ENS - Carta Mensal 394 - Outubro/2004

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EQUlPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensa1 • n°394 • Outubro 2004

EDITORIAL Eis aqui a serva do Senhor! ........ .. . 01

SUPER-REGIÃO Saudações .... ... ............................... 02 Bem-aventurada És Tu Que Creste .. . ....... .... ..... ......... 03 Amor Conjugal, Sede do Amor à Trindade .. .... .... ... . 04 COLEGIADO NACIONAL 2004 Um Encontro de Ação de Graças ...... .............. .. ... .. .. . 06 Flashs .... ... ....... .. .... .......... ........... ... . 13 Cerimônia de Posse ........ .. ....... .. .... 16 Mensagem de Posse e de Envio ..... . 20 VIDA NO MOVIMENTO Eleição do Casal Responsável de Equipe .... .. .... ...... .. 23 Eleição do Casal Responsável de Equipe ....... ........ .. . 24 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES ....... 25

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO A Escuta da Palavra .... .... ... ... .. ....... 29

MÊS MISSIONÁRIO Casal Missionário .... .. ... ..... ... .... ...... 30

COMEMORAÇÕES DE OUTUBRO Filhos .. .................... ..... ....... ....... .. .. . 31 Como Viver o Evangelho na Família .. ..... ... ...... ... .. 32 TESTEMUNHO Agora, Completos! .. ..... ...... ....... ... . 34

REFLEXÃO O Que Você É Fala Mais Alto ..... .... 35

Encarte Especial Vivência Cristã da Sexualidade Pe. Flávio Cavalca de Castro

MARIA Nossa Senhora de Nazaré ... .......... 27

Registro "Lei de Imprensa" n• 219.336 livro B de 09. 10.2002

Avani e Carlos Clélia e Domingos Helena e Toma~ Sola e Sergio Pe. Geraldo Luiz 8 . Hackmann

Edição: Equipe da Carta Men sal

Jornalista Responsá•el: Catherine E. Nadas (mrb 19835)

Graciete e Gambim (responsáveis)

Projeto Gráfico: A /essandra Carignani

Carta M ensal é wna publicação mensal dns Equipes de Nossa Senho ra

Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeira Prod. Ed. R. Turiassu, 390 - tt • andar, cj. ll5 - Perdizes - São Paulo Fone: (Oxx ll) 3873. 1956 Foto de capa: Cedlia Sales, l ta ici - SP Impressão: Laborp rint Tiragem desta edição: 16.900 exemplares

Canas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:

Carta Mensal R. Luis Coelho, 308 5" andar . conj. 53

O1309-000 • São Paulo - SP Fone: (Oxx /1) 3256. 1212 Fax: (Oxx 11) 3257.3599 cartamensa /@ens.org.br A/C Graciete e Gambim


ElS AQUl A SERVA DO SENHOR! Queridos irmãos equipistas: Ressoava em nós o "Alegrai-vos no Senhor", ao final do EACRE deste ano, quando Graça e Roberto nos convidaram para apoio deles na Carta Mensal. No "sim" imediato, nem perguntamos "como vai ser isso?" (Lc 1, 34). Os dias logo nos disseram que a missão é exigente: Acolher todas as mensagens dos equipistas do Brasil e delas fazer uma Carta para todos os equipistas brasileiros, como instrumento de formação e unidade do Movimento na unidade da Trindade. Deus, que nos chamou a um amor maior, supra nossas limitações com os dons do seu Espírito. Felizmente, não estaremos sós: Os convidados para a Equipe da Carta Mensal, sem entenderem bem o que iriam fazer, também responderam "eis-nos aqui" ao chamado de Deus. Todos residem em Porto Alegre. Gostaríamos de apresentá-los: Pe. Geraldo L. B. Hackmann, SCE - ENS do Rosário, Clélia e Domingos - ENS do Carmo, Sola e Sergio - ENS Medianeira, Helena e Tomaz - ENS do Bom Conselho, Avani e Carlos - ENS do Rosário e nós ENS de Guadalupe. Nossa gratidão à Equipe antecessora, em especial a Maria Cecília e José Carlos, pela amizade e por nos

repassarem sua grande experiência, dispondo-se a ainda nos dar apoio futuro. O carinho deles, na Carta 391, anunciava um "adorável sotaque gaúcho". Talvez! Nos esforçaremos, porém, para que a Carta Mensal seja um eco das vozes de todos os rincões do Brasil, como vem sendo feito até agora, no mesmo amor, fé e entusiasmo. Leiam nesta edição, ainda a serviço de amor da Equipe que sai, a riqueza dos artigos, a apresentação do Pe. Avelino, novo SCE da SuperRegião, a abertura de coração e o encorajamento do CR da SuperRegião, Graça e Roberto. Temos ainda um encarte do Pe. Flávio que nos fala sobre sexualidade. Saibam das notícias e comentários do Encontro do Colegiada Nacional e o lançamento da peregrinação a Lourdes, para o X Encontro Internacional das ENS. É uma carta de equipista para equipista! Com carinho!

Graciete e Avelino Gambim Casal Resp. da Carta Mensal avgambim @terra. com. br

L.-..;;;.;:~


SAUDAÇÕES Queridos casais e Conselheiros Espirituais! Recebam minha saudação e abraço fraterno. Os caminhos do Senhor são misteriosos. É com este espírito que aceitei esta missão, este chamado. Por isso coloco-me ao serviço das Equipes de Nossa Senhora, que, confesso ter conhecido tarde (1990), mas, felizmente as conheci. Comecei a fazer parte, como acontece com quase todos, por um convite de uma equipe, sem conhecer nada, e até sendo desaconselhado. Mas Nossa Senhora foi mais forte que o tentador. Não hesitei em aceitar, e pensei: Onde está •r:,,,,,,,;;,.. Maria só há coisa boa. Com um con...,........_. vite destes, não pude dizer um não. Maria só leva para bons caminhos. Fui à primeira reunião. Fui pilotado e descobri o quanto de bom existe: espiritualidade, rrústica e um grande objetivo. Decidi ficar. Depois, mais uma, e mais uma ... Desde então não parei mais e nem penso parar. Se fui útil, Deus o sabe; sei que para mim foi muito bom. Obrigado aos que me convidaram. Obrigado Senhor, pelo bem que me fizeram. Agora só me resta pedir ao Senhor que me assista para que possa servir nessa nova missão, que aceitei, não sem muita hesitação, nem sem pedir e receber conselhos e estímulos de amigos na caminhada dentro das equipes. Confio em quem me escolheu. Este é maior. Que Este esteja sempre diante dos meus olhos e no meu coração. Quero ser seu instrumento. 2

N asei aos 13 de dezembro de 1940, em Bento Gonçalves, RS. Sou sacerdote da Ordem dos Carmelitas Descalços (OCD). Recebi a ordenação sacerdotal aos 22 de março de 1969. "Que a Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Amor do Pai e a Comunhão do Espírito Santo", estejam bem vivos, bem presentes em cada um de nós; e nós, cada dia mais cientes desta presença. Cresça em nós a certeza dessa presença, em cada pessoa, em cada casal e em cada farm1ia. À luz desta fé, faço essa humilde prece, em nome de todos os casais: Senhor, ajudai-nos a crer que somos amados pelo Pai; que fomos comprados por elevado preço pelo Filho Jesus e que o Amor do Pai e do Filho foi derramado em nossos corações. Ajudai-nos a crer que fomos chamados à santidade. Fazei que vos amemos e nos amemos com o mesmo amor com que Deus nos amou. Deus esteja conosco todos os dia . Amém.

Padre Avelino Pertile SCE da Super-Região CM 394


BEM-AVENTURADA ÉS TU QUE CRESTE ... Queridos e amados irmãos das Equipes de Nossa Senhora: A Super-Região Brasil vive na alegria cristã um momento importante da sua existência. A transitoriedade, sempre capaz de gerar uma grande expectativa, desta vez tem ares inusitados, pois um casal que não é de São Paulo, berço do Movimento, assume a responsabilidade nacional. O interesse dos equipistas diante das novas circunstâncias já fez chegar até nós vários questionamentos. Como ficará a vida do Movimento com a responsabilidade indo para o Rio Grande do Sul? E o Secretariado sai de São Paulo? Como fica a Carta Mensal? A fidelidade aos princípios da responsabilidade não nos autoriza a mudarmos, por exemplo, a árdua conquista dos irmãos que nos antecederam em fazer do Secretariado uma referência nacional do Movimento. Tampouco seria prudente mudarmos inadvertidamente processos de trabalho de eficácia comprovada, sem termos antes motivos fundados de necessidade. Para além das nossas fronteiras estaduais, para além das dúvidas e preocupações que surgem, para além das despedidas que atingem a todos nós, para além dos sentimentos que passam ou que permanecem em nossos corações, há algo mais profundo que nos une, que dá sentido às nossas vidas, que nos faz membros do Corpo Místico de Cristo e de um Movimento da Igreja. CM394

Seja qual for a região onde vivamos, o fato de sermos filhos de Deus sempre nos toma próximos uns dos outros. É preciso que acreditemos nos dons que Deus depositou em cada um de nós e no nosso Movimento. É preciso acreditar que somos a concretização do Seu desejo de alegria e felicidade a caminhar de mãos dadas pelos jardins da existência, testemunhando Sua presença no amor conjugal. Que o Espírito Santo encoraje a todos a sairmos ao encontro dos outros, levando dentro de nós a promessa de vida que floresce quando vivemos o tranqüilo abandono nos braços de Deus. Desejamos que o exemplo de Maria nos anime a penetrar no segredo do serviço realizado na alegria e na fidelidade ao Cristo Salvador. "Bem-aventurada és tu que creste ... " (Lc 1, 45)

Graça e Roberto CR Super-Região Brasil 3


AMOR CON}UGAL, SEDE DO AMOR A TRINDADE A história do relacionamento entre o Criador e a criatura é permeada de muito amor; de um amor especial: o amor filia (amigo), o amor eros (do coração), o amor ágape (da caridade). Esse amor total e perfeito do Criador por sua criatura- o ser humano -levou-o a ir muito além de seu projeto inicial para a criação do mundo. Sendo uno-trino, Deus deixou-se tocar pela solidão do "homem" e presenteou-o com a mulher. Ela preencheria o vazio de sua vida. E Deus disse: "Casal humano, minha criatura muito amada, minha testemunha privilegiada, compreendes que me és caro entre todas as criaturas. Compreendes a esperança imensa que em ti deposito" (Allemand, 2002). Todavia, esse casal teve a "ousadia" de pensar que poderia viver sem o amor e a proteção do Pai, e escolheu afastar-se de sua casa. Eles foram viver a sua solidão. Teimosamente, ainda hoje, muitos casais, à semelhança de Adão e Eva, no afã de serem felizes, mas de forma egoísta e individualista, se fecham em seu mundo, vivendo apenas para si, insistindo em viver sua conjugalidade divorciada da Trindade. Ou seja, o Pai, o Filho e o Espírito Santo não têm entrada livre nesses lares. São casais que ainda não beberam e não fazem questão de beber da água que "sacia" verdadeiramente. Dessa forma, a Trindade continua "exilada" de muitos corações e mentes. É chegado o momento de dar às 4

Vivemos o Pai - que é fonte e origem eterna do Amor. Vivemos o Filho - que é acolhimento transparente do Amor com gratidão infinita. Vivemos o Espirito Santo - reciprocidade do Amor do Pai e do Filho que transborda para a criação. três pessoas divinas um espaço em nossa vida; deixá-las atuar nos diversos aspectos da sociedade. Eis o desafio que se nos impõe: viver a Trindade. Vivemos o Pai - "que é fonte e origem eterna do Amor CM 394


quando, pessoal e socialmente, somos fonte do amor desinteressado pelos outros. Vivemos o Filho- que é acolhimento transparente do Amor com gratidão infinita- quando sabemos deixar-nos amar. Vivemos o Espírito Santo - reciprocidade do Amor do Pai e do Filho que transborda para a criação quando, entre indivíduos, setores sociais, Igrejas, povos existe reciprocidade de amor, de maneira transbordante, aberta ao bem de todos" (Cambón, 2000). Na cidade de Paris, em 1939, Pe. Caffarel constatou com entusiasmo e esperança que o amor conjugal poderia ser um caminho para a santidade, capaz de jorrar graças poderosas sobre os casais, mediante o sacramento que os une. Assim, libertando a Trindade do "exi1io", quatro casais sentiram "sede" de um amor que preenchesse suas vidas; um amor perfeito - o amor de Deus. Eles desejavam ardentemente ser portadores da marca da Trindade. A chave trinitária para entrar na realidade matrimonial havia sido encontrada por aqueles quatro casais. Isto é, "eles descobriram o Deus criador, fonte de bondade intrínseca do amor conjugal; a relação entre Cristo e a Igreja como modelo de amor fiel e incondicional; o Espírito, como Aquele que recupera permanentemente o amor" (Cambón, 2000). Entenderam que, sozinhos, não teriam "condição de ser a fonte de onde jorra vida familiar... " (Allemand, 2002). O seu amor não bastava, ambos eram limitados, precisavam de um outro amor. Por mais que homem e mulher queiram ser CM 394

felizes por si sós, jamais conseguirão a felicidade, porque não se sentirão saciados; haverá sempre um vazio existencial que lhes tirará a paz, a leveza e a alegria de espírito. Os casais das Equipes de Nossa Senhora têm ao seu alcance a "fonte" que não seca, através da Oração Conjugal, "um dos momentos privilegiados em que o lar se abre à ação do Espírito Santo" e "tempo forte do Sacramento do Matrimônio" (Allemand); da Escuta da Palavra e da Meditação diária, num verdadeiro encontro com o Pai; da Eucaristia, nosso "pão cotidiano", alimento para o organismo espiritual, no qual acolhemos o Filho; do Dever de Sentar-se, momento em que o casal, motivado pelo Espírito Santo, e contando com a participação de Jesus, pois é ele mesmo quem diz "onde dois ou mais estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" (Mt.l9, 20), dirigem-se ao Pai; do Retiro, onde, inevitavelmente, temos "encontro marcado" com a Trindade. Sabiamente, afirma Pe. Flávio que "nenhum casamento, por mais sacramental e perfeito que seja, será capaz de satisfazer plenamente todos os anseios de homens e mulheres". Na realidade, isto só acontecerá quando o amor conjugal transformar-se no próprio amor que une as pessoas divinas. Para o bem da humanidade, da família, do casal, urge vivermos "trinitariamente".

