ENS - Carta Mensal 399 - Maio/2005

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°399 • Maio

EDITORIAL Da Carta Mensal .. .... ............ .......... O1 SUPER-REGIÃO Maria e a Eucaristia .................... ... 02 ENS: uma profecia inacabada ..... .. 03 Sexo é bom .... .... ..... ...... ............. .. .. 04 MEMÓRIA DOS 55 ANOS DAS ENS NO BRASIL Comemorando 55 anos das Equipes de Nossa Senhora no Brasil ..... 06 Vinte anos das equipes no Brasil .. 09 O apoio dos Papas e o chamado à missão .... ..... .. ... .... ... 1 5 Obrigado Senhor ................... .. .... .. 18 EACRE Província Província Província Província Província Província Província

2005

DIA DAS MÃES Preciso de você, mamãe! .... ... ...... . 33 Mãe adotiva .. .... ............................. 34 Santa Gianna Beretta Molla .......... 35 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES ....... 37 ENCONTRO DE LOURDES Vamos a Lourdes? Vamos a Lourdes! .......................... 41

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO A Regra de Vida ............................. 43 Como escolher uma Regra de Vida .................. .... .... .. .... 44

Norte ... ........ .... .... .. ...... ... 19 Nordeste .. ....... ..... ... .... ... 21 Centro-Oeste ..... ........ ..... 22 Leste ....................... ........ 2 5 Sul I .. .. .... .... .. .. .. .... .. ........ 28 Sul 11 .... ....... .. ................ .. 29 Sul III ....... .. ..................... 30

TESTEMUNHOS Esperança, amizade e fidelidade ................................... 45 Calor fraterno da ERI ........ ............. 46 Entusiasmo na caminhada ........ .... 47

TEMPOS DA IGREJA A Eucaristia e o Magnificat ........ .. . 31 Maria, mãe da eucaristia ............... 32

REFLEXÃO Jogar diamantes ao mar .. .. .. .... .. .. .. 48 Ser feliz ou ter razão ............ ...... .. . 48

Registro ''Lei de Imprensa '' n• 2 19.336 li vro 8 de 09. 10.2002

Avani e Carlos Clélia e Domingos Helena e Tomaz Sola e Sergio Pe. Geraldo Luiz 8. Hackmann

Edição: Equipe da Carta Mensal

Jornalista Responsável: Catherine E. Nadas (nub 19835)

Graciete e Gambim (responsáveis)

Projeto Gráfico: Alessandra Carignani

Carta Mensal é 1una publicação meiiSal das Equipes de Nossa Senhora

Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeira Prod. Ed. R. Turiassu, 390 - 11• allliar, cj. 115 - Perdizes - São Paulo Fone: (Oxxl I) 3873. 1956 Foto-montagem de capa: A. Gambim Impressão: Laborprint Tiragem desta edição: 17.500 exemplares

Canas, colaborações,

notfcias,

testemunhos e imagens devem ser enviadas para:

Carta Men sal R. Luis Coelho, 308 5° andar • conj. 53

O1309-000 • São Paulo - SP Fone: (Oxxll ) 3256. 1212 Fax: (Oxx ll ) 3257.3599 carta mensal @ens.org. br A/C Graciete e Gambim


Queridos Casais e Conselheiros, parabéns! É aniversário, tempo de ação de graças. É tempo de cantarmos mútuos parabéns. Por graça de Deus, pertencemos às Equipes de Nossa Senhora, que nos ensina a pedagogia do Amor: Maridos e mulheres, com a ajuda dos sacerdotes conselheiros, nos ajudamos a caminhar em busca da santificação, no e através do sacramento do Matrimónio. É, pois, tempo de louvar a Deus pelos que começaram e fizeram a história do Movimento, testemunhos proféticos a anunciar melhores dias para os casais cristãos, como nos dizem Graça e Roberto. Esta edição nos convida a lembrar o passado, para vivermos o presente com um olhar de futuro, na esperança de nos tornarmos o que já somos em mistério, a Igreja santa de Jesus Cristo, lembrando que somos os membros da Igreja incumbidos de levar a boa nova da espiritualidade conjugal a outros casais e aos jovens, tarefa a que nos conclamam os papas. É tempo de festa, parabenizam M. Regina e Carlos Eduardo, que alertam a revermos a fidelidade na caminhada do Movimento. Os EACRE de 43 regiões são sinal das bênçãos divinas nesses 55 anos das Equipes. Embora reduzidos em seu tamanho original, os artigos falam da sua importância para a caminhada de cada equipe e são afirmação da unidade do Movimento no Brasil. Percebem-se, nesses

artigos, diferentes enfoques sobre o tema do ano, sexualidade e abnegação, e isso entusiasma ao seu aprofundamento. Sexualidade e sexo, obra bem feita de Deus, como refletem Josefma e Roque, integram a espiritualidade conjugal, que se aprende no caminho do amor abnegado. Neste Ano Eucarístico, Pe. Avelino nos anima a seguir os passos de Maria, a "Mulher Eucarística", pois o casal cristão vive da Eucaristia, para que a própria vida seja uma eucaristia, um magnificat a Deus. Maio, mês de Maria e de ação de graças pelas mães equipistas, as mães dos conselheiros e as mães dos equipistas. Mães biológicas, mães adotivas, mães esposas, mães que são vida para os filhos, ou que dão a vida, como Gianna Molla. Mães espirituais, como Dona Nancy ... E a regra de vida? Sabemos escolhê-la e cumpri-la? Dois textos, um novo e um antigo, ajudam-nos a sermos inventivas e eficientes em nossos propósitos. Para a reunião mensal, Pe. Geraldo nos propõe meditar sobre a vida humana, um "hálito" de Deus, pessoa criada por e para Ele. E lembremos: Todos nos estamos preparando para a peregrinação a Lourdes! Boa leitura e um feliz Dia das Mães, também aos pais!

Graciete e Gambim CR Equipe Carta Mensal


MARlA E A EUCARlSTIA Caríssimos casais e conselheiros espirituais! O Ressuscitado esteja convosco!

Maria e Eucaristia sejam realidades vivas no coração e sustento na missão. São duas realidades inseparáveis, dois vastos e misteriosos oceanos pouco explorados. "No princípio era o Verbo ... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós". "O Anjo Gabriel foi enviado por Deus ... a uma Virgem ... chamada Maria ... O Anjo a saudou: Alegra-te, cheia de graça ... Eis que conceberás e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus ... Será chamado Filho de Deus". O Deus que se fez carne no seio de Maria, fez-se carne sob as espécies de pão. O Cristo da Eucaristia é o Filho do Deus vivo, o filho de Maria. Ele existia desde a eternidade e veio ao mundo por um caminho: Maria. Nela o amor do Pai se tomou humano. No Filho o Pai se tomou visível. "Quem me vê, vê o Pai". Foi pela carne recebida em Maria e de Maria que Jesus se tomou o Salvador e prometeu estar conosco até o fim. Está presente no pão e vinho consagrados. Esta é a presença mais sublime. "Eu sou o Pão da vida". "Eu sou o Pão vivo". "O Pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo". Como? Ele mesmo conta: Estando à mesa na Ceia de despedida, entregando o pão, disse: "Isto é meu Corpo ... ". "Este Cálice é a Nova Aliança em meu Sangue ...". Este gesto de Jesus se repete nas celebrações eucarísticas. A Eucaristia é a verdadeira carne 'do Jesus de Maria'. Entre Igreja e Eucaristia há uma relação semelhante àquela gue há entre mãe e filho. "Maria está presente com a Igreja e como Mãe da Igreja em cada uma das celebrações eucarísticas". Igreja e Eucaristia, Maria e Eucaristia, binômios indivisíveis (EE, 57). O amor à Eucaristia e a Maria não se solidificam vendo escrito e ouvindo falar. Apreciamos um concerto musical não ouvindo comentários, mas assistindo ao vivo, em silêncio. Sem dispensar muito tempo não nasce amor para com ninguém. O amor ao Cristo eucarístico e à sua Mãe é proporcional ao tempo a eles dedicado. O tempo é o termômetro. Como provar que amo, se os minutos pesam como horas e os encontros se tomam pesados? Sejamos generosos, ficando mais com quem sempre está conosco, com quem sempre está à nossa espera! O amor leva ao encontro, espera encontrar-se.

Pe. Frei Avelino Pertile SCE da Super-Região 2


ENS: UMA PROFECIA INACABADA Amados irmãos das Equipes de Nossa Senhora: O título acima vem da palestra do casal Roberty no Encontro Nacional de Brasília. Brotou em nossos corações ao refletirmos sobre os 55 anos vividos pelas ENS no Brasil. Também pensamos nele ao lermos uma das anotações de Pedro Moncau sobre a primeira visita do Pe. Caffarel ao nosso País: "Eu vos conclamo a empreender, a levar adiante, uma ação sistemática, organizada - fundar uma equipe em todos os pontos principais do Brasil, lançar sobre a vossa Pátria uma imensa rede de que as equipes sejam os nós". Fixemos o olhar no 13 de maio de 1950. NasceaprimeiraEquipedeNossa Senhora em São Paulo. Com ela, nasce o nosso Movimento no Brasil. O florescer das ENS coincide com a presença de fiéis (casais e sacerdotes) que, iluminados pelo Espírito, tornaram-se instrumentos de sustentação de uma nova realidade no seio da Igreja. Os equipistas da "primeira hora", expressões singelas de um novo modo de viver a vida conjugal, revelam a vontade de Deus diante das exigências e desafios dos cristãos casados do seu e do nosso tempo. Abriram-nos a senda da história. Construíram um itinerário de fé e testemunho centrados na vivência da espiritualidade conjugal. A eles Deus agregou outros casais e sacerdotes ... e mais outros ... e outros tantos quanto Sua vontade CM 399

o quis. Somos hoje uma fanu1ia de mais de trinta mil pessoas espalhadas pelo Brasil afora. Nesses cinqüenta e cinco anos de graças e bênçãos, emergiu a aurora do amor conjugal. Seu transbordar enriqueceu lares com frutos de fé, esperança e caridade e fortaleceu a união de muitos casais, incorporando-os efetivamente a Cristo. Seu transbordar trouxe um·novo sabor à vida conjugal, colaborando para que milhares de cônjuges crescessem em humanidade e santidade. O agir de Deus na história das ENS nos faz responsáveis pela missão de sermos "morada de Deus"

e "lares cristãos de portas abertas para difundir as belezas do amor a milhares de jovens casais que buscam a felicidade por caminhos ainda incertos". Para nós que aspiramos à santidade e à vida eterna, história, em vez de passado, é antecipação do futuro. E como um jardim repleto de flores, cujas sementes estão sempre a germinar. Seus frutos são pequenos anúncios da beleza da vida que virá. Que o Senhor nos permita saborear o exemplo de Maria, Mestra da esperança, que viveu sua missão em fidelidade a tudo o que lhe foi dado em esperança. "Felizes aqueles que crêem sem ter visto" (Jo 20, 29).

Graça e Roberto CRSR Brasil 3


Palavra do Provincial

SEXO É BOM Deus viu tudo o que tinha feito: E era muito bom (Gn 1, 3).

Deus criou o sexo. Criou o homem e a mulher seres sexuados, e eles assim vi veram no paraíso, e Deus viu que também era muito bom. Lemos no livro Homem e Mulher Ele os Criou: "Nos momentos mais intensos de plenitude sexual, descobrimos que a alegria e o júbilo desse encontro são uma manifestação do amor de Deus. O encontro carnal transforma-se numa espécie de oração e de ação de graças". É assim que um casal cristão ativo na caminhada da Igreja deveria se sentir e se manifestar a respeito de sua vida sexual. Homens e mulheres que praticam atos sexuais sem compromisso de amor e fidelidade também acham que sexo é bom, no sentido de sentir prazer, de satisfazer desejos. Mas esta compreensão de sexo significa apenas o consumo imediato de uma experiência hedonística, talvez com componentes de domínio de um parceiro sobre o outro, ou de vitórias de sedução ou conquista. Efetivamente esse prazer sexual efêmero pode chegar a ser bastante forte. Mas será sempre limitado em qualidade e duração, e dificilmente terá o mesmo nível de satisfação para 4

cada participante do ato. Os atos sexuais bem vividos por um casal que se ama de verdade oferecem muito mais realização, muito mais riqueza, pois além de oferecer de forma amplificada um grande prazer físico, permitem o enriquecimento do ato carnal com uma série de outros elementos de satisfação que somente uma aliança de fidelidade eterna ao cônjuge e a Deus poderia permitir: • A manifestação de escolha, de preferência, e de entrega total de um a outro; • A ternura e o aconchego de e para o companheiro que nos quer tão bem; • O conhecimento progressivo dos mistérios do corpo e da intimidade do parceiro; • A expectativa de geração de uma nova vida, quando este proCM 399


jeto comum estiver em pauta; • A oferta a Deus do intenso amor recíproco, em ação de graças. Mas não apenas o ato sexual em si é bom. A sexualidade é boa. O fato de sermos homens ou mulheres é bom. O fato de sermos tipicamente diferentes é muito interessante e cheio de riquezas. A mulher fala diferente; anda diferente; olha diferente; ri diferente; reza diferente. Ela o faz femininamente. Ela o faz manifestando a graça de seu sexo. O homem expressa seus sentimentos, trabalha, corre, canta, abraça, prega diferentemente. Ele faz tudo isso masculinamente. E assim também manifesta o seu sexo, que Deus criou com tanta sabedoria. A sexualidade se manifesta no relacionamento entre quaisquer pessoas. As pessoas se encontram no dia a dia da vida em acontecimentos familiares, sociais, profissionais, comunitários, pastorais. A experiência de convívio ou comunicação entre homens é diferente do relacionamento entre mulheres, ou entre homens e mulheres. E navegar nestes mistérios da sexualidade é muito bom. Lembremos nossos pais e mães: Sabemos muito bem das diferentes tonalidades no carinho, na atenção, independentemente do seu amor por nós. E nossos parentes homens e mulheres? E nossos amigos e amigas? E tão gostoso descobrir em cada um seu jeito de ser, seu estilo de se relacionarem conosco na vivência de suas características sexuais. CM 399

Num movimento como as Equipes de Nossa Senhora, temos uma particularidade: homens e mulheres unidos pelo Sacramento do Matrimônio que configuram uma personalidade diferente: a pessoa casal. Nos relacionamos entre casais, mas continuamos convivendo também com cada mulher e cada homem que os compõem. E também temos conselheiros espirituais, que por vocação religiosa escolheram não ser casais, que decidiram abster-se de atos carnais por amor a Deus. São homens ou mulheres, com as características plenas de seu sexo, que trazem em suas vidas a experiência toda especial do celibato. Que desafio, quanta riqueza! Finalizando, apresentamos algumas reflexões do Pe. Joseph Wresinski, também obtidas do livro Homem e Mulher Ele os criou: " ... 0 ato sexual leva o homem àquilo a que eu chamo a vertigem criadora de Deus. Se há momento em que o homem está mais profundamente unido a Deus, este é o ato sexual. Não só porque pode criar um novo ser, mas porque o ato sexual é o ato fundamental pelo qual um homem e uma mulher se criam, se criam à imagem da fonte de que saem. E seja qual for o Deus desse homem ou dessa mulher, eles farão o que Deus fez ao criar o homem e o universo. A sexualidade introduz-nos no universo". Realmente, sexo é bom.

