ENS - Carta Mensal 367 - Outubro/2001

Page 1

.•

>C

o

ã


EQUlPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n°367 • Outubro/

EDITORIAL Da Carta Mensal ... ... ........ .... ...... . O1 SUPER-REGIÃO BRASIL Palavra o Padre Flavio ............... 02 Palavra esponsáveis da Supe -Região ...................... .. .. 03 SUPER-REGIÃO NA PROVÍNCIA NORTE Acolhida, Hospitalidade, Amizade ... 06 Foi Ela Que Tudo Fez .............. .... . 07 O Sol Bri hou para Todos .. .......... . 08 Santa Maria de Belém do Grão-Pará .................. .. .......... 09 A Nossa Mensagem ............ .. .. .... 1 2 Deus Opera Maravilhas ........ .... .. 1 3

2001

Um Sol Diferente ...................... .. . 22 Eleição Do Cr De Equ ipe ............. 23 A Correção Fraterna .... ........ .... .... 2 4 Sessão de Formação III ............... 26 Equipes de Jovens de Nossa Senhora .... .. .... .... ........ . 28 COMEMORAÇÕES DE OUTUBRO Antes Que Eles Cresçam ............. 31 Você Pode Fazer a Diferença ....... 33 Missões ... ... ... ....... ....... .... ....... .... . 35 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES ....... 36 MARIA Maria , A Árvore que Dá Bons Frutos .... .... .... .. ....... 39

PALAVRA DO PROVINCIAL Outubro É o Mês das Missões .. .... 14

PASTORAL FAMILIAR Cultive a Paz na Família .. .. .......... 41

CORREIO DA ERI A Pessoa Humana no Projeto de Deus .. .. ....................... 1 6 Pessoa Humana , Quem É N'ocê? .......... .. ........ .. .. .. .. 18

TESTEMUNHO O Carinho da Mãe .............. .. ...... 42 Gesto Concreto de Amor Ilustração ...................... 44 Presença no Mundo ...... .... .. ......... 46

VIDA NO MOVIMENTO Carta Mensal .......... .. .. .... .... .. .. ..... 20

REFLEXÃO Delicadezas ...... .. .. ....................... 48

Carta Mensal é uma publicaçãn mensal da< Equipes de Nassa Senhora Edição: Equipe da Carta Mensal Cecllia e José Carlos (responsáveis) IW/ma e Orlando Soely e- Luiz Au~:usro Lucinda e Marco

Janete e Nélio Pe. Emani J. Angelini (cons. e.<piritual) Jomalista Responsável: Catherine E. Nadas (""b J9S351 Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Nol'lt Bandeira Produções Editoriais Ltda. R. Venâncio Ayres, 93 I - SP Fone: (Oxx/1) 3873.1956

Projeto Gráfico: A/essandra Carig•wni Capa: José Cario>

Canas, colaborações, notícias, tesremunhos e imagens de 1'em ser enviat!as para:

Carta Mensal R. Luis Coelho. 308 5° anda r · conj. 53

Impressão: Quebecor Won/ Süo Paulo

O1309-000 • São Paulo - SP Fone: (Oxx /1 ) 256. 1212 Fax: (Oxx 11 ) 257.3599 cartamensa /@e ns. o rg.IJr

Tiragem desta edição: 15.300 exemplares

A/C Cecília e José Carlos


Queridos amigos equipistas! Com muita expectativa e ansiedade aguardávamos a Reunião da Super-Região Brasil que, visando a unidade e o conhecimento da realidade da Província Norte, foi programada para ser realizada em Manaus, AM, durante os dias 24, 25 e 26 de agosto de 2001. Como as distâncias da Província Norte são enormes, alguns casais da Super-Região, procurando atender a maior parte dos equipistas, deslocaram-se para algumas cidades da Província. Todos os casais da Super-Região Brasil, dona Nancy e o SCE, Pe. Flávio Cavalca, estiveram em Manaus, AM. Podemos testemunhar aos equipistas de todo o Brasil que os momentos vividos nesses dias, na Província Norte, foram marcantes para a nossa vida. Sentimos a grandeza do Movimento, não importando as distâncias e os obstáculos. Percebemos o esforço e o interesse de todos em serem fiéis às orientações do Movimento, ao carisma e à mística. Vibramos com a acolhida, a hospitalidade, a amizade e o carinho que todos os casais desta Província dedicaram a nós. Todos os Encontros programados contaram com a presença da maioria dos equipistas, sendo que muitos deles estavam com seus familiares. Não podemos deixar de fazer uma menção especial à Equipe N. Sra. do Silêncio, formada por 5 casais, sendo a maioria deficientes auditivos.

Ao entrar no salão, onde seria realizada a Santa Missa e o Encontro da Super-Região com os equipistas de Manaus, não pudemos conter a emoção, com algumas lágrimas rolando em nosso rosto, quando vimos a Yara (ouvinte), esposa do Sílvio, fazendo os gestos, enquanto os casais estavam ensaiando os cantos da celebração. Os casais deficientes "cantavam" com as mãos, através da repetição dos gestos feitos pela Yara. É um exemplo para todos nós. Quando desejamos encontrar os caminhos que nos levam ao Senhor, não há obstáculos que nos impeçam de atingir esse objetivo. Conhecendo a imensidão da Amazônia, a sua floresta, os seus rios, temos a agradecer a Deus a sua generosidade ao criar o mundo, pois, nessa região, um pedaço do paraíso ainda existe. Finalmente, uma palavra de agradecimento a todos os casais que colaboraram para que a permanência dos membros da equipe da Super-Região transcorresse da melhor maneira possível. Deus os abençoe! Nesta edição, vocês encontrarão também outros artigos importantes para a nossa caminhada. Outubro, mês das missões e de eleição do Casal Responsável de Equipe. Reflitamos sobre isso. Boa leitura! Com carinho,

Cecília e Zé Carlos Responsáveis pela CM


Palavra do Padre Aávio

ACOLHlDA

-

ver nos casais, nas farru1ias, nos encontros equipistas. Tanta alegria só é possível para quem descobriu os tesouros ocultos nos campos do Reino e a mística de uma proposta de vida no amor. Alegria que pode até ser às vezes barulhenta, mas que acaba sendo tranqüila, porque se sabe duradoura e para ser saboreada sem pressa e sem medo que se acabe. Pude sentir a vida pulsando, o entusiasmo pelas propostas do Movimento, a coragem dos casais no enfrentar os desafios lançados pela Igreja e pelo Mundo, a procura de novos caminhos na fidelidade ao carisma, a maturidade humana e cristã muito clara e realista nas opções e compromissos. Não posso deixar de destacar o trabalho e a dedicação dos SCE que encontrei. Estão comprometidos com o serviço às equipes, procuram aprofundar seu conhecimento do Movimento, sabem apoiar e incitar os casais, quando necessário. Não foram poucos os que afirmaram sentir-se pessoalmente favorecidos , em sua vida espiritual, pela partilha na vida das comunidades ENS. Por outro lado, percebi quanto as equipes valorizam a presença de um sacerdote em seu meio e como sabem também, quando necessário, apoiá-los e incitá-los. Isso tudo devo agradecer a Deus e a vocês. Para mim foi muito bom ver e viver tudo isso. Que Deus lhes pague e os ajude.

Prezados Casais e SCE Ainda há pouco, nos três últimos meses, tive a alegria de me encontrar com equipistas de Niterói, Fortaleza, Divinópolis e Manaus. Lugares tão diferentes, gente tão diferente, irmãos e irmãs tão iguais, com os mesmos ideais, as mesmas lutas, a mesma alegria. Voltei renovado, enriquecido, contente com o que pude ver e experimentar. Vi a alegria com que me acolhiam como conhecido de muito tempo, mesmo que nos víssemos pela primeira vez. Experimentei a atenção cuidadosa que nasce da amizade, a simplicidade de trato natural entre irmãos. Era bom estar ali, era como estar em casa. Acolhido com a mais generosa hospitalidade, lembrei-me de Hb 13,2 e perguntava-me se não me estavam confundindo com algum anjo. Essa hospitalidade cordial é uma das mais belas tradições das ENS. É a manifestação palpável da caridade fraterna, sacramento da convivência cristã que, pela presença do Cristo, nos dá a graça da felicidade alegre. E nesses últimos encontros tive manifestações comoventes dessa hospitalidade: casais ou filhos e filhas que se desalojavam para ceder o quarto e a cama, a mensagem de acolhida expressa num vaso de flores, a mesa preparada como para dia de festa, a disponibilidade a qualquer hora para levar para compromissos ou passeios. De fato, pareciam receber anjos. Encantou-me a alegria que pude

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE da Super-Região 2


O ENCONTRO DAS ÁGUAS

Olá, gente amiga!

cia Norte. Fomos recebidos como irmãos, e o tema por eles escolhido "ACOLHIDA, AMIZADE, HOSPITALIDADE", fez-se sentir em cada gesto, em cada momento deste estar juntos. Vivenciamos maravilhas. Nós, especialmente, estivemos por dois dias com os equipistas de Santarém (Região Norte I). Lembrar-nosemos com muita alegria da reunião com a Equipe de Setor, num galpão de praia, às margens do Tapajós; da reunião no dia seguinte com os equipistas locais (e um casal que andou doze horas de barco vindo de Juruti, só para estar conosco) onde lhes falamos de nossa unidade e respondemos às perguntas e

Toda a Equipe da Super-Região, cumprindo um dos seus objetivos, esteve em Manaus para estreitar os laços de unidade com a Província Norte que, pela posição geográfica e enormes distâncias, se encontra um tanto isolada do restante do Brasil. Como vocês verão em outros artigos, alguns dentre nós, que tiveram condições de vir uns dias antes, estivemos nos encontrando com os equipistas da Região Norte I (Manaus e Santarém) e Norte II (Belém e Pará-Nordeste). Em nome da nossa Equipe de Super-Região queremos dizer "muito obrigado" a toda a Provín3


preocupações. Recordamo-nos com saudades do nosso casal hospedeiro Terezinha e Antonio, nossos pais "de coração", pois é a segunda vez que nos acolhem para "morar" (é o termo usado para dizer que alguém foi hospedado) em sua casa. Quanto a este casal podemos dizer que testemunham muito forte em sua vida a experiência da espiritualidade conjugal. Em Manaus, a acolhida não foi menor. Chegando um dia antes do Encontro, fomos recepcionados por uma comitiva no aeroporto, com faixas e cantos de boas-vindas; casais abrindo as portas de suas casas para partilharmos sua hospitalidade. Tudo preparado com amor e dedicação, muito além do que poderíamos esperar. De 6" feira à tardezinha até domingo às 18,00 horas, esteve reunida só a Equipe da Super-Região. Só saímos no fim da tarde de sábado para a celebração eucarística e reunião com os equipistas de Manaus e para a missa da televisão local no domingo às 8,00 horas. Um dos assuntos tratados em nossa reunião foi o tema do 2° ano da orientação que brotou de Santiago de Compostela e que será oferecido como proposta de tema de estudo do ano de 2002: SER CASAL. Nunca é demais reafirmar que o carisma do nosso Movimento é possibilitar aos seus casais, unidos pelo sacramento do matrimônio, a vivência conjugal plena, levando-os à santidade.