Cida e Raimundo CR Província Nordeste 5


UM -ENCONTRO DE AÇAO DE GRAÇAS

Realizou-se, nos dias 27, 28 e 29 de agosto deste ano, no Mosteiro Stanislau Kostk:a, em ltaici, lndaiatuba, SP, o Encontro do Colegiada Nacional da Super-Região Brasil. Foi um Encontro de ação de graças. Expressão da fé daqueles que chegavam ao fim do período de exercício da responsabilidade previsto pelo Movimento. Por parte dos que estavam assumindo responsabilidades, um ato de esperança de que não lhes faltará a graça de Deus para bem cumprirem a missão. Em todos se percebia a caridade, o espírito de serviço por amor aos irmãos. Em ninguém se notou vaidade •- - - pelo trabalho realizado, mas a humildade de quem canta as maravilhas que o Senhor faz. Em ninguém se percebeu atribuição à própria capacidade o assumir a responsabilidade, mas um temor confiante de quem se coloca como instrumento para a ação do Espírito do Senhor na condução do Movimento. O Colegiada Nacional é composto pela Equipe da Super-Região e pelos Casais Responsáveis Regionais. Contando com a presença dos Casais da Equipe da SuperRegião que saíam, foram cinqüenta e nove casais e trinta e um Sacerdotes Conselhei6

ros Espirituais que se reuniram para conviver em fraternidade, celebrar em comum e receber formação, no intuito de zelar pela unidade do Movimento, pela fidelidade ao seu carisma fundador e para auxiliar no discernimento da caminhada das Equipes de Nossa Senhora no Brasil.

Palestras Tivemos 4 palestras neste nosso Encontro:

I. Retrospectiva - 1999 a 2004 O casal Silvia e Chico apresentou uma retrospectiva da caminhada do Movimento nesses 5 anos de existência da Super-Região. Todos constataram que a criação das Províncias foi muito positiva e só trouxe benefícios para os equipistas e fortaleceu ainda mais a unidade do nosso Movimento. Entre as principais atividades desenvolvidas nesse período, destacamos:

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a) Visitas Pastorais: Visando preservar a unidade e procurando conhecer um pouco da realidade das nossas Províncias, a Equipe da Super-Região fez 5 Visitas Pastorais a saber: Província Norte, Leste, Sul I e IIl e a Província Centro-Oeste que foi realizada no 1oEncontro Nacional de Brasília. b) Documentos Publicados: • Novos: Manual da Formação; Regra de Vida- ERI; Equipes de Nossa Senhora no Brasil - Ensaio sobre seu histórico - Dona Nancy; Ser Pessoa- 2001 - ERI; Guia ENS - ERI; Ser Casal 2002 - ERI; A Missão do Casal Cristão - 2003 - ERI; Cartões com frases do Pe. Caffarel; Discurso de Chantilly • Revistos: Amor, Felicidade, Santidade; A Responsabilidade nas ENS, Unidade VI da Pilotagem; Manual do Sacerdote Conselheiro Espiritual; A Missão do Casal Cristão - Pe. Caffarel; Carisma, Mística, Espiritualidade- 2004; Casal Responsável de Equipe - 2004 c) Destacamos os principais eventos: • Jubileu de Ouro da fundação do Movimento das ENS no Brasil 2000: Peregrinação Nacional a Aparecida/2000 - participantes 3600 pessoas e lançamento do Livro: Equipes de Nossa Senhora no Brasil -Ensaio sobre seu histórico- 2000, de D. Nancy Moncau. • Encontro Internacional de Santiago de Compostela - 2000: • No de participantes 1022 pessoas - Solidariedade Interna 90 pesCM 394

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soas e Internacional9 (inscrições p/ África/Ásia) Sessão de Formação Internacional em Santiago de Compostela: 4 Casais Encontro dos CRR em Roma: 18 a 23 de janeiro de 2003 - Delegação com 45 pessoas. 1o Encontro Nacional das ENS em Brasília - 4027 participantes Registro da Carta Mensal Equipes de Nossa Senhora

II. Sexualidade e abnegação Padre Flávio apresentou a palestra abordando o tema "Vivência Cristã da Sexualidade", que publicamos na íntegra no Encarte desta Carta Mensal.

III. Orientações para 2005 Na noite de sexta-feira, Sílvia e Chico já haviam feito uma retrospectiva da vida do Movimento. Foram avanços significativos, maravilhas operadas pelo Senhor. A palavra de Jesus, porém, convida a ser "perfeitos como o Pai celeste é perfeito" (Mt 5, 48). Pe. Flávio Cavalca, cuja palestra está no encarte desta edição, ao falar sobre sexualidade e abnegação, já deixa pistas por onde 7


o Movimento no Brasil pretende caminhar, dando a todos a consciência de que ainda há longo caminho a percorrer na busca da santificação em casal. Graça e Roberto, na palestra "Orientações para 2005", traçam as diretrizes para a caminhada, esclarecendo que elas foram amadurecidas e discernidas na Equipe da Super-Região. A sexualidade integra a vida de todas as pessoas, quer sejam solteiras, casadas ou celibatárias. Mas o mundo está confuso diante do pansexualismo, também as pessoas da Igreja, também os casais equipistas. No Movimento, por diversas vezes o tema da sexualidade foi levantado, mas não estudado suficientemente. Padre Caffarel já dizia que " ...já é tempo de saírem do seu mutismo os casais que atingiram uma vida conjugal equilibrada, para que se possa estudar a sexualidade a partir da saúde e da santidade que ela pode atingir, e não das suas doenças, enfermidades ou desordens". Por isso, o estudo para o crescimento espiritual dos casais das equipes no próximo ano terá como: Tema, a sexualidade e a abnegação, dons de Deus para a santificação do homem e da mulher, e como Lema, "Sexualidade e abnegação: caminho para o amor conjugal".

Objetivos: • Sensibilizar os casais equipistas a se empenharem generosamente em cuidar do seu "Amor conjugal, como sendo uma planta que exija permanente atenção", permitindo que a espiritualidade os 8

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ajude a viver e a testemunhar uma autêntica vida matrimonial. Aprofundar a reflexão sobre o significado humano e cristão da sexualidade e da abnegação. Resgatar as conclusões do Projeto Evangelização da Sexualidade. Há lugar melhor para cuidar disso, em casal, do que o Dever de Sentar-se? E a Regra de Vida não é o meio adequado para darmos passos seguros para tirar defeitos e acrescentar virtudes? Não é o tema de estudo o lugar para conhecer melhor o assunto? A reflexão séria dos equipistas ajudará outros casais a serem felizes no seu matrimónio.

IY. Palavra do Casal Ligação da ERI O Casal Maria Regina e Carlos Eduardo, Ligação da ERI, discorreu sobre o Encontro da ERI e do Colegiada Internacional realizado no Rio de Janeiro, em julho deste ano, dizendo da importância dessa reunião para a unidade internacional do Movimento. Nele foram realizados estudos para o discernimento da caminhada das Equipes para os próximos anos. Testemunhou que os membros da ERI e os representantes das Super-Regiões e Regiões isoladas ficaram muito bem impressionados e gratificados com a organização do encontro e, principalmente, com a acolhida que tiveram no Brasil. Maria Regina e Carlos Eduardo agradeceram a Sílvia e Chico e estenderam o agradecimento em elogios a todos os equipistas da Província Leste, à coordenação dos trabalhos pelo Casal Provincial, CM 394


gião Brasil em termos de fidelidade ao carisma, de formação e de unidade, perante os equipistas dos outros países, pois, sendo o Brasil o país com o maior número de equipes e de equipistas, toma-se "vitrine" para os equipistas do mundo inteiro. Josefina e Roque, ao seu Colegiada Regional e a tantos que se dedicaram de coração à acolhida e hospedagem dos irmãos estrangeiros e também da SR Brasil. Trouxeram ainda informações sobre os demais países por eles ligados, a Zona América, que soma 40,6% do total dos equipistas do Movimento, com 20822 casais, assim distribuídos, em dados da ERI de janeiro de 2004. Região Canadá- 252 casais = 0,5 %; Super Região Estados Unidos - 2488 casais = 4,8 %; Super Região Hispanoamérica (Países da América de fala espanhola)- 3.175 casais= 6,2 %; e Super Região Brasil- 14907 casais= 29,1 %. Numa observação, alertaram o Colegiada Nacional sobre a responsabilidade que assume a Super-Re-

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Celebrações litúrgicas Em todos os encontros das Equipes de Nossa Senhora, os momentos litúrgicos são os mais esperados. Não foi diferente neste Colegiada Nacional. As Celebrações Litúrgicas aconteceram no mesmo clima que perpassou todo o Encontro: de alegre acolhida, carinho, gratidão, saudade, expectativas ... louvor e ação de graças a Deus. Todas elas proporcionaram momentos de reflexão sobre a importância da missão, conduzindo a uma compreensão mais profunda do sentido da responsabilidade a que todos são chamados. Possibilitaram momentos fortes de comunhão de todos na unidade do Cristo Eucarístico e de louvor e ação de graças a Deus. Também foram ocasião para reafirmar a pertença ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Nas três Celebrações Eucarísticas e nas orações da manhã de sábado e domingo, foi desenvolvido o tema "O Casal e a Sexualidade", que se desdobrou em cinco sub-títulos: "Você revelação de Deus para mim", "Casal em busca da unidade", "Oca9


sal fonte de vida, fonte de graça", "Casal, centro da Igreja doméstica" e "Casal enviado para refazer o paraíso". Cada celebração esteve a cargo de uma província, enquanto a animação dos cantos foi conduzida pelos casais Jussara e Daniel, CR Região Paraíba e Ico e Beth, CR Região SP-Nordeste. Todas as homilias foram convites à reflexão sobre o homem e a mulher unidos pelo Matrimônio para serem "auxílio" um ao outro, no serviço mútuo de amor, buscando a unidade no respeito às diferenças masculinas e femininas. O casal equipista é convidado a resgatar para a Igreja e para o mundo o sentido e o valor da sexualidade no plano de

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Deus, convidado a "refazer o paraíso", onde o amor entre marido e mulher torna o casal participante da obra criadora de Deus, na geração e educação dos filhos . A esse paraíso não se chegará sem a abnegação, a renúncia ao egoísmo, a busca do bem do outro, para que o amor possa crescer e a felicidade acontecer. Para isso todo equipista é enviado. Neste ano, um momento especial aconteceu na liturgia de sábado à tarde, em que se fez a transmissão da responsabilidade pela Super-Região Brasil, em meio a ricas sirnbologias. A celebração iniciou sob a presidência do Pe. Flávio Cavalca. Sílvia e Chico, o Casal Responsável da SuperRegião que deixava a responsabili-

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dade, vai até o fundo da igreja e retiram do meio da assembléia o casal equipista de base , Graça e Roberto, e o conduzem até o altar para que seja ungido como Casal Responsável pela Super-Região Brasil. A posse é dada pelo Casal Ligação da ERI, Maria Regina e Carlos Eduardo. Após a bênção ao novo Casal Super-Região, Pe. Flávio passa a sua estola e a presidência da celebração ao Pe. Frei Avelino, o novo Conselheiro da Super-Região. Após dar posse aos novos Casais Regionais, aos novos Provinciais e à nova equipe de apoio do Casal SuperRegião, Graça e Roberto dão início ao serviço aos seus irmãos equipistas, através do lindo gesto de lavar os pés de todos os membros da Equipe da Super-Região. A celebração do amor de Cristo na vida dos casais equipistas brasileiros continua, muda apenas o casal animador.

tro Internacional das Equipes de Nossa Senhora, em Lourdes, França. Os Encontros Internacionais são realizados de seis em seis anos. São grandes peregrinações, reunindo equipistas de todos os países para celebrar, viver momentos fortes de unidade do Movimento e para estudar as diretrizes para os anos seguintes. Todos os equipistas estão convidados a participar. No Encontro do Colegiado Nacional foi iniciada a nossa caminha-

Encontro lnternacional das ENS 2oo6 Vamos à Lourdes! Foi lançada no Colegiado Nacional a campanha de adesão para a participação do Brasil no X EnconCM 394

