ENS - Carta Mensal 387 - Dezembro/2003

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°387 • Dezembro/ 2003

EDITORIAL Da Carta Mensal ..... ... .... ..... ...... ... .. O1

MARIA A Minha Maria ... ... ... ..... ..... ....... ... .. 24

SUPER-REGIÃO Lugar Reservado à Mesa ............. .. 02 Natal de Jesus .... .... ... .... ..... ............ 03 Tema de Estudo para 2004 . ......... . 04 Indicações Bibl iográficas .. ..... ....... . OS Demonstrações Financeiras 2002 - Errata .... ... .. .. ... 08

ESPIRITUALIDADE CONJUGAL Um Almoço Espiritual .. ............ ... ... 28

CORREIO DA ERI Eles levaram os barcos pa ra a margem, deixaram tudo e seguiram Jesus ..... .. .. .... ...... .... ..... 09 Eles deixaram tudo e seguiram Jesus ....... .. ...... .... .... ... . 12 VIDA NO MOVIMENTO Ano de Graças - 2003 ........ ... ..... ... . 14 "Avançando para Águas Mais Profundas" .. .... .... .... ... 1 5 Jubileu de Prata ... .. ... ..... ...... ...... ... . 16 Uma Missa Muito Especial ........... . 17 Encontro de Conselheiros Espirituais ....... ... ...... 18 Sessão de Formação ..... ..... ........ .... 1 9 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES . ...... 21

PASTORAL FAMILIAR X Congresso Regional da Pastoral Familiar .... ... .. .... ..... ..... 30 TESTEMUNHO Uma História de Amor e Muitas Saudades .. . .. ... .......... ..... . 31 PALAVRA DO LEITOR .... .. ... ... ... ... 32 TEMPOS DA IGREJA Experiência de Natal ! ... ..... ..... .... ... 33 Presente de Natal em Israel ..... ... .. 35 Dois Tronos .. ....... ..... ....... ..... ..... ..... 36 ATUALIDADE Jubileu de Prata do Papa João Paulo 11 .. ..... ......... ..... ... .. 38 Sobre o Casamento ... ......... ........... 39

Nesta edição: ÍNDICE DAS MATÉRIAS PUBLICADAS EM 2003

W!;dn ;;: w::: e :; O::;rlan ::d~o:-----E ;;d;;:i;;:to::ra::ç:;ã:o-;E;:;Ie:;t:r;ô;:n:;;ic:a,--;:========:;-, Fotolitos e 1/ustrn~ões: Cartas, colaborações. notfcias, -...TesTemunhos e imagens devem Equipes de Nossa Senhora Nova Bandeira Prod. Ed. ser enviadas para: R. Turiassu, 390- 11" andar, RegisTro 'Lei de Imprensa"' Janet e e Nélío cj. 115 _Perdizes_ São Paulo Carta Men sal n• 219.336 livro B de Pe. Ernani J. Angelini R. Luis Coelho, 308 09 l O 200' Fone: (Oxx li) 38 73.1 956 5" andar . conj. 53 . . (Conselheiro Espiritual) Foto de Capa: 01309-000 . São Paulo. SP Jomalista Responsável: Edição: Natalia S. Mirsky Fone: (O:ull ) 3256. 1212 Catherine E. Nadas (mtb t9835J Equipe da Carta Mensal Impressão: Gráfica Roma Fax: (O:u /1) 3257·3599 ca rtamensa l @ens.org. br Projeto Gráfico: Cecília e José Carlos Tiragem desta edição: A/C Cecflia e José Carlos (responsá••eis) _ Alessandra Carignani 16.400 exemplares Carta Mensal

·"[" 1d é uma P<w zcaçao mensa as

Soely e Luiz AugusTo Lucinda e Marco


Gostaríamos, hoje, de começar nosso editorial com um grande agradecimento a Deus por todas as descobertas que fizemos neste ano de 2003, por todos os momentos bons em que aprendemos tanta coisa, e até pelos problemas que tivemos coragem de enfrentar com fé no Senhor que nos sustenta. Queremos agradecer pelo nosso trabalho na Carta Mensal, pela reuniões alegres e estimulantes enriquecidas pela sabedoria do nosso querido padre Ernani e, em especial, pelo o carinho que recebemos sempre de todos vocês. Contemplando, neste instante, exemplares de épocas diversas, com capas e tamanhos diferentes, pensamos em todos esses anos que a Carta Mensal já viveu valentemente como um documento precioso das Equipes de Nossa Senhora, do trabalho bonito realizado pelos equipistas com simplicidade e simpatia. E lembramos com respeito de todos aqueles que antes de nós estavam a serviço, dando o melhor de si para que a Carta pudesse exercer o papel importante que tem no Movimento: formação, informação, ligação e caminho de unidade. Nossa

homenagem smcera a todos vocês, amigos querido , que fizeram sua parte com dignidade e competência. Este ano foi muito rico de realizações e aprendizado. Entre muitas outras coisas, tivemos o Encontro Nacional de Brasília, um evento memorável, em que uma turma de casais muito unidos e entusiasmados ( porque descobriram que o amor pode continuar jovem e fecundo, mesmo com o passar dos anos) deu testemunho de um companheirismo alegre e afetuoso que impressionou muita gente. Foi também o ano do centenário de nascimento do Pe. Caffarel, mais uma ocasião de crescimento e de avaliação da inestimável contribuição do nosso fundador. Fizemos uma boa caminhada. Vamos agora viver o nosso Natal. Celebremos, com o coração em festa, o nascimento do menino que veio nos ensinar o amor de Deus; deixemos vibrar, dentro de nós, os sinos da misericórdia, do perdão e da alegria dos verdadeiros discípulos de Jesus. Feliz Natal para todos!

A Equipe da Carta Mellsal


LUGAR RESERVADO À MESA A festa de N atai pode não ser a mais importante, mas é a que mais fala ao coração, marca fundo a infância e tantas mais lembranças evoca quanto mais os anos se acumulam. Basta ver quanto espaço ocupa na tradição dos povos cristãos. Conhecer mais a fundo essa tradição maravilha e enriquece, tantos são os símbolos carregados de sentido, os pormenores surpreendentes, as mensagens intrigantes. Entre eles está o lugar vazio à mesa. Na Suécia e noutros países vizinhos é costume deixar um lugar a mais à mesa da Ceia de Natal. É lugar reservado para a primeira pessoa que bater à porta, que fica aberta nesse dia. Na Polônia, são dois os lugares vazios, porque, quem sabe, de repente podem chegar José e Maria com o Menino. Mas na Espanha algumas farru1ias fazem mais. Não apenas deixam um ou dois lugares reservados. Tomam a iniciativa e acolhem um recém-nascido, ao qual oferecem um belo enxoval novo. Podemos caracterizar a festa do Natal como o dia em que "se mani-

festou a bondade de Deus nosso Salvador e seu amor pela humanidade" (Tt 3,4). É interessante que o texto grego, para dizer "amor pela humanidade", usa nessa passagem a palavra filantropia (composta de amor e homem). Já o latim traduz essa palavra por humanitas. Não consegui descobrir o que pensam os peritos, mas vi nessa passagem uma idéia: Deus nosso Salvador, nascen2

do entre nós, veio amar-nos do nosso jeito, para que aprendêssemos a amar do seu modo. Esse é o jeito certo de deixarmos sempre um lugar vago à nossa mesa. Amar acolhendo do jeito humano e cativante. Com o amor que vem de Cristo e se encarnou em nós. E que nos leva a ser o contrário do que éramos antes, como Paulo diz no versículo anterior, quando: "não tínhamos jufzo, éra-

mos revoltados, desorientados, transviados, escravos das paixões e prazeres de todo o tipo, detestáveis, vivendo na maldade e na inveja, e odiando-nos mutuamente". Festejar o Natal acolhendo à mesa quem chega, ou até mesmo procurando quem ainda não teve coragem de chegar à nossa porta, deve ser atitude que se concretiza em coisas humanas. Tão humanas e tão necessárias: sorriso, carinho, ternura, compreensão, tolerância, perdão, simpatia, abraço, beijo, prosa, gastar tempo com, caminhar lado a lado e ... Não vou dizer que devemos estar atentos porque, quem sabe, de repente, José com Maria e o Menino estejam à porta, chegando na pessoa de alguém. Prefiro pensar que, uma vez que Jesus veio, temos de ser ele abrindo a porta ou batendo à porta, procurando ou acolhendo, recebendo ou dando, amando e sendo amado. Bom Natal para vocês. Deus os ajude.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE da Super-Região CM 387


NATAl DE JESUS O seu amor por nós foi tão grande que ele fez o impossível para se tornar em tudo um de nós. Ele se fez criança para encher nossa existência de alegria e ternura, e revelar-nos a paz. Isto foi há dois milénios, mas misteriosamente continua sendo um hoje, e será sempre um amanhã. Ele vem agora fazer sua morada em cada coração que o acolhe com simplicidade. Ele veio ensinar-nos que o amor é o supremo bem entre todos os bens. Ele acendeu no mundo uma luz inextinguível, que tem o dom de iluminar todo o caminho. Ele é o nosso Salvador! Feliz Natal com Jesus em nossa vida! Equipe da Super-Região


TEMA DE ESTUDO Para Olá, gente amiga! Na pedagogia do nosso Movimento o ESTUDO DO TEMA tem um papel fundamental para a boa formação do equipista. É um instrumento básico para ajudá-lo em sua capacitação e desenvolvimento. É tão importante que, na reunião mensal, dentre as suas cinco partes, uma é dedicada ao debate do tema, preparado e discutido entre o casal durante o mês. Como é natural de se admitir, no início da vida do Movimento, os temas sempre foram indicados pela Direção. Nossos Estatutos de 1947 assim o fizeram, não por razões de autoritarismo, mas como auxílio para algo ainda em formação. Com o amadurecimento trazido pelo passar dos anos, vemos o documento da Segunda Inspiração dar maior elasticidade na escolha do tema, não se limitando mais somente àqueles preparados ou indicados pela Direção. O universo dos equipistas hoje apresenta uma grande variedade, quer no tocante às faixas etárias dos casais, aos anos de existência de cada equipe, diversidades culturais etc. Essa pluralidade de necessidades e aspirações justifica que seja considerada essa maior autonomia para a escolha do tema. Para o ano de 2004 a Equipe Responsável Internacional não está nos propondo um tema pronto. Nem a 4

2004

Super-Região Brasil o determinará. Que fique muito claro a todos: não teremos um livro específico ou único. Cada equipe terá a liberdade de escolher o tema. Excetuam-se as equipes saídas da Pilotagem, a quem o Movimento recomenda a adoção do tema "Amor, Felicidade e Santidade". Essa liberdade de escolha do tema de estudo não é novidade, embora sob determinadas circunstâncias e momentos especiais, seja justo que se proponha fortemente a adoção de um tema único de caráter geral. A escolha deve ser feita com coerência, seriedade e responsabilidade. Assim sendo não é qualquer tema que cabe dentro do nosso Movimento, cujas equipes se constituem em comunidades eClesiais. O Guia das ENS destaca que "é essencial para cada casal cristão, reforçar e aprofundar seu conhecimento da fé. Esse é o papel do tema de reflexão " (pág. 30). Pouco mais adiante (pág. 31) considera que "O tema provoca, na reunião, um confronto de reflexões que deve ajudar no aprofundamento da fé e que repercute na vida de cada um". Assim, para o ano de 2004, a Super-Região limitar-se-á a dar apenas parâmetros gerais, indicações de para onde caminhará o Movimento no Brasil no ano que vem e fornecer indicações bibliográficas pertiCM 387


nentes, tudo com o intuito de que cada equipe possa bem escolher o tema que adotará para estudo. Que todos possam levar em consideração que: a) No próximo ano as ENS estarão sendo motivadas a aprofundar o seu papel missionário, mas como conseqüência da vivência mais autêntica da Espiritualidade Conjugal, como será apresentado oportunamente a todas as equipes. b) O lema para o ano de 2004 será: "Missão do Casal: Fruto da Espiritualidade Conjugal". c) Estamos convencidos que os casais serão mais eficazes e menos vulneráveis no desempenho do seu papel missionário se vivenciarem o seu amor conjugal em todas as suas potencialidades. d) A fundamental importância da boa escolha do tema e seu papel destacado para a formação da cons-

ciência cristã do equipista e para o aprofundamento da nossa fé. e) A Super-Região está indicando abaixo uma série de livros que a seu ver, e sem exaurir outras possibilidades, podem ser adotados como tema, por serem coerentes com as propostas do Movimento para 2004 dentro do binômio: espiritualidade conjugal+ missão do casal. Desta forma, dentro deste processo de amadurecimento e acreditando na responsabilidade de cada equipe em observar critérios seguros na escolha do tema, a SuperRegião Brasil quer possibilitar que cada equipe adote aquele que melhor possa responder a seus anseios e necessidades neste momento. Que o Senhor ajude a despertar os ideais de santidade e de compromisso evangelizador em cada casal equipista neste próximo ano de 2004.

lndicações Bibliográficas Em primeiro lugar queremos indicar cinco obras que, além de poder ser adotadas para tema de estudo, são especialmente recomendadas como subsídio para todo equipista que desejar aprofundar-se nas propostas do movimento para 2004 conforme acima enunciado: 1. Discurso de Chantilly conferência do Pe. Caffarel em 1987.