Josefina e Roque CR Província Leste 5


COMEMORANDOSSANOS DAS ENS NO BRASIL Eu vos cone/amo a empreender, a levar avante, uma ação sistemática, organizada - fundar uma equipe em todos os pontos principais do Brasil, lançar sobre vossa Pátria uma imensa rede de que as equipes sejam os nós. Padre Henri Caffarel

Esta é uma bela história que entre nós se iniciou, oficialmente, há cinqüenta e cinco anos. Alguns jovens casais, ansiosos por se colocarem no seguimento de Jesus Cristo na sua condição de casados, descobrem por meio de um padre dominicano canadense, Pe. Marcel Marie Desmarais, recém chegado da Europa, a existência dos Grupos de Casais do Padre Henri Caffarel, na França. Da. Nancy e Dr. Pedro Moncau imediatamente se colocam em contato através de correspondência enviada no dia 30 de novembro de 1949 para o Pe. Caffarel. É aí, a partir deste feliz encontro que, segundo os dizeres do Dr. Pedro Moncau, "fazemos a descoberta do pensamento de Deus sobre o amor humano; do verdadeiro sentido da carne, ainda considerada mais ou menos suspeita; das dimensões da paternidade. Descobrimos o sentido comunitário da famz1ia e compreendemos que, ao aplicar-nos em fazer do nosso lar uma célula viva da Igreja, é na construção da própria Igreja que estamos trabalhando" (Nancy Cajado Moncau, Equipes de Nossa Senhora- Ensaio sobre seu histórico, pág. 23). 6

Assim é que, no dia 13 de maio de 1950, ocorre a primeira reunião de uma Equipe de Nossa Senhora no Brasil. Entre tantas outras peculiaridades, relembramos que esta foi a primeira Equipe fora do continente europeu - até então as equipes estavam na França e na Bélgica bem como a primeira equipe de língua não francesa. Um aspecto que sempre nos chamou a atenção, e cremos ser de suma importância refletirmos sobre isso, é que não se lançou uma segunda equipe senão três anos após esta primeira. E a razão disso foi que Da. Nancy e Dr. Pedro não queriam iniciar uma outra equipe sem antes CM 399


estarem bem seguros dos fundamentos das equipes: seu objetivo, seus métodos e sua pedagogia. Só após estarem bem cientes destes pontos é que começaram a "procurar" outros casais, para lhes apresentar essa "boa nova" sobre o casamento. E aqui novamente encontramos um outro ponto muito importante: eles não estavam preocupados em multiplicar indiscriminadamente as equipes, mas queriam, sim, casais realmente motivados e preocupados no seu crescimento espiritual e conjugal. Cremos que não poderíamos deixar de mencionar, aqui, a importância que foi para a consolidação do Movimento no Brasil as três visitas feitas pelo Pe. Caffarel. Nessas visitas ele deixou muitas reflexões, as quais nos permitiram- ainda permitem - penetrar no espírito do Movimento por ele idealizado. Palestras como a "Ecclesia" e "Testamento Espiritual", as quais podem ser lidas em seu resumo no livro escrito por Dona Nancy, "Equipes de Nossa Senhora - Ensaio sobre sua história", publicado pelas ENS do Brasil. Talvez ninguém pudesse prever, naqueles idos anos 50, que uma pequena semente lançada no coração de alguns casais, fertilizada pelos primeiros sacerdotes conselheiros espirituais, pudesse crescer e se expandir da maneira como ocorreu nestes cinqüenta e cinco anos. Graças ao empenho missionário, a abnegação, a disponibilidade e a gratuidade de tantos casais e outros tantos sacerdotes, hoje a Super-Região BraCM 399

sil se tornou a de maior numero de equipes e de casais dentro do Movimento mundial das Equipes de Nossa Senhora. Se por um lado isto é motivo de alegria por ver tantos casais empenhados em seu crescimento espiritual e conjugal, também não deixa de ser motivo de alguma preocupação. Como a Super-Região passou a ser um referencial dentro do Movimento mundial, os olhos se voltam agora para o Brasil. Daí a responsabilidade dos equipistas brasileiros em dar um forte testemunho de fidelidade ao Carisma, ao Espírito do Movimento, muito bem descrito em inúmeras publicações oferecidas, seja pela Equipe Responsável Internacional (ERI), seja pela Super-Região. Cabe lembrar aqui a importância e o papel preponderante exercido pelas Experiências Comunitárias para a grande expansão do Movimento no Brasil, inovação criada por esta Super-Região, e que tantos benefícios trouxe e traz ao Movimento. Graças às Experiências Comunitárias, não só o Movimento tem crescido pelo Brasil afora, mas, o que é mais importante, de uma ma7


neira sólida e bem fundamentada. O resultado apresentado pelas Experiências Comunitárias tem sido reconhecido por outras Super-Regiões, de maneira que muitas delas já introduziram ou estudam a sua introdução no presente momento. Ainda no ano passado tivemos a oportunidade, como casal ligação da ERI para as Américas, de participar do lançamento do "+ Pareja" (Mais Casal), trabalho elaborado pela Super-Região Hispanoamérica baseado na "Experiência Comunitária" do Brasil. Assim sendo, gostaríamos de deixar uma palavra de estímulo e desafio para os casais equipistas do Brasil, para que levem adiante com perseverança, empenho e ardor esta missão de apostolado na nossa Igreja, que são as Experiências Comunitárias. Gostaríamos de aproveitar desta oportunidade, a nós aberta pela Carta Mensal, para lhes dizer de um outro aspecto que tanto tem contribuído para o fortalecimento das equipes no Brasil. Temos constatado, com muita alegria, o trabalho desenvolvido pela maior parte dos Setores, no Brasil, no sentido de promover encontros e/ou sessões de Formação de forma permanente, voltados especificamente para as realidades e necessidades do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. É através deste trabalho profícuo que se vai consolidando a estrutura do Movimento, principalmente no nível mais crítico e importante, que são os Setores. É neste nível que, na maioria das vezes, se defme o futuro das equipes nas di8

versas Regiões. Juntamente com a boa formação dos Casais Piloto existem cursos específicos para esta formação - é que se constrói uma "rede" forte, coesa, bem fundamentada, como queria o querido fundador das Equipes de Nossa Senhora, Pe. Caffarel. Ao final deste nosso pequeno "bilhete", gostaríamos de deixar uma mensagem final, repetindo as palavras do Dr. Pedro Moncau: "É bom olhar para as origens a fim de meditar sobre as lições que encerram e novamente partir com o passo decidido para a missão que aí está à nossa frente. O passado prepara o futuro" (Pedro Moncau Jr., in Nancy Cajado Moncau, Equipes de Nossa Senhora- Ensaio sobre seu histórico, pág. 13). Parabéns a todos casais equipistas, pois cada um é uma parte da rede que se construiu, bem como aos conselheiros espirituais que, de uma maneira ou outra, contribuíram para que o Movimento das Equipes de Nossa Senhora chegasse aos seus 55 anos de existência, contribuindo de maneira decisiva para a construção do Reino de Deus. Queremos deixar um grande abraço e todo nosso carinho a cada um dos irmãos e irmãs do nosso querido Brasil. Parabéns Equipes de Nossa Senhora do Brasil. Paz e Bem! Maria Regina e Carlos Eduardo Heise Casal Ligação da ERI para as Américas,

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VlNTE ANOS DAS EQUIPES NO BRASIL Comemorar é trazer à memória. Nos nossos aniversários lembramos de fatos marcantes de nossa infância, juventude, casamento ... A Carta Mensal une-se a cada casal, cada Conselheiro Espiritual, cada equipe, setor, região para comemorar a vida do Movimento, que completa 55 anos no Brasil. Abaixo, a memória dos nossos primeiros anos, na palavra dos fundadores das Equipes em terras brasileiras. Lendo seu relato, estaremos não só conhecendo como tudo começou, mas também aprendendo as lições da nossa história. Sugestão: Voltar a ler a Carta Mensal de maio de 2000, edição comemorativa do jubileu de ouro.

O lnfcio das Equipes A história das Equipes no Brasil começa naquela noite de 13 de maio de 1950. Seis casais se acham reunidos ao redor de uma mesa, presididos por um sacerdote. Os seis, antigos amigos já militavam havia anos no Centro Dom Gastão, prolongamento, para casados, da Congregação Mariana da Sé. O sacerdote, Mons. Aguinaldo José Gonçalves, Diretor daquela Congregação. Havia tempo que procuravam uma linha diretriz para a sua vida de cristãos casados, em sucessivas experiências sem continuidade. Para que se tinham reunido? Para tomar conhecimento do conteúdo que uma pequenina brochura, os Estatutos das Equipes de Nossa Senhora, que um deles tinha recebido através de uma correspondência trocada com o Pe. Henri Caffarel. Troca de idéias, debates, objeções ... Conclusão: Iriam tentar a experiência da vida de equipe, tal qual era apresentada naqueles Estatutos. CM 399

Mas, quanta coisa diferente e estranha. A começar pelo jantar. Em seguida, a forma de estudar os assuntos propostos ... Seria possível aquela abertura de uns para com os outros, na co-participação ou na partilha? Seria exeqüível aquela fraternidade capaz de levar a carregar os fardos uns dos outros?. Simplesmente apoiados nos Estatutos, no primeiro tema de estudos e em alguns números da Carta Mensal francesa, foram se realizando as primeiras reuniões. Convidado, não pôde Mons. Aguinaldo ser o Conselheiro Espiritual e pediu ao Pe. 9


Oscar Melanson para substitui-lo. Pe. Melanson conta ele mesmo, em outro artigo, (leia resumo desse artigo na CM 354, pág. 21-22 nota da Carta Mensal) o que foi o seu primeiro contato com a equipe. Contato providencial e decisivo para o Movimento. O princípio não foi fácil. Alguns dos primeiros casais não se adaptaram à fórmula proposta ... Dificuldades para "catequizar" novos elementos. Desânimo por vezes. Impressão de isolamento, apesar da correspondência assídua com Pe. Caffarel e com o primeiro Casal de Ligação, Gerard d'Heilly, que iríamos conhecer mais tarde pessoalmente e saber que vinha dos tempos marcantes das primeiras experiências das Equipes de Nossa Senhora. Além disto, alguns termos dos Estatutos e das suas normas nos pareciam um tanto nebulosos. Foi quando nos anunciaram a visita de um equipista de Paris que, vindo a negócios, aproveitaria a oportunidade para nos procurar. Chegou ele um belo dia à nossa casa. Ambos ocupados quando se apresentou, foi ele introduzido na sala. Quando entramos, pouco depois, encontramo-lo sentado, com um de nossos filhos ao colo, brincando com ele. Não se levantou. Um gesto amigo, uma rápida apresentação, o entabular fácil de uma conversação. Nós, que esperávamos uma visita cerimoniosa, ficamos cativados por aquela simplicidade que nos deixou logo à vontade. E, imediatamente, aquela impressão de que nos conhecíamos há muito ... 10

Aquela visita foi para nós uma revelação. Quanto aprendemos!

Em primeiro lugar o "estilo" da amizade fraterna dentro das equipes: simples, cordial, aberta, cativante. Depois o valor dos contatos humanos, indispensáveis para as equipes em formação. Mais tarde aprenderíamos que, sem exceção, uma equipe isolada é uma equipe fadada a desaparecer. Finalmente, o esclarecimento dos numerosos pontos obscuros e, mais ainda, a razão de ser de cada uma das normas do Movimento.

A primeira expansão Dois anos se passaram. A equipe se firmara, apoiada na correspondência assídua com o Casal de Ligação, sustentada pela firme orientação espiritual do Conselheiro Espiritual. A experiência daqueles dois anos mostrava com toda a evidência que a fórmula das Equipes nada mais era do que um estímulo à vivência do Evangelho. Pe. Melanson não nos deixa adormecer sobre os louros colhidos. Em julho de 1952 inicia-se a pilotagem da segunda equipe, desta vez com antigos membros da JUC. Em dezembro era a terceira que se formava. Depois a quarta ... Graças aos contatos de Pe. Melanson, nas suas múltiplas viagens, formam-se em 1955 as primeiras equipes fora de São Paulo, em Florianópolis, Campinas, Jaú. Mais tarde, em Curitiba, Porto Alegre, Caxias do Sul. No extremo norte do Brasil, há uma experiência em Campina Grande: isolada, CM 399


com dificuldades enormes na correspondência, não teve continuidade. Polarização das boas vontades ... Esboço de organização administrativa ... Trabalhos de secretaria. Lembramonos do mimeógrafo então adquirido para impressão de Estatutos, Temas de Estudos, Manuais e, já a Carta Mensal ... Nele, de dois em dois minutos, era preciso passar com um pincel a tinta na rolo ... Organizam-se os primeiros recolhimentos e retiros. Recolhimentos e retiros para casais eram, na época, um quase escândalo. Dificilmente conseguimos permissão para um primeiro retiro fechado de dois dias. E vimos a superiora de um colégio de irmãs, recusar, por ordem da Madre Geral, a continuação dos recolhimentos que vínhamos fazendo ali, por serem de casais. Folheando a correspondência trocada com o Casal de Ligação, encontramos uma sucessão de datas marcantes. Fevereiro de 53, 1o número da Carta Mensal. Julho do mesmo ano, formação de um esboço de setor que reunia os Responsáveis das 4 equipes então existentes. Abril de 55, compromisso das Equipes 1 e 2. 21 de abril do mesmo ano, Primeiro Dia de Estudos dos CM 399

Responsáveis. Em julho de 56, contavam-se 13 equipes, sendo 8 em São Paulo e 5 fora: Rio, Campina Grande, Florianópolis, Campinas, Jaú. Em 1957, insistentes convites do Centro Diretor para que fôssemos à França, para um encontro com as equipes veteranas. Objetamos que seria muito mais útil a vinda de um delegado do Centro Diretor que entraria em contato com a maior parte dos nossos casais e sugerimos a vinda do Pe. Caffarel. A sugestão é aceita.