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da para Lourdes. Através de um flash do Casal Responsável pela Super-Região Brasil, Graça e Roberto, os membros do Colegiada tomaram conhecimento das primeiras informações para desencadear o processo das pré-inscrições para o X Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora, de 16 a 21 de setembro de 2006, no Santuário de Lourdes, na França. Foram distribuídas a todos os membros do Colegiada a Carta Convite e a Ficha de Pré-Inscrição, que o Secretariado das Equipes de Nossa Senhora também enviou a todos os Casais Responsáveis de Setor. A esta altura, quando vocês estiverem recebendo e lendo estaCarta Mensal, os seus CRS já deverão ter recebido e encaminhado a vocês a carta com as informações necessárias para que possam tomar a decisão de se inscrever e participar desse evento tão significativo para as ENS em todo o mundo. O seu Casal Responsável de Equipe terá até o dia 20 deste mês de outubro, para enviar a Ficha de Pré-Inscrição preenchida com todas as adesões para nós, Regina e Cleber - Casal Coordenador para o Encontro de Lo urdes. Se houver ainda alguma dúvida, entrem em contato conosco no endereço abaixo. Vejamos agora alguns detalhes que precisamos lembrar-lhes. A taxa de inscrição para o Encontro, no valor de E$ 370,00 Euros (aproximadamente R$ 1.443,00 Reais) por pessoa, cobre todas as despesas durante o Encontro, isto é, hospedagem, alimentação, transladas, e o 12

material. No entanto, vocês terão ainda as despesas da passagem aérea para Lourdes que terão que providenciar por conta própria, sozinhos ou em grupos em seus setores ou regiões, assim como as despesas com aquele turismo após o evento, para os que desejarem esticar a viagem aproveitando a ida a Lourdes. Lembramos que o câmbio, não está muito favorável, no momento, para nós brasileiros e precisamos nos preparar para as despesas. Estas observações não devem servir para desanimá-los, mas encorajá-los a dar prioridade no dia-adia de suas despesas domésticas, e a exercer o desapego de outros bens em proveito desta participação que certamente vai trazer muitas graças, não somente a cada um como àqueles que, sem a nossa solidariedade, não terão condições financeiras para participar do Encontro. É por esta razão que nos esforçamos para começar o mais cedo possível a nossa "poupança" para o Encontro. Se vocês, após rezarem e fazerem as contas juntos, decidirem ir, deverão se inscrever com sua equipe de base até o dia 20 de outubro de modo que possam iniciar o CM 394


primeiro pagamento já em janeiro de 2005 e terminar o último pagamento em maio de 2006. Caso não estejam seguros da decisão, terão até 28 de abril de 2005 para fazê-lo. Visitem também o "site" das ENS e fiquem atentos às Cartas Mensais para novas notícias. Por ora ficamos por aqui. Até breve. Fiquem com

Deus. Um abraço fraterno,

Regina Lucia e Cleber Marin Casal Coordenador para o Encontro de Lourdes Rua Venâncio Veloso, 489, apt0 103 Rio de Janeiro, RJ • CEP 22790-420 TeVfax: (21)2437.5604• 8707.5604/5605 reginacleber.lourdes@ terra.com.br

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FLASHS Dever de Sentar-se e Reqra de Vida No ano de 2005, o Movimento das Equipes de Nossa Senhora estará dando atenção especial para dois Pontos Concretos de Esforço: o Dever de Sentar-se e a Regra de Vida. Com um testemunho pessoal, o casal Rita e José Adolfo, responsável pela Província Centro-Oeste mostrou a importância do Dever de Sentarse para o conhecimento mútuo e para podermos ter uma vivência cristã da sexualidade e da abnegação. O Casal Responsável pela Província Norte, Graça e Encarnação, falou sobre a Regra de Vida e valorizou o documento preparado pela ERI

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"Regra de Vida", que também nos ajudará muito nesse ano de 2005.

Carta Mensa l Uma transição carinhosa A Carta Mensal pertence ao Movimento, por isso era necessária urna palavra do seu Casal Responsável aos membros do Colegiado. Mas desta vez eram dois os casais. Um que se despedia emocionado e outro que assumia também sob emoção. Maria Cecília e José Carlos agradeceram o carinho e a atenção que, merecidamente, receberam de todos e também as colaborações enviadas durante o período em que estiveram à frente da Carta Mensal. Concla-

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maram os participantes do Colegiada a continuarem incentivando os membros do Movimento a enviarem testemunhos, artigos e reflexões "para que a Carta Mensal atinja cada vez mais nossos equipistas e Conselheiros Espirituais". Quem olha as 43 últimas edições, pode perceber o belo trabalho feito por Maria Cecília e José Carlos e a sua Equipe. Foram 40 edições normais e outras três equipes, numa cobertura amorosa do Jubileu de Ouro das Equipes no Brasil, do Encontro Internacional de Santiago e do 1o Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora, em Brasília. Nesse período, a Carta Mensal publicou 17 encartes, sendo 8 com temas de formação escritos pelo Pe. Flávio Cavalca; outros encartes destacaram o Centenário de nascimento do padre Caffarel, Decreto de Reconhecimento das Equipes de Nossa Senhora pela Santa Sé, as homilias e testemunhos realizados no 1o Encontro Nacional de Brasília e também os índices dos artigos publicados durante os anos de 1997 a 2003. Nesse período, a Carta Mensal continuou cumprindo seu objetivo de informar, formar e unir os equipistas do Brasil, através dos quase 17 mil exemplares mensalmente distribuídos. Depois da sua exposição, Maria Cecília e José Carlos passaram a palavra ao novo Casal Responsável pela Carta, com um abraço amigo, irmão. Graciete e Gambim louvaram a Deus pelos dons recebidos. Agradeceram a Graça e Roberto, por terem confiado que Deus supriria as suas deficiências no exercício dessa 14

responsabilidade; a Equipe da SuperRegião, pela acolhida; e, particularmente, a Maria Cecília e José Carlos, por lhes terem ensinado, com muita doação e amizade, tudo sobre como conduzir a Carta Mensal. Conscientes de suas limitações e responsabilidades, disseram confiar em Deus e que se empenharão para servir com muito amor e fé as Equipes de Nossa Senhora no Brasil, continuando a fazer da Carta Mensal um instrumento de formação e de unidade, seguindo as orientações do Casal Super-Região e seu Colegiada, principalmente buscando ser fiéis a Deus, à Igreja e ao Movimento. Esforçarse-ão para que a Carta Mensal continue sendo um eco das vozes de todos os rincões do Brasil, cientes de que a Carta é instrumento do Movimento para, como diz o artigo 3° dos Estatutos Canônicos, ajudar na "for-

mação e realimentação espiritual dos seus membros". Lembram que continuam em vigor as orientações contidas na Carta Mensal N° 367, edição de outubro de 2001, págs. 20 e 21. Reforçam o pedido de Cecília e José Carlos para que os equipistas continuem enviando suas colaborações, como contribuição para o enriquecimento da espiritualidade conjugal dos casais e Conselheiros EspirituCM 394


ais leitores. A qualidade da Carta depende de todos os que escrevem artigos. Todo artigo enviado, mesmo que não seja publicado, será uma grande ajuda para se fazer uma Carta Mensal melhor. Que o Espírito Santo ilumine os que escrevem e a Equipe da Carta Mensal, para que, fiel aos objetivos do Movimento, ela seja útil e agradável a todos.

Tesouraria e Secretaria

O Casal Vera e Zé Renato, responsável pela Secretaria e Tesouraria, que está terminando o seu mandato, apresentou dados referentes ao trabalho desenvolvido nesse período. O novo Casal Responsável pela Tesouraria e Secretaria, Eunice e Milton, falou sobre o entusiasmo com que estão recebendo esse novo desafio para eles, colocando-se à disposição do Movimento e confiando na providência divina.

Projeto Viúvas, Viúvos e Pessoas Sós O casal Cleide e Valentim e as viúvas Lúcia e Olívia, membros da equipe de direção da "Comunidade Nossa Senhora da Esperança" falaram do projeto, que tem como coordenadora D. Nancy. A Comunidade CM394

foi fundada recentemente no Brasil e já está funcionando. Tem uma equipe de direção e um Conselheiro Espiritual. São quatro as "comunidades" que estão em funcionamento e outras que estão sendo formadas nas cidades de São Paulo e Campinas. É um trabalho árduo. O grupo demorou um ano para preparar os 17 temas, que são suficientes para 2 anos de estudos. São grupos de ajuda mútua em busca de uma espiritualidade da pessoa que está só. A nossa comunidade não exige que as pessoas viúvas abandonem as Equipes de Nossa Senhora onde elas estão. Se quiserem podem ficar nas duas. Elas poderão ajudar muito, como coordenadoras desses grupos, porque têm as experiências de equipe, sabem conduzir uma reunião e serão muito bem acolhidas nessa missão. Se for vontade de Deus, tornar-se-á um movimento da Igreja.

Testemunho de Vida e Missão O casal Ângela e Luiz, Responsável pela Província Sul ill, brindou os participantes do Encontro com um belo testemunho de vida e engajamento pastoral. Eles abriram o livro das suas vidas para manifestar a importância da presença de 15


Deus na vida do casal, a importância do exemplo da religiosidade presente na fanu1ia. Testemunharam

como no casamento um cônjuge pode ser missionário para o outro. Foi nas Equipes de Nossa Senhora que aprenderam a espiritualidade conjugal que os ajudou a crescer como casal e pais cristãos. A mesma fé os levou ao trabalho na pastoral familiar e ao serviço no Movimento. O casal ressaltou a presença do Sacerdote Conselheiro Espiritual em suas vidas como decisiva para o crescimento espiritual.

. . . ...... . . . ..... . .. .. . . .... . . ... .

CERlMÔNlA DE POSSE Durante a celebração Eucarística de sábado, tivemos a cerimônia de posse dos vários membros do Colegiada. A posse do Casal Responsável pela Super-Região Brasil, Graça e Roberto foi dada por Maria Regina e Carlos Eduardo, membros da ERI, num clima de muita oração e repleto de simbolismos. Em seguida, Graça e Roberto convidaram os novos casais que farão parte da Equipe da Super-Região e os novos Casais Responsáveis Regionais e seus respectivos

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Sacerdotes Conselheiros Espirituais para se aproximarem do altar. Padre Avelino iniciou a cerimônia, "pedindo a Deus Pai, para que envie as luzes do seu Espírito sobre os casais que assumem novas responsabilidades, para que inundados por sua graça, sejam instrumentos eficazes de atuação no serviço de construção do reino de Deus, através do Movimento das Equipes de Nossa Senhora". Assumiram essas responsabilidades os seguintes casais: 1) Equipe da Super-Região: Ca-

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sal Responsável pela Super-Região Brasil- Graça e Roberto; Casal Secretário/Tesoureiro Eunice e Milton; Casal Responsável pela Carta Mensal Graciete e Gambim; Casal Comunicação - Rosa e Paulo; CR Província Norte- Nazira e João Paulo; CR Província Sul I - Sheila e Francisco; CR Província Sul II - Ângela e Luiz 2) Casais Regionais: Província Nordeste: Região CE - Lili e Ademir; Região RN: Dalva e

Paulo; Pré-Região PI/MA Vilma e Adelman; Província Centro-Oeste: Região CO II-

Creuza e Caroba; Região MS - Olga e Nei; Província Leste: Região Minas III - Maria Rosa e Luiz; Província Sul /: Região SP Centro I - Maria Tereza e Tiago; Província Sul II: Região SP Oeste I - Terezinha e Nero; Região SP Oeste II Santina e José Luiz; Província Sul III: Região Paraná Norte- Nancy e Rubens; Região SC II - Reni e Pedro; Região RS I - Graça e Aristeu.

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Ma; ia Tereza e Tiago

• •• 18

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Equipes de Nossa Senhora

Temas de Formação

A

-

VlVENClA CRlSTA DA SEXUAllDADE Pe. Aávio Cavalca de Castro, cssr

Outubro

2004


VlVÊNClA CRlSTA DA SEXUALIDADE

"Sexo e amor não convivem ao mesmo tempo. A pessoa pode até precisar se sentir amada para se entregar à esculhambação do corpo que o sexo representa, mas isso não significa que eles coexistam. " Contardo CaJJjgaris, psicólogo (Época, fi0 318, 21.06.04)

Introdução No texto "O Carisma Fundador, Discurso de Chantilly", de Pe. Caffarel, há uma passagem, um tanto longa, mas que gostaria de citar na íntegra. Ele comenta a pesquisa sobre sexualidade que tinha feito entre os casais equipistas 1: "A primeira coisa que me impressionou fortemente foi o mutismo dos pais a tal respeito (a respeito da sexualidade). Uma negligência de 95%. Vocês irão dizerme: 'Essas respostas são de 1969; não são de casais de 1987'. Duvido, porém, que haja atualmente um progresso muito grande nesse domínio. Portanto, mutismo dos pais, o que quer dizer dificuldade da maior parte dos filhos, ra-

pazes e moças, dificuldade de que eles não ousam falar, e conseqüentemente sentimento de culpa, muitas vezes sentimento neurótico de culpa. Impressionam-me essas perturbações durante a infância, essas consciências perturbadas durante anos, o que quer dizer noivados mal vividos, porque os pais não dizem nada e os padres não dizem muito mais. Muitas vezes, um grande número de noivados é mal vivido, porque os noivos não sabem exatamente, como eles dizem, o que é permitido e o que é proibido. Começo do casamento muitas vezes catastrófico, a um ponto que eu nem imaginava, porque não se fala disso. A harmonia sexual raramente é alcançada no começo.