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2. Segunda Inspiração (anexo Guia das ENSpáginas 83 a 96)

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.. ...... . .~

3. Ecclesia Conferência do Pe. Caffarel no Brasil em 1957 (ENS no Brasil- Ensaios sobre seu histórico páginas 255 a 264)

4. Nas

5. A Missão

Encruzilhadas do Amor

do Casal Cristão

Pe. Caffarel

Pe. Caffarel

Demais Indicações •

Alain Touraine, Crítica da modernidade, Ed. Vozes • Angel Gonzalez Núfiez, O Casal humano na Bíblia, Ed. Vozes • Antônio Moser : O Enigma da Esfinge: a sexualidade, Ed. Vozes o Baudrillard, Jean, A Transparência do Mal, Ensaio Sobre os Fenômenos Extremos, Ed. Papirus. o Blaquiere Georgette, Coragem de viver o amor, Ed. Santuário. • Carrnagnani R. Danieli M., O Casal, amor e planejamento, Ed. Paulus • Catecismo da Igreja Católica: Ed. Vozes, Paulinas, Loyola, Ave Maria, 1993. • CNBB, Missão e ministérios dos cristãos leigos e leigas (37" Assembléia Geral, abril de 1999) o CNBB, Ética: pessoa e sociedade, Ed. Paulinas • Concílio Vaticano ll, Gaudium et Spes, Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo de hoje. 6

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Conselho Pontifício para a Família, Sexualidade humana: verdade e significado - Orientações educativas em família, Ed. Vozes Evely, L., Reinventar o matrimônio, Ed. Paulus François X. N. Van Thuan, Testemunhas da Esperança, Ed. Cidade Nova, 2002 G. Blaquiere, Coragem de viver o amor, Ed. Santuário Gustavo Gutiérrez, O Deus Da Vida, Ed. Loyola Henri J. M. Nouwen, A Volta do Filho Pródigo, Ed. Paulinas Igar Fehr, M. Aparecida de N. e Fehr, Falando de Espiritualidade Conjugal, (Coleção Nossa Família), Ed. Vozes. Igreja na América Latina: Medellin (1968), Puebla (1979), Santo Domingo (1992). Inácio Larrafiaga , O Silêncio de Maria, Ed. Paulinas CM 387


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Jack Dominian, Casamento fé e amor, Ed. Loyola Jack Dominian, Fidelidade e Perdão: Conferência do Encontro Internacional das ENS em Santiago de Compostela, Carta Mensal no 360, dezembro/2000. Jacques Salomé, Casamento e solidão - Como viver a dois permanecendo diferentes, Ed. Vozes Jaime Fernández, Matrimônio, Vocação de Amor, Ed. Vozes João Paulo II, Christifideles Laici, sobre a Vocação e a missão dos leigos na Igreja e no Mundo, 1989. João Paulo II, Encíclica Veritatis Splendor. João Paulo II, Redemptoris Missio, sobre a validade permanente do mandato missionário, 7 de dezembro de 1990. João Paulo II, Tertio Millennio Adveniente, para o jubileu do ano 2000. Joel de Rosnay, O Homem Simbiótico - Perspectivas para o terceiro milênio, Ed. Vozes. José Ribolla CSSR, Os Sacramentos Trocados em Miúdo, Ed. Santuário Luciano Scampini , Casais em segunda união, Uma pastoral de esperança misericordiosa, Ed. Santuário Luiz M. M. Azevedo, Esther M. M. e Azevedo, Matrimônio: para que serve este sacramento? Ed. Vozes Mário de França Miranda, Um Homem Perplexo, Ed. Loyola Mary van Ba1en Ho1t, Casamento: uma aliança em quatro estações, Ed. Santuário. Michel Laroche, Uma só carne-

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a aventura mística do casal. Ed. Santuário. Monbourquette Jean, A cura pelo perdão, Ed. Paulus. Paul Salaün, Separados, divorciados - Uma esperança possível, Ed. Santuário Paul-Eugene Charbonneau, Jovens, casamento a vista, Ed. Loyola Paul-Eugene Charbonneau, Sentido cristão do casamento, Ed. Loyola Paul-Eugene Charbonneau, Amor de Outono, Ed. Loyola Paulo VI, Humanae Vitae, 1968. Exortação apostólica de João Paulo II, A missão da família cristã no mundo de hoje, 22 de novembro de 1981. Pierre Debergé, O amor e a sexualidade na Bíblia, Ed. Santuário. Renee Barthowski: Esta nossa aliança- Orientações práticas para recém-casados, Ed. Santuário Sandro Palamenghi, O Evangelho segundo os casais, Ed. Santuário, 2 volumes Sílvio Botero, O amor conjugal, Fundamento do casal humano, Ed. Santuário Vaticano II, Lumen Gentium: ver em Compêndio do Vaticano II, constituições, decretos, declarações, Ed. Vozes 1968 5"edição, p. 39-117. Xavier Lacroix, O casamento, sete respostas, Ed. Santuário Yves Begin, A dinâmica da intimidade, Ed. Santuário

Com o nosso carinhoso e fraternal abraço,

Silvia e Chico 7


DEMONSTRAÇÕES ANANCElRAS 2002 Errata Em razão de problemas de diagramação, da CM de novembro/2003, a "Demonstração do Resultado" (pg. 33) apresentou falhas nas colunas, deslocando indevidamente itens que COITespondiam ao ano de 2002 para o de 2000. Com efeito, no tocante às RECEITAS, os itens epigrafados como "Inscrições E. Brasl1ia" e "Inscrições E. Roma" referem-se à coluna de "31.12.02". No tocante às DESPESAS, o item epigrafado como "Desp.cl Encontro Roma" refere-se à coluna de "31.12.02". A soma nos percentuais do item TOTAL DAS DESPESAS também estava incorreta. Publicamos abaixo a DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO com esses tópicos corrigidos, esclarecendo que os valores totais das RECEITAS e das DESPESAS permanecem inalterados. Pedimos desculpas pelo ocorrido.

Vera e Renato Tesouraria/Secretaria DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (em R$) 31.12.00

s/Rec.

798 .248

71,1%

31.12.01

s/Rec.

31.12.02

s/Rec.

RECEITAS Contribuições

908 .115 87,9%

39.584

Inscrições E. Roma Inscrições Santiago 2000 Receitas Diversas TOTAL DAS RECEITAS

968 .199 61,6% 381.465 24,3%

Inscrições E. Brasília 136.973

12,2%

186 .898

16.7%

1.122.120

100%

0,0% 124.660 12,1% 1.032.776

2,5% 0,0%

182 .921

11,6%

100% 1.572.169

100%

DESPESAS 429.535 32,0%

Despesas c/ Encontros

337 .224

20, 1%

398 .624 38,7%

Desp.c/inscrição Santiago

755.581

45,0%

0,0%

0,0%

230.465 22.4%

237 .185 17.7% 271.476 20,2%

Desp.c/Encontro Roma Despesas c/ Adm. Equipes Despesas c/ Pessoal Despesas Gerais TOTAL DAS DESPESAS

160.486

9,5%

85 .926

5,1%

81 .547

7,9%

88.325

6,6%

341.471

20,3%

318.721

31,0%

316.911

23,6%

1.680.688

100%

1.029.356

100% 1.343.432

100%

RESULTADO (558 .568)

3.419

228.738

Fundo Patrimonial

893.353

334.785

338.204

Resultado Acumulado

334.785

338 .204

566.942

Resultado do Exercício

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CM 387


ElES lEVARAM OS BARCOS PARA A MARGEM, DElXARAM TUDO E SEGUIRAM JESUS (lc 5, Vocês já tiveram a oportunidade de refletir sobre a resposta dos primeiros discípulos ao chamado de Cristo? Eles deixaram tudo e o seguiram. Essa resposta de Pedro e André e, depois, de Tiago e João nos

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mostrou a confiança que eles tinham em Jesus. Eles devem ter compreendido muito bem o seu chamado. Eles devem ter experimentado um sentimento novo de esperança, uma nova visão. Eles deviam estar muito abertos ao apelo do Cristo e, acima de tudo, deviam ter uma confiança total nele. Eles se sentiam felizes de correr o risco.

Por que eles o seguiram? Eles o seguiram para conhecê-lo melhor, para conhecer melhor a sua maneira de viver e de servir aos outros. Jesus lhes mostrou que não se tratava de um grande momento teológico mas sim de aprender a maneira de construir a vida deles sobre um conjunto de valores muito claros. Esses valores se distanciavam das regras e leis estabelecidas; eles se referiam bem mais ao desenvolvimento de uma nova maneira de se relacionar com os outros. Ele fez isso ensinando, pregando para todos, em todas as situações. CM 387

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Os apóstolos

aceitaram um risco E nós, estamos prontos a correr o risco de segui-lo? Como casais e conselheiros espirituais, temos, todos, na nossa vida, compromissos e responsabilidades às quais não podemos voltar as costas. Mas existem muitas coisas que podemos deixar de lado se tomarmos essa decisão. Quando Jesus estava na terra, deu-nos o exemplo simplesmente, aproximando-se das pessoas. Aqueles que foram curados estavam próximos dele e Ele circulava em círculos cada vez mais vastos. Aqueles que convidou a segui-lo faziam parte do seu ambiente e respondiam ao seu chamado. Ele perdoou a todos aqueles que encontrou pessoalmente. Sua presença trazia um sentimento de respeito, de alegria e de abundância. As pessoas que os rodeavam experimentavam um sentimento novo de fé e queriam fazer parte dessa nova liberdade e dessa nova esperança. Se resolvermos seguir o exemplo de Jesus, pode ser que aquilo que nos é pedido seja, simplesmente, agir no seio de nossa comunidade. Devemos aprender a melhor escutar e a melhor responder às necessidades dos outros, que passam pelo nosso caminho todos os dias. Será que, semeando grãos de esperança nos outros, nós conseguiremos mais do que tentando abater as árvores do poder sobre as quais temos tão pouca força? Como dizia Madre Teresa de Calcutá: "Vejam o que Jesus fez du10

rante sua vida na terra! Ele a passou fazendo o bem". (do livro "Une route simple" - Edição Francesa. Em português seria "Um caminho simples".) Viajando com Cristo, os apóstolos receberam muitas lições de humildade, perdão, ternura, tolerância, cura e amor. Durante esse tempo, aprenderam a viver uma vida de serviço e união com Jesus a fim de construir o Reino de Deus na terra.

O Reino de Deus Jesus lhes disse: "Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele!" (Me 10, 15) Se Jesus disse que o Reino de Deus pertence às crianças, então, nós devemos voltar a ser como são as crianças. De que maneira conseguiremos isso?

Quais são as características que perdemos durante nossa vida tão ocupada? O sentimento de respeito e de encantamento diante de Deus, da criação, das pessoas que nos cercam. O sentimento de confiança total e de fé nos outros. O sentimento de aventura para viver a vida plenamente correr riscos. A atitude de não julgar e de ser positivo. A abertura aos outros - no espírito de partilha, de perdão e de doação. CM 387


O sentimento de alegria - de espontaneidade e de divertimento. O sentimento de coragem nenhum medo "Não tenham medo!" E se adotássemos algumas dessas características como uma Regra de Vida, durante um mês, para ver de que forma poderemos transformar nossa vida e a vida dos que estão ao nosso lado? O papa João Paulo II nos questiona, no seu livro "Cruzando o limiar da esperança", de que maneira poderíamos recuperar o entusiasmo. E nos garante que, se ouvirmos o apelo de Deus na nossa vida e o seguirmos, nós nos tomaremos muito receptivos ao Espírito que nos guia da maneira certa. Viver com um sentimento de objetivo/missão, nos traz alegria assim como a todos que nos são próximos. Estamos, nós, prontos a deixar nosso conforto material, nossa rotina, a vida confortável que levamos e seguir o mesmo sistema de valores que foi seguido pelos primeiros discípulos?

Trazer o Reino de Deus para a terra Talvez fosse bom começar pela resposta de Jesus à sua própria questão. "Jesus lhes dizia: Com que ainda podemos comparar o Reino de Deus? Com que parábola podemos apresentá-lo? É como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de toCM 387

das as sementes. Mas, depois de semeada, cresce e se torna maior do que todas as outras hortaliças, com ramos grandes a tal ponto que os pássaros do céu podem fazer seus ninhos em sua sombra". (Me 4, 30-32) Isso poderia nos servir de modelo: tudo deixar e seguir Jesus; acompanhá-lo para transformar a terra em Reino de Deus. Em vez de tentar abater árvores na floresta ou ainda pôr em relevo os grandes desafios que nos rodeiam, somos convidados a semear nossos grãos de mostarda nas pessoas com que nos relacionamos, na nossa família e na nossa comunidade.

Como seguir Jesus? Nos nossos próprios círculos de influência, com uma atitude positiva, sem fazer julgamentos, com coragem e alegria, nós poderemos trazer um sentimento novo de esperança. Para conseguirmos isso, devemos confiar inteiramente no que Jesus nos pede. Devemos expressar o encantamento e o respeito que Ele traz às nossas vidas, ao nosso ambiente e aos que convivem conosco. Se uma mudança interior desse porte pode nos ajudar a viver nossa vida em plenitude e liberdade, respondendo simplesmente com um acolhimento novo, então, com Jesus, nosso grão de mostarda se tomará, certamente, um abrigo para os que estão à nossa volta. Existem muitos e grandes exemplos de pessoas que vivem na nossa comunidade, como a Madre Teresa de Calcutá, Jean Vanier de 1' Arche, Mahatma Ghandi e Martin 11


Luther King. Cada um deles, com simplicidade, semeando grãos como uma resposta pessoal, contribuíram para que muitos outros se tornassem melhores. Para cada um de nós, dentro do nosso Movimento, não há um modelo melhor de generosidade do que os quatro casais que, há 60 anos, se juntaram ao Pe. Caffarel para semear o grão das primeiras Equipes de Nossa Senhora. Elas se tornaram uma árvore muito fecunda, sempre crescente, que proporciona desenvolvimento e sustento para a comunidade cristã e a espiritualidade conjugal no mundo inteiro. Procurem imaginar se, hoje, cada Equipe das diversas regiões se juntasse à

sua comunidade local para formar assim uma nova Equipe de Nossa Senhora. Que contribuição isso representaria para a nossa Igreja e para a nossa sociedade. ·Com um sentido novo de missão, tentemos redescobrir a criança que existe em nós. A partir disso, talvez voltemos a ser os filhos de Deus que nós somos. Como seus filhos, nós o seguiremos mais facilmente e seremos guiados por Ele para alcançar o objetivo para o qual fomos criados. Recebam o nosso grande abraço. Pedimos a Deus que abençoe todos os nossos amigos do mundo inteiro.