Pensamos no homem e na mulher, destinados por Deus um ao outro. Umcomapose de pujança, de vigor; a outra, a fonte de todos os mistérios. Este é um ideal que vamos assimilar no curso de uma longa caminhada de vida. Entre as maravilhas com que Deus dotou a nossa Amazônia, além de sua gente, de sua hospitalidade e alegria, estão as belezas naturais, e muito especialmente o fenômeno 4


conhecido como o ENCONTRO DAS ÁGUAS. Dois rios grandiosos, com identidade própria, com características bem definidas e diferentes (o Solimões, de águas barrentas e vigorosas, e o Rio Negro, com suas águas escuras e caprichosas), em determinado ponto de suas trajetórias, qual milagre de Deus, convergem para um ponto comum e ali se encontram. Mas não se misturam! Dizem os nativos que o Solimões é a potência, a força, e que o Negro é o mistério. Contemplando aquele colosso de águas que, embora se encontrando para formar um novo rio teimam em se manter apartadas e descem dezenas de quilômetros sem se deixarem penetrar na sua intimidade, fomos impulsionados a meditar na lição da natureza. Viemos a saber que as águas teimosas, somente quando espremidas pelas correntezas fortes das curvas dos rios, quando reviradas pela dureza das pedras do fundo do leito, então sim, deixam-se comungar e, na junção de suas potencialidades, formam um só e impressionante rio. A potência e o mistério, doravante, chama-se Amazonas. Pensamos no homem e na mulher, destinados por Deus um ao outro. Um com a pose de pujança, de vigor; a outra, a fonte de todos os mistérios. Em determinado momento dáse o encontro misterioso, inexplicável, que os atrai para um fim comum: formar um casal. Mas sem se darem conta da

grandiosidade do que passaram a ser, insistem em encontrar-se apenas na superficialidade do seu ser. Não lograram ainda deixar-se penetrar pelo dom do outro e descem a correnteza da vida, lado a lado, é verdade, mas mantendo as posições, mantendo as barreiras, vendo nas diferenças pontos de atrito e não de sua complementaridade. Nessa trajetória, felizmente, vão surgir as curvas do caminho, as pedras das dificuldades enfrentadas a dois e, pouco a pouco, percebemos ql!.e as barreiras do individualismo vão sendo permeadas pelo dom do outro, e nessa mistura das diferenças toma-se a consciência de um novo ser: o casal. Embebido pela graça matrimonial, fortalecido pela vivência dos Pontos Concretos de Esforço e amparado pela ajuda-mútua fraterna, o casal, inteiramente unido no corpo, no espírito e na alma, pode então tomar a consciência do seu valor e fazer de sua vida ó testemunho para anunciar que esse amor é caminho de realização, de felicidade e de santidade. Que o Encontro de Manaus, o Encontro com a acolhida, amizade e hospitalidade, e o Encontro das Águas possam ser para todos nós um exemplo para vivenciarmos o espírito de fraternidade que nos une, e para melhor compreendermos o mistério da espiritualidade conjugal, que é o nosso carisma. Com nosso carinhoso abraço,

Silvia e Chico. CR Super-Região Brasil 5


ACOLHlDA, HOSPlTAllDADE, AMlZADE "Acolham-se uns aos outros, como Cristo acolheu vocês para a glória de Deus" (Rm 15,7) "Sejam solidários com os cristãos em suas necessidades e se aperfeiçoem na prática da hospitalidade". (Rm 12, 13)

E

is aí a razão de termos uma vida cristã dentro de uma comunidade como as Equipes de Nossa Senhora. O acolhimento mútuo, a hospitalidade e a amizade no amor, eis o grande caminho para que mentalidades diferentes não quebrem a união existente dentro de uma comunidade. O Nosso Senhor Jesus Cristo assim fez, quando acolheu judeus e pagãos num só povo. A nossa fonte de responsabilidade é a vocação de acolher todos como irmãos, e assim, estaremos testemunhando o projeto divino de reunir todos os homens. Amigos, que alegria rece-

ber em nossa Província a Equipe da Super Região Brasil! Nos locais visitados, onde existe o Movimento, a tônica foi: a acolhida, a hospitalidade e a amizade entre os equipistas. O casal Regional Norte I, Nazira e João Paulo, estava trabalhando aproximadamente há sete meses, com um pequeno grupo, mas esse grupo se fortificou com as orações, e o que vimos aqui foi uma grande acolhida, uma grande hospitalidade por parte dos hospedeiros, colocando os hóspedes em primeiro lugar e desses encontros surgiram grandes amizades. A Celebração Eucarística no dia 25 de agosto foi o momento mais 6


solene. O ambiente estava muito acolhedor, como merece o nosso Movimento. Nas colunas do salão, um "banner" representava cada Província. A liturgia muito bem elaborada, a entronização de Nossa Senhora da Conceição - padroeira da Região Norte I - e de Nossa Senhora de Nazaré - padroeira da Região Norte II, só veio comprovar a unidade existente nesta imensidão de Província; mesmo longe, estamos muito perto. O celebrante, Pe. Cânio Grimaldi, falava-nos da importância desse tripé: acolhida, hospitalidade, amizade. A Celebração Eucarística ainda teve a participação dos Padres Genaro, SCE da Região Norte I, Pe. Luiz Krichner, SCE mais antigo do Movimento na Província Norte, Pe. Flávio Cavalca, SCE da Super Região, e o recém ordenado sacerdote Pe. Flávio Gomes, SCE da Equipe 22. Para nós, um momento emocionante foi quando observamos o casal Yara e Silvio transmitindo, através de gestos, tudo que ocorria no Encontro, aos seus irmãos da Equi-

pe Nossa Senhora do Silêncio. Jamais ficaram cansados. Parabéns a todos que lá estavam! As palavras de agradecimento do casal Regional Norte I Nazira e João Paulo mostraram o histórico do Movimento nesses vinte e nove anos de caminhada. Quanta riqueza! A Província Norte está agradecida a Deus, a Nossa Senhora e a todos que, direta ou indiretamente, deram a sua parcela de colaboração para que esse evento desse certo. Que Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora de Nazaré abençoem a nossa querida Província Norte.

Graça e Encarnação CR Província Norte ••• FOl ELA QUE TUDO FEZ Como tem sido presente em nossa vida a nossa querida mãe celestial! Ser Casal Regional Norte I, sem a sua ajuda, seria impossível. A nossa dificuldade de comunicação com os irmãos de outras cidades é muito grande; porém, com a sua ajuda, tudo vai se ajeitando. Ao recebermos a notícia de nosso Casal Provincial, Graça e Encarnação, de que seríamos agraciados com a visita de nossos irmãos da Super-Região Brasil, para uma reunião em Manaus, fica7


Chegou o grande dia! A Celebração Eucarística do dia 25 de Agosto de 2001 foi realizada no auditório do Colégio Dom Bosco, repleto de equipistas e de seus parentes. Aí sentimos a alegria, a felicidade do encontro com nossos irmãos equipistas representando o Brasil inteiro. Estávamos lá atrás, observando tudo, quando, de repente, deparamos com uma grande mensagem estampada num "banner": "foi ela que tudo fez ... " Não dá mais para escrever de tanta emoção.

mos, a princípio, alegres, por tão grande privilégio e, ao mesmo tempo, preocupados, por tanta responsabilidade. À medida que a data marcada para a reunião ia se aproximando, fomos nos enchendo de preocupações e a cada momento de preparação notávamos a presença de nossa querida mãe. Foram surgindo muitas dificuldades, e a principal era encontrar "operários para a messe", pois o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, que não é de ação e sim de gente ativa, estava com vários casais comprometidos, participando e engajados em outros serviços da nossa Igreja, ficando difícil a sua participação na preparação desse Encontro. Foi aí que percebemos com maior intensidade a presença de Maria. A todo momento em que nos reuníamos, fosse para preparar a liturgia, a recepção, a acolhida, ou para demonstrarmos a nossa amizade, tudo se resolvia na mais completa harmonia e paz. As idéias fluíam no pequeno grupo e tudo se resolvia de maneira impressionante.

Nazira e João Paulo Casal Regional Norte I

•••

O SOl BRilHOU PARA TODOS É verdade, desta vez, o sol brilhou mais forte na região do extremo norte do nosso imenso Brasil. Tanta alegria e o amor humano acompanhando o nosso clima, sob as bênçãos de Nossa Senhora, fez com que tudo acontecesse conforme os planos do Senhor. Pois, acreditem ... o Encontro da Super-Região ocorreu em Manaus. O sonho foi realizado! O casal responsável pela Província Norte, Graça e Encarnação, juntamente com o casal regional, Nazira e João Paulo, foram iluminados por Deus. Uma bênção! 8


Houve choro na chegada dos casais no aeroporto, por parte deles e nossa. Até as emoções se cruzaram. Após a missa, reunidos com todas as equipes de base e nossos conselheiros espirituais, os membros da equipe da Super-Região se apresentaram e pudemos conhecê-los de perto e sentir o amor que eles têm pelo nosso Movimento. Falaram de suas funções, como e quando eles se reúnem, deram os seus testemunhos etc. Ficamos muito contentes com a presença de D. Nancy, iniciadora do nosso Movimento no Brasil, transmitindo-nos o amor e o carinho que ela sente pelos equipistas. A sua disponibilidade e a sua humildade incentiva-nos a prosseguirmos na caminhada. Falamos a mesma linguagem, os nossos valores são iguais, a nossa vontade de crescer espiritualmente como casal, a luta para manter uma família cristã, ter com quem dividir nossas angústias, enfim, tudo igual! Somos irmãos em Cristo. Só muda o sotaque, afinal do norte ao sul do nosso país, muitos sotaques

se cruzam, mas a filosofia de vida entre equipistas é a mesma. Foi um momento ímpar. Esperamos que o sol continue brilhando para todos.

Lo urdes (do Dias)

Eq. 8 - Manaus, AM

••• SANTA MAR1A DE BElÉM DO GRÃO-PARÁ Foi por Belém que começamos a visita à Província Norte, escolhida para sediar, neste ano, uma das reuniões da Equipe da Super-Região, atendendo à sua proposta de realizar uma das quatro reuniões anuais fora de São Paulo, com o propósito de propiciar maior encontro e comunhão com os equipistas de cada uma das Províncias do Brasil. A reunião estava agendada para acontecer em 24, 25 e 26 de agosto, em Manaus, Região Norte I. Então, para terem igual oportunidade as Equipes de Nossa Senhora daRegião Norte II, alguns de nós abrimos espaço em compromissos e, viajando alguns dias antes, estivemos também no belo Estado do Pará. Como valeu a pena este pequeno esforço! A recepção que nos proporcionaram no aeroporto deu bem a tónica do amável acolhimento que encontraríamos, entre os irmãos 9


equipistas daquela Região, no tempo em que lá estivemos. Com faixas e cantos de boasvindas, mostravam a alegria e a hospitalidade do povo paraense. Os casais hospedeiros traziam um crachá com os nomes do casal que hospedariam. Assim, na noite de 19 de agosto, Cecília e José Carlos (CR Carta Mensal), Rosinha e Anésio (CR Província Sul II) e nós fomos conduzidos pelos casais que nos alojariam em suas casas. Foi um tempo de rico convívio. Tínhamos um roteiro de programação para cada dia de nossa estada, alternando passeios e encontros. Na manhã seguinte à nossa chegada, fomos conhecer a llha de Mosqueiro, balneário fluvial mais freqüentado pelos habitantes da Capital. Regressamos, depois do almoço, para o grande encontro que teríamos, à noite, com os casais e conselheiros espirituais dos Setores de Belém. O evento foi um sucesso. O auditório do Centro Social da Basílica N. Sra. de Nazaré estava repleto de irmãos equipistas. Depois da palavra do Casal Responsável Regional, Sandra e Jaime, fomos chamados para fazer nossa apresentação. Cada casal falou um pouco de sua função na Super-Região, deu a conhecer a sua Província e abordou brevemente algum assunto relativo ao Movimento, que pudesse ser de interesse para a assembléia.

