ENS - Carta Mensal 390 - Maio/2004

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°390 • Maio 2004

EDITOR

PARTILHA E PCE ensal .... .. ...................... 01

SUPER-REGIÃO

Oração Conjugal .. .. ... .......... ........... 34

ATUALIDADE

Santidade pelos Caminhos da Fecundidade ...... ...... 02 Amor Co jugal, Experiência de Salvação .......... ...... 03 Indo ao encontro dos irmãos .. .. .... 05

Pequena História do Casamento ...... .. ............ .. ..... .. .. . 36 Coral das ENS - Belém ............... .. . 39 A Intim idade .. .. ...................... .... .. .. 40

EACRE 2004 . .... ... .. ........ .. ...... .. .... . 07

TESTEMUNHO

VIDA NO MOVIMENTO

Padre Elísio de Oliveira .... .. ....... ... .. 43

Bodas de Ouro .. .... .... ........ .. ........... 42

A lmport" ncia do

Um "S im" Abençoado! ......... .. .. .. .. . 44

Casal ligação ............ .. .. .......... .. ..... 29

Coisas do Coração .. .. .. ................... 45

DIA DAS MÃES

REFLEXÃO

Mães ....... .... .. .... .. .... .. .... .. .. .. .. ......... 31

O Melhor Caminho ... .. .... .. ........ .. .. . 47

Canonização

O Lado Não Humano

de Gianna Beretta .. .. .. .... .. ............. 33

da Vida ................. .. ................ .. .. .. .. 48

Ctu111 M~nsal é uma pubücoçiío mensal das Equipes de Nossa Senhora -'- I Registro ''Le i uc mprensa " n• 219.336/ivro 8 de

Wuma·~e:'":o~~:;:land ::;o::------;&t ;:;llo ::: ra:ç:; ilo::-;;E:;:Ie:tr6 ::;: ,.tea ;: . :,--;:========:;-~ Lacintkl e Marco

)anele e Nélio P, E e. mam· J· Ange1·mt· (Conselheiro Espiritual)

09. 10.2002

Edifilo: Equipe do Carta Mensal

JoriUIÜsta Responub~l: COiherine E. Nadas I""" 1983' 1

Fotolitos ~ llu&tnJfles: Nova Bandeira Prod. Ed. 390 /I" antklr, R. Turiassu, cj. 115 - Perdizes -- São Paulo FOtU!: (Ox.x/1) 3873_ 1956

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para: Carta Men sal R. Luis Coelho, 308

lmpnsailo: Gráfica Roma

0 1309-000 • São Paulo - SP Fone: (Oxx /1 ) 3256. 12 12 Fax: (Oxx / 1) 3257.3599

5" andar · conj. 53

cartamensal@ens.org.br

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CecOia e José Carlos Projeto GráFu:o: Tiragem d~sta «<içilo: A/C Cecília e José Carlos (responsá~ v e:!;is~J_ _ _ _.!,A~le~s!! sa~n;!! dn~a~C ~a!:n~·g~ nan ~i--~1~6;Z ·~~ OO~e;!: xe~m~p:!!la~re~s:__ _


Queridos irmãos equipistas! Neste mês de maio, quando as Equipes de Nossa Senhora, do Brasil completam 54 anos, a Carta Mensal, que gosta sempre de trazer aos seus leitores notícias cheias de vida e atualidade, não poderia deixar de falar com Dona Nancy, essa mulher fabulosa que, com seu marido, o saudoso Dr. Moncau começou o nosso Movimento no Brasil. Pelo telefone, sempre amiga e simpática, ela repetiu as palavras que falara no Encontro Nacional de Brasília, diante de uma quantidade enorme de pessoas, que a escutavam num silêncio profundo de reverência e sincera admiração. - Quando o Espírito Santo deixou ao nosso alcance aquela sementinha de uma Espiritualidade Conjugal há 14 anos inutilmente procurada, urn misto de alegria, de surpresa e de gratidão colocou-nos humildemente de joelhos diante de Deus, numa intensa e sincera ação de graças. E, a partir daí, consagramo-nos a vivê-la e a difundi-la numa doação total que persistiu durante 32 anos de casados que ainda tivemos e os meus 21 anos de viuvez. Tinham percebido, ao ter conhecimento das ENS, que se tratava de alguma coisa muito boa, mas não podiam, de maneira alguma, calcular até aonde os levaria esse caminho em que se empenharam de corpo e alma. Eles não sabiam que, graças à sua dedicação e à dedicação dos casais que se juntaram a eles, o Brasil seria abençoado com um grande número de Equipes. Equipes de gente alegre, formada na vida comunitária das equipes. Gente que acredita na beleza da vida conjugal construída no dia-a-dia e na farru1ia como formadora, apesar de todas as nossas limitações. Amigos queridos, neste mês, quando estivermos celebrando, na nossa equipe ou no nosso setor, o aniversário do-Movimento, coloquemonos, nós também, de joelhos, para dar graças por tudo o que recebemos até hoje e renovemos nossa entrega ao chamado de Cristo. O mundo precisa de casais que se amem de verdade, fortalecidos pela fé e pela esperança cristã, felizes na abnegação, preocupados com a própria família, mas prontos a ajudar as outras pessoas, zelosos na reconstrução dos feridos pela vida. Se cada um fizer a sua parte, estaremos cumprindo o nosso papel: ser, num mundo complicado e violento, sinal de amor verdadeiro, inspirado no amor de Deus. Nesta edição, muitas coisas boas para ler. Entre elas a doce história do "Pé de Tamarindo" e os relatos entusiasmados dos EACREs que realmente foram um sucesso em todas as regiões. Boa leitura para todos. Com nosso abraço maior,

Equipe da Carta Mensal


SANTIDADE PELOS CAMlNHOS DA FECUNDlDADE O amor entre homem e mulher é fecundo por sua própria natureza, ou não é amor. Ainda que à primeira · vista pareça encantamento a fechálos num pequeno mundo a dois, pelo dinamismo que Deus lhe deu alarga-se necessariamente, fazendo o casal fonte de vida para outros muitos. Gera novos seres, sangue de seu sangue, ou jorra vida mais abundante principalmente para os pequenos, os órfãos, os pobres, os abandonados. Paternidade e maternidade, nas suas diversas formas, são para o casal caminhos de superação, de crescimento e santidade, pelas exigências que apresentam e pelas oportunidades que oferecem. Ser pai, ser mãe, e não apenas progenitores, é participação no poder gerador de vida do próprio Deus. E por isso mesmo exige do casal a descoberta e o aprendizado da generosidade gratuita, para dar vida a uma nova criatura que, em sua liberdade, toma impossível qualquer previsão, sem saber se será fonte de alegria ou de amarguras. Gerar é partilhar, aceitar dividir a vida com quem não sabemos como será; é assumir compromissos que terminam apenas quando acabam as forças. Nem se exige menor generosidade do casal que se abre para a fecundida:de do bem sem olhar a quem ajuda. Gerar vida e fazer crescer vida ensina ao casal viver na dependên2

cia do Pai Celeste, olhar confiadamente para o futuro, compreender, perdoar, renunciar para dar, incitar sem apressar, assumir como seus risos e lágrimas. Aceitar paternidade e maternidade é fazer votos religiosos numa ordem da mais estrita observância, é abraçar regra das mais rigorosas: a da total disponibilidade, da renúncia, da abnegação, da temperança, da fortaleza, do saber brincar, do saber mandar, do saborear alegrias e prazeres, do saber sorrir que outros sorriam com mais alegria ou deixem de chorar. Assumir a fecundidade é para o casal também descoberta da alegria intensa de acolher o amor sem limites de Deus. E crescer nesse amor é crescer na caridade que vem de Deus e leva à perfeição. Experimentando em seu coração o amor paterno e matemo, o casal começará a compreender, de modo mais concreto, a imensidade e a gratuidade do amor da Trindade, sua capacidade de perdão, o cuidado ciumento com que olha a todos. E, à luz desse amor divino, aprenderá como deve ser seu próprio amor paterno e materno: quase divino. Equipistas, não e preocupem, não procurem muitos caminhos. Se você de fato for mãe, se você de fato for pai, terá chegado à santidade para a qual Deus chamou você.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr

SCE da Super-Região CM 390


Pa1avra do Provincia1

AMOR CONJUGAL, EXPERlÊNClA DE SALVAÇÃO O Pé de Tamarindo Em nosso jardim há um pé de tamarindo; foi plantado, há mais de 60 anos, pelo pai de Altirnira. Durante todas estas décadas, v1veu abafado no meio de muitas árvores. Era uma árvore pequena não dava flores e muito menos frutos, mas nós sabíamos que era um tamarindeiro porque confiávamos na palavra de quem o plantou, mas sua insignificância era tal, que chegávamos a duvidar da sua origem. Este ano, fizemos uma grande reforma na casa, tudo foi avaliado, analisado, revisto e consertado. O que servia e ainda tinha utilidade ficou, o que não prestava e não servia para nada, foi eliminado; a reforma chegou também ao jardim ... Arrancamos três árvores muito velhas, da idade do tamarindeiro, mas, que estavam doentes e infestadas por cupins. Veio o IBAMA e viu que elas estavam perdidas e permitiu que fossem arrancadas. O tamarindeiro livre das más influências recebeu a luz do sol, ficou livre e desabrochou, seus galhos espreguiçaram-se por todo o jardim. Ele, até então considerado estéril, deu seus primeiros frutos. Quem viu que ele estava produzindo foi Osmarina, que os descobriu em uma reunião aqui em casa. Logicamente CM 390

que os frutos nasceram no galho que dava para a casa vizinha, pois lá ninguém o abafava. Todos os dias, passeamos pelo jardim e colhemos os frutos que caem perto do muro. Não há nada mais gostoso que colher e comer frutos ao pé da árvore ... Hoje, livre, leve e solto, o pé de tamarindo está cheinho de flores, bem miudinhas e amarelas que for-

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ram o nosso jardim como se fosse um lindo tapete bem crespinho. Quem observa sua florada sabe que este ano ele dará uma enorme carga de frutos. O amor conjugal é como meu pé de tamarindo, quando abafado não produz nada, não desabrocha, não dá sombra, não dá frutos, não produz cem por um, como diz a Bíblia; é a semente que o semeador plantou e caiu no meio dos espinhos e "os espinhos cresceram e sufocaram a semente" (Mt 13, 7). A alteridade no Sacramento do Matrimônio é serem dois em uma só carne, o que não é nada fácil, porque se são dois são diferentes, são duas pessoas distintas com temperamentos diferentes, muitas vezes quase opostos. Em todos os casais há sempre um que lidera e um que é liderado. Aquele que lidera tem que tomar consciência e verificar se não está abafando o cônjuge, verificar se não está impedindo o seu crescimento, se não está impedindo que ele produza frutos. A experiência de Deus é o sol que baphou o tamarindeiro e o fez desabrochar, crescer e dar frutos cem por um. Deus não quer que enterremos nossos talentos porque fomos abafados. O amor conjugal é experiência de salvação, são dois que no e pelo Sacramento do Matrimônio buscam o caminho da santidade. Dois juntos que, na busca de seu ideal, mostram ao mundo, com veracidade, que casar é bom e vale a pena, mostram que o casamento é 4

um agradável caminho para Deus. O verdadeiro amor liberta, o verdadeiro amor faz desabrochar em quem ama todas as potencialidades e todas as aptidões. Ser feliz no casamento é viver intensamente o amor no dia a dia com simplicidade e coração puro. São Paulo nos ensina o verdadeiro amor, texto que muitos casais escolhem para ser lido na liturgia de seu casamento, mas que, depois esquecem e não o põem em prática. Os casais das ENS devem sempre ler e meditar essa primeira Carta de São Paulo aos cristãos da cidade de Corinto; lá ele nos ensina que "o verdadeiro amor é paciente, é prestativo, não é invejoso, não procura seu próprio interesse, não se irrita nem guarda rancor. O verdadeiro amor não se alegra com a injustiça, não é vingativo... O verdadeiro amor tudo crê, tudo desculpa, tudo espera. e tudo suporta". A lição de amor dada por São Paulo deve fazer parte da nossa Regra de Vida. Talvez pegando a cada mês o exercício de um destes itens, apenas um, nem mais nem menos, como costumava dizer nosso fundador. Se conseguirmos fazer esse exercício na nossa caminhada para a santificação do nosso sacramento, certamente nossa vida será mais gostosa e muito mais feliz e as pessoas que nos virem dirão "ser casados como eles são deve ser muito bom e vale a pena!" ... Altimira e Paulo CR Província Sul I CM 390


lNDO AO ENCONTRO DOSlRMÃOS "Senhor, peço-te pela minha comunidade: Para que as pessoas se conheçam melhor, e assim haja mais amor. Para que as pessoas se ajudem, e assim Cristo seja servido. Para que haja amor sincero, e assim Cristo esteja presente. E assim estaremos construindo desde agora o nosso céu. Amém".

