ENS - Carta Mensal 400 - Junho e Julho/2005

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EQUlPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°400

EDITORIAL Da Carta Mensal .... .. ... .. .. ... .. ... .. ..... 01 SUPER-REGIÃO Frei Avelino ... .. ..... ... .. .. ..... .. ..... .. ..... 02 Desafio da unidade ... .... .. ........ .... .. 03 Construir juntos uma sexualidade harmoniosa ......... .... .. 04 Sendo Igreja, precisamos conhecer sempre melhor o Cristo! .. .. ........... 06 As equipes satélites .. .. ... .... ..... ...... . 07 Por que um Encontro Internacional das ENS? .. ... .... ...... ... 1 O VISITA PASTORAL À PROVÍNCIA NORDESTE Visita Pastoral à Província Nordeste .. ........... .. .. .. .. ... 12 Província Nordeste em festa ......... 1 5 Flashes de um grande evento .... .. . 1 6 "Como são belos os pés dos mensageiros .... " .. ...... .. .. ... 18 Super-Reg ião visita a Região Rio Grande do Norte ........ . 19 TEMA DE ESTUDO Sexualidade caminho para a santidade .... .. .. ...... .. .... ....... . 21 CARTA MENSAL 400 EDIÇÕES Carta Mensal chega ao número 400 .. 2 2

Carta Mensal é uma publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Registro "Lei de Imprensa " n• 2 19.336 livro 8 de 09. 10.2002

Avani e Carlos C/élia e Domingos Helena e Tomaz Sola e Sergio Pe. Ge raldo Luiz 8. Hackmann

Edição : Equipe da Carta Mensal

Jornalista Responsável: Catherine E. Nadas (mrb 19835)

Graciete e Gambim (responsáveis)

Projeto Gráfico: Alessandra Carignani

Junho - Julho

2005

"Alguns" Anos na Carta Mensal .... 23 Passos Novos nas Mãos do Senhor ... 25 Aposentados? ...... .. ..... .. ... ........ ...... 26 "Bem Simplinha" ... .. .. ...... ........ ...... 28 Graça do Chamado .. ........ ........ ... .. . 30

DIA DOS NAMORADOS

À minha namorada .. ... .... ....... ........ 32 Dever de sentar-se dos namorados .... ........... ..... ....... .. . 33

NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES . ...... 34 ENCONTRO DE LOURDES Vamos a Lourdes .. ... .. .... ... .. ... .... .... 39 MARIA A oração de Maria, a nossa oração ....... .... ..... ..... ... .... .. . 40 TESTEMUNHOS Para quem confia a graça acontece .. ........... ..... .. .... ... 42 Dedicação à missão ...... ........ .. .. .... . 43 Grupos de noivos .. .. ... ........... ...... .. 44 Ajuda-mútua .......... .... ... .... ............ . 45 ATUALIDADE Marcas do Pontificado de João Paulo 11 .... ... .. ....... .... .. .... .... 46 Conhecendo as EJNS .. ... ....... .. .. ..... 48

Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeira Prod. Ed. R. Turiassu, 390 - li" andar, cj. 115 - Perdizes - São Paulo Fone: (Oxxll ) 3873. 1956 Foto: A. Gambim Igreja da Sé- 0/inda/PE Impressão: Laborprint Tiragem desta edição: 17.500 exemplares

Canas, colaborações, notícias, testemunlws e imagens devem

ser erzviadas para: Carla Mensal R. Luis Coelho, 308 5° andar · conj. 53 01309-000 • São Paulo - SP Fone: (Oxxl l) 3256. 121 2 Fax: (Oxxll ) 3257.3599 ca rtamensal@ens.o rg. br A/C Graciete e Gambim


Queridos Irmãos : Louvamos a Deus por ele ser Deus, mas há também motivos para agradecer-lhe todos os momentos da nossa existência. E há momentos especiais de ação de graças, como este em que a Carta Mensal comemora a sua 400" edição. Ao longo dos anos, Deus serviu-se da Carta Mensal para, por meio dela, instruir, formar, informar, realizar a intercomunicação dos equipistas e manter a "seiva" da unidade do Movimento, na fidelidade aos ensinamentos de Jesus e ao Carisma das Equipes de Nossa Senhora. Deus seja louvado por quantos enviaram artigos e pelas várias equipes de casais e sacerdotes que se sucederam na disponibilidade do serviço à Carta Mensal, sempre dóceis à voz do Espírito Santo, enviado pelo Pai e pelo Filho para fazer una e santa a Igreja. Outro motivo para dar glória a Deus nesta edição é a visita da Equipe da Super-Região à Província Nordeste, onde, no calor da acolhida e da hospitalidade, na confraternização e em especial nas Eucaristias celebrou-se a comunhão dos equipistas. Nas orientações que nos vêm da Super-Região, Frei Avelino concita-nos a sermos fiéis a Cristo, à Igreja e ao carisma, mística e pedagogia do Movimento, a exemplo de Maria, a discípula fiel ao seu Deus e ao seu Filho. Graça e Roberto, recordando que somos o maior país equipista, incentivam-

nos a sermos presença solidária e fiel no mundo, unidos a Cristo, para produzirmos muitos frutos de unidade. E Teresinha e Agostinho nos convidam à reflexão sobre a harmonia da sexualidade na vida do casal, para que ele viva uma união amorosa, "numa só carne", sinal visível da aliança de Deus com os homens. Mons . Fleischmann, SCE da ERI, continua a nos dar a conhecer Jesus Cristo, o Filho de Deus, "um com o Pai e o Espírito Santo" . O casal Volpini esclarece sobre as funções das Equipes Satélites, a serviço da unidade do Movimento no mundo. E os Simonis nos animam a participarmos com entusiasmo do Encontro Internacional de Lourdes, um encontro para manter unidos os irmãos da grande família das Equipes de Nossa Senhora. Belo testemunho nos dão os irmãos das equipes que, fiéis no Espírito, fazem uma caminhada de 50, 40 e 25 anos de Movimento. Lembrando João Paulo II, que partiu para o Pai, e Bento XVI, que assumiu o leme da barca de Pedro, Pe. Geraldo sugere que, na reunião mensal, meditemos sobre a fidelidade do e ao papa na Igreja. Feliz Dia dos Namorados para todos os equipistas. Com carinho!

Graciete e Gambim e toda a Equipe da Carta Mensal

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Queridos Casais e Conselheiros! "Quem perseverar até o fim será salvo". Que lugar ocupa Maria nas Equipes de Nossa Senhora? O centro é do seu Filho. Mas Jesus reservou à sua Mãe um lugar! Nós queremos ser discípulos de Jesus "na escola de Maria", cuja primeira lição é a fidelidade ao seu Filho. A felicidade nasce da fidelidade. Virgem fiel é um dos muitos títulos de Maria! Que significa ser fiel e quais suas dimensões? O Evangelho é nossa luz: Maria começou o caminho da fidelidade, buscando conhecer os desígnios de Deus. • A primeira dimensão da fidelidade: Buscar a vontade de Deus. "Como é que vai ser isso?" perguntou Maria ao Anjo. A fidelidade é uma busca amorosa, paciente e generosa da vontade de Deus. No coração de quem quer ser fiel sempre está viva uma pergunta que só Deus sabe responder ou que só Ele é a resposta. O coração fiel distingue-se pela abertura ao plano de Deus. • A segunda dimensão da fidelidade: O acolhimento e a aceitação. Maria pergunta e, à resposta do Anjo, resyonde com um Fiatfaça-se! E este o momento mais sublime da fidelidade, quando o homem se convence de que jamais compreenderá totalmente o plano de Deus, "o como se fará isso". É quando o homem compreende que nos desígnios de Deus em nossa vida há mais mistérios que evidências. Aceitar o mistério, agir apenas crendo, como se visse com os 2

próprios olhos, é encarnar a atitude de Maria: "Guardava em seu coração todas estas coisas, e nelas meditava". • A terceira dimensão da fidelidade: Coerência. Que a vida não comprometa a fé. Este é o núcleo mais íntimo e sério da fidelidade. • A quarta dimensão da fidelidade: Constância. Ser coerente por dias e horas é fácil. Difícil é ser coerente sempre. O fiat de Maria foi até o Calvário. Não trair no escuro o que se prometeu à luz do sol, a isto chamamos fidelidade. Ela é a melhor garantia de um amor autêntico. Precisamos fortalecer nossa fidelidade às Equipes de Nossa Senhora: pela fidelidade ao carisma, à mística e à pedagogia. Sentir-se filho legítimo das Equipes de Nossa Senhora é conservar puro o sangue do carisma fundador. Este "sentir-se filho legítimo" da farm1ia Equipes de Nossa Senhora é o que compromete e estimula à fidelidade. Por isso é necessário conhecer e aprofundar o espírito das Equipes de Nossa Senhora, pelo estudo, meditação e participação, onde a vida das Equipes de Nossa Senhora acontece. Pertencer às e ser das sem exigir-se fidelidade é inconcebível. A sede de perfeição teme a infidelidade e é sensível ao frio e vazio deixado por ela. Uma vida sem exigências gera cansaço, indiferença, desprezo. Deus é sempre fiel. Pe. Frei Avelino Pertile SCE /SR Brasil CM400


DESAAO DA UNIDADE Queridos e amados irmãos: Recebemos recentemente um relatório estatístico oriundo da Equipe Responsável Internacional (ERI), com dados das Equipes de Nossa Senhora no mundo, atualizados em janeiro de 2005. Aproveitamos para comentar algumas curiosidades desse relatório. O idioma mais falado nas Equipes de Nossa Senhora é o Português. Cerca de 39,5 o/o dos equipistas do mundo falam a nossa língua. Entre estes estão angolanos, moçambicanos, portugueses e, nós, brasileiros. Somos no mundo 105055 membros, entre casais, viúvos e conselheiros espirituais distribuídos em 9574 equipes. E o Brasil? Temos cerca de 30% dos equipistas e 26% das equipes do mundo. Constituímos o maior segmento do Movimento num mesmo país em número de membros (31428 pessoas) e em número de equipes de base (2520). Esses dados são motivos de grande alegria espiritual para nós, pois sintetizam os cinqüenta e cinco anos decorridos desde o lançamento da semente que gerou esta "árvore frondosa". Os frutos resultam de um trabalho lento e humilde, de um renovado compromisso de presença, de solidariedade e de fidelidade. "Quem

cristã ante as necessidades culturais, espirituais e eclesiais de uma dada situação histórica. Assim, a Providência Divina coloca-nos diante de uma realidade em que despontam dois aspectos importantes. Primeiro, a responsabilidade com que devemos orientar as nossas forças e pensamentos diante da importância doBrasil na realidade atual do Movimento no mundo. Segundo, a realidade da família brasileira torna-se campo aberto à difusão da espiritualidade conjugal e das perspectivas do sacramento do Matrimônio, especialmente, às jovens gerações. Reforçamos essa colocação, recorrendo ao Pe. Caffarel quando diz:

"Os equipistas respondem às necessidades dos nossos tempos para o casal e para o matrimônio e, por isso, há necessidade de casais que se amem, que criem a imagem da família e da sociedade e que se ponham ao serviço do Movimento".

permanecer em mim, e eu nele, esse dá muito fruto" (Jo 15, 5).

Só conseguiremos ser resposta a esses desafios se, em casal, nos tornarmos capazes de captar o espírito que anima o esforço a realizar em cada ponto concreto. Ele converter-se-á em um reconhecimento profundo da ação interior que o Espírito Santo realiza em nós para nos conformar a Cristo, até nos tornar um com Ele, para que sejamos perfeitos na unidade (cf. Jo 17, 23).

Sabemos que o Espírito sopra onde quer e enriquece a Igreja com carismas que renovam a resposta

Graça e Roberto CR Super-Região

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Palavra do Provincial

CONSTRUlR JUNTOS UMA SEXUAllDADE HARMONlOSA O sonho de todo casal de jovens enamorados que se preparam para o sacramento do Matrimônio é com certeza ter uma ati vidade sexual harmoniosa durante toda a vida de casados. No entanto, todos os que já passaram por essa experiência sabem que nem tudo são flores no início e até mesmo para alguns por muito tempo. A vida sexual do casal após o arrojo do início precisa e necessita de compreensão e muito amor por parte dos dois, pois os ajustes se fazem necessários e isso ocorre quando o casal dialoga e descobre os verdadeiros valores do homem e da mulher, a grandeza e as fraquezas do amor conjugal, e percebe o verdadeiro significado da sexualidade: "Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou" (Gn 1,27). A dualidade dos sexos, onde um se completa no outro, foi querida por Deus. Assumindo o compromisso do casamento, marido e mulher se doam mutuamente, "desde 4

então, já não são dois, mas uma só carne" (Mt 19,6). A doação mútua, iniciada no dia da aliança matrimonial, se realiza aos poucos, vai se afirmando e se afinando, crescendo ao longo da vida conjugal, e a peça importante para que isso se realize é o amor. O amor é a cola que dá sustentação, ele alimenta o relacionamenCM 400


to. Com o tempo o relacionamento vai se aperfeiçoando, vai se solidificando, atingindo sua plenitude. Todo o ser participa, tanto o carnal como o espiritual. O casal vai se tornando cada vez melhor, constituindo-se dia a dia à imagem de Deus. O autêntico amor que une o casal leva a uma doação total, fiel e fecunda, então, nesta perspectiva o ato conjugal mantém, fortifica o amor, e a fecundidade leva o casal à plenitude, tomandose realmente fonte de vida, à imagem de Deus. Portanto, é importante que os casais cristãos se preocupem com a qualidade de sua relação sexual, que nela se doem totalmente um ao outro. A doação não é somente física, mas um ato de amor, onde cada um se entrega ao outro, pondo-se a serviço do desejo do outro e ao seu próprio prazer. Daí a importância do diálogo para que nenhum dos dois se sinta humilhado, usado, mas, aceitando-se um ao outro, busquem por amor e com amor satisfazerem-se mutuamente. E isso só se consegue procurando juntos como fazer com que esses momentos sejam cada vez mais a expressão de um ato de amor, de ternura, de confiança e aceitação do outro. A vida sexual do casal é construída lentamente, ao longo do casamento. Cada um deve ter a preocupação de agradar o outro. Muitas são as atitudes que poderão ser tomadas pelos casais para desenvolverem uma vida sexual harmoniosa como: o marido preparar a mulher, tanto o coração como o corCM400

Na relação seXl.Aal do casal, a doação não é somente fisica, mas um ato de amor, onde cada um faz a entrega de si ao outro.