Ao final, fomos todos brindados com uma bonita apresentação do Coral das ENS de Belém e com a execução de danças folclóricas regionais, por um grupo infanta-juvenil, que nos levou a cair no "Carimbó", ao encerramento do espetáculo. No outro dia, fizemos um passeio pela Capital, conhecendo suas belezas naturais e arquitetônicas, sempre ciceroneados por alguns amigos equipistas. À tarde, fomos para a Estação das Docas e saímos de barco a passear, ouvindo boa música regional, coreografia e show de danças típicas. Graça e eu aproveitamos a noite para encontrar os queridos amigos equipistas que viajaram conosco para Santiago de Compostela e Israel, no ano passado. Quruta-feira, rumamos bem cedo para Salinópolis, litoral marítimo, onde nos esperavam os casais das duas equipes locais. Estes irmãos, com sua maneira simples e amável de ser, nos emocionaram. Estavam todos presentes, vestindo camisas com estampas do Movimento. A pro1

o


gramação organizada pelos Casais Responsáveis Yolanda e Gentil e Georgina e Cícero compreendia um momento de mútua apresentação, seguida de trocas de idéias, perguntas e tira-dúvidas. Serviram um almoço típico, por eles preparado, muito saboroso e farto. Na volta, paramos em Castanhal, pois estava programado um encontro com as equipes daquele Setor. O evento foi muito bem conduzido pelo Casal Responsável de Setor, Rivânia e Porto, que distribuiu roteiros para os participantes. Neste encontro, juntou-se a nós o Casal Regina e Cleber (CR Província Leste), recém chegados do Rio de Janeiro. Houve breve litur-

11

gia, que deu lugar às apresentações mútuas, com espaço para os integrantes da SuperRegião fazer suas colocações. No jantar, foram servidos sucos naturais das saborosas frutas da região, e todo o evento contou com o trabalho dos casais componentes do colegiado do Setor. Antes do jantar, houve uma bela apresentação artística de danças folclóricas, executadas por um grupo de senhoras da terceira idade. Está de parabéns o Setor Pará-Nordeste. Quinta-feira, utilizamos a manhã para completarmos a programação, antes de tomarmos o vôo para Manaus. Iniciamos com uma visita ao Senhor Bispo, Dom Zico, que nos recebeu em seu gabinete com a simpatia e o bom humor que lhes são peculiares. Depois, nos estúdios da Rádio Nazaré, gravamos uma breve entrevista, para o programa diário, de duas horas de duração, apresentado pelo equipista Jamesson. Visitamos também uma sala que as


equipes da Região Norte II possuem, no prédio onde fica a Cúria Metropolitana de Belém. Lá ficam os materiais do Movimento e painéis que registram a história do Movimento local. Nesta sala, em sistema de plantão, funciona também o SOS Fam11ia que, em parceria com a Pastoral Familiar, presta assistência às faml1ias. É um trabalho muito bonito feito pelos equipistas. Assim nos despedimos da encantadora e hospitaleira Belém do Pará, ou melhor, Santa Maria de Belém do Grão-Pará, que é seu nome original. Cumpre ressaltar o carinho no acolhimento, que nos levou a experimentar o amor de Deus, no convívio com os irmãos. Também destacamos o modo como valorizaram a presença da equipe da Super-Região, passando um sentido de pertença ao Movimento, expressando isso pela presença maciça nos eventos - muito bem organizados. Conseguiram um aproveitamento de tempo fantástico, incluindo o maior número possível de

encontros com casais das equipes de base. Demonstraram zelo pela unidade, nas questões do Movimento, e mostraram em atitudes concretas a vivência do mandamento novo: "amai-vos uns aos outros como eu vos amo" (Jo 15,12). Obrigado, queridos irmãos da Região Norte II.

Graça e Eduardo CR Província Sul III

••• A NOSSA MENSAGEM Vocês vieram, acreditamos, cheios do Espírito de Deus, ligando o sul ao norte do nosso querido Brasil, e tendo Jesus como orientador do trabalho de que foram incumbidos de realizar aqui em Belém do Pará, Castanhal e Salinópolis. Não vieram sozinhos. Jesus está ao lado de vocês, caminhando com vocês.

12


Por isso o encontro conosco levounos a uma profunda reflexão sobre tudo o que foi colocado, especialmente no que concerne à farru1ia, cujo único modelo está na farru1ia de Nazaré, que nos mostra que o amor não é estático, mas está sempre em movimento, por ser trabalho de uma existência para aqueles que são por ele atingidos. Valeu, queridos amigos e irmãos!

Acinê e Altevir Eq. 21 - N. Sra. Rainha do Céu Belém, PA

••• DEUS OPERA MARAVllHAS No dia 19 de agosto de 2001, tivemos a alegria de receber, na Região Norte ll, os casais das Províncias Sul ll, Sul ID e da Carta Mensal. No dia 20, o Movimento em Belém mobilizou-se para homenagear nossos Conselheiros Espirituais e os pais, além de nos confra13

ternizarmos com os nossos irmãos visitantes que, na ocasião, brindaram-nos com palavras de estímulo, testemunhando a alegria e o compromisso de casais cristãos que escolheram o caminho proposto pelas Equipes para a busca da santidade, no e pelo Sacramento do Matrimônio. Este contato foi muito proveitoso pois, além de conhecê-los e ouvi-los, também apresentamos as realidades e peculiaridades da nossa região. Este inter-relacionamenta promoveu uma grande integração e comunhão. Louvamos e agradecemos a Deus por estes momentos, na certeza de que outros virão para fortalecer o encontro e a comunhão entre todas as Províncias deste nosso país. Oremos para que Deus continue operando maravilhas nas Equipes de Nossa Senhora!

Vera e Roberto CR- Setor B Belém, PA


OUTUBRO ÉO MÊS DAS MlSSÕES "Convençam-se todos os filhos da Igreja de sua responsabilidade para com o mundo. Fomentem em si um espírito verdadeiramente católico. Empenhem-se com afinco na obra da evangelização. Contudo saibam todos que seu primeiro e principal dever pela difusão consiste em viver profundamente a vida cristã". (Ad Gentes 984)

N

o colégio, quando éramos bem pequenos, nos primeiros dias do mês de outubro, recebíamos um cofrinho de lata, azul claro, dentro colocávamos os donativos para as missões. Os donativos eram recolhidos entre os parentes e amigos, os cofrinhos devolvidos no final do mês e o que era arrecadado enviado para as missões. O colégio ficava cheio de cartazes sobre as missões; índios e missionários dos cinco continentes lotavam os jornais-murais. Ficávamos impressionados vendo os índios brasileiros junto com os missionários de batinas brancas. Também em Serra Azul, cidadezinha onde nasceu Altimira, houve uma semana das missões. Foi uma folia, uma festa! Teve quermesse, procissão, fogos, missas e palestras, até um menino, filho de desconhecidos, sentiu vocação e partiu com os padres redentoristas, dando um filho para a igreja. Serra Azul colaborou com as missões. Tudo isso aconteceu há muito tempo. E agora, o que significa o mês das missões? Será que ele toca

os corações como antigamente? Será que ele se restringe aos índios, aos chineses, aos povos da África ou da Oceania? Ao celebrar em outubro o mês das missões, a Igreja mostra que a missão faz parte dela mesma; sem a missão não existiria a Igreja. Sua missão consiste em colocar-se a serviço para gerar uma sociedade mais justa e solidária onde todos se sintam incluídos e participantes. A Igreja é chamada por Deus a realizar no mundo sua missão. Para isso, é preciso estar atenta aos sinais dos tempos, atenta a todas as necessidades do ser humano. A essência da missão universal nos foi dada pelo próprio Jesus de Nazaré que disse: "Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado" (Mt 28, 19-20). Levar Jesus Cri to e estar a serviço dos irmãos é, portanto, a essência da nossa missão universal. O Concílio Vaticano II nos ensinou que temos uma mis ão a cum14


prir, que toda a pessoa humana batizada recebe, pelo sacramento do batismo, a missão de levar Jesus Cristo aos irmãos, tendo responsabilidade para com a Igreja e para com o mundo, pois o serviço de Deus e a caridade com os irmãos darão "um novo sopro espiritual a toda a Igreja". (Ad Gentes 984). Nós, casais das ENS, além da missão universal, temos uma missão específica. Padre Caffarel, no discurso de Chantilly, aponta alguns diferentes aspectos dessa nossa missão. Devemos mostrar para a Igreja que homem e mulher possuem modalidades diferentes, são complementares pela autoridade, quando se unem formam uma entidade única, que é o casal. O casal é obra de Deus, é a obra-prima de Deus, o criador, sendo que o mais importante na criação não é o indivíduo mas o casal. A missão das ENS é mostrar para a Igreja e para o mundo que somos um Movimento de casais, e que não falamos apenas sobre o matrimônio e sobre o amor, mas ftmdamentalmente falamos sobre o casal; sobre as suas dificuldades, alegrias e tristezas, vividas em todas as etapas ao longo da vida. Devemos mostrar que o matrimônio não cuida somente de trabalhar o aperfeiçoamento pessoal e conjugal, mas é o sacramento que trata de transmitir a vida, sendo a perpetuação da espécie humana uma das suas finalidades. O matrimônio é o sacramento que gera e protege a vida, vida que é tão des15

respeitada hoje em dia, um tempo em que predomina a cultura da morte (guerras, abortos, eutanásia, terrorismo, tortura ... ). A missão dos casais das ENS deve, em primeiro lugar, se relacionar com tudo o que diz respeito ao casal e ao casamento, desde a formação dos noivos, das experiências comunitárias, da pastoral familiar, do aconselhamento aos casais em crise etc. Não podemos esquecer que o aspecto fundamental da nossa missão de casais é mostrar aos irmãos que é possível santificar-se no e pelo casamento, vivendo plenamente o nosso carisma fundador. Pelo sacramento do matrimônio, testemunhamos que o casamento é meio de santificação, que ter uma família vale a pena, que a estabilidade familiar gera segurança e paz na sociedade, no país e no mundo. Padre Caffarel, fundador das ENS, muitas vezes recomendou a leitura e a meditação do capítulo 8 da Carta aos Romanos. Nele está a base das relações humanas e o campo onde devemos viver nossa missão. Promover um espírito verdadeiramente católico, como propõe a Igreja, só é possível em Cristo, que nos tornou filhos adotivos de Deus. Por Ele e nele, é que podemos chamar Deus de Pai . Ao chamá-lo Pai, estabelecemos clima de família que se alastra e se propaga universalmente, tornando-nos todos irmãos em Cristo.

Altimira e Paulo Saraiva CR Província Sul I


Carta de Maria Regina e Carlos Eduardo Heise

A PESSOA HUMANA NO PROJETO DE DEUS "É uma lei da vida humana, tão certa como a da gravidade: para vivermos ple-

namente, precisamos aprender a usar as coisas e a amar as pessoas ... e não amar as coisas e usar as pessoas". (John Powell, S.J.)

