Comunitária em Fama, como Conselheiro Espiritual, é o Pe. Pimenta e em Paraguaçu é o Ir. Edinho. Dom José Geraldo é o SCE da

equipe que está sendo pilotada em Guaxupé. As três Experiências Comunitárias de Alienas, pelo retomo e empolgação dos casais, temos a certeza, serão excelentes equipes. Como toda criança exige atenção, limite, amor e cuidados, estamos procurando fazer uma expansão consciente e responsável, para que todo o Setor fale uma só linguagem, em unidade com o que preconizam os Estatutos do Movimento. Contamos com as orações de todos os equipistas para essas novas equipes e pelos Casais Piloto e Coordenadores das Experiências Comunitárias.

Andréa e Paulo Evandro CRS Alfenas, Região Minas IV andreacarla@redealfenas.com.br

- CONJUGAL NOSSA ORAÇAO Estamos nas Equipes de Nossa Senhora há aproximadamente 20 anos. Vivenciamos mais um Retiro Anual, realizado em Juiz de Fora, sob a responsabilidade do Setor B, nos dias 31 de março e 01 e 02 de abril deste ano. Sempre nos surpreendemos com a riqueza proporcionada pelos retiros, mas este, apresentou uma novidade: Pe. João Justino, o pregador, nos fez meditar sobre cada um dos PCE, levando-nos a uma "nova inspiração". Após tantos anos de vivência dos PCE, percebemos que precisávamos avançar em nossa Oração Conjugal, que deveria ser uma oração que brotasse do coração dos dois. Desafio! Foi assim que recebemos o recado. Após a Escuta da Palavra, inspirados pela leitura do Evangelho, nos aprofundamos na Meditação e do esforço mútuo do casal brotou uma Oração Conjugal, oração nascida de nossos corações e que esperamos seja agradável a Deus. Abraços e a Paz do Senhor a todos.

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Ana Beatriz e Onofre, Eq. 14- B- Juiz de Fora/MG CM 409


RETIRO ANUAl Sempre precisamos nos retirar para nos encontrarmos conosco mesmos, para nos encontrarmos com a esposa, com os filhos, com os irmãos equipistas. É muito bom! E o encontro direto com Deus, imaginem, não há palavras que expressem esse momento. Vivemos fortemente esse encontro em nosso Retiro, que se realizou na cidade de Camocirn de São Félix/PE, nos dias 11 e 12 de março de 2006. Nos túmulos muito visitados de algumas personagens que marcaram a história, lê-se aqui jaz. No túmulo mais visitado do mundo, porém, não existe ninguém, o túmulo está vazio, pois Jesus ressuscitou, está vivo. Neste retiro nos esvaziamos de nós mesmos e encontramos vida nova, reencontramos Jesus. Ele nos trouxe a paz que estávamos precisando. Ele nos mostrou a resposta concreta para a pergunta: "E vós quem dizeis que eu sou?" (Me 8, 29). Vivenciamos momentos que nos levaram ao desejo de conhecer mais, para amar mais. Primeiro, Jesus nos seduziu, e nos levou a querer conhecê-Lo mais, para melhor amá-Lo CM 409

e assim permanecermos Nele e Ele em nós. Amá-Lo concretamente para vivermos nossa páscoa, passando da indiferença para o amor, da escravidão para a liberdade, do pecado para a vida de graça. O nosso compromisso de cristão equipista nos leva a conhecer e amar ao mesmo tempo, exigindo de cada um de nós o amadurecimento da nossa fé. As contradições muitas vezes são difíceis de serem entendidas. Através da fé, porém, conseguiremos entendê-las. A fé explica o que as palavras não conseguem explicar. Precisamos anunciar o Ressuscitado, alicerçar as esperanças humanas na vida nova conquistada pela Ressurreição. Jesus quer ver o nosso testemunho de cristão equipista na luta pela construção de um mundo novo, com alegria e esperança. Este retiro foi, sem dúvida, uma experiência concreta de Jesus em nossas vidas.