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po, para que haja uma verdadeira sincronia entre os dois, ocasionando uma relação de prazer para ambos. É necessário que a mulher tenha confiança em si própria e no marido para tomar algumas iniciativas que levem a uma relação harmoniosa que satisfaça e realize os dois. Os dois precisam conversar para que as relações sexuais sejam verdadeiros momentos de encontro e comunhão com Deus e com o próximo que está em nossos braços. Também lembrar que o ato sexual não é tudo na vida conjugal e que há outras maneiras de se expressar o amor na vida do casal. O casal cristão que conhece este estado de graça conjugal certamente se alimenta da Palavra de Deus e do Pão Eucarístico e encontra em sua vida conjugal um caminho de santidade. Louvado seja Deus!

Teresinha e Agostinho CR Província Sul II 5


SENDO IGREJA, PRECISAMOS CONHECER SEMPRE MELHOR O CRISTO! Em meus artigos anteriores, propus algumas reflexões sobre Cristo, partindo sobretudo do Novo Testamento. Mas também é necessário assinalar o caminho que o tema "Jesus" percorreu através das culturas, ao longo da história, até nós. No decorrer dos primeiros séculos, os debates foram freqüentemente apaixonados. Isto permitiu fixar a Tradição da Igreja, especialmente através dos Concílios, os quais tiveram de superar as dificuldades dos gregos em aceitar um legado de tradição hebraica. Para o helenismo, parecia muito difícil reconhecer que o Filho de Deus, transcendente a todas as categorias da nossa condição, tenha se encarnado nas limitações de uma humanidade semelhante à nossa. A tentação de Ário foi considerar Cristo como um "deus de segunda classe", um deus inferior. A este erro o Concílio de Nicéia (ano 325) reage e afirma que Jesus de Nazaré é o próprio Verbo eterno do Pai, o Filho consubstancial ao Pai. Em seqüência, o Concílio de Éfeso (431) declara que o Verbo de Deus realmente assumiu ele próprio nascer de uma mulher, o que os Padres da Igreja confirmam, honrando a VIrgem Maria com o título de Mãe de Deus. Nossos antepassados, contudo, continuaram discutindo. É então que o Concílio de Calcedônia (451) avança para uma etapa importante: Em resumo, o 6

Concílio declara que Cristo é uma só e mesma pessoa em duas naturezas. A natureza divina não se confunde com a natureza humana. Mas na pessoa de Cristo não há divisão entre sua autêntica humanidade e a divindade de Filho de Deus. A presença plena de Deus na humanidade de Jesus faz dele nosso Salvador e aquele que nos permite participar da vida divina. O que eu acabei de relembrar em poucas linhas constitui a base, sempre reafirmada, de nossa fé no Cristo vivo, presente em nossas vidas. Saltando os séculos, porém, percebemos que surgiram dificuldades novas. Hoje, com o enfraquecimento do sentido de pecado, muitos não sentem mais necessidade de serem salvos, pois isto seria contrariar a autonomia da pessoa que pretende ser, só ela, juíza dos próprios atos ... Outros têm dificuldade de admitir que Cristo seja o único mediador da salvação para a humanidade, a qual conhece experiências espirituais tão diversas, dum continente ao outro. CM 400


Não nos deixemos enganar nem desviar. Temos que meditar a fé tal qual os Padres da Igreja nô-la têm transmitido através do Credo, que rezamos todos os domingos e que é comum a todos os cristãos, se quisermos captar melhor o seu sentido. Retornemos ao tema "Jesus": Quem dizeis vós que eu sou? Nós respondemos a esta pergunta a partir da fé que nos foi transmitida, com o diálogo entre a Escritura e a linguagem de nosso tempo e, sobretudo, com a experiência de comunhão da Igreja, Corpo de Cristo, da qual a partilha espiritual das Equipes é uma demonstração. Respondemos com a contemplação da pessoa viva do Ressuscitado e com o encontro,

coração a coração, na Eucaristia. Feitas essas breves sugestões para o nosso conhecimento de Jesus Cristo, deixo São Paulo concluir: "Deus nos salvou e nos chamou para a santidade, não devido às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio e graça. Esta graça nos tem sido dada em Cristo Jesus antes de todos os séculos e se manifestou agora na aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele destruiu a morte e fez irradiar luz de vida e imortalidade pelo Evangelho. Deste Evangelho fui constituído arauto, apóstolo e doutor dos gentios" (2Tm I, 9-11).

Mons. François Fleischmann SCE ERI

AS EQUlPES SATÉllTES As Equipes Satélites surgiram no encontro do Colegiada Internacional de Dickinson, em julho de 2001, por proposição da ERI, após aprovação do mesmo Colegiada, com a fmalidade de aprofundar os carismas específicos de nosso Movimento. Com efeito, o crescimento do Movimento em numerosos países do mundo obriga a acompanhar os modos de viver a fé e, em particular, os métodos das ENS, de acordo com as diferentes realidades locais. Este acompanhamento, que não pode mais ser feito somente pela ERI e pelo conjunto dos responsáveis pelos países, que se reencontram cada ano em Colegiada, deve promover o caminho CM400

proposto pelas ENS e garantir a unidade, sem cair em uma uniformidade estática e estéril. As Equipes Satélites são a resposta a esta exigência e, ao mesmo tempo, são sinal da vontade do Movimento de realizar plenamente a comunhão entre todos e manter um verdadeiro espírito de colegialidade e internacionalidade. As 5 Equipes Satélites (Comunicação, Formação, Missão, Pedagogia, Pesquisa e Reflexão) são constituídas de 4 a 5 casais e de 1 conselheiro espiritual. Os membros da totalidade dessas equipes provêm de 15 diferentes países. A ligação destas Equipes foi confiada a nós, Cario e Maria Carla 7


Volpini, com exceção da Equipe Comunicação, que está ligada diretamente ao Secretariado Internacional. Cada Equipe tem um programa de trabalho e objetivos específicos. Os casais se encontram uma vez ao ano. E, no resto do tempo, trabalham usando o computador e o correio eletrônico. Elaboram documentos que são, em seguida, encaminhados à ERI, garantia de unidade do Movimento. Depois de 4 anos de existência, eis suas principais realizações:

Equipe Comunicação: Ela tem trabalhado principalmente sobre a identidade do Movimento. Como prioridade, definiu um novo logotipo que será comum a todos os países. Os princípios deste logotipo foram adotados pelos regionais do mundo inteiro no seu encontro de Roma, em janeiro de 2003. O lançamento oficial terá lugar no encontro internacional de Lourdes, em 2006. Trabalhou também sobre o site que foi inteiramente modificado (www.equipes-notredame.com) e sobre a definição de articulação dos sites entre si. A Equipe trabalha igualmente sobre os suportes de comunicação destinados ao uso internacional: livretos de apresentação, manual de ligação ... Trata-se de utilizar as novas técnicas para dar uma melhor visualização e uma apresentação que seja acessível a todos os que fazem parte do Movimento das ENS. Equipe Formação: Esta Equipe elaborou um guia para o Casal Responsável de Setor. Este documento foi entregue 8

aos responsáveis na reunião do Colegiada do Rio Uulho de 2004). Ele deve ser acolhido por todos como um texto de referência fundamental para o serviço do CRS. A Equipe trabalha atualmente sobre um dossiê para o Casal Responsável de Região, com base nos documentos já existentes nos diversos países. O último objetivo é o de preparar um roteiro de formação para casais jovens.

Equipe Missão: A Equipe Missão tem refletido sobre o tema casal em missão. Os assuntos examinados são numerosos: a missão em casal, casais missionários e a farm1ia, a missão nas equipes, a missão na Igreja, a missão no mundo. É necessário ainda tratar a questão do modo de expansão e difusão do Movimento, oferecendo uma reflexão sobre o difícil tema do "casamento sacramental e não sacramental", com a contribuição dos trabalhos sobre este tema e do debate que terá lugar no próximo Colegiada, em julho de 2005. O documento final será muito útil nos tempos que estão por vir, porque CM 400


nós, equipistas, somos chamados a viver nossa fé e nosso engajamento no mundo e na história.

Equipe Pedagogia: Esta Equipe trabalhou o tema "Pilotagem", depois de ter efetuado uma sondagem junto às SuperRegiões e Regiões do mundo sobre quatro assuntos: o casal piloto, a informação, a linguagem, a inserção no Movimento. A Equipe elaborou "fichas" a serem utilizadas em todos os países do mundo, as quais contêm uma parte obrigatória, onde apresenta o significado e o valor de cada etapa do método das ENS, e uma segunda, facultativa, a qual pode ser adaptada às diferentes experiências locais. A Equipe trabalha atualmente sobre um esboço de Sessão de Formação "Equipes Novas " , que tem por objetivo retomar todos os pontos fundamentais do método das ENS e de introduzir a nova equipe na vida do Movimento. Equipe Pesquisa e Reflexão: Durante quase um ano, esta Equipe trabalhou na preparação de uma enquete junto aos equipistas do mundo inteiro, enquete que a ERI havia sugerido, para conhecer a situação do Movimento nos mais diferentes níveis. Os custos deste projeto se revelaram muito grandes e o Colegiada de Roma/2003 não julgou oportuno prosseguir nesta direção. A Equipe assumiu em seguida um outro objetivo: a realização de um tema de estudo sobre "Cristo, centro da vida do cristão ". Este CM400

projeto está concluído, mas não foi completamente revisado e traduzido. Começou também uma reflexão sobre os Sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia, pois parece que devem ser renovados a compreensão e o lugar destes sacramentos na vida de alguns equipistas do mundo. A idéia de dar vida a estas Equipes de serviço foi certamente uma intuição forte, por diversos motivos: • reforçar o sentimento de pertença ao Movimento, desenvolvendo uma prática de trabalho em colegialidade; • favorecer a participação dos casais do Movimento através da contribuição de suas idéias e trabalho. • ajudar a ERI a ter sempre presente a voz de todos os casais equipistas; • permitir a difusão de idéias e pensamentos que conferem dinamismo a todo o Movimento; • ajudar os casais que estão "em serviço" a aprender um método de trabalho. É importante, pois, manter esta experiência, resultado de uma caminhada em espírito de colegialidade internacional e que, todavia, exige grande energia em todos os níveis. O compromisso de todos nós equipistas não é de ficar só olhando ou observando de longe o trabalho destas Equipes Satélites, mas sim de nos empenharmos em manifestar o desejo de que a caminhada profética do nosso Movimento não pare.

Cario e Maria Carla Volpini Casal Membro da ERI 9


POR QUE UM ENCONTRO 1NTERNAC10NAL DAS ENS? Lourdes zoo6 Caros amigos,

É realmente ainda necessário propor a pergunta sobre a razão de ser de um grande encontro internacional das ENS? Para os equipistas que participaram de encontros anteriores, a pergunta não é mais necessária. Vamos interrogá-los assim mesmo. Eles podem ser encontrados em nossa própria equipe, ou em nosso setor, perto de nós. Vamos interpelá-los. "Eu não gosto de grandes grupos. Detesto as multidões. Sofro de agorafobia (medo de estar em lugares amplos, públicos, com muita gente - nota da CM). E, depois, para que tanta despesa?" Mas nós insistimos: "É necessário vocês irem. Temos necessidade de vocês para a animação espiritual no trem que conduzirá os equipistas para Roma, pois nós, com muito pesar, temos que renunciar a participar do encontro pela necessidade de repouso obrigatório devido à gravidez". E eles partiram, muito a contragosto, conforme nos disseram. Depois disto, não faltaram a um encontro sequer, organizando eles mesmos peregrinações e retiros.

Uma tradição - O encontro se tornou uma tradição. A cada 6 anos acontece um encontro internacional para todos os equipistas do mundo: Roma, Lourdes, Fátima, Compos10

tela. Sempre com o mesmo entusiasmo, casais de todos os continentes deixaram seu ninho familiar, os filhos, profissão, compromissos, algum parente doente ... Muitas vezes, como diziam nossos amigos, com "sapatos cheios de chumbo"! E retornaram com o coração cheio de alegria, dando graças pelos equipistas que reencontraram, irmãs e irmãos que não falavam a mesma língua, mas dos quais se sentiram tão próximos, conseguindo comunicarse, apesar de tudo, de coração a coração, por gestos ou por algumas palavras. Nós temos um genro surdo-mudo e podemos afirmar, por experiência própria, que, quando queremos realmente nos comunicar, há sempre um meio de fazê-lo.

Uma grande família internacional - E, depois, não pertencemos nós a uma grande e única farru1ia? De Santiago do Chile a Sidney, passando por São Paulo, Varsóvia, Beirute, ou ainda por Yaoundé, os casais vivem os mesmos carismas das Equipes, com a mesma intensidade, as mesmas alegrias, as mesmas dificuldades e aflições. Cada um, portanto, se manifesta com sua própria cultura, sua especificidade, sua inventividade ... Que belo presente esta brisa africana nos traz através do testemunho de um casal de Togo, que explica que os esposos que se vestem da mesma forma são sinal CM 400


da unicidade do casal, da fidelidade conjugal. Ou ainda aquele conselheiro espiritual que, retomando conosco, nos confessa como a equipe e o testemunho de fidelidade mútua dos esposos o ajudaram a reencontrar a fidelidade ao seu sacerdócio.

Uma farm1ia que partilha uma herança espiritual comum - Um grande encontro das ENS é tudo isto. Mas é muito mais. É partilhar um forte sentimento de pertença a uma grande fanu1ia, cujos membros, (mais de 105 mil no mundo) partilham a herança espiritual recebida de um pequeno grupo de casais que se formou em volta do Pe. Caffarel, há mais de 50 anos, e que foi enriquecida no decorrer do tempo. Uma fanu1ia, na qual as idades estão lado a lado e se completam. Uma fallll1ia cristã, na qual os membros se entreajudam e se carregam mutuamente. Uma fallll1ia que, como toda fallll1ia, corre o risco de se enfraquecer, de se desunir se não se reúne de tempos em tempos para celebrar, para render graças e para simplesmente estar junto.

de encontro é igualmente uma maneira de tomar visíveis as ENS como movimento de cristãos leigos que se inscreve na grande família do Povo de Deus a caminho, a Igreja. Movimento que proclama abertamente sua missão no seio da Igreja, a boa nova para os casais cristãos desejosos de viver plenamente seu sacramento do Matrimônio e de ajudar-se mutuamente a realizar este objetivo.