Queridas irmãs e irmãos em Cristo Jesus. Ao iniciarmos essa nossa conversa, gostaríamos de nos apresentar, já que é a primeira vez que nos dirigimos a vocês, e com muita emoção. Somos Maria Regina e Carlos Eduardo Heise, um casal brasileiro, casados há 33 anos, com quatro filhos, uma nora e dois netos. Entramos para o Movimento das Equipes de Nossa Senhora há 27 anos. Ao encerrarmos nosso tempo como casal responsável da Super Região Brasil, no ano passado, fomos convidados a prestar nosso serviço na Equipe Responsável Internacional, iniciando nossa atividade em setembro do ano passado, em Santiago de Compostela. Queremos, como Maria, dizer que o Senhor fez em nós maravilhas! Sim, Ele as faz a cada dia de nossas vidas. Estaremos vivenciando nestes próximos anos, de maneira muito especial, o ser casal cristão, na Igreja e no mundo. E para que possamos bem compreender esse ser casal, é impre cindível que tenhamos uma noção bastante clara da pessoa humana no projeto de Deus. Em primeiro lugar, o projeto de

Deus é de que todas as mulheres e todos os homens sejam felizes. Ele nos criou para a felicidade, como apogeu de sua obra da criação. Infelizmente, não compreendemos esse projeto, e nossos pecados, como o egoísmo, o egocentrismo, a injustiça e outros mais, é que nos tomam muitas vezes infelizes. Comecemos por recordar que a mulher e o homem fazem parte do projeto de Deus, como colaboradores para a realização de sua obra, conforme descrito no Gênesis. Entretanto, essa obra não é algo acabado, pois à medida que o mundo evolui, as necessidades também vão se alterando. Basta compararmos quais eram os desafios colocados há cinqüenta anos, nos primórdios do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, e os desafios e problemas dos nossos dias atuais, para vermos 16


a imensidão das mudanças em todos os campos da vida humana. Hoje, por exemplo, os problemas de ordem social, política, econômica, religiosa, tecnológica e outros mais, além de serem enormes e complexos, implicam numa abrangência global. Hoje, vivemos um vazio, que só Deus pode preencher. Queremos dizer, como Santa Teresa de Jesus: "Nada te perturbe, nada te espante, tudo passa! Só Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta!" Infelizmente, vemos que a cada dia aumenta mais a distância entre os valores que Deus colocou em nossos corações, como meios para nossa verdadeira felicidade, e os valores que o nosso mundo secularizado quer nos apresentar como fonte e meta de realização. O mundo moderno provoca uma confusão interior, o barulho que predomina fora é o mesmo dentro de nós, e não deixa espaço para o silêncio necessário para ouvir a voz de Deus. Nós, que somos batizados, devemos viver na contramão das coisas do mundo, nadar contra a correnteza. Enquanto o mundo nos mostra a indiferença, o egoísmo, a infidelidade, nós devemos viver a fraternidade, o despojamento, asolidariedade e todos os outros valores cristãos. Corremos o risco, sim, de sermos ridicularizados e criticados por nossas atitudes de vida, porém, se somos batizados, o que importa é vivermos as bem-aventuranças do sermão da montanha. É 17

seguirmos esse Jesus que morreu numa cruz por nós. Ressuscitou e nos ama a cada um em particular, como somos. Em Jesus ressuscitado nós devemos amar sempre, em qualquer circunstância. O amor deve ser o símbolo do cristão. E como saber qual o nosso papel no projeto de Deus dentro desta realidade de nossos dias atuais? Devemos "ler os sinais dos tempos", para aí procurar enxergar qual a vontade de Deus a nosso respeito. E mais, além de ler os sinais dos tempos, procurar perceber em nossas vidas, todos os dias, os inúmeros sinais que Deus nos coloca. Devemos estar com o coração aberto para perceber estes sinais e o amor de Deus. No documento "Ser Casal Cristão na Igreja e no Mundo", no segundo capítulo, que trata da pessoa humana, nos é dado um dos principais parâmetros, como já mencionamos acima, o Sermão da Montanha (Mt 5). Aí está o que Deus espera da mulher e do homem no seu projeto. Devemos ser pobres de espírito, mansos, misericordiosos e puros de coração; mas o mundo hoje nos pede algo mais, é preciso irmos além. E este ir além implica, hoje, em atitudes bem concretas de vida como, por exemplo, vivermos plenamente a solidariedade. "Precisamos aprender a usar as coisas e amar as pessoas... e não amar as coisas e a usar as pessoas. " Com muito carinho, até breve. Paz e Bem!

Maria Regina e Carlos Eduardo


Carta do Conselheiro Espiritual

p

PESSOA l;IUMANA, QUEMEVOCE?

ara refletir um pouco sobre a pessoa humana no projeto de Deus, nós não iremos fazer uma aula de filosofia personalista. Vocês conhecem aquele teste que se faz quase como um jogo: "tomem nota das palavras que associam com ... " Eu farei um teste duplo, desse gênero, sobre a pessoa humana: para nós, na vida de hoje, e a partir do Evangelho. A única finalidade é de convidá-los a refazer esse teste à sua maneira, para verificar, em seguida, que as concepções que carregamos quotidianamente podem se confrontar com a palavra e a ação de Cristo Jesus. A pessoa? Um nome, uma identidade, um DNA único. A pessoa, uma alma e um corpo que não podemos separar. A pessoa, um espírito, uma inteligência, uma vontade, uma sensibilidade, uma consciência. A pessoa, um ser descoberto no encontro, no diálogo. Um sujeito responsável, colocado em relação com as outras pessoas, influenciado, enriquecido pelos outros. A pessoa, um ser que também corre o risco da despersonalização e, então, se encontra ferido, mas permanece uma pessoa, mesmo sob o peso de mil pressões (estresse, exclusões ... ). Um sujeito capaz do melhor e do pior. Um sujeito livre, mesmo em to-

das as espécies de prisões. Um sujeito capaz de conhecer e de defender a verdade. Um ser capaz de amar e de ser amado. Um ser capaz de se dar, que chega até a dar sua própria vida. Agora que eu marquei isso tudo, hesito em começar o segundo teste ... terei eu a ousadia de encontrar aquilo que me parece circunscrever a pessoa humana no Evangelho? Não vou tentar. É melhor, simplesmente pensar, em Jesus indo ao encontro de tantas pessoas tão diferentes. Jesus confia: Ele chama Pedro, André, Tiago, e João para a beira do lago para fazer deles seus companheiros. Um pouco mais adiante, Ele chama também Mateus, o publicano de reputação detestável, que o seguirá. Jesus fica amigo de João, o discípulo bem amado; de Lázaro, cuja 18


morte o deixa transtornado; de Marta e Maria ... Jesus ressuscitado acolhe Tomé, o questionador ("nós nem sabemos qual é o caminho, como poderemos achar o caminho?"), e também incrédulo ("se eu não meter meu dedo no lugar dos pregos ... "), e o reconduz à fé. Jesus aprecia os discípulos fortes, mas afasta energicamente os pretensiosos (os filhos de Zebedeu, que queriam fazer cair o fogo dos céus sobre os adversários e disputar os melhores lugares). Jesus tem compaixão dos doentes, mas vai até o fundo do ser: o paralítico de Cafarnaum é perdoado e, mais do que curado, purificado de corpo e alma. Jesus conhece os dramas que as pessoas vivem, como a samaritana com todos os seus homens, ou então a pecadora que lava seus pés com perfumes, ela que, neste ato, mostra tanto amor! Jesus sente amor até pelo homem rico que se afasta sem poder segui-lo. Jesus pode ser severo com o pecado, com a hipocrisia, mas é terno e misericordioso com a mulher adúltera, que Ele despede com uma simples recomendação: Vai e não peques mais. Jesus fica triste, mas bem lúcido sobre o amigo que tem a infelicidade de traí-lo. Jesus salva o ladrão, crucificado ao seu lado, e o leva ao paraíso. Não há necessidade de ser uma pessoa de prestígio para ser valorizado por Jesus: a cananéia que su19

plica as migalhas da festa é admirada pela sua fé. E quanto às crianças, não devemos nos aborrecer com o barulho e as travessuras que elas fazem, pois o reino dos Céus está aberto para elas. Jesus chega até a se identificar com seus discípulos-amigos: "quem acolhe vocês, é a mim que acolhe ... " Jesus conhece a fraqueza de Pedro e anuncia que ele o iria negar, mas também que voltaria; e Pedro voltará para conduzir o seu rebanho. E é a esses discípulos simples, inconstantes por tanto tempo, que Jesus confia a missão de batizar as nações ... E agora? Que cada um se interrogue sobre a pessoa humana que Ele é, sobre a pessoa que Ele ama, sobre as pessoas a quem Ele deu a vida. Que cada um descubra todas as maneiras pelas quais Jesus explica a relação de nossas pessoas com Ele, com seu Pai e entre nós. Não somos nós uma pessoa criada por Deus, que é amada por Deus, que devolve a Deus o seu amor, que partilha largamente o amor com que ela é amada? Que cada um medite de novo, sobre estas palavras: "Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos". (Jo 15, 13) "Por isto, serão reconhecidos como meus discípulos: pelo amor que tiverem uns pelos outros". (Jo 13, 35) Vejam bem: por isto, todos vos reconhecerão como pessoas humanas no projeto de Deus.

François Fleischmann


CARTA MENSAl Amigos equipistas:

Sabendo que muitos equipistas têm dúvidas quanto à melhor maneira de enviar seus artigos ou testemunhos para a Carta Mensal, procuramos dar alguns esclarecimentos:

1. Objetivos da Carta Mensal

1-

1. Veículo de comunicação da Super-Região 2. Instrumento de circulação da seiva do Movimento, visando o fortalecimento da unidade 3. Instrumento de formação 4. Divulgação de notícias de interesse geral 5. Preferência para os testemunhos, vida no Movimento, com simplicidade 6. Estar em sintonia com os tempos litúrgicos da Igreja

11. Envio de artigos I noticias I testemunhos 1. Artigos curtos: Uma página da Carta Mensal, com uma foto ou ilustração, corresponde a mais ou menos 1500 caracteres de computador. Sem foto, a 2000 caracteres. 2. Datas para envio: Trabalhamos numa faixa de 45 dias de antecedência, no mínimo, em relação ao primeiro dia do mês da

edição. Exemplo: Para a edição do mês de novembro, os artigos devem ser remetidos até 15 de setembro. 3. Envio de material: Procurar enviar os artigos, conforme a temática do mês (tempo litúrgico, comemorações: pais, mães, padre, Nossa Senhora, etc.) 4. Aniversário: Noticiamos os aniversários de: a) Equipe e Setor: 25, 40 e 50 anos. b) de Conselheiros Espirituais:Jubileu Sacerdotal de 25 e 50 anos. c) Bodas de Ouro dos casais equipistas. S. Identificação dos artigos: Colocar sempre o nome do casal. Caso o artigo seja escrito por apenas um dos cônjuges, identificar, por exemplo, Maria (do José) ou vice-versa. Colocar o número e nome da equipe, cidade, estado e também o número do telefone e /ou e-mail (se tiver), para o caso em que a equipe da Carta Mensal necessite manter contato. O e-mail do autor do artigo só será divulgado mediante autorização no próprio artigo. 6. Adequação do artigo: Às vezes chega uma matéria cujo assunto é interessante, mas na qual, por motivos diversos, (tamanho do artigo, linguagem difícil ou confusa, divagações, etc.) temos necessidade de fazer alguns cor-

20


tes ou adaptações. Se possível, pede-se que o articulista dê a autorização no próprio artigo, para que a Equipe da Carta Mensal proceda às modificações necessárias. 7. Notícias de falecimento: Apenas de equipistas e conselheiros espirituais. Informar também o nome do viúvo ou da viúva, o número e nome da equipe, cidade, estado. 8. Fotos: É útil o envio de fotos, mas é importante que sejam nítidas, bem focadas. O tamanho ideal é 15x21. É importante para o Movimento o registro da nossa história.