1. Página 18 da Edição revisada, (2003).

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Muitas vezes é preciso esperar dois ou três anos, por vezes dez, quinze anos e, em muitos casos, jamais realizada. E esse inquérito revelou-me até que ponto ela é de importância capital. Desse inquérito igualmente verifiquei que o sentido cristão da sexualidade é quase totalmente ignorado pelos casais das Equipes. Não chegam a 2% os que dão uma resposta verdadeiramente rica a estas perguntas: 'Qual é o sentido cristão da sexualidade? Como viveis cristãmente a vossa sexualidade?' E é aí que reconheço que os da Igreja, quanto a esse ponto, não são fiéis à sua missão. Prega-se a moralidade no matrimónio, diz-se o que é permitido e o que é proibido, mas não se oferece ao cristão casado um único livro (não existe! ... digam-me se conhecem algum! ... ), não se oferece um único livro sobre a maneira de (desculpem a expressão, que antes eu detestava, que é um pouco vulgar, mas que me parece importante) a maneira de bem 'fazer o amor', de bem viver a relação sexual. E com isso os casais cristãos, como os outros, vivem uma sexualidade de bárbaros. Não tenho tempo de lhes dizer agora como depois evoluí, graças às confidências e averiguações quefizjunto de certos casais. O que lhes digo, como coisa que não foi feita e que se impõe, é que

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é absolutamente preciso guiar os casais para a perfeição humana e cristã da relação sexual". Não sei se, depois de 1987, o quadro mudou. Penso que não. Por isso, julgo merecer perdão se me atrevo a iniciar uma reflexão sobre o tema, à espera que os próprios casais equipistas possam, mais à frente, elaborar numa apresentação mais completa de uma visão cristã da sexualidade. Eles o poderão fazer melhor que eu, a partir de sua experiência vivida. Tentando fazer essa reflexão, eu sei que estou sendo incompleto e só a vou fazer supondo uma condição: que vocês se comprometam a pensar e a fazer uma complementação do que lhes for dito agora.

Somos sexuados, não apenas temos órgãos sexuais

1.

No corpo e na alma, somos homens ou mulheres. Homens e mulheres em tudo e para tudo: em nosso ser, em nosso pensar, em nosso conhecer, em nosso relacionamento, em nossa maneira de amar, em nossa maneira de nos comunicar. E é assim, como homens e mulheres, que temos de assumir a vida e procurar a nossa realização pessoal. Dom Valfredo Tepe diz que "a I


aceitação construtiva dessa diferença de homem e mulher é básica para a auto-realização de qualquer pessoa humana e para seu relacionamento autêntico com outras pessoas do mesmo ou de outro sexo, diferentes entre si por tantos outros aspectos e fatores". Como homens e mulheres é que podemos refletir sobre Deus, e também formar para nós uma imagem de Deus, o que é fundamental para orientação de nossa vida. Como homens e mulheres é que temos de amar. Amar a Deus e amar aos outros. É essa realidade, de nosso ser homem ou mulher, que orienta toda a atração, todo o afeto, todo tipo de adesão que fazem nossa vida ser esse processo contínuo de relacionamento e de desenvolvimento. É basicamente enquanto homem ou mulher que estabelecemos esse intercâmbio, esse dar e receber, em todos os campos da realidade humana. Se não assumimos essa nossa realidade profunda e sinceramente, estamos falseando nossa existência, desfigurando, tirando o sentido da palavra que podemos e devemos ser para as outras pessoas como revelações e imagens de Deus. Esse ser homem, esse ser mulher condiciona nosso relacionamento, principalmente com o outro sexo, não apenas no relaciona-

mento conjugal, mas no relacionamento do dia a dia, que será sempre necessariamente um relacionamento sexuado. E é somente sendo homem, sendo mulher, que poderemos ser para homens e mulheres o espelho no qual se possam refletir, a realidade diferente com a qual se possam comparar, a palavra que falta para que o ser humano possa afinal se compreender. Fundamental para a vivência cristã da sexualidade é, pois, sermos plenamente homem ou plenamente mulher.

2.

Sexualidade pessoal

Se a primeira exigência da vivência cristã da sexualidade é assumir-nos como homens e mulheres, vamos perceber que com esse modo de ser é que nos vamos relacionar corretamente, de maneira tranqüila e harmoniosa, com Deus, com os outros e com o mundo. Nossa natureza sexuada, o fato de sermos homens e mulheres, já nos impõe vivermos num contínuo diálogo com as outras pessoas, porque somos diferentes e temos o que nos dizer. Esse diálogo deve realizar-se de maneira especial com o outro que é mais outro, a pessoa do outro sexo. É essa dualidade que vai permitir, em nossa vida, a partilha. IV


Partilha de riquezas, partilha de intuições, partilha de propostas. É essa diversidade que nos vai proporcionar uma descoberta. O mais importante não é descobrir o mundo. O mais importante é descobrir as pessoas, e nós as vamos descobrir exatamente enquanto homens ou mulheres, através dessa realidade que possibilita uma complementação, uma visão da realidade humana e do mundo a partir de diversas perspectivas e de diversos ângulos. É através dessa duplicidade que podemos viver a acolhida. Acolhida que significa não apenas receber o outro, mas enriquecer-se com o outro. Por isso, a vivência cristã da sexualidade exige que cada um de nós procure desenvolver as potencialidades, as possibilidades que temos enquanto homens ou mulheres. Falamos tanto em ser humano que esquecemos que o "ser humano" é uma abstração. Agora e por toda a eternidade, o que existe são homens e mulheres. Dizemos tanto que é preciso crescer como pessoa; na verdade, é preciso crescer como homem e como mulher, porque essa é a nossa realidade. Temos de desenvolver as possibilidades, as forças que existem nessa realidade, e fazer esse desenvolvimento de maneira consciente. Por outro lado, temos de controlar as limitações que nascem desse

fato de sermos homens e mulheres. É isso que possibilita um desenvolvimento harmonioso do nosso ser. É claro que tudo isso seria muito mais fácil se tivéssemos recebido uma educação para a sexualidade. Mas a verdade é que normalmente não recebemos essa formação, ou pelo menos nem sempre foi adequada. Temos, pois, de continuamente nos educar, porque afinal a nossa sexualidade, o nosso jeito de ser homem e de ser mulher não é uma realidade estática. Ser homem e ser mulher é uma exigência que vai se modificando de acordo com as diversas etapas da nossa vida. Temos de pessoalmente olhar para essa nossa realidade e, tendo em vista essa realidade, fazer uma opção quanto à vivência da nossa sexualidade. Necessariamente temos de viver nossa sexualidade, porque ela impregna toda a nossa maneira de ser. Só nos resta decidir se vamos viver nossa sexualidade na sua forma celibatária ou na sua forma conjugal. Essa a grande opção que temos de fazer na vida. Se pensarmos um pouco, é a opção mais fundamental, muito mais fundamental do que decidir a função que iremos assumir na sociedade e na Igreja. Essa opção pelo celibato, pelo casamento é a opção que atinge nosso próprio modo de ser.


3. Sexualidade conjugal

estará respondendo às necessidades do outro. O problema é que o relacionamento sexual do casal muitas vezes se restringe apenas ao coito, apenas ao encontro genital. Com isso, ambos continuam profundamente infelizes, vivem profundamente insatisfeitos, porque de fato não encontraram no parceiro um homem, não encontraram na parceira uma mulher. Sua vida acaba sendo frustração contínua e, com toda probabilidade, fracasso anunciado.

Nesta altura, já podemos considerar a vivência cristã da sexualidade conjugal. Depois do que vimos, fica bastante claro que, no casamento, o relacionamento entre homem e mulher é fundamentalmente um relacionamento sexuado, mas, não apenas isso; é também um relacionamento plenamente sexual. Por isso mesmo essa vivência conjugal supõe que ambos estejam razoavelmente maduros na sua sexualidade e dispostos a crescer sexualmente como casal. Não pode nascer esse relacionamento de uma procura motivada por necessidade de dependência. Quem está procurando mãe substitutiva, ou pai substitutivo, não está apto a enfrentar a realidade matrimonial como relacionamento sexuado e sexual de duas pessoas razoavelmente maduras.

Assumir a lei do amor Para que o relacionamento, a vivência sexual da vida conjugal seja verdadeiro e continuado diálogo de amor, é preciso que um e outro assumam a lei do amor. Todo o relacionamento sexuado e sexual entre marido e mulher deve expressar o amor. Ou seja: sempre, em qualquer circunstância, estão frente a frente como marido e mulher, por escolha livre e pessoal. De tal maneira que, através do relacionamento esponsal, um esteja a dizer continuamente ao outro: "você é importante para mim, ser único e especial em minha vida, eu escolhi você". Ou seja, é preciso que mutuamente se apreciem e valorizem sempre e em tudo. Esse estar frente a frente, esse conversar, esse contínuo estar com o outro, esse ir para o mesmo leito tem

Diálogo de amor Quando falamos em relacionamento sexual, não estamos pensando apenas no coito, na cópula. Estamos pensando no relacionamento sexual num sentido amplo, que abrange todo o relacionamento único com essa pessoa enquanto é pessoa especial. É preciso que ele seja em tudo e sempre Adão, é preciso que ela seja em tudo e sempre Eva, porque somente assim um

VI


de ser manifestação de apreciação. Toda a vida conjugal e, de maneira especial, o "fazer amor" tem de levar o parceiro a perceber que é importante para o outro, é a pessoa mais importante do mundo. Todo o relacionamento, a toda hora, tem de ser manifestação de afeto, desse afeto que é algo indefinível, impacto causado por alguém que é percebido como único e insubstituível, que rouba o coração, e é percebido como resposta a uma sede e a uma fome de muito tempo. Assim o relacionamento plenamente sexual entre marido e mulher, em todas as circunstâncias da vida, será manifestação de uma atração continuada. Será fruto do perceber-se diferente, do perceberse carente do outro, do perceberse como dom para o outro e do perceber o outro como dom para si. É essa atração que possibilita ao casal ser casal. Essa atração é que faz o casal, atraindo-se mutuamente, de certa maneira levitar acima das realidades da vida e conseguir passar por cima das dificuldades. Quando um deixa de ser necessário para o outro, quando deixa de ser resposta, perdeu sentido a existência desse casal. Cada encontro, nas suas diversas formas, tem de ser acolhida de uma satisfação. É preciso que cada um saiba, continuamente, que está

sendo para o outro satisfação na sua vida, que está sendo para o outro resposta, ainda que limitada, para as suas necessidades. Não tem sentido a vida conjugal se um não for continuamente, para o outro, palavra de resposta sexual, palavra de acolhida, oferta, admiração, confiança, promessa, repouso, alegria, fruição, carinho ... Todo encontro do casal seja oferta contínua, oferta de disponibilidade contínua. Mas, é preciso que haja acolhida, porque uma das grandes tristezas da vida humana é a oferta sem acolhida. A convivência do casal seja marcada pela admiração. Ela, ele tem de ser o milagre da sua vida, milagre que você jamais se cansa de admirar. Ele, ela tem de ser o foco da sua atenção, o primeiro foco, em torno do qual tudo mais se organiza. Todo encontro do casal deve ser encontro que manifesta confiança, e será sempre promessa. Diante da insatisfação do momento presente, um estará sempre a dizer para o outro: amanhã será melhor, ou melhor, amanhã serei melhor. Todo encontro, e não só o encontro no leito de amor, será sempre procura de ambos por repouso. Repousar é parar. Que ambos, vivendo essa lei do amor, tenham tempo um para o outro, não se vejam apenas de passagem, mas que sua convivência, em todos os sen-

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tidos e em todos os aspectos da vida conjugal, seja centro de gravidade para sua vida. Repouso é alegria; é preciso que desse relacionamento sempre nasça a alegria. Alegria que é satisfação por um bem possuído. Se você tem esse homem, se você tem essa mulher, você de fato terá essa pessoa apenas se souber e puder fruir desse dom na alegria. Lei do amor é que o amor conjugal só existe entre pessoas iguais em dignidade e igualmente respeitosas uma da outra, que entre elas não exista nem mando, nem dominação, nem submissão, nem negociação, nem compra e venda. Assumir a lei do amor significa jamais usar o outro, muito menos sexualmente. Significa sair de si, abnegar-se. Significa jamais se colocar antes ou depois, mas sempre lado a lado, ou melhor, frente a frente e voltados para o mesmo horizonte. Cultivar o amor Para viver cristãmente a sexualidade conjugal não basta assumir a lei do amor, é preciso cultivar o amor. O amor como atração pode embotar-se, pode ir perdendo sua força e seu impulso. O amor como afeto também pode diminuir e pode acabar ou pode mudar. O afeto é mutável e é preciso que tenhamos continuamente nas mãos as rédeas VIII

do coração. O amor como escolha, como aliança, como decisão, o amor no sentido mais racional também pode ser destruído por uma decisão contrária. É preciso que, continuamente, estejamos reafirmando, reforçando essa nossa decisão, porque do contrário facilmente nos deixamos atrair para outras decisões. Para evitar essa volubilidade da atração, do afeto e da decisão, é preciso redescobrir cada dia, os motivos para amar. É preciso redescobrir cada dia, os motivos para amar, porque hoje você não é o mesmo que ontem. Hoje seu marido, sua mulher, não são a mesma pessoa de ontem. Redescobrir os motivos para amar, estudar sempre o mapa do rosto do outro, redescobrir, descobrir sempre de novo indícios e gestos, palavras e subentendidos, o alçar ou baixar de ombros, o erguer ou baixar a cabeça, e descobrir em cada um desses sinais novos motivos de amar. Se você quer amar sempre seu marido, é preciso que cada novo cabelo branco seja motivo de amor. Se você quer amar sempre sua mulher, é preciso que cada nova ruga seja nova razão para amar. Redescobrir os motivos para amar. Reafirmar a escolha e a aliança. Amadurecer essa escolha, essa aliança, na linha da caridade. Você fez sua escolha sob um impulso que vinha de Deus. Então,


deixe-se levar e elevar cada vez mais por Deus. Aproxime-se cada vez mais de Deus e irá aproximarse também cada vez mais de seu marido, de sua mulher. Cultivar o amor em toda a vida, mas cultivar o amor também de maneira especial cada vez que, como diz o padre Caffarel (aceitando a expressão vulgar, mas que pode ter um sentido muito sério) cada vez que se faz amor. Cada vez que se faz amor é preciso que o amor seja reconstruído e seja aprofundado, seja reafirmado e traga cada vez sempre de novo uma descoberta nova.