A primeira vinda ào Pe. Catfarel Inegavelmente, a visita do fundador das Equipes de Nossa Senhora e seu Diretor Espiritual é o ponto alto de toda a vida do Movimento no Brasil. Só então ficamos conhecendo as Equipes em toda a sua profundidade. Impossível um resumo do que foram os dez dias de contato com o Pe. Caffarel. Alguns dias depois, em carta ao nosso Casal de Ligação, comunicávamos as nossas impressões ainda vivas: "Deu-nos ele uma nova visão da vida de equipe. Temos a impressão muito nítida de que a sua palavra, os seus conselhos, as 11


suas diretrizes vieram marcar uma nova fase para as nossas equipes. Ele nos tomou, por assim dizer, pela mão e nos ajudou a subir mais alto, para desvendar horizontes muito mais amplos". Datam dessa visita, conferências notáveis que continuam a ser atuais: A Equipe, Assembléia Cristã, pequena Ecclesia dentro da Grande Ecclesia. A Ecclesia Missionária, dando o sentido do apostolado nas Equipes; suscitou esta palestra não poucos debates e controvérsias que ainda perduram ... Mas Pe. Caffarel insistiu particularmente sobre a necessidade do aprofundamento, sem no entanto esquecer o transbordamento apostólico. "O aprofundamento, só, esmaga; a ação, só, dispersa e esteriliza; é preciso um e outro para que haja equilíbrio". "Uma equipe que, após algum tempo de trabalho, não sente a necessidade de transbordamento, é uma equipe fracassada". Sucessivamente, apresentou-nos uma visão geral do Movimento, para depois se deter sobre o sentido profundo de cada um dos momentos da reunião de equipe, a razão de ser de cada uma das obrigações. Insistiu sobre o significado da caridade fraterna: "A caridade fraterna é não deixar para trás aquele que denota cansaço, esmorecimento, talvez desencanto. Despertá-lo é caridade. Deixá-lo no seu torpor é trai-lo". De volta à França, escreveu: "As minhas recomendações são as mesmas que vos dei: máximo de nústica e máximo de disciplina. É preciso a todo preço que as equipes sejam 12

este celeiro onde o Senhor encontrará homens e mulheres que irão levar o testemunho de Cristo junto de todos os seus irmãos, nos lugares mais humildes como nos postos mais elevados. Mas isto só se tornará possível se as vossas equipes forem verdadeiras escolas de vida cristã, vitórias da caridade, escolas de oração, cenáculos onde os apóstolos do Cristo vêm abrir os seus corações ao Espírito de Deus".

O crescimento

àas equipes Ainda durante a estada do Pe. Caffarel, organizou-se o primeiro setor, de acordo com as recomendações que nos dera: "Organizar a Equipe de Setor, não para as necessidades de hoje, mas prevendo um número três ou quatro vezes maior de equipes". Éramos ao todo, então, talvez umas 15 equipes. Com a vitalidade e fervor comunicados pelo Pe. Caffarel, com a organização e a divisão das responsabilidades, veio a fase áurea de expansão das equipes. As previsões por ele dadas se realizaram. No início de 1969 tínhamos 36 equipes admitidas e 35 em formação. No início de 1962, 87 admitidas e 41 em formação. Mas, na euforia daquela época, uma grande recomendação do Pe. Caffarel fora deixada na penumbra: "formar equipes sólidas que, pela sua vitalidade e pelo seu devotamento, sejam capazes de irradiar". Mal preparados para aquela expansão, carecendo de pilotos em condições de orientar as equipes CM 399


que vinham surgindo, sem suficientes casais de ligação para o acompanhamento posterior, houve, sim, uma expansão que satisfazia aquele ímpeto de euforia, mas que carecia de base sólida. Pode-se afirmar que a maior parte das dificuldades surgidas posteriormente - até os nossos dias - se devem ao esquecimento daquelas sábias recomendações do Pe. Caffarel: "formar equipes sólidas ... ", e que nada mais são do que a aplicação da parábola do Evangelho: "caiu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e deram sobre a casa, porém esta não desabou porque estava fundada na rocha" (Mt 7 ,25). 1962, nova visita de Pe. Caffarel. Vinha ele justamente nesta fase de inflexão das equipes, conseqüência de sua inflação. O impacto desta segunda visita não foi da mesma ordem da primeira. As Equipes estavam em perigo; era preciso diagnosticar o mal, encontrar os remédios. "Não se entra para as equipes como se entra num cinema" dissera-nos um dia o nosso Casal de Ligação." "É preciso ser exigente", afirma agora o Pe. Caffarel. "É questão de honestidade dizer aos casais que procuram o Movimento: as Equipes só vos ajudarão, na medida em que fordes fiéis às suas normas." "Não se trata de camuflar os Estatutos. As Equipes devem ser apresentadas tais como são." "Ser exigente é manifestar um grande amor por um ser, é não permitir que fique na mediocridade" Os remédios assentados: Maior CM 399

prudência na formação de novas equipes. Levar as equipes de mais de 2 ou 3 anos a uma opção séria e consciente; em outras palavras, levá-las a realizar o seu compromisso. Ao lado disto, formação de quadros e pôr em funcionamento uma estrutura adequada. Data dessa época a organização da Equipe de Coordenação InterRegional - ECIR. Lançou-se ela à execução do programa traçado. O trabalho para levar as equipes ao compromisso não surtiu o efeito esperado e isto por um vício que vem dos primórdios do Movimento: a admissão retardada além de um número limitado de meses assume o aspecto de um compromisso e torna este uma redundância. Organizam-se Sessões de Formação para Dirigentes, em número, porém, insuficiente para as necessidades. Desdobraram-se os Setores e as Regiões, implicando na formação de novos quadros, tarefas a que o Movimento se lançou com decisão.

Visão de futuro Nos últimos anos, desde a segunda vinda do Pe. Caffarel até os nossos dias, as nossas equipes atravessaram uma fase sem grandes acontecimentos marcantes. Tivemos, sim, a visita do Pe. Winsberghe, do Setor de Bruxelas, que dedicou às equipes uma semana inteira, durante a sua estada no Brasil a serviço da Ordem a que pertence. Como o Pe. Caffarel, deixou ele a marca de sua passagem, com os ensinamentos profundos e produtivos que nos comunicou. Tivemos também os refie13


xos da viagem dos casais Azevedo e Payão à Europa, onde tomaram parte no Encontro Internacional das Equipes, em Varese, logo após a grande peregrinação do Movimento a Lourdes. Mas é inegável que as equipes passaram por momentos delicados. Para compreender esta fase do Movimento, é preciso atentar para a situação da Igreja e do mundo durante este período. Tivemos, então, dentro da Igreja, dois acontecimentos marcantes: o Concílio Vaticano II e a Conferência dos Bispos Sul-Americanos em Medelin. Ambos determinaram, após si, o desenvolvimento de um ambiente de renovação dos mais salutares, mas também iniciativas nem sempre caracterizadas pelo espírito de equilfbrio e prudência, dentre as quais dificilmente se poderia distinguir, às vezes, o que é "aggiornamento" e o que é contestação. As Equipes não poderiam deixar de sofrer a influência do meio, como também não podiam se manter insensíveis ao esforço renovador da Igreja. O GECENS (Grupo de Estudo sobre o Concílio e as ENS) é a manifestação deste esforço dentro das Equipes. Atendendo às diferentes correntes que, dentro delas, procuravam novos caminhos consentâneas com a pureza do ideal do Movimento, o GECENS procedeu a uma ampla consulta a todas as equipes. O nível de elevação e sinceridade com que foi conduzido o inquérito, levou a conclusões realmente animadoras. Revelaram a confiança que os equipistas têm no 14

Movimento e a constatação de que as Equipes de Nossa Senhora não somente atendem de perto os apelos do Concílio e dos Bispos Sul-Americanos reunidos em Medelin, como também que os casais sentem que o momento atual pede mais formação, mais vida comunitária, mais disponibilidade ativa e que um aspecto importante desse "aggiomamento" é a motivação e a exigência. Muito se pode esperar de um Movimento em que seus membros estão conscientes de que "renovação" não se confunde com "reforma" e que esta renovação deve basear-se na seriedade, no esforço, na exigência. Ouve-se por vezes falar em crise. Mas, como nos disse Pe. Caffarel em Roma, ao referir-se à crise determinada pela implantação dos Estatutos: "Nem toda crise leva ao fracasso. Todos nós constatamos as crises de crescimento dos fllhos. Conduzem a uma nova fase, favorecem o acesso a uma maturidade maior". O olhar lançado sobre o passado mostra com toda a evidência que a vida das Equipes de Nossa Senhora no Brasil foi uma aventura impossível. Se elas surgiram e se desenvolveram é porque sempre depositaram a sua confiança no Senhor. Elas se encontram agora numa curva importante de sua história. Na medida em que forem fiéis à sua vocação, poderão, dentro da Igreja, responder ao que o Senhor delas espera.

Nancy e Pedro Moncau ]unior (Extraído de Suplemento à Carta Mensal - maio de 1970) CM 399


O APOlO DOS PAPAS E O CHAMADO À MlSSÃO João XX111

A vossa missão de esposos e pais cristãos ultrapassa o quadro restrito da farru1ia. Proteger a intimidade do lar não é fechá-lo, esterilmente, sobre si mesmo. A caridade aperfeiçoa-se no dom de si próprio, e é consagrando-se às tarefas que lhe competem na Igreja e na Sociedade que o vosso lar encontrará o seu pleno crescimento cristão. Que o vosso Movimento ajude cada vez mais os seus membros a descobrir e assumir suas responsabilidades apostólicas. Sendo acolhedor, fraternal, aberto às necessidades dos outros, um casal já faz verdadeiro apostolado, pelo seu exemplo e pela irradiação de sua caridade. Mas nós gostamos de saber que, além disto, os membros das Equi-

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pes de Nossa Senhora, animados de espírito missionário, participam em grande número da vida da Ação Católica e das diversas obras aprovadas pela hierarquia. De todo o coração encorajamos esta orientação do Movimento, sem a qual não alcançaria plenamente o fim a que se propõe: a formação de verdadeiros lares cristãos (maio de 1959 cf CM maio 1980, pág. 5).

••• Pau1oV1

A Igreja, de que sois células vivas e atuantes, dá, através dos vossos lares, como que uma prova experimental do poder do amor sal-

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vador e produz os seus frutos de santidade. Lares sofredores, lares felizes, lares fiéis, preparais para a Igreja e o mundo uma nova primavera, cujos primeiros rebentos nos enchem de alegria. Vendo-vos, vendo pelo pensamento os milhares de casais cristãos espalhados pelo mundo, sentimo-nos repletos de uma irreprimivel esperança e, em nome do Senhor, vos dizemos com confiança: "Brilhe assim a vossa luz aos olhos dos homens, a fim de que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus" [Mt. 5, 16] (maio de 1970 - Cf. CM maio 1980, pág. 5). O matrimônio é um testemunho que se dá e uma missão que se cumpre. A família, enquanto tal, deve procurar ter um valor evangelizador e missionário. Ela realiza esta missão esforçando-se por dar um testemunho real de vida cristã e por se tornar, assim, cada vez mais, um apelo a acolher a Boa Nova do Evangelho. O fato de o vosso Movimento ser oficialmente reconhecido pela Santa Sé como Organização Internacional Católica (diria hoje "associação privada internacional de fiéis" - nota da CM), poderá manifestar e consagrar a vossa vontade de participardes cada vez mais em toda a vida da Igreja, e Nós nos congratulamos com isso. Muitos lares vos ficarão gratos pela ajuda que assim lhes haveis de dar. Efetivamente, hoje, os casais, em sua maior parte, têm necessidade de ser ajudados. Sentem-se as16

saltados primeiro pela desconfiança e pela dúvida, depois pelo medo e pelo desânimo e fmalmente pela tentação do abandono dos valores mais nobres do matrirnônio ... É necessário, pois, reafirmar incessantemente estes valores e estas exigências mediante o testemunho dos casais cristãos ... (setembro 1976 cf CM maio 1980, pág 5 ).