Olá gente amiga! Embora os EACRES sejam de responsabilidade última dos CR Regionais, sempre julgamos importante a presença de membros da Equipe da Super-Região nesses eventos. Neste ano, fomos a dois EACRES: um no interior do Maranhão, em Barra do Corda, e outro em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, locais onde nunca tínhamos estado. Ouvimos falar de Barra do Corda quando éramos membros da extinta ECIR. Não tínhamos sequer idéia de onde ficava! Só sabíamos que, graças à valentia de Vanda/Bosco, equipistas de Fortaleza, que viajavam todo mês, mais de 20 horas de carro (só de ida, e outros tantos de volta) nosso Movimento se instalava no interior do longínquo Maranhão. Acompanhamos as lutas até o Movimento ali se firmar. Saindo para um local assim tão distante precisávamos aproveitar a viagem e não foi sem um pouco de medo que aceitamos o desafio de em 4 dias, participar de um giro que começou em São Luís, continuou em Barra do Corda em dois CM 390

dias de EACRE e terminou em Teresina, numa programação bem apertada. Imaginem a maratona: saímos de casa às 6,00 horas de quinta-feira e por volta das 14,30 chegamos a São Luís e, à noite fomos falar aos equipistas daquela Coordenação. No dia seguinte, às 8,00 horas, partimos para Barra do Corda com os equipistas locais que iam para o EACRE. Entre sair e chegar foram pouco mais de 8 horas, tempo este em que pudemos conviver e aprender muito com aqueles irmãos, que não se assustam nem com as distâncias, nem com o cansaço. Na mesma noite, ti vemos uma missa com todos os equipistas. Nela o frei Leonardo (que foi ali o incentivador do Movimento) manifestou sua emoção em ver as equipes implantadas na cidade e o crescimento da pré-Região. Lembrou que ele mesmo quase desanimou. Mas Vanda e Bosco não o deixaram sucumbir. O Bosco teria dito: "Frei Leonardo, é preciso ter fé!" Ao fmal pudemos dirigir palavras de animação aos equipistas locais e mais ao grupo de São Luís, que chegou conosco. Sábado de manhã iniciou-se o 5


EACRE. Vocês, talvez, não possam imaginar como é gratificante a gente chegar num local tão distante e participar de um EACRE maravilhoso, quer na organização, na acolhida, na temática, nas liturgias, e sobretudo na alegria e na participação. Como os casais de São Luís e Teresina têm uma longa viagem de volta para cobrir o percurso em torno de 500 quilómetros que os separa de Barra do Corda, o EACRE teve de terminar, no domingo, por volta das 13,00 horas. Mudamos de freguesia. Outro micro-ônibus, agora com o pessoal de Teresina. Foram mais de 6 horas de viagem, onde desfrutamos da companhia e da partilha de vida com esses irmãos. Chegamos a Teresina às 19.00 horas e nos levaram direto para a local onde a grande maioria dos equipistas lá estava para nos ouvir. Houve quem levasse a Carta Mensal para dizer que tinha lido tudo sobre o Encontro Nacional de Brasília etc etc. No dia seguinte fomos recebidos por D. Celso, bispo de Teresina, grande incentivador do Movimento. Na verdade, se tínhamos apretensão de animá-los, nós é que fomos renovados. O cansaço físico veio, obviamente, mas tivemo a experiência do encontro fraterno, da unidade, da acolhida, de sermos família em qualquer lugar onde nos encontramos como Equipes de Nossa Senhora. Quinze dias após, estivemo com os mato-grossenses do sul, gente que nada perde em animação e entusia mo para qualquer outra parte 6

do Brasil. Ali se reuniram casais de Campo Grande, de Maracaju e de Dourados. Entramo no tradicional tereré, bebida típica da região, uma espécie de chimarrão, porém, gelado. Não sabemos se é brincadeira ou verdade, mas nos contaram que em Maracaju, o rodízio de pizza é servido no espeto. Mas brincadeiras à parte, na hora do vamos ver, as coisas caminharam com muita seriedade e competência. Tudo foi feito com amor e dedicação. Cada EACRE tem sua história, sua característica ditada pela própria cultura local, mas em tudo se observa a fidelidade às orientações do Movimento, a busca de levar o melhor para a equipes, a unidade no caminhar. Somos testemunhas de muita gente dando o melhor de si, exercitando a hospitalidade para com os que vêm de fora. Quanta alegria por estarmos reunidos. Queridos irmãos da Pré-Região Maranhão/Piauí, e da Região Mato Grosso do Sul, até há pouco desconhecidos para nós, e agora tão próximos e íntimos, recebam nossa gratidão por vocês serem os continuadores do Movimento das ENS em suas localidades. Deus recompense a generosidade de seus corações e que suas equipes sejam sempre luz e sinal de esperança pela santidade do amor que os une como casais cristãos. Com nosso carinhoso e fraternal abraço.

Silvia e Chico CR Super-Região Brasil CM 390


EACRE2004 Provmcia Norte Região Norte I Mais uma vez somos privilegiados por receber uma formação permanente específica, que já é de praxe em todos os anos: EACRE- Encontro Anual dos Casais Responsáveis de Equipe. Para muitos pode parecer mais um encontro; para outros, pode trazer muitas novidades, surpresas, emoções, desafios ... Apesar de ter participado de diversos EACREs, durante esses 1O anos de Equipe, este ano tudo era muito novo: 3 novos CRS, 3 novos SCE (Se to r e Região), novo CR da Região. Enfim, o novo tomou conta do Encontro e tudo saiu conforme as orientações de Jesus e nossa mãe Maria Santíssima. O Auditório do Centro de Treinamento "Maromba" ficou pequeno para os 57 Casais, 4 viúvas, SCEs e equipe de trabalho. As palestras foram profundas e interessantes, priorizando os PCEs e a Partilha. Nosso SCE Regional, Pe. José Albuquerque, com muita simpatia, ajudou-nos a refletir sobre a nossa Espiritualidade Conjugal. Graça e Encarnação (CR da Província Norte), foram bem claros em sua colocação, enfatizando o compromisso ao serviço como Casal Ligação, Casal Piloto e Coordenação de Experiência Comunitária. Nosso bispo auxiliar, Dom Mário Pasqualotto, esteve presente falando com muita firmeza sobre a caminhada da Igreja local, e chamou a nossa atenção para que aumenteCM 390

mos, cada vez mais, o nosso carinho e atenção para com os seminaristas. Como Igreja no Brasil, pudemos ainda interiorizar através das palavras de Pe. Geraldo, o tema da Campanha da Fraternidade. Pe. Vanildo, em poucas palavras, mostrou-nos com muita convicção e clareza a importância do Dever de Sentar-se e da Oração Conjugal. No domingo, depois de uma interes ante dramatização sobre a contribuição mensal, o casal Pátria e Diomedes foram brilhantes em suas colocações, mostrando-nos através de citações bíblicas, o quanto nossa contribuição financeira é importante para o sucesso da expansão do nosso Movimento. O ponto alto desse EACRE foi a liturgia: sóbria, coerente e entremeada por dinâmicas, cânticos, mensagens e muitas emoções. As telas trazidas pelos casais participantes do EACRE, com a fotografia de cada equipe, representando a missão do casal cristão e equipista, visitam outras equipes e, todos juntos, em oração, vivenciam o mesmo objetivo: a busca da santidade. Martha e Simão Pedro CR Região Norte I 7


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Espiritualidade Conjugal (Pe. MiProvíncia Nordeste guel), Diretrizes da Região Paraíba Ação EvangelizaNo soEACREfoirealizadonosdias dora da Igreja, im14 e 15 de fevereiro, no Seminário Tam- portante ensinamento bor, em Campina Grande, com equipis- para nossa vida de tas das cidades de Santa Luzia, Salgado casais cristãos e equide São Felix, João Pessoa, ltabaiana, pistas (Pe. Gilberto) e Campanha da Fraternidade (Pe. Focinhos e Campina Grande. A liturgia foi muito rica na refie- . Hélcio). xão da espiritualidade conjugal. O Tivemos vários flashes: Formatema da liturgia "Casal, face alegre ção, Dever de Sentar-se, Oração da Igreja domestica", nos desper- Conjugal, a Missão do CRE, o dízimo, tou para a alegria de agradecermos desde o Antigo Testamento até mosa Deus pelo seu infinito amor pelo trar o compromisso que temos com casal, pela confiança que ele depo- o Movimento, dando a nossa justa sita nestes seus servos, e pela ale- contribuição. O Casal Responsável da Províngria de sermos chamados, em cacia Nordeste, Cida e Raimundo, fasal, para a missão. A liturgia também foi rica na laram sobre o Casal Ligação. simbologia, na preparação e parti- Jussara e Daniel (CRR), orientaramlha do pão, sinal de amor e serviço nos sobre o Tema de Estudo, que e representadas pela partilha das deve estar ligado à espiritualidade telas trazidas pelos Casais Respon- conjugal. O final das mensagens foi corosáveis, que, juntas, se transformaado com um belíssimo testemunho ram na toalha do altar. As palestras trouxeram fortes de vida de Gláucia e Toinho (CRS pontos de reflexão que muito ajuda- Santa Luzia) pautado na espiritualirão no nosso trabalho de conversão: dade conjugal do casal. As celebrações eucarísticas enfocaram que o casal é mensageiro da alegria, do amor e da salvação. Os trabalhos em grupo muito enriqueceram a todos, com as trocas de experiências de casais de setores diferentes, de realidades diferentes. O Encontro também teve descontração 8

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na confraternização, no sábado à noite. Na celebração de Envio, a grande toalha feita de telas pintadas pelos Casais Responsáveis, mostrando que a união e a unidade, mesmo distante, é possível, foi partilhada entre todos e, assim, cada um pôde levar para casa uma parte do resultado desse trabalho. Ledijane e João Pereira Eq. 3A- João Pessoa, PB

••• Região Rio Grande do Norte Pela graça de Deus e a proteção de Nossa Senhora, realizou-se nos dias 13 e 14 de março em Natal, RN, o EACRE dos Setores Natal- A, B, C, D, da Coordenação Monte Alegre e Equipes de Ceará Mirim. Iniciamos nosso Encontro com uma celebração eucarística, presidida pelo SCE do Setor A Natal, Pe. Robério. Recebemos a honrosa visita do Arcebispo de Natal D. Matias, que falou da sua grata surpresa em encontrar casais reunidos, testemunhando a alegria do casamento. Contamos com a presença amiga do Pe. Carlos, SCE da Província Nordeste, que nos falou sobre Abnegação, deu um belo testemunho de Sacerdote Conselheiro Espiritual e coordenou a reunião com os Conselheiros Espirituais. CM 390

Região Rio Grande do Norte

As palestras e flashes abordados foram: Espiritualidade conjugal- Pe. Alfredo, SCE da Região; Campanha da Fraternidade, Pe. Campos, Coordenador da CF - 2004 da Arquidiocese de Natal; Retrospectiva e Colegialidade, Conceição e Macedo; Contribuição, Dever de Sentar-se,; Oração Conjugal, Tema de Estudo. Também tivemos a apresentação do madrigal da Universidade Federal, do nosso Estado. Contamos com a participação de mais de 60 casais. Conceição e Macedo CR Região Rio Grande do Norte

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Pré-região Maranhão I Piaui Nos dias 6 e 7 de março de 2004, a Pré-Região MA/PI realizou o EACRE, na cidade de Barra do Corda, MA. O evento foi preparado com muito amor e disponibilidade pelo CR da Pré-Região e sua Equipe de Colegiada e teve um brilho muito especial pela presença do nosso Casal Responsável daS uper-Região 9


Brasil, Silvia e Chico. Eles falaram sobre "Espiritualidade Conjugal e Mis ão", enchendo-nos de novos anseios e muitos projetas, encorajando-nos com o seu testemunho de vida. Outros temas foram desenvolvidos neste momento de formação, informação e congraçamento: O Dever de Sentar-se, foi muito bem trabalhado pelo SCE da Pré-Região, Frei Leonardo, que traçou para nós os caminhos mais fiéis para bem vivenciarmos este PCE. Esses assuntos foram levados aos gm pos para reflexões e para tirarmos resoluções para nossa caminhada de casais cristãos equipistas, em busca da santidade. O Encontro teve como abertura a celebração eucarística, cujo pano de fundo foi "Casal face alegre da Igreja doméstica", presidida pelo SCE de Tuntum, Frei Arilsom, cujas colocações objetivas nos deixaram mais con cientes a respeito de nossa missão de iluminar e alegrar os nossos irmãos de caminhada. Os flashes sobre Oração Conjugal, Retiro, Relação entre SCE!Equipe e Equipe/SCE, Campanha da Fraternidade e, finalmente, Casal 10

Ligação, foram apresentados com segurança e clareza pelo casais que compõem a equipe do Colegiada desta Pré-Região. Encerramos os trabalhos de sábado com uma animada Noite Cultural, na qual algumas danças forélm apresentadas e algumas personalidades típicas da região foram revividas, arrancando dos participantes, muitos risos de satisfação e descontração. Depois, muitos doces e salgados regionais partilhados pelos casais, foram saboreados com muita alegria. Foram dois dias maravilhosos que enriqueceram nossa espiritualidade conjugal, preparando-nos para a missão de Casais Responsáveis e estreitaram os laços de uma amizade já plantada nos corações dos casais da nossa Região. Temos gravado bem forte nos corações os últimos momentos. Momentos de satisfação pela missão cumprida, mas também de saudade e muita emoção. Um destes momentos foi quando Silvia e Chico, após o Envio, receberam das mãos do CR da Pré-Região, CM 390


como lembrança do Encontro, uma toalha composta pelos panos preparados pela Equipe do nosso Colegiada, contendo fotos dos casais das equipes dos quatro setores e da Equipe do Colegiada. Pudemos perceber a alegria e a surpresa que o casal visitante deixou escapar, pelo nosso gesto de amizade e sincera gratidão. Silvia e Chico, pelo carinho que nos dedicaram, o nosso muito obrigado. Maria e Souza. CR Pré-Região - MA/PJ

••• Pr ovínc1a C en ro-Oeste - - - - Região Goiás Sul Foi em clima de muito entusiasmo que os casais responsáveis, pilotos e ligações das equipes do sul-sudoeste goiano e triângulo mineiro, vivenciamos o nosso EACRE, nos dias 7 e 8 de fevereiro, em Itumbiara, GO. Tivemos a grande alegria em contar também com a presença de vários Sa-