Um alimento espiritual e uma renovação - Um grande encontro internacional quer também nos alimentar espiritualmente, através de conferências específicas e de alto nível, assim como uma renovação do entusiasmo pela nossa vida de equipe de base, através da partilha na equipe ali formada.

Um apelo pessoal - É um grande

contro que é também grande oportunidade para a fraternidade e a solidariedade, pois uma parte do preço da inscrição é destinada à solidariedade em favor daqueles em cujo país de origem um apelo a essa solidariedade seria difícil ou mesmo impossível.

encontro internacional... e muito mais. Mas, para saber, é preciso participar, pois cada uma e cada um de nós encontrará lá suas próprias graças, já que o Senhor as dispensa a cada um individual e pessoalmente. Ele nos chama. Basta-nos dizer "sim", desatar as amarras de nossas certezas, abrir nosso coração aos imprevistos de Deus e deixar-nos conduzir por Ele. O resto virá por acréscimo. Vamos, então, pôr-nos a caminho desde agora. Abraçamos a todos calorosamente e desde já nos alegramos com a certeza de reencontrá-los em Lourdes daqui a um pouco mais de um ano.

Um Movimento de Leigos a serviço do Povo de Deus - Um gran-

Priscilla e Jean-Louis Simonis Casal Membro da ERI

Um momento de fraternidade e de solidariedade- Um grande en-

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VJSlTA PASTORAL À PROVÍNCIA NORDESTE Queridos e amados irmãos: É com imensa alegria que a Equipe da Super-Região une-se a todos vós que nos acolhem fervorosamente nesta Visita Pastoral. Somos gratos pela oportunidade de juntos celebrarmos e experimentarmos mais um ato da misericórdia divina presente no mistério da Santa Eucaristia. Transmitam a cada casal, a cada sacerdote e a cada conselheiro espiritual que não puderam estar conosco neste evento a nossa saudação e a nossa gratidão pela experiência viva de comunhão cristã aqui vivenciada. Por que a Visita Pastoral? Porque sentiu-se necessidade de aprofundar a comunicação realizada no Movimento através dos diversos níveis de responsabilidade e dos meios de comunicação disponíveis. Para tal, a Equipe da Super-Região, considerando a expansão do Movimento, as dimensões e a diversidade cultural das várias regiões geográficas do Brasil, estabeleceu para si própria o 12

objetivo de "aproximar-se um pouco mais das suas equipes de base". Com essa finalidade, elegemos a cada ano uma Província para ser visitada e Já realizamos uma das reuniões da Equipe da Super-Região. Durante o fim de semana, interrompemos a reunião de trabalho para termos uma convivência fraterna com os equipistas locais. Participamos juntos de uma celebração eucarística e de uma confraternização. Nesse encontro, procuramos nos dar a conhecer, trocar experiênZcias, descobrir necessidades, animar e acolher o entusiasmo dos irmãos de caminhada. Hoje, estamos em Recife para vermos de perto o "fogo" que anima a Província Nordeste, que incendeia os corações deste povo alegre e profundamente religioso, cujo caráter sintetiza toda a riqueza com que Deus ornou o caráter da nossa gente. Para entendermos melhor o enCM400


tusiasmo que anima a vida dos equipistas nordestinos, lançamos o olhar para a história regional e descobrimos que o mesmo fogo já tinha aportado nos corações convertidos da gente desta terra desde longa data. Aqui, pertinho de Recife, em Palmares, tivemos o mais importante ajuntamento de quilombos do período colonial, centro de resistência de milhares de escravos negros e mulatos fugidos na busca da libertação. Aqui também tivemos um dos focos de irradiação da luta abolicionista que no Brasil viria concretizarse no final do século XIX. Na luta contra os invasores holandeses (1630/1654 ), coroada na Insurreição Pemambucana de 1645, o povo nordestino, em especial o pernambucano, já manifestava os valores cristãos, que viriam mais tarde colaborar na formação do sentimento nacional e no fortalecimento do espírito de brasilidade. Este mesmo traço esteve presente na busca da autonomia polítifa do Brasil-Colônia que conformaria o Estado brasileiro: Guerra dos Mascates, Revolução Pemambucana de 1817, a Confederação do Equador de 1824 (lembramos aqui a presença marcante do irmão, líder, mártir, carmelita Frei Caneca) e a Revolta Praieira. Na verdade, trata-se de um "fogo" que transcende a nós e a nossa história. É o fogo do Espírito que ilumina, aquece e purifica o amor conjugal, fortalece a fé dos cônjuges e, mesmo na fraqueza, os toma fortes, incansáveis e fiéis. É um fogo que gera uma nova imagem de Deus nos corações dos casais, dando-lhes CM400

coragem para buscar a santificação conjugal, viver a solidariedade na família, levar a paz aos que sofrem, dispondo-os a lutar por um mundo melhor e, principalmente, fazer nascer nos rostos que encontram um só riso

alegre pela certeza da vitória na vida sem fim, vivida no Cristo Ressuscitado. Por isso, o Movimento expandese com tanta facilidade nesta Província. A cada dois anos nasce um número de novas equipes correspondente às existentes na Região Pernambuco I I Alagoas (a maior do Nordeste). Essa expansão gera uma profunda alegria em todos nós, pois renova e rejuvenesce o Movimento, dando-lhe "filhos novos". Ao mesmo tempo, é também motivo de atenção especial, pois cabe aos Quadros manter o Movimento na Unidade e conduzir os seus membros a melhor conhecer e viver a espiritualidade conjugal. Quando um grupo de casais unese comunitariamente, formando uma Equipe de Nossa Senhora, aqui ou em qualquer lugar do Brasil, a Equipe da Super-Região experimenta a 13


sensação plena da sua responsabilidade. Ao acolhermos urna nova equipe, assumimos o compromisso de ajudar seus membros a caminhar, confiados em Deus, na busca da santificação no e através do Matrimônio. O mesmo sentimento invade os corações dos casais e sacerdote da Equipe da Província, da Região e do Setor onde nasce uma equipe. Afinal, esse é o serviço que prestamos, esse é o compromisso dos Quadros com os casais, com o Movimento e com a Igreja. Somos protagonistas e testemunhas de uma transição cultural impressionante. Somos também testemunhas de que a Providência de Deus quis responder a este desafio enfrentado pelas fanu1ias do nosso tempo com uma inundação de carismas. Entre eles, o nosso. Necessitamos ter presente que a espiritualidade conjugal, como qualquer outro carisma, não é uma invenção humana, mas fruto da ação do Espírito Santo, que oferece um itinerário de fé e de testemunho aos casais cristãos em beneficio da Igreja e da humanidade. Para nos mantermos em sintonia, para nos mantermos atentos, abertos à ação do Espírito, somos convidados a utilizar uma pedagogia própria (orientações de vida, pontos concretos de esforço e vida de equipe) destinada a todos os equipistas de igual forma, sejam eles novos ou antigos; exerçam responsabilidade no Movimento ou não; sejam do Norte ou do Sul, do Leste e do Oeste, do Centro ou do Nordeste. Ninguém tem o direito de assen14

tar-se no "status" alcançado para descansar à sombra da árvore. Somos todos enviados a trabalhar na vinha do Senhor: "Ide também vós para a minha vinha" (Mt 20, 34). Necessitamos ainda ter em conta que carisma e esforço se complementam. Só alcançaremos os fins a que nos propusemos se cada casal equipista aceitar e viver sem reticências a pedagogia do Movimento, que se expressa na abertura à Espiritualidade Conjugal, no empenho em vivenciar os PCE, na ajuda-mútua e no testemunho. Compreendendo melhor o serviço da Equipe da Super-Região vocês poderão prosseguir com mais segurança a caminhada no Movimento. Por outro lado, o compromisso com a pedagogia mostrará a disposição que têm de se abrirem à ação do Espírito, que nos quer ligados às intuições originais para manter a juventude das nossas equipes e desencadear correntes de santidade conjugal pelas famílias do nosso Brasil. Que possamos sempre contar com a ajuda intercessora de Maria em nossa caminhada para Deus. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Graça e Roberto - CRSR (Palavras proferidas em Recife, no dia 9-4-2005. Graça e Roberto também falaram aos irmãos das Regiões Paraíba e Rio Grande do Norte, nas celebrações eucarísticas em João Pessoa e Natal, nos dias 11 e 12, respectivamente). CM400


PROVÍNCIA NORDESTE EM FESTA "É necessário que eu anuncie a boa nova do Reino de Deus também às outras cidades, pois essa é a minha missão" (Lc4,43). Foi com esse espírito que os casais da Super-Região Brasil saíram de suas cidades, desinstalando-se, e vieram presentear-nos com sua presença fraterna e carinhosa. A Província Nordeste, representada pelas regiões PE IIAL, PE II, PB e RN, já que não havia possibilidade de as demais - CE, BA/SE e MA/PI - se fazerem presentes, considerando a distância, vi veu um enamoramento de cinco dias com Frei Avelino (SCE-SR) e com os casais Graça e Roberto (Super-Região Brasil), Eunice e Milton (Tesouraria/Secretaria), Graciete e Gambim (Carta Mensal), Rosa e Paulo (Comunicação Externa), Sheila e Francisco (Província Sul I), Teresinha e Agostinho (Prov. Sul II), Ângela e Luís (Prov. Sul III), Roque sem Josefina (Prov. Leste), Rita e José Adolfo (Prov. Centro-Oeste), Nazira e João Paulo (Prov. Norte) e Cida e Raimundo (Prov. Nordeste). Nossos hóspedes se mostravam encantados com tanta animação, espontaneidade e acolhimento dos casais nordestinos, e agradeciam o tempo todo. Entretanto, nós é que CM 400

agradecemos a disponibilidade de todos aqueles casais e de Frei Avelino que, por um período não tão curto, deixaram seus afazeres e seguiram a voz de Cristo: "Depois disso, designou o Senhor ainda setenta e dois outros discípulos e mandou-os, dois a dois (o casal), adiante de si, por todas as cidades e lugares para onde ele tinha de ir. (... ) Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que vos servirem". (Lc 10, 1.8). E foi isso que

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aconteceu. Mas o cansaço era visível! Contudo, a Super-Região, exalando humildade e simplicidade, se mostrava forte, feliz e grata pelo carinho dos "fogosos" nordestinos. Depois dessa visita pastoral, com certeza, a Província não será mais a mesma. Deixou-se "incendiar" pelo calor do Brasil! Amados irmãos, em nome de todos os casais da Província Nordeste, dizer muito obrigado é pouquíííís-

sirno, levando-se em conta a riqueza que aqui vocês nos deixaram: ânimo, fé, envolvimento, unidade, compromisso, fraternidade ... Tudo isso com um único propósito: de

Recebemos aqui no Nordeste, no Recife, a visita da Equipe da SuperRegião das ENS no Brasil: Graça e Roberto, Casal Responsável; Frei Avelino, SCE, os Casais Apoio da SR, todos os Casais Provinciais, e Maria Regina e Carlos Eduardo, Casal Membro da ERl. Os setores do Recife, Jaboatão e Olinda, sob a orientação de Lúcia e Alcindo, CRR, prepararam com muito carinho uma celebração simples e muito bonita no Auditório do Colégio Damas da Instrução Cristã. Auditório cheio, muita alegria, tambÇm a presença de equipistas de

Maceió, Chã Grande, Surubirn, Caruaru, Região Pernambuco II, e a possibilidade de rever os amigos e conhecer de perto gente muito especial, "de carne e osso", que só co-

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SERMOS PERFEITOS NA UNIDADE! (Jo 17, 23). Que a Virgem Maria os proteja sempre!

Cida e Raimundo CR da Província Nordeste

Maria Regina e Carlos Eduardo CM 400


nhecíamos através Equipes esperavam da Carta Mensal. dos equipistas e das Calor... Muito casuas expectativas lor! Pudera, para a sobre as responsabinossa Região foi deslidades que deveritinada a cor vermeam ser assumidas lha, a cor do fogo, do por todos nós, desentusiasmo e isto pediram-se, pois aintudo não faltou. Cada havia para eles Lúcia e Alcindo lor interno e externo. muito trabalho pela A Missa, concelebrada por SCE frente no dia seguinte, na reunião que de várias equipes, foi presidida por desenvolviam na Casa de Retiros Frei Evilásio, SCE Regional, que fez São José, em Olinda. uma belíssima homilia sobre os discíHouve ainda uma grande confrapulos de Emaús. ternização com os tradicionais doOs visitantes usavam camisas da cinhos, salgadinhos e refrigerantes, cor das suas Províncias, o que pro- muito bem vindos para refrescar-nos porcionou uma visão colorida e ale- junto com a chuva que começara a cair. gre desde a entrada em procissão. Para nós, particularmente, estes No canto, a alegria do violonista momentos foram preciosos, pois e de nossos cantores equipistas, jo- permitiram que nos lembrássemos vens e menos jovens, que motiva- com saudade dos companheiros da vam todos a cantar, louvando a Deus "velha-guarda", que conhecemos há e agradecendo aqueles momentos. muitos anos e que sabemos que ainApós a Missa, os casais visitantes da estão na ativa. nos fizeram uma surpresa: projetaram Lembramo-nos com tristeza daimagens que abordavam flashes queles que começaram conosco e lindíssimos de cada Região do Brasil, que já se foram e também daqueles com detalhes sobre número de Se- que preferiram tentar outros camitores, Equipes, Casais, etc ... Cada nhos e estão perdendo as maravilhas Região com sua música própria, dan- das Equipes de Nossa Senhora. do um toque de como é bonita e variaCabe ainda relatar a alegria de da a nossa música brasileira. Socorrinho do Almeida, nosso queNós também preparamos uma sur- rido CR Setor B/Recife, que ficou presa para eles. Representantes do radiante quando encontrou-se com "Ballet Popular do Recife" deram um Graciete, da Carta Mensal, que é tão show ao vivo, cantando e mostrando pequenina quanto ela ... danças regionais características do Pena para quem não foi . Valeu Nordeste: Frevo, Caboclinhos, Mara- participar deste evento tão especial catu, Índios, Ciranda, Côco etc ... de confraternização. Após a apresentação de todos os Casais visitantes, que falaram do seu Maria Lúcia e Plínio amor pelo Movimento, do que as Eq 02 - Se to r "A" Recife

o

CM400

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"COMO SÃO BELOS OS PÉS DOS MENSAGElROS .... " Liderados por um Frei Carmelita Descalço, o SCE/SR, Frei Avelino, os casais da Super-Região, aproveitando a realização da visita Pastoral à Província Nordeste, estenderam um pouco mais o serviço e presentearam a Região Paraíba com uma rápida, porém marcante visita. Graça e Roberto e sua Equipe foram acolhidos com muita alegria e amor pelos casais de João Pessoa (setores A e B), pelo pré Setor da cidade de Salgado de São Félix (a 110 km de João Pessoa) e um representante dos setores de Santa Luzia (distante 280 km). Na noite do dia 11, houve uma Celebração Eucarística, presidida pelo Padre Miguel Batista, SCE da Região, concelebrada pelos SCE Frei Avelino, Pe. Edvaldo (Setor A de João Pessoa) e Pe. Waldemir (Setor B de João Pessoa). A alegria da visita reluzia nos olhos dos equipistas presentes. Cada aperto de mão, ca-

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da abraço, cada carinho, era como se fosse o reconhecimento da presença do Cristo ressuscitado no nosso meio. Destacamos a presença da Irmã Margarida, representando os Conselheiros que não puderam estar presentes. Após a missa, foi servido um jantar na residência de Gina e Alberto (3-B), onde os Casais Provinciais e os Conselheiros puderam compartilhar músicas, canções e a famosa e tradicional muvuca da Parafba (danças e coreografias dos equipistas).