••• João Paulo 11

O fermento do Evangelho deve impregnar por primeiro as realidades cotidianas e fundamentais das relações familiares. É preciso renovar assim, pela base, as células da Igreja e da Sociedade. E o Papa conta com a contribuição do vosso Movimento de espiritualidade conjugal. Incito, pois, os membros das Equipes de Nossa Senhora a procurarem sempre mais a perfeição na sua vida cristã, no e através do sacramento do matrimônio, e faço votos para que muitos outros esposos cristãos ajam da mesma forma. Desejo que façais beneficiar das vossas convicções e da vossa experiência a pastoral familiar da Igreja, nos vossos respectivos países, associando-vos, segundo as possibilidades, aos imensos esforços realizados neste campo. É preciso, com efeito, fazer brilhar aos olhos das novas gerações o maravilhoso plano de Deus sobre CM 399


o amor conjugal, sobre a procriação, sobre a educação familiar, plano esse no qual só poderão acreditar mediante o testemunho dos que vivem isso com o auxílio de todos os recursos da fé. É com esses sentimentos que vos expresso minha confiança, bem como a todos os homens e mulheres das Equipes de Nossa Senhora e aos seus Conselheiros Espirituais, incentivando-vos a continuardes a situar os vossos esforços bem dentro da Igreja, segundo a doutrina da Igreja, em união com os Pastores da Igreja, e com os outros movimentos cuja ação complementa a vossa. (setembro de 1979- cf CM maio 1980, pág. 6). Mistério de aliança e de comunhão, o compromisso dos esposos convida-os a encontrar força na Eucaristia ... As diferentes fases da liturgia eucarística convidam os cônjuges a viver a sua vida conjugal e familiar a exemplo da vida de Cristo, que se doa aos homens por amor. Eles encontrarão neste sacramento a ousadia necessária para o acolhimento, o perdão, o diálogo e a comunhão dos corações. CM 399

Exorto todos os membros das Equipes a participar cada vez mais ativamente da vida eclesial, sobretudo entre os jovens, que esperam a mensagem cristã sobre o amor humano, ao mesmo tempo elevada e exigente. Agradeço a Deus os frutos produzidos pelo vosso Movimento no mundo todo, encorajando-vos a testemunhar incessantemente, de maneira explícita, a beleza e a magnitude do amor humano do matrimônio e da família (20 de janeiro de 2003 - cf CM 380, pág. 10-12). 17


OBRlGADO SENHOR Dona Nancy, em razão da sua saúde debilitada, não pôde escrever para o 55° aniversário. Mas a oração que ela fez há 20 anos se torna um convite a que no dia 13 de maio nos unamos em ação de graças e louvores a Deus pelo nosso Movimento. Lançando um olhar sobre o passado e confiantes nas esperanças do futuro, elevamos ao Senhor nossa gratidão por tudo o que dele recebemos. Obrigado, Senhor, por nos teres ajudado até aqui e permitido que a mensagem da espiritualidade conjugal que nos confiaste não se desvirtuasse na caminhada. Obrigado, Senhor, por nos teres dado forças de sermos fiéis à inspiração de nosso fundador para fazer do nosso amor humano, santificado por um sacramento, "um louvor a Deus e um testemunho prestado aos homens". Obrigado, Senhor, porque somos Igreja, a tua Igreja, e unidos podemos trabalhar pelo teu Reino. Obrigado, Senhor, por nos teres permitido servir-te em numerosos e diversificados campos da tua Igreja e, unidos aos nossos Pastores, sob sua direção e com o seu apoio, podermos continuar a "servir-te sem discutir". Obrigado, Senhor, pela quantidade de equipes que somos, e pelo espírito missionário que em nós suscitas e sustentas. Obrigado, Senhor, pelas vocações que surgiram nos nossos lares. Au18

menta-as, Senhor, para que os nossos filhos, frutos desse amor que abençoaste, estejam na tua presença como servidores fiéis na distribuição de tuas graças. Obrigado, Senhor, por teres feito de nossos fracos esforços meios para que outras atividades surgissem entre nós: as equipes de jovens que já se multiplicam, as equipes de viúvas e de pessoas sós que aí encontram um apoio e um estímulo para sua vida. Obrigado, Senhor, pelas graças concedidas aos que nos precederam no teu Reino e que, lembrados com saudades, sustentam, pelo exemplo que nos deram, a nossa vida e a nossa esperança. Obrigado, Senhor, pelos teus sacerdotes, nossos Conselheiros Espirituais, que fortalecem a nossa confiança em ti nos momentos difíceis e nos ajudam a discernir a tua vontade e os teus caminhos. Por tudo o que nos deste, Senhor, por tudo o que nos perdoaste, pelo muito que de ti esperamos, obrigado, Senhor!

Nancy Cajado Moncau Carta Mensal maio 1985, pág. 2-3 CM 399


PROVÍNCIA NORTE EACRE

em )uriti Chegamos ao final dos cinco EACRE. Todos foram maravilhosos, atendendo aos propósitos , com bastante participação, informação e espiritualidade. O EACRE da Região Norte I foi especial, com a presença do nosso querido CR Super-Região Brasil, Graça e Roberto, que veio testemunhar seu profundo conhecimento e vivência do ser Casal Cristão e Equipista. Como não podemos descrever todos os EACRE, escolhemos o de Juruti, cidade situada entre Manaus e Belém, pertencente à Região Norte III, centralizada na cidade de Santarém. O EACRE em si foi igual aos demais. O que nos chamou a atenção neste de Juruti foram os testemunhos. Por ocasião da colocação do CR Coordenação, Ana e Djalma, quando referiu que na município só há dois Sacerdotes e são conselheiros das doze equipes existentes, aí percebemos o diferencial: Procurando suprir a ausência dos conselheiros, os casais ligação participam mensalmente das reuniões das equipes que ligam. Das 12 equipes, oito situam-se em comunidades distantes da cidade e são nestas onde os casais ligaCM 399

ção fazem acompanhamento espiritual. São comunidades de difícil acesso. A maioria vai de "canoas", quase sempre pequena e sem abrigo. Ficam à mercê das chuvas, comuns na região, com risco de a canoa vir a encher de água e afundar. As viagens, às vezes, duram quase 4 horas. Alguns ainda enfrentam outras barreiras, como ter que andar por pântanos e chavascais, por picadas feitas no meio da mata e, para completar o desafio, caminhar na escuridão da noite com tochas feitas de folhas secas apanhadas do chão. É a realidade de um povo, em cujo meio os ligações são verdadeiros sinais visíveis da presença e do Amor de Deus aos irmãos e às Equipes de Nossa Senhora. Esses equipistas testemunham o carisma e a mística das Equipes, em especial a mística, praticando a presença de Deus na comunidade (equipe), a ajuda mútua e o testemunho. Nazira e João Paulo CRP Norte 19


Realizamos o primeiro EACRE de Juruti, nos dias 26 e 27 de fevereiro, com a presença do Casal Provincial, Nazira e João Paulo. A emoção do encontro é sempre marcante, pois o jeito simples e acolhedor dos irmãos e irmãs da cidade e do interior tiraram lágrimas de Nazira. É o sentido de pertencer ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora: A mesma alegria de sermos irmãs e irmãos, seja em cidade grande ou lá no interior amazônico. Pertencemos a uma farru1ia só. Abrem-se as portas das casas para acolher. Nos momentos fortes de oração, esses casais deram mensagens marcantes, ensinando-nos que o Reino de Deus é dos simples e puros de coração. Cada casal vem ajudando a levar a mensagem do Movimento, a espiritualidade conjugal, aos lugares mais longínquos. Regist,ela e Cladionor Rocha CRR Norte III

••• Reqião Norte 11 Num clima de muita paz, compromisso e fraternidade, foi realizado nos

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dias 19 e 20 de fevereiro o EACRE da Região Norte II, uma grande festa de acolhida, espiritualidade, formação, informação e muita alegria. Lili e Constantino, CR Norte II, trabalharam sem cessar, em união com os setores, para que tudo acontecesse de acordo com as orientações recebidas e a unidade se fizesse presente por todo o evento. A celebração de abertura, presidida por Mons. Marcelino, deu enfoque todo especial ao casal em busca da unidade. As demais palestras, bem preparadas e objetivas, possibilitaram aos casais a formação necessária ao exercício das diversas responsabilidades em 2005. No envio, bandeiras brancas, simbolizando a paz, entrelaçaram-se com velas acesas na passagem do Santíssimo, que veio dizer a cada um que é necessário buscar a sua luz e a sua força, para que, construtores da paz (Felizes os que promovem a paz- Mt 5, 9), possamos exercer com humildade e sabedoria as funções às quais fomos chamados no Movimento e na Igreja. Sandra e Jaime, CR Setor A Região Norte II - Belém/PA

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PROVÍNClA NORDESTE Região Pernambuco 1 /Alagoas O EACRE, realizado nos dias 26 e 27, celebrou a Unidade. Participaram 75 casais e 11 conselheiros espirituais. Foram dias de estudo, reflexão, troca de experiências, testemunhos e, principalmente, convívio fraterno. Os objetivos foram atingidos: animar os casais responsáveis de equipe; refletir e discernir sobre a caminhada no Movimento e na Equipe; ser momento de evangelização, formação e troca de experiências; realizar e celebrar a unidade do Movimento. As celebrações destacaram-se como pontos altos do encontro, tanto as eucarísticas como outros momentos de oração. Foi uma constante o apelo para reafirmar a pertença ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora e por uma opção pela santificação em casal, levando a todos os demais casais a boa nova de que, pelo sacramento do Matrimónio, Cristo veio curar e salvar o amor humano. Antes da celebração do Envio, o CRR convidou os casais e conselheiros a perseverarem no trabalho, procurando sempre a proteção de Nossa Senhora e encerrou citando São Paulo: 'Tudo posso naquele que me fortalece" (Fl4,13). CM 399

Glória e Bartolomeu do Nascimento Eq. 33 A - N. S. de Guadalupe Jaboatão dos Guararapes/PE

••• Região Pernambuco 11 Nos dias 26 e 27 de fevereiro do corrente ano, a Região Pernambuco II realizou em Palmares/PE o seu EACRE. O Setor Palmares foi o anfitrião do encontro, recebendo as equipes dos setores Pesqueira, Belo Jardim e Barreiros. Com a graça de Deus, neste ano tivemos entre nós Eunice e Milton, Casal Secretário/ Tesoureiro da SR, especialmente recebido pelo Setor Palmares. Esteve também presente o nosso Casal Regional, Ignácia e Egildo. Como o nosso CRP, Cida e Raimundo, mandou incendiar toda a Província com o fogo do Espírito Santo, temos a certeza de que nós nos en-

Palmares-PE

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cheremos desse fogo para colocá-lo a serviço das nossas equipes de base. Fátima e Alberto Passos Casal Divulgação do setor Palmares

••• Região Paraíba Nossa Região, nos dias 19 e 20 de fevereiro, realizou o EACRE, em conformidade com as orientações recebidas no Colegiada Nacional e no Encontro Provincial. Reuniu 85 casais e 12 conselheiros. Um dos momentos fortes, segundo a avaliação dos participantes, foi a palestra sobre sexualidade proferida pelo Pe. Miguel Batista, SCJ.

O Arcebispo Dom Aldo Pagotto, impossibilitado de participar, foi representado pelo Pe. Waldernir, SCE do Setor B de João Pessoa. Cida e Raimundo, Casal Provincial, transmitiram as orientações gerais para o ano de 2005 . Os momentos de formação foram fechados com chave de ouro pelo testemunho missionário da Irmã Teresinha, já conhecida através da Carta Mensal. Irmã Teresinha acompanha várias equipes, é educadora e está completando 50 anos de vida religiosa. Um belo testemunho. Foi um grande evento de confraternização, de formação, informação e celebração. Jussara e Daniel Casal Regional

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PROVÍNClA CENTRO-OESTE Região Centro-Oeste 1 Nosso EACRE foi realizado nos dias 12 e 13 de março. Das várias palestras, destacamos: As orientações para 2005, transmitidas por Rita e José Adolfo, Casal Provincial. Um flash, onde um vídeo ilustrou que o difícil é vencer a si mesmo e que no dever de sentar-se não há vencidos nem vencedores. O flash sobre a regra de vida, que ressaltou a importância da conversão. Padre Cavalca, falando sobre abnegação, trouxe a certeza de que amor e abnegação são "faces da 22

mesma medalha". E na palestra sobre sexualidade, proporcionou-nos refletir sobre o ser homem e o ser mulher, salientando a necessidade da abnegação e da ascese na vida do casal que quer viver plenamente o Sacramento do Matrimónio. Pediu que os casais saiam de seu mutismo em relação à sexualidade e assumam palestras relativas a esse tema. Lembrando o ano da Eucaristia, foi realizada uma adoração ao Santíssimo que nos fez vivenciar a presença de Cristo ressuscitado. As várias palestras, os trabalhos de grupo, testemunhos, liturgias e a CM 399


convivência fraterna fizeram do EACRE momento forte de formação e uma ação de graças pelas maravilhas que Deus opera em nossas vidas. Cada casal saiu mais fortalecido para a missão de transformar sua vida, sua fanu1ia e o Movimento. Sônia/Mário Equipe 03E-I - Brasília/DF

...