Paizinha e Arlindo Eq. 01 - Setor Belo Jardim Pernambuco II 41


UM RETIRO NO VALE DA FlORESTA No dia 07 de abril, sexta-feira à noite, chegamos ao Seminário da Floresta, em Juiz de Fora/MG, para participar do nosso Retiro Anual. O pregador, Frei Almir Guimarães, ofm, abordou o tema "Casais contemplam a face de Cristo". Com alegria, identificamos jovens casais que há pouco haviam ingressado nas Equipes e que na véspera da Semana Santa se recolhiam nas montanhas das Minas Gerais para revisar sua vida e sua caminhada espiritual. Sábado pela manhã, iniciamos nossas atividades na capela, participando da celebração de Missa em honra a Nossa Senhora das Graças, nossa padroeira, que nos convidava a abrir nossos corações para bem acolher a Palavra de Jesus e realizála em nossas vidas. O tema "O Cristo em nossas vidas", desenvolvido por Frei Almir, deunos a oportunidade de entendermos melhor a figura de Paulo de Tarso e seu grande amor por Jesus Cristo. Durante o Retiro, aprendemos sobre o que é meditar e como fazêlo. Também fizemos um bom Dever de Sentar-se a partir das importantes orientações recebidas. A Celebração Penitencial, com adoração ao Santíssimo, permitiu que pudéssemos refletir sobre a nossa relação pessoal com Deus, com os outros e conosco mesmos. Também foi momento para pedirmos perdão ao Senhor por nossas falhas e omissões. 42

O nosso conhecimento sobre Jesus Cristo crescia à medida que mergulhávamos em sua Palavra. Ao fmalizarmos o Retiro, refletimos e nos comunicamos com Deus e com o cônjuge, percebemos que nosso conhecimento sobre Jesus Cristo crescia à medida que mergulhávamos em sua Palavra, acompanhávamos sua trajetória rumo ao Calvário e vibrávamos com sua Ressurreição. Para expressar o que sentimos, nada melhor que as palavras do Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica Novo Millênio Ineunte (49): "Se verdadeiramente partimos da contemplação de Cristo, devemos saber vê-Lo no rosto daqueles com quem Ele mesmo quis se identificar": "Porque tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; estava nu e me destes de vestir; adoeci e me visitastes; estive na prisão e fostes ter comigo" (Mt 25, 35-36).

Sandra e Calil Eq. N. S. de Fátima - Setor A Juiz de Fora!MG CM 409


UNlDADE CRlSTA Num mundo em que os desafios e a competitividade são rotina comum entre as pessoas, precisamos discernir de forma racional e cristã o caminho que estamos percorrendo em nossa vida. A sociedade nos apresenta concorrências nos mais diversos níveis: no campo profissional, social, econôrnico, intelectual. Até entre os cristãos, infelizmente, podemos nos deparar com isso. O que na verdade fica evidenciado é um modo de pensar e agir onde só há bem estar e paz se o ego estiver massageado pelo espírito da vitória. Com atitudes desse quilate (de avareza, mesquinhez, egoísmo ... ) podemos destruir, sem perceber, os planos de Deus para nós. A partilha e a doação deveriam ser prática comum entre nós cristãos,

assim como sentir em cada irmão à nossa volta, um espírito de comunhão e de unidade. Nós, equipistas, precisaríamos estar mais em sintonia com as primeiras comunidades que mantinham a unidade porque perseveravam na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações. E viviam unidas e tinham tudo em comum (cf. At 2, 42.44). O exemplo daquelas primeiras comunidades nos impulsiona ainda hoje à prática da vida que Deus pensou e continua a pensar para os seus: Uma vida de unidade e partilha entre todos.

Adriano, da Vanusa CR Setor A- Santa Luzia!PB

SESSÃO DE FORMAÇÃO 111 "Eis o que há tanto tempo procurava" (Dr. Pedro Moncau) Neste final de semana, 1 e 2 de abril, fizemos a Sessão de Formação Nível lli em Sorocaba. São Paulo insiste que temos de ser homens novos. Hoje minha esposa e eu nos entimos como casal novo, verdadeiramente equipistas de Nossa Senhora. Embora com 12 anos de caminhada, os altos e baixos da vida nos fizeram por vários momentos esfriarmos em nossas convicções. Mas Deus é tão maravilhoso que põe em nossas vidas pessoas de fé, comprometidas com a mensagem de salvação de Jesus - "O reino de Deus está próximo, convertei-vos e crede no Evangelho" (Me 1,15). CM409

Por isso é que escrevemo , tentando passar a transformação que Deus fez em nossas vidas nessas poucas horas. Ele reacendeu em nossos corações a chama da mística e do carisma das ENS e nos conscientizou sobre os PCE. É com muito carinho que deixamos aos nossos irmãos os questionamentos: • Quais as mudanças que os PCE fazem em nossas vidas? • Estamos buscando a nossa santidade e a santidade do cônjuge e da farru1ia através deles?