Aprender a língua do amor Para viver plenamente a sexualidade conjugal é preciso aprender a língua do amor. Essa é uma linguagem abrangente. Linguagem que se traduz em toda a vida do casal, e não apenas no encontro sexual. É preciso aprender os códigos de linguagem do outro. Para que possa haver um aprofundamento na compreensão entre ambos. Quem quiser cultivar o amor e aprofundar a sexualidade, a vivência da sexualidade conjugal, é preciso que aprenda também a linguagem da poesia, que adquira a capacidade de perceber sentidos ocultos por debaixo das realidades aparentemente mais sem mistérios. Nesse ponto, talvez as mulhe-

res possam ajudar bastante seus maridos, para que tirem um pouco da cabeça tantos números e tantos ângulos, e aprendam a linguagem de um olhar, de um aperto de mão, de um sorriso, de um afago na face, de um estar lado a lado. Também o encontro na cama tem de ser uma celebração da poesia. Que o corpo assuma toda a sua capacidade de comunicação, que a vibração seja total, mas que a vibração não esteja apenas na periferia do corpo, que atinja também esse campo atingido somente pela poesia do amor, que vê o importante e que geralmente está oculto ao olhar mais rápido. É preciso que se descubra a linguagem do corpo, e se valorizem os ritos do amor, as palavras dessa linguagem do corpo e dos sentidos em todo o conjunto da lide humana. No fazer amor, mas também no estar simplesmente lado a lado. Para aprofundar essa linguagem e enriquecer os ritos do amor, é preciso haver certos cuidados com todo o ambiente do lar. Ninho macio, pois ninho de espinhos não favorece o amor. Que haja momentos lentamente preparados que favoreçam a vivência da sexualidade. Da linguagem do amor faz parte fazer-se belo para o outro. Belo não é o mesmo que lindo. A beleza pode estar num corpo de qualquer idade, transparece no rosto,


vem de dentro, como brilho que oculta rugas e manchas. Nasce da alegria, da felicidade do amor dado e recebido. Para falar a linguagem do amor é preciso fazer-se belo para o outro, atraente, mesmo tendo de assumir algum sacrifício. Dar e receber Para viver a sexualidade num sentido cristão, é preciso aprender a viver esse vai-e-vem contínuo, essa dinâmica, essa polaridade do dar e receber. Num dos capítulos do livro "Nas Encruzilhadas do Amor", padre Caffarel chama atenção para esse aspecto: não basta dar, é preciso também saber receber. Também no relacionamento conjugal essa é a lei do amor, apenas dar, apenas sacrificar-se, apenas pensar no outro, apenas ser apoio, apenas ser solução, isso é negação no amor e pode até ser uma forma de egoísmo. É preciso também encontrar, no outro, satisfação e felicidade. Afinal não precisamos somente de Deus. E Deus muitas vezes se nos dá em primeiro lugar através de outra pessoa. Essa lei do dar e receber que se aplica ao conjunto todo da vida, tem suas exigências inescapáveis no relacionamento sexual, no fazer amor. É preciso que ambos se coloquem numa atitude de igualdade. Dois sedentos que procuram fonte, dois ricos que trazem um

para o outro um copo de água que pode matar a sede. É preciso que ambos saibam aceitar, saibam receber, para ajudar o outro a realizar-se plenamente como pessoa, como homem, como mulher. Dar ao outro, enquanto possível, a satisfação. Ajudá-lo a valorizar-se, a reconhecer o valor que tem e a adquirir novos valores. Ajudá-lo a desenvolver confiança em si. Ajudá-lo a viver de bem com a vida. Dar e receber, significa aceitar que o outro faça o mesmo por você. Deixar de lado o orgulho e, afinal, )reconhecer que essa pessoa é importante para você e, por isso mesmo, notar o que e o quanto ela faz de diferente para atrair você. Amor e fidelidade Viver cristãmente a sexualidade é desenvolver amor e fidelidade. O relacionamento sexual existe para manifestar e para aprofundar o amor e a fidelidade. A intimidade sexual é prova de total confiança, de total aceitação de outra pessoa. É palavra final e plena de aceitação de outra pessoa como parceira de comunhão de vida. Casar não é apenas receber o outro em casa. Casar é receber o outro em si, e é claro que, se é aceitação assim tão completa, a contrapartida inevitável é a fidelidade e a exclusividade. O que se espera e o que se pro-


mete não é apenas fidelidade física, mas fidelidade plena, total, absoluta. Exclui também o adultério do coração. Não existe, afinal, meia fidelidade, nem meia traição. Promiscuidade é aceita só por quem não está interessado em amor, mas apenas em orgasmos. Para manter fidelidade é indispensável a guarda do coração e dos olhos. Sem isso, é impossível viver cristãmente a sexualidade. O afeto, volúvel por sua própria natureza, é traiçoeiro, repentino, camuflado e mentiroso. Coração desocupado é coração vadio, aberto para o primeiro que chegar. Nessa brincadeira do afeto é fácil começar, difícil, quase impossível, escapar. Quem ama não anda à caça, por isso mesmo anda atento para não se deixar atrair, nem enredar. Sem vigilância, é fácil a sedução.

Amor e abnegação Viver a sexualidade cristãmente exige e ensina abnegação. Seguindo padre Caffarel, podemos dizer que: a sadia vivência da sexualidade exige duas pernas e duas asas, o amor e a abnegação. De momento fiquemos com a abnegação. É impossível viver cristãmente a plenitude da sexualidade sem sair de si mesmo, sem renunciar a si mesmo para se abrir ao outro, para se doar ao outro. É impossível viver plenamente

a sexualidade de uma maneira cristã, sem colocar Deus em primeiro lugar porque, se não o fizermos, infalivelmente colocaremos o outro a nosso serviço. Note bem, não no lugar de Deus, mas a nosso serviço, a serviço de nossos instintos egoístas. Amar, viver a sexualidade exige respeitar uma escala de valores. Não procurar sempre o que é fácil. Exige domínio e autodomínio, tanto no se abster quanto necessário, quanto no procurar e no se fazer acessível para o outro. Exige saber dominar-se, dominar instinto e impulsos. Por isso mesmo a vivência cristã da sexualidade exige ascese, contínuo esforço na vida espiritual para nos purificar, para nos manter na caminhada, para chegar à perfeição. E a ascese da espiritualidade conjugal cristã exige que se dê o devido valor, nem maior nem menor, à sexualidade, às coisas da carne e do coração. Reconhecer tudo isso como dom de Deus, como caminho para o crescimento, como adiantamento, como promessa de bens infinitamente maiores que, pelo fato de serem maiores e mais perenes, não destroem o valor dos bens e dos dons atuais da sexualidade, o valor do prazer, o valor da satisfação, o valor da tentativa de comunicação entre homem e mulher, mas apenas os relativiza. Para viver cristãmente a sexua-


Conclusão

lidade é preciso saber colocar a vida sexual do casal acima dos humores do momento, sem escapatórias sem desculpas. É preciso saber de fato entregar-se, saber dar satisfação, mesmo se por um motivo ou por outro esse não seria o melhor momento. Viver a sexualidade na abnegação é saber participar plenamente do jogo, do encontro, do diálogo, do dizer e do responder. Viver cristãmente a sexualidade exige que se aceite corajosamente a renúncia sempre e durante quanto tempo for necessária. É na medida em que o casal souber viver cristãmente sua sexualidade, na medida em que tiver conseguido dar conteúdo humano e cristão ao seu relacionamento, é exatamente nessa medida que ambos saberão continuar vivendo plenamente sua sexualidade quando as forças definharem, ou quando certas circunstâncias exigirem que se abra mão de certas manifestações. Viver cristãmente a sexualidade exige a abnegação, que está na aceitação dos limites do pudor do outro, no respeitar seu mistério, tendo paciência e sabendo esperar que se vá revelando aos poucos. Finalmente, para viver cristãmente a sexualidade é preciso saber assumir o jogo da temperança e da generosidade, da procura e do desprendimento.

Bem, casais eqmptstas, isso aqui foi o que consegui elaborar num primeiro ensaio sobre o tema. Ensaio para o qual espero complementação. Nessas palavras, terão percebido que não é um caminho fácil esse que achei que devia apresentar como sendo um caminho para a vivência cristã da sexualidade. Por isso é bom não esquecer que uma das leis fundamentais na vida cristã é a lei da gradualidade. Se hoje algo não parece possível, nem por isso devemos negar seu valor, mas reconhecer que amanhã, com a ajuda de Deus poderá ser nosso caminho. Tenho consciência de que fui incompleto, muitas vezes eu pude apenas trabalhar com alusões. Se ajudei, estou contente. Se quiserem aprofundar o tema, duas perguntas inocentes que poderão ser úteis: • Sua vida sexual ajuda ou atrapalha sua caminhada para Deus, ou não tem nada a ver com ela? • Em sua vivência da sexualidade conjugal, em que vocês precisam amadurecer e aprofundar-se? Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr

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Os casais escolhidos para este ministério pastoral no movimento prestaram o compromisso de animar e zelar pela unidade das Equipes de Nossa Senhora, nas suas respectivas Províncias e Regiões.

Confraternização No sábado, à noite, ti vemos a nossa já tradicional confraternização, que foi animada pelos integrantes da Província Sul ill, que prepararam o local com muito carinho e bom gosto. Nessa oportunidade todas as Províncias homenagearam os membros da Equipe da Super-Região, que deixaram a responsabilidade com muita criatividade e bom gosto. Esses momentos de descontração são muito importantes, pois, a maioria dos casais tem apeCM 394

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nas uma vez por ano, a oportunidade de se encontrarem e fortalecerem os laços de amizade que unem os equipistas de todo o Brasil.

Mensagem de Posse e de Envio Queridos e amados irmãos do Colegiada Nacional: Estamos iniciando uma nova etapa das nossas vidas e da história do nosso Movimento. O sopro do Espúito nos leva para o mar aberto da vida equipista. Vamos alegres e confiantes, pois aprendemos com os que nos antecederam que os ventos que brotam da inspiração divina são sempre ventos favoráveis. Depositamos toda a nossa confiança em Deus e pediremos insistentemente que Ele não permita que as nossas limitações desviem o barco das Equipes de Nossa Senhora do rumo certo, mesmo quando navegando em mares revoltos. Iniciamos o exercício da responsabilidade manifestando a nossa gratidão a Deus por abrir os nossos corações à sua bondade, à sua misericórdia, à sua generosidade. Somos gratos a Deus por sabermos que ele nos chama porque nos ama e para que possamos aprender a amar mais. Somos gratos pelas pessoas que Ele colocou junto a nós para nos ajudar e estimular na busca da santificação. Somos gratos a Deus pela confiança que a ERI depositou em nós, através do nosso Casal Ligação Maria Regina e Carlos Eduardo, escolhendonos para o exercício da responsabilidade na Super-Região Brasil. Manifestamos também a nossa gratidão a Deus pela Equipe da Super-Região que, conhecendo profundamente nossas virtudes e defeitos, por crerem na presença contínua de Deus entre nós, nos indicaCM 394


rarn para essa responsabilidade. Somos gratos a Deus pelo Colegiada da Província Sul ill, onde partilhamos a vida durante os dois últimos anos e fornos ajudados a aprofundarmos o espírito de amor através do serviço. Agradecemos a Deus a disponibilidade de tantos irmãos que nesse pequeno tempo de transição deram o seu "sim", abrindo-se à responsabilidade por uma Província ou a um serviço de apoio na caminhada que realizaremos nos próximos anos. Por fim, manifestamos a nossa gratidão a Deus por nos permitir celebrar na amizade cristã, juntamente com todo o Colegiada Nacional, os primeiros momentos no exercício da responsabilidade, na certeza de que vocês são as mãos que Ele nos estendeu para superarmos as incertezas que enfrentaremos no exercício da responsabilidade pela SR Brasil. Ao assumirmos a responsabilidade da Super-Região Brasil, é importante que manifestemos a este Colegiada a esperança que trazemos em nossos corações. Sonhamos com homens e mulheres, maridos e esposas, vivendo a igualdade em seus próprios lares, partilhando as suas vidas na plenitude, pois elas sempre repercutirão em seus filhos. Seres indefesos que têm a necessidade e o direito de virem ao mundo na segurança de um "útero permanente" 1, que é a unidade de relação amorosa de um pai e de uma mãe sustentada no sacramento do matrimônio e vivida na espiritualidade.