Região Goiás-Sul Alegrai-vos! Com essa proposta iniciamos o EACRE, na cidade de Itumbiara-GO, realizado nos dias 19 e 20 de fevereiro, onde nos encontramos CRE, CL, CRR e Casal Provincial para vi vermos um fim de semana de formação, informação, integração e muita espiritualidade e compromisso. Essa alegria pairou no ar do início ao fim do Encontro. Toda a programação nos fez vivenciar e sentir o verdadeiro sentido do compromisso de sermos equipistas em busca da santidade conjugal. A reunião com os conse-

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lheiros espirituais foi uma demonstração de unidade das Equipes de Nossa Senhora com a Igreja. Destacamos a presença de 19 conselheiros espirituais, entre eles D. Antônio Lino, Bispo de Itumbiara, SCE de 4 equipes. Alguns testemunhos do Encontro foram significativos, como este: " ... Pela primeira vez no Movimento fomos experimentados pelo fogo transformador do amor de Deus. Desde os primeiros momentos, fomos envoltos pelo Espírito Santo e sentimos uma grande alegria de pertença ao Movimento. Foram momentos fortes de oração, testemunhos e partilha que nos incendiaram de entusiasmo. Saímos com idéias e planejamentos para nossa equipe. Tomamos consciência da responsabilidade que Deus nos confiou e, com a intercessão de Nossa Senhora, assumimos, porque não queremos estar somente aos pés da Cruz, pois o Senhor nos mostrou a quanto mais podemos ir" (Núbia e Rener, Eq. 15-A, Itumbiara-GO). A Celebração do Envio nos levou ao compromisso de cuidar da

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nossa conjugalidade e da conjugalidade dos casais de nossas equipes como "uma planta que exige permanente atenção". Marcia e Jairo CR Região Goiás-Sul

••• Região Mato Grosso do Sul Nosso EACRE aconteceu nos dias 26 e 27 de fevereiro, com enfoque no tema: Sexualidade e Abnegação: Caminho para o amor conjugal. É engano pensar que, realizado todos os anos, o EACRE poderia ser repetitivo e exaustivo, principalmente para quem participa há vários anos. Felizes podemos testemunhar que a cada vez as informações são mais ricas, novas maneiras se sobrepõem às antigas ... São tomados cuidados para que não se perca a essência e o sentido da mística, do carisma e da unidade do Movimento, que devem ser únicas. Todos os temas que integraram a pauta de atividades conscientizaram os participantes da respon-

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sabilidade que a cada um compete para impulsionar as equipes à frente, e sem medo do compromisso. Destacamos: • Pe. Geraldo Grendene, que abordou o tema sexualidade e abnegação na visão psicológica, social e espiritual para o casal; • Dom Vitório Pavanello, Arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande, que fez refletir sobre a importância da Missa na celebração do Matrimónio e a necessidade da Eucaristia na vida do casal; • Pe. Os mar Bezutte, que nos interpelou: ''Imaginem se assumíssemos nossas funções e responsabilidades sem preparo, sem um tempo devido para o estudo e formação!" Encerramos o Encontro com a sensação de que vale a pena sermos casais responsáveis de equipe. Luciene e Marco André CR Setor B - Campo Grande/MS

••• Região Centro-Oeste 11 Realizado nos dias 5 e 6 de março, o EACRE reuniu mais de 150 casais, alguns CE e o Casal Provincial Rita e José Adolfo. Nas palestras, foco especial foi dado ao tema do ano, sexualidade e abnegação, apresentado pelo Pe. Pedro Bassini, numa visão antropológica, psicológica e espiritual. Entre outros, ressaltou: CM 399


a) que a harmonia familiar vai decorrer da harmonia conjugal e essa harmonia é fruto da interação entre o homem e a mulher; b) que a sexualidade precisa ser administrada, canalizada; c) que a maturidade humana afetivo-sexual nos traz liberdade, nos faz entender o corpo como um todo, como uma unidade; d) que este corpo tem que ser bem tratado, pois ele é templo do Espírito Santo. Situou a abnegação

como uma atitude positiva e não simplesmente como uma renúncia ou castração. O casal Creusa e Caroba, CRR, em Testemunho da Missão, deu a conhecer a sua caminhada cristã de amor conjugal e de amor pelo Movimento. Falou do engajamento na paróquia e de que seu lar é lugar de acolhimento e hospitalidade para os irmãos. Afra e Beta CR Setor A Região CO II

PROVÍNClA lESTE Região Rio 1 O mês de março foi rico e abençoado para nós, porque o Senhor nos chamou a trabalhar na sua vinha. Deus mais uma vez foi extremamente bom e generoso, pois cada pessoa que Ele conduziu para o Encontro chegava plena de amor e disposta a receber e partilhar tudo. A presença tão importante para as equipes de tantos conselheiros nos comoveu, pois conseguiram, na sua agenda atribulada, reservar espaço para participar do EACRE. Nossos palestrantes também, com muito carinho, deram sua valiosa contribuição. Sentíamos que todos prepararam com muito amor o que desejavam transmitir. CM 399

E o que dizer da palestra sobre sexualidade e abnegação apresentada com tanta propriedade por padre Flávio Cavalca? Ele nos levou a olhar com mais amor para o nosso encontro homem-mulher. As celebrações litúrgicas foram momentos de muitas bênçãos. Desde a missa de abertura, no sábado, até a cerimônia do Envio, quanta riqueza, que diversidade de dons! Deise e Antonio CR Setor A - Região Rio I

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Região Rio 111 A Região Rio III realizou seu EACRE nos dias 13 e 14 de março, num clima de intensa espiritualidade e fraternidade. Na celebração Eucarística de abertura, Pe. Adilson, aproveitando o evangelho da Videira e os Ramos, enfatizou a importância da atitude do equipista de permanecer, ou seja, continuar sempre, com Jesus e no Movimento, a fim de produzir frutos. Também na palestra sobre sexualidade e abnegação fez com muita clareza comparações entre a pregação cristã e a forma enganosa como os meios de comunicação têm colocado o assunto. Nós católicos temos o dever de formar cristãos adultos, que vivenciem os valores morais. Nos flashes sobre o dever de sentar-se e a regra de vida, foi enfatizado que precisamos praticar, viver de fato os PCEs. Ninguém é obrigado a ficar no Movimento. Se equipista, porém, deve ser fiel ao seu carisma e à sua mística. Dinâmicas nos mostraram como seria bom se pudéssemos redescobrir um no outro a ternura, o rosto querido, a pessoa maravilhosa pela qual nos apaixonamos. Deus

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nos escolheu um para o outro, e seria bom pensarmos se vamos atender aos apelos do mundo ou seguir o desígnio de Deus. As liturgias, as palestras, os trabalhos de grupo nos entusiasmaram ao testemunho. Equipe de Comunicação da Região Rio III

••• Região Rio 1V Realizado nos dias 5 e 6 de março, o EACRE da Região Rio IV contou com a presença de 68 casais. Estiveram também presentes 10 sacerdotes conselheiros espirituais e o Casal Provincial, Josefma e Roque. A cada ano, somam-se mais irmãos, resultado da expansão que vem sendo realizada. Cabe ressaltar a hospitalidade dos equipistas de Niterói e São Gonçalo, que acolheram em suas casas os que vieram de longe. Vivenciamos, nestes dois dias, vários momentos fortes de oração, especialmente nas liturgias, trocas de experiências, principalmente nos trabalhos de grupo, confraternização, além de informações recebidas nas palestras.

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O tema proposto para o ano em curso, sexualidade e abnegação, foi muito bem desenvolvido em todos os momentos, destacando-se a palestra do SCE da Região, Pe. Édson Assunção, que, com muita clareza e firmeza, abordou o assunto, levando os casais a repensarem sua posição face ao tema. Rogamos a Deus pelo engrandecimento espiritual de nossas Equipes. Graça e Juarez - CRR Rio N

••• Região Minas 111 Nosso EACRE realizou-se nos dias 12 e 13 de março, aquecido pela presença de 227 pessoas, entre elas, o Casal Provincial, Josefma e Roque, e 20 conselheiros espirituais. Padre Frank falou de sexualidade, da realidade erótica, caminhos tortuosos, mostrando os trilhos da verdadeira sexualidade. O sexo exercido com santidade é fonte de amor e vida. CM 399

Dom José Francisco nos trouxe a palavra da Eucaristia, o pão que muda os homens para o diálogo, para a partilha e a participação, para a descoberta da força e da luz na missão do casal na vida cotidiana do mundo de hoje. Foi enfatizado que o exercício da responsabilidade deve ser exercido com muita oração, estudo, humildade e despojamento e acompanhando os passos da Igreja. Encerrou-se o Encontro com Eucaristia presidida por Dom Ricardo Pedro, Arcebispo de Pouso Alegre. A presença numerosa de conselheiros é sinal de entusiasmo no caminhar juntos dos sacramentos da Ordem e do Matrimônio. Palestras, testemunhos, trabalhos de grupos fizeram os casais saírem do evento com os corações cheios de esperança, amor e muita paz, animados pelo grande amor de Deus. Demonstraram que irão trabalhar com criatividade sob o calor natural e espiritual que os animou no Encontro. Maria Rosa e Luiz CRR Minas III

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PROVÍNClA SUll Região São Paulo Sul 1 Somos casais buscando a santificação. A missa de abertura dá o ânimo do EACRE: casais "fonte de vida e de graça em busca da santidade". Débora e Sérgio testemunham: "Foram dois dias de muita oração, reflexão, descontração e crescimento". Dom Airton (SCER) nos brindou com uma reflexão sobre a importância de sermos CRE, dizendo que se estivermos cheios de Deus, transbordaremos aos outros, recordando a tarefa de encorajar e acolher, maternidade e paternidade, promover a paz, incentivar a ajuda mútua, responsabilizar-se por todos os irmãos da equipe e ser chama acesa do Movimento dentro e fora da equipe de base, através, primeiramente, da oração e do testemunho. Frei Avelino, cuja presença singular e alegre nos encantou, falou sobre sexualidade e abnegação, refletindo: O amor é o habitat natural para uma relação. Também se entende por sexualidade quando olhamos para a pessoa amada e, criando uma relação a dois, procuramos a alegria interior. Sobre a abnegação, concluiu: Não se vive nada sem renúncias ... , a vida se faz caminhando para frente, pois a perfeição tem a estatura de Cristo. Sheyla e Francisco, Casal Provincial, indicaram o canúnho a se28

guir através do tema sexualidade e abnegação- Construtores da civilização do amor. Falaram da importância de uma verdadeira relação de amor entre homem e mulher. Sobre a CF 2005, Pe. Ademir disse que a paz é um anseio tão grande que não agüentamos mais ficar no marasmo e que o perdão, a paciência e a hunúldade são virtudes que a cada dia vão construindo a paz. Ressaltamos a presença e a importância da participação de nossos queridos SCE. Osmarina e Toninha CRR São Paulo Sul I

••• Região São Paulo Sul 11 Exemplo de fé e exemplo de amor ao Movimento. Tivemos muitas bênçãos derramadas neste EACRE, exemplos de amor e de fé por parte dos casais que lá estiveram. Falemos sobre um deles, CR da Equipe 1 do Setor Votorantim pelo segundo ano consecutivo e grávidos de quase 9 meses! Quando a equipe os elegeu, Adriana já estava grávida. Mesmo assim disseram sim e que fariam o possível para participar do Encontro. E assim foi, mesmo a médica alertando-os de que, se a criança não nascesse naturalmente até 19 de março, nesse dia seria feita a cesariana. Nosso EACRE aconteceu nos CM 399


dias 5 e 6 de março! Tudo foi maravilhoso. Estando no finalzinho, eis que o bebê está querendo ver a luz e eles voltam para a sua cidade. Pe. Fernando bem disse ao final da celebração de Envio que nesse EACRE nós estávamos celebrando a VIDA (o casal saiu dali para a Maternidade). O que queremos destacar é a fé desse casal, novinho ainda em idade e no Movimento, pois acreditou que Deus cuidaria de tudo, enquanto os dois estivessem participando do EACRE, evento tão importante para oCRE a serviço da sua equipe. Que esse testemunho nos sirva de incentivo a assumirmos o nosso Movimento. Dú e Chico CR Setor Votorantim/SP

••• PROVfNClA SUl 11 Região São Paulo - Oeste 11

Os setores de Araçatuba e Vaiparaíso, da Região São Paulo Oeste II, realizaram o EACRE nos dias 12 e 13 de fevereiro de 2005, na cidade de Araçatuba/SP. Ressaltamos o carinho e a dedicação dos organizadores, na preparação e condução do Encontro e o conhecimento e disponibilidade dos palestrantes. Como todos nós sabemos, este CM 399

encontro anual tem por fmalidade dar aos CRE as orientações para animar suas equipes no ano e ao mesmo tempo reafirmar a pertença ao Movimento. Proporcionou aos participantes dois dias de muita alegria, riquíssimas celebrações e formação. Dele saímos agradecidos a Deus e agraciados com os ensinamentos recebidos, que serão partilhados com os demais irmãos ao longo do ano equipista. O Bispo de Araçatuba, Dom Sérgio, que há poucos meses assumiu a diocese, fez questão de participar. Colocou-se à disposição do Movimento, que considera de fundamental importância para a Igreja na missão de fortalecer a vida conjugal e familiar, cujo sentido vem sendo banalizado pela mídia. A presença maciça, alegre e disposta dos casais no Encontro demonstra a sua responsabilidade perante o Movimento. Lena e José Eq. - N. S. Auxiliadora da Felicidade- Valparaíso/SP 29


PROVÍNClA SUL 111 Região Paraná Sul Todo EACRE é um encontro de ação de graças e esperança. O que deixou este bastante dinânúco foi o fato de reunir casais que estavam participando pela primeira vez e outros que até já haviam perdido a conta de em quantos já estiveram. Num clima de fraternidade, os casais estavam conscientes do "servir por amor". O amor perpassou toda nossa liturgia, onde se realçou que marido e mulher se devem conhecer e se deixar conhecer, renovar a aliança matrimonial, embalados pela esperança. O Casal Provincial, Ângela e Luiz, insistiram que devemos conhecer e seguir as orientações do Movimento e da Palavra de Deus. Nas suas palestras, Pe. Sallet afrrmou que a sexualidade é uma pulsão vital que faz parte do nosso ser. Ela é positiva, ela é criação de Deus. E, fazendo correlação com nossa nústica, diz que a abnegação nos ajudará a sermos testemunhos de vida matrimonial e a viver a nossa nústica. Os grupos mostraram que estamos no momento certo para discutirmos e conhecermos nossa sexualidade. Isso se confirma pelos depoimentos de casais com mais de 30 anos de Equipe. Um deles afirmou que a espiritualidade inclui a sexualidade, e cantou: Você é a chuva forte que inunda. Eu a chuva fina que umedece Nós nos atraímos pela nossa alteridade e, Ao longo do tempo, nos educamos e

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Vamos construindo a conjuga/idade.