CM 400


No dia 12, pela manhã, os visitantes conheceram conosco os principais pontos turísticos de João Pessoa, destacando-se a parte histórica da cidade, com suas belas igrejas coloniais e o seu litoral. Somos imensamente gratos a todos da Super Região, que com seu exemplo de humildade, serviço, doação e abnegação se dispuseram a nos visitar. Jamais esqueceremos aquelas poucas, mas memoráveis horas de confraternização. Gestos como este nos fazem amar cada vez mais o nosso Movimento. Realmente fi-

camas certos de que o Espírito Santo se faz presente no serviço e na vida destes casais e isso fortalece a nossa fé e o nosso compromisso. Obrigado Senhor! Obrigado Super-Região. Nossa Região depois destes momentos está mais animada e pedimos a Nossa Senhora das Neves, Padroeira de João Pessoa, que os acompanhe sempre em sua carninhada, ".... anunciando a paz". Com muito amor,

Jussara e Daniel CR Região Paraíba

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- VlSlTA A REGlAO SUPER-REGlAO RlO GRANDE DO NORTE As ENS de Natal, capital doestado do Rio Grande do Norte, acolheram com carinho durante dois dias a Equipe da Super-Região Brasil. Os casais visitantes foram recebidos ainda na chegada do microônibus, vindos de João Pessoa, com

Dalva e Paulo

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o cântico do "Magnificat". Após se instalarem nas residências dos casais acolhedores, foram conduzidos por estes à Catedral Metropolitana para, sob a proteção de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira da cidade, participarem da Celebração Eucarística, ao lado de dezenas de outros casais equipistas que vestiam camisetas vermelhas com a logomarca do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, cor estarepresentativa da Província Nordeste. A missa foi concelebrada pelos Sacerdotes Pe. Frei Avelino Pertile, SCE/SR, Pe. Sílvio e Pe. Paulo Henrique, SCE dos Setores B e C de Natal, e presidida pelo SCE da Região Rio Grande do Norte, Pe. José Nazareno Vieira da Nóbrega. 19


Na homilia, Frei Avelino lembrou a todos a importância do carisma do Movimento das Equipes de Nossa Senhora e a necessidade da prática dos Pontos Concretos de Esforço para o aperfeiçoamento espiritual dos casais, não esquecendo de salientar a reflexão sobre sexualidade e abnegação, tema de estudo para o corrente ano. Antes da bênção final foi feita a apresentação de cada casal membro da Super-Região, tendo à frente o CRSR, Graça e Roberto. De surpresa, chegou o arcebispo metropolitano de Natal, Dom Matias Patrício, acompanhado pelo SCE do Setor A e Vicário Urbano Episcopal, Pe. Camilo Robério. Após ser apresentado aos visitantes da SR, Dom Matias se dirigiu a todos os casais equipistas, afirmando que as Equipes de Nossa Senhora eram sempre bem vindas à Arquidiocese, uma vez que comungavam do mesmo espírito cristão e buscavam os mesmos objetivos da Igreja: a união e a valorização da farru1ia na sociedade. Após a missa, a Equipe da Super-Região foi recebida com um lanche de confraternização no Salão da Paróquia Nossa Senhora das Graças e Santa Terezinha pelos casais acolhedores

III

e pelo CRR, Dalva e Paulo. No dia seguinte, após cumprir um roteiro de visita pelos principais pontos históricos e turisticos da capital potiguar, incluindo "o maior cajueiro do mundo" na praia de Pirangi, houve um almoço de despedida no restaurante regional "Paçoca do Pilão", com o retomo dos visitantes a João Pessoa/PB e às cidades de origem.

Ruth Helena e Nicolau Eq.A-2 - N. S. Auxiliadora Natal/RN


SEXUAllDADE CAMlNHO PARA A SANTIDADE A sexualidade evolui, amaduO casal cristão, ápice da criação divina, vivendo o seu amor conjugal, é rece, manifesta-se em atração pelo chamado a testemunhar Deus Amor, outro. No casamento, leva marido e num mundo ferido, conturbado, hostil e mulher a experimentarem um novo angustiado. Por isso, precisa avançar tempo de amor em todas as etapas com fidelidade. Tem a missão de mos- e circunstâncias da vida. A sexualidade proporciona que trar à sociedade que o casamento é esposo e esposa sejam um para o ouum caminho de santidade e felicidade. Refletir sobre a sexualidade aju- tro como que o milagre de cada dia, dará os casais a viverem melhor o no dom recíproco de encantar, namorar, cativar, doar-se ... seu casamento. Viver bem a sexuDeus ao criar o hoalidade inclui a abnemem e a mulher os marRefletir sobre gação, que possibilita cou com a sexualidade a sexualidade ao casal viver o carimasculina e feminina, nho com respeito, compara se completarem ajudará preensão, amizade e fi"numa só carne", isto é, delidade, mesmo que para viverem completa os casais as circunstâncias imcomunhão física, psíquia viverem possibilitem a prática ca e espiritual. A sexuado sexo conjugal. lidade é inerente à pesmelhor o seu É com a sexualidasoa humana. Por isso os de que se aprende a lincasais precisam refletir casamento. guagem de um olhar, de sobre ela, para superar um aperto de mão, de preconceitos do homem em relação à mulher e da mulher em um sorriso, de um afago, de um estar relação ao homem e de ambos em re- lado a lado, de um ombro amigo. Uma sexualidade madura dá ao lação ao sexo. Nos casados, as sexualidades do homem e da mulher comple- casal segurança para testemunhar mentam-se espiritual, psíquica e fisica- o amor aos filhos, pelos gestos de mente e têm seu ápice na conjunção ternura de um para com o outro, carnal, esta como expressão do amor, para que eles aprendam o amor vientrega total um ao outro e, como tal, vido no lar pelos pais. O casal que vive sua sexualidade meio de santificação do casal. Sexualidade, com ela se nasce testemunhará o amor e levará outros e com ela se é descido ao túmulo. casais a buscar também serem felizes. Sexualidade não se restringe ao Dóris e Adalberto Braga encontro sexual, antes está presente Eq. N. S. de Fátima- Jaú/SP em todos os atos da vida das pessoas. CM400

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CARTA MENSAL CHEGA AO NÚMERO 400 Um pouco de História Como tudo nas Equipes de Nossa Senhora, a Carta Mensal surgiu para responder a necessidades do Movimento. Em outubro de 1942, com a finalidade de orientar e manter cantata com as equipes que se formavam no interior da França, foi editado o primeiro boletim "Carta aos Casais Jovens", sucedido em 1944 pelarevista Foyers (Lares). Em 1945, é editada Lettre du Móis destinada especificamente para os Groupes Notre Dame des Foyers (Grupos Nossa Senhora dos Lares). Além

:-l.ETTRE MENSUELLE DES EQUIPES NOTRE-DAME

I

lle Dsuel VIl•• eer.ie , n.•} D4cnbr e 195ii!

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de orientações, trazia testemunhos e experiências dos casais. A Carta (Estatutos) de 1947, que oficializa o Movimento, estatui como obrigação de todo equipista ler pelo menos o "Editorial" da Carta Mensal (ou seja, as orientações da Equipe Dirigente, geralmente escritas então pelo Pe. Caffarel). Este documento fundacional diz: "A Carta Mensal, endereçada a cada casal, estabelece e mantém esta dupla ligação vertical e horizontal. Encontram-se nela notícias das equipes, o relato das experiências mais interessantes, o editorial a que já nos referimos, os textos de oração para a reunião mensal, informação etc ... " (Guia, Anexo 1,pág62). O primeiro número da Carta Mensal (Lettre Mensuelle) foi editado em janeiro de 1948. Ao ser criada a primeira equipe no Brasil, com os documentos que lhes eram enviados de Paris, Nancy e Pedro Moncau passaram a também receber a Carta Mensal francesa. "Nos primeiros anos traduziu-se integralmente a Carta francesa". Em 1953, começou-se a introduzir textos produzidos no Brasil. Tudo era feito pelo CM400


Casal Moncau, que fazia a reprodução num precário mimeógrafo. Em 1956 os Moncau buscam a ajuda de uma equipe e em 1957 as Cartas Mensais, além da parte traduzida, já apresentavam testemunhos de equipistas brasileiros e notícias das atividades do Movimento no Brasil. Em 1961, a Carta Mensal passou a ser produzida no Brasil e impressa em formato de livro de bolso, embora ainda com artigos traduzidos da Lettre Mensuelle. No período de 1964 a 1967, foram interrompidas as edições da Carta Mensal, para publicação da "Carta Mensal - Equipes Novas", nas quais também eram publicadas notícias do Movimento e testemunhos de equipistas. (Dados colhidos em: Missão do Casal Cristão, de Pe. Caffarel; Um Homem Arrebatado por Deus, de

Jean Allemand; e ENS, Ensaio sobre seu Histórico, de Nancy Cajado Moncau). Até 1988, a numeração da Carta tinha início a cada ano, passando a ser seqüenciada a partir de 1989, com a edição no 253. A atual Equipe da Carta Mensal reza para que o Espírito Santo ilumine a cada membro da Equipe e a todos os que enviam matérias para publicação, a fim de que ela continue sendo sempre ''um veículo de comunicação da Super-Região, um instrumento de circulação da 'seiva' do Movimento, visando ao fortalecimento da unidade, seja meio de formação e veículo de notícias de interesse geral do Movimento" (Manual da Formação, pág. 11). Os artigos a seguir dão a conhecer a continuação da história da Carta Mensal.

':ALGUNS" ANOS NA CARTA MENSAL Havíamos deixado a ECIR ao formar-se, em 1969, a "nova" ECIR. Depois de 8 anos no exercício de muitas missões nas Equipes, sentíamos como que um vazio, até que, em 1970, Esther e Marcello, responsáveis pela ECIR, convidaram-nos para trabalhar na Carta Mensal, onde teríamos a oportunidade de colaborar com o nosso conhecimento do Movimento. Um ano depois, assumíamos como CR, sem desconfiar que seria outro trabalho a exigir CM400

muito de nós e isso durante muitos anos, muitos mais do que poderíamos imaginar. Trabalhávamos com uma equipe muito dedicada, que se foi renovando ao longo dos anos, mas cuja missão consistia basicamente em aprovar, reprovar, corrigir os textos recebidos dos Setores, ou escritos ou escolhidos seja por nós, seja por um dos casais, em Cartas de outros países ou em uma ou outra publicação. Eram feitas por nós a escolha 23


definitiva do que iria ser publicado naquele mês e sua seqüência na Carta, a redação das "Notícias dos Setores" e notícias de última hora a serem encaixadas, a paginação, a revisão das provas. Não achávamos a revisão das provas fastidiosa, pelo contrário, era gostoso ver aquilo que montáramos tomar sua forma quase definitiva e que revisávamos minuciosamente, pois fazíamos questão de não deixar passar erros de português, vírgulas fora do lugar etc.; Com o tempo, essa revisão era feita sempre com a ajuda de uma das nossas colaboradoras. As "Notícias dos Setores" davam um pouco de trabalho; fazíamos questão de destacar o apostolado feito pelos equipistas, pois naquele tempo ainda havia muitos bispos que chamavam nosso Movimento de fechado. Por esse mesmo motivo, escrevíamos notas ou artigos sobre acontecimentos da Igreja no Brasil e no mundo, encomendávamos, aos casais que nos ajudavam, entrevistas com um ou outro Movimento, fazíamos resenhas de livros - sempre com o objetivo de abrir horizontes. A certa altura, até resolvemos fazer um inquérito entre os equipistas para sondar seus gostos e suas expectativas. Era duro obter notícias do que acontecia no Movimento, só podía24

mos contar com os boletins dos Setores (que chegavam já com uma certa defasagem de tempo). Com Cidinha e Igar começamos a ser convidados para os encontros anuais de RR, RS e RC, e a partir daí a comunicação melhorou bastante. Já estávamos havia 7 anos com a responsabilidade. Havíamos preparado um casal para nos substituir. Para nossa decepção, chegada a hora, declinaram o convite, e lá se ia a esperança de nos retirarmos ... Ainda bem que continuávamos contando com o Espírito Santo, que nunca deixou de nos inspirar e assistir quando tínhamos uma dúvida e pedíamos que nos socorresse. Como só sairíamos da Carta Mensal tranqüilos se a deixássemos em boas mãos, o jeito era esperar aparecer o casal para nos substituir! E, como Jacó, tivemos que esperar outros 7 anos ... Mas valeu a pena. Finalmente surgiu o casal tão desejado, era o substituto ideal, sob todos os pontos de vista: Peter e Heléne ... Podíamos sair sossegados: em melhores mãos, impossível!