*

Feita essa primeira colocação, é necessário também que cuidemos da despedida dos nossos irmãos que deixam a Super-Região. No Movimento, posse, despedida e substituição ocorrem sempre juntas. A transitoriedade é nota característica nossa. Sendo assim, por que uma despedida mexe tanto conosco? Gostaríamos de responder a essa questão, olhando para os membros da nossa Equipe de Super-Região, em particular, para os que hoje são substituídos: Sílvia e Chico, Altirnira e Paulo, Graça e Encarnação, Vera e J. Renato, Maria Cecília e José Carlos, e Pe. Flávio. Ousamos dizer a todos que uma despedida mexe conosco porque somos filhos de Deus. O Pai enviou seu Filho para nos ensinar a vivermos unidos a Ele e entre nós. Cristo ensina-nos a comungarmos juntos, a nos olharmos com ternura, a entre-ajudarmo-nos, a nos alegrarmos com os dons dos outros; a rezarmos juntos, a fazermos das dores dos irmãos nossas dores, a nos acolhermos mutuamente e a andarmos de mãos dadas. E isso tudo gera laços. E quando os laços de amizade se aprofundam, a transição traz a despedida para ver se aprendemos a

Expressão usada por Frei Hildo Conte no livro "O desejo de amar", pág. 13.

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essência da lição: o amor incondicional, o servir sem querer nada em troca. Por isso, a despedida mexe conosco. Para nós cristãos a saudade faz a diferença. Nós não a criamos. Ela nasce sozinha, quando o vento misterioso do Espírito de amor sopra. Cristo, na Eucaristia, ensinanos a "matar a saudade": "Fazei isso em memória de mim!" Queridos Silvia e Chico, irmãos escolhidos por Deus para serem "a Sua voz a nos convocar": queremos dizer-lhes, que muito aprendemos de vida cristã, através de vocês, nesse tempo de convívio no Colegiada da Super-Região. Os admiramos pelo empenho incessante na busca da unidade, em fidelidade ao carisma fundador. Os admiramos ainda mais pela capacidade de sofrer calados e guardar no silêncio interior, por amor, os pecados e revezes que a responsabilidade traz. Por isso, neste momento, de despedida, diante do testemunho de engajamento que deram e do respeito que conquistaram junto a nós, apresentamos uma manifestação do Pe. Caffarel ao despedirse do Movimento, que bem retrata este nosso momento: 22

"Deixar o meu cargo não é abandonar o Movimento. Ele está arraigado em meu coração. Os pais não abandonam o filho que funda um lar: continuam a sentir-se responsáveis pelo destino espiritual daqueles que introduziram na temível aventura da vida humana. Todavia, compreendem que doravante, devem ajudá-lo à maneira de Moisés, orando na montanha, com os braços estendidos, enquanto na planície os israelitas lutam rudemente". Agora, desejamos nos dirigir aos "israelitas" que, acabado o Encontro, retomarão à luta cotidiana em seus lares e suas comunidades. Cremos que Jesus, ao nos convocar para as Equipes de Nossa Senhora, a fim de que pudéssemos nos santificar, no e através do Sacramento do Matrimônio, nos inseriu numa revolução irreversível que nos cabe continuar a cada dia, conscientes de que não haverá transformação sem volta ao Evangelho, nem transformação sem santificação. Queridos irmãos: somos enviados para "refazermos o paraíso" desfeito pelo pecado de Adão e Eva. Levemos em nossos corações a esperança de que todos os casais possam alcançar a graça que alcançamos na vida matrimonial cristã e que possam dar à vida conjugal, o valor que aprendemos a dar nas Equipes de Nossa Senhora. Que Maria sempre os acolha e que Deus os proteja e acompanhe neste novo ano de missão.

Graça e Roberto CR Super-Região Brasil CM 394


ELEIÇÃO DO CASAL RESPONSAVEL DE EQUIPE Outubro chegou e já estamos novamente no momento de escolher o novo Casal Responsável pela nossa equipe, aquele que irá animá-la de uma maneira toda especial durante o próximo ano. É bem verdade que responsável somos todos nós, mas durante o ano em que Deus nos escolhe e nos chama para esta função dentro do Movimento, devemos nos sentir e nos colocar mais a serviço dos nossos irmãos de equipe. Ser responsável de uma equipe é, sem dúvida alguma, uma graça de Deus. Podemos sentir que durante o ano em que desempenhamos essa missão, as graças e os dons de Deus "jorram" em nossas vidas e sentimos o que é a verdadeira alegria do servir. Servir na gratuidade foi um ensinamento de Jesus. Ele sempre chamou a atenção do povo justamente pela sua gratuidade. Assim, também os nossos serviços no Movimento das Equipes de Nossa Senhora se caracterizam pelo fato de serem transitórios e gratuitos. O casal eleito deverá perseguir os dois principais objetivos daresponsabilidade: A Animação e a Unidade. Animar é olhar com amor, descobrir, dar nome, confirmar e fazer apelo ao que há de melhor em cada pessoa, em cada casal da equipe. O primeiro objetivo de "fazer viver" é inseparável do segundo: "a unidade entre todos" . Nosso Movimento está presente CM 394

hoje nos cinco continentes: se é preciso e desejável que sensibilidades diversas possam se expressar nas ENS, a unidade deve se fazer sempre na fidelidade aos Estatutos e ao carisma fundador do Movimento. Direcionados para Deus pela oração, pois não somos nós, mas Ele que faz a unidade entre todos (do documento "O Casal Responsável de Equipe"). Bem, como vamos escolher o novo Casal Responsável da nossa Equipe? É claro que deverá ser um casal de oração e de vida interior. Aquele que procura viver o evangelho que diz: "limpa primeiro o copo por dentro para que também por fora fique limpo" (Mt 23, 26). O casal não deve ter preocupação com o exterior, mas sim com o que está no seu coração. Deverá ainda ser um casal que ame o Movimento, ou seja, que ame cada um de seus membros, sendo fraterno e irmão de todos. Não nos esqueçamos que a nossa mística é o testemunho e a ajuda 23


mútua, portanto esse casal deverá estar vivendo a mística das equipes, assim como o carisma fundador, ou seja, vivendo a espiritualidade conjugal. Outras características desejáveis para um Casal Responsável seriam a prudência, a paciência, a disponibilidade e a solidariedade, entre tantas outras, a fim de que ele possa ajudar no sentido de que nossa equipe se torne cada vez mais uma verdadeira comunidade, como nos ensina São Lucas, nos Atos dos Apóstolos: "Eles se mostravam assíduos aos ensinamentos dos após-

tolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações" (At 2, 42). Em princípio, todos os casais de nossa equipe deverão estar aptos a atender este apelo de Deus. Mas, para o presente momento e circunstâncias da nossa caminhada, um casal poderá ser mais indicado do que o outro. Que Deus nos ajude a discernir nesta escolha do nosso novo Casal Responsável da nossa Equipe.

Vera e Clóvis Eq. 5 - Setor ABC I

-

ELElÇAO DO CASAL RESPONSAVEL DE EQUIPE Outubro se aproxima, mês no qual elegeremos o novo Casal Responsável de Equipe. Uma escolha consciente deve ser feita, pois a equipe dependerá muito deste casal na sua condução no próximo ano. Muitos casais ficam preocupados neste período, pois não querem assumir esta responsabilidade e alegam sempre não terem tempo, ou que têm outras responsabilidades, ou ainda que não se sentem seguros ou preparados para este serviço. Ora ... , todos nós equipistas sabemos muito bem que somente as pessoas realmente ocupadas é que encontram tempo para a realização de novas tarefas ou responsabilidades. Além do mais, também aprendemos em nosso Movimento que Deus capacita aqueles aos quais 24

escolhe. Portanto, caros casais, deixemos de lado as desculpas e coloquemo-nos a serviço de nosso próximo e vocês verão quão enriquecedor será este tempo para a nossa vida pessoal e de equipe. Deus chama a todos para uma missão e devemos estar sempre disponíveis. Entremos com o nosso trabalho e Deus fará o resto! Aqueles que forem eleitos não se esqueçam que esta missão é temporária e que não seremos os próximos "donos" da equipe e sim o seu casal servidor. Que Deus ilumine a todos nós nessa escolha. Àqueles escolhidos, as nossas orações.

Kátia e Luciano Eq 27F- Região Centro Oeste I CM 394


Super-Reqião Brasi1 - Distribuição por Provindas 30 de Junho de 2004 Províncias

Norte Nordeste Centro-Oeste Leste Sul I Su111 Sul III

Total

Regiões

Se to r! Coord

3 7 4 8 8 7 6 43

13 45 20 44 44 35 36 237

)ubi1eu de Ouro No dia 21 de abril de 2004, celebrou seu Jubileu de Ouro de vida religiosa. a irmã Silmei Marques de Azevedo, Conselheira Espiritual da Eq. 3 - N. Sra. de Fátima - Anápolis, GO. Ao visualizar o Movimento das Equipes de Nossa Senhora e sua trajetória em nossa cidade, a de irmã Silmei se evidencia através da dedicação, seriedade, carinho e amor para com todos nós equipistas. Continue seu trabalho consagrado a Deus e ao serviço do seu povo, sempre conduzido pelas mãos de Nossa Senhora! Eliane e Wilson CR Setor Anápolis, GO CM 394

Equipes

108 449 243 433 550 372 327 2.482

Casais Equip.

651 2.811 1.587 2.647 3.198 2.151 1.735 14.780

Cons. Esp.

73 281 173 278 393 209 223 1.630

Fa1ecimentos Cônego Antônio Borges Serra, ocorrido no dia 30 de julho de 2004. Foi SCE das equipes 3, 5 e 7 de Jacareí, SP

Famflia equipista é "ouro"

em Atenas/2004 Marcelo Ferreira, que juntamente com Torben Grael, conquistou pela segunda vez a medalha de ouro no iatismo, classe "star", é filho do casal equipista Zilene e Odílio, da Equipe 3A - Niterói. A família equipista da Região Rio IV está em festa pelo acontecimento e parabeniza os campeões, desejando muito mais sucesso para a dupla de ouro. Agradecemos a Jesus e a Maria pelas bênçãos derramadas sobre Marcelo e sua família, que agora comemoram a merecida vitória, cercados do carinho de parentes e amigos. Graça e Juarez-

CRR Rio IV


Sessão de Formação Nível li - Coordenação Tuntum I Governador Archer A Sessão de Formação Nível II, realizada nos dias 22 e 23 de maio de 2004, em Tuntum, teve inicio, com a acolhida feita pelo Casal Responsável pela pré-Região Maranhão I Piauí, Maria e Souza, que também nos mostrou os objetivos desta Formação. Em seguida foi celebrada a Santa Missa presidida pelo Frei Arilson. O Tema dessa Sessão de Formação foi o aprofundamento à luz dos Documentos da Igreja (Doutrina Social da Igreja). Este aprofundamento se tornou muito claro para todos nós, pois Pe. Ermando falou-nos sobre os documentos "Catecismo da Igreja Católica", "Christifideles Laici", "Farniliaris Consortio" "Ser Igreja no novo Milênio". Maria e Souza apresentaram a dinâmica: A Família como vai? Tivemos vários grupos de assimilação. Percebemos mais uma vez que há muitos tesouros em nossa Igreja e muitos não se dão conta disto. lvonete e Zé Gerônimo - Eq.3 N. Sra. de Fátima - Tuntum, MA

Nível III - Região SC I - Conhecendo melhor o Movimento Em agosto, 26 casais equipistas da Região SC I tiveram a oportunidade de conhecer melhor o nosso Movimento, participando da Sessão de Formação Nível III, realizada em Florianópolis. O evento contou com a participação do novo CR da Província Sul III, Ângela e Luiz, do SCE da Província, Pe. Sallet, e do SCE da Região, Pe. Elias. Todos os temas apresentados despertaram muito interesse e foram acompanhados com atenção pelos participantes. Para possibilitar a participação de pais com filhos pequenos, o casal Josiane e Adriano da Eq. llF- N. Sra. de Guadalupe, permaneceu durante todo o evento cuidando de 10 crianças, com idade variando entre 2 a 12 anos, numa demonstração de acolhimento e abnegação. Conhecendo melhor o Movimento, os 26 casais se capacitaram a compreender melhor a sua vocação, como casal cristão e como casal equipista e a sua missão na Igreja. Assim como enfatizado na cerimônia do Envio, todos compreenderam que fomos chamados para servir, através de uma ação missionária cuja inspiração tem em Cristo o seu fundamento. Silvia e Glauco CR Região SC I 26


NOSSA SENHORA DE NAZARÉ Comemora-se, no 2° domingo de outubro em Belém do Pará, a maior festa do povo paraense, em que é homenageada a sua santa padroeira, Nossa Senhora de Nazaré, com a procissão do Círio de Nazaré. O Natal dos paraenses. Antecedendo esse grande dia, no sábado, realiza-se a Romaria Fluvial em homenagem à padroeira, na maior bacia hidrográfica do mundo. Queremos, com esses relatos, compartilhar com todos os equipistas do Brasil e do mundo a nossa religiosidade, a nossa Fé e o nosso Amor, pela nossa querida mãezinha Nossa Senhora, que abençoa e protege todas as nossas equipes.