111. Sugestões e criticas

Carta Mensal, pois, quanto maior a quantidade recebida, melhor será a qualidade dos artigos que serão publicados.

lV. Comunicação com a Carta Mensal

1. A Equipe da Carta Mensal receberá sempre com atenção e sem melindres as críticas, sugestões e propostas enviadas. É fundamental ter um retomo de como os equipistas estão recebendo as mensagens publicadas. Nosso objetivo é melhorar sempre. 2. Não temos condições de publicar todos os artigos que recebemos. Também é muito difícil dar um retorno de recebimento do material, informando se o mesmo será publicado ou não. Queremos deixar claro que todos os artigos que recebemos são tratados com muito carinho. Caso o material enviado não seja aproveitado para a publicação, mesmo assim, ele estará contribuindo para uma melhor qualidade da 21

Remeter as colaborações, opiniões, comentários, críticas e sugestões para: Carta Mensal - A/C do Secretariado Nacional das ENS pelo correio, fax ou e-mail: cartamensal @ens.org.br, ou para Cecília e Zé Carlos: ceciliajc@ directnet.com. br

Observação: Dados cadastrais: inclusão/exclusão de equipista, alteração de endereço devem ser remetidos para o Secretariado das Equipes. E importante informar o endereço completo: nome, rua, número, CEP, cidade, estado. Cecília e Zé Carlos Casal Responsável pela CM


Eleição do Casal Responsável de Equipe

UM SOL DlFERENTE Mensagem para o Casal Responsável eleito

Nesse ano, desejamos, ao casal responsável, um sol diferente. Que, apesar de algumas dificuldades, mesmo que uma montanha se erga à sua frente, o sol possa ser seu presente mais doce. Desejo ao seu coração, o querer que Ele quer. Que nas palavras que ele sussurra dentro do seu peito, sejam ouvidas aquelas que têm sabor de responsabilidade. Que você esteja atento para a necessidade real da equipe, e jamais desista de direcioná-la para a verdade. Desejo que sua percepção acorde mais plena no calor de um sol novo e renovador. Que ele encoraje as atitudes mais arrojadas, que sinta serenidade na espera necessária para que a semente plantada, brote no tempo certo. Desejo, então, que sua flor seja inteira e, mesmo que, inicialmente pequena e frágil. ela lhe traga as luzes de uma estrada azul. Que sua sabedoria esteja desperta, aguardando com tranqüilidade o desabrochar dessa flor. Desejamos a você um sol diferente! Espalhando seu sorriso pelas reuniões de equipe, simplificando o aspecto complicado de alguns momentos. Mostrando o essencial para sua realização, tornando-a agradável e imprescindível aos casais. Desejo que a cada instante você desnude mais seu coração E deixe que nele vibre, em tom maior, o amor. O amor na sua expressão mais simples. Que não mede, não faz contas e que tem o poder de ergue-lo acima de todas as montanhas escuras. Carmen e Antonio Eq. OSA - N. Sra. do Bom Conselho São Paulo - Capital (texto adaptado)

22


BeiçãodoCR de Equipe

,

E

hora de pensar em quem

votar... Que bom seria se nós tivéssemos a canseiência da importância do nosso voto para a eleição do casal responsável. Para isso seria bom perguntarmos para nós mesmos: o que esperamos do novo casal responsável de equipe? Ser o CR, não é eleger o menos ocupado, o desanimado ou até mesmo o casal que ainda não foi eleito. Esperamos do casal responsável a vivência de momentos fortes de oração, a animação que deve ser feita com um olhar de amor, e o dever de manter viva a unidade da equipe. Deverá, pottanto, fazer viver a unidade entre todos. É bem verdade que responsáveis somos todos nós, mas durante o ano em que Deus nos escolhe e nos chama, devemos com muito amor nos colocar a serviço dos nossos irmãos de equipe. Que o casal responsável aja com muita abertura de coração para receber o amor do Pai e dividi-lo com os irmãos, e com a proteção maternal da Virgem Maria possa levar esse amor a todos. Deus abençoe a nossa eleição!

Tânia e Jorge Setor C - Rio de Janeiro 23


A CORREÇÃO FRATERNA 1. Antes de sermos equipistas. somos cristãos. E o sinal distintivo do cristão, segundo o próprio Cristo, é o amor fraternal. De modo que, sem amor fraterno não há equipistas e muito menos cristãos. Q. Mas amor não é um mero senti-

mento, é, antes de mais nada, ato de vontade, decisão de querer o bem da pessoa amada, é pôr-se a serviço, é querer a realização, a felicidade, a perfeição de quem se ama. Nosso exemplo: o próprio Jesus que veio para servir.

3. A correção fraterna é uma conseqüência natural, uma decorrência do amor fraterno. O amor verdadeiro é exigente, quer que a pessoa amada cresça, progrida, seja sempre melhor, se possível que seja perfeita. Cristo ama sua Igreja a ponto de ter dado sua vida por ela. E porque a ama, a quer sem defeitos. Quem ama, corrige a quem ama. Os pais corrigem seus filhos, porque os amam. Deus, que é Pai por excelência, também age assim. Nós, equipistas, escolhemos caminhar juntos, crescer juntos, buscar juntos a santidade e a perfeição: Estatuto das Equipes. Isto implica em que primeiro corrigimos nossos defeitos, nossos desvios, nossos pecados que atrapalham a caminhada. Mas, se um irmão cair ou começar a cair, ou se desvia do rumo, não podemos ficar indiferentes: "acaso sou o guarda de meu irmão?" (Gen 4,9).

Por isso o Movimento tem como um dos pontos de sua mística o auxílio mútuo. É o "carregar os fardos uns dos outros" (Gál 6,2). Nossas equipes são compostas de casais imperfeitos, mas que querem caminhar, superando as limitações. Se alguém nos ajuda, não devemos ficar agradecidos? 4. O que nos pede o amor fraterno. "Se ele te ouvir, terás ganho teu irmão". Corrigir é ganhar o irmão. O que nos impede ou dificulta? A falta de amor, o respeito humano, o medo de magoar. 5. Condições para uma verdadeira correção fraterna: a. Amor, fraternidade, caridade: Para exercer e escolher a correção fraterna. Tudo fica mais fácil, se vemos nos irmãos o rosto de Cristo. Da parte de quem recebe a correção fraterna, deve haver agradecimento e alegria. b. Humildade que é verdade. A busca permanente da verdade é uma das atitudes fundamentais que queremos. A verdade liberta. A humildade de quem recebe a correção fraterna é a aceitação da "poda" "para que dê mais frutos ainda". (Jo, 15, 2) A humildade de quem exerce a correção é a pedida por Jesus: quem corrige, precisa primeiro corrigir-se, estar pronto a aceitar a própria correção. É exigência da abertura para a verdade. 24


c. Bom senso, simplicidade. Nada de dramas. O que vai corrigir? A vida como cristão, como equipista, a vida humana. Mas não assuntos da intimidade pessoal. d. Quem exerce a correção fraterna deve ter segurança, firmeza, mas acompanhada sempre de misericórdia, compreensão. Quem recebe, deve receber com docilidade, com reconhecimento. É um irmão que vem ao nosso encontro para nos ajudar. Para ambos deve haver muita compreensão e capacidade de perdão. e. Oração- Para que o Espírito Santo inspire os dois sobre o que corrigir, o como agir, com bom senso, com misericórdia, sem exagero, sem omissão. Tudo na medida certa. 6 A correção fraterna na e.qmpe: J Diálogo entre irmãos, como nos pede Jesus. Dever de sentar-se (quem mais fraternos que os cônjuges?) A partilha na reunião de equipe. E aqui talvez caiba a advertência do padre Caffarel: "Parece-me que há equipes em que a troca de idéias, em vez de permitir que cada um descubra as suas deficiências, as suas faltas, as suas culpas, oferece a todos uma consciência limpa, tranifonna a equipe num clube de justos. Seria cem vezes melhor não pertencer a equipe alguma e pennanecer convicto de que se é um pobre coitado". Regra da vida: instrumento de mudança, de conversão, de correção pessoal, que o Movimento põe em destaque este ano. 25

. Condu ao: A correção fraterna é uma exigência do amor fraterno. Se não a exercemos é porque ainda não nos amamos o bastante, como Cristo nos ama. Não podemos nos omitir, porque disto o Pai nos pedirá contlli> (Ez 3, 18-21 ). "Ama e fazes o que queres", como nos diz Santo Agostinho. "Sobretudo, revesti-vos do amor, que une a todos na perfeição". (Cl 3,14) O vaso de barro, se quer deixarse moldar pelo oleiro, precisa deixar que primeiro sejam retiradas as imperfeições do próprio barro. Só assim o oleiro poderá fazer um bom trabalho. E o vaso deve ficar agradecido por isso. Exercer e aceitar humildemente a correção fraterna é sinal de maturidade espiritual. Precisamos crescer, ficar adultos, até atingirmos a estatura de Cristo, muito especialmente no plano espiritual. A poda é dolorosa, faz sangrar, mas é necessária. Devemos ser agradecidos a quem nos poda, para produzirmos mais e melhores frutos. Por fim, vale recordar a recomendação do Apóstolo Paulo: " ... deixando-vos guiar pelos mesmos propósitos e pelo mesmo amor, em harmonia, buscando a unidade. Nada façais por ambição ou vanglória, mas, com humildade, cada um considere os outros como superiores a si e não cuide somente do que é seu, mas também do que é dos outros". (Fi 2, 2b-4)

Sola e Sérgio CR Setor C Porto Alegre, RS


SESSÃO DE FORMAÇÃO 111 FORTALEZA "Eis que faço novas todas as coisas". (Ap 21,5)

R

ealizou-se no último final de semana de julho, em Fortaleza, CE, a Sessão de Formação Nível III, da Região Nordeste II. Participaram 39 casais, alguns já integrando os quadros do Movimento, outros visando uma preparação para compô-los futuramente. Esta foi uma Sessão de Formação especial, pois foi ministrada pelo Sacerdote Conselheiro Espiritual da Super-Região Brasil, Pe. Flávio Cavalca de Castro , bem conhecido de todos nós por sua freqüente e valiosa colaboração na Carta Mensal. O programa desta Sessão de

Formação consta basicamente do estudo dos documentos do Movimento, por isso, nós, que já havíamos participado de outra Formação III, não esperávamos grandes novidades, embora soubéssemos do grande valor do ministrante. Porém, constatamos mais uma vez, que as coisas de Deus, sua obra, sua Palavra, são sempre uma grande novidade. Ele faz novas todas as coisas. Assistimos a uma maravilhosa recapitulação de tudo o que constitui as ENS. Já no primeiro tema, "Visão Histórica", entendemos a grandiosidade do carisma que nos foi dado, algo que vinha sendo pre26


nos que essa mesma inspi ração deve nos mover hoje, na construção daquilo a que Deus nos vocacionou e da qual somos um dom para a Igreja e o mundo: a espiritualidade conjugal. E assim, na seqüência das palestras e grupos de estudo, foi se abrindo uma compreensão iluminada e mais profunda do ser casal equipista, portador da boa nova do amor, membro de uma comunidade que se ajuda mutuamente na busca da perfeição, responsável por testemunhar que o casamento é caminho de felicidade. Graças damos ao Senhor por este sacerdote iluminado e profético, que soube com tanta sabedoria e simplicidade passar a mensagem do amor exigente e lançar para nós um desafio. Este desafio deverá nos animar e motivar a descobrir, na nossa vivência pessoal, de casal, de equipe o sempre novo que Deus realiza no sacramento do matrimónio e oferecê-lo à Igreja. Esta Sessão de Formação atingiu seus mais amplos objetivos e foi mais além. Mexeu com nossa mente e nosso espírito, moveu razão e coração, criando em nós uma disposição maior e um melhor preparo para viver mais plenamente avocação e missão recebidas de Deus, das quais certamente nos pedirá contas. Pagou a pena, querido Pe. Flávio. Deus o abençoe.

parado por Deus, desde a criação do homem e da mulher para serem uma só carne, e que aos poucos foi sendo intuído pela Igreja. E esta intuição, este sopro do Espírito, é a mística que vem impulsionando todos os casais equipistas, desde os primeiros que se reuniram com o Pe. Caffarel. Pe. Flávio mostrou-