Cida e Altair CRS Setor A - Curitiba/PR

••• Região RS 1 Tivemos a felicidade de participar do EACRE realizado de 19 a 21 de março. Nos motivou, revitalizando e esclarecendo a missão do casal responsável de equipe. Foi um tempo forte de espiritualidade, formação, reflexão e de convivência fraterna. Sentimo-nos gostosamente irmanados, desde a acolhida pelo CRR e seu Colegiada. Fomos animados para o grande serviço da responsabilidade, para sermos fermento e luz nas nossas equipes. Percebemos a presença de muitos casais que participavam pela primeira vez de um EACRE, e isto nos alegra, pois é garantia da continuidade do nosso Movimento. Foi forte a presença do Espírito Santo e de Maria Santíssima. Com eles teremos força, coragem e amparo para a caminhada. Para nós, ser casal responsável de equipe é um prêmio, um serviço e acima de tudo uma graça. O Senhor fez por nós maravilhas! Carmen e Pedro CR, Eq. N. Sra. Mãe de Deus - Setor Serra CM 399


A EUCARISTIA E O MAGNlACAT Ano Eucarístico e o Magnificat. Eis duas motivações para refletirmos sobre o significado e as vinculações de um e outro, e para que evoquemos duas verdades assinaladas pelo Papa João Paulo II e pelo Fundador das ENS, Padre Caffarel: "Não existe situação humana que não possa encontrar no Magnificat uma adequada interpretação" (João Paulo II, em 22/0211981). "O regime normal do cristão normal é a comunhão cotidiana" ( in Orar 15 dias com Caffarel). Maria, ao ser saudada pelo Anjo Gabriel, reconhece-se a "serva do Senhor" (cf. Lc 1, 38) e se faz a serva dos irmãos, feitos filhos seus ao pé da Cruz. Também nós, ao comungarmos sacramentalmente, experimentamos algo do que vivenciou Maria ao receber Jesus em seu seio virginal. A Eucaristia nos induz à mais íntima união com Cristo, que nos quer transformar no seu Corpo (cf. Ecclesia de Eucharistia, 23), para pensarmos como Ele, agirmos como Ele, termos os mesmos sentimentos d'Ele (cf. Fl 2, 5). A exemplo de Maria e do próprio Jesus, adquirimas consciência de que não viemos a este mundo para ser servidos, mas para servir (cf. Mt 20, 28). A solenidade de Corpus Christi nos faz pensar na justa homenagem à "primeira de todas as devoções, a mais agradável e a mais útil para nós, depois dos sacramentos" (Sto. Afonso M Ligório ), conforme nos lembra João Paulo II em sua admirável CM 399

encíclica A Igreja da Eucaristia (n° 25), cuja leitura se toma oportuna e até indispensável neste ano. Maria ficou repleta de alegria quando recebeu Jesus, quando se converteu no primeiro sacrário vivo da história (cf. EE, 55). A nós é dado gozar da alegria celestial, ao comungarmos Jesus-Hóstia, que vem a nós como a "Maravilha" que Deus fez para nós. Como cristãos, devemos olhar a realidade com os olhos de Deus, vendo o natural de um modo sobrenatural. Convenhamos que a Eucaristia, ação de graças perfeita, e o Magnificat, cântico de gratidão por excelência, muito nos ajudam neste propósito de sermos "cidadãos do Céu" (cf. F13,20), sem descurarmos nossos deveres de cidadãos terrenos a serviço do Reino da solidariedade, da paz, da justiça, da verdade e do amor. (cf. EE, 20). Com os pés na terra e o coração no Céu, nós nos compenetramos melhor do mistério de Cristo e do mistério do homem. A isso nos conduz a Eucaristia, assim como esta nos suscita incontido Magnificat. Com a Mãe celeste, a mulher "eucarística" (cf. EE, 53), demos graças a Deus na Eucaristia, cantando Magnificat, em alegre e eficaz comunhão com os irmãos equipistas do mundo inteiro.

Marly e Francisco 23 D - N. S. do Bom Conselho Brasz1ia/DF 31


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MARlA, MAE DA EUCARlSTIA Deus quis pôr sua morada entre os homens. Isto foi possível graças a Maria, à sua pronta disponibilidade, ao dom total de si mesma a Deus. Nela "o Verbo se fez carne", a Palavra se fez homem. Em Belém ("Casa do Pão"), aquela "Carne" se fez "Pão", pelo que, Maria, Mãe da Palavra feita Carne, se torna Mãe da Carne feita Pão. Assim, Maria é a Mãe da Eucaristia! E ela continua ainda hoje, como Mãe e Modelo da Igreja, a doar-nos este Pão, o "frágil pão" que pode saciar e transformar o coração humano. Obrigado, Maria, porque nos fazes degustar a doçura deste pão! Ela nos convida, com carinho materno, a colocarmos a Eucaristia no centro de nossa vida pessoal, familiar e eclesial. O melhor modo de lhe sermos devotos consiste, portanto, em participar da Santa Missa, com os sentimentos dela, "Mulher Eucarística", e em receber dignamente a Eucaristia! Ela, que não hesitou em oferecer seu ven-

tre virginal para a Encarnação do Verbo, deseja que cada um de nós ofereça o próprio coração para que se torne tabernáculo, mangedoura, o lugar de encontro da pessoa humana com Deus, recebendo assim a força transformadora do "Pão da Vida". Todos os que se nutrem dignamente dEle tornam-se instrumentos de sua presença de amor, de misericórdia e de paz. Mais uma vez Maria vem dizernos: "Não tenhais medo, confiai em meu Filho, que se faz pão para a vossa vida!". Se Jesus se faz pão é para ser consumido. Dá-nos sentir, Senhor, já neste mundo, o sabor de uma vida plena, que queremos alcançar, com confiança e alegria, orientando o nosso coração para a vida que não terá mais fim. "Fica conosco, Senhor'', e não seremos jamais prisioneiros da noite!

Pe. Graziano DeCol Extraído da Revista "Jncoronata"Foggia/ Itália - no 04/2004

No dia 19 de março a Igreja festeja São José, o Esposo de Maria, e no dia 1o de maio, São José Operário. Que ele interceda pelas nossas farm1ias. Que seu exemplo de marido dedicado e justo seja imitado pelos esposos. ·Ele, que não teve facilidades para manter a sua farm1ia, como quando teve que fugir com Jesus para o Egito, rogue a Deus por tantos pais desempregados ou com baixos salários, para que renovem a esperança em Deus e possam com dignidade obter o sustento para suas famílias.

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PRECISO DE VOCÊ, MAMÃE! Mamãe, embora eu não esteja na minha melhor fase, não poderia deixar de escrever para você. Porque meu coração continua acreditando na veracidade de nossos sentimentos e na grandeza do nosso amor. Isso um dia eu coloquei no papel para você guardar como lembrança. Sabe, mamãe, sinto falta de ser criança! Era tudo tão simples! Naquela época eu conseguia simplesmente jogar-me em seus braços e ter a certeza de que tudo que vinha de você era o melhor para mim. Todas as decisões, os problemas, as broncas ... Era óbvio! Você estava certa! Hoje, o mundo insiste em colocar em nossas cabeças que as coisas não são bem assim. A pessoas nos querem fazer acreditar que amadurecemos quando começamos a pensar sozinhos ... Agora entendo porque somente as "criancinhas" são bem-vindas no reino dos céus ... É porque elas são capazes de se entregar, de confiar inteiramente, de não duvidar um só minuto da magnitude do nosso Deus. Em relação a você, mamãe, é a mesma coisa! Quisera eu ser criança outra vez para pular novamente em seus braços, pedir-lhe carinho e saber que seu colo é o lugar mais seguro do mundo. Saber que com você eu jamais teria motivos para me preocupar... Mas eu cresci! Quis andar com minhas próprias pernas, pensar com minha própria cabeça, resolver tudo a meu modo, esquecendo que foi o seu amor por mim que me fez chegar até aqui. Com isso me afastei de você, mamãe. Afastei-me das coisas que você sempre me ensinou. Afastei-me de tudo que eu acreditava quando me deixava guiar por você. Não foi apenas ontem que eu percebi tudo isso. Eu já tinha reparado que estava me desviando do bom caminho. Eu já estava deixando de ser eu para ser o que os outros jovens querem que eu seja. Eu não quero ser igual! Eu quero continuar sendo diferente ... Vou precisar da sua ajuda, mamãe, não dos seus sermões. Vou precisar de carinho, calma, paciência e muita fé. Eu já sei que estou errada e vou precisar de apoio, de força. Sozinha eu já não posso mais! Me ajuda! Me ajuda a ter um coração de criança outra vez! Me ajuda a confiar nos seus instintos de mãe, no seu "sexto sentido" ... Me ajuda, mamãe! Eu ainda preciso de você. Eu preciso muito de você! Eu a amo! Feliz dia das Mães!

Priscila Vasconcelos, Filha de Lili e Ademir CRR Ceará CM 399

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MÃEADOTIVA Sou casada há 13 anos. Eu e meu marido sempre quisemos filhos, mas não podemos tê-los. Deus, porém, tinha outro plano para a nossa vida. Sofremos juntos todos esses anos. Nos momentos frustrados de tratamento, quando um médico me disse que só por Deus eu teria um filho, nos momentos de depressão que me ocorriam, sempre meu marido esteve presente, me ouvindo e me acolhendo. Foi um processo muito demorado e dolorido, até a decisão de que poderíamos adotar uma criança. Primeiro, eu tinha que aceitar a minha realidade. Eu me sentia diferente. Ficava machucada a cada amiga que engravidava. Nesses 13 anos de casamento, vivi praticamente 11 anos esperando e pedindo a Deus um milagre, o milagre de gerar um filho, até que em um momento muito difícil de depressão, uma grande amiga, me disse: "Terá, Maria é tua mãe adotiva". Isso me marcou muito e tenho a certeza que Maria agiu através da minha amiga. Só aí meu coração enxergou uma luz e começou a cura do meu coração. Depois desse dia, eu chorava muito em todas as celebrações, até que aceitei o chamado do Padre de nossa paróquia. Abri meu coração. Deus, nas palavras do P. Osvaldo, me falava de amor e me mostrava o caminho. Passou-se um ano e meio. Meu marido e eu amadurecemos. Deus preparou realmente o caminho para nossa filha. 34

Nesse tempo de espera, toda celebração, toda comunhão que eu recebia, oferecia para essa criança, estivesse onde fosse. Se estivesse sendo gerada, que a mãe dessa criança recebesse as bênçãos de Deus, se já estivesse no mundo, que Deus a protegesse por nós. Até que em agosto de 1999 Deus nos concedeu a graça e a alegria de sermos pai e mãe. Chega a Giovana, uma menina linda, sadia e muito amada por todos. Que a mãe biológica dessa criança também possa sentir o amor de Deus, pois através dela a Giovana existe, hoje é uma realidade em nossas vidas, é a presença de Deus em nosso lar, a presença do amor que o Pai tem por nós. Deus nos uniu para que nossa família se tomasse completa. Deus nos deu mais do que ousamos pedir.

Vera do Miau Eq. 7/B- N. S. do Amor Jaú!SP CM 399


SANTA GlANNA BERETTA MOllA Exemplo de esposa e mãe cristã No dia 16 de maio de 2004, João Paulo II canonizou Gianna Beretta Molla, médica pediatra, esposa do engenheiro Pietro Molla, mãe de quatro filhos. Gianna nasceu em Magenta (Milão) aos 04 de outubro de 1922. Em 30-11-1949 recebeu o grau de doutora em medicina e cirurgia. Durante os estudos foi militante da Ação Católica. Mulher bela, alegre, esportiva, que amava a vida, a música, as montanhas. Em junho de 1954, Gianna conheceu Pietro Molla e se enamorou. Compreendeu que esta era a sua vocação. Em suas cartas da época percebe-se um amor esponsal cheio de afetuosidade, alegria, entusiasmo e fé. O noivado foi uma espécie de "noviciado", uma preparação intensa para o matrimônio. Escreveu: "Toda a vocação é vocação à maternidade material, espiritual e moral. .. Cada um deve preparar-se para ser doador de vida". Aos 24-09-1955, casou com Pietro. Chamada ao matrimônio e à maternidade, Gianna descreveu assim este seu maravilhoso ideal: "O chamado à vida matrimonialCM 399

familiar não quer dizer enamorarse aos quatorze anos. Este é somente um sinal de alerta. Deves preparar-te desde já para a família. Ninguém pode meter-se neste caminho sem ter a capacidade de amar. Amar quer dizer: desejo de perfeição para si mesma e para a pessoa amada, desejo de superarse em seu egoísmo e desejo de doar-se a si mesma. O amor deve ser total, pleno, completo, regulado pela lei de Deus e deve tornarse eterno no Céu". 35


Frutos deste amor, nasceram Pier Luigi (1956), Mariolina (1957), Laura (1959) e G. Emanue1a (1962). Gianna faleceu em 28-041962, aos 39 anos, alguns dias após o parto de Emanue1a. Quando, durante a gravidez, ficou clara a necessidade de uma cirurgia devido a um fibroma no útero, como médica sabia que estava diante de uma decisão irrevogável: ou ela ou a criança. Não teve dúvida em optar pela vida da filha. Mãe heróica, doou sua vida pela da filha. Ao indicar Gianna como exemplo para toda a cristandade, a Igreja não se refere exclusivamente ao seu último sacrifício, como mãe, uma "imolação meditada", segundo Paulo VI, um gesto heróico, sem dúvida, mas compartilhado por tantas mulheres, mesmo nos dias de hoje. Esposa, mãe e profissional sem heroísmos, nem particulares experiências místicas, o extraordinário de sua vida está justamente no fato de ter vivido o cristianismo

de maneira absolutamente normal, uma santidade feita de pequenos gestos quotidianos, de simplicidade, equilíbrio, doação de si, alegria de viver, e muito amor. Segundo o marido Pietro, "aparentemente, Gianna era uma mulher como tantas, mas tinha realmente algo a mais: uma grande religiosidade e uma profunda confiança na Providência. Não realizou ações memoráveis, espetaculares. Sua vida foi uma sucessão ininterrupta de ações quotidianas realizadas por amor a Deus". Pietro e alguns de seus filhos e netos participaram da solenidade de canonização na Praça de São Pedro. Que Santa Gianna nos ajude a viver nossa vocação conjugal e nossa missão de mães e pais, e a progredir neste caminho de santificação a dois!