O Natal àos Paraenses Segundo Carlos Rocque, historiador paraense, é difícil definir esta explosão popular de fé que é o Círio de Nazaré. Por isso, pessoas que assistem ou dele participam pela primeira vez, são acometidas de sentimentos estranhos: ou seja de empolgação ou de espanto. Não se trata de nenhuma procissão religiosa como se vê em qualquer parte do mundo, ordenada, com alas de associações pias entoando cânticos sagrados, com as imagens sendo carregadas por pessoas sisudas, tudo na mais completa ordem. Talvez exatamente por não ser assim, por ser diferente, por ser na realidade do povo, é que ainda subsista em pleno século XXI com o mesmo ardor de mais de duzentos anos. CM 394

Para o paraense é o dia máximo, o dia em que esquece todos os problemas e vai à rua saudar a Virgem de Nazaré; é o dia em que esquece as rixas, as intrigas, e até perdoa os inimigos. É o dia da confraternização paraense. É o Natal do Pará. O almoço do Círio representa a ceia do Natal. Seja nas mansões, seja nos barracos, a comida é melhorada. No semblante. do mais pobre nota-se aquele ar de alegria que não se vê em nenhum outro dia. Querer bitolar o Círio dentro do rígido sistema de uma procissão ordenada é condená-lo a um rápido desaparecimento. O Círio é uma explosão de fé de um povo, seja acompanhando-o descalço, seja carregando melancias, seja vestido de mortalha, seja 27


carregando um tijolo ou puxando a Corda da Berlinda (pequeno coche, onde é colocada a imagem de Nossa Senhora). É assim que o paraense está acostumado a acompanhá-lo, há mais de dois séculos; é assim que ele está acostumado a homenagear a sua padroeira, a demonstrar sua fé. Na semana do Círio, a população de Belém praticamente duplica: grande parte dos habitantes do interior converge para a capital, a fim de participar da grande romaria. E os "turistas" se alojam em casas de parentes e de amigos. Chegam trazendo patos, galinhas, perus (não vamos esquecer do nosso açaf), como colaboração para o almoço do Círio. Atualmente, com o poder dos vefculos de comunicação, com o trabalho desenvolvido pela Diretoria da Festa, da Arquidiocese e dos Órgãos de Turismo, o Círio ganhou uma imensa divulgação em todo o Brasil e no mundo. Cada ano que passa, o Círio cresce, em ardor, em fé, em número de participantes, hoje calculado em mais de um milhão e meio de pessoas.

Cirio das Áquas Em 1986, foi idealizada a Romaria Fluvial de Nazaré, pelo então presidente da Paratur, nosso querido cunhado (já falecido), jornalista e historiador Carlos Rocque. Dizia Rocque que a idealização desse novo evento veio em um momento de luz, de muita luz. Em muitos municfpios do interior paraense há Círios fluviais; e romarias fluviais existem em várias cidades do Brasil e, até aquela data, menos em Belém. 28

Então Rocque criou essa nova homenagem à Virgem de Nazaré, tomando em consideração que vivemos na maior bacia hidrográfica do mundo, que a santa é apadroeira dos navegantes, que seus maiores milagres são atribuídos à naufrágios e que, finalmente, mais de 60% dos romeiros que se deslocam do interior para Belém, a fim de participarem do Círio, são ribeirinhos. Então faltava o elemento água nas festividades do Círio. Depois de muitas reuniões, ficou definido que a romaria sairia da vila de Icoaraci (situada a poucos minutos de Belém) e pela baía do Guajará atingiria nossa capital, e que seria realizada na manhã do sábado que antecede o Círio. Um fato interessante aconteceu nessa primeira romaria e atraiu a atenção de quantos estavam presentes quando da sua chegada no Cais do Porto e que fez com que D. Alberto Ramos (Arcebispo de Belém, na época) chegasse às lágrimas: em volta do sol, uma grande auréola, fenômeno nunca visto em Belém. E o nosso Arcebispo, afirmava que aquilo era um sinal dos céus, um sinal que Nossa Senhora abençoara a idéia da criação da romaria, hoje também chamada o Círio da Águas. Você, equipista está convidado a participar desses belíssimos eventos em homenagem à querida mãezinha Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do Pará e Rainha da Amazônia.

Eunice e Zacca Eq. 31C- N. Sra. Rainha da Paz Belém, PA CM 394


A ESCUTA DA PALAVRA Certa vez, um homem recebeu a visita de alguns amigos que lhe pediram: - Gostaríamos muito que nos ensinasses aquilo que aprendeste todos esses anos. - Estou velho, respondeu o homem. - Velho e sábio, disse o outro. Afinal de contas, sempre te vimos rezando durante todo esse tempo. O que conversas com Deus? Quais são as coisas importantes que devemos pedir? O homem sorriu. -No começo, eu tinha o fervor da juventude, que acredita no impossível. Então, eu me ajoelhava diante de Deus e pedia que me desse forças para mudar a humanidade. Aos poucos, vi que era uma tarefa muito além das minhas forças. Comecei a pedir a Deus que me ajudasse a mudar o que estava à minha volta. -Neste caso, podemos garantir que parte de teu desejo foi atendida, disse um dos amigos. Seu exemplo serviu para ajudar muita gente. - Ajudei muita gente com meu exemplo. Mesmo assim, sabia que não era a oração perfeita. Só agora, no final da minha vida, é que entendi o pedido que devia ter feito desde o início. - E qual é este pedido? - Que eu fosse capaz de mudar a mim mesmo. Este é o objetivo de escutarmos, a cada dia, a Palavra que o Senhor CM 394

nos dirige nas Sagradas Escrituras. E a escuta, com a meta de mudar a nós mesmos, é um esforço, porque nossa tendência é a de sempre querer mudar o outro, ler a Palavra raciocinando: "como fulano precisa ouvir isso", "como beltrano age como este fariseu", e assim por diante. A Palavra de Deus é universal, serve para todos. Como a humanidade é constituída de homens singulares, únicos na sua complexidade, a Palavra chega a cada um de modo também único, pessoal, exclusivo. E as transformações que ela deve provocar estão de acordo com o plano pensado pelo Criador para cada pessoa. Será que pensamos nisso quando vivemos o PCE Escuta da Palavra? São estas transformações que partilhamos aos irmãos de equipe nas reuniões mensais? Nosso exemplo de oração pode ajudar muita gente, mas num balanço sincero do nosso modo de agir, de pensar, de acolher, de perdoar, podemos apontar sinais concretos de mudança? A Palavra de Deus, "como a

chuva e a neve que caem do céu e para lá não voltam sem antes molhar a terra e torná-la fecunda", também não volta a Ele sem ter realizado o que Ele quer e cumprindo a missão a que a destinou (Is

55, 10-11). E o que Ele quer de nós? Que sejamos um com Ele, assim como Ele e Jesus são um. Chegar lá é a tarefa que cabe a nós, estando dis29


poníveis à ação do Espírito Santo e usando com fé os instrumentos que Ele colocou à nossa disposição. E staremos melhorando o mundo que está à nossa volta, se nós nos tornarmos pessoas melhores.

Leda e Edson Equipe IA Nossa Senhora do Sagrado Coração Juiz de Fora

Mês Missionário

CASAL MlSSlONÁRlO Minha intuição me diz que as Equipes de Nossa Senhora precisam começar a se abrir mais para uma ação missionária. Depois de três anos de estudos sobre Ser Pessoa, Ser Casal, Ser Casal Cristão na Igreja e no Mundo, penso que está na hora de ir em busca dos casais tristes, desanimados, acomodados na rotina, que vivem um "faz de conta", não só afastados da Igreja, mas fazendo de conta que são casais, que são "pai e mãe", que educam os filhos ... Não se separam porque não têm coragem. Creio que muitos casais de nossas Equipes já estão com uma ação pastoral e missionária. Seria até interessante se fazer um levantamento a respeito. Mas, às vezes, se ouve falar de uma ENS sem entusiasmo, sem aquele dinamismo que animou as primeiras comunidades, conscientes de sua missão e do dom do Espúito Santo. Na Paróquia de Cristo Rei, já existe um grupo de casais de três Equipes que ajudam na orientação de pais e padrinhos, na pastoral do Batismo. Agora, a Equipe de Nossa Senhora da Paz, da qual sou conselheiro, depois de ajudar na pastoral dos Noivos, assumiu um trabalho maravilhoso com os pais dos jovens que se preparam para receber o Sa30

cramento da Crisma. Foi feito um Retiro, pais e filhos, uma reunião de pais, e agora os casais fazem visitas às famOias para montar grupos de casais e debater o tema "Educação, Valores, Espiritualidade Conjugal". Há, ainda, a Equipe de Pastoral Familiar, que visita as faffillias da Catequese Eucarística e reúne para orientação sobre Educação. Hoje, mais do que nunca, a Igreja precisa de missionários. O Papa João Paulo II vem insistindo no tema da FamOia e a CNBB incluiu em seu Plano de Pastoral essa preocupação especial com a Pastoral Familiar. As ENS não podem guardar somente para si essa experiência maravilhosa de busca de uma vivência cada vez mais profunda da espiritualidade conjugal. Não, necessariamente, sugiro formar outras ENS, mas, estar presente na vida de tantos casais que sofrem, vivem tantos conflitos e dificuldades. Rezo ao Padre Caffarel para que nos ajude a descobrir o caminho certo, o caminho apostólico e missionário, dentro da realidade de hoje.

Côn. Luiz Carlos F. Magalhães SCE Eq. N. Sra. da Paz Campinas, SP CM394


ALHOS Uma Carta Para a Equipe Oi gente! Hoje depois que vocês saíram aqui de casa, fiquei pensando e decidi escrever algumas coisas que eu realmente sinto e que nesse momento eu não poderia deixar de dividir com vocês. As minhas dúvidas em relação ao casamento são muitas, muitas, muitas, mas a minha única certeza é de que quero ser feliz. E em cada casal da equipe eu consigo ver o que eu queria para o meu casamento (isso se um louco um dia quiser casar comigo!). Às vezes eu penso que talvez seria muito mais cômodo eu não me envolver, não me arriscar a amar realmente alguém de verdade, não me casar, não ter filhos ... apenas ser uma mulher bem sucedida profissionalmente, mas ai ... Quando eu vejo os meus pais, vocês, tia Tânia e tio Maurício, tia Clésia e tio Fernando, tia Mena e tio Ado, a tia Claudinha e tio Fernando ... vejo que a vida é muito mais do que apenas isso ... que vale, sim, a pena me casar, fazer dar certo, mesmo que as coisas não sejam muito fáceis. O difícil é pensar que amar uma pessoa e se casar com ela não é uma certeza de que você vai passar com ela todo o resto da sua vida. De que a sua vida de casado não tem uma garantia de felicidade em todos os momentos. Mas, a cada dia que passa, vocês me mostram que é necessário casar todo santo dia. CM 394

Seja com um singelo bilhetinho de "Eu te amo" na cabeceira da cama ... que já vi vários aqui em casa em momentos que era só daquilo que o seu amado precisava ouvir. Ou seja, na certeza de ter alguém que está ali caminhando ao seu lado em todos os momentos, sejam eles tristes ou alegres. Ver seus filhos crescerem pessoas honestas, felizes, realizadas e cada um de vocês ter a certeza de que fez de tudo, mas tudo mesmo ... superando até grandes problemas com o marido ou com a mulher, para que juntos formassem uma grande pessoa e uma farm1ia sólida e feliz. Por isso essa carta. Ela é de agradecimento. Porque a cada dia vocês todos me fazem acreditar que ocasamento é para SEMPRE e não "eterno enquanto dure". Fazem com que eu veja que a caminhada não vai ser fácil e que muitas dificuldades podem aparecer... mas no final das contas vai ter tudo valido a pena! Obrigada por me ensinarem, com atitudes, que o peso de um problema pode ficar muito menor quando dividido. Que todos temos os nossos problemas e dificuldades e que com muita oração e pedidos de ajuda, tudo pode ficar melhor. Obrigada por serem exemplos, em minha vida, de casais que têm cada um os seus problemas, mas que optaram por passar por eles juntos ... por encarar de frente as dificuldades ... 31

' - - --1


Obrigada por serem exemplos de fé e de confiança em que Deus está aqui presente em cada um de nós e de que somos apenas instrumentos. Todos uma grande fanu1ia, com os nossos problemas ... mas sempre unidos e nos amando. Amo muito vocês e tenham a certeza de que um pedacinho de cada casal me faz saber o que eu

quero no meu casamento. Beijão no coração de vocês! E fiquem com Deus ...