Pe. Aávio

mostrou-nos que essa mesma inspiração deve nos mover hoje, na construção daquilo a que Deus nos vocacionou. Foi se abrindo uma compreensão iluminada e mais profunda do ser casal equipista, portador da boa nova do amor. I

27

Maria Luiza e Geová Equipe 04A- Fortaleza, CE


,

EQUIPES DE JOVENS DE NOSSA SENHORA

E

com muita alegria que chegamos até você, casal equipista, para que conheça um pouco mais das Equipes de Jovens de Nossa Senhora, um Movimento que comemora este ano seu jubileu de prata. Há 25 anos, nascia na França, a partir de um encontro internacional das Equipes de Nossa Senhora, onde jovens filhos de casais equipistas se reuniram paralelamente, este belíssimo canal de graça de Deus. Essa forte ligação faz das ENS e EJNS movimentos irmãos, com propostas semelhantes no crescimento espiritual, e que devem caminhar juntos na ajuda-mútua e colocando a serviço seus dons próprios. É gratificante tê-los pertinho nessa nossa caminhada, principalmente quando em meio a todas as preocupações e atribuições familiares, profissionais e outras missões, assumimos a de ser Casal Acompanhador de uma EJNS. Perguntem aos nossos amados casais acompanhadores, o que significa para sua vida pessoal e conjugal esse convívio com os jovens que estão buscando, em meio a concorrência pesada que

28

o mundo faz, estar no estreito caminho de Deus. Por outro lado, em nome dos jovens de Nossa Senhora, posso testemunhar: é uma dádiva de Deus tê-los conosco e maravilhoso é o laço de amizade que criamos com eles. "Trabalhar com os jovens é gratificante e nos mantém jovens também" é a frase que


2. Como é formada uma Equipe de Jovens

encerra o documento que orienta o papel do casal acompanhador. Olhe, converse, esteja com eles e comprove a afirmativa. Para nós, eles são a prova de que podemos amadurecer e nos conservarmos jovens e alegres em Cristo ...

de Nossa Senhora? Por 8 a 12 jovens solteiros de 15 a 28 anos (idade para ingressar). um casal acompanhador e um conselheiro espiritual. Os membros de cada equipe possuem a mesma faixa etária.

1 . O que é uma Equipe de Jovens de Nossa Senhora?

3· Como se reúne uma EJNS?

Mais do que um grupo de amtgos, a Equipe é uma célula da Igreja e tem como exemplo o grupo dos apóstolos. Eles tiveram a proteção de Maria, sob a qual os equipistas se colocam. Maria é modelo de valores humanos que a vida de Equipe desenvolve: amor, disponibilidade, paciência, confiança, fé, ajuda-mútua e perseverança. A equipe não é um objetivo em si, mas um meio de crescimento para cada um de seus membros. l

Trabalhar com os jovens é gratificante. Para nós, eles são a prova de que podemos amadurecer e nos conservarmos jovens e alegres em Cristo ... i

Através da Reunião Formal, momento de vivência comunitária ansiosamente esperado. Nela estão presentes quatro tempos: • Um tempo de oração, em que nos abrimos a um contato mais íntimo com Deus, através da sua palavra, inspirados pelo Espírito Santo e colocando nossos pedidos e agradecimentos. • Um tempo de revisão (Partilha) em que colocamos como temos vivido na famt1ia, nos nossos meios sociais, como anda nosso contato com Deus, o que de importante aconteceu em nossa vida durante o mês, problemas, alegrias, dúvidas. Tudo que é partilhado fica no mais estrito sigilo da equipe para que haja abertura e confiança. A partir dessa revisão sincera de nossa vida, podemos descobrir um ponto específico no qual devemos nos esforçar em melhorar: será o nosso ponto de esforço. A solidariedade, a sensibilidade e a ajuda-mútua entre os membros serão muito importantes nesse momento de abertura. • Um tempo de formação, em

29


que refletimos um tema de estudo, já preparado em casa, que vai enriquecer a nossa caminhada. • Um tempo de convivência, em que conversamos, rimos e nos alegramos, pois afinal somos amigos - irmãos, que deve acontecer na hora em que partilhamos o lanche. Não deve ser prolongado, pois o grande tempo de convivência se faz numa reunião específica, a reunião informal, onde celebramos nossa amizade de forma totalmente descontraída.

4· lrmãos, primos ou namorados

podem participar da mesma Equipe? Facilmente, se entende porque não é permitido. Na reunião formal esses jovens não se sentirão a vontade para fazer a revisão de sua vida familiar e de seus relacionamentos afetivos. Já o namoro iniciado dentro da Equipe deve ser tratado com muita seriedade e bom senso por parte dos dois e da Equipe, para que a vida da mesma não seja prejudicada.

5· Um jovem pode entrar em uma EJNS

ao iniciar sua participação. A Equipe o acolherá com muito carinho.

6. Qual o papel do Casal Acompanhador de uma EJNS? Como o próprio nome o diz, acompanha a equipe, sem tomar o grupo pela mão, num espírito de disponibilidade e serviço, dando testemunho da sua vida de casal cristão e do amor conjugal e espiritual. Aconselha e deve ter seu lar aberto aos jovens num papel de escuta e acolhimento. Esclarece dúvidas no plano pessoal e espiritual. Participa de toda vida do Movimento e ajuda na animação. Além disso, participa de todas as partes da reunião, auxiliando para que haja um momento profundo de oração e um clima de seriedade descontraída, em que Cristo esteja presente em todos os tempos da reunião. Também estimula o responsável em sua função, tendo com ele uma relação mais estreita; reza pela equipe e deve, conhecendo bem os documentos e as orientações das EJNS, estimular o jovem a vivenciá-los, profundamente. Um abraço carinhoso e que vocês se conservem sempre sob o manto protetor de nossa Mãe Maria.

já formada? Sim, mas antes ele deve ter um contato com a equipe, numa reunião informal, para conhecer a todos e, obrigatoriamente passar por uma informação em que lhe será apresentada toda a dinâmica do movimento, para que não fique perdido

Guilherme de Aquino Lucas Martins EJNS - Responsável do Setor Juiz de Fora (extraído do Boletim reEncoNtroS Juiz de Fora, MG) 30


ANTES QUE ElES CRESÇAM

H

á um período em que os pais vão ficando ó~os de seus próprios filhos. E que as crianças crescem sem depender de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados; e crescem sem pedir licença. Crescem com uma estridência alegre e, às vezes com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias, de igual maneira; crescem de repente. Um dia sentamse perto de você no terraço e dizem

31

uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura. Onde é que andou crescendo, aquela danadinha, que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal? A criança está crescendo num ritual de obediência organizada e desobediência civil. Você agora está ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas também apareça. Ali estão muitos pais esperando que saiam esfuziantes sobre patins, cabelos soltos. Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros ou, então, com a blusa amarrada na cintura. Está quente, achamos que vai estragar a blusa, mas não tem jeito, é o emblema da geração. Pois ali estamos, com os cabelos esbranquiçados. Esses são os filhos que conseguimos gerar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e das ditaduras das horas.


Eles crescem meio amestrados, observando nossos erros. Há um período em que os pais ficam órfãos dos próprios filhos. Não mais os pegam nas portas dos bailinhos e festas. Passou o tempo do futebol, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante das próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer, para ouvirmos sua alma respirando e conversando confidências entre lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, posters , agendas coloridas e discos ensurdecedores. Não, não os levamos suficientemente aos lugares de diversão, ao shopping; não lhes demos suficientes hambúrgueres e refrigerantes; não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas. Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto. No princípio, subiam a serra ou iam para a casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos. Sim, havia brigas dentro do carro, a disputa pela janela, pedidos de chicletes, sanduíches e cantorias infantis. Depois, chegou a idade em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível largar a turma e os primeiros namorados. Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas,

de repente, morriam de saudades daqueles "pestes". O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolavelmente carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto. Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.

Baseado em texto de Afonso Romano de Sant'Ana colaboração: Cláudia e ]andir Eq. N. Sra. do Rosário Porto Alegre, RS 32


VOCÊ PODE FAZER ADlfERENÇA

R

elata a professora Teresa, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da quinta série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual. No entanto, ela sabia que isto era impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Ricardo. A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos. Ao iniciar o ano letivo; era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas em cada ano. A dona Teresa deixou a ficha de Ricardo por último. Mas quando a leu foi grande sua surpresa. A professora do primeiro ano escolar de Ricardo havia notado o seguinte: Ricardo é um menino brilhante e

simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele. A professora do segundo ano escreveu: Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil. Da professora do terceiro ano constava a anotação seguinte: a morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo. A professora do quarto ano es-


creveu: Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula. A dona Teresa se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Sentiu-se ainda pior quando lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Ricardo, que estava enrolado num papel marrom de supermercado. Lembra-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade. Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião Ricardo ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Lembrou-se ainda que Ricardo lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe. Naquele dia, depois que todos se foram, a professora Teresa chorou por longo tempo ... Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Ricardo ... Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava. Ao finalizar o ano letivo, Ricardo saiu como o melhor da classe. Um ano mais tarde, dona Teresa recebeu uma notícia em que Ricardo lhe dizia que ela era a melhor professo-

ra que teve na vida. Seis anos depoi , recebeu outra carta de Ricardo contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera. As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Ricardo. Mas a história não terminou aqui. A dona Teresa recebeu outra carta, em que Ricardo a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai. Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo antes, e também o perfume. Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido: obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença. Mas ela, com os olhos banhados em pranto sussurrou baixinho: você está enganado! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença, afinal eu não sabia ensinar até que o conheci. Mais do que en inar a ler e a escrever, explicar matemática e outras matérias, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando. Mais do que avaliar provas e dar notas, é importante ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença ...

da Internet 34


MlSSÕES DECÁLOGO DO M1SS10NÁR10

O

missionário, mensageiro da paz é enviado por Deus para levar o evangelho a todos os povos. Sua vida é testemunho do amor de Deus para com todos os homens e as mulheres. Ele deve ter as seguintes qualidades, para que, ao proclamar a mensagem, tenha credibilidade entre as pessoas:

1. Escutar - Só escutando antes de falar, o missionário pode inculturar-se; 2. Acolher- Só acolhendo e valorizando o outro, o missionário será presença evangelizadora; 3. Solidarizar-se -Com forte espírito de justiça e verdade, o missionário torna-se solidário com os que sofrem; 4. Resistir- O missionário não desiste diante das dificuldades; 5. Esperar - O missionário sabe ter paciência e respeita a história e o tempo de conversão do irmão; 6. Crer no Deus da vida - Da fé nasce o ardor do missionário e a sua paixão pelo anúncio do evangelho; 7. Amar sem condições- Como Jesus, o missionário dá a vida pelo irmão; 8. Orar sem desanimar - O missionário alimenta-se da oração e da escuta da palavra de Deus; 9. Assumir a cruz- Com alegria, o missionário aceita e enfrenta a cruz de cada dia e não desanima diante dos fracassos; lO. Ser coerente- O missionário age conforme aquilo que crê, vive aquilo que prega. Anunciar o evangelho é uma necessidade de quem foi chamado, porque a experiência de Deus nos comunica a fé de que Jesus é a salvação. A salvação é viver no amor de Deus. Quem ama, com Jesus, quer que todos o encontrem, por isso anuncia. Isso não é tarefa fácil! Mas é preciso prosseguir...

Colaboração de Shirley e Gerson Equipe N. Sra. do Perpétuo Socorro Campo Grande, MS

35


Bodas de Ouro No dia 16 de junho de 2001, comemoraram Bodas de Ouro o casal Irene e Aldo Devasio, da Equipe 1O - Nossa Senhora de Lourdes - Catanduva, SP.