Rita e Júlio Eq. 7A - N. S. dos Anjos Sorocaba!SP 43


TEMPO DO EQUlPlSTA Nós já experimentamos viver a vida que nos oferece Movimento das Equipes de Nossa Senhora? Ser um equipista, realmente, e não estar equipista? O equipista não encontra dificuldades em fazer os seus PCE, pois ele consegue encontrar tempo. A dificuldade do mundo modemo é o tempo. Mas o amor do equipista pelo Movimento é tão grande que ele consegue encontrar tempo para vi ver a vida de equipe, vivenciando com assiduidade os PCE. O equipista dedica uma parte do seu tempo à Escuta da Palavra, porque sabe que nesse momento ele fica mais próximo de Deus. Sabendo ouvir o que Deus tem a lhe dizer, o equipista faz uma boa Meditação. O equipista relaxa no colo de Jesus e sente o amor que Ele tem por nós, seus filhos amados. O equipista não encontra dificuldades em fazer a Oração Conjugal. Não importa o tempo, ele sempre consegue se unir à pessoa amada, para juntos rezarem, agradecendo a Deus a alegria de estarem juntos, pois tantos são os casais que não têm esta felicidade. No seu Dever de Sentar-se, o equipista tem outro momento de felicidade, que é encontrar-se com o seu 44

cônjuge e os dois juntos se encontrarem com Jesus. Esse é o momento de dialogar, rever a vida a dois e da família no mês que passou, sem esquecer nossa relação com a equipe, planejar o mês seguinte e, se for o caso, de pedir e dar o perdão, sem rancor e ressentimentos. É um momento de alegria, pois com Jesus vive-se em paz. O equipista tem no Retiro Anual dois dias, pelo menos, em que ele aproveita todos os instantes para se aproximar mais de Deus, para buscar, na sintonia com Deus, a sintonia com o cônjuge e vice-versa. E na Regra de Vida o equipista tem um propósito de mudança, um propósito de dar passos seguros na caminhada em busca de perfeição. Ser equipista é dar-se o casal tempo para crescer na caminhada em busca da santidade. Por isso a vivência dos PCE produz nele alegria. O equipista é participante ativo das promoções do Movimento e das atividades da Igreja. Ele está atento à advertência da Testemunha Fiel: "Porque não és frio nem quente, estou para te vomitar da minha boca" (Ap 3,16).

Penha e Paulo Eq. 115- N. S. da AlegriaSetor D - Rio III CM409


NA SAÚDE E NA DOENÇA Na minha caminhada matutina, a pista estava deserta ... vislumbrei, a uns oitenta metros á frente, o que parecia ser duas pessoas empurrando uma espécie de cadeira de rodas. Como elas iam devagar e eu a toda, logo as alcancei: era uma senhora bem velha, magrinha, pálida, cabelos brancos longos e soltos, deitada numa cadeira de rodas, adaptada como se fosse maca. Uma jovem empurrava o veículo, enquanto um senhor, velhinho também, arqueado, trajando temo e chapéu pretos bem surrados, ao lado da senhora, segurava-lhe a mão de tal modo que a costa de sua mão esquerda acariciava o rosto dela. Com a outra mão ele se sustentava numa bengala. Cumprimentei-os e segui ao seu lado por alguns instantes. Ele só me disse: "é minha dona", e aí ela o chamou e falaram algo que não entendi. Não querendo incomodá-los, despedi-me ... Fiquei bastante emocionado com o que vira ... Um cortejo com um casal que, certamente já fizera bodas de ouro, ou então, o sofrimento envelhecera precocemente, porém, o mais importante, o mais sublime, era estarem juntos, numa cena de amor: de mãos dadas, se acariciando, mãos que certamente estiveram unidas em miríades de bons momentos no curso de suas vidas. Fiquei pensando como a vida é curta e quantas surpresas nos aguardam na caminhada a dois. Para cheCM409

garem a tal ponto, certamente tanto se amaram nos momentos de saúde que na hora da doença não faltou amor, carinho, atenção e, sobretudo, presença. Como Deus, lá de cima, deve ter ficado feliz vendo aquela cena maravilhosa. Ela revelava a fidelidade aos votos feitos por eles, quando jovens e saudáveis, na hora do seu matrimónio: que se amariam na alegria e na tristeza, na saúde e na doença até que a morte os separasse. Que bom se este maravilhoso exemplo fosse seguido por todos os casais.Certamente que chegará o tempo em que as duas rosas murcharão e suas pétalas serão levadas pelo vento ...