John e Elaine Cogavin

ElES DElXARAM TUDO E SEGUlRAM JESUS ... (lc 5, Nestes últimos tempos, nós temos refletido muitas vezes sobre esse episódio do Evangelho, em que Jesus lança Pedro e seus companheiros para águas mais profundas. A pesca se torna, então, abundante, admirável. Eles voltam e percebem imediatamente que Jesus lhes havia comunicado alguma coisa do seu poder. Conseqüência radical: "eles deixam tudo e seguem Jesus". 12

11)

Casais generosos, vocês podem experimentar um certo embaraço: para ser discípulos, será preciso deixar tudo, com o risco de comprometer a vida de farm1ia? Eu lhes proponho que comecemos por refletir sobre o que quer dizer seguir Jesus. Muitas vezes, no Evangelho, ouvimos Cristo dizer: "Segue-me". É Ele que chama. Segui-lo não é oresultado de uma escolha entre vários CM 387


caminhos que seriam comparáveis, ou entre vários mestres dos quais examinaríamos o ensino mais ou menos sedutor. Trata-se, isso sim, de responder ao mestre único, que nos convida a tomar, decididamente, o caminho que Ele traça. O que Jesus espera daqueles que aceitam segui-lo? Será que Ele procura admiradores que apreciam a sabedoria da sua Palavra mas que o abandonam após ter assimilado o que lhes interessava de sua doutrina? É preciso que se saiba que seguir o Cristo é fazer a escolha de um mestre único; é caminhar com Ele, beneficiar-se de sua ação, mas também trabalhar ativamente na sua missão. Ligados à pessoa de Jesus, nós não somos mais somente auditores, mas colaboradores que, nas diferentes fases de sua vida, cooperam com a sua obra: a construção do Reino de Deus, a realização da vontade de Deus. Quando nos ensina a rezar, Ele nos pede precisamente que imploremos ao seu Pai a vinda do seu reino e a realização de sua vontade. Seguindo Jesus, é claro que estamos engajados no seu itinerário. Responder ao seu apelo nos leva, provavelmente, mais longe do que poderíamos esperar. É preciso percorrer o caminho de Jesus em toda a sua exigência: precisamos entender que a sua missão o conduziu até à doação total de sua vida na Cruz e até a luz da manhã de Páscoa, isto é até as últimas conseqüências do amor infinito de Deus pela humanidade. Homens e mulheres casados, CM 387

vocês sabem bem o que é um dom de si autêntico: ordenar sua vida, mobilizar sua afetividade, sua inteligência, sua vontade, sua generosidade, até a própria liberdade para construir a comunhão do casal, a comunhão da família. Vocês sabem o que é preciso deixar atrás de si, na praia: aquelas redes que embaraçam nas suas malhas do fechamento em si mesmo. Procurem descobrir quais as redes que os impedem de caminhar para uma comunhão de casal que reflita e espalhe a presença do amor infinito e misericordioso de Deus. Acolham a presença fraterna Daquele que os toma capazes de deixar para trás tudo que é contra a vontade do Pai. Deixem-se habitar por Aquele que os toma com Ele para avançar pelos caminhos do amor.

François Fleischmann 13


ANO DE GRAÇAS 2003 Além dos eventos programados para 2003 pela Região Pernambuco 1 I Alagoas, dois acontecimentos foram excepcionais pela participação dos equipistas de nossa Região. Um foi a presença no 1° Encontro Nacional das ENS em Brasília, que deixou marcas indeléveis nos corações de todos que lá estiveram. O outro evento foi a inesperada visita do casal Roberty e Monsenhor Fleischmann (membros da ERI), que escolheram a cidade de Recife para visitarem antes do Encontro Nacional. Tudo foi programado e preparado para as boas vindas, e o casal Inês e Adaucto, da Eq. 2B-Recife, até adiou a data da ida à Brasília para acolherem os membros da ERI durante toda a permanência deles em Recife. A recepção no Aeroporto dos Guararapes foi calorosa e muito carinhosa, com a presença de todos os

Casais Responsáveis de Setor, o SCE da Região Frei Evilásio e o casal anfitrião, Inês e Adaucto. Foram dias de muita alegria e muitas graças também. Marie-Christine, Gerard e Mons. Fleischmann participaram do nosso Colegiada Regional na manhã de sábado e também de um jantar de confraternização do Colegiada à noite na residência de Inês e Adaucto. Na manhã de domingo seguiram para João Pessoa, retornando na terçafeira para a participação na Missa de Envio dos equipistas ao Encontro Nacional, aniversário das ENS em Recife e comemoração do aniversário de casamento do casal Roberty. Após a missa houve uma bela confraternização. A contagiante simpatia dos Roberty e Mons. Fleischmann fizeram com que a comunicação fluísse muito bem, apesar das dificuldades dos idiomas. Uns falavam em francês, outros em português, outros em italiano e a maioria por gestos, apesar de haver uma intérprete. Graças a Deus, tudo foi maravilhoso! Continuamos de braços abertos e os corações cheios de amor para a acolhida aos irmãos.

Lúcia e Alcindo CR Região PE-1/Alagoas 14

CM 387


, ':AVANÇANDO PARA AGUAS MAlS PROFUNDAS" A experiência vivida no 1o Encontro Nacional em Brasília continua a fazer eco na vida de muitos casais cristãos. É como retratar a caminhada dos discípulos de Emaús: "Não abrasava o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?" (Lc 24,32). O coração dos que estiveram presentes naquele evento ainda se sente abrasado pelo amor de Deus, pois foi tão viva a expressão da ternura dele por aqueles casais que fez com que muitos que lá estavam renovassem sua fidelidade conjugal. E como forma de dar continuidade àquele Encontro, os setores A e B de Rio Claro decidiram realizar, no dia 28 de setembro de 2003, um evento para partilhar alguns momentos vividos durante aqueles dias em Brasília, procurando conservar o mesmo espírito e metodologia. O evento contou com a participação de 41 casais equipistas e 3 Sacerdotes Conselheiros Espirituais e uma programação que continha: acolhida, palestra, testemunho vivencial, ato público e reunião mista. A palestra abordou o tema "A Missão do Casal Cristão". O testemunho vivencial do casal Carlos e CM 387

Josiane mostrou que, sem dúvida, estar lá foi ocasião de graça, de forte presença de Deus e de renovação para a vivência do sacramento do matrimônio. Nosso "Partilhando Brasília" também teve um Ato Público. Nós nos reunimos em frente à Igreja de Santa Cruz e ali iniciamos um momento forte de oração com o objetivo de testemunhar as riquezas espirituais do sacramento do matrimônio. Os casais espalharam-se pela praça e fizeram sua oração conjugal. Ao som dos sinos da igreja e da AveMaria todos acenderam as velas. Encerramos o Ato Público com o Hino do 1o Encontro Nacional e pedimos ao Senhor para fortalecer a espiritualidade conjugal como um valor do matrimônio cristão, para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. 15


Outro momento forte foi a Reunião Mista para aprofundar a temática da palestra "A Missão do Casal Cristão". Seguiu-se o estudo do tema e a partilha de um Ponto Concreto de Esforço. Mas, não poderíamos tenninar sem uma pequena confraternização,

pois a refeição é o verdadeiro encontro, é o lugar onde Cristo se revela, como aos discípulos de Emaús. Terminamos a reunião com o Magnificat.

Pe. Nilton César Boni C.M.F. SCE - Rio Claro, SP (extratos)

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JUBllEU DE PRATA Eq. 16A- Reqião Centro-Oeste 1 Na rede da vida tecida por Deus, nasceu a Equipe 16A, que no dia 13 de novembro deste ano completou 25 anos de convivência entre casais fundadores, novos casais que ingressaram e os Sacerdotes Conselheiros Espirituais. Rezemos para que a equipe continue dando testemunho das maravilhas operadas por Cristo, que tece a rede, e é o ponto essencial de união entre os fios. Ele é quem dá a força e o amor. Ele é quem dá o sentido para a existência da rede que possui uma enorme riqueza. Sem Cristo, somos fios frágeis que facilmente arrebentam. Mas, em Cristo e com a intercessão de Maria, os casais da Equipe 16A possuem fios entrelaçados, fortalecidos, e se relacionam como irmãos em Cristo formando uma fanu1ia. Os problemas se dissolvem através da oração, não deixando que a rede venha a ter nó. Em Cristo, somos parte da rede da vida, expressão do amor de Deus. Na rede temos coragem para nos lançar ao mundo e servir a Cristo, dando nosso 16

testemunho de nossa Espiritualidade Conjugal, partilhando o grande amor de Cristo pelos Casais. Não podemos viver sozinhos. Não somos ilhas. Não dá para desenvolver a fé por si só. Precisamos do convívio com outras pessoas. Aí está a importância da vida comunitária, em equipe. Em equipe com Cristo encontramos espaço para exercitar a bondade, a misericórdia, a humildade. Podemos vivenciar os ensinamentos de Jesus Cristo junto às pessoas que são diferentes entre si, porque não fomos nós que nos escolhemos para formar essa Equipe, mas, foi Cristo que nos escolheu. A rede da vida é colorida por nossas diferenças. É isso que a torna bela e tão carinhosamente guardada por Deus. É isso que faz nossas vidas, não um bem privado, mas dons a serviço do próximo. Parabéns!

Eliane e Aloisio Equipe 16A - Nossa Senhora da Anunciação Brasaia, DF CM 387


UMA MlSSA MUlTO ESPECIAL Todo mês, preferencialmente no dia 13, os equipistas dos setores A e B de Bauru se reúnem para celebrar a eucaristia. Tem sido um momento forte de encontro e comunhão para todos nós. Em setembro, excepcionalmente, foi no dia 17 que nos reunimos no Santuário Nossa Senhora de Fátima para um momento diferente. A celebração eucarística, presidida pelo Pe. Luiz Sé, SCE dos dois setores e concelebrada pelo Pe. Júnior, SCE das Equipes lA e 8B, foi festiva, para comemorarmos o Centenário de nascimento do Pe. Caffarel, fundador do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Foi introduzido um banner do Pe. Caffarel que foi colocado em um lugar de destaque e, no final da celebração, foi distribuído, a todos os participantes, um marcador de páginas com mensagens dele. Durante a homilia, o Pe. Luiz Sé falou sobre o Pe. Caffarel, mas lembrou também que os casais responderam e corresponderam às suas expectativas e que é nossa missão de hoje, termos sempre presente o carisma fundador e a mística do Movimento. Em seguida, compleCM 387

tando a reflexão sobre o Movimento, o casal Terezinha e Nero, CR Setor A leram uma bela mensagem. Sem dúvida, o nosso querido Pe. Caffarel será sempre reverenciado pelo Movimento e pela Igreja de Jesus, pelos santos que sua obra ajuda tanto a produzir. E santos que encontraram no Sacramento do Matrimônio um caminho de santificação.

Neuza e Luiz CR Setor B - Bauru, SP

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ENCONTRO DE CONSELHEIROS ESPlRlTUAlS Região Pernambuco "Tudo posso naquele que me fortalece" (FI 4, 13). Foi com esta certeza que conseguimos realizar no dia 6 de setembro o Encontro Anual de Conselheiros da Região PE-VAL. Apesar das dificuldades e dos imprevistos, contamos com a presença de vinte e oito Conselheiros (as), · dois convidados e cinco Casais Responsáveis de Setor, representando Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Surubim. Elaboramos uma programação junto com nosso Sacerdote Conselheiro Espiritual da Região, Frei Evilásio, que agradou a todos e propiciou uma co-participação 18

1

e A1aqoas

com belíssimos testemunhos. Com início às 8:30 horas e término às 13:30 horas, cumprimos a pauta que continha os cinco pontos imutáveis de uma reunião de equipe. O Momento de Oração com cantos, invocação à Trindade Santa e o Evangelho foi dirigido por Frei Evilásio, seguido da apresentação de todos e o objetivo do Encontro. A Formação ficou sob a responsabilidade do Casal Responsável Regional e do Sacerdote Conselheiro Espiritual Regional, com os seguintes assuntos: Estrutura do Movimento, Os Dez Pontos de UnidaCM 387


de, Expansão das ENS na Região, Reunião Preparatória e o Papel do Conselheiro Espiritual. As dúvidas foram esclarecidas à medida em que surgiam os questionamentos. Um momento muito gratificante para nós foi a co-participação, onde os(as) Conselheiros(as) teceram comentários sobre o tema de estudos 2003, os PCEs, as ENS na vida dos(as) Conselheiros(as) e alguns testemunhos sobre o 1o Encontro Nacional das ENS em Brasília. Citamos alguns comentários sobre as ENS na vida dos Conselheiros: "Muito estimulante verificar o crescimento espiritual do indivíduo e do casal". "A melhora de comportamento dos cônjuges, satisfaz bastante os Conselheiros. Eles estão mais amigos, mais felizes e mais amigos dos filhos". "A garra da

equipe tem sido uma edificação para mim como Conselheiro". "Tenho aprendido o que é uma família cristã". "A participação dos casais na Igreja e nas comunidades mais carentes, estimula o trabalho do Conselheiro". Quanto ao 1o Encontro Nacional, foram citadas a perfeição da organização e a riqueza do conteúdo. "Nas equipes mistas, parecia que éramos velhos conhecidos". "Faltou apenas uma reunião entre os Conselheiros, que poderia ser muito proveitosa". "Encontramos uma grande família desde a recepção. Tudo foi maravilhoso!" O Senhor faz em nós maravilhas!