Fonte: "Gianna Beretta Molla - Um caminho de Santidade" Editora Vozes - 1997

O declínio de uma vida de equipe reside por vezes em não querermos admitir as exigências do amor recíproco. (.. .) Precisamos aprofundar juntos as grandes leis da caridade fraterna e pó-las em prática, se queremos que perdure e se desenvolva na equipe. (.. .) Aprendemos a conhecer-nos a nós mesmos no diálogo com os outros: e o que de nós mesmos ficamos sabendo nem sempre é lisonjeiro. (.. ) À medida que, na equipe, nos tivermos iniciado nas exigências da caridade fraterna, seremos capazes, fora dela, de vivê-/a sempre com maior perfeição. Pe. H. Caffarel. A Missão do Casal Cristão, 1998, pág. 74

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Bodas de Diamante • De Odete e Sony, no dia 17 de março. A comemoração aconteceu no dia 19, em Eucaristia presidida pelo Pe. Remi Maldaner, na Paróquia N. S. dos Navegantes, o mesmo templo onde há 60 anos celebraram seu casamento. Padre Remi, na bênção ao casal, lembrou a força do testemunho deles de fidelidade perpétua no amor. Estavam presentes familiares, amigos e os seus irmãos da Equipe N. S. de Guadalupe, do Setor D de Porto Alegre/RS. Na confraternização, se pôde sentir a história de testemunho do casal. O carinho que lhe devotam os filhos, netos e bisnetos e a união da "grande farru1ia" confirmam um fecundo amor vivido na fé e na oração ao longo de sessenta anos. • De Érica e Joaquim, no dia 14 de abril de 2005. 60 anos: caminhada de fé, esperança e amor. Dádiva de Experiência, União e Sabedoria. Enriquecida desta união matrimonial Romance aquecido de muitas preces e orações Iluminado deste compromisso cristão e religioso Conservado de um verdadeiro e sincero amor Assessorado pelas graças e bênçãos divinas. Juntos continuamos a orar, rezar e agradecer Orgulhosos, honrados desta caminhada, sentimo-nos Animados por este acontecimento familiar Queremos provar nossa eterna paixão União abençoada, consagrada no altar do Senhor Inspirada pela força do Espírito Santo Mantendo cuidadosamente acesa essa chama. Em nosso jardim florido Do amor divino e humano Continuamos ser perfumadas rosas Escolhidas e abençoadas do Senhor.

Eq. 17/B- N. S. de Fátima - Curitiba/PR CM 399

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Jubileu de Ouro das Equipes No mês de março de 2005 as Equipes de Nossa Senhora celebraram o Jubileu de Ouro da instalação do Movimento em Santa Catarina, concretizada com a constituição da sua Equipe n° 1, que realizou a primeira reunião no dia 8 de março de 1955, com a participação dos casais Nagibe e Aderni Pereira de Abreu, Lina e Benno Peressoni, Diva e Darcy Brasiliano dos Santos, Dilma e Miguel Orofino, Irany e Nereu do Vale Pereira e Maria Odete e Washington Luiz do Vale Pereira e do Conselheiro Espiritual Pe. Francisco de Sales Bianchini. A idéia de constituição da equipe surgiu em 1954, por ocasião da realização de um encontro da Juventude Operária Católica (JOC), em Florianópolis, a partir de conversas mantidas pelo Pe. Bianchini com o Pe. Oscar Melanson, sobre o papel dos casais cristãos na Igreja. Como o Pe. Bianchini conhecia um grupo de casais que desde 1950 demonstrava inquietação quanto à sua espiritualidade conjugal e à sua missionariedade, levou até eles a "boa nova". Os casais interessados, então, se reuniram e receberam as primeiras informações sobre o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, bem como o endereço de Nancy e Pedro Moncau, com quem logo se comunicaram e de quem receberam, em seguida, os Estatutos do Movimento, o Manual do Casal Responsável de Equi38

pe e temas de estudo sobre os Estatutos e sobre amor e casamento. Desde então, a Equipe 1, Nossa Senhora do Desterro, pilotada por Nancy e Pedro Moncau, segue firme na caminhada em busca da santidade, com as graças do sacramento do Matrimônio. A Celebração Eucarística em ação de graças pelos 50 anos do Movimento em Santa Catarina foi presidida por Dom Murilo Krieger, Arcebispo Metropolitano (ele próprio filho de equipistas e ex -conselheiro de equipe) e por vários sacerdotes conselheiros espirituais, entre eles o Mons. Bianchini, SCE da Equipe 1 desde o início. Na ocasião, duas novas equipes foram apresentadas à comunidade equipista, confirmando que as sementes plantadas há 50 anos continuam produzindo frutos abundantes. Em sua mensagem enviada à Equipe, Dona Nancy registrou: "Conservo de tudo e de todos uma grande recordação. E essa 13 Equipe, pilotada por correspondência, esteve sempre no nosso coração e ainda está!"

Silvia e Glauco CRR SC I CM 399


Retiro - Aracaju

Bodas de Ouro Neide e Cid Balieiro comemoraram 50 anos de vida matrimonial no dia 8-12-2004, com Eucaristia presidida por Dom Pedro Luiz Stringhini, SCE da Equipe N. S. do Rosário, do Setor B - São Paulo - Capital I. da qual o casal é membro desde a fundação há 40 anos. Neide e Cid são atuantes na pastoral familiar, e deram palestras para casais em muitas partes do estado de São Paulo e em outros locais. São testemunhas de feliz vida conjugal e de família cristã para os seus cinco filhos e seis netos, para os irmãos de Equipe e para a sociedade. CM 399

Nos dias 13, 14 e 15 de novembro de 2004, na cidade de Boquim, realizou-se o retiro espiritual das Equipes de Aracaju/SE. O tema central foi "Queremos Ver Jesus na Farru1ia", sendo pregador o Pe. Valdson. Participaram 35 casais. Iniciado no sábado com um filme de motivação, seguido de adoração ao Santíssimo, se estendeu até segunda-feira. Foram ricas as celebrações, as palestras, as meditações, vigílias, e os vários momentos de "deserto". O Conselheiro Espiritual, Pe. Lucivaldo IQbeiro, participou atendendo confissões. Esta é a geração dos que procuraram Javé, dos que buscaram tua face, 6 Deus de Jacó (Sl24, 6). Vandeir e Sérgio Eq. 8- N. S. do Perpétuo Socorro - Aracaju!SE

Bodas de Prata O casal Angélica e Jailson comemorou Bodas de Prata. no dia 26 de fevereiro de 2005. Eles fazem parte da Eq. 8 - N. S. do Perpétuo Socorro, Aracaju-SE. O Pe. Lucivaldo Ribeiro. SCE da Equipe, celebrou missa em ação de graças por tudo que receberam durante os 25 anos de vida conjugal. Estiveram presentes os filhos, amigos e equipistas. 39


Ordenação Presbiteral Pe. Alex Cezar Suris foi ordenado presbítero no dia 07-01-005, na Igreja N. S. do Carmo, em Tapes/RS, pelo Arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings. Pe. Alex nasceu em Tapes em 30-07-197 4, ali fazendo os estudos primários e secundários. Já adulto, ingressou no seminário maior de Viamão, onde cursou Filosofia e Teologia. Em 2003 realizou estágio pastoral na Paróquia São José Operário, em Alvorada, quando conheceu o Movimento e se tornou Conselheiro da Equipe N. S. Aparecida. Após a ordenação, exerce o ministério na vizinha cidade de Gravataí/RS, mas continua SCE da mesma equipe. O Setor Vale do Gravataí agradece a Pe. Alex pelo carinho de ser um dos seus sacerdotes conselheiros e pede a Cristo e a Maria que o abençoem em sua caminhada.

Madalena e Claireu · CRS Vale do Gravataí - Alvorada/RS

Falecimentos Thomaz da Juliana, no dia 16 de fevereiro de 2005. Integrava a Equipe N. S. da Glória- Teresópolis/RJ. Aldemir Batista Prado (Nino) da Elizabete, no dia 5 de fevereiro de 2005. Era membro da Equipe Nossa Senhora da Consolação, de Ouro Verde do Oeste/PR - Região Paraná Norte. Regina Neoberger Cota do Wagner, no dia 18 de dezembro de 2004. em Alphaville. Era membro da Equipe 7 - N. S. Aparecida, Setor C. São Paulo - Capital I.

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VAMOS A lOURDES? VAMOS A lOURDES! A peregrinação é uma das mais antigas tradições humanas. Tradição que conseguiu resistir ao tempo, à massificação cultural e às inovações da tecnologia. Pelo contrário, até serve-se delas! Os muçulmanos vão a Meca, os Judeus a Jerusalém e nós também visitamos os lugares que consideramos sagrados. A Igreja não pode esquecer de suas raízes. Uma peregrinação a um lugar santo nos ajuda a viver a vida como um caminho que sabe de nossa fraqueza e se converte numa experiência extraordinariamente significativa. Quando encetamos uma viagem peregrina, o fazemos em busca de quê? ... Nossa busca, mesmo inconscientemente, é por alguma transformação, por alguma mudança interior. Uma viagem, mesmo a não peregrina, é uma quebra de rotina e traz transformações. Luiz Pellegrini, num dos livros de que mais gostei nesses últimos anos, Os pés alados de Mercúrio, diz: "Viagens são assim: oportunidades de iniciação. Essa é a magia. ( ... ) A viagem exprime também um desejo profundo de transformação interior que se projeta no desejo da viagem exterior. Representa mais que um simples deslocamento no espaço e no tempo - a necessidade de experiências novas e renovadoras ( ... ) Partir para o desconhecimento pode ser assustador. Mas, para quem tem na alma a inquietude do vento, o CM 399

desejo da descoberta supera o medo e instiga a caminhada. Empurra o peregrino em direção à meta sagrada e secreta". Peregrinar é reunir as próprias forças e pôr-se a caminho, querendo voltar transformado e mais fortalecido. É uma busca que o próprio peregrino tem que empreender pelo seu próprio esforço. Peregrinar é, antes de tudo, uma busca de Deus. Deve ser um mover-se da atual situação de vida até a fonte de nossa vida, que é Deus. Por isso uma peregrinação não pode ser um simples passeio. E também não devemos esperar que no lugar para onde nossa peregrinação nos levar vamos encontrar um elemento mágico que nos leve a fugir de nossa realidade, ou uma super dose de sentimentalismo e emoção. Não que a emoção não aconteça, ou o nosso coração não se sinta inundado por imensa alegria... Mas o que se deve ali buscar é a força para nos suprir de energia, a fim de plantar em nós e ao redor de nós o reino que Jesus veio inaugurar. Para nós equipistas, que nos colocamos sob a proteção de Maria, a peregrinação ao local que ela escolheu para manifestar-se é um momento de graça. Ali nossa Mãe não apenas nos aguarda com seu Filho, mas toma-se nossa mais íntima companheira de caminhada. Nessa reunião da família equipista, a unidade do nosso Movi41


mento vai se fortalecer ainda mais e dará testemunho ao mundo sobre a santidade do Sacramento do Matrimônio. Se depois da peregrinação algum de nós se dispuser a outras viagens e passeios verá, como aconteceu conosco em 1988 quando peregrinamos a Lourdes pela primeira vez, que a paz e a alegria obtidas pelo peregrino prosseguem com ele e tornam o restante da viagem muito mais feliz! Foi assim a experiência que vivemos. Aqueles que não forem a Lourdes não se sintam dispensados da peregrinação. Que proporcionem a si próprios uma viagem ao seu mundo interior... acompanhem em oração e eucaristia (principalmente neste ano da Eucaristia) o peregrinar dos companheiros que irão a Lourdes. Em "Anam Cara", deJolmDonahue, uma oração irlandesa abençoa o peregrino que inicia sua viagem. É com ela que gostaria também de abençoar e desejar boa viagem aos nossos equipistas peregrinos que irão a Lourdes: Que o caminho seja brando aos teus pés O vento sopre leve em teus ombros Que o sol brilhe cálido sobre tua face As chuvas caiam serenas em teus campos E até que eu de novo te veja Que Deus te guarde na palma de sua mão. Ruth do Mário, Equipe C7 - Ribeirão Preto/SP 42

Somos gratos pela bela contribuição que recebemos e que passamos para todos vocês. Que Deus a abençoe, Ruth, por partilhar sua meditação conosco e com nossos irmãos de todo o Brasil.

Novas lnformações • Prolongamento da estadia em Lourdes- O Comitê Internacional de Organização para o Encontro de Lourdes já está se mobilizando para a reserva dos hotéis em Lourdes. Para isso contratou uma agência, que poderá inclusive garantir uma tarifa bastante competitiva para aqueles que desejarem prolongar sua estadia em Lourdes, antes ou depois do Encontro. •

SITE multilingüe da ERI - Estará disponível um "link" através de nosso SITE das ENS, provavelmente em meados de abril, para um SITE em várias línguas sobre Lourdes, preparado pelo Comitê Internacional.

• Acolhida para doentes graves O Comitê Internacional informa que haverá 50 vagas para recepcionar equipistas com doenças graves que necessitem de cuidados médicos e que não possam ficar em hotéis. A propósito, todos os hotéis estão preparados para receber pessoas em cadeira de rodas ou com dificuldades de locomoção, mas que não exijam cuidados médicos.