Equipes Novas Equipe 16- N. Sra. da Rosa Mística- Divinópolis, MG Equipe 08B- N. Sra. do Sorriso- Florianópolis, SC Equipe 1 - N. Sra. da Paz- Baixada Fluminense, RJ Equipe 4 - N. Sra. do Rosário - Pântano Grande - Equipe distante de Porto Alegre, RS

Fa1ecimentos Albino Tâmbara Neto (da Nilde), ocorrido no dia 7 de julho de 2001 -Equipe 10- N. Sra. do Rosário- Bauru, SP Noé (da Alice), ocorrido no dia 9 de julho de 2001- Equipe 2- N. Sra. Aparecida- Três Corações, MG Margarida (do Carlos) oconido no dia 22 de julho de 2001 - Equipe 1 - N. Sra. Aparecida- Divinópolis, MG José Grizzi (da Alcione), ocorrido no dia 6 de agosto de 2001- Equipe 5C- Recife, PE Gabriel (da Cantu), oconido no dia 10 de agosto de 2001Equipe 2B - N. Sra. das Graças - Salvador, BA

36


I

Encontro Nacional de Agentes de Preparação para o Matrimônio

O Movimento das Equipes de Nossa Senhora esteve representado no 1o Encontro Nacional de Agentes de Preparação para o Matrimônio, realizado em Brasília, DF, nos dias 30 de junho e 01 de julho de 200 I, pelo casal Lei la e Antônio Carlos. O Encontro foi promovido pelo Setor Família e Vida da CNBB SEFAV, e contou com a presença de coordenadores e representantes da Pastoral Familiar em nível nacional e regional. Participaram, também, outros grupos e movimentos da Igreja, que congregam e trabalham com casais. Durante o Encontro, as discussões e os estudos giraram em torno dos seguintes objetivos: • situar os Encontros de Preparação para o Matrimônio no âmbito da Pastoral Familiar; • colher sugestões para a elaboração de um Guia para Encontros de Preparação para o Matrimônio, a fim de tornar mais eficiente a preparação dos noivos ao sacramento do matrimônio, e não um simples cursinho para recebimento de certificado; • sensibilizar os agentes da Pastoral Familiar para a adoção das orientações e diretrizes do Setor Família e Vida da CNBB, sob a forma de Guia, nos Encontros de Preparação para o Matrimônio. O Encontro iniciou com duas palestras: Dom Aloysio José Leal Penna, responsável pelo SEFAV, apresentou-nos a atuação da Igreja do Brasil, com o Projeto Rumo ao Novo Milênio e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, bem como a situação dos Encontros de Preparação para o Matrimônio no contexto da Pastoral Familiar. E Irmã Fernanda Balan, Assessora Nacional do SEFAV, historiou-nos as atividades do Setor Família e Vida, reforçando a importância de todos colaborarem para a elaboração e a utilização do Guia, como fator de unidade na condução dos Encontros de Preparação para o Matrimônio. A avaliação do encontro apresentou boa receptividade da proposta por parte dos presentes, apesar das diferenças regionais brasileiras, e da dificuldade que se prevê enfrentar perante mudanças, devido às resistências naturais de algumas pessoas. Com o Guia, pretende-se sanar a dificuldade da falta de unidade dentro das dioceses do nosso grande Brasil. Entretanto, ficará a cargo de cada bispo diocesano a decisão de implementar as orientações propostas. Está prevista para este mês a publicação da primeira edição do Guia de Preparação para o Matrimônio, do SEFAV/CNBB. Lei/a e Antônio Carlos Equipe 29D - Brasília, DF

37


Ordenação Sacerdotal No dia 04 de agosto de 2001, pela imposição das mãos de Dom Emílio Pignoli, Bispo da Diocese de Campo Limpo, foi ordenado sacerdote o diácono Nilton Ficone Júnior, agora Pe. Júnior, Conselheiro Espiritual da Equipe de Nossa Senhora da Sagrada Família, recém criada e em fase de Pilotagem. Toda a equipe esteve presente na ordenação do novo padre. Ao Pe. Júnior todas as bênçãos na nova missão que Deus lhe confiou e que a Sagrada Família de Nazaré sirva sempre de apoio para ele em toda a sua caminhada sacerdotal. lvani e Milton Equipe 8G N. Sra. de Fátima Campo Limpo São Paulo - SP

Ordenação Diaconal No dia 8 de junho de 2001, em MonteMor SP foi ordenado Diácono: pe~ las mãos de Dom Gilberto Pereira Lopes, Arcebispo Metropolitano de Campinas, Demétrius dos Santos Silva, Conselheiro Espiritual da Equipe lOA- N. Sra. da Anunciação, de Campinas e no dia 3 de agosto de 2001, em Campinas, Paulo Roberto Emiliano que foi Conselheiro Espi~ ritual do Setor Valinhos e colaborou com o setor A de Campinas, SP

Errata Por ter saído com dados incorretos na Carta Mensal de agosto/ 200 I, repetimos corretamente a notícia de ordenação Sacerdotal. No dia 9 de junho de 200 I, na Catedral de São Sebastião, do Rio de Janeiro, foi ordenado sacerdote. o diácono José Eugênio Evangelista Moura Souza, Conselheiro Espiritual da Equipe 133E- N. Sra. de Todos os Povos.

38


MARJA, A ÁRVORE QUE DA BONS FRUTOS

l

ucas nos conta que, logo depois da anunciação, Maria sai às pressas para visitar sua pri-

ma Isabel (Lc 1, 39-45). Parte de Nazaré, na Galiléia, para outra região, a Judéia. Talvez Lucas nem tivesse clara essa idéia. Mas o povo, ao ler o texto da visitação, logo descobre que Maria é missionária. Transbordando da graça de Deus, não quer retê-la para si. Vai partilhar com sua prima, de idade avançada, que está grávida e necessita de cuidados. Discretamente, ela já leva Jesus para os outros. Isabel sente logo o resultado. O feto se movimenta dentro dela. Quando se saúdam e se abraçam, o Espírito Santo inunda o ambiente e elas transbordam de alegria. Maria está cheia de Deus. Isabel também. Nessas duas mulheres grávidas se encontram, em semente, seus filhos João Batista e Jesus. Já estão lado a lado, o Precursor e o Messias, o que prepara e o que realiza a Boa Nova, o Profeta de Deus e o Filho de Deus. Que lindo encontro! 39


Isabel proclama: "Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o fruto do seu ventre". Antes de Jesus nascer, a fé de Maria já começa a dar frutos. A fé toma Maria fértil de corpo e alma. Por causa de sua adesão a Deus, ela realiza a bênção de fertilidade prometida ao povo de Deu s no livro do Deuteronômio: "Se tu obedeceres a voz do Senhor, essas serão as bênçãos que virão sobre ti e te envolverão: bendito serás na cidade, bendito serás nos campos; bendito será o fruto do teu ventre, o fruto do teu solo e dos teus animais. Bendito serás ao chegar e ao sair. A bênção do Senhor estará em todas as tuas realizações". (Dt 28, 1-4.6.8). Se a gente sabe da fé de Maria, semeada, cultivada e amadurecida em belos frutos, pode entender certas reações de Jesus. Quando os seus familiares não conseguem alcançá-lo por causa da multidão, Jesus diz: "A minha mãe e os meus irmãos são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática." (Lc 8, 21). Outra vez, Jesus está falando à multidão, quando uma mulher grita repentinamente: "Feliz aquela que te trouxe no útero e te amamentou". Jesus responde: "Antes, bem-aventurados (felizes) os que ouvem a palavra de Deus e a observam" (Lc 11, 27s). Longe de ser uma ofensa à sua mãe, as palavras de Jesus revelam o segredo de Maria. Seu principal mérito está em ser uma pessoa de fé, que acolhe a palavra de Deus e a

concretiza. Ser mãe é uma conseqüência de sua fé e uma forma de realização da vontade de Deus. Muitos anos após Lucas escrever seu evangelho, Santo Agostinho disse que Maria concebeu Jesus primeiro no coração e, depois, no corpo. Antes de ser a sua mãe carnal, acolheu-o pela fé. Sem fé, não adiantaria nada ela ter se tornado a mãe do Senhor. Maria encarna com fé a Palavra de Deus. Guarda-a no coração. Coloca-a em prática. Essas são também as características de todo seguidor de Jesus. Maria é o exemplo perfeito de ser cristão, discípulos de Jesus. Vimos juntos três pequenos textos que nos mostram como é Maria, à luz do evangelho segundo Lucas. Três palavras chaves se encontram nestes textos que resumem o ser cristão: ouvir, acolher, frutificar. Lucas vai pintando os traços da figura de Maria. Mostra que ela tem exatamente as qualidades que caracterizam o seguidor de Jesus. Ela ouve a Palavra de Deus com fé, guarda no coração e as põe em prática. Se "bendito é o fruto" (Lc 1, 42), bendita é a árvore que dá o fruto, pois uma árvore má não pode dar bons frutos, nem uma árvore boa dar maus frutos. Podemos reconhecer uma boa árvore pelos seus frutos mesmo que jamais vejamos a árvore (Mt 7, 16-20).

40

Colaboração de ]adna e Beto Equipe 06A- N. Sra. Menina Criciúma, SC


CULTIVEAPAZ NAFAMÍllA 1. Tenha fé e viva a palavra de Deus, amando o próximo como a si mesmo. 2. Ame-se, confie em si mesmo, em sua farru1ia e ajude a criar um ambiente de amor e paz ao seu redor. 3. Reserve momentos para brincar e se divertir com sua família, pois a criança aprende brincando e a diversão aproxima as pessoas. 4. Eduque seu filho através da conversa, do carinho e do apoio e tome cuidado: quem bate para ensinar está ensinando a bater. 5. Participe com sua farru1ia da vida da comunidade, evitando as más companhias e diversões que incentivam a violência. 6. Procure resolver os problemas com calma e aprenda com situações difíceis, buscando em tudo o seu lado positivo. 7. Partilhe seus sentimentos com sinceridade, dizendo o que você pensa e ouvindo o que os outros têm para dizer. 8. Respeite as pessoas que pensam diferente de você, pois, as diferenças são uma verdadeira riqueza para cada um e para o grupo. 9. Dê bons exemplos, pois a melhor palavra é o nosso jeito de ser. lO. Peça desculpas quando ofender alguém e perdoe de coração quando se sentir ofendido, pois o perdão é o maior gesto de amor que podemos demonstrar.

Úrsula e Paulo Barsi Equipe 16A - N. Sra. Mãe de Deus Fortaleza, CE

41


O CARINHO DA MÃE

E

u e Fabiana, somos um casal jovem. Estamos casados há cinco anos e temos uma filha, Catarina, hoje com dois anos. A nossa história poderia ser considerada comum: dois jovens apaixonados, que namoraram e resolveram se casar, mas não foi simplesmente isto. A nossa família foi gerada e nasceu no seio desta grande comunidade que são as Equipes de Nossa Senhora. Nossos pais são equipistas desde o ano de 1980, e com isto eu e Fabiana nos conhecemos em meio as brincadeiras que aconteciam após a missa do Setor e nosso namoro iniciou-se em uma festa junina em que nossos pais trabalhavam como voluntários. Após um ano de namoro, recebemos um convite que certamente foi divino. Fui convidado a participar do primeiro encontro das Equipes Jovens de Nossa Senhora (EJNS) que aconteceu na cidade de Aparecida, SP. Nesse encontro conheci um movimento com uma proposta de vida cristã semelhante àquela vivida por meus pais. Após o meu retorno para casa estava ansioso para difundir aquela boa nova e junto com meus novos amigos participantes daquele encontro, montamos as primeiras EJNS em nossa cidade. A partir deste momento, Fabiana e eu passamos a viver nosso namoro de uma forma mais intensa e orientados pelos ensinamentos da vida

de um equipista. Esta orientação se concretizou, principalmente, no nosso casal acompanhador, Graça e Déo que nos deu sempre um testemunho da vida matrimonial e nos orientou na vivência de um namoro cristão. A participação deles foi fundamental nos momentos difíceis, durante as crises e os momentos de dúvidas que passamos; o exemplo de retidão e de casal equipista nos impulsionava e estimulava. Tivemos, também a graça da participação do seminaristas Elvison, Paulo

I

A nossa famflia

foi gerada e nasceu no seio desta grande comunidade que são as Equipes de Nossa Senhora.