Lúcia e A/cindo CR Região Pernambuco-1/Alagoas

SESSÃO DE FORMAÇÃO Nivel 11 - Região Paraíba Neste Ano Vocacional, quando o Papa nos exorta a irmos para "águas mais profundas", a Região Paraíba preocupada com uma das prioridades do Movimento, a Formação, realizou a sua Sessão de Formação de Nível II, cujo tema foi: "Vocação e Missão". Desta vez a cidade de Santa Luzia, que hoje comporta o maior setor CM 387

da Região, foi que abrigou 51 casais participantes, 4 casais de apoio da Equipe Regional, o Sacerdote Conselheiro Espiritual da Região, o Pe. Miguel Batista e mais 3 Conselheiros, o Pe. João Saturnino, o Pe. Alex, e a querida irmã Terezinha. Os dias foram 13 e 14 de setembro, e o pregador da Sessão, foi o Pe. Miguel. Para lá seguiram casais de João Pessoa, 19


Campina Grande, Itabaiana, Focinhos, do com olhos cheios de amor, com os "olhos de Jesus Cristo", dizia ele. Salgado de São Felix e Várzea. Pe. Miguel chamou a atenção Foram momentos inesquecíveis, onde estudamos alguns documentos para o chamado de Jesus: "Venham doutrinários da nossa Igreja que ani- e vejam". No sábado, à noite, realima aos casais a realizarem a missão, zamos uma grande caminhada pecomo a Christi:fideles Laici, a Farniliaris las ruas de Santa Luzia, quando mais Consortio, que tratam da Missão do de cem casais, cantando e rezando, Leigo e das Famílias no mundo. acompanhados por um potente carHouve um momento especial, . ro-som, deixavam todos os moradoquando lá de dentro já realizamos res com olhares de admiração pelo um grande ato missionário "ad ex- gesto tão bonito dos casais equipistra". Foi uma entrevista feita pela tas. Palavras de ordem como: "VaRádio Vale-FM de Santa Luzia. Os lorizem o seu casamento", "Amem entrevistados foram Jussara e Da- seus filhos", "Reconstruam as Faniel, casal Regional, e logo em se- llll1ias", "Sejam fiéis, esposas e esguida o Pe. Miguel SCE. Esta entre- posos", soavam na caminhada que vista atingiu cerca de 70 municípios terminou com uma grande celebrae um público ouvinte de aproxima- ção na Igreja Matriz de Santa Ludamente 300.000 pessoas. A temá- zia, quando muitos participantes se tica foi, claro, a valorização da fa- emocionaram e os olhos se enchemília e do matrimónio. ram de lágrimas. Pe. Alex deu uma verdadeira ]ussara e Daniel Chacon aula sobre o Catecismo da Igreja Casal Responsável Católica e no final pediu para que Região Paraíba ao sairmos dali, olhássemos o mun-


ÍNDICE 2003 Apresentamos o índice dos artigos publicados pela Carta Mensal durante o ano de 2003. Este índice abrange as edições de número 379 a 387.

ATUALIDADE Conflito de Gerações ................................................................... 381 -1 6 Convite Especial, Um ................................................................... 386-45 Cultivar a Paz Dentro de Você ...................................................... 379-35 Dia dos Pais ................................................................................. 383-15 Eles não tem Mais Emprego ......................................................... 383-23 Encontro de Movimentos Eclesiais ................................................. 382-27 Escola de Relacionamento Humano (Jean Vanier) .......................... 383-24 Estrela Maria, A ........................................................................... 386-47 Finados ....................................................................................... 386-44 Jubileu de Prata do Papa João Paulo 11 ........................................... 387-38 Mães Más! .................................................................................. 381-15 Magia da Comunicação, A ........................................................... 379-37 Mulher, Quem és ........................................................................ 379-38 Prioridades da Igreja em Belém, PA .............................................. 383-19 Sobre o Casamento ..................................................................... 387-39 Superação da Miséria e da Fome ................................................. 379-36 Vocação- Somos Chamados por Deus (Pe. Flávio) ........................ 382-02 Vocações ..................................................................................... 383-1 7

CAMPANHA DA FRATERNIDADE Campanha da Fraternidade 2002- Gesto Concreto ..................... 379-39 Convite Especial, Um ................................................................... 386-45 Idosos, Vida, Dignidade e Esperança ............................................. 382-34 Para os Idosos de Hoje e de Amanhã ............................................ 379-28 Quaresma e Campanha da Fraternidade ...................................... 380-32

CONSELHEIROS ESPIRITUAIS Encontro dos Conselheiros Espirituais- Reg. Pará .......................... 383-12 Encontro dos Conselheiros Espirituais- Reg. Paraíba ...................... 383-13


Encontro dos Conselheiros Espirituais- Reg. Pernambuco 1I Alagoas ...... 38 7-18 Há Quanto Tempo ....................................................................... 383-11 Mil Quilômetros e um Coração (Pe. Silvino) .................................. 383-1 O Pe. Caffarel (ENCARTE) ............................................................... 383 Tetê: A que Faz Acontecer ...................... .... .................................. 383-09

ENCARTES Casal Cristão e a Esperança que o Anima, O ................................ 382 Casal Cristão Sinal do Amor de Deus ............................................ 380 Decreto de Reconhecimento das ENS- Íntegra ............................. 381 Encontro de Brasília ............ ............. ............................................ 385 Encontro de Brasília - Edição Especial ........................................... 384 Estatutos Canônicos .......................... ............................................ 381 Índice 2002 ................................................................................ 379 Padre Caffarel ................................. ............................................ 383

ENCONTRO DE ROMA- Janeiro de 2003 Audiência com o Papa: Discurso do Papa aos Casais Resp. Regionais ENS ..................... 380-1 O Discurso Saudando o Santo Padre (Roberty) .............................. 380-09 Impressões da Audiência com o Papa .. ..................................... 380-14 Visitando o Papa ................................ ..................................... 380-13 Casais Chamados por Cristo (Silvia e Chico) ................................. 380-05 Confraternização no Encontro ...................................................... 380-20 Missa pela Unidade dos Cristãos ................................................... 380-1 7 Nova e Eterna Aliança ................................................................. 380-07 Visita à Catacumba de São Sebastião ............ ................................ 380-1 8

ENCONTRO NACIONAL DAS ENS EM BRASÍLIA Adesões ...................................................................................... 379-06 Avaliação do Encontro Nacional ........................................................ 385-XVII Bastidores do Encontro ................................................................. 384-02 Encontro Está Chegando, O (Orientações) ..................................... 382-1 O Escolha do Hino do Encontro ........................................................ 380-28 Folclore do Maranhão .......... ............. ........................................... 385-IV Fortalecidos no Amor ................................................................... 386-23 Ganhamos Flores ........................................................................ 385-VIII 2


Grande Investimento, Um ............................................................ 386-28 História de Um Círio, A ................................................................ 385-11 Lindo ou Maravilhoso ................................................................... 386-31 Liturgia do Encontro ..................................................................... 385-V Livro de Receitas para Animar ...................................................... 384-75 Mestres com Carinho, Aos ............................................................ 386-28 Novo Impulso, Um ....................................................................... 384-75 Orientações ................................................................................ 380-31 Pôr-do-Sol Diferente, Um ............................................................. 386-27 Por que Tanta Ansiedade? ............................................................ 386-21 Presença Concreta do Amor de Deus ............................................ 386-25 Programação .............................................................................. 382-16 Que Aventura ............................................................................. 385-1 Realização do Encontro: 1° DIA Cerimônia de Abertura ........................................................... 384-05 Encontro e Comunhão ............................................................ 384-09 Mensagem do Papa João Paulo 11 ............................................. 384-12 2°DIA Experiência Inesquecível, Uma ................................................ 384-30 FlASH: Testemunho do Casal Equipista Missionário (Márcia e Luiz Carlos) .......................................................... 384-22 HOMILIA: D. Di mas ................................................................. 385-XII PALESTRA: O Matrimônio Sacramental: Resposta de Deus a Anseios de Homens e Mulheres (Pe. Flávio) ................ 384-13 Pipoqueiro de Brasília, O ........................................................ 384-28 3°DIA Confraternização no Encontro ................................................. 384-54 FlASH: Pe. Caffarel (D. Nancy) ............................................... 384-43 HOMILIA: Mons. Fleischmann .................................................. 384-48 PALESTRA: Boa Nova do Casamento, A (E RI) ............................ 384-32 Reunião no Monte Tabor .......................................................... 384-52 4°DIA HOMILIA: Padre Mário ............................................................ 385-XV Lembrança Inesquecível, Uma ................................................. 384-73 Mensagem de Envio (Silvia e Chico) ......................................... 384-69 PALESTRA: Casal Cristão Testemunha do Amor e Sinal de Esperança (Graça e Eduardo) ................................................. 384-56 3


Sonho Realizado, Um .... ............................................................... 386-24 Testemunho de Fé ........................................................................ 381-02 Tríduo Preparatório- 1a Celebração ............................................ 381-09 Tríduo Preparatório- 2° e 3° Celebrações ................................... 382-12 Vencendo os Obstáculos ............................................................... 386-29

ERI Avançar para Águas Mais Profundas ............................................. 380-23 Avançar para Águas Mais Profundas ............................................. 382-08 Colégio Internacional de Melbourne ............................................. 379-1 O Duc in Altum! .............................................................................. 380-25 Eles Deixaram Tudo e Seguiram Jesus .......................................... 387-09 Encontro Internacional de Roma (Responsáveis) ............................. 380-27 Ministério do Casal na Igreja e no Mundo, O ................................ 379-07 Pe. Caffarel ................................................................................. 382-06 Pela Tua Palavra Lançarei as Redes ............................................... 385-06 Pelo Espírito que nos Foi Dado (Mons. Fleischmann) ...................... 385-09 Polônia -Início do Movimento ...................................................... 380-26 Reconhecimento Definitivo das ENS .............................................. 379-09 Sempre Prontos a Dar a Razão de Nossa Esperança ................ ...... 379-08 Serviço das Equipes até o Fim da Vida, A (Rwanda) ....................... 379-11

MARIA Espírito Santo e Maria, O ............................................................. 382-22 Mãe Providente ........................................................................... 381 - 14 Minha Maria, A (Pe. Flávio) .......................................................... 387-24 Nossa Senhora é uma Só ............................................................. 379-32 Tentações, As .............................................................................. 386-36

PADRE CAFFAREL: CENTENÁRIO DE NASCIMENTO A Deus ........................................................................................ 383-11 Ano de Graça com Pe. Caffarel, Um ............................................ 383-XII Comemorações Centenário Pe. Caffarel ....................................... 385-20 Encontro com Pe. Caffarel ........................................................... 383-V Encontro com Pe. Caffarel- Parte 11 .............................................. 385-15 Influência Pe. Caffarel na Vida dos Moncaus ................................. 384-43 Lembranças do Pe. Caffarel ......................................................... 383-IX 4


Missa Muito Especial, Uma (Bauru) ............................................... 387-17 Pe. Caffarel (ERI) ......................................................................... 382-06 Pequena Biografia Pe. Caffarel ....................................................... 383-XIX Profeta do Século XX, Um .............................................................. 383-XVI Recordando Pe. Caffarel ................................................................ 383-XIV Senhor Está ao Lado Daqueles que Lutam por Amor, O ................. 383-1

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO Dever de Sentar-se ou Diálogo ..................................................... 381-1 7 Oração Conjugal- Rezar Juntos ......................... ." ......................... 379-33 Retiro- A Respeito de um ............................................................ 383-21

PASTORAL FAMILIAR Boa Nova sobre o Casamento, A .................................................. 386-41 Décimo Congresso Nacional da Pastoral Familiar .......................... 379-29 Décimo Congresso Regional da Pastoral Familiar (SP) .................... 387-30 Família: Um Projeto de Deus ........................................................ 386-42 Pastoral Familiar (Silvia e Chico) ................................................... 379-34

REFLEXÃO Ajuda-me Senhor, na Missão de Pai .............................................. 383-28 Casados ...................................................................................... 380-36 Conversão .................................................................................. 385-27 Cuidado com o que Planta ........................................................... 380-35 Dois Tronos ................................................................................. 387-36 Flores Raras ................................................................................ 381-23 LamparinasAcesas ...................................................................... 385-26 Lição do Fogo, A ......................................................................... 382-36 Mesma Face, A ........................................................................... 382-35 Passos da Mãe ............................................................................. 381-24 Plantinha na Calçada, A ............................................................... 380-36 Se eu Soubesse ........................................................................... 386-37 Sede Santos ................................................................................ 379-40