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cerdotes Conselheiros e Irmãs Conselheiras de nossa Região. A abertura foi conduzida pelo nosso Casal Regional Márcia e Jairo que, com muita animação, deram as boas vindas. Ressaltaram que o momento era propício para uma maior integração entre os participantes e que esta deveria acontecer na abertura de cada coração; e nos apresentaram as orientações para o ano de 2004. As Celebrações Eucarísticas tiveram como tema central: "Casal, face alegre da Igreja doméstica", que nos chamou a atenção para sermos missionários dentro do nosso lar, pois, com nossos testemunhos podemos ajudar os irmãos na comunidade. O CR da Província Centro-Oeste, Rita e José Adolfo, em missão, nos falaram sobre o tema "Missão e Espiritualidade Conjugal", deram testemunho e nos convidaram a experimentar o fogo transformador do amor de Deus. O tema da CF 2004 foi bem abordado pelo Adalberto, da Lindavera. Fomos incentivados a dedicar 2004 a um aprofundamento maior da Oração Conjugal e do Dever de

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Sentar-se, os PCE's estreitamente ligados à vivência conjugal. Destacamos também o enfoque do 1°. Encontro Nacional das ENS e a apresentação de um vídeo da palestra: "Testemunho Vivencial", da Márcia e Lulinha, que proporcionou a todos a sensação de também ter estado em Brasília e vivido todos aqueles momentos. Foram abordados outros temas de grande relevância, como: O Casal Ligação, Tema de Estudo, A Reunião Informal e A Missão do CRE. E, durante todo o encontro, fomo costurando as "telas", retratando o casal em rrtissão, um painel que no final se tornou uma bela toalha para o altar da celebração do Envio e que será usado em todos os nossos eventos neste ano. Enfim, para que ficássemos sempre impregnados da "face alegre da Igreja doméstica" fomos convocados a ser fermento, levando-o para nossas casas e equipes, para que ele transforme a todos, expandindo em nossas bases a missão de buscarmos, com fidelidade, a santidade que Deus quer para cada um de nós. Maria Rita e Humberto Eq. 15 - N. Sra. de Guadalupe Itumbiara, Goiás

••• Região Centro-Oeste II A Região Centro Oeste II, promoveu o VI EACRE, trabalhando o tema da liturgia, "Casal, face alegre da Igreja doméstica" e como lema: Missão do casal, fruto da Espiritualidade Conjugal. 12

Pe. Pedro Bassini, SCE da Região, com grande entusiasmo, falounos sobre a Espiritualidade Conjugal nas três dimensões da vida: corpo psico-físico-espiritual, enfatizando que "toda a espiritualidade nos leva a uma religiosidade, mas nem toda religiosidade leva à espiritualidade"; e também que é importante "estar em paz consigo mesmo; "respeitar o momento do outro"; "ser fiel na opção" e "perdoar e acolher". O casal Creusa e Caroba discorreu sobre a Reunião Preparatória e Formal, dando ênfase nos pontos a serem seguido na reunião. A Campanha da Fraternidade foi apresentada pelo assessor da CNBB, professor Pedro Ribeiro de Oliveira, que nos alertou sobre a gestão adequada da água e a importância da conscientização para a sua preservação, como fonte de manutenção da vida e patrimônio de todos os seres vivos. Entre as palestras, foram apresentados flashes sobre: 1o Encontro Nacional das ENS, realizado em Brasília; Dever de Sentar-se, Oração Conjugal, Retiro Anual, Tema de Estudo, e grupos de assimilação e troca de experiência. O CR da Província, Rita e José Adolfo brindou a todos com um belo testemunho de casal missionário . Falaram sobre o "Testemunho da Missão", apresentando várias motivações para que os casais se lancem em águas mais profundas e não fiquem restritos às suas equipes de base. Destacaram que o pré-requisito para ser rrtissionário é o amor. Tivemos a presença de 21 ConCM 390


elheiros Espirituais, que contribuíram com suas sugestões e experiência, para a caminhada das equipes da Região. Todas as liturgias foram enriquecidas com a apresentação de elementos e utensílios domésticos, além de gêneros alimentícios, flores, frutas e água. Na cerimônia de Envio, deu-se destaque ao açúcar e ao sal, como elementos que dão sabor aos alimentos, no intuito de incentivar os casais a serem tempero na vida das pessoas e da comunidade. Pe. Pedro fez uma breve colocação, animando os casais para que vivam o Movimento e procurem levar as equipes a se colocarem a caminho. Áurea e Boros CR - Região Centro-Oeste II Brasília, DF

••• Região Mato Grosso do Sul Com muita alegria e entusiasmo, nos dias 20 e 21 de março, aconteceu o EACRE em nossa Região. Acolhemos os irmãos equipistas de

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Campo Grande, Maracaju, Dourado e Itaporã. Todas as 41 equipes de nossa região estiveram presentes no Encontro; no total, 180 pessoas, o que possibilitou convívio, congraçamento e unidade entre equipes e equipistas de nossa região. Destacamos: • A presença e dedicada participação de 15 Conselheiros Espirituais que, além de nos darem seu carinho e amizade, incentivaram-nos à vivência da experiência da intimidade com Deus, a fim de que sejamos testemunhos vi vos da alegria desse amor, em nossos lares, em nossas equipes de base e para todas as pessoas; • A presença do casal Silvia e Chico, Responsável pela SuperRegião Brasil. Nosso muito obrigado, por tudo o que vocês representam para o nosso Movimento e, em especial, pelo seu rico testemunho de vida e missão que encantou e enriqueceu a todos os participantes, na certeza de que: "as graças de Deus são abundantes e, por isso, sempre deveremos estar abertos para servi-lo".

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A dedicação, a humildade e adisponibilidade das equipes de trabalho foram extraordinárias, demonstrando que tudo é possível realizar quando somos unidos e comungamos os mesmos ideais. • Vivenciamos um EACRE muito rico nas celebrações, testemunhos, flashes e palestras. Com mais intensidade, fomos despertados para o louvor a Deus e para a nos a missão de sermos "Casal, face alegre da Igreja doméstica", desejando que Deus faça em nós sua morada e nos tome manancial de graça, de vida, de sabedoria, de força para levarmos a mensagem do serviço, da hospitalidade e da salvação a todos. Olga e Nei, CR - Setor B Campo Grande, MS

••• PYovincia Leste Região Rio I "Alegrai-vos sempre no Senhor, alegrai-vos no Senhor!" O espírito de alegria desta antífona invadiu nosso EACRE, nos dias 6 e 7 de março de 2004. Nós nos reunimo no Colégio Regina Coeli, situado na floresta da Tijuca. Participaram do evento o Casais Responsáveis de 40 equipes, além da presença de 15 Casais Ligação. Compareceram também 5 SCEs, colaborando em palestras e celebrações. A liturgia } foi um dos ponto for~ tes do Encontro e teve ._ como lema: "Casal, face alegre da Igreja 14

doméstica", dando sentido aos quatro principais momentos de espiritualidade. De fato, a alegria do serviço, o entusiasmo por pertencer ao Movimento e estar ali para estreitar laços e aprofundar conhecimentos, transmitiu-se a cada casal, num suave contágio. As telas, pedidas com antecedência às equipes, imbolizando a e piritualidade conjugal e sua missão no mundo, enriqueceram a liturgia, provando a todos como o Movimento preserva a sua unidade dentro da diversidade de cada equipe e de cada casal. Assuntos abordados: • Orientações para 2004; • Espiritualidade conjugal; • Aspectos do Carisma Fundador; • Acompanhamento de recém-casados e evangelização de casais; • Pontos Concretos de Esforço: Dever de Sentar-se e Oração Conjugal; • Testemunhos sobre a missão de casal. As dinâmicas de grupo, após alguns destes temas, permitiram rica troca de experiências, maior entrosamento, reciclagem do conhecido e aprofundamento do novo. No domingo, subimos a colina do Colégio Regina Coeli atendendo a um chamado de Jesus, a um "Vinde". " Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens" ( Mt 4,1). Permanecemos ali vivendo experiências de amor conjugal, de amor fraterno e de partilha, enfim, experiências de Deus. À tarde, descemos a colina sentindo alguns sinais CM 390


de transfiguração: estávamos sendo enviados, atendendo ao "Ide" do Senhor. "Ide, pois, e ensinai a todas as nações" (Mt 28, 19). Fomos enviados como sinal de amor transformador no mundo. Alegremonos sempre no Senhor. Abigail e Fernando CR Eq. 28B - N. Sra. do Bom Conselho Região - Rio I

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Região Rio III Nos dias 13 e 14 de março aRegião Rio m realizou o EACRE, no Centro de Formação das Servas do Senhor, no Rio de Janeiro, com apresença de seu Casal Responsável, os cinco setores que a compõem e o SCE Frei Braz. A presença maciça de 40 casais Responsáveis de Equipe e 12 Conselheiros Espirituais e o ambiente acolhedor do local foram o ponto de partida para uma grande reflexão sobre as propostas lançadas pelo tema da liturgia "Casal, face alegre da Igreja domestica".

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Na abertura, realizada pelo CRR Regina e Fernando, esteve presente o Casal Provincial, Josefina e Roque que transmitiu uma palavra de incentivo aos novos Casais Responsáveis de Equipe. O ponto alto do encontro foi a liturgia, com riquezas de detalhes e figurações, principalmente na elaboração da toalha que cobriu a mesa Eucarística no domingo, formada de pequenas telas pintadas, uma a uma, pelas equipes, além da preparação da massa para a feitura do pão. As palestras objetivaram as metas propostas para 2004, fornecendo subsídios e estratégias a serem desenvolvidas durante o ano. Visando a manutenção da unidade do Movimento, foi trabalhada a interação entre os antigos e os novos CRE e seus respectivos CR de Setor e da Região. Em sua palestra, o SCE da Região, destacou que a vivência da Espiritualidade Conjugal é o ponto de partida para ser alcançado o tema do EACRE. Os grupos de reflexão deram ênfase à Oração Conjugal e ao Dever de Sentar-se, .

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ao mesmo tempo em que se reuniram os 12 Conselheiros Espirituais presentes com o SCE da Região. O transcorrer do Encontro foi marcado por fortes momentos e testemunhos, sendo destacado que alguns jovens casais, para não deixar de comparecer, levaram seus filhos de colo demonstrando o sentimento de pertença ao Movimento. O EACRE terminou com a celebração do Envio dos CREs, sendo destacado pelo SCE a necessidade de sermos humildes e a importância de assumirmos o novo compromisso com fidelidade e esperança, fazendo da oração nosso cajado para demonstrar com alegria que o Casal é a face alegre da Igreja doméstica. Regina e Fernando CR Região Rio III

Região Rio IV O EACRE deste ano, foi realizado nos dias 13 e 14 de março, no Seminário São José, em Niterói.

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Estiveram presentes 47 Casais Responsáveis de Equipe, 3 Casais Pilotos e 8 Casais Ligação, dos Setores A e B de Niterói, São Gonçalo, Espírito Santo e da Coordenação Lagos. Na abertura, contamos com a presença do novo Arcebispo de Niterói, Dom Alano Maria Penna, que nos contou ter conhecido pessoalmente padre Caffarel, em São Paulo, quando era seminarista. Tivemos também a presença de 7 SCE durante o Encontro. Pelas avaliações, vimos que o nosso EACRE agradou a todos, atingindo seus objetivos. Graça e Juarez CR Região Rio IV

••• Região Minas I Nos dias 6 e 7 de março de 2004, no Seminário Santo Antônio, em Juiz de Fora, realizou-se o EACRE da Região Minas Gerais I, composta por 4 Setores, em Juiz de Fora e 1,

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em Barbacena, sob a coordenação do CR da Região, Carmen e Antônio, e com a presença do SCE da Região, Pe. Gilberto, MSC. Tivemos também a participação do SCE Pe. Meireles e CE Irmã Jovita, vindos de Barbacena. Pode-se dizer que o evento teve início muito antes, desde sua preparação com os primeiros planejamentos, através da confecção das telas, leitura de documentos do Movimento (previamente entregues pelos CRE, CL), em função da doação de equipistas que se dispuseram a trabalhar para que no dia previsto, tudo estivesse pronto. Com tantas demonstrações de amor e dedicação ao Movimento, o EACRE transcorreu de forma dinâmica e eficaz em todos os momentos: Celebrações Eucarísticas, palestras, flashes, grupos, reunião com os Conselheiros Espirituais, confraternização, até o momento do Envio. Agradecemos a intercessão de nossa Mãe Maria e as bênçãos de Deus Pai! Andréa e José Quintão CR - Setor C - Região Minas I CM 390

Região Minas II O nosso EACRE foi realizado nos dias 6 e 7 de março de 2004, em Divinópolis, na Casa de Retiro Monsenhor Hilton. Principais destaques: • Participação de 58 Casais Responsáveis de Equipe; A acolhida, simplicidade e o cuidado na preparação e apresentação dos temas desenvolvidos pelos palestrantes; A palestra do padre Mundinho, SCE da Região Minas II, sobre Espiritualidade Conjugal, muito bem trabalhada na reunião dos grupos; A encenação da Via Sacra da Água, feita pelos CRS e organizada como oração da tarde de sábado, aproveitando o tema da Campanha dà Fraternidade de 2004; Por unanimidade, a presença do CR da Província Leste, Josefina e Roque, que encantou a todos com sua simplicidade e sabedoria, que, com humildade e competência, falou sobre a "Unidade do Casal Responsável de Equipe, em sua Equipe de Base, com o Casal Ligação e com o Setor". O 'Pinga-fogo' realizado após a palestra, recebeu nota 10 de todos os presentes, quando foram esclarecidas todas as dúvidas apresentadas. A toalha, originada dos trabalhos 17


de cada equipe, foi usada para cobrir o altar na celebração do Envio, e ficou disponível para ser usada por todos os Setores, à medida que for sendo solicitada, conforme a ocasião. Esta decisão agradou a todos. Vânia e Carlos Alberto CR Região Minas II