Monique e Gerard Duchêne N. S. do Sim São Paulo/SP CM 400


PA~SOS

NOVOS NAS MAOS DO SENHOR No início de 1985, tendo já completado 25 anos de Movimento e tendo prestado serviço como responsáveis de 2 regiões, recebemos a visita de Cidinha e lgar Fehr, Casal Responsável da ECIR, convidandonos a assumir a responsabilidade pela Carta Mensal. Acabávamos de mudar de São José dos Campos para São Paulo e estávamos numa fase de transição bastante difícil, preparando-nos inclusive para uma viagem meio longa. Assim, pedimos à ECIR um tempo para refletir, para dar nossa resposta após a nossa volta. Devemos confessar também que, conhecendo Gérard e Monique e o magnífico trabalho que vinham fazendo na Carta Mensal, tivemos um certo receio de não sermos qualificados para substituí-los. Mas, tendo tido a oportunidade de conversar durante e depois da viagem e, principalmente, de nos entregarmos nas mãos do Senhor, por intercessão de Maria, nossa Mãe, acabamos aceitando a missão. Os últimos meses de 1985 foram de intensos contatos com Gérard e Monique, cuja atuação passamos a admirar ainda mais. Finalmente, com o primeiro número da Carta de 1986, em março, assumimos a responsabilidade por sua edição. Formamos uma equipe que praticamente nos acompanhou nos oito anos em que ficamos com essa responsabilidade e fixamo-nos alguns objetivos: 1. Fazer da Carta Mensal um insCM400

trumento para a maior unidade do Movimento. 2. Tornar sua leitura ainda mais interessante, fazendo-a cada vez mais "brasileira". 3. Cuidar igualmente da missão de formação e de informação da Carta Mensal. 4. Modernizar a produção gráfica da Carta e baratear o seu custo. Não precisamos dizer que esses objetivos não foram atingidos da noite para o dia e que passamos por um longo processo para chegarmos parcialmente até eles, deixando ainda um bom caminho a ser percorrido por nossos sucessores, Teresa e Carlos Heitor Seabra. Durante aqueles oito anos de nossa missão, tivemos a oportunidade de introduzir muitas novidades e mudanças na busca dos objetivos fixa-


dos. Vivíamos uma época de "vacas magras" no Movimento e tínhamos de fazer economias. Mantivemos sempre as nossas limitações de espaço, não ultrapassando o número de páginas a que tínhamos direito: 32 em 1986 e 87 e 48 depois. Só uma vez saúnos fora: em dezembro de 1988 fizemos um número especial sobre o Encontro Internacional de Lourdes, com 80 páginas! Em três oportunidades, mudamos a capa da Carta: em junho de 86, em agosto de 91 e em abril de 93. Acompanhamos e convivemos com as profundas modificações técnicas na área gráfica ocorridas durante esse período: corremos muito atrás de fotolitos, que praticamente não são mais usados hoje. Internamente, buscamos criar as seções mais adequadas aos objetivos: "Um momento com a Equipe da Carta Mensal", "A ECIR conversa com vocês", "Caminhando com a Igreja", "Vida do Movimento", "Última Página" etc .. Fazíamos uma reunião mensal com a Equipe da Carta, quando discutíamos a pau-

ta dos números seguintes. Ao mesmo tempo em que buscamos fazer a Carta a mais brasileira possível, também procuramos dar cada vez mais a palavra aos casais e aos leigos. Muito nos ajudou nisso o Conselheiro Espiritual da Carta Mensal, Frei Barruel de Lagenest O.P., que mantinha uma estatística e não permitia que houvesse mais matérias de padres do que de leigos! Foram oito anos de muito trabalho, mas também de muitas alegrias e emoções. E como todo serviço, foi uma oportunidade de vivência muito forte. Podemos dizer que nos permitiu conviver com o Movimento todo e perceber, com toda a evidência, a ação viva do Espírito Santo iluminando o caminho das Equipes de Nossa Senhora. Somos muito gratos a Deus por essa oportunidade que nos foi dada e ao Movimento que nos chamou para esse serviço!

Hélene e Peter Eq. N. S. Desterro, 3 I D São Paulo Capital I

APOSENTADOS? No começo do ano de 1986 recebemos um convite de Hélene e Peter Nadas, para que integrássemos a equipe que eles estavam formando para ajudá-los nessa missão. Confessamos que, de início, relutamos um pouco em aceitar o convite, pois após termos exercido muitas missões de serviço no Movimen26

to, já nos sentíamos um tanto "aposentados" no serviço às Equipes de Nossa Senhora. Concluímos, porém, que não poderíamos nos furtar a atender mais este chamado e, assim, passamos a integrar a equipe da Carta Mensal desde o início da "gestão" Hélene e Peter. Foi uma época de alegre e fraterno convívio CM 400


com outros casais que integraram a equipe e com Frei Barruel. Reuníamo-nos todos os meses para avaliar o número anterior da Carta e para preparar a pauta para dali a dois ou três meses, pois era esta a antecedência com que trabalhávamos para dar tempo de reunirmos o material, redigir o que fosse necessário, digitar tudo (no DOS) e encaminhar para impressão em tempo hábil. (Lembremo-nos que naquela época os recursos da informática não eram desenvolvidos como hoje). Em fins de 1993, tivemos a alegria de receber em nossa casa a visita de Beth e Rômolo Protta (então CR da ECIR), para nos convidar a assumir a responsabilidade pela Carta Mensal em substituição a Hélene e Peter. Ponderamos que já vínhamos participando da equipe da Carta Mensal há 8 anos e que talvez fosse hora de uma maior renovação, e pedimos alguns dias para pensar. Após orações e um "dever de sentar-se" especial, resolvemos, a exemplo de Maria, dar o nosso "sim", mais uma vez. A partir daquela ocasião o CR pela Carta Mensal passou a integrar a própria Equipe de Coordenação Inter-Regional (ECIR), objetivando maior sintonia entre a Carta e as diretrizes da Equipe Responsável pelo Movimento no Brasil. Isto nos proporcionou crescimento espiritual pelo convívio fraterno com os casais da ECIR e com CRR e CRS. No âmbito da elaboração propriamente dita da Carta Mensal, além de darmos ênfase às orientações da ECIR, mantivemos praticamente a CM 400

mesma sistemática que vinha sendo adotada pela equipe anterior, procurando cada vez mais publicar matérias de autoria dos próprios equipistas e dos nossos Conselheiros Espirituais, sempre tendo em mente que a Carta Mensal é um "instrumento de comunicação, formação e informação" a serviço dos equipistas. Em nossa equipe pudemos contar com a colaboração de muitos casais que a integraram (alguns se afastaram, outros entraram) e também do Frei Barruel, que permaneceu conosco por algum tempo. Tivemos o privilégio de participar do Encontro Internacional em Fátima, em 1994. Foram momentos de intensa espiritualidade. Ali também, sob forte emoção compartilhada pelos milhares de casais brasileiros presentes, assistimos à cerimônia de posse na ERI de Cidinha e Igar Fehr, primeiro casal brasileiro a assumir a responsabilidade mundial pelo Movimento. Durante o evento participamos de uma reunião dos casais responsáveis pelas Cartas dos 27


vários países que ali se encontravam. Foi uma rara ocasião para uma rica troca de idéias entre os presentes. Pouco antes de nossa partida para Portugal, recebemos o pedido de Frei Barruel para deixar a função de Conselheiro Espiritual da Carta, pois, após quase 9 anos, ele também estava por merecer um "descanso". Maria, porém, jamais abandona os seus filhos. Em Fátima ainda, tivemos a ocasião de nos encontrar com o Padre Flávio Cavalca de Castro, a quem fizemos o convite, prontamente aceito, para que assumisse a missão de SCE da Carta Mensal. Foi mais uma grande graça concedida por Maria naquele seu Santuário. Espiritualmente revigorados, demos prosseguimento ao nosso trabalho com a inestimável e dedicada colaboração dos membros da equipe e do nosso novo Conselheiro Espiritual. Poucas modificações foram feitas em nossa sistemática de trabalho, a não ser na capa, aproveitando um esboço rabiscado por Igar (arquiteto) num in-

tervalo do Encontro Nacional em Itaici, cujo layout era a lombada com os "peixes entrelaçados". Em 1996, após 11 anos de nossa participação, já era tempo de uma renovação e solicitamos a nossa substituição. Assim, em dezembro daquele ano, recebemos a notícia de que Silvia e Francisco (Chico) de Assis Pontes seriam os nossos substitutos. Ficamos extremamente felizes em saber que a Carta Mensal estaria em ótimas mãos. Silvia e Chico tiveram a delicadeza de nos visitar e receber de nossas mãos os arquivos da Carta Mensal. Agradecemos a Deus e a Maria Santíssima por todas as graças recebidas ao longo desses 11 anos, durante os quais tivemos o privilégio de poder estar mais uma vez a serviço do Movimento.

Maria Thereza e Carlos Heitor Seabra Eq. 3 - N. S. Luz dos Povos Setor A - São Paulo Capital II

"BEM SlMPllNHA" Olá, gente amiga!

É normal todos nós nos assustarmos com os convites que nos fazem para assumir determinada missão no Movimento. Mas, com muita transparência, somos obrigados a contar que no nosso caso foi muito mais que um susto. Não queríamos de jeito nenhum e fomos até incisivos com Maria Regina/Carlos 28

Eduardo, então casal responsável do Movimento no Brasil. Dissemos que era uma irresponsabilidade da parte deles entregar a Carta Mensal a quem não tinha o menor perfil nem a menor experiência para esse trabalho. Não esquecemos uma expressão da Maria Regina querendo nos convencer: "façam uma coisa bem simplinha". CM400


Foi assim, deixando que "as coisas simplinhas" fossem transformadas pela força que vem do Senhor que nos entregamos ao serviço, deixando para trás nossos resmungos iniciais. É impossível não sentir que, acima do nosso esforço, do nosso trabalho e, no nosso caso, um grande empenho para superar as limitações, o que realmente conta é a graça de Deus. Já na formação da equipe encontramos irmãos verdadeiros, comprometidos, interessados. Não queremos fazer comparações, nem haveria como fazê-lo , mas por uma questão de justiça para com Wilma/ Orlando, Rita/Gilberto, Maria Cecília/José Carlos, e a assistência espiritual do Pe. Flávio, não pode ter havido equipe melhor. Como é bom fazer parte de um grupo no qual a gente não precisa mandar, cobrar, nem se preocupar. As coisas fluíram sempre naturalmente, numa convivência de profundo respeito, alegria e camaradagem. Nessa época decidimos que as reuniões passariam a ser feitas nas cidades onde moravam nossos casais e conselheiro: Sorocaba, Jundiaí, CM 400

São Paulo, e na terra da Mãe Senhora Aparecida. Embora, naquele tempo, o casal responsável pela Carta Mensal não fizesse parte da Equipe da então ECIR, fomos convidados a participar de todas as suas reuniões. Isto nos facilitava grandemente o trabalho de tentar traduzir nas edições mensais a reflexão e o pensamento da equipe dirigente nacional. Com esse contato permanente obtínhamos melhor conhecimento, incentivo, ajuda e segurança. Mas o que mais pudemos ver em todo tempo de Carta Mensal foram as manifestações do amor de Deus nas mais diversas situações: artigos sobre matérias específicas que chegavam no momento certo; fotos enviadas espontaneamente para o novo visual da capa; correspondências de incentivo e carinho, e também "puxões de orelhas" que nos ajudavam a melhor analisar os fatos. Não podemos nos esquecer das bênçãos especiais que experimentamos para nossa vida conjugal, pois o trabalho conjunto, as descobertas que precisamos fazer para tentar dar conta do recado foram o pretexto de Deus para nos tomar mais unidos, orantes, mais necessitados do dom do outro. Seguramente nos tornamos mais casal e, sob o ponto de vista exclusivamente doméstico, deixamos o testemunho de que foi um tempo de felicidade e de encontro. 29


Nosso tempo de responsabilidade na Carta Mensal foi curto, apenas 3 anos, pois havia um compromisso de sairmos ao término do mandato de Maria Regina/Carlos Eduardo, que já estava praticamente no meio. Tínhamos sido convidados a assumir esta missão em caráter transitório, uma espécie de mandato tampão, a fim de que o próximo casal responsável do Movimento escolhesse para a Carta Mensal um novo casal que o acompanhasse em todo o período. O que não sabíamos é que o Senhor nos preparava os caminhos para, em seguida, e não menos assustados, substituir Maria Regina e Carlos Eduardo como casal responsável da Super-Região Brasil. O que não podíamos supor é que o fato de termos herdado Pe. Flávio na Carta Mensal (ele já fazia parte da equipe anterior e aceitou permanecer conosco) e poder entrar em contato com seus dons sacerdotais, tinha sido apenas a mão de Deus a nos mostrar a excelência

daquele que veio a ser nosso futuro Sacerdote Conselheiro Espiritual na Super-Região Brasil e que tanto contribuiu para a orientação dos caminhos equipistas. Se pudéssemos, começaríamos tudo outra vez. Medos, sustos, impotências ... tudo ficou em plano secundário. Só nos vêm à recordação, nesta hora, as bênçãos dos momentos bem vividos, das alegrias experimentadas, das amizades conquistadas e dos sonhos realizados. Pudemos dar conta do recado, ''bem sirnplinho", como prognosticou Maria Regina do Carlos Eduardo, a quem hoje dizemos: obrigado por este maravilhoso convite; desculpem o inconforrnismo da nossa primeira reação. Um grande e carinhoso abraço e toda manifestação de ternura aos leitores assíduos e atentos da nossa querida Carta Mensal.