Expedicto, da Nice Eq. 12- Setor F- Brasl1ia/DF 45


A llÇÃO DO JARDlNElRO Um dia, o executivo de uma grande empresa contratou, pelo telefone, um jardineiro autônomo para fazer a manutenção do seu jardim. Chegando em casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 15 ou 16 anos de idade. Contudo, como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço. Quando terminou, o garoto solicitou ao dono da casa permissão para utilizar o telefone e o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa. O garoto ligou para uma mulher e perguntou: "A senhora está precisando de um jardineiro?" "Não. Eu já tenho um", foi aresposta. "Mas, além de aparar a grama, frisou o garoto, eu também tiro o lixo." "Nada demais, retrucou a senhora, do outro lado da linha. O meu jardineiro também faz isso." O garoto insistiu: "eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço." "O meu jardineiro também, tornou a falar a senhora." "Eu faço a programação de atendimento, o mais rápido possível." "Bom, o meu jardineiro também me atende prontamente. Nunca me deixa esperando. Nunca se atrasa." Numa última tentativa, o menino arriscou: "o meu preço é um dos melhores." "Não", disse firme a voz ao tele46

fone. "Muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom." Desligado o telefone, o executivo disse ao jardineiro: "Meu rapaz, você perdeu um cliente." "Claro que não", respondeu rápido. "Eu sou o jardineiro dela. Fiz isto apenas para medir o quanto ela estava satisfeita comigo." [... ] Em se falando do jardim das afei-

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ções, quantos de nós teríamos a coragem de fazer a pesquisa deste jardineiro? E, se fizéssemos, qual seria o resultado? Será que alcançaríamos o grau de satisfação da cliente do pequeno jardineiro? Será que temos, sempre em tempo oportuno e preciso, aparado as arestas dos azedumes e dos pequenos mal-entendidos? Estamos permitindo que se acumule o lixo das mágoas e da indiferença nos canteiros onde deveriam se concentrar as flores da afeição mais pura? Temos lubrificado, diariamente, as ferramentas da gentileza, da simpatia entre os nossos amores, atendendo as suas necessidades e carências, com presteza? E, por fim, qual tem sido o nosso preço? Temos usado chantagem ou, como o jardineiro sábio, cuidamos das mudinhas das afeições com carinho e as deixamos florescer, sem sufocá-las? O amor floresce nos pequenos detalhes. Como gotas de chuva que umedecem o solo ou como o sol abundante que se faz generoso, distribuindo seu calor. A gentileza, a simpatia, o respeito são detalhes de suma importância para que a florescência do amor seja plena e frutifique em felicidade.

Autor desconhecido Rosangela e Marcelo Schwam Eq. N. S. das Graças Setor Valparaíso/SP schwam@ig.com.br CM409

ETERNOS NAMORADOS Tu estás mais bonita ainda diante dos meus olhos. Tua beleza me encanta. Basta-me a tua presença. O tempo fez frutificar o nosso amor. O nosso namoro é eterno. Tu serás sempre o amor da minha vida. Mesmo que minha boca não fale, assim te dirão minha expressão, meus gestos e sentimentos. Agradeço a Deus por ter um dia te encontrado. O milagre do amor aconteceu. Transformou nossa existência. Somos hoje o resultado de uma grande doação mútua que nos realiza e nos une, que nos dá força para superar tudo. Os nossos corações fundidos e aconchegados seguem tranqüilos, no mesmo ritmo, o caminho. Vamos preparando a eternidade. Louvamos a Deus, que é Amor, que consagra os casais, eternos namorados.