••• Região Minas III Nos dias 13 e 14 de março aconteceu nosso EACRE, em Cambuquira, MG. Foram momentos de muita formação, espiritualidade e informação. Participaram 25 Casais Ligação, 66 Casais Responsáveis de Equipe, Casal Regional, Casal Provincial, os sacerdotes, Pe. Frank, Pe. Everaldo, o SCE Regional, Pe. Cordeiro, três religiosos, Conselheiros Espirituais e também Dom Ricardo, arcebispo da arquidiocese de Pouso Alegre. As palestras e celebrações foram riquíssimas em conteúdo e espiritualidade, favorecendo muito os trabalhos de grupo. Todos os partici18

pantes saíram muito fortalecidos e animados para a caminhada de 2004. Vera e Messias CR Região Minas /li

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Provinda Sul 1 Região São Paulo - Capital II EACRE, é um importante evento que, a cada ano, vem buscando marcar presença na vida de tantos casais equipistas. Fomos envolvidos, desde nossa chegada, em um clima de amor fraterno! Após a celebração inicial feita pelo Pe. Milton, nosso Conselheiro Espiritual, tivemos um primeiro impulso ao crescimento: a palestra sobre Espiritualidade Conjugal. Pe. Milton nos encantou com um momento de introspecção e de reflexão sobre o significado de, espiritualmente, sermos UM. Lembrando-nos de como o sacramento do matrimônio nos fortalece e nos auxilia a exercermos, na vida um do outro, o papel cristão de pessoa capaz de perdoar, de aceiCM 390


tar, de compartilhar e de buscar crescimento em comunhão. Também Pe. Adilson deu testemunho sobre o quanto as Equipes de Nossa Senhora exercem influência em sua vida de sacerdote e o quanto ele considera importante o que fazem as equipes em prol do casal e do crescimento espiritual dos familiares. Corno um dos pontos altos de nosso Encontro, não poderíamos deixar de destacar a presença de Da. Nancy Moncau. Corno sempre, olhávamos para os participantes e os percebíamos em êxtase enquanto Da. Nancy contava corno nascera o novo movimento, "filhotinho" das ENS, voltado aos viúvos, viúvas e pessoas sós. Ela destaca, com alegria, a possibilidade de, aos 95 anos, poder organizar junto aos equipistas urna nova proposta de espiritualidade que dá vida e força àqueles que vêm se sentindo sós e não querem afastar-se do Movimento. E, lembra-nos muito bem Da. Nancy: cada viúvo ou viúva ou pes-

soa só, tem seu papel cristão importantíssimo na vida daqueles com quem convive e deve buscar viver urna espiritualidade adequada à sua condição de vida, sentindo-se amparado pelo Movimento e em comunhão com os desejos de Deus para conosco - vida em comunidade. Também contamos com um momento esclarecedor sobre a Campanha da Fraternidade 2004. Pe. Spolti destacou os princípios éticos segundo os quais devemos refletir: o cuidado com o que significa a vida de cada um de nossos semelhantes, a solidariedade para com eles e a co-responsabilidade que devemos exercer como cristãos, em relação à água. Dom Odilo Scherer, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, exaltou a importância do Movimento das Equipes de Nossa Senhora na Igreja e seu significado em relação ao compromisso cristão da família na manutenção dos valores espirituais e morais presentes na vida dos seres humanos hoje.

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Foi também nesse embalo que nos vimos envolvidos com Altimira e Paulo, que nos falaram do Tema de Estudo, ponto alto de nosso EACRE. Após uma breve apresentação de Altimira e Paulo sobre a organização do Movimento e sobre a responsabilidade na escolha dos temas de estudo para 2004, iniciamos uma dinâmica de perguntas e respostas que permitiram aos casais explicitarem suas dúvidas sobre critérios para a escolha. Eles receberam de nossos palestrantes incentivo para que cada equipe exerça sua autonomia e escolha o que melhor se adaptar ao seu momento de vida, desde que dentro do carisma do Movimento: a espiritualidade conjugal. Também tivemos, durante o EACRE, momentos em que os casais participantes - responsáveis e de ligação - organizaram-se em subgrupos e trocaram suas experiências. O foco dos estudos voltouse ao papel do CRE no desenvolvimento da espiritualidade conjugal dos casais da equipe e no crescimento do amor mútuo. Encerramos com a missa celebrada por Pe. Milton, num clima de muito amor e desejosos de nos mantermos unidos, tão grande o elo estabelecido entre todos os casais durante o tempo de duração do encontro. Otilia e Nelson, CR Setor C Região São Paulo - Capital II 20

••• Região São Paulo - Sul I Num clima de oração, espiritualidade, amizade e alegria, o EACRE 2004 foi realizado nos dias 7 e 8 de fevereiro, no Centro Pastoral Santa Fé, em Perus, SP, tendo como tema da liturgia: "Casal, face alegre da Igreja doméstica". Participaram do evento, casais e SCEs dos setores ABC I, ABC II, ABC III, Arujá, Mogi das Cruzes, Santos, no total de 87 casais e 20 SCE. Iniciamos com a celebração eucarística presidida por D. Airton José dos Santos, bispo auxiliar da Diocese de Santo André e SCE de nossa Região. Para a celebração, cada casal trouxe de suas equipes de base, um pouco de água que foi colocada em comum num jarro, como um símbolo da Campanha da Fraternidade 2004 "Água, fonte de vida". Após o encerramento da celebração, o Casal Provincial, Altirnira e Paulo conduziu a imagem de Nossa Senhora da capela ao plenário, onde os casais depositaram fotos de todas as famílias de sua equipe de base. CM 390


D. Airton proferiu palestra sobre a "A Espiritualidade Conjugal" e sobre "A Responsabilidade dos Casais Responsáveis de Equipe" mostrando a importância de sua missão em ajudar sua equipe a caminhar para a santidade, "nem mais, nem menos", segundo Pe. Caffarel. Enfatizou a nossa responsabilidade de viver em comunhão, desafio para o mundo, testemunhando os valores do Evangelho. Pe. Romeu, SCE do Setor ABC III, apresentou os Documentos 71 e 72 da CNBB, Evangelização 20032006. Ênfase foi dada ao processo de inculturação. Lembrou-nos com muita propriedade que a inculturação máxima foi a encarnação de Cristo, para nos mostrar o caminho que nos leva ao Pai. Simultaneamente à reunião dos SCEs, fizemos a primeira reflexão em grupo, com o texto lCor 4, 1-5, que acentua nossa responsabilidade e serviço. O Casal Regional, Osmarina e Toninha, apresentou a estrutura do Movimento e sua importância na preservação da unidade e identidade. Para isso, destacaram a importância do Casal Ligação e da vivência da colegialidade, tão essencial à Mística e ao Carisma das ENS . Com muita propriedade e vivência, Altirnira e Paulo, responsáveis pela Província Sul I, apresentaram os PCEs agrupados dois a dois: Escuta da Palavra e Meditação (Ser Pessoa); Oração Conjugal e Dever de Sentar-Se (Ser Casal); Regra de Vida e Retiro (Ser Casal Missionário). Foram dados testemunhos soCM 390

bre a Oração Conjugal e o Dever de Sentar-se. À noite tivemos um momento de lazer e confraternização, apresentando música, jogral e representações diversas. Esse momento envolveu todos os setores e seus CREs, que trouxeram particularidades de suas equipes e de sua cidade. Na celebração do envio, cada CRE levou um pouco daquela água que jorrou durante o Encontro para tornar-se vida em sua Equipe. Restou a palavra PAZ e os equipistas cobriram seu nome, desejando que haja olhos para acolher o luar, ventos para brincar com as pipas. É preciso que avancemos com fidelidade em nossa missão de casal. Que os frutos de nossa espiritualidade se espalhem por onde passarmos, pois o mundo é belo ... é preciso que ele continue ... e continue com a nossa paz. Gislene e Afonso Eq. 9 - N. Sra. dos Anjos Mogi das Cruzes, SP

••• Região São Paulo - Sul II O EACRE é sempre um grande e inestimável presente. Para quem segue fiel ao carisma fundador, o EACRE é uma alavanca capaz de ajudar todos os CRE e demais participantes na animação da Equipe de Base, durante o ano. É aquele momento privilegiado em que usamos com equilíbrio, crença e fidelidade, o tempo reservado para uma formação profunda voltada à espiritualidade do casal. 21


E esse EACRE 2004 foi realmente uma profunda e inesquecível alegria! Alegria pela busca da convivência sadia e da troca de experiências, da verdadeira e fraterna partilha. Alegria por sentir um entrosamento tão grande e intimo entre casais jovens e maduros, numa simbiose feliz e profícua. Alegria em perceber o carinho do nosso CR da Região, Lígia e Carlos, na organização e no preparo de cada detalhe, acolitados pelos setores e sob a benção de Maria. • Alegria de experimentar a doce sensação de que cada pessoa que estava passando sua mensagem e seus testemunhos, tinha, no coração a vontade de acrescentar, somar, orientar, fazer crescer. Desde um simples recado até a liturgia, ponto mais alto desse nosso encontro. • Alegria de viver em cada detalhe as palavras e o testemunho forte de Altimira, uma mulher preocupada com o crescimento do Movimento em toda a sua 22

Província e por conseqüência, no Brasil e no Mundo. • Santa alegria de poder ser parte integrante de mais esse verdadeiro oásis preparatório para a animação de nossas Equipes durante este ano. Zé Vi (da Maiza) CR Setor A - Sorocaba, SP

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Região São Paulo - Centro I Aconteceu em Itaici, na cidade de Indaiatuba, SP, nos dias 14 e 15 de fevereiro de 2004, o nosso EACRE. Como em todos os EACREs a responsabilidade é de cada Região, trabalhando os pontos de unidade propostos pela Super-Região, bem como as principais dificuldades apresentadas através da reflexão dos balanços das equipes, elaborados em 2003. Vivemos também um momento forte de espiritualidade: a vigília ao Santíssimo Sacramento, realizada durante todo o nosso EACRE, com a participação dos equipistas de Indaiatuba. Sentimos a luz do Espírito Santo nos iluminando e iluCM 390


minando cada casal presente. O sábado à noite foi festivo, alegre, e os casais puderam reencontrar velhos amigos de outros EACREs, com comes e bebes e a apresentação da dinâmica das bexigas (anjo 2004). As celebrações eucarísticas foram o ponto alto do Encontro, muito bem elaboradas. As palestras, conforme avaliação dos participantes, foram dinâmicas, claras e objetivas: Espiritualidade Conjugal e Missão (Pe. Sérgio), Campanha da Fraternidade (Arcebispo Dom Gilberto), o Dever de Sentar-se (Pe. Itamar), Oração Conjugal (Fátima e Elio ), Casal Ligação (Sheila e Francisco) e o Tema de Estudo (Carmen e Claudemir). As telas , confecionadas pelos CREs foram gratificantes, criativas e, durante as celebrações tivemos momentos de muita expectativa, emoção, unidade e partilha, quando se formou a toalha do altar. Na emocionante celebração de Envio, cada CRE foi presenteado com uma parte dessa toalha com o compromisso de rezarem pela equipe irmã durante todo o ano.

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Como, nas Bodas de Caná, Maria intercedeu pelo casal, nesse EACRE, temos certeza de que também ela estava presente, intercedendo por todos. Os casais saíram renovados, prontos para a missão levando para as equipes de base o vinho bom. Sheila e Francisco CR Região São Paulo - Centro l

••• Região São Paulo - Centro II No nosso EACRE aconteceram momentos fortes de celebração, partilha e muita alegria. O encontro aconteceu nos dias 7 e 8 de fevereiro, em Piracicaba. Iniciamos, com a celebração eucarística, destacando a presença alegre do Pe. Reinaldo Demarchi, responsável pelos Movimentos e Pastorais da Diocese de Piracicaba, que, mesmo sem ser SCE, nos falou muito sobre o nosso Movimento, resultado do nosso entrosamento e participação dentro da vida da Diocese e a consciência de que somos Igreja. Em seguida, também fez algumas colocações sobre o Documento 71 da CNBB- "Diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil" e o nosso compromisso com a Evangelização. E, como ponto de unidade do Movimento, frei Augusto falou sobre a Espiritualidade Conjugal, ressaltando que a pessoa humana tem que saber viver sua 23


dignidade plenamente para poder ser casal cristão missionário e buscar assim a Espiritualidade Conjugal. E ainda tivemos os seguintes flashes: Casal Ligação, Oração Conjugal, Dever de Sentar-se, Campanha da Fraternidade. Também refletimos juntos o artigo escrito pelo CR da Super-Região, Silvia e Chico, publicado na Carta Mensal de dezembro de 2003, sobre o Tema de Estudo para o ano de 2004, procurando mostrar a cada CRE a responsabilidade sobre a boa escolha do tema, sendo as Equipes de Nossa Senhora um Movimento de Igreja e não esquecendo da unidade com o Movimento, no Brasil e no mundo. Como prioridade da Província Sul I, o Retiro, e mais as necessidades prioritárias de nossa Região: a Contribuição e Reunião de Equipe. As co-participações nos grupos foram momentos de uma rica troca de experiência de vida. O ponto alto foi a nossa celebração eucarística

de encerramento e envio. A liturgia convidou cada casal cristão a assumir o compromisso de avançar com fidelidade para águas mais profundas, sair da mediocridade do nosso mundo, olhar com amor o compromisso do seu batismo e se colocar a serviço da família; "Casal: face alegre da Igreja doméstica". Ti vemos a presença de Maria Regina e Carlos Eduardo (casal membro da ERI - Equipe Responsável Internacional) que, com simplicidade sempre nos encanta. Foi uma verdadeira festa, e o que nos chama muita atenção são os casais de apoio: cozinha, liturgia, bazar e outros, sempre prontos a sorrir, mesmo diante de tanto trabalho. Acreditamos que este EACRE foi muito especial e que as nossas equipes e as equipes de todo o Brasil receberam com o mesmo entusiasmo tudo o que foi apresentado e vivido durante estes dias. Sônia e Luís Cláudio, CR Região - São Paulo - Centro II