Adeline 19 anos, filha da Lúcia e do Arry, - Equipe 7B São José dos Campos, SP. Escrito após uma reunião de equipe, na casa dos pais

COMOVlVERO EVANGELHO NA FAMlllA Queremos fazer uma breve reflexão sobre as relações familiares nas fanu1ias cristãs. Vamos refletir sobre a importância das ofertas nas relações entre pais e filhos e como o Evangelho nos auxilia a educar melhor os nossos filhos. Primeiramente, queremos colocar a situação da fanu1ia hoje: pais e mães que na sua maioria passam pouco tempo com seus filhos, precisam trabalhar, estudar e estão comprometidos com a sua comunidade. Os filhos , por sua vez, estão ficando mais tempo na escola ou sob o cuidado de outras pessoas. Como, apesar do pouco tempo que temos, vamos conseguir educar os nossos filhos para o amor e com noções de ética, amor ao próximo e amor ao Cristo? Não sabemos a resposta, mas sabemos que alguns passos são fundamentais para que nossos filhos pe..rcebam que nós os amamos e queremos o melhor para eles. Aqui vão algumas dicas que julgamos importantes para alcançar o ideal de 32

sermos um verdadeiro lar cristão: • Sejam afetuosos com seus filhos, a melhor maneira de demonstrar o nosso amor é através dos abraços. • Sejam atenciosos. Ao chegar em casa perguntem-lhes como foi o seu dia, se correu tudo bem. Dediquem seu tempo a ouvi-los, mesmo que vocês disponham de apenas 5 minutos, dediquem esse tempo por inteiro .. • Brinquem com seus filhos, levem-nos para andar de bicicleta, leiam um livro ou simplesmente deitem do seu lado para ver um bom filme. • Rezem com eles, não adianta mandá-los ir à missa se vocês não vão juntos. Ao final do dia rezem na cama com eles e lhes dêem a bênção. • Se o seu filho é adolescente conversem francamente sobre todos os assuntos: sexo, drogas e más companhias. Estimulem seu filho a participar da vida em comunidade na Igreja, nos grupos de joCM 394


vens e, se for preciso participem também neste grupo de jovens com seu filho . • Amem o seu cônjuge. Não existe nada mais importante para os filhos do que saberem que foram criados por amor. • Exercitem o perdão com seus filhos e cônjuge, seus filhos têm o direito de errar, cabe a vocês perdoá-los e reconduzi-los ao caminho certo. Lembrem sempre da parábola do filho pródigo. • Sejam um exemplo, principalmente na sua fann1ia. Se vocês não querem seu filho envolvido com drogas, cuidem das suas atitudes.

Ordenação Presbiteral Pela imposição das mãos de Dom Matias Patrício de Macêdo, Arcebispo Metropolitano de Natal, RN, receberam a ordenação os diáconos Edvan Araújo de Lucena, Vicente Fernandes da Silva Neto e Carlos Sávio da Costa Ribeiro, no dia 4 de agosto de 2004. Pe. Edvan é SCE da Equipe 8A, Pe. Vicente, da Equipe llA e Pe. Sávio, da Equipe 8C, da cidade de Natal.

No dia 16 de julho de 2004, na Catedral do Divino Espírito Santo, em Bauru, SP, foi ordenado Presbítero pela imposição das mãos e oração consecratória de Dom Luiz Antônio Guedes, Bispo Diocesano de Bauru, o diácono Agnaldo PeCM 394

Vocês devem pensar duas vezes antes de tomarem uma cervejinha a mais no fmal de semana. E acreditem, por mais que vocês leiam o Evangelho junto com seus filhos diariamente e na missa, se as suas atitudes não forem um espelho deste mesmo Evangelho, será muito difícil seus filhos crerem nele. Os bons exemplos falam mais alto do que milhares de palavras.

Luciane e Marcelo Setor B - Região RS I (do Boletim MensagemRegião RS I)

reira. Padre Agnaldo é Conselheiro Espiritual da Equipe 22 N. Sra. de Mont Sarrat.

Bodas de Ouro No dia 4 de setembro de 2004, Thérese e Valente celebraram sua Bodas de Ouro. Há 24 anos pertencem a Equipe 4- N. Sra. Aparecida, em Belém, PA. Esta data tão especial foi comemorada no mesmo dia com uma grande celebração presidida pelo SCE do Movimento e da Eq. 4, Mons. Marcelino Ferreira e contando com a presença dos filhos, noras, netos, bisneto, amigos e equipistas.

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AGORA, COMPLETOS! Em agosto de 2003, com dezesseis anos de casados e dois abençoados filhos, gêmeos de 14 anos, nós nos sentíamos tão completos, vivendo nossas atividades de trabalho, junto à Igreja e em farru1ia. Mas, a partir desse mês, nossa vida foi totalmente modificada, quando num dia comum, o Fernando tirou do coração uma vontade há muito esquecida: "Amor, vamos adotar uma menininha?" Meu coração quase pulou pra fora e eu respondi imediatamente: "Vamos!" Neste meio tempo, muitos foram os acontecimentos que vieram atestar que a adoção ergueu-se como uma santa e misteriosa proposta, talvez a mais importante, de Deus em nossa vida de farm1ia. Primeiro, como que por nada, apareceu em nosso meio, uma pessoa muito pobre, grávida, que queria dar seu filho em adoção. Foi o início de uma emocionante decisão, em que nossos filhos, engajando-se na idéia, um dia afirmaram para nossa surpresa: "Nós só seremos realmente felizes quando a Maria Fernanda vier para nós!" Nesse momento, eles já haviam escolhido o nome de nossa filha, dando-nos assim sua plena e fundamental anuência. Esse episódio coincidiu com a confmnação do sexo da criança: era uma menina! Entre todas as coincidências (que na verdade eram todas providências), nós queríamos uma resposta de Deus e Ele nos deu várias, a mais importante foi durante o nosso Retiro anual 34

quando, em adoração, Ele nos revelou duas Palavras profundas e significativas. A primeira Jesus chamando as criancinhas e a segunda o nascimento de São João Batista ... Pronto! Nossa decisão era, em princípio, querer a criança, porém esperar primeiro pela decisão da mãe que até o parto poderia se posicionar livremente. Nós não compraríamos nada, não diríamos a ninguém, apenas esperaríamos. Em novembro, finalmente, com vinte e quatro horas de nascida ela já estava conosco, cercada de nossa Equipe, nossos amigos e familiares. Todos estavam presentes, ajudando-nos a "construir" uma nova estrutura que não tínhamos, e nossa filha, em seu primeiro dia de vida, experimentava a providência divina: rapidamente nada lhe faltava! Quando a adoção, junto ao Juizado, pareceu-nos complicar, decidimos apressar o Batizado, tendo assim a graça sacramental em nosso favor. Após cinco dias do Batismo, já estávamos com a nossa filha devidamente registrada! Isso em dois meses e vinte e três dias, tempo recorde para um processo de adoção. Neste aspecto, não podemos deixar de dizer, de tantos sinais de Nossa Senhora, o mais lindo foi a decisão de não buscarmos advogado, pois no terço, rezando a Salve Rainha, ela nos confirmou que seria a nossa Advogada! A vida da Maria Fernanda é repleta de significados, principalmenCM 394


te quando entendemos que, do céu, Deus a planejou para nós, suscitando em nosso coração a urgência de sua acolhida. No coração de Deus ela sim era a nossa completude. Hoje vivemos a alegria dessa criança sorridente, que dorme e come bem, linda e saudável, cercada de amor e sorrisos por onde passa. Temos pedido a Deus que, diante de um episódio assim, faça, de nós, apóstolos dessa maravilhosa realidade da adoção. Tantos são os casais que nos procuram cheios de temores, procurando novas opções diante da infertilidade, por exemplo. E nós podemos testemunhar a ale-

gria de nossa filha! A adoção nasce de Deus e a gente acolhe como graça. A adoção nos fez cada vez mais próximos do nosso Deus de Amor e esse amor é somente bênção! Após uma missa, pedimos a um padre uma bênção especial para ela. Ele a consagrou a Nossa Senhora e nos disse: "Não há nada mais lindo que o resgate de um ser humano! Vocês serão muito abençoados!" Obrigada, Senhor, ... resta-nos compreender quem resgatou quem.

Yáskara, (do Fernando) Eq. 30D - N. Sra. Peregrina Fortaleza, CE

••• Reflexão •••

O QUE VOCÊ É FAlA MAlS AlTO Era uma tarde de domingo ensolarada na cidade de Oklahoma. Bobby Lewis aproveitou para levar seus dois filhos para jogar mini-golfe. Acompanhado pelos meninos, dirigiu-se à bilheteria e perguntou: - Quanto custa a entrada? O bilheteiro respondeu prontamente: - São três dólares para o senhor e para qualquer criança maior de seis anos. -A entrada é grátis, se eles tiverem seis anos ou menos. Quantos anos eles têm? Bobby informou que o menor tinha três anos e o maior, sete. CM 394

O rapaz da bilheteria falou com ares de esperteza: - O senhor acabou de ganhar na loteria, ou algo assim? Se tivesse me dito que o mais velho tinha seis anos, eu não saberia reconhecer a diferença. Poderia ter economizado três dólares. O pai, sem se perturbar, disse: - Sim, você talvez não notasse a diferença, mas as crianças saberiam que não é essa a verdade. Sem a consciência que Bobby tinha da importância de sermos verdadeiros em todas as situações do cotidiano, muitos de nós apresentamos uma realidade distorcida aos nossos filhos. 35


Em tempos de desafios e lutas, quando a ética e a moral são mais importantes que nunca, assegure-se de ter deixado um bom exemplo para aqueles com quem você trabalha ou convive. Tantas vezes, para economizar pequena soma em moedas, desperdiçamos o tesouro do ensinamento nobre e justo. Desconsiderando a grandeza da integridade e da dignidade humanas, permitimos que esses valores morais sejam arremessados fora, por muito pouco. Nesses dias de tanta corrupção e desconsideração para com o ser humano, vale a pena refletir sobre os exemplos que temos dado aos nossos filhos . Às vezes, não só mentimos ou falamos meias verdades, como também pedimos a eles que confirmem diante de terceiros as nossas inverdades. Agindo assim, estaremos contribuindo para a construção de uma sociedade moralmente enferma desde hoje. Ademais, o fato de mentirmos nos tira a autoridade moral para exigir que os filhos nos digam a verdade, e isso nos incomoda. Pensamos que pequenas menti36

ras não farão diferença na formação do caráter dos pequenos, mas isso é mera ilusão, pois cada gesto, cada palavra, cada atitude que tomamos estão sendo cuidadosamente observados e imitados pelas crianças que nos rodeiam. Daí a importância da autoridade moral, tão esquecida e ao mesmo tempo tão necessária na construção de uma sociedade mais justa e digna. E autoridade moral não quer dizer autoritarismo. Enquanto o autoritarismo dita ordens e exige que se cumpra, a autoridade moral arrasta pelo próprio exemplo, sem perturbação. A verdadeira autoridade pertence a quem já conquistou a si mesmo, domando as más inclinações e vivendo segundo as regras de bem proceder. Dessa forma, o exemplo ainda continua sendo o melhor e mais eficaz método de educação. Sejamos, assim, cartas vivas de lições nobres, para serem lidas e copiadas pelos que convivem conosco. Diz o poeta americano Ralph Waldo Emerson: "Quem você é, fala tão alto que não consigo ouvir o que você está dizendo". Em tempos de desafios e lutas, quando a ética e a moral são mais importantes que nunca, assegure-se de ter deixado um bom exemplo para aqueles com quem você trabalha ou convive.

Do livro "Histórias para aquecer o Coração" Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo CM394


Meditando en1 Equipe O mês de outubro é o mês das missões . Com efeito, esse mês se converte em uma oportunidade ímpar para incrementar a consciência missionária de todos os cristãos, mas, de modo particular, dos casais equipistas. Também é celebrado, no dia 12 de outubro, o dia das crianças, além de ser o dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

leia o Evangelho de Mateus

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Sugestões para a meditação: 1. 2.

3.

A dúvida dos discípulos corresponde à dúvida de cada um de nós e se torna empecilho para uma ação evangelizadora? Em que medida o mandato missionário dado por Jesus Cristo aos discípulos vale também para cada um de nós, como cristãos convictos de sua fé? Quais as conseqüências para os casais cristãos do mandato missionário? Pe. Geraldo

Oração litúrgica (Eclo 1, 1-1 O) ~

Toda sabedoria vem do Senhor, ela está junto dele desde sempre. ~ A areia do mar, os pingos da chuva, os dias da eternidade, quem os poderá contar? ~ A altura do céu, a amplidão da terra, a profundeza do abismo, quem as poderá explorar? 't Antes de todas essas coisas foi criada a Sabedoria, a inteligência prudente existe desde sempre. 5 A fonte da sabedoria é a palavra de Deus nos céus; seus caminhos são as leis eternas. ç, A quem foi revelada a raiz da sabedoria? 1 Seus recursos, quem os conhece? 9 A ciência da Sabedoria a quem apareceu? 4' E a riqueza de seus caminhos quem a compreendeu? 10 Só um é sábio, sumamente terrível quando se assenta em seu trono: é o Senhor. 11 Ele a criou , a viu , a enumerou e a difundiu em todas as suas obras, em toda carne segundo sua generosidade, e a doou aos que o amam. 1.1. O amor do Senhor é sabedoria digna de honra; ele a concede como partilha àqueles que o temem .


EQUIPES DE NOSSA SENHORA

Movi"'H?'1to d( Casal~ por uma Esp1ntualidade Conjugal R ~uis Cot>lho, 30d • se andar • c, 53 cep 01309· 000 Sao Pdulo SP Fore. (Oxx 1) 3256 .1212 • Fax· (Oxx11) 3257 3599 E. mail ~ec•etanado ta..en<> org br • cartamensal@ens .org.br >-lomt: pag e www ~:-n<; org .br


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