Silvia e Chico Eq 2 - Setor B - Sorocaba/SP

GRAÇA DO CHAMADO Um dos trabalhos mais gratificantes que desempenhamos no Movimento das Equipes de Nossa Senhora foi o da missão de Responsáveis pela Carta Mensal das ENS, no período de novembro de 1999 a agosto de 2004, quando recebemos muitas bênçãos e graças. Durante esse tempo, em nossa equipe da Carta Mensal, contamos com a colaboração dos casais Rita e Gilberto, Soely 30

e Luiz Augusto (São Paulo), Wilma e Orlando (Jundiaf), Janete e Nélio, Lucinda e Marco (Sorocaba). No desempenho dessa missão, tivemos a oportunidade de conhecer muitos equipistas do Brasil, quer seja por ocasião da visita da Equipe da Super-Região às Províncias, quer seja participando de alguns EACREs, ou mesmo quando estivemos a passeio. Sempre procurávamos saber se CM 400


havia alguma atividade do Movimento

à qual pudéssemos participar. Conhecer os equipistas das mais variadas regiões do nosso país foi uma experiência inesquecível para nós. Através desses contatos, também levamos a eles informações a respeito da preparação da Carta Mensal, e pudemos sentir a importância dessa aproximação, pois assim os equipistas ficam sabendo das lutas, das alegrias, das dificuldades que temos quando preparamos uma edição da Carta Mensal. Como vocês sabem, o nosso país é o único no mundo em que são publicadas nove edições por ano da Carta Mensal. É uma luta, mas, graças a Deus, os equipistas sempre colaboraram enviando artigos e testemunhos que muito enriqueceram as nossas edições. Procuramos, durante os anos em que estivemos desempenhando essa missão, publicar e valorizar os testemunhos e a vida do Movimento. É evidente que deixamos a desejar em muitos aspectos e acreditamos também ter sido causa de frustração para aqueles que enviaram os seus artigos e que não foram publicados. O nosso trabalho durante esses quase cinco anos também nos proCM400

porcionou realizar um sonho que tínhamos de registrar as atividades do Movimento, documentando tudo através de fotografias. Após entregar a nossa missão para o casal Graciete e Gambim, organizamos as fotos dos principais eventos da equipe da SuperRegião e tivemos o prazer de entregar ao Secretariado das Equipes de Nossa Senhora três álbuns contendo 600 fotografias que estão à disposição dos equipistas para consultas. Como testemunho, queremos dizer que, quando vocês forem chamados para exercer qualquer atividade no Movimento, confiem na ação do Espírito Santo e nas bênçãos de Maria e tenham certeza de que serão plenamente recompensados, recebendo muito mais do que darão. Nesta edição comemorativa das 400 edições da Carta Mensal, pedimos ao Senhor que derrame muitas bênçãos sobre todos os casais e Conselheiros Espirituais que contribuíram e contribuem para que ela seja um valioso instrumento de unidade e de formação para os equipistas do Brasil.

Cecília e Zé Carlos Eq. 3B - N. S. Mãe da Igreja Sorocaba/SP 31


À MlNHA NAMORADA Já se vão mais de quarenta anos que juntos vivemos. Será que ainda nos queremos? Não se pode dizer ao certo, mas é verdade que quanto mais um precisa do outro mais o outro está ali, ao lado, pronto a servir, solícito, de braços abertos para o que der e vier. Se somos unidos, quem há de dizer? Só sinto que estamos sempre como dois em um só, solidários, vigilantes, para que em quaisquer circunstâncias, estejamos nós dois unidos e fortes nas decisões e gozos da vida. Se somos felizes , quem sabe? Juntos choramos nossas dores. Juntos cantamos nossas alegrias . Quando um está triste o outro traz um sorriso de esperança e assim sabemos que somos mais fortes que os infortúnios. Muitas vezes brigamos, trocamos palavras rudes, nos amuamos. Mas tudo acaba em paz, sem mágoas futuras. Os nossos gestos revelam a profundidade do sentimento, a latente ternura, o carinho. Será que ainda nos queremos com todo aquele imenso amor que nos uniu? Quem há de dizer ao certo? Sei que o amor não se mede nem se conta. Vive-se, sofre-se, gozase e guarda-se naquele recôndito mais sagrado. A vida é curta para um grande amor. Quando a felicidade é plena, o tempo voa. A saudade tem asas largas, grandes .. ., mas aquela chama ardente permanece a mesma. Nosso amor, no entanto, é mais bo32

nito, rico de mútua confiança e de recordações de tantas emoções vividas e de esperanças no porvir. Pois é minha querida, o amor na maturidade se despe da violência e do egoísmo. Traz de volta a pureza da infância, a camaradagem da confiança. Quem sabe se não somos uma só vida na comunhão perfeita das duas almas. Somente assim se explicaria porque nos entendemos tantas vezes sem manifestação de palavras. Eu sinto ... Sinto que hoje amo você muito mais. Nosso amor cresce no dia a dia pela 1uta da vida. A maturidade sublima as energias afloradas, mas você é melhor do que antes. Já temos uma longa vida juntos, filhos, netos, negócios, amigos, prazeres e tristezas diversas. Que bom seria se Deus nos desse mais quarenta anos de vida para eu viver junto a você.

Tarcisio da Erenilda Eq. N. S. de Guadalupe Setor A - Fortaleza/CE CM400


DEVER DE SENTAR-SE DOS NAMORADOS Nossa vida a dois não deve ser outra coisa senão o desvendar do mistério que o outro é ... Essa sede de amor, na busca de Deus que é Mistério, deve ser a mesma sede de amor de buscar o outro, que é imagem e semelhança de Deus. E aí está a força do Sacramento do Matrimônio. Nesse sentido vamos refletir sobre três palavrinhas que nos levam ao mistério de Deus, ao mistério do amor:

1. Diálogo - Deus criou todas as coisas pela palavra. Jesus é a palavra que nos redimiu. O Espírito Santo manifestou-se na forma de línguas de fogo. A língua é o órgão auxiliar da fala. Então: Deus é comunicação! • Como está nosso diálogo em família? • Entre nós dois, dialogamos em que nível: Apenas conversas corriqueiras? Em nível de sentimento-namoro? Em nível de idéias? Ou no nível em que posso encontrar Deus no outro, para respeitálo, conhecê-lo, amá-lo?

e que não há necessidade de expressarmos um ao outro o nosso amor. Vamos viver hoje a experiência da ternura de Deus, com o cônjuge que Ele ofereceu para nós? • O que você diria hoje a seu cônjuge para que ele se convencesse a se casar de novo com você? • Que qualidade ambos viram no outro? • Qual dentre essas qualidades foi mais importante para solidificar o amor do casal? • Que declaração de amor ainda hoje continuam fazendo um ao outro?

2. Abnegação - Tudo o que eu for capaz de renunciar em benefício da unidade do casal, leva-me a experimentar a dimensão trinitária do amor de Deus. • Você se lembra das principais abnegações feitas em benefício do cônjuge?

Para terminar, façamos esta oração: Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós. Fazei que cheguemos juntos a uma ditosa velhice" (Tobias 8,10). ory Feliz Dia dos Namorados e um terno dever de sentar-se.

3.Ternura- Às vezes achamos que isso é coisa para casais jovens

Extraído do Boletim Mensageira Setor José Bonifácio!SP

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so ANOS DA EQUIPE NOSSA SENHORA DO SIM No dia 12 de dezembro de 2004 comemorou-se o 50° aniversário da Equipe N. S. do Sim, da Região São Paulo Capital I. Fundada em outubro de 1954, foi pilotada pelo casal Nancy e Pedro Moncau, com direção espiritual do Fr. Domingos Maia Leite, quando o Movimento no Brasil tinha apenas 4 anos de existência. Em missa celebrada pelo Frei Bernardino Schreiber, atual Conselheiro Espiritual, estiveram presentes os atuais integrantes, muitos dos seus filhos, antigos membros, o Casal Ligação e o Casal Responsável do Setor. A história desta Equipe confunde-se com a história das Equipes de Nossa Senhora no Brasil, e seus integrantes, num verdadeiro testemunho de serviço, sempre se colocaram à disposição para assumir as diversas responsabilidades a que foram chamados pelo Espírito Santo, tendo corno lema: "Deus capacita os escolhidos". Deste núcleo de vivência cristã, há de se destacar a atuação dos únicos integrantes que permanecem na equipe desde a sua fundação, Monique e Gerard Duchêne e Esther e Luiz Marcello Moreira de Azevedo. Monique e Gerard iniciaram seus serviços ligando diversas equipes em cidades do Interior, foram os primeiros Responsáveis Regionais das equipes do interior de S. Paulo e demais estados do Brasil, foram Responsáveis de Setor, Casal Responsável da ECIR, Casal Respon34

sável RC, responsáveis pela criação das Sessões de Formação, Casal Responsável pela Carta Mensal... Esther e Marcello, após integrarem a primeira equipe responsável por um setor no Brasil, assumiram a função de CRS, CR da Região de São Paulo, Casal Responsável da ECIR, CR da Super-Região da América Latina e, no período 198388, membros do Pontifício Conselho da Família, no Vaticano. A diversidade e a inovação sempre acompanharam a vida desta Equipe, que em seus quadros recepciona Maria do Sacramento, a primeira viúva entrada corno tal no Movimento, com a especial anuência do Pe Caffarel, que reconheceu que esta, corno participante e atuante no grupo no qual foi fundada a sua equipe em Taubaté, pode se integrar ao Movimento na condição de viúva. Ainda é muito atuante em sua paróquia. Completa a equipe Teresa, viúva de José Eduardo Macedo Soares (ele há quatro anos na Casa do Pai). Vindos de equipe que se dissolvera, trouxeram ao Brasil os cursos de preparação para o casamento, levando-os a muitas cidades do Interior e de outros Estados, cursos nos quais, por muitos anos, a também integrante Carlota e seu então marido Francisco Cozzupoli davam a aula do médico. Integra ainda o grupo, há já 10 anos, um jovem casal chileno, Rebeca e Alberto Niccoli, então membros ativos da Renovação CM400


Carismática, que com sua profunda espiritualidade edifica e renova o ardor da equipe, que continua aberta a receber novos casais. Fizeram parte da equipe durante alguns anos, além de um dos casais fundadores, Ana Teresa e Carlos Millán, tragicamente desaparecidos num desastre de automóvel nos anos 60; Maria Leonor e Luis Carlos Gayotto (ele voltou ao Pai em abril deste ano), que haviam sido responsáveis pela Espiritualidade Conjugal no Setor de Florianópolis; e um dos casais fundadores do Movimento em Portugal, vindo ao Brasil após a Revolução dos Cravos, Carminha e José Inácio Sarmento, que retomados a Portugal e em visita aos filhos em São Paulo, estiveram presentes na comemoração. Não se pode deixar de destacar os serviços prestados pelos demais casais que integraram a equipe, lembrados nesta comemoração com muito carinho e saudades e também a graça de muitos e santos sacerdotes conselheiros, entre eles e por CM400

muitos anos, Frei Miguel Pervis e o então Pe. Joel Ivo Catapan, e Pe. Oscar Melanson, Pe. Paulo Evers, Pe. Eduardo Pedreira (todos eles agora no Céu), Frei Jorge e Frei Barruel e, já há muitos anos, Frei Bernardino, que também é SCE de outras equipes e de uma Região. Esta equipe, da qual vários membros conheceram bem o Pe. Caffarel, sempre procurou ser fiel ao carisma do Movimento e participar ativamente da sua difusão e da difusão da espiritualidade conjugal, buscando retribuir as graças recebidas ao descobrir a maravilha do sacramento do Matrimónio e o apoio para vivê-lo. Para simbolizá-lo, quis renovar em sua missa de 50 anos o compromisso feito solenemente em 1961 na presença do casal Moncau, compromisso que reafirma os propósitos contidos no preâmbulo da Carta das ENS.

Monique e Gerard Duchêne Eq. 010101- N. S. do Sim São Paulo Capital/SP 35


A MESMA EQUlPE HÁ QUARENTA ANOS!

Éramos recém-casados e sem filhos. Oito casais. E Nossa Senhora nos apresentou aquele chamado, pela força do Espírito Santo. Eram os idos de 1965. Aceito o "desafio", estávamos nos preparando para tentar enfrentar uma nova etapa das nossas vidas. Dizemos, sem medo de errar, que não fora a Equipe e jamais teríamos tido a oportunidade do crescimento espiritual que tivemos - ainda que longe, muito longe do desejado por Cristo e sua mãe Maria. Formava-se então, em Petrópolis, a Equipe de N° 2- a protegida da Nossa Senhora da Esperança. Predestinada a caminhar até longe, muito longe, com os mesmos casais, à exceção de um. Uniam-se em "incondicional matrimônio, amando-se e respeitando-se, e apoiando-se mutuamente na saúde e na doença, na alegria e na tristeza" os casais Anna Amélia e Nelson I Gilda e Tutuca I Leda e Fernando/ Helena e Walter I Jacira e Fernando I Madalena e Marlan I Neuza e Mozart e Suzana e Mário. Nossa união vinha para ficar. Todos os nossos amados filhos (e 36

nossos queridos netos) nasceram na Equipe 2. Nossa história gira em torno da experiência de vida como casais cristãos, unidos pela convicção de que para nós era desígnio de Deus participar, viver, conviver, sorrir, gargalhar, sentir e chorar juntos, sempre juntos! Pilotados por Mal vina e Edgar, iniciávamos a experiência daqueles encontros mensais - antecipados do estudo de algum tipo de tema, que ao início eram os Estatutos das ENS - para orações, reflexões, troca de idéias e nosso jantar ( ... ). Nosso primeiro Conselheiro Espiritual foi o inesquecível Padre Ney Sá Earp, que tantas luzes nos emitiu com sabedoria e fé. Após ele, fomos privilegiados com Frei Neylor Tonin e Frei A1rnir Guimarães, sendo que hoje se faz presente em nossas vidas o estimado Monsenhor Paulo Daher. Plenos das mais variadas experiências de vida, participamos de incontáveis alegrias, desde o nascimento de filhos e netos até as festividades comemorativas de seus casamentos, como levamos juntos e galhardamente nossos tropeções e CM400


pancadas, como a perda de filhos , nada mais sofrido!. .. Tudo serviu para nos fortalecer e nos unir. Cerramos forças em socorro de quem mais necessitava nas horas de infortúnio e soubemos sobrepujar, com muito sacrifício e muita fé, ao que nos foi posto como teste ou desafio. Hoje, um pouco mais experientes, estamos a contar o muito tempo que ainda nos falta para completar nossa missão terrena, que se não perfeita, ao menos exemplar, pela renúncia aos convites à comodidade e ao descaso mundano. Evangelizar da forma característica de cada um e de cada casal tem

sido nossa alegre tarefa. Símbolo da comemoração dos nossos 40 anos, a corrente faz permanecer fortes e inseparáveis os seus elos, mas permite um confortável espaço entre eles, o que para nós significa o respeito mútuo à individualidade de cada pessoa e de cada casal, sabedores de que nenhuma corrente é mais forte que o seu elo mais fraco. É com alegria cristã e profundidade de espírito que apresentamos este nosso testemunho, prometendo voltar por ocasião da comemoração do nosso jubileu de Ouro ...