SUPER-REGIÃO Aniversário do Movimento (Silvia e Chico) ..................................... 381-05

s


Balanço Financeiro- 2002 .......................................................... 386-32 Balanço Financeiro- 2002 - Errata .............................................. 387-08 Casais Missionários, Ontem, Hoje e Sempre ................................. 379-04 Casal Missionário e a Juventude, O .............................................. 385-04 Casal Responsável de Equipe- Eleições (Pe. Flávio) ....................... 385-02 Contribuição do Casal Missionário -Igreja e Sociedade ................. 386-04 Destinatários da Missão ................................................................ 380-03 Dom que Deus Envia ... (Completar Equipes- Pe. Flávio) ................ 386-02 ÉFácil (s/ supérfluos) ................................................................... 380-02 Exigências para o Cumprimento da Missão do Casal ...................... 382-04 Fervor e Lavor (Balanço das Equipes) ............................................ 386-03 Lugar Reservado à Mesa .............................................................. 387-02 Mensagem de Natal .................................................................... 387-03 Missão do Casal Cristão e a Esperança, A ..................................... 379-02 Missão do Casal Cristão em Várias Fases da Vida .......................... 383-03 Por Que Vocês se Casaram (Pe. Flávio) ......................................... 383-02 Possuidores da Luz ....................................................................... 379-03 Pra Vida ser Sempre Mais (Não se Acomodar) .............................. 382-03 Qual a Mensagem a ser Levada ................................................... 381-03 Somos Chamados por Deus (Vocação) .......................................... 382-02 Tema de Estudos- 2004 -Indicações Bibliográficos ...................... 387-05 Tema de Estudos- 2004- Orientações ........................................ 387-04 Testemunho de Fé (s/ Encontro de Brasília) .................................... 381-02

TEMA DE ESTUDO - 2003 e 2004 Casais Missionários, Ontem, Hoje e Sempre ................................. 379-04 Casal Cristão e a Esperança que o Anima, O- (ENCARTE) ............ 382 Casal Cristão Sinal do Amor de Deus (ENCARTE) .......................... 380 Casal Missionário .......................... ...................... ......................... 381 -1 9 Casal Missionário e a Juventude ................................................... 385-04 Contribuição do Casal Missionário -Igreja e Sociedade ................. 386-04 Destinatários da Missão ................................................................ 380-03 Espiritualidade Conjugal ............................................................... 387-28 Exigências para o Cumprimento da Missão do Casal ...................... 382-04 Missão do Casal Cristão e a Esperança, A ..................................... 379-02 Qual a Mensagem a ser Levada ................................................... 381-03 Tema de Estudos- 2004- Indicações Bibliográficos ...................... 387-05 Tema de Estudos- 2004- Orientações ........................................ 387-04 6


TEMPOS DA IGREJA Campanha da Fraternidade 2003 Idosos: Vida, Dignidade e Esperança ........................................ 382-34 Para os Idosos de Hoje e de Amanhã ....................................... 379-28 Quaresma e Campanha da Fraternidade ................................. 380-32 Finados ....................................................................................... 386-44 Natal Dois Tronos ............................................................................ 387-36 Experiência de Natal ............................................................... 387-33 Lugar resrvado à Mesa ........................................................... 387-02 Mensagem de Natal ................................................................ 387-03 Presente de Natal em Israel .................................................... 387-35 Quaresma, Tempo de Conversão ................................................. 379-27

TESTEMUNHO Campanha da Fraternidade 2002- Gesto Concreto ...... ............... 379-39 Estamos Sendo Seguidos .............................................................. 383-26 História de Amor e muita Saudade, Uma ...................................... 387-31 Missão Cumprida (s/ Casal Resp. Setor) ........................................ 381-21 Pelo Amor ou pela Dor ................................................................. 382-31 Quero Ser Santo ......................................................................... 382-29 Uma Sessão de Formação ............................................................ 383-27 Vivências de Uma Equipe Solidária ............................................... 381-20

VIDA NO MOVIMENTO Ano de Graças- 2003 ................................................................ 387-14 Avançando para Águas mais Profundas (Enc. Nac.) ....................... 387-15 Balanço Anual ENS ...................................................................... 386-16 Balanço Anual ENS- Fervor e Labor (Silvia e Chico) ..................... 386-03 Balanço Financeiro- 2002 .......................................................... 386-32 Balanço Financeiro- 2002 -Errata ............................................. 387-08 Casais Responsáveis de Setor (Silvia e Chico) ................................ 385-03 Casal Ligação .............................................................................. 386-1 7 Casal Missionário e a Juventude ................................................... 385-04 Casal Responsável de Equipe- Eleição ......................................... 385-13 Casal Responsável de Equipe- Eleição (Pe. Flávio) ........................ 385-02 Colegiada Nacional da Super-Região 2003 .................................. 386-06 () ~

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Decreto de Reconhecimento das ENS- Íntegra (ENCARTE) ............ 381 Dom de Acolher ............ ............. ................. ................................ 382-32 EACRE 2003 ................. ............. ................................................. 381-25 Encontros Provinciais de 2002 .... ................................................. 379-12 Equipe de Nossa Senhora em Nova Iorque, Uma .......................... 383-05 Equipes Satélites- O que é? .............. .......................................... 382-17 ERI Visita o Nordeste, A ...................... .......................................... 385-11 Estatutos Canônicos- Íntegra (ENCARTE) .. ..................................... 381 Implantação Coordenação Lagos (Rio de Janeiro) .......................... 382-21 Jubileu de Prata: Araraquara- Eq. 03 .............. ................. ............................... 385-24 Belém, NA- Eq. 06 .. ............. ................................................ 379-22 Brasília, DF- Eq.16A- Região CO I ........................................ 387-16 Brotas, SP- Eq. 01 ................................................................. 385-25 Manaus, NA- Eq. 05 .................... .... ..................................... 385-25 São Gonçalo, RJ- Eq . 01 .............. .... ..................................... 382-19 Sorocaba, SP- Eq. 06 ................... ......................................... 380-33 Meditando nosso ser Equipe e ser Equipista ................................... 381-06 Mutirão: Aroroquoro, SP ... ........................... ......................................... 379-25 Pirocicobo, SP ............ ............. ............................................... 379-23 Região Paraíba ........... ............. ................. .............................. 379-23 Região Rio Grande do Sul li- Osório ....................................... 379-26 Pe. Cafforel: Comemorações do Centenário de Nascimento ......................... 385-20 Encontro com Pe. Cofforel .............. ........................................ 383-V Encontro com Pe. Cafforel- Porte 11 ...... ................................... 385-15 Misso Muito Especial, Uma (Bouru) ....... ................................... 387-17 Pe. Coffarel (ENCARTE) .......................................................... 383 Sessão de Formação: Nível Nível Nível Nível Nível Nível Nível 8

I - Região SP Centro I ...... .............................................. 385-19 I -São Carlos, SP ............ .............................................. 383-08 li- Barra do Corda, MA ... .............................................. 382-20 11 - Belém, PA ................................................................ 381-08 li - Juruti, PA ........................... ....................................... 385-18 li- Paraíba .................................. ...................... ............ 387-19 III- Região São Paulo Sul li ...... ....................................... 383-07


Dizimo do Movimento A parceria Ordem/Matrimônio realizada pelo Movimento das Equipes de Nossa Senhora, que se faz por nossas orações e também através da contribuição financeira, desta vez beneficiou o Seminário Santa Rita, da Ordem dos Agostinianos Descalços, na cidade do Rio de Janeiro. A entrega do cheque foi realizada durante a Noite de Oração, no dia 29 de setembro de 2003, do Setor A da Região Rio III. na Paróquia de Santa Rita.

falecimentos

Complemento de

• Gildete Souza Conserva (do Celestino),

Informação

ocorrido no dia 27 de fevereiro de 2003 Eq. 1 - N. Sra. da Paz- Belo Jardim, PE • Edith Maria P. Manzano (do José Roberto), ocorrido no dia 11 de agosto de 2003 - Eq. 8A- N. Sra. das Graças- Catanduva, SP • Pe. Wagner Rodolfo da Silva, ocorrido no dia 25 de agosto de 2003. Pe. Wagner foi SCE da Eq. 4B- N. Sra. dos PobresSão José dos Camp.os, SP • José Osório D'Elboux (da Cida), ocorrido no dia 23 de agosto de 2003- Eq. 13N. Sra. de Fátima- Itu, SP

No artigo publicado na Carta Mensal ele outubro de 2003, na página XVII do Encarte sobre o Encontro Nacional de Brasília, deixou de constar que padre i\lário José Filho é SCEdaEq.31-N. Sra. da Imaculada Conceição. ele Ribeirão Preto. SP.

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Ordenação Diaconal Pela imposição das mãos do Bispo Dom Luiz Antonio Guedes, da Diocese de Bauru, recebeu o Sacramento da Ordem no Grau de Diácono, Frei Emane Pereira Marinho. Frei Emane pertence a Congregação Missionária de Santo Inácio de Antioquia, e é CE das Eq. lOA - N. Sra. Imaculada do Universo e da Eq.24A - N. Sra. do Rosário e da Equipe de Jovens 2 - N. Sra. das Graças. Frei Emane, que Deus o abençoe e Nossa Senhora guie seus caminhos. Eq. 24A - N. Sra. do Rosário, Bauru, SP

Jubileu de Ouro Presbiteral Dom Geraldo Ávila: No dia 29 de novembro de 1953, o Pe. Geraldo Ávila com 24 anos, recebeu das mãos de Dom João de Souza Lima, vigário capitular, o sagrado presbiterato. Em Agosto de 1962, chega à Brasília sendo nomeado Vigário Geral da Arquidiocese de Brasília. Em 1970, aconteceu a inauguração da Catedral Metropolitana e ele recebeu mais está missão. passando a responder pela mesma. Em 3 de setembro de 1977 é sagrado Bispo na presença de multidão de fiéis; é a primeira sagração episcopal realizada na Catedral de Brasília. DomÁ vila ficou como Bispo Auxiliar de Brasília, até 31 de outubro de 1990, quando, por decreto do Papa João Paulo II, foi nomeado Arcebispo Militar do Brasil. Dom Ávila, assim que tomou posse, começou a tratar da construção da Catedral dos Militares. DomÁ vila está presente e participa da vida equipista. Foi ele quem, na memorável cerimônia de abertura do 1o Encontro Nacional das ENS, saudou os Conselheiros Espirituais, manifestando o bem que o Movimento realiza na sua vida de sacerdote e de Conselheiro Espiritual da Eq. IOD-1 - N. Sra. das Graças, que acompanha há quase três décadas, sempre com o seu sorriso aberto e contagiante. com os seus aconselhamentos precisos e concisos, com a sua disponibilidade plena. O tempo passa rapidamente, parece que foi ontem que tivemos a alegria de recebê-lo em nossa casa na primeira reunião que participou da Eq 1O. Hoje, passados 24 anos, vemos em DomÁvila o imensurável entusiasmo que contagia e empolga. Haydée e Alberto, CR Setor D - Região Centro-Oeste I, Brasília, DF (extratos) 22

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Sacerdote Equipista no "L' osservatore Romano" Pe. Ricardo Dias Neto assumiu, no dia Io de outubro. o cargo de editor do jornal L'Osservatore Romano, da edição em língua portuguesa. Esse jornal é o órgão de imprensa oficial do Vaticano, publicado diariamente em italiano e semanalmente em espanhol, francês, inglês, alemão e português, além de uma edição mensal em polonês. Jornalista, teólogo, músico, Pe. Ricardo foi sacerdote conselheiro de equipes e de setor em Sorocaba por muitos anos, tendo pregado muitos retiros e vinha trabalhando como professor de Teologia e assessor pessoal do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro D. Eusébio Oscar Scheid. Parabéns, Pe. Ricardo, por mais esta missão.

Jubileu de Ouro Presbiteral Cônego Edson Baraúna Rego na ceu na cidade de Pojuca, a 27 de outubro de 1926 e foi ordenado Padre, em 19 de setembro de 1953, na Catedral Ba';ílica de São Salvador da Bahia, pelo então Arcebispo D. Augusto Álvaro da Silva. Iniciou o seu ministério na cidade de Inhambupe e atualmente é capelão da Sagrada Família, na Paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus (Chame-Chame) Salvador. A comunidade da capelania onde exerce o seu ministério e o clero arquidiocesano, representado pelo Cardeal D. Geraldo Majella Agnelo, pelo Bi po Auxiliar, Dom Walmor Azevedo e por mais de vinte padres e seminaristas, prestaram-lhe significativa homenagem que teve o eu ponto alto na festiva Concelebração Eucarística realizada na Capela da Sagrada Família (Jardim Brasil). A Equipe 3, Nossa Senhora da Conceição, Setor B, da qual o Pe. Edson é SCE, associou-se as justas homenagens, juntamente com o Casal Responsável Regional Lourdinha e Manoel. Rogamos a Deus conceder ao Pe. Edson muita paz, saúde e disponibilidade para continuar com amor e solicitude servindo ao nosso Movimento. Que a Sagrada Família o abençoe! Lourdinha e Manoel CRR Bahia/Sergipe CM 387

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A MlNHA MARlA (lc

1,

Há diversos olhares que podemos assumir ao falar de Maria. Maria nossa mãe, Maria Virgem Puríssima, Maria Rainha ... Hoje eu gostaria de olhar para Maria como a Maria minha irmã. Aliás, nessa leitura, a visita de Maria à Isabel, no texto grego encontrei uma peculiaridade, uma coisa interessante. O texto grego diz exatamente o seguinte: A Maria foi para a casa de Zacarias e ali chegando a Isabel veio ao seu encontro e disse ... e a Maria respondeu e a Isabel disse ... e a Maria ... , exatamente como uma história familiar. Estamos acostumados é a falar de Maria e não da Maria. É da Maria, mãe de Jesus e minha irmã que eu gostaria de falar nesse momento, tentando refletir um pouco com vocês. Maria, a Maria é minha irmã. Em primeiro lugar porque é criatura humana como eu; criatura humana que recebeu tudo, absolutamente tudo de Deus. Suas qualidades, sua santidade, sua pureza, sua sabedoria, nada disso veio dela. Tudo isso foi dom. Se ela não tivesse sido amada de maneira especial por Deus, seria uma pecadora como todos nós. Foi por graça, por misericórdia, pelo poder de Cristo seu filho, que esteve sempre livre do pecado. Por isso mesmo é que não preciso olhar para ela como alguém distante. É irmã, está ao meu lado. Foi escolhida por Deus entre aquelas todas minhas ir24