Testem \Anho

Paz e Bem a todos! Gostaríamos de participar-lhes que o EACRE foi um sucesso. Voltamos muito iluminados pelo amor de Deus e repletos de idéias e planos para nossa equipe. Foi um momento de muita oração, testemunhos, planejamentos. Agradecemos a oportunidade que vocês nos deram. Podem contar conosco para o quer der e vier. Preparamos um material sobre o EACRE, para passarmos na reunião de estudos. Muito obrigado pelas orações, e completamos dizendo que estamos passando por um momento muito importante de muita espiritualidade. Pedimos que o Espírito Santo possa conduzir a vida de todos nós, equipistas e das nossas famílias, de fonna cada vez mais plena de oração e harmonia. Sandra e José Renato - Eq. N. Sra. dos Anjos - Piracicaba, SP 24

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... Região São Paulo - Leste I Sob a coordenação do CR da Região, Leda e Marcos, e com a presença do CR pela Província Sul I, Altimira e Paulo, realizou-se nos dias 24 e 2t5 de janeiro de 2004, o nosso EACRE, contando com a participação dos Setores de Caçapava, Caraguatatuba, Jacareí e São José dos Campos. Pe. Jonas Traversin, SCE, da Região São Paulo- Leste I, deu início aos trabalhos, com a celebração eucarística. Durante a santa missa, no momento do ofertório, uma procissão composta pelo CR Regional e por todos os CRs de Setor, levou, até a mesa posta em frente ao altar, os elementos que seriam transformados em pães, os quais seriam depois assados e distribuídos na celebração eucarística do dia seguinte. Em sua homilia, Pe. Jonas exaltou bastante a importância da alegria para o cristão, de acordo com o tema da liturgia: "Casal, face alegre da Igreja doméstica". Dom Frei Fernando Mason, Bispo e SCE do Setor de Caraguatatuba, proferiu belíssima palestra sobre a Campanha da PraCM 390

ternidade. Demonstrou a todos, com clareza, que, para o cristão, o respeito para com a água, como obra da criação, deve ir muito além da simples preocupação imediatista, ou visão ecológica, que impera hoje em dia nos meios de comunicação. O Casal Provincial, Altimira e Paulo, falou sobre os Pontos Concretos de Esforço. Fizeram questão de frisar bem as responsabilidades do CRE, de forma a não restar dúvida alguma a todos os presentes. Também tivemos uma reunião com os Conselheiros Espirituais, sob a coordenação do Pe. Jonas. Após o almoço, os casais foram distribuídos em grupos, para desenvolverem estudos relacionados com os mais variados problemas da vida de equipe, principalmente os itens levantados nas reuniões de balanço da Região. Frei José Antônio Flesch, SCE do Setor A e das Equipes 2 e 3, de São José dos Campos, falou sobre a espiritualidade conjugal. Foram feitos "flashes" sobre o Dever de Sentar-se e a Oração Conjugal. Tivemos uma dramatização preparada pelo animado Setor de Caraguatatuba, durante a qual foram lembradas as principais dificuldades 25


para a inserção de casais nas Equipes. Foi um momento muito alegre e descontraído, demonstrando a todos o que deve ser evitado nessa importante tarefa dos equipistas. Também tivemos uma reunião por Setor, onde foi feita a avaliação do EACRE, bem como uma troca de idéias e programação da vida anual de cada Setor. Houve ainda a partilha dos pães preparados na missa da véspera, culminando com a linda cerimônia do Envio. Wilma e Amilton, CR Setor A São José dos Campos, SP

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Província Sul 11 Região São Paulo - Norte I Aconteceu nos dias 31/01 e 011 02 o EACRE da Região São Paulo - Norte I, com a participação dos equipistas das cidades de Catanduva (que sediou o EACRE), José Bonifácio e Votuporanga. Iniciamos com uma Celebração Eucarística presidida por Pe. Jeová, SCE de Catanduva. Nesta celebração, os Casais Responsáveis pelos Setores das três cidades ofertaram a farinha, o açúcar e a água, que foram misturadas pelo nosso Casal Regional, simbolizando este o fermento, para preparar o pão da vida. Pe. Gilmar, SCE de Votuporanga, falou sobre a Espiritualidade Conjugal. Ti vemos flashes sobre o Dever de Sentar-se, a Oração Conjugal, a Missão do Casal e sobre a Campanha da Fraternidade. 26

O Casal Provincial, Teresinha e Agostinho nos expôs o que significa ser Casal Responsável de equipe e a importância de sua tarefa. O Envio direcionou-nos à missão de casais cristãos participativos em nossas comunidades. Não podemos deixar de' destacar a hospitalidade dos equipistas catanduvenses. Parecia que já éramos íntimos há muito tempo. Só num movimento como o das Equipes de Nossa Senhora, podemos ser tratados como irmãos por pessoas que nos vêem pela primeira vez. A todos vocês, nosso carinho e admiração. Setor das ENS José Bonifácio, SP

••• Província Sul J11 Região Paraná - Sul Todo EACRE é água viva! Também o EACRE da Região Paraná- Sul, realizado em Curitiba, de 5 a 7 de março de 2004, fez jorrar da Fonte a água que lava, água que hidrata e dá vida. Pe. Pedro Sallet, SCE da Província Sul m, frisou com entusiasmo o sentido "kairós" da Reunião de Equipe e ·conduziu os CREs a vivenciarem a "Face alegre da Igreja doméstica", posta no casal. Água e alegria são partículas divinas de pequenos milagres diários, aqueles que nos passam despercebidos, como o pão amassado com amor pelo Casal Regional J uciane e Vítor durante a celebração da manhã de sábado. Ali, a água deu a liga da massa e nos tornou mais unidos. CM 390


Naquele gesto, comprometemonos com a partilha do pão material e espiritual em farru1ia, na equipe, no trabalho e no mundo que carece de paz, de fraternidade, de solidariedade. Ali, no simbolismo do "trabalhar o pão", a água ativou o fermento da alegria de servir, de anunciar e cumprir a missão de casais em busca da espiritualidade que não se fecha, mas transborda a vasilha, qual massa crescida. Por isso, cada EACRE é água viva para alimentar os dons do espírito e despertar a fé, em ação de graças, por fazermos parte dos planos do Pai. Água e consciência da natureza foi o tema da Campanha da Fraternidade 2004, desenvolvido por Dom Sérgio Braschi, Bispo de Ponta Grossa. Água e consciência da nossa responsabilidade em preservar a natureza. A ela estamos integrados como o ramo à videira. Somos um, um só Corpo, somos o membros e Jesus Cristo é a Cabeça. Formamos uma unidade na diversidade que se complementa. Exemplo dessa tessitura do silênCM 390

cio, para ouvir Deus, foram as diversas telas-talentos elaboradas pelas equipes sobre o tema "A Missão do Casal Cristão". Ao amanhecer, as telas costuradas no silêncio da madrugada transformaram-se em toalha única e original para o altar das ofertas. Tivemos flashes sobre o Tema de Estudo, sobre o documento 72 da CNBB "Queremos ver Jesus'. Os responsáveis pelo EACRE fizeram os CREs compreenderem ser sua missão: assumir a responsabilidade com amor às ENS, orar e estimular os casais a perseverarem nos PCEs, esforçando-se para serem coerentes na fé e na vida.

Silvia e Lineu Araújo Equipe 7B- Curitiba, PR

••• Região Rio Grande do Sul I O Colegiada da Região Rio Grande do Sul I, sob a coordenação do CR da Região, Graciete e Gambim, realizou o EACRE2004, nos dias 19, 20 e 21 de março, na casa Recanto Medianeira, em Veranópolis, RS. 27


Participaram do encontro 70 CRE, 4 CE e o Colegiada Regional. O CR da Região abriu o EACRE, conclamando a todos a viver e testemunhar a alegria do amor conjugal. Tivemos, em seguida a Celebração Eucarística, que foi presidida por Mons. Antônio Lorenzatto, SCE da Região. Os flashes e dinâmicas foram conduzidos pelos CR de Setor, envolvendo os temas: "Casal Responsável de Equipe, um animador da sua Equipe", Campanha da Fraternidade, Oração Conjugal, O Casal Ligação e a Equipe, Retiro, Dever de Sentar-se, Expansão, Tema de Estudo e Contribuição. A palestra sobre Espiritualidade Conjugal foi proferida pelo casal Graciete e Gambim, em que foi assinalado que "não se exercita a espiritualidade conjugal porque se é equipista, mas se é equipista para, com a ajuda da equipe e da pedagogia do Movimento, progredir na espiritualidade conjugal, em busca da santificação do casal, não numa troca de direitos e de corpos, mas numa relação livre de dois corações em busca 28

da perfeita união com o coração de Deus". A palestra "Retrospectiva e Prospectiva" foi proferida pelo Casal Responsável da Província Sul III, Graça e Roberto. Pe. Tarcísio Scherer falou sobre o Projeto "Queremos ver Jesus" (Doe. 72 da CNBB). Houve trabalhos em grupos para os temas Espiritualidade Conjugal, Dever de Sentar-se e Oração Conjugal. A toalha confeccionada com os pedaços de pano que cada casal trouxe, contendo motivos sobre a missão, cobria o altar, simbolizando a unidade do Movimento. Por fim, a celebração do Envio, com o tema "Casal, portador da alegria da salvação", foi presidida pelo Mons. Lorenzatto, que animou todos os casais presentes a vivenciar com alegria o Sacramento do Matrimônio. Doris e Alfredo Eq. 7E- N. Sra. de Fátima Porto Alegre, RS SIGLAS CRE CE SCE CP CL CRS CRR CRP EACRE PCE

Casal Responsável de Equipe Conselheiro Espiritual Sacerdote Conselheiro Espiritual Casal Piloto Casal Ligação Casal Responsável de Setor Casal Responsável Regional Casal Responsável Provincial Encontro Anual de Casais Responsáveis de Equipe Pontos Concretos de Esforço

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A lMPORTÂNClADO CASAlllGAÇAO "Tua exigência sem amor me revolta; Teu amor sem exigência me rebaixa; Teu amor exigente me engrandece" (Pe. Caffarel).

Queridos irmãos e irmãs, como é do conhecimento de todos, nosso Movimento vem crescendo muito, e sempre que participamos de algum evento, escutamos alguém falar sobre a expansão sustentada. E quanto maior o Movimento, maior a responsabilidade da Super-Região, das Províncias, das Regiões, dos Setores e seus colegiados. Foi pensando nisso que resolvemos escrever sobre a importância do Casal Ligação para com o nosso Movimento. Todos são importantes no Movimento, sem distinção, mas, hoje, com o grande número de equipes existentes em cada setor, o Casal Ligação torna-se o mais importante elo de ligação entre as equipes e o Setor (Movimento). Tendo em vista as dificuldades que têm os Setores em acompanhar mais de perto suas Equipes, os mesmos devem escolher bem os seus Casais Ligação, para que estes possam ajudar e acompanhar as equipes que ligam.

Perfi1 do • • • • •

Casa1 Ligação (CU Que seja um casal de oração. Que seja fraternal no exercício da missão. Que seja dedicado. Que seja disponível. Que seja responsável.

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• Que exerça discretamente sua missão. • Que saiba ser exigente consigo próprio, para que possa exigir dos outros. • Que mantenha contatos freqüentes com os CRE e SCE das Equipes ligadas por ele. • Que exija as pautas das reuniões com a devida antecedência, bem como os relatórios. • Que converse com oCRE e SCE sobre os relatórios e as pautas. • Que compareça a uma ou duas reuniões por ano. • Que mande mensagens para as reuniões que não comparecer. • Que conheça sempre mais a respeito do Movimento. • Que freqüente uma missa a mais na semana. Ninguém duvida que todo casal equipista seja um casal de oração, mas aquele que tem a responsabilidade de fazer o elo de ligação entre as equipes e o Setor, deve estar em sintonia com Deus o dia todo, pedindo a Ele que o ilumine para que seja um casal fraterno, paciente, que saiba ouvir, orientar, e o mais importante, que saiba amar as equipes com o amor de Jesus. Que seja disponível e dedicado no período em que permanecer a serviço, participando da vida das 29


equipes que liga, não só na reuniões, mas em todos os momentos, passando a ser um amigo que quer ajudar (servir) e não atrapalhar o crescimento. Deve ser discreto na sua missão, pois tudo que se coloca nas reuniões fica nela. Que seja exigente consigo mesmo, para que possa exigir dos outros com autoridade e correção fraterna. Deve estar sempre em sintonia com oCRE e o SCE das equipes ligadas, a fim de aumentar sempre os laços de amizade. Que não deixe de cobrar os relatórios nas datas devidas, para poder repassálos ao Setor, pois é muito importante que este conheça bem suas equipes visando programar eventos de formação, etc. Para que isto aconteça, o CL tem uma importância fundamental na cobrança dos relatórios, pauta. das reuniões, participação nas mesmas etc. O CL também deve manter-se atualizado a respeito do Movimento para que possa estar sempre seguro quando questionado e corrigir possíveis desvios. Ele deve freqüentar uma missa a mais na semana em entrega às equipes por ele ligadas, enfim deve ser totalmente responsável, estar sempre disponível para com as equipe e, acima de tudo, que tenha muito amor, pois o amor é o mandamento mais importante que Deus nos deixou. O serviço do Casal Ligação é indispensável. Ele é o elo que as equipes têm com o Setor (Movimento), é através dele que as equipes se sentem participantes 30

do Movimento, e não uma equipe de amigos. Os Casais Ligação de um mesmo Setor devem realizar, entre eles, reuniões, para trocarem idéias sobre suas equipes, buscando passar o que tem de melhor em cada uma, a fim de ajudar as que têm dificuldades na vivência dos PCEs, do carisma e da mística do Movimento.