42


Bosco, Gilvam e José William, muitos deles, hoje, padres. Todos nos orientaram para que caminhássemos em consonância com as diretrizes da Igreja. Nosso namoro durou mais de seis anos, até nos casarmos. Hoje somos o casal responsável da Equipe de Nossa Senhora de Fátima e também, casal acompanhador de uma EJNS, que é a Equipe de Nossa Senhora das Graças Brasília. Nossa vida tem sido cheia de graças e estamos muito felizes. É verdade que crescemos em meio aos problemas modernos das drogas, violência, solidão, miséria etc., mas temos uma história diferente e certamente esta diferença é conseqüência do carinho da Mãe que alenta e roga a Deus todas as graças que temos recebido. Conhecemos várias histórias semelhantes: da Val e Fofinho, Ana Paula e Marcelo, Aline e Rômulo, Iara e Glauber, jovens que hoje se tornaram casais equipistas. Gostaríamos de convidar outros jovens casais a conhecer o nosso movimento e co-

laborar com ele; certamente o carinho que a Mãe já tem por vocês se intensificará. Júnior e Fabiana Eq. 43B Brasaia, DF

43


GESTO CONCRETO DE AMOR "Temos o poder de estar no paraíso com Deus desde já, de ser felizes com Ele também neste momento, se amarmos como Ele ama, se ajudarmos como Ele ajuda, se doarmos como Ele doa, se servirmos como Ele serve". (Madre Teresa de Calcutá)

C

uritiba, PR é conhecida nacionalmente pelos seus múltiplos encantos. Cidade bem estruturada, transporte de primeiro mundo, cultura européia, gastronomia italiana, consumidor exigente, etc. Há uma peculiaridade, talvez nem tão difundida, que tem nos chamado a atenção e nos levado a necessidade de nos organizarmos. Curitiba recebe inúmeras pessoas de outras cidades, de outros

estados, e até mesmo de outros países para tratamento de saúde, especialmente para transplantes. Vocês devem saber que, para se realizar um transplante de medula óssea, são necessários, inicialmente, 50 doadores de sangue e 4 doadores de plaquetas. Para transplantes de fígado são solicitados 100 doadores. Quando Helenice e Francisco era o Casal Responsável Regional, o Colegiada começou a cadastrar os doadores de sangue entre os setores de Curitiba. No início eram poucos, registrados numa simples agenda. Com o passar do tempo, e com pacientes chegando até nós em número cada vez maior, fomos realimentando esse cadastro a partir de nossos EACRE e, hoje, cada setor de Curitiba possui uma relação específica dos equipistas doadores de sangue e de plaquetas. Atualmente, estamos tentando formar uma "Equipe da Saúde", onde pretendemos ter pessoas disponíveis para fazer visitas, acom-

44


panhar os doentes, quando necessário, durante o internamento, buscar e levar pacientes na rodoviária, enfim, atender às necessidades dos nossos irmãos que solicitam ajuda. Temos feito isso a nível de Colegiada, mas precisamos de mais voluntários. A alegria de servir aos nossos irmãos, não só equipistas, mas, também, seus parentes e amigos, nos faz sentir mais perto de Jesus, nosso maior irmão e amigo.

Angela e Luiz CRR - Paraná-Sul

•••

Nota da Carta Mensal: Francisca (do João Paulo) sentiu na pele a grandeza desse gesto. Há um ano ela precisou fazer um transplante em Curitiba, e depois, iniciou em Brasília, DF o trabalho de cadastramento de equipistas doadores de sangue. Eles pedem o máximo empenho na realização desse trabalho, devolvendo as fichas devidamente preenchidas. Como estão no início desta empreitada, contam com 9 doadores Uulho/2001), acreditando que esse número pode crescer rapidamente. "Doar sangue é manter a vida, é ser pessoa". (Nota baseada no artigo publicado no "Informativo das ENS- Brasília, DF) 45


PRESENÇA NO MUNDO

H

á um ano, o Movimento das Equipes de Nossa Senhora foi lançado em Goiânia e tivemos a graça de sermos convidados a integrar a Equipe 1,juntos com outros 5 casais tendo o Pe. Geraldo como Conselheiro Espiritual. Neste ano, sentimos que a cada dia crescíamos como pessoa e principalmente como casal cristão, ajudados pela mística e pedagogia do Movimento. Durante toda a pilota-

gem, ouvimos de nosso casal Piloto, Áurea e Boros, que as equipes não é um Movimento de ação, porém, composto de gente ativa. É justamente sobre este aspecto que queremos falar. Em abril deste ano, nossa equipe recebeu um desafio de nosso Conselheiro Espiritual padre Geraldo, para coordenar um encontro de reflexão para casais encontristas da Paróquia São Paulo Apóstolo.

46


Bastante temerosos, a primeira reação da equipe foi a de rejeitar o convite; depois, após reflexões, decidimos concentrar nossos esforços e repassar, com simplicidade, um pouco do que recebemos do Movimento. Para nos auxiliar, buscamos o apoio do nosso Casal Ligação e este providenciou uma reunião em Brasília, onde fomos recebidos e orientados. Após essa reunião, mais confiantes, preparamos o encontro, que foi coordenado por nossa equipe, iniciando com a palestra "Ser -

~

<>~"1~~--.....

-=--:-:-

~~:~~~- ~.

·~

Pessoa" proferida pelo diretor espiritual, padre João Luiz, que propiciou um momento de profunda reflexão aos 20 casais participantes. Durante os dois dias, tentamos enriquecer o encontro com depoimentos , dinâmicas que sempre enfocavam, como pano de fundo, pontos concretos, como "O Dever de Sentar-se" e a "Oração Conjugal", o que despertou no grupo, grande interesse pelo nosso Movimento, além de enorme crescimento conjugal e espiritual, conforme os relatos dos próprios participantes ao final do evento. Quando nosso SCE, padre Geraldo, nos solicitou esse trabalho, ficamos todos inseguros pois sabíamos de nossas limitações devido ao nosso pouco tempo de caminhada em equipe e temíamos não conseguir êxito. Ao final, vimos que a Providência Divina, nos mandou o padre João Luiz para nos dar o suporte que precisávamos e o Espírito Santo para nos iluminar. Com as bênçãos de Nossa Senhora, tudo correu bem, saímos de lá mais fortalecidos enquanto pessoa, casal e equipistas, pois tentamos passar um pouco de nossa vivência do Sacramento do Matrimônio como forma de atisfação. Hoje, agradecemos ao nosso SCE, padre Geraldo, pela oportunidade de tornar o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, mais conhecido em nossa comunidade.

Débora e Marquinho Equipe 1 - Goiânia, GO

47


DELICADEZAS

E

u estava correndo e de repente um estranho trombou em

mim:

- Oh, me desculpe, por favor, foi a minha reação. E ele disse: - Ah, desculpe-me também, eu simplesmente não a vi! Nós fomos muito educados um com o outro, aquele estranho e eu. Então, mais tarde, naquele dia, eu estava fazendo o jantar e meu filho parou do meu lado, tão em silêncio, que eu nem percebi . Quando eu me virei, tomei o maior susto e lhe dei uma bronca. - Saia do meu caminho filho! E eu disse aquilo com certa braveza. E ele foi embora, certamente com seu pequeno coração partido. Eu nem imaginava como havia sido rude com ele. Quando fui me deitar, eu podia ouvir a voz calma e doce de Deus me dizendo : - Quando falava com um estranho, quanta cortesia você usou! Mas, com seu filho, a criança que você ama, você nem sequer se preocupou com isso! Olhe no chão da cozinha, você verá algumas flores perto da porta. São flores que ele trouxe para você. Ele mesmo as pegou: a cor-de-rosa, a amarela e a azul. Ele ficou quietinho para não estragar a surpresa e você nem viu as lágrimas nos olhos dele. Nesse momento, eu me senti muito pequena. E agora, o meu coração era quem derramava lágrimas. Então eu fui até a cama dele e ajoelhei ao seu lado. - Acorde filhinho, acorde. Estas

são as flores que você pegou para mim? Ele sorriu. - Eu encontrei embaixo da árvore. Eu peguei porque as achei tão bonitas como você! Eu sabia que você iria gostar, especialmente da azul. Eu disse: - Filho, eu sinto muito pela maneira como agi hoje. Eu não devia ter gritado com você, daquela maneira. - Ah mamãe, não tem problema, eu te amo assim mesmo! - Eu também te amo. E eu adorei as flores, especialmente a azul. Você já parou para pensar que, se morrermos amanhã, a empresa para qual trabalhamos poderá facilmente nos substituir em uma questão de dias. Mas as pessoas que nos amam, a família que deixamos para trás, os nossos filhos, sentirão essa perda para o resto de suas vidas. E nós raramente paramos para pensar nisso. Às vezes colocamos nosso esforço em coisas muito menos importantes que nossa farru1ia, que as pessoas que nos amam, e não nos damos conta do que realmente estamos perdendo. Perdemos o tempo de sermos carinhosos, de dizer um "Eu te amo", de dizer um "Obrigado", de dar um sorriso, ou de dizer o quanto cada pessoa é importante para nós. Ao invés disso, muitas vezes agimos rudemente, e não percebemos o quanto isso machuca os nossos entes queridos. A família é o nosso maior bem!

Autor Desconhecido - Colab. Maria Regina e Carlos Eduardo Equipe 5 - Piracicaba, SP

48


Meditando em Equipe Estamos no mês de outubro, mês missionário . Ser missionário não deve ser algo estranho para nós . Faz parte do nosso ser cristão .

Éa

razão de ser do nosso Movimento, de nossa

Igreja . Somos enviados por Jesus para uma missão. O Espírito Santo nos foi dado para nos ajudar nessa tarefa.

Mediten1os un1 pouco Leitura : Lucas

1O, 29-3 7

Sugestões para a Meditação

A

parábola do bom samaritano é um retrato do próprio Jesus .

É Ele

que se debruça

sobre a humanidade ferida, para socorrê-la e curá-la, em todos os sentidos. •

"Como o Pai me enviou também eu vos envio" . (Jo 20,21) Nós temos a missão de continuar o modo de agir de Jesus .

De que maneira a sua regra de vida está sendo uma atitude de amor aos outros? Padre Ernani

Oração Litúrgica Mt 5, 3-10 Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes os que choram, porque serão consolados . Felizes os mansos, porque receberão a terra em herança. Felizes os que têm fome e sede da justiça, porque serão saciados . Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia . Felizes os puros de coração, porque verão a Deus . Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus .


Casais da Super-Região em Manaus.

Acolhida aos casais da Super-Região no aeroporto em Belém-PA.

EQUIPES DE NOSSA SENHORA

Movimento de Casais por uma Espiritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-000 São Paulo - SP Fone: (Oxx11) 3256.1212 • Fax: (Oxx11) 3257.3599 E-mail: secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br Home page: www.ens.org.br


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.