39-44) mãs. Está comigo, ao lado de meus irmãos homens, órfãos da humanidade. É uma dentre nós. Minha irmã Maria, foi escolhida e foi engrandecida pelo poder de Deus. E foi isso que a fez feliz. Quando proclamamos Maria bemaventurada estamos dizendo que ela é feliz, pode alegrar-se pelas graças que recebeu. Maria, bem-aventurada, Maria, feliz. Maria minha irmã, plenamente feliz com os dons que recebeu, com a salvação que recebeu de Deus. Feliz, totalmente feliz com essa possibilidade de amar, de viver em paz, de viver em união e fraternidade com todos os seus irmãos e irmãs de todos os tempos e de todos os povos. Maria, minha irmã. A Maria é minha irmã, porque é mulher, porque viveu intensamente a realidade da vida feminina. Vibrou, sentiu, amou, sofreu, viveu como mulher e como mulher é que a Maria, minha irmã foi escolhida e exaltada e santificada pelo poder de Deus. Como mulher, enquanto mulher. Vivendo essa realidade da vida divina que traz para nós uma visão nova, uma visão diferente. Exatamente como o Cristo foi a plena realização do homem, enquanto homem, Maria foi também a plena realização da mulher, enquanto mulher, de tal maneira que podemos dizer: em Jesus e Maria temos a realização perfeita do projeto de Deus, da imagem perfeita de Deus que nos CM 387


criou homem e mulher. Ela viveu intensamente essa realidade, e por isso mesmo é que está tão perto de mim, é tão minha irmã. A Maria, minha irmã, esposa de José. Maria, minha irmã, que amou esse homem de maneira toda especial, que amou esse José logo abaixo de Deus. Maria mulher, que se alegrou com esse homem, que uniu sua vida à vida desse homem numa aliança de amor plena, completa, como nenhum outro casal nunca jamais conseguiu ou conseguirá viver. Maria esposa que viveu plenamente seu amor. O fato de ter permanecido virgem não diminui a realidade do seu matrimônio nem do seu amor. Seu amor por José, o amor de José por ela era amor tão forte, tão grande, tão extraordinário que nem precisava exprimir-se através do relacionamento sexual. Viveram tão intensamente essa união de coração e de alma, formaram uma só pessoa tão intensamente, uma só carne, uma só realidade pelo amor, que não precisavam dizer isso através dos gestos físicos do amor conjugal. Maria, esposa de José, que com ele se alegrou, com ele partilhou a vida, com ele foi descobrindo os caminhos de Deus, que nele encontrou apoio, que lhe deu apoio e consolo. Maria esposa que viveu intensamente as preocupações, as dores, as angústias, as incertezas da vida, mas que viveu também a alegria do lar, da tranqüila convivência entre as paredes de uma casa, vendo inCM 387

clusive uma criança crescer, vendo um Jesus que participava da vida de seus amigos pelas ruelas de Nazaré. Maria, esposa de José que sofreu tanto quando chegou a hora de ele se ir, possivelmente muito moço ainda, quando tinham pela frente tantos anos ainda de felicidade. O projeto de Deus era diferente do que poderiam imaginar. Maria esposa, Maria viúva. Que viveu intensamente a saudade de José. Nós nos esquecemos disso. Nós só a imaginamos ao lado da cruz. Esquecemos que viveu a viuvez com o mesmo amor intenso com que tinha vivido seu matrimônio. Maria, esposa de José. Maria mãe. A Maria minha irmã viveu intensamente a experiência da maternidade. Feliz e apreensiva por trazer em si uma vida, por ajudar essa 25


vida a crescer e por sentir os primeiros movimentos de uma criança, por acolhê-la depois em seus braços, na alegria de levá-la ao seio, de a amamentar, na alegria materna de ajudar uma criança a dar os primeiros passos, de lhe ensinar as primeiras palavras. Maria viveu intensamente a maternidade. Gosto de imaginar a Maria, minha irmã que vê entrar Jesus pela porta esbaforido, estabanado, com os joelhos, quem sabe, esfolados e chorando. É ela que o acolhe, enxugalhe as lágrimas e com um beijo faz parar seu choro. Maria que viveu intensamente as alegrias da maternidade, mas que viveu também intensamente as renúncias da maternidade, quando viu que a bela criança já era menino, e dali a pouco adolescente, e já começava a manter, como todo adolescente, suas distâncias, porque precisava também delimitar seu território. As renúncias da maternidade quando Jesus se fez jovem, quando se fez homem. E, um dia, sem maiores explicações saiu de casa, apenas fazendo-a lembrar-se daquelas palavras "É preciso que eu me ocupe das coisas de meu Pai". Já não estava mais ali pela casa. Bateu asas. Partiu para o mundo. E a mãe Maria o acompanhava apenas pelas notícias que chegavam, vendo-o apenas de vez em quando, numa ou outra rápida visita. Mãe que escutou o filho dizer

"Feliz quem me trouxe ao seio, quem me amamentou, sim, mas mais feliz quem ouve as minhas palavras e cumpre o que eu digo .. . 26

Quem é minha mãe, quem são meus irmãos? São esses que fazem a vontade do Pai". E pensamos que foi fácil para Maria entender isso logo à primeira vista. Temos de lembrar as palavras do Evangelho: "Maria, conservava essas

coisas no coração, tentava meditar e tentava assimilá-las". Maria, que viveu intensamente a maternidade, quando lhe disseram "Teu

filho foi condenado, está a caminho do Calvário, arrastando sua cruz". E ela foi. Foi mãe até o último momento. Maria, minha irmã, a mãe que acompanha o filho até entregá-lo nas mãos de Deus. Maria, minha irmã, que viveu intensamente a maternidade quando afinal começou a compreender o que Jesus dizia quando lhe dizia que "depois de três dias voltaria". Os Evangelhos não dizem nada. Mas ela certamente, de maneira mais intensa que os apóstolos e os outros, experimentou a presença do Cristo ressuscitado. Maria, a Maria minha irmã, esposa, mãe, mulher do seu tempo, da sua cultura; mulher de onhos, desejos e anseios, de esperanças, como todas as minhas irmãs. Maria mulher de fé. Não, na vida dessa minha irmã não houve uma contínua revoada de anjos. A vida dessa minha irmã foi uma vida exatamente igual à minha, na fé, na confiança, aceitando sem ver, confiando sem compreender, tentando interpretar os sinais que Deus lhe ia dando. Maria, mulher de fé. Mulher que acreditou sempre, nas piores e mais difíceis situações. Mulher que de CM 387


repente se viu grávida e acreditou que era por obra do Espírito. Mulher que viu uma criança recém-nascida e acreditou que esse menino, não sabia bem como, haveria de ser salvador, haveria de ser salvação para todos. Essa criança que chorava, esse menino que era preciso socorrer e ajudar. Maria viveu a fé, acreditou . Acreditou cegamente, plenamente, confiadamente. Maria, mulher forte. Maria, minha irmã, mulher da confiança, da esperança. Mulher da alegria, da vida cheia de dores e sofrimentos. Não acredito que Maria fique muito contente quando a chamamos de rainha, de princesa ou de soberana. Maria, minha irmã, esposa de José, mãe de Jesus, a mais unida a Cristo, a que mais intensamente participou da sua vida e que mais profundamente foi por ele transformada e elevada, e, por isso mesmo, Maria, minha irmã, que mais do que todos, logo abaixo de Cristo, pode também ser para mim fator de salvação. E que me lembra que eu também, participando da vida do Cristo, pelo poder do ressuscitado, que eu também posso ser mediador, que eu também posso ser salvador, que eu também posso ser instrumento na mão de Deus para a felicidade dos outros. Maria, a mais próxima de Cristo e, por isso mesmo, a mais capaz de me ajudar, mais do que eu posso, mais do que os outros irmãos e irmãs podem fazer. Maria, minha irmã, mulher e esposa de José, mãe, depois de ter vivido intensamente essa sua união com Deus e com os irmãos, receCM 387

beu a vida que dura para sempre. Maria, minha irmã, elevada ao céu. Quando me dizem que Maria foi elevada ao céu em corpo, se eu paro e penso, entendo que Maria foi glorificada não apenas no seu corpo, mas em toda a sua realidade. A glorificação de Maria significa que todo o nosso ser, o nosso ser homem, o nosso ser mulher, o ser esposa, o ser mãe, o ser irmão, tudo isso tem sentido e valor para todo o sempre. Maria, elevada ao céu, faz-me compreender que também as humildes realidades do corpo têm sentido para a eternidade. Meu trabalho, meu esforço, minhas alegrias, minhas melodias, meus descansos, meus risos, minhas dores e lágrimas, nada disso é perdido. Tudo isso é assumido pelo poder de Cristo, e tudo isso dura para sempre: o amor que dei, o amor que recebi, a vida que vivo, tudo isso é assumido pelo poder de Cristo como alegria e felicidade minha para sempre. Maria, minha irmã elevada ao céu, faz-me compreender isso e, por isso mesmo, é para mim sinal de esperança, sinal de Deus, arco-íris de Deus que me ajuda a compreender que nada está perdido, porque Deus decidiu fazer de nós seus filhos e suas filhas. É mais ou menos assim que prefiro olhar para Maria, minha irmã. A primeira de todas, mas, uma entre todas as mães. A Maria de Nazaré, a esposa de José e a mãe de Jesus. Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr

SCE Super-Região 27


UM AlMOÇO ESP1R1TUAl O dia estava feio, escuro, frio. Eu lia, tranqüilo e gostosamente, o grosso jornal de domingo. Bem no momento em que me deliciava com o fino humor da crônica semanal de João Ubaldo Ribeiro- um verdadeiro "oá-sis da nossa imprensa cheia de matanças, assaltos e roubalheiras" no dizer de uma leitora - minha mulher apareceu na sala e me disse "bem que você poderia acender a lareira. Acenda que vou trazer um aperitivo". Confesso que não era o que queria fazer naquele momento. Ademais, acender a lareira dá trabalho. Mormente em um dia um tanto quanto desanimador. Larguei João Ubaldo pela metade, louco para chegar ao fim e dar boas risadas. Até dizem que a risada faz bem à saúde. Pelo menos foi o que li em um livro. Mas, como disse, larguei a crônica. Levantei-me da comodidade deliciosa do sofá, fui buscar a lenha, os apetrechos, jornal velho para começar o fogo e, é claro, o indispensável fósforo. Com a devida técnica (sou perito na arte!) arrumei os gravetas, por cima coloquei a lenha, acendi o fósforo e o fogo, tímido a principio, logo tomou conta da lareira, irradiando um calor gostoso. Foi aí que ela chegou com o aperitivo: um potezinho com castanhas de caju, um pão de forma cortado em quadradinhos e um patê de queijo e berinjela. Eu já ia avançando no tira-gosto quando ela interrompeume: "Por que você não vai buscar uma garrafa daquele vinho especial 28

que você ganhou? Vai, porque eu preparei uma surpresa para o nosso almoço" . Curvei-me à ordem. Um pouco desconsolado olhei para o jornal, aberto em cima do sofá e, meio a contragosto pensei: o João Ubaldo tem que esperar. Mas valeu a pena. O aperitivo estava uma delicia. O vinho ficou ainda mais gostoso quando ela serviu a surpresa, uma macarronada regada por suculento molho de tomate em meio a uma carne muito bem temperada. E ali, acalentados pela lareira e aquecidos pelo vinho encorpado, conversamos muito enquanto saboreávamos o macarrão. Foi uma tarde prazerosa, cheia de encanto. Só nós dois no sossego aconchegante de nossa sala a conversar e conversar, a trocar idéias, comentar acontecimentos, fazer planos e dar boas risadas. Um episódio simples. Até mesmo corriqueiro. Sem nada de extraordinário. Puramente natural. Claro que poderíamos ver o nosso almoço com um olhar apenas humano. Poder-se-ia até considerálo como muito romântico. Vê-lo como uma cena de filme ou de uma novela. Mas podia-se também, como fizemos, contemplar nossa encantadora refeição com um olhar de fé. Esta transforma, metamorfoseia, transubstancia uma realidade puramente humana em uma vivência divina, em um canal que confere a graça, a vida de Deus mesmo. Afinal, não existe nada mais natural do que a água. Ela está em CM 387


qualquer fonte ou torneira. Entretanto quando esta água, tão simples e natural, é derramada na cabeça do bebê, no batismo, quando é vista pelo ocular da fé, a criancinha torna-se filha de Deus, a vida da graça empolga o pequeno ser. Nada existe tão natural e singelo como o pão e o vinho. Entretanto, quando após a consagração, na missa, o sacerdote diz "eis o mistério da fé" eu vejo sem duvida um pedaço de pão e um cálice de vinho, mas o olhar da fé nos dá a certeza que ali está o Corpo e o Sangue de nosso irmão Jesus, que foi chamado de Cristo, o Salvador. Assim também o nosso almoço de hoje, singelo e comum como tantos outros, não ficou preso apenas ao nosso mundo. Olhado com a visão de fé, foi além, tomou-se um canal de graças. Tomou-se um ato sacramental.