Regina e Cleber Casal Coordenador para o X Encontro Internacional CM 399


A REGRA DE VlDA Será que vou passar a vida de casado procurando meus defeitos? Seria justo exigir de mim a preocupação constante de escarafunchar até encontrar alguma conduta, atitude ou modo de agir que venha a ferir, incomodar ou magoar meu cônjuge? Por exemplo, aquele marido que nunca percebera ser ele o único entre seus contra parentes a não saudar a sogra com um beijo no rosto, como faziam todos os concunhados. Era motivo de falação na fanu1ia e sua esposa sofria com isso. Para ele nada custou: Ao saber do costume, aderiu ao procedimento. Tranqüilizou a sua esposa e alegrou toda a família. Com certeza, gentil regra de vida. Se não formos atentos, se não cuidarmos de nossas regras de vida, daremos a impressão de que desprezamos até nossas sogras. Para muitos, parece que a vida se vai desenrolando sob o olhar de uma consciência vigilante e alerta, para atender quase somente os defeitos a superar e corrigir, e nisso a regra de vida vem muito a propósito. Mas a regra de vida pode ser colocada em outra perspectiva: Há um tempo atrás, eu diria: vou comprar uma dessas máquinas de escrever que já vêm com o dispositivo de correção de erros. Assim, eu escrevo, erro e já vou corrigindo: meu texto sairia exemplar. Que sucesso! Se eu colocasse a regra de vida como um dispositivo corretor de minhas condutas, seria um datilógraCM 399

fo consciente de que erraria muitas vezes, mas teria os recursos de correção e, no final, a página sairia perfeita. Implicado com essa minha visão da regra de vida, resolvi fazer a inversão. Minha regra de vida, no momento, consiste em elogiar minha esposa, pelo menos três vezes ao dia. A primeira vantagem é que não estou buscando corrigir nenhum defeito meu, mas acrescentar-me uma virtude, ao buscar fixar o hábito de elogiar quem convive mais perto comigo. O ponto mais positivo dessa prática é que eu viverei com a atenção constantemente voltada para ela, olhando os aspetos mais valiosos de sua pessoa, de sua personalidade e de sua ação. Esqueço ou me distraio dos defeitos dela, pois estes não entram no meu jogo. (Não julgueis, disse Jesus- Cf. Mt 7, lss). Aliás, na medida em que cresce a admiração, desaparecem os pontos negativos. Perguntem aos namorados! Já pensaram na distância entre uma regra de vida assim e outra que consista em superar os maus costumes, como bater a porta, deixar os sapatos na sala ... ? Procurar condutas positivas e criadoras, como saber ouvir a esposa, olhar amorosamente para ela como no primeiro encontro, assistila e ajudá-la no que for percebendo de bom e necessário, tudo isso constrói a pessoa mais estruturada den43


tro do casamento. Este se fortalece e a regra de vida passa a ter um significado empreendedor, construtivo da união dos dois. No casamento, como na vida, não basta apenas consertar, reparar, re-

por. É preciso construir, crescer, avançar para frente e para o alto.

Paulo e Leila Maria Eq.1, N. S. Aparecida - Mogi das Cruzes!SP

COMO ESCOLHER UMA REGRA DE VlDA Refletir e rezar. Pode ser bom consagrar para isso um longo momento, por exemplo, durante um retiro. Interrogar aqueles que nos conhecem bem - e isso leva-nos a ser humildes - para que eles nos ajudem a orientarmo-nos bem: o cônjuge, o confessor ou diretor espiritual, a equipe ou um dos seus membros que seja mais íntimo, o assistente da equipe. Não perguntar: "Que regra de vida devo ter?", mas: "quais são as minhas tendências a combater, as minhas fraquezas, as minhas falhas, quais são os dons que recebi, aqueles que Deus quer ver frutificar, como desenvolve-los?", e depois: "este meio que eu penso parece-lhe bom e adequado?". O que é preciso encontrar primeiro que tudo é a grande orientação da própria regra de vida. (... ) Muitos casais acharam útil, para se lembrarem bem da sua orientação, formular a regra de vida em

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algumas palavras muito breves: • Deus servido em primeiro lugar. • De bom grado (aceitar tudo o que acontece, como a vontade do Senhor). • Não fazer mais coisas do que faço, mas dar mais valor àquilo que faço. • Estar com o pensamento presente ao que faço e consagrar-me a isso totalmente, sem pensar no que há de vir nem no que passou. • Agradecer a Deus por tudo o que acontece de bom e de mau. • Dirigir-me a Deus como a um Pai. • Quando uma tarefa desagrada, atacá-la imediatamente de frente. • Ver Cristo no meu próximo.

Extraído de Carta Mensal das ENS - Equipes Novas N° 4, pág 12-17 (Década de 1960)

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ESPERANÇA, AMlZADE E ADEllDADE ... No dia 03-07-2004 nasceu a Maria Eduarda, pesando 585gr, com 5 meses e meio, 28 cm, pequenina, muito pequenina. As dificuldades de sobrevivência e o risco de seqüelas devido à prematuridade eram altos. Sabíamos bem, porque um ano antes havíamos perdido a Mariana em condições muito parecidas. Foi uma longa batalha vivida dia a dia, hora a hora, ao longo de 5 meses de internação na UTI-NEO. Um prematuro extremo pode ter complicações cardíacas, pulmonares, digestivas, visuais, e a Maria Eduarda teve todas as possíveis, mas, como uma guerreira, foi vencendo uma a uma, sustentada pelas orações das comunidades de diversas paróquias e claro, de diversas equipes. Passamos por momentos de angústia e sofrimento, mas sempre nos sentíamos amparados por nossos irmãos equipistas que a cada dia nos animavam e davam força para irmos adiante, e, no momento fmal, quando as dificuldades financeiras inevitáveis se apresentaram, mais uma vez, nossos irmãos equipistas (de várias equipes) mostraram sua imensa generosidade e desprendimento. Antes da Maria Eduarda e da perda da Mariana, perdemos um menino (Tiago), antes mesmo de nascer, e, apesar de tudo, temos a convicção de que nestes três momentos de nossa vida Deus estava presente e atuante. Hoje damos GraCM 399

ças pela perfeição da nossa amada Maria Eduarda, que está em casa muito bem, há três meses, e pesando perto de 5 Kg. Aceitamos os outros acontecimentos, mesmo sem entendê-los. Além da presença de Deus nestes acontecimentos, tivemos sempre a presença de vários casais de nossa comunidade, de várias equipes e do nosso SCE, Pe Leandro Padilha, nos sustentando e nos lembrando, silenciosamente, da esperança, do amor e da fidelidade de Deus. Deus sempre está nos acontecimentos de nossas vidas (da sua também), seja num presente como a Maria Eduarda, ou numa dor inexplicável como a Mariana e o Tiago. Aos nossos irmãos equipistas o que podemos dizer é obrigado, e que Deus os recompense.

Elígia e Beto Equipe N. S. do Rosário Setor D - Porto Alegre/RS familiabauer@terra.com.br 45


CALOR FRATERNO DA ERl Queridos Irmãos Equipistas: Vamos tentar falar-lhes de um momento difícil, de muita dor que nossa farm1ia está passando. Dizemos tentar, pois a emoção, a dor, dificulta muito o abordar este assunto, de cujos detalhes têm conhecimento aqueles que estão mais próximos de nós e conosco estão em oração para que a misericórdia de Deus melhor conduza os fatos e fortaleça nossa fé e esperança. Nosso filho encontra-se na França e sempre recebíamos dele cartas ou telefonemas. Mas desde junho de 2004 não tínhamos nenhum contato com ele. Ao ficarmos sabendo que ele estava respondendo a um processo judicial, sem condições de comunicar-se conosco, tudo nos veio à cabeça. Procuramos buscar notícias e o fizemos por meio do Casal da Super Região Brasil (então, Silvia e Chico), que nos colocou em contato com o Casal Ligação da ERl, Regina e Carlos Eduardo, que, tendo contatos na França, poderia nos ajudar nas informações. Assim, chegamos aos casais da França, em particular às senhoras Brigitte e Astrid. Em contato com os equipistas da ERl, recebemos deles uma atenção fora do comum, que Deus permite que aconteça por meio das Equipes de Nossa Senhora, onde a fé, a esperança, a presença de Jesus e a intercessão de Maria Santíssima nos ensinam a viver a fraternidade. 46

Não desanimeis

na prática do bem. Enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos, mas sobretudo para com os irmãos na fé (G1 6, 9.1 o).

Sem falar o francês, fomos ajudados pelo filho de um casal equipista, que com carinho e paciência traduzia nossas dúvidas e aflições e os pedidos de ajuda para maiores informações sobre a situação de nosso filho. Os e-mail não cessavam, as notícias chegavam, mas nada vinha diretamente de nosso filho. As aflições aumentavam. Audaciosamente, tomamos a decisão de que João iria à França para chegar até nosso filho. Na nossa decisão, já que as despesas seriam além de nossas condições, fortalecidos pelas orações, confiamos em Deus e Ele veio em nosso socorro, possibilitando nossa viagem, com a ajuda de equipistas e da ERl. CM 399


Pedimos ajuda à ERI para a permanência na França e a compra antecipada das passagens de trem e assim chegar até nosso filho - e mais uma vez Deus age através da ERI, mostrando-nos a fraternidade, a ajuda mútua, que fortalece as Equipes de Nossa Senhora. Desde a chegada até o nosso retomo, fomos acompanhados pela ERI, nas pessoas das equipistas Astrid e Brigittte, que nos ajudaram nas passagens de trem e na estadia. Obrigado, irmãos, obrigado, ERI! Deus nos está dando a oportunidade de viver as palavras: "Por-

que conhecem a própria fraqueza e a limitação das próprias forças, como também da boa vontade que os anima; porque a experiência de todos os dias provalhes o quanto é difícil viver como cristãos num mundo pagão, e porque depositaram uma fé indefectível no poder do auxílio fraternal, decidiram unir-se em equipe" (Estatutos da Equipes de Nossa Senhora- Carta de 1947/ 72- Guia, pág. 53).

Edir e João Eq. 43/A - Região Rio III

ENTUSIASMO NA CAMINHADA Quero dar o testemunho do quanto as Equipes de Nossa Senhora têm sido importantes em minha vida e de minha farru1ia. Sempre fui devota de Nossa Senhora, de quem tive amparo nos momentos difíceis de minha vida. · Tenho tentado imitar o seu "sim" e ser discípula de seu Filho Jesus na caminhada neste mundo. Com um ano de equipe, temos encontrado irmãos equipistas com o mesmo sentimento e atitudes das . primeiras comunidades cristãs. Nosso entusiasmo, fé e desejo de estarmos juntos são muito grandes. O desejo de crescer espiritualmente nos levou ao estudo dos sacramentos, proporcionando que fosCM 399

se conferido o sacramento da Confirmação a meu marido e a uma irmã equipista, os quais também foram admitidos aos sacramentos da Penitência e da Eucaristia. Nosso Conselheiro Espiritual, Padre Gilberto, tem nos mostrado com sabedoria o que é o amor de Deus. Os PCE são o fortalecimento para o nosso espírito e nossa vida conjugal. Ser equipista é uma caminhada gostosa, onde damos e colhemos flores num mundo tão carente de Deus.

Cida do Marlon Eq. N. S. das Mercês - Setor C - Juiz de Fora/MG 47


JOGAR DIAMANTES AO MAR Um homem, caminhando pela praia numa noite de lua cheia, pensava: Se tivesse um carro novo, seria feliz; Se tivesse uma casa grande, seria feliz; Se tivesse um excelente trabalho, seria feliz; Se tivesse uma esposa perfeita, seria feliz ... quando tropeçou numa sacolinha cheia de pedras. Ele começou a jogar as pedrinhas uma a uma no mar, a cada vez que dizia "seria feliz se ... ", até que ficou somente com uma pedrinha. Ao chegar em casa, percebeu que era um valioso diamante. Assim são as pessoas: jogam fora seus preciosos tesouros por

estarem esperando o que acreditam ser perfeito, ou sonhando e desejando o que não têm, sem dar valor ao que têm perto delas. Se olhassem ao redor, parando para observar, perceberiam quão afortunadas são. Muito perto de si está sua felicidade. Cada pedrinha deve ser observada, pode ser um diamante valioso. A maior perda da vida não é a morte, mas é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.

Casal Vânia e Jorge Equipe- 01- N. S. Aparecida Caicó/RN

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SER FELIZ OU TER RAZAO Oito horas da noite, numa avenida movimentada. O casal está atrasado para o jantar na casa de amigos. O endereço é novo, assim como o caminho, que ela conferiu no mapa antes de sair. Ele dirige o carro. Ela o orienta e lhe diz que vire à esquerda. Ele teima que é à direita. Discutem. Além de atrasados, poderão ficar mal humorados. Ela deixa que ele decida. Ele vira à direita, e com dificuldade admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retomo. Ela sorri e diz que não há problema algum em chegar alguns minutos mais tarde. Mas ele ainda quer saber: "Se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho errado, deveria insistir um pouco mais". E ela diz: "Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma briga, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite".

Lia e Guilherme Eq. 4-A - N. S. de Fátima - Blumenau/SC

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Meditando em Equipe Recentemente, foram aprovados o uso de células tronco embrionárias e o aborto em caso de estupro. Isso faz pensar no valor e no respeito à vida humana, desde o seu início. O cristão tem consciência da natureza da vida humana e, por isso, se compromete com a sua defesa .

Escuta àa Palavra em Gn 1,26-27; 2,7. Sugestões para a meditação: 1.

De onde se origina a dignidade humana?

2.

Quando começa a existir a vida humana?

3.

O que se pode fazer para defender a vida humana, desde a sua concepção? Pe. Geraldo

Oração litúrgica (Salmo 126)

Se Javé não constrói a casa em vão labutam os seus construtores; se Javé não guarda a cidade, em vão vigiam os guardas.

É inútil que madrugueis, e que atraseis o vosso deitar para comer o pão com duros trabalhos : ao seu amado ele o dá enquanto dorme! Sim, os filhos são a herança de Javé, é um salário o fruto do ventre! Como flechas na mão de um guerreiro são os filhos da juventude. Feliz o homem que encheu sua aljava com elas: não ficará envergonhado frente às portas, ao litigar com seus inimigos.


A nossa alma te engrandece, Trindade de Amor! Obrigado, porque nos criaste à tua imagem e fizeste varão e mulher o ser humano . Nós te louvamos, porque, fiel à tua vontade criadora , salvaste na arca a família de Noé e estabeleceste uma aliança de vida com a humanidade. Nós te bendizemos, pela promessa feita a Abraão e à sua descendência na fé. Nós exultamos em Ti, que deste a Maria ser fiel na esperança. Nós te louvamos pela encarnação do Verbo, "nova e eterna aliança" de justiça redentora. Obrigado, pelo "vinho novo" de Jesus, sinalizado nas Bodas de Caná como boa nova para o casamento, sacramento do Amor de Cristo pela Igreja. Obrigado, porque suscitastes Caffarel, Nancy e Pedro e tantos outros iniciadores das Equipes de Nossa Senhora, na França, no Brasil e em quantos lugares. Nós te louvamos, porque por tua misericórdia nos unes em equipes/comunidades e nos chamas a sermos casais santos.

EQUIPES DE NOSSA SENHORA

Movimento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-000 São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 • Fax: (Oxx11) 3257 .3599 E-mail : secretariado@ens .org .br • cartamensal @ens .org .br Home page : www.ens .org .br


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