Clarice e Gilberto Eq. N.S. do Bom Conselho Assis/SP

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VEM PARA O MElO! A Campanha da Fraternidade, em 2006, trouxe à baila a discussão sobre o tema das pessoas com deficiência. Já o Movimento das Equipes de Nossa Senhora nos propoe estudarmos neste ano de 2006, como preparação ao Encontro Internacional de Lourdes, o tema: Casal chamado a contemplar a face de Cristo. O que aceitamos e estamos vivenciando com alegria. Encaramos o desafio e nos propusemos a percorrer neste ano um longo caminho: o da transformação do cristão equipista "deficiente" em "cristão verdadeiro", capaz de olhar o Cristo nos olhos. Indubitáveis são as benesses que o Movimento traz para nós como pessoa, como casal e como farru1ia. E essa realidade, na maioria das vezes nos basta. Mas a nossa missão é muito maior: "Um casamento assumido como vocação é vivo ... Só quem partilha generosamente a graça de seu amor pode conservá-lo vivo ... Temos, pois, que sair, 'nos fazer ao largo' para ouvir os apelos que se fazem cada vez mais numerosos ... " "Ser casal cristão hoje na Igreja e no mundo", este é o nosso desafio! Aproveitemos o tempo para a renovação e transformação de nossas vidas, para bem definir nossa caminhada de cristãos equipistas. Continuemos a atender ao chamado feito por Cidinha e Igar, em Fátima: "Hoje, nós (equipistas) somos chamados a ser sinais num mundo privado de amor". 48

Equipista, vem para o meio, mostra a tua cara, a tua presença no mundo! Deixa transbordar todo o amor cultivado nestes anos de Movimento. Exerce conscientemente a missão que Pe. Caffarel te confiou: "As ENS têm uma vocação: a sua vocação é ajudar os casais a se santificar. Mas têm também uma missão na Igreja. É necessário manter incessantemente estes dois aspectos: vocação e missão". (Discurso

de Chantilly. p. 19-20) Somente abandonando-nos à vontade do Pai poderemos deixar nossa condição de paralíticos espirituais, jogar fora nossas bengalas do comodismo e do egoísmo, para finalmente, em paz, caminhar rumo à Luz.

Tatiana e Rubens Coimbra CR Sestor A - RCO I Brasília/DF rrcoimbra@yahoo.com.br CM409


Meditando ef'Yl Equipe Sendo junho o mês do Sagrado Coração de Jesus, é uma bela oportunidade para aprofundar, ainda mais, o tema de ano de 2006. Nele, o casal acha um coração receptivo e generoso, capaz de acolher incondicionalmente aquele que se aproxima com o desejo sincero de encontrar um apoio e refrigério para as dificuldades da vida.

Escuta da Palavra em Mateus

11,25-30.

Sugestões para a meditação: 1. Qual é a imagem de Deus presente neste texto? 2. O que é necessário para encontrar em Jesus este coração manso e humilde? 3. O que ensina o presente texto para o casal e a vida familiar? Pe. Geraldo

.. . . . .... . . ..... . . ... . . . ... . . . .... . . . ..... . Oração litúrgica (Salmo 89, 1-16) Cantarei eternamente os favores do Senhor; minha boca proclamará tua fidelidade, de geração em geração. Sim, digo eu, teu amor mantém-se para sempre como o céu, onde estabeleceste tua fidelidade: "Fiz aliança com meu eleito, jurando a Davi, meu servo: Estabelecerei tua descendência para sempre, e te construirei um trono, de geração em geração" . Os céus proclamam tuas maravilhas, Senhor, e tua fidelidade, na assembléia dos santos. Quem, sobre as nuvens, se compara ao Senhor? Quem é igual ao Senhor entre os filhos dos deuses? Deus é terrível no conselho dos santos, mais temível que todos os que o circundam . Senhor Deus Todo-poderoso, quem é igual a ti? Poderoso és tu , Senhor, e tua fidelidade é teu cortejo . Tu dominas a fúria do mar; quando se sublevam as vagas, tu as amansas. Trituraste o cadáver de Raab, dispersaste os inimigos com o poder de teu braço. Teu é o céu , tua é a terra; fundaste o mundo e quanto ele contém . O Norte e o Sul, tu os criaste; o Tabor e o Hermon exultam com teu nome. Tens o braço cheio de vigor, a mão forte, a destra erguida. A justiça e o direito são as bases de teu trono, amor e fidelidade tornam acessível tua presença . Feliz o povo que sabe aclamar-te! Eles caminharão à luz de tua face, Senhor.


Aashes da Visita Pastoral à Província Sul 11


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