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Mmal o matrirnônio é um sacramento permanente que se realiza mediante o sinal que lhe é próprio: todo ato, gesto ou palavra de amor trocado pelo casal. E Deus não o criou para fazer crescer o nosso amor? E quanto mais ele cresce e aumenta, mais nos é possível ter uma idéia, a mais próxima que é possível ao ser humano, do que Deus é: "o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus, porque Deus é amor" (lJo 4, 7) Não foi São Paulo, por sua vez, quem disse uma coisa bem importante, a propósito de nosso singelo e delicioso almoço? "Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus" (1Cor 10, 31). Aí está a espiritualidade conjugal.

Luiz Marcello (da Esther) Eq. lA - São Paulo

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X CONGRESSO REGl lA DA PASTORAl FAMlllAR Realizou-se na cidade de Sorocaba, de 5 a 7 de setembro de 2003, o X Congresso Regional da Pastoral Familiar do Estado de São Paulo, com o tema "Acreditar na Família é Construir o Futuro". Dom Paulo Mascarenhas Roxo, Bispo responsável pela Pastoral Familiar esteve presente nesse Congresso, que contou com a participação de diversos bispos, sacerdotes, diáconos permanentes, seminaristas, religiosas e leigos vindos de 43 dioceses do nosso estado e coordenadores regionais dos Movimentos: Equipes de Nossa Senhora, Encontro de Casais com Cristo, Orientações Vivência Sacramental e Ação Familiar do Brasil, no total de 280 participantes. O casal Osmarina e Toninha, Casal Responsável da Região São Paulo Sul I representou o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, que na cerimônia de Abertura contou com a presença do Casal Responsável da Super-Região Silvia e Chico. Vários casais equipistas participaram desse Congresso, bem como muitos fizeram parte da equipe de apoio. O Casal Nacional da Pastoral 30

Familiar, Vera e lvanor Altmeyer falou sobre "As conquistas e desafios da Pastoral Familiar no Brasil"; Célia e Wanderley Pinto, coordenadores da Pastoral Familiar falaram sobre "As realizações e propostas da Pastoral Familiar no Estado de São Paulo"; Pe. João Alfredo P. Campos, assessor eclesiástico da Arquidiocese de Sorocaba, falou sobre "As atividades da Pastoral Familiar no nosso sub-regional". O Congresso foi enriquecido com duas palestras do Mons. Joaquim J. Carreira, da Diocese de Jundiaí (SCE das Equipes de Nossa Senhora) que falou sobre os temas "Evangelizar pela Família, para a vida" e "Evangelizar a Fanu1ia". Foram desenvolvidos trabalhos pastorais com os representantes dos sub-Regionais sobre Formação de Agentes, Bioética, Preparação para o Casamento, Casais em Segunda União e Tribunal Eclesiástico.

Eulza e ]acir Sub-Regional Sorocaba Eq. 6B - N. Sra. Mãe da Igreja Sorocaba, SP CM 387


UMA HlSTÓRlA DE AMOR E MUlTAS SAUDADES ... ';t\ graça do Senhor Jesus Cristo esteja

com o vosso Espírito" (Filêmon 1, 25).

Eu, Rosa e Edson fomos casados durante 35 anos e tivemos 4 filhos. Nossa vida sempre foi iluminada pelas bênçãos e glórias de Deus, e Ele havia feito um plano para nós. Vivemos um amor cheio de compreensão, fidelidade, ternura, fé, perdão, caridade ... e com dedicação educamos nossa faml1ia. Um dia, convidados pelo Pe. Júlio César, conhecido como "Pe. Axé", de nossa paróquia, ingressamos nas Equipes de Nossa Senhora. Lembro-me que minha resposta foi "sim", a do Edson ainda mais completa e bonita: "Para Nossa Senhora nunca direi não, mas, sempre sim". Foi um tempo já antecipado que passamos no céu juntos, ao participarmos desta equipe, que recebeu o nome de Eq. de N. Sra. Aparecida. Notava-se que ele vestira a camisa do Movimento com muito amor. Nós fomos eleitos o primeiro Casal Responsável da nossa equipe. Nos dias 22 e 23 de fevereiro de 2003, tivemos a graça de participar, em Itumbiara, GO, do EACRE, onde vivenciamos o "Ser casal cristão" e equipista e nos sensibilizamos muito com o tema da Campanha da CM 387

Fraternidade deste ano "A Fraternidade e os Idosos". No dia 24 de fevereiro, durante a nossa missa mensal das Equipes de Nossa Senhora, ainda tomados pela alegria de termos participados do EACRE, nós, juntamente com outros dois casais fomos convidados para testemunhar a nossa experiência vivida no EACRE. E o Edson falando sobre as maravilhas vividas no dia anterior, disse suas últimas palavras: " ... eu sinto que Cristo está comigo. Eu estou feliz ... ", e voltou para o Pai, de uma forma tão linda que jamais será esquecida. Foi assim que o meu amado e querido Edson se despediu de mim, de seus filhos que estavam também presentes e de toda a família equipista de nossa cidade. Com o coração cheio de saudades, deixo aqui um recado para todos os casais das Equipes de Nossa Senhora: Amem-se e sejam felizes, para que, quando partir o seu cônjuge, possam dar glórias como eu.

Rosa (do Edson) Eq. 1- N. Sra. Aparecida Canápolis, MG 31


mínimo, em outras tantas a alegria de estarem na partilha. Se você é um daqueles que guardou a Carta Mensal sobre o Encontro de Brasília sem a ler, acorde! Vá procurá-la e não perca esta oportunidade de crescer. Márcia (do Nolasco) Equipe N. Sra. da Glória Teresópolis, RJ

Vá Procurá-la! Quando abri a Carta Mensal de setembro, o primeiro pensamento que tive foi: "Ih! É toda sobre o Encontro de Brasília". Não fomos ao Encontro, por impossibilidade profissional e uma mistura de pouco caso e despeito tomou conta de mim. Meu marido foi fazer o Cursilho de Cristandade adiado por quase 20 anos. Tive de substituí-lo na loja e levei como companhia de horas vagas a Carta Mensal. Li todos os artigos em ordem inversa, mas ao me deparar com os textos sobre as palestras do encontro fiquei chocada! Quanto preconceito eu tive! Texto após texto, tema após tema, fui crescendo e me sentindo participante de tudo aquilo. Preocupei-me em falar com os outros membros de minha equipe o quanto era interessante e pude sentir que o primeiro pensamento que me veio, também .foi o pensamento deles. Meu marido voltou do Cursilho motivado, emotivo e confiante. Eu, aqui de longe, fiz também o meu retiro, principalmente revendo os meus preconceitos e me motivando, emocionando e mergulhando nessas "águas mais profundas". Essas 4000 pessoas que estiveram em Brasília proporcionaram, no 32

••• Renovação e Acolhimento Desejamos, aproveitar esta oportunidade para expressar toda nossa satisfação em fazermos parte de uma equipe que já completou 30 anos, a Equipe N. Sra. do Caravaggio, de Porto Alegre. O bem que nos faz, o clima de amizade existente entre os casais que se estende até os nossos filhos, na busca constante do crescimento da fé, no serviço ao próximo, é a razão de fazermos parte das Equipes de Nossa Senhora. "As equipes de Nossa Senhora têm por objetivo essencial ajudar os casais a caminhar para a santidade, nem mais nem menos" Pe. Henri Caffarel. Queremos testemunhar que após dois anos de participação já estamos engajados na solidariedade cristã: Virgínia como catequista da 1o Eucaristia e Márcio como Vicentino. Obrigado meu Senhor por nos colocar nesta maravilhosa Equipe. Virgínia e Márcio Eq. IA - Porto Alegre, RS CM 387


EXPERlÊNClA DE NATAL! Eu era um jovem radiante, por- tudo e a euforia do que estava exque acabara de tirar minha cartei- perimentando me fez esquecer as ra de habilitação para dirigir, acha- horas. Quando me dei conta, já esmada carteira de motorista. Morá- tava razoavelmente escuro e julguei vamos em Goiás, e tínhamos um que não devia mais ficar. Tomei ensítio que ficava a uns 30 km da ci- tão o caminho de volta com a velha dade. Certo dia, no final da tarde, caminhonete, por uma estrada bem papai me pediu que fosse até lá le- conhecida por mim, porém estreita, var alguns mantimentos e materiais com mato alto nos dois lados. para o caseiro. Lá fui eu, feliz da Na metade do caminho, após vida, pois era a minha primeira ex- passar por um buraco, os faróis e periência de dirigir sozinho nossa as luzes internas se apagaram comcaminhonete, já bastante usada pletamente. Eu não tinha nenhum neste vai e vem. dispositivo que pudesse clarear o Correu tudo bem no trajeto e eu ambiente. Era uma escuridão de dar não deixava de refletir na confian- · medo. Ali parado, no mato, sem ça em mim depositada pelo meu pai. enxergar nada, nem mesmo dentro Cheguei ao sítio, descarregamos da caminhonete, e ouvindo sons es-

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tranhos por todos os lados, confesso, que tive medo. Não sabia exatamente do que, mas era uma sensação horrível. De fato, eu conhecia bem aquela estrada e aquele trecho era até uma grande reta, mas andar na escuridão, era impossível. Não sei quanto tempo se passou, pois nem havia como olhar o relógio, mas, para mim, foi uma eternidade. De repente, lá de longe, bem longe, avistei uma pequena luz. Fixando nela o olhar, pude perceber que se aproximava, e à medida que isto acontecia aumentava a minha esperança de sair daquela situação nada agradável. Quanto mais se aproximava a luz mais claridade havia, mais esperança, mais conforto. Até que, fmalmente o carro chegou onde eu estava. Ufa! Que alívio! Que alegria! Era um de meus irmãos, era a salvação. Papai, preocupado com minha demora, enviouo em meu auxílio. A solução para o problema foi simples. Era apenas um dos cabos da bateria que havia se desprendido com a trepidação. A cada ano, o Natal me faz relembrar deste episódio em minha vida, pois vejo muita semelhança entre esta experiência que vivi e os aspectos da vinda do Messias. O profeta Isaías assim disse: "O povo

que andava nas trevas viu uma grande luz, uma luz raiou para os que habitavam uma terra sombria como a da morte" (Is 9,1). Longe da luz, não há como caminhar. Junto à luz há conforto, alegria; é caminhar com segurança. Pude constatar isso e estabelecer 34

algumas comparações, pois esta passagem da minha vida pareceu até a encenação de parte da história da salvação. O Pai, preocupado conosco porque nos ama, enviou seu Filho Jesus para nos salvar. Ele é a luz que ilumina nosso caminho. Quanto mais junto dele, mais fácil é caminhar. Ele é o Emanuel, o Deus-Conosco. Como no meu caso, mesmo que não se ande ao encontro da luz, ela vem ao nosso encontro. Vale a pena abrir as portas do nosso coração e deixá-la entrar. Ao avistar aquela luz ao longe, não tirei mais os olhos dela, não prestei mais atenção aos barulhos, mas, tão somente à luz, pois sabia que ali estaria minha salvação, e este raciocínio se aplica também à pessoa de Jesus. É nele que está nossa salvação e não podemos perder nosso foco nele. O Natal pode ser para nós, a cada ano, a oportunidade de avistar aquela luz mesmo que distante no início. Se puder, vá ao encontro dela. Se não puder, deixe que ela se aproxime, acolha. Você verá a diferença que faz. Em qualquer dessas situações, indo ao encontro ou esperando por ela, não desvie o seu olhar. Não se impressione com os barulhos, ou com as trevas; busque aquele que afirma: "Eu sou a Luz". Natal é tempo de paz, de harmonia e de fraternidade. Para se ter sucesso e felicidade, recomendo: aproveite o Natal e mantenha o foco no aniversariante. Feliz nascimento de Jesus no seu coração e em sua família!

Valdison (da Maria Teresa) Equipe 11 B - Campinas, SP CM 387


PRESENTE DE NATAL EM lSRAEL "E tu, Belém, terra de Judá, não será mais a menor, pois de Ti nascerá o Salvador".

Para mim, estar em Israel, foi o melhor presente de Natal. Natal que é minha festa favorita. Não a troco por nenhuma outra. Natal-ternura, Natal-alegria, Natal-saudade, Natal-infância ... Um lampejo de esperança e um hino de paz a cada ano, em dezembro. Gostaria de deixar os enfeites natalinos durante o ano todo. Distante 8 km apenas de Jerusalém, Belém é uma espécie de bairro da grande capital. Nos tempos de Jesus, Belém era um lugarejo minúsculo, desconhecido, perdido no mapa. Nem Herodes, o rei, sabia de sua existência e localização. Hoje, Belém é um centro de turismo munCM 387

dial, parada obrigatória de todas as caravanas de peregrinos. A entrada principal na Basílica da Natividade é baixa e estreita, fazendo-nos refletir o quanto precisamos nos abaixar, nos curvarmos para vermos o Cristo. Iniciamos a visita, descendo até a cripta. A Basílica superior é propriedade exclusiva dos ortodoxos. Aos católicos, ficou a capelinha, bem no canto, junto à parede, onde estivera a manjedoura. A Basílica da Natividade, construída nos tempos de Constantino e de sua mãe, Santa. Helena, tem seu marco inconfundível: aquela mundialmente famosa estrela no chão, no altar, indicando o local do nascimento, com a fra35


se em prata: Hic de Virgine Maria Jesus Cristus natus est. Aqui nasceu Jesus Cristo, filho da Virgem Maria. O aconchego subterrâneo da capela e o silêncio, ajudam-nos asaborear a sacralidade do lugar. Levam-nos a entender melhor porque só duas classes de pessoas viram o Menino Jesus - os pastores, gente simples que sabia que não sabia nada e os Reis Magos, letrados, que sabiam que não sabiam tudo. Como sempre, a mediocridade não tem vez. Emoção nada menor foi visitar a Capela de São José. José do silêncio, do anonimato, da perseverança. José humilde, fiel, profundamente orante e sensível às coisas de Deus. Como Maria, José também guardava tudo em seu coração. Completando a visita fomos à caverna de São Jerônirno, hoje Capela Jerônirno,

doutor da Igreja, tradutor da Bíblia em Latim. Ele viveu seus últimos dias junto à gruta de Belém. Um raro exemplo de amor natalino, de afeição ao Cristo do presépio. O alegre anúncio do Natal se repete a cada ano, mas também nos leva a um questionamento interior que incomoda. Talvez seja por isso que muitas pessoas estão deixando de gostar do Natal. Esta festa nos incita a um renascer, a um recomeço, e muitas vezes, preferimos optar pelo continuísmo, pelo comodismo. Não, não vamos deixar de passar para os nossos filhos e netos a magia dessa noite venturosa em que nasceu o Salvador!