Equipe 2 - N. S. da Esperança Petrópolis/RJ

Novo Setor e novas Equipes • Criado no dia OI de dezembro de 2004 o Setor G da Região CentroOeste I • Equipe 11 N. S. do Imaculado Coração de Maria (Palmares) • Equipe 12 N. S. de Guadalupe (Palmares) • Equipe 13 N. S. do Bom Conselho (Palmares) • Equipe 1 N. S. da Conceição (Ribeirão) • Equipe 2 N. S. de Fátima (Ribeirão) • Equipe 3 N. S. das Graças (Ribeirão) • Equipe 2 N. S. das Graças (Belém de Maria) • Todas do Setor Palmares, Região Pernambuco - II

Falecimentos Messias Navarro da Magda, no dia 29 de janeiro de 2005. Fazia parte da Equipe 8-B. Nossa Senhora do Canno- Jaú/SP Pe. Antônio Secundino (Totonho), no dia 19 de março de 2005. Grande incentivador da ida das ENS para o Mato Grosso do Sul. Foi SCE do Setor Marac~u e de mais três equipes. Luiz Carminé da Ursula, no dia 7 de março de 2005. Integrava a Equipe N. S. dos Impossíveis, a cujos casais deixa o exemplo de esposo e homem de fé profunda e engajada. CM400

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O SENHOR FEZ EM NÓS MARAVILHAS! Neste mês de maio, a nossa Equipe 6, N. S. dos Navegantes, comemorou o 25° ano de caminhada no Movimento. Olhando para traz, não como saudosistas, mas com a alegria de quem fez um caminho de crescimento na fé, constatamos que Deus, na sua infinita bondade, permitiu-nos construir um caminho com algumas pedras e espinhos, mas, na sua maior extensão, com situações e descobertas agradáveis. Recordamos que vivemos um constante aprendizado e crescimento espiritual proveitoso, não só para a nossa vida conjugal, mas também para a educação dos nossos filhos. Graças a este caminho, adquirimos e fortalecemos a nossa consciência do "ser Igreja e de fazer parte do Corpo Místico de Cristo" e aprendemos a responsabilidade que a família tem para com a evangelização. Queremos dar graças a Deus por este presente recebido em nosso processo de conversão. Queremos agradecer aos diversos Sacerdotes Conselheiros Espirituais que conosco conviveram e, ao Pe. Manolo- hoje D. Manuel Parrado Carral- bispo da Arquidiocese de São Paulo, nosso primeiro conselheiro, por ter acreditado na possi38

bilidade de evangelização da família a partir da Mística do Movimento e da vivência dos Pontos Concretos de Esforço. Também ao Pe. Airton- hoje D. Airton José dos Santos- Bispo da Diocese de Mogi das Cruzes, que abraçou com entusiasmo a caminhada da nossa equipe, tomando-se um dos maiores entusiastas do Movimento. Com esta motivação ele fundou o trabalho de pastoral familiar na nossa paróquia, motivando-nos a nos engajar com ele nesse trabalho. Hoje, sob a orientação do nosso atual conselheiro, Padre Jerônimo, continuamos a fazer o caminho. Estamos mais conscientes de que o Movimento cumpre o seu papel de trabalhar pela santificação do casal e da fanulia, transformando-nos em casais ativos na evangelização de outras famílias. O Senhor fez e continuará fazendo maravilhas entre nós.

Ivone e Cláudio Eq. 6 - N. S. dos Navegantes Setr ABC II - Diadema!SP CM 400


VAMOS A LOURDES Ao lermos, nesta Carta Mensal, a mensagem do casal da ERI, Priscila e Jean-Louis, a nos animar à participação no Encontro Internacional, podemos conhecer depoimentos de quem já vivenciou essa experiência. Certamente também muitos equipistas brasileiros têm importantes testemunhos desses encontros. Hoje somos cerca de 3.200 inscritos (não sabemos ainda com segurança o número de desistentes) de todos os cantos do Brasil. Continuemos com o firme propósito de que chegaremos lá. O Encontro será um marco em nossa vida pessoal, conjugal e equipista. Ele nos dará forças para a caminhada e será um grande momento de encontro e de celebração. Fiquem com Deus, com nosso carinho.

Novas Informações Desistências: Não deixem de comunicar as desistências ou qualquer mudança nos dados cadastrais: a) Diretamente pela Internet, cancelando sua inscrição no SITE das ENS (entrar com o no da inscrição e senha no título "Acompanhe sua Inscrição I Cancelamento"); b) Comunicar sua desistência ou alteração de dados cadastrais por fax, telefone, correio ou e-mail (indicar seu n° de inscrição ou código da equipe e nome do inscrito). Observação: Caso o pagamento do carnê não esteja atualizado até 15 de junho de 2005, consideraremos tratar-se de uma desistência e a inscrição será automaticamente cancelada. CM400

Não recebimento do carnê: Se você não recebeu seu carnê, verifique pela Internet a correção de seus dados cadastrais (entrar com o no da inscrição e senha no título "Acompanhe sua Inscrição I Consultas - Cadastro") e entrem em contato conosco imediatamente para que possamos enviar novo carnê. Pagamentos: Você pode acompanhar os pagamentos realizados através do SITE das ENS, entrando com o n° da inscrição e senha no título "Acompanhe sua Inscrição I Consultas - Pagamentos". Em caso de dúvida, entre em contato conosco. Ficha complementar de inscrição: A Organização Internacional do Encontro de Lourdes nos solicitou outras informações cadastrais para melhor atendê-los. Para isso basta apenas preencher a Ficha Complementar de Inscrição que está disponível na Internet, digitando seus dados. (entrar com o no da inscrição e senha no título "Acompanhe sua Inscrição I Cadastro - 2a parte"). •

Devolução - Desistências: Desistências até 31 de maiol05 devolução com uma dedução de 5% dos valores pagos; Desistência de 01 de junho a 31 de dez/05 - devolução com uma dedução de 10% do valor pago mais $ 33,00 (convertidos com a taxa de câmbio atualizada).

Regina e Cleber Casal Coordenador para o Encontro de Lourdes 39


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A ORAÇAO DE Mf.\RlA, A N OSSA ORAÇAO Ao ganharmos um presente, nasce, espontâneo, um agradecimento. Quanto mais inesperado e imerecido ele for, maior a necessidade que sentimos de expressar nossa gratidão a quem nos manifestou tanta bondade. Nessa hora, sentimos como nossas palavras são pobres e incapazes de expressar o que vai em nosso coração. Ao receber a visita de sua prima Maria, vinda da distante Nazaré, Isabel traduziu sua alegria e gratidão por tão honrosa visita com uma exclamação e uma pergunta, que bem traduziam a ação do Espírito Santo em seu coração: "Tu és bendita mais que todas as mulheres; bendito é também o fruto do teu ventre! Como me é dado que venha a mim a mãe do meu Senhor?" (Lc 1,42-43). Bendita, dizemos nós, foi também Isabel! Suas palavras cheias da sabedoria de Deus, tiveram o dom de fazer o coração de Maria transbordar. Tempos antes, na Anunciação, tendo o Anjo Gabriel transmitido a Maria a mensagem que trazia da parte de Deus, ouviu o SIM daquela que era "cheia de graça": "Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1, 38). Tendo ficado só, começou para a Virgem Maria a mais extraordinária experiência de fé da história da humanidade. A partir da sua adesão à vontade de Deus, Maria Santíssima leva40

va consigo Jesus, o Salvador. Quem nela acreditaria se contasse o que estava acontecendo consigo? Contar para quem? Ao encontrar-se com Isabel, percebeu que havia alguém que conhecia seu segredo. E, situação curiosa: ela, que queria ser apenas "a serva do Senhor",. estava sendo homenageada pela própria prima: "Tu és bendita ... Bendito é também o fruto do teu ventre ... " As palavras de Isabel tiveram o dom de romper o silêncio de Maria, fazendo com que rezasse um dos mais belos hinos que desta terra se elevou aos céus: A minh 'alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador. .. (Lc, 1,46-55). Maria Santíssima não podia desmentir Isabel: sentia-se obrigada a reconhecer a verdade do que sua parenta falara. Afinal, a humildade é uma faceta da verdade. Lembrava, contudo, que Deus é que era o autor do que nela se realizava - por isso sua alma o engrandecia. Sim, ele viu a pequenez de sua serva. O Poderoso é que a escolhera como Mãe do Salvador, do Esperado das Nações, de seu próprio Filho. O Magnificat testemunha a experiência que Maria fez de Deus. Mais tarde, o Apóstolo e Evangelista João transmitiria as Palavras de Jesus: "Deus, com efeito, amou tanto o mundo que lhe deu o Seu Filho" (lo 3,16). A partir da AnunciaCM 400


ção é que essa promessa começou a concretizar-se (cf. Jo 1,14). Maria Santíssima foi a primeira a tomar conhecimento da realização das promessas feitas por Deus a seu povo. Sabia que nela a História da Salvação chegava ao seu ponto mais alto. O Antigo Testamento, rico de homens de Deus, exemplos de fé e oração, havia preparado o momento da Encarnação do Verbo. Uma vez que ela se realizara em seu coração, restava à Virgem de Nazaré testemunhar a Misericórdia de Deus: Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam. Ela o havia reverenciado, ela o havia amado. Experimentara também que Deus, o Senhor de seu povo, demonstrou o poder de seu braço, dispersou os orgulhosos. Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. Os humildes exaltou! Disso ela própria era testemunha. O Senhor olhara justamente para sua humildade. E as gerações futuras - e isso dependia dela - a chamariam de bendita. Ninguém, igual a ela, pôde experimentar o amor preferencial de Deus pelos pobres, particularmente por aqueles que, profundamente convictos das próprias limitações, põem nele toda a sua confiança. CM400

Estava fazendo também outra experiência: o Senhor de bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos. O Deus que salva é também fonte de toda a dádiva. Ela percebia que quanto mais alguém se esvazia de si, melhor pode acolher o Senhor. Deus é também aquele que acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor. Se ele é fiel ao seu amor, por que ter medo? Por que preocupar-se? Por que fazer perguntas a respeito do futuro? Para Maria Santíssima, confiar em Deus era mesmo uma necessidade. Por isso, recordando-se da história de seu povo, podia completar: como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre.

Dom Murilo S.R. Krieger SCJ - Arcebispo de Florianópolis 41


PARA QUEM CONAA A GRAÇA ACONTECE Em meio a um matrimônio con- dificuldades tivessem sido superaturbado aconteceu a enfermidade de das, quando descobri que a doença uma de nossas filhas e, em seguida, voltara. Dei a notícia, em pânico, à um impasse entre meu marido e eu. minha farm1ia. Retomei a Belo HoDe repente, um câncer de mama. rizonte e fiquei internada em hospiMeu mundo começou a desabar, tal para fazer quimioterapia. Expemas fui à luta contra a doença. Ini- rimentamos a presença viva de Nosciei o tratamento em sa Senhora nos ajudando. Uma de minhas fi1982, muito sofrido e lhas veio para ficar codoloroso na época. Os migo no hospital. PediAtravés de cirurgia foi extraída a mama esmos muito a intercessão problemas querda e iniciei o trade Nossa Senhora para tamento com radioteque minha filha pudescontinuam se ficar comigo sem rapia e quimioterapia. acontecendo, Oito meses, indo todos problemas. E temos a os dias a Belo Horicerteza de que ela nos mas zonte, tendo de deixar atendeu. Desde então, aprendemos a nossa vida tem sido as filhas aos cuidados de vizinhos. Converuma graça constante. Os a superá-los problemas continuam sando com uma amiga, juntos com acontecendo, mas aprenfalei da minha intenção demos a superá-los junde ir embora para São muito amor Paulo com as filhas. tos com muito amor e a Ela pertencia ao Moviajuda da Equipe Nossa e a ajuda da Senhora Auxiliadora. mento das Equipes de Equipe. Hoje, eu e meu marido Nossa Senhora e proatuamos como Minispôs fazermos uma Experiência Comunitária, tros da Distribuição da eu e meu marido. Aceitamos, em- Comunhão e a maior recompensa é bora não tenha sido fácil convencer poder levar a Eucaristia aos enfermeu marido, pela fase difícil que mos. Este é um testemunho de quem estávamos vivendo. Participamos da confia, acredita e recebe graças toExperiência Comunitária durante um dos os dias. ano e depois um ano de pilotagem. Maria de Fátima (do Gisé) Foi uma transformação total na Equipe 92B -N. S. Auxiliadora minha farm1ia. Passamos a converSetor Divinópolis sar, a nos perdoar e, assim, a nos Pará de Minas/MG entender melhor. Acreditava que as 42

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DEDlCAÇAO À MlSSAO Apesar de estar há 7 anos nas bateu à porta do quarto e convidou: ENS, ter exercido várias respon- vamos rezar o terço? (É costume sabilidades no Movimento e feito rezarmos o terço todas as noites). os três níveis de formação, tinha eu Já vamos, mãe, foi minha resposta. certeza de dizer não, se chamada Ela fechou a porta e, em questão de fosse para assumir a missão de Ca- segundos, ouvimos sua voz: "ai, meu sal Responsável de Setor. Disse Deus, que dor, que dor... ". Nomesmuitas vezes para Adriano: "Se for- mo instante corremos e fomos surmos chamados para ser CRS, mi- preendidos com os últimos momennha resposta será "não". tos de vida de minha mãe. Foi uma No dia 27 de Junho de 2004, nos- dor sem medida ... Após toda essa afliso Casal Responsável de Setor e o Casal Reção, hoje posso refletir: Como me estaria gional, inspirados pelo O apelo à sentindo se tivesse Espírito Santo de Deus, responsabllidade dito não ao chamado de nos chamaram ao serviço de CRS. Nesse Deus? Dava sempre a é um olhar dia estavam em minha desculpa a Adriano: de amor de casa, minha mãe (viútemos um filhinho de apenas dois anos, ouva, 77 anos de idade), Deus sobre tro ainda por nascer e minha sogra, meu filho o casal, apesar o principal, minha mãe Pedro, Adriano e eu, é de idade avançada e grávida de seis meses. de suas para fazermos as viaJussara e Daniel (CRR) fraquezas ... gens que todo CRS tiveram muita caridade faz, não poderei jamais em esperar minha resdeixá-la sozinha ... posta ao chamado. A resposta de Adriano foi: "Aceito, pois É por essa difícil experiência temo dizer não a Deus". Na oportu- pela qual passei, que falo hoje a nidade, tive um apoio muito grande você, amado irmão das Equipes da minha mãe e da minha sogra, que de Nossa Senhora: Tenha fé, seja se comprometeram em nos ajudar um missionário de Jesus, dentro com as crianças no decorrer da mis- do nosso Movimento. Por maiosão; depois de relutar muito comigo res que sejam nossas dificuldamesma, dei meu sim, com convic- des, iremos sempre superá-las, ção, ao chamado do Pai. porque estamos entregues ao Pai Um mês depois, ainda avaliáva- pela missão. mos a reunião de pilotagem da qual Vanusa (do Adriano) há pouco tínhamos retomado, quanCR Setor A - Santa Luzia/PB do minha mãe, que morava conosco, CM400

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GRUPOS DE NOlVOS Prezados casais e conselheiros, faz uns 15 anos valorizo a Carta Mensal como um abençoado instrumento de comunicação. Quero agora, por meio da querida Carta, contar uma experiência que só tem trazido alegrias: Grupos de Noivos. Faz 7 anos que a Paróquia N. S. da Guia, emDivinópolis/MG, oferece aos casais de noivos a opção entre Grupos de Noivos e Encontro de Noivos. É preciso dizer que a Equipe de Encontro de Noivos da Paróquia é de imenso valor e os Encontros de Noivos fazem um grande bem e agradam à maioria absoluta. Mas os grupos de Noivos são imensamente melhores! Seguramente quem está lendo esta página sabe o que é ser de um grupo. Sabe quanto crescimento humano e cristão traz uma Equipe de Nossa Senhora!