Criterios de Escolha dos Casais ligação • São casais de confiança do Setor. • São casais que amam o Movimento. • São casais participantes dos eventos do Movimento. • São casais de oração. • São casais disponíveis. • São casais com características de liderança. São casais com bom senso para discernir. • Fazem parte do colegiado do Se to r. "Se Ele nos confiou uma responsabilidade, é porque sabe o tamanho do nosso amor por Ele, e que pode contar com a nossa determinação, ânimo e coragem". Que Deus abençoe a todos os Casais Ligação, que o Espírito Santo de Deus os oriente em suas missões, e que Maria, nossa mãezinha, os cubra com seu manto sagrado para que eles nunca desanimem da sua missão. Penha e Paulo Eq. llSD - Região Rio III CM 390


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MAES O segundo domingo do mês de maio oferece uma oportunidade magnífica para uma homenagem às mães, recordando deveres imprescindíveis quer dos filhos, quer de suas genitoras. Um notável amor e uma infinita compaixão são os dotes que distinguem a mãe excelente, aquela que é guarida e honra do filho, sendo-lhe esperança e salvação, âncora e bússola, raiz e estrela. A verdadeira mãe sabe amar com dignidade e pureza, com desprendimento e sacrifício, sem ciúme, angústia, exigências, sombras, desfalecimento, desconfiança ou interesse. A maternidade é o que há de mais comovente na história humana. O depoimento de mães que vivem integralmente sua missão é este: "Ser mãe é participar de uma alegria divina". O importante, porém, nos louvores às mães é fugir de um sentimentalismo tolo que refugasse uma reflexão sobre as obrigações provenientes para elas e os filhos. O mundo segue um rumo perdido de tão pouca honra e caráter, de falta de respeito e dignidade, exatamente porque até a mística da maternidade vem sendo agredida pela sociedade de consumo. Outdoors expostos nas cidades ou anúncios feitos nos meios de comunicação social revelam bem esta deturpação. Muitos filhos pensam CM 390

que cumpriram suas obrigações filiais dando qualquer dádiva em tal ocasião, mas se esquecem do principal que é a atenção, a piedade filial, o devotamento a vida toda. O que uma mãe realmente deseja é a confiança e o amor dos filhos. Entretanto, cumpre observar que esta dileção deve ser conseqüência da dedicação materna. Em uma loja de Oxford, na Inglaterra, onde afixaram sabiamente os Dez Mandamentos dos pais consta este: "Considerarás o respeito e o amor dos filhos não como algo a ser exigido, mas como algo que vale a pena conquistar". É que o autêntico monumento imperecível dedicado à mãe é aquele construído no coração dos filhos. Se os filhos se recordam e falam naquelas que lhe deu o ser não somente com ternura, mas também sem


ressentimento, sem amargura , sem desprezo, sem queixas, então, de fato , essa mãe foi o que devia ter sido, isto é, uma exímia educadora, uma digna representante de Deus. Um dos deveres das mães é nunca deixar de instruir os filhos no

"Considerarás o respeito e o amor dos filhos não como algo a ser exigido, mas como algo

que vale a pena conquistar". É q~e o autêntico

monumento imperedvel dedicado

à mãe é aquele

construido no coração dos filhos.

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cumprimento de seus deveres religiosos. Margarida Ochiena, mãe de São João Bosco, a seus filhos já adultos nunca deixava, com muito tato, mas com firmeza, de lhes lembrar os deveres religiosos, inclusive ao próprio D. Bosco. Quando este voltava de seus árduos trabalhos no Oratório Festivo, orientando crianças e jovens, sua mãe lhe dizia: "Agora, filho, é parar um momento e fazer, piedosamente, suas orações". De fato , se os filhos, ainda que maiores de idade, escutassem sempre os clamores, os conselhos, as diretrizes de suas santas mães, o mundo seria bem diferente. Paciência e tolerância, dedicação e afeto nunca podem faltar a um filho bem educado. A Bíblia mo tra que o amor do filho para com sua mãe deve ser afetivo, efetivo, provindo lá de dentro do coração. Está no livro dos Provérbios: "Não desprezes o ensinamento de tua mãe. Isto será, pois, um diadema de graça para tua cabeça e um colar para teu pescoço " (Pr 1, 8-9); Portanto, ao lado da poesia que envolve um tema de tanta ternura, cumpre aprofundar o que é essencial, pois, então, sim, todas as homenagens às mães e tarão bem fundamentadas e parturejarão efeitos luminosos num mundo que precisa muito de paz e amor!

Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho (Professor no Seminário de Mariana, MG) CM 390


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CANONlZAÇAO DE GlANNA BERETTA No dia 16 de maio de 2004, será canonizada a beata Gianna Beretta Molla, médica italiana (1922-1962), que decidiu não ser operada do câncer que lhe causou a morte, quando estava grávida de sua quarta filha, para não prejudicar o feto. Era particularmente consciente do risco desta opção, pois sua especialidade era a pediatria. O marido de Gianna, o engenheiro Pietro Molla, recordou há alguns anos sua esposa como uma pessoa absolutamente comum. Em 21 de abril de 1962, Sábado Santo, Gianna Beretta Molla deu à luz Gianna Emanuela; foi uma semana antes de morrer. Seu ato extremo de valor na firmeza da fé que praticava levou à sua beatificação em 1994, presidida por João Paulo II. Em dezembro passado, em presença do Papa, a Congregação para as Causas dos Santos proclamou o reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão da heróica mãe, abrindo assim as portas para sua canonização. "Viveu o matrimônio e a maternidade com alegria, generosidade e absoluta fidelidade à sua missão", afirmou o Cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação Vaticana, na cerimônia de promulgação do decreto. O milagre atribuído à sua intercessão foi experimentado pela brasileira Eli abete Arcolino Comparini. CM 390

No início do ano 2000, grávida do terceiro bebê que havia concebido, começou a experimentar sérios problemas. No terceiro mês, a jovem mãe perdeu totalmente o líquido amniótico. O feto, sem esta proteção natural, deveria ter perdido a vida. Sem explicação científica, em maio de 2000 nasceu a preciosa menina brasileira. Seus pais, que naqueles dias haviam decidido recorrer à intercessão da beata, a chamaram Gianna Maria.

Colaboração Padre Flávio Cavalca SCE Super-Região 33


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ORAÇAO CONJUGAL Neste ano de 2004, o Movimento nos propõe ênfase a dois PCEs: o Dever de Sentar-se e a Oração Conjugal, para que, juntamente com os demais Pontos Concretos de Esforço, atue na promoção de nosso crescimento espiritual e humano, e nos transforme para transformarmos a realidade. Isso nos mo ti va a fazer um aprofundamento do nosso papel missionário como conseqüência da vivência mais autêntica da espiritualidade conjugal. A oração é um meio por excelência, para crescermos em espiritualidade, pois ela é nosso relacionamento íntimo com Deus, nosso diálogo de amor com o Criador, a quem somos chamados a nos voltar, a fim de adorálo, louvá-lo, agradecêlo, elevar nossos pedidos, anseios. Desde pequenos somos ensinados por nossos pais e catequistas a rezar, conscientizando-nos de que, como filhos queridos de Deus, precisamos manter com Ele esse diálogo de amor, elevando nossa mente e coração para uma entrega total. Infelizmente, o mundo agitado em que vivemos não ajuda à oração nem à reflexão. Ele nos dispersa, favorecendo mais a exterioridade do que a interioridade. Dificulta-nos para nos concentrar em nossas orações. E se isso é uma realidade para nos34

sas orações pessoais, muito mais difícil fica, quando se trata da oração do casal ou da farru1ia. Além das dispersões têm-se os desencontros resultantes dos afazeres diários dos cônjuges e dos filhos o que, infelizmente, toma a oração conjugal e familiar quase ausente, na maioria das farru1ias. Sem dúvida, foi por inspiração divina que o Pe. Caffarel incluiu a Oração Conjugal como um Ponto Concreto de Esforço para que crescêssemos, como casal e como farru1ia, em espiritualidade. A oração é força sobrenatural que não se mede, não se toca, mas que, lentamente e com sensibilidade, provoca efeitos no dia-a-dia de nossas vidas. A graça de Deus, através da oração conjugal, se manifesta, pouco a pouco, como luz e benção para nós e para as pessoas que estão ao nosso redor. Aproximanos cada vez mais de Deus e provoca em nós uma sensação de bem estar e de querer, mais constantemente, buscar esse diálogo com quem tanto nos ama. O nosso relacionamento como casal foi muitas vezes conturbado por divergências de opiniões, talvez devido a realidades diferentes de vida e educação que tivemos. Temos sentido que a oração conjugal CM 390


quebra as divergências e leva à unidade, à tranqüilidade e à mansidão. Pela oração conjugal, ficamo mais próximos um do outro, vivendo então essa unidade; nossas almas se encontram e se tomam únicas para louvar o Criador: "um só coração, uma só alma". Pela oração conjugal temos encontrado força para ser casal cristão no mundo, para testemunhar o amor de Deus. Mas nem sempre foi assim. Como tantos outros casais das Equipes de Nossa Senhora, também tínhamos dificuldade em fazer e vivenciar nossa oração conjugal diária. O mesmo acontecia com amaioria dos casais de nossa equipe. Nosso SCE, nos sugeriu fazer uma coletânea de orações, contendo uma oração para cada dia do mês. Na ocasião éramos Casal Responsável de Equipe e nos colocamos à disposição para o trabalho. Elaboramos alguns exemplares do primeiro livro "Oração Diária do Casal" e os distribuímos para a nossa equipe e para uma outra, também assessorada pelo nosso SCE. No mês seguinte, a partilha dos casais já foi diferente com relação à oração conjugal diária: ela não mais se constituía numa dificuldade. O mesmo aconteceu com os casais da outra equipe. Devagar, começamos todos a ter o hábito da oração diária em casal, a sentir o gosto por essa oração que mais nos une a Deus e aos irmãos. Sentimos Cristo mais próximo em nossas vidas, próprio do casamento cristão que se caracteriza pela presença constante de Cri to na vida do casal. Presença que, CM 390

certamente, está em plenitude quando os cônjuges estão em sua intimidade e humildemente, elevam a Deus suas orações. Nossa experiência com o livro não poderia ficar limitada a apenas duas equipes. Nosso SCE que é missionário do Pontifício Instituto das Missões Exteriores - PIME, logo nos estimulou a melhorar o livro, incluindo outras orações e a reproduzi-lo em uma edição mais ampliada. E assim o fizemos para que outros casais, equipistas ou não, que tivessem dificuldade em fazer sua oração conjugal diária, pudessem viver essa maravilhosa experiência do contato íntimo dessa nova criatura, "onde já não são dois mais uma só carne", com seu Criador. Nossas dificuldades e anseios para fazer a oração conjugal diária são muito próximos aos de tantos outros casais deste imenso Brasil. Nossa constatação vem do fato de que, em menos de dois meses do lançamento do livro, sua edição de 10.000 exemplares está praticamente esgotada e já foi providenciada uma segunda edição para atender tanta demanda. Almejamos que os casais tenham o hábito da oração, sintam seu gosto e seus efeitos para poder evoluir para suas próprias orações espontâneas, fundamentadas nos acontecimentos de seu dia-a-dia. E que, estando assim mais próximos do Pai, sejam mais comprometidos com a transformação do mundo em que vivemos.

Cecília e Jaime Boing Equipe 7C - Florianópolis, SC 35


PEQUENA HlSTÓRlA DO CASAMENTO ~~

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O casamento (de casa modesta, lar) não é invenção dos homens, mas um plano de Deus que nele associa o ser humano na tarefa de propagação da vida. Para que esse projeto de Deus tenha sucesso, será necessário vivê-lo como o Senhor o projetou. O matrimônio (de matri múnus =o ofício, o encargo de mãe de gerar, de alimentar e encaminhar o filho), em todos os tempos e entre todos os povos foi sempre cercado por ritos sacros, porque viam nele o instrumento através do qual se propagava a sagrada chama viva. A derradeira obra da criação foi o casamento dos primeiros pais. O autor sagrado, depois de ter relatado a formação dos protoparentes, escreve: "E Deus os abençoou e

lhes ordenou: crescei e multiplicaivos" (Gen 1, 28). Portanto, o primeiro casamento foi religioso; continuou a ser um rito sagrado oficiado pelos pais.

O casamento no povo de Israel Com Lamec, que foi o primeiro bígamo (Gen 4, 19), o casamento começou a decair, perdendo a sua unidade. É bom lembrar que o patriarca Jacó tinha 4 mulhere . Com o caminhar do tempo, instalou-se também o divórcio. Moisés, o grande legislador, "por causa da dureza dos corações judaicos" (Mt 19, 8), não o aboliu, mas apenas o regulamentou (Dt 24, ls). Somen36

te Jesus teve a coragem de restituir-lhe a forma primitiva: unidade e indissolubilidade. Entre os judeus, o casamento constava de duas partes. Com ritos sagrados celebravam-se primeiramente os esponsais, que legitimavam a união dos dois, embora continuassem a residir cada um em sua casa. Se durante esse longo tempo, que poderia durar anos, um viesse a falecer, o sobrevivente era considerado viúvo. Fixado o dia venturoso das núpcias, à tarde, o esposo, em trajes de gala, acompanhado pelos seus amigos e pelos músicos, dirigia-se à casa da noiva; ela enfeitava-se suntuosamente com o véu e a coroa na cabeça. Os dois se colocavam sob um dossel; o celebrante, que em geral era um dos pais, se aproximava com o cálice das bênçãos e invocava sobre os nubentes os favores divinos. A seguir entregava aos esposos um cálice de vinho; eles brindavam entre si. Logo que o noivo esvaziava o copo, jogava-o no chão e o triturava com os pés, jurando ser fiel, até que os fragmentos voltassem a se unir, refazendo a taça. Em seguida, lia-se o contrato de casamento que era ratificado pelos presentes. Os amigos do esposo começavam a dar voltas em torno do dossel, cantando salmos. Finalmente, o oficiante concluía a cerimônias com a invocação das sete bênçãos sobre os dois. CM 390


À noitinha, o esposo, acompanhado por um cortejo com lâmpadas acesas, conduzia a esposa para a sua casa e lá se realizava o banquete das bodas, que poderia durar mais de quinze dias. Em situações especiais o cerimonial era um pouco diferente, como foi o caso do jovem Tobias (7, 13s; 11, 18s). Mas nunca faltavam as invocações divinas.