Ana Maria (do Paulo) Eq. 13A - N. Sra. das Estrelas Sorocaba, SP

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DOlSTRONOS As forças que verdadeiramente governam o mundo, aquelas que, sem alarde, fazem a cabeça das pessoas, decretaram, de uma forma hábil e sutil, que se pode viver muito bem no mundo sem Deus. Na verdade, os filósofos racionalistas já decretaram a morte de Deus há alguns séculos. O Homem não precisa de Deus, ensinam. A razão humana é suficientemen36

te inteligente e hábil para conduzir o próprio destino. Não necessita de nenhuma luz especial e nem de nenhum guia sobrenatural. Não necessita de ninguém para ditar-lhe normas de comportamento. O Homem é seu próprio guia. E a fantástica evolução e o extraordinário progresso tecnológico alcançado nos últimos tempos parecem consolidar esta tese. E verdade que poucos se atreCM 387


vem a declarar categoricamente a morte de Deus. No entanto, o estilo de vida que se propõe, as necessidades e as urgências do homem moderno, dispensam Deus. O homem moderno não tem mais espaço, nem tempo para Deus em sua vida. E muitos nem sabem direito quem Ele é! Porisso, imaginem, nem sentem falta dele! O homem de fé, por sua vez, sabe que esta rejeição de Deus é desastrosa para a humanidade. Sem Deus o Homem se perde. Porque se toma vítima da sua própria miopia e da incapacidade de domar e orientar seus impulsos e instintos. Sem uma luz superior orientadora e educadora, a diferença de idéias e doutrinas facilmente descamba em conflitos, que, na maioria das vezes, são resolvidos à base da força. E a história dos intermináveis confrontos e ódios entre nações e indivíduos comprova que a força nada resolve, apenas represa ressentimentos. Por isso, o homem de fé, sensível diante desta profunda necessidade que o ser humano tem de Deus, busca, em oração e contemplação, luz e inspiração para convencer o semelhante a acolher, sem medo, o Criador em sua vida. Ora, numa sociedade que valoriza tanto as aparências e o barulho, pode-se pensar que um meio eficaz de apresentar Deus seria também falar alto e atrair atenção. Quem sabe, adotar até estratégias de marketing e de propaganda! O olhar atento e contemplativo sobre Jesus, porém, inspira outras atitudes. O homem de Nazaré entrou e saiu do CM 387

mundo, de uma forma idêntica. Nasceu sozinho, acompanhado apenas de Maria e de José, despojado, tendo uma manjedoura como cama. E morreu igualmente sozinho, abandonado e rejeitado, acompanhado novamente de Maria e um punhado de mulheres, mais o João, completamente despojado, com a cruel cruz como leito de morte! A manjedoura e a cruz, os dois tronos escolhidos por Jesus. Suas tribunas preferidas. E para comprovar que a humildade e o despojamento devem ser as armas preferenciais de evangelização, o Rabi repetiu várias vezes e de variadas maneiras a lição da mansidão e do serviço ao irmão. A humanidade, por mais que grite e reclame sua independência de Deus, necessita demais dele, de suas verdades, de suas luzes. Deus, claro, sabe disso e conhece também que o caminho mais seguro para penetrar e libertar o coração soberbo e convencido do ser humano é a humildade. Por isso, escolheu vir ao mundo, quase que escondido, de mansinho. Não há, pois, maneira mais eficaz de anunciar Deus senão esmerar-se na humildade e exercitar-se no despojamento. Ora, se estas sempre foram as armas preferidas de Deus, é porque são as mais eficazes. Preparar-se para o Natal significa, então, aplicar-se na lição da renúncia e do rebaixamento! Afinal, foi na manjedoura e na cruz que Jesus revelou, da forma mais eloqüente, o verdadeiro rosto de Deus!

Pe. Charles SCE Araçatuba, SP 37


JUBllEU DE PRATA DO PAPA JOAO PAUlO 11 O Artesão àa Paz O papa João Paulo II, dando continuidade ao magistério de seus predecessores sobre a paz no mundo, é o grande peregrino e defensor da paz. Viajou por todo o mundo confirmando os irmãos na fé, pregando o diálogo dentro das nações e entre elas, o perdão, o amor e a paz que é fruto da justiça. Sua autoridade tornou-se grande já a partir do atentado sofrido na Praça de São Pedro, em Roma, a 13 de maio de 1981. Pode-se dizer que provou, com sangue derramado, seu seguimento de Cristo até no perdão ao agressor. O seu clamor aos grandes e aos pequenos neste mundo em favor da paz é levantado a cada dia. Homem de diálogo e de solidariedade com os sofrimentos dos povos, desde sua juventude experimentou as perseguições e injustiças do nazismo e do comunismo. Trilhou o longo e paciente caminho do ecumenismo entre cristãos e do diálogo interreligioso com os não-cristãos e os homens sem fé. Sempre disposto a acolher, na caridade sem limite, o diferente, a cultura e a religiosidade dos povos. Tive grande graça e alegria de participar de perto de sua solicitu38

de pela Igreja no mundo inteiro nos sete anos e meio que trabalhei no Vaticano. Estive várias vezes com o Santo Padre, em particular e nas reuniões com outros bispos e cardeais. Sempre o vi generoso em seus pronunciamentos para julgar pessoas, mas muito firme em condenar erros e injustiças. O que nos oferece este pontificado de 25 anos corno sucessor de Pedro? Um exemplo de pastor solícito, presente na consideração das mais variadas questões de interesse do bem comum e da paz, enviando mensagens ou mensageiros com uma palavra de fé, de esperança e de exortação ao perdão e à solidariedade. Artesão paciente e incansável da paz em todos os conflitos. O seu magistério é rico. São numerosas encíclicas, exortações apostólicas, catequeses, discursos, CM 387


reafirmando incansavelmente a doutrina do Concílio Vaticano II. Com três anos de preparação, ele marcou com seu zelo o Grande Jubileu do ano 2000, dando à Igreja e ao mundo uma contribuição de renovada fé e esperança. Não posso esquecer sua atenção particular para com os jovens que lhe retribuem o afeto e a admiração em todos os contatos realizados. Sua força de vontade, humildade e simplicidade cativam católicos e não-católicos. O papa é pastor, sente-se feliz em estar com o seu rebanho. Cada viagem apostólica parece rejuvenescer o seu espírito. O entusiasmo pelo ministério não desfalece jamais, não obstante seu sofrimento físico. O Brasil sempre foi visto por ele com atenção, esperança e carinho, aqui estando em

duas grandes e inesquecíveis viagens. Que o Jubileu de Prata do seu pontificado seja ocasião para aumentar a consciência eclesial do sentido do ministério de Pedro e a atenção aos seus ensinamentos e para realizações de celebrações de ação de graças por todo bem e dedicação à Igreja e ao anúncio do Evangelho de Nosso Senhor. Tomara que o Senhor guarde João Paulo II sempre no seu amor e lhe conceda conforto e graça nos sofrimentos físicos e fadigas na condução da barca de Jesus que é a sua Igreja.

Dom Geraldo Majella Agnelo Cardeal-arcebispo de Salvador, BA e presidente da CNBB (Extraído da "Família Cristã" - outubro/2003)

SOBRE O CASAMENTO Estando, eu própria, casada há 39 anos, lanço um olhar de trás para frente, sobre o ponto final que os contos de fadas colocam quando o casamento apenas se inicia: "e foram felizes para sempre ... " Felizes como? A que felicidade se está referindo? Se felicidade significa ausência de conflitos e de sofrimento, essa afirmação é falsa. Rememorando todo o percurso, desde o dia em que dissemos, um ao outro, o sim para toda a vida, vêmme a lembrança muitos eventos e vivências extremamente gratificanCM 387

tes, mas grande parte foi de dificuldades, desencontros e dor. Sendo assim, valeu a pena permanecermos juntos até hoje? Sem dúvida valeu a pena. Valeu pelo que construímos juntos, tanto fora como dentro de nós mesmos. Fora, construímos a família maravilhosa com que Deus nos presenteou; filhos saudáveis, inteligentes, íntegros, dedicados e que estão seguindo adiante, construindo, eles também, uma vida produtiva. Juntos batalhamos por um lugar de participação influente na sociedade, atu39


ando junto à escola, aos amigos dos filhos e suas farru1ias. Pudemos nos apoiar ainda, um no outro para, mais confiantes, desenvolver uma atividade profissional com determinação, com consciência da profunda responsabilidade diante de nossos clientes. Cada um na sua área, mas partindo de uma base comum de valores e de princípios compartilhados e reforçados pela troca de idéias e de experiências, ao longo do percurso. No interior de nós mesmos, pudemos ir, aos poucos, construindo a nossa identidade única, a partir do olhar do outro, olhar esse que configura, que espelha, que constituí. É através desse olhar que podemos ser o que somos. A identidade não se constitui na solidão, mas a partir do outro. Que outro mais importante haveria, na vida adulta, do que o cônjuge? E como é valiosa essa continuidade para que atravessemos as diferentes fases da vida, as etapas de desenvolvimento, as épocas de crise, os momentos de dependência e de necessidade, sempre nos reportando a esse referencial. Como é importante essa continuidade para aprendermos nesse laboratório conjugal a lidar com os mais diferentes eventos, circunstâncias e conflitos que a vida nos traz. É nessa longa e contínua vida a dois que podemos aprender o significado da experiência e viver com consciência, os sentimentos que ela nos traz. É nessa troca diuturna e constante que nos preparamos, agora, para o envelhecimento. De novo uma fase inédita: estamos envelhecendo e a morte, sem dúvida, se apro40

xima. Juntos vivemos agora as perdas inexoráveis e, infelizmente, para alguns perdas absurdas como a de um filho. Quanto as primeiras, enfrentamos juntos a perda do vigor da juventude e da vida adulta, a perda de parte ou da totalidade da potência sexual e da libido, a perda progressiva das atividades profissionais. Temos que, juntos, a valiar a diferença de ritmo e de intensidade em que tais perdas chegam para cada um. Temos que lidar, juntos, com essa defasagem e juntos traçarmos um projeto de vida para daqui para frente. Isso requer toda a experiência de urna vida de diálogo, de troca, de adaptação e de respeito. E então percebemos a inestimável importância dessa bagagem de vida a dois, que pudemos construir, vencendo toda a sorte de desafios e de dificuldades, partilhando as alegrias e as dores, reverenciando e valorizando os sucessos de cada um, dando significação aos aparentes fracassos que um e outro têm experimentado. Sim, valeu a pena vencer a tentação de nos separarmos por ocasião de duras e profundas crises. Hoje estamos juntos para a nova fase que se nos apresenta e que requer muita compreensão e sabedoria para que, a partir dela, possamos nos projetar para a vida futura em que, de algum modo, eu o acredito, também estaremos juntos.

Maria Apparecida Pedreira de Freitas Colaboração de Zélia e José Maria Duprat Eq. 1E - São Paulo CM 387


Meditando em Equipe Estamos no tempo litúrgico do Advento. A Liturgia nos conduz a questionamentos importantes para a nossa vida cristã. Meditemos nas conseqüências profundas que a presença de Jesus pode causar em nossas vidas. Aceitar o Salvador, deixá-lo aparecer mais em nossas vidas é uma alegria que garante a felicidade eterna.

leia o Evanqe1ho de Lucas, 3,

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Sugerimos estas questões para ajudá-los na meditação: Perguntemos hoje a João Batista: O que devemos fazer para acolher melhor Jesus? Jesus vem para nos limpar, nos purificar. Em que podemos colaborar para que isso aconteça em nós, em nossa família? Pe. Ernani

.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . Oração lirurqica Isaías, 12, 1-3 "Eu te agradeço. Senhor: estavas irado contra mim, mas deixaste a tua ira e de mim tiveste compaixão . Eis o Deus que me salva, eu confio e nada temo! O Senhor é minha força e meu alegre canto. O Senhor é a minha salvação". Com alegria tirareis água as fontes da salvação. E naquele dia direis: "Louvai o Senhor, aclamai o seu nome! Divulgai entre os povos As proezas que ele faz! Comemorai, que sublime é o seu nome! Cantai ao Senhor, que ele fez maravilhas. Seja isso conhecido pela terra inteira. Clama e grita de alegria, tu que moras em Sião, pois o Deus Santo de Israel é grandioso em teu meio".


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