Grupos de noivos Em 1998, convidei noivos e noivas para formarem um grupo de noivos. Em 1999 formei outro grupo, convites pessoais para noivos (as) já meus amigos. No ano 2000 já tivemos 2 Grupos de Noivos com vários noivos que eu não conhecia. Em 2003 e 2004 tivemos 4 Grupos em cada ano, e eu já não preciso mais fazer convites: quem fez a experiência se encanta e traz parentes e colegas para novos grupos. O número ideal são 7 casais de noivos e 2 casais casados, sendo pelo menos 1 casal da Equipe de Encontro de Noivos. E, atualmente vários casais que fizeram parte de grupos 44

de Noivos já são hoje auxiliares e assumem "pilotar" o novo grupo, depois do término dos temas comuns aos encontros de noivos. E, como se sentem felizes por participar da Pastoral Familiar como agentes! Sempre participo da reunião de apresentação e programação e ainda convidamos algum casal do último Grupo de Noivos para dar testemunho. Nessa reunião escolhem os dias e horários para suas "reuniões formais". Normalmente em 3 meses são feitas as reuniões "Curso de Noivos" e recebem o comprovante, para fazerem papéis de casamento, mas o grupo continua, fazem reuniões formais, confraternizações e o "casal piloto" continua com eles e o casal da Equipe de Noivos não é esquecido. O "casal piloto", quando chega a época do casamento, faz o papel que fazem os "casais Anjo da Guarda", ajuda na preparação litúrgica da Celebração, visita as fanu1ias da noiva e do noivo, e ajuda na celebração. Geralmente os casais do Grupo de Noivos estão presentes, às vezes alguns são "padrinhos". Pouco tempo depois costuma acontecer a visita à residência do novo casal, com orações, reflexões, benção da residência, brincadeiras ...

Vantagens dos Grupos de noivos São mais abertos, sem medo de esconder falhas. Voltam à Igreja depois do afastamento do tempo da adolescência e universidade. CM 400


Vivem uma época de grandes sonhos. Criam amizades, evitando o grande perigo do isolamento num período de adaptação à nova etapa da vida. .. Alfonso Pastore (ECC) cntlcava os encontros de Noivos e queria só a preparação para casamento tipo grupos de noivos. Penso que devemos manter as duas formas, pois existem noivos "pouco sociáveis", mas os casais que têm ideal não se satisfazem com reflexões de apenas 1 sábado e 1 domingo. Prezado casal, ajude a organizar Grupos de Noivos: fale com seu pároco, fale com a Equipe de Encontro de Noivos e, sobretudo, motive sua Equipe de Nossa Senhora. Uma Equipe de Nossa Senhora quando quer, faz maravilhas.

Pe. Antonio Ordones Lemos Eq. N. S. da Guia Divinópolis!MG

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AJUDA-MÚTUA Já lemos muitos relatos de equipistas que foram auxiliados pelos outros irmãos do Movimento, mas não achávamos que poderíamos necessitar um dia desse auxílio. Duas filhas nossas prestariam vestibular em Londrina/PR. Para surpresa, um casal irmão equipista de Indaiatuba! SP, sabendo do fato, ofereceu a casa de sua mãe que mora em Londrina. Como havíamos feito contato com o CRS-C de Londrina, este falou com o Casal Regional, que nos telefonou e tranqüilizou, dizendo que nossas filhas ficariam hospedadas na casa do casal Dulcinéia e Marcos, cujo filho também prestaria vestibular na UEL. Elas foram muito bem acolhidas. Como é bom ter irmãos por todo este Brasil. Uma das filhas passou no vestibular e, para conseguir alojamento, mais urr~a vez Dulcinéia e Marcos não mediram esforços para solucionar nossos problemas na cidade. Se não fossem vocês londrinenses, nós de tão longe, de uma cidade pequena, perdidos em uma metrópole, quantas dificuldades teríamos de enfrentar. Maria, porém, nos deu uma numerosa família equipista, irmãos prontos a ajudar. Sintam-se todos abraçados por nós, em especial os londrinenses. Vocês estarão todos os dias em nossas orações.

Ana Maria e Eugênio Equipe 02 - N., S. Apare,cida Agua Boa!MT 45


~RCASDOPONTIACADO

- PAULO l1 DE JOAO

Desde que a morte do Papa João Paulo II pareceu iminente e, mais ainda, desde que de fato ele faleceu, começou uma maratona intensa de informações sobre o Papa e de avaliações sobre seu pontificado. Todo esse interesse por "João de Deus", mesmo da parte de quem freqüentemente o criticou, revela a importância desse Papa para a sociedade e para a Igreja. É tarefa bem difícil resumir em poucas linhas o significado do Pontífice falecido para a própria Igreja. Sua personalidade dinâmica e determinada, durante um pontificado longo como poucos na história, teve muitas possibilidades de deixar marcas profundas na vida da Igreja. O futuro, certamente, o recordará como o Papa missionário, que realizou durante todo o seu ministério na Sé de São Pedro as palavras programáticas que pronunciou, depois de sua eleição: "abri as portas a Cristo 46

Redentor. Não tenhais medo!". Suas muitas viagens a todos os quadrantes da Terra, o contato com todos os povos, a tenaz busca do diálogo com as Igrejas cristãs, as religiões não-cristãs, as culturas dos povos e com o mundo da filosofia e da ciência, tudo isso foi um constante bater às portas, para entrar em diálogo missionário e para anunciar o Evangelho a todos. Foi um Papa evangelizador, que fez um esforço enorme para não deixar que a Igreja se fechasse sobre si mesma, mas levasse novamente o barco para o alto-mar, para lançar as redes em águas mais profundas. Ainda na passagem para o terceiro milénio cristão ele recordou à Igreja que não era tempo para cansaços ou desânimos, nem para se dar por satisfeita com aquilo que já conseguira durante dois mil anos: a tarefa evangelizadora apenas está no seu início! CM 400


A Igreja certamente o recordará como o Papa do Catecismo, da Doutrina Social da Igreja, das muitas encíclicas e escritos, dos jovens, das vocações, o Papa mariano, dos muitos bem-aventurados e santos ... Mas as demonstrações de apreço desses dias de luto estão evidenciando- como já era bem conhecido - o seu significado para toda a comunidade humana. De fato, as grandes questões, que foram objeto de tantas intervenções de João Paulo ll, nem são propriamente religiosas: foram elas a firme defesa da pessoa humana, de sua dignidade e de seus direitos, a inviolabilidade da vida humana desde o primeiro instante de sua existência até seu fim natural; a afirmação, sem rodeios, da importância do casamento e da farru1ia; os esforços pela paz mediante a superação dos conflitos e das guerras; a preocupação pelos pobres e excluídos do bem comum; a defesa da justiça em todos os níveis; a chamada profética para a reforma dos organismos internacionais, para serem mais adequados às circunstâncias atuais; a busca incansável da aproximação dos povos e das culturas, o diálogo entre as religiões. Com certeza, o Papa falecido ajudou a humanidade a tomar consciência que, no fundo, somos todos parte de uma única e grande farru1ia humana; apesar das diferenças raciais, culturais, políticas, económicas, étnicas, ideológicas e religiosas, há um laço comum que une todos numa comunidade humana que tem raízes, sonhos, necessidades e buscas coCM400

muns, e uma dignidade igual presente em cada ser humano. Não apenas as novas tecnologias e a globalização comercial e económica aproximam as pessoas; a globalização verdadeira acontece quando as pessoas têm a certeza da existência de um pai comum, de uma referência válida para todos, como se fosse a salvaguarda da identidade necessária e a reserva dos valores bons, indispensáveis à existência. João Paulo II lutou muito pela globalização da solidariedade. Não tenho dúvidas que seu pontificado ajudou a aproximar mais a farru1ia humana; e somente a partir deste pressuposto será possível construir sobre bases sólidas a justiça e a eqüidade entre as pessoas e os povos; só quando houver consciência clara que a solidariedade e a fraternidade são dimensões inerentes à condição humana, das quais decorrem imperativos éticos válidos para todos, é que teremos a possibilidade de resolver os graves problemas que afligemomundo. As manifestações de apreço pelo Papa João Paulo II, durante esses dias de luto, parecem ser o reconhecimento a alguém que despertou uma saudade boa escondida no coração dos povos, de suas culturas, raças e religiões: no fundo, somos todos irmãos e temos muito em comum. João Paulo ll foi um grande pai para toda a farru1ia humana.

Dom Odilo Pedro Scherer Secretário Geral da CNBB Colaboração de Tábita e Fernando Sobreda 47


CONHECENDO AS EJNS O Movimento das Equipes de Jovens de Nossa Senhora surgiu em 1975, durante uma peregrinação a Roma, quando filhos de equipistas das ENS decidiram formar um movimento de jovens, para os jovens e liderado pelos jovens, que tivesse continuidade, sem prazo de duração. Em 1976, em Lourdes, já com uma base concreta, com um grupo de jovens na França, formaram as primeiras equipes de jovens de Nossa Senhora. No Brasil, após algumas tentativas, o Movimento se consolidou em setembro de 1989, com uma ligação direta com a França. As Equipes de Jovens de Nossa Senhora são compostas por, no mínimo, seis e, no máximo, doze jovens entre 16 e 30 anos. Fazem parte também da equipe um conselheiro espiritual e um casal acompanhador, que representam a família e a Igreja. O nosso principal objetivo é o crescimento pessoal, com o apoio da equipe e sendo apoio na equipe, através do modelo e sob a proteção de Maria. O movimento tem uma ligação privilegiada com os casais das ENS e esta relação possibilita crescimento e ajuda mútuos. Atualmente, fazem parte do Movimento aproximadamente 700 equipistas, distribuídos em 14 setores. Existem equipes nas seguintes cidades: Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Teresópolis, 48

Magé (RJ), Recife, Barreiros (PE), Brasília (DF), Maracajú (MS), Santos, Mogi Mirim, Sorocaba, Votorantim, Rio Claro, São José do Rio Preto, Catanduva, José Bonifácio, Bauru, Pederneiras, Paraguaçu Paulista, Taubaté, Pindamonhangaba (SP), Juiz de Fora e Belo Horizonte (MG). O Secretariado Nacional, atualmente sediado no Rio de Janeiro, coloca-se à disposição para mais informações através da página www.ejnsbrasil.org ou através do e-mail faleconosco @ejnsbrasil.org

Secretariado Nacional das Equipes de Jovens de Nossa Senhora CM 400


Meditando em Equipe O mês de junho traz várias festas. Entre elas, a de São Pedro e São Paulo . Neste ano, diante da morte de João Paulo 11, cabe agradecer a Deus o dom de seu pontificado . E invocamos o dom do Espírito Santo para iluminar seu sucessor, o novo Papa Bento XVI.

Escuta àa Palavra em Mateus 16,13-19. Sugestões para a meditação: 1. Qual foi o testemunho de Pedro? 2. O que representa o Papa para a vida da Igreja? 3. Como sigo as orientações dadas pelo sucessor de Pedro? Pe. Geraldo B. Hackmann

Oração litúrgica (Hino do Ofício das Leituras do Comum dos Pastores)

Vossas ovelhas, que a São Pedro destes para guardar, formando um só rebanho, ele as regeu, por vossa escolha ungido, e as protegeu contra qualquer estranho. Do seu rebanho foi pastor e exemplo, ao pobre alívio e para os cegos luz, pai carinhoso, tudo para todos, seguindo em tudo o Bom Pastor Jesus. Cristo, que aos santos dais nos céus o prêmio, com vossa glória os coroando assim, dai-nos seguir os passos deste mestre e ter um dia semelhante fim . Justo louvor ao Sumo Pai cantemos, e a vós, Jesus, Eterno Rei, também. Honra e poder ao vosso Santo Espírito no mundo inteiro, agora e sempre. Amém .


"Não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, ele dá tudo. Quem se dá a

Ele recebe cem por cento. Sim, abri de par em par as portas a Cristo e encontrareis a verdadeira vida". Bento XV1

EQUIPES DE NOSSA SENHORA Movimento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal

R. Luis Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-000 São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 • Fax: (Oxx11) 3257.3599 E-mail: secretariado@ens .org.br • cartamensal@ens.org.br Home page: www.ens.org.br


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