No tempo de Cristo e dos apóstolos No tempo de Cristo e dos apóstolos continuou o cerimonial que estava em uso e era sagrado. Jesus, no início da sua vida pública, participou de um desses contratos naturais e elevou o casamento à dignidade de Sacramento. Quando o Filho de Deus proíbe o divórcio e sentencia: "o que Deus uniu o homem não separe" (Mt 19,6), declara que o matrimônio é um ato sagrado, selado por Deus e não uma ação meramente civil. O mesmo ensina o fogoso Apóstolo São Paulo, quando escreve: "A viúva fica livre de se

casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor" (lCor 7, 28); portanto que faça o seu casamento religioso.

O casamento entre os povos pagãos Vejamos o que afirmam alguns autores: "Os próprios gentios sem-

pre viram no casamento algo de sagrado, por isso o realizavam com sacrifícios e cerimônias religiosas" (Pe. José Mors, professor e autor dum tratado de Teologia Dogmática). CM 390

Os povos mais selvagens têm o casamento em conta duma instituição divina; sempre celebraram as suas uniões matrimoniais com cerimônias religiosas; escolhiam para isso um dia de festa, ofereciam sacrifícios e os sacerdotes recitavam orações (Francisco Spirago em seu "Catecismo Católico Popular"). "Na

Grécia antiga e pagã, o casamento celebrava-se em meio a festas estrondosas: era precedido da bênção nupcial no templo, dada por um sacerdote" (João Pereira Vitória, autor de um compêndio de História Geral). Escreve o historiador Estevão Pinto, professor da Universidade de Recife: "O casamento entre os roma-

nos, consistia numa cerimônia religiosa, celebrada pelo Pontífice Máximo ou qutro magistrado, perante duas testemunhas, na qual se oferecia a Júpiter o bolo de trigo". Na véspera do casamento a noiva consagrava aos deuses os seus brinquedos e a sua túnica de menina. No dia do casamento, de manhã cedo, sacrificava-se uma ovelha e depois celebrava-se o contrato diante das testemunhas. Seguia-se o banquete. Após, formava-se o cortejo dos tocheiros e músicos para levar os nubentes à sua residência. O noivo carregava a esposa para dentro de casa e entregava-lhe o fogo e a água, símbolos do culto doméstico e as chaves do lar. Existia também o costume de ambos meterem o pescoço numa canga ou jugo (com jugo= cônjuges= encangados), para significar a prisão dos dois em um laço comum. 37


O casamento na 1qreja Católica A liturgia do Sacramento do Matrimónio, para chegar ao estágio onde hoje ela se encontra, percorreu um longo caminho. No começo, aqueles que se convertiam do judaísmo e do paganismo para o cristianismo, continuavam a realizar o seu casamento pelo rito usual ou tradicional, que era sempre religioso, mas adaptando-o aos princípios de Cristo. a) Dos primeiros séculos, por motivo das perseguições romanas, só possuímos raros documentos. Santo Inácio de Antioquia (+ 107) afirma que o casamento era celebrado com autorização do bispo. No século III, Tertuliano (+ 240) escreve: "Quem será capaz de ex-

planar a felicidade daquele matrimônio que a Igreja acompanha, a ablação conjirma, a bênção assinala, os anjos anunciam e o Pai ratifica!" Na Epístola a Diogneto, no século III, além de outras coisas se diz: "os cristãos

se casam como todos os outros". Pode-se entender que não eram celibatários e, como os demais romanos, realizavam o seu casamento religioso-cristão. b) Do século IV ao XV: nestes séculos foi-se delineando a liturgia do Sacramento do Matrimónio. Já no século IV começou-se por impor à noiva um véu (1 Cor 11, 2ss) e o sacerdote lhe dava uma bênção especial. A entrega do anel era um símbolo da fidelidade à aliança jurada entre os dois. Santo Isidoro (+ 636) explica que, do quarto dedo, 38

parte uma veia que vai direto ao coração. No século IX, o papa Nicolau I, declarava que o consentimento era suficiente para a validade do casamento. A seguir, a Igreja procurou definir as condições que tornam válido o contrato matrimonial: exigiu que as cerimônias se realizassem em público, diante das portas da igreja. Depois os nubentes ingressariam para participar da missa e a noiva receberia a bênção. Em alguns lugares surgiu o costume de chamar o sacerdote para abençoar o tálamo ou leito nupcial (Tob 4, 8). Ao longo dos séculos, dentro da Igreja, existiram candentes discussões sobre se o casamento era ou não um sacramento. Mas, no 2 ° Concílio de Latrão, em 1139, a Igreja incluiu o casamento religioso dos católicos na lista dos sete sacramentos. A exemplo dos namorados judeus, também entre os cristãos existe a cerimônia do noivado, mas não com a seriedade dos israelitas. c) Em 1517, Lutero e os reformadores protestantes rejeitaram a sacralidade do Sacramento do Matrimónio, abrindo as portas para o casamento civil, que foi oficializado pela Revolução Francesa em 1789 e, cem anos depois, no Brasil, em 1889. A Igreja, no Concílio de Trento, em 1563, determinou que o consentimento fosse expresso em presença do sacerdote autorizado e de duas ou mais testemunhas. De 1614 em diante, a cerimônia deveria ser realizada dentro do templo; os nubentes davam-se as mãos, o celebrante dizia a fórmula CM 390


"eu vos uno em matrimônio", aspergia as mãos unidas; o oficiante benzia a aliança e o marido colocava no dedo da esposa; rezavase um salmo ou outra oração ou seguia-se a missa. d) Este ritual esteve em uso até 1969, quando passaram a vigorar os ritos aprovados pelo Concílio Vaticano II: o casamento pode ser realizado dentro ou fora da missa, mas que, antes da celebração, sejam lidos e comentados trechos da

Bíblia referentes ao ato e que a bênção nupcial seja dada ao par. Os noivos podem comungar sob as duas espécies. Depois de todas essas considerações, devemos concordar com São Paulo: "Grande mistério é este, mas digo-o referindo-me a Cristo e a Igreja" (Ef 5, 32).

Pe. Antonio D. Lorenzatto SCE Região RS I Porto Alegre

CORAL DAS ENS- BELÉM As Equipes de Nossa Senhora, em Belém. há 3 anos homenageiam a VIrgem de Nazaré através do seu Coral ENS, na noite de sábado. na festa do Cúio de Nazaré. É um trabalho conjunto de muito amor e dedicação dos 30 componentes do Comi e de seu regente. Ensaios ... , escolha do repertório ... , ensaios .... pelerines, ensaios ... , som, iluminação, patrocínio, banners- tcida a preparação! É chegado o grande dia! A emoção à flor da pele para homenagear nossa mãe Maria! O ápice de todo um trabalho de organização, aresponsabilidade de representar o Movimento das Equipes de Nossa Senhora e a emoção da homenagem íntima de cada um, para a mãe do Salvador. Não há palavras para descrever. Só vivenciando ... Ltícia e Mário Antônio - Eq. I 7A - N. Sra. da Confiança Belém, Pará CM 390

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A lNTIMlDADE Um aspecto que reputo da maior importância, no relacionamento sexual, é a intimidade estabelecida entre os cônjuges. A intimidade, diferentemente do amor, não é uma emoção ou um sentimento e exige reciprocidade. A intimidade é traduzida em atos de dedicação mútua e de um desejo de transformar essa dedicação em compromisso. A intimidade é entendida como a capacidade de partilhar livremente um com o outro; a capacidade de comunicar-se aberta e profundamente, valorização do relacionamento para imbuí-lo de vulnerabilidade, confiança, ternura e empatia um com o outro. A intimidade é construída pelas pessoas que desejam revelar-se, com confiança e inteireza de intenções. Na verdade, a intimidade é construída baseada na intenção dos cônjuges de comprometimento verdadeiro um com o outro e no desejo de formular intenções futuras, de estar presente n(')S momentos difí. ceis (recordar o rito do matrimônio

- "Na alegria e tristeza, na saúde e na doença " ). O compromisso verdadeiro aumenta na medida que a afeição é mais realista e menos romântica. Um casal adulto partilha suas atividades diárias e tarefas cotidianas, sejam elas divertidas e agradáveis ou não. Destaco que partilhar as tarefas desagradáveis é uma ponte ainda mais importante de intimidade, porque cria no casal a sensação 40

de envolvimento mútuo, cumplicidade eco-responsabilidade. Homem e mulher avaliam diferentemente o aspecto da intimidade do casal. Para a mulher ter intimidade pode ser, por exemplo, ter uma conversa a sós com o marido. O marido pode achar essas conversas muito maçantes e com pouca intimidade. Pode, porém, ele achar que a relação sexual da noite anterior foi um momento da mais completa intimidade, onde não aconteceu um só diálogo ou comentário revelador de prazer ou outro sentimento qualquer. O que deve ficar esclarecido é que partilhar no nível emocional é uma marca registrada. Tanto a conversa se tomaria íntima quanto cada um dos cônjuges partilhasse suas emoções. Intimidade é, em última análise, dar infonnações sobre si mesmo a outrem. Não se trata, porém, de fazer relatórios ou transmitir apenas dados biográficos, mas reafirmo: a intimidade acontece quando duas pessoas partilham o que temem, o que as preocupam, o que esperam e o que sonham. Quando isto ocorre no processo da comunicação, a essência da intimidade é revelada. A expressão verbal e a comunicação não verbal de sentimentos dentro do relacionamento é a verdadeira base da intimidade. Assim, o casal que percorre longos períodos de silêncio e indiferença tem grande chance de afastar-se também do prazer sexual que poderiam desfrutar dentro do casamento. Chamo a atenção para o excesCM 390


i lntimidade é, em última análise, dar informações sobre si mesmo a outrem; acontece quando duas pessoas partilham o que temem, o que as preocupam, o que esperam e o que sonham.

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so de "intimidade" que hoje em dia tem-se observado, principalmente nos meios de comunicação social, onde são revelados ao grande público aspectos da vida íntima das pessoas ou mesmo o excesso de conversas sobre si mesma a que os casais se submetem, ou a tendência a analisar "ad infinitum" seus sentimentos e interações. Isto pode dar origem a uma comunicação obsessiva e repetitiva ou até mesmo a uma quebra da privacidade, o que daria origem à um relacionamento desrespeitoso e simbiótico. No relacionamento íntimo, é a confiança de que um não quer deliberadamente magoar o outro que promove a condição de entrega à intimidade. Aí, sim, em condição de confiança forma-se a base necessária para que cada parceiro revele suas vulnerabilidades, suas CM 390

fraquezas, seus medos, suas falhas, suas ansiedades, seus constrangimentos, sem ter que se preocupar com a possibilidade de que estas revelações sejam usadas com armas de ataque pessoal. Outro aspecto da intimidade é a capacidade de demonstrar ternura entre os cônjuges. A ternura pode ser demonstrada por palavras, atos ou demonstrações não verbais - gestos como toques de mãos, proximidade física e aconchego são indicadores de saúde afetiva do casal. Finalizando, tenho observado que os casais que são capazes de demonstrar atenção e empatia, preocupação com os sentimentos e as necessidades do outro, e aqueles casais que se cuidam mutuamente têm também boa saúde afetiva. É importante que o casal saiba ouvir o outro sem julgar, saiba valorizar os sentimentos e temores manifestados, bem como reconhecer as limitações do outro, que às vezes ainda não lhe permite satisfazer a expectativa de intimidade. Outras formas de intimidade como a lealdade, constância ao longo do tempo e um sentido de família são igualmente manifestações de comprometimento e intimidade. Neste clima de confiança os casais podem se permitir a busca do prazer mútuo como forma de realização plena da conjugalidade. Será permitido, como diz a letra de uma canção de sucesso: "Com você eu posso até

ver desenhos em nuvens... ".

Maria Luiza M. Bisinotto Psicoterapeuta (da Revista Vida e Famaia) 41


BODAS DE OURO Bodas de ouro, não são todos os mortais que alcançam a graça de comemorar, principalmente nos tempos de hoje. Ao entrar numa joalheria para comprar uma lembrança para Therezinha, e ao mencionar a razão de minha compra, fui cercado pelo gerente e funcionários do estabelecimento, olhando-me com inusitada admiração (e até com visível espanto), dando-me a impressão de que eu fosse um "E.T.". Vejam só! Sinais dos tempos! Deram-me parabéns efusivos e me cercaram de atenções extraordinárias como se eu fosse uma espécie de paciente a ser tratado com carinho especial. Isso acontece com os "heróis" de bodas de ouro, nessa era dos descartáveis. Pois é. Neste mundo em que tudo se descarta, até o ser humano, infelizmente, é surpreendente, mesmo, que se comemore bodas de ouro como uma graça especial de Deus. Pois só a fé e a graça de Deus é capaz de preservar um amor, uma fidelidade, um devotamento, de uma vida inteira, contra o cortejo de dificuldades e embates, de negativismos e tentações enganosas com que o mundo atual bombardeia um casal na jornada de seu matrimônio. Diante disso, Therezinha e eu, deveríamos testemunhar, e é o que estamos fazendo. Somos mais um casal, entre numerosos outros, felizmente, que pode dizer à nossa sociedade, ao nosso tempo, que, apesar das adversidades da vida, das diferenças de temperamento, de even42

tuais incompreensões e atritos - inevitáveis em todo o relacionamento humano, entre personalidades distintas num convívio permanente e extremamente íntimo - é possível festejar-se bodas de ouro, revelando a alegria da vitória do amor conjugal e familiar sobre os egoísmos, vaidades e orgulhos, incompreensões e frustrações, tentações e falsas ilusões, que costumam rondar os cônjuges na sua encantada jornada da vida. Realmente, o matrimônio- acreditamos nós, cristãos, pelo menos é uma instituição divina, tanto que Cristo sacramentou-o, para cimentálo com a força de uma graça especial, que pudesse resistir a todos os assédios do mundo. Com todos os avanços da ciência e da tecnologia, com a invenção das máquinas mais sofisticadas e do formidável progresso conquistado pela civilização no mundo da matéria, a humanidade não descobriu ainda (e, certamente, jamais descobrirá) um computador capaz de revelar o segredo do amor e da felicidade. Pois o amor e a felicidade não estão nos meandros da técnica, nas investigações das ciências, na dança dos cifrões, nos receituários do sucesso pessoal e na louca busca dos prazeres sem medida e compromissos. Amor e felicidade só podem brotar do coração humano. Do nosso coração, quando nos abrimos para o acolhimento do outro, no mais fundo de nós mesmos. Numa entrega incondicional de nossa pessoa e de CM 390


nossa vida. Numa fidelidade e numa presença permanente, para toda a vida. Corpo e alma comprometidos num projeto existencial, amarrados numa fé e num compromisso, afiançados por Deus. O matrimónio é isto. E quando se gera a farrn1ia, que fortalece e enriquece de mais vida e alegrias a vida conjugal, uma jornada de 50 anos, ou o tempo que for, na vida

de um casal, é mais uma bendita graça, que vem revelar o grandioso sentido do casamento. É uma só vez na vida que podemos celebrá-la. Deus a todos abençoe e lhes conceda as primícias de suas graças.

Pedro (da Therezinha) Eq. N. Sra. do Carmo Setor E - Reg. RS-1 - Porto Alegre

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PADRE ElÍSIO DE OllVElRA Assim que soube da morte de nosso filho. José Paulo. Pe. Elísio veio velar conosco. Quando o abraçamos chorando, Altimira dizia ''Pe. Elísio, que coisa terrível... o Senhor sabe, é o terceiro filho que nós perdemos!" Ao que ele respondeu "Lembre-se que Jesus um dia perguntou a Pedro 'Pedro tu me amas?' E Pedro respondeu: 'Sim Senhor eu te amo', Jesus perguntou mais uma vez; 'Pedro tu me amas?' 'Senhor, bem sabes que eu te amo!' E Jesus perguntou pela terceira vez; 'Pedro tu me amas mais do que os outros?' Pedro, mais uma vez, confessou seu amor por Jesus e recebeu dele a missão de apascentar suas ovelhas. Em cada uma das mortes de seus filhos, disse Pe. Elísio, Jesus fez para vocês a mesma pergunta que fez a Pedro; agora a sua missão é provar seu amor por Jesus e levar a paz aos outros". Assim era Pe. Elísio de Oliveira, SCE da Província Sul I, que faleceu repentinamente, dia 22 de fevereiro de 2004, aos 66 anos de idade. Pe. Elísio amava o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, dedicando ao mesmo mais de 35 anos. Foi SCE de Setor, em duas ocasiões diferentes. Foi SCE da Região São Paulo-Capital e atualmente era SCE da Província Sul I. Sempre esteve presente às reuniões do colegiado da Província celebrando a Eucaristia. fazendo lindas e úteis homilias, ajudando a todos com firmeza, alegria, e simplicidade, sendo a objetividade sua característica marcante. Não pcxlemos nos esquecer de sua equipe de ba.;;e - Nossa Senhora de Fátima - a quem dedicava grande atenção. amor e especial carinho paterno.

Altimira e Paulo CR Província Sul 1 CM 390

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UM "SlM" ABENÇOADO! Em novembro de 2002,já terminando a missão de Casal Responsável de nossa equipe de base, fomos convidados a fazer um curso de Experiência Comunitária e Pilotagem. Dissemos "não", mas, para nossa surpresa recebemos um cartão do Casal Expansão de nosso Setor que dizia: "obrigado pelo sim". Depois dessa, resolvemos fazer o curso na promessa de que não haveria nenhum convite tão cedo, seria apenas uma formação para futuras necessidades. O futuro chegou logo e trinta dias depois recebemos o convite para pilotar uma equipe. Relutamos um pouco, pois tendo ingressado no Movimento em uma equipe já existente, não tínhamos passado pelo período de pilotagem que a maioria dos casais passam, além do mais não tínhamos ainda nem dois anos de Movimento. Após muitas conversas, embora inseguros, mas certos que Deus estaria conosco nesta nova missão, dissemos "sim". Mas que "sim" abençoado ! Recebemos de presente a Equipe Nossa Senhora do Sagrado Coração, composta de sete casais e o Conselheiro Espiritual. Uma verdadeira comunidade cristã, com casais fortes na fé, unidos, disponíveis e amigos. O Conselheiro Espiritual totalmente integrado à equipe, sempre preparado e com um interesse incomum em ajudar a todos a fortalecer a aliança que fizemos com Deus através do Sacra44

mento do Matrimónio. A cada reunião foi crescendo o amor por esses casais que nos acolheram com tanto carinho e que foram tão importantes para o nosso crescimento espiritual durante o tempo em que estivemos juntos. E as bênçãos vieram não só através da equipe que recebemos, mas também nas coisas boas que aconteceram em nosso lar, em nosso casamento, em nossa farru1ia. Foi um ano de muitas graças alcançadas. Se tivéssemos dito "não", teríamos perdido a oportunidade de partilhar experiências e testemunhos com pessoas verdadeiramente cristãs, que hoje contam com nosso mais profundo carinho, admiração e amizade. Queremos assim, encorajar outros casais a não relutarem diante de um convite como este, pois, com certeza, só temos a ganhar. Se já é maravilhoso pertencer a uma equipe, poder conhecer e conviver com outros casais, através deste serviço prestado ao Movimento, é algo que, vindo de Deus nos é permitido sentir. Em breve, provavelmente seremos Casal Piloto de outra equipe . . Que o Espírito Santo nos faça canal para este novo trabalho e que Deus esteja sempre à frente de nossas palavras e de nossas atitudes.

]aqueline e Tiago Eq. 30 - N. Sra. Peregrina Fortaleza, CE CM 390


COISAS DO CORAÇÃO Tenho uma experiência para contar a vocês, que talvez possa servir de alerta a outras pessoas que, por ventura, estejam passando por algo parecido. Pertencemos ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora por quase 20 anos. Durante todo esse tempo de caminhada, alguns saíram e outros chegaram. Cada reunião ou encontro era uma alegria, porém, tínhamos dificuldades em estar nos relacionando com os outros, impedindo um maior vínculo de amizade e comprometimento, pois ainda estávamos atrelados às nossas fanu1ias, pais, outros amigos, etc. Ocorre que então nossa relação com a equipe se resumia às reuniões mensais e a um ou outro evento do Movimento. Ficamos assim por muitos e muitos anos. Nesse meio tempo, aconteceram coisas de todo tipo com CM 390

cada um dos participantes da equipe: problemas de saúde, crises familiares, dificuldades financeiras, perdas ... e nossa equipe (alguns) continuava adormecida, sem muita atitude de solidariedade. No ano passado, um casal da nossa equipe passou por uma experiência dolorosa. Logo após o término de uma de nossas reuniões de equipe, o Ditinho teve complicações sérias de saúde e ficou hospitalizado por algumas semanas na UTI. Pegou-nos a todos de surpresa. Acho que o fato de ter acontecido com alguém tão próximo, fez com que acordássemos do nosso sono, do nosso "eu". Afinal, não passava pela nossa cabeça a remota possibilidade de algo parecido acontecer assim tão de repente. Orações, pedidos, súplicas, novenas, enfim toda nossa concentração e angústia. 45


Mas, eis que a nossa aflição ainda não havia chegado ao fim. Antes mesmo do restabelecimento do Ditinho, era a vez agora da Elieth (esposa do Ditinho), passar tal qual seu esposo, por uma outra prova não menos dolorosa. Não tínhamos palavras ... Nós nos sentíamos completamente impotentes. Era época de Natal e Ano Novo e não tínhamos nenhuma alegria para festejar, só pedíamos a Deus que desse forças para aquele casal suportar a dor por que passavam. E eles iriam precisar da força mútua para a missão que tinham, além de tudo, como pais. E tiveram. Foram verdadeiros heróis. Lutando e salvaguardando bravamente, com fé, aquilo que eles acreditam ser os verdadeiros valores. Quanta lição de vida! Sinto-me envergonhada quando me lembro que me escondia atrás de tantas desculpas para nem mesmo telefonar para eles. As palavras me faltavam. Não encontrava o que dizer... Percebemos que não estamos

preparados para suportar os momentos em que Deus parece se ausentar da nossa vida, porém vimos no olhar de cada irmão equipista a força da oração e com isso brotar a solidariedade e atenção de um para com o outro da equipe. Aprendemos a chorar com os que choram e a fazer festa com a vitória dos outros. Obrigado, Ditinho e Elieth vocês nos fizeram compreender que os momentos de silêncio de Deus são como intervalos mudos de uma melodia e que as provações que devemos passar são pequenas sementes que irão brotar e amadurecer a nossa fé. Vamos todos juntos cantar e agradecer a Deus, as suas _pausas, os seus silêncios e o seu infinito amor... Nossa equipe não será mais a mesma depois desses acontecimentos. O que não conseguimos pelo amor aprendemos pela dor.

Ditinha (do Getúlio) Eq. 10- N. Sra. de Nazaré /tu, SP

O Mágico e o Camundongo Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato. Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou com medo do cão; por isso o mágico o transformou em pantera. Então ele começou a temer os caçadores. A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse: -Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo! É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar. apesar do medo! 46

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O MElHOR CAMlNHO Vi vemos em uma sociedade onde os valores do Sacramento do Matrimónio estão sendo deixados para trás, onde muitas uniões entre um homem e uma mulher estão sendo amigáveis ou, por conveniência, tudo já vem planejado com detalhes para que, se não der certo, cada um siga seu caminho. Com grande número de lares desmoronando, porque foram criados sem alicerces, nós estamos sentindo a grande necessidade de despertar, em resposta a isso, nos pais, o sentimento da necessidade da educação religiosa, inspirada no respeito da dignidade de cada pessoa, enquanto imagem de Deus. O diálogo, o esclarecimento, a orientação na hora certa, é sempre o melhor caminho para garantirmos a personalidade firme de nossos filhos. A gente pergunta: Por que muitos relacionamentos vão mal? Por que não se encontram soluções para situações muitas vezes delicadas na vida de um

casal? Falta Deus. Deus é que faz a diferença! Quando buscamos Jesus Cristo em todos os momentos de nossas vidas, somos abençoados. Quando vivemos essa revelação maior em nossas vidas, encontramos, sim, motivos para sermos família, para valorizar e louvar a Deus por mais um dia que Ele nos dá. É bom acordar, é bom ter um motivo de ir em busca da felicidade constante que é estar ao lado de nossos filhos (a maior bêns:ão de Deus) e de nosso cônjuge. E bom também agradecer por tudo e por ter aceitado o convite de participar do Movimento das Equipes de Nossa.Senhora, que nos fortalece cada vez mais a cada novo amanhecer. É preciso saber acolher as oportunidades que surgem em nossas vidas e também é claro, perseverar.

Meiry e Raimundinho Eq. 1 - N. Sra. das Graças Cruz, CE


OlADONAO HUMANO DA VlDA Tem dia que você acorda, sentindo que não está com sorte e diz que acordou com o pé esquerdo. Tem dia que seu café está frio, e reclama que o esquentado é pior que feito na hora. Tem dia que você se atrasa para o serviço e fica nervoso com o despertador quebrado. Tem dia que você passa fome no intervalo das aulas e fica nervoso por ter esquecido o lanche. Tem dia que você passa frio e fica nervoso e bravo por não ter posto uma roupa mais quente. Tem dia que você não dorme direito por ter comido muito antes de deitar. Tudo isso, enquanto do outro lado da vida as pessoas: Não acordam com o pé esquerdo, pois, não tem cama para dormir. Não reclamam do café frio, pois, este eles não têm café para beber. Não se atrasam para o serviço, porque estão atrás de um para poder sobreviver. Não passam fome em certos horários, porque passam fome toda hora. Não reclamam por ter se esquecido de uma roupa quente, pois, não têm nada com que se agasalhar. Não podem achar ruim por comer muito antes de dormir, pois, comer apenas alguma coisa já seria um sonho impossível. Diogo Azevedo

Colaboração de Lúcia e Célio Eq. 142E - Rio de Janeiro 48

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Meditando em Equipe Neste mês de maio, vivemos a liturgia do Tempo Pascal, até a festa do Espírito Santo. Neste ínterim, celebramos a Ascensão do Senhor. A Igreja passa a viver o mistério da fé; não o vemos fisicamente, mas cremos .

leia atentamente o Evanqe1ho de João 14, 23-29 Sugestões para a meditação pessoal e partilhada com a equipe: "Se alguém me ama guardará minha palavra". Reflita e partilhe com os irmãos como você guarda a palavra de Jesus. "O Espírito Santo vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que vos disse". É possível guardar a Palavra sem a assistência do Espírito Santo? Como você busca essa ajuda?

"Não se perturbe nem se intimide vosso coração. Eu vos dou a minha paz". Esta paz é dom, é conseqüência de quem guarda a Palavra . Faça uma oração encerrando sua meditação. Pe. Ernani

.... .. ..... .. ...... .............. ...... ... . Oração Utúrqica Sa1mo 119 (118), 41-48 Que teu amor venha até mim, lahweh, e tua salvação, conforme tua promessa! Que eu responda ao ultraje pela palavra, pois eu confio na tua palavra . Não me tires da boca a palavra da verdade, pois eu espero em tuas normas. Vou observar tua lei sem cessar, para sempre e eternamente. Vou andar por um caminho largo, pois eu procuro teus preceitos. Vou falar de teus testemunhos frente aos reis, sem ficar envergonhado . Nos teus mandamentos estão as minhas delícias: eu os amo. Levanto as mãos aos teus mandamentos, que amo, e medito em teus estatutos.



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